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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Quem foram os Pastores que estavam no momento do nascimento de Jesus?

Resposta: Grande fonte econômica daqueles tempos era a criação de caprinos (em particular carneiros, ovelhas, cabras) e, por essa razão, centenas de pastores viviam pelas colinas da Judéia sem que, entretanto, a maioria notasse algo de extraordinário naquela noite. O Estudante Rosacruz sabe que esses pastores, a quem o Anjo do Senhor apareceu, eram os Iniciados da Religião de Áries (o Carneiro) e como seres humanos de elevada espiritualidade que eram, puderam, clarividentemente, perceber o Anjo mensageiro e, clariaudientemente, ouviram os cantos celestiais proclamando a Nova Era que se inaugurava naquela noite (já que entrávamos na “Órbita de Influência” da Era de Peixes). Foi, na verdade, uma Noite Santa para a Humanidade; foi a abertura do novo caminho que eventualmente nos livrará da roda do nascimento e da morte, possibilitando, a todos aqueles que desejarem, “beber da Água da Vida” (Jo 4:14).

O nome Davi significa “bem-amado”; Belém, a “casa do pão” ou o “princípio coração”, feminino, manifestando-se em todas as coisas, do átomo a Deus. O desejo natural deve ser purificado e esse amor ou princípio coração deve ser expandido antes de Cristo poder nascer dentro de nós, pois as passagens da Bíblia se correlacionam intimamente com nossas próprias vidas. Assim, embora José e Maria vivessem em Nazaré, em torno de 100 quilômetros além, era necessária, de acordo com a lei, que eles se deslocassem para Belém na ocasião em que se deu o nascimento da criança.

Similarmente, o grande princípio redentor do amor não poderá nascer em nenhum outro lugar, a não ser em Belém, que é a representação da vida purificada. Jesus nasceu em uma manjedoura, onde os animais se alimentavam. Esse lugar representa a natureza de desejo inferior, que deve ser regenerada antes que o Poder do Cristo possa nascer na estalagem, a qual simboliza a cabeça. Assim, cada neófito no Caminho da Iniciação deve também deixar Nazaré, a vida material, e iniciar a jornada a Belém, a vida impessoal purificada. Cada um verificará, a princípio, que não há acomodações na estalagem e que o renascimento deve ter lugar numa manjedoura, onde os animais alimentam-se. Esse é, realmente, o significado do Natal.

Pouco significa para Jesus que reverenciemos o seu nascimento na Santa Noite, pois o importante é que possamos aprender a seguir o Cristo, encontrando o caminho que nos conduzirá à realização da nossa Noite Santa individual.

Escreveu, nos ensinando, Angelus Silesius:

“Embora Cristo nasça mil vezes

em Belém, se não nascer em teu coração,

tua alma segue extraviada”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz março/1967 – Fraternidade Rosacruz-SP)

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Carta de Max Heindel: A Era de Aquário e a Nova Aliança

Abril de 1918

Depois de escrever a lição dos Estudantes Rosacruzes e pensar sobre as várias fases da Páscoa e os eventos que aconteceram naquela época de acordo com a história na Bíblia, ocorreu-me que a Bíblia é um livro selado para aqueles que não têm os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental e um conhecimento da Astrologia Rosacruz, que é esotérica. Então decidi usar essa carta para elucidar um dos pontos que se apresentaram diante da minha Mente.

Você, provavelmente, se lembra que, de acordo com o Evangelho Segundo S. Lucas (Capítulo 22[1]), Cristo enviou S. Pedro e S. João com instruções para procurar um homem que carregava um cântaro de água e entrar na casa para onde ele fosse, pois ali seria realizada a Páscoa. Mais tarde, naquele local, somos informados que Ele deu aos Apóstolos o pão e a água que constituíam a Nova Aliança, declarando que não beberia mais do fruto da videira. Isso é totalmente mal compreendido. Para a grande maioria, o homem com o cântaro de água não tem significado, nem o fato de que a Páscoa foi celebrada na casa dele e não em algum outro lugar. As pessoas também acreditam que Cristo deu vinho para beber aos Seus Discípulos, enquanto a Bíblia diz exatamente o contrário. Há um grande significado nessa história, quando a lemos tal como está escrita e a examinamos à luz do ensinamento esotérico.

Primeiro, lembremo-nos de como os líderes da Humanidade deram a cada nova Raça um certo alimento apropriado, conforme elucidado minuciosamente no livro Conceito Rosacruz do Cosmos. Resumidamente, o vegetal foi dado a Caim, o ser humano da Segunda Raça da Época Atlante[2], que era semelhante a uma planta e tinha um Corpo Vital. Para Abel, o ser humano da Terceira Raça, que tinha um Corpo de Desejos, o leite foi fornecido. Para Nimrod, o ser humano da Quarta Raça, que tinha uma Mente, foi dado carne animal.

O vinho foi fornecido para Noé, o ser humano da Quinta Raça[3]. Isso fez dele um egotista sem Deus, de modo que a “desumanidade do homem para com o homem” se tornou uma palavra de ordem; mas também o ajudou a atingir o nadir da materialidade de sua evolução material. Agora, porém, o foco na evolução espiritual é a palavra de ordem, e as ideias altruístas devem ser fomentadas, ou pelo menos começar a germinar, para que essas possam ser expressos pela última Raça que teremos na Sexta Época[4]. Isso, novamente, requer uma mudança na dieta.

Enquanto essas etapas da evolução foram ocorrendo o Sol, pelo movimento da Precessão dos Equinócios, circulou o Zodíaco muitas vezes. Mas cada etapa foi inaugurada sob um Signo específico, e cada uma foi precedida e sucedida por ciclos menores que eram réplicas das grandes Eras e Épocas evolutivas. Assim, os últimos seis ou sete mil anos – enquanto o Sol passava, por meio do movimento da Terra que conhecemos como Precessão dos Equinócios, por Touro, o Signo do touro, Áries, o Signo do carneiro, e Peixes, o Signo de Água e fluídico – testemunhamos Eras de desenvolvimento material, fomentadas “pela carne e pelo vinho”. Até mesmo Cristo, no início do Seu ministério, transformou a água em vinho, ratificando o seu uso contínuo durante a Era de Peixes. Mas no final de Sua primeira vinda aqui, Ele enviou Seus Discípulos para preparar a Páscoa na casa do Aguadeiro, e ali aboliu “a carne e o vinho”, dando “o pão e a água” como a Nova Aliança para o Reino de Deus, onde Ele reinará como o Príncipe da Paz.

Alguma coisa poderia ser mais clara? Cristo é o Espírito do Sol, e quando o Sol passar sobre o equador no Equinócio de Março no Signo do Aguadeiro, a Era de Aquário será inaugurada, na qual a dieta sem carne animal e sem bebidas alcoólicas da Nova Aliança estará em voga e uma Era de altruísmo irá nascer. Estamos começando a sentir essa influência benéfica agora, embora ainda esteja a séculos de distância, e estamos aqui para ajudar a nos preparar para aquele momento.

Portanto, cabe a nós purificar-nos fisicamente, moralmente, mentalmente e espiritualmente para que possamos ser um exemplo brilhante para os outros e, assim, conduzi-los à grande Luz que tivemos a sorte de ver. Lembremo-nos também de que quanto maior for o nosso conhecimento, maior será também a nossa responsabilidade pela sua correta utilização e, a menos que vivamos de acordo com estes ideais, mereceremos maior condenação.

(Carta nº 89 do Livro “Cartas aos Estudantes” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: Lc 22:7-13: Veio o dia dos Ázimos, quando devia ser imolada a Páscoa. Cristo-Jesus então enviou Pedro e João, dizendo: “Ide preparar-nos a Páscoa para comermos”. Perguntaram-lhe: “Onde queres que a preparemos?”. Respondeu-lhes: “Logo que entrardes na cidade, encontrareis um homem levando uma bilha de água. Segui-o até à casa em que ele entrar. Direis ao dono da casa: ‘O Mestre te pergunta: onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos?’ E ele vos mostrará, no andar superior, uma grande sala, provida de almofadas; preparai ali”. Eles foram, acharam tudo como dissera Cristo-Jesus, e prepararam a Páscoa.

[2] N.T.: as 7 Raças atlantes: Rmoahals foi a primeira Raça dos Atlantes; a segunda Raça atlante foi a dos Tlavatlis; os Toltecas formaram a terceira Raça atlante; os Turânios originais foram a quarta Raça atlante; os Semitas Originais foram a quinta e mais importante das sete Raças atlantes; os Acádios foram a sexta e os Mongóis a sétima das Raças atlantes.

[3] N.T. da Época Atlante: a Raça dos Semitas Originais.

[4] N.T.: As Raças são traços evanescentes da evolução. É ligada ao Deus de Raça, Jeová, o Espírito Santo. Ele é autor das Religiões de Raça. Estão com Jeová, nessa função, alguns Arcanjos que aqui são chamados de Espíritos de Raça. Antes do aparecimento de Jeová, quando a Terra era ainda parte do Sol, havia um Espírito-Grupo-comum, composto de todas as Hierarquias Criadoras, que governava toda a família humana. Porém, como se desejava fazer de cada corpo o templo e o instrumento flexível e adaptável de um espírito interno, isto se traduzia numa divisão infinita de guias. Jeová veio com seus Anjos e Arcanjos e fez a primeira grande divisão em Raças, tornando influente em cada grupo, como guia, um Espírito de Raça, um Arcanjo. Raças só ocorrem quando se passa pelo Nadir da Materialidade. Nesse Esquema de Evolução existirão 16 Raças: uma na Época Lemúrica, 7 na Época Atlante, 7 na Época Ária e 1 Época Nova Galileia. Não devemos no identificar com a Raça. Com a primeira vinda do Cristo foi inaugurada a “miscigenação das Raças”. Antes de terminar a Época Lemúrica houve um povo eleito, o antecessor das Raças atlantes, diferente da Humanidade comum daquele tempo. Da quinta Raça Atlante foi selecionado outro “povo escolhido”, de que descenderam as Raças árias (sete ao total). Cinco Raças árias já passaram (a Ariana, que se dirigiu para o sul da Índia; a Babilônica-Assíria-Caldaica; a Persa-Greco-Latina; a Céltica; a Teuto-Anglo-Saxônica) e haverá mais duas Raças que se desenvolverão na nossa Época atual (uma delas é a Eslava.). Antes do começo de uma nova Época, haverá “um novo Céu e uma nova Terra” (Ap 21:1), isto é, mudarão os caracteres físicos da Terra. Sua densidade diminuirá também. Da mescla das diferentes nações como, por exemplo, atualmente acontece nos Estados Unidos da América, virá a “semente” para a última Raça, no início da Sexta Época, a Época Nova Galileia. Depois, desaparecerá todo o pensamento ou sentimento de Raça. A Humanidade constituirá uma vasta fraternidade sem qualquer distinção. As Raças são simples degraus evolutivos pelos quais devemos passar; caso contrário não haveria progresso algum para os espíritos que nelas renascem. Porém, embora necessários, são degraus extremamente perigosos e obrigam os Líderes da Humanidade a agir com muito cuidado. Eles chamam a essas dezesseis Raças “os dezesseis caminhos da destruição”, porque nas Épocas precedentes, quando não havia Raças, as mudanças só se efetivavam depois de enormes intervalos, o que permitia à maioria das entidades prepararem-se com mais facilidade. Porém, as dezesseis Raças nascem e morrem em tempo tão relativamente curto que existe o perigo muito grave de adesão demasiada a condições que devem ser deixadas atrás. Ou seja, as Raças, comparativamente, são fugazes. Por isso, deve-se agir com muito cuidado a fim de impedir a aderência demasiada dos espíritos aos caracteres raciais. Cristo é o Grande Unificador da Sexta Época, a Época Nova Galileia, e anunciou esta lei quando pronunciou estas palavras pouco compreendidas: “Se alguém vem a mim e não abandona seu pai, sua mãe, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida, não pode ser meu Discípulo” (Mt 10:37). “Quem quiser ser meu Discípulo, que tome sobre si a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24). “… quem não abandonar tudo o que tenha não pode ser meu Discípulo” (Lc 14:26). Isto não quer dizer que devemos deixar ou desprezar os laços familiares, mas que devemos elevar-nos acima deles. Pai e mãe são “Corpos” e todas as relações são questões da Raça, pertencentes à Forma. As Almas devem reconhecer que não são Corpos, nem Raças, mas sim Egos lutando pela perfeição. Se um ser humano se esquece disto e se identifica com a Raça – aderindo a ela com fanático patriotismo – é o mesmo que fossilizar-se, enquanto seus companheiros passam a outras alturas do Caminho da Realização.

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A Astrologia explica a forma da Religião

Nosso Sistema Solar se move como um todo pelo Cosmos. Isso se chama a Precessão dos Equinócios, o retrocesso do ponto para cada mês de março. A cada 2160 anos, aproximadamente, o nosso Sistema Solar percorre outro Signo que rege a forma da Religião. Essa mudança de um Signo para outro acontece de forma gradual.

Em torno de 6000 a.C. o nosso Sistema Solar, ou o ponto do mês relativo a março ficava em Gêmeos. E oposto a esse está o Signo de Sagitário. Ambos os Signos têm seu papel.Na Pérsia existia, então, a Religião com Ormuzd e Ahriman; e o Deus Nórdico Thor, que era o senhor dos ventos, dirigia sua carruagem, puxada por dois bodes, pelos Céus. Thor também é chamado de Donar e assim reconhecemos donderdag, Donars-dag. Esse dia astrologicamente é regido pelo Planeta Júpiter, que pertence ao Signo oposto de Gêmeos, Sagitário.

Em torno de 4000 a.C. – aproximadamente 2000 anos depois – o ponto do mês relativo a março entrou no Signo de Touro, com seu oposto Escorpião. Touro é um Signo de Terra, e seu oposto Escorpião antigamente era também chamado de Águia. Esse é um Signo de Água, e rege a 8ª Casa, a da morte.
Os Gregos, então, veneravam o Minotauro, o Touro de Minos. O Rei Minos pediu a Poseidon para enviar um Touro que ele pudesse fazer oferendas.

No Egito existia o touro Apis. Então as posses terrenas eram muito valorizadas e ‘os potes de carne do Egito’ ainda é um termo reconhecido atualmente. Os mortos eram presos à Terra com o embalsamento, e nas sepulturas dos ricos, seus servos e todos os pertences eram enterrados juntos para serem usados na vida além. Eles iam até lá de barco.

Para os Edas da Islândia ou os Vedas Nórdicos é Siegfried que mata a serpente. E bebendo do sangue dela se torna sábio. A serpente tem o veneno em seus dentes, a cabeça, um símbolo positivo; no escorpião o veneno fica na cauda, um símbolo negativo.

Nos religiosos Egípcios saía da testa, logo acima da raiz do nariz, no local da câmara escura, em que se encontra o Espírito Humano, a cabeça de uma serpente, chamada Naja, o que simbolizava a sabedoria deles. Iniciados dessa ‘Escola de Serpentes’ eram chamados “filhos da luz”, Free Messen, um termo que conhecemos como Maçons. Esses religiosos também conseguiam realizar milagres, por exemplo, transformando um cajado em uma serpente viva.

Em torno de 2000 a.C. o ponto do mês relativo a março atingiu o Signo de Áries, com seu oposto Balança. Como descrito no Antigo Testamento, os Israelitas ofereciam o carneiro e marcavam as portas com o sangue dele. De Libra, a balança, eles receberam não apenas os Dez Mandamentos, mas muitas outras leis e regras.

A adoração de antigos deuses era considerada uma idolatria. Isso lemos na Bíblia quando Moisés desce da montanha e encontra o bezerro de ouro que fora construído pelos Israelitas. Ouro é a forma mais nobre, lembre-se dos alquimistas que tentavam transformar metais inferiores em ouro. O Bezerro de Ouro simboliza então o mais nobre da Era de Touro. Mas era idolatria e, portanto, Moisés o destruiu.

Moisés conseguia realizar milagres, pois depois que os religiosos Egípcios transformaram seus cajados em serpentes, ele jogou seu cajado no chão e, também, o transformou em serpente. Mas, a serpente de Moisés destruiu as serpentes dos Egípcios. Isso significa que seu conhecimento era superior ao deles.

Moisés era um representante da Era de Áries e não poderia auxiliar o povo escolhido a entrar na Era de Peixes. Isso conseguiria Josué, o filho de Nun, ou melhor, Jesus, o filho de Peixes; a Era de Peixes.

O ano 0 (zero), quando Jesus nasceu, o ponto do mês relativo a março se encontrava, aproximadamente, 7 graus em Áries (um Signo contém 30 graus; ainda levaria aproximadamente 430 anos até a entrada da Era de Peixes). Cristo diz, portanto, que Ele é o Cordeiro, que será imolado e se dizia o Bom Pastor.
Como precursor da Era seguinte Peixes-Virgem ele alimenta o povo com 2 peixes e 7 pães. O símbolo para o Signo de Peixes são dois peixes; o de Virgem é uma mulher deitada sobre um braço num trigal ceifado, com os feixes enfileirados; em sua outra mão estão sete hastes de trigo. Jesus nasceu em Belém, que significa a casa do Pão, de uma virgem, portanto alguém de vida pura e daí a Imaculada Concepção.

Quando Jesus foi batizado no Jordão, desceu através do símbolo da pomba, o Espírito de Cristo em seu Corpo, e aí se inicia uma nova Religião, o Cristianismo. As Religiões anteriores todas apontam para Aquele que vem, mas Cristo disse: “Eu sou a luz do mundo”.

Vemos os primeiros Cristãos que desenham o símbolo de Peixes nas Catacumbas de Roma. Também os religiosos Católicos Romanos têm a cabeça de Peixe, o Mitra, em seu cajado. Na entrada da Igreja tem uma bacia com água, magnetizada pelo Padre, e as pessoas colocam seus dedos nela e passam a água na testa, logo acima da raiz do nariz, em que se encontra o Espírito Humano, e dessa forma indica que está sob o jugo da Igreja. Eles vivem em castidade, em mosteiros, pois a 12ª casa, em que está o Signo de Peixes, é a casa da reclusão, mosteiros, instituições; e os religiosos comiam peixe às sextas-feiras.

Cristo apontou na sua despedida ao tempo que virá, o de Aquário-Leão, em torno de 2600. O Regente de Leão é o Sol, que simboliza o coração, e o Aguador é, portanto, alguém altruísta, que ama todo mundo, não apenas sua família.

Na busca de um local para a Última Ceia, Cristo falou para dois de seus Discípulos que precisavam organizar isto: siga o homem com um Cântaro de Água, que simboliza Aquário. Também, que Ele, Cristo, deve nascer em nossos corações. As Religiões que tratam do Cristianismo popular somente começam a ter seus seguidores reduzindo em número cada vez mais. Apesar de parecer que ainda muitos são crentes, considerando a venda de livros de assuntos espirituais, muitos já escolhem a ‘liberdade’ de Aquário. Deverá surgir outra forma de Religião.

Conforme os últimos cálculos astronômicos a Era de Aquário deve começar por volta de 2660, mas agora já sentimos sua influência, pois estamos nos últimos graus da Era de Peixes, já na Órbita de Influência da Era de Aquário.

(Por Ger Westenberg, Fraternidade Rosacruz da Holanda-traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

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Você Realmente quer Alcançar o Conhecimento Direto dos Mundos suprafísicos?

Diversos Aspirantes à vida superior chegam até a Fraternidade Rosacruz revelando grande interesse em desabrochar seus poderes espirituais. Muitos, apesar de convictos, vêm em busca de respostas aos seus anseios. Outros desejam convalidar créditos de outra Escola, isto é, relatam que já passaram por correntes espiritualistas e, por isso, acreditam que já galgaram etapas básicas do treinamento esotérico e podem iniciar etapas mais profundas. “Você pode me adiantar para o Curso Superior de Astrologia Rosacruz ou me inscrever no Probacionismo?”, dizem alguns.

Quando lhes informam que devem realizar o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, antes de se inscreveram nos Cursos de Astrologia Rosacruz, e que somente podem se candidatar ao Probacionismo após um período mínimo de 24 meses recebendo semanalmente instruções espirituais do Mestre, saem desapontados. Tal atitude revela que ainda não compreenderam o que significa a busca pelo verdadeiro desabrochar espiritual.

Mas, a questão não é somente essa. Há outro fator que não parecem compreender. É o fato imperioso de possuir os requisitos básicos necessários para que o Mestre possa realmente iniciar o neófito nas tão almejadas verdades espirituais. Sem tais requisitos, essa aspiração não passa de sonho. A pergunta natural que se faz, neste ponto, é a mesma que o jovem aspirante fez ao sábio: “Senhor, o que devo fazer para me tornar um sábio?” (Introdução do Livro Conceito Rosacruz do Cosmos[1]), ou quais são esses requisitos para que o Mestre venha até mim e me inicie?

Todos concordam que para adquirir uma formação acadêmica, a consagração de tempo constitui um dos principais ingredientes para que isso se torne uma realidade. Apesar de necessária, essa consagração não é suficiente. Veja bem, sabemos que muitos jovens alcançam a formação acadêmica, todos os anos. Mas, quantos jovens saem da universidade com mais do que o título e a formação? Isto é, quantos jovens saem com umdomínio total do conhecimentoadquirido?Quantos realmente saem do nível de aprendiz e passam para o nível de mestre no assunto? Pouquíssimos! Compreendem o porquê do tempo ser necessário, mas insuficiente?

Os alunos que realmente adquiriam poder sobre algum assunto foram além do tempo. O que lhes conferiu tal poder foi o sacrifício. Pelo sacrifício, ganhamos! “É dando que recebemos; é morrendo que nascemos para vida eterna” (Trechos da Oração de S. Francisco). Entre os sacrifícios para formar um bom profissional, destacamos: lazer; período diário para não apenas assistir às aulas, mas para estudar e se aprofundar no assunto; recusar trabalhos que ajudariam no orçamento mensal, pois tem foco; horas de sono; momentos agradáveis com amigos e família; entre muitos outros interesses concorrentes. Por meio da consagração de tempo para o estudo e o Sacrifício de diversos outros hábitos ou afazeres que poderiam preencher sua vida nesse período de formação, ele obteve foco e pôde se aprofundar, adquirindo poder sobre os assuntos estudados.

“Senhor, o que devo fazer para me tornar um sábio?”. Finalmente o sábio deu-lhe ouvidos e, então, desceu a um rio próximo. Entrou na água convidando o jovem e levando-o pela mão. Quando alcançaram certa profundidade o sábio, pondo todo seu peso sobre os ombros do rapaz, submergiu-o na água, apesar dos esforços que esse fazia para livrar-se. Por fim o sábio largou-o, e quando o jovem recuperou alento perguntou-lhe: “Meu filho, quando estavas debaixo d’água o que mais desejavas?” O jovem respondeu sem hesitar: “Ar, ar! eu queria ar!” “Não terias antes preferido riquezas, prazeres, poder ou amor, meu filho? Não pensaste em nenhuma dessas coisas?” indagou o sábio. “Não, senhor! Eu desejava ar, só pensava no ar que me faltava”, foi a resposta imediata. “Então”, disse o sábio, “para te tornares sábio deves desejar a sabedoria com a mesma intensidade com que desejavas o ar. Deves lutar por ela e excluir de tua vida qualquer outro objetivo. Essa e só essa deve ser, dia e noite, tua única aspiração. Se buscares a sabedoria com esse fervor, meu filho, certamente tornar-te-ás sábio”.

Essa aspiração traduz-se em sacrifício! Muitos que chegam à Fraternidade Rosacruz possuem esse anseio sincero por sabedoria, mas poucos estão dispostos a compreender e a realizar os sacrifícios necessários para se adquirir o conhecimento direto, o poder espiritual. “Saber o caminho é diferente de percorrer o caminho”. Se essas pessoas que relatam possuir conhecimentos avançados e, por isso, querem cortar caminho (isso também vale para os Estudantes Rosacruzes antigos que, muitas vezes, acabam caindo na cilada de deixar de realizar os Exercícios Esotéricos e buscar fora algo “mais elevado”), por que ainda não conseguiram o contato consciente com o Mestre, o único capaz de lhe oferecer algo mais elevado? O leitor agora percebe o motivo por que chamamos essas pessoas de “perdidos”?

Pelo sacrifício, recebemos! Pelo sacrifício, temos graça! “(…) aniquilou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E achando-se na condição de homem, humilhou-se a Si mesmo, tornando-se obediente até à morte, a morte na Cruz. Pelo que também, Deus o exaltou soberanamente e Lhe deu um nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Cristo-Jesus, se dobre todo o joelho, e toda a língua confesse, que Cristo-Jesus é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Trechos do Ritual Rosacruz do Serviço Devocional do Templo, que repetimos todos os dias que o oficiamos). Cristo – o Caminho, a Verdade e a Vida – nos ensinou o sacrifício em seu mais alto significado. Por isso ele obteve a graça.

Abraão foi capaz de sacrificar seu filho Isaac (obras de seu Eu Superior) em favor da vontade do Senhor. Mas, foi divinamente impedido, pois Deus já tinha visto que tinha a coragem para tal. Por isso, foi agraciado, alcançou Iniciações ainda maiores. Do mesmo modo, Salomão desejou sabedoria para governar seu povo, ao invés de pedir faculdades ou regalias pessoais. Por isso, entrou em estado de graça e Jeová o tornou o ser humano mais sábio que já viveu.

Aquele que não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim. Aquele que acha sua vida, a perderá, mas quem perde sua vida por causa de mim, a achará.” (Mt 10:38-39). Esse constitui um dos fatores que faz o Aspirante à vida superior passar muitos anos sem contato com o Mestre. Isto é, o interesse pessoal ou egoísmo sutil e inconsciente que envolve o Aspirante à vida superior durante sua tentativa de percorrer o caminho da senda da preparação (Para mais informações sobre isso, leia o trecho da Conferencia XI do livro Cristianismo Rosacruz[2]).

Quem consegue abandonar (sacrificar) o próprio anseio de obter acesso direto às verdades espirituais, em favor de servir ao próximo? O maravilhoso poeta de Longfellow, A Lenda Formosa[3], retrata com maestria esse sacrifício em favor dos outros. S. João Batista também fornece uma das fórmulas para adquirir esse poder: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua.” (Jo 3:30).

Estimado amigo e estimada amiga, se deseja verdadeiramente adquirir poderes espirituais, trabalhe para despertar em seu coração, a sabedoria do sacrifício equilibrado. Sem esse requisito, todos os livros e conhecimentos que adquiriu serão estéreis.

Que as rosas floresçam em vossa cruz


[1] N.R.: Trecho do Capítulo em questão: Se o leitor, que compreendeu bem essa ideia perguntar o que deve fazer para obter o conhecimento direto, terá na seguinte história a ideia fundamental do ocultismo:

Certo dia um jovem foi visitar um sábio, a quem perguntou: “Senhor, o que devo fazer para tornar-me um sábio? “. O sábio não se dignou responder. Depois de repetir a pergunta certo número de vezes sem melhor resultado, o jovem foi embora, mas voltou no dia seguinte com a mesma pergunta. Não obtendo resposta ainda, voltou pela terceira vez e novamente fez a pergunta: “Senhor, o que devo fazer para tornar-me um sábio?”.

Finalmente o sábio deu-lhe ouvidos, e então desceu a um rio próximo. Entrou na água convidando o jovem e levando-o pela mão. Quando eles alcançaram certa profundidade o sábio, pondo todo seu peso sobre os ombros do rapaz, submergiu na água, apesar dos esforços que esse fazia para livrar-se. Por fim o sábio largou-o, e quando o jovem recuperou alento perguntou-lhe:

“Meu filho, quando estavas debaixo d’água o que mais desejavas?”.

O jovem respondeu sem hesitar: “Ar, ar! Eu queria ar!”.

“Não terias antes preferido riquezas, prazeres, poder ou amor, meu filho? Não pensaste em nenhuma dessas coisas?” – Indagou o sábio.

“Não, senhor! Eu desejava ar, só pensava no ar que me faltava” – Foi a resposta imediata.

“Então”, disse o sábio, “para te tornares sábio deves desejar a sabedoria com a mesma intensidade com que desejavas o ar. Deves lutar por ela e excluir de tua vida qualquer outro objetivo. Essa e só essa deve ser, dia e noite, tua única aspiração. Se buscares a sabedoria com esse fervor, meu filho, certamente tornar-te-ás sábio”.

Esse é o primeiro e fundamental requisito que todo Aspirante ao conhecimento oculto deve possuir – um desejo firme, uma sede abrasadora de conhecimento, e um entusiasmo insuperável para conquistá-lo. No entanto, o motivo supremo para a busca desse conhecimento oculto deve ser um desejo ardente de beneficiar a Humanidade, esquecendo-se inteiramente de si mesmo, a fim de trabalhar para os outros. A não ser por essa motivação, o estudo do ocultismo é perigoso.

Sem possuir tais qualificações – especialmente a última – em certa medida, qualquer tentativa para seguir o caminho árduo do ocultismo seria um empreendimento perigoso. Outro pré-requisito para aspirar ao conhecimento direto é o estudo do ocultismo indiretamente. A investigação direta requer certos poderes ocultos que permitem estudar os assuntos relacionados com os estados pré-natal e pós-morte do ser humano, mas ninguém deve se desesperar por não ter desenvolvido ainda poderes ocultos para adquirir conhecimento direto sobre esses assuntos. Assim como uma pessoa pode conhecer a África indo lá pessoalmente ou lendo as descrições de viajantes que ali estiverem, assim também, para conhecer os Mundos suprafísicos, visita-os, se estiver habilitado para fazê-lo, ou estuda o que outros já capacitados contam como resultado de suas investigações.

[2] N.R.: Trecho referente ao assunto: Surge daí a pergunta: Como achar um instrutor autêntico e como distingui-lo de um impostor? É uma pergunta muito importante, porque quando o aspirante encontra tal mestre, pode considerar-se em perfeita segurança e protegido contra a grande maioria dos perigos que cercam aqueles que, por ignorância ou egoísmo, traçam seus próprios rumos e buscam poderes espirituais, mas sem qualquer esforço para desenvolver fibra moral.

É uma verdade axiomática que os seres humanos são conhecidos “por seus frutos” e, como o mestre esotérico exige de seu pupilo desinteresse nas motivações, infere-se justamente que o instrutor deve possuir esse atributo em grau ainda maior. Portanto, se alguém se arvora em ser instrutor e oferece seus conhecimentos em troca de dinheiro, a tanto por aula, mostra assim que está abaixo do padrão que exige de seus discípulos. Alegar que precisa de dinheiro para viver, ou apresentar outros motivos semelhantes para cobrar pelo ensino, tudo não passa de sofismas. As leis cósmicas cuidam de todo aquele que trabalha com elas. Qualquer ensino oferecido em bases comerciais não é ensino superior, porque este jamais é vendido ou envolve considerações materiais, pois, em todos os casos, chega ao recebedor como um direito em função do mérito. Assim, mesmo que o verdadeiro instrutor tentasse negar o ensino a determinada pessoa que o merecesse, pela Lei de Consequência, seria um dia compelido a ministrar-lhe o mesmo.

No entanto, tal atitude seria inconcebível porque os Irmãos Maiores sentem uma grande e indizível alegria toda vez que alguém começa a palmilhar a senda da vida eterna. Por outro lado, embora ansiosos por tal, eles a ninguém podem revelar seus segredos antes que cada um tenha dado provas de sua constância e altruísmo, pois só assim poderá alguém ser um firme guardião dos imensos poderes resultantes, que tanto podem servir ao bem como podem ser usados para o mal. Se permitimos que nossas paixões se imponham descontroladamente, e se a avareza ou a vaidade são as molas de nossas ações, apenas sustamos o progresso de nosso semelhante ao invés de ajudá-lo. E, até que aprendamos a usar apropriadamente os poderes que possuímos, não estaremos em condições de realizar o trabalho ainda maior exigido daqueles que têm sido ajudados pelos Irmãos Maiores a desenvolverem sua visão espiritual latente, e a conseguirem compreensão espiritual, que é o que torna valiosa aquela faculdade como fator de evolução.

Portanto, a “Senda da Preparação” antecede o “Caminho da Iniciação”. A perseverança, a devoção, a observação e o discernimento são os meios de alcançá-lo, porque tais qualidades sensibilizam o Corpo Vital. Através da perseverança e da devoção, os Éteres Químico e de Vida capacitam-se a cuidar das funções vitais do Corpo Denso durante o sono. E uma separação entre estes dois Éteres e os dois superiores – Éter de Luz e Éter Refletor – acontece. Quando os dois últimos se espiritualizam suficientemente mediante a observação e o discernimento, uma simples fórmula dada pelo Irmão Maior capacita o Discípulo a separá-los e a levá-los consigo, à vontade, juntamente com seus veículos superiores. Deste modo, ele fica equipado com um veículo de percepção sensorial e memória. Qualquer conhecimento que possua no mundo material pode, então, ser utilizado nos Reinos espirituais, como também pode trazer ao cérebro físico recordações das experiências por que passou enquanto esteve fora de seu Corpo Denso. Isto nos é necessário para funcionarmos separados do Corpo Denso, plenamente conscientes tanto do Mundo Físico quanto do Mundo do Desejo, pois o Corpo de Desejos ainda não está organizado e, se o Corpo Vital não transferisse suas impressões no momento da morte, não poderíamos ter consciência no Mundo do Desejo durante a existência post-mortem.

Os exercícios respiratórios indiscriminados não produzem a divisão acima descrita, mas apenas tendem a separar o Corpo Vital do Corpo Denso. Por isso, as ligações entre os centros etéricos dos sentidos e as células cerebrais rompem-se ou deformam-se em certos casos, resultando ao final em vários tipos de insanidade mental, como a loucura. Em outros casos, o rompimento ocorre entre o Éter de Vida e o Éter Químico e, como o primeiro responde pela assimilação orgânica dos alimentos e é a avenida particular para a especialização da energia solar, essa ruptura resulta em tuberculose. Somente através de exercícios apropriados pode-se efetuar a separação correta. Quando a pureza de vida permite que a força sexual, que é criadora, gerada no Éter de Vida eleve-se até o coração, essa força encarrega-se de manter a quantidade de circulação necessária ao estado de sono. Deste modo, as funções físicas e o desenvolvimento espiritual correm paralelamente ao longo de linhas harmoniosas.

[3] N.R.: Poema de James Russell Lowell (1819-1891) – poeta romântico, crítico, satírico, escritor, diplomata e abolicionista americano: “A Lenda Formosa” (The Beautiful Legend):

“Sozinho em sua cela,

No chão de pedra ajoelhado,

O monge orava em profunda contrição

Por seus pecados de indecisão.

Suplicava por maior renúncia

Na tentação e na provação;

O mostrador meio-dia já marcava

E o monge em solidão ainda orava”.

“De repente, como num relâmpago,

Algo incomum resplandeceu, afora e no âmago,

E nessa estreita cela de pedra fez abrigo;

Então, o monge teve com o Poder do Clarão

De Nosso Senhor, a Abençoada Visão.

Como um manto, O envolveu,

Como uma veste, O abrigou”.

Contudo, este não era o Salvador açoitado e penitenciado, mas o Cristo que alimenta os famintos e cura os enfermos.

“A alma em preces acalentada,

Cada mão sobre o peito cruzada,

Reverente, adorando, assombrado,

O monge, perdido em êxtase, caiu ajoelhado”.

“Depois, em meio à sua exaltação,

Retumbante o sino do convento em exortação

De seu campanário tangeu, ressoou,

Por pátios e corredores reverberou

Com persistência badalando,

Como nunca antes ousou”.

Esse era o chamado para seu dever cumprir. Como esmoler da Irmandade sua tarefa era alimentar os pobres, tal como Cristo ensinou e exemplificou.

“Profunda angústia e hesitação

Misturavam-se à sua adoração;

Deveria ir, ou deveria ficar?

Poderia os pobres deixar

Famintos no portão a esperar,

Até a Visão se dissipar?

Poderia ele seu brilhante hóspede desprezar?

Seu visitante celestial desconsiderar

Por um grupo de míseros esfarrapados,

Mendicantes no portão do convento sediados?

Será que a Visão esperaria?

Será que a Visão retornaria?

Então, dentro do seu peito uma voz

Audível e clara sussurrou,

E ele, nitidamente escutou:

Cumpre teu dever sem inquietação ou protesto,

Deixa aos cuidados do Senhor o resto!”.

“Imediatamente ergueu-se resoluto,

E com um olhar ardente, decidido e arguto

Dirigido à Abençoada Visão,

Lentamente A deixou em sua cela na solidão,

Diligentemente foi cumprir sua missão”.

“No portão, os pobres estavam esperando

Através do gradil de ferro observando,

Com terror no semblante

Que só se vê no suplicante

Que em meio a desgraças e desditas

Ouve o som das trancas lhe cerrando as portas,

Pobres, por todos desprezados,

Com o desdém, familiarizados,

Com o dissabor, acostumados,

Buscam o pão pelo qual muitos sucumbem!

Mas hoje, sem o motivo sequer saberem bem,

Tal como Portal do Paraíso no além

Abre-se a porta do convento!

E como um divino Sacramento

Parecia-lhes o pão e o vinho nesse momento!

Em seu coração o Monge estava orando,

Nos pobres sem teto pensando,

Tudo que sofrem e suportam

E vendo ou ignorando, muitos rejeitam.

Enquanto isso uma voz interna ao Monge dizia:

O que quer que faças

Ao último e menor dos meus,

A Mim o fazes!”.

“A Mim! Mas se tivesse a Visão

Se apresentado em farrapos e errante,

Como um desvalido suplicante,

Ter-me-ia ajoelhado em adoração?

Ou A receberia com escárnio e presunção

E até ter-me-ia afastado com aversão”.

“Assim questionou sua consciência,

Com insinuações e incômoda insistência,

Quando, por fim, com passo apressado

Dirigindo-se à sua cela com ânsia,

Seus olhos contemplaram o convento iluminado

Por uma luz sobrenatural inundado,

Como uma nuvem luminosa se expandindo

E sobre o chão, paredes e tetos subindo”.

“Mas, assombrado parou a extasiar,

Da porta contemplou, no limiar!

A Visão que lá permanecera,

Exatamente como antes A deixara

Na hora em que o sino do convento soou,

De seu campanário clamou, clamou,

E para os pobres alimentar o intimou.

Por longa e solitária hora esperara,

Seu regresso iminente aguardara.

O coração do Monge ardeu

Quando Sua mensagem compreendeu,

Logo que o Vulto Amado deixou esclarecido:

Eu teria desaparecido

Se tu tivesses permanecido!”.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Conquista da Liberdade e as Correlações Positivas com os Exercícios de Concentração e Retrospecção

Dentro de cada um de nós há um impulso para a liberdade. Pode se manifestar, às vezes, como um convite alegre a “subir mais acima” para alcançar mais ansiosamente a liberdade que pode tomar e fazer nossa. Esse impulso interno tem sido chamado “o descontentamento divino”, que nos incita a seguir adiante, para cima e para sempre. Esse impulso é também responsável pelo nosso progresso no caminho espiral desse Esquema de Evolução.

Ainda que esse impulso possa estar inteiramente latente, ou talvez embotado pela inércia mental e por forças das circunstâncias, não obstante, está presente, e destinado a se vivificar e se converter na nossa força motriz. Provavelmente não há maneira melhor de determinar até onde chegamos trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, do que considerando o grau da nossa aspiração à liberdade, indicado pelo zelo com que nos esforçamos em nossa vida diária a fim de alcançarmos tal liberdade.

Mas aqui necessitamos decidir exatamente o que queremos dizer com a palavra “liberdade”. Liberdade de que ou para quê? É uma interrogação lógica. Existem dois pontos de vista principais que podemos usar para obter uma perspectiva satisfatória desse polêmico tema.

Em primeiro lugar está o conceito comumente aceito de liberdade: liberação de fatores externos, tais como um governo ditatorial, uma igreja dominante ou condições sociais escravizantes, de tal modo que possamos viver em liberdade de adorar como lhe aprouver, de falar e de escrever livremente sem temor de intimidação e perseguição, de trabalhar em local de nossa escolha, sob condições convenientes ao nosso próprio respeito e a nossa boa saúde; de votar e ser votado para participar num governo “do povo, pelo povo e para o povo”. A luta da Humanidade em prol dessas liberdades tem chamado a atenção de pensadores avançados e escrito páginas da história durante os séculos passados e ainda prossegue nos dias de hoje.

Podemos encontrar frases sobre isso, como: “Quando a liberdade desaparece, a vida torna-se insípida e perde seu sabor”. E outra como: “A liberdade, como o dia, amanhece na alma, e como um relâmpago do céu incendeia todas as faculdades com alegria gloriosa”.

Essa “alegria gloriosa”, uma vez provada, não é fácil de ser esquecida. Na perseguição dela, entramos na vida ativa, a vida na qual somos incentivados a demonstrar o que sabemos, a pôr em uso cada uma das faculdades que possuímos, a recusar a tranquilidade física e mental, mediante a qual podemos ser reduzidos à escravidão. Aqueles que aceitaram esse desafio no passado são os que hoje estão na vanguarda da civilização, porque é óbvio que a causa da liberdade se identifica com a causa do progresso do Espírito humano. Na Fraternidade Rosacruz são os Adeptos, até certo ponto, e os Irmãos Maiores, que já alcançaram a plenitude nesse quesito.

Podemos ler a respeito de alguma tentativa de se alcançar “pedaços” do que se conceitua como liberdade em praticamente todas as fontes de informações noticiosas publicadas na atualidade: as dificuldades raciais na África, na Ásia e em outras partes do mundo; a tendência para o nacionalismo em países que até o momento estavam subjugados; os esforços para a alfabetização entre milhões de analfabetos vergonhosamente escravos da ignorância e da pobreza; as controvérsias concernentes ao pensamento regimentado em outras partes do mundo; as revoluções agrícolas e econômicas que têm lugar em vários países, quando as pessoas tratam de aprender a prover-se de alimento suficiente e de melhores lugares; as cruzadas contra o crime, contra os narcóticos, contra o uso das bebidas alcoólicas, contra o consumo de carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) e usos de partes de corpos animais como vestimenta, decoração, etc..

Efetivamente, na atualidade, a maioria dos seres humanos se intensificam na perseguição em prol da liberdade. Todos nós estamos sujeitos à pressão que sempre vem no final de uma Era. Afinal, estamos agora no final da Dispensação Pisciana – Era de Peixes – e já na Órbita de Influência da Era de Aquário. Uma melhor ordem de coisas se perfila no horizonte e a Fraternidade Universal há de ser a característica dominante nessa nova ordem, da Era de Aquário, desde que estejamos prontos para vivenciá-las, ou seja, desde que tenhamos um Corpo-Alma o suficientemente desenvolvido para funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico.

Mas há um segundo ponto de vista ao se considerar a liberdade: um ponto de vista interno, ligado à nossa liberação das ataduras do nosso próprio “eu inferior” – a Personalidade – que construímos a cada vida aqui e que é constituída do nosso Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos, com a Mente “concreta” escrava do Corpo de Desejos. É completamente desejável, nesse momento em que estamos no final de uma Era e já com a outra nos influenciando, que cheguemos a ser livres da dominação externa, mas é também essencial que usemos essa liberdade no interesse de todos. Portanto, é necessário que dominemos o maior de todos os inimigos: a Personalidade, ou seja, o nosso “eu inferior”. Para isso, se requer, em primeiro lugar, autoanálise e muita disciplina.

A tarefa da autoanálise é uma tarefa sutil. Sendo essencialmente egoísta, a nossa Personalidade está destinada a obter e possuir coisas materiais, poder e fama mundanos. A nossa Personalidade sugere toda classe de desculpas para se autojustificar, e lança mão de toda classe de recursos ao adotar uma atitude de falsa inocência, quando é acusada de ser responsável por condutas indesejáveis. Conduz-nos a lançar a culpa a outros por qualquer coisa que seja má em nossa própria vida e em nosso próprio mundo (sempre a “culpa é do outro”, seja esse “outro” quer for). Impulsiona-nos à vingança e à revanche contra aqueles a quem culpamos por nossas dificuldades individuais e coletivas. Estimula sentimentos cancerosos, tais como os ciúmes, a cobiça, a inveja, o rancor, o desejo de vingança, o ódio, a raiva, o ressentimento e uma infinidade de outros mais, todos compostos por materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo.

Para nos ajudar a vencer esses nocivos dominadores de pensamentos, de emoções, de desejos e de sentimentos, foi-nos dado o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção. Os Ensinamentos Rosacruzes nos ensinaram como fazê-lo, todas a noites antes de dormir, corretamente, revisando os acontecimentos do dia e examinando nossos pensamentos, sentimentos, desejos, nossas emoções, palavras, obras, ações e nossos atos louvando-nos ou culpando-nos onde for necessário. A principal característica desse maravilhoso e poderoso Exercício Esotérico noturno de Retrospecção é que ele não é um exercício de memória (!), mas sim de “coração”: os acontecimentos (na ordem inversa no tempo, efeito-causa) vão se apresentando a nós conforme o grau de intensidade que foi impregnado em nós quando ele ocorreu. Ou seja: não necessariamente todos os acontecimentos do dia serão objetos da Retrospecção! Aos poucos, com o autocontrole, mais e mais acontecimentos serão objetos desse Exercício.

Complementando àquele – pois se não o fizer bem, dificilmente fará esse – também nos foi ensinado o Exercício Esotérico matutino de Concentração para que possamos controlar nossa Mente, e não deixar que seja levada daqui para lá pelas incessantes ondas de pensamento, desejo emoção e de sentimento que nos envolvem.

Todo aquele que colocou conscientemente seus pés no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, que conduz à perfeição de si próprio e à liberação das garras do materialismo sabe que isso não é fácil. A vida disciplinada, a vida autodisciplinada, requer constante atenção e esforço. É a tarefa demasiado difícil? Não, compreendemos que não é, porque o exemplo foi dado por nosso Grande Indicador do Caminho, Cristo Jesus. Nos quatro Evangelhos, contidos na Bíblia, Ele nos deixou as fórmulas para a Iniciação, os sublimes conceitos e preceitos espirituais que nos conduzem para diante, para cima e para sempre.

Quando compreendermos o verdadeiro propósito da vida, que é o de adquirir experiência (e não “buscar a felicidade”), considerando-a como um desafio e nos dermos conta de que, como chispas da Chama Divina, temos um ilimitado poder de desenvolvimento dentro de nós, um poder pronto para ser demonstrado e exercitado, poderemos considerar a tarefa da autodisciplina com regozijo e determinação. Nós, a Individualidade – um Ego da Onda de Vida humana manifestado aqui – sempre buscamos o nosso direito de nascimento no Reino de Deus (ainda que, em muitos, inconscientemente). Vira e mexe, estamos dando impulsos para levarmos uma vida de retidão, uma vida na qual a consciência de vigília se identifica com o que realmente somos, um Ego; uma vida que não é apenas “construtivamente” criadora, mas que segundo os preceitos de Cristo Jesus é como “uma coisa formosa”, e é verdadeiramente um “regozijo eterno”.

No capítulo 8º do Evangelho Segundo S. João, Cristo Jesus usa duas frases que enfatizam a mesma ideia. No versículo 31, fala de “Discípulos verdadeiros”, e logo no versículo 36, de “verdadeiramente livres”.

O Discipulado – no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, o próximo grau depois do Probacionismo – significa uma vida disciplinada, mas não é necessária uma vida limitada por restrições e limitações enfadonhas e irritantes. Existe uma profunda corrente submarina de felicidade e de liberdade sem empecilhos, em uma vida vivida de acordo com os mais sublimes preceitos. Para tanto, Cristo Jesus disse que o propósito de Seu ensinamento era que “a vontade de Deus seja sempre cumprida.” (Jo 16:24).

Um verdadeiro Cristão, que todo Estudante Rosacruz deve ser, nunca pode se contentar com esforços periódicos ou esporádicos por viver segundo os ensinamentos de Cristo Jesus. Deve haver uma disciplina diária, um esforço constante por “amar a vossos inimigos, bendizer aos que os maldizem, fazer o bem aos que os aborrecem e orar pelos que os usam malignamente”.

Para ser verdadeiramente livres devemos ser capazes de seguir; devemos servir de boa vontade e amorosamente onde quer que apareça a oportunidade; devemos ser capazes de nos esquecermos de nós mesmos e pensarmos, antes de tudo, em nossos próximos. Devemos chegar ao ponto em que nos arrependamos, nos restituamos e nos reformemos, com alegria e boa vontade em nossos corações. Essa é a vida de autoconquista, a vida que nos desafia, como peregrinos sobre a Terra, a viver em constante vigilância para responder unicamente aos impulsos superiores.

Afinal, somos Espíritos Virginais manifestados aqui com um Ego da Onda de Vida humana e sendo assim nosso verdadeiro lugar está nos Mundos celestes, e tão logo aprendamos as lições desta escola da vida, levaremos à realidade um mundo pacífico no qual a Fraternidade Universal será um fato e mais rápido nos livraremos da cruz de nossos Corpos.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de junho de 1973 e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz” – julho-agosto/ 88-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Como conheceremos Cristo quando voltar?-

Descubra aqui onde o estudo foi dividido nos seguintes tópicos para facilitar a assimilação do conhecimento:

  1. Quem é Cristo?
  2. Por que Cristo veio à Terra pela primeira vez?
  3. Por que Ele deve vir outra vez?
  4. Como conheceremos Cristo quando Ele voltar?

Acesse aqui: Como Conheceremos Cristo quando Voltar?

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Como o Místico explica o que é um Gênio

As atividades dos Auxiliares Invisíveis são desenvolvidas continuamente durante incontáveis idades.

Eles pertencem a diferentes Ondas de Vida e de diversos graus de desenvolvimento.

O trabalho desses Auxiliares Invisíveis não é novo, mas está sendo realizado desde a criação de nosso Sistema Solar, há muito tempo.

Deus nos criou, a nós e à Terra sobre a qual vivemos, e Ele e outros Exaltados Seres têm estado ajudando-nos, a todo momento, em nossa jornada evolutiva.

Estamos em dívida com muitos Seres pela imensa quantidade de cuidado, proteção e guia que temos recebido em cada etapa do caminho.

A Bíblia dá uma boa ideia da ajuda dada à humanidade, durante parte de nossa história passada.

1. Para fazer download ou imprimir:

Amber M. Tuttle – As Atividades dos Auxiliares Invisíveis – Capítulo XV – Como o Místico explica o que é um Gênio?

Para ler outros Capítulos:

Livro: As Atividades dos Auxiliares Invisíveis – por Amber M. Tuttle

2. Para estudar no próprio site:

Capítulo XV

Como o Místico explica o que é um Gênio

Vamos ver o que podemos descobrir sobre a genialidade e como ela funciona na vida de algumas pessoas. Nos vários livros da Fraternidade Rosacruz, é-nos dito muito sobre o gênio e o porquê de algumas crianças mostrarem habilidades marcantes em algumas linhas desde tenra idade.

Todas as boas qualidades que possuímos agora, os lugares que ocupamos na sociedade e tudo o que temos são resultados de nossas próprias ações em vidas passadas. O que nos falta em termos físicos, morais ou mentais poderá ser obtido por nós no futuro, se fizermos o esforço necessário.

Todas as manhãs retomamos nossas vidas onde as deixamos na noite anterior. Nós criamos as condições atuais, sob as quais vivemos e trabalhamos, pelo trabalho que fizemos em vidas anteriores. No momento presente, estamos construindo as condições de nossas vidas futuras. Não devemos lamentar nossa falta de habilidade em várias linhas de empreendimento, mas devemos começar a trabalhar para adquirir as habilidades que desejamos ter.

Quando você encontra uma criança que é capaz de tocar algum instrumento musical habilmente com muito pouco esforço para aprender, enquanto outra criança toca mal, mesmo depois de meses de esforço persistente, você pode ter certeza de que aquela criança se esforçou muito em uma vida anterior para adquirir esta proficiência. A outra criança pode estar estudando música pela primeira vez agora e fará um progresso lento por algum tempo. Ainda assim, se a criança mais lenta persistir, ela pode se tornar tão habilidosa quanto a primeira criança, e pode até superá-la em habilidade, a menos que a primeira criança continue a melhorar.

Vamos a algumas definições para palavra “gênio” que podemos encontrar fazendo algumas pesquisas: “Um gênio é um poder mental muito natural”; “um gênio é uma pessoa que possui grande poder intelectual e muita capacidade criativa”; “um gênio tem grande aptidão para alguma atividade especial, como arte, música, escultura ou algum tipo de mecânica”; “um gênio geralmente é uma pessoa com habilidade extraordinária para fazer uma ou mais coisas”.

No Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, de Max Heindel-Fraternidade Rosacruz lemos o seguinte:

“O gênio é um indício da Alma avançada que, por meio de duro esforço em muitas vidas anteriores, desenvolveu em si mesmo algo mais além das realizações normais da Raça. Ele revela um vislumbre do grau de realização que será posse comum da Raça futura. Ele não pode ser explicado pela hereditariedade, pois essa se relaciona apenas parcialmente com o Corpo Denso, não com as qualidades anímicas.”

Consideremos algumas crianças prodígios que mostram ter uma habilidade excepcional. Já ouvi falar de muitas dessas crianças.

Certa vez, vi uma garotinha de cinco anos tocar muito bem em seu pequeno violino. Levava o trabalho muito a sério e tocava sem nervosismo. Sua atuação agradou muito a uma plateia de crianças que a ouviram com muita atenção. Ela fez um trabalho excepcional na escola mais tarde e amava sua música.

De tempos em tempos, há notícias de alguma nova criança-prodígio, capaz, desde cedo, de realizar proezas musicais, matemáticas, de memória ou qualquer outra coisa que iguale ou supere as habilidades dos adultos que estudaram essas matérias por muitos anos.

Fiquei sabendo de uma garotinha na Rússia que era uma maravilhosa regente de orquestra quando tinha apenas nove anos de idade.

Eu li sobre uma criança negra que morava no estado de Nova York e que foi bem-educada em geografia, ortografia, desenho e outras disciplinas quando tinha três anos de idade.

Uma garotinha de nove anos tocava tão bem um violoncelo que alguns críticos competentes a descreveram como uma das violoncelistas mais brilhantes do mundo.

Uma certa criança de quatro anos fez um exame de história, geografia e ciências populares e recebeu uma nota alta.

As perguntas teriam sido muito difíceis para a grande maioria dos adultos responder.

Dr. Thaddeus Bolton, um educador, disse o seguinte sobre uma criança notável: “Uma das coisas que parece acontecer com frequência às crianças-prodígios é a morte prematura. Um exemplo foi o filho de John Everly, cujo famoso diário é um dos tesouros da literatura inglesa e da história. Com a idade de dois anos e meio, esse menino podia escrever palavras em inglês, latim, francês e gótico. Aos quatro anos, ele traduzia latim e grego para o inglês e conhecia perfeitamente as gramáticas do inglês, francês e latim. Proposições da geometria de Euclides foram lidas para ele para sua diversão. Ele morreu com a idade de cinco anos e três meses”.

Os místicos sabem que essa criança era um estudioso renascido com visão e audição clarividentes. Ele poderia usar sua visão e audição espirituais para fazer essas coisas incomuns. Essa criança pode ter sido morta em batalha, então teve que renascer em um espaço de tempo de um a vinte anos, e, então, teve que morrer como uma criança.

Tal criança recebe treinamento na escola infantil no Primeiro Céu e renasce cerca de mil anos depois. Essa criança, em particular, pode retornar com esses mesmos poderes espirituais, mas, então, ela não estará tão à frente de seu tempo como estava antes. Tal conhecimento será possuído por muitos Egos naquela Era, que estarão muito à frente da nossa Era (a Era de Peixes).

Aqui está uma história de como alguns Auxiliares Invisíveis conheceram uma criança que tinha grande habilidade como artista. Uma noite, esses Auxiliares Invisíveis viram uma garotinha artista que tinha então doze anos de idade. Ela estava ocupada pintando em uma grande sala. Os Auxiliares Invisíveis foram instruídos a ir vê-la. Eles correram para a casa dela e a encontraram em seu estúdio. Muitas de suas telas estavam no chão e havia algumas pinturas penduradas nas paredes da sala.

A menina estava pintando os retratos de seus cinco irmãos e irmãs em uma grande tela. Ela arrumou as cinco cadeiras em uma fileira, começando com seu irmão, que tinha cerca de onze anos, e terminando com o bebê em uma cadeira alta na outra extremidade. As crianças sentaram-se muito quietas e observaram-na, enquanto ela pintava rapidamente.

Quando os Auxiliares Invisíveis a visitaram, a pequena artista mandou-os entrar e começou a desenhar os rostos das cinco crianças na tela que estava à frente dela e aplicar a primeira demão de tinta. Ela estava pronta para colocar as luzes e sombras mais pesadas. As semelhanças eram excelentes, embora a imagem estivesse apenas pela metade. Ela tinha apenas começado naquela manhã de sábado.

Os Auxiliares Invisíveis ficaram maravilhados com a habilidade dessa criança e admiraram muito a pintura dela. Eles saíram, se materializaram e tocaram a campainha. A mãe atendeu e um dos Auxiliares Invisíveis perguntou se podiam ver as pinturas da filha dela. Ela os convidou a entrar e mostrou o que a filha dela havia feito.

A mãe é uma boa mulher, mas não é uma Iniciada. A menina é uma alta Iniciada renascida, mas sua família não sabe disso. Eles acham que ela é uma criança talentosa.

Um Auxiliar Invisível perguntou à mãe se a filha dela tinha tido aulas de pintura.

“Não”, ela respondeu, “ela apenas começou a desenhar. Depois usou aquarelas e depois tintas a óleo. Agora ela desenha e pinta para todo mundo”.

Um pouco mais tarde, a Auxiliar Invisível abraçou a pequena artista. “Você me conhece?”, ela perguntou à menina quando eles estavam conversando.

“Sim, eu conheço vocês dois “, disse a criança.

“Então você é uma Irmã Leiga?”, perguntou o Auxiliar Invisível.

A menina olhou em volta para ver se eles estavam sozinhos e, então, disse: “Sim, voltei para terminar minha pintura”.

“Você sabe onde você morava antes?”, perguntou o Auxiliar Invisível.

“Sim”, disse ela, “vivi na Itália há mais de trezentos anos e conheci todos os grandes pintores. Fui aluna de Michelangelo e Rafael”.

A garotinha não contava quem ela era e se os outros haviam voltado para renascer. Ela tinha todos os tipos de fotos de animais, como tigres, leões, gatos etc. Havia retratos de pessoas que os Auxiliares Invisíveis nunca tinham visto e muitas pinturas de Anjos e Fadas.

Uma elevada Irmã Leiga disse que essa menina havia estudado por muito tempo com os antigos mestres e estava trabalhando sob as instruções de um à noite e que ela se tornaria uma pintora famosa.

A mãe da menina disse aos Auxiliares Invisíveis que sua filha lidera a família com uma mão firme, mas gentil, e nunca deu problemas. “Todo o tempo em que ela era um bebê e uma criança pequena, ela parecia brincar com alguém que eu não podia ver”, disse a mãe. “Depois que meu filho mais velho nasceu, eles se tornaram companheiros e parecem conversar um com o outro sem falar em voz alta.”

“Você tem muita sorte de ter filhos tão bons”, disse um dos Auxiliares Invisíveis.

“Sim, eu reconheço isso e sou grata”, respondeu a mãe, “e amo minha família”.

Os Auxiliares Invisíveis descobriram que o menino mais velho também é um Iniciado renascido, e que ele e a sua irmã saem juntos e trabalham como Auxiliares Invisíveis durante o sono.

Os Auxiliares Invisíveis visitantes não podiam ficar até que a jovem artista terminasse o quadro. Mais tarde, eles voltaram e viram a foto completa e foi adorável. Pense em uma menina de doze anos que poderia pintar os retratos de seus cinco irmãos e irmãs em uma tela em um dia! Eu acho que foi uma coisa incrível para qualquer um fazer. Uma criança tão talentosa é o que o mundo chama de gênio. Essa criança é uma artista agora porque se especializou em arte em vidas anteriores e dedicou muito tempo e esforço à pintura.

Os Auxiliares Invisíveis, muitas vezes, entram em contato com crianças avançadas que foram músicos, artistas, inventores ou qualquer outra coisa importante em vidas anteriores. Por exemplo, certa vez, alguns Auxiliares Invisíveis estavam caminhando à noite e viram uma casa em que a luz de um dos quartos estava acesa. Uma criança estava sentada sozinha pintando em alguns tipos de placa.

Os Auxiliares Invisíveis entraram e viram que ela era uma pequena artista e era uma boa pintora. A sala estava cheia de fotos que ela havia feito. Parecia que ela cobria tudo o que tinha com todos os tipos de fotos. Havia fotos de Anjos, Fadas e Gnomos. Essa criança levantou-se à noite e pintou o que ela lembrava de ter visto, quando estava fora de seu corpo durante o sono. Os Auxiliares Invisíveis a viram assim que ela completou as imagens de uma segunda placa. As duas telas tinham Fadas e Anjos nelas.

Os Auxiliares Invisíveis foram instruídos a conversar com os pais dela e explicar sobre a criança para que eles a entendessem melhor e não interferissem na pintura dela. Os Auxiliares Invisíveis saíram e um deles se materializou e bateu à porta.

Os pais acordaram e deixaram a Auxiliar Invisível entrar. A Auxiliar Invisível contou ao pai e à mãe da criança sobre sua filhinha.

“Minha filha parece ser diferente das outras crianças”, disse a mãe. “Ela se levanta à noite, senta e pinta quadros. Tenho me perguntado o que fazer com ela.”

“Sua filha é uma criança avançada e ficará bem quando crescer”, disse a Auxiliar Invisível aos pais.

“Temos um artista morando conosco”, continuou a mãe. “Nossa filhinha ia pegar as tintas dele e usá-las à noite. Quando ele descobriu como ela pintava bem, ele nos disse para deixá-la usar as tintas e pincéis dele. Ele disse que estava perfeitamente disposto porque ela poderia fazer tão bem e tinha tanto talento natural. Ela adora pintar em telas brancas.”

“Você deve deixá-la em paz e permitir que ela se desenvolva normalmente e pinte o que quiser”, disse o Auxiliar Invisível. “Sua filha é uma Iniciada renascida. Ela tem pintado as coisas maravilhosas que ela viu. Ela tem um desejo interior de se expressar e pode fazer isso melhor por meio das pinturas. Quando ela acorda e se lembra de ter visto lindos Espíritos da Natureza e Anjos, ela só precisa se levantar à noite e desenhar, ou pintar o que ela se lembra.”

Os pais ficaram muito aliviados ao ouvir isso e satisfeitos em saber da real capacidade da sua filha. Algum dia os vizinhos vão dizer que essa criança é um gênio por causa de seu trabalho artístico inteligente. Dirão que ela tem capacidade criativa e grande imaginação. Eles podem nunca saber que essa garota viu tudo o que ela pintou.

Essa história também é uma prova de renascimento, pois sabemos que nem todas as crianças se levantam à noite e desenham Anjos e Fadas que são lindos e parecem reais.

Certa vez, alguns Auxiliares Invisíveis encontraram um garotinho caminhando em um campo perto de uma casa de fazenda. Ele disse que se levantava cedo para ir brincar com as criancinhas que via em certos lugares.

Ele quis dizer os Gnomos e Fadas. Certas crianças veem Fadas e têm companheiros invisíveis. Conheço dois bebês que podem ver pessoas e Espíritos da Natureza que a maioria das pessoas não pode ver. Já vi esses bebês deitados na cama, erguendo as mãos, olhando para alguma coisa, conversando e arrulhando como se estivessem se divertindo muito. Eles sorriem e agem como se alguém os estivesse entretendo de alguma forma.

É bastante claro que esses bebês veem alguém de quem gostam e em quem confiam perfeitamente.

Eu li que todas as crianças são clarividentes, pelo menos durante o primeiro ano de suas vidas, e que depende da espiritualidade das crianças quanto tempo elas manterão essa visão ampliada. A atitude dos pais tem algo a ver com isso.

Quando os pais zombam do que os filhos dizem que veem, isso os magoa, e eles logo aprendem a excluir as cenas das quais seus pais riem e se recusam a acreditar, ou aprendem que é melhor guardar todas essas experiências para si mesmos; nesse último caso eles vivem mais dentro de si mesmos. Então os pais perdem muita alegria que de outra forma experimentariam.

Em um certo jornal de domingo apareceram quatro fotos de uma garotinha que tinha alguns animais de estimação estranhos. Na primeira foto essa criança tinha um ano de idade. Ela é mostrada sentada em uma cadeira alta brincando com uma grande cobra que cobre a maior parte da bandeja da cadeira.

A segunda foto mostra a mesma criança quando ela tinha seis anos. Ela está sentada em uma cadeira com uma grande cobra no colo.

Ela está segurando a cobra com a mão direita pelo pescoço e apontando um dedo da mão esquerda para a boca aberta da cobra. Ela está sorrindo e parece estar gostando de brincar com seu animal de estimação incomum.

Na terceira foto, a garotinha está na calçada com a mesma cobra grande enrolada duas vezes no pescoço e pendurada com a cabeça e o rabo quase até os joelhos. Ela está segurando seu gambá de estimação por uma coleira. O gambá parece estar com pressa para continuar a caminhada que foi interrompida pelo fotógrafo.

Na quarta foto a criança está sentada em uma caixa coberta com arame. Essa é provavelmente a gaiola em que ela mantém um de seus animais de estimação estranhos. Ela está segurando uma linda raposa de estimação em seus braços.

Há uma história interessante sobre ela que não saiu no jornal. A Memória da Natureza revelou o seguinte sobre essa criança. Quando ela era um menino em uma vida anterior, ela morava perto da parte superior do Rio Nilo. Um dia ela viu duas cobras brigando. Sem saber do perigo, ela subiu e as impediu de lutar. Ela fez amizade com as cobras, as levou para casa e expulsou todos de casa. A família logo viu que as cobras não machucariam o menino e então os deixaram em paz. Essas cobras não incomodariam o menino, sua família ou seus amigos.

Essas cobras seguiram esse menino por toda parte e tomaram parte na floresta contra outras coisas que tentaram prejudicá-lo.

Com a ajuda dos Espíritos-Grupo, ele conseguiu fazer amizade com tudo na selva ao seu redor, desde a menor coisa até a maior criatura da selva.

O menino lutava por seus amigos, quando alguém tentava machucá-los ou matá-los. Até os pássaros se tornaram seus amigos.

Agora, se ela conseguir fazer tanto nesta vida, as pessoas dirão que ela é um gênio. Dependerá de seus pais se ela recuperará seu poder sobre os animais e pássaros nesta vida e fará progresso espiritual.

Esta é a história de um bebezinho que conseguia pronunciar seu nome. Um dia, um artigo incomum apareceu em um jornal diário. No topo apareciam estas palavras: “Três dias de idade e pronuncia seu nome. Enfermeiras atestam isso”.

O artigo era o seguinte: “As enfermeiras do hospital St. Luke recomendaram hoje que todas as outras crianças prodígios ficassem em segundo plano”.

“Elas falaram de uma menina de três dias, capaz de pronunciar o próprio nome. E elas se ofereceram para dar provas auditivas a todos os céticos.”

“A criança notável é filha de ————.”

Alguns Auxiliares invisíveis viram esse artigo e uma noite foram ver o bebê que fala. Quando chegaram lá, o bebê estava dormindo. Eles o acordaram e disseram a ele para dizer seu nome.

O bebezinho disse seu nome muito claramente e os dois puderam entender.

Os Auxiliares Invisíveis foram informados de que esse bebê é uma criança muito avançada que renasceu. Eles viram que ela tinha um Corpo-Alma totalmente desenvolvido. Essa criança pode ser muito talentosa quando crescer, e o mundo pode chamá-la de gênio.

Três anos atrás, vi a foto de uma criança em um jornal de domingo que me interessou muito. A história em conexão com a foto fala sobre uma garota que fez de uma grande cobra píton o animal de estimação dela.

Um dia, um membro de uma expedição científica encontrou essa garotinha e seu animal de estimação enquanto ele passava por uma aldeia Moro no arquipélago de Sulu. O homem viu que a enorme cobra píton estava enrolada em volta da criança e tinha a cabeça apoiada no ombro dela e disse que a visão lhe deu arrepios.

O pai da menina disse a ele que seus medos eram desnecessários, pois a cobra píton e sua filhinha eram grandes amigas. Ele passou a dizer ao homem que elas brincavam juntos desde que a criança tinha cerca de dois anos de idade. Naquela época, ela estava cambaleando no quintal sob uma árvore frondosa na frente de sua casa. Ela se firmou contra o que parecia ser uma grande videira pendurada em um galho da árvore.

Isso despertou a cobra píton que estava suspensa na árvore, e ela imediatamente se enrolou em volta da criança. Algumas mulheres viram o que havia acontecido e gritaram pelo pai da criança. O pai saiu correndo e ficou surpreso ao ver que a cobra píton estava sonolenta e tranquila e que sua filha tagarelava alegremente e esmurrava a cobra com os dois punhos. Ele disse à mulher assustada que era a vontade de Alá. Ele não tentou desalojar a cobra por medo de hostilizá-la e fazer com que ela esmagasse e matasse seu bebê.

A cobra parecia ter um carinho real pela criança e voltava tantas vezes para visitá-la que os moradores já se acostumaram a vê-las juntas. A visão é suficiente para arrepiar os cabelos de um estranho e fazê-lo fugir daquele lugar.

Lemos sobre muitas amizades estranhas entre seres humanos e membros dos reinos animais, e entre animais que geralmente são antagônicos entre si, mas a amizade entre uma criança e uma píton de seis metros é realmente incomum.

O escritor disse: “A serpente é tão afetuosa quanto um gatinho com sua dona de olhos puxados e cabelos pretos”.

Alguns Auxiliares Invisíveis queriam ver essa garotinha e sua cobra e então uma noite eles foram vê-la. Eles a encontraram acariciando a cobra. O Auxiliar Invisível disse à Auxiliar Invisível para ir até a cobra. Ela estava com medo no começo, mas ela foi até lá. Quando a cobra a viu, se endireitou, veio ao encontro dela e abriu a boca mostrando a língua. A cobra parou aos pés da Auxiliar Invisível e ela se sentou. Ela colocou a cabeça no colo da Auxiliar Invisível que a acariciou suavemente. A cobra se enrolou em torno da Auxiliar Invisível e deitou a cabeça no peito dela. Ela certamente era uma pessoa elevada espiritualmente!

A garotinha logo chamou a cobra para perto de si, e saíram juntas e os Auxiliares Invisíveis continuaram. Parece estranho que essa cobra e a criança sejam companheiras de brincadeiras, mas a amizade pode ser explicada. As cobras pítons estão sob um Espírito-Grupo que é muito sábio. Esse Espírito-Grupo pode ler na Memória da Natureza. Ele devia saber que essa criança não merecia uma morte violenta e influenciou sua pupila a ser amigável com ela. Sem dúvida, essa criança foi gentil com os animais em suas vidas passadas e os Espíritos-Grupo de todos os animais irão ajudá-la, influenciando seus pupilos a serem amigáveis com ela.

Os Auxiliares Invisíveis foram posteriormente informados de que essa criança é um Iniciado e tem um Corpo-Alma desenvolvido e pode trabalhar como Auxiliar Invisível à noite.

É bem provável que ela tenha algum trabalho importante a fazer com seu povo naquela terra distante.

Agora vou falar sobre um homem que foi um verdadeiro gênio em sua vida passada. Dizem que ele nunca foi à escola. Ainda assim, ele dominava o hebraico, o grego, o sânscrito, o cuneiforme assírio e os hieróglifos egípcios. Esse homem interessante tornou-se um mestre autodidata dessas línguas difíceis.

Esse homem era filho de um camponês pobre que não tinha dinheiro para mandá-lo para a escola. No entanto, ele obteve uma educação maravilhosa e se tornou um filósofo conhecido. Ele também foi poeta e publicou alguns volumes de poesia.

Ele nasceu em um momento muito favorável para ser bem-sucedido no trabalho que faria.

Esse homem tinha um grande desejo de conhecimento oculto e místico e queria se tornar um melhor servo de Deus e assim ajudar os outros. Ele desejava transmitir seu conhecimento a seus amigos e ao público, mas, como era de se esperar, o público se recusou a ouvir.

Agora, vamos dar uma olhada na Memória da Natureza e ver o que aconteceu no passado distante. Cerca de dois mil anos atrás, vivia um homem na Europa Central que era muito propenso a negligenciar suas oportunidades de autoaperfeiçoamento. Ele teve uma boa oportunidade de se tornar altamente educado e poderia ter sido um bom professor. Ele também era capaz de ser um favorito social e se divertir. Ele adotou a linha de menor resistência e aproveitou a vida ao máximo. Então, ele perdeu a oportunidade de desenvolver suas faculdades mentais. Mais tarde na vida, ele percebeu seu grande erro, mas era tarde demais para começar e terminar qualquer coisa nova, e ele logo faleceu com dúvidas e arrependimento.

Na vida seguinte, esse Ego renasceu como uma mulher com Ascendente em Câncer. Ela amava seu lar e queria ficar nele. Como ela havia negligenciado suas oportunidades de progresso, tanto mental quanto material na vida anterior, ela renasceu em uma família pobre para que pudesse aprender as lições necessárias que havia negligenciado. Essas lições deveriam agora ser aprendidas em circunstâncias difíceis.

O lar dela era simples e seus pais eram bons para ela. Eles foram rígidos com ela e lhe deram a entender que ela tinha que ganhar tudo o que ela queria ou precisava. Isso, por sua vez, desenvolveu sua vontade. Também a fez pensar e prestar atenção nos oprimidos, sem instrução, mutilados e aflitos. Também nasceu nela um grande desejo de educar todos os que cruzavam seu caminho. Ela tinha uma educação escassa e pouco dinheiro. Ainda assim, ela tentou ajudar tudo o que pôde.

Seus pais poderiam tê-la ajudado mais, porém estavam ansiosos para que ela desenvolvesse autossuficiência. Eles queriam que ela dependesse dos seus próprios recursos. Eles não acreditavam que castigos corporais a educariam como precisasse. Eles perceberam que os desejos dela precisavam ser refreados e que sua energia deveria ser direcionada para caminhos úteis. Por causa dessa disciplina rígida e do trabalho exigido dela por seus pais, ela cresceu com uma educação limitada. Sua educação prática desenvolveu um Coração e uma Mente compreensivos que provaram ser de grande valor para ela na próxima vida, quando ela renasceu como homem.

Mais uma vez, ela renasceu mais ou menos na mesma parte da Europa. Ela teve como pais alguns de seus companheiros da segunda vida anterior, quando ela dedicou toda a sua vida ao prazer. Esses pais tiveram que aprender as mesmas lições que ela e eram extremamente pobres. Eles não tinham nada para dar a ela, exceto um Corpo Denso, amor e bondade. A família estava feliz em sua casa simples. Não havia luxos para ninguém ali. Eles tinham uma casinha de quatro cômodos com algumas flores na frente.

O pai fazia qualquer trabalho que encontrava, mas ganhava pouco dinheiro. Ele tinha bons amigos, mas eram tão pobres quanto ele e não podiam ajudá-lo financeiramente. Ele estava esperançoso e tentou incutir esperança na família. A mãe fez tudo o que pôde pela família com o que tinha.

Em sua última vida, este homem tinha uma Mente que poderia ser desenvolvida além de seus sonhos mais loucos, e ele foi capaz de reter o que aprendeu e transmiti-lo aos outros de maneira clara e concisa.

Diz-se que esse homem era capaz de dominar cinco línguas antigas. Como ele fez isso? Seu mapa astrológico mostra que ele nasceu em uma época muito favorável e tinha um Corpo Denso e uma Mente muito desenvolvidos. Isso mostra que ele receberia muita ajuda de outros.

Ele tinha a habilidade de pronunciar as palavras difíceis de línguas estrangeiras e um amor pela realização. Ele tinha uma boa memória retentiva e a capacidade de transmitir seu conhecimento aos outros.

Ele era ativo e enérgico e tinha a persistência necessária para levar seus projetos a uma conclusão bem-sucedida.

Como esse Ego aprendeu hebraico, grego, sânscrito, cuneiforme assírio e hieróglifos egípcios? Na vida anterior, ele viu a necessidade das pessoas serem ensinadas em sua língua materna e decidiu realizar suas ideias e ensinou-as em sua própria língua. No renascimento, quando escolheu uma vida de prazer, aprendeu que ela lhe proporcionava apenas uma felicidade temporária. Então, em sua última vida ele dirigiu sua energia em linhas construtivas e viveu de acordo com os Aspectos benéficos em seu horóscopo.

Em certo sentido, ele “governou suas estrelas”. Exerceu sua vontade de superar tendências adversas e conseguiu tão bem que se tornou um verdadeiro gênio, um mestre de línguas, autodidata. Acredito que em vidas passadas esse homem viveu nos países onde essas línguas eram faladas e estudou línguas.

Se não acreditássemos no renascimento, não poderíamos explicar a habilidade desse homem. É provável que esse homem tenha passado muito tempo viajando pela Palestina, Egito, Grécia e outros países.

Ele era um estudante consciente dos Mistérios daquela parte do mundo. Ele era um Auxiliar Invisível e aprendeu muito em suas viagens, de seu corpo. Como ele tinha visão espiritual, ele poderia facilmente ser ajudado pelos Irmãos e Irmãs Leigos que o ajudavam a progredir. Como ele tinha audição espiritual, ele podia entender o significado de palavras e sinais desconhecidos. Assim, ele poderia continuar seus estudos sozinho e progredir rapidamente.

Ao viajar pessoalmente em terras estrangeiras, ele foi bem-recebido pelas pessoas em posição de autoridade. Sem dúvida, foram mostrados a ele documentos e registros antigos que o ajudaram em seus estudos.

Ele conhecia a psicometria e quando pegava ou tocava essas coisas, podia descobrir o que havia acontecido no momento em que foram escritas e sobre as pessoas que as escreveram.

Ele ensinou publicamente e em particular e transmitiu seu conhecimento livremente aos outros. Dessa forma, ele se preparou para receber mais e mais instruções. Esse homem era um Ego avançado que havia se desenvolvido a um estado elevado por esforço persistente em muitas vidas anteriores e, assim, em sua última vida ele realizou uma tarefa aparentemente impossível e fez muito para ajudar a humanidade.

Certo dia, li um artigo em um jornal sobre um menino que foi ordenado evangelista aos sete anos de idade. Alegou-se que esse menino poderia pregar em sete idiomas. Um amigo investigou e descobriu que esse menino tem uma habilidade incomum.

É provável que esse menino será original e independente, enérgico, ambicioso e engenhoso. É provável que ele se beneficie de amigos influentes que estarão em posição de ajudá-lo. Ele deve ter capacidade executiva e ser bem-sucedido na vida pública. Essa criança deve ser bem-sucedida como oradora pública, pois são indicadas habilidade oratória e um bom fluxo de linguagem.

Essa criança pode se tornar um orador inspirador com habilidade profética que o ajudará a realizar o trabalho de sua vida, seja ele qual for.

Disseram-me que esse Ego estava vivo durante o tempo em que Jesus andou na Terra e que ele foi um profeta naquela vida quando era homem. Na vida seguinte, ele era uma mulher que vivia na Inglaterra no ano 1.000, pouco antes do duque da Normandia ir para lá. Esse Ego renasceu como um garotinho em nosso tempo, e ele é uma criança avançada que será capaz de falar muitas línguas regulares com o tempo.

Certa manhã, um homem estava sentado olhando para um jornal e ouvindo uma doce música que estava sendo tocada em algum lugar.

Essa música suave era como aquela tocada nos tempos antigos. Alguém disse ao homem por meio do pensamento que essa música era obra de um gênio.

Então ele viu a atividade de um gênio do mal que tem trabalhado para prejudicar as pessoas por várias vidas. Ele viu devastação e desolação em terras da Irlanda ao Egito. Ele viu alguns frades andando pelo país ajudando os caídos que estavam vagando. O homem pensou que esse estado de coisas havia sido causado por algum tipo de selvageria. “Oh, que pena de tudo isso”, disse ele. “O que é gênio e como os gênios são feitos e quem os faz?”, ele perguntou.

Então ele viu um homem que parecia ter vivido cerca de três mil anos atrás. Esse homem estava em uma cabana tentando cozinhar alguma coisa. Ele tinha um olhar muito cruel e selvagem em seu rosto. Ele saiu e experimentou o que estava cozinhando em uma multidão de pessoas e todos caíram mortos por causa do que ele lhes deu para comer. Ele parecia estar feliz com o sucesso de seus esforços para causar a morte dessas pessoas. Ele sumiu de cena e depois voltou em tempos mais recentes.

Na segunda série de imagens da Memória da Natureza, esse Ego tinha um laboratório simples. Ele estava fazendo algum tipo de gás em forma de pó em seu laboratório. Ele experimentou em vacas e porcos e qualquer coisa que estivesse viva e se movesse. Ele pegou um pouco de sua coisa em pó e colocou em uma tigela de barro e cobriu.

Ele então acendeu uma fogueira sob a tigela e ela explodiu. Ele entrou em estado de êxtase com seu experimento. Em seguida, seguiram-se cenas de destruição e morte em todos os lugares, devido à sua invenção mortífera. Naquela vida, esse Ego maligno renasceu na raça chinesa.

Houve um branco de alguns minutos que indicava a passagem do tempo. Depois disso, o homem que estava vendo essas cenas viu o mesmo Ego em um laboratório moderno com muitos homens ao seu redor fazendo todos os tipos de produtos químicos. Ele os viu colocando o composto em projéteis, aviões, barcos, etc. Esse homem estava em algum país em um laboratório químico preparando-se para um tipo de guerra mais mortal. Podemos ter certeza de que a Lei de Causa e Efeito cuidará desse homem no devido tempo e ele terá que pagar caro por seu trabalho.

Existem mais gênios bons que fazem o bem para a humanidade do que gênios maus que fazem o mal. Se isso não fosse verdade, o mundo já teria sido destruído há muito tempo. O verdadeiro gênio é uma pessoa que faz seu trabalho filantrópico para a humanidade discretamente, sem pensar em recompensa alguma imediata por seu trabalho. Algumas dessas pessoas nunca são ouvidas até muito depois de terem morrido. A história nos dá muitos exemplos de tais pessoas. Alguns dos melhores pintores e músicos fizeram seu trabalho em circunstâncias muito difíceis. Alguns deles quase morreram de fome enquanto faziam seu melhor trabalho. Eles foram desvalorizados enquanto viveram e agora o mundo busca honrar sua memória. Existem gênios de várias linhas que estão ajudando o ser humano em sua evolução.

Disseram-me que os prodígios são, na maioria das vezes, Egos que quase gastaram seus dons. Eles morrem ou seus dons especiais desaparecem. Isso se deve ao Ego descansando sobre os louros. Tal pessoa recebe sua recompensa pelo esforço que colocou em seu trabalho para merecer qualquer dom que possa ter.

Por outro lado, existem alguns Egos que continuam seu trabalho com maior esforço e se tornam verdadeiramente grandes. Eles dão à humanidade algumas de suas maiores bênçãos. Deixam de ser prodígios e passam a ser servos de Deus e da humanidade. O conhecimento dos Mundos espirituais torna-se sua herança. Então eles trilham o caminho da santidade, e o mundo se torna seu lar e todas as pessoas são seus irmãos e suas irmãs.

É sábio e bom que o ser humano deveria se tornar um gênio, pois então ele pode se tornar verdadeiramente um servo de Deus. Ninguém precisa sentir pena de si mesmo, pois qualquer um pode se tornar grande aos olhos de Deus e dos seres humanos, se fizer o esforço adequado e tiver fé em si mesmo. Sem esforço e fé nada pode ser realizado.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 4: Primeiro Milênio depois de Cristo

Sob o Império Romano, muitos astrólogos eram apenas “adivinhos”. No entanto, os imperadores tinham, em sua maioria, seu astrólogo designado.

Augusto (63 a.C.- 14 d.C.) cunhou moedas de prata com o Signo de Capricórnio sob o qual nasceu (Signo Solar ou Lunar?).

Tibério (42 a.C.- 37 d.C.) jogou no mar do topo de uma rocha os astrólogos cujas previsões lhe pareciam suspeitas.

Diocleciano (245 – 313) proibiu qualquer tipo de adivinhação.

Constantino (280-337), que o sucedeu, suavizou essa proibição condenando apenas os abusos.

O grande teórico da Astrologia foi Cláudio Ptolomeu, astrônomo-astrólogo e matemático do século II d.C., nascido em Ptolemaida no Alto Egito e que fez suas pesquisas em Alexandria. Seu trabalho, o Tetrabiblos (4 livros), é uma compilação de todo o conhecimento astrológico de seu tempo.

Escreve também um livro de Astronomia, o Almagesto, em que a Terra está fixa, no centro do mundo e o Sol e a Lua giram em torno dela em órbitas circulares.

A grande originalidade de Ptolomeu é ter conseguido explicar as principais irregularidades dos movimentos dos diferentes Planetas, vistos da Terra (Retrogradações), na sua teoria dos epiciclos, que será dogma durante 14 séculos, até Copérnico.

Adota o sistema de Casas que divide cada um dos quatro ângulos: AS-MC, MC-DS, DS-FC, FC-AS em três partes iguais (AS = Ascendente; DS = Descendente; MC = Meio do Céu; FC = Fundo do Céu).

Mas, sem dúvida, a diferença com o outro sistema antigo do qual falamos anteriormente não é muito grande, faz com que a influência de uma Casa comece cinco graus antes e termine cinco graus antes da seguinte.

É, em parte, a noção de uma Órbita de Influência de uma Casa astrológica que ainda é usada hoje.

A Religião Cristã dos primeiros séculos era totalmente contra a Astrologia?

Sabemos que há condenações de “adivinhação” no Antigo Testamento (Dt 18:10-11[1]; ISm 28:7[2]; Is 8:19[3]), mas a palavra “astrologia” é uma tradução incorreta de uma palavra hebraica que significa “conjecturador” (veja: Bíblia de Chouraqui[4]).

Além disso, os cabalistas a praticavam tão bem quanto os essênios. Referências astrológicas muito claras foram encontradas nos Manuscritos do Mar Morto (Manuscrito 4Q186).

Nossos futuristas modernos também seriam condenados?

A Religião Cristã tem usado símbolos astrológicos desde o seu início:

– A Era de Áries estava chegando ao fim, quando Jesus Cristo veio à nossa Terra. Cristo foi o “Bom Pastor” (Jo 10:11[5]).

– Ele, frequentemente, compara seus Discípulos a ovelhas e se torna Ele mesmo o Cordeiro de Deus oferecido pelos pecados do mundo.

– Mas ele também anuncia a Era de Peixes quando diz: “Eu vos farei pescadores de homens” (Lc 5:10[6]).

– O sinal de união dos primeiros Cristãos nas catacumbas era formado por dois peixes cruzados (ichthus) e a mitra dos bispos em forma de cabeça de peixe.

– O nascimento de Jesus foi colocado em 24 de dezembro à meia-noite, quando o Signo de Virgem está no Ascendente e o Sol no Solstício de Dezembro vai “nascer” para nos salvar do frio (é claro que essa data é essencialmente simbólica porque faz muito frio nessa época do ano, mesmo em Israel, para encontrar ali pastores com suas ovelhas, lá fora no meio da noite…).

– Quem são os Magos, senão astrólogos?

– A Páscoa é fixada no domingo (dia do Sol) que segue a Lua Cheia do Equinócio de Março, quando o Sol está na cruz formada pela eclíptica e pelo equador celeste.

Entre os primeiros eclesiásticos, alguns se interessaram muito pela Astrologia, tanto que três concílios sucessivos em 381, 431, 451 reiteraram a proibição de praticar a Astrologia considerada, apesar do que acabamos de ver, contrária à doutrina da Religião Cristã.

São Jerônimo (347-420) respeitou essa proibição, mas escreveu: “Sou silencioso sobre filósofos, astrônomos, astrólogos, cuja ciência, muito útil aos seres humanos, é afirmada por dogmas, é explicada pelo método, é justificada pela experiência.

Santo Agostinho (354-430) é conhecido como opositor da Astrologia, após sua conversão. Ele já havia sido atraído pelo maniqueísmo e admite, em suas Confissões, ter estudado Astrologia. Ele escreve mesmo assim: “Não seria totalmente absurdo dizer que certas influências astrais não são destituídas de poder sobre as variações do corpo, mas que as vontades da alma dependem da situação das estrelas, não vemos isso” (parece-me que Max Heindel não discordaria totalmente dessa afirmação que é sobretudo a do livre arbítrio do ser humano).

Por fim, citemos a obra do pseudo Dionísio, o Areopagita, composta por 4 tratados de teologia mística em que a Astrologia está presente e que terão uma influência grande no Ocidente a partir do século XIII, como veremos mais adiante.

Essa obra é considerada datada do século V, tanto pelo caráter neoplatônico do conteúdo quanto pelo fato de nunca ter sido mencionada antes dessa época, embora seu autor afirme em seus escritos ser o Dionísio convertido por São Paulo durante sua visita ao Areópago (At 17:16[7] a 34[8]) e que teria sido o primeiro bispo de Atenas. A partir do século V e até o século XI, o Ocidente praticamente deixou de se interessar pela Astrologia, como também por várias outras ciências, salvo alguns religiosos cultos.

Sabemos, por exemplo, que Papas como Leão III (750-816) e Silvestre II, o Papa do ano 1000 (938-1003), se interessaram por ela.

(De: Introduction: L’astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)


[1] N.T.: Que em teu meio não se encontre alguém que queime seu filho ou sua filha, nem que faça presságio, oráculo, adivinhação ou magia, ou que pratique encantamentos, que interrogue espíritos ou adivinhos, ou ainda que invoque os mortos;

[2] N.T.: Saul disse então aos seus servos: “Buscai-me uma necromante para que eu lhe fale e a consulte”. E os servos lhe responderam: “Há uma em Endor”.

[3] N.T.: Se vos disserem: “Ide consultar os espíritos e os adivinhos, cochichadores e balbuciadores”, não consultará o povo os seus deuses, e os mortos a favor dos vivos?

[4] N.T.: André Chouraqui, famoso tradutor francês.

[5] N.T.: Eu sou o bom pastor: o bom pastor dá sua vida pelas suas ovelhas.

[6] N.T.: Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! Doravante serás pescador de homens”.

[7] N.T.: Enquanto os esperava em Atenas, seu espírito inflamava-se dentro dele, ao ver cheia de ídolos a cidade.

[8] N.T.: Alguns homens, porém, aderiram a ele e abraçaram a fé. Entre esses achava-se Dionísio, o Areopagita.

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Como o Místico explica o que é um Gênio

Vamos ver o que podemos descobrir sobre a genialidade e como ela funciona na vida de algumas pessoas. Nos vários livros da Fraternidade Rosacruz, é-nos dito muito sobre o gênio e o porquê de algumas crianças mostrarem habilidades marcantes em algumas linhas desde tenra idade.

Todas as boas qualidades que possuímos agora, os lugares que ocupamos na sociedade e tudo o que temos são resultados de nossas próprias ações em vidas passadas. O que nos falta em termos físicos, morais ou mentais poderá ser obtido por nós no futuro, se fizermos o esforço necessário.

Todas as manhãs retomamos nossas vidas onde as deixamos na noite anterior. Nós criamos as condições atuais, sob as quais vivemos e trabalhamos, pelo trabalho que fizemos em vidas anteriores. No momento presente, estamos construindo as condições de nossas vidas futuras. Não devemos lamentar nossa falta de habilidade em várias linhas de empreendimento, mas devemos começar a trabalhar para adquirir as habilidades que desejamos ter.

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São João Batista, o Precursor

São João, durante as viagens que realizava de Juta a Jerusalém, presenciava os atos de extrema crueldade dos soldados romanos e a afrontosa cobrança de impostos. Os serviços do Templo se revestiam de um caráter mundano e o povo vivia debaixo de uma execrável opressão. São João indignou-se contra esse estado de coisas e sua índole, totalmente avessa a tais injustiças, impeliu-o mais tarde a censurar acerbamente o Estado e a Igreja.

Desde a infância mostrava-se diferente dos de sua geração. As outras crianças olhavam-no como se ele pertencesse a outro mundo. O convívio com seus elevados pais, e as instruções que recebia, tornavam-no apto a cumprir uma missão de destaque.

Embora tivesse passado pelas provas que o habilitavam ao noviciado no Templo, seu Espírito encontrava-se além. Não lhe estava destinada uma vida de mera rotina. Uma grande missão o esperava.

Depois da morte de seus pais, São João defrontou-se com o problema comum a todos os Aspirantes que procuram se dedicar de corpo e alma à Vida espiritual, isto é, manter-se equilibrado entre as coisas do Espírito e as do mundo. Como sacerdote teria pela frente uma Vida relativamente tranquila. Seus deveres para com o Templo restringiam-se a umas poucas semanas durante o ano. Isso lhe desagradava profundamente. Jamais se conformaria em servir a uma Religião formal, em que os ritos purificadores eram celebrados por pessoas devotas ao “príncipe do mundo”. Tudo ao seu redor lembrava os rogos das viúvas e os choros dos órfãos, enquanto os publicanos ofereciam as suas infindáveis orações, sem vestígio algum de espiritualidade.

São João ponderou sobre essas coisas e acabou retirando-se para o deserto. Viveu durante quase vinte anos na solidão, a que já se habituara desde sua existência passada quando renasceu como o rude profeta Elias. Nesse isolamento, encontrou todas as condições para preparar-se devidamente como o precursor da Nova Dispensação.

A Galileia, no tempo de São João, era a encruzilhada do mundo, povoada por uma mistura de raças de natureza arrojada, movidas pelo espírito de aventura. Esse trecho do território palestiniano caracterizava-se pela sua grande densidade demográfica, e pela sua população cosmopolita. Fenícios, gregos e pessoas do extremo leste eram figuras familiares nas cidades da Galileia. São João, em contato com esses povos, adquiriu um sentimento de liberalismo, desprendendo-se das convenções tão naturais ao seu povo. Os galileus eram detestados de forma particular pelos saduceus, a mais ortodoxa das castas sacerdotais. Ponderavam sobre o atroz sofrimento em que viviam sob o jugo romano e alimentavam sólidas esperanças quanto à vinda do Messias profetizada pelos livros ocultos. Ressalte-se que todos os Apóstolos, com exceção de Judas Iscariotes, eram originários da Galileia.

Depois de longo período de provas no deserto, São João iniciou a grande missão de arauto da Era de Peixes. O íntimo contato travado com a natureza e com seres superiores facultou-lhe distinguir instantaneamente o falso do verdadeiro, o real do irreal. Sua voz desafiadora e vibrante marcou-o realmente como a “Voz que Clama no Deserto”. Organizou uma escola preparatória em que seus Discípulos recebiam profunda orientação e ensinamentos alusivos à vinda do Messias (o Cristo). Um dos passos iniciáticos dessa Escola era o Batismo que, no Cristianismo Esotérico não consiste apenas na imersão, mas trata-se de um ritual conferindo poderes de Clarividência.

Cristo dirigiu-se a São João para submeter-se ao ritual do Batismo às margens do Jordão, inaugurando, assim, o seu Ministério.

São João preparou-se durante anos para uma missão que, embora durasse apenas seis meses, revestiu-se de grande importância como movimento preparatório à vinda d’Aquele a quem a seu devido tempo “todo joelho se dobrará e toda língua confessará”.

(Publicado na Revista Rosacruz – agosto/1968-Fraternidade Rosacruz-SP)

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