Arquivo de categoria Rituais e Orações

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Efeitos Psicofisiológicos da Oração

A oração atua sobre a nossa natureza espiritual e sobre os nossos Corpos e veículos de uma forma que parece depender da sua qualidade, da sua intensidade e da sua frequência.

É fácil conhecer qual a frequência da oração e, numa certa medida, sua intensidade.

Quanto à qualidade, mantém-se desconhecida, visto não possuirmos meios de medir a fé e a capacidade de amor de outrem. No entanto, a maneira como vive a pessoa que ora pode nos esclarecer sobre a qualidade das invocações que ela dirige a Deus. Mesmo quando a oração é de fraco valor inconsciente, principalmente na recitação de fórmulas, exerce um efeito sobre o comportamento da pessoa: fortifica, ao mesmo tempo, o sentido do sagrado e o senso moral.

Os meios onde se ora se caracterizam por certa persistência do sentimento do dever e da responsabilidade, por menos inveja e maldade, e por certa bondade para com os outros.

Parece estar demonstrado que, em igualdade de desenvolvimento intelectual, o caráter e o valor moral são mais elevados entre as pessoas que oram, mesmo de forma medíocre, do que entre as que não oram.

Quando a oração é habitual e verdadeiramente fervorosa, sua influência se torna mais manifesta e podemos compará-la à de uma glândula de secreção interna – Glândula Endócrina –, como, por exemplo, a Tiroide ou as Suprarrenais. Consiste numa espécie de transformação mental ou orgânica, transformação essa que se opera de modo progressivo. É dito que que no mais profundo da consciência se acende uma chama. A pessoa se vê tal qual é. Põe a descoberto seu egoísmo, sua cupidez, seus juízos errados e seu orgulho. E, então, verga-se ao cumprimento do dever moral, procurando adquirir a humildade intelectual. Assim, abre-se perante ela o reino da graça. Pouco a pouco, vai-se produzindo um apaziguamento interior, uma harmonia das atividades nervosas e morais, uma resignação maior perante a pobreza, a calúnia e a canseira, bem como a capacidade de suportar, sem enfraquecimento, a perda dos seus, a dor, a doença e a morte.

Por esse motivo, o profissional de saúde que vê seu doente orar deve se regozijar com isso, pois a calma, proveniente da oração, é uma poderosa ajuda para a terapêutica.

No entanto, não devemos assemelhar a oração à morfina, visto que a prece origina, ao mesmo tempo que acalma, uma integração das atividades mentais e uma espécie de floração da Personalidade. Por vezes, produz até mesmo o heroísmo e marca os seus fiéis com um selo particular. A pureza do olhar, a tranquilidade do porte, a alegria serena da expressão, a virilidade do comportamento e, se for necessário, a simples aceitação da morte de uma pessoa querida ou do mártir traduzem a presença do tesouro que se oculta no íntimo dos órgãos e do Espírito.

Sob essa influência, mesmo os ignorantes, os retardados, os fracos e os maus dotados utilizam melhor as suas forças intelectuais e morais.

A oração, segundo parece, nos eleva acima da estatura mental que nos pertence em harmonia com a sua hereditariedade e sua educação. Esse contato com Deus nos impregna de paz. E a paz irradia de nós. E levamos a paz para toda parte aonde vamos.

Infelizmente, não há, hoje em dia, senão um número ínfimo de pessoas que saibam orar de uma maneira eficiente.

A oração é um dos meios que, cultivada, espiritualiza os nossos veículos Espírito Humano, Espírito de Vida e Espírito Divino. Os outros meios que também resultam nessa espiritualização dos veículos são o cultivo das faculdades da observação, do discernimento e da memória, da devoção a ideais elevados, da concentração, da persistência e do reto emprego das forças vitais.

Há que se cuidar para não orar para o Deus da Tribo ou Nacional, o Espírito de Raça!

Não devemos nos esquecer que as Hierarquias Criadoras que nos ajudam nesse Esquema de Evolução, desejando nos prestar uma ajuda inconsciente por meio de certos exercícios, nos forneceram a oração como um meio de produzir pensamentos puros e nobres que agem sobre o Corpo Vital. Eis o motivo pelo qual eles nos recomendaram que “orássemos sem cessar”. Muitas pessoas que não compreendem essa ajuda zombam dessa recomendação perguntam, ironicamente e com frequência: “porque será necessário estar sempre orando, afinal se Deus é onisciente Ele deve conhecer todas as nossas necessidades e se Ele não é, Ele não é onipotente e, nesse caso, não poderia atender as orações. Aliás, se não for onipotente também não poderá, sequer, responder às orações!”. Muitos Cristãos sérios e fiéis podem, também, pensarem que é errado estar, continuamente, importunando o Trono da Graça.

Isso tudo faz parte em um mal-entendido dos fatos. Deus é, verdadeiramente, onisciente e não necessita que ninguém Lhe recorde das nossas necessidades; no entanto, se nós oramos corretamente, nós mesmos é que nos elevamos à Ele e, assim, aperfeiçoamos e purificarmos os nossos Corpos Vitais.

Agora, isso só ocorre se orarmos como devemos – aí está o grande problema! Geralmente, nos interessam muito mais as coisas temporais do que nos elevarmos espiritualmente. Várias Religiões celebraram reuniões especiais para orar pedindo chuva e até para que as forças armadas de um país ganhem da outra em guerra. Estas são orações ao Deus de Raça, “que aumenta seus rebanhos, enche os seus depósitos”, enfim, cuida de suas necessidades materiais. Tais orações não são Cristãs e não purificam em nada a pessoa. Tais orações provêm do Corpo de Desejos, e podem ser resumidas assim: “Senhor, agora estou guardando todos os teus mandamentos da melhor maneira que posso e eu quero que Você, em troca, faça a Sua parte.”.

Lembremo-nos que Cristo nos deu uma oração que, tal como Ele mesmo, é a única e universal. Há nela sete orações distintas e separadas, uma para cada um dos nossos sete princípios: o Tríplice Corpo, o Tríplice Espírito e a Mente. Cada oração está particularmente adaptada para nos promover o progresso da parte a que é dirigida. É o Pai-Nosso ou a “Oração do Senhor”. Ela é uma fórmula abstrata ao melhoramento e purificação de todos os nossos veículos!

A “Oração do Senhor” exerce o efeito do cultivo do domínio próprio, porque ao nos fazer ver que estamos injuriando os outros nos voltamos para nós mesmos e nos resolvemos a descobrir as causas. Uma dessas causas é a perda do domínio próprio, originada no Corpo de Desejos.

Vamos sempre nos recordar que a oração, feita com devoção pura e impessoal, dirigida a elevados ideais, é muito superior à fria concentração, porque voa para Divindade sobre as asas do Amor, a exaltação do Místico.

Oração do Senhor ou Pai-Nosso

Pai nosso que estais no Céus

Santificado seja o Vosso Nome

Venha a nós o Vosso Reino

Seja feita a Vossa Vontade…”

Assim na Terra como nos Céus

“O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje”

“Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”

“Não nos deixeis cair em tentação”

Mas, “Livrai-nos do mal”

Porque Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre, Amém

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1970 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Requisitos Esotéricos da Oração

Deus é Luz. Os mais potentes telescópios, que alcançam milhões de quilômetros no espaço, não encontram os limites da Luz. Porém, sabemos que se não fossem os olhos, com os quais percebemos a luz, e os ouvidos, que registram as vibrações do som, andaríamos na terra em eterna escuridão e silêncio. Assim, para perceber a Luz Divina – a única que pode iluminar a nossa obscuridade espiritual – e ouvir a voz do silêncio – a única que pode nos guiar – devemos cultivar nossos olhos e ouvidos espirituais. A oração, a verdadeira oração científica, é um dos métodos mais poderosos e eficazes para encontrar a graça diante do nosso Pai, e receber a imersão na luz espiritual que, alquimicamente, transforma o pecador em santo e o envolve com o manto dourado nupcial: o luminoso Corpo-Alma.

Todavia, não nos enganemos. A oração sozinha não pode fazer isto. A menos que nossa vida inteira, tanto desperta como no sono, seja uma oração para a iluminação e a santificação, nossas preces não alcançarão nunca, a Divina Presença, para trazer-nos o batismo do Seu poder. ‘Ora e Labora’: rogando a Deus e trabalhando; cumprindo o mandamento oculto a que todos os aspirantes devem obedecer; do contrário, não realizaremos grandes adiantamentos.

Nós, ocupados com os trabalhos do mundo, forçados a fazer coisas que nos parecem inferiores, sentimos amiúde, que por esse motivo estamos impedidos. Porém, se ‘fizermos todas as coisas, como se fossem para o Senhor’ e se formos ‘fiéis para com todas as coisas’, veremos que, com o tempo, se apresentarão oportunidades como nunca tínhamos sonhado.

Assim como a agulha magnética, momentaneamente afastada do norte por uma pressão externa, torna a voltar instantaneamente à sua posição natural, no momento em que se livra da pressão, nós também devemos cultivar tal anseio por nosso Pai. Tal desejo fará que se voltem, instantaneamente, nossos pensamentos para Ele, quando nosso trabalho diário no mundo foi executado, e ficamos em liberdade de agir, seguindo nosso próprio impulso.  Agindo assim, a Luz da Sua presença e a doçura de sua voz nos, ensinarão e nos acariciarão, além das nossas mais ardentes esperanças.

Assunto que requer consideração é o lugar da oração. É de vital importância, por uma razão geralmente não conhecida, nem pelos Estudantes Rosacruzes. Cada oração falada, ou em meditação, cada canção de louvor, cada leitura das passagens das Escrituras, que ilustre e estimule, quando feita por um leitor cuidadosamente preparado, que ame e que viva o que lê, derrama sobre os fiéis e sobre o lugar da oração, a graça de Deus. Deste modo, com o tempo constrói-se uma igreja invisível em volta do edifício. Quando há uma pura e elevada congregação de devotos, faz-se tão bela que transcende todo o imaginável e ultrapassa toda descrição.

Este edifício invisível não é meramente um lugar maravilhoso, como um palácio de fadas, criação de sonho de um poeta. Não. É uma coisa vivente, vibrando com a força Divina, de imensa ajuda para os fiéis, porque os auxilia no ajuste das caóticas vibrações do mundo. Quando penetram numa verdadeira ‘Casa de Deus’, adotando a atitude própria para a oração, os fiéis são ajudados a elevarem-se em sua aspiração ao Trono da Graça Divina. Ao oferecerem sua prece e adoração, na súplica ao Pai, de uma nova benção espiritual, recebem a amorosa resposta: ‘Este é o meu Filho amado, em quem Me comprazo.’ (Mt 3:17).

Um lugar de adoração semelhante é essencial para o crescimento espiritual, por meio da oração científica. Aqueles que são afortunados para ter acesso a tal Templo deveriam sempre ocupar o mesmo lugar, porque desse modo, esse lugar fica saturado com suas vibrações individuais. Em tal ambiente, se adaptarão com mais facilidade do que em qualquer outra parte, e conseguirão melhores resultados.

Porém, estes lugares escasseiam, porque a oração científica precisa de um real santuário. Não pode haver nele, nem nos seus arredores, bisbilhotice, nem conversação profana, porque alteram as vibrações. As vozes devem ser baixas e as atitudes reverentes. Todos os assistentes devem saber que estão num lugar santo e agir coerentemente. Por tudo isto, nenhum lugar aberto ao público em geral poderá responder, convenientemente, às preces feitas.

Além disso, cada novo membro aumenta, enormemente, o poder de cada oração. Seu desenvolvimento pode comparar-se a uma progressão geométrica, se os fiéis estão na devida harmonia, e acostumados a oração em comum, sucedendo, precisamente o contrário, se não o estão. Para ser eficaz, os participantes devem ter as mesmas influências harmoniosas em seus horóscopos.

Quando o Astro adverso de um horóscopo se encontra no Ascendente de outro, estes dois seres não podem tirar proveito algum da oração em comum. Poderão dominar seus Astros e viver em paz, se são espíritos desenvolvidos; mas falta-lhes a harmonia básica, absolutamente essencial para a oração coletiva. A Iniciação removerá este obstáculo e somente ela poderá fazê-lo.

Uma máxima mística diz que: ‘todo desenvolvimento espiritual começa no Corpo Vital’. Esse, em densidade, é o mais próximo do Corpo Denso. Sua nota-chave é a repetição. É o veículo dos hábitos, consequentemente, algo difícil de modificar ou influenciar. Contudo, uma vez a mudança operada, e o habito adquirido pela repetição, sua manifestação torna -se, até certo ponto, automática.

Tal característica é, ao mesmo tempo, boa e má, no que se refere à oração. Com efeito, a impressão registrada nos Éteres deste veículo, impelirá o aspirante ao fiel cumprimento de suas devoções, nos momentos preciosos, ainda que tenha perdido interesse no exercício e suas preces sejam mera formalidade. Se não fosse essa tendência do Corpo Vital de formar hábitos, os Aspirantes não teriam consciência do perigo, no momento em que o verdadeiro amor começasse a desvanecer-se, ser-lhes-ia fácil conquistar a perda e permanecer no Caminho. Portanto, o Aspirante deve examinar-se cuidadosamente de vez em quando, para ver se possui as asas e a força que o elevam, segura e rapidamente, ao nosso Pai nos Céus.

As asas são duas: amor e aspiração. A força irresistível que as impulsiona é um anseio interno. Sem estes e sem a compreensão inteligente para dirigir a invocação, a prece é só um palavreado, enquanto bem realizada, é o método mais poderoso para o crescimento da alma.

As invocações usadas para pedir coisas materiais fazem parte da magia negra. Temos a promessa: “Procurai primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, e todas as outras coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6: 33). Cristo indicou o limite do que poderíamos desejar quando, no Pai-Nosso, ensinou aos Discípulos: “O pão nosso de cada dia dai-nos hoje” (Lc 11:3).

Tanto a nosso respeito, como dos outros, devemos guardar-nos de ultrapassar este caminho na invocação científica.

Mesmo orando por bens e bênçãos espirituais, devemos evitar a manifestação de sentimentos egoístas em nossa prece, porque destruirão nosso crescimento anímico. Todos os Santos se abatem em dias de obscuridade e miséria, quando o Divino Amante oculta sua face.

Tudo depende da natureza e força da nossa devoção. Amamos a Deus por Ele mesmo, ou o amamos pelas alegrias que experimentamos na doce comunhão com Ele? Se é pela última, nosso afeto é tão egoísta como os sentimentos da multidão que o seguia na Palestina, porque Ele os alimentava.  Ele tem de ocultar de nós a manifestação de Seu terno amor e cuidado, o que nos deve fazer cair de joelhos envergonhados e arrependidos.

Felizes de nós, se vencermos os defeitos de nossos caracteres e aprendermos a lição de uma fidelidade invariável, como a da agulha magnética, que assinala o polo Norte sem vacilar, a despeito da chuva, da tormenta ou das nuvens que a ocultam de sua estrela amada. Dissemos que não devemos orar por coisas materiais e devemos ter muito cuidado, mesmo nas orações por bens espirituais. Então, assalta-nos, logicamente, esta pergunta: qual deve ser o objetivo de nossa invocação? A resposta é: ‘Louvar e adorar’. Devemos repelir a ideia de dirigir-nos ao Pai Celestial para pedir-Lhe algo. Não nos desanimaria, se nossos filhos estivessem sempre pedindo coisas? Por certo, não cabe, em nossa Mente, que Deus se aborreça por nossos pedidos importunos; porém, tampouco devemos esperar que nos conceda o nosso mal. Por outro lado, quando damos graças e louvamos, colocamo-nos em situação favorável com a Lei da Atração, em estado receptivo, e podemos receber um novo banho do Espírito de Amor e de Luz e, deste modo, ficarmos mais perto do nosso ideal adorado.

(Trecho do Livro A Teia do Destino – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz-Publicado na Revista Serviço Rosacruz – março/1980 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Oração Científica

“Muitas vezes vi-me impelido e ajoelhar-me por uma poderosa convicção de que não tinha outra parte aonde ir. Minha própria sabedoria, e aquela de tudo o que está ao meu derredor parecia insignificante para o dia.” (Abrahão Lincoln).

A oração científica é um dos métodos poderosos de perceber a luz que recebemos no Caminho dos nossos esforços para conseguir iluminação. “Deus é Luz” e na medida em que nos voltamos para Ele, em oração, a Luz brilhará e iluminará nossa obscuridade espiritual.

Os líderes que são responsáveis pelo Esquema da Evolução para a Onda de Vida humana, ou seja, pela nossa evolução, desejando nos ajudar, “instituíram a oração como um meio de produzir pensamentos elevados e puros para refinar nosso Corpo Vital”. Todos podemos trabalhar e orar nos auxiliando na escala da evolução.

Para nossa oração diária cada um deveria ter certo lugar fixo, onde pudesse se sentar em posição cômoda, os músculos relaxados, em quietude. Não sendo possível, devemos exercitar para criar um lugar tranquilo em nossa Mente, “uma câmara superior”. Nesse templo interno pedimos a nosso Pai por nossa transformação e iluminação, até conseguirmos formar o luminoso Traje Dourado de Bodas (o nosso Corpo-Alma) de nossa reunião (re-ligare – Religião ao sentido legítimo) com Ele.

Todavia, todos aprendemos na Filosofia Rosacruz – e ademais, sentimos internamente – esta verdade: “a oração por si só, por mais fervente que seja, não converterá o pecador num santo, a menos que nossos atos, nossa vida toda, seja uma constante oração”. Só então é possível “transformar a lagarta rastejante numa borboleta linda que busca as alturas”. “Orar e Trabalhar” é a conjugação oculta. Nós, que nos encontramos misturados na materialidade do mundo, muitas vezes sentimos a necessidade de ficar sós, em oração. Desejaríamos até nos isolar, definitivamente, em prece. Contudo, é-nos assegurado que se executamos nosso trabalho conscientemente e “fazemos todas as coisas em nome do Senhor”, nossa existência será uma grande oração e finalmente escutaremos Sua voz: “Muito bem, servo bom e fiel. Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mt 25:23).

(Publicado na Revista Rosacruz – abril/1968 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Ritual do Serviço do Solstício de Dezembro – como oficiar e como participar

O Ritual do Serviço do Solstício de Dezembro é oficiado na véspera do Solstício de Dezembro que varia entre 21 e 22 de Dezembro nos Centros da Fraternidade Rosacruz espalhados pelo mundo.

O irmão ou a irmã que não possa ir a um Centro Rosacruz poderá oficiá-lo em seu lar com familiares e amigos, preferencialmente, no horário indicado e sempre no mesmo local.

Perceba que o Ritual é dividido em três partes bem distintas:

1ª – Preparação – composto por músicas e textos que visam preparar o ambiente, separando o ambiente externo (de onde vem o Estudante) do interno (para o interior do Estudante);

2ª – Concentração – é o clímax do Ritual, onde o Estudante se dedica a se concentrar com toda a sua dedicação, foco, disposição e vontade no Serviço amoroso e desinteressado voltado exclusivamente para a divina essência do irmão e da irmã “que sofre, que chora, que ri” utilizando todos os meios disponíveis: pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, atos, obras e ações.

3ª – Saída – composto por uma admoestação de saída e música que visam preparar o Estudante para internalizar tudo o que aqui falou, ouviu, participou e se concentrou, recebendo toda a força espiritual gerada durante a oficiação do Ritual, a fim de aplicá-la no seu dia a dia, se esforçando para o cumprir no tema concentrado: servir amorosa e desinteressadamente exclusivamente a divina essência do irmão e da irmã “que sofre, que chora, que ri” utilizando todos os meios disponíveis: pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, atos, obras e ações.

a) Se você quiser saber exatamente como oficiar, assista o vídeo do nosso canal no Youtube: Tutorias, Dicas e Detalhes dos Ensinamentos Rosacruzes clicando aqui: Como Oficiar o Exercício Esotérico Ritual do Serviço do Solstício de Dezembro

b) Se você quiser oficiar o Ritual, então acesse o texto aqui: Ritual do Serviço do Solstício de Dezembro

c) Se você quiser “participar” da oficiação como um ouvinte, então é só clicar no áudio abaixo, seguindo as seguintes observações:

  1. se puder prepare o ambiente ouvindo o Adágio da 9ª Sinfonia de Beethoven. Se não a tiver, clique aqui para acessá-la: Adágio Molto e Cantabile – da Sinfonia nº 9 em Ré Menor de L. V. Beethoven
  2. atente para os momentos:
  • de ficar em pé – do início até o oficiante dizer a saudação Rosacruz (“que as rosas floresçam em vossa cruz”) e você responder: “e na vossa também”, quando então você se senta e se concentra na audição do texto do Ritual
  • você se levanta quando terminada a Concentração e o oficiante vai começar a cantar/falar o Hino Rosacruz de Encerramento
  • no final quando o oficiante dizer a saudação Rosacruz (“que as rosas floresçam em vossa cruz”) e você responde: “e na vossa também”
  1. Agora, é só clicar no áudio abaixo:
Hino Rosacruz de Abertura – Texto do Ritual do Serviço do Solstício de Dezembro – Hino Rosacruz de Encerramento
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Ritual do Serviço do Solstício de Dezembro

FRATERNIDADE ROSACRUZ

Ritual do Serviço do Solstício de Dezembro

1. O Oficiante convida os presentes a cantarem, de pé, o Hino Rosacruz de Abertura

2. O Oficiante ilumina e descobre o Símbolo Rosacruz e apaga as luzes, exceto a que o ilumina o Símbolo e a que auxilia na leitura

3. Em seguida, fixa o olhar no Símbolo Rosacruz e fala a saudação Rosacruz:

“Queridos irmãos e irmãs:

Que as rosas floresçam em vossa cruz”

4. Todos respondem:E na vossa também.

5. Todos se sentam, menos o Oficiante.

6. Em seguida, o Oficiante começa a leitura do texto do Ritual:

Estamos agora no Solstício de Dezembro, tempo em que a luz do Sol definha para o hemisfério norte, onde o frio e a tristeza são intensos nessa ocasião. Mas, na noite mais longa e mais escura para aquele hemisfério, o Sol retoma o seu caminho de ascensão para o norte; a Luz de Cristo de novo nasce na Terra e todo o mundo rejubila. A onda de vida e luz espiritual que será a base do crescimento e do progresso do próximo ano, atinge o máximo de sua altura e poder. A Terra está agora mais próxima do Sol e seus raios espirituais incidem em ângulo reto sobre a superfície da Terra no hemisfério norte, promovendo a espiritualidade, enquanto as atividades físicas são mantidas em expectativa, devido ao fato de os raios solares incidirem em ângulo oblíquo sobre a superfície da Terra.

É da maior importância para o Estudante esotérico conhecer e compreender as condições particularmente favoráveis que prevalecem por ocasião do Natal, mais do que em qualquer outra ocasião, de modo a poder dirigir todas as suas energias na direção espiritual, de forma a poder percorrer, com menor esforço, uma distância muito maior nessa direção.

O apóstolo deu-nos uma maravilhosa definição da Divindade quando disse que “Deus é Luz”. Por isso a palavra Luz tem sido utilizada nos Ensinamentos Rosacruzes para ilustrar a natureza divina, especialmente o mistério da Trindade na Unidade. É ensinado claramente nas Sagradas Escrituras de todos os tempos, que Deus é Um e Indivisível. Ao mesmo tempo verificamos que assim como a luz branca Una é refratada nas três cores primárias: vermelho, amarelo e azul, assim também Deus se apresenta em tríplice aspecto durante Sua manifestação, pelo exercício das três funções divinas: de Criação, Preservação e de Dissolução.

Quando Deus exerce o atributo de criação aparece como Jeová, o Espírito Santo; Ele é, então, o Senhor da Lei e da Geração e projeta a fertilidade solar diretamente através dos satélites lunares de todos os Planetas onde se torna necessário fornecer corpos para os seres evoluintes.

Quando Deus exerce o atributo de preservação com o propósito de conservar os corpos gerados por Jeová sob as Leis da Natureza, Ele aparece como o Redentor, o Cristo, e irradia os princípios do Amor e da Regeneração diretamente em qualquer Planeta onde as criaturas de Jeová requeiram este auxílio para se libertarem das malhas da mortalidade e do egoísmo, a fim de alcançar o altruísmo e a vida eterna.

Quando Deus exerce o atributo divino da dissolução, aparece como o Pai que nos chama de volta ao nosso lar celeste para assimilarmos os frutos da experiência e do crescimento anímico, por nós armazenado, durante o Dia da manifestação. Este solvente universal, o raio do Pai, emana então do Sol espiritual invisível.

Estes processos divinos de criação e nascimento, de preservação e de vida, de dissolução, morte e retorno ao Autor do nosso ser, vemos por toda a parte à nossa volta e reconhecemos o fato de que são atividades do Deus Triuno em manifestação.

Será que já imaginamos um mundo espiritual onde não existem acontecimentos definidos, onde não há condições estáticas, onde o princípio e o fim de todas as aventuras, de todos os tempos, estão presentes no eterno “Aqui” e “Agora”?

Do seio do Pai há uma permanente saída das sementes das coisas e acontecimentos que entram no reino do “tempo” e do “espaço”. Aí, elas se cristalizam, gradualmente, e se tornam inertes, sendo necessária à sua dissolução para que possam dar lugar a outras coisas e a outros acontecimentos.

Não podemos fugir dessa Lei Cósmica; ela se aplica no reino do “tempo” e do “espaço”, inclusive ao próprio raio de Cristo. Da mesma maneira que os rios, cujas águas são lançadas no oceano, se enchem novamente quando as águas do mar são evaporadas e a eles retornam como chuva, para de novo correrem para o mar, num incessante fluxo e refluxo, assim também o espírito de amor está eternamente nascendo do Pai, dia a dia, hora a hora, fluindo interminavelmente no universo solar para nos remir do mundo da matéria que nos prende nas suas garras de morte. Onda após onda é assim impelida do Sol para todos os Planetas, dirigindo ritmicamente as criaturas que neles evoluem.

Dessa maneira é, no sentido mais real e mais literal, um Cristo recém-nascido que nós saudamos em cada festa de Natal que se aproxima, e o Natal é o acontecimento anual mais vital para toda a humanidade, saibamo-lo ou não. Não é apenas a comemoração da data natalícia do nosso amado Irmão Maior Jesus, mas o advento do rejuvenescedor amor-vida do nosso Pai Celestial, por Ele enviado para livrar o mundo das garras mortais do inverno. Sem esta nova infusão de vida e de energia divina, cedo pereceríamos fisicamente, e todo o nosso progresso regular teria sido inútil, pelo menos no que se refere às nossas atuais linhas de desenvolvimento.

Infinita fonte de amor divino, o nosso Pai Celestial ama-nos, assim como um pai ama seu filho, pois, Ele conhece a nossa debilidade física e espiritual; Ele reconhece a nossa dependência. Por isso, estamos agora esperando confiantemente o nascimento místico do Cristo de outro ano, carregado com nova vida e amor, enviados pelo Pai para nos socorrer da fome física e espiritual que seria inevitável, não fora essa dádiva de amor anual.

Com tempo, todo o mundo compreenderá que “Deus é Espírito” e que em Espírito e em Verdade deverá ser adorado. Nada podemos fazer para que possamos retratá-lo, pois Ele não é semelhante a nenhuma coisa existente nem no céu nem na Terra.

Podemos ver os veículos físicos de Jeová circulando como satélites em torno de vários Planetas; podemos ver o Sol, que é o veículo visível do Cristo; mas o Sol Invisível, que é o veículo do Pai, e a origem de tudo, aparece aos maiores videntes humanos apenas como uma oitava superior da fotosfera do Sol, como um anel de luz azul-violeta, por trás do Sol.

Porém não necessitamos vê-Lo; sentimos o Seu Amor, e este sentimento nunca é tão intenso como por ocasião do Natal, quando Ele nos dá o maior de todos os presentes: o Cristo do Ano Novo.

Toda e qualquer partícula de energia física provém do Sol visível; e é do invisível Sol espiritual que obtemos toda a nossa energia espiritual. No momento presente não podemos olhar diretamente para o Sol, se assim fizéssemos ficaríamos cegos. Podemos, porém, olhar para a luz solar refletida que vem da Lua. Assim também o ser humano não pode resistir ao impulso espiritual direto vindo do Sol e por isso esse impulso tem de ser enviado por meio da Lua, pelas mãos e por intermédio de Jeová, o regente da Lua, como Religião de Raça. Somente pela Iniciação é possível chegar ao contato direto com o impulso espiritual do Sol. Um véu pendia diante do Templo.

Dessa forma, na Noite Santa a que chamamos Noite de Natal, era costume entre os “homens sábios” (os Magos) – aqueles que estavam muito na vanguarda da humanidade comum – chamar aqueles que também se preparavam para se tornar sábios e conduzi-los à Iniciação, no interior dos Templos. Levavam-se a efeito certas cerimônias e os candidatos entravam em transe. Nesse tempo não seria possível a Iniciação em estado de vigília; tinha que ser cumprida em estado de transe.

Quando a percepção espiritual despertava nos candidatos, estes podiam ver através da Terra; não viam nenhum detalhe, mas a Terra se tornava transparente e eles viam o Sol do outro lado da Terra, viam o que se chamava a “A Estrela da Meia-Noite”.

Posteriormente foi possível ao ser humano receber o impulso espiritual mais diretamente, e quando chegou a ocasião em que o Espírito de Cristo pôde ser admitido na Terra – através da nossa evolução, um Raio do Cristo Cósmico veio até nós e se encarnou no corpo do nosso Irmão Maior Jesus. Foi assim que veio o Espírito de Cristo, o ponto de partida do impulso espiritual direto.

Exotericamente o Sol tem sido considerado desde tempos imemoráveis como o doador de vida, porque a multidão era incapaz de ver a grande verdade espiritual existente por trás desse símbolo material. No entanto, para além daqueles que adoravam o corpo celeste que viam com os olhos físicos, havia também, e ainda hoje há, uma pequena, porém crescente minoria, um sacerdócio consagrado mais pelas ações retas do que pelo ritual, que via e vê as verdades espirituais, essas verdades sob a forma de cerimonial, cerimonial esse que mudava de acordo com o tempo e com o povo a que era destinado. Para esses, a lendária Estrela de Belém brilha todos os anos como o Sol Místico da Meia-Noite que penetra nosso Planeta no Solstício de Dezembro e logo começa a irradiar, do centro do nosso globo, a Vida, a Luz e o Amor, os três atributos divinos. Estes raios de força e de esplendor espiritual enchem nosso globo com luz celestial que envolve todas as criaturas sobre a Terra, da menor à maior, indistintamente.

Nesta Noite Santa da qual acabamos de falar, quando o Cristo nasce, como um Sol, para iluminar a nossa escuridão, a influência espiritual é mais forte e pode ser atingida com muito maior facilidade. Esta é a grande verdade encoberta pela Estrela da Noite Santa, que iluminava a noite mais escura e comprida do ano – para o hemisfério norte (Esta noite mais escura e mais longa simboliza também o desesperado estado de alma daquele que procura a Iniciação).

Quando o Cristo aqui chegou, alterou as vibrações da Terra e desde então continua a alterá-las constantemente. Cristo rasgou o “Véu do Templo”. Ele tornou o Santo dos Santos – o lugar da Iniciação – acessível a “todo aquele que quiser”.

Desde então não houve mais necessidade de transe; não é mais necessário provocar estados subjetivos com o propósito de conseguir a Iniciação. Todo aquele que quiser penetrar no Templo para se iniciar, fá-lo-á em estado consciente.

Na Ordem Rosacruz, os nove Mistérios Menores, ou Iniciações Menores, se referem somente à evolução da humanidade durante o Período Terrestre; o quinto grau desses Mistérios conduz o candidato ao final do Período Terrestre quando a humanidade gloriosa estará assimilando os frutos desse Período, retirando-os dos sete Globos nos quais evoluímos durante cada dia de manifestação, para transportá-los ao primeiro dos cinco globos obscuros que constituem nossa vivenda durante a Noite Cósmica. Depois de ter visto o fim, no quinto grau, o candidato é informado sobre os meios pelos quais este final será atingido no decorrer das três Revoluções e meia que faltam para se completar o Período Terrestre; os quatro graus restantes são dedicados à iluminação do candidato a esse respeito. O nono ou último desses graus é atingido nos Solstícios de Junho e de Dezembro, tendo o candidato, por essa ocasião, obtido acesso a todas as camadas ou estratos da Terra.

Este é o grande destino que está reservado a cada um de nós. Disse o Cristo aos Seus discípulos: “Aquele que crer em Mim, fará as coisas que eu faço… e ainda maiores”. É um fato sublime sermos nós Cristos em formação; quanto mais cedo nos convencermos que devemos dar nascimento ao Cristo Interno antes de podermos ver o Cristo exterior, mais depressa chegará o dia da nossa iluminação espiritual. Cada um de nós será, oportunamente, conduzido pela Estrela até ao Cristo, mas é necessário acentuar que não seremos conduzidos a um Cristo exterior, mas ao Cristo que está no Interior.

“Embora Cristo possa nascer mil vezes em Belém,

Se não nascer dentro de ti, tua alma continuará extraviada”.

Entremos, agora, em silêncio e, por alguns instantes, concentremo-nos sobre o Amor Divino e o Serviço.

7. O período de concentração deve se prolongar por uns 5 minutos

8. Terminada a concentração, o Oficiante cobre o Símbolo Rosacruz e acende as luzes

9.   O Oficiante convida todos a se levantarem e a cantarem o Hino Rosacruz de Encerramento

10. O Oficiante profere a seguinte exortação de despedida:

“E agora, queridos irmãos e irmãs, que vamos partir de volta ao mundo material levemos a firme resolução de expressar, em nossas vidas diárias, os elevados ideais de espiritualidade que aqui recebemos, para que dia a dia nos tornemos melhores homens e mulheres, e mais dignos de sermos utilizados como colaboradores conscientes na obra benfeitora dos Irmãos Maiores, a Serviço da Humanidade”.

“QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ”

11. Apaga-se a luz do Templo

(todos devem se retirar do Templo em silêncio)

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Ritual do Serviço do Equinócio de Setembro – como oficiar e como participar

O Estudante Rosacruz oficia o Ritual do Serviço do Equinócio de Setembro todos os anos na véspera do Equinócio de Setembro, que pode variar de um ano para o outro. Para saber o dia exato é só consultar o Calendário Anual da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil.

Perceba que o Ritual é dividido em três partes bem distintas:

1ª – Preparação – composto por músicas e textos que visam preparar o ambiente, separando o ambiente externo (de onde vem o Estudante) do interno (para o interior do Estudante);

2ª – Concentração – é o clímax do Ritual, onde o Estudante se dedica a se concentrar com toda a sua dedicação, foco, disposição e vontade sobre o Amor Divino e o Serviço.

3ª – Saída – composto por uma música e uma admoestação de saída que visam preparar o Estudante para internalizar tudo o que aqui falou, ouviu, participou e se concentrou, recebendo toda a força espiritual gerada durante a oficiação do Ritual, a fim de aplicá-la no seu dia a dia, se esforçando para o cumprir no tema concentrado: servir amorosa e desinteressadamente exclusivamente a divina essência do irmão e da irmã “que sofre, que chora, que ri” utilizando todos os meios disponíveis: pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, atos, obras e ações.

a) Se você quiser saber exatamente como oficiar, assista o vídeo do nosso canal no YoutubeTutorias, Dicas e Detalhes dos Ensinamentos Rosacruzes clicando aqui: Como Oficiar o Exercício Esotérico Ritual do Serviço do Equinócio de Setembro

b) Se você quiser oficiar o Ritual, então acesse o texto aqui: Ritual do Serviço do Equinócio de Setembro

c) Se você quiser “participar” da oficiação como um ouvinte, então é só clicar no áudio abaixo, seguindo as seguintes observações:

  1. se puder prepare o ambiente ouvindo o Adágio da 9ª Sinfonia de Beethoven. Se não a tiver, clique aqui para acessá-la: Adágio Molto e Cantabile – da Sinfonia nº 9 em Ré Menor de L. V. Beethoven
  2. atente para os momentos de: ficar em pé; responder à Saudação Rosacruz; se sentar; no final: responder à Saudação Rosacruz. Se não souber ou tiver dúvidas, dê uma olhada nesse vídeo: Como Oficiar o Exercício Esotérico Ritual do Serviço do Equinócio de Setembro
  3. Agora, é só clicar no áudio abaixo:
Ritual do Serviço do Equinócio de Setembro
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Livreto: Ritual do Serviço do Equinócio de Setembro

Abaixo, em forma de livreto, você encontrará:

  1. O texto para oficiar o Serviço do Equinócio de Setembro
  2. O texto do Hino Rosacruz de Abertura – o Hino cantado e tocado, você encontra clicando aqui
  3. O texto do Hino Rosacruz de Encerramento – o Hino cantado e tocado, você encontra clicando aqui

(*) Lembre sempre de preparar o ambiente com uma música apropriada. A melhor é o Adágio Molto e Cantabile – da Sinfonia nº 9 em Ré Menor de L. V. Beethoven, que você encontra clicando aqui.

O objetivo do Livreto é você poder imprimir como um livreto.

Assim, imprima frente e verso em “virar na borda horizontal” em impressoras que imprimem frente e verso.

Ou, caso sua impressora não imprima frente e verso, então imprima primeiro as folhas ímpares e depois no verso as folhas pares.

O tamanho também você pode escolher: cada 2 páginas em uma folha A4 ou cada 4 páginas em uma folha A4.

Tenha acesso ao Livreto clicando aqui.

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Ritual: um fator constante em nossas vidas – então, por que relutamos em oficiá-los?

Quer nos apercebamos ou não, rituais são fatores constante em nossas vidas. Basta considerarmos o ciclo anual do amanhecer, do pôr-do-sol, de nossos hábitos pessoais, do despertar, do dormir, de nossas tarefas diárias.

Para alguns a palavra ” ritual” está ligada a cerimônia sem significado ou a monótonas atividades de rotina que precisam ser suportadas, mas não apreciadas.

Um ritual pode possuir tais conotações se assim o quisermos, isto é, se só o olharmos por esse prisma. Contudo, se avaliarmos um ritual sob sua luz verdadeira, como um instrumento espiritual, estaremos reconhecendo uma força valiosa para nosso próprio progresso.

Os Ensinamentos Rosacruzes nos ensinam que a repetição é essencial para o desenvolvimento e a espiritualização do Corpo Vital. Max Heindel disse: “A palavra-chave do Corpo Vital é a repetição”. Isto é facilmente compreendido quando consideramos que, embora o Corpo Vital tenha força para movimentar o Corpo Denso, tais movimentos são resultados de repetidos impulsos do mesmo tipo.

O Corpo Vital é ensinado a coordenar os movimentos do Corpo Denso de acordo com a vontade do Espírito. A criança não nada de maneira correta após seu primeiro esforço, nem o músico toca perfeitamente seu instrumento depois de uma aula. A repetição é necessária antes que os pés ou os dedos possam ser movimentados de acordo com a vontade do Espírito.

Max Heindel disse: “As escolas de ocultismo de todas as épocas relacionaram a mudança do Corpo Vital pelo trabalho de sua palavra-chave, que é a repetição. Por isto escreveram vários rituais que serviram à humanidade em estágios diferentes de seu desenvolvimento, cultivando assim o crescimento da alma, lentamente, mas com segurança.”.

Há os que reclamam que uma estrutura formalizada, continuamente repetida de qualquer serviço de culto e monótona e que ouvir ou dizer a mesma coisa, vezes seguidas, não estimula os participantes.

Estes não compreenderam que o Corpo de Desejos, a nossa natureza emocional, é que sempre procura algo novo.

A inconstante natureza de desejos oscila facilmente entre uma emoção e outra e, assim, é potencialmente destrutiva quando não controlada.

Os serviços de culto nos quais a oratória extravagante e hipnótica ou outros atrativos a natureza de desejos de muitos participantes que reagem ao emocionalismo do serviço e, momentaneamente, são levados pelo que acreditam ser as asas de um fervor religioso.

O efeito é, porém, puramente temporário e suas naturezas emocionais se renderão ao próximo atrativo que substituirá o estado de devoção com sentimentos completamente diferentes. Assim e que os serviços de culto não ritualizados, apesar de toda sua “inovação” ou “originalidade” não tem efeito duradouro sobre os participantes.

O efeito repetitivo da forma ritual do serviço devocional, trabalhando sobre o Corpo Vital, é duradouro, embora não cause uma impressão exterior tão dramática sobre o praticante.
Os Serviços do Templo e de Cura da Fraternidade Rosacruz são verdadeiros Exercícios Esotéricos e também são organizados seguindo linhas ritualísticas.

Aqui, também, formas distintas de trabalho devocional são observadas nos rituais diários, aos Domingos, nas datas de Lunação, nos rituais solares e, ainda, um ritual determinado para o Serviço de Cura, uma vez por semana, quando a Lua está em um Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio).

O ato de descobrir o Símbolo Rosacruz – o que tem a rosa branca no centro e que é feito sempre depois do Hino de Abertura Rosacruz ou do Hino Astrológico e coberto antes do Hino de Encerramento Rosacruz – é uma das partes mais importantes do Ritual dos Serviços Devocionais, no Serviço do Templo e de Cura, e em todos outros Rituais dos Serviços (dos Equinócios e Solstícios e da Véspera de Natal) desde seu princípio.

O Símbolo incorpora, simbolicamente, todos os aspectos do “Eu superior” que o Aspirante espiritual está tentando desenvolver. A estrela dourada representa a vestimenta nupcial dourada, ou o Corpo-Alma que estamos tentando construir através de uma vida correta e de serviço altruísta. A cruz branca representa o Corpo Denso purificado. As sete rosas vermelhas representam o sangue limpo que é purificado através da alimentação, dos sentimentos, dos pensamentos e das ações corretas.

As repetidas oficiações dos Rituais dos Serviços – enquanto o Símbolo Rosacruz é descoberto e iluminado – têm um significado espiritual muito profundo.

Este belo e completo Símbolo, em todo o seu abrangente significado, “fala” ao Aspirante que sinceramente medita sobre ele e dele recebe um impulso encorajador e inspirador.

Uma força é gerada como uma tênue nevoa azul que emana do Símbolo e esta força emitida e observada é sentida por aqueles cujos olhos espirituais já se tenham aberto.

Os membros que não possam estar presentes a reuniões nas Sedes, podem, na privacidade de seus lares, oficiar a leitura dos Rituais dos Serviços, seguindo o ritual, na presença do Símbolo e gerarem força, numa união espiritual de vários carvões.

Sabemos de casos de cura conseguidos desta maneira, assim como sentimentos de consolo, harmonia e calma que foram restabelecidos através dos Rituais do Serviço do Templo e do Serviço de Cura realizados na privacidade de um lar.

A mensagem essencial do Serviço e Amor Divino, impessoal, o Amor, que pela primeira vez na Terra, foi pregado por Jesus Cristo – o Amor que é a nota chave do Cristianismo Esotérico é a meta de todo Aspirante espiritual.

Trechos da Bíblia, do Novo Testamento, de grande força como a Primeira Epístola de São João e a Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios (13:1-13) fazem parte do texto do Serviço.

O participante atento ao Ritual fica imbuído, pela repetição, desse impulso de amor verdadeiro, que fortificando seu Corpo Vital aumenta sua capacidade de servir.

Max Heindel disse: “para que o Ritual atinja seu efeito máximo e possamos crescer por meio dele é necessário estarmos em harmonia com ele”.

Unamos nossas preces. Formemos uma grande chama de amor, a chama da Verdadeira Comunhão Espiritual. Sirvamos amorosamente, desenvolvendo as nossas potencialidades divinas internas.

Que cada Aspirante à vida espiritual irradie de seu coração as qualidades divinas de Luz, Vida e Amor para que possa ouvir, através do próprio trabalho e esforço pessoal, a voz Silenciosa do Cristo Interno, sentindo, dentro de si, a Rosa Branca alcançada!

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – 11/85 – Fraternidade Rosacruz São Paulo – SP)

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O Lugar da Oração

O lugar da oração é de vital importância, por uma razão que a maioria das pessoas desconhece, até mesmo entre os Estudantes Rosacruzes. Ei-la: cada oração, seja falada ou meditada, cada canto de louvor ou de rogo e cada leitura sentida das passagens dos Evangelhos, quando são feitas por uma pessoa cuidadosamente preparada, que ame e viva o que lê, derramam sobre os presentes e sobre o lugar da oração a graça do espírito. Desse modo, com o tempo se constrói, ao redor e dentro do edifício físico, um templo invisível que, no caso de uma fraternidade como a nossa, constituída de pessoas idealistas, esclarecidas e de nobres sentimentos, aparece aos olhos clarividentes com uma transcendental beleza de colorido e de formas, além de tudo o que podemos imaginar e que desafia toda a descrição: uma egrégora.

Mansón, em sua obra “O Servidor na Casa” nos fornece apenas uma pálida ideia do que descrevemos, quando diz ao velho bispo: “receio que não possas abarcar nem conceber esse templo, como um conjunto substancial. É preciso ser visto de maneira especial e sob determinadas condições. Algumas pessoas não nos veem nunca. Deves compreender que ele não é um montão de pedras inertes ou de madeiras sem significado: é uma COISA VIVENTE.

Quando nele entrares, ouvirás um som, um som como de um grande poema cantado. Se te detiveres um momento a escutar, saberás que esse som é produzido pelo vibrar de corações humanos, a música sem título das almas humanas, mas, só a ouvirás se tiveres ouvidos. Se tiveres olhos, verás o próprio templo, um fenômeno espelhante de muitas formas e sombras, saltando retas do solo à cupula, obra de um construtor extraordinário. Suas colunas se erguem como robustos peitos de atletas, a doce carne humana amolda seus fortes e inexpugnáveis baluartes. Rostos infantis sorriem de suas pétreas reentrâncias, as soberbas cornijas e arcos do templo são as mãos unidas de muitos companheiros identificados no mesmo ideal e acima, nas alturas e nos espaços vazios, estão escritos os inumeráveis sonhos e anseios por nós concebidos para um mundo melhor, de fraternidade real. A construção desse Templo continua sem descanso, sempre acrescido de algum detalhe. Algumas vezes, o trabalho prossegue em profunda obscuridade, outras vezes, sob ofuscante luz, ora sob o peso de inexprimível angústia, ora ao som de estrepitoso riso e heróicos vivas, semelhantes ao fragor de trovões. Algumas vezes, durante a noite, pode-se ouvir o silencioso martelar dos companheiros que trabalham na cúpula: são os que saltaram adiante, os que evoluíram mais na senda.”.

Mas, esse invisível edifício não é meramente um lugar maravilhoso, como um palácio de fadas, criação da fantasia de um poeta, é uma COISA VIVENTE, como disse Mansón, vibrando com a força divina, de imensa ajuda a todas as pessoas ali reunidas.

Este Templo ajuda cada pessoa presente que a ele se afina, impregnando sua aura, tornando-a uma “Casa de Deus”, porque lhe ajusta os veículos perturbados das caóticas vibrações do mundo.

Quando, pois, ficamos em verdadeira atitude de oração, não externa e aparente, mas em íntima consonância com nossos ideais, ajudamo-nos a nós mesmos a ascender ao trono da graça divina e ali depositar nossa prece e adoração, que atrairão do Pai uma nova benção espiritual na amorosa resposta: “Este é meu Filho amado, em quem me comprazo”.

Semelhante lugar de oração é essencial para uma oração científica e aqueles que têm o privilégio de participar de tais reuniões devem sempre ocupar o mesmo lugar, porque assim infundirão na cadeira ou no lugar do banco suas vibrações espirituais, adaptando de tal maneira seu ambiente que, mais facilmente do que em outra qualquer parte, obterão os resultados de elevação.

Infelizmente, tais lugares de oração escasseiam, pois a oração cientifica exige um real santuário. Não pode haver nele, nem em suas proximidades, ruídos e nenhuma conversação profana, porque isso altera suas vibrações, as vozes devem ser silenciosas e reverentes as atitudes, todos os assistentes devem ter presente que estão num lugar santo e agir de acordo.

Além do que expusemos, devemos acrescentar que o poder da oração coletiva aumenta a cada novo congregante, de modo extraordinário, em progressão geométrica, desde que os participantes estejam na devida harmonia e acostumados à oração em comum, sucedendo precisamente o contrário, se houver desarmonia vibratória.

Talvez um exemplo esclareça a questão. Suponhamos que um certo número de músicos que jamais tocaram em conjunto e não dominam os respectivos instrumentos fossem fazer um concerto. Não é necessário ter imaginação perspicaz para compreender que seu primeiro intento seria seguido de completo desacorde. O mesmo ocorreria se um aficionado se metesse numa orquestra, por boa que fosse, e se pusesse a tocar: malgrado suas melhores intenções, alteraria a harmonia do conjunto.

Idênticas condições científicas regem a oração coletiva. Para que seja completa, eficiente, é necessário ter em conta o lugar do templo e harmonia entre os participantes.

Para isso, futuramente, reuniremos no templo a ser construído, grupos diferentes de pessoas previamente preparadas, que tenham as mesmas influências harmoniosas em seus horóscopos.

Esclarecemos que, se uma aflição astrológica de um horóscopo achar-se no Ascendente de outro, isto é, se um Estudante Rosacruz tiver um Aspecto adverso em seu tema e esse mesmo Aspecto também estiver no Ascendente astrológico do outro Estudante Rosacruz, essas duas pessoas não deverão fazer, juntas, as preces coletivas, pois não tirarão proveito individual e prejudicarão o resultado global. Ainda que os dois dominem regularmente as tendências astrais e, como Espíritos desenvolvidos, vivam em paz, estarão faltos de harmonia básica absolutamente essencial para uma oração coletiva cientificamente realizada. Só a Iniciação de um deles anulará essa divergência.

Com esse planejamento, visando à prestação de maiores serviços futuros, incentivamos os Estudantes Rosacruzes a que façam os “cursos por correspondência” (Filosofia, Astrologia e Bíblia Rosacruz), para ficarem a par dos pormenores desse vital assunto e possam participar ou organizar, em seus lugares, verdadeiros templos, selecionando, ademais, em grupos afins, companheiros para realizarem autênticas orações coletivas, com resultados surpreendentes.

(Publicado no Encontro Rosacruz da Fraternidade Rosacruz de Santo André-SP de outubro-novembro/2004)

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Ritual do Serviço do Solstício de Junho – como oficiar e como participar

O Estudante Rosacruz oficia o Ritual do Serviço do Solstício de Junho todos os anos na véspera do Solstício de Junho, que pode variar de um ano para o outro. Para saber o dia exato é só consultar o Calendário Anual da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil.

Perceba que o Ritual é dividido em três partes bem distintas:

1ª – Preparação – composto por músicas e textos que visam preparar o ambiente, separando o ambiente externo (de onde vem o Estudante) do interno (para o interior do Estudante);

2ª – Concentração – é o clímax do Ritual, onde o Estudante se dedica a se concentrar com toda a sua dedicação, foco, disposição e vontade sobre o Amor Divino e o Serviço.

3ª – Saída – composto por uma música e uma admoestação de saída que visam preparar o Estudante para internalizar tudo o que aqui falou, ouviu, participou e se concentrou, recebendo toda a força espiritual gerada durante a oficiação do Ritual, a fim de aplicá-la no seu dia a dia, se esforçando para o cumprir no tema concentrado: servir amorosa e desinteressadamente exclusivamente a divina essência do irmão e da irmã “que sofre, que chora, que ri” utilizando todos os meios disponíveis: pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, atos, obras e ações.

a) Se você quiser saber exatamente como oficiar, assista o vídeo do nosso canal no Youtube: Tutorias, Dicas e Detalhes dos Ensinamentos Rosacruzes clicando aqui: Como Oficiar o Exercício Esotérico Ritual do Serviço do Solstício de Junho

b) Se você quiser oficiar o Ritual, então acesse o texto aqui: Ritual do Serviço do Solstício de Junho

c) Se você quiser “participar” da oficiação como um ouvinte, então é só clicar no áudio abaixo, seguindo as seguintes observações:

  1. se puder prepare o ambiente ouvindo o Adágio da 9ª Sinfonia de Beethoven. Se não a tiver, clique aqui para acessá-la: Adágio Molto e Cantabile – da Sinfonia nº 9 em Ré Menor de L. V. Beethoven
  2. atente para os momentos de: ficar em pé; responder à Saudação Rosacruz; se sentar; no final: responder à Saudação Rosacruz. Se não souber ou tiver dúvidas, dê uma olhada nesse vídeo: Como Oficiar o Exercício Esotérico Ritual do Serviço do Solstício de Junho
  3. Agora, é só clicar no áudio abaixo:
Ritual do Serviço do Solstício de Junho – MP3

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