Controle da Poluição: quais as que mais se precisa

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Controle da Poluição: quais as que mais se precisa

Controle da Poluição: quais as que mais se precisa

Talvez a forma mais séria de poluição seja a poluição do pensamento, pois todas as poluições não se originam de nossos pensamentos? Isto pode parecer, a primeira vista, absurdo, mas não o é. Por que nossas condições de poluição existem? Não é por causa de pensamentos egoístas, ações só em benefício próprio, no esquecimento dos outros? Tais pensamentos são contagiosos e por causa disso, a poluição se espalha à medida que cada um quer tirar vantagens e pensar só em si.

Se pudesse ver com nossos olhos o que acontece quando pensamos, é certo que nosso modo de pensar seria afetado e modificado. Se pudéssemos “ver” pensamentos de compaixão, de benção, de conforto, de amor, de altruísmo, de alegria, trazendo Iuz e ajuda mental ou um pensamento forte de paz que acalma e harmoniza, é certo que tudo faríamos para “segurar” esses tipos de pensamentos.

Se pudéssemos “ver” quando emitimos um pensamento crítico, que vai alcançar uma pessoa e que talvez essa atitude o leve ao fracasso, certo que não nos perdoaríamos.

Não tenhamos dúvidas que tais pensamentos são uma forma perniciosa de autoindulgência. Sintonizar na estática do negativo, dos maus pensamentos, congestiona e distorce a clara recepção do positivo. Naturalmente, podemos agir e proteger-nos deste tipo de violação; não somos imponentes diante disto. Mas o que será daqueles que não estão cientes de que isto existe e que não sabem como proteger-se.

A menos que nos mantenhamos de prontidão e alertas, estaremos cada vez mais isolados, sentindo-nos separados de nossa essência divina. Tantas coisas têm levado o ser humano a pensar que ele está dividido, que sua vida é dividida em cubículos, que está repartido no trabalho, na família, na religião, na recreação, no estudo e até nele próprio. Imaginar que há divisões para cada área de seu mundo: isto é uma ilusão.

Não importa o quanto ele tente manter cada setor isolado do outro, a verdade é que cada um deles afeta profundamente o outro, esteja ele ciente ou não deste fato. E mais, cada indivíduo é um ser isolado, completo e íntegro; cada parte de sua vida física, mental e emocional afeta todas as outras partes, como também essas partes afetam o próximo. E levando ao extremo, afetam tudo no universo. Cada grão de areia e cada estrela distante estão interligados numa epopeia indissolúvel, sinfônica, interagindo e tendo impacto sobre a outra. Cada uma animando, contribuindo com o seu papel importante, no total da vida e do universo.

O ser humano tem a grande responsabilidade de manter a harmonia, de fazer com que a sua apresentação se desenvolva em uma sequência lógica para chegar a um final glorioso. Ele deve manter sua integridade, não só para ser capaz de viver intensamente, mas também porque ninguém vive intensamente se os outros não viverem assim.

No desenrolar diário dos acontecimentos devemos nos manter, se não completamente positivos, pelo menos não muito negativos e podemos nos lembrar da advertência de São Paulo: “Enfim, irmãos, tudo o que há de verdadeiro, digno, justo, puro, amável, honesto, tudo o que é virtuoso, elogiável, seja o objeto dos vossos pensamentos” – (Fp 4: 8).

Mas aí, algo desagradável nos acontece e nos aborrecemos muito. Externamente podemos parecer os mesmos, mas, por dentro, começa um grande e perturbador distúrbio. Irritação, raiva, contrariedade e desgosto, tudo se mistura e sentimos a pressão aumentar. Arquitetamos diálogos com comentários inteligentes e sarcásticos. Como qualquer químico sabe, uma substância cáustica queima e o fogo que arde em nós é um fogo destrutivo. Se deixarmos que este fogo se apodere de nós, o efeito logo tornará visível no corpo, sob a forma de doença ou algum tipo de incapacidade.

Para nosso próprio bem, não podemos nos deixar levar por este tipo de indulgência. Sabemos o que fazer sobre isto: substituir os pensamentos negativos pelos positivos. Infelizmente, preferimos tolerar em nós essa atitude mental infantil de bater os pés e gritar. Estamos, deste modo, poluindo a nossa atmosfera e toda a atmosfera ao nosso redor.
Nossa responsabilidade não é somente para conosco, mas também para com nossos irmãos. Somos uma parte de um todo indivisível e foi nos dado o privilégio de ajudar este todo com amor e harmonia. Por vezes sentimos, petulantemente, que não ligamos para isto, mas, no fundo, sabemos que isso nos afeta.

Se pararmos para pensar e examinarmos, detalhadamente, porque estamos reagindo com irritação ou raiva e honestamente avaliarmos a situação, ficaremos surpresos e envergonhados com o que vamos presenciar. Devemos partir do princípio que, o que não queremos para nós, não devemos lançar em pensamento para os outros. Que não devemos dar aquilo que não gostaríamos de receber e que o ideal a lutar é para que sejamos instrumentos de paz e construtores no templo de Deus.

Quando a fumaça e a fúria de nossas emoções violentas diminuem, podemos ver que estivemos poluindo nosso meio ambiente. Pode levar algum tempo para que nos apercebamos que podemos ser mais controlados nas nossas reações. Muitas vezes tentamos justificar um ato de intolerância, apontando os erros dos outros, e com isto procurando desculpar uma conduta negativa.

Devemos aprender a manejar a autodisciplina e o autocontrole. É nos dada sempre à oportunidade para pormos a prova o nosso senso de equilíbrio. É através desta prática que desenvolveremos a força necessária para resistir ao inferior.
Na realidade, a conduta do outro não é o problema, mas sim a forma como reagimos a ela. Há um antigo provérbio que diz que a única pessoa que pode mudar é você mesmo (a). Não devemos condenar uma ação errônea do próximo, mas sim zelar para que nossa ação seja a certa.

O que é “certo”?

Certo é tudo aquilo que é positivo, querido, construtivo, útil, não poluente, sem maldade.

Certo é tudo aquilo que é amoroso em pensamentos, palavras e obras.

Certo é tudo aquilo que nos faz semelhantes a Deus, ao nosso Criador.

(Traduzido da Revista “Rays from the Rose Cross” e publicado no Serviço Rosacruz – 03/80 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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