A Senda: o Caminho Estreito e Direto para o seu Desenvolvimento Espiritual Rosacruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Senda: o Caminho Estreito e Direto para o seu Desenvolvimento Espiritual Rosacruz

Solitário, cego e nu. Eis o início da longa jornada. Aquele que tanto buscou, passo a passo, a Senda, com suas carnes sangrando pelas pedras e espinheiros do caminho estreito e tortuoso, vê-se de repente no umbral da vida, sem paralelos, sem apoio. No princípio tudo lhe parece vazio e aterrador, mas, já não pode voltar atrás. Tem que avançar mais, sempre mais, já se ouviu a ordem: “Queimem os barcos”[1]. Agora terá de enveredar-se pela Senda afora ou estagnar-se, o que significa morte. Cristo não chama à Senda qualquer um, pois somente às ovelhas sedentas de Verdade e de Vida é que se lhes abrem as portas gigantescas do infinito saber. O Discípulo terá que, sozinho, compreender e lutar no silêncio, sem apoio e sem voz alguma que o oriente e console, até atingir a meta: a morada do Mestre – Cristo –, que o conduzirá pela estrada de ouro do saber, até à Iniciação.

Antes, porém, terá o Discípulo de aprender a guiar seus próprios passos, cuidadosamente, para não cair. Terá de aprender a ouvir, ver, ousar e calar, seguindo apenas a voz do silêncio eterno. Não adiantará perguntar, pois não obterá resposta. Apenas com seu humano saber e sua inteligência escolherá os próprios caminhos. Enfrentará tempestades em mares bravios e lutará em batalhas gigantescas, terrificantes, no mais profundo abandono, até que se apontem os primeiros raios do Sol nascente, rompendo as trevas noturnas da humana ignorância. Então, uma voz potente como as águas dos mares da Terra, lhe dirá: “Vinde, benditos de meu Pai.” (Mt 25:34). E será então chamado de “o Liberto”!

(Publicado na Revista Rosacruz – outubro/1969-Fraternidade Rosacruz-SP)


[1] N.T.: Há vários exemplos na história, de comandantes valorosos que fizeram a mesma coisa. Dizem que os Vikings faziam o mesmo – ao chegar num porto para invadir um território e conquistá-lo – queimavam seus navios para impedir qualquer possibilidade de recuo. “Queimar as Naus” significa, pois, vencer ou vencer! Outro exemplo foi o do conquistador espanhol Hernán Cortez e foi utilizada de maneira motivacional. Conta-se que ao chegar em terras mexicanas e notar apreensão e medo em seus soldados, Cortez, para impedir que seus soldados fugissem acovardados, ateou fogo aos navios. Não havia modo de voltar atrás. Ou venciam ou morriam. Também dizem que César mandou queimar os navios e os remos, quando chegaram na Inglaterra, para ninguém fazer corpo mole diante do inimigo. Sem alternativas para voltar para casa, eles tinham que vencer ou vencer.

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