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06-Mês de Junho: Chegada do Senhor Cristo ao Trono ou Casa do Pai

Durante o mês de junho, Cristo torna-se um canal de radiações enviadas pelos Serafins, a Hierarquia de Gêmeos. É lá que o Cristo entra em contato com o Espírito Santo, o terceiro aspecto da Trindade. Uma das notas chaves de Gêmeos é ATIVIDADE; repare: é também uma das notas chaves do Espírito Santo. Por meio dessa atividade os Serafins transmitem, para baixo, os mistérios do Espírito Santo para o Signo oposto a Gêmeos, qual seja, Sagitário, os Senhores da Mente. Aqui, então, eles aguardam que o ser humano se desenvolva e se ilumine até o ponto onde ele seja capaz de compreender e aplicar os poderes do Espírito Santo em seu cotidiano. No momento, a humanidade só é capaz de absorver fracamente os mistérios relacionados com o princípio e os poderes do terceiro aspecto da Trindade.

Quando o Sol se eleva em direção ao seu ponto mais setentrional no céu em junho, ele transita pelo signo de Gêmeos, a constelação que define uma dupla impressão sobre o corpo-templo humano. Ele rege as dualidades do corpo: pulmões, ombros, braços e mãos, em particular. Ele também mantém o padrão cósmico do andrógino perfeito no qual as potências masculinas e femininas estão em equilíbrio. Isso é a realização dos Iniciados dos Grandes Mistérios de Cristo. Esta realização traz imunidade contra doença e velhice. E uma vez que a consciência permanece intacta, independente se esses Iniciados estão encarnados ou desencarnados, a morte como nós a conhecemos nunca é vivida por eles, porque a sua consciência está centrada na ininterrupta imortalidade.

O Solstício de Junho ocorre quando o Sol entra em Câncer (em torno de 21 de junho) e também está em sintonia com o princípio da fecundidade. É em obediência a este princípio ativo na natureza que as sementes irrompem em um ciclo de manifestação. Luz, liberdade e alegria são qualidades dominantes da temporada do verão. Consequentemente, muitas pessoas, em especial na Europa, observam esta época do ano com música, dança e festividades exuberantes.

Nos antigos Mistérios era celebrado como festa das colheitas. O exemplo literário mais conhecido dessas festas no Solstício de Junho é a obra Sonho de uma Noite de Verão de Shakespeare, um grande festival esotérico das fadas e dos silfos. A liturgia cristã associa este tempo ao festejo de São João Batista, o Precursor (24 de Junho), que antecede e anuncia o Solstício seguinte, o de Dezembro, ou o Natal do Cristo: daí as palavras de São João Batista: “Fui enviado adiante d’Ele” (João 3; 28) e “Ele há de crescer, e eu diminuir” (João 3; 30).

À medida que o Sol atinge o ponto mais alto de sua ascensão norte (N.T.: o ponto mais alto de ascensão norte é no Solstício de Junho: cerca de 23º 26′ – Norte; a linha imaginária conhecida como Trópico de Câncer), o Cristo também sobe para o reino espiritual descrito na Bíblia como o trono do Pai. Isso é conhecido na terminologia Rosacruz como o Mundo do Espírito Divino, a morada do Deus desse Sistema Solar.

Assim, o Espírito de Cristo chega ao Mundo do Espírito Divino, o Trono do Pai, a 21 de junho. E desse ponto Ele começa a sua descida, quando o Sol entra em Câncer. Ou seja: quando a Luz do Mundo, o Sol, entra em Câncer, em junho, o poder criador do último ciclo que deu vida à Terra foi gasto e, para renovar esta vida, que caso contrário se desvaneceria, o Sol precisa descer novamente.

(Você pode ter mais material para estudos em: Interpretação Mística do Natal; Interpretação Mística da Páscoa – Alegorias Astronômicas da Bíblia – Max Heindel; Os Solstícios e os Equinócios – António Macedo; O Maravilhoso Livro das Épocas – Vol. VI – Vol. VII – Vol. X – Corinne Heline)

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Pergunta: Como podem conciliar a declaração da Bíblia, ou seja, que José só conheceu Maria após ela ter dado à luz ao seu primogênito Jesus que foi concebido pelo Espírito Santo, com os Ensinamentos Rosacruzes que dizem que Jesus era o filho de um pai humano, José?

Pergunta: Como podem conciliar a declaração da Bíblia, ou seja, que José só conheceu Maria após ela ter dado à luz ao seu primogênito Jesus que foi concebido pelo Espírito Santo, com os Ensinamentos Rosacruzes que dizem que Jesus era o filho de um pai humano, José, e de Maria, sua mãe?

Resposta: Se procurarmos as genealogias de Jesus nos Evangelhos segundo São Mateus e São Lucas, verificaremos que o parentesco é traçado desde José até Adão, e nenhuma palavra encontramos a respeito de Maria. Como já o dissemos numa resposta anterior, um copista pode ter interpolado a passagem citada para provar o sentido materialista da Imaculada Concepção.

Contudo, se considerarmos a doutrina esotérica da Imaculada Concepção, tal suposição torna-se desnecessária.

Jeová, o Espírito Santo, o guia dos Anjos, aparece em várias partes da Bíblia como o dador de filhos. Seus mensageiros foram a Sarah anunciar-lhe o nascimento de Isaac; para Hannah anunciaram o nascimento de Samuel; para Maria anunciaram o advento de Jesus, cujos veículos (Corpo Denso e Vital) foram, posteriormente, dados ao Cristo. O poder do Espírito Santo fecunda tanto o óvulo humano como a semente do grão na terra, e o pecado original ocorreu quando Adão conheceu a sua mulher, contrariando a recomendação de Jeová.

Essa transgressão acarretou a marca do pecado sobre uma função sagrada, mas quando uma vida santa purifica os desejos, o ser humano se inunda com esse espírito puro e pode efetuar a função procriadora sem paixão. A concepção torna-se, assim, Imaculada. A criança que nasce sob tais condições é naturalmente superior, porque a concepção realizou-se como um rito sagrado de autossacrifício e não como um ato de autossatisfação.

(Do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Perg. Nº 106 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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Métodos práticos para obter êxito – baseados na conservação da força sexual

Métodos práticos para obter êxito – baseados na conservação da força sexual

É tão impossível alcançar um sucesso verdadeiro e duradouro sem viver em harmonia com as leis da vida, como é para o criminoso viver em paz na sociedade cujas leis ele desrespeitou. E, da mesma forma que ele é castigado, encarcerado e reprimido devido a seus hábitos predatórios, a natureza também nos castiga, encarcera e restringe quando desobedecemos às suas leis. Essa restrição se chama doença e é inimiga da felicidade, pois ninguém pode ser feliz, não importa quão rico seja ou que posição ocupe no mundo, quando se encontra fisicamente enfermo. Então, é preciso termos em conta que uma das condições vitais que deve ser adquirida pelo homem ou pela mulher que aspira a felicidade e o êxito na vida, em sua plenitude, é a saúde, incluindo o vigor, pois somente com boa saúde poderemos ser, suficientemente, otimistas, alegres e vigorosos para alcançar o sucesso que procuramos.

A Bíblia nos diz que a morte e a enfermidade vieram ao mundo por termos comido da “árvore do conhecimento” e ainda que, sob o ponto de vista materialista, isso possa parecer pueril, não desprezemos a história sem a estudarmos profundamente. Poderemos comprovar que se acha em perfeita harmonia com os fatos científicos mostrados atualmente. Consideremos, em primeiro lugar, o significado da árvore do conhecimento, por meio dos seguintes princípios: “Adão conheceu sua esposa e esta deu à luz a Abel”; “Adão conheceu sua esposa e esta deu à luz a Seth”, e as palavras de Maria ao Anjo: “Como poderei conceber, se não conheço nenhum homem?”. Por essas e por muitas outras observações semelhantes, se conclui evidentemente que a árvore do conhecimento era uma expressão simbólica do ato gerador. A humanidade foi, como diz a Bíblia, concebida em pecado e, portanto, sujeita à morte da qual não haveria maneira de escapar.

Devemos relembrar que a evolução é uma realidade na natureza; que o ser humano atual é o resultado de um passado distante e que o presente estado não é o ponto final de uma meta de perfeição, mas que existem maiores alturas à nossa frente. Assim, todos estamos em um estado de desenvolvimento perpétuo; não existem paradas ou descansos, pois o caminho é tão ilimitado como a idade do espírito. O que somos hoje é o resultado do que fomos ontem, portanto, o que seremos amanhã, dependerá do modo como utilizarmos, atualmente, as nossas faculdades. Examinemos, pois, o passado, para que, ao conhecermos o que temos sido, alcancemos um vislumbre do que haveremos de ser.

De acordo com a Bíblia, a humanidade foi hermafrodita antes de ser separada em dois sexos distintos como homem e mulher. Ainda temos entre nós hermafroditas que, como pensamos atualmente, têm essa formação anormal para provar a verdade dessa afirmação Bíblica; e fisiologicamente, o órgão do sexo oposto se acha latente em todos nós. Durante o período em que o ser humano esteve assim constituído, a fecundação devia ocorrer dentro de si mesmo; isto não difere muito do que sucede com muitas plantas hoje em dia.

Vejamos, segundo nos diz a Bíblia, qual o efeito da autofecundação nos dias primitivos. Existem dois fatos principais que são muito significativos: o primeiro, havia gigantes na Terra naqueles dias; o segundo, os patriarcas viveram centenas de anos; e essas duas características, grande desenvolvimento físico e longevidade, muitas plantas as possuem atualmente. O tamanho das árvores e a duração de suas vidas são fatos maravilhosos; elas vivem séculos, enquanto o ser humano vive um número reduzido de anos. Daí nos ocorre perguntar:  qual a razão da vida efêmera do ser humano e qual o remédio? Examinemos primeiro os motivos desta razão, e o remédio aparecerá.

É bem sabido pelos horticultores que as plantas param de crescer durante um florescimento muito prolífero. Uma roseira, ao florescer intensamente, pode morrer; por essa razão, o jardineiro sábio poda os brotos da planta para que a força se manifeste, parcialmente, em crescimento, em vez de dar somente flores. Desse modo, conservando a semente dentro de si mesma, guarda a força necessária para o crescimento e a longevidade. Esse é o segredo da altura e da longa vida das raças primitivas, como também é o segredo do tamanho e da longevidade das plantas atuais.

Que a essência criadora na semente é uma substância espiritual é evidente, quando comparamos a intrepidez e impetuosidade do touro e do garanhão, com a docilidade do boi e dos animais castrados. Além disso, sabemos que os libertinos e os degenerados se convertem em estéreis e fracos. Quando esses fatos se fixam em nossa consciência, não nos é difícil entender a verdade da Bíblia quando diz que o fruto da carne, que nos põe sob a lei do pecado e da morte, é antes de tudo e principalmente a fornicação, enquanto que os frutos do espírito, que conduzem à imortalidade, ainda segundo a Bíblia, são especialmente a continência e a castidade.

Consideremos também a criança e como a força criadora empregada internamente e para ela própria, produz um extraordinário desenvolvimento durante os primeiros anos, mas, na puberdade, o nascimento da paixão começa a dominar o desenvolvimento; então a força vital produz a semente com objetivo de alcançar o desenvolvimento e a expressão em outra direção, sendo que, desde aquele momento, termina o crescimento. Se continuássemos crescendo, como acontece na infância, seríamos gigantes, como o foram os divinos hermafroditas do passado.

A força espiritual gerada desde a puberdade e através da vida, pode ser usada com três propósitos: geração, degeneração ou regeneração. Depende de nós qual dos três métodos escolheremos; mas a escolha que fizermos terá uma influência importante sobre toda nossa vida, porque o uso dessa força não está confinado ao momento ou à ocasião em que é empregada. Abrange todos os momentos de nossa existência e determina a nossa atitude em cada uma das fases da vida entre nossos semelhantes; com a forma de como enfrentaremos os problemas da vida; se seremos capazes de agarrar as oportunidades ou as deixarmos escapar; se seremos saudáveis ou doentes; e se nós vivemos nossa vida com um propósito satisfatório; tudo isso depende da forma de usar nossa força vital. Esta força é a fonte de toda a existência, o elixir da vida.

A parte da força criadora que é legitimamente sacrificada, sobre o altar da paternidade e maternidade, é tão pequena que pode ser completamente desprezada nessas considerações. Não há razão, sob o ponto de vista espiritual ou físico, para que deva ser imposto o celibato em uma ordem religiosa, e nem essa imposição se encontra em qualquer passagem da Bíblia. A mera supressão da atração sexual não é virtude em si mesma; de fato pode até ser um vício muito sério, pois não há dúvida que milhares de pessoas que foram proibidas ou impedidas de buscar a satisfação natural, acabem caindo nos vícios mais inconfessáveis. Ainda que se abstenham do ato sexual, seus pensamentos serão de tal índole que as converterão em sepulcros caiados, horríveis por dentro, mesmo que externamente possam parecer puros e brancos. O próprio São Paulo, embora não na condição mencionada, disse: “É preferível se casar do que se abrasar”[1]; essa expressão natural é, de longe, preferível ao estado acima descrito.

Embora existam poucas pessoas que defendam o abuso da função geradora, existem muitos indivíduos que, mesmo seguindo os preceitos espirituais em outros aspectos, mantém a crença de que a frequente satisfação dos desejos nos prazeres sexuais não é prejudicial; e existem outros que julgam que esse ato é tão necessário como qualquer outra função orgânica. Isso está errado por duas razões: primeiro, cada ato criador exige e consome uma certa dose de força e o organismo deve ser reabastecido com uma quantidade extra de alimento. Isso fortalece e aumenta o Éter Químico. Segundo, como a força propagadora atua por meio do Éter de Vida, esse constituinte do Corpo Vital também aumenta a cada gratificação dos sentidos. Deste modo, os dois Éteres inferiores do Corpo Vital se fortificam dirigindo a força criadora para baixo, para satisfazer o nosso prazer; e as ligações assim formadas e que oprimem os dois Éteres superiores que formam o Corpo-Alma, vão se tornando mais compactas e mais poderosas com o tempo. Como a evolução dos poderes anímicos e a faculdade de viajar em nossos veículos mais sutis dependem da separação que se efetua entre os Éteres inferiores e o Corpo-Alma, é evidente que frustramos o objetivo que temos em vista, retardando o desenvolvimento pela satisfação da natureza inferior.

Se dirigirmos novamente nossa atenção para o jardim, obteremos uma demonstração palpável e luminosa dos resultados em seguir o conselho do Apóstolo, quando disse: “guardai a semente dentro”, considerando as qualidades das diversas variedades de frutas sem semente. As frutas sem semente são maiores e de um sabor mais agradável do que as que possuem sementes, porque naquelas toda a seiva é empregada com o único propósito de tornar a fruta deliciosa e suculenta. Similarmente, se nós, em vez de desperdiçarmos nossa substância, vivermos castamente e dirigirmos a nossa força criadora para a regeneração, refinaremos e eterizaremos nossos Corpos físicos, ao mesmo tempo que fortaleceremos nosso Corpo-Alma. Desse modo, poderemos materialmente prolongar a nossa vida e, como consequência, aumentar nossas oportunidades para o crescimento anímico e avançar no Caminho de forma mais marcante.

Quando tivermos compreendido que o sucesso não consiste em acumulação de riquezas, mas no desenvolvimento anímico, se tornará evidente que a continência é um fator importante para o êxito na vida.

[1] N.T.: ICor7:9

 (Publicado na revista Serviço Rosacruz de novembro/86)

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Vocês consideram a Doutrina da Trindade legítima? Se assim for como podem explicá-la?

Pergunta: Vocês consideram a Doutrina da Trindade legítima? Se assim for como podem explicá-la?

Resposta: Sim, de acordo com a Filosofia Rosacruz, a Doutrina da Trindade é um fato. Deus é Um, mas ao mesmo tempo Ele é Trino, incorporando o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou seja, os princípios da Vontade, da Sabedoria e da Atividade. Todos são um Poder Espiritual definido, intimamente relacionados, funcionando como uma unidade. Max Heindel em seu livro Coletâneas de um Místico nos dá informações esclarecedoras a respeito.

“O inspirado Apóstolo São João nos dá uma definição maravilhosa da Deidade quando diz: Deus é Luz! Daí o termo “luz” vem sendo usado para ilustrar a natureza do Divino nos ensinamentos Rosacrucianos, especialmente no que concerne ao mistério da Trindade na Unidade. Está claramente ensinado nas Santas Escritas de todos os tempos que Deus é uno e indivisível. Ao mesmo tempo, sabemos que a luz branca se refratando divide-se nas três cores primárias: o vermelho, o amarelo e o azul. Assim Deus aparece em um tríplice papel durante a manifestação, por meio do exercício das três funções divinas: a criação, a preservação e a dissolução”.

“Quando Ele exerce seu atributo de criação, aparece como Jeová, o Espírito Santo. Nessas condições Ele é o Senhor da lei e da geração, projetando o princípio solar fertilizante indiretamente através dos satélites lunares de todos os planetas, quando se trata de fornecer corpos para os seres evolucionários”.

“Quando Ele exerce o Seu atributo de preservação, com o propósito de sustentar os corpos gerados por Jeová, sob o domínio das leis da Natureza, surge como o Redentor, o Cristo, irradiando os princípios do Amor e da Regeneração diretamente para qualquer planeta onde as criaturas necessitem desse auxílio, livrando-as das malhas da mortalidade e do egoísmo, induzindo-as a praticar o altruísmo e a obter a vida infinita”.

“Quando Deus exercita o Seu Atributo Divino de dissolução, surge como “O Pai”, que nos chama, assim, de volta ao lar celestial, a fim de sejam assimilados os frutos da experiência e do crescimento anímico por nós entesourados durante o dia de manifestação. Este Solvente Universal, O Raio do Pai, é emanado do Sol Espiritual invisível”.

“Esse processo divino de criação e nascimento, de preservação e de vida, de dissolução e morte, e volta ao Autor do nosso Ser, pode ser observado em todas as partes, fazendo-nos reconhecer o fato de que são atividades do Deus Trino em manifestação”.

No livro “Maçonaria e Catolicismo” encontramos outras informações a respeito. Pondere o Estudante muito bem a relação do fogo com a chama; o primeiro jaz dormente, invisível em todas as coisas, e aceso em luz de várias formas: por um golpe de martelo na pedra, pela fricção de madeira com madeira, por ação química etc. Isso nos dá a chave da identidade do Pai, “a Quem nenhum homem jamais viu”, mas que se revela na “Luz do Mundo”, o Filho, que é o mais alto iniciado do Período Solar. Assim como o fogo invisível é revelado na chama, da mesma forma a totalidade do Pai está no Filho. São assim Um, como o fogo é um com a chama no qual ele se manifesta”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1971)

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Pergunta: Se o Espírito de Raça obedece ao Espírito Santo, como pode ser libertador?

Pergunta: O assunto Espírito Santo não está claro. A questão do Espírito de Raça não faz sentido na plenitude maior que é o Espírito Santo que liberta e, sendo assim, é superior à própria influência de Cristo. Como pode o Espírito de Raça ser libertador?

Resposta: uma coisa é o Espírito Santo – ele sim é libertador, pelas razões abaixo – terceiro Aspecto da Trindade Divina, cuja atribuição, nesse Esquema de Evolução, foi dada à Jeová, um Anjo, o mais alto Iniciado do Período Lunar. Nesse Período ele alcançou a competência de criar um Corpo com material do Mundo de Deus, daí a sua atribuição. Isso fica claro nos Diagramas 8 e 14 do “Conceito”.

O Espírito Santo não é separatista. É tão unificador quanto os dois outros aspectos, o Pai e o Filho. Afinal, só alcançaremos o Pai e o Filho, via Espírito Santo. Se esse fosse separatista, seria impossível.

Vejamos as razões para isso. Jeová se tornou especialista em Corpos feitos com material da Região do Pensamento Abstrato – onde atualmente temos um veículo: o Espírito Humano. Atualmente, também, é nesse veículo que temos o foco da nossa evolução, por isso lemos no “Conceito”: “como Egos funcionamos na Região Abstrata do Mundo do Pensamento” (veja o Diagrama 4 do citado livro). É nessa Região que estamos nos focando quando fazemos os exercícios esotéricos preconizados no Capítulo VIII do referido livro. Afinal sem “desgrudar” a nossa Mente do nosso Corpo de Desejos (o que fizemos erroneamente, quando ganhamos o germe da Mente dos Senhores da Mente, a humanidade em geral, entre a primeira e segunda metade da Época Atlante, conforme vemos no Capítulo IV e XII) não há como ter “pensamentos sem a contaminação do desejo”. E aqui o auxílio do Espírito Santo é fundamental. Seja para aprendermos a funcionar conscientemente na Região Abstrata do Mundo do Pensamento (a região das Ideias), seja para dominar o nosso Corpo de Desejos (a primeira ajuda que recebemos – de um total de 3 – para adquirirmos toda a experiência por intermédio dos nossos instrumentos, a fim de alcançar o objetivo desse trabalho que é a união com o Eu superior.

Essa primeira ajuda nos prepara para a união com o Espírito Santo. Sem essa ajuda não chegamos a união com Cristo (!) – veja mais detalhes no Capítulo XVII).

E é aqui que entram as Religiões de Raça, criadas por Jeová, o Espírito Santo, e conduzidas pelos Espíritos de Raça, uma das inúmeras atribuições de um grupo de Arcanjos competentes para esse trabalho.

Veja: isso foi necessário porque nós, seres humanos, precisamos. Não foi criado porque “alguém quis”.

Antes de ganharmos o germe da Mente, nosso Corpo de Desejos era extremamente forte e o seu uso e abuso destruía o Corpo Denso em uma velocidade muitíssima maior que atualmente. Quando ganhamos o germe da Mente e, por livre e espontânea vontade, a atrelamos ao Corpo de Desejos, a situação piorou enormemente.
Junte-se a isso a conquista da consciência de vigília e a nossa decisão de “tomarmos o rumo da nossa evolução” começamos a fazer o mal, não somente para os nossos Corpos, mas para outras pessoas, as destruindo, física, moralmente e até espiritualmente (mais detalhes sobre isso veja quando criamos corpos e vivemos a partir da 3ª raça atlante e mesmo no início quando vivemos como Semitas Originais, Capítulo XII).

Só com um foco na obediência e na consequência clara do que acontece quando fazemos o mal a alguém é que conseguimos entender e aprender que o caminho do transgressor é duro e sofrido. Esse trabalho de fora foi necessário para, por livre arbítrio, escolhermos o caminho do bem.

Infelizmente, muitos de nós, ainda traz as reminiscências desse modo de aprender dentro de nós (e “vivemos” no Espírito de Raça). Exemplos: espírito de família, patriotismo, grupos que se identificam como separados dos outros, tribos, nações e, ainda, raças.

O “caráter libertador” que o irmão aludiu ao Espírito Santo é correto. Afinal o Espírito Santo não é “o Deus de Raça”, Espírito de Raça, Religiões de Raça. Essas são algumas das atividades que o Espírito Santo exerce, quando uma onda de vida, exatamente como a nossa, precisa de lições fornecidas “de fora para dentro”, a fim de alcançar a libertação por meio do domínio das suas ferramentas, seus instrumentos, no caso específico, do Corpo de Desejos.

Uma vez nos libertado desse grilhão que nos aprisiona – não o matando, mas aprendendo a usá-lo da forma como se deve – aí sim podemos dar um próximo passo e usar a 2ª ajuda (veja mais detalhes no Capítulo XVII).
Afinal de contas: como construir um Corpo-Alma – constituído dos 2 Éteres Superiores do nosso Corpo Vital – se o nosso Corpo de Desejos exige que o Corpo Vital seja quase todo preenchido de Éteres Inferiores para manter a vitalidade do nosso Corpo Denso? É impossível, né?

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Uma Verdadeira Escola Espiritual

Uma Verdadeira Escola Espiritual

Muitas vezes, pode parecer a um investigador menos avisado, que a Fraternidade Rosacruz tem por escopo oferecer aos seus Estudantes o desenvolvimento de seus poderes “ocultos” e que, para tanto, irá lhes fornecer alguns exercícios “especiais”. Mas após um curto tempo, o suficiente para tomar contato com os ensinamentos da Escola podemos notar em seus semblantes a amarga decepção. Quanta ilusão traziam dentro de suas Mentes a respeito da Fraternidade! Poucos são os que compreendem que a missão de uma legítima Escola Espiritual é indicar a Via Libertadora que, desta vida de morte e pesares, conduz-nos à Vida brilhante, plena de liberdade.

Uma genuína Escola Espiritual nunca favorecerá um indivíduo, seja ele quem for, na realização de seus projetos mundanos, porque o Reino almejado por seus adeptos não é deste mundo (em grego a palavra é Kosmos, que significa: “ordem de coisas”).

O que a verdadeira Rosacruz pode ensinar ao iniciando é aspirar sinceramente por esta outra ordem de coisas e viver a vida consoante os ensinamentos recebidos. Somente no contato social, familiar, na própria vivência diária é que se torna possível um amadurecimento integral. Por isso a Fraternidade diz ao aluno: “Não fuja do mundo”. “Viva a Vida e aplique suas capacidades em favor da humanidade”.

“A Senda do serviço, do auto esquecimento, é a mais alegre, mais curta via para atingir-se a meta: Deus”.

Com um tipo imaturo, inapto, a Escola nunca poderá contar. Hoje ele poderá dizer aos quatro ventos que ama a Escola. Amanhã, porém, quando por força do próprio caminho no qual enveredou, lhe for pedido tudo, então reagirá de forma espantosa e recuará atemorizado ante a iminência do sacrifício próximo. Mas isso é natural, reconhecemos, pois, é próprio da natureza humana, quando ainda imatura, esse instinto de auto conservação. Assim, muitas vezes, a estória do jovem rico da parábola evangélica se repete.

Pode surgir a pergunta seguinte, então: “Como se desenvolve a vida do aspirante, dentro da Rosacruz? O que deve ele fazer para atingir esse estado ideal?”. Como anteriormente dissemos, as únicas coisas que deve fazer, são: ASPIRAR e VIVER A VIDA. O mandamento: “Aquele que quiser ser o maior dentre vós seja o servidor de todos”, lhe serve de guia. Atuando dessa forma, atrairá os elementos essenciais à construção de seu Corpo-Alma. Sob os auspícios do Campo formado pela Escola, verá seus poderes espirituais latentes desabrocharem-se dia a dia.

Diariamente a Escola lhe proporcionará o pão e o Vinho que alimenta a alma. Não o pão material ou o espírito do vinho fermentado “fora”, que produz a embriaguez e a loucura, mas o pão de vida, e o espírito fermentado “dentro”, o produtor de Sabedoria.

Estes pão e vinho lhe são dados na Antecâmara da Rosacruz. Com o auxílio da Hierarquia de Cristo e a força crística contida na energia solar, absorvida por uma Vida da aspiração, o candidato constrói seu corpo solar ou espiritual. Este é um verdadeiro Templo construído “sem ruído de martelo”.

Por aí, vemos o grande erro que se comete ao confundir-se a Fraternidade Rosacruz com uma escola de “magia”.

Há grande diferença entre Magia e magia. A sra. Blavatsky fez alusão a essa diferença, quando disse que, entre a Verdadeira Arte ou Arte Real e os artifícios ocultos, há uma longa distância. Os artifícios pertencem às pseudo-escolas espirituais que oferecem toda sorte de poderes e vantagens pessoais a troco de algumas moedas.

A Arte Real ou verdadeira Magia não pode ser vendida. Conhecê-la e aplicá-la requer total inegoísmo, completo abandono do “eu” ilusório, que deseja obter, dominar, brilhar, endeusar-se.

Segundo Paracelso, a sabedoria humana somente cria “sapos”, enquanto a Sabedoria Divina cria “lírios”. Em outras palavras poderíamos dizer: os artifícios causam sensação em toda parte, devido ao grande alarde que fazem os seus adeptos. São semelhantes aos sapos, muitas vezes mestres na magia negra, criaturas desprezíveis.

A Arte Real, porém, cria lírios, cheios de formosura, símbolos da pureza, deleite para os olhos cansados de ver tanta torpeza, tanto mal e tanta tristeza. Para o conhecimento da Verdadeira Arte é mister a Sabedoria Divina. Fique bem claro, porém, que, como Magia entendemos, como também o entendia Paracelso, O Espírito Divino ou Deus da Natureza.

A sabedoria humana atua na horizontal e pode, por meio de artifícios, obter algum resultado, mas este será também horizontal. Somente Divina Sophia pode rasgar verticalmente o luminoso caminho rumo ao Infinito, à Liberdade dos Filhos de Deus.

Portanto, tudo se resume no seguinte: A Fraternidade Rosacruz não oferece ao aluno um céu remoto, que pode ser conseguido por meio de artes mágicas ou então um despertar súbito dos poderes esotéricos latentes. Ensina sim, a buscar primeiramente o Reino dos Céus e Sua Justiça, porque, o resto, virá por acréscimo.

O desenvolvimento de tais poderes advirá como consequência lógica do trilhar o Caminho da Libertação. Isto equivale a dizer que a Rosacruz não faz um fim daquilo que é um meio. Esses poderes são, quando desabrochados, marcos indicadores de que estamos no Caminho. E como tais, deverão ser deixados para trás a cada passo que dermos em busca de coisas maiores.

Se, porém, nos deixamos entreter pelas fontes e pequenos poços em meio do caminho que nos leva ao cume da montanha, acabaremos nos esquecendo que nossa meta é o Grande Manancial donde jorram Águas Vivas.

Por isso dissemos que, para ser aluno da verdadeira Rosacruz, isto é, dos Irmãos Maiores, é necessária maturidade. E isto somente o tempo e as experiências podem trazer. A maturidade dá o necessário discernimento para distinguir-se o falso do verdadeiro, o certo do errado, o essencial do supérfluo.

O aluno nestas condições encontra-se apto a conhecer a diferença entre a Verdadeira Arte e os artifícios.

Consequentemente não mais se contentará com os mãe-pastos, as comidas dos porcos. Por isso, levantar-se-á e irá para seu Pai, conforme a parábola evangélica do Filho Pródigo. E para este retorno, o que necessita não são alguns “exercícios ocultos”, algumas práticas mágicas ou algum outro artifício. Estes, não acrescentam um átomo sequer ao Templo da Alma. É o toque da força espiritual da Escola, do Espírito Santo prometido pelo Senhor que, numa apoteose semelhante a Pentecostes acende o Divino Fogo Regenerador em seu ser, fazendo de sua alma uma virgem. O pão e o vinho ofertados na Antecâmara lhe servem de alimento durante a jornada. Entretanto, tudo isso requer pureza moral e total dedicação de sua personalidade ao serviço» da Grande Obra. Tal dedicação demonstra-se na vida diária do discípulo. O intenso desejo de servir a humanidade doente e moralmente abatida deve ser sua tônica constante.

Concluindo: a Senda Rosacruz nada oferece além daquilo que o próprio aspirante possui e seja suscetível de despertamento. Por outro lado, exige tudo do discípulo. Na brilhante obra “Iniciação Antiga e Moderna” encontramos o seguinte: “Devemos estar preparados todo instante para obedecer ao Cristo Interno quando nos disser: Segue-me… porque, sem este abandono decidido e completo de tudo na vida pela Luz, pelos propósitos superiores e espirituais, não pode haver grande progresso nesse caminho de perfeição”.

E concluímos, ainda, com as palavras da citada obra: “Da mesma forma como o Espírito Santo desceu sobre Jesus ao sair da água batismal da consagração, assim também o maçom místico que se banha no Lavabo do Mar Fundido, começa a ouvir debilmente a voz do Senhor dentro de seu coração, ensinando-lhe os segredos da Arte que deve usar para o benefício de seus semelhantes”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – 9/72 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Anjos: pertencem a uma corrente evolutiva anterior, e foram “humanos” em um renascimento prévio da Terra, chamado o Período Lunar. Pertencem a uma corrente de evolução tão diferente da nossa

ANJOS – Os Anjos pertencem a uma corrente evolutiva anterior, e foram “humanos” em um renascimento prévio da Terra, chamada o Período Lunar pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz. Sendo os Anjos a “humanidade do Período Lunar” pertencem a uma corrente de evolução tão diferente da nossa, como o são os espíritos humanos com os dos animais atuais. Tal como nós construímos nossos Corpos com partículas químicas da terra, assim os Anjos constroem os seus com Éter. Os Anjos estão perfeitamente experimentados para construir o Corpo Vital porque no Período Lunar, em que eles atravessaram a fase humana desse Esquema de Evolução, o Éter era o estado mais denso da matéria. Devido a essa capacidade são os instrutores apropriados dos seres humanos, animais e vegetais com respeito a suas funções vitais: propagação, nutrição, etc. Os Anjos ajudaram os seres humanos a propagar-se e também a construir um cérebro físico. Eles dirigiram a expressão física do amor dos seres humanos e o guiaram através das emoções de uma maneira amável e inocente, salvando assim o ser humano da dor e sofrimento acidental que o exercício das funções sexuais poderiam produzir fazendo sem sabedoria. Se esse regime tivesse subsistido, o ser humano seguiria sendo um autômato guiado por Deus, e nunca se haveria em uma personalidade, um indivíduo. O que se tem convertido em indivíduo foi devido a uma classe e entidades chamadas Espíritos Lucíferos. Tudo quanto se relaciona com a propagação da raça e do nascimento foi executado baixo a direção dos Anjos guiados a sua vez por Jeová, o regente da Lua. A função procriadora se levava a cabo em determinadas épocas do ano, quando as linhas de força de Planeta a Planeta formavam o ângulo apropriado. E como a força criadora não tinha obstrução alguma, o parto era sem dor. O ser humano era inconsciente do nascimento, pois estavam tão inconscientes do Mundo Físico como o estamos agora durante o sono. Retrocedendo tão distante como o Período Lunar, o Terceiro Dia de Manifestação em nosso esquema evolutivo, havia duas classes de Anjos. Uma tinha afinidade com a água e a outra com o fogo. Durante o Período Lunar, Jeová, o Espírito Santo, que tinha a seu cargo a evolução dos Seres no que hoje é nossa Terra, decidiu por o espírito do ser humano, como também dos animais e das plantas, dentro de formas. Contra esse plano se rebelou uma minoria da onda de vida angélica. Teria uma grande afinidade com o fogo para suportar o contato com a água da qual se construiria a maior parte dessas formas; e baixo a direção de Lúcifer, que era o seguinte em evolução à Jeová, recusaram completamente construir as formas como lhes havia ordenado. Ao fazer isso se privaram da oportunidade de evoluir a passos largos do plano marcado, convertendo-se em uma anomalia na natureza. Havendo repudiado a autoridade de seu guia, Jeová, foram forçados a encontrar sua salvação por si mesmos, com seu próprio método. Em consequência, os Espíritos Lucíferos pertencem a onda de vida dos Anjos, porém devido a sua desobediência, se encontram atrasados ou renegados do resto das ondas angelicais.

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