A Oração

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Oração

A Oração

O tema é tão amplo, que talvez nunca possamos encará-lo sob todos os aspectos. Tão profundo que a maioria de nós não o alcança em toda a sua profundidade. Assim, seguindo o que Cristo falou, “orai incessantemente” queremos fazer o possível para que possamos dar subsídios para que todos consideremos a prece em seus mais variados aspectos, para que possamos realmente orar e orar incessantemente.

São Lucas, ao descrever a Transfiguração nos diz “Estando Ele orando, transfigurou-Se diante deles”. Parece-nos, pois, que o primeiro passo para que possamos nos transfigurar é orar. A transfiguração que podemos chamar de reforma íntima, começa com a prece. Somente orando, seja em que forma for: pensamentos, palavras ou ações conseguiremos nos transformar em melhores seres humanos.

Não são as fórmulas decoradas e ditas apressadamente que nos conduzem a Deus. Nem devemos pensar que orar é sinônimo de pedir e que a única finalidade da prece é contar a Deus das nossas necessidades ou agradecer os benefícios recebidos. É claro que Cristo ao dizer: “Pedi e recebereis para que vossa alegria seja completa”, se referia aos pedidos que fazemos a Deus para podermos solucionar nossos problemas espirituais ou matérias. No Pai Nosso que Ele mesmo ensinou também pedimos pelas mossas necessidades. Mas se somente fizermos isso, a nossa comunhão com Deus que é realmente a finalidade da prece estará apenas iniciando.

Mesmo se dissermos “Obrigado Senhor” por um benefício recebido, e ficarmos somente no “faça o favor e muito obrigado” estaremos somente tendo um contato com Ele que, mesmo sendo muito útil para nós, não permite um maior desenvolvimento espiritual.

Sabemos também que muitas pessoas não conseguem orar como gostaria, porque “o pensamento voa” e não lhe permite a tão sonhada devoção. E isso é muito mais comum do que se imagina. O pensamento abstrato para a maioria de nós requer muito treino e talvez nem consigamos atingi-lo nesta vida.

Mas se não sabemos rezar como gostaríamos de fazê-lo, como agir? A nosso ver, se começarmos a sentir realmente o que dizemos nos nossos rituais e em outras orações que fazemos, mesmo em se tratando de ORAÇÕES QUE SE SABE DE COR, aos poucos conseguiremos orar como realmente deve ser ungida do sentimento e amor. Também se nossa imaginação não estiver constantemente em movimento, planejando ou fazendo contas, focalizando fatos muitas vezes desagradáveis e nos dispusemos a ficar em silêncio e disponibilidade para ouvir o que nosso Cristo Interno tem a dizer estaremos orando. Se nos compenetrarmos realmente de que “o serviço amoroso e desinteressado é o caminho mais curto, mais seguro e mais agradável que nos conduz a Deus” e realmente nos preocuparmos em Servir, também estaremos orando. Podemos orar com nosso trabalho, se este for feito, digo, oferecido a Deus e feito com amor, dedicação e alegria. Aos poucos, se começarmos com boa vontade iremos aprendendo a orar incessantemente, uma vez que sabemos que a chave do Corpo Vital é a repetição e que se repetirmos coisas boas, principalmente se o fizermos conscientes e conscienciosamente aos poucos iremos nos desenvolvendo espiritualmente.

Não importa quanto tempo ou quantas vidas levemos para isso. Em toda a caminhada, por mais longa que seja, há um primeiro passo. Compete a nós darmos esse passo. E Deus que nunca falha, nos ajudará a aprendermos a rezar e a fazê-lo cada vez melhor até que toda nossa vida seja uma oração.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 03/79 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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