Pergunta: O que é Psicocinésia?

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que é Psicocinésia?

 

 

Pergunta: O que é Psicocinésia?

 

Resposta: Nada há na natureza, que permaneça no mesmo estado; ou evolui ou retrocede. Muitas vezes perguntam por que devemos renascer e evoluir constantemente. É uma condição inerente ao Espírito, feito à Imagem e Semelhança do Criador. Como semente, ele deve germinar, crescer, frutificar até atingir a estatura da Árvore Mãe. Diríamos que o Espírito evoluinte é como o alpinista do romance “The White Tower”. Perguntaram-lhe “porque insistia em subir ao pico de uma montanha onde homem algum havia atingido ainda”. Respondeu: “Porque Ele está lá – à minha espera.

 

No desenvolvimento do sexto sentido, previsto para a Era de Aquário, Psicocinésia é o domínio da natureza superior sobre a matéria. Decompondo a palavra, teremos: “psico” que se refere à alma, e “cinésia”, do grego kinesis, significando movimento; quer dizer, moção anímica, atividade anímica pela qual exercemos domínio sobre a matéria. muitos anos um grande industrial me surpreendeu com esta declaração: “Se realmente viermos, a saber, como utilizar a força do Espírito Humano – e apontou para um cinzeiro sobre a mesa – poderemos, provavelmente, mover este cinzeiro, empregando apenas, habilmente, a força espiritual”. Acho, hoje, que ele disse pouco, ao pensar nos enormes blocos de pedra assentados e ajustados com perfeição nas pirâmides, em tempo que os seres humanos possuíam poder interno e não tinham máquinas. E mesmo com as máquinas de hoje não poderiam erguer e colocar aqueles blocos tão pesados. Pensei nas gigantescas estátuas de pedra da Ilha de Páscoa. O ocultismo explica muito bem isto. Já possuímos o poder modelador da palavra na Época Lemúrica e início da Época Atlante: com ele modelávamos a flora e a fauna. E está prometido que um dia usaremos a Palavra Criadora- a palavra perdida – além de outros poderes sobre a matéria, conforme diz no Evangelho de Mateus, Cap. 17-20: Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: ‘Vá daqui para lá’, e ele irá. São muitas as citações encontradas na Bíblia. Mesmo fora do campo religioso encontramos expressiva coleção de fatos: iogues que permanecem vivos vários dias, enterrados ou mergulhados na água; a eliminação de verrugas e outras intumescências da pele, sem recorrer a meios físicos. também os casos de bruxarias e de baixo nível religioso, que trabalham com os elementares na levitação de objetos, arremesso de pedras, provocação de chuvas, relógios que param ou se quebram, como sinal de que alguém morreu; a sugestão sobre o corpo, etc.

 

A Parapsicologia tratou com muito interesse deste assunto, fazendo experiências com dados especiais e cercando as provas de todas as cautelas, sujeitando as pessoas a restrições incomuns.

 

Pois bem, apesar de usarem meios mecânicos e restringirem a ação das pessoas, limitando os lances a meras induções mentais, notou-se que “algo mais”, além do movimento das máquinas de lançar dados, influía na queda e posição dos dados. Isto revelava a influência de “algo” material sobre eles. Passaram, então, a investigar se essa influência era cerebral ou um processo mental, não físico. Provou-se que a massa, o número e a forma não eram fatores determinantes nos testes de psicocinésia. Como bem disse o Dr. Rhine, em poucas palavras “Quase não resta dúvida de que a psicocinésia não é de origem física”.

 

Qual a explicação ocultista para o fato?

 

Como disse Max Heindel:” para toda ação há um agente”. O poder mental, o desejo fortemente concentrado, submete elementais à vontade humana e logra agir sobre a matéria dos mais variados modos. Os elementais são físicos, embora invisíveis ao ser humano comum. Seus corpos são etéricos. Mas, note-se bem, isto não é espiritualidade; é mera ação física envolvendo emoção e pensamento. Espiritualidade é cultivo do Espírito, através de reforma de caráter. Todavia, fazemos concessões a tais experiências. Tudo o que existe é necessário, é efeito provocado pelo materialismo, é recurso para, apouco e pouco, levar as pessoas a atividades espirituais, convencidas que estejam da existência de coisas extraterrenas.

 

Em 1882, num protesto isolado contra a indiferença geral e materialismo da época, um grupo de eruditos fundou em Londres a “Sociedade Inglesa de Pesquisas Psíquicas”, com o objetivo de investigar tudo o que se relacionasse com a telepatia (transmissão do pensamento do espírito, sem emprego dos sentidos); telestesia (clarividência); assuntos mesméricos (magnetismo); previsão (profecia ou previsão de um acontecimento futuro sem a força do raciocínio); psicocinésia (domínio da natureza superior sobre o corpo); enfim, para estudar e compor uma ciência das manifestações que transcendem os princípios conhecidos. Por isso, a esse conjunto de pesquisas deram o nome de Parapsicologia, que quer dizer: “além da psicologia”. Em outros países, cientistas fortemente interessados nesses estudos imitaram o exemplo da Inglaterra. Nos U.S.A., em 1930, o homem que agora aparece como o incontestável guia nesse setor; J.B. Rhine, lançou um ataque em grande escala, com três outros membros da seção de Psicologia da Universidade de Duke. Era a primeira vez, na história que um grupo de membros do corpo docente de uma universidade se arriscava a um trabalho pioneiro de tanta crítica.

 

Entrementes, a literatura, nesse campo, começou a aumentar. Estudiosos de vários países passaram a contribuir com livros e relatórios.

 

Experiências comprovadoras foram meticulosamente levadas a efeito em inúmeras universidades, inclusive as de Bonn, na Alemanha; de Cambridge, Oxford e Londres e em muitas escolas norte-americanas. Por volta de 1940 o professor Thouless, de Cambridge, declarava: “Deve-se considerar provada a realidade dos fenômenos com a mesma segurança que se tem das provas feitas com outras experiências científicas”. Em 1954 o Dr. Raynor C. Johson, um físico, escreveu: “É uma questão das mais profundas e da mais considerável importância poder agora afirmar que a telepatia, a clarividência e a previsão constituem, inegavelmente, fatos incontestáveis, cuja prova merece fé e está tão bem estabelecida quanto às leis básicas da física e da química. O Dr. Rhine e o Laboratório de Parapsicologia de Duke, USA, como resultado de milhares de experiências controladas, pelo método de “cartas”, tem provado que a telepatia e clarividência, representam, hoje em dia, uma realidade.

 

A dificuldade que os parapsicologistas tiveram de enfrentar foi a de determinar se os fenômenos de telepatia e de clarividência eram físicos ou suprafísicos. Se a percepção extra-sensorial fosse puramente física, então o espírito seria estritamente mecânico e nesse caso o fator distância (espaço) teria certo efeito mensurável na ocorrência. Mas, as experiências posteriores provaram conclusivamente que a distância não mostra efeito algum sobre uma demonstração de percepção extra-sensorial. Isto os levou à conclusão que há muito que considerar impossível: o espírito é capaz de ultrapassar o tempo e o espaço, porque é superior a condições físicas interdependentes.

 

Pensamos que seria útil aos nossos estudantes conhecer as principais experiências catalogadas nas principais obras da matéria e assim dispor, como conhecimento geral, meios de confirmação científica do que estudam na filosofia – essas verdades básicas expostas na literatura oculta, desde vários milênios e que agora irrompem sob a casca de materialismo, enfeitados com nomes científicos. Isso é previsto por muitos. Antes de sua morte, ocorrida em 1923, o formidável matemático e engenheiro eletricista Charles Steinmetz, anunciou ao mundo que a ciência, quando voltasse finalmente para as descobertas do espírito, haveria de ter um progresso maior, em cinquenta anos, do que o que tivera em toda a sua história passada. Se este grande gênio estivesse vivo, provavelmente concordaria em que o gongo finalmente soou. O meio século decisivo já está em plena marcha.

 

(Revista Rosacruz – 04/72)

 

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