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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Artigos Publicados: Filosofia Rosacruz – Método para Adquirir o Conhecimento Direto

“Estar no Mundo sem ser do Mundo” e as horas livres de compromisso
“Por Seus Frutos os Conhecereis”
A Ação e o Amor: total isenção de interesses. Consegue?
A Arte de Conhecer
A Atitude Devocional: uma Premissa para o seu Desenvolvimento Espiritual Rosacruz
A Atitude e a Aplicação no Trabalho da Vida
A Autossuficiência do Método Ocidental Rosacruz
A Autossuficiência: aprender a cultivar é imprescindível
A Chamada – Uma Conversa na Pró-Ecclesia
A Ciência e o Amor: postura do aspirante e estudioso da Filosofia Rosacruz
A Conquista de Si Mesmo deve ser o Objetivo de Cada Um
A Criatura e a Vida: Há uma intenção oculta em todas as coisas – descubramos qual é
A Encarnação do Verbo: para isso não dissimule a sua deidade
A felicidade está onde não a pomos
A Finalidade da Vida Humana aqui
A Fumaça e a Reflexão de Combater a Causa de um Problema
A Gratidão onde, muitas vezes, esquecemos
A Impaciência diante dos Grandes Alvos
A importância da dedicação para alcançarmos resultado em uma escola preparatória como a Fraternidade Rosacruz
A importância de você alcançar a verdadeira renúncia
A Iniciação Cristã Mística- por Max Heindel
A Justiça Amorosa
A Liberdade Espiritual
A Libertação através do Trabalho em Grupo
A Luz e a Sombra: estertores da Idade de Peixes, caminhando para Aquário
A mania de trabalharmos só por resultados palpáveis e visíveis e por que isso atrapalha o nosso desenvolvimento espiritual
A Mensagem da Rosacruz para o nosso dia a dia
A Necessidade da Devoção para o seu Desenvolvimento Espiritual
A Nossa “Bondade” tem que adquirir Força em Si Mesma
A Nossa Realização Integral
A Oração
A Palavra Criadora: imaginação em alto grau, uma Mente lúcida e muita concentração
A Palavra: há que se cuidar em usá-la, pois origina-se da sua força sexual criadora
A Palavra: qual é a qualidade do que você fala?
A Paz de Deus
A Prática do Ideal
A Pureza e Força Criadora
A Quem serve o progresso
A Relação entre Conhecimento e Sabedoria: onde está o ponto de partida
A Responsabilidade do Conhecimento que você adquire
A Saúde Brota da Gratidão
A Sinceridade
A Sinceridade: usando só com acerto o seu livre arbítrio
A Sombra da Cruz: qual o tamanho da sua?
A Teoria do Conhecimento
A Única Salvação é o Conhecimento Aplicad
A Verdadeira Fraternidade na prática do nosso dia a dia
Adaptabilidade, a Chave do Seu Progresso
Algumas Palavras sobre a Simbologia do Natal em Nós
Amor e Colaboração
Aos que desanimam
Aplique os Princípios Espirituais
Aprendizagem Esotérica: você sabe o que dissipa a falácia dos métodos inconscientes e de pretensa liberdade
As Causas das Adversidades do Aspirante à Vida Superior
As Duas Faces do Conhecimento
As Possibilidades
As Qualidades do Verdadeiro Aspirante Rosacruz
As Razões da Nossa Alma ter Veementes Anseios de Cristificação
Atitude Mental: Admitir como possíveis todas as coisas
Atualmente, onde buscar a Luz Espiritual: no Oriente ou no Ocidente
Autodomínio só alcançado pelo conhecer a si mesmo e que é tão doloroso
Autorregeneração: o cuidado com nossos pensamentos num círculo espiritual
Cabeça – Coração
Carregando nossos Fardos: uma razão lógica para persistirmos
Chaves do Reto Pensar
Comece de Dentro para Fora
Como agimos no Mundo: a Importância das Pequenas Coisas – essas que fazemos no nosso dia a dia
Como construir uma Virtude
Como cultivar a importantíssima virtude, para o Estudante Rosacruz, da paciência
Como deve ser praticado o Exercício Esotérico de Retrospecção
Como devo Proceder nessa Época Santa do Ano?
Como fazer as coisas: nossos afazeres, deveres e trabalhos
Como na Pedagogia: Objeto, Meio e Fim e a Órbita de Influência de Aquário
Como se alcança o desenvolvimento espiritual utilizando o método da Fraternidade Rosacruz
Como se deve orar
Como Tornar a Prece Eficiente
Como Transmitir os Ensinamentos Rosacruzes
Compreensão Interior: não se feche à verdadeira natureza das coisas
Conheça os Deveres do Verdadeiro Estudante Rosacruz
Considerações sobre a fé: como é a sua?
Controle da Poluição: quais as que mais se precisa
Coragem: “aquele que der um começo, já terá feito a metade da coisa”
Descanso: o que é e o que não é
Desejo e Apego: os cuidados do Aspirante à Vida Espiritual
Desenvolvimento Mental: adquirido através de atividade e exercício mental apropriados
Diálogo entre o Místico e o Cristo Interno
Dominando o Temor e a Ansiedade
Dormir e Acordar Cientificamente
Efeitos da Oração
Elasticidade
Em Seu Coração
Empenhe-se em uma Só Direção
Errar é Humano
Estar Receptivo
Eu Te Amo (O Eu Superior falando para o Eu Inferior, dentro de nós)
Fidelidade
Fraternidade: ajudar o seu irmão, e quem falta dita qualidade
Hipnotismo – Bom ou Mal
Incomensuráveis Benefícios em Estudar a Filosofia Rosacruz
Instruções Iniciais para um Estudante Rosacruz trilhar o Caminho da Preparação Rosacruz
Intensidade: cada minuto da sua vida é sagrado
Liberdade e Felicidade: o que tem a haver com o desapego
Liderança ou Emancipação?
Livrando-se de todo o pensamento indigno e de sentimentos sem bondade ou amor
Mensagem Otimista: Lembre disso todos os dias e melhore seus valores na vida
Método Rosacruz de Auxílio
Método Rosacruz de Desenvolvimento
Mudanças tão acentuadas como estamos passando: nosso trabalho de base para não sucumbir
Não esqueça, para não se decepcionar por não ter bem-compreendido
Não julguemos: por que criticar, julgar, quando não, condenar?
Natal Cósmico diferente do Natal humano
Natal, uma Lição de Amor
Nossa Dívida com a Humanidade
Nossos Fardos
Novamente o Trabalho em Grupo
O “coração” – místico, devoção – e a “cabeça” – intelecto, razão
O “EU” Universal: como nos expandir
O “Novo Homem”: o movimento ascensional do ser humano na ascese expansiva
O Amor na Essência do Natal
O Aspirante e a Solidão
O Assunto Fraternidade Universal: artigos para os cestos de lixo
O Bem do “Mal”
O Bem que podemos fazer
O Caminho Chamejante para o Interno
O Caminho da Sabedoria
O Caminho do Aspirante: está disposto a se submeter a tal disciplina?
O Caminho Iniciático e a Lemniscata
O Conhecimento do Coração: você está pronto?
O Desapego
O Espírito do Capitalismo quando temperado com a visão interna espiritual
O Estudante Rosacruz
O Eterno Momento: viver aqui e agora
O Exercício da Vontade
O Mito da Fênix
O Mito de Sæhrímnir
O Natal e a Atualidade
O Orgulho: nada nos torna mais duro e mais cego; nada nos é mais funesto ao nosso progresso espiritual
O Otimismo é uma Atitude Positiva – o resultado final sempre será positivo
O Poder Criador da Linguagem Humana
O Poder do Pensamento
O Prazer de Servir
O Processo da Iniciação Cristã Mística
O que é a Espiritualização da Mente
O que é estar entre os Escolhidos? Há injustiça de Deus nisso?
O que é Ser um Aspirante a Vida Superior
O que esperamos depois…
O que o Discípulo pode esperar do Mestre?
O que, de fato, devemos almejar para nos desenvolver espiritualmente na Escola Fraternidade Rosacruz
O que esperamos depois…
O Rosacrucianismo e a Religião
O Subliminar ou Subconsciente
O Sucesso nos torna Generosos?
O Trabalho de Equipe e o Prazer de Servir
O Uso de Certas Faculdades
O Valor da Seleção
O Valor da Sinceridade para o Aspirante à Vida Superior
O Valor de Dar e Receber
O Valor do Inventário Espiritual
Objetivos de um Verdadeiro Aspirante Rosacruz
Olhe para a grande Vida, enquanto Ela pulsa diante de nós
Onde Havemos de Nos Encontrar (O Eu Superior falando para o Eu Inferior, dentro de nós)
Orar Constantemente
Os cuidados de um Estudante Rosacruz trilhando o Caminho de volta à Deus
Os Dani e o Sexo
Os Dois Polos do Amor: uma força ativa e uma atividade?
Os Ensinamentos Rosacruzes e a Iluminação do Aspirante
Os Frutos da União entre os nossos Polos Masculino e Feminino
Os meios pelos quais um Estudante Rosacruz pode investigar, por si, todos os fatos estudados na Fraternidade Rosacruz
Os Pecados de Omissão: leve-os ao tribunal de nosso Cristo interno por meio da Retrospecção
Os Primeiros Passos para a Aspiração Espiritual
Os Requisitos Necessários para que o Nosso Progresso Espiritual se estabeleça em Base Sólida
Pausa para Meditar
Pilares do Amor: o cuidado, a responsabilidade, o respeito e o conhecimento
Pó de Diamante
Poderes Mentais
Por que a Sabedoria deve ser oculta e como acessá-la?
Por que viver em completo abandono?
Porque a Reforma do Caráter
Preâmbulo para Ritual do Serviço de Véspera de Natal (Noite Santa) Rosacruz
Procurando a Luz
Propósito e Condições Favoráveis para o Desenvolvimento Espiritual Rosacruz
Pureza: um ideal a ser diuturnamente cultivado
Purificação Interna: à base de realizar a obra da evolução de si mesmo, através da autodisciplina, da compreensão fraternal e do espírito de sacrifício
Qual o nosso papel no mundo: sejamos candeias que iluminam pelo exemplo
Qualidades: é o que somente devemos enxergar no próximo
Quando a Letra Mata
Quando somos o que somos
Que as suas ideias não existam apenas como ideias, mas como prática executada
Que Posso Esperar “Vivendo a Vida”?
Queimando incenso
Razões da Falência Amorosa: examine as razões dessa falência e passe a estudar a significação do amor
Razões pelas quais o hipnotismo e a mediunidade devem ser evitados
Reforma de Caráter: o Conhecimento tem que nos tornar religiosos, senão de nada vale
Renovação: porque devemos nos transformar em novos seres humanos, em novidade de Espírito?
Responsabilidade e a Fraternidade
Saber Ceder mantém a sua Mente arejada
Sejamos Persistente no Amor
Semeando e Colhendo
Senso de Valor: veja onde está o seu
Sentido de Equipe
Ser Sincero naquilo que faz
Servir a Divina Essência em Cada Um de Nós
Servir com Humildade
Sua hora chegou: encontrando uma maneira clara e lógica que explica: “de onde você veio, porque está aqui e para onde vai depois da chamada morte”
Sugestões para Meditação e Concentração
Trabalhemos…não nos preocupemos!
Transplante de Coração
Um Chamamento: você?
Um Desvirtuamento altamente perigoso
Um dos mais Preciosos Frutos do Discernimento
Um exemplo de como é perigoso nos apegarmos a coisas materiais: a Senhora e o efeito de estar apegada a uma bengala
Um Exemplo Notável: “por que não eu?”
Um Malefício: por que as bebidas alcoólicas?
Um novo Corpo: alterações produzidas com a proximidade da Nova Era
Um Significado para: “Buscai Primeiro o Reino do Céus”
Uma Análise do Simbolismo dos Mitos
Uma Mensagem aos que relutam em Servir
Uma Verdadeira Escola Espiritual
Uma Virtude Espiritual
Uma Vivência Devocional
Valioso Patrimônio
Vença o Mal com o Bem
Vigilância e Oração
Vitalizemos nosso Arquétipo para Aumentar Nossos Esforços Sempre
Viver pela Metade: ou somos, ou não somos; ou cremos, ou não cremos.
Você realmente quer alcançar o conhecimento direto nos Mundos suprafísicos?
Você sabe quais são os Perigos no seu Caminho?
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Estação da Alegria

No seu sermão no Dia de Pentecostes S. Pedro proferiu: “Fizeste-me conhecidos os caminhos da vida, com a Tua face me encherás de júbilo.” (At 2:28), quando Cristo apareceu com a descida do Espírito Santo em cumprimento da promessa do Cristo, e os Apóstolos anunciavam uma alegria espiritual de felicidade futura. Foi seguindo o conhecimento da vida conforme Cristo ensinou que S. Pedro conseguiu a intensa alegria dessa vida. S. Pedro foi, sem dúvida, a figura principal na formação do Cristianismo do primeiro século, pois ele foi a pedra sobre a qual Cristo construiria a Religião Cristã manifestada aqui e a ele foram fornecidas as simbólicas “chaves” do Reino do Céus. Crê-se que S. Pedro foi martirizado durante o reinado de Nero no ano 65, aproximadamente.

S. Pedro, um pescador galileu, na organização do Cristianismo recebeu ajuda e assistência do douto e missionário S. Paulo. A Religião Cristã se desenvolveu como uma instituição promotora de uma fé e de uma teologia.

A alegria de S. Pedro se baseava na prova e na fé de sua crença na Ressurreição, fortalecida pela vinda do Confortador ou Espírito Santo no Dia de Pentecostes. Esse é o ponto crucial de toda Religião Cristã: não existe a morte: “Creio na Ressurreição do Corpo e na Vida Eterna”.

Como isto é verdadeiro nesta estação do ano! Tempo de prazer e de alegria, com a natureza ornada ao máximo. Este tempo de beleza é o trabalho d’Ele, que deseja nos confortar e trazer Alegria ao Mundo, radiante e expressiva. O canto de alegria surge dos pássaros, dos animais e das plantas que dão tudo em troca do amor que lhes deu o Cristo que partiu. Descem sobre o Místico, vibrações de consciência que podem enchê-lo de alegria à sua aproximação, como sucedeu com S. Pedro.

Este período de júbilo, esta harmonia de formas, é o triunfo do Espírito sobre a Terra, e a manifestação do ritmo do amor. O Senhor nos mostrou Sua face e foi benigno conosco. Com o Espírito Santo ou, como ensina a Filosofia Rosacruz, com o Espírito Humano assumindo o trabalho do Cristo nesta estação lembremo-nos do primeiro dos três passos a dar, isto é, que pela união com o “Eu Superior” nos sobrepomos a nossa natureza interior.

Este primeiro passo é o que mais nos interessa atualmente. O primeiro auxílio que nos foi dado para consegui-lo foram as Religiões de Raça que nos ajudaram a conquistar o Corpo de Desejos, preparando-nos para a nossa união com o Espírito Santo a fim de ser extraída a Alma Emocional. O efeito total deste auxílio se viu no Dia de Pentecostes, pois o Espírito Santo é o Deus de Raça e todas as línguas são Sua expressão. Quando os Apóstolos ficaram cheios do Espírito Santo, falaram várias línguas. Seus Corpos de Desejos haviam sido suficientemente purificados para produzir a união necessária e isto nos mostra o que o Discípulo conseguirá algum dia: o poder de falar todas as línguas, pois, então, a diferenciação em Raças separadas terá terminado.

As Religiões do Espírito Santo, as Religiões de Raça, se destinam a elevação da Onda de Vida humana por meio do sentimento de parentesco limitado a um grupo, família, tribo ou nação, e é este Deus de Raça que recebe as preces pelas vitórias nas batalhas, pelas chuvas, pelo aumento material dos rebanhos e pela repleção dos celeiros. Como essas preces são feitas pelo Corpo de Desejos por coisas temporais, não são puras como deveriam ser para conseguirem nosso desenvolvimento espiritual.  Bem diferente da parte da Oração do Senhor (O Pai-Nosso) que pede pelo Corpo de Desejos é: “Não nos deixes cair em Tentação” – a tentação de desejar as coisas dos outros seres humanos.

Esta alegre estação do ano fornece expressão a sua vibração em palavras para exprimir o pensamento, que é o nosso mais elevado privilégio. Para podermos fazer isso precisamos de uma laringe vertical que nos permita falar. Foi quando nós, o Ego, entramos na posse dos nossos veículos que se tornou necessário usar parte da nossa força sexual criadora para a construção do cérebro e da laringe. A laringe foi construída enquanto o Corpo Denso estava curvado, do mesmo modo que fica o embrião humano, quando em gestação. À medida que o Corpo Denso se endireitava e ficava em pé, parte do órgão criador permaneceu com a parte superior do Corpo Denso e mais tarde se transformou em laringe e cérebro. Dessa forma obtivemos a consciência cerebral do Mundo externo a custa da metade do nosso poder criador, que antes era usado, integralmente, para exteriorizar outro ser.

Agora temos o poder de criar e exprimir o pensamento aqui. A laringe é mantida pelo poder da força sexual criadora que, quando purificada, se torna o poder anímico que, a seu tempo, invalidará os órgãos sexuais e nós, então, falaremos o Verbo criador.

No Simbolismo Rosacruz achamos a Rosa de brancura imaculada colocada no centro da Cruz, representando o lugar da laringe, pois aí está o poder criador puro que gera a magia da cura.

Durante este mês o Sol está passando pelo segundo Signo da Trindade Criadora, o Signo do princípio criador materno, Touro, regido pela senhora do amor, Vênus, e assistido pela Rainha da Noite, a Lua. A riqueza da Mãe Terra se espalha diante de nós para nosso júbilo e felicidade.

Acabamos de passar pelo mês apaixonado de Marte, introdutor, no início do Ano Novo, do princípio gerador masculino, no qual dominaram as atividades materiais, e estamos agora gozando o produto feminino da Senhora da Graça, Vênus, no qual o crescimento espiritual é manifestado na beleza da vida na forma.

Aquilo que fora paixão, agora foi transformado em amor por intermédio do Cristo, o Confortador, inundando a Terra com alegria e felicidade, à medida que a Voz da Natureza se faz ouvir pela Música das Esferas. Os trabalhadores foram convocados, o Fiat Criador foi proferido e a restauração do Templo na Terra está em andamento. Coalisão e unidade sob o vínculo da Deusa do Amor reflete a vida do Cristo.

Neste tempo, em que a aquisição das necessidades físicas é soberana para a preservação, é bom para nós lembrarmos que nós, o Ego, assim como o nosso Corpo, também precisamos de alimento para nosso crescimento e evolução. Nosso alimento consiste em atos e feitos de bondade, de consideração para com os outros e no esquecimento de nós mesmos.

A canção de júbilo em nossos corações, por aquilo que nos tem sido feito, deve encontrar seu eco nos outros quando, por nossa parte, fizermos algo por eles, pois, o Crescimento da Alma depende das Ações. Nossa Alma enfraquecerá se só a alimentá-la com livros, pois isso não acrescentar um átomo ao nosso Corpo-Alma. A menos que ponhamos em prática o que aprendemos, o conhecimento não produzirá dano considerável, pois somos responsáveis pelo que conhecemos e devemos pôr em bom uso os nossos talentos.

No juízo final será perguntado o que fizemos e não o que sabemos. “E, se Deus assim veste a erva que está no campo e amanhã é lançada ao forno, quanta mais a vós, homens de pouca fé” (Mt 6: 30).

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – maio/1980 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Efeitos Psicofisiológicos da Oração

A oração atua sobre a nossa natureza espiritual e sobre os nossos Corpos e veículos de uma forma que parece depender da sua qualidade, da sua intensidade e da sua frequência.

É fácil conhecer qual a frequência da oração e, numa certa medida, sua intensidade.

Quanto à qualidade, mantém-se desconhecida, visto não possuirmos meios de medir a fé e a capacidade de amor de outrem. No entanto, a maneira como vive a pessoa que ora pode nos esclarecer sobre a qualidade das invocações que ela dirige a Deus. Mesmo quando a oração é de fraco valor inconsciente, principalmente na recitação de fórmulas, exerce um efeito sobre o comportamento da pessoa: fortifica, ao mesmo tempo, o sentido do sagrado e o senso moral.

Os meios onde se ora se caracterizam por certa persistência do sentimento do dever e da responsabilidade, por menos inveja e maldade, e por certa bondade para com os outros.

Parece estar demonstrado que, em igualdade de desenvolvimento intelectual, o caráter e o valor moral são mais elevados entre as pessoas que oram, mesmo de forma medíocre, do que entre as que não oram.

Quando a oração é habitual e verdadeiramente fervorosa, sua influência se torna mais manifesta e podemos compará-la à de uma glândula de secreção interna – Glândula Endócrina –, como, por exemplo, a Tiroide ou as Suprarrenais. Consiste numa espécie de transformação mental ou orgânica, transformação essa que se opera de modo progressivo. É dito que que no mais profundo da consciência se acende uma chama. A pessoa se vê tal qual é. Põe a descoberto seu egoísmo, sua cupidez, seus juízos errados e seu orgulho. E, então, verga-se ao cumprimento do dever moral, procurando adquirir a humildade intelectual. Assim, abre-se perante ela o reino da graça. Pouco a pouco, vai-se produzindo um apaziguamento interior, uma harmonia das atividades nervosas e morais, uma resignação maior perante a pobreza, a calúnia e a canseira, bem como a capacidade de suportar, sem enfraquecimento, a perda dos seus, a dor, a doença e a morte.

Por esse motivo, o profissional de saúde que vê seu doente orar deve se regozijar com isso, pois a calma, proveniente da oração, é uma poderosa ajuda para a terapêutica.

No entanto, não devemos assemelhar a oração à morfina, visto que a prece origina, ao mesmo tempo que acalma, uma integração das atividades mentais e uma espécie de floração da Personalidade. Por vezes, produz até mesmo o heroísmo e marca os seus fiéis com um selo particular. A pureza do olhar, a tranquilidade do porte, a alegria serena da expressão, a virilidade do comportamento e, se for necessário, a simples aceitação da morte de uma pessoa querida ou do mártir traduzem a presença do tesouro que se oculta no íntimo dos órgãos e do Espírito.

Sob essa influência, mesmo os ignorantes, os retardados, os fracos e os maus dotados utilizam melhor as suas forças intelectuais e morais.

A oração, segundo parece, nos eleva acima da estatura mental que nos pertence em harmonia com a sua hereditariedade e sua educação. Esse contato com Deus nos impregna de paz. E a paz irradia de nós. E levamos a paz para toda parte aonde vamos.

Infelizmente, não há, hoje em dia, senão um número ínfimo de pessoas que saibam orar de uma maneira eficiente.

A oração é um dos meios que, cultivada, espiritualiza os nossos veículos Espírito Humano, Espírito de Vida e Espírito Divino. Os outros meios que também resultam nessa espiritualização dos veículos são o cultivo das faculdades da observação, do discernimento e da memória, da devoção a ideais elevados, da concentração, da persistência e do reto emprego das forças vitais.

Há que se cuidar para não orar para o Deus da Tribo ou Nacional, o Espírito de Raça!

Não devemos nos esquecer que as Hierarquias Criadoras que nos ajudam nesse Esquema de Evolução, desejando nos prestar uma ajuda inconsciente por meio de certos exercícios, nos forneceram a oração como um meio de produzir pensamentos puros e nobres que agem sobre o Corpo Vital. Eis o motivo pelo qual eles nos recomendaram que “orássemos sem cessar”. Muitas pessoas que não compreendem essa ajuda zombam dessa recomendação perguntam, ironicamente e com frequência: “porque será necessário estar sempre orando, afinal se Deus é onisciente Ele deve conhecer todas as nossas necessidades e se Ele não é, Ele não é onipotente e, nesse caso, não poderia atender as orações. Aliás, se não for onipotente também não poderá, sequer, responder às orações!”. Muitos Cristãos sérios e fiéis podem, também, pensarem que é errado estar, continuamente, importunando o Trono da Graça.

Isso tudo faz parte em um mal-entendido dos fatos. Deus é, verdadeiramente, onisciente e não necessita que ninguém Lhe recorde das nossas necessidades; no entanto, se nós oramos corretamente, nós mesmos é que nos elevamos à Ele e, assim, aperfeiçoamos e purificarmos os nossos Corpos Vitais.

Agora, isso só ocorre se orarmos como devemos – aí está o grande problema! Geralmente, nos interessam muito mais as coisas temporais do que nos elevarmos espiritualmente. Várias Religiões celebraram reuniões especiais para orar pedindo chuva e até para que as forças armadas de um país ganhem da outra em guerra. Estas são orações ao Deus de Raça, “que aumenta seus rebanhos, enche os seus depósitos”, enfim, cuida de suas necessidades materiais. Tais orações não são Cristãs e não purificam em nada a pessoa. Tais orações provêm do Corpo de Desejos, e podem ser resumidas assim: “Senhor, agora estou guardando todos os teus mandamentos da melhor maneira que posso e eu quero que Você, em troca, faça a Sua parte.”.

Lembremo-nos que Cristo nos deu uma oração que, tal como Ele mesmo, é a única e universal. Há nela sete orações distintas e separadas, uma para cada um dos nossos sete princípios: o Tríplice Corpo, o Tríplice Espírito e a Mente. Cada oração está particularmente adaptada para nos promover o progresso da parte a que é dirigida. É o Pai-Nosso ou a “Oração do Senhor”. Ela é uma fórmula abstrata ao melhoramento e purificação de todos os nossos veículos!

A “Oração do Senhor” exerce o efeito do cultivo do domínio próprio, porque ao nos fazer ver que estamos injuriando os outros nos voltamos para nós mesmos e nos resolvemos a descobrir as causas. Uma dessas causas é a perda do domínio próprio, originada no Corpo de Desejos.

Vamos sempre nos recordar que a oração, feita com devoção pura e impessoal, dirigida a elevados ideais, é muito superior à fria concentração, porque voa para Divindade sobre as asas do Amor, a exaltação do Místico.

Oração do Senhor ou Pai-Nosso

Pai nosso que estais no Céus

Santificado seja o Vosso Nome

Venha a nós o Vosso Reino

Seja feita a Vossa Vontade…”

Assim na Terra como nos Céus

“O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje”

“Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”

“Não nos deixeis cair em tentação”

Mas, “Livrai-nos do mal”

Porque Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre, Amém

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1970 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

“Deus é Luz”

Deus é Luz“, “Deus é Amor“, “Em Deus está a Vida“, uma trindade de inspirações divinas, de incomensurável valor, que se podem ler, respectivamente na 1ª Epístola de São João, Cap. 1, vers. 5; cap. 4, vers. 16 e o Evangelho Segundo São João, Cap. 1.

Três revelações que encerram dentro de si maravilhosas pérolas espirituais, quando profunda e humildemente meditadas. Se a elas associarmos o testemunho São Paulo: “O Espírito de Deus habita em nós” (1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios, Cap. 3) conseguiremos preciosos temas para reflexão, criaremos um largo e claro horizonte na vida prática de um verdadeiro cristão.

Por meio dessas afirmações facilmente chegamos ao raciocínio dedutivo de que sendo Deus, Luz, sendo Ele Amor, adorar a Luz é amar a Deus e como Ele vive em cada um de nós, amar o próximo como a nós mesmos é amar o Deus Interior, parte do Deus Exterior, do Deus do Universo, é viver na Luz.

Porém, para que a meditação seja a mais profunda possível torna-se necessário conhecer não só os sinônimos de Luz, Amor e Vida, como os seus antônimos, respectivamente trevas, ódio e morte, como ainda o que são e o que produzem.

Luz é tudo aquilo que ilumina, seja interior, seja exteriormente; são seus sinônimos a claridade, a sabedoria, a faculdade de raciocinar.

Amor é um sentimento intenso de afeto, cujos sinônimos, altruísmo, amizade, caridade tornam-se importantes, na medida em que essa maravilhosa palavra, Amor, tem sido desvirtuada a tal ponto que aparece confundida com sexo e o desejo possessivo. Vida é um vocábulo mágico que encerra as ideias de origem, existência, respiração, alimento, atividade. Por sua vez trevas é a escuridão, a noite; o ódio é um sentimento de antipatia, em que o rancor, a aversão, o egoísmo, o ressentimento se misturam; finalmente, a morte é o término da existência (se bem que para o Espírito ela não exista) cujo espectro engloba a ruína, inércia, destruição e dor.

Por isso, viver nas trevas é percorrer a estrada da Vida na escuridão, no veículo, cegueira noturna da ignorância, sujeito às provas dolorosas dos erros; semear ódio e colher os frutos das inimizades, desarmonias, guerras, cujas consequências são essencialmente prejudiciais a quem semeia, na medida em que esse sentimento negativo consome glóbulos vermelhos, necessários à fixação do oxigênio, contido no ar, fonte de vida, e fomenta o aumento dos destruidores corpúsculos brancos no sangue, cuja multiplicação ocasiona a leucemia, perturbando todo o aparelho circulatório, sistema digestivo e nervoso.

Quanto ao espectro da morte, essa ilusão materialista, irmã das trevas (inferno) e do ódio (guerras) e o túmulo da inércia, da inatividade e da destruição, o fim do mentiroso e do hipócrita, do egoísta e rancoroso, da preguiça e da luxúria.

Não nos iludamos com o caminho do egoísmo e dos seus aliados: o ódio e destruição; eles poderão conduzir à ilusão do poder efêmero terreno, alicerçado na lama das trevas, da injustiça e da morte que ocasionará, mais cedo ou mais tarde, enorme queda na qual serão colhidas as sementes dolorosas espalhadas anteriormente até que as lições sejam aprendidas e equilibradas, o débito registrado no Infalível Banco Celestial, onde o crédito são as boas ações.

Procuremos, antes e sempre, o caminho que conduz à Luz, à Vida, caminho esse que tem como bússola, o Amor Puro e como Norte, Deus. Mas, procurar exige trabalho, perseverança, desejo sincero sem o que nada se conseguirá.

Como labor prioritário façamos uma profunda observação do valor da luz física e espiritual, especialmente desse último aspecto, comparemos com os seus antônimos, discirnamos as vantagens e os inconvenientes, analisemos os perigos das trevas e do ódio e certamente que tomaremos a decisão firme de trilhar o caminho da Luz e do Amor.

Ninguém crê que desejará viver às escuras, na noite sem Luz, onde só os ladrões e os criminosos se sentem bem. No entanto, todos nós nos sentimos melhor nos dias de Sol radiante do que nos dias de chuva. Como poderíamos viver sem a Luz do Sol físico, fonte de calor e energia que faz possível a vida nas plantas, nos animais e nos seres humanos?

Tal como quando o Sol físico brilha no horizonte, o nosso ambiente externo é claro, mais alegre e o céu está limpo, também, quando o Sol espiritual brilha dentro de nós, os pensamentos tornam-se mais claros, a mente límpida, transparente e pura e então, veremos a Deus, pois “só os puros de coração verão a Deus” (Mt 5). Essa prerrogativa própria dos verdadeiros profetas e dos Clarividentes voluntários, isto é, dos que veem claro (quando querem ver e quando veem sabem o que precisam fazer), é alcançado após várias vidas na Terra de serviço amoroso e desinteressado em prol da humanidade.

A Luz física do Sol, além de originar um ambiente mais alegre, produz ainda efeitos regeneradores, curativos e daí o célebre ditado: “Casas onde entra o Sol, não entram os médicos”, o que nos aconselha a traçarmos devidamente as habitações rasgando boas entradas de Luz, que em virtude de seu poder vibratório tem a faculdade de ajudar a afastar as entidades maléficas desencarnadas. Por isso as pessoas negativas, sensitivas, devem evitar locais às escuras, tal como aqueles onde se queimem velas de cera que atraem elementais e devem ser substituídas por velas de estearina.

Esses são apenas pequenos tópicos sobre o valor da Luz, que cada qual deverá por si aprofundar. Neste trabalho um passo importante deverá ser dado, um exame de consciência, muito útil para um conhecimento de nós mesmos. Ele é uma condição indispensável para que a Luz brilhe dentro de nós, conquanto se faça unicamente à noite, antes de se deitar, evitando os inconvenientes do julgamento constante. Analisados e efetuados todos esses esforços certamente que verificaremos quanto de errado existe em nós e quanto há que aperfeiçoar. Mas, para frente e para cima é o caminho, vencendo obstáculos diversos, entre eles os preconceitos. Para transpô-lo torna-te criança, não de meses, mas daqueles que cada um tiver, isto é, despe-te do teu falso saber, dos preconceitos que não permitem ver claro e alcançar a verdade, do orgulho intelectual, que é o príncipe do reino das trevas e abre a tua Mente, em espírito de criança, todos os olhos e ouvidos, sempre pronto a aprender e a crer, não como os levianos ou idiotas, mas como seres livres e atentos, porque “todo aquele que não receber o Reino de Deus, como uma criança, nele não entrará”. Só com espírito de criança receberemos a Luz verdadeira dos Céus, do reino da Verdade do Pai, o qual é manifestado em ti, pois “Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em Vós?”. Tornando-te criança escuta a Voz do Pai que está em ti, ora e vigia constantemente, procurando o Reino dos Céus. Como orações o Pai-Nosso, oração por excelência, e a oração de São Francisco de Assis; conta ao Deus interno, os teus problemas e ansiedades; diariamente no silêncio do teu quarto medita; a seu tempo oportuno, acredite, a Luz Interior te dará a intuição necessária para a resolução dos problemas tal como devem ser equacionados e não como a natureza inferior, egoísta ou os preconceitos desejariam.

Como criança espiritual teremos de beber só leite, isto é, só poderemos beber a luz que a nossa Mente possa digerir, porém na medida em que progredirmos, nossa Mente aumentará a capacidade para captar luz mais forte e, então, receberemos alimento sólido. Por isso, é que São Paulo dizia: “Foi leite que vos dei a beber e não alimento sólido porque ainda não podereis suportá-lo“. Tal como entramos aqui na Região Química do Mundo Físico, como criança, bebendo leite no início e mais tarde comendo alimento sólido, também só como criança entraremos no Reino dos Céus, bebendo leite espiritual no princípio e mais tarde alimento sólido.

O mesmo acontece com a recepção da luz física, quando muito forte, a nossa lente da vista é incapaz de absorver devido ao nosso estado de evolução, no entanto, Seres evoluídos como os Arcanjos, conseguem evoluir nas elevadíssimas vibrações do Sol.

Como criança, não poderemos aspirar imediatamente a coisas elevadas, a grandes voos, mas adaptarmo-nos às coisas pequenas, simples, servindo dentro das nossas posses até que tenhamos bases sólidas, alicerçadas na verdadeira luz e no Amor Puro que nos permitirá cumprir missões mais elevadas, com os perigos e inconvenientes de quedas napoleônicas ou doutras, contestadas dia a dia.

Para uma análise discernente das diferenças entre o falso saber e a sabedoria verdadeira estudemos os ensinamentos bíblicos, expressão de sabedoria. Assim, São Paulo aconselha: “Não o sejais sábios em vós mesmos“. São Tiago esclarece: “Onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e obra perversa, essa a sabedoria terrena não é a que vem do alto; essa é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, cheia de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia”.

Isso indica-nos que devemos ter cuidado com as nossas opiniões, designadamente com as ideias preconcebidas, que muitas das vezes nos obscurecem, evitar o orgulho intelectual, pôr em prática a verdadeira caridade, procurando a harmonia, na consciência de que a sabedoria vem de Deus e com Ele esteve sempre e existiu antes de todos os séculos e não é produto do nosso eu inferior, egoísta, orgulhoso.

Jesus-Cristo é a Luz do Mundo. “Quem O segue não andará nas trevas, mas terá a Luz da Vida” (Jo 8). Ora, os que o seguem são aqueles que fazem a vontade de Deus cumprindo as Suas leis, escutando as palavras do Mestre dos Mestres e pondo-as na prática (Mt 7).

O que ama a correção, ama a sabedoria” (Pb 12). Por isso agrademos e sigamos os conselhos que nos deem e corrijamo-nos a nós mesmos, utilizando o exame de consciência.

Aquele que ama o seu irmão vive na Luz, enquanto o que detesta está nas trevas e não sabe para onde vai“. Afinal o caminho da Luz é amar ao próximo em obras e em verdade como já tínhamos deduzido e que concorda com os ensinamentos de Cristo. Daqui que a Filosofia cristão-rosacruciana nos aconselha a servir amorosamente e de forma desinteressada e modesta e nos esclarece que esse é o caminho mais curto que conduz a Deus. Esse Amor Puro exige purificação dos veículos anímicos, no perfume das sete virtudes, simbolizadas nas rosas do emblema Rosacruz, e entre elas está a maior de todas, a caridade, mas a verdadeira, não a hipócrita.

Ela exige que o serviço seja desinteressado e modestamente executado, isto é, que se ajude sem esperar recompensa, quer ela seja monetária ou não, sem aspirar aos louvores, à gratidão, à fama, ou a ser admirado, que se faça bem com a mão direita sem que a esquerda o veja.

Fazer o bem para ser admirado ou fazê-lo apregoando-o não é amar, mas dar hipocritamente, com egoísmo, que é a vaidade das vaidades, rainha do reino das trevas. São Paulo nos esclareceu esse assunto dizendo: podemos distribuir toda a fortuna que possuímos para sustento dos pobres e até entregar o nosso corpo para ser queimado, mas se não tivermos caridade nada disso nos aproveitará. É que a caridade é sofredora, não é invejosa, não busca o seu interesse,não se irrita, folga com a verdade, tudo sofre, tudo suporta.

A caridade verdadeira exige que amemos os nossos inimigos, que façamos bem sem olhar a quem, com modéstia; não oprime ou engana seja quem for, mas liberta e ilumina o que dá e o que recebe.

Cumpramos nossos deveres, sirvamos amorosa e desinteressadamente, isto é, com agrado, com espírito de sacrifício, dedicação, zelo e sem interesse e no final de cada ação consideremo-nos como servos inúteis, tal como Cristo nos aconselhou, conhecedor profundo dos perigos da vaidade e do orgulho.

Procedendo nesse “modus-vivendi”, vamos construindo o nosso traje de bodas, o Corpo-Alma, veículo superior que nos iluminará com a Luz Superior, da intuição, da inspiração, da Clarividência, do gênio Criador. Assim, faremos subir a energia sagrada, numa transmutação alquímica, que nos abrirá a visão espiritual.

Para que todo esse trabalho individual floresça dois fatores devemos ter ainda em consideração. Um de natureza física: possuir um cérebro em boas condições, ele na Terra é o elo entre o Espírito e a matéria, é o instrumento da Mente no Mundo Físico. Como foi construído pela metade sexual de cada um é fácil concluir que devemos transmutar a energia sagrada, usando-a para gerar e regenerar, evitando os abusos.

Uma alimentação equilibrada, frugal, rica em vitaminas e minerais e em aminoácidos é outro fator importante. Dentro dos minerais merece realçar o fósforo, palavra derivada do grego “phós” que quer dizer luz e de phóros – portador ou reprodutor. Ele faz parte dos núcleos celulares do cérebro e do sistema nervoso. Note-se que é no núcleo, parte vital da célula, que está o célebre DNA, base da vida que os cientistas procuram descobrir plenamente para criarem vida. Essa, porém, é sagrada. Invisível, antes de se manifestar na forma e como sagrada a sua descoberta exige que os cientistas se tornem verdadeiros sábios, isto é, puros de coração, humildes, pois reconhecerão que o saber é divino verdadeiramente possuidor de altruísmo e caridade.

Para que esse mineral seja devidamente assimilado pelo organismo importa que tenhamos boas glândulas endócrinas, designadamente a hipófise, tireoide e paratireoide, o que exige o desenvolvimento do Amor Puro, da amizade sincera, qualidades Uranianas, do regente em astrologia científica, da hipófise que é Urano, além de que sejamos honestos, amigos da verdade e da razão, qualidades de um regenerado Mercúrio, que comanda as outras glândulas citadas. O outro fator é de natureza mental e denomina-se: concentração, muito difícil neste mundo cheio de ruídos, de más distrações etc.

É que tal como a luz concentrada numa lente se torna mais forte, luminosa e clara, também o pensamento concentrado produz ideias mais claras e profundas.

Um bom exercício é o Exercício Esotérico de Concentração ao acordar, tal como a Fraternidade Rosacruz solicita a todo Estudante Rosacruz fazer..

Chegados que somos ao final deste modesto trabalho apela-se para que cada qual faça uma meditação profunda sobre este tema e dia após dia aplique a luz que for efetivamente possuído de forma a que nos tornemos verdadeiros cristãos, construindo a Fraternidade Universal, dignos de viver na Era de Aquário.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz – janeiro/1982 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Oração: como devemos orar e para que devemos orar

5E quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. 6Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando tua porta, ora ao teu Pai que está lá, no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará. 7Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. 8Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes.” (Mt 6:5-8)

No “Sermão da Montanha”, Cristo fez essa importante preparação, para depois ensinar a “Oração do Senhor”, vulgarmente conhecida como o “Pai Nosso”.

Vejamos o sentido das frases-chave desse trecho:

Gostar de ser visto pelos homens — Eis uma regra básica que o Cristo deu, para sabermos quando é que a Personalidade falsa está nos condicionando: ela gosta de prestígio, de elogios, de parecer boa. Se levarmos à criteriosa análise essa regra, poderemos perceber essa intenção de “ser visto pelos homens” nas maneiras mais sutis, até mesmo em coisas aparentemente inocentes e sem gravidade. É preciso isenção de ânimo para tomar consciência disso em nós. Se estamos envolvidos na Personalidade, impossível constatá-lo. É preciso estar como “de fora”, num estado de observação imparcial de nós mesmos, sem julgamento nem objeção; sem resistência ao maligno (em nós) para não dar a perceber à Personalidade que ela está sob consciente observação e vigilância.

É preciso situar-nos como um Eu espiritual a testemunhar a ação da Personalidade, sem objetar nem julgar. Só observar. Essa simples constatação, sem identificação emocional e mental, permite-nos receber, da Mente (ou Memória) Supraconsciente, a voz da intuição. O conhecimento interior, se assenhoreará da verdade e essa dissolverá a magia da Personalidade. Eis uma excelente maneira de cultivar-se uma percepção certa da verdade libertadora. Como disse Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

Isso depende unicamente de exercício, de repetição paciente, até que, no dizer de São Paulo, possamos “orar sem cessar”, ou seja: manter-nos no aqui e agora, conscientes de nossas intenções (sem recriminações!), na consciência de que o “Eu” verdadeiro e superior é quem faz as obras.

Em verdade já receberam sua recompensa — Receberam sua recompensa de quem? Do mundo. Assim, nada têm a reclamar dos céus ou do íntimo, como Alma, como crescimento evolutivo. É uma forma de dizer, pois não há recompensas. Não se pode dizer que os frutos sejam a recompensa à árvore. Simplesmente são um corolário, uma consequência natural de sua ação, na ordem evolutiva.

Mas, a Personalidade ignorante, que vive sob a ilusão de separatividade do Espírito, busca atrair os méritos da ação, reclamando paga e retribuição. Quando buscamos satisfação e realce da Personalidade, “engordamo-la”; assemelhamo-nos a árvores folhudas, de bela ramagem, de majestoso tronco, porém, estéril: toda a energia vital, toda a seiva que ela recebe, converge na apresentação de si própria, na promoção e projeção de si. Não sobra energia para os frutos. A alma fica desnutrida porque sua ação não alcança o íntimo. Não é natural, providencial, que a lei de Causa e Efeito precise de fazer-nos umas “podas” pedagógicas, para que sobre energia aos frutos e cumpramos o objetivo essencial de nossa vida, que é a evolução?

Quanto às pessoas que oram de pé ou nas esquinas, pode ser que sejam sinceras. Os israelitas e os muçulmanos têm horas prefixadas de oração e, onde estiverem, devem fazê-la. Mas como o orar numa esquina podia trazer fama de piedoso, com vantagens sociais, com o tempo se amiudaram as “coincidências”. O importante é a intenção e, como Deus não se acha num templo determinado, mas está em toda a parte, principalmente “dentro de nós”, a oração sincera deve ser discreta, evitando os meios sutis de chamar a atenção sobre si, inconscientemente.

Fecha-te no teu quarto — Segundo o original grego dos Evangelhos (do primeiro século), esse quarto era o “quarto de guardados” (“eis tò tameiõn”), onde as pessoas estranhas não podiam entrar. E justamente para mostrar-nos o sentido de “intimidade”. Refere-se a um recolhimento individual, pois a pessoa devia trancar a porta após entrar. Notem que nessa frase (verso 6) o tratamento é “tu” e não vós: é individual.

Ninguém pode penetrar o íntimo humano. Mesmo os Iniciados, que podem desvelar-nos o íntimo até certo ponto, não o fazem, porque o livre arbítrio é o mais sagrado direito. E, também, respeitam as “prisões sem grade” dos condicionamentos e restrições internos, porque sabem que o processo de libertação vem de dentro para fora e deve ser presidido pela própria pessoa interessada, se bem possa ela ser orientada e assistida “de fora”. Gandhi já dizia: “ainda que me prendam na mais profunda masmorra, serei um homem livre”. Ele se referia a essa liberdade interior que só o indivíduo pode roubar a si mesmo, por ignorância.

Nesse “lugar secreto do Altíssimo” (Salmo 91) do íntimo, é que a Personalidade humilde, consciente de sua função, como canal do Espírito, deve orar.

As palavras são desnecessárias e até podem prejudicar a abertura e receptividade interna, à manifestação da Presença, como uma taça erguida, de boca para cima, à espera de preenchimento da “água viva”. Podemos estar no banco de um ônibus, viajando quietamente num carro (não na direção), numa sala de espera ou numa fila — e orar internamente, sem demonstrações evidentes, como fechar olhos, mãos postas, cara de anjo, mover lábios. Mas será melhor, certamente, no silêncio de um quarto: um cantinho escolhido onde habitualmente nos recolhemos (se possível às mesmas horas). A prática vai formando no local e em torno dele um santuário invisível, um templo “não feito com mãos”, uma capela etérica, visível ao Clarividente como algo lindíssimo, de formas e cores próprias, que deve ser alimentado pela repetição fiel. Depois de certo tempo de prática notar-se-á ali uma vibração agradabilíssima. Não convém que outra pessoa esteja a entrar ali.

Esse mesmo princípio explica o porquê nos sentimos bem numa certa poltrona em que nos sentamos sempre, seja em casa ou numa fraternidade: ela fica impregnada por nossa vibração particular, quase sempre boa, porque naqueles momentos vibramos mental e emocionalmente em assuntos elevados.

Ora a teu Pai que está no secreto — Veja que uma boa definição de prece pode ser a silenciosa busca do “Eu interno”. Orar é escutar Cristo em nós, no silêncio e vazio da Personalidade. Quando Ele, de algum modo, “responde”, aí já é inspiração.

Essa orientação está claramente exposta nos Evangelhos: “Deus é Espírito e Verdade; importa que O adoremos em Espírito e Verdade”. “O Reino de Deus está dentro de vós.” O corpo é o templo do Altíssimo.

Passemos a orar corretamente, ainda que os resultados pressuponham longa prática, sincera e perseverante. Vale a pena. Estejamos prevenidos contra a tendência imediatista, de alcançar resultados a curto prazo. A impaciência contra as restrições é um sério entrave ao desenvolvimento espiritual. Não imponhamos prazos. As realizações internas dependem de um natural amadurecimento. Dependem do que tenhamos conquistado anteriormente, se bem que o método correto pode abreviar, agora, o acesso à Graça.

Pratiquemos fervorosa e pacientemente a oração mística, sem olhos voltados para os frutos da colheita. Lembremos a estória de um menino que plantou uma semente e todos os dias a desenterrava para ver em que ponto estava: arruinou-a! Igualmente, na realização espiritual é preciso fazer o que nos incumbe. Deus jamais falha em cumprir Sua parte. Cumpre-nos adubar, plantar, regar (prática regular e amorosa), confiando que a Terra faz sua parte, até que um raminho verde-esperança assome à superfície da consciência e nos mostre os primeiros resultados.

Max Heindel exprime de modo poético e profundo: “Busquemos o Cristo interno com renovada ânsia, como uma pessoa repleta de um amor verdadeiro e sincero, vigilante às horas dos encontros, embora não receba declaração alguma de amor”. Se O buscarmos, estejamos certos de que Ele vem ao nosso encontro. Embora não O possamos sentir (por causa de nosso grau vibratório) há inequívoca manifestação de paz. Devemos permanecer quietos, à parte da Personalidade, num vazio expectante, até que Ele nos encha o vácuo de luz. Estejamos sempre como ao telefone, dizendo: “Pai, fala que teu servo escuta”, até que a “pequenina e silenciosa voz” nos penetre a consciência, como uma réstia de luz coada pelos intervalos das folhas de uma árvore, iluminando o chão. Então, sentimos uma harmonia inenarrável: a paz que ultrapassa todo o humano entendimento.

Mas não devemos contar aos outros tais experiências. Nunca! Essa profanação é provocada pela Personalidade que deseja “ser vista” como superior. Essa profanação custa caro: podemos perder temporariamente o “contato”. Logo, é secreto mesmo. A instrução é clara: sacralidade!

Teu Pai que vê no secreto, te retribuirá — Quando aprendemos a orar corretamente, os resultados internos surgem com toda a segurança. Cristo esclareceu: “Pedis e não recebeis porque pedis mal”. Quando se fala, quando se pede, o pedido deve ser “do pão espiritual”, do amor, da sabedoria, porque “tudo o mais vem de acréscimo”. Isso é o que nos ensina o “Pai Nosso”. Salomão pediu bem (a Sabedoria) e recebeu tudo o mais que não havia pedido. O crescimento de consciência é inevitável, na medida em que Deus se nos vai manifestando. O que está no íntimo se vai extravasando inevitavelmente: eis a chamada “recompensa” deste passo. Não é que um Almoxarife celeste nos abra a torneira de graças quando fazemos uma oração jeitosa. É simplesmente a consequência lógica de uma transformação interior, de uma transferência, de apoio ao “Eu” verdadeiro e superior, que se vai expressando em nossa vida com sua natureza própria, que é paz, harmonia, sabedoria, amor etc. Não precisamos de criar essas coisas. Elas já existem dentro de nós (como ensina a “Oração Rosacruz”). Basta libertá-las. Por isso é que a Bíblia nos ensina: “Somos herdeiros de Deus e coerdeiros com o Cristo”. “Filho, tudo o que é meu é teu.”

Quando orais, não useis de vãs repetições, como os gentios que pensam que pelas muitas palavras serão ouvidos. – Hoje, podemos considerar como “gentios” as pessoas ignorantes da verdade espiritual, que evoluem por penosos meios e não sabem aplicar os recursos esotéricos para uma evolução mais rápida e fácil. Incluímos os religiosos comuns que atribuem valor demasiado às ladainhas, às longas repetições de preces mecânicas. Arrolamos igualmente os orientais que, na fase elementar, de repetição de “mantrans” e “japam” julgam ser transformados pelo “som”, sem um trabalho interno transformador. Nenhuma palavra, por mais sagrada que seja sua vibração, pode, por si mesma, levar-nos à santidade. A “palavra perdida” só pode exercer poder quando pronunciada por uma pessoa de consciência despertada. Isso é o que ensina a estória de “Aladim e a lâmpada maravilhosa”: só quem encontra a lâmpada (símbolo da sabedoria espiritual) pode pronunciar a palavra de poder (que suscita o gigante), esfregando-a (produzindo vibração).

A repetição de preces mecânicas e “mantrans” é um exercício para concentrar o íntimo em algo elevado; é um método para silenciar a Mente palradora e predispor o candidato à meditação. Preferimos ir mais diretamente à meta, exercitando o silêncio e a busca da Presença.

A repetição sem um objetivo elevado tem um perigo: tornar-se mecânica e fria. É preciso estar atento para renová-la com sentimento e intenção a cada prática.

Nenhum fator externo tem o poder de nos iniciar ou produzir uma abertura de consciência. Há muitas pessoas desejosas de rápida Iniciação e não hesitariam em pagar bem para consegui-lo de um “mestre”. O verdadeiro Mestre ensina que o processo vem “de dentro para fora” e tentar remover o caroço de um pêssego verde seria perder a fruta. A ajuda externa é como um fole: assopra para acender o fogo naquele que tem, no íntimo, os carvões já acesos.

A oração não é, pois, ensejo para darmos ordens ao Espírito, a fim de que Ele faça aquilo que nossa Personalidade acha melhor. Ele sabe melhor do que nós o que nos convém, antes mesmo de o pedirmos. Orar é não atrapalhar; é ser um canal vazio e fiel do fluxo divino, quando a união se efetiva. E dizer: meu alimento é fazer a vontade de meu “Eu” verdadeiro e superior! Daí a necessidade de aprendermos a orar corretamente.

Nessa ordem de ideias, mais vale um momento de sentida prece do que uma hora de ladainha. Uma fervorosa súplica, bem consciente, com a direção do pensamento e com a força do amor, forma duas asas que voam ao trono de Deus interno e trazem de volta uma resposta.

Não desconhecemos os efeitos da repetição sobre o Corpo Vital. As repetições formam os hábitos e os hábitos fazem a segunda natureza da Individualidade, de nós, o Ego. Por meio da repetição consciente de melhores hábitos é que promovemos nossa regeneração. Sabemos disso e o praticamos também, tornando nossa repetição um “orar sem cessar”, porque buscamos estar presentes no aqui e agora, vivendo muitas vezes ao dia a prática da Presença, o intento de servi-La como canal fiel. Ainda mais: levantamo-nos com o pensamento: “Meu Cristo. Este dia é teu. Estabelece tua unidade comigo, cada vez mais, até que sejamos UM. Pensa através de minha Mente; ama através do meu coração; fala por minha boca; age por meu inteiro Ser. Faze de mim um instrumento de tua vontade!”. E, ao deitar-nos, como último pensamento, antes do exercício de Retrospecção noturna, consagramo-nos: “Meu Cristo. Ensina-me esta noite. Permita que eu possa servir como Auxiliar Invisível”.

Não nos apoiemos meramente em palavras, senão em sincero propósito de elevação. As palavras, por si mesmas, são algo externo. Atribuir-lhes valor é materialismo. Como vestimenta, elas valem apenas quando revestem a verdade e o amor.

Vosso Pai sabe o que vos é necessário antes que o peçais – A obra de Deus é perfeita. Nossa vida é prevista em suas linhas gerais. Deus, como Inteligência universal ou como Centelha individualizada como “Eu” e como “Tu”, é o único suprimento e JÁ está constantemente à nossa disposição. Cada qual recebe segundo sua necessidade interna. Lançamos ao exterior as expressões do nosso estado de consciência e recebemos o eco, a resposta, diretamente correspondente. Max Heindel o afirmou categoricamente: “Os Anjos do Destino dão, a cada um e a todos, exatamente o de que necessitam para o seu desenvolvimento”. Portanto, se estamos carentes de dinheiro, não peçamos dinheiro; se estamos enfermos, não peçamos saúde; se estamos infelizes, não peçamos felicidade. Não peçamos nada. Oração é pedir Deus. Só Deus. Sua mera Presença em nossa vida é reajustamento; é a expressão cabal de todas as mais justas necessidades. Como disse o Cristo: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus (elevação ao íntimo) e vosso ajustamento a Ele (viver de acordo com as Leis divinas) e tudo o mais vos será dado de acréscimo”.

9Portanto, orai desta maneira: ‘Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso Nome, 10venha nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa Vontade, assim na terra, como no céu. 11O pão nosso de cada dia nos dai hoje. 12Perdoai as nossas dívidas como nós perdoamos aos nossos devedores. 13E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. 14Pois, se perdoardes aos homens os seus delitos, também o vosso Pai celeste vos perdoará; 15mas se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os vossos delitos.” (MT 6:9-15)

25E quando estiverdes orando, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhes, para que, também, o vosso Pai que está nos céus vos perdoe as vossas ofensas”. 26Mas se não perdoardes, também vosso Pai que está nos céus não vos perdoará vossas ofensas.” (Mc 11:25-26)

1Estando num certo lugar, orando, ao terminar, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou a seus discípulos’. 2Respondeu-lhes: ‘Quando orardes, dizei: Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso Nome; venha a nós o Vosso Reino; seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu; 3o pão nosso de cada dia nos dai hoje; 4perdoai-nos as nossas dívidas, como nós perdoamos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos do mal’.” (Lc 11:1-4)

Essa foi a única oração deixada por Cristo. Foram criadas muitas preces e formas de adoração, inclusive no Cristianismo, mas o “Pai Nosso” constitui uma síntese acabada e completa para atender a todas as necessidades do ser humano. Realmente, em seu conteúdo esotérico, tal como o constataram os Iniciados, é uma fórmula abstrata para satisfazer às necessidades dos sete princípios humanos. Ele nos dá a compreensão de como melhorar e purificar o Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos e a Mente, de cuja atuação possamos extrair o pão da Tríplice Alma, para alimentar o Tríplice Espírito.

Tal é o propósito evolutivo: a dinamização das potencialidades divinas em cada ser, para aumentar a consciência Espiritual e ampliar sua expressão.

A Oração do Senhor se compõe de sete frases fundamentais, além de uma invocação inicial (Pai nosso que estás nos céus) e um fecho que não foi dado por Cristo, mas que termina de maneira apropriada a prece, (pois vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre, amém).

Notem os números cabalísticos: sete frases básicas (série completa) mais a invocação e encerramento, dá-nos o número NOVE, representativo da humanidade (ADM ou 1+4+40=9).

No “Pai Nosso” se estabelece relação entre o Espírito individual (o ser humano real) com o Criador (a Trindade Universal).

A Trindade Universal é representada pelos nomes: Pai, Filho e Espírito Santo. É o UNO que se expressa como TRIUNO (tal como o branco se refrata nas três cores primárias: azul, amarelo e vermelho; ou como a tonalidade se exprime no acorde fundamental (dominante, mediante e tônica)).

O verdadeiro ser humano é feito à imagem e semelhança de Deus. Herdou-Lhe as mesmas características espirituais, das quais uma pequena parte já foi dinamizada (Alma, consciência) e uma parte infinita espera o despertar, para que sejamos perfeitos como o Pai celestial. Na nomenclatura da Fraternidade Rosacruz, os três aspectos da Trindade individual se chamam: Espírito Divino (emanação do Pai); Espírito de Vida (emanação do Filho) e Espírito Humano (emanação do Espírito Santo).

Os corpos que utilizamos, como Espíritos individualizados, foram sendo formados e aperfeiçoados com ajuda das Hierarquias Criadoras. Essa cadeia completa de veículos, cujos germes ou sementes nos foram dados pelas Hierarquias, tem ligação direta com os três aspectos da Trindade Individual: o Corpo Denso, químico, emanou do Espírito Divino; o Corpo Vital, etérico, emanou do Espírito de Vida; o Corpo de Desejos, emocional, emanou do Espírito Humano. A Mente é o elo ou foco, através da qual a Trindade Individual se exprime ao Tríplice Corpo, até que o consiga controlar completamente. Através desses três Corpos o Tríplice Espírito vai acumulando experiências ou Alma, nos correspondentes Átomos-semente.

Damos, a seguir, um diagrama para facilitar a compreensão do que expusemos. Nele se mostra a relação dos três Corpos com os três aspectos da Trindade Individual e dessa com a Trindade Universal.

O triângulo com a ponta para cima é símbolo da Trindade. O de cima representa a Trindade Universal, o de baixo (do meio) figura a Trindade Individual.

O triângulo com a ponta para baixo representa a Trindade manifestada como Personalidade, com seus três Corpos. Entre a Personalidade (em baixo) e o Espírito individualizado, a Individualidade (triângulo do meio), o foco da Mente está representado por uma linha horizontal, um elo entre a Personalidade e a Individualidade (o Espírito).

As linhas pontilhadas, verticais, mostram a relação de cada Corpo com o aspecto espiritual que o emanou e, através deste, com o Aspecto correspondente da Trindade Universal.

O Corpo Denso (o mais inferior) se liga ao mais elevado aspecto espiritual da Trindade Individual (Espírito Divino) e da Trindade Universal (Pai).

O Corpo Vital se liga ao segundo aspecto da Trindade Individual (Espírito de Vida) e da Trindade Universal (Filho).

O Corpo de Desejos se liga ao terceiro aspecto da Trindade Individual (Espírito Humano) e da Trindade Universal (Espírito Santo).

Esse esquema mostra a relação cósmica entre o Espírito individualizado e o seu Criador. Acompanhando as relações indicadas, vejamos, a seguir, sua aplicação ao “Pai Nosso”.

  1. Invocação: “Pai Nosso, que estás nos céus”.
  2. Santificado seja o vosso nome”.
  3. Adoração: “Venha a nós o vosso reino”.
  4. Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”.
  5. O pão nosso de cada dia nos dai hoje”.
  6. Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores”.
  7. E não nos deixeis cair em tentação”.
  8. Mas livrai-nos do mal”.
  9. Fecho: “Pois vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre, AMÉM”.

A invocação é um reconhecimento da Onipresença do Criador que, embora se exprima puramente no Mundo de Deus, compenetra cada partícula de Sua Criação. Ao mesmo tempo mostra o entendimento de que somos Espíritos e não corpos (nem Personalidade), e nessa qualidade nos dirigimos a nosso Pai Universal.

1. As frases de adoração partem da Trindade individual para a Trindade Universal, cada aspecto por vez, e a Sua contraparte.

2. O Espírito Humano adora sua contraparte, o Espírito Santo, dizendo: “Santificado seja o vosso nome”.

3. O Espírito de Vida prostra-se ante sua contraparte, o Filho, e diz: “Venha a nós o vosso reino”.

4. O Espírito Divino ajoelha-se ante sua contraparte, o Pai, e diz: “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”.

As frases de dedicação ensinam como formular os justos pedidos numa prece: o Espírito individual pede à Trindade Universal para atender às necessidades de seus veículos (conforme a Vontade e Sabedoria de Deus).

5. O Espírito Divino pede pelo Corpo Denso, ao Pai: “O pão nosso de cada dia nos dai hoje”.

6. O Espírito de Vida pede por sua contraparte, o Corpo Vital, ao Filho: “Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores”.

7. O Espírito Humano pede pelo Corpo de Desejos, ao Espírito Santo: “E não nos deixeis cair em tentação”.

8. Por último, os três Aspectos do Espírito individual juntam-se e formulam, em uníssono, um pedido pela Mente, à Trindade universal: “Mas livrai-nos do mal”.

9. E encerram a prece, exprimindo o reconhecimento de que Deus é a única Fonte, Presença e Poder eternos, infalíveis.

A frase 5 mostra que o ser humano encarnado é mantido e globalmente atendido pelo “pão” ou “pão da vida”, que se expressa em todas as múltiplas e legítimas necessidades humanas.

Esse “pão da vida” é a causa de nossas ações mentais, emocionais e físicas, para transformarmos as experiências em Alma.

A frase 6 revela que o Corpo Vital é o que grava, através do ar, no sangue, na Memória Subconsciente, os fatos da vida. Nesse Corpo é que, portanto, as transgressões e ódios devem ser dissolvidos.

A frase 7 ensina que o Corpo de Desejos é que nos impulsiona à ação, através da motivação emocional. O desejo é o grande tentador da humanidade e, ao mesmo tempo, o grande incentivo para a ação. É bom quando cumpre os propósitos do Espírito, mas quando se inclina para algo degradante, rebaixa-nos a natureza. A tentação do desejo existe sempre, mas não devemos nela cair.

A Mente é a ligação entre o lado superior (Espírito, Individualidade) e inferior (Personalidade). Nela é que nascem os conceitos de bem e de mal. Na maioria dos seres humanos (exceção dos Iniciados que transcenderam a quinta Iniciação Menor) a Mente está ligada ao Corpo de Desejos e comprometida por ele, criando enganos que geram ações errôneas e, por sua vez, suscitam dolorosas consequências da Lei de Causa e Efeito. Por isso, a oração pela Mente traduz a aspiração de nos libertarmos dos condicionamentos da “falsa luz”, transcendendo o intelecto limitador pela “metanoia” e alcançando a ligação permanente com o Espírito. É o anseio de, conscientemente, nos libertarmos das experiências resultantes da aliança com a natureza de desejos e de tudo quanto tal aliança origina.

Nos tópicos seguintes abordaremos os nove versos do “Pai Nosso”, um por vez, com mais clareza, a fim de que esta síntese se torne, para todos, um método claro e eficaz de realização interior.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de fevereiro e março/1977- Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Conheça os Deveres do Verdadeiro Estudante Rosacruz

O Universo é um corpo ou um todo. Os Astros são órgãos desse corpo e os habitantes são suas células.

Pela lei da analogia comparamos a Ordem Rosacruz com o Universo como sendo um corpo: a Sede Mundial da Fraternidade Rosacruz em Mount Ecclesia – Oceanside – é a Cabeça; os Centros e Grupos de Estudos Rosacruzes são os órgãos e membros e os Estudantes Rosacruzes são as células desse corpo.

Quando em um corpo um órgão adoece ou não funciona bem, o corpo todo se ressente e há um desajuste. Esse órgão afeta todos os outros e reina a desarmonia no conjunto. Uma célula depende da outra. É um trabalho de equipe, por assim dizer. É necessário haver harmonia e unidade entre todas as células e órgãos, caso contrário, surge a doença e, possivelmente, a morte do corpo.

Na Fraternidade Rosacruz também é assim. Quando um Estudante Rosacruz se integra no movimento passa a fazer parte do todo.

O nosso lema é “Serviço” e cada Estudante Rosacruz deve fazer a sua parte. Onde houver algo para se fazer, façamo-lo; não esperemos que outros o façam. Max Heindel nunca escolheu serviço. Fazia de tudo, até faxina se preciso fosse. Sempre dizia: “Se este serviço tem que ser feito por alguém, então por que não eu?”. Nós, também, devemos fazer o mesmo, cada um dentro de suas possibilidades. Hoje em dia fala-se em trabalho de equipe. É o que procuramos empreender. Até no Reino Animal nota-se este trabalho. Quando uma formiga está carregando uma folha muito grande, vem outra ajudar e, ambas, levam a carga para o celeiro a fim de alimentar as outras companheiras. Todas trabalham para o mesmo fim. Por que não seguimos o exemplo delas? Cada Estudante Rosacruz é uma formiguinha e deve colaborar para que o todo sobreviva.

Alguns Centros da Fraternidade Rosacruz, como todas as entidades organizadas, tem um corpo de conselheiros, diretores, mas estes não são a Fraternidade Rosacruz. É lógico que a maior responsabilidade, quanto ao bom andamento e progresso da organização, cabe ao corpo de conselheiros, mas ela depende também de todos os Estudante Rosacruz. Se não houvesse Estudantes não haveria a Fraternidade Rosacruz.  A nossa Fraternidade Rosacruz cresce e progride à medida que cada Estudante Rosacruz evolui. Se nós não nos interessamos e somos indiferentes a tudo que diz respeito ao movimento, retrocedemos, pois, nosso irmão Max Heindel afirma que ninguém para nesse Esquema de Evolução; ou caminhamos para frente ou para trás. Se não avançamos, retrocedemos e, assim, o progresso da Fraternidade Rosacruz se torna mais lento. É a sinceridade e o interesse do Estudante Rosacruz que fazem a Escola Rosacruz crescer e progredir. O verdadeiro Estudante Rosacruz sincero e dedicado interessa-se por tudo o que diz respeito ao movimento Rosacruz.

Nós devemos ser quentes ou frios, porém nunca mornos; por isso ou somos ou não somos Estudantes Rosacruzes da Fraternidade Rosacruz.

Aquele que não se interessa de corpo e alma, que não vive a vida, que não toma parte ativa em tudo o que diz respeito à Escola Rosacruz não é um verdadeiro Estudante Rosacruz e está apenas passando seu tempo.

Quando um órgão ou membro adoece gravemente, muitas vezes, requer uma intervenção cirúrgica com extração ou amputação do mesmo para salvar o corpo.

Na Fraternidade Rosacruz também quando um elemento está prejudicando o todo pela sua conduta, os Irmãos Maiores se encarregam de afastá-lo. Essa é a prova do Estudante Rosacruz. Ser Estudante Rosacruz não é muito fácil. É necessário sacrifício, principalmente, da natureza inferior.

Na Oração do Senhor, o “Pai-Nosso”, há uma petição pelo Corpo de Desejos: “não nos deixei cair em tentação”. As tentações existem e são necessárias para provar a nossa resistência e o nosso valor. Mas precisamos lutar para não cairmos em tentação e se cairmos devemos nos erguer e continuar a luta com a mesma coragem e sinceridade. É nessa hora que se conhece o verdadeiro Estudante Rosacruz.

O maior serviço que devemos prestar é divulgar a Filosofia Rosacruz e o meio mais eficiente é pelo exemplo, vivendo o que aprendemos.

Não adianta ficarmos pregando a Filosofia Rosacruz, falando nas maravilhas que ela encerra se a vida que levamos mostra o contrário. Nesse caso, é preferível ficarmos calados levando uma vida honesta, digna e justa.

E quanto mais graus subimos (desde Estudante Preliminar até Discípulo), mais devemos nos dedicar a vivenciar e promulgar os Ensinamentos Rosacruzes, pois “a quem muito é dado, muito é exigido”. Se assim não o fizermos, pode ter certeza: você não é um Estudante Rosacruz, ainda que ache que é. Os Irmãos Maiores que tanto precisam de colaboradores (“a messe é grande e os operários são poucos”), com certeza, não tem tempo a perder com quem quer se intitular “Estudante Rosacruz”, mas não quer ser um “colaborador consciente na obra benfeitora a serviço da humanidade”.

Sejamos bons Estudantes Rosacruzes e lutemos com todas as nossas forças pelo engrandecimento da Fraternidade Rosacruz, a quem tanto devemos. Não poupemos esforços e, assim, quando chegar a nossa hora final estaremos em paz com a nossa consciência, certos de que colaboramos com nosso amado Mestre, o Cristo e não cruzamos os braços, enquanto os outros trabalhavam por nós.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – junho/1969 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Na Órbita de Influência da Era de Aquário a confusão: se desenvolver espiritualmente “de fora para dentro” ou “de dentro para fora”

Atualmente, vivemos com a tendência de repetir o mal das vidas passadas, mas devemos aprender a agir com retidão, conscientemente, e por vontade própria.

Tais tendências tentam-nos eventualmente, proporcionando-nos oportunidades de autodomínio e de inclinação para a virtude e a compaixão, opondo-nos à crueldade e ao vício.

Mas, para indicar a ação reta e ajudar-nos a resistir às ciladas e aos ardis da tentação, temos o sentimento resultante da purificação dos maus hábitos e da expiação dos maus atos das vidas passadas. Se ouvimos e atendemos sua voz e evitamos o mal que nos incita, a tentação cessa. Então, nos libertamos dela para sempre. Se caímos, experimentamos um sofrimento mais agudo do que o anterior, porque o destino do transgressor é muito duro até que aprenda a viver pela regra de ouro.

O exercício noturno da Retrospecção, um dos exercícios para o nosso treinamento esotérico, tem como objetivo a purificação, como ajuda ao desenvolvimento da visão espiritual.

Por outro lado, devemos sempre nos lembrar que Cristo limpou os “pecados do mundo” e não de cada um de nós (ninguém tem essa capacidade, a não ser cada um de nós para com os nossos pecados) e ao fazer essa purificação, devemos a Ele a possibilidade de atrair para os nossos Corpos de Desejos matéria emocional mais pura do que antes (e é por aqui que começamos a nos purificar: não pecando mais!).

Tenha sempre consigo a seguinte verdade Crística: “a Religião Cristã é a única que tem a finalidade da união com Cristo, pela purificação e governo do nosso Corpo Vital”.

Outro exercício esotérico muito importante para o Estudante Rosacruz fazer é a Oração do Senhor (Pai Nosso) que é como uma fórmula abstrata ao melhoramento e purificação de todos os seus veículos. Ela é uma das ajudas espirituais no progresso humano.

Ao falar de sua purificação, São João (IJo 3:9) diz que aquele que nasce de Deus não pode pecar, porque guarda dentro de si a sua semente.

Também, nunca esqueçamos: as tentações são colocadas em nosso caminho para avaliarmos se a purificação foi suficiente para ensinar-nos as lições necessárias, e só dependerá de nós entregarmo-nos às tentações ou permanecer firmes e fortes na prática do bem!

A Parábola da pérola preciosa ilustra muito bem o que realmente purifica e o que não purifica o ser humano sob a nova Dispensação, o Cristianismo: não são as circunstâncias, mas a substância, ou seja, a pureza do ser humano vem de dentro.

“Em seguida, chamando para junto de si a multidão, disse-lhes: “Ouvi e entendei! “Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai da boca, isto sim o torna impuro”. Então os discípulos, acercando-se dele, disseram-lhe: “Sabes que os fariseus, ao ouvirem o que disseste, ficaram escandalizados?”. Ele respondeu-lhes: “Toda planta que não foi plantada por meu Pai celeste será arrancada. Deixai-os. São cegos conduzindo cegos! Ora, se um cego conduz outro cego, ambos acabarão caindo num buraco”.

São Pedro, interpelando-o, pediu-lhe: “Explica-nos a parábola”. Disse Jesus: “Nem mesmo vós tendes inteligência? Não entendeis que tudo o que entra pela boca vai para o ventre e daí para a fossa? Mas o que sai da boca procede do coração e é isto que torna o homem impuro. Com efeito, é do coração que procedem más intenções, assassínios, adultérios, prostituições, roubos, falsos testemunhos e difamações. São essas coisas que tornam o homem impuro, mas o comer sem lavar as mãos não o torna impuro”. (Mt 15: 10-20)

Que as Rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Diagrama 16 – O Pai Nosso

A oração abre um canal pelo qual a Vida e a Luz divinas podem fluir sobre nós, do mesmo modo que o acionar de uma chave elétrica abre o caminho que possibilita à corrente fluir da usina geradora para a nossa casa.

A fé na oração é a força que aciona a chave. Sem força muscular, não podemos ligar a chave para obter a luz física, e sem fé não podemos orar de maneira a conseguir iluminação espiritual segura.

Se oramos por objetivos mundanos, para fins que contrariam as leis do amor e do bem universal, nossas orações serão tão inúteis quanto uma chave de vidro num circuito elétrico. O vidro é isolante elétrico, portanto, representa uma barreira ao fluxo da corrente.  Analogamente, a oração egoísta representa uma barreira aos propósitos divinos devendo, portanto, ficar sem resposta. Devemos, pois, orar corretamente e, no “Pai Nosso” temos o mais admirável modelo de oração, porque atende as nossas necessidades a tal ponto que nenhuma outra fórmula consegue igualá-la. Com umas poucas e curtas sentenças, ela abarca toda a complexidade do relacionamento entre Deus e nós.

A fim de compreendermos devidamente essa sublime oração e nos capacitar a proferi-la inteligível, consciente e eficazmente, recordemos, de modo rápido, alguns conceitos Rosacruzes aqui envolvidos:

O Pai é o mais elevado Iniciado do Período de Saturno.

O Filho é o mais elevado Iniciado do Período Solar.

O Espírito Santo é o mais elevado Iniciado do Período Lunar.

O Espírito Divino e o nosso Corpo Denso iniciaram sua evolução no Período de Saturno estando, por isso, sob os cuidados do Pai.

O Espírito de Vida e o nosso Corpo Vital iniciaram sua evolução no Período Solar ficando, consequentemente, a cargo do Filho.

O Espírito Humano e o nosso Corpo de Desejos começaram a evoluir no Período Lunar; portanto, ficaram especialmente sob os cuidados do Espírito Santo.

A Mente foi acrescentada no Período Terrestre e não ficou a cargo de nenhum Ser externo, mas apenas sob o nosso governo, sem qualquer outra ajuda de fora.

Aliás, dentre as ajudas espirituais, que recebemos para que possamos avançar no nosso progresso, temos a Oração do Senhor (Pai Nosso), conforme Cristo nos ensinou no Evangelho Segundo São Mateus (6:9-13):

Pai nosso que estás nos céus,

santificado seja o teu Nome,

venha o teu Reino,

seja feita a tua Vontade assim na terra, como no céu.

O pão nosso de cada dia dai-nos hoje.

Perdoai as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores.

E não nos deixeis cair em tentação,

mas livrai-nos do mal.

No Pai Nosso há sete orações, ou melhor, há três grupos de duas orações e uma súplica simples. Cada grupo faz referência às necessidades de um dos nossos aspectos, Tríplice Espírito, e de sua contraparte no Tríplice Corpo.

Essa oração é uma fórmula abstrata ao melhoramento e purificação de todos os nossos veículos.

Cada aspecto do Tríplice Espírito, começando pelo inferior, expressa adoração ao aspecto correspondente da Divindade. Quando os três aspectos do espírito estão colocados ante o Trono da Graça, cada um emite uma oração apropriada às necessidades da sua contraparte material. No fim os três unem-se para proferir a oração da Mente.

O Espírito Humano se ergue nas asas da devoção e se eleva à sua contraparte na Santíssima Trindade, o Espírito Santo (Jeová), dizendo: “Santificado seja o Vosso Nome”.

O Espírito de Vida alça-se nas asas do amor e se reverencia ante sua contraparte, o Filho (Cristo), dizendo: “Venha a nós o Vosso Reino”.

O Espírito Divino eleva-se com superior entendimento até a matriz da fonte de onde emergiu na aurora dos tempos e se ajoelha ante sua contraparte, o Pai, e diz: “Seja feita a Vossa Vontade”.

Tendo assim alcançado o Trono da Graça, nós, o Tríplice Espírito, apresenta seus pedidos para a personalidade, o Tríplice Corpo.

Então, o mais elevado, o Espírito Divino, pede ao mais elevado aspecto da Divindade, o Pai, para a sua contraparte, o cuidado a prestar ao Corpo Denso: “O pão nosso de cada dia, nos dai hoje”.

O próximo aspecto, em elevação, o Espírito de Vida, roga ao Filho, pela sua contraparte em natureza inferior, o Corpo Vital: “Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”.

O aspecto inferior do espírito, o Espírito-Humano, dirige o seu pedido ao aspecto mais inferior da Divindade para o mais elevado do tríplice Corpo, o de Desejos: “Não nos deixeis cair em tentação”.

Por último, os três aspectos do Tríplice Espírito se juntam para a mais importante das orações, a súplica pela Mente, dizendo em uníssono: “Livrai-nos do mal”.

A introdução, “Pai nosso que estais no Céu” é somente um indicativo de direção.

A adição: “Porque Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre, Amém” não foi dada por Cristo, mas é muito apropriada como adoração final do Tríplice Espírito por encerrar a diretriz correta para a Divindade.

O Diagrama 16 ilustra a explicação antecedente de forma fácil e simples, mostrando a relação entre as diferentes orações, em suas respectivas cores e os veículos correspondentes.

Algumas notas importantes para compreendermos o quão é abrangente a Oração do Pai-Nosso:

  1. Notem que encarando a oração acima sob o ponto de vista analítico, vemos que três são os ensinamentos religiosos a serem nos dados para nos ajudar a alcançar a perfeição, a saber: o da Religião do Espírito Santo; a seguir, o da Religião do Filho; e, por último, o da Religião do Pai.
  2. No Aspirante à vida superior, a união entre as naturezas superior e inferior é realizada pela Meditação sobre assuntos elevados, pela Contemplação que consolida essa união e, depois, pela Adoração que, transcendendo os estados anteriores, eleva o espírito ao Trono. No “Pai Nosso”, geralmente usado na igreja, a adoração está colocada em primeiro lugar, o que tem por fim alcançar a exaltação espiritual necessária para proferir uma petição que represente as necessidades dos veículos inferiores.
  3. Note que o “Pai Nosso” ensina a doutrina da remissão dos pecados na palavra “perdoai-nos” como também afirma a Lei de Consequência nas palavras “assim como nós perdoamos”, fazendo da nossa atitude para com os outros, a medida de nossa emancipação.

Afinal, o Corpo Vital é a sede da memória. Nele estão arquivadas, subconscientemente, as lembranças de todos os acontecimentos passados, bons ou maus, isto é, tanto a injúria como os benefícios feitos ou recebidos. Lembremos que, ao morrer, as recordações da vida são tomadas desses arquivos imediatamente depois de abandonar-se o Corpo Denso e que todos os sofrimentos da existência pós-morte são resultado dos acontecimentos aí registrados como imagens. Se pela oração contínua obtemos o perdão ou esquecimento das injúrias que tenhamos praticado e procuramos prestar toda compensação possível, purificamos nossos Corpos Vitais. Esquecer e perdoar àqueles que agiram mal contra nós elimina todos os maus sentimentos e nos salva dos sofrimentos pós-morte. Além disso, prepara o caminho para a Fraternidade Universal, que depende mui especialmente da vitória do Corpo Vital sobre o Corpo de Desejos. As ideias de vingança são impressas pelo Corpo de Desejos, em forma de memória, sobre o Corpo Vital. A vitória sobre isso é indicada por um temperamento equânime em meio dos incômodos e sofrimentos da vida. O Aspirante deve cultivar o domínio próprio, porque tem ação benéfica sobre os dois Corpos. A Oração do Senhor exerce o mesmo efeito porque ao fazer-nos ver que estamos injuriando os outros voltamo-nos para nós mesmos e resolvemo-nos a descobrir as causas. Uma dessas causas é a perda do domínio próprio, originada no Corpo de Desejos. Ao desencarnar, a maioria dos seres humanos deixa a vida física com o mesmo temperamento que trouxe ao nascer. O Aspirante deve conquistar, sistematicamente, todos os arrebatamentos do Corpo de Desejos e assumir o próprio domínio. Isto se efetua pela concentração sobre elevados ideais, que vigoriza o Corpo Vital. É um meio muito mais eficaz do que as orações da igreja. O ocultista cientista prefere empregar a concentração à oração porque a primeira realiza-se com o auxílio da Mente, que é fria e insensível, enquanto a oração, geralmente, é ditada pela emoção. Feita com devoção pura e impessoal, dirigida a elevados ideais, a oração é muito superior à fria concentração. Aliás, nunca poderá ser fria, porque voa para Divindade sobre as asas do Amor, a exaltação do místico.

  • Não nos deixeis cair em tentação” é a súplica para o Corpo de Desejos, o repositório de nossas energias e o que incentiva nossas ações através do desejo. Diz, em resumo, uma máxima oriental: “Mate-se o desejo”. A indolência resultante da tentativa de seguir esse axioma é um exemplo que o próprio do oriente pode dar. “Mate seu entusiasmo” é o tolo conselho dado, às vezes, por aqueles que perdem o autocontrole. O desejo ou entusiasmo é predicado valioso, demasiado valioso, para ser sufocado ou destruído, posto que nós sem o entusiasmo somos como o aço sem têmpera: para nada serve. No Apocalipse, seis igrejas são louvadas, mas a sétima é severamente anatematizada por “não ser quente nem fria”, por ser uma congregação inexpressiva. “Quanto maior o pecador, maior o santo” é um adágio verdadeiro porque para pecar precisa-se de energia e quando essa energia é canalizada para a direção certa, então é tanto mais poderosa para o bem, quanto o foi anteriormente para o mal. Um indivíduo pode ser bom apenas porque não consegue reunir suficiente energia para ser mau, então é tão bom que não serve para nada. Enquanto somos fracos, a natureza de desejos nos domina e pode nos fazer sucumbir às tentações, mas quando aprendemos a controlar essa natureza, o nosso temperamento, podemos então prosseguir em harmonia com as “Leis de Deus e dos Homens”.
  • A força capaz de dirigir a energia da natureza de desejos se encontra na Mente, daí a sétima súplica – “Livrai-nos do mal” – ser feita tendo ela como objetivo.
  • Os animais seguem seus desejos cegamente e não cometem pecado. Para eles, o mal não existe. O mal chega ao nosso conhecimento só através da Mente discriminatória que nos capacita a distinguir diversas alternativas de ação e optar por uma entre tantas. Se escolhemos agir em harmonia com o bem universal, cultivamos a virtude; se escolhemos o contrário, nos corrompemos. Note-se que a tão decantada “inocência infantil” não é virtude. Absolutamente. A criança ainda não foi tentada nem provada, por isso é inocente. No devido tempo, as tentações da natureza de desejos porão sua índole à prova. Então, o seguir pelo caminho reto ou o se desviar para trilha sinuosa ficará na dependência da supremacia de sua Mente sobre o seu Corpo de Desejos. Se a Mente é bastante forte para “livrar-nos do mal”, nos tornaremos virtuosos de modo positivo e mesmo se cedermos à tentação por algum tempo, antes de perceber nosso erro, adquiriremos virtude tão logo nos arrependamos e nos reformemos. Aí, trocamos a inocência negativa pela virtude, que é uma qualidade positiva.

Por fim repare que a Oração do Senhor ou a Oração do Pai-Nosso satisfaz as várias partes que nos constitui e indica as necessidades reais de cada uma, mostrando a maravilhosa sabedoria contida em fórmula tão simples.

(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os meios pelos quais um Estudante Rosacruz pode investigar, por si, todos os fatos estudados na Fraternidade Rosacruz

Vamos ver quais são os meios pelos quais um Estudante Rosacruz pode investigar, por si, todos os fatos estudados na Fraternidade Rosacruz.

São pequenos passos, a se manter sempre para cima e para frente com persistência, persistência e persistência.

A ninguém é concedido “dons” especiais. Todos podem adquirir as verdades relacionadas com a peregrinação da alma, a evolução passada e o destino futuro do mundo, sem depender da veracidade de outrem.

Há um método para adquirir essa faculdade inestimável, capacitando o Estudante Rosacruz para perscrutar esses domínios suprafísicos, diretamente, por ele próprio, sem intermediários, sejam esses domínios outros seres humanos ou objetos inanimados.

Sabemos que um profissional (independentemente da profissão que exerça) nada poderia fazer sem os instrumentos ou ferramentas de seu ofício.

Além disso, todo bom profissional se caracteriza por ser muito cuidadoso com os instrumentos ou as ferramentas que usa, pois sabe que o trabalho depende tanto do conhecimento do ofício como dos instrumentos ou das ferramentas que emprega.

Nós, o Ego, temos vários instrumentos ou várias ferramentas, quais sejam: um Corpo Denso, um Corpo Vital, um Corpo de Desejos e uma Mente.

Da qualidade e do estado desses instrumentos depende o trabalho que possamos realizar na aquisição de experiência.

Se esses nossos instrumentos forem débeis e sem flexibilidade, haverá muito pouco crescimento espiritual e a vida será quase perdida, pelo menos no que diz respeito ao principal propósito dela, relativamente a nós, o Ego.

Para tal, inicialmente, devemos ter um conceito claro do que seja, realmente, o “êxito” da vida de cada um dos renascidos aqui.

Do único ponto de vista que vale a pena, o espiritual, nós estamos aqui para adquirir experiência por intermédio dos nossos instrumentos.

Essas ferramentas, que recebemos a cada nascimento aqui, são boas, ruins ou de pouco proveito, de acordo com o que, para a sua construção, aprendemos nas nossas experiências passadas.

Se desejarmos fazer algo vantajoso, temos de trabalhar com elas tais como são.

Daqui já se percebe que considerar o “êxito” de uma vida pela conta corrente do banco, pela posição social adquirida ou pela felicidade resultante de um bom ambiente ou de uma vida sem cuidados é sinal de alguém que ainda não entendeu a missão que realmente tem de cumprir aqui, como filho de Deus.

Afinal, o que só pertença a esta vida aqui é vaidade.

De valor real é tão só o que podemos levar para além do umbral da morte, como tesouro do espírito.

No entanto, quando uma fortuna financeira, uma facilidade em ganhar dinheiro ou a posse de recursos físicos e financeiros são utilizados como meios para pensar filantropicamente, para ajudar os seres humanos a se aperfeiçoarem, podem, tais bens e dom, nesses casos, constituírem-se em uma grande bênção para o seu possuidor.

Mas quando esses recursos são utilizados com propósitos egoístas e opressivos, não podem ser considerados senão como terrível desgraça.

Quando despertamos da letargia corrente e desejamos progredir, surge, naturalmente, a pergunta: Que devo fazer?

Já vimos acima que sem boas ferramentas ou instrumentos um bom profissional não consegue executar nenhum trabalho perfeito. Semelhantemente, os nossos instrumentos devem ser purificados e afinados.

Uma vez isso feito, podemos começar a trabalhar para realizar nosso propósito.

À medida que esses maravilhosos instrumentos são usados no trabalho, eles mesmos melhoram com o uso apropriado, e se tornam mais e mais eficientes na obra em que nos ajudam.

E qual é o objetivo desse trabalho?

A união interna entre nossos dois “Eus”: o “Eu inferior” (a personalidade, que criamos a cada vida, com base nas anteriores) e o “Eu superior” (a individualidade, eterna, evoluída a partir da inconsciência até a presente consciência, rumo à onisciência).

Há três graus no trabalho da conquista do nosso “eu inferior”.

Sucedem-se uns aos outros, mas, em certo sentido, vão juntos.

No estado atual, o primeiro recebe maior atenção, menos o segundo e menos ainda o terceiro.

Quando o primeiro passo tenha sido dado completamente, prestaremos maior atenção, obviamente, aos outros dois.

O primeiro grau é dominar seu Corpo de Desejos, nos preparando para a união com o Espírito Santo. Exemplo? Pode ser visto no Dia de Pentecostes.

O segundo grau é a purificação e governo do Corpo Vital, nos preparando para a união com Cristo.

Exemplo: veja São Paulo, quando se refere a esses estados, dizendo-nos: “até que Cristo seja formado em vós”, em que exorta seus seguidores a se desembaraçarem de todos os empecilhos, como os atletas numa corrida.

A oração, como exemplo, é um meio de produzir pensamentos delicados e puros que agem sobre o Corpo Vital.

Cristo nos deu uma oração que, tal como Ele mesmo, é a única e universal.

Há nela sete orações distintas e separadas, uma para cada um dos sete princípios do ser humano: o Tríplice Corpo, o Tríplice Espírito e o elo, a Mente.

Cada oração está particularmente adaptada para promover, no ser humano, o progresso da parte a que é dirigida. É a Oração do Senhor, o Pai-Nosso.

O terceiro grau ainda nos será fornecido e vagamente podemos compreender o que será.

Somente podemos dizer que seu ideal será superior à Fraternidade e que, por seu intermédio, o Corpo Denso será espiritualizado.

Ele nos preparará para a união com o Pai.

O Estudante Rosacruz para obter todo esse conhecimento superior trabalha conscientemente e emprega métodos bem definidos, de acordo com a sua constituição atual.

A fórmula obtém-se por meio do treinamento esotérico ou oculto. Não havendo dois Estudantes iguais, o trabalho eficaz, na esfera de ação de cada um, é sempre individual.

O importante é que o Caminho da Preparação e Iniciação Rosacruz é o mesmo para todos.

É ele que leva o Estudante da Fraternidade Rosacruz à Ordem Rosacruz por meio dos 4 graus dessa Escola e lá por mais 3 graus, completando o Caminho da Iniciação. Sigamos ele, independentemente das dificuldades que temos, pois ele é difícil, mas é feito para chegar. Muitos já chegaram, muitos outros estão trilhando e muitos são setas nesse caminho. Aproveitemos esse nosso renascimento nos últimos graus de uma Era, a de Peixes, já na órbita de influência da próxima Era, a de Aquário, momento em que temos o dobro de oportunidades, de possibilidades, de recursos e de auxílio para acelerar o nosso desenvolvimento espiritual e, assim, ter o mérito de servir “em outras paragens”, além dessas e nos tornar, de fato, “um colaborador consciente na obra benfeitora dos Irmãos Maiores a serviço da humanidade”.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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