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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Considerações sobre o Ideário Aquariano

À medida que nos aproximamos da Era de Aquário mais e mais se acentua sua influência.  E os mais evoluídos da Onda de Vida humana são os primeiros, como não poderia deixar de ser, a responder a seus elevados ideais. Essa projeção aquariana faz-se sentir em todos os campos.

Ao Estudante Rosacruz não causa estranheza certas mudanças notadas no mundo. Ele, mercê de seu conhecimento e formação interna, não se choca com certas excentricidades, radicalismos ou exageros, embora não os adote como parte de sua conduta. Sabe que vivemos uma fase de transição, e como toda transição é suscetível de gerar inseguranças e incertezas, procura, serena e conscientemente, manter-se equilibrado. É a forma de agir mais compatível com as Leis Divinas.

Dentro desse novo contexto, o Aspirante à vida superior diferencia as legitimas expressões uranianas dos produtos efêmeros da conturbação reinante.

Uma das mais notáveis manifestações da idade vindoura é o trabalho de equipe ou em grupo. Uma nova mentalidade parece reger os negócios humanos, enfatizando a necessidade de desenvolvimento do espírito comunitário. As coisas tomam esse rumo porque os líderes tendem a desaparecer e estão desaparecendo.

Em lugar da liderança brotam os esforços coletivos, imprimindo uma nova tônica aos agrupamentos humanos.

Mas, ainda não podemos afirmar que essa ideia goze de consenso geral.

Muitos ainda relutam em aceitá-la. Lamentam nostalgicamente o estertor da liderança. Movidos por um sentimento de inconformismo, proclamam, equivocadamente, a falência da capacidade e inteligência humanas.

Não podemos voltar ao passado. Dele devemos conservar apenas o valor educativo das lições. Recordemos a narrativa bíblica: a mulher de Ló converteu-se em uma estátua de sal porque olhou para trás, não resistindo à contemplação de Sodoma e Gomorra pela última vez. É um símbolo da cristalização.

Certos condicionamentos emperram a vontade humana no sentido de desbravar o futuro. Há, como já dissemos, uma tendência nostálgica em permanecer em “status quo”, em uma cômoda posição de imobilismo, porque o esforço é sempre desagradável para quem não exercita sua capacidade de adaptar-se a novas circunstâncias. Essa predisposição é indispensável para quem deseja evoluir conscientemente. Evoluir é aprender; é aplicar o conhecimento; é assimilar novos conceitos (obviamente construtivos); é revisá-los, quando o bom senso assim o exigir, ou mesmo conservá-los, quando à luz da razão, ponderar-se sobre sua atualidade. Evoluir, também, é saber ouvir críticas, sem, contudo, temê-las. Para tanto, requer-se um arejamento mental a toda prova  . Max Heindel, na “Uma Palavra ao Sábio” do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” recomenda mantermos a Mente em estado fluídico, de calma e digna expectativa. É uma questão de discernimento, quando não de maturidade espiritual.

O trabalho grupal é uma forma superior de aplicação de talentos e conhecimentos em torno de um objetivo comum. Exige um redobrado entendimento, porque as responsabilidades são bem divididas. Implica autossuperação, porquanto as falhas de caráter como o egocentrismo, a vaidade e o orgulho, frustram qualquer tentativa de esforço conjunto.

Compreendemos que nem todos se qualificaram ainda para essa classe de serviço, mas seus princípios merecem ser disseminados, a fim de que os seres humanos se conscientizem de seu caráter superior.

Cremos no ideário aquariano e na sua vitória final.

(Por Gilberto A V Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz de maio/1975-Fraternidade Rosacruz-SP)

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Por que trabalhar e o que significa realmente trabalhar?

Uma das vantagens de trabalhar, quer se goste ou não do pensamento, é a associação que ele traz por meio da cooperação.

Os esforços desinteressados ​​da humanidade, trabalhando juntos em uma causa comum, criam um propósito unificador que une a humanidade como poucas outras coisas podem fazer.

O que estamos acostumados a considerar como incômodos – os sem-teto que pedem doações, as queixas contínuas de um conhecido, cartas importunas de estranhos – podem ser oportunidades de ajuda. Devemos lembrar que uma bênção retida nos empobrece mais do que o solicitante.

O serviço aos outros é um campo de trabalho em que nunca é necessário o desemprego. Como Elizabeth Barrett Browning observou com precisão e belamente:

Um pobre homem, servido por ti, te fará rico;

Um homem doente, ajudado por ti, te fortalecerá;

Serás servido a ti mesmo por todo sentido de serviço que ofereces.

O melhor serviço que podemos dar a algumas pessoas é concentrar a atenção em algo fora de si mesmas; para elevar sua visão do zero da ponta do seu nariz até as colinas eternas ou até as verdades eternas; afastar suas Mentes de seus próprios pequenos problemas e direcionar suas energias e habilidades para a resolução dos problemas dos outros; alargar o horizonte para além dos obstáculos temporários as perspectivas de oportunidades de ouro.

Vamos aprender a pensar em termos das necessidades dos outros. Vamos ajudar as pessoas a realizar seus sonhos – depois de descobrir quais são seus sonhos. O que muitas pessoas precisam é de alguém que ouça com compreensão, quando elas falam sobre o que querem fazer. Quando pensamos sobre outras pessoas e seus interesses e bem-estar, fazemos um ímã de nós mesmos que atrai para nós as boas coisas do Espírito. Como somos para eles uma fonte de suprimento, eles trabalharão com poder e principalmente para nos permitir continuar sendo essa fonte.

Poucas pessoas pensam nas pequenas coisas que dão prazer aos outros. Sempre que tivermos um pensamento agradável sobre alguém que não esteja presente, ou desejar parabenizar alguém, por que não publicar uma breve nota, enviar um e-mail, uma mensagem ou ligar? Cada pessoa que encontramos tem fome de amizade e, ao responder a essa fome, contribuímos de verdade para o bem-estar do nosso mundo. Podemos até nos tornar líderes em nossa comunidade através de atos amigáveis ​​que aliviam a solidão humana, ampliando assim nosso escopo para promover o progresso de toda a humanidade.

Na história de Alice no País das Maravilhas, nos é dito que Alice não conseguia regular sua altura. Um minuto a cabeça dela bateu no teto, e no momento seguinte o queixo dela descansou nas fivelas do sapato. Uma lagarta que estava sentada em um cogumelo disse a ela para mordiscar um lado do cogumelo para ficar mais alto e o outro lado para ficar mais curto; mas, o cogumelo não tem lados porque é redondo. Isso nos ensina que a vida não pode ser totalmente compartimentada, pois é toda uma peça.

As pessoas sábias não se preocupam se algum bom trabalho que estão fazendo começa a ficar monótono. Eles, por assim dizer, simplesmente variam sua dieta, comem do outro lado do cogumelo, sabendo que nada deve ser abandonado, para que não voltem a ter que fazê-lo. Eles estão alegremente resignados e aguardam pacientemente até completar a tarefa.

Robert Louis Stevenson fala de pessoas “amarradas para a vida em uma mala que ninguém pode desfazer”. Não há muitas dessas malas que o serviço de amor não desfaça, mas serviços desse tipo não são fáceis. Devemos esperar compartilhar as tristezas e alegrias de nossos vizinhos. Embora existam muitas vezes em que não podemos encontrar ajuda, raramente há um tempo em que não podemos dar. É um fato aceito que não há melhor escapatória da auto-preocupação mórbida do que no serviço aos outros. Assim, a corrente da vida continua fluindo livremente; há pouca chance de que se formem poças nojentas de autopiedade, ressentimento e desânimo. Orgulho egoísta, sentimentos feridos, inveja e ciúmes não conseguem encontrar uma vida vital saudável.

Você se lembra de como Robinson Crusoé o fascinou quando criança? Foi emocionante ler sobre um homem que poderia viver sozinho em uma ilha. Mas provavelmente não era tão emocionante para o próprio Robinson. Ele corria o risco de perder seu discurso e sua Mente até salvar a vida do outro homem na sexta-feira, que virou o Sexta-feira.

Só quando Sexta-feira veio com sua força que a canoa pesada pôde ser empurrada para a água. Robinson Crusoé passou por muitos perigos em suas viagens, mas nunca fez amizade com nenhum deles até trabalhar com um deles.

Quando Napoleão foi exilado em Santa Helena, uma senhora titulada veio visitá-lo. Quando ele estava prestes a conduzi-la por uma escadaria íngreme e estreita, avistou um nativo cambaleando sob uma carga pesada de lenha. A dama também viu o operário, mas virou-se para subir os degraus. Napoleão deteve-a, pegando-a pelo braço e puxando-a para fora do caminho, dizendo: “Madame, respeite o fardo”. E o trabalhador continuou sem parar.

Estamos respeitando o fardo? A mudança para o individualismo pode estar servindo a um propósito definido na evolução do ser humano, mas não deve ir tão longe a ponto de ser um prejuízo para o crescimento do altruísmo e do universalismo. Muitas pessoas estão relegando o cuidado de seus filhos a outros, transferindo os idosos e enfermos de casa para uma instituição, evitando qualquer obrigação que possa interferir em sua liberdade egoísta e conforto corporal. Nós nos aproveitamos para o trabalho do mundo de maneira desajeitada e antinatural. Recusamo-nos a respeitar os fardos da vida, e assim esses fardos vão algum dia, seja em uma vida futura, recusar-se a nos respeitar.

O egocentrismo assume duas formas: pensando muito bem em si mesmo ou pensando muito mal. Os psiquiatras afirmam que é mais difícil curar o segundo que o primeiro. As pessoas afligidas por um forte senso de inferioridade são vulneráveis ​​a toda palavra descuidada, sensíveis a desprezos não intencionais, cheias de pequenos preconceitos. Em vez de aceitar com casual indiferença o “dar e receber” do contato diário e dar crédito às pessoas com os bons motivos que elas geralmente têm, essas pessoas negativas se retiram para si mesmas e nutrem suas queixas. E quando elas chegam ao ponto de apreciar suas aflições e gostam de falar sobre elas, elas se tornaram neuróticos; e os neuróticos não são muito úteis no desempenho do trabalho do mundo.

Vamos levar conosco estas palavras de Max Heindel: “Estamos agora nos preparando para a rápida aproximação da Era de Aquário com seu grande desenvolvimento intelectual e espiritual. Isso requer um despertar do Corpo Vital inativo, cuja palavra-chave é a repetição. A rotina do nosso trabalho diário fornece isso. Se nos rebelarmos, isso gera monotonia e retarda o progresso. Mas se levamos nosso trabalho com amor, devemos avançar muito na evolução e colher a recompensa do contentamento ”.

Que as rosas floresçam em vossa cruz!

(Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross de março/abril de 2002 pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Não precisamos de uma nova Religião nem de uma nova Filosofia

De fato: não precisamos de uma nova Religião nem de uma nova Filosofia. Precisamos, isto sim, é de RE-ligião, de FILO-sofia, quer dizer, necessitamos buscar, dentro de nós, o nosso Deus, o Cristo Interno, com Quem devemos Re-atar, conscientemente, as relações. Uma vez que o encontremos e o ouçamos, seremos FILÓ-sofo, amigo da sabedoria. Essa é a verdadeira sabedoria, perfeitamente individualizada às nossas necessidades. Ninguém melhor do que nosso Verdadeiro Eu para compreender-nos e intuir-nos a melhor forma de viver.

É útil o estudo dos Evangelhos se pudermos pôr de lado as formas convencionais de interpretação e se pudermos neutralizar as induções materialistas dos nossos sentidos. Para isso, basta que leiamos e meditemos calmamente ficando, depois, em silêncio, para que a Deidade interna nos instrua. Mas, precisamos de calma e de concentração. O nervosismo e a preocupação movimentam o nosso Corpo de Desejos e comprometem a recepção mental. Se estivermos preocupados ou nervosos, respiremos profunda e calmamente e peçamos que o Cristo se levante do fundo da barca do nosso corpo-templo e, estendendo Seus poderosos braços, acalme as ondas das emoções e os ventos dos pensamentos errantes. De toda maneira, o acalmar e concentrar são preâmbulos indispensáveis ao contato com o Cristo. Pode suceder, também, que hajamos estado a conversar frivolidades e ouvindo até coisas maliciosas. Limpemos a Mente e as emoções. Isso representa tirar as sandálias, para pisar um solo santo, de encontro com o Senhor. Aí podemos ler, meditar e silenciar, pedindo ao Cristo que nos instrua.

Realmente, os Evangelhos continuam sendo atualíssimos, continuam a desafiar-nos que os vivamos, para sermos realmente felizes. Quando tivermos atingido esse ponto, aí sim, virão ensinamentos mais altos; será quando o Cristo entregar seu Reino ao Pai, a fim de que recebamos d’Ele orientação mais elevada. Mas, quem chegou a esse ponto? Os sofrimentos internos e sociais, as guerras, as doenças, são macabros atestados de como projetamos, de dentro de nós, as sombras de nossas discórdias às Leis da Natureza.

A Filosofia Rosacruz apareceu, no começo deste século, para orientar, pela razão, os Egos ocidentais que não aceitam o Cristo simplesmente pela fé. É uma Filosofia de ação Cristã, racional, atualizadíssima, que vai preparar a humanidade para uma forma de Religião mais alta, o Cristianismo Esotérico, para a próxima Era de Aquário. Ela pode servir-nos de segura orientação, porque os Irmãos Maiores que a estruturaram são Elevados Iniciados que já passaram pelas nove Iniciações Menores e pelas quatro Iniciações Maiores ou Cristãs.

Precursores que já foram até o fim do caminho desse Esquema de Evolução e pensando naqueles que ficaram para trás, amorosamente voltaram para ajudá-los, prevenindo-os da melhor forma para vencer os obstáculos da jornada. Eles podem olhar lá de cima do grande monte e vislumbrar claramente os caminhos que levam ao cume. Daí Eles serem muito tolerantes com todas as formas religiosas e filosóficas que se criaram para ajudar a humanidade. No entanto, eles indicam um caminho mais curto, um caminho do MEIO, para os que tenham coragem de vencer a si mesmos e de renunciar ao ilusório, como o “atleta que fica com o mínimo de roupas, para melhor vencer a corrida”.

A Fraternidade Rosacruz não é uma nova filosofia. É Sabedoria antiquíssima que surge para a NOVA criatura. À medida que nos renovamos, nos aparecem meios mais elevados de orientação. Simplesmente isso! A Sabedoria nada tem de nova. O método sim é adequado às necessidades internas do povo a quem se dirige. Eis a razão de ser da Fraternidade Rosacruz, que busca livrar o Aspirante das ilusões e miragens do Caminho no deserto, mostrando-lhe, seguramente, as vias de chegar à Terra Prometida, dentro dele mesmo.

Ela não manda “matar os desejos” nem se sentar em meditação ou fazer longos retiros e jejuns, negligenciando os deveres familiares e fugindo aos desafios da vida social. Não! Dá condições de nós, Aspirante à vida superior, haurirmos o alimento anímico no próprio ambiente em que vivemos e lutamos e, nos momentos que nos sobram, buscar a Deus, estudar as verdades espirituais que foram mantidas pela Ordem Rosacruz, livres da conspurcação materialista, de modo que estabeleça no íntimo um Templo. Se nós, Estudantes Rosacruzes, recebemos a oportunidade desse contato com a Fraternidade Rosacruz e a aproveitamos, consideramos isso uma graça de Deus. Mas, se nós temos a oportunidade e não reconhecemos nada de superior nos ensinamentos da Fraternidade Rosacruz e não sentimos vibrar o íntimo à Mensagem dela, é porque não chegou a nossa hora. Ainda estamos verdes; ainda precisamos de “viver e sofrer” até que “encontremos” tempo para o cultivo da Alma, por julgar que isso é a coisa mais importante do mundo.

Então podemos começar a escalada. Aí compreendemos o que é “AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO”.

Compreendem isso, meu Amigo e minha Amiga?

(por Gilberto A V Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz de julho/1972-Fraternidade Rosacruz-SP)

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Atitude Mental: Admitir como possíveis todas as coisas

Uma das atitudes mentais insistentemente recomendadas pela Filosofia Rosacruz é a de “admitir como possíveis todas as coisas”. Negar precipitadamente qualquer coisa sem examinar os ângulos, é imaturidade ou fanatismo. A adaptabilidade é um dos fatores mais expressivos da evolução. Contrariamente, o do Ego, ou seja, para nós, a qualquer forma de verdade estabelecida é limitador. Convém estarmos alertas com os condicionamentos mentais. Se, por um lado, o “Corpo Vital é o veículo conducente a Iniciação, por meio da repetição de novos e melhores hábitos”, por outro lado pode nos encarcerar na conservação de hábitos antigos e, desse modo, nos retardar a evolução. É importante notar que essa tendência de se ater as verdades convencionais é mais forte nos mais intelectualmente desenvolvidos. O intelecto é orgulhoso e tende a se conservar, lutando contra as novas ideias. Por isso disse Max Heindel que um dos últimos tropeços iniciáticos é o de Judas Iscariotes que simboliza a “Mente concreta”. De fato essa resistência às inovações é mais notável nos proeminentes cientistas que nos leigos. Simon Newcomb, eminente cientista norte-americano declarou, no começo deste século, que era impossível a qualquer máquina voar através de grandes distâncias. Longe dos primeiros voos dos irmãos Wright causarem sensação, provocaram reações de muitos redatores de jornais, que consideraram o relato das testemunhas como “impossível”. Não publicaram uma linha sequer. Passaram-se muitos anos antes que o povo compreendesse que os irmãos Orville e Wilbur tinham começado a conquista espacial prevista para a Era de Aquário, naquela manhã de dezembro de 1903. Levou muitos anos para que eles descobrissem mercado para sua máquina voadora. Numa carta aos inventores, em 1907, o Primeiro Lorde do Almirantado escreveu o seguinte: “O conselho do Almirantado é de opinião que vossa máquina voadora não é de utilidade prática para a Marinha”.

Alexandre Graham Bell não foi mais feliz. Um artigo de fundo de um jornal dos Estados Unidos assim considerou sua invenção: “um homem de uns 46 anos foi preso em Nova Iorque por tentar extorquir dinheiro de pessoas ignorantes e supersticiosas, exibindo um aparelho que, dizia transmitir a voz humana a qualquer distância, através de fios metálicos. Ele chama o instrumento de telefone, naturalmente pretendendo imitar a palavra telégrafo e, com isto, conquistar a confiança daqueles que sabem do êxito que tem esse último aparelho. As pessoas bem-informadas sabem que é impossível transmitir a voz pelo fio e que, se isso fosse possível o aparelho não teria valor prático algum” (vide a obra de A.M. Low – “What’s the World Coming to?”). Tomemos, da mesma obra as palavras do professor Erasmus Wilson, em 1878: “Com relação à luz elétrica, muito se tem dito a favor e contra ela; mas creio que posso dizer, sem receio de contestação, que ao encerrar a exposição, em Paris, a luz elétrica deixará de existir e pouca coisa se ouvirá falar dela”.

Seria preciso dizer que Semmelweis foi expulso de Viena por cientistas que escarneciam de sua teoria sobre bactérias mesmo depois de suas ideias haverem salvado centenas de vidas? O valor de seu trabalho somente foi reconhecido 25 anos depois de sua morte. Quando a luneta de Galileu revelou as luas de Júpiter, seus companheiros astronômicos se recusaram a olhar pela luneta, porque eram de opinião que tais corpos não existiam e que a luneta devia ser, portanto, um embuste. Por que, então iriam olhar através dela?

Se os leitores querem a maior, reproduzo a opinião de um crítico literário acerca de uma obra: “Não a li e não gostei”.

Infelizmente, os tempos passam, a história protesta, os fatos gritam, mas os materialistas continuam assim, vencidos pelo convencionalismo, como Sigmund. Felizmente, ninguém pode deter a evolução. À medida que as necessidades internas e sociais exigem mudanças, elas vêm. Os Anjos do Destino e os Irmãos Maiores da humanidade, que vigiam e asseguram os destinos evolutivos, respeitando, no possível, o livre arbítrio individual suscitam as inovações necessárias. Demolem-se as velhas instituições e edificam-se novas sobre as suas cinzas segundo o mito de Fênix.

Deus opera continuamente para nosso bem. Quando a humanidade se preocupava com o número reduzido dos cavalos, que não daria para o transporte dos antigos troles, surgiu o petróleo, o automóvel, as estradas asfaltadas, e os cavalos foram pastar sossegadamente nos campos. Como dizem os Evangelhos: “olhai os lírios dos campos e os passarinhos do céu. Se Deus vela pela erva que hoje é e amanhã fenece; se olha pelos pássaros que não tecem nem guardam alimento, quanto mais a vós, homens de pouca fé! Sede, pois, como as crianças para entrardes no reino dos céus” (Lc 12:27-31).

(Gilberto A V Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz de abril/1972-Fraternidade Rosacruz-SP)

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“Deus é Luz”

Deus é Luz“, “Deus é Amor“, “Em Deus está a Vida“, uma trindade de inspirações divinas, de incomensurável valor, que se podem ler, respectivamente na 1ª Epístola de São João, Cap. 1, vers. 5; cap. 4, vers. 16 e o Evangelho Segundo São João, Cap. 1.

Três revelações que encerram dentro de si maravilhosas pérolas espirituais, quando profunda e humildemente meditadas. Se a elas associarmos o testemunho São Paulo: “O Espírito de Deus habita em nós” (1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios, Cap. 3) conseguiremos preciosos temas para reflexão, criaremos um largo e claro horizonte na vida prática de um verdadeiro cristão.

Por meio dessas afirmações facilmente chegamos ao raciocínio dedutivo de que sendo Deus, Luz, sendo Ele Amor, adorar a Luz é amar a Deus e como Ele vive em cada um de nós, amar o próximo como a nós mesmos é amar o Deus Interior, parte do Deus Exterior, do Deus do Universo, é viver na Luz.

Porém, para que a meditação seja a mais profunda possível torna-se necessário conhecer não só os sinônimos de Luz, Amor e Vida, como os seus antônimos, respectivamente trevas, ódio e morte, como ainda o que são e o que produzem.

Luz é tudo aquilo que ilumina, seja interior, seja exteriormente; são seus sinônimos a claridade, a sabedoria, a faculdade de raciocinar.

Amor é um sentimento intenso de afeto, cujos sinônimos, altruísmo, amizade, caridade tornam-se importantes, na medida em que essa maravilhosa palavra, Amor, tem sido desvirtuada a tal ponto que aparece confundida com sexo e o desejo possessivo. Vida é um vocábulo mágico que encerra as ideias de origem, existência, respiração, alimento, atividade. Por sua vez trevas é a escuridão, a noite; o ódio é um sentimento de antipatia, em que o rancor, a aversão, o egoísmo, o ressentimento se misturam; finalmente, a morte é o término da existência (se bem que para o Espírito ela não exista) cujo espectro engloba a ruína, inércia, destruição e dor.

Por isso, viver nas trevas é percorrer a estrada da Vida na escuridão, no veículo, cegueira noturna da ignorância, sujeito às provas dolorosas dos erros; semear ódio e colher os frutos das inimizades, desarmonias, guerras, cujas consequências são essencialmente prejudiciais a quem semeia, na medida em que esse sentimento negativo consome glóbulos vermelhos, necessários à fixação do oxigênio, contido no ar, fonte de vida, e fomenta o aumento dos destruidores corpúsculos brancos no sangue, cuja multiplicação ocasiona a leucemia, perturbando todo o aparelho circulatório, sistema digestivo e nervoso.

Quanto ao espectro da morte, essa ilusão materialista, irmã das trevas (inferno) e do ódio (guerras) e o túmulo da inércia, da inatividade e da destruição, o fim do mentiroso e do hipócrita, do egoísta e rancoroso, da preguiça e da luxúria.

Não nos iludamos com o caminho do egoísmo e dos seus aliados: o ódio e destruição; eles poderão conduzir à ilusão do poder efêmero terreno, alicerçado na lama das trevas, da injustiça e da morte que ocasionará, mais cedo ou mais tarde, enorme queda na qual serão colhidas as sementes dolorosas espalhadas anteriormente até que as lições sejam aprendidas e equilibradas, o débito registrado no Infalível Banco Celestial, onde o crédito são as boas ações.

Procuremos, antes e sempre, o caminho que conduz à Luz, à Vida, caminho esse que tem como bússola, o Amor Puro e como Norte, Deus. Mas, procurar exige trabalho, perseverança, desejo sincero sem o que nada se conseguirá.

Como labor prioritário façamos uma profunda observação do valor da luz física e espiritual, especialmente desse último aspecto, comparemos com os seus antônimos, discirnamos as vantagens e os inconvenientes, analisemos os perigos das trevas e do ódio e certamente que tomaremos a decisão firme de trilhar o caminho da Luz e do Amor.

Ninguém crê que desejará viver às escuras, na noite sem Luz, onde só os ladrões e os criminosos se sentem bem. No entanto, todos nós nos sentimos melhor nos dias de Sol radiante do que nos dias de chuva. Como poderíamos viver sem a Luz do Sol físico, fonte de calor e energia que faz possível a vida nas plantas, nos animais e nos seres humanos?

Tal como quando o Sol físico brilha no horizonte, o nosso ambiente externo é claro, mais alegre e o céu está limpo, também, quando o Sol espiritual brilha dentro de nós, os pensamentos tornam-se mais claros, a mente límpida, transparente e pura e então, veremos a Deus, pois “só os puros de coração verão a Deus” (Mt 5). Essa prerrogativa própria dos verdadeiros profetas e dos Clarividentes voluntários, isto é, dos que veem claro (quando querem ver e quando veem sabem o que precisam fazer), é alcançado após várias vidas na Terra de serviço amoroso e desinteressado em prol da humanidade.

A Luz física do Sol, além de originar um ambiente mais alegre, produz ainda efeitos regeneradores, curativos e daí o célebre ditado: “Casas onde entra o Sol, não entram os médicos”, o que nos aconselha a traçarmos devidamente as habitações rasgando boas entradas de Luz, que em virtude de seu poder vibratório tem a faculdade de ajudar a afastar as entidades maléficas desencarnadas. Por isso as pessoas negativas, sensitivas, devem evitar locais às escuras, tal como aqueles onde se queimem velas de cera que atraem elementais e devem ser substituídas por velas de estearina.

Esses são apenas pequenos tópicos sobre o valor da Luz, que cada qual deverá por si aprofundar. Neste trabalho um passo importante deverá ser dado, um exame de consciência, muito útil para um conhecimento de nós mesmos. Ele é uma condição indispensável para que a Luz brilhe dentro de nós, conquanto se faça unicamente à noite, antes de se deitar, evitando os inconvenientes do julgamento constante. Analisados e efetuados todos esses esforços certamente que verificaremos quanto de errado existe em nós e quanto há que aperfeiçoar. Mas, para frente e para cima é o caminho, vencendo obstáculos diversos, entre eles os preconceitos. Para transpô-lo torna-te criança, não de meses, mas daqueles que cada um tiver, isto é, despe-te do teu falso saber, dos preconceitos que não permitem ver claro e alcançar a verdade, do orgulho intelectual, que é o príncipe do reino das trevas e abre a tua Mente, em espírito de criança, todos os olhos e ouvidos, sempre pronto a aprender e a crer, não como os levianos ou idiotas, mas como seres livres e atentos, porque “todo aquele que não receber o Reino de Deus, como uma criança, nele não entrará”. Só com espírito de criança receberemos a Luz verdadeira dos Céus, do reino da Verdade do Pai, o qual é manifestado em ti, pois “Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em Vós?”. Tornando-te criança escuta a Voz do Pai que está em ti, ora e vigia constantemente, procurando o Reino dos Céus. Como orações o Pai-Nosso, oração por excelência, e a oração de São Francisco de Assis; conta ao Deus interno, os teus problemas e ansiedades; diariamente no silêncio do teu quarto medita; a seu tempo oportuno, acredite, a Luz Interior te dará a intuição necessária para a resolução dos problemas tal como devem ser equacionados e não como a natureza inferior, egoísta ou os preconceitos desejariam.

Como criança espiritual teremos de beber só leite, isto é, só poderemos beber a luz que a nossa Mente possa digerir, porém na medida em que progredirmos, nossa Mente aumentará a capacidade para captar luz mais forte e, então, receberemos alimento sólido. Por isso, é que São Paulo dizia: “Foi leite que vos dei a beber e não alimento sólido porque ainda não podereis suportá-lo“. Tal como entramos aqui na Região Química do Mundo Físico, como criança, bebendo leite no início e mais tarde comendo alimento sólido, também só como criança entraremos no Reino dos Céus, bebendo leite espiritual no princípio e mais tarde alimento sólido.

O mesmo acontece com a recepção da luz física, quando muito forte, a nossa lente da vista é incapaz de absorver devido ao nosso estado de evolução, no entanto, Seres evoluídos como os Arcanjos, conseguem evoluir nas elevadíssimas vibrações do Sol.

Como criança, não poderemos aspirar imediatamente a coisas elevadas, a grandes voos, mas adaptarmo-nos às coisas pequenas, simples, servindo dentro das nossas posses até que tenhamos bases sólidas, alicerçadas na verdadeira luz e no Amor Puro que nos permitirá cumprir missões mais elevadas, com os perigos e inconvenientes de quedas napoleônicas ou doutras, contestadas dia a dia.

Para uma análise discernente das diferenças entre o falso saber e a sabedoria verdadeira estudemos os ensinamentos bíblicos, expressão de sabedoria. Assim, São Paulo aconselha: “Não o sejais sábios em vós mesmos“. São Tiago esclarece: “Onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e obra perversa, essa a sabedoria terrena não é a que vem do alto; essa é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, cheia de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia”.

Isso indica-nos que devemos ter cuidado com as nossas opiniões, designadamente com as ideias preconcebidas, que muitas das vezes nos obscurecem, evitar o orgulho intelectual, pôr em prática a verdadeira caridade, procurando a harmonia, na consciência de que a sabedoria vem de Deus e com Ele esteve sempre e existiu antes de todos os séculos e não é produto do nosso eu inferior, egoísta, orgulhoso.

Jesus-Cristo é a Luz do Mundo. “Quem O segue não andará nas trevas, mas terá a Luz da Vida” (Jo 8). Ora, os que o seguem são aqueles que fazem a vontade de Deus cumprindo as Suas leis, escutando as palavras do Mestre dos Mestres e pondo-as na prática (Mt 7).

O que ama a correção, ama a sabedoria” (Pb 12). Por isso agrademos e sigamos os conselhos que nos deem e corrijamo-nos a nós mesmos, utilizando o exame de consciência.

Aquele que ama o seu irmão vive na Luz, enquanto o que detesta está nas trevas e não sabe para onde vai“. Afinal o caminho da Luz é amar ao próximo em obras e em verdade como já tínhamos deduzido e que concorda com os ensinamentos de Cristo. Daqui que a Filosofia cristão-rosacruciana nos aconselha a servir amorosamente e de forma desinteressada e modesta e nos esclarece que esse é o caminho mais curto que conduz a Deus. Esse Amor Puro exige purificação dos veículos anímicos, no perfume das sete virtudes, simbolizadas nas rosas do emblema Rosacruz, e entre elas está a maior de todas, a caridade, mas a verdadeira, não a hipócrita.

Ela exige que o serviço seja desinteressado e modestamente executado, isto é, que se ajude sem esperar recompensa, quer ela seja monetária ou não, sem aspirar aos louvores, à gratidão, à fama, ou a ser admirado, que se faça bem com a mão direita sem que a esquerda o veja.

Fazer o bem para ser admirado ou fazê-lo apregoando-o não é amar, mas dar hipocritamente, com egoísmo, que é a vaidade das vaidades, rainha do reino das trevas. São Paulo nos esclareceu esse assunto dizendo: podemos distribuir toda a fortuna que possuímos para sustento dos pobres e até entregar o nosso corpo para ser queimado, mas se não tivermos caridade nada disso nos aproveitará. É que a caridade é sofredora, não é invejosa, não busca o seu interesse,não se irrita, folga com a verdade, tudo sofre, tudo suporta.

A caridade verdadeira exige que amemos os nossos inimigos, que façamos bem sem olhar a quem, com modéstia; não oprime ou engana seja quem for, mas liberta e ilumina o que dá e o que recebe.

Cumpramos nossos deveres, sirvamos amorosa e desinteressadamente, isto é, com agrado, com espírito de sacrifício, dedicação, zelo e sem interesse e no final de cada ação consideremo-nos como servos inúteis, tal como Cristo nos aconselhou, conhecedor profundo dos perigos da vaidade e do orgulho.

Procedendo nesse “modus-vivendi”, vamos construindo o nosso traje de bodas, o Corpo-Alma, veículo superior que nos iluminará com a Luz Superior, da intuição, da inspiração, da Clarividência, do gênio Criador. Assim, faremos subir a energia sagrada, numa transmutação alquímica, que nos abrirá a visão espiritual.

Para que todo esse trabalho individual floresça dois fatores devemos ter ainda em consideração. Um de natureza física: possuir um cérebro em boas condições, ele na Terra é o elo entre o Espírito e a matéria, é o instrumento da Mente no Mundo Físico. Como foi construído pela metade sexual de cada um é fácil concluir que devemos transmutar a energia sagrada, usando-a para gerar e regenerar, evitando os abusos.

Uma alimentação equilibrada, frugal, rica em vitaminas e minerais e em aminoácidos é outro fator importante. Dentro dos minerais merece realçar o fósforo, palavra derivada do grego “phós” que quer dizer luz e de phóros – portador ou reprodutor. Ele faz parte dos núcleos celulares do cérebro e do sistema nervoso. Note-se que é no núcleo, parte vital da célula, que está o célebre DNA, base da vida que os cientistas procuram descobrir plenamente para criarem vida. Essa, porém, é sagrada. Invisível, antes de se manifestar na forma e como sagrada a sua descoberta exige que os cientistas se tornem verdadeiros sábios, isto é, puros de coração, humildes, pois reconhecerão que o saber é divino verdadeiramente possuidor de altruísmo e caridade.

Para que esse mineral seja devidamente assimilado pelo organismo importa que tenhamos boas glândulas endócrinas, designadamente a hipófise, tireoide e paratireoide, o que exige o desenvolvimento do Amor Puro, da amizade sincera, qualidades Uranianas, do regente em astrologia científica, da hipófise que é Urano, além de que sejamos honestos, amigos da verdade e da razão, qualidades de um regenerado Mercúrio, que comanda as outras glândulas citadas. O outro fator é de natureza mental e denomina-se: concentração, muito difícil neste mundo cheio de ruídos, de más distrações etc.

É que tal como a luz concentrada numa lente se torna mais forte, luminosa e clara, também o pensamento concentrado produz ideias mais claras e profundas.

Um bom exercício é o Exercício Esotérico de Concentração ao acordar, tal como a Fraternidade Rosacruz solicita a todo Estudante Rosacruz fazer..

Chegados que somos ao final deste modesto trabalho apela-se para que cada qual faça uma meditação profunda sobre este tema e dia após dia aplique a luz que for efetivamente possuído de forma a que nos tornemos verdadeiros cristãos, construindo a Fraternidade Universal, dignos de viver na Era de Aquário.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz – janeiro/1982 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Como conheceremos Cristo quando voltar?-

Descubra aqui onde o estudo foi dividido nos seguintes tópicos para facilitar a assimilação do conhecimento:

  1. Quem é Cristo?
  2. Por que Cristo veio à Terra pela primeira vez?
  3. Por que Ele deve vir outra vez?
  4. Como conheceremos Cristo quando Ele voltar?

Acesse aqui: Como Conheceremos Cristo quando Voltar?

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Os Mistérios dos Céus: Sete Parábolas e suas Correlações com os Períodos Evolutivos

1ª) “E disse-lhes muitas coisas em parábolas: ‘Eis que o semeador saiu para semear. E ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho e as aves vieram e a comeram. Outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra. Logo brotou, porque a terra era pouco profunda. Mas, ao surgir o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou. Outra ainda caiu entre os espinhos. Os espinhos cresceram e a abafaram. Outra parte, finalmente, caiu em terra boa e produziu fruto, uma cem, outra sessenta e outra trinta.‘” (Mt13:3-8).

2ª) “Propôs-lhes outra parábola: ‘O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e foi-se embora. Quando o trigo cresceu e começou a granar, apareceu também o joio. Os servos do proprietário foram procurá-lo e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Como então está cheio de joio?’ Ao que ele respondeu: ‘Um inimigo é que fez isso’. Os servos perguntaram-lhe: ‘Queres, então, que vamos arrancá-lo?’ Ele respondeu: ‘Não, para não acontecer que, ao arrancar o joio, com ele arranqueis também o trigo. Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ‘Arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; quanto ao trigo, recolhei-o no meu celeiro’.” (Mt 13:24-30).

3ª) “Propôs-lhes outra parábola, dizendo: ‘O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce é a maior das hortaliças e torna-se árvore, a tal ponto que as aves do céu se abrigam nos seus ramos.‘” (Mt 13:31-32).

4ª) “Contou-lhes outra parábola: ‘O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e pôs em três medidas de farinha, até que tudo ficasse fermentado.‘” (Mt 13:33).

5ª) “O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo.” (Mt 13:44).

6ª) “O Reino dos Céus é ainda semelhante a um negociante que anda em busca de pérolas finas. Ao achar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra. O Reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede lançada ao mar, que apanha de tudo. Quando está cheia, puxam-na para a praia e, sentados, juntam o que é bom em vasilhas, mas o que não presta, deitam fora. Assim será no fim do mundo: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos e os lançarão na fornalha ardente. Ali haverá choro e ranger de dentes. Entendestes todas essas coisas?” Responderam-lhe: ‘Sim’.” (Mt 13:45-51.).

7ª) “Então lhes disse: “Por isso, todo escriba que se tornou discípulo do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que do seu tesouro tira coisas, novas e velhas.” (Mt 13:52).

Há sete interpretações igualmente válidas e verdadeiras para cada parábola.  Algumas dessas interpretações são mais profundas em seu significado do que as outras. A maior parte das pessoas está familiarizada com as interpretações exotéricas ou ao pé da letra. Agora, com o “Conceito Rosacruz do Cosmos” foi levantado o primeiro véu e podemos deixar em segundo plano essa forma de interpretação literal. A chave para entendimento das parábolas transcritas está no último versículo; algumas coisas são velhas e outras são novas; algumas são do passado, ao passo que outras virão ainda. Os outros Evangelhos fazem apenas menção das quatro primeiras parábolas. Por isso consideramos esse capítulo como a apresentação completa do símbolo.

A primeira parábola refere-se ao semeador – Deus – lançando a semente de uma nova Onda de Vida, os Espíritos Virginais (a presente humanidade) foram diferenciados pela primeira vez, dentro de Deus ou “plantados”.

A segunda parábola narra o fato de o semeador encontrar joio em seu campo, preferindo deixá-lo crescer juntamente com o trigo, a fim de não haver o perigo de destruir a boa semente. Alude ao Período Solar, onde surgiram pela primeira vez a luz e as trevas. Segundo uma tradição de origem oculta, alguns componentes dessa onda de vida recusaram-se a emergir na matéria, retardando, dessa forma, a nossa evolução. Deram margem a um primeiro esboço de egoísmo ou joio, em nossa onda de vida.

A terceira parábola, do grão de mostarda, refere-se ao Período Lunar, quando o ser humano recebeu o germe do Corpo de Desejos. A semente da mostarda, embora pequenina, desenvolve-se até transformar-se numa árvore de grandes dimensões. A mostarda é um condimento excitante do Corpo de Desejos. Seu uso desmedido pode afetar negativamente nossa natureza emocional.

A quarta parábola, a da pequena quantidade de fermento, corresponde ao Período Terrestre. No Velho Testamento todo o pão sacramentado deveria ser levedado, porque desse modo Jeová poderia manter o povo sob seu jugo. Mas Cristo iniciou a Nova Era – a Era de Aquário, ainda como anunciador – em que, lenta, mas seguramente, o amor altruísta vem sendo difundido. “No peito de cada indivíduo a força do altruísmo trabalha como se fora um fermento. Desse modo transforma-se o selvagem numa pessoa civilizada e com o tempo, esse, num Deus.” (“Conceito Rosacruz do Cosmos”).

A quinta parábola, do tesouro escondido, sugere o Período de Júpiter. Naquele longínquo período futuro, os seres componentes do atual reino mineral passarão por um estado de consciência análogo ao das plantas e nós trabalharemos com eles com a mesma desenvoltura com que os Anjos operam atualmente com o Reino Vegetal.

O desenvolvimento de nossas faculdades imaginativas habilitar-nos-á também a vitalizá-las. Dessa maneira, os “tesouros do reino dos céus no Período de Júpiter, não permanecerão escondidos no campo de nossos corpos nem na Terra. Contudo, deve desde já despender os melhores esforços a fim de desenvolver estas faculdades futuras”.

A sexta parábola, a da pérola de alto preço, assinala as condições do Período de Vênus, quando os minerais atuais alcançarão um estado de consciência semelhante ao dos nossos animais. A pérola é a única gema originária da ação de uma criatura viva: a ostra.

Segundo Max Heindel, no final do Período em questão, o ser humano estará em condições de revestir de cores e tons as formas por ele engendradas e vitalizadas. Assim, tal como o comprador de pérolas, o ser humano tudo fará para adquirir essa faculdade.

A sétima parábola, a da semelhança do escriba instruído com o pai de família, refere-se ao período derradeiro – o Período de Vulcano – quando as influências particulares do Espírito Divino serão as mais fortes, porquanto foi vivificado no correspondente Período de Saturno. Nesse período o joio será removido do trigo e estaremos prontos para o repouso cósmico.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – junho/1968 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Carta de Max Heindel: A Nobreza de Todo Trabalho

Março de 1918

Uma correspondente entusiasmada com a beleza, a grandiosidade e a natureza, ao mesmo tempo, calmante e intelectualmente estimulante dos Ensinamentos Rosacruzes, lamenta com desgosto, desaprovação e com arrependimento o destino que a aprisiona em cuidar dos afazeres da casa, dos filhos e de todo trabalho doméstico. Fosse ela livre apenas para levar esse evangelho recém-encontrado, ela iria pelo mundo afora com as boas novas, nele contidas, pelas quais ela sabe que milhares e milhares de pessoas estão orando e buscando.

Isso seria bom para nossa amiga e para aquelas milhares de pessoas, mas, e quanto às criancinhas privadas dos cuidados de suas mães? Não esqueçamos de um ponto muito importante:  de que todos os que foram chamados a trabalhar na “vinha do Mestre”[1] já tinham cumprido suas atividades de trabalhos e tarefas cotidianas. Todos eles não tinham vínculos que os impedissem de trabalhar lá o dia inteiro, e ninguém que não esteja livre das suas obrigações anteriores pode dedicar uma vida inteira ao trabalho de ensinar os outros. Se aspirarmos a esse trabalho, sendo fiéis no desempenho dos nossos deveres atuais, o caminho se abrirá em algum momento e nos dará o chamado legítimo.

Quanto ao uso muito comum da expressão “o árduo trabalho braçal ou monótono ou, ainda, a labuta doméstica”, referente aos fatores impeditivos de um maior empenho na divulgação dos Ensinamentos Rosacruzes, urge que seja analisada sob uma perspectiva condizente com a atual fase evolutiva da humanidade. O professor ou a professora fala do trabalho árduo de repetir a mesma lição na cabeça das crianças ano após ano; a mãe fala do trabalho penoso dos afazeres domésticos; o pai reclama do trabalho penoso no escritório ou nas atividades mecânicas; e assim por diante. Cada um pensa que se estivesse no lugar do outro, a vida se transformaria imediatamente em uma grande e doce canção.

Isso é uma falácia. “O ser humano, nascido de mulher, tem a vida curta e cheia de tormentos”[2]. Não importa onde ele esteja, há tão somente um método de alívio, uma maneira de superar: a adoção de uma atitude mental correta.

Um grande motor a gasolina funcionando a toda velocidade pode desafiar um exército de homens fortes a detê-lo, mas uma pequena partícula de carbono depositada no ponto de ignição, ou uma pequena peça giratória trabalhando com alguma folga, rapidamente suprimiria sua energia. Assim, um pouco de fuligem, que desprezamos como sujeira, pode, sob determinadas circunstâncias, realizar mais do que muitos homens. Portanto, não devemos enaltecer extravagantemente algumas pessoas como heróis e desprezar outras como trabalhadores braçais ou que fazem trabalhos maçantes ou pesados. Há almas tão nobres remendando meias como aqueles agraciados em cadeiras presidenciais. Tudo depende se eles colocaram amor em seu trabalho ou não.

Mas, o que muitas pessoas realmente querem dizer quando falam sobre “trabalho duro, maçante, penoso” é, na verdade, a monotonia. Pois, todo trabalho é, mais ou menos, uma rotina e a execução constante das mesmas tarefas, repetidas vezes, torna o trabalho monótono. Há uma excelente razão para que a atual fase do nosso desenvolvimento inclua esse princípio de rotina. Estamos agora nos preparando para a Era de Aquário que se aproxima rapidamente com seu grande desenvolvimento intelectual e espiritual. Isso requer um despertar do Corpo Vital adormecido, cuja palavra-chave é a repetição. A rotina dos nossos afazeres diários nos proporciona isso. Se nos rebelarmos, isso gera monotonia e retarda o progresso. Mas, se fermentarmos nosso trabalho com amor, avançaremos muito na evolução e colheremos a recompensa de um estado de felicidade e satisfação.


[1] N.T.: Mt 20:1-16

[2] N.T.: Jo 14:1

(Carta nº 88 do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


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Por que Jesus foi chamado “o Filho do Homem”?

Resposta: Na realidade, Ele não foi chamado assim; Ele chamou a Si mesmo assim “Quem dizem os homens que Eu sou o Filho do Homem?[1]. Ele foi chamado de “Filho do Homem” por Ele possuir um corpo humano, mas há nisso uma referência oculta ao Signo de Aquário, no qual explicaremos à frente. Então, o “Filho do Homem” retornará. Houve um tempo em que a humanidade adorou o Touro, quando o Sol, por Precessão de Equinócios, passava pelo Signo do Touro[2]. Todo ano, o Sol dirige-se para o norte e, em torno de 21 de março ele atinge o Equador. Isso é o que chamamos o primeiro grau do Signo de Áries. Em seguida, ele percorre todo o círculo e, em torno de 21 de março seguinte atinge novamente o Equador, mas chega um pouco antes – ele precede. No Equinócio de Março, quando o Sol passa pelo Equador, chegará um pouco antes ao primeiro grau de Áries do ano anterior, e assim, por Precessão dos Equinócios, o Sol percorre todos os Signos. Quando ele atravessou o Signo do Touro, como foi mencionado, os povos adoravam o Touro. Em seguida, ele passou pelo Signo de Áries, e adorar o “bezerro de ouro” tornou-se um pecado mortal. Deus convocou o Seu povo: “Saiam do Egito. Não adoreis mais o Touro, mas pelo sangue do Cordeiro tereis a vossa Páscoa[3]. Por essa razão, a verga e as ombreiras das portas foram aspergidas com o sangue do cordeiro e eles foram salvos pelo sangue do Cordeiro.

Então, Cristo nasceu, e Ele disse àqueles que queria como Seus Discípulos: “Afastai-vos do lugar onde se adora o cordeiro.”. (…) “Eu vou tornar-vos pescadores de homens”[4]. Ele, então, preparou para essa Era, quando o Sol está transitando pelo Signo de Peixes, nesses últimos 2000 e poucos anos. No decorrer desses 2.000 e poucos anos muitos de nós comem peixe às sextas-feiras, durante a estação da Quaresma, etc. Logo após a morte de Cristo, houve uma grande controvérsia: deveria Ele ser representado pelo símbolo de um cordeiro ou de um peixe? É por essa razão que os bispos usam uma mitra em forma de cabeça de peixe. O Salvador é assim indicado pelo Signo que o Sol percorre por Precessão dos Equinócios. Agora, ele está se aproximando da cúspide do Signo de Aquário, o grande Signo intelectual. Deixará, brevemente, o Signo da devoção, Peixes, onde as pessoas tem vivido uma fé cega. Nós estamos nos aproximando de Aquário e já começamos a sentir a sua influência, o grande Signo intelectual do “Filho do Homem”. Se estudarmos a nossa Bíblia corretamente e sem opiniões preconcebidas, verificaremos que o primeiro milagre de Cristo Jesus foi a transformação de água em vinho, nas bodas de Caná[5]. Não obstante, ao chegar ao término do Seu ministério, Ele revogou a antiga aliança, enviando Seus Discípulos a um local onde pudessem comer a refeição pascal. Ele disse-lhes:

Logo que entrardes na cidade, encontrareis um homem levando uma bilha de água. Segui-o até à casa em que ele entrar. Direis ao dono da casa: ‘O Mestre te pergunta: onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos?’ E ele vos mostrará, no andar superior, uma grande sala, provida de almofadas; preparai ali”. Eles foram, acharam tudo como dissera Jesus, e prepararam a Páscoa[6]. Eles seguiram as Suas instruções e, então, Ele veio, partiu o pão e deu graças. Depois passou a taça e disse: “Então, tomando um cálice, deu graças e disse: ‘Tomai isto e reparti entre vós; pois eu vos digo que doravante não beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus[7]. Este é o ponto, a questão. Ele disse aos seus Discípulos que procurassem um homem com uma bilha ou um jarro de água – o Signo de Aquário. Há somente um Signo em todo o Zodíaco em que aparece um homem, e Aquário está ali, com uma bilha que despeja água. Cristo Jesus chamou a Si mesmo de o “Filho do Homem” porque Ele trouxe a Religião da Era Aquariana, da Era de Aquário.

(Do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II” – Pergunta nº 93 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: Mt 16:13

[2] N.T.: a Era de Touro, na Época Atlante.

[3] N.T.: Ex 12:13

[4] N.T.: Mt 4:19

[5] N.T.: No terceiro dia, houve um casamento em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá. Jesus foi convidado para o casamento e os seus discípulos também. Ora, não havia mais vinho, pois o vinho do casamento tinha-se acabado. Então a mãe de Jesus lhe disse: ‘Eles não têm mais vinho’. Respondeu-lhe Jesus: ‘Que queres de mim, mulher? Minha hora ainda não chegou’. Sua mãe disse aos serventes: ‘Fazei tudo o que ele vos disser’. Havia ali seis talhas de pedra para a purificação dos judeus, cada uma contendo de duas a três medidas. Jesus lhes disse: ‘Enchei as talhas de água’. Eles as encheram até à borda. Então lhes disse: ‘Tirai agora e levai ao mestre-sala’. Eles levaram. Quando o mestre-sala provou a água transformada em vinho — ele não sabia de onde vinha, mas o sabiam os serventes que haviam retirado a água — chamou o noivo e lhe disse: ‘Todo homem serve primeiro o vinho bom e, quando os convidados já estão embriagados serve o inferior. Tu guardaste o vinho bom até agora!’. Esse princípio dos sinais, Jesus o fez em Caná da Galileia e manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele.” (Jo 2:1-11).

[6] N.T. Lc 22:10-13

[7] N.T.: Lc 22-17-18

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Pergunta: Por que alguns astrólogos afirmam ser o ano 1912 o início da Era Aquariana ou Era de Aquário?

Resposta: Já ouvimos essa afirmação, mas nenhuma razão foi apresentada. A astrologia não é necessária para calcular isso, já que a astronomia comum o faz de forma muito clara. Atualmente, o Equinócio de Março está em torno de 10 graus da constelação de Peixes, o que é naturalmente considerado pelos astrônomos como o primeiro grau de Áries. Eles usam o mesmo sistema que usamos na astrologia para diferenciar os dois Zodíacos. Eles sempre começam com o primeiro ponto de Áries, que chamamos de zero graus de longitude, no momento exato em que o Sol atravessa anualmente o Equador. Eles conhecem e medem a Precessão dos Equinócios à razão de aproximadamente cinquenta segundos de espaço por ano. Se retrocedermos, percorrendo anualmente esses cinquenta segundos de espaço, veremos que eles perfazem cerca de um grau em 72 anos, e um Signo em mais ou menos 2.100 anos, exatamente os mesmos cálculos que usamos na astrologia.

O Sol está no momento atual cruzando o Equador aproximadamente a 10 graus da constelação Peixes, como já foi dito, e como ele precede à razão de cinquenta segundos por ano ou um grau em setenta e dois anos, podemos facilmente calcular quando o Sol, por Precessão dos Equinócios, entrará na constelação de Aquário: mais ou menos no ano 2638. Porque certas pessoas afirmam que a Era Aquariana, ou Era de Aquário, começou em 1912, não o sabemos. O que podemos dizer, contudo, é que cada um de nós possui uma aura que interpenetra o Corpo Denso, físico, e estende-se a cerca de quarenta centímetros de sua periferia. Ela cresce mais à medida que nos espiritualizarmos, mas essa é a média. Isso explica o fato de, às vezes, sentirmos uma pessoa atrás de nós. Sua aura e a nossa se misturam, e intuímos assim a presença dela, sentindo a sua vibração. Dá-se o mesmo com o Sol, a Lua, a Terra e com todos os outros Planetas.

Cada um possui a sua aura particular. Assim, à medida que o Sol se move em direção da constelação de Aquário, a sua aura o precede e entra em contato com a vibração Aquariana, de forma que a influência começou a fazer-se sentir por nós desde os meados do século passado. É o que chamamos de Órbita de Influência.

Se considerarmos que Aquário é o Signo da criatividade, originalidade e independência, que traz para o mundo ideias mais brilhantes e liberais, e lembrarmos que a partir de 1850 as ideias religiosas e sociais do mundo sofreram uma revolução total e que a ciência e as invenções deram um maravilhoso passo, devemos reconhecer a sua real influência. Pensemos em todas as invenções que surgiram no mundo desde aquela época.

Navios a vapor começaram a ser usados, em seguida o telégrafo e o telefone, o telégrafo sem fio, automóveis, dirigíveis, aparelhos elétricos, e tudo aquilo que passou a revolucionar a vida de 60 ou 70 anos para cá. O mundo inteiro transformou-se com essa influência Aquariana e isso é sentido, cada vez mais, a cada ano. Por essa razão, podemos dizer que estamos na órbita de Aquário, mas a Era Aquariana não começou realmente. Quando Cristo veio, o Sol, por Precessão dos Equinócios, estava em torno de sete graus de Áries.

Ainda tinha que percorrer sete graus antes de chegar a Peixes, mas já estava em sua Órbita de Influência. Em 498 D.C., o Sol cruzou o grau zero de Áries e, a partir daí, veio precedendo o Signo de Peixes, dando início a Era Pisciana, a Era de Peixes.

É comum um grande mestre aparecer a cada Era, e podemos esperar que desta vez venha através da Fraternidade Rosacruz, porque a Fraternidade é o arauto da Era Aquariana, da mesma forma que São João Batista foi o arauto da Era Pisciana.

(Pergunta nº 112 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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