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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Cabeça e a Cauda do Dragão

A Cabeça do Dragão é o Nodo Norte da Lua. Nodos são pontos, na órbita de um Planeta, onde ele cruza a Eclíptica ou curso do Sol. O ponto no qual ele cruza do sul para o norte é chamado Nodo ascendente ou Nodo Norte; o outro ponto em que ele cruza do norte para o sul é chamado Nodo descendente ou Nodo Sul.

Quando está a leste e cruza o Equador celeste do sul para o norte, o Sol entra no marciano Signo de sua Exaltação, Áries, como um rei conquistador no Equinócio de Março. Então, a natureza inteira desperta para a vida, para o amor e para a labuta de outro ano. Por conseguinte, o ponto em que o luminar menor cruza e entra na declinação norte também está sujeito à benigna influência do doador de vida, o que se atribui à Cabeça do Dragão, que estimula e promove todas as coisas sob sua influência. Em setembro, porém, Saturno, Satã — ou o adversário — ergue-se em seu Signo de exaltação, Libra, para dominar com sua mão fria e viscosa o vivificante Sol e conduzi-lo ao seu Nodo descendente, deixando o Hemisfério norte em lamentações e morte. Portanto, o Nodo Sul da Lua, chamado Cauda do Dragão, é considerado saturnino em seus efeitos, obstruindo todas as coisas às quais esteja ligado.

Na Astrologia Rosacruz, a Cabeça do Dragão e a Cauda do Dragão exercem influência no horóscopo somente quando em Conjunção com um Astro (Sol, Lua e Planetas) ou com o Ascendente. Uma órbita de influência de apenas 3 graus é admitida.

A Cabeça do Dragão é considerada benéfica, sendo sua influência análoga à do Sol em Áries, e seu efeito jupiteriano. A Cauda do Dragão é considerada adversa, sendo saturnina em qualidade e tendo uma influência semelhante à de Saturno em Libra.

Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Vida dos Salvadores e a Correlação com o Sol

Deus é Luz” (IJo 1:5) e como presença corporal do Pai entre nós temos o Cristo, de modo que qualquer um que crê n’Ele, não perece, mas tem a vida eterna. Por isso que Cristo disse: “Eu sou a Luz do Mundo.” (Jo 8:12).

É do Sol visível que nos vem cada partícula de energia física e é do Sol espiritual invisível que nos vem toda nossa energia espiritual.

Vejamos agora, como nós daqui do nosso Planeta Terra visualizamos todos os anos a passagem, a permanência e o trabalho do nosso Salvador, Cristo: o nosso Planeta Terra gira em torno de uma estrela que conhecemos como Sol. O Sol, por sua vez, gira em torno de um conjunto de estrelas fixas.

Essas estrelas fixas formam 12 grupos ou constelações que conhecemos com o nome de Signos do Zodíaco. Esse caminho, tomando como referência o nosso Planeta Terra, feito pelo Sol é chamado de Eclíptica.

Zodíaco não quer dizer que tais constelações pareçam com animais, mas é porque suas influências estão voltadas em exteriorizar as principais características no ser humano incorporadas no símbolo.

Assim, por exemplo: a arrogância, a energia e a coragem que vem de Áries não podem estar mais bem simbolizadas do que pelo Carneiro.

Ou a pacífica, mas prodigiosa força e a grande persistência que vem de Touro não podem ser mais bem descritas que pelo simbólico Touro.

O Zodíaco permanece sempre na mesma posição relativa, ou, pelo menos, sua mudança é tão insignificante que pode ser desprezada.

Olhando daqui do nosso Planeta Terra, percebemos que todos os anos, no dia 20 ou 21 de março, temos a impressão de que o Sol começa a abandonar o hemisfério sul, cruzando a linha do equador em direção ao hemisfério norte.

Isso ocorre porque o nosso Planeta Terra possui movimentos em torno do seu eixo como um pião cambaleante. Esses movimentos cambaleantes são de dois principais tipos conhecidos como:

  • Precessão
  • Nutação

Na realidade, não é que o Sol abandona o hemisfério sul. O que acontece é que seus raios incidem no nosso Planeta Terra mais perpendiculares, no hemisfério sul, a partir de 20 ou 21 de março e mais inclinados no hemisfério norte. Com isso, há a sensação de mais calor no hemisfério norte do que no sul.

Já a partir de 22 ou 23 de setembro tudo se inverte: o Sol abandona o hemisfério norte, cruza a linha do equador e penetra no hemisfério sul. Novamente, o Sol não abandona o hemisfério norte, mas seus raios incidem no nosso Planeta Terra, mais perpendiculares no hemisfério norte, a partir de 22 ou 23 de setembro, e mais inclinados no hemisfério sul.

Assim, todos os anos quando o Sol cruza a linha do equador indo do hemisfério sul para o hemisfério norte temos o Equinócio de Março (ou de Outono), para nós do hemisfério sul, o início da estação do outono. Isso ocorre todos os anos, em torno do dia 21 ou 22 de março. Já para o hemisfério norte é o Equinócio de (ou da Primavera), o início da estação da primavera.

Agora, todos os anos quando o Sol cruza a linha do equador indo do hemisfério norte para o hemisfério sul temos o Equinócio de Setembro (ou da Primavera) para nós do hemisfério sul, o início da estação da primavera. Isso ocorre todos os anos, em torno do dia 22 ou 23 de setembro. Já para o hemisfério norte é o Equinócio de Setembro (ou de Outono), o início da estação do outono.

Nesse cruzamento de hemisfério sul para hemisfério norte ocorre um fato importantíssimo: devido aos movimentos vibratórios dos pólos descritos anteriormente o Sol cruza o equador sempre em um ponto anterior do que ele fez no ano anterior e, como, nesse dia, os períodos do dia e da noite são de iguais durações, ou seja, o Equinócio, esse cruzamento chama-se Precessão dos Equinócios. Ou seja, a cada ano o Sol precede em relação ao lugar em que ele cruzou o equador no ano anterior.

Se não houvesse tal Precessão dos Equinócios o Sol penetraria sempre na constelação de Áries, todos os anos no Equinócio de 21 ou 22 de março no mesmo ponto, no mesmo grau e no mesmo minuto.

Esse movimento é muito lento: um grau cada 72 anos, aproximadamente.

Assim, o Equinócio de 21 ou 22 de março ocorreu no primeiro grau de Peixes mais ou menos 2160 anos atrás (72 anos*30 graus).

Além desses movimentos, o nosso Planeta Terra tem um movimento de translação ao redor do Sol. Esse movimento tem a forma de uma elipse, e o Sol ocupa um dos focos dessa elipse.

Assim sendo, por duas vezes o Sol atinge suas posições mais afastadas do equador: em junho e em dezembro de cada ano.

  • Para nós do hemisfério sul, em junho, os raios solares caem mais perpendiculares sobre a superfície da Terra. É quando o Sol atinge sua posição mais austral (mais ao sul) em torno do dia 21 ou 22 de junho. Esse dia é conhecido como Solstício de Junho (ou de Inverno), início da estação do inverno, para o hemisfério sul e, ao contrário, Solstício de Junho (ou de Verão), início da estação do verão, para o hemisfério norte.
  • Já em dezembro, os raios solares caem mais inclinados sobre a superfície da Terra. É quando o Sol atinge sua posição mais boreal (mais ao norte) em torno do dia 21 ou 22 de dezembro. Esse dia é conhecido como Solstício de Dezembro (ou de Verão), início da estação do verão, para o hemisfério sul e, ao contrário, Solstício de Dezembro (ou de Inverno), início da estação do inverno, para o hemisfério norte.

De qualquer modo, observe bem esse fator importante para entender o que segue adiante: independente da influência física dos raios solares, é a distância que o Sol se encontra da Terra o mais importante:

  • Em junho está mais longe (o foco da elipse em que o Sol se encontra está mais longe)
  • Em dezembro está mais perto (o foco da elipse em que o Sol se encontra está mais perto)

E isso independe do hemisfério que nós estamos! Esse ponto é fundamental para entendermos a relação do movimento do Sol, por Precessão dos Equinócios, e a vinda dos “Salvadores”.

É exatamente o movimento do Sol em torno do Zodíaco, descrito acima, que fundamenta as vidas de todos os “Salvadores da Humanidade”.

Essa passagem do Sol pelo Zodíaco descreve: as provações e os triunfos de todo Iniciado, ou seja, de todo ser humano que já alcançou, pelo menos, a primeira Iniciação Menor.

Todos os “Salvadores da Humanidade” vieram com luz divina e com conhecimentos espirituais para nos ajudar a encontrarmos a Deus e, portanto, os acontecimentos das vidas deles estavam de acordo com os acontecimentos que o Sol encontra em sua peregrinação anual.

Excetuando o Cristo, os demais “Salvadores da Humanidade” vieram para ajudar uma parte específica da Humanidade: um povo, uma nação, uma parte.

Vamos falar do Salvador de todos nós, ou seja, de toda a Humanidade: o Cristo, na Sua primeira aparição entre nós como Cristo-Jesus.

Jesus nasceu de uma Virgem imaculada, quando a escuridão era maior entre a Humanidade. Do mesmo modo que o Sol começa sua jornada na noite mais longa do ano, quando o Signo de Virgem, a virgem, se mantém sobre o horizonte oriental em todas as latitudes, entre as 22 e as 24 horas do dia 24 para o dia 25 de dezembro de todo ano, como lemos no Evangelho Segundo São Lucas no capítulo 1 e no Evangelho Segundo São Mateus no capítulo 2.

Como nesse dia a Terra está prestes a ficar mais próxima do Sol do que qualquer outro momento no ano, ela é permeada mais fortemente pela aura do Sol Espiritual.

Assim, dizemos que o Sol do “novo ano” nasce do dia 24 para o dia 25 de dezembro de todo ano. Ele é a esperança de vida que nasce para salvar a Humanidade do frio e da fome (física e espiritual) que se seguiriam se não nascesse todos os anos.

Após esse advento do Cristo, todos os anos, a 21 ou 22 de dezembro, um raio do Cristo Cósmico chega até o centro do nosso Planeta Terra e começa irradiar: toda a Sua Luz, todo o Seu Amor, toda a Sua Vida, que funciona como um influxo rejuvenescedor do nosso Pai celestial.

Deste ponto, o Sol vai crescendo em esplendor, passando pelos Signos de: Capricórnio e Aquário.

Quando passa pelo Signo de Peixes, temos a época do “jejum do Iniciado”, período de elevação espiritual.

Depois da quaresma o Sol passa pelo Equinócio de Março, entrando no Signo de Áries, simbolizando o cordeiro Pascal, marcial.

Nesse cruzamento do Sol pelo equador, rumo ao norte, temos a Crucificação do Salvador que depois de nos ter dado toda a Sua Vida, Sua Luz e todo Seu Amor, como alimento físico e espiritual, Ele se liberta da cruz da matéria para ascender novamente ao Trono do Pai, deixando o nosso Planeta Terra e todos os seres vivos que nele evolucionam totalmente providos dos alimentos físico e espiritual para serem utilizados nos próximos meses do ano.

Aqui Cristo eleva-se até ao Mundo do Espírito de Vida, atingindo-o no período do Equinócio de Março, onde executa um trabalho de correlacionar todos os seres vivos de todos os Astros do nosso Sistema Solar numa Fraternidade Universal.

Continuando seu trabalho vem a passagem por Touro, símbolo do amor e da subida ao Reino dos Céus, ou regresso ao Trono ou casa do Pai.

A 21 ou 22 de junho de todos os anos, o Sol atinge o seu ponto máximo de declinação boreal no Solstício de Junho.

Então, Cristo chega ao Trono do Pai no Mundo do Espírito Divino onde, durante os meses de julho e agosto, enquanto o Sol passa por Câncer e por Leão, o Cristo está reconstruindo Seu veículo do Espírito de Vida para, na próxima descida, oferecer ao nosso Planeta Terra e a todos os seres vivos que aqui evoluciona.

Temos, então, a 15 de agosto a festa da Ascensão de Cristo, em Leão, que marca o trabalho do Cristo no Mundo do Espírito Divino trabalho esse onde Ele busca correlacionar todos os seres vivos de todos os Astros de todos os Sistemas Solares do Universo numa Fraternidade Universal.

De Leão o Sol passa pelo Signo de Virgem. A 22 ou 23 de setembro o Sol cruza novamente o equador, na direção: do hemisfério norte para hemisfério sul. Temos o Equinócio de Setembro, como já foi dito acima.

Nesse momento Cristo está entrando no Mundo do Espírito de Vida, no seu caminho descendente.

Ele está pronto a focar sua consciência no nosso Planeta Terra para que possamos ter vida e “vida em abundância” (Jo 10:10).

E, então, novamente a 21 ou 22 de dezembro um raio do Cristo Cósmico chega até o centro do nosso Planeta Terra e começa irradiar: toda a Sua Luz, todo o Seu Amor, toda a Sua Vida que funciona como um influxo rejuvenescedor do nosso Pai celestial.

Estamos na época em que as poderosas vibrações espirituais vivificantes da onda Crística estão na atmosfera terrestre e podemos utilizá-las com maior vantagem se conhecemos esse fato e redobrarmos nossos esforços o que seria impossível se nós não estivéssemos conscientes disso.

Imaginemos o quão aprisionado sente-se um Ser da estatura de Cristo em ambiente tão cristalizado como o nosso Planeta.

Imaginemos quão grande é o Seu sacrifício que faz: por nossa causa e por nossa incapacidade de evoluirmos sozinhos.

Portanto, deveríamos agradecer por esse sacrifício anual indispensável. A melhor forma de expressar essa gratidão é colaborando com Ele, nos dando a nós mesmos em serviço para com todos os nossos semelhantes, ajudando a limpar o Corpo de Desejos do nosso Planeta e vivenciando a Fraternidade Universal por onde vivemos. Assim construindo nossos Corpos-Almas, um dia tomarmos a Sua carga e o Seu fardo, libertando-O dessa Sua prisão anual e dirigirmos a nossa Evolução para cima e para frente em direção ao nosso Pai Celestial.

Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Como a Evolução está Escrita no Zodíaco

No caminho aparente que o Sol percorre, chamado Eclíptica, há grupos de estrelas que compõem as 12 constelações Zodiacais.

Os primitivos astrólogos místicos, quando dividiram essas estrelas em 12 grupos, obedeceram a profundas razões místicas, as quais se relacionam com o adiantamento físico e espiritual do ser humano.

Ao observar essas estrelas e notar o esboço que se faz para fixar a posição de cada uma delas, a maioria das pessoas pensa imediatamente que os antigos sábios o fizeram sem uma razão científica e apenas com o fim de recordar a posição de cada estrela componente de um grupo ou constelação; porém veremos que isso não é assim.

Os antigos podiam ter medido a posição por graus, como fizeram com o círculo, entretanto dividiram as estrelas em grupos e a cada grupo representaram por meio de um desenho, geralmente, de um animal.

Há alguns milênios, quando o Sol fazia a cruz equinocial em Câncer – ou seja, quando o Equinócio de “Setembro” caia quando o Sol cruzava o Equador estando em Câncer, denominado então como Equinócio de “Junho” –, a água que havia na atmosfera caiu em forma de chuva para depositar-se nas profundezas da Terra, deixando a atmosfera clara que hoje temos, iniciando um novo período evolutivo na Onda de Vida humana sobre a Terra. Essa queda das águas é conhecida na Bíblia com o nome de “Dilúvio”.

Assim, também veremos que o grande relógio sideral marcou a hora desse e de outros acontecimentos, porque quando o ponto equinocial estava em Câncer – Época Atlante –, foi quando se produziu o Dilúvio, pois o Signo simbólico de Capricórnio, que lhe é oposto, está representado por uma cabra com cauda de peixe, representando a passagem das formas físicas do elemento Água, ao elemento Ar; assim iremos vendo como o Signo oposto à constelação em que ocorre, atualmente, o Equinócio de Setembro representa o adiantamento ou evolução da forma física e o ideal religioso que precisa atingir a humanidade dessa determinada época.

Mais tarde, quando o Sol cruzava o Equinócio de “Setembro” na constelação de Gêmeos, a humanidade deixou o estado animalizado em que se achava e começou a olhar para o alto e o ser humano se fez verdadeiramente humano; isto está representado por Sagitário, oposto a Gêmeos, metade inferior animal e a outra metade superior humana, representando, ao mesmo tempo que nessa Época – Época Atlante – começou, a luta verdadeira entre a “natureza superior” e a “natureza inferior” do ser humano.

Mais tarde, ainda nessa época, o ser humano adquiriu a Mente e isso lhe permitiu dirigir suas aspirações ao céu como representa simbolicamente o centauro apontando a fecha para as alturas.

Depois o Sol chegou a Touro – ainda na Época Atlante –, momento em que o vulgo adorava o Touro, como sucedia no Antigo Egito. Porém, se observarmos as gravuras daquele momento, veremos que a classe sacerdotal usava na cabeça um diadema com uma serpente que simulava sair do ponto situado acima do nariz; isto indicava que eles eram possuidores da Sabedoria Mística, ideal incompreensível para a maioria do povo que adorava o Touro Sagrado. A Sabedoria Mística possuída pelo sacerdócio está representada pelo Signo oposto a Touro, Escorpião, representado no Zodíaco Místico, por uma serpente, que é o símbolo da Sabedoria, pois também se chamavam serpentes aos antigos iniciados das Escolas Místicas.

Também foi a serpente quem fez “nossos pais” pecarem, significando que por conhecer a existência do Mundo externo das formas, a humanidade viu que podia atuar livremente, contrariando as leis do supremo Jeová; assim, pois, a “serpente de sabedoria” nos fez pecar, porém por causa das distintas experiências pelas quais temos passado, conquistaremos a virtude, que é superior à inocência que antes possuíamos. A virtude é a prática do bem com conhecimento do mal, quer dizer, uma faculdade positiva; a inocência é a prática do bem sem conhecimento do mal, ou seja, uma faculdade negativa.

Porém o tempo passou e veio o sacrifício de cordeiros (Época Ária), momento em que o sacerdócio já havia, em sua grande maioria, perdido contato com a sabedoria mística, interna; isto eles demonstraram por sacrificar com as próprias mãos inocentes vítimas ante os altares. E comia-se o carneiro da Páscoa no tempo da celebração dessa festa, a qual representava a passagem do Mar Vermelho, que está entre o Egito e a Ásia, pelo povo de Israel, pois a Páscoa vem de pesha ou pesaj, que significa passagem, sendo no Cosmos a passagem do Sol pelo Equinócio.

Também a Páscoa hebraica é a lembrança de não ter o Anjo, no Egito, exterminado os filhos de Israel, por esses terem marcado com sangue de cordeiro as portas de suas casas, cujo significado cósmico, é que, nessa época longínqua, quando o Sol estava na constelação de Áries (Carneiro) perto do ponto em que se produzia o Equinócio, dourava com seus raios as portas das casas dos Israelitas, pois esses construíam suas vivendas com a frente para o leste, ou seja, de onde vem a “luz”. Assim também se construíram os primitivos tempos Cristãos e era por causa dessa posição que os primeiros raios do Astro do dia dourava as moradas do povo de Israel, quando estava em Áries.

Tudo isto ocorreu quando o Equinócio de “Março” ocorria quando o Sol passava pela constelação de Áries, vindo o Cristo ao mundo, também nesse momento, sendo chamado o Cordeiro de Deus e sacrificado no tempo da Páscoa.

Cristo veio implantar a igualdade entre os seres humanos, o que está representado por Libra (a Balança), símbolo de justiça. A estrela de Cristo, ou seja, o Corpo Cósmico de Cristo, é o Sol e os raios do Astro rei simbolizam o sangue que marcava as portas das casas dos israelitas no Egito, sendo esses mesmos raios, o sangue que derrama o Cristo cósmico ao morrer na cruz equinocial.

Assim também vemos que as festas da Religião Cristã são ocorrências cósmicas e fatos da natureza, sem os quais a humanidade pereceria sem lograr um desenvolvimento verdadeiro.

Cristo Jesus, o Filho de Deus, veio ao mundo a fim de salvar-nos de um atraso evolutivo, quando o Equinócio ocorria em torno do sétimo grau de Áries; e foi chamado o “Cordeiro de Deus”. Entretanto, ele chamava seus Discípulos de “pescadores de homens” – pois já estávamos na Órbita de Influência de Peixes –, o que simboliza que a Religião por Ele fundada entraria em ação quando Equinócio de “Março” ocorria quando o Sol passava pela constelação de Peixes (os peixes), que é a Época atual (Época Ária), quando os fiéis se alimentam, durante esse tempo, de pescados nos dias de jejum e nos dias santos de guarda. Porém, o ideal religioso da Época atual está no símbolo oposto a Peixes, que é Virgem, a Virgem Celestial, ideal que ainda tem que alcançar a humanidade de hoje, pois atualmente adoram uma forma completamente material, ao passo que o significado, como sabemos místicos, é puramente espiritual. Além disso, levantando-se o mapa astrológico do céu na noite de 24 para 25 de dezembro, à meia-noite, aparece no Oriente (no Ascendente astrológico) o Signo da Virgem (a Virgem), e, na parte inferior, como nascendo, aparece o Sol que, como já se disse, é o Corpo Cósmico do Cristo.

Quando a cruz equatorial celeste se produzir na constelação de Aquário (ainda na Época Ária) representada por um “homem que derrama água no seu cântaro”, o ser humano derramará toda a água viva de sua sabedoria, chegando a um adiantamento inesperado, produzido pelo contato direto de sua Mente com os raios do Cristo Cósmico, quando caírem da nossa atmosfera atual os últimos resíduos de umidade que ainda existem, deixando-a, portanto, mais etérica e tornando o ser humano verdadeiro rei da criação, o que está simbolizado pelo Signo oposto a Aquário, que é Leão (o leão) que representa a nobreza.

Embora, atualmente, o Sol não cruze o Equador celeste na constela­ção de Aquário, a humanidade já manifesta um grande desenvolvimento mental – pois já estávamos na Órbita de Influência de Aquário –, notado desde o meado do século passado. Isto é devido a que, ao efetuar a cruz equinocial, a aura solar põe-se em contato com as vibrações da constelação de Aquário, o Equador celeste. Aquário está representado no novo Testamento pela casa do aguadeiro, na qual os Discípulos de Jesus passaram a Páscoa e onde o Mestre disse que não beberia mais do sumo da videira, significando que na Era de Aquário, a idade futura, o ser humano não beberá mais bebidas alcoólicas.

O conhecimento que adquirirá a humanidade nessa Era permitirá ao ser humano saber que deve aprender as Leis de Deus, no grande livro da Natureza e refletir na Terra, como fazem os Astros no firmamento, a Vontade de nosso Pai que está nos céus sendo, assim, brilhantes guias para seus irmãos menores, os seres dos demais reinos da Natureza.

Hoje vivemos assombrados pelos grandes inventos do ser humano; a aviação é uma realidade, mas Júlio Verne foi tido por visionário. O rádio é outro invento que parecia impossível aos nossos avós, a televisão é outra realidade, porém todos esses inventos nada são comparados com as descobertas da futura Era de Aquário, quando as vibrações etéricas despertarem a intuição em grau elevado. Na Era de Aquário, este poder interno permitirá ao ser humano desdobrar suas ideias até o infinito e a grande quantidade de conhecimentos acumulados no trans­curso dos séculos permitirá, ao mesmo tempo, converter em realidade as visões internas.

Faltam mais ou menos setecentos anos para que o Sol entre por Precessão dos Equinócios na influência direta de Aquário. Se hoje pudéssemos tirar do túmulo uma pessoa depois de haver passado um ou dois séculos sem observar o progresso do mundo, essa pessoa ficaria estupefato diante do avanço da ciência; a eletricidade seria para ela coisa do demônio e a mesma ideia teria ela de outros grandes inventos que não nos chamam a atenção.

O mesmo se daria conosco, se dentro de um século pudéssemos ver o adiantamento da humanidade. Na Era de Aquário não haverá mais guerras, porque o desenvolvimento espiritual do ser humano permitirá sentir em seu coração as grandes verdades ensinadas pelo grande ser Cristo-Jesus, hoje tão pouco conhecidas.

A Astrologia e a Filosofia Rosacruz ensinam que novas forças, ainda mais surpreendentes do que a eletricidade, serão descobertas, porém serão sem as maléficas aplicações a que o ser humano atualmente as destinam. Verdadeiramente falando, o ser humano atual é como um garoto que lida com instrumentos perigosos, empregando certos inventos para destruir seus semelhantes.

Na Era de Aquário, uma humanidade mais nobre e melhor povoará a Terra e os grandes inventos serão usados para o bem-comum de todos e, então, será uma realidade o que disse Cristo-JesusAs obras que eu faço vós também as fareis“: os sonhos dos místicos serão uma realidade para a humanidade do futuro, quando compreender essa palavra de Cristo em seu coração.

(Publicada na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – fevereiro/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 2: As Constelações e Signos do Zodíaco

Sobre as constelações, deve-se lembrar que no âmbito astronômico trata-se de grupos de estrelas localizadas em nossa galáxia que se chama Via Láctea.

Nossa galáxia compreende entre 200 e 400 bilhões de estrelas e se estende por mais de cem mil anos-luz (um ano-luz equivale a viajar 9.500 bilhões de km).

Ela recebe esse nome de Via Láctea porque sua protuberância central aparece como uma longa trilha esbranquiçada no céu noturno devido ao empilhamento de bilhões de estrelas.

Até o início do século 20, os astrônomos concordavam que objetos celestes chamados “nebulosas” faziam parte da Via Láctea. A partir de 1924, Edwin Hubble (1889-1953) demonstrou que certas nebulosas eram, de fato, outras galáxias distantes da nossa por vários milhões a vários bilhões de anos-luz (a mais próxima é Andrômeda, de 140 mil anos-luz de diâmetro, localizada a 2,5 milhões de anos-luz da Via Láctea – estima-se que existam 1.000 bilhões de estrelas).

Acrescentemos que, graças ao telescópio espacial Hubble, em 2017, o número de galáxias em nosso universo observável é estimado em 2.000 bilhões.

Mas, voltando às constelações. As estrelas que formam as constelações estão bem “próximas” de nós: de algumas dezenas a algumas centenas de anos-luz.

Por exemplo:

• Antares que, dada a Precessão dos Equinócios, está atualmente a 10° no Signo de Sagitário, na verdade faz parte da constelação de Escorpião e está a 360 anos-luz do nosso Sistema Solar;

• Regulus está na constelação de Leão, a 56 anos-luz de nós;

• Aldebaran está na constelação de Touro, a 57 anos-luz de nós.

Existem atualmente 88 constelações, incluindo as vistas pelo hemisfério norte e hemisfério sul da Terra.

Em 1930, a União Astronômica Internacional aceitou a delimitação, que guarda certa arbitrariedade, dessas 88 constelações, escolhidas pelo astrônomo Eugène Delporte (1882-1952).

As constelações que nos interessam na Astrologia estão localizadas nas proximidades do curso aparente do Sol que é representado por um grande círculo da esfera celeste chamado de eclíptica (do ponto de vista geocêntrico).

Elas são chamadas: constelações do Zodíaco. “Zodíaco” vem da palavra grega “zodiakos” que significa “roda de seres vivos”, “zodiaion” sendo um diminutivo de “zoon” que significa “animal”.

Essas constelações são em número de 12, a saber: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário, Peixes.

Agora, como veremos com mais precisão, as constelações não devem ser confundidas com os Signos astrológicos de mesmo nome.

Primeira diferença entre os Signos e constelações do Zodíaco:

• Os Signos são todos de 30° e têm como ponto de partida um dos dois pontos de intersecção da Eclíptica com o Equador Celeste, denominado ponto vernal (ou ponto gama). Esse é o ponto onde o Sol está, todos os anos, no primeiro dia da primavera no Hemisfério Norte, e corresponde ao 0° do Signo de Áries.

• As constelações do Zodíaco não são exatamente 30°. Por exemplo, com o fatiamento de Delporte, a constelação de Virgem cobre 46°, enquanto a de Libra cobre 18° (esses são os casos extremos).

Segunda diferença: algumas constelações se sobrepõem parcialmente (por exemplo, as constelações de Aquário e Capricórnio têm cerca de dez graus “em comum” na eclíptica).

Outra diferença fundamental: pelo efeito combinado da atração do Sol, da Lua e dos Planetas, a Terra tem um movimento semelhante ao de um pião que faz com que o ponto vernal (e, consequentemente, todos os Signos) se movam em relação às constelações do Zodíaco em 1° em 72 anos, ou seja, aproximadamente 25.800 anos para completar uma “volta completa” na direção: Áries, Peixes, Aquário etc.

Esse movimento é chamado de Precessão dos Equinócios. Devido à extensão variável das constelações do Zodíaco, essa coincidência é apenas muito aproximada e válida apenas alguns anos a cada 25.800 anos.

Quando o ponto vernal se move de uma constelação para outra, há uma mudança de Era zodiacal. A relativa arbitrariedade na delimitação das constelações não facilita a datação.

Max Heindel nos diz que a coincidência entre os dois Zodíacos ocorreu pela última vez em 498 d.C. (então entramos, nessa data, na Era de Peixes) e que a Era de Aquário começará por volta de 2600, mas já estamos em sua Órbita de Influência.

É sobretudo por causa desse fenômeno de Precessão dos Equinócios que o Zodíaco tropical (ou intelectual) formado pelos Signos é geralmente usado na Astrologia e não o Zodíaco sideral (ou natural) formado pelas constelações.

Acontece que esse fenômeno de Precessão dos Equinócios continua sendo o primeiro embate dos adversários da Astrologia (o outro é o sistema heliocêntrico).

E ainda nos oferece, ao contrário, uma grande prova, entre outras, da validade da Astrologia, com a consideração das diferentes Eras: Touro, Áries, Peixes, Aquário, etc. com elementos históricos relacionados com a natureza dos Signos correspondentes.

Sobre as constelações, podemos notar que praticamente nada de objetivo na disposição das estrelas que as constituem permite ver um carneiro, um touro etc.

Provavelmente são as faculdades de Clarividência dos descendentes atlantes que estiveram no ponto de partida da Astrologia.

Isso constitui uma explicação mais plausível do que a transmissão do “boca a boca” no que diz respeito às semelhanças das mitologias na Mesopotâmia, na Grécia, nos países nórdicos e celtas, na civilização pré-colombiana, mesmo no Extremo-Leste.

Os astrólogos que, por uma razão ou outra, querem ignorar o esoterismo, afirmam que séculos de observação mostraram que o planeta Marte corresponde ao espírito guerreiro, Vênus à beleza e ao amor, etc., e que seria o mesmo para o simbolismo dos Signos.

Um meio-termo satisfatório pode ser alcançado, reconhecendo que o conhecimento astrológico que se desenvolveu ao longo dos séculos não se deve apenas à Clarividência, mas que também houve pesquisas com “tentativa e erro”, bem como transmissão de geração em geração.

Isso é confirmado por Max Heindel, em resposta a uma pergunta sobre Astrologia heliocêntrica:

“Aqueles que basearam suas pesquisas na Astrologia geocêntrica registraram durante séculos suas observações sobre as influências astrais desse ponto de vista” (Pergunta nº 160 do Livro Filosofia da Rosacruz em Perguntas e Respostas – Volume 1 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz).

(de: Introduction: L’astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Bem que podemos fazer

O Bem que podemos fazer

Os males que você não pode remediar são infinitos. Porém, os que pode remediar são tantos que, balanceando o que tem feito em um ano, por exemplo, verá que o bem praticado exigiu um labor enorme para suas forças, parecendo-lhe um sonho o que realizou.

Também um grão produz uma espiga.

A capacidade de fazer o bem de que cada alma humana dispõe é extraordinária pela sua grandeza.

O poder de fazer o bem, que nos foi concedido, é de uma enormidade de nos causar pasmo. Vemos seres humanos desprovidos de todos os recursos realizarem milagres de caridade; seres humanos que alteram a organização das sociedades; pessoas que arrancam o mundo de seu estado natural e o renovam.

Causa assombro pensar no que seria nosso Planeta se todos os seres humanos estivessem educados para o amor em vez de o estarem para o egoísmo e até para o ódio. O eixo moral do mundo seria como que perpendicular ao plano da eclíptica do dever e uma divina primavera reinaria na morada dos seres humanos.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de setembro/1970)

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