Arquivo de categoria Método para Adquirir o Conhecimento Direto

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sentido de Equipe

Não nos queixemos e, sobretudo, não vivamos a criticar os outros.

Sabemos que a maioria das pessoas age assim; que esses hábitos anticristãos nos influenciam desde pequenos e hoje, também, nos acostumamos a repeti-los. É cômodo pôr a culpa de tudo nos outros. Sempre arranjamos um motivo plausível para justificar nosso modo de agir.

Sejamos honestos conosco mesmos. À luz dos conhecimentos ocultos adquiridos mediante a Filosofia Rosacruz, sabemos muito bem nossa posição neste mundo e como devemos proceder para alcançar o ideal. De que vale sabermos e continuar a agir como uma pessoa comum? Não é dito nos Evangelhos: “A quem mais foi dado, mais será exigido.”? (Lc 12:48).

Cuidado, pois, sabendo que o conhecimento nos traz maiores responsabilidades e consequências mais dolorosas. Por inúmeras razões devemos agir com otimismo e confiança.

Primeiramente, porque o pensamento, o sentimento, o desejo, a emoção, a palavra, o ato, a obra e a ação representam forças formadoras no Mundo do Desejo daquilo que criam no Mundo Físico. Pensar puramente, sentir nobremente e agir corretamente é expressar de modo integral a Trindade, como Espírito consciente.

Depois, é preciso pensar que tudo o que desfrutamos agora representa o que plantamos anteriormente. Não temos o direito de nos queixar, pois agimos como maus pagadores. Ademais, para corrigir nossa economia espiritual é preciso pagar o que devemos sem assumir novas dívidas, com o repetir das mesmas causas erradas do passado.

O reconhecimento de nossos erros, face à Sabedoria de Deus que nos deseja abrir o discernimento, é um ato de sabedoria e humildade, o primeiro passo para nossa regeneração.

Finalmente, não podemos fugir à sociedade que formamos. Ao contrário, “em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser” (At 17:28). Fomos diferenciados em nosso Deus (não de Deus) para adquirir experiências e não só recebemos os reflexos dos erros sociais, como também prejudicarmos nossos irmãos ou nossas irmãs com nossos desequilíbrios em todos os sentidos. Um pensamento falso, um desejo, sentimento, uma emoção mesquinhos, um impulso inferior, um ato, uma ação, obra indignos, tudo, tudo reflete na grande massa de que somos partes, tornando-nos corresponsáveis na situação do mundo em geral e da sociedade em que vivemos. Por que não tomamos consciência disso e mudamos o rumo de nossos esforços para um sentido sempre construtivo?

Criticamos. Porém, o que temos feito para corrigir, para melhorar? Ver apenas não adianta nada. Ao contrário, quem enxerga tem o dever de consciência de trabalhar para a correção e elevação das coisas, dentro dos limites da liberdade bem usada.

Muitas vezes notamos a inclinação que tem a maioria das pessoas para criticar as falhas. Basta que se peça uma solução para reduzir o número dos interessados! E, se a solução é boa, quando se pede ao que sugeriu tomar as providências práticas, então ninguém tem tempo, “é só um palpite”, “pensando bem” ou simplesmente um silêncio e um “abaixar de cabeça”. Com esse método, as críticas vão se acabando, aquelas pessoas vão se afastando e as pessoas bem-intencionadas permanecem e resolvem o problema de fato!

A questão é ver o que há de bom em tudo e agir confiantemente, fazendo o melhor possível, com otimismo, fé, humildade e espírito de renúncia. O que não se puder realizar será por falha ou porque não é chegado o momento. Muitas vezes é por falha.

Há pessoas extraordinárias, mas que açambarcam os encargos. Não sabem trabalhar em equipe. Em consequência, afogam-se no trabalho que atraíram e depois se queixam de que ninguém ajuda. Jamais poderão ser líderes (no bom sentido) se não aprenderem a reunir esforços, aproveitar em cada colaborador o que ele tem de bom (e sempre tem!) e coordenar os trabalhos. Além disso, devem-se estar munidas de entendimento e de gratidão. O incentivo certo na hora certa, a compreensão amorosa das falhas, com palavras prudentes a par de um estímulo e, sobretudo, o exemplo pessoal, são qualidades que devemos oferecer na direção de qualquer trabalho coletivo, para que tenhamos êxito.

Mas, e se aparece um elemento realmente perturbador, cuja ação se evidencie prejudicial aos interesses coletivos? Sim, sempre aparecem, ou para nos provar ou porque as forças das trevas se servem dos fracos para tentar desunir os esforços nobres. De todo modo, se há real união e amizade em uma equipe, se há vigilância e oração nos trabalhos, com algumas exortações amorosas ao faltoso, podemos conquistá-lo, ou então ele se afastará, por força da dissintonia de propósitos. Há sempre casos em que a “pedra de tropeço” acaba mal. Muitos se desviam do Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, em proveito próprio e têm um fim triste – pois desistem de se desenvolverem na Escola Fraternidade Rosacruz –, consequência natural e proporcional dos seus atos.

De toda maneira não nos cabe julgar, senão cumprir nossa parte devidamente, agradecendo a todos e a tudo pelo que nos proporcionam de instrutivo e iluminador em nosso aprendizado neste mundo. Graças à heterogeneidade de tendências e aptidões em todos os campos é que aprendemos mais depressa, melhorando as nossas lições, tomando, ao mesmo tempo, um sentido de conjunto, formando uma ideia cada vez mais correta de um todo ideal, o que nos possibilitará a idealização e concretização da Era de Aquário.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – maio/1965– Fraternidade Rosacruz – SP)

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Artigos Publicados: Filosofia Rosacruz – Método para Adquirir o Conhecimento Direto

“Estar no Mundo sem ser do Mundo” e as horas livres de compromisso
“Por Seus Frutos os Conhecereis”
A Ação e o Amor: total isenção de interesses. Consegue?
A Arte de Conhecer
A Atitude Devocional: uma Premissa para o seu Desenvolvimento Espiritual Rosacruz
A Atitude e a Aplicação no Trabalho da Vida
A Autossuficiência do Método Ocidental Rosacruz
A Autossuficiência: aprender a cultivar é imprescindível
A Chamada – Uma Conversa na Pró-Ecclesia
A Ciência e o Amor: postura do aspirante e estudioso da Filosofia Rosacruz
A Conquista de Si Mesmo deve ser o Objetivo de Cada Um
A Criatura e a Vida: Há uma intenção oculta em todas as coisas – descubramos qual é
A Encarnação do Verbo: para isso não dissimule a sua deidade
A felicidade está onde não a pomos
A Finalidade da Vida Humana aqui
A Fumaça e a Reflexão de Combater a Causa de um Problema
A Gratidão onde, muitas vezes, esquecemos
A Impaciência diante dos Grandes Alvos
A importância da dedicação para alcançarmos resultado em uma escola preparatória como a Fraternidade Rosacruz
A importância de você alcançar a verdadeira renúncia
A Iniciação Cristã Mística- por Max Heindel
A Justiça Amorosa
A Liberdade Espiritual
A Libertação através do Trabalho em Grupo
A Luz e a Sombra: estertores da Idade de Peixes, caminhando para Aquário
A mania de trabalharmos só por resultados palpáveis e visíveis e por que isso atrapalha o nosso desenvolvimento espiritual
A Mensagem da Rosacruz para o nosso dia a dia
A Necessidade da Devoção para o seu Desenvolvimento Espiritual
A Nossa “Bondade” tem que adquirir Força em Si Mesma
A Nossa Realização Integral
A Oração
A Palavra Criadora: imaginação em alto grau, uma Mente lúcida e muita concentração
A Palavra: há que se cuidar em usá-la, pois origina-se da sua força sexual criadora
A Palavra: qual é a qualidade do que você fala?
A Paz de Deus
A Prática do Ideal
A Pureza e Força Criadora
A Quem serve o progresso
A Relação entre Conhecimento e Sabedoria: onde está o ponto de partida
A Responsabilidade do Conhecimento que você adquire
A Saúde Brota da Gratidão
A Sinceridade
A Sinceridade: usando só com acerto o seu livre arbítrio
A Sombra da Cruz: qual o tamanho da sua?
A Teoria do Conhecimento
A Única Salvação é o Conhecimento Aplicad
A Verdadeira Fraternidade na prática do nosso dia a dia
Adaptabilidade, a Chave do Seu Progresso
Algumas Palavras sobre a Simbologia do Natal em Nós
Amor e Colaboração
Aos que desanimam
Aplique os Princípios Espirituais
Aprendizagem Esotérica: você sabe o que dissipa a falácia dos métodos inconscientes e de pretensa liberdade
As Causas das Adversidades do Aspirante à Vida Superior
As Duas Faces do Conhecimento
As Possibilidades
As Qualidades do Aspirante Rosacruz
As Razões da Nossa Alma ter Veementes Anseios de Cristificação
Atitude Mental: Admitir como possíveis todas as coisas
Atualmente, onde buscar a Luz Espiritual: no Oriente ou no Ocidente
Autodomínio só alcançado pelo conhecer a si mesmo e que é tão doloroso
Autorregeneração: o cuidado com nossos pensamentos num círculo espiritual
Cabeça – Coração
Carregando nossos Fardos: uma razão lógica para persistirmos
Chaves do Reto Pensar
Comece de Dentro para Fora
Como agimos no Mundo: a Importância das Pequenas Coisas – essas que fazemos no nosso dia a dia
Como construir uma Virtude
Como cultivar a importantíssima virtude, para o Estudante Rosacruz, da paciência
Como deve ser praticado o Exercício Esotérico de Retrospecção
Como devo Proceder nessa Época Santa do Ano?
Como fazer as coisas: nossos afazeres, deveres e trabalhos
Como na Pedagogia: Objeto, Meio e Fim e a Órbita de Influência de Aquário
Como se alcança o desenvolvimento espiritual utilizando o método da Fraternidade Rosacruz
Como se deve orar
Como Tornar a Prece Eficiente
Como Transmitir os Ensinamentos Rosacruzes
Compreensão Interior: não se feche à verdadeira natureza das coisas
Conheça os Deveres do Verdadeiro Estudante Rosacruz
Considerações sobre a fé: como é a sua?
Controle da Poluição: quais as que mais se precisa
Coragem: “aquele que der um começo, já terá feito a metade da coisa”
Descanso: o que é e o que não é
Desejo e Apego: os cuidados do Aspirante à Vida Espiritual
Desenvolvimento Mental: adquirido através de atividade e exercício mental apropriados
Diálogo entre o Místico e o Cristo Interno
Dominando o Temor e a Ansiedade
Dormir e Acordar Cientificamente
Efeitos da Oração
Elasticidade
Em Seu Coração
Empenhe-se em uma Só Direção
Errar é Humano
Estar Receptivo
Eu Te Amo (O Eu Superior falando para o Eu Inferior, dentro de nós)
Fidelidade
Fraternidade: ajudar o seu irmão, e quem falta dita qualidade
Hipnotismo – Bom ou Mal
Incomensuráveis Benefícios em Estudar a Filosofia Rosacruz
Instruções Iniciais para um Estudante Rosacruz trilhar o Caminho da Preparação Rosacruz
Intensidade: cada minuto da sua vida é sagrado
Liberdade e Felicidade: o que tem a haver com o desapego
Liderança ou Emancipação?
Livrando-se de todo o pensamento indigno e de sentimentos sem bondade ou amor
Mensagem Otimista: Lembre disso todos os dias e melhore seus valores na vida
Método Rosacruz de Auxílio
Método Rosacruz de Desenvolvimento
Mudanças tão acentuadas como estamos passando: nosso trabalho de base para não sucumbir
Não esqueça, para não se decepcionar por não ter bem-compreendido
Não julguemos: por que criticar, julgar, quando não, condenar?
Natal Cósmico diferente do Natal humano
Natal, uma Lição de Amor
Nossa Dívida com a Humanidade
Nossos Fardos
Novamente o Trabalho em Grupo
O “coração” – místico, devoção – e a “cabeça” – intelecto, razão
O “EU” Universal: como nos expandir
O “Novo Homem”: o movimento ascensional do ser humano na ascese expansiva
O Amor na Essência do Natal
O Aspirante e a Solidão
O Assunto Fraternidade Universal: artigos para os cestos de lixo
O Bem do “Mal”
O Bem que podemos fazer
O Caminho Chamejante para o Interno
O Caminho da Sabedoria
O Caminho do Aspirante: está disposto a se submeter a tal disciplina?
O Caminho Iniciático e a Lemniscata
O Conhecimento do Coração: você está pronto?
O Desapego
O Espírito do Capitalismo quando temperado com a visão interna espiritual
O Estudante Rosacruz
O Eterno Momento: viver aqui e agora
O Exercício da Vontade
O Mito da Fênix
O Mito de Sæhrímnir
O Natal e a Atualidade
O Orgulho: nada nos torna mais duro e mais cego; nada nos é mais funesto ao nosso progresso espiritual
O Otimismo é uma Atitude Positiva – o resultado final sempre será positivo
O Poder Criador da Linguagem Humana
O Poder do Pensamento
O Prazer de Servir
O Processo da Iniciação Cristã Mística
O que é a Espiritualização da Mente
O que é estar entre os Escolhidos? Há injustiça de Deus nisso?
O que é Ser um Aspirante a Vida Superior
O que esperamos depois…
O que o Discípulo pode esperar do Mestre?
O que, de fato, devemos almejar para nos desenvolver espiritualmente na Escola Fraternidade Rosacruz
O que esperamos depois…
O Rosacrucianismo e a Religião
O Subliminar ou Subconsciente
O Sucesso nos torna Generosos?
O Trabalho de Equipe e o Prazer de Servir
O Uso de Certas Faculdades
O Valor da Seleção
O Valor da Sinceridade para o Aspirante à Vida Superior
O Valor de Dar e Receber
O Valor do Inventário Espiritual
Objetivos de um Verdadeiro Aspirante Rosacruz
Olhe para a grande Vida, enquanto Ela pulsa diante de nós
Onde Havemos de Nos Encontrar (O Eu Superior falando para o Eu Inferior, dentro de nós)
Orar Constantemente
Os cuidados de um Estudante Rosacruz trilhando o Caminho de volta à Deus
Os Dani e o Sexo
Os Dois Polos do Amor: uma força ativa e uma atividade?
Os Ensinamentos Rosacruzes e a Iluminação do Aspirante
Os Frutos da União entre os nossos Polos Masculino e Feminino
Os meios pelos quais um Estudante Rosacruz pode investigar, por si, todos os fatos estudados na Fraternidade Rosacruz
Os Pecados de Omissão: leve-os ao tribunal de nosso Cristo interno por meio da Retrospecção
Os Primeiros Passos para a Aspiração Espiritual
Os Requisitos Necessários para que o Nosso Progresso Espiritual se estabeleça em Base Sólida
Pausa para Meditar
Pilares do Amor: o cuidado, a responsabilidade, o respeito e o conhecimento
Pó de Diamante
Poderes Mentais
Por que a Sabedoria deve ser oculta e como acessá-la?
Por que viver em completo abandono?
Porque a Reforma do Caráter
Preâmbulo para Ritual do Serviço de Véspera de Natal (Noite Santa) Rosacruz
Procurando a Luz
Propósito e Condições Favoráveis para o Desenvolvimento Espiritual Rosacruz
Pureza: um ideal a ser diuturnamente cultivado
Purificação Interna: à base de realizar a obra da evolução de si mesmo, através da autodisciplina, da compreensão fraternal e do espírito de sacrifício
Qual o nosso papel no mundo: sejamos candeias que iluminam pelo exemplo
Qualidades: é o que somente devemos enxergar no próximo
Quando a Letra Mata
Quando somos o que somos
Que as suas ideias não existam apenas como ideias, mas como prática executada
Que Posso Esperar “Vivendo a Vida”?
Queimando incenso
Razões da Falência Amorosa: examine as razões dessa falência e passe a estudar a significação do amor
Razões pelas quais o hipnotismo e a mediunidade devem ser evitados
Reforma de Caráter: o Conhecimento tem que nos tornar religiosos, senão de nada vale
Renovação: porque devemos nos transformar em novos seres humanos, em novidade de Espírito?
Responsabilidade e a Fraternidade
Saber Ceder mantém a sua Mente arejada
Sejamos Persistente no Amor
Semeando e Colhendo
Senso de Valor: veja onde está o seu
Sentido de Equipe
Ser Sincero naquilo que faz
Servir a Divina Essência em Cada Um de Nós
Servir com Humildade
Sua hora chegou: encontrando uma maneira clara e lógica que explica: “de onde você veio, porque está aqui e para onde vai depois da chamada morte”
Sugestões para Meditação e Concentração
Trabalhemos…não nos preocupemos!
Transplante de Coração
Um Chamamento: você?
Um Desvirtuamento altamente perigoso
Um dos mais Preciosos Frutos do Discernimento
Um exemplo de como é perigoso nos apegarmos a coisas materiais: a Senhora e o efeito de estar apegada a uma bengala
Um Exemplo Notável: “por que não eu?”
Um Malefício: por que as bebidas alcoólicas?
Um novo Corpo: alterações produzidas com a proximidade da Nova Era
Um Significado para: “Buscai Primeiro o Reino do Céus”
Uma Análise do Simbolismo dos Mitos
Uma Mensagem aos que relutam em Servir
Uma Verdadeira Escola Espiritual
Uma Virtude Espiritual
Uma Vivência Devocional
Valioso Patrimônio
Vença o Mal com o Bem
Vigilância e Oração
Vitalizemos nosso Arquétipo para Aumentar Nossos Esforços Sempre
Viver pela Metade: ou somos, ou não somos; ou cremos, ou não cremos.
Você realmente quer alcançar o conhecimento direto nos Mundos suprafísicos?
Você sabe quais são os Perigos no seu Caminho?
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Servir com Humildade

Poucas pessoas e talvez muitos dos Estudantes Rosacruzes ainda hoje permanecem na ignorância do verdadeiro significado do tão comentado fato de haver Cristo-Jesus lavado os pés dos seus Discípulos.

Nos Evangelhos, em que se relatam as cenas da Iniciação do Cristo Místico – ou sejam: as fórmulas para a Iniciação –, se nos afirma que Cristo-Jesus participou da Última Ceia com os seus Discípulos, quando, então, levantou-se da mesa e munindo-se de uma toalha, pôs água em uma bacia e lavou os pés dos doze Discípulos, o que indiscutivelmente representou o mais humilde serviço; acontecimento motivado por uma razão oculta importantíssima.

Muito poucos se compenetraram de que, quando nos encontramos na escala da evolução, podemos nos desenvolver graças ao apoiar nos ombros dos nossos irmãos menos evoluídos. Consciente ou inconscientemente os usamos como pontos de apoio, como ponto de partida para atingir lugares mais altos e, assim, alcançar nossos fins. Isso é uma realidade e se efetua em todos os Reinos de vida na Natureza.

Quando uma Onda de Vida surge ao nascer da evolução e incrusta-se na forma mineral, essa é imediatamente presa por uma Onda de Vida ligeiramente mais elevada, o que torna os cristais minerais desintegrados e os adota aos seus próprios fins como cristaloides e os assimila como parte de uma forma do vegetal.

Se não existissem minerais sobre os quais se agarrasse e se prendesse essa Onda de Vida vegetal, desintegrando-os e transformando-os, a vida das plantas, como afirmou Max Heindel, seria impossível.

De modo análogo, as forças das plantas são utilizadas por muitas espécies de animais:  inicialmente são mastigadas por eles até formar uma pasta, a qual, em seguida, é ingerida, servindo de alimento à Onda de Vida animal.

Se não existissem plantas, os animais não poderiam existir. O mesmo princípio pode-se aplicar na evolução espiritual, pois, se não existissem Discípulos que se encontrassem nos primeiros degraus da escola do conhecimento, requerendo instrução, não haveria necessidade de um Mestre.

Aqui há, porém, uma diferença muito importante. O Mestre se eleva pela instrução que transmite aos seus alunos, servindo-os. Firmando-se em seus ombros, ele atinge um degrau mais alto na escola do conhecimento, ou melhor, eleva-se a si mesmo, na proporção que eleva aos seus Discípulos, porém, não obstante, adquire com eles uma dívida de gratidão, a qual se satisfaz e se reconhece simbolicamente, por um lavar de pés, um ato de humildade, de humilde gratidão àqueles a quem se tem servido.

Quando compreendemos que a Natureza, que é a expressão de Deus, está continuamente fazendo esforços para criar e para dar vida, também poderemos compreender que quem mata a outro tira a vida a alguma coisa, por pequena que seja, ou por mais insignificante que possa parecer; executa um ato que altera e perturba os propósitos do plano Divino de criação.

Isso se aplica, especialmente, ao Estudante Rosacruz e, portanto, Cristo-Jesus recomendou aos seus Discípulos que fossem “prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10:16). Não importa quão sincero sejam os nossos desejos de seguir os preceitos da inofensividade, nossas tendências e necessidades podem levar, por desconhecimento da Lei de Causa e Efeito, a matar em cada momento da nossa vida para poder viver. E não é somente as grandes coisas nas quais muitos de nós estão, constantemente, cometendo assassínios!

Vamos a um exemplo: foi relativamente fácil para a alma investigadora, simbolizada por Parsifal[1], o romper o seu arco com o qual havia jogado a flecha que matou o Cisne dos Cavaleiros do Graal, uma vez que esses lhe explicaram o mal que havia feito e o erro no qual havia incorrido. Desde aquele momento, Parsifal ficava inclinado a viver uma vida inofensiva.

Todos os Estudantes Rosacruzes sinceros seguem, prontamente, em tal direção, uma vez que há chegado ao seu convencimento quão prejudicial é ao desenvolvimento da alma a prática de comer alimentos que requerem a morte de um animal (seja mamífero, ave, peixe, crustáceo, anfíbio, frutos do mar ou afins).

O uso e o abuso da carne animal despertam maior sensualidade e quem se entrega à sensualidade entrega-se a uma vida de brutalidade eanimalidade fazendo e contribuindo para que o corpo se degenere. Ao contrário, a devoção gera a Divindade, uma atitude de oração contínua, um sentimento de Amor e Compaixão por todos os que vivem e se movem. A emissão de pensamento amoroso faz todos os seres se beneficiarem mutuamente, refina e espiritualiza a natureza humana.

Os Estudantes Rosacruzes sabem e praticam, convictamente, que uma pessoa de bons sentimentos respira e irradia Amor, uma expressão que define muito adequadamente a afirmação exata e verídica de que a maioria das pessoas nota; pois se tem observado muito bem que a percentagem de veneno contido na respiração de um indivíduo está em proporção exata à inclinação perversa existente em sua natureza e em sua vida interna e nos pensamentos que emite.

A oração se apresenta como o primeiro exercício e a alta compreensão virá, levando-nos a lavar os pés dos nossos irmãos e das nossas irmãs, lavando-os com a cristalina água da nossa amizade, no amplo vasilhame dos nossos corações.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de novembro/1964– Fraternidade Rosacruz – SP)


[1] N.R.: Parsifal é uma ópera de três atos com música e libreto do compositor alemão Richard Wagner. A ópera se passa nas legendárias colinas do Monte Salvat, na Espanha, onde vive uma fraternidade de cavaleiros do Santo Graal. O mago negro Klingsor teria construído um jardim mágico povoado com mulheres que, com seus perfumes e trejeitos, seduziriam os cavaleiros e faria com que eles quebrassem seus votos de castidade, e teria ferido Amfortas, rei do Graal, com a lança que perfurou o flanco de Cristo, e todas as vezes em que Amfortas olha em direção ao Graal sente a ferida arder. Tal redenção só poderia ser realizada por um “inocente casto” (significado da palavra “Parsifal”). Esse, em sua primeira aparição na ópera, surge ferindo um dos cisnes que purificavam a água do banho de Amfortas, e a todas as perguntas que os cavaleiros lhe fazem responde dizendo que não sabe de nada, nem ao menos seu nome.

Parsifal atravessa o jardim mágico de Klingsor e é seduzido pela amazona Kundry, que ora é uma fiel serva do Graal, ora é escrava de Klingsor. Ao beijá-la, sente os estigmas das feridas que afligiam Amfortas e, quando Klingsor atira a lança contra ele, a lança dá a volta em seu corpo, e todo o castelo mágico é destruído. Tempos depois, tendo os cavaleiros se convencido de que ele é o “inocente casto” que faria a salvação, Parsifal cura as feridas de Amfortas e o destrona, assumindo a nova condição de rei do Graal.

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Um Chamamento

No Ritual do Serviço Devocional de Cura da Fraternidade Rosacruz lemos: “um só carvão não produz fogo, mas quando se juntam vários carvões, o calor latente em cada um deles pode converter-se em chama irradiando luz e calor”.

O poder dos números é insignificante no Mundo Físico, quando o comparamos com esse poder nos Mundos espirituais. Aqui contamos um, dois, três, quatro, etc.; nos Mundos espirituais o poder aumenta ao quadrado: dois, quatro, oito, etc., para as primeiras doze pessoas que assistem a um serviço. A partir da décima terceira pessoa, número aumenta esse poder ao cubo: três, nove, vinte e sete, etc. elevando-os ao poder do universo espiritual.

Observamos, pois, quão importante pode ser a presença do mais insignificante de nós, quando se trata de acumular e multiplicar nossas aspirações espirituais para o serviço da Humanidade.

Para assegurarmos o auxílio de todos os Estudantes Rosacruzes sérios e lhes dar a oportunidade de ajudar, publicamos o documento intitulado “Datas de Cura”,  em que se tem todas as datas em que se deve oficiar o Ritual do Serviço Devocional de Cura, de maneira que cada um que esteja interessado, seja Probacionista, Estudante, paciente ou qualquer outra pessoa que queira, possa se recolher em seu lar, de preferência às 18h30 (se não puder, pode oficiar em outro horário, mas de preferência sempre no mesmo lugar), dirigindo seus pensamentos em amorosa compaixão em direção à rosa branca que fica no centro do Símbolo Rosacruz no Templo de Cura onde, nesses momentos, se descobre o Símbolo. O fortalecimento que se dá na soma de todos oficiando esse Ritual, lhes permitirá realizar um serviço maior em favor da Humanidade, pois, então, cada um de nós toma parte no trabalho!

O símbolo dos Auxiliares Invisíveis, no qual nos concentramos em Mount Ecclesia, é uma cruz branca, com sete rosas vermelhas e uma rosa branca e pura no centro, a dourada estrela radiante emanada da cruz e o fundo azul[1], estando tudo formosamente iluminado, um símbolo adequado da fulgência do Corpo-Alma em que viajam esses servidores.

Não é necessário fazer correções no tocante à hora, devido ao lugar de residências, porque o Sol irá recolhendo todas as aspirações em sua marcha, e quando os raios chegarem ao Templo de Cura da Fraternidade Rosacruz, no ângulo adequado, a influência será transmitida e se unirá com nossas aspirações que têm lugar a essa hora e nos ajudarão no trabalho.

Max Heindel nos diz que no passado, quando nossos esforços para socorrer aos doentes e enfermos se encontravam necessariamente restringidos aos Estudantes Rosacruzes que estavam lá em Mount Ecclesia, devido à carência de suficiente número de pessoas em nossas oficinas, muitas vezes faziam-nos esta pergunta: como podemos ajudar?

Este chamamento é a resposta a todos! Agora, existe uma legião de Auxiliares Invisíveis desenvolvidos, tanto entre os vivos como entre os “chamados” mortos, e contribuirão muitíssimo, no futuro, para afugentar a morte da face da Terra.

Conscientizemo-nos do glorioso privilégio que significa ser membro dessa legião; mantenhamos mais alto que em qualquer outra hora essa posição que pode ser-nos conferida, e esforcemo-nos para viver as exigências dessa tão nobre e elevada causa, para que, com o tempo se nos considere dignos de assumir maiores responsabilidades.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de março/1982-Fraternidade Rosacruz-SP)


[1] N.R.: se quiser obter uma cópia desse Símbolo é só enviar um e-mail para fraternidade@fraternidaderosacruz.com com: seu nome completo; seu endereço completo com CEP; seu e-mail; seu dia e mês de nascimento e se é Estudante Rosacruz ou não. Enviaremos sem custo e com o maior prazer para você.

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O Valor da Seleção

Um número bem irrisório daqueles que anelam pelo desenvolvimento espiritual por meio dos Ensinamentos Rosacruzes conferem à seleção o seu valor real.

Bem poucos reconhecem o fato de não procederem a uma escolha meticulosa e criteriosa de suas atividades extra espirituais e profissionais; amontoarão pedras em seu caminho, entravando os próprios passos. Assim, é mister que se estabeleça um rigoroso critério seletivo em relação a passatempos (aqui incluídos todos os tipos que existem), recreações, leituras, ambientes, etc.

Se atentarmos para as condições em que vivem as pessoas, particularmente nas grandes metrópoles, com seu ritmo agitado, com problemas intrincados e complexos, inerentes aos grandes agrupamentos humanos, compenetrar-nos-emos da necessidade de submetermo-nos, constantemente, à higiene mental e espiritual, único meio de que dispomos para escaparmos ao depauperamento nervoso engendrado pela vida turbulenta.

Como Aspirantes à vida superior, Estudantes Rosacruzes, devemos esforçar-nos por equacionar tais problemas, porque, apesar das dificuldades, as grandes metrópoles oferecem amplas oportunidades de avanço espiritual. A vida complexa nelas dá margem a experiências as mais variadas, relacionamentos com pessoas de caráter e temperamento diversos, oportunidades preciosas de servir etc. Mediante essas oportunidades poderemos desenvolver, gradativamente, as faculdades espirituais em nós latentes. Não obstante devemos tomar as devidas precauções no sentido de que o nosso Corpo de Desejos e a nossa Mente permaneçam incólumes aos violentos e, às vezes, destrutivos impactos exteriores. Para isso muito ajuda a nossa fidelidade na execução dos Exercícios Esotéricos Rosacruzes e na oficiação dos Rituais do Serviço Devocional.

As experiências, sabemos, constituem a pedra angular do desenvolvimento da nossa Alma; todavia, somente o valor educativo delas deve ser incorporado ao nosso ser, como mais Alma. Do mesmo modo, os aspectos positivos de nossas atividades devem ser assimilados. No âmbito dessas atividades incluímos nossas leituras, diversões, etc. A assimilação dos aspectos negativos de tais atividades só pode resultar em distorções dos nossos sentimentos, emoções e desejos, num atendimento às reinvindicações da nossa natureza inferior (o “Eu inferior”).

Se almejarmos por algo elevado devemos empenharmo-nos em atividades análogas, cultivando tudo o que é superior: o estudo dos Ensinamentos Rosacruz e, principalmente, a aplicação deles na vida do Estudante Rosacruz. Entendemos como sendo superior, tudo aquilo que expressa em essência: o Bem, o Belo e o Verdadeiro, como é ensinado na Filosofia Rosacruz.

Se selecionarmos nossos meios de aquisição de conhecimentos cultivaremos algo superior; se as nossas recreações são sadias, estaremos fortalecendo em nós mesmos os sentimentos de: amizade, alegria e afabilidade praticando excelente higiene mental, imunizando-nos contra toda espécie de neuroses e desequilíbrios.

A avidez de notícias, na maior parte das vezes banais e sem interesse no que concerne à formação moral, leva, muitas pessoas a entregarem-se à leitura dos vários tipos de mídias que se tem facilmente acesso sem nenhum conteúdo espiritual!

Acaso, relatos sobre homicídios, tragédias, sensualidade, adultérios e estelionato constituem bom alimento para alma? O bom senso nos impele a sensibilizar nossos sentimentos, preterindo a elevada música dos grandes mestres pelos ritmos frenéticos e alucinantes tão em moda atualmente? Acreditamos que não!

S. Paulo nos advertiu, claramente, acerca desse assunto, quando disse: “Examinai de tudo e escolhei o melhor.” (ITes 5:12-28). Já examinamos muitas vezes e caímos outras tantas em erros e sensações desagradáveis ao nosso “Eu superior”, que é o que realmente somos. Errar uma vez é humano, porque ignorávamos; errar conscientemente é diabólico.

Afinal somos ou não somos Estudantes Rosacruzes, verdadeiros Aspirantes à vida superior? Se o somos, devemos envidar todos os esforços para libertar-nos da condição passiva em que vivemos, continuando a condescender, comodamente, com as perniciosas solicitações da natureza inferior.

(Publicado na Revista: Serviço Rosacruz – outubro/1967 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Valioso Patrimônio

Muitos se queixam das dores físicas e morais pelas quais passam nesta vida. Em vez de nos queixarmos, devemos pôr em prática o autoexame, a fim de percebermos em que ponto está a insuficiência para descobrir a falta, ou seja, a causa das tribulações. Desse modo a vergastada de Saturno durará pouco ou até perderá seu efeito. Não é propósito de Deus, amoroso e justo como é, que soframos neste mundo. Nós é que, pela transgressão das Leis da Natureza, provocamos efeitos dolorosos.

O autoexame e o descobrimento da causa de nossas dores é uma preciosa lição que deve ser aprendida por todo Estudante Rosacruz sincero à espiritualidade. Ao descobrir e assimilar a razão do sofrimento, ele experimentará a alegria que sente o que encontra a valiosa pérola do conhecimento. E essa alegria superará as dores e lembranças tristes que envolveram a aprendizagem da lição. Compensa em muito. E, no decorrer do tempo se desenvolverá, no Estudante Rosacruz, a posse mais valiosa de cada um de nós (o Ego que é o que somos): o equilíbrio – que o levará acima das exigências do mar das emoções, ao reino de paz eterna que sobrepassa todo o entendimento. Essa é a lição que nos transmite aquela passagem dos Evangelhos em que o Cristo vem andando sobre as águas e sua aparição atemorizou os Discípulos no barco. Então, S. Pedro pediu permissão ao Mestre para ir ao Seu encontro, andando também sobre o mar. Mas, ele temeu e ia afundando, quando o Mestre o amparou (Mt 14:22:36).  Isso significa: o Aspirante à vida superior, que é o Estudante Rosacruz, deve confiar em suas possibilidades espirituais e buscar sobrepor-se a sua instabilidade emocional, contando, entretanto, com auxílio superior, nos momentos de fraqueza (pois “o único fracasso é deixar de lutar”).

Quando o Estudante Rosacruz atingir esse ponto de seu desenvolvimento, tanto Saturno como Júpiter ou outros Espíritos Planetários não mais terão poder de impulsioná-lo, pois foi aprendida a regra do domínio próprio e, desde então, poderá tomar o timão de seu destino e orientá-lo pelo adequado uso da razão superior, que está de acordo, sempre, com a vontade divina. É o que significam as palavras de S. Paulo: “Já não sou em quem vive, mas o Cristo (o Espírito Interno) em mim” (Gl 2:20); e as de Cristo: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10:30). Goethe, o grande Iniciado alemão, esclareceu a esse respeito: “O homem se liberta de todas as forças que encandeiam o mundo quando alcança o domínio de si mesmo”.

A Fraternidade Rosacruz e a Ordem Rosacruz, como Escola de Mistérios Ocidentais, adaptada à necessidade evolutiva desta parte mais adiantada do globo, nunca louva e jamais condena; nunca obriga o Estudante Rosacruz a nada. Apenas o orienta, deixando que o anseio de libertação brote espontaneamente de seu íntimo. O discernimento, a capacidade de julgar as obras, ações, os atos, desejos, sentimentos, as emoções e os pensamentos, cabe a cada um, orientado pela Fraternidade Rosacruz. Em todos os Aspectos os Irmãos Maiores ensinam-no a manter-se e andar com suas próprias pernas, de modo a não depender de ninguém, nem mesmo deles. Essa é uma das diferenças entre o método Ocidental (Fraternidade Rosacruz) e o Oriental (demais escolas, algumas até indevidamente com o nome de Rosacruz, também).

Diz acertadamente o provérbio: “quanto mais alto subimos, tanto maior é a queda”. Isso no caso de cairmos e há esse perigo. Em qualquer grau de nosso desenvolvimento.

Preparatório ou mesmo iniciático pode um indivíduo cair numa prova. E as provas existem para testar sua firmeza e avaliar-lhe o mérito de atingir pontos mais altos, como os exames e sabatinas ao estudante que deseja avançar na escola. Somente pelo cultivo do equilíbrio e da autoconfiança, ligadas ao zelo de uma firme devoção, estaremos aptos a prosseguir. Não importa o que possam dizer de nós. Por mais discretos que sejamos em nossa atuação (e a discrição é importante mesmo) não podemos evitar que muitos nos julguem “diferentes” e outras coisas mais. Não importa, repetimos. As opiniões, as palavras, não têm o poder intrínseco de nos ferir, se vibramos superiormente. É nossa própria atitude mental em relação às palavras e atitudes dos outros que determinam o efeito delas sobre nós, tanto para o bem como para o mal. S. Paulo, em face da perseguição e maledicência, afirmou que “nenhuma dessas coisas me comove” (At 20:24). O equilíbrio é indispensável a quem pretende avançar espiritualmente. Sem ele o Corpo de Desejos se desenfreia ou se congela na proporção da natureza das emoções geradas no convívio com os outros.

Ser pacífico numa vida fácil ou nas montanhas ou ainda vivendo como um eremita é simples e não tem méritos. Como disse Cristo: “ser amigo de quem nos ama e agrada é muito fácil; é preciso que amemos nossos inimigos” (Mc 6:27). Realmente, é difícil manter uma atitude equânime, equilibrada, pacífica, num ambiente industrial ou em meio à tribulação. Todavia é preciso que essa atitude seja por nós conquistada. Muitas pessoas famosas chegaram a sê-lo porque verificaram, em tempo, que a perda de equilíbrio interferia em suas ambições. Por isso praticaram o equilíbrio. Em suas biografias e observações relatam que o equilíbrio lhes trouxe um aumento de eficiência nos negócios, na saúde e, por corolário, na felicidade em geral. Ora, se o autocontrole pode ser conseguido pelas pessoas mundanas e tanto benefício tem trazido às condições ordinárias da vida, igualmente é benéfico nos esforçarmos para seguir o “caminho”. Aliás, somos observados por nossos familiares e companheiros. Em nós o equilíbrio deve ser uma coisa natural, porque constituem um reflexo lógico da fé e da esperança. Se damos um bom exemplo, nos constituímos defensores daqueles companheiros mais novos que ainda não têm grande iluminação, dando-lhes ânimo para alcançá-la também.

A depressão e a soberba são nocivas. O equilíbrio deve ser cultivado, como auxílio na obtenção e manutenção da saúde e condição de maior avanço espiritual.

Esperamos que todos consigam possuir esse patrimônio valioso.

(Publicado na Revista: Serviço Rosacruz – abril/1965 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Aos que desanimam

 

Dias atrás vi um desses cartazes com dizeres, em celuloide, que se dependuram na parede, com uma frase mui inspirada: “O Maior Perigo da Hora Presente é o Desânimo dos Bons”.

De fato! Pois, se os bons são o sal da Terra, de que valerá o sal se perder o sabor? O conjunto ficará insosso.

Já vi pessoas bem-intencionadas afastarem-se da luta, amarguradas pelas ciladas, pelas calúnias, pelas artimanhas inescrupulosas de companheiros desonestos que desejavam livrar-se de sua importuna vigilância. E por que se afastaram? Porque pensaram apenas em si, em seu amor-próprio ofendido, no nome delas atingido, na reputação delas. Tinham boa intenção, eram boas, mas faltava-lhes renúncia e discernimento.

Se o sal perde o sabor para mais nada serve, senão para ser pisado pelos indivíduos.

Elas não chegaram a perceber o papel que exerciam. A luz incomoda os das trevas, porque esses não se chegam para a luz, temendo que, por suas más obras, sejam arguidos. E em vez de se defenderem, maquiavelicamente acusam para ganhar tempo e explorar o que existe de mais caro em seus honestos opositores. Ora, quem tem por mais caro o seu nome, sua reputação, não está amando a Deus sobre todas as coisas.

Além disso, quem pode dizer que realmente foram rebaixados? Só Deus, que nos vê nas intenções e não no que falam de nós; que vislumbra realidades e não opiniões. É nesse sentido que “o que se humilha será exaltado (em Deus) e o que se exalta será humilhado” (Lc 14:11).

As trevas estão sempre agindo e a concorrência é dura, em todos os campos.

Não importa. Ao contrário, a luta valoriza nosso esforço e vitória. E, se vez por outra caímos, que importa? Diz Max Heindel muito bem: “O único fracasso é deixar de lutar”.

Recebamos cada qual como ele é.  O Cristo dizia que não se fiava no ser humano porque lhe conhecia a natureza. E o fato de recebermos, de vez em quando, ingratidões, falsidades e traições, nem por isso podemos julgar. A Deus incumbe isso. Acaso somos infalíveis? A questão é sermos prudentes e tolerantes. Receber cada qual como ele é e não pretender que ele seja como nós achamos que deva ser.

Ademais, que temos nós com os outros? Sim, vivemos em sociedade e obrigatoriamente nos relacionamos com bons e maus. Mas aí, precisamente, está a escola de exercitamento!

A tentação é necessária, como a sabatina ao Estudante Rosacruz. É na luta que se forma a fibra e só podemos mostrar o que somos na hora de adversidade. Foi dito que “Deus prova aqueles a quem ama” (Hb 12:6), mas também que “se Ele dá o fardo, dá juntamente, as forças para suportá-lo” (ICor 10:13).

Na verdade, ainda não temos suficiente disciplina para vigiar e orar corretamente e caminharmos com o preciso ardor na Senda evolutiva. Infelizmente, a Lei de Inércia que rege nosso Corpo Denso, muitas vezes, nos tenta a descansar à beira do caminho, a deliciarmo-nos demasiado com a paisagem colorida e o rumorejar de algum regato. Igualmente, nosso Corpo de Desejos ainda está muito indócil e se compraz, saudosamente, em emoções inferiores que, no passado, já nos trouxeram muitos prejuízos. Por isso é que, lamentavelmente, ainda precisamos do aguilhão da dor, dos exercícios saturninos para despertar-nos do sono em hora que devemos trabalhar, porque “somos filhos da luz” (ITess 5:5), e os das trevas não dormem.

Bem-aventurados os que sofrem em meu nome” (Mt 5:12). Não importa seja pequena a contribuição de nosso bom exemplo no lar, no trabalho e na sociedade e o esforço na Fraternidade Rosacruz, menor do que desejaríamos prestar. Aquele que faz tudo, mas tudo mesmo que pode, já está fazendo sua parte. Também o fermento, com pouco, já leveda grande massa e fá-la crescer.

O Cristo trabalha conosco até a consumação dos séculos, até que terminem estes tempos de materialismo e um número suficiente de pessoas tenha capacidade elevada para manter a Terra em própria levitação. Até que tomem cargo de sua casa perturbada e se convertam em seus próprios médicos.

E nesta hora em que mais uma vez Cristo precisou beber do cálice amargo de nossos males, no escuro Getsemani, é triste que seus escolhidos não possam velar com o Mestre, preocupados que estão com sua posição no mundo, e durmam novamente.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1965 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Assunto Fraternidade Universal: Artigos para os Cestos de Lixo

É interessante lembrar que um ano começa com um feriado, uma pausa para meditação sobre a Fraternidade Universal.

Contemplamos, hoje, uma Humanidade espiritualmente adolescente, embriagada por suas realizações epigenéticas, mas também confundida num labirinto de interesses controvertidos. Ela partiu da unidade criadora para a descoberta dos valores internos e, agora, destina-se à reintegração consciente na unidade traçada por Cristo. Essa transição é lenta e segura, como todo processo da natureza. Começou com a vinda de Cristo e o ideal de Peixes-Virgem, aos sete graus de Áries, com o Sol em Precessão dos Equinócios. Foi o período do Cristianismo Popular. Agora entramos na Órbita de Influência de Aquário e preparamos condições para uma fase mais elevada do Cristianismo, o Cristianismo Esotérico. Daí a tendência fraternal manifestada, desde meados do século XIX, nas atividades humanas (cooperativismo, ONU, internet, redes sociais, as verdadeiras ONG, as associações sem fins lucrativos de auxílios a pessoas com dificuldades físicas e mentais, etc.). Daí o anseio de iniciar um novo ano dentro de um sentimento que a razão Cristã e a dor decorrente de nossos erros passados apontam como um ideal futuro, de paz e prosperidade: a Fraternidade Universal.

Pode-se contestar que os movimentos apontados têm muitas falhas. Concordamos. Mas não é por deficiência do cooperativismo, ONU, internet, redes sociais, as verdadeiras ONG, as associações sem fins lucrativos de auxílios a pessoas com dificuldades físicas e mentais e afins, mas, sim, pelos interesses partidários e egoísmos pessoais que lhes dificultam a expansão e eficácia.

Max Heindel relatou que no decurso de suas conferências púbicas pelas cidades norte-americanas os jornais sempre se interessavam pelos assuntos que suscitavam curiosidade; mas, quando ele tocava na questão de Fraternidade Universal, os seus artigos iam para os cestos de lixo, porque a Humanidade comum não acredita muito em coisas altruístas e prefere as considerar como utopia. No entanto, para nós, Estudantes Rosacruzes ativos e leais, habituados ao estudo do Cristianismo Esotérico, convictos na visão ampla dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, que acessam a verdadeira Memória da Natureza (no Mundo do Espírito de Vida) os atos passados dos Egos ocidentais e, com isso, determinaram com toda segurança as tendências futuras deles, a Fraternidade Universal é uma realidade que vem sendo alcançada seguramente! Isso, aliás, é predito nos Evangelhos. Acreditemos ou não, é mister que os outros “cordeiros” sejam conquistados para constituir um só rebanho. As dificuldades formadas pelo egoísmo e as diferenças naturais de condições, tendo em vista a linha evolutiva de cada um de nós e do povo terão um denominador comum, um elemento conciliador, na Fraternidade Cristã.

Nesse sentido é que surgiu a Ordem Rosacruz, na Região Etérica do Mundo Físico. O ideal Cristão já existia, desde a sua fundação, no século XIII. Mas, a sua missão era a de conferir ao sentimento de fraternidade um sentido racional, um fundamento científico, em concordância com a vida moderna, de modo a conciliar e unir numa estrutura renovadora, os princípios oficiais da Ciência, da Arte, e da Religião.

A Ordem Rosacruz não apresenta uma utopia. Ela parte do conhecido para o desconhecido, do concreto para o abstrato; ela toma as realidades presentes, expõe as raízes formadoras e revela, nas aparentes contradições, o ponto comum. E desse modo eleva a concepção humana, permitindo-nos olhar as coisas “de cima”, com um sentido global, a fim de que, ao descer de novo às particularidades jamais nos percamos nos detalhes. Só assim podemos conservar o sentido geral de tudo que nos rodeia, compreendendo melhor as diferenças. E eis o motivo da Ordem Rosacruz, no início do século XX, promover a fundação da Fraternidade Rosacruz aqui na Região Química do Mundo Físico e fornecer o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz a quem quiser.

Esse sentido global, sublimador, muito dificilmente podemos alcançar pelos sentidos. A ciência acadêmica baseia-se no que pode perceber com os sentidos físicos e esse lado é apenas o efeito de causas invisíveis e muitas vezes remotas. Portanto, a contribuição do ocultismo científico, como preconizado pela Fraternidade Rosacruz, é precisamente oferecer o “Fio de Ariadne” para conduzir-nos no labirinto da diversidade material e, finalmente, possibilitar-nos a comprovação lógica de tudo que ensina.

Benditos, pois, os de Mente aberta, os sinceramente devotados à causa fraternal, as “crianças de cabelos brancos”, sem preconceitos, os “pobres de espírito” que humildemente estão prontos a aprender, os que têm “fome e sede de justiça”, porque todos eles, se não nesta vida, em futura existência, já na Era de Aquário, serão fartos e constituirão os pilares da obra Cristã.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1964-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Não julguemos: por que criticar, julgar, quando não, condenar?

Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado. Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo” (GL 6:1-2).

Esse pedido, simples, mas grandemente significativo e cheio do fervor de um coração completamente dedicado à Causa do Cristo, apresenta uma verdade muitíssima importante para todo Estudante Rosacruz, cuja verdade é tão vital hoje como o foi quando foi escrita há mais de dois mil anos. Aqueles que a seguem porfiadamente são sábios, pois ela constitui uma pedra fundamental para o edifício espiritual. É um ideal entesourado por aqueles que seguem o Caminho de Cristo.

É prática comum, mesmo entre os que se proclamam Cristãos, criticar e julgar quando não condenar, quando um irmão ou uma irmã é “surpreendido em falta”, esquecido do fato que todos somos um em Deus, e que cada um de nós é responsável, em certa medida, pelas “faltas” dos nossos irmãos e das nossas irmãs, os quais estão indissoluvelmente ligados a nós pelos laços do Espírito. E quem de nós está sem faltas, que tenha o direito de julgar ou condenar outro?

Se ainda não desenvolvemos o “Cristo Interno” ao ponto de não compreendermos o ensinamento de S. Paulo, no verdadeiro “espírito de humildade”, faríamos bem em relembrar a similar fórmula de Cristo-Jesus: “Não julgueis para não serdes julgados, pois, com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos” (Mt 7:1-2).

Todavia, não é suficiente que apenas deixemos de julgar e/ou de condenar. Devemos tomar a iniciativa e nos esforçar no serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focando na divina essência oculta em cada um nós, que é a base da Fraternidade. Devemos desenvolver a humildade e a compaixão que nos habilitará a tomarmos carinhosamente a carga dos outros, e assim cumprir os Ensinamentos Cristãos.

Cumprir os Ensinamentos Cristãos! Sim, essa é a tarefa com a qual nos defrontamos hoje. A época dos Espíritos de Raça, durante a qual a separatividade e o egoísmo foram cultivados, deve ceder lugar a época de Cristo, durante a qual deverá prevalecer a Fraternidade.

Passamos agora para um período de transição entre uma e outra época. Podemos dizer que uma última oportunidade está sendo oferecida àqueles que queiram subir ao próximo degrau da escada da evolução. Este é o tempo em que uma decisão deve ser tomada: seguir o impulso espiritual promovido por Cristo, que é o desprendimento e o serviço (restaurar com mansidão), ou então ficarmos para traz. Não existe terceira escolha!

Os Estudantes Rosacruzes têm maior responsabilidade do que os outros no esforço de cumprir os Ensinamentos Cristãos, pois já possuem o conhecimento que lhes foi dado para satisfazer a Mente, no que concerne aos Mistérios da Vida. Eles compreendem o Mistério Cósmico de Cristo, isto é, que Ele, o mais elevado de todos os Arcanjos (como referenciado na terminologia Rosacruz) veio à Terra por Sua livre e espontânea vontade, para também tornar-Se o Espírito Planetário dela, a fim de que pudéssemos ser libertados do nosso egoísmo e materialismo.

E assim Ele continuará sofrendo os grilhões de Sua confinação à Terra, enquanto fornece a Sua poderosa Força de Amor, de Vida e de Luz para nos remir.

E somente vivendo de acordo com os preceitos que Ele nos ensinou é que poderemos libertá-Lo desta Sua prisão. Vale lembrar que a escolha de seguir o impulso espiritual Crístico é algo que deve brotar do interior da pessoa. Apesar de não haver uma terceira escolha para o progresso, essa mesma escolha deve ser feita livremente e com a maturidade de uma vontade espontânea. Sem essa condição, a escolha poderá ser motivada pelo medo da responsabilidade de conhecer algum mistério superior e não pelo amor. Se isso ocorrer, ações artificiais e uma vida espiritual não autêntica passarão a ocorrer. Nesse sentido, a mansidão almejada não será uma realidade e a insustentabilidade dessa decisão será uma questão de tempo, até o Estudante Rosacruz desistir de trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – agosto/1961 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nossos Fardos

No nosso Caminho de Evolução, como Estudantes Rosacruzes, sentimos e até mesmo pensamos que as diversas aflições que estamos enfrentando no momento não nos são devidas.

Até porque, muitas vezes, achamos que o fardo é muito grande para nós! O que muitas vezes esquecemos é que como Estudante Rosacruz e, à medida que vamos avançando nessa caminhada, aumentamos nossas responsabilidades espirituais e, portanto, se faz necessário aprender com mais rapidez certas lições e corrigir os aspectos da nossa natureza inferior, que ainda nos controla e que é muito forte.

De maneira geral, aprendemos mais lições com a experiência vivida do que com os conselhos ou exemplos (observação). É sabido que para conquistar ou sublimar a nossa natureza inferior é necessário enfrentarmos as mais variadas dificuldades até que despertamos totalmente o nosso Cristo Interno. Porém, quaisquer que sejam nossas aflições e por mais doloroso que nos pareça o nosso sofrimento físico, mental e emocional sabemos que não nos é dado um fardo maior do que aquele que possamos carregar (ICor 10:13). Todos esses “fardos” escolhemos no Terceiro Céu, antes de iniciar a nossa descida para mais um nascimento aqui (Lei de Renascimento), e com a ajuda dos Anjos do Destino que nos fazem ver que essas experiências são oportunidades ímpares para nosso crescimento espiritual na vida atual.

Portanto, o objetivo da nossa vida aqui na Terra, que é o baluarte da evolução, é a experiência e não o sofrimento. Mas, à medida que sofremos, para nos beneficiar dessas experiências, nos é dada formas adequadas de auxílio, tanto internas como externas.

Se utilizarmos bem do Exercício Esotérico Rosacruz de Observação podemos ver, ao nosso lado ou até mesmo pelos meios de comunicação, que existem pessoas cujas vidas parecem ser uma sucessão de calamidades; em que umas perdem anos com doenças, outras vivem em tragédias ou desgostos que parecem intermináveis e outras nem parecem sofrer tanto. Todos nós sabemos que a vida sempre nos reservará subidas e descidas, pois os escolhemos passar, ou melhor, escolhemos sermos tentados, em diversas situações aqui neste Mundo Físico. Se tivermos consciência e aceitarmos passar por essas dívidas de destino, mesmo sabendo que serão árduas, devemos enfrentar e sobrepor todos os medos que possamos sentir e fortalecer o desejo de limpar todos os nossos maus hábitos. Porque, apesar dessas provas terem sido escolhidas anteriormente, a nossa atitude e a nossa força de vontade em relação a elas, depende exclusivamente de nós em reconhecer e utilizar as ferramentas necessárias para passar por cada divergência que enfrentamos.

Se deixarmos nos levar por influências negativas e não procurarmos sublimá-las, numa próxima vida, estaremos ainda piores, pois a lição ainda não foi aprendida. Teremos que passar por ela até aprendermos, ou seja, “lição aprendida, ensino suspenso”. Portanto, como Estudantes Rosacruzes temos o dever de procurar nos esforçar em transmutar aquilo que é negativo em positivo.

Existem alguns passos que podem ajudar a alavancar como:

– Enfrentar todas as provas procurando sempre eliminar as emoções que nos prejudicam. Sabendo que todas as provas são bênçãos “disfarçadas” que nos darão as lições necessárias à nossa evolução. Por isso a importância de fazermos todas as noites o Exercício Esotérico noturno de Retrospeção.

-Toda doença, seja física, mental ou emocional é uma manifestação de deficiência espiritual, visibilizada por meio dos nossos desejos, emoções e sentimentos inferiores, negativos e extremamente fortes (e pasmemos: isso se torna visível para nós no nosso horóscopo! Pena é que a maioria não “quer ver” ou não estuda a Astrologia Rosacruz da maneira como se deveria – com um conhecimento profundo da Filosofia Rosacruz e com o único objetivo de identificar as causas das doenças e enfermidades).

-Outro ponto importante é a persistência e a força de vontade a ser empregada. Não importa quantas vezes caímos, mas sim quantas vezes nos levantamos por mais que isso nos doa.

-A oração é outro ponto que deve estar sempre ao alcance do Estudante Rosacruz sincero e verdadeiro. Sabemos que os Irmãos Maiores anseiam por nos ajudar a eliminar os obstáculos que impedem o nosso crescimento espiritual. E para isso, trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz é a solução ideal e mais rápida! A ajuda virá se fizermos a nossa parte. Associado à oração podemos dizer que a gratidão e a devoção complementam essa compreensão que devemos ter para o Pai que nos criou.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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