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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Artigos Publicados: Esquema, Caminho e Obra da Evolução

A Almejada Resposta: cultivar a parte espiritual e cuidar dos negócios desse mundo
A Ansiosa Solicitude pela Vida
A Base do Cristianismo: uma Conversa na Pro-Ecclesia
A Economia da Nova Era
A Elevação da Raça Humana via o Corpo-Alma
A Evolução pelo Alimento
A Fraternidade Rosacruz, a Ordem Rosacruz e a Iniciação
A Gloriosa Era: revistamos do áureo manto nupcial para a futura comunhão com Cristo
A Hora Presente e seu Significado: crise?
A Paciência e o que ela tem a haver com a Sabedoria
A Perfeita Paz do Eterno…para isso você deve saber quem é o seu mediador
A relação entre a Água e as Emoções
A Religião e a Ciência
A Senda: o Caminho Estreito e Direto para o seu Desenvolvimento Espiritual Rosacruz
Ao Alvorecer de um Novo Ano: rememoremos e analisemos os fatos
Arco Descendente da Evolução: “De Onde Viemos?
As Dificuldades no Caminho de Volta
As Mudanças Acentuadas que estamos Passando
Caminho da Iniciação: A Fuga para o Egito
Caminho da Iniciação: Anunciação
Caminho da Iniciação: Apresentação no Templo
Caminho da Iniciação: Imaculada Concepção
Caminho da Iniciação: O Batismo
Caminho da Iniciação: O Ensinamento no Templo
Caminho da Iniciação: Sagrado Nascimento
Como chegamos ao ponto de poder utilizar o pensamento aqui, no Mundo Físico
Conforme a Necessidade do Tempo e do Lugar, nós renascemos
Cristo: Sua Trajetória e Sua Missão para nos salvar
Críticas ao Cristianismo Popular, como se já estivessem acima dos seus ensinamentos Cristãos
Desenvolvimento Equilibrado: como está o seu?
É Tempo de Renovação Espiritual
Entre a Ilusão e a Realidade
Eu sou o Caminho
Extensão de Consciência
Faz sentido ter Temor às Provas quando no grau do Probacionismo?
Houve um Tempo para lançar luz sobre a mal-entendida Religião Cristã
Não Violência: a Única Saída
Nossa Jornada Cíclica
Nossa valorização individual: uma das grandes contribuições dada pelo Cristianismo
O Batismo da Consciência e a Iniciação
O Ciclo: o fim não existe, somente um contínuo eterno, uma existência eterna
O Cristo Cósmico: diferente de Cristo-Jesus – um Raio do Cristo Cósmico
O Espírito de Natal
O Evangelho de São João: o que mais aclara o ponto central da involução para a evolução
O Mandamento dos Ricos: a Deus ou a Mamon?
O Peregrino do Tempo
O Poder do Amor
O Processo de Redenção
O Propósito Renovado para Aprender o Melhor possível aquilo que é ensinado
O que está errado no Mundo?
O Seu Crescimento Espiritual na Fraternidade Rosacruz
O Significado da Morte
O Sol Místico da Meia Noite no Natal
O terceiro fator nesse Esquema de Evolução que quando não atua ou se torna inativa no indivíduo, na família, nação ou no povo começa a degeneração
O Tipo de Renúncia necessária para trilhar o Caminho de Preparação para a Iniciação Rosacruz
O Vinho, como bebida alcoólica, usado neste Esquema de Evolução – Parte 1
O “Vinho” como Fator da Evolução – Parte 2
Onde você se encaixa: pisciano, ariano ou potencial aquariano – o Líder como Servidor de Todos
Os Bosques da Alegria
Os Cinco Panoramas da Vida
Os Mundos Visível e Invisíveis
Os Mundos: formação de um “Cosmos”
Os Pergaminhos do Mar Morto
Os Perigos no Caminho
Os Sete Dias da Criação – O Inconsciente e a Iniciação
Pelas Veredas do Nosso Esquema de Evolução atual
Por que sofremos? A dor é o estímulo para a perfeição?
Porque o Método Rosacruz de Desenvolvimento é Ocidental
Preparando-se para a Era de Aquário: como está a sua preparação?
Primeira Época, a Polar, do Período Terrestre
Qual é o conceito de felicidade que a Escola Rosacruz preconiza
Quando e para que foram nos dado: Arquitetura, Escultura, Pintura e Música
Quarta Época, a Atlante, do Período Terrestre
Renovação: os 4 Princípios
Segunda Época, a Hiperbórea, do Período Terrestre
Sementes da Nova Era, ainda aqui na Era de Peixes
Terceira Época, a Lemúrica, do Período Terrestre
Todos nós podemos e devemos decifrar a mensagem e resolver o mistério do Universo: eis um exemplo
Tudo o que for necessário para o seu crescimento e desenvolvimento sempre virá e na hora certa
Um Pouco de Culpa em Todos
Uma exposição elementar sobre o seu desenvolvimento e o da humanidade
Uma Renovada Disposição sempre Planejando para o Próximo Ano
Valorizar a Sua Vida aqui na Terra
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Encarnações Divinas e o Primeiro Dia da Criação

No desenvolvimento da vida orgânica e do ser espiritual são necessários sete vastos Períodos geralmente chamados de dias criadores (ou Dias da Criação), abrangendo em sua totalidade todo o Ciclo Criador. Cada um desses Dias é seguido por uma Noite de duração proporcional durante a qual as experiências do Dia anterior são revisadas e sua essência é reunida ao enriquecimento da alma.

Se quiser saber mais sobre esse assunto é só clicar aqui: Encarnações Divinas e o Primeiro Dia da Criação

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Audiobook: O Lado Oculto da Guerra – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

O Lado Oculto da Guerra – Prefácio – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz
O Lado Oculto da Guerra – Cap. I – A Parte da Guerra travada nos Mundos invisíveis – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz
O Lado Oculto da Guerra – Cap. II – Exemplos da Atuação dos Espíritos de Raça, Confundidos com Outros Seres Divinos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz
O Lado Oculto da Guerra – Cap. III – Visão Espiritual aberta temporariamente- Max Heindel – Fraternidade Rosacruz
O Lado Oculto da Guerra – Cap. IV – Solicitando uma explicação ao Irmão Maior- Max Heindel – Fraternidade Rosacruz
O Lado Oculto da Guerra – Cap. V – Os Dezesseis Caminhos para a Destruição- Max Heindel – Fraternidade Rosacruz

FIM

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Carta de Max Heindel: A Palavra-Chave dos Ensinamentos Rosacruzes

Maio de 1912

O tema central da lição do mês passado foi que é nosso dever transmitir os frutos do nosso estudo, em um esforço para beneficiar o mundo. Mas, geralmente, os místicos se mantêm afastados dos seus semelhantes e, por isso, o mundo duvida deles e de suas crenças. Isso não deveria ser assim, e a análise provará que os ensinamentos contestados são relativamente insignificantes, e que a parte mais vital dos ensinamentos encontrarão pronta aceitação e prepararão o caminho para futuras instruções.

O valor de qualquer ensinamento depende do seu poder em tornar as pessoas melhores aqui e agora; fazê-las amáveis, gentis, atenciosas e ponderadas em seus lares, meticulosas e cuidadosas nos negócios, leais com os amigos, dispostos e capazes de perdoar seus inimigos; e qualquer ensinamento assim que é facilmente aplicado e que conduzirá a semelhantes resultados, não precisará de maiores recomendações.

Onde devemos procurar por tal ensinamento? Temos uma monumental cosmogonia que descreve os Períodos do mundo, as Revoluções, as Épocas e as Raças. O estudo dela tornará as pessoas mais bondosas? Ou, se pudéssemos induzi-las a esquadrinhar os mistérios dos números e dos nomes contidos na Cabala, se tornarão mais conscienciosas? Certamente que não; portanto, tal conhecimento é de menor importância. As pessoas terão mais moralidade se nós as ensinássemos sobre a Involução e a Evolução, ou se lhes descrevêssemos a jornada cíclica da alma através do Purgatório e do Céu? Isto não necessariamente, pelo menos até tê-las convencidas de que sob Lei de Consequência estamos sujeitos ao Renascimento e a colher o que semeamos. Mesmo uma simples sugestão de tal crença poderia afastar de nós muitas pessoas.

Mas, você perguntará, então o que sobrou dos nossos ensinamentos? O maior ensinamento de todos e o mais prático. Aquele que não despertará antagonismos em nenhum devoto de qualquer Religião, nem sequer em um agnóstico, pois não é preciso rotulá-lo de ensinamento religioso. Produzirá resultados mais benéficos desde o dia em que for aplicado, e afetará também as vidas futuras sem ter em conta se a pessoa que a pratica ouviu ou não a palavra “Rosacruz”, ou aprendeu alguma coisa dos nossos ensinamentos.

Se realmente você quer trabalhar na “vinha do Senhor” – o mundo – não se isole. O estudo abstrato pode ocupar uma agradável parte do tempo, mas você deve sair para o mundo; deve ganhar a confiança das pessoas na igreja, no clube, no emprego, no serviço, no lazer. Se você der um bom exemplo, lhes perguntarão qual é o seu segredo, e você terá o privilégio de lhes fornecer o maior de todos os ensinamentos jamais conhecido, que é: O Segredo do Crescimento da Alma.

Você poderá falar com eles algo como o seguinte:

“Todas as noites, depois de me deitar, revejo os acontecimentos do dia, em sentido inverso. Eu tento me julgar imparcialmente. Eu me culpo onde a culpa é devida, me arrependo e tomo a decisão de me emendar, de me reformar. Eu me elogio, se o elogio é meritório, e decido ser melhor no dia seguinte. Com frequência, falho em meus bons propósitos, mas continuo com as minhas tentativas e, pouco a pouco, vou obtendo êxito nesse propósito.”

Essa é a propaganda diferenciada.

(Carta nº 18 – do Livro “Cartas aos Estudantes” – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

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Diagrama 8 – Os 7 Mundos, os 7 Globos e os 7 Períodos

Depois que Deus preparou o material para Sua Habitação, Ele o colocou em ordem. Cada parte do Sistema foi compenetrada por Sua consciência, mas com uma modificação: a consciência difere em cada parte ou divisão. A Substância-Raiz-Cósmica é posta diferentes taxas de vibração e, portanto, diferentemente constituída em suas várias divisões ou regiões.

O que vimos acima é o modo pelo qual os Mundos vêm à existência:

  1. Mundo de Deus
  2. Mundo dos Espíritos Virginais
  3. Mundo do Espírito Divino
  4. Mundo do Espírito de Vida
  5. Mundo do Pensamento
  6. Mundo do Desejo
  7. Mundo Físico

Eles são adaptados para servir aos diferentes propósitos no esquema evolutivo, da mesma maneira como os diferentes cômodos numa casa são equipados para servir os propósitos da vida diária no Mundo Físico.

Conforme vimos, existem sete Mundos. Cada um deles tem um grau, uma “medida” diferente, de vibração. No Mundo mais denso (o Físico) a medida vibratória, incluindo as ondas luminosas que vibram centenas de milhões de vezes por segundo, não obstante é infinitesimal quando comparada à rapidíssima vibração do Mundo do Desejo, o mais próximo do Físico. Para se ter uma ideia sobre o sentido e a rapidez vibratória talvez o mais fácil seja observar as vibrações caloríficas que irradiam de uma estufa muito quente ou de um radiador de vapor próximo de uma janela.

Tenha-se sempre em mente que esses Mundos não estão separados pelo espaço ou pela distância, como está a Terra dos demais Planetas. São estados de matéria, de distinta densidade e vibração, tal como são os sólidos, os líquidos e os gases do nosso Mundo Físico. Esses Mundos não são criados instantaneamente, no princípio de um Dia de Manifestação, nem duram até o fim dele, mas assim como a aranha tece sua teia fio por fio, Deus também vai diferenciando um Mundo após outro, dentro de Si Mesmo, conforme as necessidades exijam novas condições no esquema de evolução em que Ele está empenhado. Desse modo se diferenciaram, gradualmente, todos os sete Mundos, conforme se encontram atualmente.

O esquema evolutivo é efetuado através destes cinco Mundos em sete grandes Períodos de Manifestação, durante os quais o Espírito Virginal ou vida que está evoluindo, se converte primeiramente em ser humano, depois em Deus.

No princípio da manifestação Deus diferencia dentro de Si Mesmo (não de Si mesmo) esses Espíritos Virginais, como chispas de uma Chama da mesma natureza, capazes de se expandirem até se converterem, eles também, em Chamas. A Evolução é o processo fomentador que conduz a tal fim.

Antes do início de sua peregrinação através da matéria, o Espírito Virginal encontra-se no Mundo dos Espíritos Virginais, o mais próximo ao mais elevado dos sete mundos. Possui Consciência Divina, mas não consciência de si. Esta, o Poder Anímico e a Mente Criadora, são faculdades que se adquirem pela evolução.

Na terminologia Rosacruz os nomes dos sete Períodos são os seguintes:

  1. Período de Saturno
  2. Período Solar
  3. Período Lunar
  4. Período Terrestre
  5. Período de Júpiter
  6. Período de Vênus
  7. Período de Vulcano

Não se deve pensar que os Períodos acima tenham algo a ver com os Planetas que se movem em suas órbitas em torno do Sol, juntamente com a Terra. De fato, nunca se repetirá suficientemente que não há relação alguma entre esses Planetas e esses Períodos. Os Períodos são, simplesmente, encarnações passadas, presentes ou futuras da nossa Terra, “condições” através das quais ela passou, está agora passando ou passará no futuro.

O Período de Saturno é o primeiro dos sete Períodos. Nesse primeiro estágio os Espíritos Virginais dão o primeiro passo na evolução da Consciência e da Forma. Esse impulso evolutivo dá sete voltas ao redor dos sete Globos, A, B, C, D, E, F e G, na direção indicada pelas setas.

Os Globos do Período de Saturno eram formados de substância muito mais rarefeita e sutil que a da nossa Terra. O Globo mais denso desse Período estava situado na mesma parte do Mundo do Pensamento ocupada pelos Globos mais sutis do Período atual – a Região do Pensamento Concreto. Estes Globos não tinham consistência, no sentido atual da palavra. “Calor” é a única palavra que mais se aproxima da ideia do que era o antigo Período de Saturno. De tão escuro, uma pessoa que conseguisse entrar no seu espaço nada poderia ver. Tudo em torno dela seria escuridão, mas poderia sentir o seu calor.

Primeiramente uma parte da evolução se realiza no Globo A, situado no Mundo do Espírito Divino, o mais sutil dos cinco mundos que formam o nosso campo de evolução. Então, gradualmente, a vida que está evoluindo é transferida ao Globo B, que se situa no Mundo do Espírito de Vida, algo mais denso, onde ela passa por outro estágio evolutivo. No devido tempo, a vida que está evoluindo está pronta para entrar na arena do Globo C, composto da substância ainda mais densa da Região do Pensamento Abstrato, onde está situado. Depois de aprender as lições correspondentes a esse estado de existência, a onda de vida segue até o Globo D, formado da substância da Região do Pensamento Concreto, onde também está situado. Esse é o grau mais denso de matéria alcançado pela onda de vida durante o Período de Saturno.

Desse ponto a onda de vida é levada para cima novamente, ao Globo E, situado na Região do Pensamento Abstrato tal como o Globo C, embora as condições não sejam as mesmas. Esse é o estágio involucionário de modo que a substância dos mundos se faz cada vez mais densa. Ao longo do tempo tudo tende a fazer-se cada vez mais denso e mais sólido. Entretanto, como o caminho evolutivo é uma espiral, é claro que, ainda que se passe pelos mesmos pontos, nunca mais se apresentam as mesmas condições, mas outras em plano superior e mais avançado.

Completado o trabalho no Globo E, efetua-se o passo seguinte para o Globo F, situado no Mundo do Espírito de Vida como o Globo B, dali subindo ao Globo G. Quando se efetuou esse trabalho, a onda de vida deu uma volta em torno dos sete Globos; uma vez para baixo e outra para cima, através dos quatro Mundos, respectivamente. Esta jornada da onda de vida denomina-se uma Revolução, e sete Revoluções formam um Período. Durante um Período a onda de vida dá sete voltas descendo e subindo através de quatro Mundos.

Quando a onda de vida deu sete voltas em torno dos sete Globos, completando as sete Revoluções, terminou o primeiro Dia da Criação. Seguiu-se uma Noite Cósmica de repouso e assimilação, depois da qual teve início o Período Solar.

Como a noite de sono entre dois dias da vida humana e o intervalo de repouso entre duas vidas terrestres, esta Noite Cósmica, de repouso, depois de completado o Período de Saturno, não foi um tempo de inatividade, mas uma fase de preparação para a atividade a ser desenvolvida no próximo Período Solar, em que o ser humano em formação precisava submergir mais profundamente na matéria. Portanto, fizeram-se necessários novos Globos, cujas posições nos sete Mundos tinham que ser diferentes das ocupadas pelos Mundos do Período de Saturno. A preparação desses Globos novos e as demais atividades subjetivas estiveram a cargo dos espíritos que estão evoluindo durante o intervalo entre os Períodos – a Noite Cósmica. Como isso se processa podemos ver a seguir:

Quando a onda de vida deixou o Globo A, no Período de Saturno, pela última vez, esse Globo começou a desintegrar-se lentamente. As forças que o criaram foram transferidas do Mundo do Espírito Divino (em que se encontrava o Globo A no Período de Saturno) ao Mundo do Espírito de Vida (em que se encontrava o Globo A no Período Solar). Isto é mostrado no Diagrama 8.

Quando a onda de vida deixou o Globo B, no Período de Saturno, pela última vez, também começou ele a desintegrar-se. Então suas forças, tal como acontece ao Átomo-semente de um veículo humano, foram empregadas no Período Solar como núcleo para o Globo B, passando esse Globo a situar-se na Região do Pensamento Abstrato.

Da mesma maneira, as forças do Globo C foram transferidas para a Região do Pensamento Concreto, atraindo dessa Região a substância necessária para a construção de um novo Globo C no próximo Período Solar. O Globo D foi semelhantemente transmutado e colocado no Mundo do Desejo. Os Globos E, F e G, na ordem indicada, foram transferidos analogamente. Como resultado (como mostra o Diagrama 8) no Período Solar todos os Globos estavam localizados um grau mais abaixo na matéria densa do que estavam no Período de Saturno, pelo que a onda de Vida, depois de emergir da Noite Cósmica de repouso, entre a última atividade no Globo G do Período de Saturno e a nova atividade do Globo A do Período Solar, achou-se em novo ambiente, com oportunidade para novas experiências.

As condições durante o Período Solar diferiam radicalmente das do Período de Saturno. Em lugar dos “Globos-Calor” do último, os Globos do Período Solar eram esferas luminosas, brilhantes, de consistência análoga à dos gases. Estas grandes esferas gasosas continham tudo que havia sido desenvolvido no Período de Saturno e, analogamente, as Hierarquias Criadoras permaneciam em sua atmosfera. Em vez da qualidade refletora, semelhante ao eco, do Período de Saturno, esses Globos tinham, até certo ponto, a qualidade de absorver e trabalhar sobre qualquer imagem ou som que se projetasse sobre suas superfícies. Pode-se dizer que eles eram coisas “captáveis”.

A onda de vida agora circula sete vezes em torno dos sete Globos durante o Período Solar, descendo e subindo sete vezes através dos quatro Mundos ou Regiões em que esses Globos estão situados. Efetua sete Revoluções no Período Solar, da mesma forma que no de Saturno.

Quando a onda de vida abandonou o Globo A, no Período Solar, pela última vez, esse Globo começou a desintegrar-se. Suas forças foram transferidas à Região do Pensamento Abstrato, mais densa, onde formaram um Planeta para ser utilizado no Período Lunar. Da mesma maneira as forças dos demais Globos foram transferidas e serviram de núcleo para os Globos do Período Lunar, como mostra o Diagrama 8, sendo o processo exatamente o mesmo que se observou quando os Globos passaram dos lugares ocupados no Período de Saturno para as posições ocupadas no Período Solar. Desta maneira os Globos do Período Lunar ficaram um grau mais abaixo na matéria do que estavam no Período Solar, situando-se o mais inferior (o Globo D) na Região Etérica do Mundo Físico.

Depois do intervalo da Noite Cósmica entre o Período Solar e o Período Lunar, a onda de vida começou seu curso no Globo A desse último, completando no devido tempo suas sete Revoluções, como anteriormente.

Assim como a característica principal dos escuros Globos do Período de Saturno foi descrita pelo termo “Calor”, e a dos Globos do Período Solar como “Luz”, ou calor resplandecente, assim a característica principal dos Globos do Período Lunar pode ser descrita como “Umidade”. O ar, tal como o conhecemos, não existia então. No centro estava o núcleo ígneo, ardente. Próximo a ele e em consequência de contato com o frio do espaço exterior, havia umidade densa. Pelo contato com o núcleo ígneo central essa umidade densa transformava-se em vapor quente, que se lançava para a periferia, esfriava e tornava ao centro novamente. Por isso os cientistas ocultistas chamam “Água” aos Globos do Período Lunar, e descrevem a atmosfera daquele tempo como “Névoa Ígnea”. Esse foi o cenário do novo passo da vida que está evoluindo.

Então, durante outra Noite Cósmica, os Globos foram novamente transferidos a um grau mais abaixo, ficando o Globo mais denso situado na Região Química do Mundo Físico, como mostra o Diagrama 8.

Esse é o Período Terrestre e o Globo inferior e mais denso (o Globo D) é nossa Terra atual.

Os Globos do Período Terrestre estão situados nos quatro estados mais densos de matéria: a Região do Pensamento Concreto, o Mundo do Desejo e as Regiões Química e Etérica do Mundo Físico (veja-se o Diagrama 8). O Globo mais denso, o D, é nossa Terra atual.

Quando falamos de “mundos mais densos” ou de “estados mais densos de matéria”, deve-se tomar o termo em sentido relativo. Em caso contrário implicará numa limitação do Absoluto, o que seria um absurdo. Densidade e subtilidade, acima e abaixo, lesse e oeste são palavras de significação relativa ao nosso próprio estado ou posição.

A onda de vida aqui, como de costume, parte também do Globo A, depois da Noite Cósmica que se seguiu ao Período Lunar. No atual Período Terrestre já circulou três vezes em torno dos sete Globos e está agora no Globo D, em sua quarta Revolução.

Aqui na Terra, na atual quarta Revolução, há alguns milhões de anos atrás, alcançou-se a maior densidade de matéria – o nadir da materialidade. Daqui para diante a tendência é elevar-se para uma substância mais rarefeita. Durante as três Revoluções e meia que faltam para completar esse Período, as condições da Terra tornar-se-ão gradualmente mais etéreas, de forma que no próximo Período – o de Júpiter – o Globo D voltará, de novo, a localizar-se na Região Etérica, conforme estava no Período Lunar, elevando-se os demais Globos de modo correspondente.

No Período de Vênus estarão situados nos mesmos Mundos em que os Globos estavam no Período Solar. Os Globos do Período de Vulcano terão a mesma densidade e estarão situados nos mesmos Mundos em que estavam os Globos do Período de Saturno. Tudo isso é mostrado no Diagrama 8.

Quando a onda de vida completar sua obra no Período Terrestre e a Noite Cósmica que se seguirá tenha passado, fará suas sete Revoluções em torno dos Globos do Período de Júpiter. Seguir-se-á então a costumeira Noite Cósmica com suas atividades subjetivas; depois virão as sete Revoluções do Período de Vênus seguidos de outro repouso, e finalmente o último dos Períodos do nosso esquema atual de evolução – o Período de Vulcano. A onda de vida também fará suas sete Revoluções aqui, e no fim da última Revolução todos os Globos dissolver-se-ão. A onda de vida será reabsorvida por Deus durante um período igual ao empregado por todos os sete Períodos de atividade. Deus mesmo imergirá então no Absoluto durante a Noite Universal de assimilação e preparação para outro Grande Dia.

Outras evoluções maiores seguir-se-ão, mas só podemos tratar dos sete Períodos mencionados.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pelas Veredas do Nosso Esquema de Evolução atual

Pelas Veredas do Nosso Esquema de Evolução atual

Constitui incontestável verdade que “EM DEUS VIVEMOS, NOS MOVEMOS E TEMOS O NOSSO SER”. Somos espíritos, partes integrantes do Grande Corpo Divino.

Temos, em forma latente, embrionária, todas as possibilidades do nosso Pai Celestial. O desenvolvimento de nossas potencialidades divinas conduzir-nos-á a um estado de onisciência, inconcebível às nossas limitações atuais.

Segundo os Rosacruzes, no início de cada manifestação, Deus diferencia dentro de Si mesmo (não de Si mesmo) uma plêiade de espíritos virginais, como chispas de uma Chama. Esses espíritos virginais converter-se-ão também em Chamas, pela expansão de suas faculdades latentes. Esse processo se realiza através da EVOLUÇÃO. Esta, entretanto, representa apenas uma das partes do esquema. Na realidade, o progresso do espírito assenta-se sobre um tripé: involução, evolução e Epigênese.

Involução é o espaço de tempo dedicado à aquisição da consciência individual e à formação dos veículos, através dos quais o espírito se manifesta. Dá-se o nome de evolução à fase da existência durante a qual o ser desenvolve sua consciência até convertê-la em onisciência.

Involução e evolução, porém, são insuficientes para garantir o desenvolvimento do espirito ao nível de seu Divino Pai. Um terceiro fator surge como uma autêntica força motriz, empurrando, acelerando, despertando faculdades recônditas, rumo às alturas da perfeição: é a Epigênese. Ela faz a evolução de cada indivíduo diferir da dos demais, por fornecer-lhe a capacidade de criar sempre algo novo, original, inédito. Toda habilidade criadora provém da Epigênese.

Pelo que sabemos, somente a Filosofia Rosacruz tem a Epigênese como fator de progresso do espírito. Muitos estudiosos esoteristas tendem a admitir a evolução como sendo um mero desdobramento ou desenvolvimento de qualidades latentes. Para eles, todo progresso gira em torno do binômio causa-efeito. Numa linguagem que de simplista resvala até ao rudimentar pode-se dizer que a maioria das pessoas julga que “o que atualmente existe é o resultado de algo anteriormente existente”. Se assim fosse, não haveria margem para novos e originais esforços, capazes de promover novas causas. Tudo não passaria de repetição. É a Epigênese, portanto, o único fator suscetível de explicar satisfatória e convenientemente o sistema a que pertencemos.

Todo esse progresso se realiza através dos cinco Mundos, em sete grandes Períodos de Manifestação, durante os quais, da profunda inconsciência à onisciência, as vidas em evolução se convertem primeiramente em homens e depois em Deus. Esses sete Períodos, renascimentos sucessivos da Terra, são os seguintes:

  1. Período de Saturno
  2. Período Solar
  3. Período Lunar
  4. Período Terrestre
  5. Período de Júpiter
  6. Período de Vênus
  7. Período de Vulcano

Os Períodos de Saturno, Solar e Lunar pertencem ao passado. Encontramo-nos, agora, vivendo as condições da metade mercuriana do Período Terrestre. Findo esse último, passaremos, sucessivamente, aos Períodos de Júpiter, Vênus e Vulcano.

Através dos três e meio Períodos passados adquirimos nossos veículos e desenvolvemos nosso atual estado de consciência. Nos três e meio Períodos restantes aperfeiçoaremos ao máximo esses veículos. Concomitantemente nossa consciência se expandirá à onisciência.

No Período de Saturno, recebemos, dos Senhores da Chama, o germe do nosso atual Corpo Denso. Esse, portanto, é o nosso veículo mais antigo, o mais aprimorado atualmente, e o mais útil como meio de obtenção de consciência. A consciência da vida em evolução era semelhante à do mineral, transe profundo. Nesse longínquo Período, os Senhores da Chama tornaram-se novamente ativos na metade da sétima revolução, com o propósito de despertar o princípio do Espírito Divino nos Espíritos Virginais.

No Período Solar, recebemos o germe do Corpo Vital, graças ao trabalho de uma Hierarquia denominada Senhores da Sabedoria. Contudo, quem nos despertou o segundo princípio espiritual, ou seja, o Espírito de Vida, foram os Querubins. O estado de consciência predominante era o de “sono sem sonhos”, análogo aos dos atuais vegetais.

No Período Lunar, houve, uma vez mais, uma mudança nas condições ambientais. A característica marcante do Período de Saturno pode ser representada pelo termo “calor”. No Período Solar, pelo termo “luz”. Já no Período Lunar as condições prevalecentes resumem-se em uma palavra: “umidade”. Nesse Período, por intermédio do trabalho desenvolvido pelos Senhores da Individualidade, adquirimos o germe do Corpo de Desejos. Dá-se o nome de Serafins à Hierarquia responsável pelo despertamento do Espírito Humano nos seres humanos. A peregrinação através das condições do Período Lunar corresponde à fase de existência análoga à dos animais. O estado de consciência do homem era o de “sono com sonhos”, uma consciência pictórica.

Na Época Atlante, do Período Terrestre, recebemos, por obra dos Senhores da Mente — a Hierarquia de Sagitário — o germe da Mente. Foi o marco da nossa individualidade. Passamos, então, ao estado de consciência de vigília, conhecendo perfeitamente o mundo exterior.

O Período Terrestre é a atual fase do nosso desenvolvimento. Os Rosacruzes chamam-no de Marte-Mercúrio. Dos grandes Dias de Manifestação surgiram os nomes dos dias da semana:

Dia                           Correspondente ao                                Regido por

Sábado ………………. Período de Saturno ……………………… Saturno

Domingo ……………… Período Solar………………………………… Sol

Segunda-Feira. …………Período Lunar…………………………….. Lua

Terça-feira… ………..1ª metade do Período Terrestre ………. Marte

Quarta-feira …………2ª metade do Período Terrestre …….. Mercúrio

Quinta-feira. …………… Período de Júpiter. …………………….Júpiter

Sexta-feira. …………….. Período de Vênus ………………………. Vênus

O Período de Vulcano, não incluído no quadro acima, é o último do atual esquema de evolução. Nas seis primeiras Revoluções desse futuro Período, extrair-se-á, por recapitulação, espiral após espiral, a quintessência de todos os Períodos precedentes. O Período de Vulcano corresponde, portanto, à semana com todos os sete dias.

 

Os astrólogos afirmam, com fundamento, que os dias da semana são regidos pelo astro particular que indicam. Um estudo cuidadoso das mitologias mostra como os “deuses” eram associados aos dias da semana. Assim, o dia de Saturno é sábado (Saturday); o domingo (Sunday) relaciona-se com o sol, e a lua, com segunda-feira (Monday). A terça-feira está relacionada com Marte — o deus da guerra —, tanto que os romanos chamavam-na de “Dies Martis”. O nome Tuesday (terça-feira) deriva de “Tirsdag”, “Tir” ou “Tyr”, o deus escandinavo da guerra. Wednesday (quarta-feira) dizia respeito a Wotanstag de Wotan, entidade mitológica do norte da Europa. Os romanos denominavam-nos de “Dies Mercurii”, o dia de Mercúrio. Thursday ou Thorstag (quinta-feira) deriva de “Thor”, deus do trovão, chamado pelos latinos de “Jove” ou Júpiter, donde “Dies Jovis”. De “Freya”, divindade da beleza, temos Friday (sexta-feira). Era o “Dies Veneris”, o dia de Vênus, para os romanos.

É mister esclarecer que os nomes dos Períodos nada têm a ver com os Planetas ou Astros físicos. Referem-se a encarnações passadas, presentes e futuras da Terra. O macrocosmo, tal como o microcosmo, também tem as suas encarnações. Segundo a ciência esotérica há 777 encarnações. Isto não significa que a Terra sofra 777 metamorfoses. Significa que a vida evolucionante faz 7 Revoluções em torno dos 7 Globos dos 7 Períodos. Vários diagramas do CONCEITO elucidam esse assunto, não obstante reconheçamos tratar-se de um tema bem abstrato, capaz de oferecer alguma dificuldade na compreensão de alguns pontos. Apesar de tudo, estudá-lo constitui algo fascinante, capaz de orientar o estudante pelos meandros da nossa longa jornada evolutiva.

(de Gilberto A V Silos – Publicado na Revista Serviço Rosacruz de Janeiro/1978)

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