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Introdução
O Estudo Bíblico Rosacruz é fundamental para o Estudante Rosacruz a fim de ajudá-lo a equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, ocultista-místico Cristão.
Afinal, já sabemos que a Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios e, nesse sentido, em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).
S. Paulo mesmo em suas Epístolas, nos adverte que até o dia de hoje, na leitura do “Antigo Testamento, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo ele é tirado; contudo, até hoje, sempre que leem a Moisés, está posto um véu sobre o coração deles; mas todas as vezes que algum deles se “converter” ao Senhor, o véu lhe é tirado.” (IICor 3:14-16).
E isso porque somos “ministros não da letra, mas do espírito, pois a letra mata, mas o espírito vivifica” (IICor 3:16). Assim, mostremos, pois, nessas aparentes contradições, o sentido oculto nas entrelinhas, “o espírito da letra”.
Sabemos, por meio dos nossos estudos dos Ensinamentos Rosacruzes que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação. O de S. Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.
As Razões para a Primeira Vinda do Cristo Antecipada explicada pelo Esquema de Evolução
Antes de tudo, reafirmemos o motivo principal pelo qual nós, Estudantes Rosacruzes, nos dedicamos ao estudo e à colocação em prática na nossa vida dos Ensinamentos contidos na Bíblia. O motivo principal é porque “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.”
Um segundo motivo é porque o estudo bíblico é fundamental para o Estudante Rosacruz. É por meio dele que o Estudante Rosacruz tem a maior ajuda para equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, Cristão ocultista-místico. Pois, como todos sabem, a imensa maioria das pessoas que se tornam Estudantes Rosacruzes tem a tendência a ficar mais para o lado da Mente, da “cabeça”, da razão e, com isso, sofre a tentação de ser perder na intelectualidade.
E isso, como nos diz Max Heindel, é um fator de desestimulo e até de risco à perda de oportunidades para evoluir nessa vida aqui.
Vamos compreender a necessidade da antecipação da primeira vinda de Cristo e de todo o Seu ensinamento a partir do estar entre nós, de ter acesso a todo conhecimento de vidas e vidas de um ser humano (com o objetivo de compreender como não conseguimos avançar no Esquema de Evolução e como chegamos a uma situação perigosíssima de perder a oportunidade de evoluir nesse Esquema, gerando uma segunda Lua terrestre) e de fornecer um ensinamento que, a partir do interior de cada um de nós e se quisermos, é perfeito para avançarmos nesse Esquema de Evolução: o Cristianismo.
Afinal, um Arcanjo ter que se submeter a experimentar a vida a partir de Corpos que somente seres humanos eram para funcionar, além de um enorme sacrifício, foi uma medida extremamente complexa e difícil de ser executada. Se houvesse outra solução, com certeza, teria sido executada.
Portanto, para entendermos a causa dessa necessidade de Cristo se pronunciar assim, ensinando que deveríamos alterar o nosso comportamento, deixando de pensar, desejar, falar e agir de um modo bem diferente do que estávamos acostumados a fazer, temos que compreender como e porque chegamos a essa situação, que evidenciou o risco de muitos de nós perder a oportunidade de continuar evoluindo nesse Esquema de Evolução.
Esse conhecimento facilitará, e muito, o nosso entendimento sobre os Estudos Bíblicos Rosacruzes, quando fomos ler e estudar a Bíblia, tanto os Evangelhos, todo o Novo Testamento, bem como o Antigo Testamento.
Utilizemos o conhecimento adquirido por meio da Filosofia Rosacruz para detalharmos os principais pontos.
Nesse Período Terrestre, quando alcançamos o Globo D, na 4ª Revolução – quando começou de fato o trabalho original do Período Terrestre, após às devidas recapitulações –, também alcançamos o ponto mais denso que nós, Espíritos Virginais da Onda de Vida humana manifestados aqui, deveríamos conquistar já na Região Química do Mundo Físico, onde até hoje vivemos quando estamos renascidos no nosso Corpo Denso aqui. Esse ponto chama-se Nadir da Materialidade.
Se detalharmos um pouco mais as Revoluções no Globo D, vemos que essa figura abaixo deixa mais clara que a 4ª Revolução, é a parte da Região Química do Mundo Físico onde vivemos a parte mais densa em matéria de todo esse Esquema de Evolução. Por isso o meio da 4ª Revolução é conhecido como o Nadir da Materialidade.
Esse fato é, ao mesmo tempo, o ideal da conquista de toda a Região Química do Mundo Físico que devemos alcançar (note a única Onda de Vida a fazer isso), mas é o maior risco que enfrentamos.
E como ocorre em todos os Esquemas de Evolução, nesse momento, esse Esquema de Evolução é dividido em partes menores um pouco antes de se alcançar Nadir da Materialidade e um pouco depois de alcançá-lo.
Os motivos para esse cuidado das Hierarquias Criadoras que dirigem o Esquema de Evolução são dois:
As divisões, nesse momento e nesse Esquema de Evolução foram em Épocas e Eras. E isso foi possível devido a um dos movimentos do nosso Planeta chamado de Precessão dos Equinócios, bem conhecido pela Astronomia.
Bem resumido, ocorre porque vendo daqui da Terra (ou seja, tendo como referência estarmos em um ponto qualquer da Terra) todos os anos, no Equinócio de Março, o Sol cruza o Equador do hemisfério sul para o hemisfério norte.
Nesse momento se olharmos por trás do Sol há um Signo, ou seja: o Sol está transitando por um Signo. Atualmente o Signo é Peixes.
E devido ao movimento Precessão dos Equinócios (como o nome já sugere), todo ano o Sol cruza em ponto anterior ao ponto anterior (Exemplo: se cruzou no grau 10 de um Signo, cruzará em algum ponto menor que o grau 10; na verdade alguns minutos menores do que o do ano anterior).
Assim, houve momentos no passado em que no Equinócio de Março, o Sol cruzava quando estava no Signo de Áries e em momentos mais anteriores, o Sol cruzava quando estava no Signo de Touro no Equinócio de Março.
Assim, considerando as lições a serem aprendidas, o processo, o método empregado e todo o ambiente que tínhamos, as Hierarquias Criadoras deram o nome de Era a cada Signo que o Sol transitava pelo movimento da Precessão dos Equinócios. Na Filosofia Rosacruz estudamos com mais detalhes cada Era.
Assim, enquanto o Sol transitava pelo Signo de Touro, tivemos a Era de Touro. Depois, em um momento mais à frente enquanto o Sol transitava pelo Signo de Áries, tivemos a Era de Áries. Depois, em um momento mais à frente enquanto o Sol transita pelo Signo de Peixes, temos a Era de Peixes.
E a cada 3 Eras temos uma Época que compreende um conjunto maior de alterações em nós e no nosso Campo de Evolução, necessários para evoluirmos e aprendermos as lições nesse Esquema de Evolução. Exemplo: em uma Época nosso Corpo Denso era mais parecido como um embrião humano atual. Hoje é essa forma que temos, muito mais desenvolvido.
Na figura abaixo vemos as Eras e a cada 3 Eras, a Época. E, alguns exemplos das principais modificações que ocorrem na nossa composição (Corpos e Veículo), na nossa alimentação e no nosso comportamento.
Note que na figura fica claro que alcançamos o Nadir da Materialidade exatamente na Era de Gêmeos da Época Atlante.
Já há muito tempo nesse Esquema de Evolução, já que estamos atualmente na Era de Peixes, já na Época Ária!
Note que próximo ao Nadir da Materialidade, que ocorreu na Época Atlante, de um lado tivemos a Era de Câncer, depois a mais densa de todas a Era de Gêmeos e do outro lado a não tão densa Era de Touro, fechando a Época Atlante. Depois entramos na Época Ária que se iniciou com a Era de Áries, depois a menos densa das 3 anteriores, a Era de Peixes (a que estamos agora) e estamos já na Órbita de Influência da Era de Aquário.
Para que pudéssemos alcançar o objetivo de nos manifestar como indivíduos completos e expressar o total controle do nosso Tríplice Corpo em cada um dos Mundos que atuamos, os Senhores da Mente nos deram o germe da Mente nessa Época Atlante (durante as 3 Eras, dependendo do grau de evolução de cada um de nós).
Também nesse Esquema de Evolução, para alcançarmos o Nadir da Materialidade fomos nos concentrando cada vez mais no nosso Corpo Denso e na Personalidade, de modo que a ilusão do “eu pessoal”, imediatamente surgiu a ideia do “eu” e “tu”, do “meu” e “teu”, e os interesses individuais começaram a entrar em conflito com os dos outros, que começou na Era de Gêmeos.
Estudamos esses eventos na Bíblia, figurativamente nos contado como a tragédia entre Caim e Abel e a existência de Nimrod, poderoso caçador, com derramamento de sangue.
Com isso e por vontade própria fomos robustecendo o nosso modo de agir por meio do Corpo de Desejos, procurando satisfazer todos os nossos desejos, sentimentos e nossas emoções inferiores em busca da conquista da Região Química do Mundo Físico e esquecendo totalmente da nossa parte divina. O livre arbítrio nos garantiu essa escolha. Como o Corpo de Desejos ditava a nossa conduta e focado em gerarmos desejos, emoções e sentimentos inferiores (egoísmo, ódio, raiva, vingança, ciúmes, inveja e afins), colocamos, por livre vontade, a Mente à serviço do Corpo de Desejos e começamos a utilizar a Mente para manifestar a astúcia e justificar os nossos desejos inferiores.
Resultado: cristalização dos nossos veículos e risco de perder todas as possibilidades de continuar evoluindo nesse Esquema de Evolução (que é o que já aconteceu com vários dos nossos irmãos e das nossas irmãs que hoje aguardam no cone sombrio da Lua um próximo Dia de Manifestação do nosso Criador, Deus).
Já entre o final da Era de Gêmeos e iniciando a Era de Touro, com o objetivo de nos ajudar a controlar o nosso Corpo de Desejos, Jeová (o terceiro Aspecto de Deus, o Espírito Santo) nos forneceu as Religiões de Raça nos separando em nações, cada uma com um Espírito de Raça, de modo que pudesse ficar mais fácil os povos das nações dominarem os seus Corpos de Desejos entre os membros das nações. E para que isso ficasse claro deu a cada nação Leis – um exemplo são os 10 Mandamentos – que deveriam ser obedecidas e que, se analisarmos cada uma, veremos claramente que tem o objetivo de controlar os nossos Corpos de Desejos na escolha e manipulação de materiais das 3 Regiões inferiores do Mundo do Desejo.
Como havia muitos irmãos e muitas irmãs já avançados, esses foram escalados como Profetas, mediadores entre o Divino e a Humanidade, que contavam como os povos das nações deveriam se comportar, onde estavam errando e o que fazer para se corrigirem.
O que aconteceu? Nós começamos a “distorcer” as Leis de Raça, a fim de tentar acomodar a prática dos nossos desejos, sentimentos e nossas emoções inferiores (e muitos de nós até hoje assim o fazem).
Um exemplo? A da “lei do talião” de onde veio essa de “olho por olho, dente por dente”. Isso não está nos 10 Mandamentos, não é? E como essa “lei”, há muitas outras pelo mundo afora que podemos consultar, se quisermos.
Percebam na figura que já na Era de Touro éramos para começar os preparativos para irmos em direção a uma menor densidade de matéria química e começar um caminho para a matéria etérica, na Região Etérica.
Só que continuávamos o foco na Região Química, o apego ao “Eu inferior” e nos alimentando de material de desejos, sentimentos e emoções inferiores, ou seja, nos cristalizando por irmos contra as Leis de Deus.
Quando entramos na Época Ária, por meio da Era de Áries, novas condições foram apresentadas para nos ajudar a mudar essa direção. Muitos conseguiram, mas outro tanto não. Foi então que surgiu o Plano de Salvação liderado por Cristo, nosso Redentor e único Ideal a ser seguido.
Toda uma preparação foi nos fornecida para ensinar que devíamos deixar as Religiões de Raça – a Religião do Espírito Santo – e adotar a Religião Cristã que Cristo estava nos apresentando – depois de anúncios e mais anúncios e exemplos e mais exemplos, desde muitos séculos ainda da vinda do Cristo, do que seria a Religião Cristã, a Religião do Filho, dados pelos profetas, como temos inumeráveis no Antigo Testamento.
De modo que quando foi atingindo o entorno de 8 graus de Precessão dos Equinócios do Sol cruzando o Equador por Áries (veja: já na Órbita de Influência da Era de Peixes), Cristo veio entre nós para nos mostrar como devemos fazer para progredir nesse Esquema de Evolução, por meio do Cristianismo. E para facilitar o acesso a quem quiser sobre esses ensinamentos temos a Bíblia, um livro onde está o básico, mas que exige uma preparação espiritual esotérica Cristã para compreender e aplicar o que lá está colocado (caso contrário, ficará apenas na superficialidade, na astúcia, no desânimo e, fatalmente, na desistência).
O momento cósmico estava apropriado para a implantação dessa ajuda extra e indispensável para que pudéssemos, se quiséssemos retomar o Esquema de Evolução e avançar em direção a Era de Aquário, onde Cristo nos receberá, quando já tivermos nosso Corpo-Alma suficientemente desenvolvido, como Ele mesmo nos ensinou.
Por fim, nunca nos esqueçamos: desde o Seu sacrifício no Gólgota, quando o Corpo Denso de Jesus foi destruído, ao mesmo tempo em que se manifestavam certos fenômenos relatados na Bíblia, o Espírito de Cristo penetrou na Terra. O Cristo se tornou o Espírito Interno da Terra. Agora, Ele guia nosso Planeta em sua órbita. Ele continua o Seu sacrifício de nos ajudar e está sempre conosco, esperando que aprendamos e apliquemos o que Ele já nos ensinou.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – P.8.
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: do Capítulo 1
Vamos ao texto do Capítulo 1, que vai do versículo 1 ao 25:
“1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão: 2Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó, Jacó gerou Judá e seus irmãos, 3Judá gerou Farés e Zara, de Tamar, Farés gerou Esrom, Esrom gerou Aram, 4Aram gerou Aminadab, Aminadab gerou Naasson, Naasson gerou Salmon, 5Salmon gerou Booz, de Raab, Booz gerou Jobed, de Rute, Jobed gerou Jessé, 6Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, daquela que foi mulher de Urias, 7Salomão gerou Roboão, Roboão gerou Abias, Abias gerou Asa, 8Asa gerou Josafá, Josafá gerou Jorão, Jorão gerou Ozias, 9Ozias gerou Joatão, Joatão gerou Acaz, Acaz gerou Ezequias, 10Ezequias gerou Manassés, Manassés gerou Amon. Amon gerou Josias, 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos por ocasião do exílio na Babilônia. 12Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel, Salatiel gerou Zorobabel, 13Zorobabel gerou Abiud, Abiud gerou Eliacim, Eliacim gerou Azor, 14Azor gerou Sadoc, Sadoc gerou Aquim, Aquim gerou Eliud, 15Eliud gerou Eleazar, Eleazar gerou Matã, Matã gerou Jacó, 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus chamado Cristo. 17Portanto, o total das gerações é: de Abraão até Davi, quatorze gerações; de Davi até o exílio na Babilônia, quatorze gerações; e do exílio na Babilônia até Cristo, quatorze gerações. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. 19José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo. 20Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor manifestou- se a ele em sonho, dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel, o que traduzido significa: ‘Deus está conosco’. 24José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua mulher. 25Mas não a conheceu até o dia em que ela deu à luz um filho. E ele o chamou com o nome de Jesus.”
Genealogia de Jesus, segundo S. Mateus
Antes de falarmos da genealogia de Jesus, como nos foi dado por S. Mateus, lembremos que Jesus pertence à nossa Humanidade, ou seja é um ser humano, ou um Espírito Virginal da Onda de Vida humana, exatamente como um de nós. Assim, estudando o ser humano Jesus na Memória da Natureza podemos segui-lo em suas vidas anteriores, renascido aqui inúmeras vezes: durante um certo tempo na sua evolução, de 1000 em 1000 anos (com a manifestação de sexo aqui alternado: uma vez homem, outra vez mulher) e depois, evoluindo espiritualmente, não mais de 1000 em 1000 anos e nem mais alternadamente homem e mulher.
Já quando renasceu como Jesus não era um indivíduo comum. Tinha desenvolvimento uma Mente singularmente pura, muito superior à grande maioria da nossa presente Humanidade. Um Corpo Denso mais próximo da perfeição do que qualquer outro Corpo Denso construído por qualquer outro ser humano. E, obviamente, um Corpo Vital mais próximo da perfeição do que qualquer outro Corpo Vital construído por qualquer outro ser humano. E, com certeza absoluta, um Corpo de Desejos mais próximo da perfeição do que qualquer outro Corpo de Desejos construído por qualquer outro ser humano. Além de um Corpo Mental, ao invés de um veículo Mente, como temos. Pois esteve percorrendo o Caminho da Santidade através de muitos renascimentos aqui, preparando-se para a maior honra que poderia ter recebido um ser humano.
Vamos enumerar a genealogia de Jesus, conforme nos fornecido por S. Mateus:
Nesse Capítulo S. Mateus mostra 41 gerações sendo que na última ele considera a geração vinda de Maria, totalizando 42 gerações. Obviamente não se quis mostrar aqui todos os renascimentos de Jesus aqui (com certeza houve muito mais!) e muito menos que todas essas pessoas foram renascimentos anteriores de Jesus. O único que é nos revelado como um renascimento anterior de Jesus foi Salomão. E só nos foi revelado porque há coisas importantes para compreendermos com essa revelação, como já estudamos na Filosofia Rosacruz.
Há que se tomar muito cuidado em interpretações usando o significado dos nomes aqui expostos: devido a dificuldades de grafia, a chance de “fantasiar” é enorme. Sugerimos não perder tempo, nem em tentar, nem em ler. Dentre várias coisas que S. Mateus quis ensinar aqui, da parte esotérica, podemos ver alguns exemplos (muitos outros podemos ter, mas vamos nos ater ao tempo limitado):
A Revelação à José
Vamos ver agora a questão da revelação à José sobre o nascimento de Jesus (vers. 18 a 25). Para isso, lembremos que Maria, a mãe de Jesus, a Virgem Maria, possuía a mais elevada pureza humana, por isso foi escolhida para ser a mãe de Jesus. Já era uma elevada Iniciada. O pai, José, também era um elevado Iniciado, capaz de realizar o ato de fecundação como um sacramento, sem nenhum desejo ou paixão pessoal.
Em consequência, o formoso, puro e amoroso espírito conhecido pelo nome de Jesus de Nazaré veio ao mundo num Corpo puro e sem paixões. Como falamos antes, esse Corpo era o melhor, o mais próximo à perfeição que se podia produzir na Terra. A tarefa de Jesus, nesse renascimento, era cuidar e desenvolver o seu Corpo até o maior grau de eficiência possível para o grande propósito a que devia servir. Jesus surgiu do povo comum, não foi um levita, classe para quem era uma herança o sacerdócio. Ainda que não surgisse de uma classe de instrutores, seus ensinamentos foram superiores aos de Moisés.
Quando fazemos o Curso Bíblico Rosacruz, aprendemos que “conhecer alguém” no contexto colocado significa ter que se relacionar sexualmente para, por meio de um sentimento de paixão e posse, egoisticamente, criar condições de fornecer um Corpo Denso a um Ego com um único interesse: garantir que em renascimentos futuros, também se tenha a condição de receber um Corpo Denso.
José e Maria, como dissemos, como elevados Iniciados não precisavam disso. Iniciados quando precisam fazer o sacrifício de terem relações sexuais a fim de garantir um Corpo Denso a um ser até mais elevado do que os dois, o faz sem “conhecer”, ou seja, sem paixão ou sentimento algum inferior. Por isso é feito como sacrifício, ou seja, um SACRO-OFÍCIO. Depois desse sacrifício, nunca mais tiveram relações sexuais. Por quê? Porque não precisaram mais fazer o sacrifício para fornecer um Corpo Denso a algum ser elevado.
Imagine o regozijo de Maria e de José quando descobriram que tal SACRO-OFÍCIO redundou na fecundação e em todo um período de gravidez (em uma época que a taxa de natimorto era enorme!) que terminou bem-sucedido com o nascimento de um ser humano tão elevado que seria o que cederia os Corpos Denso e Vital para o Arcanjo Cristo!
Outros Pontos de Significância Esotérica
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 1 – versículo de 1 a 25.
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus do Capítulo 2
Vamos ao texto do Capítulo 2, que vai do versículo 1 ao 23:
“A visita dos magos — 1 Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, 2perguntando: “Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos” a sua estrela no céu surgir e viemos homenageá-lo”. 3Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. 4E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. 5Eles responderam: “Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: 6E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo”. 7Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou certificar-se com eles a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido. 8E, enviando-os a Belém, disse-lhes: “Ide e procurai obter informações exatas a respeito do menino e, ao encontrá-lo, avisai-me, para que, também, eu vá homenageá-lo”. 9A essas palavras do rei, eles partiram. E eis que a estrela que tinham visto no céu surgir ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o menino. 10Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. 11Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. 12Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região.
Fuga para o Egito e massacre dos inocentes — 13Após sua partida, eis que o Anjo do Senhor se manifestou em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito. Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar”. 14Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe, durante a noite, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que dissera o Senhor por meio do profeta: Do Egito chamei o meu filho.16Então Herodes, percebendo que fora enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou matar, em Belém e em todo seu território, todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo de que havia se certificado com os magos. 17Então cumpriu-se o que fora dito pelo profeta Jeremias: 18Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação: Raquel chora seus filhos e não quer consolação, porque eles já não existem.
Retorno do Egito e estabelecimento em Nazaré — 19Quando Herodes morreu, eis que o Anjo do Senhor se manifestou em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, pois os que buscavam tirar a vida ao menino já morreram”. 21Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe e entrou na terra de Israel. 22Mas, ouvindo que Arquelau era rei da Judéia em lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Tendo recebido um aviso em sonho, partiu para a região da Galileia 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareu.”
A visita dos magos
Reparem que S. Mateus já inicia com a “visita dos Magos”. E aqui é para mostrar que a “vinda de Cristo” já era sabida por muitos e há muito tempo se prepararam para esse momento.
Quando o Sol passava, por Precessão dos Equinócios, no Signo de Libra, aproximadamente há dez mil anos atrás, começaram os preparativos para a vinda de Cristo.
Foram enviados mestres Iniciados às mais diferentes partes do mundo, todos com uma mensagem similar: formar um círculo próximo de Discípulos para esse glorioso acontecimento que é a vinda da Luz do Sol, que haveria de se converter na Luz do Mundo.
À medida que o tempo passava a preparação foi se tornando mais definida.
Na China apareceu Lao Tsé e a adoração de Kwan Yin, que representa a Divindade Feminina. No Egito, a adoração se centrou em Osíris e Isis; na Babilônia, em Izdubar e Isthar; na Grécia, em Apolo e Atena; na Índia, Buda e sua mãe Maia; na Pérsia, Zoroastro (ou Zaratrusta) e Ainyahita (ou Anahita); e, finalmente, na Palestina, Jesus e a Virgem Maria.
Assim, ao longo de todos os tempos esses Discípulos que eram conscientes da “encarnação por vir” estiveram preparando-a. E é aqui que cabem também os três Magos do Oriente.
Há vários significados esotéricos da “Visita dos Magos”. Citemos alguns:
Os três homens sábios representam o Corpo, a Alma e o Espírito; e os seus presentes, a suprema dedicação ao Mestre.
A mirra é o símbolo da Alma e significa a amargura da dor e da pena, antes de que a natureza inferior do Aspirante tenha sido transformada; o incenso é o símbolo do Corpo Denso, o caminho da transmutação, eterizando o nosso Corpo; o ouro, nós, o Espírito, que refina a natureza inferior e, finalmente, a submete.
Outro significado: as Raças branca, amarela e negra que, antes de Cristo, éramos separados proeminentemente em raças, devido às Religiões de Raça existentes. Um dos resultados da vinda de Cristo é a miscigenação das raças, ou seja, o lento desaparecimento delas, como ainda a conhecemos atualmente.
Vamos, agora, detalhar um pouco a significância da Estrela de Belém, aquela que os Magos disseram que viram e estava seguindo. Sob a “antiga dispensação” (a 1ª e 2ª Dispensações, ou Jeovísticas) o Caminho da Iniciação não estava aberto senão para poucos escolhidos. Alguns podiam procurar o caminho, mas só os guiados ao Templo pelos Hierofantes podiam encontrar a entrada.
Antes da vinda de Cristo, não havia convite algum semelhante ao atual que foi feito por ele: “Todo aquele que queira, pode vir”. Aos escolhidos era ensinado nos Templos de Mistérios ou de Iniciações que há uma força ou energia física no Sol que é o princípio fecundante na Natureza e que sustenta os 3 Reinos de vida, mas que há uma força espiritual, emanada do Sol Espiritual que se tornava visível na noite de 24 de dezembro, considerada a noite mais santa do ano.
Na Noite Santa – três noites após o Solstício de Dezembro – diz-se que o Sol está diretamente abaixo da Terra e as influências espirituais são fortíssimas. Então, a Terra se tornava transparente à visão espiritual e os escolhidos para a Iniciação viam o Sol da meia-noite, e que era a Estrela. Atentem: não era o Sol físico, mas o Espírito do Sol, o Cristo, o nosso Salvador.
Sabemos que os eventos na vida de Cristo representam etapas sucessivas no Caminho da Iniciação para os Cristãos que estão trilhando esse caminho. Então, a Fuga para o Egito, que lemos nesse trecho do texto, também é uma dessas etapas.
E, assim, durante as primeiras etapas do desenvolvimento espiritual, nós, Aspirantes à vida superior, experimentaremos, frequentemente, “fugas para o Egito”, ou deslizamentos para as trevas, um evento que simboliza a nossa ascensão temporária e material sobre a natureza divina.
Há dificuldades em se entender essa passagem, mas se lembrarmos: que ainda se trata do ser humano Jesus; que ainda havia necessidade de Jesus experimentar essa subjugação dos sentidos e da escuridão da Mente mortal (simbolizado pelo lugar Egito – não o país atual!), até para mostrar para cada um de nós que não é porque “caímos” que não podemos retomar de onde paramos, então, o entendimento será mais clarificado.
Veja: a inciativa partiu de José, que simboliza a força masculina, a Vontade, a Razão em se afastar do caminho espiritual (não foi da força feminina, da Imaginação, o Coração).
E veja a simbologia de Herodes, como o Mundo material, que encanta, ilude e se justifica por si só!
E veja a simbologia de Egito representando a subjugação dos sentidos e da escuridão da Mente mortal. E é lá no Egito que sentimos a solidão e o abandono; o obscurecimento da nossa Vida interior e o embaraçamento por viver na ilusão material, que separa, que divide e que engana (sentimos “as coisas que vão montadas e cavalgam sobre nós”). Aqui é difícil sentir que somos escravos de tudo aquilo que, por inconsciente ironia, chamamos de “minhas posses” quando, em realidade, são elas que nos possuem!
Assim, a Fuga para o Egito representa a terra da escuridão e o materialismo reflete na nossa vida a luta, em nossos primeiros passos, no desenvolvimento para a Iniciação Cristã.
Retorno do Egito e estabelecimento em Nazaré
Notem nas passagens que até agora estudamos, os nomes dos lugares envolvidos e o seu significado no curso da vida de qualquer Aspirante à Vida Superior que busca o seu desenvolvimento através de uma Escola de Mistérios Cristã:
Tudo começa em Nazaré, que é o lugar onde o tempo é utilizado para a vida pessoal – dia a dia, cotidiana.
Depois devemos deixar Nazaré, e entrar no caminho que conduz a Belém, em preparação para o Sagrado Nascimento (a consciência da existência do nosso Cristo Interno, o Corpo-Alma).
Devemos, então, voltar a Nazaré, pois aqui é o baluarte da nossa evolução.
De vez em quando, caímos e experimentamos o gosto amargo da ascensão temporária e material em nós (o “Eu inferior” que tanto tempo nutrimos com os nossos pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, obras, ações e atos inferiores) sobre a nossa divina natureza (eu inferior sobre o eu superior): a Fuga para o Egito (o lugar da escuridão espiritual).
Então, nos lembramos que “o único fracasso é deixar de lutar” e, se fizermos uma breve reflexão vamos encontrar que as lições mais valiosas que aprendemos foram nos momentos mais sombrios de nossa vida e não nos mais radiantes. É e com essas forças que retornamos a Nazaré para continuar nosso caminho para frente e para cima.
Aí o retorno a Nazaré se torna uma coisa empolgante, o serviço amoroso e desinteressado se torna o mote da nossa vida. A sensação de caminhar a passos largos na evolução e de se tornar cada vez mais útil como colaborador no Plano de Deus nos empolga dia a dia e nos empurra para cima e para frente.
Vamos ver alguns pontos de esclarecimento esotérico
Dentre os sinais do Antigo Testamento que foram fornecidos – e há muitos! – para que quem quisesse soubesse que o Cristo viria, podemos citar:
“E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo.” (Mq 5:1-3)
“Do Egito chamei o meu filho.” (Os 11:1)
“Ele será chamado Nazareu.” (Is 1:11)
De novo vemos a citação: “Anjo do Senhor” que é o Anjo Gabriel, sendo outro exemplo de que José funciona conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, ou seja: convive com todos os seres que lá vivem (como nós convivemos aqui)!
Lembrando sempre: muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 2 – versículo de 1 a 23.
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: do Capítulo 3
Introdução
O Estudo Bíblico Rosacruz é fundamental para o Estudante Rosacruz a fim de ajudá-lo a equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, ocultista-místico Cristão.
Afinal, já sabemos que a Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios e, nesse sentido, em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).
Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: ‘A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.’. E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia.
S. Paulo mesmo em suas Epístolas, nos adverte que até o dia de hoje, na leitura do “Antigo Testamento, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo ele é tirado; contudo, até hoje, sempre que leem a Moisés, está posto um véu sobre o coração deles; mas todas as vezes que algum deles se “converter” ao Senhor, o véu lhe é tirado.” (IICor 3:14-16).
E isso porque somos “ministros não da letra, mas do espírito, pois a letra mata, mas o espírito vivifica” (IICor 3:16). Assim, mostremos, pois, nessas aparentes contradições, o sentido oculto nas entrelinhas, “o espírito da letra”.
Sabemos, por meio dos nossos estudos dos Ensinamentos Rosacruzes que os quatro Evangelhos S. fórmulas de Iniciação. O de S. Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que S. as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.
Texto do Capítulo 3
Vamos ao texto do Capítulo 1, que vai do versículo 1 ao 17: “1Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia 2e dizendo: “Arrependei-vos, por que o Reino dos Céus está próximo”. 3Pois foi dele que falou o profeta Isaías, ao dizer: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas. 4João usava uma roupa de pelos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins. Seu alimento consistia em gafanhotos e mel silvestre. 5Então vieram até ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a região vizinha ao Jordão. 6E eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. 7Como visse muitos fariseus e saduceus que vinham ao batismo, disse-lhes: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? 8Produzi, então, fruto digno de arrependimento 9e não penseis que basta dizer: ‘Temos por pai a Abraão’. Pois eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10O machado já está posto à raiz das árvores e toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e lançada ao fogo. 11Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12A pá está na sua mão: vai limpar sua eira e recolher seu trigo no celeiro: mas, quanto à palha, vai queimá-la num fogo inextinguível”.
13Nesse tempo, veio Jesus da Galileia ao Jordão até João, a fim de ser batizado por ele. 14Mas João tentava dissuadi-lo, dizendo: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?”. 15Jesus, porém, respondeu-lhe: “Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça”. E João consentiu. 16Batizado, Jesus subiu imediatamente da água e logo os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele. 17Ao mesmo tempo, uma voz vinda dos céus dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem Me comprazo”.”
Alguns Pontos de S. João Batista
João Batista pertencia a uma ordem chamada os Essênios, que foi constituída para preparar a vinda de Cristo. Como sabemos muitas pessoas envolvidas na preparação e na vida de Cristo Jesus pertenciam a essa ordem.
Particularmente, coube a S. João Batista treinar os Discípulos para receber os ensinamentos esotéricos (com “S”) profundos que Cristo ensinaria. Assim muitos dos Discípulos de Cristo, foram Discípulos de S. João Batista.
Nesse versículo já vemos uma dessas necessidades de preparação: “Arrependei-vos, por que o Reino dos Céus está próximo.”.
Não confundamos Reino dos Céus com Reino de Deus. Reino dos Céus se refere a todo o Esquema, a Obra, o Caminho de Evolução no qual estamos inseridos. E o que quer dizer aqui? Simplesmente que a partir da primeira vinda de Cristo estava aberto o acesso a quem quisesse para conhecer DIRETAMENTE (sem nenhum intermediário) tudo o que envolve a Peregrinação do ser humano desde quando começou nesse Esquema de Evolução, lá no longínquo Período de Saturno, até quando chegar ao final, no Período de Vulcano.
E, com isso, qualquer um pode alcançar o desenvolvimento espiritual que quiser, adiantando-se nesse Esquema de Evolução e ajudando com o máximo de eficácia todos os seus irmãos e suas irmãs de caminhada além do próprio Plano de Cristo para a “Salvação da Humanidade”.
Notemos que S. João Batista pregou o seu evangelho da preparação sem palavras ambíguas. Vamos a alguns exemplos e o motivo de tal pregação. Sua advertência era voltada a todos, como aqui: “O machado já está posto à raiz das árvores e toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e lançada ao fogo”.
Que significa uma necessidade urgente e imediata de alterar toda a estrutura social que havia e que, infelizmente, ainda há e nos enreda nessa ilusão de realização e felicidade falsas, focada em falsos valores materiais e de poder, fama, fortuna e foco somente nessa vida material!
E aqui: “Produzi, então, fruto digno de arrependimento.”
Que significa Que passou da hora de preparar a nossa Personalidade para receber quem nos tirará desse atraso que nos impusemos nós mesmos em persistir no doloroso caminho do transgressor das Leis de Deus.
E ainda aqui, dirigindo-se a todo ser humano que insiste em se voltar para o materialismo (uns descarados, outros dissimulados e muitos achando que não são materialistas) e a todo ser humano que insiste em achar que tem todo conhecimento que precisa e não necessita do Cristianismo (ou insiste em intelectualizar o Cristianismo) ou que vira e mexe coloca em ação a sua hipocrisia, astúcia, vaidade, orgulho e tantas outras características muito bem definidas nas duas classes sociais existentes naquela época: fariseus e saduceus, quando diz: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir”.
Essas classes sociais não existem mais, pois estão presentes nas Personalidades de muitas pessoas, em nós quando insistimos em viver assim, ainda que em alguns momentos da nossa vida.
Se não fazemos o Exercício Esotérico de Retrospecção como se deve, então, periga achar que JAMAIS somos assim!
Notem como somos chamados por S. João Batista: “raça de víboras”.
Resumindo: S. João Batista não busca agradar a ninguém. Vive totalmente a política do “sim, sim…não, não” sem meias palavras e focado totalmente no Cristianismo que estava por vir. Como um verdadeiro precursor da Era de Peixes – a Era que estamos atualmente – age sempre acima de qualquer conveniência humana. Não tem essa de ser sociável, de cultivar relacionamentos com quem não está voltado para o Cristo, de ser dissimulado (um tipo de vida em um lugar e outro tipo, oposto, em outro).
E deixa clara a Sua missão e até onde devia ir: despertar aqueles que estavam preparados para receber o Cristianismo.
E nós, como Estudantes Rosacruzes, vivemos assim também? Ou temos vergonha, orgulho que significa falta de fé nos Ensinamentos Rosacruzes que é o Cristianismo Esotérico?
Batismo da Água ou o Batismo de Água ou, ainda, o Batismo com Água
Aqui nesse versículo “Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” vemos a declaração do método de Batismo que era aplicado por S. João Batista e por todos os Essênios responsável por tal Sacramento: o Batismo da Água ou o Batismo de Água ou, ainda, o Batismo com Água.
Repare: o Batismo, aqui descrito, não tem nada a ver com o batismo físico que estamos acostumados a ver!
O Batismo aqui descrito é um dos nove degraus definidos na Iniciação Cristã Mística. Era o simbólico de “conduzir à visão”. Era conhecido como Batismo por meio do arrependimento dos pecados, como está claro nesses versículos: “Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. Produzi, então, fruto digno de arrependimento e Eu vos batizo com água para o arrependimento.”
Nesse tipo de Batismo, era aberto ao candidato à Iniciação o conhecimento dos Mundos espirituais, pela primeira vez, pela sufocação. Os Iniciadores, como S. João Batista, sabiam que, quando se submerge alguém na água, os seus corpos sutis, por falta de condições biológicas de respiração de ar abandonavam, em parte, o Corpo Denso (corpo físico), da mesma forma como acontece num afogamento. Antes de o indivíduo afogar-se completamente, o espírito encontra-se consciente dentro de seu nível interno, conhecendo-se a si mesmo como um ser espiritual entre outros seres semelhantes, que se encontram em seu nível, estando só parcialmente ligado ao seu corpo.
Os Essênios conheciam perfeitamente o ponto exato em que o candidato aos mistérios podia ser novamente levado para fora da água, enriquecido com os conhecimentos obtido nos planos superiores.
Dessa forma, o candidato tinha plena certeza da existência de uma vida espiritual, o que o levava a morrer para tudo quanto é material. Ele era “um morto para o mundo, e nascido para os Céus”.
Batismo de Fogo ou Batismo do Fogo ou, ainda, o Batismo com Fogo
S. João Batista também anuncia que aquele que está chegando, batizará de uma outra forma, o chamado Batismo de Fogo ou Batismo do Fogo ou, ainda, o Batismo com Fogo. O Fogo aqui é o fogo do Espírito Santo que Resulta em uma iluminação interna do candidato à Iniciação e leva a uma comunhão direta com o Fogo do Cosmos do Espírito Universal. É um processo de dentro para fora, portanto, sem nenhuma necessidade de alterar a condição da consciência externa do candidato à Iniciação.
Vejamos 2 exemplos que estudaremos com mais profundidade à frente: o primeiro se refere ao Batismo experimentado por Saulo de Tarso (depois S. Paulo) no caminho de Damasco quando, consoante o relato nos Atos, ele foi ofuscado até a cegueira completa durante dias, pela Luz de Cristo. E o segundo exemplo se refere ao Pentecostes. A mesma Luz que brilhou sobre Paulo envolveu os Apóstolos em seus corações, ensinando-lhes a presença de Deus em seu interior.
Já no evento do Batismo de Jesus veja a presença clara da Santíssima Trindade: Deus Pai proclamando: “Este é Meu Filho amado, em quem Me comprazo”. Deus Filho, o Cristo, na presença própria iniciando a Sua missão, tomando os Corpos Denso e Vital de Jesus. A partir de então sendo Cristo Jesus ou Jesus Cristo. E a do Deus Espírito Santo (Jeová) como a forma de uma pomba (não “como uma pomba”).
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 3 – versículo de 1 a 17.
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 4 – Versículos de 1 a 11
Introdução
A Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios. Em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).
Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: “A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.”
E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia.
Sem essa parte o seu crescimento espiritual está limitado e dificilmente trilhará o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Afinal, sabemos, pelos Ensinamentos Rosacruzes, que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação. O de S. Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.
Texto do Capítulo 3
Vamos ao texto do Capítulo 1, que vai do versículo 1 ao 17: “1Então Jesus foi levado pelo Espírito para o deserto, para ser tentado pelo diabo. 2Por quarenta dias e quarenta noites esteve jejuando. Depois teve fome. 3Então, aproximando-se o tentador, disse-lhe: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães”. 4Mas Jesus respondeu: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.”. 5Então o diabo o levou à Cidade Santa e o colocou sobre o pináculo do Templo 6e disse-lhe: “Se és Filho de Deus, atira-te para baixo, porque está escrito: Ele dará ordem a seus anjos a teu respeito, e eles te tomarão pelas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra.”. 7Respondeu-lhe Jesus: “Também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus”. 8Tornou o diabo a levá-lo, agora para um monte muito alto. E mostrou-lhe todos os reinos do mundo com o seu esplendor 9e disse-lhe: “Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares”. 10Aí Jesus lhe disse: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto.”. 11Com isso, o diabo o deixou. E os anjos de Deus se aproximaram e puseram-se a servi-lo.”
Conceito da palavra “tentação”
A palavra “tentação” que vem do grego, peirasmon ou eirasmon que podemos traduzir por “teste”, “tentativa”, “provação”, “teste da fidelidade do homem”, “teste da virtude”, “tentação, despertada dos desejos ou das circunstâncias externas”, “estado mental pelo qual somos provocados para pecar”, “tentação interna para pecar”, dentre outros.
É importante definir essa palavra cuidadosamente, pois a mesma palavra pode ter significados diferentes, dependendo do contexto.
Por exemplo, a palavra nem sempre é usada num sentido negativo (isto é, como uma atração ao pecar).
Algumas vezes o termo significa uma prova, uma tribulação, um teste, um provar de algo ou mesmo uma experiência.
A palavra poderia ser usada no contexto de testar a qualidade do ouro, ou a força de um arco. Assim, ela pode ter uma conotação positiva: em Gênesis 22:1, diz-se que Deus testou Abraão. Jeová testou ou provou a fé de Abraão, ao ordenar que ele sacrificasse Isaac, seu único filho. Em II Crônicas 32:31 diz que Deus testou Ezequias. Jeová queria saber se o rei estava cheio de orgulho ou não.
Já, do latim, temos: TENTATIO, ONIS (pode ser grafada TEMPTATIO) originalmente significava “ataque, acesso de febre” ou “prova, tentativa, teste, ensaio”, ou ainda TEMPTARE que podemos traduzir: “sentir, testar, tentar influenciar” e daqui gerou o verbo “tentar”.
O Tipo de Tentação das Três Tentações de Cristo-Jesus
Um dos dois tipos de tentadores que temos é aquele que nos incita a agir, mas agir para o mal; a manter uma compreensão errada pela Mente; a viver na ignorância.
Nesse sentido Cristo-Jesus foi tentado três vezes pelo demônio no deserto. As tentações visavam tocar no ponto mais fraco, com isso o tentador poderia justificar a sua queda alegando que: ou se fazia assim ou morreria. Entretanto, sempre é preferível morrer a trabalhar para o mal!
Para ilustrar vamos utilizar o quadro do famoso pintor renascentista italiano Sando Botticelli, de 1480-1482, intitulado: As Tentações de Cristo. Atentemos, na pintura, somente a parte que se refere às 3 Tentações.
Vemos nesse quatro os 3 tipos de tentação sofrida por Cristo.
A Primeira Tentação
A primeira tentação lemos nos versículos 2 a 4 aqui repetidos para facilitar a compreensão: “Após Cristo-Jesus ter jejuado 40 dias e 40 noites ‘o tentador aproximou dele e lhe disse: ‘se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se tornem pão’. Cristo-Jesus respondeu: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’.”.
Note que essa resposta está em Deuteronômio 8:3, que nos esclarece – e nos orienta na hora que essa tentação nos acomete – que a alimentação espiritual também sacia a “fome material”.
Sempre veremos no Novo Testamento muitas confirmações dos Profetas que manifestaram suas profecias no Antigo Testamento.
Isso serve para demonstrar que a vinda do Cristo já fora planejada a muitos anos atrás para que muitos tivessem a oportunidade de se preparar para vinda d’Ele e outros que pudessem se emendar e rever a conduta errada de viver.
Notem que por meio do Seu poder espiritual, Cristo-Jesus poderia matar Sua fome, mas é uma Lei Cósmica que não se pode usar o próprio poder para tirar algum proveito material para si mesmo. Se Ele o fizesse estaria praticando magia negra! E o tentador sabia disso!
Assim, aqui Cristo-Jesus é tentado em um dos incentivos que temos atualmente para a ação: Poder, que é um dos grandes motivos de toda ação humana, ou seja, o desejo de poder é um dos motivos por que o ser humano faz ou deixa de fazer algo, fornecido pelo grandes Líderes da Humanidade a fim de que possamos obter experiência e aprender os conceitos de autoridade, dignidade, generosidade, lealdade e nobreza.
Mas, o que fazemos? Usamos o conceito de Poder para expressar a nossa arrogância, o nosso despotismo, a nossa dissimulação, a nossa ostentação, a nossa tirania. Nós, como Aspirantes à vida superior, devemos continuar usando o poder como motivo de ação, firmemente, mas devemos transmutá-lo em algo superior: Ou seja: “o Poder que se deve desejar é o que atua melhorando a Humanidade” e é assim que devemos utilizá-lo, afinal: “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”.
A Segunda Tentação
Vamos à segunda tentação, lemos nos versículos 5 a 7 aqui repetidos para facilitar a compreensão: “Então o diabo o levou à Cidade Santa e o colocou sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: ‘Se és Filho de Deus, atira-te para baixo, porque está escrito: Ele dará ordem a seus Anjos a teu respeito, e eles te tomarão pelas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra’. Respondeu-lhe Cristo-Jesus: ‘Também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus’”.
Note que o demônio percebeu que Cristo se apoiava nas Sagradas Escrituras e, também, se apoiou nela para fundamentar a sua sugestão, quando cita o Sl 91:11-12. Novamente, veja que essa resposta está em Deuteronômio 6:16, no Antigo Testamento.
Essa passagem nos esclarece – e nos orienta na hora que essa tentação nos acomete – que não devemos ceder à vaidade de demonstrações farisaicas, posando de “bom moço ou de boa moça”, de filantrópico de ocasião, onde não haja necessidade delas e, ainda, confiando em proteções “superiores”!
Assim, aqui Cristo-Jesus é tentado em um outro dos incentivos que temos atualmente para a ação: Fama, que é um dos grandes motivos de toda ação humana, ou seja, o desejo de fama é um dos motivos por que o ser humano faz ou deixa de fazer algo, fornecido pelo grandes Líderes da Humanidade a fim de possamos obter experiência e aprender os conceitos de exemplo em viver a vida, “seta no caminho”, verdadeiro amigo (a), servidor amoroso e justo.
Mas, o que fazemos? Usamos o conceito de Fama para expressar e tentar sempre ser bem-sucedido (a), muitas vezes, a qualquer custo da pessoa ou de quem quer que seja, o ser popular, seja por qualquer motivo que se apresente e, também, por qualquer custo, inclusive da própria vida, a nossa vaidade, a nossa ostentação, a nossa tirania.
Nós, como Aspirantes à vida superior, devemos continuar usando a fama como motivo de ação, firmemente, mas devemos transmutá-lo em algo superior, ou seja: “a Fama a que se deve aspirar é a que possa aumentar nossa capacidade de transmitir a boa nova, a fim de os sofredores poderem encontrar o descanso para a dor do seu coração.”
A Terceira Tentação
Vamos à terceira tentação, lemos nos versículos 8 a 11 aqui repetidos para facilitar a compreensão: “Tornou o diabo a levá-lo, agora para um monte muito alto. E mostrou-lhe todos os reinos do mundo com o seu esplendor e disse-lhe: ‘Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares’. Aí Cristo-Jesus lhe disse: ‘Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto.’. Com isso, o diabo o deixou. E os Anjos de Deus se aproximaram e puseram-se a servi-lo”.
Novamente, veja que essa resposta está em Deuteronômio 6:13, no Antigo Testamento.
Essa passagem nos esclarece que Deus está acima de tudo e só a Ele podemos e devemos adorar, reverenciar e obedecer não devendo utilizar-nos de meios escusos para adquirir vantagens nem pessoais nem para grupos, família, nação ou qualquer segmento em que nos identificamos como fazendo parte.
Perceba que aqui, se Cristo cedesse (como nós muitas vezes cedemos) logo descobria que “teria ganhado o mundo inteiro, mas perdido não só a sua própria alma, mas, no caso d’Ele a alma do mundo inteiro, que tinha esperança de salvar”!
Além do que a Reino de Deus não é deste mundo; não é o Reino dos homens; o Reino de Deus é celeste.
Assim, aqui Cristo-Jesus é tentado em um outro dos incentivos que temos atualmente para a ação: Fortuna, que é, também, um dos grandes motivos de toda ação humana, ou seja, o desejo de fortuna é um dos motivos por que o ser humano faz ou deixa de fazer algo, fornecido pelo grandes Líderes da Humanidade a fim de que possamos obter experiência e aprender os conceitos de oportunidades para servir, conhecimento a aplicar, experiências vividas, justiça.
Mas, o que fazemos? Usamos o conceito de Fortuna para acumular recursos financeiros, muitas vezes, a qualquer custo, inclusive da saúde própria ou dos outros, da própria vida por meio de exploração, para não falar de roubo e outros métodos “criativos” pelo ser humano. Para acumular posses materiais, também, a qualquer custo e sem limites. Evidenciando, aqui, forte reminiscência da segunda parte da Época Atlante, momento evolutivo em que estávamos nos dirigindo para baixo em direção ao Nadir da materialidade, onde o nosso mérito foi conquistar a Região Química do Mundo Físico.
Nós, como Aspirantes à vida superior, devemos continuar usando a fortuna como motivo de ação, firmemente, mas devemos transmutá-lo em algo superior, ou seja: “a Fortuna pela qual se deve lutar é somente a abundância de oportunidades para servir os semelhantes”.
Os Três Tipos de Provas
Esses três tipos de provas, de tentações, são as três mais difíceis pelas quais estamos, constantemente, passando: interesse pessoal, poder pessoal e fama pessoal. No início do nosso caminho Espiritual essas provas nos apresentam como simples e clara de serem refutadas, mas conforme progredimos, torna-se menos óbvio e mais sutil.
A tentação tornou-se parte fundamental da nossa vida. É ela que nos traz:
– a paciência, quando tentamos e não conseguimos fazer o certo;
– a humildade, quando erramos e nos humilhamos;
– a esperança, quando, após muito sofrimento estamos prestes a desistir;
– a fé, quando se sentindo perdido apoiamo-nos na graça e na consolação divina;
– o ânimo, quando nos sentimos fortalecidos ante uma tentação superada e;
– principalmente, a consciência que, através da sua voz e quando aconteçam circunstâncias em que antigas tentações nos apresentam, ela nos orienta como agir não nos deixando nelas cair.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 4 – versículo de 1 a 11.
Lembremo-nos sempre que a Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios. Em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).
Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.” E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia!
Sem essa parte o seu crescimento espiritual está limitado e dificilmente trilhará o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. Afinal, sabemos, pelos Ensinamentos Rosacruzes, que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação.
O de São Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.
O texto que estudaremos é do Evangelho Segundo S. Mateus, no seu Capítulo 4 e versículos de 12 a 25: “12Ao ouvir que João tinha sido preso, ele voltou para a Galileia 13e, deixando Nazara, foi morar em Cafarnaum, à beira-mar, nos confins de Zabulon e Neftali, 14para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: 15Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região além do Jordão, Galileia das nações! 16O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz; aos que jaziam na região sombria da morte, surgiu uma luz. 17A partir desse momento, começou Jesus a pregar e a dizer: ‘Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus’. 18Estando ele a caminhar junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Disse-lhes: ‘Segui-me e eu vos farei pescadores de homens’. 20Eles, deixando imediatamente as redes, o seguiram. 21Continuando a caminhar, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com o pai Zebedeu, a consertar as redes. E os chamou. 22Eles, deixando imediatamente o barco e o pai, o seguiram. 23Jesus percorria toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda e qualquer doença ou enfermidade do povo. 24A sua fama espalhou-se por toda a Síria, de modo que lhe traziam todos os que eram acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidades, bem como endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curava. 25Seguiam-no multidões numerosas vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e da região além do Jordão.”
No texto que se refere ao “Retorno à Galileia”, temos importantes ensinamentos que faz parte do nosso Caminho espiritual. Aqui, especial atenção devemos dar aos nomes dos lugares envolvidos e o seu significado no curso da vida de qualquer Aspirante à Vida Superior que busca o seu desenvolvimento através de uma Escola de Mistérios Cristã.
Recapitulando o que vimos no 2º Capítulo do Evangelho segundo S. Mateus, tudo começa em Nazaré, que é o lugar onde o tempo é utilizado para a vida pessoal – dia a dia, o cotidiano.
Depois devemos deixar Nazaré, e entrar no caminho que conduz a Belém, em preparação para o Sagrado Nascimento (a consciência da existência do nosso Cristo Interno, o Corpo-Alma)
Devemos, então, voltar a Nazaré, pois aqui é o baluarte da nossa evolução.
De vez em quando, caímos e experimentamos o gosto amargo da ascensão temporária e material em nós (o “Eu inferior” que tanto tempo nutrimos com os nossos pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, obras, ações e atos inferiores) sobre a nossa divina natureza (“eu inferior” sobre o “Eu superior”): a Fuga para o Egito (o lugar da escuridão espiritual).
Então, nos lembramos que “o único fracasso é deixar de lutar” e, se fizermos uma breve reflexão vamos encontrar que as lições mais valiosas que aprendemos foram nos momentos mais sombrios de nossa vida e não nos mais radiantes. É e com essas forças que retornamos a Nazaré para continuar nosso caminho para frente e para cima.
Aí o retorno a Nazaré se torna uma coisa empolgante, o serviço amoroso e desinteressado se torna o mote da nossa vida. A sensação de caminhar a passos largos na evolução e de se tornar cada vez mais útil como colaborador no Plano de Deus nos empolga dia a dia e nos empurra para cima e para frente.
E aqui surge mais um lugar que tem grande significância esotérica: a cidade de Cafarnaum, onde Cristo-Jesus, saindo de Nazaré, foi morar. Passados os eventos do “Batismo” e da “Tentação no deserto” partimos para Cafarnaum: com a certeza nascida da fé, testado e provado: serve amorosamente, cura e consola a todos que sofrem, que procuram e que necessitam…para servirmos, amorosa e desinteressadamente, consolando a todos que necessitam, afinal temos a certeza nascida da fé!
Agora vamos estudar o que quer dizer, esotericamente, o ensinamento de Cristo-Jesus nessa frase: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus.”.
Para começar, temos que entender que nós, a Humanidade, acabamos criando um “Reino dos homens”, quando atingimos o pináculo da materialidade e por vontade própria criamos um Reino a partir do qual queremos explicar absolutamente tudo a partir da Região Química do Mundo Físico. A tal ponto de alguns de nós negar a existência de outra coisa que não seja “Sólidos, Líquidos e Gases”.
E, nesse Esquema de Evolução, quando começamos, de fato, a desenvolver o “Reino dos homens”? Exatamente na Era de Áries, quando começamos a ter a consciência da Lei dos Ciclos Alternantes, na primeira parte da Época Ária.
Junto com essa nossa “invenção”, veio a cristalização, o risco de se apegar tanto à matéria química a ponto de perdermos a capacidade em evoluir nesse Esquema de Evolução.
E em um momento em que começamos a fase da Evolução, ou seja: uma vez conquistada a Região Química do Mundo Físico, iniciarmos o caminho de volta e partirmos para conquistar a Região Etérica do Mundo Físico. E daí, aprendermos a viver conscientemente nessa Região Etérica e nos outros Mundos suprafísicos ou Mundos Espirituais, ou seja, no Reino dos Céus, por meio desse Esquema, Caminho e Obra da Evolução.
Para isso temos uma necessidade urgente atual: ter, construir, desenvolver um Corpo-Alma, desenvolvido o suficiente para usarmos conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico. E começamos esse processo por meio do “arrependimento e reforma íntima” do mal que cometemos até então para conseguir de qualquer forma o sucesso somente aqui na Região Química e, muitas vezes, esquecendo até dos Mundos espirituais (ou até utilizando-os como material para magia negra, ou cinza).
E essa prática de “nos arrepender” é utilizada: na separação correta dos Éteres do Corpo Vital: os 2 Éteres superiores para a construção do Corpo-Alma, um dos resultados das práticas dos Exercícios Esotéricos Rosacruzes (especialmente: noturno de Retrospecção e matutino de Concentração) e na alimentação constante do Corpo-Alma construído: pela repetição, durante as horas de vigília, (até chegar a hábito e se esforçando para se tornar uma virtude) do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) ao irmão e à irmã que está ao seu lado, focando na divina essência oculta em cada um deles – que é a base da Fraternidade – e, assim, esquecendo todos os defeitos deles.
Agora, vamos estudar a escolha dos 4 primeiros Discípulos: André e seu irmão Pedro, Tiago e seu irmão João.
Vamos lembrar que a “rede do pescador”, na simbologia esotérica, se refere à sabedoria extraída das experiências do cotidiano. O “pescador” é aquele que se despertou espiritualmente para o significado e propósito da existência física. Para efeito de ilustração utilizaremos as pinturas feitas por El Greco, pintadas entre 1610-1614.
Como lemos nesse trecho do Capítulo 4, André, filho de Jonas e irmão de Simão Pedro, foi o primeiro Discípulo a ser escolhido. É o Apóstolo que representa a humildade e a auto-abnegação. Apesar de ter sido o primeiro a ser escolhido, mesmo assim, jamais se tornou um dos mais íntimos do círculo espiritual dos Apóstolos. Contentou-se sempre em brilhar a glória refletida de seu irmão mais novo, S. Pedro. Sonhos e anseios pelas coisas do espírito o elevaram, cedo, a ser um dos seguidores de São João Batista. Deste modo, ele se preparou para um serviço mais elevado e profundo que era servir ao Mestre Supremo. A Bíblia misticamente descreve sua preparação quando cita que ele estava lançando redes quando Cristo-Jesus chegou.
O segundo a ser escolhido foi Pedro, irmão de André. Um dos três mais avançados Apóstolos de Cristo-Jesus. O instável, o homem-onda, oscilando entre o juramento de fidelidade e a negação. Um dos dois que uma vez que pela fé se lhe despertou internamente o princípio Crístico, tornou-se a rocha da Iniciação sobre a qual se fundou a Igreja. Por meio do arrependimento e da purificação do coração, elevou sua consciência tão alto que o permitiu estar logo preparado e recebeu auxílio para a elevada Iniciação que lhe esperava no intervalo entre a Ressurreição e a Ascensão. Considerava sua maior honra em seguir a Cristo e a servir Sua causa. Um dos três que: viu diretamente a Glória Arcangélica, no Monte da Transfiguração na Galileia. Cristo deu a evidência de Seus poderes sobrenaturais em Sua glória celestial que teve e tem o privilégio de preparar o caminho para qualquer um que, em qualquer tempo futuro, desejasse seguir os passos de Cristo.
O próximo a ser escolhido foi Tiago, irmão de João. Um dos três mais avançados Apóstolos de Cristo-Jesus. “Filhos do Trovão” (Boanerges) foi como o Mestre chamou também S. João. Representa a suprema qualidade da esperança que “nasce eternamente no peito do ser humano”. Um dos 3 que simbolizam as qualidades do amor, da fé e da esperança (pois elas se tornam manifestadas como trabalhos realizados dentro da consciência do Aspirante moderno, então, eles, também se tornarão capazes de acompanhar Cristo nas Suas obras mais elevadas e maravilhosas). Um dos três que: viu diretamente a Glória Arcangélica, no Monte da Transfiguração na Galileia. Cristo deu a evidência de Seus poderes sobrenaturais em Sua glória celestial.
O próximo a ser escolhido foi João, irmão de Tiago. Um dos três mais avançados Apóstolos de Cristo-Jesus. “Filhos do Trovão” foi como o Mestre chamou também S. João. Seu avanço espiritual foi tamanho que lhe permitiu ser aquele que mais se aproximou do Espírito de Cristo. Dos doze foi o mais próximo a se aproximar do coração do Mestre, Cristo. Por meio do seu amor, foi capaz de ver a glória daquelas mansões que o Mestre preparou para aqueles que O ama, e fazem de si merecedores de lá habitar. O Apóstolo que nunca conheceu a morte, pois progrediu tanto na divina ciência da transmutação da matéria em Espírito que nunca conheceu a morte. Um dos três que: viu diretamente a Glória Arcangélica, no Monte da Transfiguração na Galileia. Cristo deu a evidência de Seus poderes sobrenaturais em Sua glória celestial.
E, por último, vamos estudar a passagem: … “pregando o Evangelho do Reino e curando os enfermos”.
Aprendemos por meio dos Ensinamentos Rosacruzes que para termos a Cura permanente de uma doença ou enfermidade é necessário tanto ao curador como ao paciente: “pregar o Evangelho” (que é estudar e promulgar os Ensinamentos Cristãos por meio do exemplo na vida do curador e do paciente e se for necessário – e só se for necessário – falar sobre eles) e promover a cura dos irmãos e das irmãs que estão doentes ou enfermas. E por que isso?
Porque por meio da pregação do Evangelho alcançamos a compreensão interna das Leis de Deus (ou seja, das Leis da Vida e do Ser). E por meio da aplicação e da retribuição a esse esforço e alcance buscamos nos capacitar e praticar a cura dos irmãos e das irmãs doentes ou enfermas. Ou seja: o curador também é um promulgador dos Ensinamentos Cristãos!
Exatamente como fazemos na prática da Cura Rosacruz que seguem fielmente e rigidamente o método de Cura ensinado por Cristo. É por isso que ao longo desse mais de um século ela tem obtido sucesso na Cura de milhões e milhões de irmãos e irmãs doentes e enfermos.
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 4 – versículo de 12 a 25.
Que as Rosas floresçam em vossa cruz
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 1 a 6
Introdução
O Estudo Bíblico Rosacruz é fundamental para o Estudante Rosacruz a fim de ajudá-lo a equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, Cristão ocultista-místico.
O Estudante Rosacruz sabe que nos tempos atuais tem havido muita polêmica sobre a autenticidade da Bíblia. Ensina-se nas Escolas a Ciência material, o que desperta na Mente de muitos investigadores o desejo de encontrar alguma correlação entre os Ensinamentos Bíblicos e as descobertas da Ciência material. O observador ocasional pode não encontrar uma harmonia satisfatória, mas, para o Estudante Rosacruz mais profundo é possível haver uma correlação lógica entre as descobertas científicas e as Sagradas Escrituras, pois ele sabe que “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.”
Trecho do Texto do Capítulo 5
O texto que estudaremos é do Evangelho Segundo S. Mateus, no seu Capítulo 5 e versículos de 1 a 5:
“1Vendo ele as multidões, subiu à montanha. Ao sentar-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. 2E pôs- se a falar e os ensinava, dizendo: 3 “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra. 5Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.”
As Bem-aventuranças como um Resumo do Espírito Cristão
Vamos estudar as Bem-aventuranças, em sua primeira parte, também conhecidas como Sermão da Montanha ou As Beatitudes, enfatizando a sua significância esotérica.
É fato que atualmente estamos muito longe do desenvolvimento previsto para nós no Plano Divino.
Éramos para estarmos vivendo conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, como muitos Auxiliares Invisíveis já estão (muitos ainda parcialmente) e Irmãos Leigos e Irmãs Leigas, Adeptos e Irmãos Maiores já estão totalmente conscientes (funcionam lá e aqui quando precisam).
No entanto, a maioria de nós ainda vive conscientemente somente na Região Química do Mundo Físico, desde quando a atingimos pela primeira vez na segunda metade da longínqua Época Atlante (hoje estamos na Época Ária).
A coisa é tão cristalizada que muitos de nós acham que não existe outro lugar no universo, senão essa Região e tenta explicar tudo usando os materiais sólidos, líquidos e gases!
E mais ainda: poucos alcançaram o ponto de evolução no qual se vive totalmente de acordo com os Dez Mandamentos e, por isso, ainda têm apenas uma ideia do valor espiritual das Bem-aventuranças.
Já na Era de Aquário, para aqueles que já tiverem o Corpo-Alma suficientemente desenvolvido para viver conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, a vida cotidiana será pautada tendo como base os Dez Mandamentos e nos elevaremos a maiores níveis de desenvolvimento (ou seja: funcionamento conscientes em outras Regiões e Mundos) usando como estrutura superior as Bem-aventuranças.
Conforme veremos, segundo S. Mateus, as Bem-aventuranças se constituem de nove passos.
Lembrando que o número “nove” é o número raiz do nosso presente estágio de evolução. Em nosso sistema tem um significado que nenhum outro número possui. É o número da Humanidade, nós. Vemos o número 9 presente em muitos eventos e criações a nossa volta. Assim, aqui também, as nove Bem-aventuranças são uma síntese para a nossa libertação.
É um desafio para nós, porque para praticá-las temos que nos despojar desse nosso sentido vicioso que cultivamos por muitos renascimentos aqui por meio das nossas Personalidades, que criamos a cada vida aqui.
As Bem-aventuranças são um resumo do espírito Cristão – o Cristão completo e autêntico. E não é meramente o resumo de comportamentos ou bons hábitos. Elas são uma sinopse espiritual do verdadeiro Cristianismo e não uma sinopse meramente literária. Em outras palavras: as Bem-aventuranças constituem um conjunto completo de condições interdependentes. Ou seja: a realização de uma depende da realização de outra.
Exemplo: para matarmos a nossa sede de justiça temos que “ser mansos”, “pobres em espírito” e assim por diante. Conforme vamos compreendendo esotericamente as Bem-aventuranças, vamos concluindo que: não basta interpretar, nas ações humanas, as poderosas influências do nosso subconsciente; também não basta procurar reeducar o nosso subconsciente; obviamente, não basta a mera apreciação intelectual das falhas e o ajustamento da pessoa aos padrões sociais, que estão longe de ser um modelo de vida; e muito menos é suficiente definir as causas subconscientes de nossos erros atuais e indicar soluções.
Agora, se de fato conhecermos e aplicarmos os conhecimentos esotéricos das Bem-aventuranças, com certeza seria justo e necessário para alcançarmos o êxito espiritual que tanto procuramos.
Pois com isso: vivemos, realizamos a “nova criatura em Cristo” (como S. Paulo nos ensinou); transformamos as verdades intelectuais em caráter; iluminamos o nosso subconsciente e convergimos todos os hábitos na decidida e persistente regeneração do ser, de nós, a Individualidade, o Ego, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui.
Já nesses dois primeiros versículos: “Vendo ele as multidões, subiu à montanha. Ao sentar-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. E pôs- se a falar e os ensinava…” há simbologias muito importantes que se repetem na Bíblia. Vamos à algumas: algo já chama a atenção aqui: “subiu à montanha”. Sempre a palavra “montanha”, quando mencionada nos Evangelhos, significará algum lugar acima da Região Química do Mundo Físico, como aprendemos no livro Conceito Rosacruz do Cosmos. Que “lugares” podem ser esses? Assim, na frase: “Vendo Ele as multidões, subiu à montanha.”. Vemos que significa que Cristo Jesus saiu da Região Química do Mundo Físico e foi para outra Região mais elevada.
Assim, na frase: “… aproximaram-se d’Ele os seus discípulos.”, vemos que significa que: todos tinham condição de funcionar conscientemente nesse “lugar”.
Considerando o grau de desenvolvimento espiritual diferente de Discípulo para Discípulo naquele momento, o mais provável é que seja a Região Etérica do Mundo Físico, onde todos já tinham um Corpo-Alma o suficientemente desenvolvido para funcionar lá conscientemente.
A Significância Esotérica da primeira Bem-aventurança
Vamos estudar um pouco da significância esotérica da primeira Bem-aventurança: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.”
Estamos bem cientes de que uma leitura superficial da Bíblia pode proporcionar justificativas para ideias não lógicas, mas se aplicarmos o bom senso, mesmo não considerando a Bíblia, é evidente que a pobreza não pode ser considerada uma virtude em si. E nem a riqueza pode ser classificada como um defeito. Nesse relato de S. Mateus, fica claro que pobres em espírito quer dizer “verdadeiramente humildes”.
Nesse Esquema de Evolução, até a segunda metade da Época Atlante, era nosso objetivo, como Onda de Vida humana, cultivar tudo no Planeta Terra, torná-lo fértil e ter domínio sobre todas as coisas existentes na Região Química do Mundo Físico. Ou seja: “para frente e para baixo”. Em outras palavras, devíamos trabalhar e, naturalmente, os frutos de seu trabalho deveriam advir daí. À medida que o tempo passou, os bens acumularam-se e, também, o nosso desejo pelas posses. Alcançamos já o Nadir da Materialidade, ou seja: já conquistamos a Região Química do Mundo Físico (apesar de muitos não admitir, ou “não achar”). Estamos, agora, na busca por conquistar a Região Etérica do Mundo Físico, e como vimos, já bem atrasados!
E esse ponto de retorno ocorre a partir da terceira metade da Época Atlante e que, depois, com a primeira vinda de Cristo houve uma aceleração nesse nosso objetivo e mais do que nunca passou a ser: “para frente e para cima”.
Mas muitos de nós, em lugar de termos domínio sobre o mundo e as coisas ali existentes, acontece como disse Emerson: “Coisas estão sobre a sela e cavalgam a Humanidade”. Muitos de nós pensam possuir uma loja, um negócio ou uma fábrica, mas se meditassem um pouco para analisar real e imparcialmente a verdadeira situação, descobririam que a fábrica e o negócio é que os possuem. Tal situação é bem comum, sendo assim, a riqueza se torna certamente uma maldição.
Essa pessoa que assim se comporta não é “pobre em espírito”. Outra pessoa pode possuir legalmente uma fábrica, dando emprego a um grande número de pessoas, e pode se sentir como um agente de Deus ao assumir uma parcela do trabalho a ser feito no mundo. Como não se considera proprietária pessoal das coisas que a cercam, é realmente “pobre em espírito”, embora possa ser rica num sentido legal. Além disso, se ele for coerente e conservar essa “disposição de espírito” até a hora da sua morte, ele terá certamente acumulado muitos tesouros no céu.
A Bíblia não seria tão ilógica para sustentar que a pobreza é uma virtude em si, porque poderíamos todos ser estimulados a levar uma vida de ociosidade, atitude infelizmente por demais comum entre pessoas que alegam seguir a “vida superior espiritual” e, assim, se iludem. Na realidade, muitas pessoas pobres poderão ter que prestar contas a respeito de sua pobreza.
As oportunidades apresentam-se a cada um de nós, e se falhamos em aproveitá-las, se desperdiçamos o tempo e os pequenos recursos materiais evitando conseguir mais recursos que nos permitam fazer o bem, teremos certamente de prestar contas pelos nossos atos.
Por outro lado, a pessoa rica que usou convenientemente as suas riquezas, será elogiada pelo modo com que conduziu os negócios do seu Pai, nosso Deus.
A Significância Esotérica da segunda Bem-aventurança
Vamos estudar um pouco da significância esotérica da segunda Bem-aventurança: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.”. Vamos analisar a palavra-chave: “manso”, aqui.
O vocábulo “manso” pode sugerir, a um leitor contemporâneo, uma pessoa “mole”, “morna”, que se omite ou não se arrisca a contraditar ninguém; uma pessoa com falta de coragem e de dignidade, servil e até hipócrita, empenhada em cultivar um relacionamento sem conflito, ainda que isso exija a bajulação, mentiras “brandas”, “boazinha”, “de bem com todo mundo”. Alguns agem assim, buscando não se chocar com ninguém, julgando ser um esforço virtuoso. Em verdade é uma sutil manobra: “parecer bonzinho”.
Não! Jamais poderíamos atribuir ao Cristo essa deformação. O verdadeiro significado da palavra “manso” vem de uma atitude mental de “não resistência”.
De fato, a agressividade é sinal de complexo, de recalque. E é mesmo. Só é manso quem se baseia no “Eu superior” – aquele que se mantém num estado de receptividade, de Mente aberta, de canal consciente, numa amorosa atitude de entrega; no desejo de que o Divino interno se lhe manifeste; intuindo-o em tudo.
Se o seu íntimo é manso, é doce, é receptivo à sabedoria interna – a causa –, com certeza seus atos, suas ações e obras – que são os efeitos –, logicamente, serão acertadas e conducentes a um infalível êxito.
Ser manso é viver em amor, estabelecendo harmonia conosco mesmos e daí com os demais e o Universo. Damos inofensividade e recebemo-la de volta, como um eco, de todos os reinos de vida desde o Mineral até os mais elevados existentes.
Tal era a linguagem de Francisco de Assis, que os pássaros entendiam, que os peixes escutavam; é a ação do que dá mansidão e a recebe, numa posse autêntica e efetiva.
Vamos ver aqui o conceito da palavra: “Terra”. Significa a esfera material, o exterior, a manifestação, a consequência, a Região Química do Mundo Físico. Afinal é nosso objetivo se tornar a Onda de Vida especialista em materiais dessa Região. Como aprendemos: “estar no mundo, mas não ser do mundo” como S. João no seu Evangelho 15:19.
Note, já na oração do “Pai Nosso”, a frase: “Seja feita a Tua vontade, assim na Terra como nos céus” indica que a vontade do Cristo interno deve ser expressa nos assuntos externos da Personalidade em palavras, ações, atos e obras. Se confiássemos que, ao seguir os ditames do Espírito poderíamos “herdar a Terra”, ou seja, alcançar êxito autêntico em todas as circunstâncias, por certo procuraríamos com mais afinco, alcançar essa “mansidão”.
A Significância Esotérica da terceira Bem-aventurança
Vamos estudar um pouco da significância esotérica da terceira Bem-aventurança: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.”
Vamos ver aqui o conceito da palavra “aflitos” ou “se afligir”. Isso não se refere às aflições superficiais e astutas, como para fazer chantagem, para dizer que está preocupado, que está sofrendo e outras aflições bem conhecidas, com seu fundo vicioso: tais como: para não enfrentar um desafio necessário; para atrair atenção e consolo; para diluir resistências. A aflição aqui se refere sim àquela marcada pela consciência que reconhecemos e aceitamos nossos erros; àquela que dissolve a crosta da relutância egoísta e nos abre para uma nova e melhor etapa na vida em busca da realização espiritual; àquela que amolece a carapaça do nosso egoísmo para que a semente do amor possa germinar e produzir o crescimento anímico na pessoa e nos que estão no seu entorno.
A Significância Esotérica da quarta Bem-aventurança
Vamos estudar um pouco da significância esotérica da quarta Bem-aventurança: “Bem-aventurados têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.”
Para começarmos temos que entender o que significa o conceito da palavra “justiça” aqui. Atualmente para muitos de nós a palavra justiça sugere somente o sentido jurídico. Não é o caso aqui!
Afinal, a justiça divina – a infalível, a perfeita, a que nunca falha – está bem acima de qualquer bem-aventurança, não é?
Aqui tem a haver com o sentido da palavra que quer dizer “ajustamento”. Assim podemos escrever: “fome e sede de ajustamento”. Agora, ajustar-se à que? Logicamente, às Leis Divinas, à vontade divina em nós.
Afinal, para todo Estudante Rosacruz, ele sabe que justiça não é meramente uma conduta reta, mas, sobretudo, uma intenção sincera e honesta reta, em cada assunto e aspecto da vida.
Afinal, reiterando o que Cristo nos ensinou: o que interessa é a causa, o pensamento, a intenção. Se esta é reta, os efeitos (impulsos sentimentais, palavras e atos) também o serão. Pois, “Assim como pensamos em nosso coração (íntimo) assim realmente somos.” (Pb 23:7).
E é aqui que chegamos à significância esotérica dessa Bem-aventurança: assegurada aos que têm fome e sede (forte aspiração, sincero propósito) de verdade, os que têm essa fome e sede da experiência de Deus; um forte e sincero propósito de cumprir Sua vontade na vida de todos os dias.
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 1 a 6.
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 7 a 9
Introdução
Primeiramente vamos rever Algumas Advertências importantes quando estudamos a Bíblia por meio dos Ensinamentos Rosacruzes:
A Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios. Em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).
Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: “A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento”. E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia. Sem essa parte o seu crescimento espiritual está limitado e dificilmente trilhará o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Afinal, sabemos, pelos Ensinamentos Rosacruzes, que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação. O de São Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.
Trecho do Texto do Capítulo 5
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
As Bem-aventuranças como uma síntese do espírito Cristão
As Bem-aventuranças também conhecidas como Sermão da Montanha ou Sermão da Planície é um dos mais importantes trechos da mensagem Cristã; um código universal de conduta, cabível a qualquer Religião ou credo. Cabe a cada um de nós, segundo o nível de compreensão, extrair desses princípios gerais as consequências práticas. Elas são uma síntese do espírito Cristão e não meramente da letra. É uma sinopse espiritual e não literária. Uma súmula geral que sintetizavam os ensinamentos religiosos e filosóficos.
É fato que poucos alcançaram o ponto de evolução no qual se vive totalmente de acordo com os Dez Mandamentos, e ainda têm apenas uma ideia do valor espiritual das Bem-Aventuranças.
Já na Era de Aquário, a próxima Era após essa que nós estamos, a Era de Peixes, para aqueles que já tiverem o Corpo-Alma suficientemente desenvolvido para viver conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, a vida cotidiana será pautada tendo como base os Dez Mandamentos nos elevaremos a maiores níveis de desenvolvimento (ou seja: funcionamento conscientes em outras Regiões e Mundos) usando como estrutura superior as bem-aventuranças.
A Significância Esotérica da quinta Bem-aventurança
Vamos à quinta Bem-aventurança: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.”
Antes de tudo vamos ver qual é o conceito expresso pela palavra: “Misericórdia”. A palavra “misericórdia” tem origem latina, é formada pela junção de “miserere” (ter compaixão) e “cordis” (coração). “O coração que se debruça sobre a miséria” significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém, ser solidário com as pessoas.
Já compaixão é uma compreensão da situação real do irmão ou da irmã. Não deve ser confundida com empatia. A compaixão frequentemente se combina com um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento do outro, bem como demonstrar especial gentileza para com aqueles que sofrem.
A verdadeira compaixão resulta em uma ação, obra ou um ato que ajuda, que serve amorosa e desinteressadamente. Para quem estuda Astrologia Rosacruz ou já é um Astrólogo Rosacruz, de fato, um modo lógico de compreender o que eu “misericórdia” é: “será que se eu tivesse o horóscopo desse meu irmão ou dessa minha irmã, eu conseguiria fazer isso que estou dizendo que deveria ser feito? Ou pensar do modo que eu estou pensando?”. Certamente não!
Ser misericordioso é aquele ser humano que consegue esquecer os defeitos (as falhas, os erros por comissão ou por ignorância) do irmão ou da irmã que está ao seu lado e servir a divina essência oculta nele ou nela – que é a base da fraternidade – de um modo verdadeiramente amoroso e desinteressado. Não cogita merecimentos; não cogita prêmios: fama, poder…Não se baseia na ignorância ou na infantilidade do irmão ou da irmã. Está aqui mais um resultado alavancador da nossa parte espiritual proporcionada pela prática cotidiana do Exercício Esotérico noturno da Retrospecção!
A Significância Esotérica da sexta Bem-aventurança
Vamos à sexta Bem-aventurança: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.”
Já começamos deixando bem claro que “puros” aqui não tem nada a haver com castidade, sem contato sexual, como muitos acham. Tem a ver com a pureza dos nossos pensamentos, sentimentos, desejos, das nossas emoções, palavras, obras, ações e dos nossos atos.
Como obtemos isso? Praticando os Ensinamentos Cristãos na nossa vida e fazendo os Exercícios Esotéricos noturno de Retrospecção e matutino de Concentração o mais preciso que pudermos, persistentemente. Um dos objetivos do Exercício Esotérico noturno de Retrospecção é “limpar” o Átomo-semente do Corpo Denso que está no coração.
O sentido do que é ser puro podemos ver no símbolo do Querubim, com a flor aberta colocada sobre a porta do Templo de Salomão, que transmitia a mensagem para o Aspirante à vida superior de que a pureza é a chave com a qual, por si só, ele pode ter a esperança em abrir a porta que conduz a Deus.
Os seres humanos que atenderam o evento a “Queda do Homem” – que já estudamos aqui e para quem não lembra indicamos esse capítulo no livro Conceito Rosacruz do Cosmos -Max Heindel-Fraternidade Rosacruz – e que, consequentemente experimentam a dor e o sofrimento não conseguem hoje ser um “puro de coração” (daí um motivo da necessidade de uma Escola de Preparação como a Fraternidade Rosacruz).
Pois isso aqui é um estado temporário, durante o qual vemos as coisas como através de um vidro embaciado. Já os irmãos e as irmãs que não atenderam a esse evento “Queda do Homem” já são os puros de coração e percebem Deus dentro e fora de si. Dentre esses seres humanos estão os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz.
A Significância Esotérica da sétima Bem-aventurança
Vamos à sétima Bem-aventurança: “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.
É comum interpretarem exotericamente essa bem-aventurança. Muitos a citam para exaltar os que se esforçam por estabelecer a paz e concórdia nos relacionamentos pessoais, dentro da família, nos relacionamentos no trabalho, em uma pendência jurídica e até estender a influência dessa Bem-aventurança à Nação e ao Mundo. E é aqui que somos induzidos a pensar que a paz é um estado passivo.
Na verdade, quando estudamos esotericamente, vemos que a paz é um processo ativo e dinâmico, muito mais bem compreendido em “exercer a paz”, manifestar a paz, “estabelecer a paz”. Notem: verbos de ação!
Só que para isso, a paz dinâmica e ativa deve vir de dentro de cada um, de acordo com o princípio esotérico: “Tudo vem de dentro para fora”.
Por isso que aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes que devemos ir da causa para o efeito. Afinal, como pode alguém dar o que não tem? Só consegue comunicar o que é e como obter a paz aquele que estabeleceu essa mesma paz primeiramente dentro de si.
A paz aqui é a “Paz de Cristo”, quando desenvolvendo o Corpo-Alma, começamos a trabalhar conscientemente nos Mundos das causas, nos Mundos espirituais.
E daqui já concluímos que o inverso é verdadeiro: todo conflito exterior nasce dos conflitos interiores. Afinal, como aprendemos quando estudamos no Evangelho Segundo S. Mateus, Cap. 12, Vers. 34 que “a boca fala do que está cheio o coração”.
Sejam os conflitos individuais, sejam os familiares, os dentro do ambiente de trabalho, os da justiça dos homens, nacionais como os mundiais, todos eles são resultados de conflitos internos não pacificados.
Os acordos externos, assinados pela Personalidade falsa, são instáveis como ela. São meros armistícios (repouso de armas), tréguas maiores ou menores entre duas guerras.
O que significa “filho de Deus” aqui? Não é ter sido criado por Deus, porque senão todos nós já estaríamos promovendo a paz, que não é o caso, não é? Pois bem, “filho de Deus” aqui é o ser humano que já alcançou o nível de ser “coroado com glória, honra e imortalidade, livre do poder do pecado, da doença e do sofrimento, que agora encurtam as nossas existências terrenas por causa da nossa ignorância e da inconformidade às Leis de Deus.”. Ao alcançarmos esse grau obteremos a Consciência cósmica.
E como se alcança esse grau? Sabemos que o propósito de Deus exige que alcancemos essa emancipação, mas essa emancipação pode ser alcançada por dois caminhos a nossa escolha: por meio do longo e tedioso processo da Evolução ou pelo caminho muitíssimo mais curto e rápido da Iniciação,
Só depende da nossa vontade em cooperar, muito bem simbolizado pelo Caduceu de Mercúrio!
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 7 a 9.
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 10 a 12
Introdução
Primeiramente vamos rever Algumas Advertências importantes quando estudamos a Bíblia por meio dos Ensinamentos Rosacruzes:
A Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios. Em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).
Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: “A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento”. E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia. Sem essa parte o seu crescimento espiritual está limitado e dificilmente trilhará o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Afinal, sabemos, pelos Ensinamentos Rosacruzes, que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação. O de São Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.
Trecho do Texto do Capítulo 5
10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim. 12Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.
Porque temos que estudar as significâncias esotéricas das Bem-aventuranças
As Bem-aventuranças também são conhecidas como Sermão da Montanha ou Sermão da Planície.
É fato que atualmente estamos muito longe do desenvolvimento previsto para nós no Plano Divino.
Éramos para estarmos vivendo conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, como muitos Auxiliares Invisíveis já estão (muitos parcialmente) e Irmãos Leigos e Irmãs Leigas, Adeptos e Irmãos Maiores já estão totalmente conscientes (funcionam lá e aqui quando precisam).
No entanto, a maioria de nós ainda vive conscientemente na Região Química do Mundo Físico, desde quando a atingimos pela primeira vez na segunda metade da longínqua Época Atlante (hoje estamos na Época Ária).
A coisa é tão cristalizada que muitos de nós acham que não existe outro lugar no universo, senão essa Região e tenta explicar tudo usando os materiais sólidos, líquidos e gases!
E mais ainda: poucos alcançaram o ponto de evolução no qual se vive totalmente de acordo com os Dez Mandamentos e, ainda têm apenas uma ideia do valor espiritual das Bem-Aventuranças.
Já na Era de Aquário, a próxima Era após essa que nós estamos, a Era de Peixes, para aqueles que já tiverem o Corpo-Alma suficientemente desenvolvido para viver conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico. A vida cotidiana será pautada tendo como base os Dez Mandamentos nos elevaremos a maiores níveis de desenvolvimento (ou seja: funcionamento conscientes em outras Regiões e Mundos) usando como estrutura superior as bem-aventuranças.
A Significância Esotérica da oitava Bem-aventurança
Vamos à oitava Bem-aventurança: “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus”.
O “por causa da justiça” aqui é tentar viver o Cristianismo esotérico como se deve viver na vida cotidiana, que é o que faz o Estudante Rosacruz, trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
A partir do momento em que ele pratica o “estar no mundo, mas não ser do mundo” (como nos ensina S. João em 15:19), passará por várias perseguições. Afinal ele decidiu assumir uma retidão na sua vida. Pois haverá claramente uma desarmonia entre as pessoas que “são do mundo” e o Estudante Rosacruz e tais pessoas sempre tentarão o atazanar, o excluir, o aborrecer e até o desprezar. Tudo isso são meios de perseguição.
Muitas vezes, o fato do Estudante Rosacruz não tomar bebida alcoólica, ou não comer carne animal, ou não fumar ou não usar drogas ou, até, não compactuar com falar mal dos outros é motivo de perseguição. E a perseguição é uma das provas mais sutis para o Estudante Rosacruz que vivencia os Ensinamentos Cristãos Rosacruzes.
Se estudarmos a Bíblia, veremos milhares de histórias de “perseguições” tanto físicas, como morais, já desde o início do Cristianismo. Ou seja, nunca foi e jamais será fácil ser Cristão. Se é difícil ser Cristão abraçando o Cristianismo popular (preconizado pelas Religiões Cristãs – católica e protestantes), é muito mais difícil então ser um Cristão esotérico (preconizada por escolas esotéricas como a Fraternidade Rosacruz).
Para a Fraternidade Rosacruz o que é o “Reino dos Céus”? É todo o Esquema, a Obra, o Caminho de Evolução no qual estamos inseridos.
E quando se diz: porque deles (os perseguidos) é o Reino dos Céus, está claro de que quem persiste em ser Cristão de fato, não desistindo e segue trilhando o caminho de realização espiritual Cristão, chegará o momento em que terão o conhecimento direto do que é o Esquema de Evolução. E isso nós já sabemos que é alcançado por cada uma das nove Iniciações Menores e por cada uma das quatro Iniciações Maiores.
A Significância Esotérica da nona Bem-aventurança
Vamos à nona Bem-aventurança: “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim”.
Ainda assim, enquanto as perseguições virem “de fora”, de pessoas ao nosso redor, até podem ser difíceis de suportá-las, mas não é mais difícil do que quando as injúrias, as perseguições, as mentiras e a maldade vêm de dentro de nós.
Nesses versículos estamos falando da luta entre o nosso “Eu inferior” – a nossa Personalidade os que muitos acham que são, especialmente a parte inferior do nosso Corpo de Desejos que contamina a nossa Mente concreta – e o nosso “Eu superior” – o que realmente somos, a Individualidade, o Ego que, tenta, por meio da Mente controla os seus Corpos, principalmente o Corpo de Desejos.
A nossa Personalidade é muito hábil para se justificar e guardar o prestígio dela. A Personalidade é ardilosa no refugiar-se em justificações. Gostamos de nos enganar e nos enfurecemos quando alguém nos desmascara. Podemos perdoar tudo: perda de bens, de amizades etc., mas nunca perdoamos a quem nos desmascare.
Há sempre uma grande dificuldade para admitirmos imparcialmente as próprias falhas, justificando-as com eufemismos curiosos, no esforço de “sermos bem-vistos pelos seres humanos”.
Sempre admite que tudo tem uma causa externa. As reações desagradáveis que provocamos nos demais têm, quase sempre, uma causa interna. O mal que vemos fora é, muitas vezes, um espelhismo. Se vemos ou suscitamos algo negativo, é sinal de que essa mesma falha se projetou de nós. Não atraímos tudo que queremos. Pois nada surge em nossa experiência, de bem ou de mal a não ser que algo semelhante, em nosso íntimo, o atraia. A luta só será ganha por nós, o que realmente somos, o Ego, a Individualidade.
Ser coerentes na reta justiça, sincero conosco mesmo, se admitimos os nossos defeitos e buscar incessantemente o arrependimento e a reforma íntima e pedir perdão, é uma tarefa difícil e muitos desistem.
As justificativas? Várias que podemos coletar: “preciso desse emprego…”, “preciso cuidar dos meus netos”, “meu filho ou filha ou pai ou mãe está doente e eu preciso cuidar”, “é por causa da minha esposa ou marido ou namorado ou namorado…”, “meu pai e/ou minha mãe se afastaram de mim…”, “meus filhos não querem mais saber de mim…”, “não tenho mais ‘amigos’…”, “o médico é que me mandou…”, “depois disso, perdi tudo…” e milhares de outras!
E só conseguiremos isso se priorizarmos a nossa Vida Espiritual. Façamos a pergunta a nós mesmos: “quanto tempo do meu dia eu me dedico a parte espiritual e quanto tempo eu gasto com os meus interesses materiais?”.
A Significância Esotérica do trecho: “Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.”
Para resolvermos essa grande dificuldade só há uma solução: o autocontrole.
Afinal, quanto mais alto aspiremos, maior a probabilidade de sermos mal-entendidos pelos demais (incluindo aqui como “demais”, como vimos, a nossa Personalidade). A nossa persistência, comprometimento, disciplina e fidelidade em cuidar da nossa parte espiritual como devemos nos levará à recompensa “nos céus”, ou seja, viver aqui como viver lá e isso só conseguimos com a construção do Corpo-Alma e o treinamento para saber como utilizá-lo. Esse é o grande resultado de persistir no trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Enquanto estamos vivendo aqui, precisamos de referências que nos confirme se estamos no caminho certo ou não. E aqui é nos apresentado a referência dos profetas.
Alguns exemplos:
Isaías foi perseguido até a morte por transmitir mensagens de punição e juízo para os pecados do povo, pelas injustiças que os que estavam no poder promoviam, pelo afastamento do povo de Deus.
Jeremias foi apedrejado e morto por seus conterrâneos por afirmar o afastamento do povo de Deus, a idolatria que imperava e as destruições que isso iria ocasionar.
Daniel foi lançado na cova dos leões por ordem do Rei Dario e saiu ileso de lá. A causa foi a inveja e o ciúmes de seus talentos.
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 10 a 12.
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 13 a 16
Introdução
Há uma pergunta que alguns Estudantes Rosacruzes fazem e que outros não fazem, mas “secretamente” – como se fosse possível – fazem e chegam a uma conclusão errada para a resposta:
Por que o Estudante Rosacruz deve estudar a Bíblia, usando os Estudos Bíblicos Rosacruzes?
A resposta correta é: Porque “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino” – os mesmos que nos ajudam a escolher o Panorama dessa Vida aqui, os mesmos que colocou na cabeça do espermatozoide do nosso pai atual o Átomo-semente do nosso Corpo Denso e no útero da nossa mãe atual a matriz do nosso Corpo Vital para que houvesse a fecundação e, consequentemente, pudéssemos ter mais uma vida aqui – “e que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.”
Portanto, o Estudante Rosacruz que não estuda a Bíblia, mas que insiste em repetir todas as vezes que oficia o Ritual do Serviço Devocional do Templo a frase acima está, isso sim, proclamando a sua ignorância para ele mesmo, como disse Max Heindel, não é?
Trecho do Texto do Capítulo 5
13Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que o salgaremos? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. 14Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte. 15Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo do alqueire, mas no candelabro, e assim ela brilha para todos os que estão na casa. 16Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem vosso Pai que está nos céus.
A Significância Esotérica de “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que o salgaremos? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.”
O sal era, até o início do século XX, um importante conservante alimentar. A tal ponto chegava sua importância, que foi até mesmo usado como forma de pagamento no período romano, sendo essa a origem da palavra “salário”.
Já o “…da Terra” significa que é algo enquanto estamos renascidos aqui na Terra.
Ou seja: quando estamos renascidos aqui procuremos ter o mais eficaz conjunto de veículos que podemos manter aqui, cuidando de cada um com toda a atenção. Afinal, sem boas ferramentas nenhum profissional consegue exercer com eficácia o seu ofício. E a Fraternidade Rosacruz ensina como fazer isso.
E soma-se a isso a dedicação exclusiva de cada um desses veículos em promulgar e vivenciar o Cristianismo, como nos ensinado diretamente por Cristo. Isso também a Fraternidade Rosacruz nos ensina como fazer.
Agora vamos ver, resumidamente, o que seria ter cada Corpo nosso na sua maior eficácia, enquanto estamos vivendo aqui.
Comecemos com o nosso Corpo Denso. Significa ter o Corpo Denso mais puro e próximo da perfeição que podemos construir e manter. Logicamente isso é resultado de muito renascimentos aqui não abusando dele. E, obviamente, um dos itens mais importantes aqui é a alimentação física. Alguns pontos principais nesse sentido: ser vegetariana, conter mais alimentos que crescem ao Sol e o mais orgânico possível. Já que tais alimentos possuem muito mais partículas envolvidas por Éter planetário e facilita o envolvimento da matéria de desejos mais pura do Mundo do Desejo (o Corpo de Desejos do Planeta Terra).
Pois como aprendemos na Filosofia Rosacruz, isso ajuda no desenvolvimento do Corpo Vital e do Corpo Desejos e esse acréscimo de desenvolvimento auxilia na manutenção e na repetição positiva no Corpo Denso. Ou seja: criamos aqui um ciclo virtuoso.
Agora vamos ver no nosso Corpo Vital. Significa ter o Corpo Vital mais puro e próximo da perfeição que podemos construir e manter; ou seja: quantidade de Éter Químico e de Vida a menor possível e quantidade de Éter Luminoso e Refletor a maior possível; com isso esses dois Éteres superiores se projetam muito além do nosso Corpo Denso matizando o nosso Corpo Vital em uma predominância de ouro-azul.
Agora vamos ver no nosso Corpo de Desejos. Significa ter o Corpo de Desejos mais puro e próximo da perfeição que podemos construir e manter. A desenvolver os vórtices como fontes de energia irradiante, e não redemoinhos, vivificando cada átomo do Corpo Denso. Ou seja, vórtices girando intensamente na mesma direção dos ponteiros de um relógio analógico, focando em um trabalho consciente no Mundo do Desejo, estendendo-se bem mais do que os 40 cm normal do Corpo Denso e com o total controle das nossas emoções, nossos sentimentos e desejos, matizados com cores delicadas de azul, rosa, verde claro e branco deslumbrante.
Por fim, vamos à Mente. Significa ter uma Mente mais pura e próxima da perfeição que podemos construir e manter. Já com a Mente abstrata sendo utilizada mais do que a Mente concreta tão pura ao ponto de se emancipar da escravidão do desejo e tendo acesso à Memória ou Mente Consciente, Subconsciente e Superconsciente.
A Significância Esotérica de “Vós sois a luz do mundo”
Agora ter eficácia nos veículos é necessário sim, mas não é suficiente para você ser um verdadeiro Cristão esotérico enquanto renascido aqui. É preciso desenvolver uma qualidade (latente em todos nós) a fim de conseguirmos utilizar toda essa eficácia. Afinal, um profissional precisa sim ter ótimas ferramentas, mas tem que ser capacitado para produzir no seu ofício.
E é aqui que entra a significância esotérica do “Vós sois a luz do mundo”. E essa qualidade latente que deve ser despertada, alimentada e utilizada é o que chamamos de Cristo Interno. Por meio dele é que nós, o Ego, nos fazemos totalmente consciente no Mundo Físico por meio da Mente. É por meio dele que prevalece nas nossas ações o nosso “Eu superior”, tendo o “eu inferior” totalmente sobre o domínio dele. É por meio dele que temos a total consciência aqui que somos um Espírito Interno.
E aqui cabe uma breve recapitulação: Nós somos um Ego, manifestado de forma tríplice e com uma relação o nosso Tríplice Corpo. Vamos ver como isso acontece: nas pessoas que vivem unicamente para a vida material (inclusive aquelas que “disfarçam” dizendo que “cuidam da parte espiritual”, só que não) o Cristo Interno está adormecido, em letargia.
Agora, quando se começa a trilhar o Caminho espiritual (em uma Fraternidade Rosacruz ou pelo caminho Místico em uma Religião Cristã) e se esforçar por viver uma vida pura, reta e de acordo com o escolheu nessa vida atual (lá no Terceiro Céu) – ou seja: cumprir o que prometeu a si mesmo, então, o Cristo Interno desperta e a medida que persistimos em trilhar o Caminho se alimentando espiritualmente ele vai crescendo e sendo a nossa diretriz.
Aos poucos vamos desenvolvendo os poderes latentes de cada Corpo e no Corpo Vital os dois Éteres superiores vão se separando dos dois inferiores, robustecendo o nosso Corpo-Alma e tornando-o de fato o radiante Vestido de Bodas para o nosso casamento místico: “Eu superior” com o “eu inferior”. Com isso aumenta a nossa consciência nas atividades nos Mundos espirituais, especialmente na Região Etérica, durante o sono, como Auxiliar Invisível e no Mundo do Desejo. Dentre outras coisas, isso vai nos capacitando a adiantar mais lições das próximas vidas aqui.
Somente assim podemos atender ao mandamento de Cristo: ser o Sal da Terra e ser a Luz do Mundo de fato, e não somente de boca.
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 13 a 16.
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 17 a 19
Introdução
Há vários motivos, todos importantíssimos, que faz o Estudante Rosacruz se aplicar nos estudos da Bíblia. E os Ensinamentos Rosacruzes ajuda muito a compreender os Ensinamentos Esotéricos contidos nesse importantíssimo livro.
Um dos motivos importantíssimos é que na Bíblia aprendemos o modo de ver a Missão do Cristo, que está muito bem detalhado na Bíblia.
Os nossos irmãos e as nossas irmãs que praticam o Cristianismo Popular aceitam que o Cristo veio e cumpriu Seu Plano Salvador num ministério de três anos entre nós. Depois nos deixou como paráclito, como consolador, o Espírito Santo, que nos preparará para a segunda Vinda, “nas nuvens”. Como não entendem o sentido profundo destas afirmações, revelam também sua carência.
Nós, que nos esforçamos para praticar o Cristianismo Esotérico, compreendemos que a realização Cristã é interna, pessoal, intransferível. Portanto, é fácil chegar à conclusão lógica que enquanto encararmos a Bíblia (particularmente o Novo Testamento) como algo externo, estaremos protelando nossa realização.
Lembremos aqui o ensinamento de S. Paulo foi bem claro: “Deveis inscrever as Leis na tábua de carne de vosso Coração”. Quando estudarmos tal Epístola isso ficará mais claro. Por enquanto aceite isso como um convite para que cada um de nós se esforce para que seja uma lei em si mesmo!
Outro motivo importantíssimo? “A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino” – os mesmos que nos ajudam a escolher o Panorama dessa Vida aqui, os mesmos que colocou na cabeça do espermatozoide do nosso pai atual o Átomo-semente do nosso Corpo Denso e no útero da nossa mãe atual a matriz do nosso Corpo Vital para que houvesse a fecundação e, consequentemente, pudéssemos ter mais uma vida aqui – “e que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.”
Portanto, o Estudante Rosacruz que não estuda a Bíblia, mas que insiste em repetir todas as vezes que oficia o Ritual do Serviço Devocional do Templo a frase acima está, isso sim, proclamando a sua ignorância para ele mesmo, como disse Max Heindel, não é?
Trecho do Texto do Capítulo 5
17Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento, 18porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só ‘i’, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado. 19Aquele, portanto, que violar um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino dos Céus. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus.
A Significância Esotérica de “Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento”
Ele estava apenas afirmando a condição das quatro Dispensações que estamos passando atualmente (aproveite e faça um exame de consciência sincero e veja onde você se encontra atualmente. Veja: não é onde você gostaria de estar, MAS onde você está expresso pelo seu modo de crer e de praticar sua crença).
Vamos, resumidamente, apresentá-las. Na Primeira Dispensação, por meio do medo e do temor, adoramos a Deus a Quem começamos a pressentir, e para agradá-Lo fazemos sacrifícios físicos (inclusive humanos), como fazem, por exemplo, os fetichistas atualmente.
Na Segunda Dispensação aprendemos a olhar a Deus como um Doador de todas as coisas e a esperar d’Ele benefícios materiais, agora e sempre. Sacrificamos por avareza (muitas vezes do nosso “melhor bem material”), esperando que o Senhor nos dê cem por um, ou para nos livrarmos do castigo imediato, como pragas, guerras, etc.
Na Terceira Dispensação aprendemos a adorar a Deus com orações e a viver a vida em bondade; a cultivar a fé num Céu onde obteremos recompensas no futuro, e a nos abster do mal, para que possa nos livrar do castigo futuro do Inferno.
Na Quarta Dispensação chegamos a um ponto em que podemos agir bem sem pensar na recompensa ou no castigo, simplesmente porque “é justo agir retamente”. Amamos o bem por ser o bem e procuramos ordenar nossa conduta de acordo com esse princípio, e sem termos em conta nosso benefício ou desgraça presente, ou os resultados dolorosos em algum tempo futuro.
Compreendamos que a Terceira e a Quarta Dispensações são conhecidas como Dispensações Cristãs, pois foram e estão sendo nos ensinadas por Cristo, sendo que a Terceira é preconizada por quem pratica o Cristianismo Popular e a Quarta é preconizada por quem pratica o Cristianismo Esotérico.
Já a Primeira e Segunda Dispensações são conhecidas como Dispensações Jeovísticas, pois foi nos ensinadas por Jeová, o criador de todas as Religiões de Raça.
Apenas para você ter mais parâmetros para se comparar: quando nós estávamos vivendo na longínqua Época Atlante (estamos na Época Ária) e conseguimos construir veículos como integrantes da Raça dos Semitas Originais chegamos à Segunda Dispensação pela primeira vez.
Se olharmos para nós e para o nosso redor (em todo o mundo, e pararmos de olhar só para o nosso umbigo, como muitos o fazem) conseguiremos identificar essas quatro Dispensações sendo vivenciadas por muitos irmãos e muitas irmãs, inclusive a Primeira e Segunda ainda. Senão por nós mesmos!
A Significância Esotérica de “passem o céu e a terra”
Aqui aparece nessa frase que estamos estudando: …porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só ‘i’, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado.
O que será que Cristo quis nos ensinar com “passem o céu e a terra”? Pois a frase nos informa que somente quando isso acontecer “tudo estará realizado”!
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que isso só acontecerá quando nos emanciparmos completamente pelo Amor. Aí sim nos elevaremos além da Lei, pois nos converteremos nós mesmos numa Lei. E aí surge outra pergunta? Quando isso deve ocorrer, com quem queira que ocorra? Hoje estamos na Era de Peixes que é uma das três Eras da Época Ária, que por sua vez é uma das sete Épocas pelas quais estamos passando e que ocorrem na metade da quarta Revolução do Globo D desse Período Terrestre. E, pasmem, ocorrerá na próxima Era, a Era de Aquário, a qual já estamos sentindo as fortes influências dela, pois estamos na sua “Órbita de Influência”. Graças a Deus muitos irmãos e muitas irmãs já chegaram lá e já se “converteram em uma Lei em si mesmo”.
A Significância Esotérica de “Reino dos Céus”
Resumidamente é: o Esquema de Evolução, o Caminho de Evolução e a Obra de Evolução no qual todos nós estamos inseridos e percorrendo, como peregrinos, longe do nosso verdadeiro lar.
A Significância Esotérica de ser chamado “pequeno” ou “grande” no “Reino dos Céus”
Aqui Cristo nos ensina que “quem violar um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo”. Esses são os nossos irmãos e nossas irmãs que lutam tão tenazmente para adquirir conhecimento como o avaro se esforça para acumular ouro; que não hesitam em usar qualquer meio, ou subterfúgio, para alcançar seu almejado intento – violam; que juntam e recolhem para si mesmo um vasto repertório intelectual. E isso consiste em atitude tão egoísta quanto a do avaro amealhando seu tesouro. Tal postura bloqueia, de fato, as portas que conduzem a uma sabedoria maior.
Esse irmão ou essa irmã será o “menor no Reino dos Céus”, ou seja, caminhará sempre pela dor, pelo sofrimento, hóspede constante no Purgatório e na Região Limítrofe e quiçá candidato a se perder nesse Esquema de Evolução indo para o cone sombrio da Lua!
Agora aquele que “que os praticar e os ensinar” são os irmãos e as irmãs que compreenderam a responsabilidade de viver os Ensinamentos Cristãos e levam esses ensinamentos aos outros por meio do exemplo nas suas vidas. Compreenderam e vivenciam diligentemente as oportunidades e as aproveitam, pois entendem que “a quem muito é dado, muito será exigido”. Esse irmão ou essa irmã será o “grande no Reino dos Céus”, ou seja, caminhará muito mais pelo amor e pelo regozijo de dever cumprido, hóspede cada vez mais raro no Purgatório, dificilmente visitará a Região Limítrofe e ao contrário de ir para um Campo de Desintegração como é o cone sombrio da Lua, se torna um candidato para habitar um Campo de Evolução mais avançado do que esse agora, o Campo de Evolução da Era de Aquário na Região Etérica do Mundo Físico.
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 17 a 19.
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 20 a 27
Introdução
Um fato atestado pelo próprio Max Heindel e relatado pela Augusta Foss Heindel foi que desde 1911 – e que está no prefácio do Livro Cristianismo Rosacruz –, quando os livros, livretos e folhetos de Max Heindel começaram a ser publicados, distribuídos e traduzidos para as mais diversas línguas pessoas de todas as partes, clamando e se interessando pelos avançados Ensinamentos Rosacruzes ou, como o são, Ensinamentos Cristãos redescobriram a Bíblia e vão se tornando convincentes das verdades da Religião Cristã por meio das explicações dos mistérios ocultos nas Sagradas Escrituras.
Apesar disso, há uma pergunta que vire e mexe surge, seja para quem está pensando em começar a trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, seja por quem já está trilhando: Por que o Estudante Rosacruz deve estudar a Bíblia, usando os Estudos Bíblicos Rosacruzes? A resposta correta é: Porque a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino – os mesmos que nos ajudam a escolher o Panorama dessa Vida aqui, os mesmos que colocou na cabeça do espermatozoide do nosso pai atual o Átomo-semente do nosso Corpo Denso e no útero da nossa mãe atual a matriz do nosso Corpo Vital para que houvesse a fecundação e, consequentemente, pudéssemos ter mais uma vida aqui – que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.
Trecho do Texto do Capítulo 5
20Com efeito, eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. 21Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; aquele que matar terá de responder no tribunal. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, terá de responder no tribunal; aquele que chamar ao seu irmão: ‘cretino!’ estará sujeito ao julgamento do Sinédrio; aquele que lhe chamar ‘Louco’ terá de responder na geena de fogo. 23Portanto, se estiveres para trazer a tua oferta ao altar e ali te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; e depois virás apresentar a tua oferta. 25Assume logo uma atitude conciliadora com o teu adversário, enquanto estás com ele no caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão. 26Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo. 27Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério. 28Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração.
Quem eram os fariseus e escribas no tempo de Cristo-Jesus
Os fariseus na época era uma das classes sociais existentes que gostavam de se mostrar, de serem vistos e saudados, dando valor somente as exterioridades. Eram hipócritas: por fora se apresentavam como uma pessoa, mas por dentro eram totalmente diferentes. Julgavam sempre ser melhores e superiores aos outros. Orgulhosos e sempre julgando os outros.
Já os escribas, alguns conhecidos como “doutores da lei”, pertenciam a uma classe jugada culta que copiavam os manuscritos. O problema: nem sempre conheciam a língua ou conheciam superficialmente. Assim “ajustava” os textos conforme o seu gosto ou o gosto dos outros. Achavam-se como os donos da verdade. Assim, fica claro com essas observações o que não ser. Aliás, o que seria “não entrareis no Reino dos Céus” aqui?
Nos próximos versículos veremos com alguns exemplos o que Cristo-Jesus quis nos ensinar quando, como estudamos na Reunião de Estudos passada, ele disse: “Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento…” no versículo 17.
A Significância Esotérica de “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; aquele que matar terá de responder no tribunal.”
Nessa passagem “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; aquele que matar terá de responder no tribunal…” já vemos a lógica aplicada nos Ensinamentos Rosacruzes se referindo a qualquer ser vivente quando Max Heindel confirma, dizendo: “Não podendo criar sequer uma partícula de barro, não temos o direito de destruir nem a forma mais insignificante.”
Imaginem então: aborto (igualmente injustificável, salvo nos casos de gravidez que periga a vida da mãe, inclusive na Fraternidade Rosacruz há muitas explicações que ilustra muitas consequências observadas nos Mundos invisíveis, de abusos neste campo, incluindo as parteiras e médicos ou médicas que se prestaram a esse fim, quase sempre para enriquecimento fácil, além é claro do “Destino Maduro” criado por esses, pela própria mãe e por todos os envolvidos); pena de morte (que destrói o Corpo Denso, mas liberta o criminoso no Mundo do Desejo); eutanásia (há sempre uma razão para que precisemos suportar quaisquer condições. Lá dentro do Corpo Denso estamos assimilando nossa lição, apesar das aparências – doença terminal, debilidade mental, anencefalia ou qualquer outra desculpa que se dá para praticá-la). Não temos o direito de impedir ninguém!).
E tudo isso se refere à Lei do Antigo Testamento! Pois Cristo dá alguns exemplos do que é “matar” uma pessoa, alertando que a causa ocorre nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo e, como o nosso pensamento-forma está dominado pelo desejo, na Região Concreta do Mundo do Pensamento. Ou seja: começa com o desejo, a emoção e/ou o sentimento.
Matamos até mesmo quando não esboçamos a menor reação externa. Do ponto de vista esotérico, isso é matar! E é aqui, agora, especialmente a partir da primeira vinda do Cristo que devemos nos precaver. Para compreendermos isso na sua plenitude é indispensável conhecermos o conceito completo das palavras que ele empregou. Infelizmente, a grande maioria de nós perdeu isso e banaliza o significado da maioria das palavras.
Por exemplo quando ele fala “cólera”, tal palavra carrega um monte de sentimentos, desejos, emoções sinônimos ou que precisa ocorrer antes de se expressar a cólera: inveja, ciúmes, egoísmo, inconformismo, poder de se achar maior, achar que está sendo injustiçado. E quando geramos desejos inferiores de cólera, nos vem a raiva, o ódio, o desejo de destruir, o desgosto, a mágoa, o rancor, a vontade de se vingar, o ressentimento, o não perdoar.
Ou quando se fala “cretino”, quando pensamos ou desejamos a alguém chamando-o disso, geramos desejos inferiores de afirmar que o irmão ou a irmã é imbecil, otário, parvo, tolo, idiota, inconveniente, que lhe falta inteligência ou delicadeza ou escrúpulos,
Ou quando se fala “louco”, quando pensamos ou desejamos a alguém chamando-o disso, geramos desejos inferiores de afirmar que o irmão ou a irmã tem problemas mentais graves, alienado, desprovido de sensatez, insensato, temerário.
E isso faz com que mudemos o nosso comportamento para com o irmão ou a irmã, maltratando, desprezando, amaldiçoando e matando aos poucos.
Sem falar que nos esquecemos do processo do “espelho”: o irmão ou a irmã prestando para nós o serviço de nos ver como realmente somos!
Obviamente há muitos outros modos de se “matar” uma pessoa: prisão ou perseguição psicológica, tirar as esperanças dela, cobiça, racismo e muitos outros.
Seja qual for Cristo aqui nos fornece o “processo” do que acontecerá: se o relacionamento com qualquer pessoa que você contatou ou conviveu não terminar com amor, então “o adversário te entregará ao juiz e o juiz ao oficial de justiça”, ou seja, quando morrer você acertará as coisas no Purgatório onde “responderá no tribunal”, “será julgado no Sinédrio”, “vai responder na geena de fogo”. E daí “será lançado na prisão”.
Ou seja: na próxima vida poderá vir com restrições, limitações, dificuldades a fim de tentar aprender novamente a “não matar”, e “dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”, ou seja, ficará nesse ciclo vicioso, garantido pela Lei de Consequência, que não há como escapar.
Agora, se você conseguiu terminar o relacionamento com amor então aplica-se também a Lei de Consequência resumida na frase da Fraternidade Rosacruz: “Lição aprendida…Ensino suspenso””.
A Significância Esotérica de “Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração”
Está bem claro que não se refere mais a somente ao adultério carnal que é como estava nos 10 Mandamentos. Afinal: “o que nós pensamos em nosso coração, assim é que somos”. Mas, por que a ênfase se dá justamente nesse assunto: adultério por meio do desejo sexual?
Porque está relacionado com o gasto da força criadora sexual (propriedade do Espírito Santo, pois é a mesma que nos torna criadores de fato aqui e nos Mundos suprafísicos) para a satisfação de desejos sensuais, egoístas, de posse, provocando um tipo de destino que não se pode expiar, apagar, se livrar por meio da Doutrina do Perdão dos Pecados, como nos ensinou Cristo.
Ou seja, é um gerador de Destino Maduro: deve ser pago por meio do sofrimento, da dor, da tristeza e, portanto, do atraso na nossa evolução.
Atualmente, é um dos maiores problemas que não nos deixa crescer espiritualmente, que ativa muitas das nossas doenças e enfermidades latentes e que é umas das causas principais de virmos com doenças mentais, como a oligofrenia e seu termo genérico idiotia ou má formação do cérebro ou da laringe, ou até das funções criadoras.
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 20 a 27.
Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 29 a 32
Introdução
Uma pergunta recorrente que surge dentro de muitos Estudantes: por que o Estudante Rosacruz deve estudar a Bíblia, usando os Estudos Bíblicos Rosacruzes?
A resposta correta é a que lemos todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo: porque a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino – os mesmos que nos ajudam a escolher o Panorama dessa Vida aqui, os mesmos que colocou na cabeça do espermatozoide do nosso pai atual o Átomo-semente do nosso Corpo Denso e no útero da nossa mãe atual a matriz do nosso Corpo Vital para que houvesse a fecundação e, consequentemente, pudéssemos ter mais uma vida aqui – que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.
Trecho do Texto do Capítulo 5
29Caso o teu olho direito te leve a pecar, arranca-o e lança-o para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado na geena. 30Caso a tua mão direita te leve a pecar, corta-a e lança-a para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para a geena. 31Foi dito: Aquele que repudiar a sua mulher, dê-lhe uma carta de divórcio. 32Eu, porém, vos digo: todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por motivo de ‘fornicação’, faz com que ela adultere; e aquele que se casa com a repudiada comete adultério.
Por que “lado direito” (“olho direito”, “mão direita”)?
Eis uma pergunta que nos intriga!
Há vários motivos, o mais aplicado nesse contexto tem a ver com Babilônia e Nova Jerusalém:
-Lado esquerdo do cérebro (ou Hemisfério cerebral esquerdo): comanda lado direito do corpo.
-Lado direito do cérebro (ou Hemisfério cerebral direito): comanda lado esquerdo do corpo.
Quando os Espíritos Lucíferos apareceram como “Dadores de Luz”, aquele que mostrou o caminho do conhecimento. Incitaram a nós a tomar em nossas mãos o domínio do uso da força sexual criadora. Incitaram – ou seja: tentaram – a nós a exercitarmos o egoísmo, a ambição, o abuso da força criadora e a conhecer a morte.
Criaram um ponto de contato – que eles tanto necessitavam para seu desenvolvimento. Esse ponto é o lado esquerdo, ou o hemisfério esquerdo, do nosso cérebro. Esse lado tende para o egoísmo. Aí está assentado os Anjos Lucíferos, aí está a Babilônia.
Por isso estudamos na Bíblia (p. exe. no Livro de Isaías) que Babilônia havia se convertido em uma abominação, e a chamavam de prostituta, provocando guerras, perturbações e desolações em todos os povos da Terra. O hemisfério cerebral oposto, direito, recebe o nome de “Nova Jerusalém”.
E agora, um ponto interessante para meditação: Babilônia (de Babel) significa “confusão”, e Jerusalém (Jer-u-salém) quer dizer “ali haverá paz”. Uma outra “Luz do Mundo”, um “Brilhante Luzeiro da Manhã”, a chamada Noiva. Também está sobre sete colinas. Mas não há nenhum rio fluente, e sim um Mar de Cristal. Tem como rei um outro dador de luz. É a cidade da paz, cujas portas nunca se fecham. Dentro dela está a Árvore da Vida. Não existe noite e nem iluminação externa. A luz é interior. Essa cidade não é uma cidade desse mundo, mas sim uma cidade que veio do céu. Estudamos isso na Bíblia (p. exe. no Livro do Apocalipse).
Sabemos que utilizamos muito pouco o hemisfério direito do nosso cérebro. Também sabemos que o coração está se movendo lentamente da esquerda para a direita. E, também, que se trata de um órgão que possui fibras musculares cruzadas, tipo este que está sob o controle da nossa vontade. Entretanto, não podemos controlá-lo…ainda. Aos poucos, com as nossas ações altruísticas, de serviço, de amor desinteressado, de Fraternidade Universal, de utilização apropriada da força sexual criadora estamos construindo mais fibras cruzadas no coração de modo que, a devido tempo, poderemos controlá-lo.
Quando isso ocorrer, poderemos recusar enviar o sangue para o Hemisfério Esquerdo de nosso cérebro, a Babilônia, a cidade de Lúcifer, cairá. Então, poderemos enviar o sangue para o hemisfério direito do cérebro teremos construído a Nova Jerusalém, a cidade da Paz (Jer-u-salém — ali haverá paz).
A Significância Esotérica de “Caso o teu olho direito te leve a pecar, arranca-o e lança-o para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado na geena.”
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que assim como o Espírito Santo é a energia criadora da Natureza, a força sexual criadora ou a energia sexual é seu reflexo em nós. Sabemos que o mau uso ou abuso desse poder é um pecado que não se pode perdoar, ou seja: deve expiar-se, com prejuízo da eficiência dos veículos, a fim de aprendermos que a força sexual criadora é santa. Ou seja: o abuso da força sexual, estimulado pelos Espíritos Lucíferos, deixa sequelas no corpo.
A função sexual tem seu lugar na economia do mundo. Quando empregada devidamente, fornece Corpos, fortes e cheios de saúde que o ser humano necessita para o seu desenvolvimento. Não há maior bênção para o Ego.
Quando, inversamente, dela se abusa, não há maior desgraça, se converte num manancial de todos os males, a verdadeira herança da carne. A perversão do amor (luxúria) é responsável por doenças e debilidades.
Por isso, o Método Rosacruz de Cura ensina a manter saudável o Corpo Denso. Somente um corpo são pode hospedar uma Mente sadia e um coração pleno de amor puro. A concepção sem mácula proporciona corpos cada vez mais puros e abrevia o advento do Reino de Cristo.
A função sexual tem por única finalidade a perpetuação das espécies e não a gratificação dos desejos sensuais, seja qual for o prisma pelo qual se examine a questão. O (a) pervertido (a) sexual, ou o (a) maníaco (a) sexual comprova a afirmação dos ocultistas de que uma parte da força sexual constrói o cérebro. Ele (ela) se converte em um (a) idiota, incapaz de pensar, porque exterioriza não somente a parte negativa ou positiva da força sexual (seja homem ou mulher), empregada normalmente pelos órgãos sexuais para a propagação, mas exterioriza também parte da força que, dirigida ao cérebro, o organizaria e tornaria apto a pensar. Daí as deficiências mentais que apresenta.
Se a pessoa se dedica a pensamentos espirituais, a tendência para empregar a força sexual na propagação é muito pequena. Qualquer parte dela que não use pode ser transformada em força espiritual.
Do que foi dito, agora podemos compreender a significância oculta da passagem: primeiro, já vimos que “geena”, aqui tem o significado de Purgatório.
Usar a visão para, por meio dela, alimentar desejos, emoções e/ou sentimentos que estimulem o gasto da força sexual criadora (energia sagrada do Espírito Santo) resulta, pela Lei de Consequência em um renascimento posterior onde a pessoa tenha problemas de cegueira e, como sempre, fruto de um Destino Maduro.
Afinal se você não usa um órgão como o olho para ajudá-lo a aprender por meio do discernimento, da observação e para que você “veja” – não só enxergue – as lições que têm que aprender para se desenvolver espiritualmente, que é de um modo ou de outro, a única razão, o único motivo de você renascer aqui, então para que ele lhe serve? Como na Natureza tudo que não se usa para o bem, se atrofia, o mesmo ocorrerá com o seu olho.
E o mau uso do olho será lhe cobrado no Purgatório e, como se trata de um pecado que não pode ser perdoado, na próxima vida aprenderá as lições que deveriam ser aprendidas por meio do sentido da visão, ou seja, pelo meio do “ver”, sem possuir esse órgão funcionando como se deve para promover esse sentido físico.
Ou seja, as dificuldades para aprender essas lições aumentarão e a sua força de vontade para aprendê-las deverá ser mais intensa. E vemos casos em que é realmente isso que ocorre: a força de vontade do irmão ou da irmã que não possui a visão, muitas vezes, é exemplar!
A Significância Esotérica de “Caso a tua mão direita te leve a pecar, corta-a e lança-a para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para a geena.”
Usar um membro para, por meio dele, executar os desejos, emoções e/ou sentimentos que estimulem o gasto da força sexual criadora (energia sagrada do Espírito Santo) resulta, pela Lei de Consequência em um renascimento posterior onde a pessoa venha sem esse membro e, como sempre, fruto de um Destino Maduro. Afinal se você não usa um membro, como a mão, para ajudá-lo a agir, fazer obras e/ou praticar ações para aprender as lições que têm que aprender para se desenvolver espiritualmente, que é de um modo ou de outro, a única razão, o único motivo de você renascer aqui, então para que ele lhe serve?
Como na Natureza tudo que não se usa para o bem, se atrofia, o mesmo ocorrerá com a sua mão. E o mau uso da mão será lhe cobrado no Purgatório e, como se trata de um pecado que não pode ser perdoado, na próxima vida aprenderá as lições que deveriam ser aprendidas por meio das ações, obras e dos atos utilizando esse membro, sem possuir esse membro.
Ou seja, as dificuldades para aprender essas lições aumentarão e a sua força de vontade para aprendê-las deverá ser mais intensa. E vemos casos em que é realmente isso que ocorre: a força de vontade do irmão ou da irmã que não possui um ou mais membros, muitas vezes, é exemplar!
A Significância Esotérica de “Eu, porém, vos digo: todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por motivo de ‘fornicação’, faz com que ela adultere; e aquele que se casa com a repudiada comete adultério.”
Ao contrário da ideia geralmente aceita nós, o Ego, somos bissexuais! Se fôssemos assexuais, o Corpo Denso (e o Corpo Vital) seria necessariamente assexual também, por ser um nosso símbolo externo.
Nos Mundos internos, nós, o Ego, nos manifestamos os sexos, diferentemente, como duas qualidades distintas: Vontade – força masculina, ligada às forças solares – e Imaginação – força feminina, ligada às forças lunares.
Até à Época Hiperbórea éramos bissexuais ou hermafroditas, ou seja: éramos capazes de exteriorizar de nós mesmos outro ser sem intervenção de qualquer outro. Por vários motivos, que podemos encontrar
estudamos nas nossas Reuniões Dominicais de Estudos de Filosofia Rosacruz, com base no Conceito Rosacruz do Cosmos, houve a necessidade de separação dos sexos, ou seja: quando nascemos aqui, passamos alterar nos renascimentos: ora como um ser masculino (externando mais a Vontade, como força masculina), ora como um ser feminino (externando mais a Imaginação, como força feminina). Isso aconteceu na Época Lemúrica. Ou seja, a partir de então cada um de nós, quando renascido aqui, teve de procurar a cooperação de outro que possuísse a parte da força procriadora que lhe faltava, a fim de criar um novo Corpo – para um novo irmão ou uma nova irmã que está ansioso e necessitado para renascer aqui – que ao longo dos Renascimentos, serviria também para cada um nós construirmos o Corpo para esse Renascimento futuro (melhor do que esse que temos agora).
Daqui já dá para deduzir o motivo único pelo qual “o homem deixará pai e mãe e se unirá à mulher e os dois serão uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne.”, como estudamos no Livro do Gênesis.
Foi por isso que os Anjos instituíram o matrimônio entre um homem e uma mulher como um Sacramento, onde havia o Rito sagrado da geração sob a supervisão deles, em grandes templos e em determinadas épocas do ano, quando as linhas de forças astrais estavam propícias para a propagação. O restante do tempo vivíamos juntos na perfeita felicidade paradisíaca do companheirismo. O parto, por conseguinte, era sem dor, e a enfermidade e a tristeza, que sentimos quando perdemos alguém a quem muito apreciamos, eram desconhecidas.
Quando, muitos de nós – atendendo as sugestões dos Espíritos Lucíferos – tomamos para nós as decisões de exercer a função criadora por prazer, sem levar em consideração os raios astrais, a morte se tornou presente e passamos a ter nossos filhos expressando dores e sofrimento.
Por essa razão, infelizmente, uma grande quantidade de casamentos (diferente até do que é um matrimônio, que é um Sacramento de fato) fracassa, no que se diz respeito a trazer a felicidade e a satisfação de alma que marcam o companheirismo verdadeiro de dois seres humanos.
Além disso, existe o incidente da dor do parto para piorar e aumentar o sofrimento do Ego que está construindo seu corpo sob condições pré-natais desarmônicas. Certamente, é um tributo muito pesado a se pagar pela ignorância da ciência estelar!
Pior ainda, na grande maioria dos casos em que as pessoas conhecem a Astrologia Rosacruz, quando são informadas ou conseguem se esclarecer sobre a sua situação real para tais casos, elas se recusam a considerar a voz de advertência, quando essa voz contraria seus desejos!
Ou seja, a maioria dos casamentos são realizados por vários fatores, como p.exe: atração física e/ou sexual, segundos interesses (econômico, financeiro), em alguns lugares ainda: para não ficar para titia ou titio; escapar de situações familiares indesejadas; para ser bom para as duas famílias; “ele é um ótimo moço ou ela é uma ótima moça”) e outros que nada tem a ver com as harmonias: física, moral e espiritual, os 3 requisitos necessários e suficientes para unir 2 seres no Sacramento do Matrimônio (e isso nada tem a ver com Religião, cerimônias, bençãos de ministros, pastores ou padres!).
Resultados: separações, manutenção do casamento por conveniência, vidas em discussões e desarmonias, “relação livre”, comodismo de um dos lados (com aniquilamento de realizações na vida, ou “o que vou fazer? Já estou velho ou velha para ficar sozinho ou sozinha”).
Assim, devido aos casamentos, na sua imensa maioria, não serem um Sacramento do Matrimônio ocorrem casos de plena astúcia, como vimos no estudo do trecho da Reunião passada e estamos lendo aqui.
Ah! Mas “Cristo Jesus só fala do homem para como a mulher!”. Pois é, na primeira vinda de Cristo a imensa maioria de nós que estávamos renascidos como homens, hoje estamos aqui renascidos como mulheres e vice-versa!
Continuamos aplicando esse comportamento? Ou aprendemos a lição de amor Crístico, praticamos o perdão (ensinado por Ele) e não precisamos mais passar por essa lição?
Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.
Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 28 a 32.
Julho de 1911
No mês passado, nós começamos a tratar com mais atenção a questão dos Sacramentos, e era minha intenção escrever sobre a Comunhão esse mês, mas o assunto se mostrou tão vasto que cobre praticamente tudo do Livro do Gênesis ao Livro do Apocalipse, além de uma quantidade de aspectos fisiológicos tais como a química do alimento e do sangue, também a atmosfera, etc. Além disso, está inseparavelmente conectado com a segunda vinda do Cristo. Isso necessitará mais tempo que eu posso dispender no início do mês, além desse assunto envolver várias lições. No entanto, eu pensei que é melhor não trabalhar com este assunto até o próximo mês, e nesse meio tempo eu decidi fornecer um material sobre isto no livro Os Mistérios Rosacruzes. Esse assunto está parcialmente coberto no capítulo intitulado: “O Mistério da Luz, Cor e Consciência”[1]. Você achará isso mais interessante e mais instrutivo.
Referente à lição do mês passado sobre o Batismo, você notará que longe de ser somente uma consequência do dogmatismo, geralmente atribuído ao Cristianismo popular, é o símbolo de uma condição que, na verdade, existiu no passado, quando a Humanidade era, verdadeiramente, uma fraternidade. É um fato da maior significância que até a primeira vinda do Cristo, a lei exigia um olho por um olho, um dente por um dente[2]; mas, antes d’Ele começar a pregar o Evangelho do amor ao próximo e o perdão para aqueles que transgrediram contra nós, Ele passou sob as Águas do Batismo e ali recebeu o Espírito Universal, que suplantará o egoísmo de hoje.
Assim, Ele se plenificou de amor e irradiava, naturalmente, esta qualidade, de uma forma tão natural como um fogão cheio de carvão em brasa irradia calor. Nós podemos pregar ao fogão eternamente que seu dever é aquecer, mas, se não o abastecermos com o combustível, ele permanecerá frio. Da mesma maneira, nós podemos pregar à Humanidade que devemos ser irmãos e que devemos nos amar uns aos outros, mas, até que nos ponhamos “em sintonia com o Infinito”, não podemos amar o nosso próximo, da mesma maneira que o fogão sem lenha ou carvão não produz calor. Como São Paulo disse: “Ainda que fale as línguas dos homens e dos Anjos, se não tiver amor, serei como o metal que soa ou como o sino que tine”[3].
O Batismo de Água se refere a uma condição passada, na qual éramos tão irresponsáveis como a criança que, atualmente, levamos à uma igreja; mas, o Batismo do Espírito é algo que ainda está por vir para a maioria de nós, e é nessa direção que devemos nos esforçar. Vamos dedicar uma especial atenção ao Capítulo 13 da primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios[4] durante o mês entrante. Vamos nos esforçar para praticar, em nossas vidas diárias, pelo menos uma das virtudes que, segundo disse São Paulo, conduzem à iluminação, para que possamos ver face a face as belezas dos Sacramentos, que agora vemos através de um vidro embaçado.
(Carta nº 7 do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: O Mistério da Luz, Cor e Consciência
“Deus é Luz” (IJo 1:5), diz a Bíblia, e nós não somos capazes de conceber uma analogia tão grandiosa e magnífica da Sua Onipresença ou do modo da Sua manifestação. Até os mais potentes telescópios fracassam em alcançar os limites da luz, embora nos revelem estrelas a milhões de quilômetros de distância da Terra, e podemos bem perguntar a nós mesmos, assim como o fez o salmista: “… Para onde fugir, longe da tua presença? Se subo aos céus, Tu lá estás; se me deito no Xeol (a palavra hebraica Xeol significa sepultura e não inferno), aí te encontro. Se tomo as asas da alvorada para habitar nos limites do mar, mesmo lá é tua mão que me conduz” (Sl 139:7-10).
Quando, na aurora do Ser, Deus-Pai anunciou A Palavra e O Espírito Santo se moveu sobre o mar da Matéria Virginal homogênea, as primitivas Trevas foram convertidas em Luz. Esta é, portanto, a primeira manifestação da Divindade e um estudo dos princípios da Luz revelará à intuição mística um maravilhoso manancial de inspiração espiritual. Como isso nos afastaria muito do nosso assunto, nós não entraremos aqui na elucidação deste tema, exceto para dar uma ideia elementar de como a Vida Divina energiza a forma humana e a estimula à ação.
Verdadeiramente, Deus é UNO e indivisível. Ele contém dentro do Seu Ser tudo o que é, como a luz branca inclui todas as cores. Mas Ele se manifesta de uma forma tríplice, assim como a luz branca é refratada nas três cores primárias: azul, amarelo e vermelho. Onde quer que vejamos essas cores, elas servem como um símbolo do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Esses três raios primários da Vida Divina se difundem ou são irradiados pelo Sol, produzindo Vida, Consciência e Forma sobre cada um dos sete portadores de Luz, os Planetas, que são chamados “os Sete Espíritos diante do Trono”. Seus nomes são: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno e Urano. A Lei de Bode prova que Netuno (nem Plutão) não pertence ao nosso Sistema Solar e o leitor está convidado a consultar a obra Astrologia Científica Simplificada (veja mais detalhe no Capítulo I do Livro Astrologia Científica e Simplificada-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz.), escrita pelo autor do presente trabalho, para a demonstração matemática dessa afirmação.
Cada um dos sete Planetas recebe a luz do Sol em proporções diferentes, de acordo com a proximidade deles da órbita central, com a constituição da sua atmosfera e de acordo com os seres em cada um deles, conforme o estágio evolutivo desses seres, caso eles tenham afinidade com um ou outro dos raios solares. Eles absorvem a cor ou as cores que lhes são harmônicas e refletem as restantes sobre os outros Planetas. Esses raios refletidos levam consigo um impulso da natureza dos seres com os quais estiveram em contacto.
Deste modo, a Luz e a Vida Divinas chegam a cada um dos Planetas, quer diretamente do Sol, quer refletidas pelos seis Planetas-irmãos, e assim como a brisa do verão que, tendo passado pelos campos em flor, leva em suas asas silenciosas e invisíveis a fragrância misturada de uma multidão de flores, assim também, as influências sutis do jardim de Deus nos trazem os impulsos reunidos de todos os Espíritos e nesta luz multicor nós vivemos, nos movemos e temos o nosso ser.
Os raios que vem diretamente do Sol são produtores de iluminação espiritual; os raios refletidos dos demais Planetas produzem o aumento da consciência e o desenvolvimento moral; os raios refletidos por meio da Lua produzem o crescimento físico.
Mas, como cada Planeta só pode absorver uma quantidade determinada de uma ou mais cores, de acordo com o estágio geral da sua evolução, assim cada ser aqui na Terra, que seja mineral, vegetal, animal e humano, pode absorver e assimilar somente uma determinada quantidade dos diversos raios projetados sobre a Terra. O restante não o afeta, nem lhe causa sensação alguma, do mesmo modo que o indivíduo totalmente cego não tem consciência da luz e da cor que existem em volta dele. Assim, cada ser é afetado distintamente pelos raios astrais e a ciência da Astrologia é uma verdade fundamental da natureza cujo conhecimento é de enorme benefício para se conseguir o crescimento espiritual.
Nos caracteres místicos de um horóscopo podemos aprender sobre as nossas próprias forças ou fraquezas e os meios mais convenientes para o nosso desenvolvimento, ou podemos conhecer as tendências daqueles amigos e amigas que vêm a nós como nossos filhos e nossas filhas e as faculdades neles latentes. Desse modo, saberemos claramente como cumprir nosso dever de pais ou responsáveis, reprimindo o mal antes que se manifeste e alimentando o bem, para que possamos estimular mais abundantemente as tendências espirituais das almas confiadas ao nosso cuidado.
Como já dissemos, o ser humano volta à Terra para colher o que semeou em vidas anteriores e para semear, outra vez, as novas sementes que proporcionarão experiências futuras. As estrelas são o relógio celeste que mede os anos; a Lua indica o mês em que as condições serão mais propícias para a colheita ou para a semeadura.
A criança é um mistério para todos nós; nós só podemos conhecer suas tendências à medida que essas, lentamente, vão se convertendo em características, mas, geralmente, é muito tarde para checar, uma vez que os maus hábitos já se formaram e a juventude já chegou para esses ser. Um horóscopo cientificamente levantado com relação à hora do nascimento indica as tendências da criança para o bem e para o mal e, se os pais ou responsáveis se dedicarem com afinco para estudar a ciência das estrelas, eles poderão prestar um serviço inestimável às crianças a eles confiadas, estimulando as tendências que tenham para o bem e reprimindo as inclinações para o mal, antes que estas se cristalizem em hábitos. Não pense que é preciso um conhecimento superior de matemática para levantar um horóscopo. Muitos levantam um horóscopo de uma forma tão complicada, com tanto receio e tanta “meticulosidade”, que ele se torna completamente indecifrável para eles ou para os outros, enquanto um simples horóscopo, fácil de ler, pode ser feito por qualquer pessoa que saiba somar e subtrair. Esse método foi cuidadosamente explicado no livro Astrologia Científica Simplificada (Astrologia Científica e Simplificada-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz.), o qual é uma obra de ensino completo sobre o assunto, ao mesmo tempo pequena e econômica. Os pais que anseiam profundamente pelo bem-estar dos seus filhos e das suas filhas deveriam se esforçar por aprender eles mesmos, embora a habilidade deles não se possa comparar com a de um Astrólogo mais experiente, o conhecimento íntimo da criança e de seus interesses profundos compensarão sobejamente a falta de competência, tornando-os capazes de penetrar mais profundamente no caráter do filho ou da filha por meio do horóscopo.
[2] N.T.: Ex 21:23 e Mt 5:38-42
[3] N.T.: 1Cor 13:1
[4] N.T.: O conceito da palavra caridade aqui é: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos por amor de Deus. “Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como um bronze que soa ou como um címbalo que tine. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, eu nada seria. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria. A caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais passará. Quanto às profecias, desaparecerão. Quanto às línguas, cessarão. Quanto à ciência, também desaparecerá.Pois o nosso conhecimento é limitado, e limitada é a nossa profecia. Mas, quando vier a perfeição, o que é limitado desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei homem, fiz desaparecer o que era próprio da criança. Agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora o meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido. Agora, portanto, permanecem fé, esperança, caridade, estas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade.”
“No Princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Esse é um versículo muito citado pelos estudantes de ocultismo, já que é um legado fundamental. No primeiro versículo do primeiro capítulo do Gênesis lemos que Deus criou os Céus e a Terra, e no primeiro versículo do primeiro capítulo do Evangelho de São João nos é informado o modo em que a criação se levou a cabo. Nos versículos posteriores do mesmo capítulo se nos diz que o “Verbo estava no princípio com Deus e que todas as coisas foram feitas por ele, e que n’Ele estava a vida e que a vida era a luz dos homens”.
Tudo o que encontramos no Universo existiu primeiro como um pensamento na Mente do Criador; isso se manifestou como o Verbo que é som rítmico. É esse som, o Verbo que constitui a vida dentro da forma.
Lemos também na Bíblia que o ser humano foi feito à imagem e semelhança de Deus e se esperamos ser como Ele, muito teremos que aprender. Agora somos ensinados em distintas formas. Vidas após vidas terão que aprender a ser criadores também. De modo que, depois de um período longo de tempo nos quais ganhamos em experiência, podemos esperar que sejamos criadores, diretamente por meio da palavra (Verbo) de nossa boca. A fim de que possamos levar a cabo essa instantânea criação, temos que aprender primeiramente a criar por outros meios. Isso é o que estamos tratando de fazer agora, quando trabalhamos na Região Química do Mundo Físico e usamos nossas energias para conquistar essa Região. No presente, com o pensamento e a Mente, o ser humano exercita seu poder somente sobre os minerais e por meio da química. Trabalha com eles e cria muitas ferramentas novas e concebe novas coisas para sua comodidade. Esse treinamento é essencial a fim de que possamos aprender a criar sem cometer erros e fazer as coisas bem-feitas desde o princípio. Quando criarmos por meio da palavra de nossa boca, será feito instantaneamente e tem que ser feito certo desde o princípio porque não há possibilidade de mudanças imediatas posteriores.
Dos instrumentos que o espírito possui, o mais importante é a Mente. Nos esforços do ser humano para ser um criador, a Mente é um instrumento especial. Quando nossa laringe for perfeita, algum dia, no futuro, seremos capazes de pronunciar a Palavra Criadora. Todavia estamos ainda muito longe disso, já que nossa Mente não pode dar-nos uma ideia clara do que é necessário para essa criação imediata. Nossa Mente ainda se encontra em seu estado mineral.
Existe ainda outro requisito mais importante antes que possamos começar a pensar em criar do mesmo modo que Deus o faz. O ser humano deve ser bom. Enquanto as ações do ser humano não forem governadas por seu coração, suas criações não serão dignas. No presente de nossa evolução, certamente, nossas criações são às vezes sem importância e às vezes maliciosas. Quando aprendermos a pensar retamente seremos capazes de conceber o verdadeiro, sem experimentar, e a seu devido tempo seremos capazes de pronunciar nossos pensamentos e cristalizá-los em coisas.
No passado, quando o ser humano era um ser espiritual e mais ligado ao seu Criador, era ensinado diretamente por seres Superiores. Usava, então, palavras formativas sobre os animais e as plantas. Quando a santidade houver novamente tomado o lugar do profano na linguagem do ser humano, ele voltará a ter o poder de usar a Palavra Criadora. Encontramos no livro Cristianismo Rosacruz esta citação: “Todas as coisas da Natureza vieram à existência por meio do Verbo que fez a carne (São João). O som, o pensamento falado, será nossa próxima força de manifestação, uma força que nos converterá em Homens-Deuses criadores, quando mediante nossa atual escola nos hajamos preparados para usar esse formidável poder em benefício de todos, sem ter em conta nosso próprio interesse”.
O ser humano é a única criatura sobre a Terra que usa as palavras. Muitos de nós não podem pensar ou formular pensamentos sem a ajuda das palavras. É quão preferível quando pensamos, expressarmos o correto significado do que queremos dizer, e quando falamos, sentimos que soa diferente do que queremos dizer. As palavras encerram pensamentos de um ser a outro e são as coisas mais humanas. As palavras também executam o valioso serviço de encarnar pensamentos de um período de tempo a outro, fazendo possível o escrever o registro de uma geração para outra, e, portanto, tornando possível a evolução.
A primeira vez que o ser humano primitivo usou a palavra foi no começo da Época Atlante. Foi, então, que a humanidade adquiriu um pouco de memória e com isso vieram os rudimentos da linguagem. Até aquela fase de nossa existência, o humano primitivo fez uso somente de sons, porém, agora as palavras evoluíram. O ato de pronunciar palavras era uma coisa sagrada para eles. As palavras constituíam a mais elevada expressão direta do espírito e nunca eram usadas levianamente. Esses seres humanos primitivos estavam mais próximos de sua fonte espiritual do que em épocas posteriores, e, portanto, constituíam ainda uma raça espiritual. Seus sentimentos como espíritos ainda tinham efeito sobre eles.
Quando os Apóstolos ficaram cheios com o Espírito Santo, no Dia de Pentecostes, seus Corpos de Desejos haviam sido purificados e lhes foi possível falar em distintas línguas, quando davam a sua mensagem a tantos que vinham ouvi-los desde distintos países nos quais se falavam linguagens diferentes. No futuro, quando a humanidade em geral houver se purificado suficientemente, todos os seres humanos serão capazes de se entenderem uns aos outros novamente. Nesse dia a separatista Consciência de Raça haverá sido dominada e a união com o Espírito Santo será um fato e as barreiras da linguagem deixarão de existir.
Copiando do livro Mistérios Rosacruzes: “Nas Regiões inferiores do Mundo de Desejo há as mesmas diversidades de língua que na Terra, e os chamados ‘mortos’ de uma nação se veem impossibilitados de conversar com aqueles que vieram de outro país. Assim, vemos que o conhecimento de várias línguas é de grande valor para os ‘Auxiliares Invisíveis’ dos quais falaremos depois, porque sua esfera de utilidade se amplia grandemente pela sua capacidade”.
Do modo em que usamos nossas palavras, a miúde causa incompreensão, porém, nas Regiões superiores do Mundo do Desejo essa confusão de linguagem não existe. Aí nossos pensamentos tomam formas definidas que se impregnam de cores que emitem tons que não são palavras, porém, que encerram certos significados que qualquer um pode compreender.
Os sons das palavras contêm um poder maravilhoso e as palavras corretas são verdadeiras, e, portanto, liberam ao que as pronuncia. “A Verdade vos libertará”. Palavras verdadeiras nunca são obstruídas pelo tempo nem o espaço. Elas chegam aos mais distantes rincões da Terra, e quando o que as pronunciou houver falecido e se distanciado da Terra para as mais altas esferas, as palavras que ele pronunciou poderão ainda ser ouvidas e inclinam as multidões pelo poder de sua força moral. De certa forma os Apóstolos estão pregando a mensagem de Cristo que ainda trazem bálsamo a este atribulado mundo.
Se nos déssemos conta do poder contido na palavra falada, então poderíamos, talvez, compreender ligeiramente a magnitude do Verbo de Deus. Quando Deus envia Seu poder na forma de som, é algo muito mais que isso, é o Fiat Criador. Quando em princípio reverberou pelo espaço e começou a criar as formas da matéria primordial, construindo mundos, se formou o nosso planeta. Quando passamos um arco de violino sobre a borda de uma placa de cristal, sustentando pó muito fino, podemos observar, em quase um minuto, sons sendo moldados em figuras geométricas.
O som do Verbo Criador ainda sustenta os corpos celestes em marcha em sua órbita e os impele para frente em sua marcha. O Verbo Criador continua produzindo formas de eficiência gradualmente crescente, expressando vida e consciência.
Quando houver sido pronunciada a última sílaba e houver ressoado a palavra completa, teremos chegado à perfeição como seres humanos. Então, será o final dos tempos, e com a última vibração da Palavra de Deus, os Mundos serão dissolvidos ao seu elemento original. Nossa vida, então, será una em Cristo com Deus, até que a Noite Cósmica – o Caos – haja terminado e despertemos de novo para fazer grandes coisas em um novo Céu e em uma nova Terra.
(Publicado na Revista “Serviço Rosacruz” maio/1981 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Podemos dizer, em tom de brincadeira, que no século XVIII, o Iluminismo, “as estrelas já não brilham”.
Esse é o título de um parágrafo do interessante livro: “Astrology: Proof by two” dedicado às estatísticas sobre gêmeos escrito, em 1992, por Suzel Fuzeau-Braesh, pesquisadora em biologia do CNRS.
A partir de 1710, não há mais edições de efemérides astrológicas. Para construir um gráfico, você terá que usar diretórios astronômicos.
No entanto, esse último dá as posições dos Planetas em um sistema de rastreamento vinculado ao equador celeste (ascensão reta e declinação) e não em relação à eclíptica (longitude e latitude celeste) como é necessário na Astrologia. A conversão de um sistema para outro requer conhecimento de trigonometria esférica. E, justamente, a maioria das pessoas que tem esse conhecimento não acredita mais na Astrologia.
Restará então uma vaga astrologia de almanaques que contribui para desacreditar ainda mais a Astrologia.
Diderot (1713-1784) escreve em sua Encyclopédie: “Hoje o nome de astrólogo tornou-se tão ridículo que as pessoas comuns dificilmente acrescentam qualquer fé às previsões dos almanaques”.
Henri de Boulainvilliers (1656-1722), historiador e filósofo, pratica a Astrologia e tenta defendê-la. Infelizmente permite-se prever que Voltaire (1694-1778) morreria aos 33 anos, o que lhe permitiu escrever, em 1757, com o seu humor habitual: “Tive a malícia de o enganar já há trinta anos, pelo que humildemente imploro perdão”.
Citemos os nomes de Cagliostro (1743-1795) e do misterioso Conde de Saint-Germain, considerados aventureiros pelos historiadores, mas que eram Iniciados e conheciam Astrologia.
Max Heindel nos diz em sua resposta à pergunta nº 69 (em “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Volume 2”): “Quando um Adepto cria um corpo é sempre com o objetivo de deixar o lugar onde ele está e iniciar uma nova missão em outro lugar. É por isso que a história nos fala de homens como Cagliostro, Saint-Germain e outros, que um dia aparecem em um determinado meio, fazem um trabalho importante e depois desaparecem”.
Na Pergunta nº 76, do citado livro, ele diz ainda mais claramente: “Eles eram Adeptos…”.
O Iniciado não deve ser confundido com o Conde Claude Louis De Saint-Germain (1707-1778), que foi Ministro da Guerra de Luís XVI entre 1774 e 1777.
Diz-se que o Iniciado “surpreendeu a corte de Luís XV com sua prodigiosa memória”; assim foi antes de 1774, ano da morte de Luís XV.
Max Heindel escreve, no capítulo XVII do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”: “Também podemos citar como exemplo histórico moderno o fato de que o Conde de Saint-Germain (que foi uma das recentes encarnações de Christian Rosenkreuz, fundador de nossa Sagrada Ordem) falou todas as línguas, de modo que todos com quem falava pensavam que ele era um de seus compatriotas. Ele também alcançou a união com o Espírito Santo”.
No final da sua resposta à Pergunta n°69, do citado livro, Max Heindel acrescenta, a propósito de Christian Rosenkreuz: “Diz-se que ele assumiu o corpo de uma dama da Corte de França antes da Revolução e que fez todo o possível para evitar essa catástrofe iminente, embora sem sucesso. Embora acreditemos que isso seja possível, só sabemos disso por boatos”.
Se for esse o caso, deve-se admitir que o conde de Saint-Germain, falecido em 1784, teria continuado sua missão na Corte em um veículo feminino apenas cinco anos antes da Revolução.
Na mesma resposta, Max Heindel diz que um Adepto sai do lugar onde se encontra quando constitui um novo corpo físico, o que pode parecer contraditório, porém, deve-se reconhecer que no caso do Conde de Saint-Germain, foi um caso de emergência, pelo que, excepcionalmente, foi feita uma segunda tentativa, por Christian Rosenkreuz, com o objetivo de evitar esse banho de sangue…
LEI DE BODE
Não se pode deixar o século XVIII sem abordar a lei de Bode, mencionada, por Max Heindel, no primeiro capítulo do livro “Astrologia Científica Simplificada” e no final do segundo capítulo do livro “Mensagem das Estrelas”.
Esse é um capítulo bastante longo porque teremos que considerar as descobertas de diferentes corpos celestes entre o século XVIII e o início do século XXI.
Em 1741, o filósofo alemão Christian Wolff (1679-1754) descobriu que as distâncias dos Planetas ao Sol seguem aproximadamente uma lei geométrica. Mas, essa aproximação é bastante grosseira.
Trinta e um anos depois, outro astrônomo alemão, Johann Daniel Tietz (1729-1796), que latinizou seu nome como era comum na época chamando-se Titius, melhorou essa lei da seguinte maneira: se multiplicarmos por 10, a unidade astronômica (distância média entre a Terra e o Sol), obtemos uma boa aproximação das distâncias médias dos Planetas ao Sol tomando para Mercúrio o número 4, para Vênus o número 7 = 4+3, para a Terra o número 10 = 4+6, para Marte: 16 = 4+12, para Júpiter: 52 = 4+48, para Saturno: 100 = 4+96.
Para quem não é alérgico à matemática, essa lei pode ser expressa da seguinte forma: 10di / d3 = 4+3(2^(i-2))
onde d3 designa a distância média Terra-Sol e di designa a distância média do i-ésimo Planeta do Sistema Solar ao Sol, sendo: “1” Mercúrio, “2” Vênus, “3” Terra, “4” Marte, “6” Júpiter, “7” Saturno.
Recorde-se que só conhecíamos seis Planetas naquele tempo e assinalamos que era necessário ir diretamente de 12 para Marte para 48 para Júpiter, em vez de 24.
Poderia haver um Planeta invisível entre Marte e Júpiter? Os astrônomos logo descobririam.
Em 1778, o diretor do observatório de Berlim, Jean Elert Bode (1747-1826) mencionou essa lei em uma de suas publicações. Acontece que três anos depois, Sir William Herschel (1738-1822) descobriu o Planeta Urano “por acaso”.
Ele estava engajado na Guarda Real Britânica como oboísta e só começou a estudar astronomia aos 28 anos.
Não tendo como comprar um telescópio, ele construiu um, muito mais eficiente, com as próprias mãos (a ampliação era de 200).
Em 13 de março de 1781, por volta das 23 horas, ele apontou seu telescópio na direção “certa” e inicialmente pensou que era um cometa embora não tivesse “aparência peluda” (ele anunciou como um “cometa careca” …).
Vários estudiosos (Brochart de Saron, Laplace, Lexell, …) provaram que era um Planeta. Bode notou que a distância média de Urano ao Sol correspondia bem à mesma lei e é por isso que essa lei tomou o nome de lei de Bode, apesar dos protestos desse último, a quem a lei foi indevidamente atribuída. Posteriormente, esse erro de nomenclatura foi parcialmente corrigido, pois foi acrescentado o nome Titius.
É usando a lei de Titius-Bode que se comprometeu a preencher a lacuna observada entre Marte e Júpiter. Já em 1786, o astrônomo francês Jérôme Lalande (1732-1807), empreendeu essa pesquisa, mas sem sucesso.
Você tem que cruzar o limiar do século 19 e ir para a Itália.
Essa lacuna entre Marte e Júpiter destacada pela lei de Titius-Bode foi preenchida em 1º de janeiro de 1801, no observatório de Palermo, na Sicília, por um astrônomo e monge beneditino chamado Giuseppe Piazzi (1746-1826).
Ele descobriu o maior dos asteroides, Ceres, cuja distância média do Sol corresponde à quinta posição na lei de Bode.
Em 1802, Pallas foi descoberto. Isso intrigou os astrônomos porque era surpreendente que dois Planetas orbitassem tão próximos um do outro.
O espanto aumentou ainda mais quando Juno foi descoberto em 1804 e depois Vesta em 1807. Não se tratava, portanto, de um único Planeta, mas de um conjunto de corpos, que chamamos de “asteroides”, localizados em torno da famosa “distância de Bode”.
Será necessário esperar até 1845 para descobrir um quinto asteroide chamado Astrée.
(de: Introduction: L’Astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
Verdadeiramente, Deus é UNO e indivisível. Ele inclui dentro de Seu ser tudo o que existe, assim como a luz branca encerra, dentro de si mesma, todas as cores. Mas, Ele parece tríplice em Sua manifestação, assim como a luz branca se refrata nas três cores primárias: azul, amarelo e vermelho. Onde quer que vejamos essas cores, elas simbolizam o Pai, o Filho e o Espírito Santo, respectivamente. Esses três raios primários da Vida Divina derramam-se ou são irradiados pelo Sol, produzindo Vida, Consciência e Forma sobre cada um dos Sete portadores de Luz, os Planetas, chamados “os Sete Espíritos diante do Trono”. Seus nomes são: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno e Urano. A Lei de Bode demonstra que Netuno e Plutão não pertencem ao nosso Sistema Solar. Apontamos ao leitor a obra “Astrologia Científica Simplificada”, escrita por Max Heindel, para a demonstração matemática dessa afirmação.
Cada um dos sete Planetas recebe a luz do Sol, em proporção diferente, de acordo com sua proximidade do globo central e a constituição da sua atmosfera; e os seres que habitam cada um deles, de acordo com seu estado evolutivo, têm afinidade com certos raios solares. Absorvem a cor, ou as cores, que lhe são correspondentes, e refletem o restante sobre os outros Planetas. Esses raios refletidos levam consigo um impulso da natureza dos seres com os quais estiveram em contato.
Assim, a Luz e a Vida divinas chegam a todos os Planetas, quer diretamente do Sol, quer refletidos pelos outros seis, semelhantemente à brisa do verão que tendo passado pelos campos em flor, leva em suas silenciosas e invisíveis asas a fragrância mesclada de uma variedade de flores. Assim também as influências sutis do Jardim de Deus nos trazem os impulsos reunidos de todos os espíritos, e nessa luz multicor “nós vivemos, nos movemos e temos a nossa existência”[1].
Os raios irradiados diretamente do Sol produzem a iluminação espiritual. Os raios refletidos dos outros Planetas servem para aumentar a consciência, produzindo desenvolvimento moral. E os refletidos pela Lua produzem o crescimento físico.
Como cada Planeta só pode absorver uma quantidade determinada de uma ou mais cores, de acordo com o estado geral de evolução ali prevalecente, assim também cada ser vivo sobre a Terra, mineral, vegetal, animal ou humano, pode absorver e assimilar somente uma determinada quantidade dos diversos raios projetados sobre o Planeta. O resto não o afeta nem lhe produz nenhuma sensação, do mesmo modo como o cego não é consciente da luz e da cor existentes por toda parte ao seu redor. Por isso, cada ser é afetado distintamente pelos raios astrais, e a Ciência da Astrologia é uma verdade fundamental da natureza, ensejando enorme benefício para o crescimento espiritual.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz em novembro/1975-Fraternidade Rosacruz-SP)
[1] N.R. At 17:28
1 – O SENHOR é o meu pastor, não me faltará.
2 – Deitar-me faz em verdes pastos guia-me mansamente às águas tranquilas.
3 – Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor de seu nome
4 – Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam.
5 – Preparas uma mesa perante mim na presença de meus inimigos; unges a minha cabeça com óleo; o meu cálice transborda.
6 – Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão por todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor para sempre.
Salmo 23:1-6
Temos a impressão de que esse Salmo foi escrito especialmente para nós que vivemos nestes dias de inquietação e insegurança, porque:
A Bíblia revela-se em seus verdadeiros significados por meio de sete chaves. Entretanto, neste trabalho vamos analisá-la por meio da chave astrológica, compreendendo que a palavra “Senhor” se refere à Lei Cósmica.
O SENHOR É O MEU PASTOR – A Lei Cósmica é o nosso Pastor ou a nossa Guia em nossa peregrinação através da matéria. Áries, “cabeça” do Círculo Zodiacal, é a primeira ou a maior das 12 Hierarquias Criadoras em virtude de se encontrar muito próximo à Luz, Deus, perdendo em glória apenas em relação ao Esplendor Central.
Apenas sabemos que esses Seres se identificaram como o Pai ou Princípio Vontade.
Para ajustamento de nossas vidas ao Plano Divino, torna-se necessário grande esforço, grande atividade anímica, porque o Corpo de Desejos é o elemento de ação com o qual nós contamos desde o tempo em que, por nossa própria iniciativa, nos propomos a dirigi-lo quando a Mente era apenas um germe. Não é, pois, de se admirar que nos deparemos com grandes dificuldades, devido a essa união do Corpo de Desejos – de ação e de emoção – com a Mente.
A realização da vida superior requer a separação desses dois veículos.
Adicionalmente, nos servirmos do cérebro para dirigir e operar em todas as funções corporais, porém apenas podemos usar algumas áreas cerebrais. Restam áreas não despertas, próprias de uma vida mais ampla que virá, depois de removermos as barreiras autocriadas.
NÃO ME FALTARÁ – Existe o suficiente para todas as necessidades, tanto de ordem material, como espiritual. Quando tivermos conhecimento dos mistérios e trabalharmos com eles, por meio do uso controlado das forças correspondentes que estão dentro de nós, superaremos todas as carências do amanhã.
Primeiramente, necessitamos estabelecer “internamente” a ordem e harmonia usando o pensamento e a palavra para criar apenas o que estiver tonalizado com a harmonia do Universo.
Nossa segunda necessidade é desenvolver a determinação, a constância necessária para manter nossos pensamentos até que o propósito seja cumprido. Touro reflete-se na laringe. Temos a palavra, então.
Quando admitimos que a laringe é um órgão criador, acautelamo-nos com nossas palavras, o nosso mais elevado privilégio. Lembremo-nos das palavras de Cristo “Toda palavra ociosa que o homem fala, terá que dar conta dela no dia do julgamento.” (Mt 12:36-37).
A Natureza não é pródiga em dádivas, mas quando nos conformamos com suas Leis, “NÃO NOS FALTARÁ”.
DEITAR-ME FAZ EM VERDES PASTOS – Somos levados ao campo da Mente e por isso ao Signo de Gêmeos. Ele é um Signo dual, expressa forma positiva e negativa, os polos do Espírito bem como contrastes expressos no plano físico da matéria.
Foram os Senhores da Mente que implantaram o germe mental na parte superior do Corpo de Desejos, criando uma união íntima entre ele e o poder emocional.
Gêmeos reflete-se em nosso Corpo Denso por meio dos pulmões que, ao se desenvolverem pelo aumento do oxigênio no sangue, torna possível à nós levá-lo ao íntimo dos nossos veículos e iniciar, assim, a expressão de Individualidade. Nós, o Ego, controlamos nossos veículos por meio do calor do sangue.
Jeová – o Espírito Santo –, o Senhor dos Espíritos de Raça, iniciou seu controle sobre nós por meio do ar que inalamos e o sangue que circula através dos pulmões.
Atingiu, assim, a evolução a sua mais elevada forma de contrastes. Começamos a gerar, levamos a nossa consciência para a nossa forma exterior.
Daí, então, nossa Mente embrionária, operando com alguma clareza, nos mostrou a nós mesmos como uma forma entre outras formas. Assim, o contraste entre as formas se tornou para nós um estado de separação, estado que em a Natureza não existe, e que se trata apenas de uma nossa ilusão mental. Eis que então o nosso maior problema é o de compreender a nossa unidade com todos no universo. Essa Unidade se revelará quando a Mente se espiritualizar por meio da nossa natureza emocional.
A Mente é a ferramenta, a razão, o archote por cuja luz nos ajusta os pequenos fragmentos da Verdade.
São Paulo, diz: “Agora conhecemos em parte, porém conheceremos com também somos conhecidos.” (ICor 13:12). Tal são os “verdes pastos” da Mente.
GUIA-ME MANSAMENTE ÀS ÁGUAS TRANQUILAS – Agora nos deparamos com o Signo de Câncer, cujos Querubins nos despertaram o Espírito de Vida, o segundo Aspecto da Divindade e a contraparte da Sabedoria ou do Princípio Materno de Deus.
Câncer, o segundo dos grandes Signos Maternos, é ativo na forma de colocar em ação o pensamento de Deus na substância física. Sob Touro a palavra criadora põe a vida em movimento rítmico, ao longo das linhas determinadas pela Vontade Divina. O princípio Materno em Câncer recebe e mantém o quadro vivente do Plano, como se estivesse refletido na superfície profunda e quieta da “lagoa”, imprimindo esse quadro vivente do Plano sobre cada semente de vida em cada forma na concepção, “cada uma em conformidade com a sua espécie”. Podemos realmente dizer que a “mãe Natureza” é o Signo de Câncer. Quando a operação das formas de Câncer é compreendida, entendemos o mistério da vida em si mesmo.
Presentemente podemos censurar os quadros que, diariamente, e passam através do nosso espelho mental, aceitando aquilo que é bom, acionando o poder criador de nossos corações a fim de que se manifeste em nossas vidas o mais prontamente possível. Também procuramos desenvolver a visão interna que nos proporcionará a simpatia que compreende, estimula e cura. O Princípio Materno de Câncer trabalha, nutre, bem como concebe. Reflete-se no estômago, preparando o alimento para a digestão, ao passo que nos seios provê a nutrição para o recém-nascido. A Luz rege o Sistema Nervoso Simpático que controla todas as funções involuntárias do Corpo Denso. A vida atual causa, em todos nós, quase que uma contínua tensão, produzindo contrações nervosas e musculares que interferem no fluir da força vital em todo organismo. Portanto, na preparação da meditação, acalmamos a Mente, relaxamos toda a tensão, abrindo as portas do santuário interno; mas também libertando, para mais grandiosas ações, as forças que sustentam nossos Corpos.
Compreenderemos então as palavras: Ele “guia-me mansamente às águas tranquilas”.
REFRIGERA MINHA ALMA – É no lar do Signo do Sol – representado em nossos Corpos Densos pelo coração – que temos a explicação dessa frase. Os Senhores da Chama, a Hierarquia Criadora de Leão, nos deram o germe do Corpo Denso e despertaram o nosso Espírito Divino, ainda em formação. Segundo os Ensinamentos Rosacruzes, o Sol é o símbolo mais aproximado que temos de Deus. É o Véu daquilo que está oculto. Por isso São João nos fornece uma melhor definição: “Deus é Luz, Deus é Amor” (IJo 1:5 e IJo 4;8) e penetrando o Universo com Sua Vida fluindo como uma corrente de fogo Vivo em toda a Natureza.
Ainda São João nos diz que “A vida era a Luz dos homens, e a Luz brilhava nas trevas e as trevas não a compreenderam.” (Jo 1:5). As trevas representam nossa Mente concreta, ligando-nos ao Mundo da forma.
Quando nossos esforços se encaminham penetrantemente em direção às trevas (o véu da matéria), apressamos a elaboração da Alma Consciente, a frutificação das experiências do Espírito relacionadas com o Corpo Denso.
GUIA-ME PELAS VEREDAS DA JUSTIÇA – Isso nós devemos aos Senhores da Sabedoria que no Período Solar nos deram o germe do Corpo Vital, atualmente composto de quatro Éteres, utilizados na elaboração da Alma Intelectual.
Mercúrio, o Mensageiro de Virgem e o Planeta da razão, nos ajuda a desenvolver, claramente, o discernimento necessário para analisar e classificar nossas conclusões. Por meio do discernimento os frutos da experiência são absorvidos, afetando decididamente o Corpo Vital, usado por nós como um departamento de compensação para todas as nossas atividades. Virgem tem seu reflexo no Corpo Denso por intermédio dos intestinos e de suas funções (os processos de seleção e de absorção). Pela ligação desse núcleo mental com uma forte devoção a ideais de pureza, de serviço e da verdade seremos levados a caminhos de real utilidade
POR AMOR DE SEU NOME – Pelo estudo do Plano Divino, o alvo essencial é o equilíbrio entre os polos positivo e negativo do ser. Entre o Espírito e a Matéria, a Vida e a Forma, entre o Criador e a Sua vasta Criação.
A confusão existente no mundo é um reflexo daquilo que criamos em nossa consciência. Agora, por intermédio dos Senhores da Individualidade, que nos deram o germe do Corpo de Desejos no Período Lunar, disciplinamos esse Corpo de Desejos e formamos a Alma Emocional. Vênus indica a parte vital desempenhada pelo amor e pela pureza na realização do equilíbrio simbolizado por Libra. Vênus é o salvador do bem, conservando-o para crescimento evolucionário. Repete-se em nosso Corpo Denso por meio dos rins, onde os elementos indispensáveis são conservados por meio da filtração da corrente sanguínea. Assim o Amor e a Pureza nos tornam aptos a joeirar o verdadeiro do falso, na Lei Cósmica por Amor ao Seu Nome.
AINDA QUE EU ANDASSE PELO VALE DA SOMBRA DA MORTE, NÃO TEMERIA MAL ALGUM – Sob Escorpião todo o trabalho requerido fundamenta-se na ligação de tudo aquilo que aprendemos durante a nossa peregrinação na matéria. Deparamo-nos aqui com o mistério da vida. Necessitamos de compreender que o Espírito “move-se sobre as águas do profundo” dentro de nós, vertendo através do canal formado por nossos desejos, criando em nós e em nossas vidas as condições correspondentes àqueles desejos. De acordo com as leis da vida, se harmonizará cada um dos departamentos do nosso ser nos tornando vitoriosos sobre a vida e a morte. Por meio de Escorpião temos a oportunidade de fundir nossas qualidades mediante a junção dos raios de Vênus (Touro) e Marte (Escorpião) pelo refinamento e redireção dessa grande força vital. Dessa forma, nossa consciência se desperta para o glorioso significado da vida, proporcionando-nos criar o “Novo Céu” e a “Nova Terra” para onde toda a Onda de Vida humana está se movendo.
TUA VARA E TEU CAJADO ME CONSOLAM – Em Sagitário, os Senhores da Mente mantêm a visão do nosso alvo diante de nós, com Júpiter dissolvendo as barreiras que levantamos ao redor de nossa consciência. São aquelas barreiras que nos mantêm confinados àquilo que está de acordo com nossos sentidos. Sagitário é o Signo por meio do qual o Fogo Criador do Espírito Santo flui para criar em nós a Mente superior – Deus-Mente – que, livre da escravidão das formas, se relaciona com as Leis e Princípios subjacentes em todas as formas, criando como Deus cria. O Espírito Santo procede da união do Pai (Princípio da Vontade) e do Filho (Princípio da Sabedoria). Daí ser a mensagem de Sagitário a de juntar os poderes da Mente e do Coração para que, assim, todos ascendam ao Trono de Deus. Impelida pelo trabalho de realização anímica, a Mente superior desenvolve-se para manter nossos veículos em grande eficiência, refletindo-se na espiritualização do Corpo Denso, do Corpo Vital e do Corpo de Desejos por meio da elevação vibratória de cada célula. Daí então a força criadora começa a fluir como ouro líquido, ascendendo lentamente em direção ao seu objetivo situado no cérebro, para aí acionar as Glândulas Endócrinas Corpo Pituitário (hipófise) e a Pineal (conarium ou epífise cerebral). O fêmur representa Sagitário no Corpo Denso, tornando possível a rapidez e a liberdade de ação. O movimento no Caminho da Iniciação é obtido por meio da Divindade interna.
PREPARAS UMA MESA PERANTE MIM NA PRESENÇA DE MEUS INIMIGOS – O pensamento é a semente e dele brota a ação e a manifestação. Um quadro mental na frente de Deus é a semente da qual surgiu todo o Universo, bem como todo o trabalho das inúmeras ordens de Seres de variados poderes para executar seu Plano. Nossa Onda de Vida particular é apenas uma definida parte do Plano de Deus como qualquer outra Hierarquia Criadora que nos precedeu na infindável procissão que se estende desde a argila até Deus.
A nossa parte não poderá ser cumprida eficientemente se não soubermos quem e o que somos, de onde viemos, porque estamos aqui e para onde vamos. Em Capricórnio temos a delineação completa do Plano. Saturno, mensageiro de Capricórnio, cuja força tem relação com o princípio e o fim da manifestação:
Estudando o Plano de Deus compreendemos que a forma deve ser usada somente para desenvolvimento da consciência e poder da chispa de vida interna. Capricórnio reflete-se em nossos Corpos Densos nos joelhos, funcionando como acomodações para o movimento, adaptável tanto mental como fisicamente.
Precisamos compreender a importância dos nossos Corpos, servos do Ego, que requer persistente concentração para o cumprimento do Plano de Deus. Assim procedendo superaremos o “eu inferior”.
UNGES A MINHA CABEÇA COM ÓLEO, O MEU CÁLICE TRANSBORDA – Em Aquário temos uma visão da Forma Divina em operação através das 12 Hierarquias Criadoras e Espíritos Planetários do nosso Sistema Solar. Operam como intermediários de Deus, como Fonte e Centro de toda a Vida, em “quem vivemos, nos movemos e temos nosso ser.” (At 17:28). Cada um tem uma parte de responsabilidade no desenvolvimento do Plano Divino, alcançando a unidade na diversidade, antes que possamos merecer a primogenitura como filhos de Deus.
Estamos no ponto mais crítico de nossa evolução, donos de uma vontade livre, de Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos fortemente desenvolvidos. Por meio dos Anjos, que é a Hierarquia de Aquário, fluem correntes do Amor Divino provendo nossas necessidades. As leis Cósmicas podem tornar-se conhecidas por intermédio de Saturno e de Urano, esse impulsionando-nos a investigar os segredos da Natureza e, também, nos levando à originalidade, estimulando o crescimento espiritual e individual.
Saturno, assistindo-nos, possibilita a coordenação dessas conclusões e de pô-las em prática. Se se tornam rígidas, Urano quebra-as. Saturno clama por justiça, ordem, dever e senso de responsabilidade. Por intermédio de associações, empenhados em esforços cooperativos, ascendemos pela influência de Urano ao altruísmo e, dessa forma, preparamo-nos para a Era de Aquário.
Necessitamos aprender a trabalhar em conjunto para um bem comum, desenvolvendo todos nossos poderes ao máximo, tal como fazem as células em nosso organismo físico (a unidade na diversidade). A coordenação dos movimentos está relacionada – em Aquário – com os tornozelos em nossos Corpos Densos.
Quando essa coordenação é usada na movimentação para frente, no sentido evolutivo, realmente podemos dizer: “Tu unges minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.”.
CERTAMENTE QUE A BONDADE E A MISERICÓRDIA ME SEGUIRÃO TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA E HABITAREI NA CASA DO SENHOR PARA SEMPRE – O Signo de Peixes revela, por intermédio das profundezas do misticismo, as sombras dolorosas que atraímos sobre nós em virtude do nosso rompimento com nossos guardiães espirituais, ao assumir a responsabilidade dos nossos atos. A Lei de Causa e Efeito se torna necessária porque frustramos a Lei Cósmica. Ao tomar conhecimento da conexão entre semear e colher, Peixes se torna o portão luminoso da libertação. O Dia da Libertação depende de nós. Podemos reclamar nossos direitos de primogenitura como filhos de Deus e enveredar pelo reto Caminho. Se assim fizermos, devemos passar pelo Tabernáculo no Deserto e, por meio da Iniciação, encontrar a Verdade que nos tornará livres.
Em relação ao Corpo Denso, os pés se relacionam com o Signo de Peixes representando a base que suporta todo o Corpo Denso. Assim, a influência de Peixes é o fundamento sobre o qual repousa nossa vida espiritual. É por meio da libertação que vem a compreensão, e certamente a bondade e a misericórdia nos seguirão todos os dias de nossas vidas e habitaremos na “casa do Senhor” para sempre.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – abril/1973 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Resposta: “Então alguns dos escribas e fariseus tomaram a palavra: ‘Mestre quiséramos ver-te fazer um milagre'”. (Mt 15:1)
“Esta geração adúltera e perversa pede um sinal; mas não lhe será dado outro sinal do que aquele do profeta Jonas. Do mesmo modo que Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no seio da terra. No dia do juízo, os ninivitas se levantarão com esta raça e a condenarão, porque fizeram penitência à voz de Jonas. Ora, aqui está quem é mais do que Jonas. No dia do juízo, a rainha do Sul se levantará com esta raça e a condenará, porque veio das extremidades da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Ora, aqui está quem é mais do que Salomão”. (Mt 12:38-42)
Cristo afirmou aos escribas e fariseus que “uma geração má e adúltera buscava um sinal, porém, nenhum lhe seria dado, senão o do profeta Jonas“.
Muita especulação tem sido feita e muitas controvérsias têm surgido em consequência dessa afirmação do Mestre; contudo, nos registros ocultos encontramos uma interpretação razoável.
Jonas significa pomba, o bem reconhecido símbolo do Espírito Santo. Durante três dias, correspondendo às Revoluções de Saturno, Solar e Lunar do Período Terrestre, bem como às “noites” que entre elas se intercalam, o Espírito Santo e todas as Hierarquias Criadoras trabalharam na “grande profundidade”, isto é, aprimoraram as partes internas da Terra e do ser humano.
Daí então a Terra emergiu de seu estado aquoso de desenvolvimento, durante a Época Atlante, para um estado gradativamente mais seco, mais luminoso, na atual Época Ária. Dessa forma “Jonas, a Pomba Espírito” consumou a salvação da maior parte do gênero humano.
Entretanto, houve uma época em que a natureza passional do ser humano tornou-se tão descontrolada, a ponto de engendrar sérias dívidas ante a Lei de Consequência, e que fatalmente incorreria num perigo quanto à estabilidade e equilíbrio do próprio Planeta. Por esta razão, Cristo iniciou um trabalho de auxílio à carente humanidade. Quando do Batismo desceu “como uma pomba” (não na forma de pomba) sobre o homem Jesus.
Como Jonas (a pomba do Espírito Santo) permaneceu três dias e três noites no Grande Peixe (a Terra aquosa), assim, o Cristo penetra anualmente no coração da Terra, atingindo-o no Solstício de Dezembro, todos os anos e permanecendo lá por três dias, proporcionando-nos o impulso necessário à jornada que abrangerá outras três revoluções no Período Terrestre. Ele está nos ajudando a eterizar a Terra, nos preparando para as futuras condições do Período de Júpiter.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – julho/1968-Fraternidade Rosacruz-SP)
Há milhões de anos atrás, um grandioso Ser solar que havia cumprido as Leis da sua esfera de ação com a máxima perfeição, tornou-se o Iniciado mais elevado da Onda de Vida dos Arcanjos. Esse Ser, chamado o Cristo Cósmico, funciona, normalmente, num veículo feito de substância do Mundo do Espírito de Vida, Mundo esse onde cessa toda a separatividade. Seu trabalho também se harmoniza e se relaciona com outros dois Grandes Elevados Iniciados de outras Ondas de Vida que também colabora com Deus na evolução criadora do Sistema Solar no Mundo de Deus.
No início da nossa jornada no Período de Saturno (o primeiro Período de um total de sete, que compõe o nosso atual Esquema da Evolução) foi fornecido o Átomo-semente do Corpo Denso, a nós, os Espíritos Virginais da Onda de Vida humana. Nessa jornada ou Esquema de Evolução, depois desse Período, passamos pelos Períodos Solar e Lunar e chegando ao início do Período Terrestre (o quarto Período). Lembramos, aqui, que cada Período é composto de 7 Globos e de 7 Revoluções em torno desses Globos de densidades diferentes. Nesse momento, nosso Campo de Evolução ainda estava no Sol. Com o tempo, verificou-se que o desenvolvimento desses Espíritos Virginais da Onda de Vida humana não acompanhava, com a mesma rapidez, os demais, atrasando a evolução do conjunto todo. Assim, os Planetas: Urano, Saturno, Júpiter, Terra, Marte, Vênus e Mercúrio foram expelidos do Sol, um a um, de forma a servirem de campo de atividades e evolução dos Espíritos Virginais em seus diferentes estados de desenvolvimento; cada um a distância exata necessária e com o tamanho e composições ideais para ser o melhor Campo de Evolução para cada grupo de Espíritos Virginais. Assim é que se formou o nosso Planeta, a Terra, separada do Sol, Campo de Evolução da nossa Onda de Vida humana.
A um certo tempo de evolução, já aqui no Planeta Terra, passamos a ser guiados e orientados pela terceira manifestação da Divindade ou o terceiro aspecto de Deus, nosso criador – o Espírito Santo, Jeová, o Iniciado mais avançado da Onda de Vida Angélica. É dele a autoria de todas as Religiões de Raça que serviu (e ainda serve, em algumas circunstâncias específicas) para nos conduzir a humanidade do Período Terrestre. Esse auxílio, prestado a toda humanidade nesta fase de desenvolvimento, teve a participação ativa de hostes de Arcanjos (como Espíritos de Raça) e Anjos (como Mensageiros e Anjos da Guarda) e foi prestado a partir de fora da Terra. Ou seja, foi necessário que as orientações para as nossas atividades na Região Química do Mundo Físico nessa época fossem dirigidas através de fontes exteriores.
Quando chegamos à metade quarta Revolução desse Período Terrestre, houve a necessidade de haver mais segmentações no nosso Campo de Evolução, a fim de facilitar a aprendizagem das lições que estavam reservadas para nós. Essas segmentações são chamadas de Épocas. Durante a Época Lemúrica e Atlante (a terceira e quarta das 7 Épocas, respectivamente) foi acrescentado um novo veículo em nossa evolução: a Mente. Também, foi na Época Atlante que surgiram, para nós, os seres atrasados da Onda de Vida dos Anjos, chamados Espíritos Lucíferos (ou Anjos Lucíferos ou, ainda, Anjos caídos). Eram atrasados porque não conseguiam evoluir no Esquema de Evolução dos Anjos sem a necessidade de um cérebro – tal como os Anjos que nunca precisaram de um – mas também não conseguiam construir um, já que, originalmente, os Anjos não necessitam. Naquela Época a nossa consciência ainda estava ligada aos planos superiores (ou seja: não estamos com a nossa consciência de vigília, focada na Região Química do Mundo Físico, como temos hoje). Os Espíritos Lucíferos sugeriram para nós que o cérebro era uma estrutura física, capaz de auxiliar-nos a entender como criar outros Corpos Densos, aqui nesse Mundo Físico, sem se sujeitar a direção de Jeová e dos Anjos (que era como era feito até então) e, assim, seríamos dono de nós mesmos e conheceríamos o bem e o mal.
Consequentemente, a grande maioria de nós (e não todos!) aceitou a sugestão e passou a viver dessa maneira: usando e abusando da força sexual criadora. Logo, derivando para ambições egoístas, aprendendo a mentir, a praticar a astúcia desenfreadamente, a desenvolver a vontade do “eu inferior”, a se revoltar contra os preceitos de Jeová. Sob a Lei de Consequência (ou Lei de Causa e Efeito) tivemos castigos severos por desobediência a essa Lei. Fomos divididos em Raças e essas em nações. A fim de entender que o “caminho do transgressor é sofrido” e nos dar a oportunidade da escolha, sempre que preciso, uma Raça era utilizada para guerrear contra outra: uma que obedecia aos preceitos do seu Senhor (Jeová) contra outra que insistia em não obedecer. E o objetivo aqui era que cada um controlasse o seu Corpo de Desejos.
Como quando o Átomo-semente da Mente foi dado a nós, estávamos acostumados a caminhar somente pelo desejo inferior (satisfazendo-o a qualquer custo e preço), então associamos a Mente juvenil um instrumento da natureza de desejos. Conclusão: facilmente a Mente se tornou um meio de justificar e arquitetar pensamentos que evidenciasse o nosso “eu inferior” (a Personalidade) e deixou de servir o “Eu Superior” (a Individualidade). Renascimentos e renascimentos aqui praticando o abuso da força sexual criadora, por meio de ondas de paixões, desejos inferiores, sensualidades, astúcias e mentiras nos assolou e criamos dívidas e mais dívidas de Destino Maduro (aquele que só há uma maneira de pagar: expiando). Até que a cristalização do nosso Corpo Denso (e a incapacidade do nosso Corpo Vital em vivificá-lo) se tornou de tal grau que quase não era possível evoluir nele; assim como a própria Terra – o nosso Campo de Evolução – foi-se cristalizando em grande intensidade até que surgiu o perigo de que toda a nossa evolução humana poderia chegar a um grau tão alto de cristalização que poderia surgir à segunda Lua da Terra!
Para evitar esta calamidade foi necessário um novo nível de ajuda espiritual que viesse até nós. Cristo, o Espírito do Sol, era o único que poderia nos ajudar, porque ele trabalha e domina totalmente a substância do Mundo do Espírito de Vida, o primeiro Mundo debaixo para cima onde cessa toda a separatividade, onde a fraternidade é um cotidiano, a partir do amor ágape – o amor verdadeiramente desinteressado e focado na divina essência do ser a que amamos. E isso foi feito por meio de um grande sacrifício cósmico. Ele, como qualquer outro Arcanjo, só conseguia construir, como veículo mais inferior, o Corpo de Desejos. Mas Ele precisava estar entre nós (viver o nosso dia a dia, para mostrar como a partir do nosso interior poderíamos sair dessa situação que nós mesmos nos colocamos), para sentir a dificuldade que estávamos sentindo e, assim, nos prescrever exatamente o que devíamos fazer para sair desse estágio perigoso. Assim, precisava se adaptar à existência material. Para isto teve que recorrer aos Corpos Vital e Denso de um ser humano. O mais indicado, pelo seu grau de evolução, foi o ser humano de Jesus. Ele cedeu, voluntariamente nesse renascimento, o seu Corpo Denso e o seu Corpo Vital à Cristo.
O Corpo Denso e o Corpo Vital de Jesus foram aperfeiçoados e sutilizados em sua juventude e até aos 30 anos de idade pelos Essênios, de forma a sintonizarem-se com as vibrações elevadíssimas para que mais tarde esses veículos pudessem ser cedidos por Jesus, no Batismo, a Cristo, quando as ligações entre o Corpo de Desejos de Cristo e os Corpos Denso e Vital de Jesus foram feitas. Esse foi o Seu primeiro passo do sacrifício cósmico: entrar nesses veículos (Vital e Denso). A dualidade deste maravilhoso “Ser” conhecido por Cristo-Jesus tornou-se única entre todos os Seres dos sete Mundos que compõe o universo. Só Ele possui os doze veículos que unem diretamente o ser humano no Corpo Denso a Deus. Ninguém melhor do que Ele podia compreender, com maior compaixão, a nossa posição e as nossas necessidades e nos trazer alívio total.
Nos três anos de seu ministério, Cristo-Jesus ensinou a verdadeira Religião Cristã Esotérica: a unificação futura de todos nós. O amor impessoal, focado na divina essência de um ser, e a Fraternidade Universal são os dois grandes mandamentos de Amor que constituem o alicerce imediatamente necessário à nossa evolução espiritual.
A Crucificação ocorreu no momento em que Cristo-Jesus deu o passo final e se tornou o Espírito Planetário da Terra. O sangue que jorrou da coroa de espinhos e dos ferimentos do seu Corpo Denso penetrou no Planeta Terra libertando Cristo dos veículos de Jesus e tornando-O o Espírito Interno da Terra. Nesse instante a Terra foi permeada com o Seu Corpo de Desejos que lavou os pecados do mundo, não do indivíduo. Assim, purificou o Corpo de Desejos que estava contaminado da Terra – o Mundo do Desejo –, libertando-a das influências negativas, inferiores e cristalizantes que se haviam acumulado e sendo tão nefastas para a humanidade. A partir deste momento, todos nós, com vontade e esforço, temos condições de purificar os nossos veículos e acelerar o nosso desenvolvimento espiritual – se quisermos –, pois foi possível o acesso a esta substância espiritual pura.
Devido a este extraordinário sacrifício, Cristo agora vive parte do ano limitado e oprimido na nossa Terra, aguardando o Dia de Sua Libertação. Esse tempo é marcado pelo Equinócio de Setembro quando Cristo toca a atmosfera da Terra e termina no Equinócio de Março, que marca o fim do trabalho na Terra voltando ao seio do Pai, para preparar o seu retorno no próximo ano.
Cristo sente todo ódio, raiva, egoísmo, astúcia, discórdia e todos os outros desejos, sentimentos e outras emoções, tomando os materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo, que nós geramos todos os dias. Mas, Ele recebe também uma extraordinária ajuda dos Irmãos Maiores que trabalha, diariamente, para transmutar todo o mal em forma de pensamentos, sentimentos, palavras, atos, obras e ações em fatores positivos através de Sua força de vida. Mesmo sabendo que a maioria de nós não está ciente deste trabalho, nós como Estudantes Rosacruzes devemos procurar não expressar estes desejos, sentimentos e outras emoções, tomando os materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo. Se não o fizermos aliviaremos o sofrimento do nosso Salvador Cristo e apressaremos a Sua libertação.
A nossa dívida com o Cristo é imensa, e se quisermos começar a saldá-la, mesmo que muito modestamente, comecemos a praticar na nossa vida diária o serviço amoroso e desinteressado, servindo a divina essência do irmão e da irmã que vive ao nosso lado, no nosso cotidiano, seja quem for. Assim teceremos o Corpo-Alma, o veículo que encontraremos com Ele na Sua segunda vinda e nos possibilitará dar o próximo passo para frente e para cima nesse Esquema de Evolução. A decisão é nossa!
“Que as rosas floresçam em vossa cruz”
Resposta: O evento que aconteceu no Dia de Pentecostes é uma das experiências mais gloriosas registradas na Bíblia. Foi uma Iniciação em grupo. Foi um Batismo pelo Fogo. Foi a efusão do Espírito Santo que eleva a consciência para um Plano de exaltada iluminação.
Os Discípulos encontravam-se em total harmonia. E a harmonia existente contribuiu para que a capacidade deles elevasse suas consciências a um Plano superior de unidade. É nessa fase da existência que se percebe como toda a vida é, ao mesmo tempo, inter-relacionada e interdependente. Cada um está em tudo e tudo está em cada um. Consequentemente, nessa fase são transcendidas todas as limitações de idioma. E assim é que os Discípulos falaram em outras línguas; isto é, línguas universais, pois o Espírito Santo lhes deu esse dom de expressão vocal.
O que Jesus experimentou na hora do batismo realizado por São João Batista, quando foi ungido pelo Espírito Santo, e o que Maria, a mãe de Jesus, experimentou nas horas de sua vigília de Páscoa foi o mesmo que os Discípulos atingiram no Dia de Pentecostes. Quando tal nível de Iniciação é alcançado, já não é mais necessário o renascimento, uma vez que as lições tão necessárias providas pela existência terrestre foram totalmente aprendidas.
(*) Pintura: The Pentecost – c. 1600 – El Greco (1541–1614)
(Do livro “Questions and Answers on the Bible” – Corinne Heline)
Que as rosas floresçam em vossa cruz