O Valor da Seleção

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Valor da Seleção

Um número bem irrisório daqueles que anelam pelo desenvolvimento espiritual por meio dos Ensinamentos Rosacruzes conferem à seleção o seu valor real.

Bem poucos reconhecem o fato de não procederem a uma escolha meticulosa e criteriosa de suas atividades extra espirituais e profissionais; amontoarão pedras em seu caminho, entravando os próprios passos. Assim, é mister que se estabeleça um rigoroso critério seletivo em relação a passatempos (aqui incluídos todos os tipos que existem), recreações, leituras, ambientes, etc.

Se atentarmos para as condições em que vivem as pessoas, particularmente nas grandes metrópoles, com seu ritmo agitado, com problemas intrincados e complexos, inerentes aos grandes agrupamentos humanos, compenetrar-nos-emos da necessidade de submetermo-nos, constantemente, à higiene mental e espiritual, único meio de que dispomos para escaparmos ao depauperamento nervoso engendrado pela vida turbulenta.

Como Aspirantes à vida superior, Estudantes Rosacruzes, devemos esforçar-nos por equacionar tais problemas, porque, apesar das dificuldades, as grandes metrópoles oferecem amplas oportunidades de avanço espiritual. A vida complexa nelas dá margem a experiências as mais variadas, relacionamentos com pessoas de caráter e temperamento diversos, oportunidades preciosas de servir etc. Mediante essas oportunidades poderemos desenvolver, gradativamente, as faculdades espirituais em nós latentes. Não obstante devemos tomar as devidas precauções no sentido de que o nosso Corpo de Desejos e a nossa Mente permaneçam incólumes aos violentos e, às vezes, destrutivos impactos exteriores. Para isso muito ajuda a nossa fidelidade na execução dos Exercícios Esotéricos Rosacruzes e na oficiação dos Rituais do Serviço Devocional.

As experiências, sabemos, constituem a pedra angular do desenvolvimento da nossa Alma; todavia, somente o valor educativo delas deve ser incorporado ao nosso ser, como mais Alma. Do mesmo modo, os aspectos positivos de nossas atividades devem ser assimilados. No âmbito dessas atividades incluímos nossas leituras, diversões, etc. A assimilação dos aspectos negativos de tais atividades só pode resultar em distorções dos nossos sentimentos, emoções e desejos, num atendimento às reinvindicações da nossa natureza inferior (o “Eu inferior”).

Se almejarmos por algo elevado devemos empenharmo-nos em atividades análogas, cultivando tudo o que é superior: o estudo dos Ensinamentos Rosacruz e, principalmente, a aplicação deles na vida do Estudante Rosacruz. Entendemos como sendo superior, tudo aquilo que expressa em essência: o Bem, o Belo e o Verdadeiro, como é ensinado na Filosofia Rosacruz.

Se selecionarmos nossos meios de aquisição de conhecimentos cultivaremos algo superior; se as nossas recreações são sadias, estaremos fortalecendo em nós mesmos os sentimentos de: amizade, alegria e afabilidade praticando excelente higiene mental, imunizando-nos contra toda espécie de neuroses e desequilíbrios.

A avidez de notícias, na maior parte das vezes banais e sem interesse no que concerne à formação moral, leva, muitas pessoas a entregarem-se à leitura dos vários tipos de mídias que se tem facilmente acesso sem nenhum conteúdo espiritual!

Acaso, relatos sobre homicídios, tragédias, sensualidade, adultérios e estelionato constituem bom alimento para alma? O bom senso nos impele a sensibilizar nossos sentimentos, preterindo a elevada música dos grandes mestres pelos ritmos frenéticos e alucinantes tão em moda atualmente? Acreditamos que não!

S. Paulo nos advertiu, claramente, acerca desse assunto, quando disse: “Examinai de tudo e escolhei o melhor.” (ITes 5:12-28). Já examinamos muitas vezes e caímos outras tantas em erros e sensações desagradáveis ao nosso “Eu superior”, que é o que realmente somos. Errar uma vez é humano, porque ignorávamos; errar conscientemente é diabólico.

Afinal somos ou não somos Estudantes Rosacruzes, verdadeiros Aspirantes à vida superior? Se o somos, devemos envidar todos os esforços para libertar-nos da condição passiva em que vivemos, continuando a condescender, comodamente, com as perniciosas solicitações da natureza inferior.

(Publicado na Revista: Serviço Rosacruz – outubro/1967 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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