Pergunta: O que Significa “Espaço” para a Filosofia Rosacruz?

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: O que Significa “Espaço” para a Filosofia Rosacruz?

Pergunta: Encontramo-nos agora na ”ERA ESPACIAL“, fase em que se explora a aparentemente vazia região situada além da Terra. O que significa “espaço” para a Filosofia Rosacruz? Qual é a sua constituição e sua finalidade?

Resposta: Segundo os ensinamentos da Sabedoria Ocidental, neste período de materialismo, perdemos, lamentavelmente, a ideia de tudo o que se oculta por detrás da palavra “ESPAÇO”. Habituamo-nos a falar do espaço vazio ou do grande vácuo de tal maneira a desconhecermos o significado real de tais palavras. Somos, desta maneira, incapazes de sentir a reverência que a ideia de Espaço e Caos deveria inspirar-nos interiormente.

Para as estudantes de ocultismo, ”não há vácuo ou espaço vazio“. Espaço é Espírito em forma refinada ou sutil. O Espírito é dual em sua manifestação. Aquilo que observamos e conceituamos como sendo Forma, é a manifestação do polo negativo do Espírito, cristalizada e inerte. O polo positivo se expressa como vida, transformando a FORMA em AÇÃO. Ambas, porém, Vida e Forma foram emanadas do Espírito, Espaço, Caos!

“… O Espírito encontra-se em permanente atividade em um aspecto durante a Manifestação, e em outra durante o Caos”.

“A Vida pode existir independentemente da Forma Concreta. Pode haver Formas imperceptíveis aos nossos limitados sentidos físicos e inclusive, não sujeitas a nenhuma das leis que vigoram no presente estado concreto de matéria”.

“… A nebulosa ígnea (da Teoria Nebular) é Espírito… a atmosfera ao nosso redor, o espaço entre os mundos é “ESPÍRITO” e … há uma constante permuta: Forma dissolvendo-se em Espaço, e Espaço cristalizando-se em Forma”.

Caos não é o estado daquilo que tendo existido no passado, encontra-se, agora, totalmente desaparecido. Encontra-se, isto sim, ao nosso redor presentemente! Não constitui aquelas velhas formas que, tendo sobrevivido à sua utilidade, retornam, constantemente, ao Caos. Esta continuamente dando origem a novas formas, sem a que não haveria progresso. O trabalho da evolução cessaria e a estagnação impediria toda possibilidade de desenvolvimento.

É axiomático: “quanto mais amiúde morremos, melhor nos vivemos”. Goethe, o poeta iniciado escreveu:

“Quem não passou por isto,

Alguma vez, moribundo, retornando à origem

Sempre permanecerá miserável e pesaroso,

Nesta terra sombria”.

E São Paulo apóstolo afirmou: “Eu morro todos os dias”.

O Caos é a base de todo progresso. Nessa vida durante esta fase decorre de nossa existência quando do dia de Manifestação e vice-versa. A habilidade para progredir resulta da permanência temporária no Caos. O intervalo entre os Períodos e Revoluções é, em realidade, muito mais importante para o avanço do Espírito do que a existência concreta, ainda que a última seja a base da anterior e, por conseguinte, possa ser dispensada. A importância do intervalo (no Caos) é de natureza transcendental, pois durante aquele período de desenvolvimento os seres encontram-se estreitamente unidos e são realmente UM. Consequentemente, os menos desenvolvidos durante a manifestação estão em mais íntimo contato com os mais altamente evoluídos. Assim, adquirem experiência e se beneficiam com uma vibração mais elevada.

Quando a consciência do ser humano enfocar-se mais na região das causas, ele compreenderá o significado da palavra “ESPAÇO” no seu legítimo sentido.

(P&R da Revista Serviço Rosacruz mar/72 – Fraternidade Rosacruz SP)

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