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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Deus nos Cura

Há um momento, no Caminho de nossa realização, em que compreendemos a necessidade de prepararmos as nossas Mentes para um trabalho maior do que aquele em que estivemos empenhados até agora. Um trabalho em que a nossa vontade deverá colocar-se permanentemente na vontade de Deus, com a consciência plena de que Deus é um Pai amoroso que só deseja o Bem aos Seus filhos. Compreenderemos, então, que só o fato de vivermos constantemente colocando a nossa Mente na Mente universal de Deus, na Mente amorosa do Criador, nosso Pai Celeste, que é força, vida e saúde, só esse fato já nos torna em condições de merecer as transformações que a nossa posição vai por si mesma solicitando Dele, a cada hora do dia. Transformações na saúde, por exemplo, na nossa saúde e na dos outros que nos cercam.

Nessa altura será um bom princípio esquecermos nossos escrúpulos de merecimento, para pensarmos que, se o poder de Deus circula em nossos corações e nas nossas Mentes, nossas potencialidades latentes serão transformadas em poderes dinâmicos. Já essa transformação nos coloca em condições de merecer a Seu Auxílio e o Seu Amor. Todo e qualquer pensamento de limitação será abolido das nossas Mentes, se quisermos trabalhar realmente, pura e amplamente na seara de Deus. Ele tudo pode e tudo quer de bom para as Seus filhos, portanto jamais deverá ser responsabilizado pelos nossos erros e fracassos, e por não atingirmos a conquista de nossos males e sua transmutação em saúde e cura.

Se quisermos curar nossos corpos e nossas Mentes para estarmos qualificados a curar os males alheios com eficiência, temos que acreditar que podemos fazê-lo, que vamos consegui-lo, já que essa conquista não é só um direito nosso, mas, principalmente, um dever sagrado o realizarmos. Temos que acreditar piamente que tudo aquilo em que acreditamos nos será dado, na medida da nossa crença. “Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33), diz a Bíblia. E o Reino de Deus está na colocação permanente das nossas Mentes na Mente Divina, deixando a Sua sabedoria circular em nós, sentindo-nos como seus canais de força para a Sua permanente Presença. Essa presença terá que ser notada, terá que ser sentida como algo real, se quisermos tornar real também a nossa transformação interna. Não importarão os nossos defeitos, não importarão as nossas limitações apontadas pelos nossos horóscopos, o importante é pensarmos que, se tivermos a constância e o valor moral para manter a seiva divina circulando em nossos corpos e em nossa Mente, incessantemente, como um jorro de luz e de vida, só essa certeza bastará para nos colocar em condições de merecer a Divina Presença.

Assim então, de acordo com esse novo estado de ânimo adquirido pela nossa vontade posta a favor da Divina Vontade, exerceremos a divina prerrogativa que Deus nos deu de praticarmos a Epigênese, transmutando as condições negativas de nosso horóscopo e estabelecendo uma rede de novas influências e de novos auxílios. É dado que recebemos, portanto, nada mais meritório para atrair a benevolência de Deus do que entregarmos nossos corpos e as nossas Mentes ao Seu Poder, para que Ele possa realizar-se através de nós, e o Seu Amor fluir em cada hora do dia, num fluxo constante, através do conduto vivo em que nos transformamos pelo Seu Amor.

(Publicado na Revista “Serviço Rosacruz” – junho/1967 – Fraternidade – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Emprego da Astrologia Rosacruz e como Você a Emprega

Há dias recebi de um amigo, que não compreende por que tenho confiança na Astrologia, um recorte da revista americana “News-week”, número de 12 de outubro de 1959. Apresento aos Amigos a tradução desse artigo, porque representa preciosa lição para nós.

“Para Bruce King, tudo o que está escrito nas estrelas, seja a Conjunção de Vênus com Marte, seja a de qualquer outro corpo celeste, representa dinheiro.

King, mais conhecido como Zolar, o mais popular astrólogo do mundo, é autor de aproximadamente 70% de todos os horóscopos vendidos no Estados Unidos. Seu lucro pelas predições: cerca de 150.000 dólares por ano.

Na última semana, King assinou contrato para colocar seus novos horóscopos para 5 anos (5 dólares cada um) nas 2.200 lojas de F.W. Woolworth antes da chegada do Ano Novo. Depois, puxando uma baforada de seu cigarro, concedeu uma entrevista, pela primeira vez durante seus 25 anos de astrólogo, em seu escritório em New York, sem turbante e sem olhar para a bola de Cristal.

Não sou adivinho, disse o senhor de 62 anos chamado Zolar (ZO de zodíaco e LAR de solar). Tudo o que faço com a astrologia é levantar o mapa da vida de uma pessoa. Ele mostra como a vida pode ser conduzida, mas nem os homens nem as mulheres são sujeitos ao destino.

Cada homem forma o seu próprio destino.

King recebe, no mínimo, umas 10.000 cartas por ano pedindo conselhos (que são fornecidos a 3 dólares, isto é, 800 cruzeiros cada um). Dessas cartas, 80% são de mulheres, concluindo-se, portanto, que a maioria das cartas trata de assuntos do coração. A pergunta feita com mais frequência, disse King, é: ‘Quando me casarei?’. A resposta para os nascidos em princípio de abril é: ‘Urano favorece o amor e as amenidades da vida… durante o mês de outubro’.

Tendo sido corretor de fundos, King se ligou com a Astrologia durante a crise porque lhe pareceu que os astrólogos eram as únicas pessoas que tinham algum dinheiro. Imaginou e organizou a venda de horóscopos e mais tarde expandiu suas vendas por intermédio da cadeia de lojas de Woolworth Kresge e Mc Cory.

Ele estima em mais de 50 milhões o número de horóscopos vendidos por ano.

Agora, sua linha de acessórios astrológicos (?), todos remetidos pelo correio em envelopes sem indicação de conteúdo, inclui tudo, desde cartões de predição e de indicações astrológicas de aniversário, até seu livro mais vendido (best-seller): ‘Segredos Astrológicos do Amor, das Emoções e do Casamento’.”

Esse é o artigo, meus Amigos.

Agora vamos à lição que ele encerra. Vamos responder sinceramente às seguintes perguntas:

Que uso você faz dos seus conhecimentos de Astrologia Rosacruz? Você a usa como uma ciência sagrada, que nos revela o segredo dos Equinócios e do sacrifício anual do Cristo para podermos sobreviver?

Ou a emprega vendendo predições (ainda que não por dinheiro, mas por fama e poder ilusórios), com informações de quando os Signos são propícios?

Nessa última hipótese, você se compara aos vendilhões do templo no tempo de Cristo e está prostituindo a divina prerrogativa de obtenção de ganho para si.

Quando você é provado por uma série de incidentes de “azar” você vai olhar o seu tema para ver se Marte e Saturno estão em conflito e se conforma com isso?

Ou você enfrenta a situação sabendo que isto é mais uma prova oferecida para o seu crescimento espiritual?

Você aceita um outro pedaço de sobremesa sabendo que está sobrecarregando o maravilhoso instrumento que vem construindo laboriosamente desde o princípio da criação, com a desculpa de ter Júpiter em Câncer? O nosso Corpo deve ser o instrumento do Ego e não um brinquedo dos desejos.

O conhecimento da Lei do Renascimento foi ocultado ao ser humano deliberadamente, para que ele possa aproveitar ao máximo seu tempo durante sua curta vida terrestre em se concentrar sobre as coisas materiais.

As doze Hierarquias Criadoras – chamadas, também de Hierarquias Zodiacais – que têm conduzido o desenvolvimento desse universo solar têm uma concepção da existência muito acima da concepção que o ser humano dela possui. Podemos dizer que a concepção humana está para a concepção das Hierarquias Criadoras como a concepção de uma estátua (se pudesse conceber algo) estaria para a concepção do artista que a criou. O trabalho atual das Hierarquias Criadoras nesse Planeta Terra é desenvolver o SERVIÇO (Peixes) e a PUREZA (Virgem) em toda a humanidade, para que possamos compreender nossas próximas lições que serão: AMIZADE (Aquário) e CONTROLE PRÓPRIO (Leão). Aprendemos a lição do SERVIÇO sobrepondo aos nossos desejos egoístas o cuidado para com nossa família, nossa comunidade e nossa pátria. Se tivermos bastante fé para agirmos assim, estaremos nos preparando adequadamente, pois Cristo aconselhou-nos a não nos preocuparmos com o amanhã. Nosso Pai Celeste sabe o que precisamos.

Será preciso irmos mais além? Max Heindel nunca nos teria ensinado Astrologia Rosacruz se tivesse pensado que ela seria pedra de tropeço a qualquer um dos seus seguidores.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de fevereiro/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Algumas deficiências tais como visual e auditiva produzem algum efeito final sobre os veículos internos e respectivos Átomos-semente? O que ocorre com o indivíduo nessas condições depois da morte?

Pergunta: Algumas deficiências tais como visual e auditiva produzem algum efeito final sobre os veículos internos e respectivos Átomos-sementes? O que ocorre com o indivíduo nessas condições depois da morte? Terá visão e audição perfeitas no Corpo de Desejos e veículos superiores após a morte do corpo físico, ou tais deficiências permanecem durante todo o ciclo de vida, desde a morte até ao renascimento? Em sonhos pareço atuar perfeitamente, tanto visual como auditivamente. Por quê?

Resposta: O efeito “final” é aquele que executamos — aprendendo ou recusando a aprender a lição que nos vem por meio da experiência. O material formador do nosso corpo será mais refinado ou mais precário, conforme nossas ações e reações, portanto, temos possibilidades de melhorá-lo em vidas futuras.

Quando o Ego em uma de suas existências terrenas empregou o sentido da visão com finalidades egoístas, na sua próxima vinda ao mundo físico, inevitavelmente retornará com deficiência visual denominada miopia. Muitos estão fazendo o mesmo hoje em dia. São leitores insaciáveis. Devoram com os olhos, jornais, revistas e livros, porém, com finalidade de divertirem-se ou pura e simplesmente para adquirirem conhecimento, conhecimento esse que não utilizam para o bem dos demais, numa vida de serviço. Nesse caso, o Ego retorna com restrições visuais, a fim de que aprenda a usar tal sentido altruisticamente.

No caso de deficiências auditivas, essas resultam do fato de a pessoa conservar-se surda aos ensinamentos espirituais e aos brados de sofrimento de outrem, permanecendo indiferente aos problemas alheios. Essas condições nem sempre aparecem ao nascimento, mas aguardam uma condição planetária para surgirem. Se as aflições estão em signos fixos, a pessoa terá de lutar duramente para sobrepujá-las. Se for bem-sucedida, erradicará o “pecado” e na vida seguinte o Ego voltará sem esse entrave, porque pagou o seu débito para com a lei.

Se atualmente somos portadores de uma dessas deficiências, porém, se nos dispusermos a liquidar nossas dívidas para com a lei, na próxima existência voltaremos com as faculdades correspondentes despertas, aptas a serem usadas no Serviço do Mestre.

A lei diz que nossos pecados poderão ser perdoados, contudo, apesar disso deveremos pagar as dívidas resultantes. Isso poderá ser ilustrado da seguinte maneira: se o menino rouba maçãs verdes e as come, sua mãe poderá perdoar-lhe, mas não o seu estômago. Assim acontece ou aconteceu durante toda a nossa cadeia de existências. Quando alguém tem restrições de visão, audição ou vocal durante a existência terrestre, isso representa limitações que dizem respeito ao seu veículo físico, mesmo porque quando o Ego o deixa para trás, tais restrições não serão mais sentidas.

Na verdade, muitos dos que são cegos e surdos enquanto em corpo físico, têm por outro lado visão e audição espiritual ou clarividência e clariaudiência, provando assim que as faculdades do corpo físico não se encontram duplicadas nos veículos superiores. Quando dormimos, nossos corpos físicos não ascendem aos Mundos celestiais, mas apenas os veículos mais sutis, não havendo, portanto, restrições visuais ou auditivas nessas ocasiões.

Esse é um tema de grande interesse para muitos, e nunca será demais repetir que tais restrições não são consequências do rigor e dureza do Pai Celeste, mas sim oportunidades que surgem para o resgate de nossas dívidas para com a Natureza.

(Publicado na revista Serviço Rosacruz de agosto/1967)

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