Nossa Dívida com a Humanidade

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nossa Dívida com a Humanidade

Nossa Dívida com a Humanidade

O “Conceito Rosacruz do Cosmos” diz que no momento da crucificação o Grande Espírito Solar, Cristo, penetrou na terra difundindo seu Corpo de Desejos por todo Mundo do Desejo, purificando-o assim em grande parte, e proporcionando-nos, pois material mais puro e melhor com o qual constitui nossos veículos superiores, ajudando-nos assim em nossa evolução.

Desde então, como espírito terrestre interno, Ele tem trabalhado constantemente para purificar e elevar a Terra acelerando gradualmente suas vibrações e preparando-a, assim, para o dia em que ela se tornará etérica. “Mas o dia e a hora ninguém conhece; nem sequer o Filho, só o Pai que está no Céu. Contudo, é-nos claramente ensinado que o tempo depende de quanto mais cedo um número suficiente de pessoas tornarem-se semelhante a Cristo e capazes de responder as suas vibrações”. É, portanto, evidente que “está no poder da humanidade ajudar a apressar ou atrasar a chegada do Grande Dia”.

Durante nossa permanência no Segundo Céu (vide “Conceito”) trabalhamos com as forças da Natureza construindo não só o arquétipo de nossos próprios corpos, mas também o ambiente em que vivemos; consequentemente, somos responsáveis, pelo menos até certo ponto, pelas condições atuais existentes no mundo.

E ao olharmos ao redor e vermos tanta tristeza, doença, sofrimento não podemos deixar de perceber que estas condições estão longe de estar perfeitas, e que a necessidade premente da humanidade é por mais luz sobre os grandes problemas da vida. As atuais condições são devidas a ignorância das massas, com relação às causas que governam a vida humana e a meta que deve ser alcançada. É, pois, evidente que quanto maior o conhecimento difundido destas grandes leis, tanto mais cedo despontará o Grande Dia, e mais cedo será o Cristo libertado.

É esta, exatamente, a missão que nos legaram os Irmãos Maiores entregando-nos os maravilhosos Ensinamentos Rosacruzes. E quando nos damos conta que contribuímos em criar as presentes condições e também as futuras, veremos esta missão não só como um grande privilégio, mas também como “uma dívida para com a humanidade”, pois, damos conta que como parte da humanidade somos então, parcialmente, responsáveis pelas presentes condições, perceberemos que, devido ao nosso conhecimento, é nosso dever trabalhar com afinco para a elevação do mundo, e assim consagraremos nossas vidas cada vez mais completamente ao altar do serviço aspirando mais ardentemente ajudar no grande trabalho de nossos Irmãos Maiores.

E faremos isto com mais fé e entusiasmo entendendo claramente que, não só entre vidas, mas também a cada pensamento ou ação de nossas vidas diárias, estamos ajudando a apressar ou deter o grande dia do Senhor. Cada mau pensamento, cada emoção não apropriada, tendem a amortecer as rápidas vibrações do Mundo superior, produzindo assim uma discórdia na aura da Terra, que tende a atrasar a evolução. Estas vibrações discordantes também causam penas das mais agudas ao Cristo que habita internamente.

Se meditarmos profundamente sobre a natureza do grande sacrifício de Cristo, “Que por nossa causa aprisionou-se na Terra”, seremos talvez capazes de formar uma débil ideia das penosas limitações sofridas por este grande Ser preso nas baixas vibrações de nosso Planeta. E se considerarmos, então, Ele – ser consciente de todo mal e discórdia humanas, e que cada pensamento de ódio ou raiva causam a Ele a dor mais aguda – nos daremos melhor conta de nossa responsabilidade e da “nossa grande necessidade de autocontrole”.

Se deixarmos este pensamento penetrar fundo em nossa consciência, meditando amiúde sobre ele, encherá nossos corações com amor e reverência pelo Cristo e nos inspirará a trabalhar com afinco e ardor pela vinda do Seu Reino.
Este pensamento também nos ajudará em nossa prática de autocontrole. O dar-nos conta de que cada vez que cedemos a pensamentos de impaciência, ódio, raiva, etc., aumentamos a carga de Cristo, fará com que, se realmente o amarmos façamos “do autocontrole um dever sagrado” e se, com relação a isto, mantivermos sempre em mente que cada ato de bondade, cada pensamento amoroso, cada sentimento de reverência, cada ato altruísta de Serviço ajudam-No a libertar-Se de Suas limitações, isto será inspirador de devoção para nosso persistente trabalho na tarefa de cultivar nossas elevadas naturezas.

Cristo disse: “Se alguém me servir, siga-me”. Segui-Lo é viver a vida que Ele viveu e consagrar todos os nossos pensamentos e atos e trabalhar incessantemente pela elevação do mundo. Cada vez que o imitarmos e lutarmos para seguir Seus ensinamentos, apressamos o dia de Sua libertação. Tendo, portanto, em mente de que maneira nossos atos o afetam e ferem, procuremos serví-Lo seguindo-lhe o exemplo e consagrando nossas vidas sobre o “Altar do Serviço”, tomando como ideal de nossas vidas este lema “TUDO POR CRISTO”.

(Traduzido de Rays From The Rose Cross e publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 03/83 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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