Nós somos um ser composto, possuindo sete veículos em diferentes estágios de desenvolvimento. Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental os designam da seguinte forma: Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos, Mente, Espírito Humano, Espírito de Vida e Espírito Divino. Um Tríplice Corpo e um Tríplice Espírito juntos, com um veículo Mente, que é o elo entre eles. Cada veículo serve como um trampolim para o próximo, que é superior.
O Corpo Denso é o nosso veículo mais bem organizado e o único no qual a maioria de nós pode funcionar conscientemente. Na verdade, a maioria das pessoas acredita que é o único Corpo que possui, pois é o único que consegue ver. No entanto, sempre tivemos pioneiros no caminho do progresso e temos hoje aqueles que se adiantaram e desenvolveram a consciência no Corpo Vital.
O desenvolvimento de cada veículo nosso avança simultaneamente, mas há períodos em que a ênfase é especialmente dada ao aperfeiçoamento de um determinado veículo. Em eras passadas, a última sob o regime de Jeová, o Legislador, o Corpo Denso foi levado ao seu atual estado de elevada organização. Para esse propósito a Lei Jeovística foi necessária. Com o advento de Cristo, porém, inaugurou-se uma nova Era cuja estrutura é o Altruísmo, e é a sua prática que desenvolverá a consciência no Corpo Vital e o levará a um elevado grau de evolução.
Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental fornecem ênfase especial ao desenvolvimento do Corpo Vital. Seus Ensinamentos são formulados com esse objetivo em vista, pois reconhece que todo desenvolvimento oculto seja proporcional à organização e evolução desse veículo. O Corpo Denso é composto de materiais da Região Química do Mundo Físico, a saber: Sólidos, Líquidos e Gases. O Corpo Vital é composto de matérias da Região Etérica do Mundo Físico, a saber: Éter Químico, Éter de Vida, Éter Luminoso (ou de Luz) e Éter Refletor, substâncias físicas muito sutis. A ciência material admite a presença do Éter como meio para a transmissão da luz e da eletricidade. A ciência oculta sabe que existem quatro Éteres separados e distintos que são usados na formação do Corpo Vital.
As forças que atuam através do Éter Químico do Corpo Vital atuam no Corpo Denso como agentes de assimilação e excreção. As que atuam através do Éter de Vida manifestam-se na propagação. A função desses dois Éteres, ditos como Éteres inferiores, é puramente física, sustentando o Corpo Denso e mantendo as espécies. As forças que atuam através do dois Éteres superiores, a saber: Éter de Luz, onde tornam possível a percepção sensorial, a dos sentidos físicos; e as que atuam através do Éter Refletor onde nos proporcionam a memória. À medida que esses dois Éteres tornam possível a percepção sensorial e a memória no Corpo Denso, veremos que, quando aperfeiçoarmos e organizarmos o Corpo Vital, eles se manifestarão também nele como percepção sensorial e memória; ou seja, como consciência.
Mas para tornar o Corpo Vital um veículo separado de consciência, enquanto ainda mantemos o Corpo Denso, é necessário separar os dois Éteres superiores dos dois Éteres inferiores. Os dois Éteres inferiores devem permanecer com o Corpo Denso para sustentá-lo; mas é possível retirar os dois Éteres superiores e usá-los como um veículo separado de consciência.
Para agarrar tal oportunidade e atingir esse objetivo, sem realizar o trabalho necessário para primeiro aumentar os dois Éteres superiores o suficiente para formar um veículo separado, algumas pessoas recorrem a exercícios respiratórios; mas eles são perigosos, pois tendem a retirar os quatro Éteres do Corpo ou desequilibrá-los. Isso pode resultar na morte, em algum grau de insanidade e/ou graves distúrbios físicos. O nosso desenvolvimento, tal como o crescimento de uma planta, não pode ser apressado sem frustrar o objetivo em vista. O verdadeiro desenvolvimento oculto é seguro e possível apenas quando acompanhado pelo desenvolvimento moral.
Hoje sabemos que a “Veste Dourada das Bodas” ou o “Traje Nupcial de Bodas” (que denominados de Corpo-Alma), ou Soma Psuchicon como chamou S. Paulo, mencionada por Cristo, é o Corpo Vital aperfeiçoado, que surge da separação entre os dois Éteres superiores dos dois Éteres inferiores. Sabemos também que a repetição é a base desse crescimento, porque nos foi ensinado a “orar sem cessar”[1]. Somente na medida em que seguirmos os passos de Cristo nós construiremos o veículo no qual “O encontraremos nos ares”[2], apressando Sua Segunda Vinda por meio do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), sempre focado na divina essência que cada um de nós temos – que é a base da Fraternidade – para com o irmão e a irmã ao nosso lado, que edifica o Corpo Vital.
(Publicado na: Rays From The Rose Cross – fevereiro /1918 – Traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
[1] N.T.: ITes 5:17
[2] N.T.: ITes 4:17
Aprendemos por meio dos Ensinamentos Rosacruzes que somos um Espírito Virginal, parte integrante de Deus, e temos em nós todas as possibilidades divinas (que traduzimos como poderes latentes); que, por meio de repetidas existências em Corpos Densos aqui na Região Química do Mundo Físico e de crescente perfeição, esses poderes latentes gradualmente se convertem em energia dinâmica; que nesse processo ninguém se perde e que todos nós alcançaremos, finalmente, a meta da perfeição e religação (da palavra “Religião” vem do latim religare, que significa “religar” ou “reconectar”) com Deus, levando conosco as experiências acumuladas como fruto de nossa peregrinação através da matéria.
E isso é feito por meio do Ciclo de Nascimentos e Mortes aqui na Região Química do Mundo Físico!
Se quiser saber mais detalhes sobre essa peregrinação, como “morte aqui, nascimento lá; morte lá, nascimento aqui”, é só clicar aqui: Nosso Trabalho para Renascer aqui mais uma vez – A Entrada no Corpo Materno
O Estudo Bíblico Rosacruz é fundamental para o Estudante Rosacruz a fim de ajudá-lo a equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, ocultista-místico Cristão.
Sabemos que os eventos na vida de Cristo representam etapas sucessivas no Caminho da Iniciação para os Cristãos (Místicos e Ocultistas) que estão trilhando esse caminho, que na Fraternidade Rosacruz é o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Nesse Estudo vamos detalhar a significância esotérica desse ensinamento que o próprio Cristo nos mandou praticar, se formos Cristãos de fato, por essa dessa Oração.
Para saber mais sobre esses assuntos é só clicar aqui: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 6 – Versículos de 7 a 15
Para os outros Capítulos, clique aqui
Dentro da Filosofia Rosacruz, Alma é definida como o extrato espiritualizado ou a quintessência de cada um dos nossos três Corpos de Desejos, Vital e Denso.
Estes três Corpos são projeções materiais, alguns os chamam de reflexos, outros de sombras dos nossos três poderes essenciais na qualidade de Espírito (Tríplice Espírito).
Assim podemos dizer que faz parte do Plano Divino tornar a matéria física, a matéria etérica e a matéria de desejos espiritualizada. Portanto, esses estados de matéria devem ser espiritualizados. Esse trabalho gera a Tríplice Alma, correspondentes a cada veículo, a saber: Alma Consciente resultante da espiritualização do Corpo Denso; Alma Intelectual constituindo-se no extrato espiritualizado do Corpo Vital; Alma Emocional como sendo a quinta essência do Corpo de Desejos.
Nós, como um Espírito emanado de Deus, possuímos também as três qualidades inerentes: ao Poder Divino, expresso como Espírito Divino; o Amor-Sabedoria, que se manifesta como Espírito de Vida; o Movimento ou Atividade, manifestando-se como Espírito Humano.
Essa herança Divina de Deus para com seus filhos se manifesta de acordo com o grau de nossa consciência espiritual, de onde concluímos que no atual estado evolutivo da nossa Onda de Vida, a humana, essa manifestação se opera de uma maneira ainda imperfeita. Torna-se necessário um esforço no sentido de dinamizar e ativar tais poderes para que a nossa real natureza se manifeste em toda sua plenitude. A vida é um “vir a ser” constante, nos levando a realizar esse objetivo. Os preceitos Cristãos, como são apresentados pela Fraternidade Rosacruz, constitui meios seguros para se conseguir isso. Esse alvo deve ser atingido por etapas, etapas estas que determinam estados de consciência.
Por meio das nossas inúmeras existências estamos desenvolvendo e passando por estados sucessivos de consciência, desde a mais completa inconsciência à plena consciência de vigília.
Esses estados de consciência foram desenvolvidos através de diversas etapas. Assim é que no Período de Saturno o estado de consciência predominante era o de transe profundo; no Período Solar, sono sem sonhos; no Período Lunar, sono com sonhos. Na metade Marciana do Período Terrestre houve uma recapitulação dos Períodos anteriores, sendo que na Época Atlante houve a aquisição da Mente instintiva e na presente Época Ária surgiu o estado de consciência apoiado na razão e no pensamento. Não podemos pensar em formação de Almas sem considerarmos as faculdades de raciocinar e de pensar, as quais bem desenvolvidas equivalem a um processo iluminador, ou ainda, a ter mais consciência de vigília.
A presente etapa nos habilitará a alcançar a luminosidade e transparência da Sexta Época – a Nova Galileia. A nossa consciência deverá se sincronizar com esse processo de iluminação, de aparecimento gradual da transparência, processo iniciado no Período de Saturno, devendo atingir o seu ponto alto na Sexta Época.
Dentro do aspecto que nos caracterizará Época Nova Galileia devemos ressaltar o fato de que a vigília tenderá a se prolongar, o que implicará numa redução das horas de repouso e consequente aumento de atividade. Então chegaremos ao ponto essencial no cumprimento da finalidade da existência humana: a Atividade. Dessa forma nos sincronizaremos com Deus, que é sempre ativo.
Como não podemos fugir a essa conjuntura, nos tornaremos consciente de nossa filiação Divina, nos tornando luminosos, porque “Deus é Luz”. É óbvio que para alcançar esta fase gloriosa, necessitaremos de meios apropriados; auxílio este que em última análise é representado pelo Cristianismo Esotérico. Começamos a praticá-lo de modo imperfeito, restringindo o seu alcance e limitando, a princípio, a universalidade própria dos princípios outorgados pelo Grande Arcanjo, Cristo, aos nossos próprios interesses. Gradualmente, porém, a amplidão dos conceitos Cristãos vai se alargando na nossa consciência, e isto se evidencia mais ainda no Estudante Rosacruz ativo, que de início procura tornar a sua própria vida num serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focando na divina essência oculta em cada um de nós, para com os irmãos e as irmãs no seu entorno.
Desde os primeiros Períodos sempre houve um propósito: o alargamento da consciência. Esta expansão é uma constante. Todo processo de ampliação da nossa consciência depende de um veículo de expressão. A consciência de vigília, nossa característica na Época Ária, não seria possível ou não teria nenhuma utilidade se não existisse o Corpo Denso.
E na Sexta Época como será expressa a nossa consciência? A Filosofia Rosacruz nos ensina que se expressará em uma forma mais elevada do que aquela que expressamos no Período Solar – consciência de sono com sonhos – mas, conscientemente, isto é, nossa visão será interna e externa, simultaneamente.
E como cada estado de consciência pressupõe o uso de um novo veículo, a Filosofia Rosacruz nos ensina que para a Sexta Época necessitaremos de um novo veículo, o Corpo-Alma, o Vestido Dourado de Bodas, formado pelos dois Éteres Superiores do Corpo Vital (Éter Luminoso e Refletor). Este Corpo luminoso está se formando pela ação Crística do amor, isto é, justa e somente pelo serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focando na divina essência oculta em cada um de nós, para com os irmãos e as irmãs no seu entorno. S. Paulo designou essa forma de serviço quando afirmou: “Não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20). A perfeita luminosidade vivia nele!
A fórmula número um está expressa por: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15:12), representando uma forma de vivência que elabora o Corpo-Alma. Portanto, o amor será uma atividade peculiar à Sexta Época.
(Publicada na Revista Serviço Rosacruz de junho/1967 – Fraternidade Rosacruz-SP)
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as ATIVIDADES PÚBLICAS realizadas pelos Estudantes Rosacruzes, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos que foram objetos de exposições, publicações e em Reuniões públicas de Estudos durante o mês anterior.
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1.Para acessar a Edição digital (com a formatação e as figuras em melhor qualidade)
clique aqui: Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Dezembro de 2024
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras) é só ler aqui:
A Fraternidade Rosacruz é uma Escola de Filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel.
Exercitando nosso papel de Estudantes Rosacruzes, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: ECOS.
Janeiro – Sol transitando pelo Signo de Capricórnio (dezembro/janeiro) 4
Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Dezembro: 12
O Despertar para nos tornarmos um Estudante Rosacruz. 12
Os Três Grandes Iniciados relacionados diretamente com a Época do Natal 13
Do que se compõe o Ritual do Serviço Devocional de Cura da Fraternidade Rosacruz. 15
Não existe poder transformador com a morte; o nosso caráter não muda! 15
O Significado Espiritual da Época do Advento. 17
1. Pergunta: Como vocês explicam os corpos incorruptos de alguns santos católicos?. 19
2.Pergunta: Por que são 7, os Espíritos diante do Trono, se há 9 Planetas no Sistema Solar?. 19
3.Pergunta: Antes de o Cristo e o Espírito Santo unirem-Se ao Deus-Pai, a Trindade não existia?. 21
O CÍRCULO DE CURA ROSACRUZ. 22
Se você está doente e entende que precisa de ajuda. 24
As Reuniões de Estudos presenciais abertas ao público ocorrem na nossa Sede própria situada na Avenida Francisco Glicério, 1326 – Centro – Conj. 82 – Campinas – SP – Brasil, aos domingos às 16 h e/ou às 17 h. Em seguida temos a oficiação do Ritual do Serviço Devocional do dia.
Se você quiser participar presencialmente é só nos avisar antecipadamente pelo WhatsApp: 55 19 99185-4932 ou pelo e-mail: fraternidade@fraternidaderosacruz.com É uma oportunidade ímpar de você estar estudando com pessoas que têm o mesmo ideal Rosacruz!
-Dia 01/12 – 16 h – Estudos Bíblicos Rosacruzes – Evangelho Segundo S. Mateus – Cap. 6 – A Significância Esotérica da Oração do Senhor – Pai-Nosso
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Época Atlante
-Dia 08/12 – 16 h – Estudos de Astrologia Rosacruz – Reunião Reservada
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Ponto “Raiz do Nariz” – Sanctum Sanctorum
Nota: Você pode obter uma cópia digital da Obra Básica Conceito Rosacruz do Cosmos da edição mais atualizada grátis aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/o-conceito/
-Publicações de textos no nosso Site (www.fraternidaderosacruz.com) e nas nossas Redes Sociais:
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-Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) dos Estudantes Rosacruzes que fazem tais Cursos por esse Centro Rosacruz
-Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
-Oficiação dos Rituais do Serviço Devocional (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)
-Continuação dos tratamentos de saúde para os irmãos e as irmãs inscritas no Departamento de Cura desse Centro Rosacruz
Aproveitemos o mês e unamos os Ensinamentos Rosacruzes: Filosofia, Bíblia e Astrologia Rosacruz para praticarmos durante TODOS OS DIAS DE JANEIRO. Esse mês solar de janeiro, que vai de 22 de dezembro a 20 de janeiro, corresponde à Hierarquia Zodiacal de Capricórnio ou Hierarquia Criadora dos Arcanjos que, dentre tantas coisas importantes, são os Seres Arcangélicos de quem Cristo é o máximo expoente, e de quem provém o maravilhoso poder pelo qual nós podemos nos elevar a Sua semelhança. É também o Signo da aparência material da deidade na Terra.
O padrão cósmico que a Hierarquia Criadora de Capricórnio mantém é o da vida em seu esplendor, quando o Espírito de Cristo se manifeste em toda a Humanidade.
O centro físico correlacionado com Capricórnio são os joelhos. Quando nos tornarmos Cristificados esses pontos se tornarão gloriosos vórtices girantes de luz.
Dentre os 12 Apóstolos, o correlacionado com Capricórnio é S. Simão. Esse Apóstolo foi relutante em aceitar a divindade do Mestre. Contudo, quando ele, finalmente, foi despertado por Cristo, sua dedicação foi total. Seu único desejo era servir o Senhor e nem a vida nem a morte podiam lhe afastar desse ideal.
Procure utilizar a seguinte frase ao fazer os Exercícios Esotéricos de Concentração durante o dia e o da Meditação: “…até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4:19). Faça isso em cada um dos dias em que Capricórnio enfoca seu ritmo sobre a Terra, e os significados ocultos dessa passagem lhe aclarará a Mente e o Coração sobre sua significância esotérica.
Segue o trecho que estudaremos para identificar a significância esotérica:
“7Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. 8Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes. 9Portanto, orai desta maneira:
‘Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso Nome, 10venha nós o vosso Reino, seja feita a vossa Vontade, assim na terra, como no céu. 11O pão nosso de cada dia nos dai hoje. 12Perdoai as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.
13E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. 14Pois, se perdoardes aos homens os seus delitos, também o vosso Pai celeste vos perdoará; 15mas se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os vossos delitos.”
Na Oração do Senhor ou “O Pai-Nosso” há sete orações, ou melhor, há três grupos de duas orações e uma súplica simples. Cada grupo faz referência às necessidades de um dos aspectos do Tríplice Espírito e sua contraparte no Tríplice corpo.
Vamos ver com detalhes quais são essas 6 orações e essa súplica, bem como as correlações entre cada aspecto no nosso Tríplice Espírito com o nosso Tríplice Corpo, e como tudo isso mostra como satisfaz as necessidades dos nossos 7 princípios humanos.
A primeira frase: “Pai Nosso que estais nos céus” é um endereçamento da oração, ou seja, estamos dirigindo essa oração para o nosso Deus-Pai, nosso criador.
Vamos para a primeira oração: “Santificado seja o Vosso nome”. Aqui o nosso veículo Espírito Humano (com o qual temos a capacidade de funcionar na Região Abstrata do Mundo do Pensamento) se eleva à sua contraparte divina, o Espírito Santo ou Jeová (cujo lugar onde Ele funciona cotidianamente, como o mais elevado Iniciado do Período Lunar é justamente a Região Abstrata do Mundo do Pensamento), onde expressamos que o Espírito Santo é sagrado e tudo que provém dele deve ser respeitado e utilizado de maneira santa e sagrada, por exemplo: a força sexual criadora.
Vamos para a segunda oração: “Venha a nós o Vosso Reino”. Aqui o nosso veículo Espírito de Vida (com o qual temos a capacidade de funcionar no Mundo do Espírito de Vida) se eleva à sua contraparte divina, o Filho ou Cristo (cujo lugar onde Ele funciona cotidianamente, como o mais elevado Iniciado do Período Solar é justamente o Mundo do Espírito de Vida), onde pedimos que venha a nós o Reino do Filho, quando Cristo voltará pela segunda vez, a Sabedoria que tanto buscamos, alcançaremos via Corpo-Alma, quando estaremos aptos a comer o fruto da Árvore da Vida e quando haverá uma Fraternidade Universal de indivíduos separados que terão vários interesses, mas que estarão prontos a dar e receber por amor, subordinando sempre as preferências individuais ao bem-comum.
Vamos para a terceira oração: “Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu”. Aqui o nosso veículo Espírito Divino (com o qual temos a capacidade de funcionar no Mundo do Espírito Divino) se eleva à sua contraparte divina, o Pai (cujo lugar onde Ele funciona cotidianamente, como o mais elevado Iniciado do Período de Saturno é justamente o Mundo do Espírito Divino), onde pedimos sempre que seja feita a Vossa Vontade, pois é justamente esse elevado Iniciado que assumiu a atribuição da Vontade Divina quando se tornou o mais elevado Iniciado do Período de Saturno.
Vamos para a quarta oração: “O pão nosso de cada dia nos dai hoje.”. Aqui o nosso veículo Espírito Divino roga ao Pai pela sua contraparte inferior que é o nosso Corpo Denso, pedindo somente o que precisamos para viver aqui, quando mais uma vez renascido, a cada dia: o alimento para sustentar esse Corpo, nada mais do que isso.
Afinal é uma verdade fácil de provar que a maioria das pessoas come demais. Quando o Corpo Denso é alimentado em excesso, nós, o Espírito, podemos até achar que permanecemos forte, mas o Corpo Denso fica fraco. A quantidade de Éter Químico e de Éter de Vida é tão grande para manter a vitalidade do Corpo Denso que não há espaço para manter um Corpo Vital com a quantidade necessária de Éter Luminoso e nem Éter Refletor, que são os componentes do nosso Corpo-Alma. Portanto, aprendamos a dar ao nosso Corpo Denso o “pão de cada dia” e nada a mais do que isso.
Vamos para a quinta oração: “Perdoai as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.”. Aqui o nosso veículo Espírito de Vida roga ao Filho pela sua contraparte inferior que é o nosso Corpo Vital, pedindo para que as nossas dívidas (ofensas, rancores, ódios, inveja e tudo o mais que significa “lição não aprendida”) sejam perdoadas, justamente porque perdoamos aos irmãos e as irmãs que praticaram tais sentimentos, emoções e desejos inferiores com a gente. E esse perdão quer dizer justamente o apagar essas impressões no Átomo-semente do nosso Corpo Denso, que é um ato que fazemos quando praticamos o arrependimento e a reforma íntima.
Note que esta parte do “Pai-Nosso” ensina a doutrina da remissão (ou perdão) dos pecados na palavra “perdoai-nos”, como afirma a Lei de Consequência nas palavras “assim como nós perdoamos”, fazendo da nossa atitude para com os outros, a medida da nossa emancipação. Sabemos da fórmula mais eficaz para praticarmos o arrependimento sincero, e de uma profundidade necessária e suficiente que leve o apagar essas impressões no Átomo-semente do nosso Corpo Denso: o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção. Junto, logicamente, com a reforma íntima buscando o perdão do irmão ou da irmã que assim prejudicamos, ou na impossibilidade (e não pelo orgulho ou quaisquer outra justificativa baseada na astúcia atlante) utilizando dos Exercícios Esotéricos de Observação e Discernimento, de modo que da próxima vez que nos aparecer a tentação para repetir aqueles tipos de sentimentos, emoções e desejos inferiores com outrem, a gente não cair, mas sublimar e regenerar tais sentimentos, emoções e desejos inferiores pelos seus correlatos superiores.
Vamos para a sexta oração: “E não nos deixeis cair em tentação.”. Aqui o nosso veículo Espírito Humano roga ao Espírito Santo pela sua contraparte inferior que é o nosso Corpo de Desejos, pedindo para que nos ajude a não cair nas tentações que nada mais são do que provas que temos para verificar, por nós mesmos, se aprendemos as lições que procrastinamos em vidas passadas, nessa missão que temos de obedecer às Leis de Deus aqui renascidos nessa Região Química do Mundo Físico, o baluarte atual da nossa evolução.
Pois compreendemos que passamos por tentações, porque estamos em contínuo treinamento, em ininterrupto aprendizado. Se enfrentamos essa tentação, que vem em forma de dificuldade, provação, de frente e com vontade, logo a resolveremos, logo descobrimos o seu mistério: a solução, pois um mistério depois de ser desvendado deixa de ser mistério. E a tentação deixa de ser tentação, pois “lição aprendida, ensino suspenso”.
Pois sabemos que o nosso Corpo de Desejos é o repositório de nossas energias e o que incentiva nossas ações atualmente. Afinal, o desejo é predicado valioso, demasiado valioso, para ser sufocado ou destruído, posto que uma pessoa sem entusiasmo para nada serve.
Afinal, somente quando aprendemos a controlar a nossa natureza de desejos podemos então prosseguir em harmonia com as Leis de Deus quando aqui renascidos.
E, finalmente, vamos a súplica: “mas livrai-nos do mal”. Aqui, nós, por meio do nosso Tríplice Espírito, suplicamos à Trindade Divina um pedido pela Mente.
Pois sabemos que a força capaz de dirigir a energia da nossa natureza de desejos encontra-se na Mente. Já que mal chega ao nosso conhecimento só através da Mente que discerne, ou seja, que nos capacita a distinguir diversas alternativas de ação e optar por uma entre tantas. Se escolhemos agir em harmonia com o bem universal, cultivamos a virtude; se escolhemos o contrário, praticamos o “mal”, nos corrompemos e pecamos.
É sempre assim o seguir pelo caminho reto ou o desviar-se para trilha sinuosa, fica sempre na dependência da supremacia de nossa Mente sobre os nossos desejos. Se a Mente é bastante forte para “nos livrar do mal”, nos tornaremos virtuosos de modo positivo e mesmo se cedermos à tentação por algum tempo, antes de perceber nosso erro, adquiriremos virtude tão logo nos arrependamos e nos reformemos, como explicamos anteriormente. Aí, e só aí, seremos virtuosos, ou seja, cheio de virtudes.
Notem como a Oração do Senhor satisfaz as várias partes constitutivas de cada um de nós e indica as necessidades de cada uma dessas partes, mostrando a maravilhosa sabedoria contida em uma fórmula tão simples. Assim, o foco na Individualidade para a nossa vida aqui na Terra se torna um bom hábito que não conseguimos viver mais sem praticá-lo.
Para saber mais, assista a 17ª Reunião Estudos Bíblicos Rosacruzes-FRC em Campinas em:
17ª Reunião Estudos Bíblicos Rosacruzes-FRC em Campinas-SP-1DEZ24–C.6-Evangelho Segundo S.Mateus-P.2
A Época Atlante aconteceu no quarto Período (dito Período Terrestre), na quarta Revolução e na quarta Época.
Os Eventos pelos quais nós passamos durante a Época Atlante foram:
– A Água: pela primeira vez tivemos o contato com esse Elemento, pois vivíamos em ambiente extremamente úmido
– O Arco-Íris: pela primeira vez vimos esse fenômeno da Natureza, quando no final da Época a atmosfera se condensou e o Arco-Íris apareceu simbolizando uma Aliança com Deus
– Os Senhores da Mente e o germe da Mente.
– A Astúcia praticada cotidianamente
– Muitos alcançaram aqui o Nadir da Materialidade.
– O início da construção dos nossos físicos, demandando pela luz
– Alcançamos a plena visão e percepção da Região Química do Mundo Físico
Foi na Época Atlante que construímos o cérebro e a laringe, dois órgãos que foram criados com a metade da força sexual criadora. Também, nessa Época, começamos a nos dividir em Raças separadas. Na Bíblia o estereótipo do ser humano é descrito na figura de Nimrod. No final da Época Atlante o continente que todos nós vivíamos, chamado Atlântida, foi destruído por inúmeros dilúvios. A causa foi a enorme cristalização que alcançamos aos nos dedicar somente às coisas materiais. Na Bíblia o estereótipo do ser humano que conseguiu sair da Época Atlante e entrar na Época Ária é descrito na figura de Noé. E essa Época se refere ao sexto Dia da Criação (Gn 1:24-27).
Para saber mais, assista a 207ª Reunião Dominical de Estudos da Filosofia Rosacruz-FRC em Campinas em:
Vamos estudar a significância esotérica de um lugar no nosso Corpo Denso chamado “raiz do nariz”.
Esse ponto está situado entre os arcos supraciliares, a um centímetro e meio abaixo da pele, que tem um correspondente no Corpo Vital. Este ponto não é o Corpo Pituitário (também chamado de hipófise ou Glândula Pituitária), que está muito mais para dentro da cabeça do Corpo Denso.
Quando esses dois pontos, do Corpo Vital e do Denso se põem em correspondência, como acontece no ser humano atual, o Clarividente voluntário treinado pode ver ali uma mancha preta, ou, em outras palavras, como que um espaço vazio, semelhante ao núcleo invisível da chama de gás.
É o assento do nosso veículo espiritual, o primeiro aspecto da nossa manifestação, o Espírito Divino, o Sanctum Sanctorum (Santo dos Santos) no Templo do Corpo Denso, fechado para todos menos para o Ego, que nele habita.
O Clarividente voluntário treinado pode ver, com maior ou menor acuidade segundo sua capacidade e treinamento, todos os diferentes Corpos que formam a aura humana, mas esse ponto, esse lugar, está oculto para ele. É a “Ísis”, cujo véu ninguém pode levantar. O ser mais evoluído não pode erguer o véu do Ego, nem mesmo da mais humilde e menos desenvolvida criatura. Sobre a Terra, isso e somente isso, é tão sagrado que está completamente a salvo de toda e qualquer intromissão.
Quando o ponto do Corpo Vital se pôs em correspondência com o ponto da raiz do nariz do Corpo Denso, alcançamos a consciência de vigília, o Mundo material torna-se a única coisa real. Tão real que muitos chegam a formar ideia de que tais Mundos internos não existem, e a considerar a crença neles como uma estúpida superstição. Despertamos para o Mundo Físico, e a maior parte da Humanidade perde a consciência dos Mundos internos.
Vamos estudar a significância esotérica do Sanctum Sanctorum ou Santo dos Santos.
No Tabernáculo no Deserto (a primeira igreja que foi construída para que pudéssemos começar o nosso caminho de volta para Deus) o Aspirante entrava pela porta leste e seguia o caminho que passava pelo Altar dos Sacrifícios, pelo Altar de Bronze e pelo Lugar Santo, na parte mais ocidental do Tabernáculo, onde estava localizada a Arca, o maior de todos os símbolos, no Santo dos Santos (ou Sanctum Sanctorum), a parte mais sagrada do Tabernáculo no Deserto.
Na segunda Sala do Tabernáculo do Deserto, no ponto mais oeste, atrás do segundo véu, nenhum mortal poderia passar a não ser o Sumo Sacerdote e, mesmo assim, era permitido a ele entrar somente uma vez por ano, e somente após a mais solene preparação e com o maior reverente cuidado. O Santo dos Santos era revestido com a solenidade de outro mundo; estava repleto de uma grandeza sobrenatural. O Tabernáculo inteiro era o santuário de Deus, mas, aqui nesse local estava a certeza absoluta da Sua presença, a morada especial da Glória Shekinah, e qualquer ser mortal tremia ao se apresentar dentro desses recintos sagrados, como deveria acontecer com o Sumo Sacerdote, no Dia da Expiação.
Na parte mais ocidental desse recinto, o extremo oeste de todo o Tabernáculo, estava a “ARCA DA ALIANÇA”. Era um receptáculo vazio que continha o Pote de Ouro do Maná, a Vara de Aarão que floresceu, e as Tábuas da Lei, que foram dadas a Moisés. Enquanto essa Arca da Aliança permanecia no Tabernáculo no Deserto, as duas varas ficavam colocadas sempre dentro dos quatro anéis da Arca, para que ela pudesse ser levantada e transportada a qualquer momento. Mas, quando a Arca finalmente foi transportada para o Templo de Salomão, as varas foram retiradas. Isso tem um significado simbólico de grande importância. Sobre a Arca pairavam os Querubins, e entre eles habitava a não criada glória de Deus.
Para saber mais, assista a 208ª Reunião Dominical-Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil em: 208ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP-08dez24-C12_Evolução da Terra-Raiz do Nariz – Sanctum Sanctorum
Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Dezembro:
O Despertar para nos tornarmos um Estudante Rosacruz
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que ao nos tornarmos um “Estudante Rosacruz”, com certeza, é porque acordamos para realidades mais elevadas, que agora encontramos respostas pertinentes às nossas dúvidas (de muitos e muitos anos).
Esse despertar mostra que alcançamos um amadurecimento interno, fruto da nossa peregrinação, da nossa busca incessante, mesmo que inconscientes. Ao nos ligarmos à essa grande Escola de Mistérios, a Escola Rosacruz, ou Fraternidade Rosacruz, começamos a receber ricas orientações, e um grande auxílio para trilharmos o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, com confiança e segurança.
Dali em diante, começamos a trilhar um belo Caminho de Evolução, rico em detalhes, e agora totalmente conscientes.
Estar nesta Escola representa pegar o caminho de atalho para um desenvolvimento espiritual seguro, constante e completo.
Todo avanço, porém, depende exclusivamente da dedicação do Estudante.
A parte de incentivo e orientação que compete à Escola e aos Irmãos Maiores jamais lhe faltará. Todos estamos sempre prontos e atentos.
Quanto mais o Estudante se dedica, maior compreensão vai surgindo, também mais interesse, e os horizontes vão se alargando.
É, portanto, importantíssimo o esforço, a dedicação, estudar sempre, oficiar os Rituais do Serviço Devocional todos os dias, assim como fazer os Exercícios Esotéricos Rosacruzes, fazer os Cursos de formação com calma, estudando, assimilando os conhecimentos (não intelectualmente, nem automaticamente, lendo e respondendo); aqui se estuda de verdade ou de nada adiantará para o Estudante.
Todo esforço valerá a pena, trará um resultado bem positivo.
Do preparo e esforço de cada um é que depende a capacidade de subir degraus e servir mais e melhor aos seus irmãos e suas irmãs.
O Caminho pode parecer difícil, mas foi feito para chegar, é lindo e vale muito a pena!
Mais detalhes de todos os Períodos, leiam o Conceito Rosacruz do Cosmos, a obra básica dos Ensinamentos Rosacruzes que você encontra aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/o-conceito/.
É maravilhoso como Aspirantes à vida superior, estando aqui na Fraternidade Rosacruz, podermos aprender sobre irmãos e irmãs que renasceram aqui no Mundo Físico, e que deram uma grande contribuição na nossa Evolução.
A Filosofia Rosacruz é imensa e traz relatos de Grandes e Iluminados seres humanos, que nos ajudaram e nos ajudam neste imenso Campo de Evolução.
Nesta época Santa do Natal, podemos lembrar aqui de três Grandes Iniciados, que coroaram essa bela história.
Temos o caso de José, um grande Iniciado, que havia consagrado sua vida a trilhar o Caminho da Santidade, e foi o escolhido para ser o pai do Irmão Maior Jesus.
Jesus havia alcançado já um grau muito elevado de espiritualidade, através de muitas vidas de santidade e de serviço; numa de suas vidas anteriores, havia renascido como Salomão.
Jesus veio à Terra com a missão de preparar um Corpo Denso (Corpo Físico) e um Corpo Vital da maneira mais pura e saudável, e que lhe pertenceria por até 30 anos, para depois cedê-lo de livre e espontânea vontade ao grande Arcanjo Cristo, o Deus-Filho.
Os Evangelhos pouco relatam sobre sua infância, mas relata que foi ensinado pelos Essênios, Seres também muito sábios, possuidores de uma grande sabedoria, onde ali Jesus absorveu um grande conhecimento oculto, reavivando o que havia aprendido em vidas anteriores.
Já Maria, um Ser muito elevado, grande Iniciada, foi a escolhida para uma grande e sublime missão, a de alojar em seu ventre, como sabemos, um Ego tão especial (Jesus), pois já vinha de vidas de pureza e serviços à Humanidade.
Maria se preparou por meio de orações e aspirações elevadas, para este tão elevado acontecimento, uma Concepção Imaculada.
Todos nós aqui renascidos, devemos agradecer todos os Seres elevados que estão sempre dispostos a nos ajudar e a nos mostrar o Caminho reto.
Elevemos sempre nossos pensamentos de gratidão a eles.
Tenhamos todos os dias momentos de oração e gratidão por tudo que temos recebido, por esses Seres de elevada estatura espiritual, que nos ajudam muito a percorrer esse Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
O 𝗘𝘀𝘁𝘂𝗱𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗥𝗼𝘀𝗮𝗰𝗿𝘂𝘇 𝗔𝗧𝗜𝗩𝗢 oficia o 𝙍𝙞𝙩𝙪𝙖𝙡 𝙙𝙤 𝙎𝙚𝙧𝙫𝙞ç𝙤 𝘿𝙚𝙫𝙤𝙘𝙞𝙤𝙣𝙖𝙡 𝙙𝙚 𝘾𝙪𝙧𝙖 – 𝙤 𝙎𝙚𝙧𝙫𝙞ç𝙤 𝙙𝙚 𝘾𝙪𝙧𝙖 – em todas as Datas de Cura, que muda todos os meses e todo ano (para saber as desse ano, é só acessar aqui: https://fraternidaderosacruz.com/datas-para-realizar-o-ritual-do-servico-devocional-de-cura-2025/).
Perceba que o Ritual é dividido em três partes bem distintas:
1ª – 𝑷𝒓𝒆𝒑𝒂𝒓𝒂çã𝒐 – composto por músicas e textos que visam preparar o ambiente, separando o ambiente externo (de onde vem o Estudante) do interno (para o interior do Estudante);
2ª – 𝑪𝒐𝒏𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂çã𝒐 – é o clímax do Ritual, onde o Estudante se dedica a se concentrar com toda a sua dedicação, foco, disposição e vontade na Cura, como é feita pela Fraternidade Rosacruz: o Poder Curador de Deus Pai – abundante e sempre presente, pois n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser; o Curador – um ser humano, selecionado utilizando as Leis Divinas de Semelhança e da Receptividade Sistemática, que será o ponto focal de transmissão do excesso do seu fluído vital, à noite, para o paciente; e o Paciente (que NÃO tem ser nominado em hipótese alguma, pois a Cura será feita por quem deve ser curado, por quem já aprendeu a lição que a doença e o sofrimento está apontando) colaborativo, participativo, que tenha muita fé e que também está disposto a ajudar aos outros que também estão sofrendo tanto quanto ou até mais que ele.
3ª – 𝑺𝒂í𝒅𝒂 – composto de música e admoestação de saída que visam preparar o Estudante para internalizar tudo o que aqui falou, ouviu, participou e se concentrou, recebendo toda a força espiritual gerada durante a oficiação do Ritual, a fim de aplicá-la no seu dia a dia, se esforçando para o cumprir no tema concentrando a sua participação no processo de Cura Rosacruz.
A morte aqui no Mundo Físico, para toda pessoa, nada mais é do que a passagem deste Mundo para um outro Mundo (o Espírito não morre), é apenas uma remoção para um outro plano. Morre aqui, acontece mais um nascimento lá!
Ao morrer aqui desperta-se no Mundo do Desejo a mesma pessoa, com todos os aspectos que tinha antes de sua morte aqui. Qualquer um que nos veja lá, se nos conheceu aqui na Região Química do Mundo Físico, nos reconhecerá. O nosso Corpo de Desejos (um ovoide aqui) assume exatamente a forma do nosso Corpo Denso lá.
Não existe poder transformador com a morte; o nosso caráter não muda!
Uma pessoa perversa aqui, continua perversa lá; o avarento, idem, o ladrão então, é tão desonesto como antes, e assim por diante.
A grande e importante mudança em todas elas, é que perderam o Corpo Denso (o Corpo Físico) e isso fará toda a diferença em relação à satisfação de seus vários desejos.
Tomemos como exemplo um viciado em bebidas alcoólicas: por não ter mais o Corpo Denso (portanto não terá estômago nem físico nem vital) poderá tentar de todas as maneiras satisfazer seu desejo por bebida alcoólica, mas sem sucesso, isso o fará sofrer muito, e num dado momento, o desejo “passa” por falta de satisfação.
Isso acontece também com seus desejos, sentimentos e emoções malignos, cultivados aqui na Terra, não podendo ser gratificado, ou satisfeito, passa. E é só depois de “passar” esses desejos de continuar satisfazendo-o aqui na Terra (ou seja, de deixar de ser um “apegado à Terra”) é que a pessoa segue em frente e entra no Purgatório.
Nesse lugar, o sofrimento é estritamente proporcional à força de cada hábito maligno praticado na vida recém-finda pela pessoa.
No Purgatório, enquanto o Panorama da Vida que acabou se desenvolve, o bem contido nele não causa qualquer impressão em nós, diferente do mal, ou seja, fazer o mal aqui enquanto encarnados aqui no Mundo Físico, com certeza nos causará um grande sofrimento lá.
Tudo de ruim que aqui fizemos para alguém, lá no Purgatório sofreremos com uma intensidade três vezes maior, isso por não termos mais o Corpo Denso para atenuar o sofrimento.
A vida de todo transgressor é sofrida.
A missão do Purgatório é erradicar nossos maus hábitos.
É por causa do nosso sofrimento lá que aprendemos a agir gentilmente, honestamente e com muita tolerância para com os outros aqui.
O Purgatório tem uma influência fundamental para o Crescimento da Alma.
Quando renascemos aqui, de novo, estamos livres de maus hábitos, portanto qualquer obra ou ação maligna que cometermos, vem do nosso livre arbítrio.
Às vezes essas tendências vêm nos tentar, proporcionando-nos uma grande oportunidade de nos posicionar ao lado da misericórdia, da compaixão, da paciência e da virtude, contra o vício e a crueldade.
Podemos, enquanto estivermos aqui no Mundo Físico, adiantar nossa passagem pelo Purgatório, fazendo o Exercício Esotérico Rosacruz noturno de Retrospecção, ensinado pela Fraternidade Rosacruz, todas as noites.
Arrependimento e reforma íntima também são fatores poderosos para encurtar nossa passagem pelo Purgatório, desde que a pratiquemos durante o Exercício Esotérico de Retrospecção.
Sabemos, pois, qual Caminho escolher aqui; do bem (que nos beneficiará muito) ou do mal (que nos causará muito sofrimento no Purgatório). A escolha é sempre nossa, individual, respeitando sempre o nosso livre arbítrio, mas a consequência pela escolha também é nossa!
Mais uma vez estamos no que se diz “tempo de Natal”.
A visão de cada um de nós do Natal e desse tempo que o antecede, o advento, depende de como cuidamos da nossa parte espiritual no nosso dia a dia.
Afinal, para uma pessoa religiosa devota é um período santificado, sagrado e repleto de mistério, não menos sublime por ser incompreendido.
Para uma pessoa que não acredita em nada que não seja da Região Química do Mundo Físico é uma tola superstição.
Para uma pessoa puramente intelectual é um enigma, pois está além da razão.
O significado espiritual da época do Advento mostra que é um tempo de purificação e preparação.
É o momento em que o Aspirante à vida superior se sincroniza mais intensamente com os regozijos do próximo fluxo de Cristo no Natal, que se aproxima.
E se você sabe algo sobre o significado da Iniciação Cristã Mística – como fornecido no livro Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz, e que está no nosso site, de graça – entrará com uma compreensão muito mais profunda nas disciplinas da época do Advento.
Normalmente, o Advento começa no último domingo de novembro e culmina na áurea glória do Solstício de Dezembro. Para o Cristão esotérico abarca as três etapas ou graus que alcançam seu máximo à meia-noite da Noite Santa. Este período de preparação e progresso se refere não somente às quatro semanas de Advento, mas também a determinados estágios de desenvolvimento espiritual relacionados com estas quatro semanas.
Devemos aproveitar muito as vibrações deste momento, deste mês.
Até pessoas insensíveis aos problemas, tristezas e dores dos outros, neste mês abrem os seus corações, que dirá nós que temos como certo, sendo Aspirantes à vida superior, o amor ao próximo, o serviço amoroso, sempre desinteressado e anônimo?
Estejamos atentos, observando ao nosso redor para não cairmos nas tentações de apenas ajudarmos porque neste momento muitas pessoas ajudam; não levar bonecas e bolas de futebol para as crianças carentes porque é bonito esse gesto, porque alivia a consciência. Isso é astúcia!
Muitos irmãos e muitas irmãs não precisam de ajuda somente nesta época do ano, quantas precisam de um “oi”, de um ombro amigo, de alguém com quem possa desabafar, e até mesmo alguma ajuda material emergencial, o ano todo?
Entremos dentro de nós e nos perguntemos: – quantas pessoas ajudei ao longo deste ano? Quantas vezes conversei com meus vizinhos, visitei pessoas num hospital, orfanato, asilo? Quantas vezes orei por alguém? Existem muitas outras coisas que deixamos de fazer pelo próximo, é só lembrar…
Devemos tomar cuidado com modismos, indo com a corrente, com a grande massa, fazendo gastos inúteis, buscando prazeres nas coisas materiais, se fartando nas festividades (a gula é um pecado), enchendo a casa de “papai noel”; definitivamente ele não é o personagem principal neste momento, não é?
Cristo faz um sacrifício por todos nós todo ano, busquemos saber mais sobre este sacrifício e deste trabalho maravilhoso que Ele faz.
Não foquemos em coisas materiais, lâmpadas e luzinhas coloridas, árvores enormes e cheias de bolas, podemos e devemos sim, arrumar nossos lares para o Natal, com parcimônia, entendimento e com nossos corações puros.
Aproveitemos o momento para perdoar as pessoas que nos ofenderam, que nos caluniaram, que não entenderam nossas falas firmes, nossas posições com relação às mentiras, injúrias, inveja, materialismo, egoísmo, etc.
Façamos a Oração do Senhor, deixada por Cristo, quantas vezes acharmos necessário, com muita sinceridade, buscando o que ela nos revela, onde ela nos leva, como ela nos liga ao Pai, nosso Deus e criador.
Saibamos que os primeiros Discípulos de Cristo observavam a este período como muito apropriado para receber novas revelações do alto, particularmente propício para o seu desenvolvimento espiritual. Realizavam uma preparação específica para o que eles esperavam receber quando o Advento alcançasse seu cume no momento da Noite Santa.
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1. Pergunta: Como vocês explicam os corpos incorruptos de alguns santos católicos?
Resposta: O Cristão místico – que caminha na espiritualidade prioritariamente pelo Coração ou pela devoção – pode chegar e chega aos graus tão elevados como o Cristão ocultista (que caminha na espiritualidade prioritariamente pela Cabeça ou pela razão). Assim tanto um como outro pode chegar ao grau elevado de rejuvenescer seu Corpo Denso quantas vezes for necessário para cumprir uma missão (veja a história de Christian Rosenkreuz em seu renascimento como Conde Saint Germain, por exemplo). Se sua missão é manter um Corpo Denso incorrupto a fim de facilitar, e até ajudar a muitos irmãos e muitas irmãs que não acreditam em Deus ou nos Mundos invisíveis, a começarem a pensar na “possibilidade” e abandonarem o materialismo. Notem que a história mostra que em muitos desses “corpos incorruptos” houve cientistas – muito materialistas – que estudaram e não conseguiram chegar a nenhuma conclusão material do fato. Veja mais detalhes sobre o desenvolvimento do Cristão místico e do Cristão ocultista no livro Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz.
2.Pergunta: Por que são 7, os Espíritos diante do Trono, se há 9 Planetas no Sistema Solar?
Resposta: Porque Netuno e Plutão não pertencem ao nosso Sistema Solar. O astrônomo moderno separa o aspecto espiritual da ciência celestial, a Astrologia, que ele expressa o seu desprezo como “uma superstição notória”, da fase material, a Astronomia, considerando oito Planetas iniciais em nosso Sistema Solar – Netuno, Urano, Saturno, Júpiter, Marte, Terra, Vênus, Mercúrio. Ele demostra, por meio do telescópio, que os Planetas existem e com isso ele pensa que conseguiu provar que a Religião nada sabe a esse respeito quando afirma que existem sete Planetas no Sistema Solar. No entanto, o Místico ressalta a Lei de Bode como que justificando a sua afirmação de que Netuno não pertence realmente ao nosso Sistema Solar.
A Lei é a seguinte: se escrevermos uma série de 4 e somarmos 3 ao segundo, 6 ao terceiro, 12 ao quarto, etc., toda vez sempre dobrando o número adicionado, a série de números resultante será uma aproximação bem próxima às distâncias relativas dos Planetas ao Sol, com exceção de Netuno.
Se dividirmos essa série por 10 (dez) obtemos “1” para a distância da Terra ao Sol e, os outros números representam as distâncias dos outros Planetas em termos da distância da Terra. A proximidade com que essa lei simples estabelece a distância é mostrada da seguinte forma: sendo a coluna intitulada “Bode”, mostra as distâncias de acordo com essa Lei, enquanto a coluna intitulada “Distância” fornece os valores exatos em termos de distâncias da Terra.
Assim, podemos ver que, com exceção dos valores encontrados para o caso de Netuno, os números representam, muito próximos, as distâncias proporcionais relativas do Sol, dos sete Planetas e até da camada de asteroides que estão dentro de nosso Sistema Solar, mas falham definidamente quando aplicados a Netuno, sendo esse a externalização de um Grande Espírito das Hierarquias Criadoras que normalmente nos influenciam a partir do Zodíaco. Esse gênio planetário trabalha, especificamente, com aqueles que estão se preparando para a Iniciação e, parcialmente, com aqueles que estudam Astrologia e a praticam em suas vidas diariamente, pois estes também estão se preparando para o caminho da realização espiritual. As cintilações das estrelas fixas que estão fora do nosso Sistema Solar são as pulsações dos impulsos espirituais enviados pelos guardiões dos Mistérios Maiores; e os Mercurianos, os Deuses da Sabedoria, enviam impulsos similares referentes aos Mistérios Menores, razão pela qual, Mercúrio cintila como uma estrela fixa.
3.Pergunta: Antes de o Cristo e o Espírito Santo unirem-Se ao Deus-Pai, a Trindade não existia?
Resposta: No início do Período de Saturno, ou melhor dizendo, até o fim do Período de Saturno não havia nem o primeiro aspecto da Trindade Divina (os 3 aspectos eram executados por Deus, o criador do nosso Esquema de Evolução e de tudo que existe no nosso Sistema Solar). Nesse Esquema de Evolução, criado por Deus, só no final do Período de Saturno é que um ser da Onda de Vida dos Senhores da Mente é que conseguiu aprender tudo que teria a aprender nesse Esquema de Evolução para aquela Onda de Vida e, portanto, conseguiu construir um Corpo com material do Mundo de Deus. Assim, por mérito, esse ser Senhor da Mente assumiu o atributo “Poder” do Deus-Pai. Na sequência, só no final do Período Solar, é que um ser da Onda de Vida dos Arcanjos é que conseguiu aprender tudo que teria a aprender nesse Esquema de Evolução para aquela Onda de Vida e, portanto, conseguiu construir um Corpo com material do Mundo de Deus. Assim, por mérito, esse ser Arcanjo assumiu o atributo “Sabedoria” do Deus-Filho, e o seu nome é Cristo. E, por fim, só no final do Período Lunar é que um ser da Onda de Vida dos Anjos conseguiu aprender tudo que teria a aprender nesse Esquema de Evolução para aquela Onda de Vida e, portanto, conseguiu construir um Corpo com material do Mundo de Deus. Assim, por mérito, esse ser Anjo assumiu o atributo “Atividade” do Deus-Espírito Santo, e o seu nome é Jeová. Assim, somente no Período Terrestre é que temos a Santíssima Trindade assumindo os 3 atributos de Deus nesse Sistema Solar, suficiente para criar e manter todo esse Esquema de Evolução com todos os Campos de Evolução necessários para a evolução de todos os seres que deles precisam, incluindo nós.
4.Pergunta: No livro “Interpretação Mística do Natal”, capítulo II, § 7, Max Heindel escreveu que os aviadores da Atlântida eram asfixiados pelo oxigênio. Então os atlantes possuíam aviões e tecnologia como nós?
Resposta: Quando vivíamos na Atlântida nós possuíamos uma tecnologia muito superior a de hoje, especialmente na segunda metade de Época Atlante, pois foi nesse ponto desse Esquema de Evolução que muitos de nós alcançou o Nadir da Materialidade e o conhecimento total de domínio dos materiais da Região Química do Mundo Físico. Onde está toda essa tecnologia? Nos Estratos do Planeta Terra, como estudamos no Conceito Rosacruz do Cosmos. Por que não utilizamos hoje? Porque muitos de nós se cristalizaram tanto no materialismo que perderam o acesso a tudo isso. E os que têm, utilizam outros meios ainda mais avançados: o Corpo-Alma.
5.Pergunta: Quais seriam os paralelos, se houver, dos Corpos e Mundos descritos no livro Conceito Rosacruz do Cosmos e os 7 chacras? Eles estariam todos em um desses Corpos e Mundos, ou em mais de um, ou ainda cada um faria correspondência a um Corpo/Mundo?
Resposta: Para os irmãos e as irmãs que escolheram, ainda no Terceiro Céu, nascerem e viverem no lado ocidental do Planeta Terra, o Corpo Denso construído vibra com outros pontos focais e que não são mais os chacras (reservados somente para os irmãos e as irmãs que escolheram, ainda no Terceiro Céu, nascerem e viverem no lado oriental do Planeta Terra).
Quando um irmão ou irmã que escolheu, ainda no Terceiro Céu, nascer e viver no lado ocidental do Planeta Terra, e durante a sua vida escolhe viver e praticar os ensinamentos das escolas de mistérios orientais, ele ou ela está reativando uma reminiscência de um método que ele já usou no que chamamos, na Fraternidade Rosacruz, de Época Atlante (afinal é mais fácil reativar uma função que temos do que buscar o desenvolvimento de algo novo, que não tivemos ainda).
Com certeza, esse irmão ou irmã está se atrasando evolutivamente, pois está tentando fazer algo com “ferramentas não apropriadas”, quando não, provoca doenças mentais que atrasam mais ainda sua evolução aqui.
Pior ainda é tentar, estando no lado ocidental do Planeta Terra, praticar ensinamentos das escolas de mistérios orientais. Aí além das “ferramentas não apropriadas”, está em um lugar cujas vibrações espirituais também não são as apropriadas. Resultado: atraso na evolução e perda do precioso tempo renascido aqui, onde estamos no baluarte da evolução.
Se escolhemos, ainda no Terceiro Céu, nascer e viver no lado ocidental do Planeta Terra, estudemos, pratiquemos e sigamos uma Escola de Mistérios (ou de Iniciações) Ocidental, como é a Fraternidade Rosacruz que a leva para a Ordem Rosacruz.
As Reuniões de “Cura Rosacruz” são realizadas na Pro-Ecclesia (Chapel) da The Rosicrucian Fellowship quando a Lua está em torno dos 15 graus de um dos quatro Signos Cardeais ou Cardinais do Zodíaco.
O horário é 18h30, horário local.
A virtude dos Signos Cardeais ou Cardinais (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio) é a energia dinâmica que eles infundem em cada coisa ou empreendimento iniciado sob sua influência e, portanto, os pensamentos de cura dos Auxiliares Visíveis e Invisíveis em todo o mundo são dotados de poder adicional quando lançados em suas missões de misericórdia sob essa influência cardinal.
Se você gostaria de participar deste trabalho, nas Datas de Cura (veja a figura abaixo as Datas para esse mês), sente-se em silêncio quando o relógio em seu local de residência apontar para a hora local indicada: 18h30 ou em qualquer horário que melhor seja, desde que seja todos os dias o mesmo horário (pois a “coleta” é feita 24 horas por dia em todos os lugares do mundo – pois a todo momento sempre é 18h30 em algum lugar da Terra), oficie o 𝗥𝗶𝘁𝘂𝗮𝗹 𝗱𝗼 𝗦𝗲𝗿𝘃𝗶ç𝗼 𝗗𝗲𝘃𝗼𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗖𝘂𝗿𝗮.
Esse Ritual é dividido em três partes bem distintas:
1ª – 𝑷𝒓𝒆𝒑𝒂𝒓𝒂çã𝒐 – composto por músicas e textos que visam preparar o ambiente, separando o ambiente externo (de onde vem o Estudante) do interno (para o interior do Estudante);
2ª – 𝑪𝒐𝒏𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂çã𝒐 – é o clímax do Ritual, onde o Estudante se dedica a se concentrar com toda a sua dedicação, foco, disposição e vontade na Cura, como é feita pela Fraternidade Rosacruz: o Poder Curador de Deus Pai – abundante e sempre presente, pois n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser; o Curador – um ser humano, selecionado utilizando as Leis Divinas de Semelhança e da Receptividade Sistemática, que será o ponto focal de transmissão do excesso do seu fluído vital, à noite, para o paciente; e o Paciente (que NÃO tem ser nominado em hipótese alguma, pois a Cura será feita por quem deve ser curado, por quem já aprendeu a lição que a doença e o sofrimento está apontando) colaborativo, participativo, que tenha muita fé e que também está disposto a ajudar aos outros que também estão sofrendo tanto quanto ou até mais que ele.
3ª – 𝑺𝒂í𝒅𝒂 – composto de música e admoestação de saída que visam preparar o Estudante para internalizar tudo o que aqui falou, ouviu, participou e se concentrou, recebendo toda a força espiritual gerada durante a oficiação do Ritual, a fim de aplicá-la no seu dia a dia, se esforçando para o cumprir no tema concentrado: a sua participação no processo de Cura Rosacruz.
“Se podes?”, disse Cristo Jesus. “Tudo é possível àquele que crê.”. Mc 9:23
…recorra ao Método de Cura Rosacruz, já utilizado por milhares de pessoas. O processo começa com o preenchimento de um Formulário que deve ser preenchido com caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA. As instruções detalhadas se encontram aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/formulario-para-solicitacao-de-auxilio-de-cura-fraternidade-rosacruz/
**Se você conhece alguém que esteja doente e quer ajudá-la, comece por oficiar o Ritual do Serviço Devocional de Cura nas Datas de Cura.
As instruções detalhadas se encontram aqui:
No princípio, Deus diferenciou dentro de Si uma hoste de Espíritos como faíscas de um fogo. Esses Espíritos não eram chama, embora dotados de consciência total – omnisciência –, não tinham autoconsciência. Eles tinham todas as possibilidades de ser, mas não eram realmente onipotentes como Deus, porque não tinham o poder dinâmico disponível para uso, a qualquer momento, de acordo com sua vontade. Para que pudessem desenvolver essas qualidades, começaram sua peregrinação pela matéria.
Aprendemos na Filosofia Rosacruz que o nome deles é Espírito Virginal e que nós, Espíritos Virginais da Onda de Vida humana estamos manifestados em um Tríplice Espírito — Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano — (como Deus, nosso criador, está manifestado também: de forma Tríplice), possuímos um veículo Mente, por meio da qual estamos aprendendo a governar um Tríplice Corpo — Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos — cujo germe ganhamos de Hierarquias Criadoras e por meio do nosso trabalho (Tríplice Espírito) sobre esse Tríplice Corpo fomos enriquecendo os Átomos-sementes de cada um desses três Corpos, com o propósito de coletar experiência. E, aos poucos, vamos transmutando esse Tríplice Corpo em uma Tríplice Alma por meio da qual iremos da impotência à onipotência.
Durante a Involução (a primeira das duas partes desse Esquema de Evolução), nós – o Ego, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana – progredimos construindo um Tríplice Corpo e vamos conquistando o controle sobre esses Corpo por meio do elo da Mente. A Mente é o ponto básico sobre o qual a Involução se transforma em Evolução e nós, que entramos em nossos veículos (o Tríplice Corpo), começamos a desenvolver a Tríplice Alma — Alma Consciente, Alma Intelectual e Alma Emocional.
E o processo é o seguinte: toda atividade que executamos via nosso veículo Espírito Divino sobre o nosso Corpo Denso, que resulta em observação e ação retas, promove o crescimento da Alma Consciente, alimento para aumentar a consciência do veículo Espírito Divino, a fim de um dia termos um Corpo Espírito Divino.
O Corpo Denso é trabalhado pelo Espírito Divino porque ele é a oitava inferior desse Espírito Divino. A Alma Consciente cresce pela observação, ação, pelos impactos externos e experiência. Essas são as lições que nos são dadas na grande Escola de Deus, o ambiente diário que nos cerca e do qual frequentemente reclamamos amargamente; ainda assim, quando corretamente enfrentadas, na realidade elas se tornam nossas maiores bênçãos, pois são o alimento que nutre a Alma Consciente e ela aumenta a consciência do Espírito Divino porque ela é a quintessência do Corpo Denso, que é a contraparte inferior – ou oitava inferior – do Espírito Divino.
Toda atividade que executamos via nosso veículo Espírito de Vida sobre o nosso Corpo Vital, que resulta em memória da observação e ação retas e dos desejos, sentimentos e emoções superiores, promove o crescimento da Alma Intelectual, alimento para aumentar a consciência do veículo Espírito de Vida, a fim de um dia termos um Corpo Espírito de Vida.
Repare que a Alma Intelectual, como mediadora entre a Alma Consciente e a Alma Emocional, cresce pelo exercício do discernimento e da memória pela qual ela liga experiências passadas e presentes às ações feitas pelo Corpo Denso, pelos desejos, sentimentos, emoções do Corpo de Desejos, pensamentos e ideias, criando simpatia e antipatia; isso não poderia existir sem a memória, porque os sentimentos resultantes apenas da experiência seriam evanescentes.
O Corpo Vital é trabalhado pelo Espírito de Vida porque ele é a oitava inferior desse Espírito de Vida. A Alma Intelectual fornece poder adicional ao Espírito de Vida, porque ela é extraída do Corpo Vital, que é a contraparte inferior – ou oitava inferior – do Espírito de Vida.
Toda atividade que executamos via nosso veículo Espírito Humano sobre o nosso Corpo de Desejos, que resulta em desejos, sentimentos e pelas emoções superiores (ou seja: criados por nós usando somente materiais das três Regiões superiores do Mundo do Desejo) promove o crescimento da Alma Emocional, alimento para aumentar a consciência do veículo Espírito Humano, a fim de um dia termos um Corpo Espírito Humano.
Ou seja: o Corpo de Desejos é trabalhado pelo Espírito Humano, porque ele é a oitava inferior desse Espírito Humano. Repare que os desejos, sentimentos e as emoções inferiores não fazem crescer a Alma Emocional. A Alma Emocional, que é o extrato do Corpo de Desejos, é acrescentada à eficiência do Espírito Humano, que é a contraparte espiritual – ou oitava superior – do Corpo de Desejos.
A Alma é, por assim dizer, a quintessência, o poder ou força do Tríplice Corpo; quando um Corpo é completamente construído e levado à perfeição através das Épocas e Períodos, como descrito previamente, a Alma é totalmente extraída dele para ser absorvida por um dos três aspectos do Espírito.
O Espírito Divino, que tem a sua contraparte o Corpo Denso, promove o crescimento da Alma Consciente; essa Alma será absorvida pelo Espírito Divino na sétima Revolução do Período de Júpiter. O Espírito de Vida, que tem a sua contraparte o Corpo Vital, promove crescimento da Alma Intelectual; essa Alma será absorvida pelo Espírito de Vida na sexta Revolução do Período de Vênus. O Espírito Humano, que tem a sua contraparte o Corpo de Desejos, promove crescimento da Alma Emocional, que será absorvida pelo Espírito Humano na quinta Revolução do Período Vulcano.
Quanta ou quão pouca Alma um ser humano tem depende da quantidade de trabalho que ele realizou em seu Tríplice Corpo, pois a Alma é o produto espiritualizado do Corpo. É importante enfatizar demais a extrema importância desta parte do nosso trabalho, porque é a parte em que estamos realmente engajados hoje. Agora mesmo, cada um de nós está construindo, ou então negligenciando construir, esta Tríplice Alma.
E lembre-se de que os esforços necessários para que possamos promover o crescimento da Alma são os seguintes: observação, ações corretas, a memória dessas ações, desejos, sentimentos e emoções superiores, tais como: gratidão, olhares gentis, expressões de confiança, simpatia, ajuda amorosa, discernimento, esforço para ajudar os necessitados a se ajudarem, boas ações, firme contenção de tendências ao autoritarismo, o esforço para conter o apetite e as paixões animais, devoção, serviço prestado independentemente de conforto e prazer pessoal e coisas afins a essas. Nessas qualidades são encontrados todos os elementos necessários para o crescimento da Alma. Cada ato e cada pensamento são fatores determinantes na construção da Tríplice Alma
Não devemos prolongar a nossa estada no Purgatório – quando terminar mais uma vida terrestre –, pois não podemos deixar esta Região enquanto uma única propensão ao mal não for purgada. E assim nossa permanência no Purgatório depende não do desejo de Deus de nos punir pelos erros cometidos enquanto estamos vivendo aqui, mas inteiramente de cada um de nós e do tempo que usamos para nos apegar às práticas malignas que apreciávamos enquanto estávamos revestidos com nossa vestimenta de carne. Pois, sabemos que “a morte não tem poder de limpeza”. Se nos deleitávamos em fazer o mal ou em nada fazer de bom (“deixa a vida me levar”) enquanto levávamos nossa vida terrena, então temos exatamente os mesmos gostos e inclinações após a morte, pois sempre somos nós e não o nosso Corpo Denso quem sentia prazer em fazer o mal ou em se deleitar em nada fazer de bom. O Corpo Denso por si só não tem vontade para o certo nem para o errado; ele é simplesmente um veículo através do qual funcionamos na Região Química do Mundo Físico, e quando nos retiramos, ele rapidamente perde toda sua forma e retorna aos seus elementos originais na Natureza.
Há uma classe de pessoas que se esforçam para se esquivar, por assim dizer, da Lei de Causa e Efeito, tomando uma espécie de rota intermediária entre o bem e o mal. Essas pessoas não são malfeitoras, em sentido geral. Nem estão preocupadas com o trabalho de construir a Tríplice Alma. Elas são honestas, corretas e não são injustas com os outros; mas estão profundamente imersas nos negócios delas aqui e não pensam sobre a vida espiritual e, logicamente, nem sobre o que realmente estamos fazendo aqui e nem para onde vamos depois daqui. Este mundo é suficientemente bom para elas. Elas sentem que se deva ser decente para não desejar prejudicar outros e o principal negócio da sua vida é prover abundantemente para si e para a família; quiçá para alguns no seu entorno que, logicamente, interessa a ela. São os que tem estada garantida na Região Limítrofe. O Purgatório ocupa as três Regiões inferiores do Mundo do Desejo. O Primeiro Céu está nas três Regiões superiores. A Região central – Região Limítrofe – é uma espécie de terra de fronteira — não é o Purgatório nem o Céu; aqui encontramos essas pessoas após a morte. Para elas o Mundo do Desejo é um estado de monotonia indescritível.
Não há “negócios” naquele lugar nem algo que seja parecido; então essas pessoas têm muita dificuldade para pensar em coisas mais elevadas do que resultados financeiros, contas no banco ou ganhos monetários. Aqueles que pensaram no problema da vida e chegaram à conclusão de que “a morte acaba com tudo”, que negaram a existência de coisas fora do mundo material-sensorial, esses também sentem essa terrível monotonia. Eles esperavam que a morte implicasse a aniquilação da consciência e do Corpo; mas em vez disso eles se percebem com uma percepção aumentada de pessoas e objetos ao seu redor. Estavam acostumados a negar a realidade espiritual tão veementemente na Terra que, muitas vezes, imaginam que o Mundo do Desejo é uma alucinação e podem ser ouvidos frequentemente exclamando no mais profundo desespero: “Quando isso vai acabar? Quando vai acabar?”.
Essas pessoas estão realmente em um estado lamentável. Geralmente, estão além do alcance de qualquer ajuda e sofrem muito mais do que qualquer outra pessoa. Além disso, elas têm pouca coisa a fazer nos Mundo celestes, onde a construção de Corpos para uso futuro é ensinada; logo, projetam todos os seus pensamentos cristalizantes no Corpo que será construído para sua vida futura; um Corpo assim moldado tem as tendências de endurecimento que vemos, por exemplo, em doenças consultivas, como por exemplo a tuberculose, pneumonia e afins. Às vezes, o sofrimento de tais Corpos decrépitos eleva os pensamentos das entidades que os animam para Deus e sua evolução pode prosseguir; mas na Mente materialista reside o maior perigo de perder o contato entre o Ego (o que realmente ele é) e os Corpos e se tornar um pária nessa vida.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de maio de 1916, e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
Bem no fundo do nosso coração existe o anseio místico que foi implantado no primeiro Natal, quando a luz de Cristo fixou um lugar definido dentro e sobre este denso Planeta Terra.
A história do nascimento de Cristo quer seja entendida literal, mística ou simbolicamente, traz a cada um de nós uma verdade fundamental que eleva todo o nosso ser a uma altura não alcançada até então, à medida que nossas faculdades espirituais evoluem e funcionem para perceber e aceitar tal verdade.
Para o Aspirante à vida superior, as palavras de Cristo, “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14:6) carregam um significado transcendente. Parsifal pergunta: “Quem é o Graal?”. E a resposta indica uma elevada percepção espiritual:
Se tu foste por Ele convidado,
De ti o fato não será afastado…
À terra para Ele nenhum caminho conduz,
E a busca só nos afasta mais d’Ele, até,
Quando Ele próprio o Guia não é.
Uma verdadeira interpretação da lenda do Natal requer, antes de tudo, um entendimento. Por mais obscuro que ela seja no início, o nascimento do menino Jesus na manjedoura, no estábulo entre os animais, simboliza o primeiro e tênue nascimento da consciência de Cristo dentro de nós.
A minúscula chama interior, que é a chama de Cristo, está adormecida dentro de nós. Ela agora recebe um estímulo suficiente para crescer e se ampliar até que, afinal, nos tornemos um fator poderoso na nossa própria e o primeiro passo em direção a Deus-Pai, por meio do Cristo, o Deus-Filho.
Já alcançamos um estágio nesse Esquema de Evolução que percebemos o nosso veículo de expressão, um conjunto de Corpos e uma Mente, já o vivificamos, de modo que, entre os “animais” da nossa natureza inferior, na manjedoura ou no local de alimentação das nossas faculdades animais, o “bebê” da Consciência Crística nasce. A manjedoura, o berço do Menino Jesus, é um lugar de santuário.
Uma grande manifestação solar se concretiza no Natal. Os grupos de forças que compõem essa manifestação foram personalizados ao longo dos tempos. A história bíblica, quando interpretada corretamente, contém uma aproximação da verdade real. Toda a história do Natal é um símbolo universalmente aplicável.
Em uma data, que hoje chamamos de 25 de dezembro, nasceu o Irmão Maior Jesus, o ser humano que teve a benção de ceder seu Corpo Denso e o seu Corpo Vital – depois, quando tinha 30 anos de idade – ao Cristo, a Luz do Mundo, o portador da Luz espiritual para todos nós. Desde a antiguidade, muitos mitos dizem respeito ao nascimento do “Cristo místico”. Quer tenha nascido em uma caverna, um estábulo ou em outro lugar, esse nascimento tem dois grandes significados simbólicos:
1. O nascimento da “paz na terra aos homens de boa vontade”. A entrega de uma nova Lei a nós, expressa aqui: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.” (Jo 13:34).
2. O nascimento da consciência Crística para aqueles que, verdadeiramente, aspiram às alturas da verdade espiritual. Nenhuma contradição pode contrariar essa verdade universal.
Em sentido Cósmico, o Natal celebra a descida da Luz Divina, o Espírito penetrando e permeando a matéria. No sentido humano, é a descida do Filho de Deus, a Luz Espiritual, à matéria, a entrada do “Ego no Corpo Denso”.
A Véspera de Natal, entre 24 e 25 de dezembro, é considerada a noite mais sagrada do ano, porque nessa meia-noite as influências espirituais são as mais fortes. Na Iniciação, o candidato, por meio da visão espiritual, vê a mística Estrela de Belém, o Sol espiritual que brilhou na Noite Santa, que o conduz ao Cristo interior. Em seu coração ecoa uma canção profética e imortal: “Paz na terra e boa vontade para os homens. (Lc 2:14). Alegrai-vos, filhos da Terra, porque hoje vos nasceu um Rei” (Lc 2:11), os Serafins cantaram naquela Noite Santa, muito tempo atrás.
Presentes foram trazidos para o nascimento de Jesus no casebre do pastor — preciosas dádivas de ouro, incenso e mirra: poder espiritual, sabedoria e movimento foram derramados sobre a criança recém-nascida, a Luz Crística no coração humano, o bebê nos braços de sua mãe, a grande mãe Terra que carrega, nutre e preserva o minúsculo veículo vital. Esses dons, ou qualidades, foram derramados pelos gloriosos Magos dos reinos Cósmicos, que abençoam e enriquecem cada nascimento espiritual e individual.
Esses poderes, em relação à e irradiados pela luz prateada da esplêndida Estrela Crística, derramam sobre nós, ainda que fracos e sofredores, sua influência e força estimulantes, sem as quais o curso nesse Esquema de Evolução seria, para cada um de nós, muito mais difícil e prolongado.
Os Magos, elevados Iniciados, foram atraídos para o lugar sagrado por sua percepção interior e pelo conhecimento do evento cósmico que aconteceria: o nascimento do “Salvador do mundo”. Os três Reis Magos representam aqueles Egos avançados que foram reunidos em propósito comum das três Raças primárias. Seus dons significam as várias faculdades ou invólucros humanos que entram no processo de manifestação. Eles são conduzidos pela gloriosa Estrela ao “Salvador do Mundo”, cujo objetivo da forma física era fornecer um veículo material e etérico para um Espírito universal, o Cristo.
Um dos Reis Magos trouxe ouro, designado simbolicamente como o emblema do Tríplice Espírito.
O outro trouxe o incenso, que é uma substância física de natureza muito leve, frequentemente usada em serviços religiosos, simbolizando o nosso Tríplice Corpo.
E o outro trouxe mirra. É o extrato de uma planta aromática muito rara. Simboliza aquilo que nós (por meio do nosso Tríplice Espírito), trabalhando sobre o nosso Tríplice Corpo, extraímos por meio da experiência no Mundo Físico: a Tríplice Alma.
Maria, a mãe, era o foco da luz, o sagrado crisol etérico onde acontecia a transmutação dos elementos. Ela representa o ideal da pureza, devoção e humildade que torna possível o renascimento do mais evoluído dos Egos humanos.
Os pastores que viram a Estrela caracterizam a visão interior do Fogo Divino, conforme esse Fogo vem para aqueles no plano terrestre, cuja piedade abriu a janela da alma e ativou a Clarividência. O discernimento deles lhes permitiu ver a glória nos Céus e sentir os impulsos espirituais irradiando da Estrela maravilhosa.
A Estrela que simboliza a chama de forças concentradas para trazer à expressão material uma apresentação física do Logos, o “Salvador do mundo”.
Naquele dia o ar estava reverentemente silenciado, como se prendesse a respiração, pois naquele momento estava arrebatadoramente focado em Belém (que significa nascimento). Silêncio, solidão e adoração desenvolvem o olho perspicaz, o ouvido interno e o Espírito sensível.
Especialmente neste Natal não devemos centralizar nosso pensamento nessas verdades? Não devemos meditar sobre a verdadeira interpretação da sublime narrativa do Natal, aprofundando nosso conhecimento e avivando nossa compreensão sobre esse evento místico? Não devemos centrar nossos esforços na expansão de nossa capacidade de servir?
Celebremos este Natal prestando ao Menino Jesus o amor e a homenagem que Lhe são devidos, além dos nossos dons e bênçãos.
Regozijemo-nos com os pastores: “Porque vimos a Sua Estrela no oriente e viemos adorá-Lo” (Mt 2:2). Ele, que ilumina a cada um de nós que viemos ao mundo, permanecendo iluminando o nosso Caminho (querendo a gente ou não).
Afinal, como símbolo da Verdade e da Vida, a Estrela de Belém revela o caminho que conduz a Deus-Pai. Pois foi Cristo que nos ensinou: “Para onde Eu vou, vós também ireis” (Jo 14:2).
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross novembro/dezembro/1995 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
Resposta: Para entendermos isso, vamos relembrar o significado da palavra Ego na Filosofia Rosacruz. No mesmo livro Conceito Rosacruz do Cosmos, citado acima, estudamos os seguintes trechos:
“Antes do princípio do Período de Saturno, os Espíritos Virginais, atualmente seres humanos, estavam no Mundo dos Espíritos Virginais. Eram ‘Todo-Conscientes’ como Deus, em Quem (não de Quem), se diferenciavam. Contudo não eram autoconscientes. A aquisição dessa faculdade é, em parte, o objetivo da evolução, que submerge os Espíritos Virginais num oceano de matéria de crescente densidade, o que os priva por fim da consciência do Todo.”.
“Dessa maneira, no Período de Saturno os Espíritos Virginais foram submersos no Mundo do Espírito Divino e encerrados em tênue envoltura da substância desse Mundo, no qual penetraram parcialmente por meio da ajuda dos Senhores da Chama. No Período Solar os Espíritos Virginais foram submersos no Mundo do Espírito de Vida, ainda mais denso, ficando assim mais cegos para a consciência do Todo, envolvidos, como estavam, por um segundo véu da substância desse Mundo. E nesse segundo véu penetraram parcialmente ainda com a ajuda dos Querubins. O sentimento de Unidade com o Todo também não foi perdido porque o Mundo do Espírito de Vida é um Mundo universal, interpenetrando e sendo comum a todos os Astros de um Sistema Solar. No Período Lunar, porém, os Espíritos Virginais se aprofundando mais em matéria ainda mais densa, entraram na Região do Pensamento Abstrato, onde se lhes agregou o mais opaco dos seus véus, o Espírito Humano. Daí em diante o Espírito Virginal perdeu a consciência do Todo.”.
“E assim o Espírito Virginal se viu encerrado num Tríplice véu, sendo o véu externo, o Espírito Humano, o que efetivamente o cegou a unidade da Vida, convertendo-o em um Ego e mantendo a ilusão de separatividade adquirida durante a Involução. A Evolução dissolverá gradualmente essa ilusão, trazendo de volta a consciência do todo, enriquecida pela consciência de si mesmo.”.
Ante o exposto, concluímos que o termo Ego designa certa fase do desenvolvimento do Espírito Virginal, indicando a fase de despertamento dos seus três aspectos e dos véus de substância dos Mundos do Espírito Divino, do Espírito de Vida e da Região do Pensamento Abstrato (veículos: Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano, respectivamente). A última substância mencionada é de natureza separatista, obscurecendo a visão do Espírito Virginal, embora isso não altere sua condição de imortalidade. Com o tempo essa ilusão de separatividade desaparecerá, e o Tríplice Espírito readquirirá a consciência global, acrescendo-se ainda a autoconsciência. Por conseguinte, o Ego é imortal. Não podemos adotar o termo Ego corretamente, sem incluir nele o Espírito Virginal como causa essencial interna. Usamos o mencionado termo para indicar o Tríplice Espírito mais o resultado da Involução.
Com referência à última pergunta, afirmamos ser o Espírito Virginal inerentemente Tríplice. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, possuindo implicitamente os princípios da Vontade, Sabedoria e Atividade, para os quais correspondem as designações Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano, respectivamente. Esses princípios ou aspectos do Espírito foram despertados em determinados Períodos durante a jornada involutiva (primeira parte desse Esquema de Evolução), dando origem aos respectivos veículos ou Corpos, por meio das experiências adquiridas através desses veículos, desenvolve-se a Tríplice Alma que será absorvida pelo Tríplice Espírito. Além disso, o Espírito Divino absorverá o Espírito Humano ao final do Período de Júpiter; o Espírito de Vida ao final do Período de Vênus e a Mente ao final do Período de Vulcano. Afirmar-se que o Espírito Virginal será absorvido pelos Espíritos Divino, de Vida e Humano não é de todo correto. O Espírito Divino, um dos aspectos do Tríplice Espírito, absorverá os outros dois aspectos, porém os três estarão em íntima relação, uns com os outros. Não poderíamos afirmar que o Espírito Virginal absorveria os Espíritos Divino, de Vida e Humano, porque nesse caso ele absorveria a si mesmo.
Assim, o Espírito Virginal, que deverá absorver a Tríplice Alma e a Mente ao final do Período de Vulcano, é essencialmente o mesmo que iniciou a peregrinação no Período de Saturno, e adquirirá Poder Anímico e a Mente Criadora como fruto de sua peregrinação através da matéria. Avançará da impotência à onipotência, da inconsciência à omnisciência.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz janeiro/1968 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Estudamos no Livro “Iniciação Antiga e Moderna – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz” que “os diferentes símbolos divinos foram fornecidos à Humanidade, de tempos em tempos, falando com aquele fórum da verdade que está dentro dos nossos corações e despertando nossa consciência para as ideias divinas que transcendem inteiramente as palavras. Contudo, o simbolismo, que desempenhou um papel muito importante em nossa evolução passada, ainda é uma necessidade primordial em nosso desenvolvimento espiritual; daí a conveniência de estudá-lo com nossos intelectos e nossos corações”.
O Símbolo Rosacruz é um desses simbolismos divinos!
Desde o início, a Escola de Mistérios Ocidental, a Fraternidade Rosacruz, teve como símbolo as rosas vermelho-sangue (a purificação da natureza de desejos) sobre a cruz trilobada (materialidade), a estrela dourada radiada, que nasce dentro do Discípulo e irradia cinco pontas (mostrando Cristo desde as cinco pontas que representam o coração e os quatro membros), e o fundo azul (emblemático do Pai), revelando àqueles que podem interpretá-lo, que é a manifestação de Deus, a unidade na trindade foi consumada.
Contemplado em sua plenitude, este maravilhoso símbolo contém a chave da nossa evolução passada, da presente constituição e do nosso desenvolvimento futuro. Na forma representada com uma única rosa branca no centro simboliza o interno Espírito Humano irradiando de si os quatro veículos: Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos e a Mente.
Mas houve um tempo que não vivíamos nestas condições, uma época na qual o nós, com o nosso Tríplice Espírito, flutuávamos sobre aqueles veículos e estávamos incapacitados de entrar neles. Então a cruz se levantava só, sem uma só rosa, simbolizando a condição que prevalecia no primeiro terço da Época Atlante. Houve ainda um tempo mais remoto em que faltou o madeiro superior da cruz, e a nossa respectiva constituição foi representada pela letra Tau (T). Isto foi na Época Lemúrica quando tínhamos unicamente o Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos, menos a Mente. Então a nossa natureza animal era a dominante. Obedecíamos somente aos nossos impulsos do desejo, sem reservas.
Em outra Época, mais remota ainda, a Hiperbórea, carecíamos do Corpo de Desejos e só possuíamos o Corpo Denso e o Corpo Vital. Éramos, em constituição, parecidos como as plantas, casto e sem desejos. Nesse tempo nossa constituição não podia ter sido representada por uma cruz. Foi simbolizada por uma vara reta vertical, um pilar.
Contemplando o Símbolo tal como é atualmente, notamos que o madeiro inferior da cruz (simbolizando a matéria) indica a planta com suas raízes no solo químico mineral.
Os Espíritos-Grupos emanam correntes para a superfície da Terra, influenciando os seres do reino vegetal.
O animal, simbolizado pelo madeiro horizontal da cruz, está entre a planta e nós . Sua espinha dorsal é horizontal, e através dela passam as correntes do Espírito-Grupo animal que circulam em torno da Terra.
O madeiro superior da cruz representa nós, uma planta invertida. A planta toma o seu alimento pelas raízes e nós tomamos por cima, pela cabeça. A planta é sustentada pelas correntes espirituais dos Espíritos-Grupos do centro da Terra que penetram nela pelas raízes.
A mais elevada influência espiritual vem a nós do Sol pelos seus raios que nos envolvem da cabeça aos pés. A planta inala o venenoso dióxido de carbono exalado por nós e exala o vivificante oxigênio usado por nós.
Com o tempo, nesse Esquema de Evolução, a maneira passional de geração será, novamente, exercida por um método puro e mais eficiente que o atual. Isso está simbolizado também, na Fraternidade Rosacruz, em que a rosa branca está no centro da cruz.
O madeiro inferior, representa o corpo. O horizontal os braços. A parte superior a cabeça. Em lugar da laringe está a rosa branca.
As sete rosas que adornam o nosso formoso Símbolo Rosacruz e as cinco pontas da estrela radiante são o emblemático das doze Hierarquias Criadoras que têm nos ajudado desde as condições etéricas até o estado atual.
Dessas doze hostes de Grandes Seres, três classes trabalharam sobre e conosco e de seu próprio livre arbítrio e sem nenhuma obrigação. Estas três estão simbolizadas pelas três pontas da estrela que se dirigem para cima. Duas mais, das Hierarquias Criadoras, estão a ponto de se libertar e são representadas pelas duas pontas inferiores irradiando-se do centro para fora. As sete rosas vermelho-sangue revelam que há, todavia, sete Hierarquias Criadoras ativas no desenvolvimento dos seres que estão em evolução sobre a Terra e, como todas estas, várias classes desde as mais inferiores até as mais superiores são, no entanto, partes do Grande Todo que chamamos Deus.
O vermelho-sangue das rosas da grinalda representa a vida que evolui, que sobe a grandes alturas e indicam as atividades do Espírito Santo na Natureza.
As sete rosas vermelho-sangue podem também, em certo sentido, ser correlacionadas com as Glândulas Endócrinas e intimamente também com o desenvolvimento oculto da Humanidade. Quatro destas estão relacionadas com a Personalidade: a timo, regida por Vênus; o baço, regido pelo Sol; e as suprarrenais, regidas por Júpiter. O Corpo Pituitário, regido por Urano e a Glândula Pineal, regida por Netuno, estão correlacionadas com o lado de nossa natureza espiritual, a Individualidade. A Glândula Tiroide, regida por Mercúrio, é elo entre as duas, isto é, entre o Corpo Pituitário e a Glândula Pineal.
Como aspirantes à espiritualidade perfeita, nosso Símbolo Rosacruz nos inspira o elevado ideal de fazer com que “as rosas floresçam sobre a vossa cruz”, isto é, que sejam desenvolvidos os poderes latentes de nós, o Tríplice Espírito, por meio das ativas experiências aqui no Mundo material.
Em nossa luta diária, para conformar nossas vidas ao plano Divino, estamos construindo o Corpo celestial luminoso no qual funcionaremos como Auxiliares Invisíveis, o Corpo-Alma.
Meditemos amiúde sobre o nosso Símbolo Rosacruz, elevando nossa consciência na contemplação dos elevados ideais postos ante nós neste místico Símbolo. Então o tribunal da Verdade se estabelecerá dentro de nós e, dias mais ou dias menos, desenvolveremos a consciência da grandeza do Plano de Deus.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – setembro/1972 – Fraternidade Rosacruz – SP)