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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Segunda Época, a Hiperbórea, do Período Terrestre

Durante a primeira parte da Época Hiperbórea, enquanto a Terra e a Lua faziam parte do Sol, as forças solares-lunares permeavam cada um de nós em proporção igual, de maneira que todos nós éramos capazes de perpetuar nossa espécie por meio de brotos e esporos, como fazem certas plantas atuais. Tínhamos uma consciência semelhante à do sono sem sonhos. Onde ainda a Terra continuava em fusão e a atmosfera era parecida com a do Período Solar, pois a 2ª Época foi uma recapitulação, em um nível mais elevado, do trabalho feito no 2º Período, chamado Período Solar.

Dado a nossa densidade dentro do Sol (que ia aumentando em cristalização) fomos nos deslocando, a partir do que seria o “polo” do Sol até ficarmos entre esse polo e o Equador.

Nessa Época, o Corpo Denso era permeado pelo Corpo Vital, mas até então o nosso Corpo Denso não tinha a constituição de hoje, com sólidos, líquidos e gases e, muito menos a densidade e solidez atuais. Nessa Época o Corpo Vital se tornou ativo, constituído de Éter, especialmente de Éter Químico e Éter de Vida e parcelas mínimas de Éter Luminoso e Éter Refletor. Éramos estacionários como uma planta, não fazíamos nenhum esforço, nem nos empenhávamos nisso. Por isso que se diz que passamos pelo “estado vegetal”. Não éramos exatamente uma planta, mas éramos semelhantes a ela.

Na Época Hiperbórea, nosso Corpo Denso era um enorme saco gasoso, flutuando sobre a porção que hoje é a Terra ignescente, e emitíamos esporos semelhantes aos dos vegetais, que cresciam e eram utilizados por outros seres humanos nascentes. Nessa Época éramos bissexuais, hermafroditas.

Ao final da Época Hiperbórea, a cristalização tinha aumentado tanto que se converteu num verdadeiro obstáculo ao progresso de alguns dos mais elevados seres solares. Por outro lado, o estado incandescente era um obstáculo à evolução de algumas criaturas de grau inferior, tais como nós. Nesse estado, precisávamos de um Campo de Evolução mais denso para o nosso futuro desenvolvimento. Por isso, a parte do Sol, que agora é a Terra, foi arrojada ao terminar a Época Hiperbórea e começou a girar em torno do Sol, seguindo uma órbita um tanto diferente da atual.  Fenômeno semelhante, provocado por idêntica razão foi acontecendo com os outros Planetas que hoje formam o nosso Sistema Solar. Dentro da Terra ainda estava a nossa Lua. Nesse período a visão panorâmica Solar passa por uma mudança decisiva. Pois, a nossa visão não era mais a partir do Sol e sim, a partir, da Terra que estava começando a incrustar-se. Como a Terra havia se separado do Sol, então o grande calor dela começou a desaparecer. A Terra se esfriou e a vegetação começou a aparecer sobre a sua superfície quente e cheia de vapor.

Sabemos que sempre fomos guiados por Seres Divinos, e quando fomos arrojados do Sol, no final da Época Hiperbórea, não tínhamos a menor ideia do que fazer, mesmo porque éramos guiados de fora em tudo. Foi por isso que precisávamos das Hierarquias Criadoras para seguir em nossa caminhada. E a ajuda veio destes Seres maravilhosos: os Senhores da Sabedoria, os Senhores da Individualidade, os Senhores da Forma, os Senhores da Mente, os Arcanjos e os Anjos.

E após a separação da Terra do Sol, nos alimentávamos dos frutos da terra.

Por esse motivo é que Caim, o símbolo do ser humano dessa Época, é descrito como um agricultor. Sua dieta provinha apenas dos vegetais, pois as plantas contêm uma quantidade de Éter superior a qualquer outro alimento.

A Época Hiperbórea é descrita na Bíblia, como trabalho efetuado no quarto Dia da Criação.

Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Causa da Tristeza Profunda, da Angústia e do Sofrimento

Max Heindel

Reunimo-nos novamente esta noite com o propósito de concentrar nossos pensamentos na segunda parte do mandamento de Cristo: “curai os enfermos”. Pois consideramos essa parte do mandamento divino tão obrigatória para seus seguidores quanto a primeira parte, que nos exorta a “pregar o Evangelho”. Mas, se entendermos bem esse mandamento, não nos contentaremos em meramente tentar aliviar a dor, a tristeza profunda, a angústia e o sofrimento de qualquer um ou de qualquer número de pessoas. Tentaremos chegar à causa de todo sofrimento humano para que, eliminando a causa principal (a causa fundamental, a causa-raiz) possamos erradicar os efeitos. Para fazer isso, para chegar a uma conclusão verdadeira sobre a origem da tristeza profunda, da angústia e do sofrimento, ao tempo em que descobrimos os meios para sua erradicação permanente, devemos voltar ao passado distante; de fato, ao início da existência física.

A Bíblia foi dada ao mundo ocidental pelos Anjos do Destino que, estando acima de todos os erros, dão a cada nação a Religião mais adequada para guiá-la no caminho da sua evolução espiritual e física; e, se buscarmos a luz nessa fonte, certamente a encontraremos. Deve-se ter em mente que o Cristo ensinou a multidão por parábolas, mas deu aos Seus Discípulos o significado dessas parábolas e as coisas mais profundas sobre os mistérios do Reino dos Céus. São Paulo também ensinou uma verdade diferente, ou melhor, mais profunda (“carne”) para aqueles que eram fortes na fé, mas deu o “leite” das doutrinas mais elementares aos bebês. Da mesma forma, devemos entender que, além do significado que a Palavra de Deus carrega em sua face, há um lado mais profundo e oculto sobre o qual faremos bem em ponderar esta noite.

Aprendemos primeiro a ideia de que a Terra nem sempre foi como é hoje; que houve um imenso período de formação e que este Planeta deve ter passado por vários estágios de desenvolvimento antes de atingir a condição atual. Vemos nas nebulosas do céu, que agora são ígneas. Podemos entender que a umidade deve ser condensada por esse fogo da fria extensão do espaço; também podemos entender que essa umidade se evapora rapidamente quando entra em contato com um vórtice tão ardente e rodopiante; que o vapor gerado sobe ao espaço para ser ali condensado novamente pelo frio, passando assim por inúmeros ciclos de evaporação e condensação até que, finalmente, forma-se uma crosta ao redor do núcleo ígneo. Essa crosta se torna mais dura quando gradualmente a umidade supérflua é evaporada como uma névoa. A névoa eventualmente se reúne e condensa em uma nuvem, caindo novamente sobre o Planeta como um dilúvio e deixando as condições climáticas como as encontramos hoje na Terra. A esses estágios os Ensinamentos Rosacruzes chamam de Épocas, denominadas Época Hiperbórea, Época Atlante e Época Ária.

Não falaremos da primeira dessas Épocas mencionadas. Mas, durante a última parte da Época Lemúrica, quando a humanidade ainda vivia em ilhas cercadas de fogo na crosta em formação, os humanos eram muito diferentes da humanidade de hoje. Eles eram, de fato, gigantes de uma forma corporal que seria repulsiva para nossas atuais noções de simetria e beleza corporal; mas, diferiam de nós particularmente neste fato: o Ego ainda não tinha aprendido a administrar o seu corpo de forma adequada e permanente. Na verdade, eles não sabiam, naquela Época, que tinham corpos; eles os usavam tão inconscientemente quanto usamos atualmente o nosso aparelho digestivo. A visão deles estava totalmente focada nos Mundo espirituais e eles viam Deus face-a-face, ou melhor, aqueles que eles pensavam ser Deus; isto é, os Mensageiros Divinos que os guiaram como as crianças são guiadas por seus pais, porque naquela época eles não tinham desenvolvido a vontade, como temos hoje.

Estando inconscientes de seus corpos, eles não conheciam o nascimento nem a morte. A perda de um veículo físico acontecia frequentemente por causa das erupções vulcânicas que eram comuns em nossa Terra em formação; mas, era como a queda de uma folha seca da árvore e não produzia diferença alguma em sua consciência. Nem era o nascimento de um novo corpo um evento de distração, porque durante o nascimento e a morte sua consciência estava focada nos Mundos Invisíveis aos olhos físicos.

Em certas épocas do ano, os Anjos, que sempre foram os precursores do nascimento, conduziam essas hostes de humanos em grandes templos em que o ato propagativo era realizado como um ato de sacrifício sob os raios astrais (Sol, Lua e Planetas) apropriados. Nesses momentos de intenso contato íntimo, a atenção do ser humano era temporariamente desviada dos Mundos espirituais para a Região Química do Mundo Físico e, assim, “Adão conheceu sua esposa”.

Assim, a tônica do corpo, então concebido, estava em perfeita sintonia com a harmonia das esferas naquele momento e, portanto, o parto era indolor, a saúde era perfeita e a morte não aterrorizava a humanidade daquela época.

Mas, os Anjos não eram todos da mesma natureza. Havia duas classes; uma sintonizada com a Água e outra, com o Fogo. É a última classe que foi interpelada por Isaías (14:12) naquela maravilhosa passagem em que ele diz:

Ó Lúcifer, filho da manhã,

Como você caiu do Céu!

Dos Espíritos da Água, ou verdadeiros Anjos, o ser humano recebeu o cérebro; mas Lúcifer (lucis + ferre = o portador da luz; no original em hebraico temos Hêlêl = o brilhante), Espírito do Fogo, é o “doador de luz”. Dos Espíritos do Fogo veio a luz da razão.

O Corpo de Desejos do ser humano foi por eles impregnado de uma nova faculdade: impulso. E como era necessário que eles usassem um instrumento físico para seu próprio desenvolvimento, embora fossem incapazes de criar tal veículo, eles ensinaram ao ser humano para que esse tivesse um Corpo Denso e o esclareceram sobre o método pelo qual ele poderia gerar um novo veículo a qualquer momento, quando o antigo morresse, independentemente das condições astrais; e o ser humano, cedendo ao impulso dos Espíritos de Lúcifer, incitado pela paixão que eles incutiram, passou a considerar o ato gerador como meio de gozo e gratificação, em vez de um Sacramento. Assim, os corpos nascidos sob tais condições estavam fora de sintonia com a Harmonia Cósmica. Portanto, o parto tornou-se doloroso, a saúde ficou prejudicada e a Morte entrou em seu reinado como o “Rei dos Terrores”.

Enquanto Adão conhecia sua esposa apenas durante o tempo em que os Anjos presidiam o ato propagativo, sua consciência estava focada durante todo o tempo restante nos Mundos espirituais. Mas, as coisas tornaram-se radicalmente diferentes quando o ser humano tomou o assunto em suas próprias mãos. Quanto mais frequentemente ele conhecia sua esposa para autogratificação, mais frequente e completamente sua consciência se concentrava no Mundo Físico e mais ele perdia de vista os reinos superiores, até que finalmente eles foram esquecidos, ou quase. Portanto, o nascimento agora parece o começo da vida. Começa com dor para mãe e bebê; a própria vida costuma ser um caminho de dor e sofrimento, porque em Espírito nos sentimos órfãos de nosso Pai; e no final está a morte, o “Rei dos Terrores”, para introduzir o Espírito no que é, para nossa consciência física, um grande desconhecido, e tudo isso por causa do impulso e da paixão que os Espíritos marciais de Lúcifer gravaram em nossa natureza de desejo. E enquanto a luz do fogo da paixão manchar nossa natureza de desejo, esse regime deve continuar.

O Antigo Testamento começa com o relato de como o ser humano foi desviado de Deus pela falsa Luz dos Espíritos de Lúcifer, dando origem a toda tristeza profunda, angústia e sofrimento do mundo; termina com a promessa de que o Sol da Justiça surgirá com a Cura em suas asas. E no Novo Testamento encontramos o Sol da Justiça, a verdadeira Luz, vindo para salvar o mundo e o primeiro fato que se afirma sobre Ele é que seja de uma Imaculada Conceição.

Agora, esse ponto deve ser totalmente compreendido e deve ficar claro a partir do que foi dito anteriormente: que é a mácula luciferiana da paixão que trouxe tristeza, pecado e sofrimento ao mundo. Antes da impregnação do Corpo de Desejos com esse princípio demoníaco, a Concepção era Imaculada e um Sacramento. O ser humano caminhava então na presença dos Anjos, puro e livre de vergonha. O ato da fertilização era tão casto quanto o da flor. Portanto, quando o mal foi feito, imediatamente o mensageiro, ou Anjo, cingiu-os com folhas para imprimir neles o ideal que eles deveriam aprender a viver; ou seja, a castidade, como a planta é casta. Sempre que somos capazes de realizar o ato gerador de maneira pura, casta e desapaixonada como a planta, ocorre uma Concepção Imaculada e nasce um Cristo capaz de curar todos os sofrimentos da humanidade, capaz de vencer a morte e estabelecer a imortalidade, uma verdadeira luz para conduzir a humanidade para longe do fogo-fátuo da paixão; isso é feito através do autossacrifício pelo companheiro.

Esse, então, é o grande ideal pelo qual estamos lutando: purificar-nos da mácula do egoísmo e da busca egoísta. E, portanto, consideramos o emblema da Rosacruz como um ideal. Pois as sete rosas vermelhas tipificam o sangue purificado; a rosa branca mostra a pureza da vida e a estrela dourada e radiante simboliza aquela inestimável influência para a saúde, utilidade e elevação espiritual que irradia de cada Servo da humanidade.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de outubro/1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Uma Cerimônia de Casamento na Pró-Eclésia

No dia 12 de setembro de 1917 tivemos o prazer de solenizar o primeiro casamento na Pro Ecclesia em Mount Ecclesia, quando dois membros do Centro Rosacruz de Los Angeles, EUA deram as mãos para uma parceria de vida.

Embora essa seja a época do ano em que o sul da Califórnia é mais árido de flores, várias pessoas em Mount Ecclesia conseguiram reunir o suficiente para decorar a Pro Ecclesia da maneira mais bonita, e na hora marcada fechamos os escritórios e gráficas para que todos pudessem estar presentes na cerimônia. Quando todos estavam sentados, os acordes inspiradores da Marcha Nupcial ressoaram do órgão com acompanhamento de violino, enquanto Max Heindel conduzia os noivos pelo corredor central até a frente, onde os noivos se sentaram, enquanto Max Heindel tomava seu lugar em um ambão. Depois que as tensões comoventes da Marcha Nupcial diminuíram, ele fez substancialmente o seguinte discurso:

Minhas queridos Irmãos, Irmãs e Amigos,

Nós nos reunimos aqui, hoje, para testemunhar uma cerimônia muito importante que unirá em casamento de dois de nossos amigos. É para eles uma ocasião muito importante e, de fato, para todos nós, pois a vida ou vidas vividas por indivíduos se refletem na comunidade; a vida doméstica é o pano de fundo e a base da vida pública. Se os nossos jovens amigos, que agora começam juntos a vida matrimonial, estiverem dispostos a se sacrificar um pelo outro, cada um procurando sempre o bem do outro e tentando se conformar ao outro, como nós sinceramente esperamos e oramos para que eles façam, isso resultará uma vida de companheirismo ideal que é, de fato, uma antecipação do Céu na Terra; então cada um deles será abençoado por isso e, juntos, eles irradiarão do lar que eles fizeram uma influência do maior benefício possível para a comunidade. Por outro lado, se cada um persistir em seguir seu próprio caminho, independentemente do conforto e da felicidade do outro, eles terão diante de si uma vida de tal miséria que será realmente um inferno na Terra; a influência irradiada de tal casa só poderá ser prejudicial para a comunidade em que vivem. Todos devemos orar fervorosamente para que eles tomem cuidado com as rochas e os baixios do egoísmo, que certamente destruirão a felicidade da vida, e cultivem aquela solicitude conjugal pelo bem-estar um do outro, o que levará a uma vida de bem-aventurança celestial.

O casamento, então, é um perigo e para entender por que uma condição tão perigosa, que é, infelizmente, muitas vezes fonte de tristeza, foi imposta à humanidade é necessário examinar os registros ocultos e tomar uma visão mais ampla da jornada evolutiva da humanidade, mais ampla do que a geralmente aberta à grande maioria das pessoas. Houve um tempo, chamado pelos ocultistas da Escola de Sabedoria Ocidental, de Época Hiperbórea, quando o ser humano-em-formação era como uma planta em sua constituição e, assim, macho-fêmea, conforme registrado pela Bíblia. Portanto, ele podia, naquela época, como muitas plantas hoje, fertilizar-se e reproduzir sua espécie sem cooperação externa. Com o tempo, o corpo humano endureceu e se tornou como o dos animais em sua construção. Mas o Ego humano, o ser humano real, é uma inteligência criadora e divina, aprendendo na escola da vida; somos todos deuses-em-formação e a criação de coisas físicas por meios físicos é apenas uma lição elementar. Eventualmente, devemos aprender a imitar os métodos criadores de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, que por Sua Palavra falada trouxe todas as coisas à existência, como tão maravilhosamente ensinado naquela joia de misticismo, o primeiro capítulo do Evangelho Segundo São João, em que se diz: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Tudo o que foi feito foi feito por Ele e nada do que tem sido feito foi feito sem Ele. N’Ele estava a vida e a vida era a luz do homens; a luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam”.

Expressar o pensamento criador aqui, no entanto, requer um cérebro no Mundo Físico e falar o Fiat Criador requer uma laringe; portanto, era necessário que esses órgãos fossem fornecidos ao ser humano-em-formação para que ele pudesse crescer gradualmente até a estatura divina. Portanto, as grandes Hierarquias Criadoras, que guiaram e alguns continuando guiando a nossa evolução, desviaram uma parte da força criadora do ser humano-em-formação para cima, para que pudesse construir esses órgãos. Em alguns, expressaram o polo negativo (passivo) dessa força criadora e surgiu a fêmea; nos outros, expressaram o polo positivo (ativo) da força criadora e surgiu o macho. Mas, isso deixou apenas metade da força criadora disponível para a reprodução da Onda de Vida humana aqui e, assim, a partir de então, a humanidade foi dividida em sexos, como os vemos hoje, e se tornou necessário que cada um busque seu complemento para que a dupla força criadora, masculina e feminina, possa ser combinada para perpetuar a espécie humana e possa fornecer novos veículos para os Egos que perdem os seus devido à morte aqui. Naqueles primeiros dias, quando os Anjos da Guarda estavam encarregados da humanidade infantil, eles reuniam seus protegidos em grandes templos, em certas épocas do ano, quando as linhas de força interplanetárias eram propícias à procriação, e a geração era realizada como um sacramento, um sagrado rito religioso.

Se essa condição continuasse, a humanidade também permaneceria até hoje infantil e inocente, dócil e feliz, como as crianças. Mas à medida que o cérebro foi gradualmente formado, os Anjos caídos, chamados na Bíblia de Espíritos de Lúcifer, ensinaram à humanidade o uso desenfreado, ou melhor, o abuso, da função criadora para a satisfação dos sentidos físicos, independentemente das condições astrais. Assim, o amor deu lugar à luxúria, o parto tornou-se doloroso e a morte, mais frequente. O ser humano caiu de um estado santificado para um estado pecaminoso e desde então uma era de angústia, tristeza profunda, sofrimento, luta e conflito tem ocorrido na Terra; se analisarmos as condições ao máximo, hoje, descobriremos que toda forma de tristeza e doença é devida a essa relação sexual anormal. Portanto, aguardamos ansiosamente o tempo da vinda de Cristo para o estabelecimento do Reino de Deus, quando não haverá casamento nem entrega em casamento, porque cada um terá o poder dentro de si para falar a palavra criadora e a morte será engolida pela imortalidade.

No entanto, enquanto mantemos esses ideais em relação à condição futura, devemos lidar com os fatos como os encontramos hoje e há grandes e maravilhosas lições a serem aprendidas dentro do estado do matrimônio. Portanto, devemos fazer o nosso melhor para torná-lo frutífero — tanto fisicamente como mental, moral e espiritualmente. Sempre devemos lembrar que é um esforço para a unidade que só pode ser alcançado pelo esquecimento de si mesmo. Deve haver no lar apenas um pensamento, uma voz e um objetivo na vida, mas esses devem ser um pensamento, uma voz e um objetivo compostos. Ambas as partes devem se esforçar para combinar suas ideias para o bem comum; e se for descoberto, como indubitavelmente será, que nenhum acordo pode ser alcançado em alguns pontos, então deve-se evitar tais assuntos com tato até que o tempo tenha mudado um, o outro ou ambos. Deve haver um respeito mútuo pelos direitos de cada um e o naufrágio do interesse próprio pelo bem comum. Rezamos fervorosamente para que nossos jovens amigos aqui, que estão entrando nesta grande aventura, esforcem-se desde o início para viver a vida amorosa, que é tão essencial para criar um adequado ambiente doméstico para a criação dos filhos, que será um crédito para a comunidade.

Um deve carregar os fardos do outro. Jovem esposo, não limite seu interesse aos negócios ou ao escritório e implore para ser dispensado de compartilhar as preocupações inerentes ao cuidado de uma casa e dos filhos. Jovem esposa, não alimente a ideia de que seus problemas e provações no lar sejam primordiais e que seu marido não tenha preocupações em comparação com as suas. Lembre-se: esta é uma parceria em tudo e qualquer coisa. Tenha interesse inteligente no negócio dele; encoraje-o em suas ambições e o incentive a maiores esforços por meio da apreciação inteligente. Quanto mais vocês souberem dos assuntos um do outro, mais próxima será sua parceria, mais fácil vocês suportarão os fardos da vida e conseguirão fazer com que seu empreendimento matrimonial seja valioso. E todos nós oramos para que Deus possa dar Sua maior bênção a vocês dois e que essa união possa estar cheia de lições que os elevarão tanto fisicamente como moral, mental e espiritualmente na grande escola da vida.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de novembro/1917 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Bom Pastor e as Ovelhas desse e de Outros Apriscos

Estudando a Filosofia Rosacruz, compreendemos que estamos em um Esquema de Evolução e nele há um Caminho de Evolução que “nos leva de volta para Deus”, de “onde viemos e para onde estamos voltando”.

Sabedor disso, surge a pergunta: o que devo fazer para não mais me desviar? Essa é a pergunta de todo o Aspirante a vida espiritual e a resposta é sempre a mesma, nos fornecida por Cristo: amar seus semelhantes de maneira que queira sempre ajudá-los e servi-los com amor, sabendo que todos somos filhos de Deus; procurar fazer sempre o bem pelo simples prazer de fazer o bem, cooperando assim com o trabalho do Cristo pela redenção da humanidade.

Afinal, Cristo nos ensinou que: “Eu sou o bom pastor: o bom pastor dá sua vida pelas suas ovelhas.” (Jo 10:11).

E, mais: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me conhecem, como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: devo conduzi-las também; elas ouvirão a minha voz; então haverá um só rebanho, um só pastor.” (Jo 14:16).

Mas, nos avisou que há outros que podem nos distanciar da Evolução: “quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas soube por outro lugar, é ladrão e assaltante; o que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre: as ovelhas ouvem a sua voz e ele chama as suas ovelhas uma por uma e as conduz para fora. Tendo feito sair todas as que são suas, caminha à frente delas e as ovelhas o seguem, pois conhecem a sua voz. Elas não seguirão um estranho, mas fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”. (Jo 14:1-5).

Porém, se Deus faz nascer o sol para o justo e para o injusto; se Ele mora no coração de todo ser, mesmo naqueles que não O ama; quem somos nós para fazer menos? Devemos, portanto, fazer com que o nosso amor e a nossa Luz chegue a cada irmão e a cada irmã, para que com o nosso exemplo, possamos fazê-lo retornar ao Caminho que o leva a Deus. Esse caminho reto e estreito, para cima e para frente: o Caminho da Evolução. Cristo, nessa passagem, nos dá o motivo pelo qual Ele é “a verdadeira Luz”.

Para entender o que significa ser “bom pastor”, bem como “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil”, façamos uma viagem a um longínquo passado no nosso Caminho de Evolução. Atualmente estamos no quarto Período do nosso Esquema de Evolução, o Período Terrestre. Como todos os outros Períodos, este tem 7 Globos (nomeados de A, B, C, D, E, F e G), por onde nós passamos 7 vezes (também chamado de 7 Revoluções). Durante a nossa peregrinação pela quarta Revolução no Globo D, tivemos mais divisões no nosso Caminho de Evolução. Tais divisões são conhecidas como Épocas. Estamos na quinta Época, conhecida como Época Ária.

Na primeira Época, a Época Polar, nós formamos, por assim dizer, nosso Corpo Denso. Na segunda Época, a Época Hiperbórea, nós vitalizamos esse Corpo Denso por meio da interpenetração de um Corpo Vital. Com isso, na segunda Época, nós possuíamos um Corpo Denso e um Corpo Vital. Éramos hermafroditas, ou seja, éramos uma unidade criadora. Toda nossa força criadora nós projetávamos de nós mesmos. Nada guardávamos para nós. Expressávamos o amor na forma mais pura, como os Anjos o fazem.

Com o decorrer do tempo, houve a necessidade de construirmos um cérebro e uma laringe. Para isso, foi necessária uma divisão da bipolar força criadora: metade foi destinada para a construção destes novos órgãos e a outra metade continuou sendo usada para a geração. A partir daí cada um de nós teve que buscar a cooperação de outro ser para a geração e a própria continuação de se renascer aqui (Houve a divisão dos sexos e a necessidade de buscar seu polo oposto: se renascido como homem, busca quem estava renascido como mulher, e vice-versa).

Começamos a amar egoisticamente para gerar novos Corpos e a amar egoisticamente também para expressar o pensamento aqui na Região Química do Mundo Físico, porque desejamos obter conhecimento. E como semelhante atrai o semelhante, atraímos para nós mesmos seres de mesma natureza.

Como em toda Onda de Vida, a dos Anjos também possuía uma classe de seres atrasados, conhecidos como Espíritos Lucíferos, Anjos Lucíferos ou, ainda, Anjos caídos. Os Anjos fazem parte de uma Onda de Vida que não necessita de cérebro para obter o conhecimento. Porém, esses atrasados precisavam e, o pior, não tinha a capacidade de construir um. Estavam a meio caminho entre os Anjos e o ser humano. Eram os Espíritos Lucíferos. Então, quando desenvolvemos um cérebro esses seres perceberam uma oportunidade de prosseguir a sua evolução. Precisavam descobrir como penetrar no cérebro humano.

Enquanto isso, nós prosseguíamos no nosso Esquema de Evolução. Estávamos na terceira Época, a Época Lemúrica. Não tínhamos a menor consciência do nosso Corpo Denso. Nossa consciência não apresentava o nível da atual de desenvolvimento ou consciência de vigília na Região Química do Mundo Físico. Quando renascidos como seres do sexo feminino, éramos estimulados a expressar o polo negativo da força criadora, a imaginação. É graças à imaginação que, quando renascidos como seres do sexo feminino – mulher – conseguimos formar um corpo em sua matriz.

Naquela Época toda a nossa consciência estava enfocada nos Mundos espirituais. Quando renascidos aqui como seres do sexo feminino, observávamos, ainda que muito vagamente, que nós e os outros seres humanos possuíamos um Corpo Denso e, que muitas vezes, os que estavam ao seu redor perdiam esse Corpo Denso; isso a confundia muito. A imperfeita percepção do Mundo Físico nos impossibilitava de revelar aos outros que eles haviam perdidos seus Corpos Densos!

Os Anjos não nos davam informações sobre o porquê desta imperfeita percepção. Foi aí que surgiram os Espíritos Lucíferos. Esses seres entraram pela coluna vertebral até próximo ao cérebro quando renascíamos como seres do sexo feminino – mulher. Contou-nos o que acontecia, tornando-nos consciente do nosso Corpo Denso. Pediu-nos, quando renascíamos como seres do sexo feminino – mulher – para falarmos aos seres do sexo masculino – homem – e ensinou-nos como, juntos, podíamos criar novos corpos quando quiséssemos. Por causa da consciência interna, voltada aos Mundos espirituais e, também, porque os Espíritos Lucíferos tinham entrado pela medula espinhal, enquanto renascíamos como seres do sexo feminino – mulher – nós vimos estes Espíritos associando-os como serpentes. A partir daí nós tomamos para nós mesmos o direito de praticar o ato gerador a nossa vontade, ignorantemente. Comemos o fruto da “Árvore do Conhecimento” e conhecemos o bem e o mal. E mediante o contínuo abuso dessa força sexual criadora, chegando à degeneração, a nossa consciência ficou tão focada no Mundo Físico que hoje uma boa parte de nós considera essa vida terrestre como a única e tememos a morte por desconhecer o que há do outro lado.

Se, por um lado deixamos de ser um autômato, convertendo-nos num ser que consegue expressar seu pensamento aqui, por outro tornamo-nos sujeito a tristeza, dor e morte, vivemos em peregrinação sem paz e sem tranquilidade.

Cristo veio ao mundo para salvar-nos do pecado, da tristeza e morte. “Rasgou o véu do templo” e abriu a Iniciação para todos que quiserem. Todos, agora, têm acesso aos mistérios ocultos e podem conhecer todo o Esquema de Evolução!

Assim, Ele chamou a si mesmo de a “verdadeira Luz“. Aos que vieram antes dele, chamou de “ladrões e bandidos”, porque roubaram de nós a paz, tranquilidade e visão espiritual!

Vejamos, agora, a revelação da simbologia presente nestes versículos: “Como o Pai me conhece, assim Eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho outras ovelhas que não são desse aprisco; importa que eu as trouxesse. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10:15-16).

Com estas palavras Cristo nos revela, em símbolos, a amplitude da sua obra: a Fraternidade Universal!

No seu lar celestial, que é o Mundo do Espírito de Vida, Cristo executa a primeira parte da sua obra. O Mundo do Espírito de Vida é o mundo que se difunde pelo espaço interplanetário e interpenetra todos os Astros (Planetas, satélites naturais e outros corpos siderais) do nosso Sistema Solar. É o primeiro Mundo, debaixo para cima, onde cessa toda a separatividade. É onde a Fraternidade é um cotidiano.

O veículo mais inferior que o Cristo possui, com o qual é mais acostumado a funcionar, é composto por materiais do unificante Mundo do Espírito de Vida (apesar de que, como um ser da Onda de Vida dos Arcanjos, Ele ter a capacidade de construir um Corpo de Desejos, mais denso do que um corpo construído de material do Mundo do Espírito de Vida).

Portanto, o trabalho específico do Cristo no Sistema Solar, é o de correlacionar todos os Astros e os seres vivos que neles habitam, numa Fraternidade Universal, unindo-os como irmãos, filho de Deus. Essas são as “outras ovelhas que não são desse redil <aprisco>”.

Outra parte do trabalho do Cristo ocorre quando Ele alcança o Mundo do Espírito Divino, o Trono do Pai. O Mundo do Espírito Divino é o Mundo que correlaciona todos os Astros de todos os Sistemas Solares do Universo. Nesse Mundo, o trabalho do Cristo é o de correlacionar todos esses Astros e seus seres vivos numa Fraternidade Universal.

A terceira parte do trabalho do Cristo é desenvolvida aqui na Terra. Cristo como o Regente do Planeta e o guia da humanidade específica seu trabalho em unir-nos numa Fraternidade tendo Cristo como Irmão Maior. Quando isso ocorrer, o amor se fará altruísta e a Fraternidade Universal se realizará completamente e cada um trabalhará para o bem de todos. Estaremos na Sexta Época, a Época da Nova Galileia.

Atualmente, do centro do Planeta Terra Ele envia o impulso para o arrependimento e a reforma íntima de cada um de nós, e graças a esse seu sacrifício anual estamos nos tornando mais puros e regenerados. Essas também são as “outras ovelhas que não são desse aprisco” e “haverá um só rebanho e um só pastor“.

Note que em “eu sou a porta; se alguém entrar por mim será salvo; entrará, sairá e encontrará pastagens” temos um motivo para buscarmos sempre à consolação e o amparo divino, desapegando-nos de toda consolação exterior, baseada no próprio ser humano ou nas coisas materiais, porque “o mercenário e o que não é pastor, de quem as ovelhas não são próprias, vê vir o lobo, deixa as ovelhas, foge e o lobo arrebata, porque é necessário e porque não se importa com as ovelhas“. Perceba a esperança e a segurança que o Cristo nos dá! Semelhante à outra passagem quando ele diz: “estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28:20), então, o que falta é estarmos com Ele!

Note que em “como o Pai me conhece, assim eu conheço o Pai e dou minha vida pelas minhas ovelhas” fica clara a perfeita harmonia entre o Filho (Deus Filho) e o Pai (Deus Pai).

E a esperança e a confiança que tanto procuramos, nós podemos encontrar quando Ele disse: “Eu e o Pai somos um.” (Jo 10:30). E, realmente, o Cristo dá a Sua vida pelas suas ovelhas senão vejamos o sacrifício anual que um ser com tal grau de onisciência, onipresença e onipotência se submete, ao ficar confinado às baixas e cristalizantes vibrações do nosso Planeta Terra, dando Sua vida, Seu amor e Sua luz para que nos possamos continuar existindo e progredindo.

Lembramos sempre que “Cristo mesmo preparou o caminho para quem o deseje” e Ele ajudará e abençoará a todo verdadeiro investigador que deseje trabalhar pela Fraternidade Universal, sempre, aqui, agora até a sua realização total!

                                                                       Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diagrama: O Simbolismo Rosacruz

Quando investigamos o significado de qualquer mito, lenda ou símbolo de valor oculto é absolutamente necessário entendermos que, assim como todo objeto do mundo tridimensional deve ser examinado de todos os ângulos para dele obtermos uma compreensão completa, igualmente todos os símbolos têm também certo número de aspectos. Cada ponto de vista revela uma fase diferente das demais, e todas merecem igual consideração.

Visto em toda sua plenitude, esse maravilhoso símbolo contém a chave da evolução passada do ser humano, sua presente constituição e desenvolvimento futuro, mais o método de sua obtenção. Quando ele se apresenta com uma só rosa no centro simboliza o espírito irradiando de si mesmo os quatro veículos: os Corpos Denso, Vital, de Desejos e a Mente significando que o espírito entrou em seus instrumentos, convertendo-se em espírito humano interno.

No entanto, houve um tempo em que essa condição ainda não havia sido alcançada, um tempo em que o Tríplice Espírito pairava acima dos seus veículos, incapaz de neles entrar. Então a cruz erguia-se sem a rosa, simbolizando as condições prevalecentes no começo da terça parte da Época Atlante.

Houve também um tempo em que faltava o madeiro superior da cruz. A constituição humana era, pois, representada pela Tau (T), isto na Época Lemúrica, quando o ser humano só dispunha dos Corpos Denso, Vital e de Desejos e carecia da Mente. O que predominava, então, era a natureza animal. O ser humano seguia os seus desejos sem reserva.

Anteriormente ainda, na Época Hiperbórea, só possuía os Corpos Denso e Vital, faltando o de Desejos. Então o ser humano, em formação, era análogo às plantas: casto e sem desejos. Nesse tempo sua constituição não podia ser representada por uma cruz; era simbolizada por uma coluna reta, um pilar (I).

Esse símbolo foi considerado fálico, indicando a libertinagem do povo que o venerava. Por certo é um emblema de geração, mas geração não é absolutamente sinônimo de degradação. Longe disso. O pilar é o madeiro inferior da cruz, símbolo do ser humano em formação, quando era análogo às plantas. A planta é inconsciente de toda paixão ou desejo e inocente do mal. Gera e perpetua sua espécie de modo tão puro, tão casto, que propriamente compreendida é um exemplo para a decaída e luxuriosa humanidade, a qual deveria venerá-la como um ideal. Aliás, o símbolo foi dado às Raças primitivas com esse objetivo. O Falo e o Yona, empregados nos Templos de Mistério da Grécia, foram dados pelos Hierofantes com esse espírito. No frontispício do templo colocavam-se as enigmáticas palavras: “Ser humano, conhece a ti mesmo”. Esse lema, bem compreendido, é análogo ao da Rosacruz, pois mostra as razões da queda do ser humano no desejo, na paixão e no pecado, e dá a chave de sua liberação do mesmo modo que as rosas sobre a cruz indicam o caminho da libertação.

A planta é inocente, porém, não virtuosa. Não tem desejos nem livre escolha. O ser humano tem ambas as coisas. Pode seguir seus desejos ou não, conforme queira, para aprender a dominar-se.

Enquanto foi como as plantas, um hermafrodita, ele podia gerar por si, sem cooperação de outrem; mas ainda que fosse tão inocente e tão casto como as plantas, ele era também como elas: inconsciente e inerte. Para poder avançar, necessitava que os desejos o estimulassem e uma Mente o guiasse. Por isso, a metade de sua força criadora foi retida com o propósito de construir um cérebro e uma laringe. Naquele tempo o ser humano tinha a forma arredondada. Era curvado para dentro, semelhante a um embrião, e a laringe atual era então uma parte do órgão criador, aderindo à cabeça quando o Corpo tomou a forma ereta. A relação entre as duas metades pode-se ver ainda hoje na mudança de voz do rapaz, expressão do polo positivo da força geradora, ao alcançar a puberdade. A mesma força que constrói outro Corpo, quando se exterioriza, constrói o cérebro quando retida. Compreende-se isso claramente ao sabermos que o excesso sexual conduz à loucura. O pensador profundo sente pouquíssima inclinação para as práticas amorosas, de modo que emprega toda sua força geradora na criação de pensamentos, ao invés de desperdiçá-la na gratificação dos sentidos.

Quando o ser humano começou a reter a metade de sua força criadora para o fim já mencionado, sua consciência foi dirigida para dentro, para construir órgãos. Ele podia ver esses órgãos, e empregou a mesma força criadora, então sob a direção das Hierarquias Criadoras, para planejar e executar os projetos dos órgãos, assim como agora a emprega no mundo externo para construir aeroplanos, casas, automóveis, telefones, etc. Naquele tempo o ser humano era inconsciente de como a metade daquela força criadora se exteriorizava na geração de outro Corpo.

A geração efetuava-se sob a direção dos Anjos, que em certas épocas do ano, agrupavam os humanos aptos em grandes templos, onde se realizava o ato criador. O ser humano era inconsciente desse fato. Seus olhos ainda não tinham sido abertos, e embora fosse necessária a colaboração de uma parceira, que tivesse a outra metade ou o outro polo da força criadora indispensável à geração, cuja metade ele retinha para construir órgãos internos, em princípio não conhecia sua esposa. Na vida ordinária o ser humano estava encerrado dentro de si, pelo menos no que tangia ao Mundo Físico. Isto, porém, começou a mudar quando foi posto em íntimo contato, como acontece no ato gerador. Então, por um momento, o espírito rasgou o véu da carne e Adão conheceu sua esposa. Deixou de conhecer-se a si mesmo,quando sua consciência se concentrou mais e mais no mundo externo, e foi perdendo a sua percepção interna, a qual não poderá ser readquirida plenamente enquanto necessitar da cooperação de outro ser para criar, e não tenha alcançado o desenvolvimento que lhe permita utilizar, de novo e voluntariamente, toda sua força criadora. Então voltará a conhecer-se a si mesmo, como no tempo em que atravessava o estágio análogo ao vegetal, mas com esta importantíssima diferença: usará sua faculdade criadora conscientemente, e não será restringido a empregá-la só na procriação de sua espécie, mas poderá criar o que quiser. Outrossim, não usará os seus atuais órgãos de geração: a laringe, dirigida pelo espírito, falará a palavra criadora através do mecanismo coordenador do cérebro. Assim, os dois órgãos, formados pela metade da força criadora, serão os meios pelos quais o ser humano se converterá finalmente em um criador independente e autoconsciente.

Mesmo presentemente o ser humano já modela a matéria pela voz e pelo pensamento ao mesmo tempo, como vimos nas experiências científicas em que os pensamentos criaram imagens em placas fotográficas, e noutras em que a voz humana criou figuras geométricas na areia, etc. Em proporção direta ao altruísmo que demonstre, o ser humano poderá exteriorizar a força criadora que retiver. Isto lhe dará maior poder mental e o capacitará a utilizar-se de tal poder na elevação dos demais, ao invés de tentar degradá-los e sujeitá-los à sua vontade. Aprendendo a dominar-se, cessará de tentar dominar aos outros, salvo quando o fizer temporariamente para o bem deles,jamais para fins egoísticos. Somente aquele que se domina está qualificado para orientar aos demais e, quando necessário, é competente para julgá-los no modo que melhor lhes convenha.

Vemos, portanto, que, a seu devido tempo, o atual modo passional de geração será substituído por um método mais puro e mais eficiente que o atual. Isto também está simbolizado pela Rosacruz, em que a rosa se situa no centro, entre os quatro braços. O madeiro mais comprido representa o Corpo; os dois horizontais, os dois braços; e o madeiro curto superior representa a cabeça. A rosa branca está colocada no lugar da laringe.

Como qualquer outra flor, a rosa é o órgão gerador da planta. Seu caule verde leva o sangue vegetal, incolor e sem paixão. A rosa de cor vermelho-sangue mostra a paixão que inunda o sangue da Raça humana, embora na rosa propriamente dita o fluido vital não seja sensual, mas sim casto e puro. Ela é, por conseguinte, excelente símbolo dos órgãos geradores em seu estado puríssimo e santo, estado que o ser humano alcançará quando haja purificado e limpo seu sangue de todo desejo, quando se tenha tornado casto e puro, análogo a Cristo.

Por isso os Rosacruzes esperam, ardentemente, o dia em que as rosas floresçam na cruz da humanidade; por isso os Irmãos Maiores saúdam a alma Aspirante com as palavras de saudação Rosacruz: “Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz”; e é por esse motivo que essa saudação é usada nas reuniões dos Núcleos da Fraternidade pelo dirigente, ocasião em que os Estudantes, Probacionistas e Discípulos presentesrespondem à saudação dizendo: “E na vossa também”.

Ao falar de sua purificação, São João (IJo 3:9) diz que aquele que nasce de Deus não pode pecar, porque guarda dentro de si a sua semente. Para progredir é absolutamente necessário que o Aspirante seja casto. Todavia, deve-se ter bem presente que a castidade absoluta não é exigida enquanto o ser humano não tenha alcançado o ponto em que esteja apto para as Grandes Iniciações, e que a perpetuação da Raça é um dever que temos para com o todo. Se estivermos aptos: mental, moral, financeira e fisicamente, podemos executar o ato da geração, não para gratificar a sensualidade, mas como um santo sacrifício oferecido no altar da humanidade. Tampouco deve ser realizado austeramente, em repulsiva disposição mental, mas sim numa feliz entrega de si mesmo, pelo privilégio de oferecer a algum amigo que esteja desejando renascer, um Corpo e ambiente apropriados ao seu desenvolvimento. Desse modo estaremos também o ajudando a cultivar o florescimento das rosas em sua cruz.

UM LEMBRETE MUITO IMPORTANTE:

A EXPOSIÇÃO PÚBLICA DO SÍMBOLO ROSACRUZ QUE CONTÉM A ROSA BRANCA VISÍVEL deve ser feita publicamente somente nos momentos em que os Rituais Rosacruzes (do Templo, de Cura, dos Equinócios e Solstícios, de Véspera da Noite Santa) forem oficiados com mais um detalhe: descobri-lo depois do Hino Rosacruz de Abertura e recobri-lo antes do Hino Rosacruz de Encerramento.

E Após o Ritual o Símbolo Rosacruz deve ser guardado, em local apropriado, não visível publicamente.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Setembro de 2021

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.

Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em agosto:

  • Informação sobre a Pandemia
  • Nossas Atividades durante o mês de Agosto
  • SETEMBRO – Começando no Equinócio de Setembro, a radiação dourada de Cristo vai sendo derramada sobre a Terra
  • Estudos na nossa Reunião Virtual Dominical de Filosofia Rosacruz tendo como base o Conceito Rosacruz do Cosmos:
  • Alguns Artigos publicados nas nossas redes sociais no mês de Agosto:
    • Transfiguração: Cristo apareceu em toda a sua resplandecente glória de Seu Corpo arcangélico à vista de Seus Discípulos
    • Quando morremos aqui, nascemos nos Mundos espirituais: Só que enquanto mantiver desejos relacionados com a vida terrestre recém-finda, permanecemos vivendo no nosso Corpo de Desejos
    • Onda de Vida Animal: os nossos irmãos menores, a Onda de Vida Animal, nesse seu momento de evolução alcançou somente o Mundo do Desejo.
    • A sombra da Cruz: qual o tamanho da sua?
  • Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes:
    • SOM: A ciência diz que os sons podem mudar a maneira como pensamos. Por que o som? 
  • Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes:
    • Qual seria o significado profundo do Nascer de novo para VER o Reino de Deus. E nascer da Água e do Espírito para ENTRAR no Reino?
    • Gostaria de tirar uma dúvida: devemos ler obras dos rosacruzes da antiga Dispensação, como Ibn Arabi?
    • O que devemos pensar sobre as travestis? Por que o polo feminino de alguns homens é tão intenso? Foram mulheres sexualmente frustradas em vidas anteriores e buscam uma compensação ou, justamente o oposto, apreciaram tanto da condição mulheril que se agarram a ela, independentemente da escolha de renascer como homem?
    • Se o Corpo de Desejos nasce aos 14 anos, então de onde surgem os desejos anteriores a essa idade?
  • Serviço de Auxílio de Cura – Datas de Cura para Setembro: todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações.

CLIQUE AQUI – ECOS nº 63 – Setembro de 2021

Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):

A Fraternidade Rosacruz é uma escola de Filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.

Informação

De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Agosto/2021:

SETEMBRO – Começando no Equinócio de Setembro, a radiação dourada de Cristo vai sendo derramada sobre a Terra

Em setembro o Senhor Bendito Cristo sai da glória dos Mundos celestes mais elevados e começa a sua descida para os planos físicos. Durante todo o mês a terna e anelante beleza da natureza é diferente de todos os outros momentos, porque Cristo está se aproximando da Terra, como uma galinha que acolhe seus pintinhos, com a mesma dor amorosa que sentiu quando chorou por Jerusalém, há muitos anos atrás. Ele verteu aquelas lágrimas porque sabia do longo tempo de dor e de sofrimento que a humanidade havia de viver por ter buscado a escuridão ao invés de buscar a luz. Seu imenso coração se angustiou pelas nuvens obscuras que cobririam Jerusalém, o verdadeiro coração do Planeta, ao que se havia dedicado a servir e sobre o que estava derramando todo Seu imenso amor.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. X – Períodos de Repouso entre Revoluções e a Quarta Revolução do Período Terrestre

Quando a Onda de Vida completa sete voltas em torno dos sete Globos de um Período, segue-se uma Noite Cósmica de atividades e assimilação.

Como a noite de sono entre dois dias da vida humana e o intervalo de repouso entre duas vidas terrestres, esta Noite Cósmica, de intensa atividade, não é um tempo de inatividade, mas sim uma fase de preparação para as atividades a serem desenvolvidas no próximo Período.

Quando chega a Noite Cósmica, todas as coisas manifestadas transformam-se numa massa homogênea. O Cosmos converte-se novamente em Caos. Esse retorno periódico da matéria à substância primordial, habilita o espírito a evoluir.

Se o processo cristalizante de manifestação ativa continuasse indefinidamente, ofereceria um insuperável obstáculo ao progresso do espírito. Então, durante a Noite Cósmica, o espírito, retira-se para recuperar a energia já exaurida.  

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XI – Gênese e Evolução do Nosso Sistema SolarCaos

Matéria é o espaço ou Espírito cristalizado.

Espaço é Espírito em atenuada forma. Portanto, Caos é tudo que atualmente nos rodeia. Tudo é Espírito: a nebulosa ígnea, a atmosfera que nos rodeia e o espaço entre Mundos.

  • Como é possível dizer que o Universo é espaço ou Espírito cristalizado?

Similar a eclosão de um ovo. O ovo é cheio de um fluido moderadamente viscoso. Submetido esse fluido ao calor, à incubação, dessa substância fluídica e branda, sai um pintinho vivo, com ossos duros e carne, relativamente, dura, coberto de peninhas, até certo ponto, rígidas, etc.

O Espírito é ativo em todo tempo: na Manifestação – como Espírito cristalizado, e durante o Caos – como forma atenuada.

  • Como explicamos o Espírito manifestado ser dual?

A Forma é a manifestação negativa do Espírito, cristalizado e inerte.

O polo positivo manifesta-se como Vida que galvaniza a forma negativa e a leva à ação.

  • Por que dizemos que o Caos é a base de todo progresso?

Porque no progresso, as formas velhas, que já prestaram sua utilidade, são dissolvidas constantemente no Caos, e dão nascimento, continuamente, a novas formas. Portanto, existe um intercâmbio constante entre a Forma dissolvendo-se em Espaço e o Espaço cristalizando-se em Forma.

Sem esse constante movimento, a obra da evolução cessaria e a estagnação impediria toda possibilidade de desenvolvimento.

  • Como se dá o crescimento da Alma durante o Caos?

Através do estreito contato com os seres mais altamente desenvolvidos; as classes que alcançaram pouco desenvolvimento durante a manifestação experimentam e beneficiam-se de uma vibração superior à sua.

Isto lhes permite reviver e assimilar as passadas experiências, o que era impossível enquanto estavam limitadas pela forma.

  • A Vida pode existir independente da Forma concreta?

O ocultismo científico afirma que sim. Ou seja, podem existir Formas não perceptíveis aos nossos atuais sentidos limitados, e não sujeitas a nenhuma das leis que regem o estado atual e concreto da matéria.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XI – Gênese e Evolução do Nosso Sistema Solar – Nascimento dos Planetas

  • O corpo humano (Corpo Denso) é formado por três tipos musculares diferentes. São eles:
    • O estriado esquelético (associados a movimentação voluntária, onde existem aproximadamente 650 músculos desse tipo),
    • O estriado cardíaco (está presente no coração, atua na contração desse órgão, permitindo, assim, o bombeamento de sangue para todo o organismo, movimento conhecido pelo nome de sístole e diástole),
    • E o não estriado (esse tecido é encontrado formando as paredes de vários órgãos internos, tais como as do trato digestório, bexiga e até mesmo das artérias, e sua contração é controlada pelo sistema nervoso autônomo).
  • Como diferenciamos o Cérebro de Mente?


O cérebro é o órgão físico da Mente, que é o espelho no qual o Tríplice Espírito se reflete no Tríplice Corpo.

É o ponto focal entre o Tríplice Espírito (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano) e o Tríplice Corpo (Corpo de Desejos, Corpo Vital e Corpo Denso).

  • Qual o motivo da criação do nosso e de todos os Sistemas Solares?

A evolução dos Espíritos Virginais.

A evolução de todos os Espíritos Virginais deveria acontecer dentro de uma única esfera, no caso o Sol. Isso se todos seguissem a caminhar juntos, sem ter os chamados Atrasados, os que se negaram, e os que não quiseram acompanhar essa evolução, incluindo muitos de nós!

Os Planetas surgem, então, dentro do sistema Solar com o propósito de dar uma segunda chance para esses Espíritos Virginais que não estavam acompanhando a evolução, a continuarem evoluindo em ambientes adequados para o seu crescimento. Seria como se nos fosse dada uma segunda chance.

No final da Época Hiperbórea, assim criando uma nova oportunidade para as classes de Espíritos Virginais do Período de Saturno, Lunar, Solar e Terrestre. Quando ocorre a cristalização, a parte solidificada é arrojada ao espaço.

  • Como as cores podem nos ajudar a entender a unidade de Deus com os Sete Espíritos diante do Trono?

O Preto representa o ‘Caos’ de onde tudo vem, ou seja, o Deus Supremo do 1° Plano Cósmico.

O Branco representa o Deus do 7° Plano Cósmico (do nosso Sistema Solar). O branco surge de um fundo preto, o branco é uma síntese, contém em si todas as cores, tal como Deus contém em Si todas as coisas do Sistema Solar. Representa o Deus do 7° plano cósmico.

Dentro do Triângulo branco há três círculos: Azul, Vermelho e Amarelo, representam os três atributos do Deus do nosso Sistema Solar, Pai, Filho e Espírito Santo.

Todas as demais cores são combinações dessas cores primárias. Quando essas três cores se mesclam, surge mais 4 cores, que juntamente com as 3 cores primárias representam os 7 Espíritos diante do Trono.

  • Qual a sequência, em que os Planetas foram arrojados do Sol?
  • Primeiro: Urano
  • Segundo: Saturno
  • Terceiro: Júpiter
  • Quarto: Marte
  • Quinto: Terra
  • Sexto: Vênus
  • Sétimo: Mercúrio
  • Astronomicamente qual a diferença entre Planeta e Lua?

Os Planetas giram em torno do Sol e a Lua gira em torno do Planeta de onde ela derivou.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – A Época Polar

  • Quanto tempo dura uma volta completa do Sol ao redor dele mesmo?

Atualmente, diferentes partes do Sol rotacionam em velocidades diferentes: Nos polos, o Sol dá 1 volta em aproximadamente 38 dias. No equador, o Sol dá 1 volta em aproximadamente 24 dias.

Resultando em uma média de 27 dias.

  • Durante a Época Polar, nós construímos, conscientemente, o primeiro Corpo que se tornaria o nosso Corpo Denso?

Não. Construímos o primeiro Corpo que se tornaria o nosso Corpo Denso de forma inconsciente, mas dirigido de fora por Seres Espirituais, no caso os Senhores da Forma. Fomos aprendendo a construir de dentro para fora esse nosso primeiro Corpo, órgão a órgão, tecido a tecido.

Toda a nossa atenção e a nossa consciência estavam voltadas para dentro. Nada sabíamos do nosso exterior, nem do que havia ao nosso redor.

O nível de consciência do ser humano nesta época era semelhante ao estado de transe profundo.

Éramos criaturas imensas, saciformes (em forma de saco) e gelatinosas.

  • Adão simboliza o ser humano da Época Polar e, como lemos na Bíblia, ele foi feito do barro. O que isso significa?

Quando a Terra surgiu do Caos, no começo do Período Terrestre, estava na etapa vermelho-escuro que conhecemos como a Época Polar.

Comparando os diferentes dias da criação com as Épocas, o primeiro dia da criação – escuro e sem forma, corresponde à Época Polar. O ser humano era, ainda, semelhante ao mineral.

Nessa ocasião a humanidade evoluiu primeiramente em um Corpo Denso, cujo germe havia sido dado pelos Senhores da Chama, na Primeira Revolução do Período de Saturno. Não era, evidentemente, como o nosso corpo atual.

Assim a Época Polar na Bíblia está relacionada com a figura simbólica de “Adão – formado de barro”.

  • Quando estamos no processo de descida para um novo renascimento, quando é que ocorre a nossa recapitulação dos passados estados evolutivos?

Durante o desenvolvimento intrauterino. Nesse estado, nosso organismo se desenvolve em forma esférica porque, durante a Involução, as nossas energias eram dirigidas para dentro, para a construção dos nossos veículos, assim como o embrião se desenvolve dentro da esfera do útero.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – A Época Hiperbórea

  • Parte do Sol, que agora é a Terra, foi arrojada no final da Época Hiperbórea. Por que isso aconteceu?

Apesar de toda a ajuda, nós nos cristalizamos demais (demorávamos demais para aprender as lições evolutivas). Essa nossa deficiência atrapalhava a evolução dos outros Seres que também têm o Sol como Campo de Evolução, e por outro lado, o estado incandescente do Sol nos atrapalhava; precisávamos de vibrações mais lentas. Então fomos arrojados do Sol.

Os Senhores da Sabedoria dominam o material da Região Etérica, de onde veio o germe do Corpo Vital

Os Anjos durante o Período de Saturno e Solar estavam trabalhando para alcançar o domínio e conquistar a Região Etérica Mundo Físico. Assim, como já haviam aprendido tudo sobre a Região Etérica, inclusive com grande ajuda dos Senhores da Sabedoria, eles estavam aptos a nos ajudar.

  • Como a Lua é arrojada do Planeta?

A cristalização sempre começa no polo de um Planeta onde o movimento é lento. A parte solidificada gradualmente atua do centro para a periferia, em direção ao Equador, obedecendo à força centrífuga. Se esta força é mais forte que a tendência coerciva, a massa solidificada é arrojada ao espaço.

  • Quais eram nossas principais necessidades na Época Hiperbórea?
  • Absorver material para alimentar os Corpos
  • Aprender como assimilar o alimento
  • Aprender os princípios de crescimento dos Corpos
  • Experimentar as relações entre o Corpo Denso e o Corpo Vital
  • O equilíbrio de quanto devíamos absorver, estava a cargo dos Senhores da Forma e dos Anjos
  • Como se dava a propagação na Época Hiperbórea?

Nessa Época éramos hermafroditas (não havia divisão de sexos) e praticávamos uma espécie de propagação assexuada, algo parecido com a cissiparidade. Dividíamos os nossos Corpos Denso e Vital em 2 metades: cada parte era da metade do tamanho dos Corpos originais. Essas metades cresciam até adquirir o tamanho dos Corpos originais.

Alguns Artigos publicados nas redes sociais no mês de Agosto:

Transfiguração

Durante a Transfiguração, Cristo apareceu em toda a sua resplandecente glória de Seu Corpo arcangélico à vista de Seus Discípulos, que eram já capazes de elevar sua consciência até o ponto de poder percebê-lo: São Tiago Maior, São Pedro e São João.

Quando o Aspirante à vida superior, o candidato, alcança esse ponto do Caminho da Santidade, já alcançou o equilíbrio entre as duas polaridades.

Com essa etapa chega o completo florescimento dos órgãos espirituais da cabeça, do Corpo Pituitário e da Glândula Pineal. (*) Gravura: Matthieu (17, 1-6) – La Transfiguration de Gustave Doré – 1874

Esses dois órgãos são, então, as luminosas lâmpadas do Corpo-Templo.

A Glândula Pineal coroa a coluna de fogo masculina, a coluna de José; a Glândula Pituitária (ou Corpo Pituitário) coroa a coluna feminina, ou de água, a coluna de Maria.

Quando a luz que emana dessas duas glândulas se unem no terceiro ventrículo, que se encontra entre ambas, esse ponto da cabeça se converte em um verdadeiro presépio de luz, ponto focal da atividade do princípio Crístico da vida do candidato.

A primeiríssima manifestação desse princípio ocorre, como já se falou antes, no Grau do Nascimento Sagrado.

No Grau da Transfiguração esse divino princípio Crístico criador se multiplica por mil em sua potência.

A luz que se expande, mais além da periferia da cabeça, forma o halo radiante dos Santos.

Gradualmente, esse halo se estende até que envolve o Corpo inteiro e forma o que se denomina “o dourado vestido de bodas”, o Corpo-Alma.

A criação desse Corpo-Alma luminoso é o requisito necessário para se ter acesso aos graus superiores dos Mistérios.

Uma das evidências do Discipulado avançado consiste na faculdade de entrar, instantaneamente, em contato com o Cristo, à margem do tempo e do espaço.

Se quiser se aprofundar mais sobre a significância da Transfiguração do Senhor, clique aqui: https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/posts/3753711511308714

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Quando morremos aqui, nascemos nos Mundos espirituais

Só que enquanto mantiver desejos relacionados com a vida terrestre recém-finda, permanecemos vivendo no nosso Corpo de Desejos (que assume, então, exatamente a mesma forma do nosso Corpo Denso).

Como o nosso progresso requer a passagem às regiões superiores, a existência no Mundo do Desejo deve ser forçosamente purgadora, tendendo a nos purificar dos nossos constrangedores desejos.

O modo como isso se efetua pode ser bem compreendido através de alguns exemplos radicais:

  • O avarento que amava o seu “ouro na vida terrena” continua amando-o igualmente depois da morte, porém já não pode adquirir mais porque não tem Corpo Denso para tomá-lo e, pior que tudo, nem pode defender o que acumulou durante a vida. Isso continuará até se conformar e, assim irá por fim se libertar do Corpo de Desejos, quando então poderá prosseguir na sua vida espiritual.
  • O viciado em bebidas alcoólicas ou em outras drogas, ele é tão aficionado aos intoxicantes depois da morte como antes. Afinal, não é o Corpo Denso que anseia beber ou se drogar. Com seu Corpo de Desejos ele frequenta lugares afins e tenta se satisfazer de qualquer modo que possa. Só que em vão. Com o tempo, aprende a inutilidade de ansiar pela bebida ou pelas drogas que não pode conseguir. Tal como sucede com muitos de nossos desejos na vida terrestre, no Mundo do Desejo todos os desejos morrem por falta de oportunidade para satisfazê-los. Assim, quanto ao viciado, expurgado do seu hábito, está pronto para deixar o estado “purgatorial” e ascende ao Mundo celeste.
  • E assim ocorre com qualquer coisa que nos apegamos durante a nossa vida aqui: família, posses, fama, poder, riquezas, maus hábitos, prazeres, etc.

Note bem:  não há nenhuma deidade vingativa que tenha criado o Purgatório ou inferno para nós, mas sim que fomos nós próprios que os criamos com nossos maus atos e hábitos.

Da intensidade dos nossos desejos depende o tempo e o sofrimento necessários para a sua expurgação.

Na Fraternidade Rosacruz, o Estudante Rosacruz executa exercícios esotéricos para abreviar ao máximo sua existência no Mundo do Desejo, depois da sua morte, a fim de o mais rápido possível passar para o Mundo celeste.

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Onda de Vida Animal

Estudamos na Fraternidade Rosacruz que os nossos irmãos menores, a Onda de Vida Animal, nesse seu momento de evolução alcançou somente o Mundo do Desejo.

Não se desenvolveu ainda até o ponto de poder “entrar” em um Corpo Denso. Portanto, o animal não tem espírito interno individual, mas um Espírito-Grupo que o dirige de fora.

O animal tem o Corpo Denso, o Corpo Vital e o Corpo de Desejos, mas o Espírito-Grupo que o dirige encontra-se fora.

O Corpo Vital e o Corpo de Desejos do animal não estão completamente dentro do Corpo Denso, especialmente no que concerne à cabeça. Por exemplo, a cabeça etérica de um cavalo sobressai muito além e acima da cabeça densa.

Vamos ver a diferença entre nós, com o nosso espírito individual interno, e o nosso irmão menor, o animal, com seu Espírito-Grupo.

Para entendermos como o Espírito-Grupo de uma espécie animal trabalha, imaginemos um quarto dividido ao meio por uma cortina, um lado representando o Mundo do Desejo e o outro o Mundo Físico.

Dois seres humanos, um em cada divisão, não podem ver-se mutuamente.

Mas na cortina há dez furos pequenos e o ser humano que se encontra na divisão que representa o Mundo do Desejo, pode meter seus dez dedos por esses furos para o outro lado que representa o Mundo Físico. Isto pode dar uma excelente representação do Espírito-Grupo que está no Mundo do Desejo.

Os dedos representam os animais pertencentes a uma espécie.

Pode movê-los a seu gosto, mas não pode empregá-los tão livre e tão inteligentemente quanto o ser humano que se encontra na divisão física pode mover seu corpo.

Este último vê os dedos que atravessam a cortina e observa que todos se movem, mas não pode ver a relação que existe entre eles. Para ele todos parecem separados e distintos uns dos outros.

Não pode ver que são os dedos do ser humano que, atrás da cortina, governa seus movimentos com sua inteligência.

Se fere um destes dedos, não é ferido somente o dedo, mas principalmente o ser humano que está por trás da cortina.

Se um animal é ferido este sofre, mas não tanto quanto o Espírito-Grupo.

O dedo, não tendo consciência individualizada, move-se conforme a vontade do ser humano assim como os animais se move sob os ditames do Espírito-Grupo.

Ouve-se falar de “instinto animal” e de “instinto cego”.

Não existe essa coisa indefinida e vaga como instinto “cego”.

Não há nada “cego” na maneira como o Espírito-Grupo guia seus membros, mas há isto sim, Sabedoria escrita com maiúscula.

É o Espírito-Grupo que reúne os bandos de aves no outono e os impele a emigrar para o sul, nem demasiado cedo nem demasiado tarde, para escapar ao sopro gelado do inverno.

E é ele ainda quem os dirige de volta, na primavera, fazendo-os voar à altura adequada, altura que difere segundo as diferentes espécies.

O Espírito-Grupo do castor ensina-o a construir represas que cruzam a corrente no ângulo exatamente apropriado, considerando a velocidade da corrente e todas as demais circunstâncias, precisamente como faria um engenheiro experimentado, e demonstrando que está tão atualizado sobre cada particularidade do seu ofício quanto qualquer indivíduo tecnicamente preparado em universidade.

É a sabedoria do Espírito-Grupo que dirige a construção da célula hexagonal da colmeia com tanta exatidão geométrica; que ensina o caracol a construir e formar sua casa em perfeita e bela espiral; que ensina o molusco do oceano a arte de decorar sua concha iridescente.

Sabedoria, sabedoria por toda parte! Tão grande, tão imensa, que o observador atento não pode deixar de sentir-se pleno de admiração e reverência.

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A sombra da Cruz: qual o tamanho da sua?

A cruz é o símbolo oculto da vida humana em sua relação com as correntes vitais. O madeiro vertical superior representa o ser humano, que recebe a energia solar verticalmente e a força crística do interior da Terra. O madeiro horizontal configura o corpo animal, por cuja espinha dorsal perpassam as correntes circulantes pelo nosso planeta. O madeiro vertical inferior simboliza o Reino Vegetal.

A CRUZ representa o conflito entre as duas naturezas aludidas por São Pedro, quando disse (IPd 2:1): “eu vos rogo que vos abstenhais dos desejos carnais que lutam contra a alma”. Sob tal ponto de vista, são muito significativas as palavras de Cristo: “Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”.

É comum ouvir falar de sofrimentos, de alguma limitação física ou alguma dura experiência como uma “CRUZ” que se carrega. Em certo sentido, a comparação é exata, se a aflição é causada por outrem. Como exemplo, podemos citar o sofrimento do Cristo pela humanidade, seu confinamento a um mundo de baixa vibração, como o nosso, onde é o seu Regente.

Que comparação podemos estabelecer entre essa limitação do Mestre e os nossos pesares, por grandes que sejam? No entanto, recebemos nossa cruz em proporção às nossas forças. Mas, a cruz que tomamos após Cristo, é a mesma vida terrestre que Lhe dedicamos no serviço desinteressado aos nossos semelhantes.

A enfermidade pode nos deixar preocupados; porém se constitui uma parte de nossa cruz, chega a se converter em benção, até a saúde da alma se refletir no Corpo Denso.

Nestes conturbados dias, quem serão aqueles que tomarão a sua cruz e seguirão o Mestre amado?

Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes

Artigo: SOM

A ciência diz que os sons podem mudar a maneira como pensamos. Por que o som?  Para provar isso ela estuda os sons das palavras faladas ou até de letras. Sabemos que não é bem assim, e que os Ensinamentos Rosacruzes nos mostram porque o som é o que melhor temos a capacidade de captar. Por que e o que garante essa afirmação? Veja o que a ciência está fazendo para provar isso nesse texto e baseie-se nele para a sua interpretação: https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-57155268

O SOM nos remete ao nosso verdadeiro Lar – O Segundo Céu – o Mundo do som e da Música. É um Mundo onde também há cor; quando se toca certa nota, desperta simultaneamente a cor correspondente. A música, por ser do Mundo Celeste, é sutil e traz à alma lembranças agradáveis da verdadeira Pátria do Espírito.

  • Os sons podem mudar a maneira como pensamos
  • A música tem o poder de acalmar
  • O som é o que melhor temos a capacidade de captar
  • Músicas elevadas podem criar emoções alegres e agradáveis
  • A música para a saúde é uma mestra de perfeita ordem

Uma boa música deve conter: melodia, harmonia e ritmo elevados.

As três divisões primárias da música – melodia, harmonia e ritmo – estão correlacionadas com os três poderes primários de Deus: Vontade, Amor-sabedoria e Atividade (livro: A Escala Musical e o Esquema de Evolução).

A correlação da Música com o Deus Solar:

 Música                Deus              Poderes          Expressão

1 – Melodia            Pai               Vontade            Inteligência

2 – Harmonia         Cristo           Amor                Sentimento

3 – Ritmo               Jeová           Atividade          Movimento

Pitágoras, considerado um dos maiores videntes, dizia a seus alunos que a LIRA era o símbolo secreto da estrutura humana, que o corpo dela representava a forma física, enquanto as cordas, os nervos e o músico, que a tocava, representavam o Espírito do ser humano.

Platão, grande filósofo grego e estudante dos Mistérios, sustentou que a música deveria inculcar o amor por tudo que é nobre, e aversão por tudo que é mesquinho, degradante e baixo, e que nada poderia influenciar mais fortemente o íntimo do ser humano do que a melodia e o ritmo.

Lembrando que o Segundo Céu – verdadeiro Lar do Ego – se encontra na Região do Pensamento Concreto.

No Segundo Céu o Ego tem a mais intensa e importante atividade; lá também estão todos os Arquétipos. O Ego ali assimila os frutos da última vida terrestre e, também, prepara condições terrenas (fauna, flora, etc.).  Considerado um “Paraíso”, o Segundo Céu é um lugar de doação, do verdadeiro serviço desinteressado.

Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes.

  1. Pergunta: Qual seria o significado profundo do Nascer de novo para VER o Reino de Deus. E nascer da Água e do Espírito para ENTRAR no Reino?

Resposta: O “nascer de novo” sempre está relacionado com a obtenção de cada Iniciação, seja uma das 9 Menores ou uma da 4 Maiores. Agora…para VER o Reino de Deus, aí está relacionado especificamente com a 5ª Iniciação Menor.

Já o “nascer da Água” era o conceito relacionado com somente as Iniciações Menores antes da vinda do Cristo. Isso porque o único método possível a empregar, utilizava a água como o meio para que o Candidato à Iniciação entrasse em um estado apropriado para tal. E, aqui, também, para VER o Reino de Deus, aí estava relacionado especificamente com a 5ª Iniciação Menor. Veja: após a vinda do Cristo, para as pessoas que buscam o Caminho da Iniciação frequentando uma Escola Preparatória dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, cristã, como a Fraternidade Rosacruz, o método utilizado é o primeiro, onde a água não é mais necessária.

  • Pergunta: Gostaria de tirar uma dúvida: devemos ler obras dos rosacruzes da antiga Dispensação, como Ibn Arabi?

Resposta: Estamos já na fase da nova Dispensação, a Cristã. A antiga Dispensação nos foi fornecida antes de Cristo, portanto, são ensinamentos pré-cristãos. Assim, priorize os estudos da nova Dispensação, muito bem fornecida pelo Novo Testamento da Bíblia. Sob a antiga Dispensação a única coisa que vale a pena estudar, a fim de você descobrir que lições ainda você tem que aprender, e que foi nos fornecida naqueles tempos, é o Antigo Testamento da Bíblia. Ele nos fortalece em relação ao que ainda precisamos aprender, nos reforça naquilo que já aprendemos e nos orienta e como aproveitar melhor a nova Dispensação. Dado o nosso tempo limitado para se dedicar à parte espiritual, priorize os estudos sobre a nova Dispensação, para estar alinhado aos ensinamentos Cristãos.

  • Pergunta: O que devemos pensar sobre as travestis? Por que o polo feminino de alguns homens é tão intenso? Foram mulheres sexualmente frustradas em vidas anteriores e buscam uma compensação ou, justamente o oposto, apreciaram tanto da condição mulheril que se agarram a ela, independentemente da escolha de renascer como homem?

Resposta: A questão de expressar o sexo aqui, quando renascido no Mundo Físico, sempre causará vários problemas enquanto não nos regenerarmos nessa questão, ou seja, enquanto não pagarmos todas as dívidas geradas por abuso, orgias, estupros, gastos da força sexual, magia negra e outras maneiras de mau uso da força sexual criadora.
Um desses problemas (diga-se que sempre existiu, mas muitas vezes enrustidos ou até permitido abertamente pela chamada “sociedade da época”) é a questão do travesti (um homossexual) tanto para o homem, como para a mulher. De qualquer forma a causa advém do apego excessivo ao sexo em vidas passadas (não necessariamente na última) quando hoje, o Ego, renascido como homem, tinha renascido como mulher. E como tal usou e abusou da força sexual criadora utilizando de todo o poder sexual feminino. Vem nessa vida com a tentação de continuar utilizando (perceba: infelizmente a maioria dos nossos irmãos e irmãs homossexuais adoram “fazer sexo”) tais atributos como meio de sedução para gastar a força sexual criadora. Se cai na tentação se transforma em travesti, ou mesmo homossexual onde poderá se entregar às atividades femininas e, principalmente, gastar a força sexual criadora (lembrando que há exceções: muitos dos nossos irmãos e irmãs que vem com essa lição a aprender – tentação em reviver o sexo oposto que veio renascido nessa vida – resiste à tentação e, apesar de trejeitos e até gostos mais específicos do sexo oposto, não cai na tentação de se “transformar” e de, principalmente, gastar a força sexual criadora). Entendamos isso como mais uma lição a aprender. Se aprende, o ensino é suspenso. Se não aprende, a tentação o (a) acompanhará vida após vida, até resgatar a dívida.

  • Pergunta: Se o Corpo de Desejos nasce aos 14 anos, então de onde surgem os desejos anteriores a essa idade?

Resposta: O Mundo do Desejo é o Corpo de Desejos planetário, ou o Corpo de Desejos da Terra. Do momento do nascimento até próximo dos 14 anos, os desejos, sentimentos e emoções de um ser humano advém do Corpo de Desejos planetário. Por isso que as emoções das crianças são de pequena duração e superficiais. Próximo aos catorzes anos, o Corpo de Desejos individual nasce da matriz do Corpo de Desejos macrocósmico, ficando então livre para trabalhar no seu Corpo Denso. O crescimento excessivo é controlado e a força, até aí utilizada para tal propósito, pode ser agora empregada na propagação, no florescimento e na frutificação da planta humana. Por isso o nascimento do Corpo de Desejos pessoal marca o período da puberdade. Daí em diante começa a atração pelo sexo oposto, especialmente desenfreada, e ativa nesse terceiro período setenário da vida – de catorze aos vinte e um anos – por não ter nascido, ainda, a Mente refreadora. Veja mais sobre isso no livro O Corpo de Desejos, aqui: https://fraternidaderosacruz.com/livro-o-corpo-de-desejos-max-heindel/

SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA

Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.

Datas de Cura:

Setembro: 01, 08, 15, 21, 29

Então Ele lhe disse: “Filha, a sua fé a curou! Vá em paz e fique livre do seu sofrimento”.

(Mc 5:34)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Jesus foi batizado aos trinta anos, recebendo o “Espírito de Cristo”. Por favor, explique esse Batismo.

Resposta: A Terra nem sempre foi como é atualmente. A ciência nos diz que houve um tempo em que era uma névoa ígnea incipiente. A Bíblia nos mostra que mais remotamente houve um período anterior a essa névoa, quando a Terra era incandescente e luminosa como o fogo; um tempo em que reinava a escuridão.

Houve quatro Épocas ou estágios ao todo, no desenvolvimento da Terra. Primeiro, houve uma Época sombria, chamada na terminologia Rosacruz de Época Polar. Nela a substância que formava a Terra era uma massa escura, quente e gasosa. No segundo estágio, chamado de Época Hiperbórea, a massa escura foi ignificada. Lemos na Bíblia que “Deus disse: ‘Faça-se a luz’ e se fez a luz“. Depois veio o estágio em que o calor dessa névoa ígnea, em contato com o espaço frio, gerou umidade e essa umidade era mais densa próxima ao núcleo ígneo, onde o aquecimento correu, do que na sua periferia – “Deus separou as águas das águas”, isto é, a água mais densa próxima ao núcleo ígneo do que aquela em forma de vapor mais distante dele. Finalmente, ocorreu uma incrustação, tal como sempre ocorre onde a água é fervida continuamente formando, assim, crosta da Terra, a terra seca.

Quando aquela crosta foi totalmente formada, não havia água na superfície terrestre, mas como a Bíblia diz: “Uma névoa subiu à superfície”, e nenhuma erva ainda germinava na face da Terra. Naquela Época, no entanto, começou a aparecer a vegetação e a humanidade nascente vivia ali. Mas, não era uma humanidade constituída como a de hoje. A sua forma aparente era muito diferente e não era tão evoluída como somos atualmente. Na verdade, o corpo e o espírito não estavam perfeitamente concêntricos; os espíritos pairavam parcialmente do lado de fora dos seus corpos e, portanto, “os olhos do ser humano ainda não haviam sido abertos”.

Antigas histórias folclóricas que ouvimos falar na Alemanha, e em diferentes lugares do Velho Mundo, falam deles como os Nibelungos. “Niebel” significa névoa e “ungen” são crianças. Eles eram os “filhos da névoa”, pois a atmosfera clara de hoje ainda não existia; o Sol se assemelhava ao arco de névoa que vemos em torno de uma lâmpada em algum poste na rua num dia muito nebuloso, devido à densidade da névoa que se elevava da Terra.

Enquanto a humanidade vivia nesse estado, não era mentalmente tão desenvolvida como o é hoje. Os seres humanos não podiam ver as coisas existentes fora de si, mas tinham uma percepção interna. Distinguiam as qualidades da alma de todos os que viviam ao seu redor, e suas percepções eram espirituais e não físicas. Naquele tempo não existia nenhuma nação, a humanidade formava, então, uma imensa fraternidade. Todos estavam parcialmente fora de seus corpos e, portanto, em contato com o Espírito Universal, bem diferente da situação atual em que a humanidade está obscurecida pela separatividade do egoísmo, que faz com que cada ser humano se sinta distinto e separado de todo o resto da humanidade; em que a fraternidade é esquecida e o egoísmo impera.

Quando se progride ao ponto de compreender e vivenciar os benefícios da fraternidade, em que a pessoa se esforça em abolir o egoísmo e a cultivar o altruísmo, então estará capacitada a passar pelo rito do Batismo. Entrará na água como um símbolo de seu retorno às condições ideais de fraternidade existente quando toda a humanidade vivia, por assim dizer, na água. Por essa razão, é que vemos Jesus, como o arauto da Fraternidade Universal, no início de seu ministério entrando nas águas do Jordão e ali sendo batizado. Ao se reerguer das águas, o Espírito Universal pousou sobre Ele em forma como de uma pomba, e desde aquele momento não era simplesmente Jesus, mas Cristo Jesus, o Salvador potencial do mundo imbuído do Espírito Universal que, finalmente, retirará de sobre todos os males do egoísmo e devolverá a humanidade às bênçãos da fraternidade que serão realizadas quando o Espírito Universal se tornar imanente em toda a humanidade.

(Pergunta nº 97 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas” -Vol. I-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Evolução pelo Alimento

Os Espíritos Virginais que atualmente formam a humanidade, ou seja, os Espíritos Virginais da onda de vida humana, começaram sua peregrinação através da matéria no Período de Saturno.

Na Época Polar deste Período Terrestre – a primeira Época -, auxiliados pelos Senhores da Forma, o ser humano construiu seu primeiro corpo mineral, ou seja, um Corpo formado de material da Região Química do Mundo Físico. E os primeiros a aparecer foram os mais desenvolvidos da época. O ser humano dessa Época tinha ainda seu foco muito voltado à Região Etérica do Mundo Físico e a Terra não tinha solidificado ainda, como a vemos hoje.

Portanto, podemos relacionar o Corpo Denso à Adão, que simbolizava o ser humano dessa Época, como lemos na Bíblia: “foi feito de barro”. Isso pelo fato de ter sido semelhante ao mineral, atualmente.

Na Época Hiperbórea deste Período Terrestre – a segunda Época -, auxiliados pelos Senhores da Forma e os Anjos, que tinham atingindo o seu “grau de humanidade” (a maior densidade em matéria que poderia alcançar nesse Esquema de Evolução, qual seja, na Região Etérica do Mundo Físico) no Período Lunar, foi acrescentado ao ser humano o Corpo Vital. Portanto, sua constituição foi semelhante à planta, atualmente. Na Bíblia está relacionado a Caim, descrito como um agricultor, já que o ser humano daquela época vivia dos “frutos da terra”.

Na Época Lemúrica deste Período Terrestre – a terceira Época -, auxiliados pelos Arcanjos, que tinham atingindo o seu “grau de humanidade” (a maior densidade em matéria que poderia alcançar nesse Esquema de Evolução, qual seja, no Mundo do Desejo) no Período Solar, foi acrescentado ao ser humano o Corpo de Desejos. Portanto, sua constituição foi semelhante ao animal, atualmente. Então, o leite que era extraído dos animais foi dado como alimento aos seres humanos. O emprego do leite nessa Época foi para nos colocar em contato com as forças cósmicas e utilizado para desenvolver o Corpo de Desejos. Fato esse relacionado na Bíblia com Abel, quando diz que ele foi um pastor.

Na Época Atlante deste Período Terrestre – a quarta Época -, foi dado ao ser humano o germe da Mente pelos Senhores da Mente, que tinham atingindo o seu “grau de humanidade” (a maior densidade em matéria que poderia alcançar nesse Esquema de Evolução, qual seja, na Região Concreta do Mundo do Pensamento) no Período de Saturno. O veículo Mente é o ponto de ligação entre nós, um Espírito Virginal da onda humana manifestado, e os três Corpos, completando assim o conjunto de ferramentas da constituição atual do ser humano, equipado para conquistar o Mundo e criar o poder da alma por meio do esforço e da experiência.

E para que o ser humano pudesse buscar essas vantagens e as oportunidades para seu progresso foi necessário privá-lo da existência espiritual, pois o ser humano dessas quatro primeiras Épocas estava com a sua consciência mais voltada para os Mundos espirituais. Sabia que não podia morrer, pois quando seu Corpo Denso se tornava inútil para ele, abandonava – o e construía outro.

Só que chegou o momento em que o ser humano precisava despertar para sua existência física. Precisava buscar as oportunidades de crescimento na Região Química do Mundo Físico. Precisava buscar os recursos materiais desse Mundo que a existência concreta na vida terrestre lhe daria. Precisava descer para obter a consciência de si mesmo, o que antes não possuía, nessa Região do Mundo Físico. E foi nesse momento evolutivo que o ser humano desceu mais profundamente na matéria física. E, para isso, foi acrescentado pelos Líderes responsáveis pela evolução da humanidade mais um alimento ao ser humano para construir os diferentes veículos de consciência, indispensáveis para que conseguíssemos chegar ao processo de evolução da alma. Foi nesse momento evolutivo que se iniciou a prática de comer carne dos animais. E por meio da dieta da carne animal o ser humano foi se fartando tanto dela, que foi sobrecarregando todo o organismo, tornando o Corpo Denso pesado, sombrio e bruto.

Pari passu o ser humano começou a perder a visão espiritual. A visão do ser humano foi sendo obscurecida pelo véu da carne e, por isso, acabou se tornando estranho entre os seus irmãos. Matava para comer, razão pela qual na Bíblia diz que “Nimrod era um caçador poderoso”. Ele representava o ser humano daquela Época. Pois com a obtenção da Mente, a atividade do pensamento acabava por destruir as células nervosas do corpo, o que acabava por produzir a morte. E como o Corpo Denso é composto de matéria química mineral, o alimento para esse Corpo só poderia ser de alimentos químicos minerais e, com isto, faz com que haja uma luta para dissolução da proteína animal (domínio das células animais dentro do nosso Corpo) e, por outro lado, estimular o amolecimento do Espírito humano, incentivando o foco na consciência na Região Química do Mundo Físico, a que conhecemos como consciência de vigília.

Repare, então, que em cada Época passada foi acrescentado ou modificado algo na alimentação do ser humano, a fim de que pudesse obter as condições apropriadas para atingir as finalidades previstas nesse Esquema de Evolução, conforme criado por Deus.

Seguindo essa necessidade de acréscimo e modificação da alimentação, na Época Ária deste Período Terrestre – a quinta Época -, foi necessário um novo alimento, o “vinho” (ou seja: bebidas alcoólicas fermentadas exteriormente ao nosso Corpo Denso), que pudesse ajudar o ser humano a dominar as moléculas altamente individualizadas da carne, e a focar definitivamente sua consciência na Região Química do Mundo Físico, obrigando-o a pensar que era “um verme do pó”, como lemos na Bíblia.

Note que o “princípio ativo do álcool é um espírito”. Atuando sobre o Corpo, gerou as dificuldades na parte espiritual do ser humano em se focar nos Mundos espirituais, paralisou-o temporariamente, a fim de fazê-lo conhecer, estimar e conquistar essa Região Química do Mundo Físico e avaliar seu justo valor.

Na Bíblia é dito que Noé fermentou o “vinho” pela primeira vez ao começar a “Era do Arco-Íris”, que é a Era em que vivemos com atmosfera de ar puro e clara (a Era de Áries da quinta Época, a Ária). Bem diferente da atmosfera úmida em que vivia o ser humano até a Era de Touro na Época Atlante, a quarta Época.

Foi nessa Época Ária (que agora estamos) que começou a lei dos ciclos alternantes do dia e da noite, do verão e inverno, da chuva e do sol e de tantos outros a que o ser humano está sujeito atualmente.

Dessa forma o ser humano ficou provido de uma constituição física composta e com uma dieta alimentar apropriada para o guiar. A humanidade foi, então, entregue à sua própria iniciativa na batalha da vida e sobrevivência.

Agora, já atingimos outro patamar nesse Esquema de Evolução. Desde a primeira vinda do Cristo é tempo de conquistarmos a Região Etérica do Mundo Físico. A alimentação já mudou: carnes animais e “vinho” não devem fazer mais parte da nossa alimentação, pois o objetivo agora é reduzir a densidade dos nossos Corpos, é sublimar o Corpo Denso, é extrair dele a Alma Consciente, facilitando a assimilação da sua quintessência pelo Corpo Vital, o Corpo em que devemos funcionar conscientemente para viver com a consciência de vigília na Região Etérica do Mundo Físico.

Como fazer isso em menor tempo possível? Os Ensinamentos Rosacruzes como fornecidos pela Fraternidade Rosacruz nos ensinam, desde que estejamos dispostos a seguir o Caminho de Preparação e o Caminho de Iniciação Rosacruz.

Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia e as Glândulas Endócrinas – Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz

O trabalho apresentado a seguir é um registro espiritual das funções do Corpo Pituitário e da Glândula Pineal, bem como as suas relações com a Astrologia Rosacruz, demonstradas com exemplos de Configurações e posicionamento dos Astros.

As pesquisas levadas a efeito por Augusta Foss Heindel são uma contribuição decisiva à matéria endocrinológica e deveria ser reservada para uso de todos os Estudantes de medicina e das ciência ocultas.

1. Para fazer download ou imprimir:

A Astrologia e as Glândulas EndócrinasAugusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz

2. Para estudar no próprio site:

Por

Augusta Foss Heindel

Fraternidade Rosacruz

Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP

Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82

Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil

Traduzido e Revisado de acordo com:

10ª Edição em Inglês, 1973, Astrology and the Ductless Glands, editada por The Rosicrucian Fellowship

1ª Edição em Português, 1973, editada pela Fraternidade Rosacruz São Paulo – SP – Brasil

Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP

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fraternidade@fraternidaderosacruz.com

ÍNDICE

INTRODUÇÃO.. 5

CAPÍTULO I – ÉPOCA POLAR.. 11

CAPÍTULO II – DO JARDIM DO ÉDEN.. 16

CAPÍTULO III – DUAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS. 19

O CORPO PITUITÁRIO.. 19

A GLÂNDULA PINEAL.. 21

CAPÍTULO IV – O GÁS ESPINHAL.. 23

OBSERVACÃO ESPIRITUAL.. 25

OBSERVACÕES ASTROLÓGICAS. 26

REJUVENESCIMENTO.. 28

INTRODUÇÃO

A Astrologia era uma das sete ciências sagradas cultivadas pelos Iniciados do Mundo antigo. Era estu­dada e praticada por todas as grandes nações da antiguidade. As origens da pesquisa astrológica são inteiramente obscurecidas pela noite do tempo que precedeu a alvorada da história. Segundo as tradi­ções, a ciência astrológica foi aperfeiçoada pelos filósofos magos da Época Atlante. Uma coisa é evidente: A Astrologia provém daqueles remotos dias, adornada com as descobertas e os embelezamentos de milhares de culturas. A história da Astrologia é na verdade a história do pensamento e das aspirações humanas. As leituras dos Astros, como apresentadas nos tabletes cuneiformes[1] de Sargon[2], são ainda usadas pe­los astrólogos desta geração. Somente modificações tem sido feitas, na medida em que os fundamentos culturais se impõem.

Duas escolas distintas de Astrologia têm sido reconhecidas desde o começo do período histórico. Com o declínio dos últimos atlantes e o surgimento do primitivo sacerdócio ariano e a profanação dos mistérios que agora são chamados de ciências, as quais foram separadas de suas antepassadas tradições religiosas, a Astrologia e a medicina foram as primeiras a proclamarem-se instituições independentes. Os sacerdotes do Estado Religioso não mais exerceram o monopólio sobre as artes proféticas e médicas. Começando com Hipócrates[3], novas categorias de adivinhos e curadores surgiram inteiramente ignorantes da fundamental unidade entre as ciências físicas e espiritual.

A divisão do aprendizado da essência do conhecimento em fragmentos competitivos (ou, pelo menos, não cooperativos), acabou por destruir a síntese. Frustrada pela divisão e discórdia, a total estrutura da educação rompeu-se em inumeráveis partes discordantes. A ciência médica dividida, de sua fonte espiritual deteriorou-se na Idade Média em Charlatanismo. A situação era tão penalizante, que levou o nobre médico Paracelso[4] a dizer: “Feliz do homem que não venha a perecer pela mão de seu médico”. A Astrologia vinha sendo igualmente corrompida pela comercialização de horóscopos. Separada de seu divino propósito ficou sujeita à ação de um trabalho indiferente e insubstancial de emitir predições terríveis ou compondo emplastros planetários para coceiras.

Entretanto, um pequeno grupo de homens e mulheres cultos e iluminados, preservou os segredos dos esotéricos da medicina e da Astrologia, em meio àqueles séculos de superstições e ambiguidades, que ora chamamos de Idade Média. Os Rosacruzes se incluíam entre esses grupos de seres humanos de elevada estatura mental. Eles honraram Paracelso como um chefe, um seu mentor. Graças a ele e à Rosacruz os segredos espirituais da natureza foram restaurados, vindo a ocupar o lugar primordial do conhecimento. O conhecimento foi interpretado misticamente. As ciências profanas refletiram meramente como formas exteriores dos mistérios internos. Mas os segredos da interpretação mística eram ocultados do vulgo e dados somente àqueles que anelavam por coisas do Espírito. A “Divindade Mística” de Dionísio – o Aeropagita[5] – tornou-se o livro-texto de um sempre crescente número de homens e mulheres devotos e amantes de Deus, que viam em todas as formas e instituições externas, as sombras e as semelhanças da verdade interior.

O Mundo moderno, que tanto se sacrificou pelo direito de pensar, em seu próprio conceito cresceu em sabedoria. Educadores ignoravam aqueles valores espirituais que constituem os ingredientes inestimáveis da composição química que chamamos civilização. A ciência material tornou-se uma instituição orgulhosa, um agrupamento de pedagogos e demagogos. Não deixaram lugar para o misticismo, nos cânones de seus super-escolásticos. Hipnotizados pela estranha fascinação que a matéria exercia sobre os materialistas, os sábios modernos ignoram a alma, aquela realidade invisível na qual se apoiam as ilusões de todo o Mundo.

Foi Lord Bacon[6] quem disse: “Um pouco de conhecimento inclina as Mentes dos homens para o ateísmo, porém a grandeza de conhecimentos devolve-os a Deus”. Essa maravilhosa frase expressa a cadência da idade moderna: Um Mundo desiludido, abatido pela insignificância das coisas materiais, que está clamando por aquelas verdades místicas que, por si só, explicam e satisfazem. A volta ao misticismo traz consigo um interesse renovado pela Astrologia e Cura.

O misticismo traz um novo padrão interpretativo. Mas, para corresponder à exata exigência de interpretação mística, todos os ramos de aprendizado devem ser purificados e restabelecidos. Para o místico, a Astrologia não é, meramente, predição ou fonte de conselhos, é a chave para atingir filosoficamente as verdades espirituais para ser estudada pelo que ela é em si.

Embora a ciência tenha classificado, catalogado e denominado todas as partes e funções do corpo, não pode descrever nem explicar o que o ser humano realmente é, de onde veio, porque está aqui, ou para onde irá. Em face da ignorância concernente a estes assuntos vitais, é difícil apreciar um conhecimento elaborado em matérias secundárias.

Os Iniciados da antiguidade estavam primeiramente interessados com o aspecto universal ou cósmico do ser humano, mesmo porque para alguém viver bem, deve orientar-se, deve conhecer, pelo menos em parte, o plano de viver. Com este conhecimento pode, então, cooperar com “o plano”. A vida filosófica recomendada por Pitágoras[7] consistia meramente em conhecer a verdade e vivê-la.

Os cientistas procuraram as causas daquelas energias que motivam e sustentam o Mundo; decidiram, por meio de um processo de eliminação, que essas causas devem estar numa estrutura subjetiva do universo, a esfera invisível de vibrações. Assim, a moderna tendência para atribuir à vibração, tudo aquilo que não pode ser explicado de outro modo. No momento em que reconhecemos estar o universo mantido por uma energia invisível que se manifesta através da lei de vibração, a física passa a tornar-se suprafísica; a fisiologia se torna psicologia; e a astronomia se torna Astrologia. A Astrologia nada mais é que o estudo dos corpos celestes, em termos de energias que deles irradiam e não apenas uma mera apreciação de suas aparências e estruturas.

Os primitivos Rosacruzes se apegavam à teoria geralmente rejeitada pelos homens de ciência e agora conhecida como teoria microcósmica. Paracelso foi o mais destacado expoente deste conceito de ordem e relação universal. Ele disse: “Assim como existem estrelas nos céus, assim também há estrelas dentro do ser humano. Portanto, nada existe no universo que não tenha seu equivalente no microcosmo (o corpo humano)”. Em outra ocasião ele disse: “O Espírito do homem deriva das constelações (estrelas fixas); sua alma, dos planetas; e seu corpo, dos elementos”.

É completamente impossível, mesmo para o mais altamente treinado cientista, examinar e apreciar devidamente os valores da infinita difusão do cosmos, com suas ilhas, galáxias e incompreensíveis aspectos do espaço incomensurável, embora a total aparência dos Mundos é evidentemente dominada por leis todo-suficientes. O ser humano mesmo é menos difuso, ainda que, de outra maneira, não menos difícil de analisar. As células do corpo humano são incontáveis como as estrelas do céu. Inumeráveis categorias de coisas vivas, espécies, tipos gêneros, estão se desenvolvendo na carne, músculos, ossos e tendões da constituição corpórea humana. A dignidade do microcosmos dá ao cientista alguma ideia da sublimidade do macrocosmo. Pelo uso da Astrologia é possível descobrir a inter-relação das forças celestiais entre o macrocosmo e o microcosmo. Os centros do corpo físico, por onde penetram as energias siderais foram descobertos e classificados pelos antigos gregos, egípcios, hindus e chineses. Existe uma grande oportunidade no trabalho de examinar não somente o corpo físico, como também as auras que se estendem do corpo, formando um esplêndido traje de luz cósmica.

Os últimos anos testemunham um excepcional progresso no ramo da ciência médica chamada endocrinologia, ou seja, o estudo da estrutura e funções das Glândulas de secreção interna, com a pesquisa de métodos terapêuticos para tratamento de suas anomalias. Estas Glândulas são agora aceitas como reguladoras de função física; governadoras e diretoras da estrutura corporal, profundamente significante, não somente em suas reações físicas, mas também sobre a mentalidade, emoções, reflexos sensoriais, e ainda sobre a chamada função espiritual ou metafísica. Quase todos endocrinologistas admitem que a Glândula Pineal[8] é a mais difícil de ser tratada e de ser entendida. Ela pode ser geralmente atingida, agora, somente através do tratamento de outras Glândulas sobre as quais ela atua com capacidade de um “generalíssimo”. As funções físicas das Glândulas já estão razoavelmente bem classificadas. Todavia, as presentes opiniões ainda serão revistas e ampliadas. Os médicos estão propensos a admitir que as funções das Glândulas não terminam meramente com seus efeitos sobre o corpo. Doutra parte, os cientistas ainda não estão preparados para fazer qualquer pronunciamento, além do campo da reação materia1[9].

No entanto, é assaz significativo afirmar que, através da combinação da clarividência e da Astrologia é possível examinar as Glândulas endócrinas e descobrir os elementos metafísicos de seus funcionamentos. O moderno Clarividente usa para seu trabalho o mesmo método que usavam os sacerdotes Iniciados do Mundo antigo, e como os velhos adeptos ele dá sua contribuição para a soma de conhecimentos que somente agora estão sendo considerados pelo cientista-materialista, depois de séculos de experiências.

O trabalho apresentado a seguir é um registro espiritual das funções do Corpo Pituitário e da Glândula Pineal. Sinto que as pesquisas levadas a efeito pela Sra. Max Heindel são uma contribuição decisiva à matéria endocrinológica e deveria ser reservada para uso de todos os estudantes de medicina e ciência ocultas.

Manly P. Hall

CAPÍTULO I – ÉPOCA POLAR

Então Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus e criou-o varão e fêmea.”  (Gn 1:27)

No estudo da origem do ser humano e seu estado pré-histórico, tropeçamos constantemente em mistérios inexplicáveis, especialmente quando lemos com pontos de vistas materialistas o Antigo Testamento, que é a maravilhosa história do ser humano. Desse modo nos vemos obrigados a escalar, pelas mais formidáveis rochas da dúvida. Mas quando lemos as entrelinhas ou vemos o passado com a Mente aberta, então o Livro do Gênesis se torna uma mina cheia de gemas das mais raras espécies.

No Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” aprendemos que o Mundo está dividido em sete diferentes estados de consciência. Começando com o mais denso, temos a matéria física com a qual está formado o corpo físico do ser humano. Embora não seja visível aos sentidos físicos. Sabemos e temos provas positivas de que existe alguma coisa mais, dentro e ao redor de nós, de natureza sutil, mais delicada do que nosso corpo físico, porque o interpenetra.  É certo que não podemos vê-la, nem sentí-la. Todavia a eletricidade é uma força que o ser humano sente, mas não vê, sabemos que a atmosfera existe, mas não podemos vê-la. Do mesmo modo podemos sentir e saber, que esta sutil vida rarefeita existe. Vemos a tempestade e sentimos a força dela; vemos as gotas de chuva descendo sobre a Terra e, pela ciência, aprendemos que essa chuva é atraída para cima, por evaporação, causando a umidade nas nuvens. Sabemos que o vento sopra e sentimos a refrescante influência dele. A ciência tem uma explicação para todas essas mudanças e explica tais fenômenos atmosféricos, de acordo com suas investigações materialistas.

O ocultista explica estes fenômenos, segundo um ponto de vista superior ou espiritual, dizendo aos cientistas que as grandes regiões invisíveis de onde os ventos provêm, são povoadas por inteligências superiores e que os elementos são controlados por grandes Espíritos. Que eles tem seres que executam suas ordens, por exemplo: o Espírito da água tem seus trabalhadores, as Ondinas. O Espírito controlador do vento trabalha através dos Silfos[10]. E assim temos os elementos que o ser humano deve reconhecer, como existentes, todos com seus invisíveis lideres e seus trabalhadores que existem no grande Universo de Deus, tal como o pobre materialista, que nega tudo o que não pode ver, com os olhos físicos, e, quando se pede uma explicação desses grandes mistérios, nada poderá dizer.

Como dissemos, O “Conceito Rosacruz do Cosmos” reconhece sete diferentes Mundos. Como podem ser chamados? Não importa, porque nós podemos somente reconhecer como matéria aquilo que o ser humano comum pode ver com sua vista física. Contudo, existem seis estados superiores de consciência. Os quais, designemos pelos nomes que foram dados a Max Heindel pelos grandes seres, que viram nele a pessoa adequada para confiarem esse conhecimento:

  1. O Mundo Físico;
  2. O Mundo do Desejo;
  3. O Mundo do Pensamento;
  4. O Mundo do Espírito de Vida;
  5. O Mundo do Espírito Divino;
  6. O Mundo dos Espíritos Virginais; e
  7. O Mundo de Deus.

São apenas nomes. Não explicam as condições destes diferentes estados. Para ajudar, tomemos a ilustração da chaleira com água. Sabemos que o ar filtra-se através dessa água. Se colocarmos a chaleira com água em cima de um bloco de gelo, a água irá se esfriando até congelar-se. Tomemos depois a chaleira e coloquemo-la num fogão a esquentar. Em pouco tempo o gelo se liquefaz e a água se evapora na atmosfera, perdendo-se de nossa vista. Para onde foi? Algum lugar onde os olhos incrédulos do materialista não podem seguir, mas que o ocultista pode acompanhar. Ele sabe que nada se perde no Universo de Deus.

O ser humano, que é o mais perfeito trabalho de Deus, é composto de cada elemento existente nos citados sete Mundos. Tal como o vemos hoje, com sua Mente e Corpos maravilhosamente desenvolvidos e complexos, foi feito de barro e num só dia, como induzem más interpretações do primeiro capítulo do Livro do Gênesis. O estado atual do ser humano é produto de desenvolvimento gradual através de idades sem conta. Podemos seguir o ser humano quando ele entra na arena da vida como um Espírito Virginal, um pensamento, uma faísca do Pai Divino, largado no espaço com tal força que somente Deus pode usar. Este pensamento-forma tem seu nascimento no Mundo dos Espíritos Virginais, de onde as flamas divinas começam sua longa peregrinação através da matéria, colhendo material cada vez mais denso de cada Mundo e abrindo seu caminho através de etapas do mineral, vegetal, animal, até chegar, finalmente, ao estágio humano. Dentro desta faísca divina desenvolvem-se todas as potencialidades do Pai Divino. Assim como o pensamento de um edifício é gerado por um ser humano e gradualmente vai tomando forma em sua Mente. É assim, como põe seus planos no papel e imediatamente providencia os materiais necessários a sua edificação. Do mesmo modo se manifestou o pensamento de Deus, a faísca que se deveria tornar ser humano, também se tornou manifesta e nós a vemos hoje se expressando em um corpo a respeito do qual Davi, louvando a Deus no Salmo 139, disse: “Eu Te louvarei, pois sou assombrosa e maravilhosamente feito”. Paracelso disse: “O próprio corpo físico é o maior de todos os mistérios, porque nele estão contidas, em estado condensado, solidificado e corpóreo, as verdadeiras essências com as quais é feita a substância do ser humano espiritual, este é o segredo da Pedra Filosofal”.

Existem mistérios dentro desse templo humano que o ser humano é incapaz de solucioná-los, e por cuja solução, têm se sacrificado muitas vidas, tanto do reino humano como do animal. Os vivisseccionistas têm arriscado suas próprias almas no empenho de resolver esses mistérios. Os animais têm sido submetidos aos mais cruciantes sofrimentos pela ciência no seu esforço para arrancar estes segredos de Deus. Porém a ciência material não pode ir mais além porque se encontra frente a uma muralha, que não pode ser franqueada pelos seus instrumentos e suas mentalidades científicas, que nada podem fazer. Há apenas um instrumento que a ciência não pode ou não admite reconhecer, e é o único, que poderia penetrar ou romper essa muralha: é o Espírito humano. O Clarividente Voluntário treinado, sozinho, tem acesso as mais elevadas Regiões, as quais infortunadamente o materialista por não ter prova material, não admite a sua existência. Contudo, devemos dar-lhe crédito por ter conseguido maravilhas nos seus esforços para compreender as enfermidades humanas. A medicina tem conseguido coisas maravilhosas.

Existem duas forças na natureza que o ser humano admite como existentes em cada átomo. A força positiva, masculina, e a força negativa, feminina. Encontramo-las, igualmente, nos metais que usamos para gerar a eletricidade: no cobre, no zinco, etc.; também nas plantas encontramos os mesmos elementos. O próprio átomo mais diminuto do corpo humano está carregado com estas duas forças. Estas mesmas energias, atuam através de seu corpo, e sem elas não poderiam manter-se juntas, as partículas que o formam. O homem com um Corpo Denso masculino, embora possa expressar fisicamente positivo, ainda que seu Corpo Vital seja negativo, ajuda-o a manter coesas as partículas físicas positivas. Igualmente a mulher expressando-se num Corpo Denso feminino negativo é equilibrada pelo Corpo Vital positivo.

As várias formas de desenvolvimento do corpo do ser humano durante a vida pré-natal são recapitulações de seus desenvolvimentos durante o chamado período involutivo. Na Época Polar, seu corpo era globular, semelhante ao óvulo e também formado de substância gelatinosa. Ao principio não havia mais que um órgão, que se projetava da parte superior dessa forma globular, ou em forma de bolsa. Este órgão era os olhos e ouvidos, pois era na verdade o núcleo por meio do qual o resto do corpo foi construído e o meio pelo qual recebeu a vida do Pai. Este órgão é hoje chamado epífise neural, ou Glândula Pineal. As energias do ser humano, naquele tempo, como as do feto hoje, eram dirigidas para dentro, para construção dos futuros órgãos. E tal como a vida pré-natal do Corpo Denso de hoje é dirigida e ajudada pela mãe, assim também o ser humano era assistido no período involutivo pelas Hierarquias Divinas. Ele estava em direto contato com os reinos superiores e não tinha ainda consciência de seu ambiente físico. Nesse meio tempo, os olhos, os ouvidos, e os vários órgãos foram tomando forma dentro desse corpo ovoide, ao passo que a Glândula Pineal que, ainda é um mistério para a ciência médica, era seu único meio de comunicação com o Mundo exterior. Esse órgão era muito maior que atualmente, e de sua extremidade cônica projetava-se um longo transparente e flexível tentáculo, que o auxiliava na locomoção e na sensação. Este apêndice ainda pode ser observado na pequena extremidade da Glândula Pineal. Tem atualmente a aparência de um pequeno pedaço de pele e suas funções serão relatadas em outro capítulo.

CAPÍTULO II – DO JARDIM DO ÉDEN

A Evolução do ser humano, nesse Período Terrestre, até o presente momento é dividida, segundo os Ensinamentos Rosacruzes, em cinco Épocas. Descrevemos o seu desenvolvimento corporal durante a Época Polar. Agora faremos um estudo dele durante a Época seguinte, ou seja, a Época Hiperbórea. Anteriormente, o ser humano era idéntico ao mineral; posteriormente ele desenvolveu o Corpo Vital e era parecido ao vegetal[11]. Na terceira Época, a Época Lemúrica, desenvolveu o Corpo de Desejos, tornando-se parecido ao animal[12]. A Terra já havia formado algumas incrustações e havia endurecído em certos lugares, ao passo que a atmosfera era idêntica a uma densa neblina. O ser humano vivia, então, na mais densa das vegetações para se proteger do excessivo calor, enquanto seu Corpo havia adquirido uma forma gigantesca – grandes braços e mãos, maciças mandíbulas, sem testa, o topo da cabeça era muito próximo de onde hoje temos as sobrancelhas. O esqueleto estava parcialmente formado e sua estrutura era de uma cartilagem branda. O ser humano não estava ainda apto a andar ereto. O sangue, que até então fora frio, passou a receber o ferro e a desenvolver corpúsculos vermelhos, que, por sua vez, endureceram a estrutura corporal, tornando possível ao ser humano caminhar verticalmente.

Chegamos agora à Época de desenvolvimento humano relatado no segundo capítulo do Gênesis, quando o Senhor deu a Adão uma companheira, procedendo-se a separação dos sexos. Até, então, o ser humano era hermafrodita, porém, agora, chegamos ao tempo mencionado na história bíblica de Adão e Eva, quando eles foram expulsos do Jardim do Éden, em virtude de seus pecados. A mudança dos sexos não foi conseguida em um dia, como se poderia concluir pela leitura do Livro do Gênesis. Realizou-se lenta e gradativamente. Como a Terra se tornou mais cristalizada, a evolução do ser humano seguiu paralelamente a tal mudança, e daí se tornou necessário que o Ego penetrasse dentro do Corpo, a fim de exercer seu domínio sobre ele. Para isso foi necessário conseguir que um cérebro e uma laringe fossem adicionadas, e, para tal, ao ser humano foi necessário sacrificar metade de sua força criadora. Daí, então, o ser humano atingiu ao ponto de ser uma entidade individualizada e pensante, um criador, e tornou-se apto a iniciar seu trabalho com os minerais.

O ser humano, nesse tempo, era inconsciente da mudança dos sexos e também inconsciente de seu ambiente exterior, porque seus olhos ainda não tinham sido abertos. Similarmente aos peixes de águas profundas ou às topeiras não tinhamos necessidade desses órgãos, porque a atmosfera era demasiado densa e enevoada. Contudo, depois que a Terra foi lançada do Sol Central, a luz que vinha do interior do ser humano passou a vir de fora. E como a natureza sempre supre cada necessidade, dai, então, os olhos do ser humano começaram, lentamente, a se desenvolver. Identicamente o cérebro foi se desenvolvendo por etapas; da mesma maneira outros órgãos relacionados com o cérebro foram se formando de acordo com as exigências do desenvolvimento humano.

Conforme se separaram os sexos e o ser humano expressou exteriormente apenas um dos sexos; a Glândula Pineal, que nas Épocas Polar, Hiperbórea e na primeira parte da Época Lemúrica sobressaia do topo da cabeça, nessa ocasião, recolheu-se ao interior do crânio.

Há, ainda, pequeno órgão dentro do cerebro do ser humano, o Corpo Pituitário, que tem muito a haver com seu desenvolvimento físico e mental, e que é tão importante quanto à epífise cerebral, a Glândula Pineal. O Corpo Pituitário ou hipófise é muito necessário para a vida humana e seu desenvolvimento. Ele desabrocha no feto, na quarta semana.

Na vida é possível seguir o desenvolvimento do corpo humano, em todas as suas fases, desde o início até ao maravilhoso mecanismo atual; primeiramente vemos como uma diminuta partícula de matéria gelatinosa é atraída por outra partícula de vibração oposta, formando os polos positivo e negativo. Seguindo o embrião através de seu desenvolvimento ele adquire a forma semelhante a uma bolsa; a primeira tentativa de dar forma e é idêntica à que foi descrita no capítulo precedente, a forma globular e gelatinosa da Época Polar. Este pequeno saco embrionário possui dentro de si todas as potencialidades do presente Corpo aperfeiçoado, com as duas polaridades: positiva, masculina e negativa, feminina; a Glândula Pineal e o Corpo Pituitário. Seguimos o embrião humano através de seu crescimento e de suas transformações, as quais, tal como no caso do ser humano pré-histórico, passam através dos estágios equivalentes ao mineral, vegetal, adquire o estágio de réptil, com sua característica cauda, a qual desaparece na nona semana. Seguindo em seu estágio animal, com sua face semelhante à do cão, na qual há como que uma pequena mancha, que se tornará mais tarde os olhos, os ouvidos, etc. Em certo estágio de seu desenvolvimento, a Glândula Pineal projeta-se através da forma idêntica à de uma bolsa, e essa pequena forma passa pelo hermafroditismo, tal como na Época Hiperbórea, quando não havia diferenciação de sexo exteriormente. Assim podemos seguir a evolução do corpo humano pelas transformações operadas no crescimento pré-natal da criança na matriz materna.

CAPÍTULO III – DUAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS

A Glândula Pineal e o Corpo Pituitário são dois órgãos que não tiveram de sofrer mudanças extensivas até o presente estágio. Estes órgãos estavam presentes no Corpo saciforme durante a Época Polar, semelhantemente ao botão em sua forma ovoide, que contém em si o estame e o pistilo; a Glândula Pineal e o Corpo Pituitário, respectivamente, são os núcleos das forças positiva e negativa, por meio das quais o nosso crescimento físico tem se processado.

Estes pequenos órgãos eram maiores no ser humano primitivo do que no presente. Através deles as Hierarquias Criadoras, designadas na Filosofia Rosacruz por Senhores da Forma, puderam ajudar o Ego a construir seu Corpo e levá-lo até o estado atual de perfeição.

O CORPO PITUITÁRIO

O Corpo Pituitário[13] recebeu esse nome porque a ciência médica cria que a pituita ou o muco nasal provinha deste Corpo. Atualmente esta ideia foi abandonada e, conquanto que a medicina afirmasse que as funções reais do Corpo Pituitário fossem principalmente especulações, nos últimos anos, entretanto, adquiriu-se muito conhecimento, não havendo mais especulações sobre o assunto. Esta Glândula é encontrada numa depressão em forma de sela do osso esfenoide, entre os olhos, e diretamente atrás da raiz do nariz, onde se juntam os dois nervos óticos. É impossível indicar o seu tamanho, porque muda com a idade, com o temperamento e a moral de cada pessoa. Gray[14] descreve o Corpo Pituitário como sendo um ponto de união na vida do primitivo embrião do hipoblasto, que é a camada mais interna; do epiblasto que é a camada mais externa, que mais tarde acaba por converter-se no sistema nervoso e na pele e do mesoblasto que é a camada intermediária. Dentro destas três camadas estão contidos todos os órgãos germinais do Corpo em formação. Consequentemente, o Corpo Pituitário é a estação central através da qual todo o crescimento é dirigido, mas a Glândula Pineal é o poder real e verdadeiro que está atrás de tudo isso, a respeito de cuja formação nos ocuparemos mais tarde.

A Glândula Pituitária é um pequeno corpo ovoide, composto de dois lóbulos; o anterior ou glandular, e o posterior ou nervoso, tendo cada um deles funções distintas e variando igualmente em cor. O lóbulo anterior é composto de uma substância cinzento-amarelado-rósea, enquanto que o posterior é mais escuro.

A ciência médica tem realizado algumas investigações valiosas nos últimos tempos, e entre outras coisas sustenta que o Corpo Pituitário é menor no homem do que na mulher, e que seu tamanho aumenta rapidamente entre o nascimento e a puberdade; sustenta, também, que o lóbulo posterior age sobre a circulação e sobre os fluidos do Corpo, regulando a assimilação dos hidratos de carbono e outros alimentos, secreções renais, temperatura do Corpo, etc.

Um de nossos Estudantes, que é médico, nos escreveu em certa ocasião, que jamais sairia de sua casa para atender um caso de obstetrícia, sem levar em sua maleta extrato pituitário, o que, se empregado devidamente, reduz as dores do parto e apressa-o de uma a até quatro horas. Entretanto, esse extrato em mãos inexperientes, é como uma espada de dois gumes.

A Glândula Pituitária está relacionada diretamente e governa a forma externa do cérebro e da coluna espinhal, a dura máter; essa coluna encerra o grande princípio materno protetor, recobre o cérebro e a medula espinhal, protegendo-os contra impactos exteriores; também alimenta os vasos sanguíneos e nervos.

A GLÂNDULA PINEAL

A Glândula Pineal[15] é um pequeno Corpo em forma de cone, que varia de tamanho, conforme o estado mental e espiritual da pessoa; chama-se assim por sua semelhança com a “pinha”, a cuja forma se assemelha. É maior na criança do que no adulto, e maior nas mulheres que nos homens. A ciência conhece pouco de suas funções, sendo que é dito que ela governa diretamente os órgãos geradores e o cérebro. Os extratos da Glândula Pineal quando injetados na circulação produzem ligeira dilatação dos vasos sanguíneos. É grande no momento de nascer e encontra-se totalmente desenvolvida na puberdade. Sua evolução estrutural começa na idade dos sete anos. Dana e Berkeley[16] em suas investigações constataram que esse órgão é menor e destituído de substância nas crianças mentalmente retardadas. A ciência oficial também pode verificar que existe uma relação entre esta Glândula e as funções da Glândula intersticial e do cérebro, mas estas conclusões são meramente especulativas.

A Glândula Pineal é mantida em seu lugar mercê a “pia mater”, uma membrana delgadíssima que envolve ou cobre todo o cérebro e a medula espinhal, da qual todo o sistema nervoso central se alimenta, e da qual partem inúmeras raízes de pequenos nervos que se exteriorizam por entre as vértebras da coluna dorsal. A “dura mater” é o invólucro exterior, enquanto que a “pia mater” é o invólucro interior. A Glândula Pineal tem uma certa aparência com um pequeno órgão masculino e repousa sobre o que a ciência denomina quadrigêmeo, que são quatro saliências arredondadas, colocadas em dois pares. Os dois inferiores denominamos traseiros, e os dois superiores, dianteiros. A pequena Glândula Pineal repousa no centro deles.

O Corpo Pituitário está conectado com a “dura mater”, o principio maternal, pelo lado anterior do terceiro ventrículo. A Glândula Pineal, que é o órgão masculino ou positivo, está ligada com a “pia mater” e se localiza no terminal posterior do terceiro ventrículo, consequentemente, esta diminuta cavidade ou ventrículo é da maior importância, como veremos mais tarde.

CAPÍTULO IV – O GÁS ESPINHAL

De acordo com as doutrinas Rosacruzes, o sangue é um gás e não um líquido, como a ciência oficial afirma. Quando uma pessoa que tenha a visão espiritual desenvolvida observa a coluna espinhal, o gás que existe nela tem a aparência de uma corrente luminosa muito fina, cuja cor varia conforme o temperamento e a moral da pessoa. Entre as pessoas sensuais, esse fogo espinhal é um vermelho-tijolo sombrio, matizado com um tênue colorido azulado.

Conforme as suas aspirações vão se elevando e desperta-se o seu amor pelos demais, essa cor vai se fazendo mais e mais clara e a luminosidade azul começa a ascender-se com ligeiras tonalidades róseas. Quando se observa o gás espinhal de um ser humano espiritualmente desperto, que tenha purificado a sua Mente e seu corpo por meio de elevados ideais e de uma vida de serviço e abnegação, especialmente quando observado sobre o efeito da meditação e da oração, a sua visão é realmente maravilhosa. O fogo espinhal é de um intenso azul etéreo, sumamente difícil de ser descrito. O azul que mais se lhe aproxima é o azul da chama de gás, com suavíssimos matizes de amarelo, os quais se manifestam através dela. Desde a parte inferior da região sacra, até a parte superior da região lombar, as cores encontram-se, todavia, mescladas de vermelho, porém, o gás espinhal acende e ascende, tornando-se cada vez mais puro e diáfano.

Esse fogo espinhal durante a meditação e a oração se torna cada vez mais ativo e à medida que vai tocando os nervos espinhais, emite pequenas chispas no começo de cada um, até alcançar a medula oblongada, que parece atuar como transformador ou uma estação separadora, onde as cores sofrem uma mudança, descendo as cores obscuras e sujas, ao passo que o gás mais leve segue para cima.

Existe na extremidade inferior do quarto ventrículo, uma espécie de cavidade em forma de peneira, que está relacionada com a medula oblongada. Nessa última, o gás parece que sofre um processo de purificação, passando logo do quarto ventrículo ao terceiro, onde passa por um esplendor dourado, semelhante à fornalha, quando então é absorvido pela Glândula Pineal.

A cor dessa chama é diferente, sem dúvida, no adulto de natureza terrena, cheio de paixões e desejos, cujo corpo só se alimenta das carnes dos animais, e que está impregnado de fumo, álcool, etc.  O gás espinhal de uma pessoa é de cor rosa e tem certa tendência de aderir-se à parte inferior da coluna espinhal. Essa pessoa necessitará fazer um esforço considerável para extrair algo desse gás e fazer com que ele ascenda ao cérebro a fim de alimentar o trabalho mental, e sua coloração não é do azul-diáfano que se encontra no ser humano de elevadas aspirações.

A Glândula Pineal da pessoa sensual, que dissipa seus fluidos vitais, é muito pequena, enquanto que na criança e no adulto que leva uma vida pura e limpa, esse órgão é grande.

A água quando atinge um certo grau de calor se converte em vapor, dissipando-se no ar, deixando, porém, um pequeno resíduo ou sedimento cristalizado no fundo do recipiente. Ao contrário, o sangue, enquanto está no interior do corpo, é um gás, porém, quando entra em contato com o ar se torna líquido, condensando-se. Assim, seria impossível para a ciência, sob semelhantes condições, investigar com seus instrumentos materiais e claramente entender as funções destes dois órgãos tão vitais, como a Glândula Pineal e o Corpo Pituitário, cuja inacessibilidade os torna quase impossível de serem removidos sem que mudem a forma deles.

Quando o ser humano com a faculdade da visão espiritual investigar as funções fisiológicas desses órgãos, não necessitará extraí-los, mas, simplesmente, dirigirá sobre eles sua visão de raios-X e observará a ação deles.

OBSERVACÃO ESPIRITUAL

A autora teve o privilégio, enquanto sob a direção de um Iniciado Rosacruz, de observar as duas Glândulas Endócrinas, ora focalizadas, em ação. O momento e a oportunidade foram idealmente preparados e uma pessoa viva serviu de estudo. Ambos os órgãos eram muito grandes, o que permitiu uma grande clareza em nossas observações.

A pessoa era uma mulher em estado de meditação espiritual, uma mulher que tinha uma vida pura e cheia de elevadas aspirações, cujo alimento, por muitos anos, consistiu de frutas, legumes e cereais.

O Corpo Pituitário, em que se registram em primeiro lugar essas aspirações, estava muito avolumado. O lóbulo posterior estava voltado para trás com seu pescoço em forma de funil, aumentado com uma boca aberta na extremidade. Dessa boca aberta exalava um gás de cor rosa suave, ligeiramente matizado de amarelo e azul claro. A coluna espinhal estava cheia de um éter azulado, claro e mesclado de suave tonalidade rosa e amarelo. Depois que esse gás abandonava a medula oblongada e entrava na Glândula Pineal era de um maravilhoso colorido azul, como as tonalidades que as montanhas parecem ter depois do sol se pôr. A Glândula Pineal está também avolumada com a ponta do cone estirando-se em direção ao Corpo Pituitário. O diminuto apêndice de pele, mencionado em capítulo anterior, que se encontra no final da Glândula Pineal, está alongado e emite uma pequena chama, semelhante à chama azul de um jato de gás. Os dois órgãos vibram intensamente estirando-se, um em direção ao outro, sobre o terceiro ventrículo, uma cavidade oblonga que existe entre os tálamos óticos. Quando a vida do Aspirante à Vida Superior tem sido pura, o ventrículo citado aparece ao ocultista como um forno diminuto, resplandecente, de luz dourada, que supre a vitalidade do corpo.

A Glândula Pineal, como já foi dito, tem a aparência de um minúsculo órgão masculino, enquanto que o Corpo Pituitário, com sua boca aberta, é semelhante ao órgão feminino. Dessa maneira podemos ver que a ciência oficial, que procura provar que esses órgãos estão diretamente relacionados com as funções do cérebro e dos órgãos geradores, está certa.

Têm influência direta sobre o ser humano, desde as duas extremidades da medula espinhal, como demonstra o fato de que todos os pervertidos sexuais se tornam degenerados. A conservação dos fluidos vitais e a vida casta e pura fortalecem o cérebro; daí o aumento das duas Glândulas, ao passo que na pessoa sensual se atrofiam. A ciência oficial tem razão ao afirmar que tais órgãos são maiores nas crianças e nas mulheres que nos homens, embora se trate de homens que tenham tido uma vida muito pura.

OBSERVACÕES ASTROLÓGICAS

No esforço de comprovar as asserções astrológicas feitas acima, a escritora comparou horóscopos de pacientes que têm estado em contato com o Departamento de Cura da Sede Mundial da Fraternidade Rosacruz, em Oceanside – Califórnia – USA. Ela encontrou dez horóscopos de moços e moças epiléticos.

Em quatro dos pacientes foi constatado que a Lua estava em Conjunção com Netuno, no Signo de Touro. Esse Signo rege a garganta e, também, indiretamente, sobre os órgãos geradores. Aqui, novamente, verificamos o que disse Max Heindel, que Netuno é a oitava superior de Mercúrio e não de Vênus, como admitem alguns astrólogos. Porque esse Planeta que rege a Glândula Pineal, também rege o cérebro e as faculdades espirituais.

Dois dos dez pacientes tinham Netuno em Quadratura com a Lua, sendo que um tinha Netuno em Conjunção com Marte e o outro tinha Netuno em Oposição a Saturno. Em todos esses casos verificamos que eles tinham formado um hábito sexual abusivo durante a infância, o que ocasionou uma dissipação dos fluidos vitais necessários à construção do cérebro, e daí, então, a deficiência mental fronteiriça à idiotice.

Se os médicos pudessem abrir os cérebros desses pacientes para lhes examinar as Glândulas, encontrá-las-iam enfermas, em conformidade com as aflições planetárias, as quais poderiam tomar forma de atrofia, de tumor ou, no caso da Glândula Pineal, inflamação.

Os astrólogos do passado asseguravam que Urano era a oitava superior de Mercúrio e regia as qualidades mentais superiores, e que Netuno era a oitava superior de Vênus. Ao mesmo tempo admitiam que Urano, aflito nos ângulos do horóscopo, causava separações no casamento, e que a Quadratura ou Conjunção entre Vênus e Urano, num horóscopo feminino, atrairia indevidas atenções do sexo oposto, portanto, comprometendo-lhe moralmente. Urano foi sempre associado com licenciosidade e lassidão moral, amores ilícitos, enquanto que Netuno é relacionado com ordens secretas, decepções e fraudes. A autora admirou-se porque esses dois Planetas altamente espirituais foram relacionados inversamente pelos astrólogos, quando apresentam características opostas. Investigações espirituais mostram as oitavas superiores como seguem: Netuno, regente da Glândula Pineal, é a oitava superior de Mercúrio; Urano, regente do Corpo Pituitário, é a oitava superior de Vênus.

O alcoólatra, quando sob a influência de bebidas, tem um forte estímulo do Corpo Pituitário, o que ocasiona tonturas e condições hilariantes. Essa Glândula regula a natureza emocional e a circulação sanguínea. Regida por Urano, a oitava superior de Vênus, o regente da música, o Corpo Pituitário é influenciado pela música e pela harmonia que o coloca em vibrações. O que utiliza a morfina ou cocaína recebe seu estimulo pela Glândula Pineal.

REJUVENESCIMENTO

Temos lido muito nos jornais a respeito de rejuvenescimento por meio de enxerto de Glândulas de animais nos seres humanos, para lhes restaurar a juventude. Se tal prática nefasta for levada em certa proporção, as próximas gerações estarão expostas a ter muitos filhos degenerados, enchendo as instituições de pervertidos mentais (quase 40 anos após a predição da autora, os hospitais de doenças mentais se enchem, como testemunho dos abusos passados e clamando por normas espirituais de vida). Os animais doadores dessas Glândulas são o bode e o macaco, que se multiplicam rapidamente e naturalmente produzem um efeito degenerativo no ser humano que foi bastante tolo para permitir que tal enxerto fosse feito em seu corpo. Além disto, esse rejuvenescimento é por curto período de tempo. Se o ser humano continuasse vivendo a vida dos sentidos, ele cedo dissiparia essa nova energia, a qual teria de ser suprida, novamente, de tempos em tempos.

Porém, há uma Fonte de Juventude, um elixir de vida que são os alimentos e os nossos pensamentos.

Se vivermos uma vida simples e pura, altruísta, comendo somente legumes e vegetais, e mantendo a devida vigilância sobre nossos desejos, então já não necessitamos de sacrificar vida de animal para recuperar as nossas energias desperdiçadas. Ponce de Leon procurou a fonte da perpétua juventude em terras distantes, ignorando que ele tinha duas pequenas taças dentro de seu próprio cérebro. Se ele tivesse pago o preço de efetuar a mudança da vida mundana dos sentidos para a vida de pureza espiritual, ele teria tido o elixir da vida.

F I M


[1] N.T.: A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos baygons, sendo a designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios, o mais antigo tipo conhecido de escrita.

[2] N.T.: Rei Assírio

[3] N.T.: Hipócrates (?460 a.C.-?370 a.C.), nascido em uma ilha grega, é considerado por muitos uma das figuras mais importantes da história da Medicina, frequentemente considerado “pai da medicina”.

[4] N.T.: Paracelso (1493-1541), pseudônimo de Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, foi um médico, alquimista, físico, astrólogo e ocultista suíço-alemão.

[5] N.T.: Pseudo-Dionísio, o Areopagita ou simplesmente Pseudo-Dionísio é o nome pelo qual é conhecido o autor de um conjunto de textos (Corpus Areopagiticum) que exerceram, segundo os historiadores da filosofia e da arte, uma forte influência em toda a mística cristã ocidental na Idade Média. Esses textos foram muito lidos e admirados pelo Abade Suger de Saint-Denis, construtor do primeiro grande exemplar de arquitetura gótica: a basílica de Saint-Denis (ou Pseudo-Dionísio, em português). O autor se apresenta como Dionísio, o ateniense membro do Areópago, o único convertido por São Paulo (em Atos 17:34), no Século I.

[6] N.T.: Francis Bacon, também referido como Bacon de Verulâmio (1561-1626) foi um político, filósofo e ensaísta inglês. É considerado como o fundador da ciência moderna.

[7] N.T.: Pitágoras de Samos (? 570-?495 a.C.) foi um filósofo e matemático grego jônico creditado como o fundador do movimento chamado Pitagorismo.

[8] N.T.: A ciência, hoje, sabe que a Glândula Pineal atua, até certo ponto, na regulagem de desenvolvimento sexual; ajuda a sincronizar as mudanças rítmicas do Corpo, bem como atuar no misterioso mecanismo do acordar, por intermédio de seus hormônios.

[9] N.T.: Sabe-se, hoje, que a Glândula Pineal funciona, em anfíbios e peixes, como um órgão sensorial, sofrendo reações à luz.

[10] N.T.: ou Sílfides

[11] N.T.: Refere-se ao estado de consciência, tendo os mesmos veículos que um ser vegetal, atualmente. O ser humano nunca foi vegetal. Veja mais detalhes no Livro Conceito Rosacruz do Cosmos.

[12] N.T.: Refere-se ao estado de consciência, tendo os mesmos veículos que um ser animal, atualmente. O ser humano nunca foi animal. Veja mais detalhes no Livro Conceito Rosacruz do Cosmos.

[13] N.T.: Glândula Pituitária ou Hipófise: pequena glândula com cerca de 1 cm de diâmetro. Aloja-se na sela túrcica ou fossa hipofisária do osso esfenoide na base do cérebro. Está localizada abaixo do hipotálamo.

[14] N.T.: Henry Gray, FRS, no livro: Anatomy and The Human Body, 12ª Edição, 1918.

[15] N.T.: ou epífise neural ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios.

[16] N.T.: Dana, C. L., and W. N. Berkeley: 1913. Med. Rec. S3: S35

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