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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O que causa o Delirium Tremens?

Que o Delirium Tremens é o resultado direto do excesso de álcool é algo bem conhecido. Mas, como age esse excesso de indulgência? E por que alguns bebedores e algumas bebedoras (que tomam bebidas alcoólicas) inveterados nunca “viram cobras”, enquanto outras vítimas, bem mais brandas, viram de tal forma que isso resultou até em perdas de vidas? De acordo com um editor do The Journal of the American Medical Association (O Jornal da Associação Médica Americana) isso ainda é um mistério. Não faltam teorias sobre o Delirium Tremens; porém, muitas indicam que a verdade ainda não foi descoberta em sua totalidade.

Parece haver um motivo interessante, embora inquietante, para o renascimento da pesquisa sobre o assunto, agora. O escritor nos conta que, desde que a Lei de Entorpecentes Harrison entrou em vigor, muitos usuários de droga, tendo esgotado seu estoque e não conseguindo obter mais, recorreram ao álcool como substituto. Em alguns, que já bebiam há anos, o aumento repentino e marcante na quantidade de bebida alcoólica que foi consumida causou ocorrência frequente de Delirium Tremens. Depois de observar que “o envenenamento crônico por álcool produz alterações conhecidas no sistema nervoso central e periférico”, acrescenta, “até o momento, porém, não foram encontradas alterações no cérebro que expliquem por que um ser humano que bebe há anos subitamente desenvolve um delírio que dura um curso definido de três a cinco dias, ou até mais”.

“Pensa-se que o Delirium Tremens seja uma infecção aguda que ocorre em alcoólicos que são crônicos. No entanto, muitos casos seguem todo o seu curso sem febre e Nonne encontrou hemoculturas negativas em quinze casos consecutivos examinados por ele. Dolken acredita que o consumo contínuo de álcool resulta no surgimento de uma substância venenosa dentro do próprio cérebro e que um acúmulo ou concentração dessa substância produz o Delirium Tremens. Jacobson explica o delírio como autointoxicação. Toxinas provenientes do pneumococo, que entram no fígado, rins ou no trato intestinal e atuam no cérebro, que foi envenenado por um longo período pelo álcool. A visão de Hertz difere dessa porque o suposto veneno que precipita o delírio provém de uma insuficiência renal. Segundo Bonhoeffer, a alteração crônica do trato intestinal é responsável pela elaboração de um veneno que normalmente é excretado pelos pulmões. Wagner von Jauregg acredita que o fígado, e não os pulmões, seja o órgão que não consegue eliminar o veneno, supondo que essa falha aconteça pelas alterações que ocorrem no fígado do alcoólatra crônico. Kauffman afirmou que esse veneno é um derivado do carbono, que atua na medula alterada como efeito do alcoolismo crônico. Ele acredita que o delírio persistirá até que a formação desse derivado de carbono pare.

Todas essas teorias pressupõem um sistema nervoso central que esteja envenenado. Objetou-se, entretanto, que muitos bebedores e muitas bebedoras crônicos nunca sofram delírio. Foi sugerido que diferentes venenos podem resultar do excesso de bebida e apenas um deles causa Delirium Tremens. Há, no entanto, mais teorias.

“A possibilidade de que o delírio ocorra devido ao aumento na pressão e na quantidade de fluido espinhal foi recentemente considerada. Jauregg, de Viena, assume que o corpo dos alcoólatras crônicos se protege pela produção de um antiálcool que tem a natureza de uma antitoxina. Quando um bebedor inveterado ou uma bebedora inveterada para repentinamente de ingerir álcool, essa substância antialcoólica, sem álcool ao qual se fixar, atua sobre o estômago de maneira a produzir o Delirium Tremens. Hare afirma que o desenvolvimento do delírio acontece por uma queda repentina na quantidade de álcool que circula no sangue dos alcoólatras. Sua evidência é extraída de um estudo de setenta e cinco casos em que, em quase todos, houve grande redução na quantidade de álcool absorvida, antes do início do delírio”.

Um número cada vez maior de médicos está percebendo que muitas, senão a maioria, das doenças às quais a Humanidade está sujeita nascem do estado da Mente e das emoções, dos desejos e sentimentos que nutrimos. Eles sabem que alegria, tristeza e otimismo são determinantes no que diz respeito à saúde ou doença. Também notaram o efeito curativo da fé e da esperança, bem como a debilitação causada pelo medo ou preocupação, no pertinente ao avanço ou retardo da convalescença. Os exemplos não mostram que o medo pode matar e que a esperança pode ressuscitar alguém que está à beira da sepultura ou quase morto. No entanto, em muitos casos, eles se agarram furiosa e tenazmente às explicações materialistas, em vez de buscar uma fonte psicológica para a doença. Esse é o caso do Delirium Tremens. Sobre as teorias a respeito dessa doença, que foram registradas anteriormente, curiosamente várias chegaram perto da causa espiritual, mas não conseguiram encontrar a solução para o problema porque não foram longe o suficiente.

O álcool é um espírito e somente o espírito pode agir sobre espírito; portanto, quando é ingerido, tem efeito direto sobre o espírito do ser humano. A ideia de que o delírio seja motivado pelo aumento da pressão e quantidade de fluido espinhal é parcialmente correta, mas devemos lembrar que o chamado fluido espinhal não é um fluido durante a vida do ser humano. Essa afirmação é feita com pleno conhecimento do fato de que os cirurgiões têm repetidamente drenado o canal espinhal e extraído fluido espinhal dele.

Entretanto, também pode ser dito que o vapor é um fluido, porque o engenheiro pode tirar água de uma caldeira em que ele é gerado. Com o auxílio da visão espiritual é fácil observar que o fluido espinhal, quando o ser humano está vivo e com saúde normal, é uma substância gasosa ou mesmo etérea, sendo regida pelo místico Planeta Netuno, que detém a chave dos Mundos invisíveis. No curso da evolução humana, através de uma vida pura, o fogo espinhal é aceso e posto em vibração a tal ponto que faz vibrar também a Glândula Pituitária (ou Corpo Pituitário) e a Glândula Pineal, dois órgãos místicos cujas funções os cientistas ainda não conseguem determinar. Um é governado por Urano, o Planeta da intuição; o outro, por Netuno, o Planeta da divindade. Assim, como o arco elétrico atua entre os eletrodos positivos e negativos do carbono, em uma lâmpada de arco, produzindo uma luz brilhante que ilumina todos os arredores, também quando esse fogo espiritual da espinha atua entre esses dois pequenos órgãos, eles são iluminados e o ser humano, habilitado a ver o que era até então invisível, porque sabemos que a visão depende da taxa de vibração e a taxa vibratória estabelecida entre esses órgãos é do mesmo nível que aquele que prevalece nos Mundos invisíveis (Região Etérica do Mundo Físico, Mundo do Desejo e Mundo do Pensamento).

Da mesma forma, quando um ser humano coloca o “espírito do álcool” em seu corpo, toda a estrutura começa a vibrar em uma taxa diferente daquela que prevalecia. Uma alta pressão é criada no canal medular pelas vibrações do espírito alcoólico e, em alguns casos, ela se instala entre o Corpo Pituitário e a Glândula Pineal do bêbado ou da bêbada, de modo que ele também se sintoniza com os Mundos invisíveis. No entanto, fique claro que, assim como há uma série de vibrações no espectro solar determinando o que vemos como as várias cores, também nos Mundos invisíveis existem diferentes estratos, cada um com sua própria taxa vibratória, sendo habitado pelos seres que vibram nessa condição. Assim, o fogo espinhal do espírito gerado pelos meios legítimos de ideais elevados e nobres, uma vida pura e nobre, gera uma vibração que correlaciona o espírito ao que podemos chamar de regiões angélicas; no entanto, as vibrações baixas e bestiais produzidas pelo espírito alcoólico leva seu devoto às regiões bestiais em que os desejos, sentimentos e as emoções inferiores e sensuais (gerados a partir da manipulação das três Regiões inferiores do Mundo do Desejo) da Humanidade — paixão, luxúria, ódio, ganância, malícia, astúcia, violência e afins — incorporam-se nas formas demoníacas que são vistas pela vítima do alcoolismo.

Nem nos deveria causar surpresa que, como dito no artigo citado, alguns bebedores e algumas bebedoras contundentes nunca se tornaram vítimas do Delirium Tremens, enquanto outros, que não bebem tanto, são acometidos pela doença. Tudo depende da sua natureza — seja sensível ou insensível, emocional ou de sangue frio. Nenhuma outra droga afeta todas as pessoas da mesma forma; portanto, não deve causar surpresa que o álcool também atue de maneira diferente em pessoas diferentes.

(Publicado na revista Rays from the Rose Cross Setembro/1918 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Poder da Cura Definitiva em comparação com a Remediação

Max Heindel afirma que nada faz o ser humano se voltar a Deus e orar com fervor como o sofrimento do Corpo Denso (enfermidade, dor, aflições e angústias).

Nesse caso, podemos perceber que por pior que seja o momento ou a fase, sempre, sempre essa situação desagradável conduzirá a pessoa para o bem, pois o mal trabalha para o bem (“o mal é o bem em gestação”) e a nossa vida aqui é regida pela Lei das Alternâncias, dia bom e dia mau, dia saudável e dia enfermo, dia feliz e dia triste, dia por cima e dia por baixo.

Toda doença ou enfermidade manifestada no Corpo Denso tem seu princípio na parte espiritual; a parte espiritual é a raiz, a causa, a fonte da doença ou da enfermidade. Não basta apenas o analgésico para curar a dor de cabeça. É preciso atuar na causa-raiz que não está na cabeça ou na parte do Corpo Denso. Focar aqui é remediar, jamais curar. Sim, é importante remediar, até para dar as mínimas condições à pessoa para conseguir, pela vontade própria, buscar a cura definitiva.

Cristo curava totalmente os doentes, pois não trabalhava apenas na cura da parte física. O método utilizado pelos antigos sacerdotes também buscava a cura definitiva dos doentes, pois eles se tornavam amigos dos pacientes e os ajudavam com sugestões, conselhos a respeito da parte espiritual do corpo do paciente. A consequência era o alívio temporário da dor física, assim como o analgésico tira a dor de cabeça e, por meio da reorientação da parte espiritual, a cura era definitiva já que havia uma mudança nos hábitos – dos maus hábitos, nos vícios – buscando cultivar os bons hábitos,  praticar a virtude oposta àquele vício – e uma alteração nas ações, atitudes e nas obras executadas pelo paciente, em que, ao mesmo tempo que procurava servir amorosa e desinteressadamente aos outros em situações bem piores do que ele, também reformulava o seu próprio caráter, parando de se preocupar somente com as coisas materiais, se dedicando aos estudos e práticas espirituais Cristãs, e buscando, simultaneamente, aumentar a sua fé e alimentar seu Corpo de Desejos somente com desejos, emoções e sentimentos bons, superiores e alinhados às Leis de Deus: transmutando o hábito de buscar somente materiais das três Regiões inferiores do Mundo do Desejo, para focar em escolher somente materiais das três Regiões superiores do Mundo do Desejo, para compor seus desejos, sentimentos e suas emoções. Todo esse processo é utilizado pela Cura Rosacruz!

Os nossos irmãos e as nossas irmãs profissionais da saúde, atualmente, trabalham na “cura momentânea”, na remediação, já que os “remédios” são elaborados somente com materiais da Região Química do Mundo Físico. E mesmo aqueles irmãos e aquelas irmãs que trabalham com outros métodos que não utilizam remédios, não conseguem levar a cura definitiva em todas as situações, em virtude de nem sempre conseguirem utilizar a Lei da Compatibilidade e da Receptividade Sistemática, além de muitas vezes não saberem trabalhar na parte vital do Corpo, que é formada de Éteres (Também tudo isso é utilizado na Cura Rosacruz). O papel desses irmãos e dessas irmãs é importantíssimo no processo de cura, pois o paciente tem que estar sem as dores (físicas e emocionais) na intensidade que garantam que ele continue tendo o controle de si mesmo e em condições físicas e psicológicas para tomar a decisão de querer buscar, por decisão sua e livre vontade, a cura definitiva.

Tenhamos sempre o entendimento de que a doença ou a enfermidade é uma manifestação da ignorância e a cura definitiva é uma demonstração do conhecimento aplicado, ou seja lição compreendida, vivida e aprendida.

Alguns exemplos das causas-raízes (lições a aprender) e as partes que podem estar afetadas ou doentes no Corpo Denso que, também, utilizamos no Processo da Cura Rosacruz:

LIÇÃO A APRENDERPARTE DO CORPO DENSO AFETADA/DOENTE
Avaliar, Analisar, Escolher o BemFígado
Compreender, Firmar, Enraizar, ServirPés
Contatar, Comunicar Ser LivrePulmões
Capacidade de Amar Impessoal, EquilíbrioCoração
Capacidade de Amar Pessoal, Aceitar AmorPâncreas
Corrigir a Si Mesmo, Não Se JustificarCostas
Disposição para Receber, AceitarBoca
Discernir, ‘Enxergar’, ObservarOlhos
Entender, Agir, Fazer AcontecerMãos
Elaborar, Construir, Estudar com AfincoIntestino Delgado
Flexibilidade, AdaptabilidadeArticulações
Força Vital (lidar com), Expressar VitalidadeSangue
Firmeza, Cumprimento de Leis e NormasOssos
Inconsciência (trabalhar com), AmbiçãoIntestino grosso
Liberdade, PoderCabelo
Movimentar, Flexibilizar, AtuarMembros e/ou músculos
Não ter Medo, Temor, Falta de Pescoço
Não ser Agressivo, Não ter RaivaVesícula biliar
Não se Preocupar, Não ter CobiçaCabeça
Não ser Teimoso, Não CristalizarColuna vertebral
Não ser Orgulhoso, Pretencioso, SuperiorColuna vertebral
Não ter Complexo de InferioridadeDiscos vertebrais
Não Querer fazer Mais do que se deveNervos vertebrais ciático
Obedecer, EscutarOuvidos
Pressão (Aprender a Suportar), DesapegoBexiga
Parceria, Associação, EliminaçãoRins
Sentir, Absorver, Digerir, Assimilar, DissolverEstômago
Sexualidade, Sagrada Força CriadoraÓrgãos genitais
Ser Submisso (naquilo que escolheu)Coluna vertebral (corcunda)

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Conquista da Liberdade e as Correlações Positivas com os Exercícios de Concentração e Retrospecção

Dentro de cada um de nós há um impulso para a liberdade. Pode se manifestar, às vezes, como um convite alegre a “subir mais acima” para alcançar mais ansiosamente a liberdade que pode tomar e fazer nossa. Esse impulso interno tem sido chamado “o descontentamento divino”, que nos incita a seguir adiante, para cima e para sempre. Esse impulso é também responsável pelo nosso progresso no caminho espiral desse Esquema de Evolução.

Ainda que esse impulso possa estar inteiramente latente, ou talvez embotado pela inércia mental e por forças das circunstâncias, não obstante, está presente, e destinado a se vivificar e se converter na nossa força motriz. Provavelmente não há maneira melhor de determinar até onde chegamos trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, do que considerando o grau da nossa aspiração à liberdade, indicado pelo zelo com que nos esforçamos em nossa vida diária a fim de alcançarmos tal liberdade.

Mas aqui necessitamos decidir exatamente o que queremos dizer com a palavra “liberdade”. Liberdade de que ou para quê? É uma interrogação lógica. Existem dois pontos de vista principais que podemos usar para obter uma perspectiva satisfatória desse polêmico tema.

Em primeiro lugar está o conceito comumente aceito de liberdade: liberação de fatores externos, tais como um governo ditatorial, uma igreja dominante ou condições sociais escravizantes, de tal modo que possamos viver em liberdade de adorar como lhe aprouver, de falar e de escrever livremente sem temor de intimidação e perseguição, de trabalhar em local de nossa escolha, sob condições convenientes ao nosso próprio respeito e a nossa boa saúde; de votar e ser votado para participar num governo “do povo, pelo povo e para o povo”. A luta da Humanidade em prol dessas liberdades tem chamado a atenção de pensadores avançados e escrito páginas da história durante os séculos passados e ainda prossegue nos dias de hoje.

Podemos encontrar frases sobre isso, como: “Quando a liberdade desaparece, a vida torna-se insípida e perde seu sabor”. E outra como: “A liberdade, como o dia, amanhece na alma, e como um relâmpago do céu incendeia todas as faculdades com alegria gloriosa”.

Essa “alegria gloriosa”, uma vez provada, não é fácil de ser esquecida. Na perseguição dela, entramos na vida ativa, a vida na qual somos incentivados a demonstrar o que sabemos, a pôr em uso cada uma das faculdades que possuímos, a recusar a tranquilidade física e mental, mediante a qual podemos ser reduzidos à escravidão. Aqueles que aceitaram esse desafio no passado são os que hoje estão na vanguarda da civilização, porque é óbvio que a causa da liberdade se identifica com a causa do progresso do Espírito humano. Na Fraternidade Rosacruz são os Adeptos, até certo ponto, e os Irmãos Maiores, que já alcançaram a plenitude nesse quesito.

Podemos ler a respeito de alguma tentativa de se alcançar “pedaços” do que se conceitua como liberdade em praticamente todas as fontes de informações noticiosas publicadas na atualidade: as dificuldades raciais na África, na Ásia e em outras partes do mundo; a tendência para o nacionalismo em países que até o momento estavam subjugados; os esforços para a alfabetização entre milhões de analfabetos vergonhosamente escravos da ignorância e da pobreza; as controvérsias concernentes ao pensamento regimentado em outras partes do mundo; as revoluções agrícolas e econômicas que têm lugar em vários países, quando as pessoas tratam de aprender a prover-se de alimento suficiente e de melhores lugares; as cruzadas contra o crime, contra os narcóticos, contra o uso das bebidas alcoólicas, contra o consumo de carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) e usos de partes de corpos animais como vestimenta, decoração, etc..

Efetivamente, na atualidade, a maioria dos seres humanos se intensificam na perseguição em prol da liberdade. Todos nós estamos sujeitos à pressão que sempre vem no final de uma Era. Afinal, estamos agora no final da Dispensação Pisciana – Era de Peixes – e já na Órbita de Influência da Era de Aquário. Uma melhor ordem de coisas se perfila no horizonte e a Fraternidade Universal há de ser a característica dominante nessa nova ordem, da Era de Aquário, desde que estejamos prontos para vivenciá-las, ou seja, desde que tenhamos um Corpo-Alma o suficientemente desenvolvido para funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico.

Mas há um segundo ponto de vista ao se considerar a liberdade: um ponto de vista interno, ligado à nossa liberação das ataduras do nosso próprio “eu inferior” – a Personalidade – que construímos a cada vida aqui e que é constituída do nosso Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos, com a Mente “concreta” escrava do Corpo de Desejos. É completamente desejável, nesse momento em que estamos no final de uma Era e já com a outra nos influenciando, que cheguemos a ser livres da dominação externa, mas é também essencial que usemos essa liberdade no interesse de todos. Portanto, é necessário que dominemos o maior de todos os inimigos: a Personalidade, ou seja, o nosso “eu inferior”. Para isso, se requer, em primeiro lugar, autoanálise e muita disciplina.

A tarefa da autoanálise é uma tarefa sutil. Sendo essencialmente egoísta, a nossa Personalidade está destinada a obter e possuir coisas materiais, poder e fama mundanos. A nossa Personalidade sugere toda classe de desculpas para se autojustificar, e lança mão de toda classe de recursos ao adotar uma atitude de falsa inocência, quando é acusada de ser responsável por condutas indesejáveis. Conduz-nos a lançar a culpa a outros por qualquer coisa que seja má em nossa própria vida e em nosso próprio mundo (sempre a “culpa é do outro”, seja esse “outro” quer for). Impulsiona-nos à vingança e à revanche contra aqueles a quem culpamos por nossas dificuldades individuais e coletivas. Estimula sentimentos cancerosos, tais como os ciúmes, a cobiça, a inveja, o rancor, o desejo de vingança, o ódio, a raiva, o ressentimento e uma infinidade de outros mais, todos compostos por materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo.

Para nos ajudar a vencer esses nocivos dominadores de pensamentos, de emoções, de desejos e de sentimentos, foi-nos dado o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção. Os Ensinamentos Rosacruzes nos ensinaram como fazê-lo, todas a noites antes de dormir, corretamente, revisando os acontecimentos do dia e examinando nossos pensamentos, sentimentos, desejos, nossas emoções, palavras, obras, ações e nossos atos louvando-nos ou culpando-nos onde for necessário. A principal característica desse maravilhoso e poderoso Exercício Esotérico noturno de Retrospecção é que ele não é um exercício de memória (!), mas sim de “coração”: os acontecimentos (na ordem inversa no tempo, efeito-causa) vão se apresentando a nós conforme o grau de intensidade que foi impregnado em nós quando ele ocorreu. Ou seja: não necessariamente todos os acontecimentos do dia serão objetos da Retrospecção! Aos poucos, com o autocontrole, mais e mais acontecimentos serão objetos desse Exercício.

Complementando àquele – pois se não o fizer bem, dificilmente fará esse – também nos foi ensinado o Exercício Esotérico matutino de Concentração para que possamos controlar nossa Mente, e não deixar que seja levada daqui para lá pelas incessantes ondas de pensamento, desejo emoção e de sentimento que nos envolvem.

Todo aquele que colocou conscientemente seus pés no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, que conduz à perfeição de si próprio e à liberação das garras do materialismo sabe que isso não é fácil. A vida disciplinada, a vida autodisciplinada, requer constante atenção e esforço. É a tarefa demasiado difícil? Não, compreendemos que não é, porque o exemplo foi dado por nosso Grande Indicador do Caminho, Cristo Jesus. Nos quatro Evangelhos, contidos na Bíblia, Ele nos deixou as fórmulas para a Iniciação, os sublimes conceitos e preceitos espirituais que nos conduzem para diante, para cima e para sempre.

Quando compreendermos o verdadeiro propósito da vida, que é o de adquirir experiência (e não “buscar a felicidade”), considerando-a como um desafio e nos dermos conta de que, como chispas da Chama Divina, temos um ilimitado poder de desenvolvimento dentro de nós, um poder pronto para ser demonstrado e exercitado, poderemos considerar a tarefa da autodisciplina com regozijo e determinação. Nós, a Individualidade – um Ego da Onda de Vida humana manifestado aqui – sempre buscamos o nosso direito de nascimento no Reino de Deus (ainda que, em muitos, inconscientemente). Vira e mexe, estamos dando impulsos para levarmos uma vida de retidão, uma vida na qual a consciência de vigília se identifica com o que realmente somos, um Ego; uma vida que não é apenas “construtivamente” criadora, mas que segundo os preceitos de Cristo Jesus é como “uma coisa formosa”, e é verdadeiramente um “regozijo eterno”.

No capítulo 8º do Evangelho Segundo S. João, Cristo Jesus usa duas frases que enfatizam a mesma ideia. No versículo 31, fala de “Discípulos verdadeiros”, e logo no versículo 36, de “verdadeiramente livres”.

O Discipulado – no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, o próximo grau depois do Probacionismo – significa uma vida disciplinada, mas não é necessária uma vida limitada por restrições e limitações enfadonhas e irritantes. Existe uma profunda corrente submarina de felicidade e de liberdade sem empecilhos, em uma vida vivida de acordo com os mais sublimes preceitos. Para tanto, Cristo Jesus disse que o propósito de Seu ensinamento era que “a vontade de Deus seja sempre cumprida.” (Jo 16:24).

Um verdadeiro Cristão, que todo Estudante Rosacruz deve ser, nunca pode se contentar com esforços periódicos ou esporádicos por viver segundo os ensinamentos de Cristo Jesus. Deve haver uma disciplina diária, um esforço constante por “amar a vossos inimigos, bendizer aos que os maldizem, fazer o bem aos que os aborrecem e orar pelos que os usam malignamente”.

Para ser verdadeiramente livres devemos ser capazes de seguir; devemos servir de boa vontade e amorosamente onde quer que apareça a oportunidade; devemos ser capazes de nos esquecermos de nós mesmos e pensarmos, antes de tudo, em nossos próximos. Devemos chegar ao ponto em que nos arrependamos, nos restituamos e nos reformemos, com alegria e boa vontade em nossos corações. Essa é a vida de autoconquista, a vida que nos desafia, como peregrinos sobre a Terra, a viver em constante vigilância para responder unicamente aos impulsos superiores.

Afinal, somos Espíritos Virginais manifestados aqui com um Ego da Onda de Vida humana e sendo assim nosso verdadeiro lugar está nos Mundos celestes, e tão logo aprendamos as lições desta escola da vida, levaremos à realidade um mundo pacífico no qual a Fraternidade Universal será um fato e mais rápido nos livraremos da cruz de nossos Corpos.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de junho de 1973 e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz” – julho-agosto/ 88-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Verbo: quando Deus envia Seu poder na forma de som

“No Princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Esse é um versículo muito citado pelos estudantes de ocultismo, já que é um legado fundamental. No primeiro versículo do primeiro capítulo do Gênesis lemos que Deus criou os Céus e a Terra, e no primeiro versículo do primeiro capítulo do Evangelho de São João nos é informado o modo em que a criação se levou a cabo. Nos versículos posteriores do mesmo capítulo se nos diz que o “Verbo estava no princípio com Deus e que todas as coisas foram feitas por ele, e que n’Ele estava a vida e que a vida era a luz dos homens”.

Tudo o que encontramos no Universo existiu primeiro como um pensamento na Mente do Criador; isso se manifestou como o Verbo que é som rítmico. É esse som, o Verbo que constitui a vida dentro da forma.

Lemos também na Bíblia que o ser humano foi feito à imagem e semelhança de Deus e se esperamos ser como Ele, muito teremos que aprender. Agora somos ensinados em distintas formas. Vidas após vidas terão que aprender a ser criadores também. De modo que, depois de um período longo de tempo nos quais ganhamos em experiência, podemos esperar que sejamos criadores, diretamente por meio da palavra (Verbo) de nossa boca. A fim de que possamos levar a cabo essa instantânea criação, temos que aprender primeiramente a criar por outros meios. Isso é o que estamos tratando de fazer agora, quando trabalhamos na Região Química do Mundo Físico e usamos nossas energias para conquistar essa Região. No presente, com o pensamento e a Mente, o ser humano exercita seu poder somente sobre os minerais e por meio da química. Trabalha com eles e cria muitas ferramentas novas e concebe novas coisas para sua comodidade. Esse treinamento é essencial a fim de que possamos aprender a criar sem cometer erros e fazer as coisas bem-feitas desde o princípio. Quando criarmos por meio da palavra de nossa boca, será feito instantaneamente e tem que ser feito certo desde o princípio porque não há possibilidade de mudanças imediatas posteriores.

Dos instrumentos que o espírito possui, o mais importante é a Mente. Nos esforços do ser humano para ser um criador, a Mente é um instrumento especial. Quando nossa laringe for perfeita, algum dia, no futuro, seremos capazes de pronunciar a Palavra Criadora. Todavia estamos ainda muito longe disso, já que nossa Mente não pode dar-nos uma ideia clara do que é necessário para essa criação imediata. Nossa Mente ainda se encontra em seu estado mineral.

Existe ainda outro requisito mais importante antes que possamos começar a pensar em criar do mesmo modo que Deus o faz. O ser humano deve ser bom. Enquanto as ações do ser humano não forem governadas por seu coração, suas criações não serão dignas. No presente de nossa evolução, certamente, nossas criações são às vezes sem importância e às vezes maliciosas. Quando aprendermos a pensar retamente seremos capazes de conceber o verdadeiro, sem experimentar, e a seu devido tempo seremos capazes de pronunciar nossos pensamentos e cristalizá-los em coisas.

No passado, quando o ser humano era um ser espiritual e mais ligado ao seu Criador, era ensinado diretamente por seres Superiores. Usava, então, palavras formativas sobre os animais e as plantas. Quando a santidade houver novamente tomado o lugar do profano na linguagem do ser humano, ele voltará a ter o poder de usar a Palavra Criadora. Encontramos no livro Cristianismo Rosacruz esta citação: “Todas as coisas da Natureza vieram à existência por meio do Verbo que fez a carne (São João). O som, o pensamento falado, será nossa próxima força de manifestação, uma força que nos converterá em Homens-Deuses criadores, quando mediante nossa atual escola nos hajamos preparados para usar esse formidável poder em benefício de todos, sem ter em conta nosso próprio interesse”.

O ser humano é a única criatura sobre a Terra que usa as palavras. Muitos de nós não podem pensar ou formular pensamentos sem a ajuda das palavras. É quão preferível quando pensamos, expressarmos o correto significado do que queremos dizer, e quando falamos, sentimos que soa diferente do que queremos dizer. As palavras encerram pensamentos de um ser a outro e são as coisas mais humanas. As palavras também executam o valioso serviço de encarnar pensamentos de um período de tempo a outro, fazendo possível o escrever o registro de uma geração para outra, e, portanto, tornando possível a evolução.

A primeira vez que o ser humano primitivo usou a palavra foi no começo da Época Atlante. Foi, então, que a humanidade adquiriu um pouco de memória e com isso vieram os rudimentos da linguagem. Até aquela fase de nossa existência, o humano primitivo fez uso somente de sons, porém, agora as palavras evoluíram. O ato de pronunciar palavras era uma coisa sagrada para eles. As palavras constituíam a mais elevada expressão direta do espírito e nunca eram usadas levianamente. Esses seres humanos primitivos estavam mais próximos de sua fonte espiritual do que em épocas posteriores, e, portanto, constituíam ainda uma raça espiritual. Seus sentimentos como espíritos ainda tinham efeito sobre eles.

Quando os Apóstolos ficaram cheios com o Espírito Santo, no Dia de Pentecostes, seus Corpos de Desejos haviam sido purificados e lhes foi possível falar em distintas línguas, quando davam a sua mensagem a tantos que vinham ouvi-los desde distintos países nos quais se falavam linguagens diferentes. No futuro, quando a humanidade em geral houver se purificado suficientemente, todos os seres humanos serão capazes de se entenderem uns aos outros novamente. Nesse dia a separatista Consciência de Raça haverá sido dominada e a união com o Espírito Santo será um fato e as barreiras da linguagem deixarão de existir.

Copiando do livro Mistérios Rosacruzes: “Nas Regiões inferiores do Mundo de Desejo há as mesmas diversidades de língua que na Terra, e os chamados ‘mortos’ de uma nação se veem impossibilitados de conversar com aqueles que vieram de outro país. Assim, vemos que o conhecimento de várias línguas é de grande valor para os ‘Auxiliares Invisíveis’ dos quais falaremos depois, porque sua esfera de utilidade se amplia grandemente pela sua capacidade”.

Do modo em que usamos nossas palavras, a miúde causa incompreensão, porém, nas Regiões superiores do Mundo do Desejo essa confusão de linguagem não existe. Aí nossos pensamentos tomam formas definidas que se impregnam de cores que emitem tons que não são palavras, porém, que encerram certos significados que qualquer um pode compreender.

Os sons das palavras contêm um poder maravilhoso e as palavras corretas são verdadeiras, e, portanto, liberam ao que as pronuncia. “A Verdade vos libertará”. Palavras verdadeiras nunca são obstruídas pelo tempo nem o espaço. Elas chegam aos mais distantes rincões da Terra, e quando o que as pronunciou houver falecido e se distanciado da Terra para as mais altas esferas, as palavras que ele pronunciou poderão ainda ser ouvidas e inclinam as multidões pelo poder de sua força moral. De certa forma os Apóstolos estão pregando a mensagem de Cristo que ainda trazem bálsamo a este atribulado mundo.

Se nos déssemos conta do poder contido na palavra falada, então poderíamos, talvez, compreender ligeiramente a magnitude do Verbo de Deus. Quando Deus envia Seu poder na forma de som, é algo muito mais que isso, é o Fiat Criador. Quando em princípio reverberou pelo espaço e começou a criar as formas da matéria primordial, construindo mundos, se formou o nosso planeta. Quando passamos um arco de violino sobre a borda de uma placa de cristal, sustentando pó muito fino, podemos observar, em quase um minuto, sons sendo moldados em figuras geométricas.

O som do Verbo Criador ainda sustenta os corpos celestes em marcha em sua órbita e os impele para frente em sua marcha. O Verbo Criador continua produzindo formas de eficiência gradualmente crescente, expressando vida e consciência.

Quando houver sido pronunciada a última sílaba e houver ressoado a palavra completa, teremos chegado à perfeição como seres humanos. Então, será o final dos tempos, e com a última vibração da Palavra de Deus, os Mundos serão dissolvidos ao seu elemento original. Nossa vida, então, será una em Cristo com Deus, até que a Noite Cósmica – o Caos – haja terminado e despertemos de novo para fazer grandes coisas em um novo Céu e em uma nova Terra.

(Publicado na Revista “Serviço Rosacruz” maio/1981 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Qual é o verdadeiro poder gerado pela oração em grupo?

Resposta: Por meio da oração tornamo-nos um libertador e um dirigente do poder espiritual. Além disso, inúmeras pessoas tonalizadas e olhando em conjunto, em uma unidade de mútua aspiração, constitui uma combinação para libertação do poder espiritual muito maior do que se orassem isoladamente. Maior poder liberta-se por meio de um grupo e, consequentemente, obtém-se maiores resultados. Esse poder não é criado pelo grupo, mas resulta de um fator necessário que é o da oração em grupo. É algo da partilha do esforço de cada um que permite ao grupo libertar, utilizar e dirigi-lo para finalidades dignas. Quando o espírito de poder superior sincero e consagrado de uma pessoa se adiciona à de outra e, ainda, a de uma outra o resultado, em aritmética espiritual, não é a adição, mas uma multiplicação satisfatória, generosa e maravilhosa, pronto para ser empregado na solução de qualquer problema presente.

Entretanto, o que realmente acontece na atividade de orar? Qual o princípio envolvido? Quais as pessoas que poderão formar esse grupo? Para o que deve esse grupo orar? Como conduzir tais grupos? Consideremos essas perguntas:

O que acontece?

Várias pessoas unidas, em consonância, atuam umas com as outras, fundindo suas energias numa consciência de grupo, daí tornando-se um instrumento para geração de um poder espiritual muito maior do que aquele que poderia ser obtido isoladamente. Por meio da profunda realização de cada um, a unidade de esforços põe em movimento dinâmico as energias espirituais invocadas. Conforme é dito no Ritual do Serviço Devocional de Cura da Fraternidade Rosacruz: “Se alguém se absorve numa intensa súplica a um poder superior, sua aura parece afunilar-se em forma muito semelhante à parte inferior da tromba marinha. Essa forma eleva-se no espaço a grande distância, e sintonizando-se com as vibrações do Cristo, do Mundo Interplanetário do Espírito de Vida, atrai para si uma Força Divina que penetra na pessoa ou no grupo de pessoas, e vivifica o pensamento-forma que elas criaram. Desse modo, o fim pelo qual se reuniram será atingido”.

Qual o princípio evidente?

Qualquer grupo com um objeto espiritual comum pode orar efetivamente em conjunto, porém seus esforços combinados serão mais poderosos se os membros entre si se tonalizarem astrologicamente. Empresários, empresárias, maridos, esposas, donas de casa, fazendeiros, fazendeiras, estudantes, professores, professoras, pessoas jovens e idosas, quaisquer grupos em que os corações de seus membros sintam a necessidade de servir, podem lealmente unirem-se em oração. E mais: podemos dizer que essa congregação será espontânea, resultado do impulso interno de cada um em congregar-se com outros. Métodos promocionais para organizarem-se não são aconselháveis, pois muitas vezes uma família pode formar uma pequena unidade, o essencial é que todos tenham um sincero desejo de atingir o objetivo comum.

Quais são as qualificações?

Já que o objetivo principal da oração é – ou deverá ser – estabelecer uma íntima comunhão com Deus, a fim de que a Vida e a Luz Divinas possam fluir e iluminar, permitindo que se cresça à imagem e semelhança de Deus, a pessoa que ora deve antes de qualquer coisa, possuir uma fé verdadeira, unida a um sincero desejo de servir amorosa e desinteressadamente ao irmão e à irmã focando na divina essência oculta em cada um deles, tornando-se um canal para a manifestação de Deus-Poder. Quanto mais possam concentrar-se, acompanhando esse esforço por um intenso sentimento de amor e devoção, mais eficiente será a oração. Além disso, cada membro do grupo deve, de boa vontade, subordinar seus interesses e cuidados pessoais as necessidades do grupo. Isso demonstra o grau de altruísmo necessário para as realizações do grupo.

Por que orar?

A Filosofia Rosacruz nos ensina que o objetivo das nossas orações deve ser de louvor e adoração a Deus. Isto tem a sua razão de ser, pois nossos Corpos de Desejos são formados do material das sete Regiões do Mundo do Desejo em proporção as condições determinadas pela natureza dos nossos pensamentos. Cada pensamento envolve-se em matéria de desejos afim à sua natureza. Tal fato aplica-se aos pensamentos formados e expressos na oração. Se egoístas, eles atraem e envolvem-se nas substâncias das Regiões inferiores do Mundo do Desejo, mas se forem nobres, altruístas na tonalidade das Regiões da Luz Anímica, da Vida Anímica e do Poder Anímico – as Regiões superiores do Mundo do Desejo – da nossa natureza espiritual. “Buscai o Reino de Deus e Sua justiça e resto vos será dado por acréscimo“, eis um ensinamento de Cristo muito aplicável aqui. Quando anuímos com esse ensinamento Cristão, poderemos descansar certos de que todas essas coisas serão alcançadas. Portanto, quando orarmos por alguém, ponhamos todo o nosso coração na súplica a fim de que ele possa permanentemente trilhar o Caminho, encontrando a Verdade e a Vida, para que encontrando-o – “o maior de todos os tesouros” – nenhuma necessidade possa afligi-lo.

Como poderá o grupo ser conduzido?

A oração é íntima e sagrada, necessitando paz e inspiração para torná-la efetiva. Muitos grupos – grandes ou pequenos – beneficiam-se iniciando seus trabalhos por uma curta exposição introdutória ou por uma conversa cuidadosamente dirigida ao longo de linhas espirituais. Assim o “fogo da inspiração” poderá ser melhor aceso efetivamente, e a intensidade de sentimentos poderá ser lograda sendo, dessa forma, atingido o objetivo desejado. A tonalidade geral dessas reuniões deve fundamentar-se sempre nestas palavras: “Onde dois ou três reunirem-se em Meu Nome Eu estarei no meio deles.”

É, naturalmente, desejável que muitos façam esse trabalho espiritual prático. Portanto, poderá haver tantas unidades quanto sejam possíveis. Uma pequena unidade quase sempre trabalha em maior harmonia do que uma grande, pois quanto maior for a unidade de sentimentos, mais poderosa será a energia gerada. Qualquer igreja ou outra organização religiosa onde muitos desejam participar de grupos de oração é bom planejar para um determinado dia, numa semana ou mês, reunirem-se com a duração de uma hora ou mais. No início, a pessoa que está liderando o grupo poderá proferir uma exposição inspiradora para todos, podendo, também, divulgar notícias de grupo menores, aumentando o sentimento de unidade e de desejos para atingirem o objetivo comum. Então, cada pequeno grupo de três ou mais pessoas, que tenham deliberado a trabalhar em conjunto, poderá esgotar o tempo, dedicando-o à sua própria reunião. Ou poderá acontecer o contrário, isto é, deixar a reunião geral por último.

Essa é uma maravilhosa cooperação espiritual. Edifica uma profunda consciência de grupo de valor inegável, e amplia o poder individual, permitindo tocar-se em recursos ocultos jamais percebidos. A participação nessa consciência de grupo pode ser obtida por todos aqueles que estejam dispostos a pôr de lado seus próprios desejos especiais por uns poucos minutos, diariamente, para juntarem-se com outros também desejosos de atingirem o mesmo fim. Representa um alto privilégio para servir, dessa forma, a Cristo.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz março/1975 – Fraternidade Rosacruz-SP)

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Uma Mensagem de Saúde Inspirada no Amor

Uma atitude corajosa e otimista é essencial para manter a nossa saúde, bem como para ajudarmos outros que estejam doentes. Há uma razão científica para isso, mas só será revelada plenamente pela filosofia oculta.

A energia do Sol flui constantemente em nosso Corpo Denso por meio do baço etérico, um órgão especialmente adaptado para a atração e assimilação desse Éter universal. No Plexo Celíaco – onde está o Átomo-semente do Corpo Vital – esse Éter é convertido em um fluído rosado que banha o sistema nervoso. Por meio deste fluído vital os músculos se movem e os órgãos desempenham suas funções vitais.

Quanto melhor for a saúde, maior será a quantidade deste fluído vital solar que poderemos absorver, mas dele só utilizamos uma parte; o excesso é irradiado do Corpo Vital em linhas retas. Os germens, os micróbios, os vírus das doenças não poderão entrar do exterior devido a essas invisíveis torrentes de força e os microrganismos que entrem no corpo com o alimento são rapidamente expelidos. Não obstante, toda a vez que tivermos pensamentos e desejos de medo, raiva, ciúmes, inveja, cobiça, ódio, enfim de qualquer coisa que coletamos das três Regiões do Mundo do Desejo, o baço funciona mal e deixa de especializar o fluído vital em quantidade suficiente. As linhas de força se curvam, permitindo assim o acesso fácil aos organismos deletérios que podem então se alimentar nos nossos tecidos, sem nenhuma oposição, causando as doenças.

Além disso, os pensamentos e desejos de medo, raiva, ciúmes, inveja, cobiça, ódio, enfim de qualquer coisa que coletamos das três Regiões do Mundo do Desejo tomam forma e com o decorrer do tempo se cristalizam naquilo que nós conhecemos como micróbios, germes, vírus das doenças infecciosas são particularmente, a incorporação do medo e do ódio e por isso, só poderão ser vencidos pela força contrária — coragem e amor. Se estamos perto de uma pessoa infectada por doença contagiosa, temendo o contágio, é quase certo atrairmos para nós os micróbios, germes, vírus venenosos, mas se pelo contrário, nos aproximarmos de tal pessoa em atitude mental sem nenhum temor escaparemos à infecção, particularmente se o fizermos inspirados pelo amor.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de abril/1978-Fraternidade Rosacruz-SP)

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Assistindo ao Próprio Funeral

Quando chegou ao Mount Ecclesia a notícia de que Frank English, um de nossos membros de Los Angeles, havia se livrado do corpo mortal e que o autor deveria oficiar o Ritual do Serviço de Funeral, antes da cremação do corpo, um grupo foi formado pelos trabalhadores em Mount Ecclesia e fomos para Los Angeles no domingo de manhã, ajudamos nas atividades para cremar o corpo e viajamos de volta, uma distância total de 300 quilômetros, a tempo de Max Heindel falar na reunião noturna diária na Pro-Ecclesia — um dia de trabalho bastante extenuante.

Mas, isso é apenas um incidente registrado para preparar o caminho para contarmos a nossa história e trazer à tona o fato de que as pessoas, geralmente, assistem a seus próprios funerais. Isso foi aprendido quando alguém perguntou ao autor, após a reunião: “Você viu o Frank? Ele está aqui?”.

“Eu nunca oficiei um funeral em que o chamado ‘morto’ não estivesse presente e não fosse um espectador interessado”, respondeu Max Heindel. Ele então começou a contar uma série de experiências interessantes sobre o comportamento dos “mortos”: “Na maioria das vezes”, ele disse, “eles  se sentam quietos em seus assentos, observando o que acontece como qualquer uma das pessoas que nós chamamos de vivas, embora o significado do termo comum ‘os vivos e os mortos’ deva realmente ser invertido; pois nós, que estamos presos neste pesado ‘pedaço de barro’ e sujeitos a inúmeras dores e males, estamos realmente muito mais mortos do que os Espíritos desencarnados que assim designamos; enquanto aqueles, que não conhecem a doença, que não podem sentir fadiga, que se movem mais rápido que o vento sem fazer o menor esforço, devem realmente ser chamados de vivos”.

“Mas, na hora do funeral, muitos deles ainda não se encontraram, por assim dizer, pois acabaram de sair da visão e revisão sobre o panorama da vida passada, que é descortinada diante deles em ordem inversa, da morte ao nascimento, mostrando que os efeitos de suas vidas foram gerados por causas antecedentes; e como na maioria dos casos as pessoas não estudam sobre o assunto vida após a morte, elas geralmente ficam irremediavelmente confusas em todo o processo. Muitas vezes percebem que devem ter ‘morrido’, pois observam o Corpo Denso no caixão, mas se veem com uma forma semelhante, que para eles parece tão sólida e real quanto a coisa que está morta.”.

“Então eles não podem entender por que ainda estão em sua antiga casa e por que eles não viram qualquer coisa do ‘Tribunal, do Céu ou do Inferno’ — isto é, se eles acreditavam nisso. Se foram materialistas, provavelmente, começam a se perguntar como podem pensar ou continuar a existir. Encontrei apenas alguns materialistas do outro lado e não perguntei a eles sobre seus sentimentos a esse respeito, mas todos ficaram muito irritados por serem gradualmente forçados a revisar sua teoria de que a aniquilação do ser segue a morte física. Eles queriam a extinção da consciência e estavam muito infelizes”.

“As pessoas que estudaram os Ensinamentos Rosacruzes, promulgados pela Fraternidade Rosacruz, diferem radicalmente da maioria como grupo, pois instantaneamente reconhecem, ao despertar da visão e revisão do panorama da vida, os fatos essenciais do caso. Eles sabem que entraram nas Regiões inferiores do invisível Mundo do Desejo e que estão entrando em uma nova fase de evolução. A maioria deles está quieta e subjugada, sentindo a importância da mudança, e consideravelmente amedrontada por enquanto. Eles costumam ir para uma parte da sala onde os cultos estão sendo realizados, que fica o mais longe possível de todos.”

“Contudo, sempre notei que, se a conversa na sala é toma um tom de alegria, tem um efeito maravilhoso em alegrar o amigo ou a amiga recém-falecido ou recém-falecida. Várias vezes tive a satisfação de vê-los sair do seu canto e se tornar muito brilhantes, com um aumento correspondente no ânimo de todos os ‘vivos’. Em uma ocasião o ‘morto’ ficou tão interessado e tão alegre que ele quase me atropelou no meio do meu discurso.”.

“Quando entrei na sala, esse homem estava sentado em um canto, muito quieto. Ele conhecia os Ensinamentos Rosacruzes e, evidentemente, estava totalmente atento aos fatos, mas também estava claro que a situação pesava bastante sobre ele. Então, imediatamente eu fiz todos os esforços para administrar ‘consolação aos mortos’ por meio de uma conversa alegre com a viúva sobre a morte e a condição posterior, relatando uma série de experiências para ilustrar os diferentes pontos, e muito em breve o ‘morto’ apurou os ouvidos, aproximou e se sentou ao lado da sua companheira de vida.

“Durante o serviço ele permaneceu lá, sentado, atento e alerta. Ele ouviu atentamente enquanto eu explicava ao público que aquele ‘pedaço de barro” no caixão era apenas uma roupa que nosso amigo havia usado há pouco tempo e, que, com o tempo, seria substituído por um corpo novo e melhor no qual ele aprenderia novas lições na Grande Escola da Vida.”

“Enquanto isso, continuei a apontar com a mão esquerda para o corpo no caixão aberto, enquanto a direita estava suspensa no ar. Eu estava me preparando para citar o poema inimitável de Sir Edwin Arnold que começa com: ‘Nunca nasceu o Espírito! Nunca o Espírito deixará de ser!’. Comecei a dizer: ‘Como diz Sir Edwin Arnold…’”.

“Então veio um clímax que eu não esperava. De repente, o homem ‘morto’ deslizou do sofá em que estava sentado e, em linha reta, passando pela mesa em que eu estava, foi até o caixão, olhou com grande interesse para a forma descartada, evidentemente observando-a de um modo que ele nunca tinha realmente entendido antes; e ele permaneceu assim, perdido em pensamentos por vários minutos.”

“Mas dizer que fiquei surpreso com esse incidente inesperado é dizer o mínimo. Em vez de manter minha Mente no discurso, involuntariamente segui os movimentos do nosso amigo ‘morto’ para ver o que ele faria, com o resultado inevitável de que perdi o fio do meu discurso por um minuto e repeti sem jeito: ‘Como Edwin Arnold diz…’. Então, com um grande esforço, juntei meus pensamentos e continuei.”

“Houve duas coisas notáveis sobre o que ele fez. Em primeiro lugar, as pessoas costumam andar de um lugar para outro por algum tempo depois de deixarem o Corpo Denso, até que gradualmente descobrem que podem planar mais rapidamente que o vento. Elas também parecem ter um pavor instintivo de atravessar uma parede ou uma porta fechada, mesmo que saibam, por seus estudos, que isso pode ser feito. Acima de tudo, elas temem que um amigo ‘vivo’ venha e se sente na cadeira em que estão sentadas. Talvez essa seja a verdadeira razão pela qual elas costumam ficar sentadas em algum canto durante o seu funeral.”.

“Mas, nesse caso o cavalheiro deslizou pela sala, passando diretamente pela mesa e por um vaso de flores, até chegar ao caixão. Isso me mostra que ele deve ter ficado tão absorto na ideia de que seu Corpo Denso descartado era exatamente como um casaco velho e que, durante esse acesso de abstração, inconscientemente obedeceu às leis do movimento do reino invisível, em vez do habitual método físico de locomoção.”

“Ah, e sobre Frank, como ele agiu?”.

“Ora, você deve se lembrar de que ele era um membro dos graus mais elevados (do Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz), no qual foi ensinado a assimilar o panorama da vida dia a dia (por meio dos Exercícios Esotéricos diários: o noturno de Retrospecção e o matutino de Concentração), de modo que, quando ele saiu do Corpo Denso, provavelmente, havia apenas algumas pontas esparsas que precisaram ser cortadas, antes que o Cordão Prateado se rompesse e o deixasse livre, em plena posse de sua consciência. Esse trabalho o familiarizou com os Mundos invisíveis anos atrás, de modo que ele estava bem à vontade. Além disso, quatro dias se passaram desde que ele falecera então, provavelmente, ele se sentia bem, pelo menos é o que pareceu — andando entre nós e parando ora entre um grupo de amigos, ora em outro grupo de amigos. Quando ele me viu, ele acenou com a cabeça e sorriu como se nada fora do comum tivesse acontecido.”

“Eu só gostaria que todos pudessem ver os amigos e as amigas depois do falecimento deles; e é sempre uma maravilha para mim que não possam ainda, pois durante os primeiros dias e as primeiras semanas eles me parecem tão densos quanto as radiações de calor acima de um radiador de vapor. Mas, graças a Deus, esse dia está chegando.”

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de outubro/1916 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

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O Mundo do Desejo Inferior

Augusta Foss Heindel

Há, atualmente, na humanidade, um desejo extraordinário em saber algo a respeito da vida nos reinos invisíveis. Muitos ainda são incrédulos e não aceitam a ideia de uma outra existência após deixarem seus Corpos Densos, mas há um desejo crescente de entender e contatar esses reinos invisíveis e isso tem atraído muitos irmãos e irmãs materialistas.

Não podemos mais duvidar de que influências astrais (Sol, Lua e Planetas) são também responsáveis por essa mudança de atitudes no mundo.

Ouvimos com frequência a expressão: “Está no ar”, e até o incrédulo está agora mais propenso a convencer-se.

Estamos em um momento nesse Esquema de Evolução que aqueles que puderem responder às vibrações mais elevadas de Saturno, Netuno e Urano ajudarão no trabalho pioneiro de divulgar os Ensinamentos Cristãos Esotéricos, a Religião do futuro. Os que buscam e aceitam essas verdades avançadas, não mais duvidarão da existência da vida além-túmulo, tampouco temerão o assim chamado sobrenatural.

Aprendemos no livro o “Conceito Rosacruz do Cosmos” que somos um Tríplice Espírito e que funcionamos em um Tríplice Corpo; desses Corpos somente um pode ser visto com os olhos físicos. Diz São Paulo no 15º Capítulo, da Primeira Epístola aos Coríntios, Versículo 40: “Existem também corpos celestiais e corpos terrestres”; no versículo 44, “Existe um corpo natural e existe um corpo espiritual”.

Sem dúvida, aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes que temos mais de um Corpo, e que o Corpo Denso é interpenetrado pelo Corpo Vital, que constrói e restaura durante o sono o que nós, com nossos desejos, destruímos durante o dia, e por um veículo ainda mais delicado conhecido como o Corpo de Desejos. Esse Tríplice Corpo corresponde a diversos Mundos Invisíveis que o cercam, consistindo-se dos mesmos graus de substância. A Região Química e a Região Etérica do Mundo Físico e o Mundo do Desejo, os diversos planos de existência, são de diferentes graus de densidade e se interpenetram mutuamente. Por exemplo, no Mundo do Desejo a densidade da matéria de desejo faz com que ele atue de forma análoga à fumaça, o que é mais pesado mantém-se baixo, próximo à Terra, enquanto o mais puro ou mais leve eleva-se no ar.

Durante a nossa vida no Mundo Físico, estamos constantemente utilizando nossos Corpos invisíveis por meio dos nossos pensamentos, desejos, sentimentos e emoções. Se os nossos desejos nos puxam para baixo, para uma vida de gratificações, de prazeres terrestres, de busca por satisfações mundanas, se o nosso tempo é gasto em prazeres inúteis e autogratificantes, ou se não tem outra aspiração mais elevada senão acumular riquezas materiais, então, nosso Corpo de Desejos poderá ser comparado a uma fumaça negra pesada. Depois que passamos para a vida além-túmulo, iremos, com o nosso Corpo de Desejos gravitar para uma região chamada Purgatório (que se encontra nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo), e que se encontra mais próxima do denso plano físico. Aí, nos purgaremos de todos os desejos, emoções e sentimentos inferiores que colocamos em ação durante a vida recém-finda; deveremos limpar o Corpo de Desejos antes que possamos nos elevar àquela Região mais elevada, que é chamada o Primeiro Céu (localizada nas três Regiões superiores do Mundo do Desejo).

Se levássemos uma pessoa refinada, sensível, que tenha vivido uma vida pura e limpa, a um lugar sujo e promíscuo de uma grande cidade e a forçássemos a viver nesse ambiente, ela iria sofrer, ficar doente e, na primeira oportunidade, iria voltar ao seu meio. Da mesma forma, se tomarmos uma pessoa rude e degradada, que tenha sempre vivido em ambientes de vício, entre a imundice e a desonestidade e a colocarmos em um lugar refinado no meio de gente culta, ela irá se sentir muito desconfortável e na primeira oportunidade voltará aos seus antigos lugares. Condições semelhantes existem no Mundo do Desejo. A pessoa que tenha vivido uma vida limpa e espiritual, após falecer, permanecerá um curto período na parte inferior do Mundo do Desejo. Assim que se liberte de seu Corpo Denso, ascenderá rapidamente às Regiões mais elevadas do Mundo do Desejo. Mas, a pessoa que nunca soube o que significa uma vida pura, que nunca pensou na vida além-túmulo, é como a fumaça espessa e negra, e paira próximo ao plano físico. Prefere se apegar ao seu antigo ambiente, especialmente se guardar algum rancor contra alguém no plano terrestre e quiser se vingar, então, permanecerá apegado à Terra até que tenha conseguido concretizar sua vingança contra aquela pessoa ou até que tal vontade morra por inanição. Pairará em lugares onde se pratica a incorporação de espíritos desencarnados ou no local em que viva seu inimigo, até que consiga influenciar alguma pessoa fraca ou negativa para executar seu plano de vingança. Com frequência tomamos conhecimento que um assassino ou ladrão declarou em juízo que, de repente, sentiu algo contra o qual não pôde resistir e que o levou a cometer o crime, alguma força obrigou-o a fazê-lo.

O pobre e fraco bêbado também é usado por espíritos desencarnados e, com frequência, é obrigado a beber, pois dessa maneira o degenerado no Mundo do Desejo obtém alguma satisfação.

No filme intitulado “Apegados à Terra” (Earthbound) de 1940, baseado na história de autoria de Basil King, um espírito apegado à Terra é retratado de forma maravilhosa, mostrando como ele influenciou seus amigos e parentes depois de ter sido alvejado por um amigo ciumento, com cuja esposa estava prestes a fugir. Imediatamente após o tiro e antes que seus parentes tomassem conhecimento da tragédia, sua filhinha, que brincava com o seu cachorro de estimação, viu o espectro do corpo de seu pai atravessando a sala. A criança correu para a mãe dizendo: “Papai esteve aqui há pouco, mas ele estava diferente!”. A mãe acusou a criança de estar mentindo. Infelizmente, é isso que frequentemente acontece com os pais, alegam que seus filhos têm imaginação fértil ou que faltam com a verdade, enquanto a criança é simplesmente clarividente e consegue ver o que o pai ou a mãe não veem.

Há alguns anos, uma senhora idosa faleceu aqui e era uma velha conhecida da autora. Tinha alcançado uma idade avançada e sua vida havia sido pura, altruísta; por causa de um corpo frágil, tinha passado muitos anos sentada tranquilamente em meditação.

Quando veio a falecer poderia ser comparada a um fruto muito maduro, que não pôde mais manter-se preso à árvore; portanto, o rompimento do Cordão Prateado, que comumente leva três dias e meio, no seu caso, levou menos de três horas.

Durante sua última doença e no seu delírio, ela pedia uma bengala que tinha pertencido a seu marido, o qual já havia passado a uma vida mais elevada vinte anos antes, e que ela se habituara a usar desde então. Morreu com a bengala, segurando-a firmemente com ambas as mãos e os parentes ficaram relutantes em separá-la de algo que tanto tinha amado em vida, de tal modo que a bengala foi cremada com seu corpo. Pouco tempo após seu desaparecimento, ela voltou para uma visita à autora; vê-la, foi, na verdade, uma visão magnífica. Seu Corpo de Desejos consistia somente dos braços, mãos e a cabeça e ela segurava a bengala (que tinha o aspecto tão natural como qualquer bengala de madeira poderia ter) com ambas as mãos. Ela parecia uma leve pena branca tentando levantar voo, porém, presa por uma pedra. Era tão leve que, se não fosse pela bengala que segurava firme com as duas mãos e que era como um peso a retê-la, teria passado Purgatório no Mundo do Desejo em poucos dias. Quando pedimos a ela que largasse a bengala, segurou-a com força, dizendo: “Não, eu preciso ficar mais um pouco”. A tristeza de uma de suas filhas mantinha-a presa à Terra. Ela queria muito consolar a filha, mas depois de cerca de seis semanas tornou-se impossível para ela continuar.

Uma das filhas dessa mesma senhora faleceu cerca de um ano após a morte de sua mãe. Estava em perfeita saúde e na plenitude de sua vida, vindo a falecer depois de alguns dias de doença. O marido que não acreditava em cremação, enviou o corpo para o agente funerário e foi usado um líquido para embalsamento. Cerca de três semanas após, ela nos visitou e estava em grande aflição, implorou para que disséssemos ao marido e aos filhos que jamais enviassem alguém novamente aos agentes funerários e, com grande angústia, declarou que eles a tinham cortado como em um açougue. Disse: “Oh, como sofri quando cortaram meu corpo! Procurei pedir-lhes que parassem, mas não consegui que me ouvissem ou percebessem”. Perguntou também por que não conseguia encontrar a mãe. Disse-me: “Eu a tenho procurado por toda a parte, porque é que o Sr. S. que morreu vinte e cinco anos antes de minha mãe ainda está aqui e eu não consigo encontrá-la?”. Disseram-lhe que sua mãe, devido à sua vida pura e altruísta, já havia passado para os planos mais elevados. No entanto, o Sr. S. estava preso à Terra por conta de muitas maldades que tinha feito à sua família durante sua vida terrena e não podia passar para Regiões mais elevadas enquanto aqueles a quem causou tanto mal, não estivessem também livres do corpo, para que ele pudesse, então, ter uma oportunidade de reparar parte das ofensas. Ela foi aconselhada a permanecer afastada de assuntos terrenos e trabalhar com o objetivo de passar a planos mais elevados onde poderia, finalmente, juntar-se a seu pai e à sua mãe.

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O Amor Nascido da Dor – A Lenda da Flor da Paixão

Muitas das fábulas da antiguidade são baseadas nos Mistérios Secretos. As emoções pertencentes aos planos inferiores do Reino conhecido como Desejo, emitem suas notas de vida em uma massa rodopiante de forma e cor e, aqui também, os Anjos encontram trabalho para fazer. Fora desse redemoinho de sorrisos e lágrimas, de esperanças e decepções, de medo e dor, em que a maior parte da humanidade constrói tão inconscientemente, ainda assim, constantemente, os Anjos auxiliares estão ativamente empenhados em tecer padrões de flores que tomarão forma e crescerão na Terra. Muitas flores vivem e florescem como símbolos dessa influência gerada pelos pensamentos e desejos de homens e mulheres no mundo. Mais detalhes? Leia aqui: O Amor Nascido da Dor – A Lenda da Flor da Paixão

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Cada um tem a sua Besta

Começaremos lendo um trecho do Apocalipse, o Livro das Revelações, escrito pelo Apóstolo São João, capítulo 13, 1-10: “Vi, então, subir do mar uma besta com dez chifres e sete cabeças. Sobre seus chifres, dez diademas e sobre as cabeças nomes blasfematórios. A besta, que vi, era como uma pantera, os pés eram como pés de urso e a boca como a boca de leão. O dragão lhe deu poder e trono e uma grande autoridade. Vi a primeira cabeça ferida de morte, mas a chaga mortal foi curada. E toda a Terra, maravilhada, seguia a besta e adorava o dragão que tinha dado poder à besta, e adorava a besta dizendo: ‘Quem é como a besta e quem poderia lutar com ela?’ Foi lhe dada também uma boca para proferir palavras cheias de arrogância e blasfêmia e lhe foi concedido poder de agir durante quarenta e dois meses. E ela abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para insultar o seu nome e a sua tenda e os que moram no céu. Foi-lhe dado fazer guerra aos santos e vencê-los. Recebeu poder sobre toda tribo, povo, língua e nação. E a adoraram todos os habitantes da terra cujo nome não está escrito, desde o princípio do mundo, no livro da vida do Cordeiro imolado. Se alguém tem ouvidos que ouça: Se alguém está destinado ao cativeiro, irá para o cativeiro. Se alguém mata pela espada, pela espada morrerá. Nisso se baseia a perseverança e a fé dos santos“.

Simbolicamente falando, a água significa as emoções e o mar é, normalmente, usado para indicar o Mundo do Desejo. Esse Mundo é que contém material para construção do nosso Corpo de Desejos, bem como para o Corpo de Desejos do animal. É também o Mundo que fornece material para termos nossas emoções, aspirações, nossos desejos e sentimentos.

Desde a última parte da Época Lemúrica, para alguns, e início da Época Atlante para todos, os Espíritos Lucíferos começaram a chamar a nossa atenção para a existência do Mundo Físico, ajudando-nos a perceber a forma exterior do nosso Corpo Denso. E, também, começaram a nos instigar a usar a nossa Mente para distinguir as formas externas, dar-lhe nomes, dominá-las e colocá-las ao nosso dispor. A partir desses dois movimentos temos gerados muitos desejos inferiores, muita paixão, muita ambição, muito egoísmo, muito mal, sendo o mal uma ação contrária as Leis de Deus. Inicialmente o fizemos por inocência, depois o fazemos por ignorância.

A todo esse conjunto de desejos inferiores somado aos pensamentos inferiores que resultam em todo o mal que já cometemos em todas as nossas vidas passadas constitui a “besta que saiu do mar”, ou como é conhecido na ciência oculta: o Guardião do Umbral.

Esse ser é, portanto, a encarnação de todo o nosso mal gerado em vidas passadas, mal esse ainda não expiado e que espera a expiação em vidas futuras, até completarmos toda a roda de nascimentos e mortes necessários para tal.

E o Guardião do Umbral, a Besta, está muito ligado ao dragão, ao diabo, também conhecido como a Serpente ou os Espíritos Lucíferos, que nos incita ao egoísmo, a gratificação dos prazeres e a maldade, pois como lemos nesse trecho do Apocalipse: “O dragão lhe deu poder e trono e uma grande autoridade“.

Essa entidade monstruosa se encontra nas Regiões Inferiores do Mundo do Desejo. Entretanto nos é invisível entre a morte e um novo Nascimento, se bem que está ali presente. Ela só se torna visível quando nós, como Aspirantes à vida superior, entramos conscientemente no Mundo do Desejo, deixando o nosso Corpo Denso dormindo no leito. Portanto, esse é o momento que nós temos que passar por essa entidade criada por nós mesmos. Devemos reconhecer e admitir essa entidade como parte de nós, prometendo liquidar todas as dívidas, todo o mal, representado por essa forma, o mais cedo possível.

Reparem que nesse momento de reconhecimento, o Aspirante não deve ter medo de tal entidade, mas utilizá-la como reforço para nossa coragem e determinação: “Nisso se baseia a perseverança e a fé dos santos“, como acabamos de ler no trecho do Apocalipse.

Afinal, deixou de ser oculto o motivo pelo qual há muito destino maduro para cumprirmos. Deixou de ser oculto o porquê sofremos tanto com penas, dores e restrições. Ao contrário, a partir daí nós temos plena e consciente condição de trabalhar para eliminar todos os débitos contraídos e sentirmos a eliminação deles todas as vezes que encararmos tal entidade.

Está aqui um dos motivos para que a nossa preparação, como Aspirante, é uma tarefa essencial, bem feita e indispensável para nos tornarmos um Auxiliar Invisível Consciente.

Perceba que quanto mais o mal fizermos, quanto mais desejos inferiores criarmos, mais alimento estaremos dando ao nosso particular Guardião do Umbral e mais ele crescerá.

Por outro lado, quanto mais nos esforçarmos para reparar o mal cometido, arrependendo-nos de dentro do nosso íntimo e procurando, de uma forma ou de outra, compensar esse mal com o bem, servindo altruisticamente, menos alimento estaremos dando ao nosso particular Guardião do Umbral e menos ele crescerá.

Se, ainda com isso, considerarmos o pagamento de nossas dívidas do destino contraídas nas vidas anteriores, o nosso particular Guardião do Umbral diminuirá de tamanho.

Outro alimento importante para o crescimento do nosso Guardião do Umbral é o temor, o medo. O medo não conduz a nada de bom, e representa a nossa falta de confiança em Deus e a falta de consciência de que “em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser” (At 17, 28). Ao ter medo, esquecemos que nada pode existir fora de Deus e, que, portanto, Ele está onde estivermos. E que tudo trabalha para o bem final, pois: “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar; até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá” (Sl 139,7).

Mas há mais alimentos que fazem o nosso Guardião do Umbral crescer: são as nossas dúvidas, nossas maldades, nosso egoísmo, nossa ignorância. Enquanto insistirmos em permanecer na condição irresponsável de: “não quero nem saber… o importante é gozar a vida… não quero nem pensar no depois… ou, o que é pior: só quero pensar se puder tirar algum proveito próprio” então, estaremos fornecendo alimento para o nosso Guardião do Umbral. No entanto, mesmo que permanecendo nessa condição, uma coisa ocorrerá com toda a certeza desse mundo: um dia enfrentaremos sozinhos nosso Guardião do Umbral, somente ele e cada um de nós.

Agora, se tomarmos a consciência de que o Guardião do Umbral é um elemental criado por nós mesmos e que o alimentamos com as nossas más ações, maus desejos e maus pensamentos, poderemos começar a trabalho de diminuir esse crescimento.

E mais, usando o nosso domínio próprio e muita força de vontade, poderemos eliminá-lo por completo, matando-o por inanição, por não mais alimentá-lo.

Mas esse trabalho exige persistência, persistência e persistência, senão: “Vi a primeira cabeça ferida de morte, mas a chaga mortal foi curada“, como lemos nesse trecho do Apocalipse, ou seja: se, uma vez começado, abandonarmos o trabalho de aniquilar o nosso Guardião do Umbral, ele voltará a crescer.

E todo esse trabalho começa aqui, durante a nossa vida no Mundo Físico. Mas como? Dedicando-nos a parte espiritual da nossa vida: sendo Cristão de fato, tendo fé, buscando o equilíbrio, mantendo uma atitude mental sempre positiva, sempre otimista, afirmando como o Salmista, quando for assaltado por pensamentos de medo, de dúvida ou por situações onde predominem tais sentimentos: “O Senhor é meu Pastor, não me faltará“; “Nada temerei, pois Deus está comigo” (Sl 22).

O cultivo desse equilíbrio implica no cuidado com o nosso Corpo de Desejos, com o controle das nossas emoções, nossos desejos e sentimentos e isso é uma tarefa muito difícil. Uma das maiores dificuldades nesse cultivo do equilíbrio está no que se refere ao egoísmo.

Muitos acham que não são egoístas. Pois bem, aqui está o primeiro passo: reconhecer o nosso egoísmo. Uma auto-análise nos mostrará onde estamos colocados. E não há auto-análise mais completa do que o Exercício de Retrospecção. Contrapondo-se com o nosso particular Guardião do Umbral está o resultado de todo o bem que temos feito em nossas existências passadas, inclusive nessa. Todo esse belo conjunto se chama “Anjo da Guarda”: essa personificação do bem em nossas obras, ainda que invisível, está sempre conosco nos impulsionando a trabalhar retamente, a sempre caminhar fazendo o bem. É um poderoso aliado a nossa luta de aniquilação do nosso Guardião do Umbral.

É importante sabermos que a condição de não assumirmos a responsabilidade de não mais alimentarmos nosso Guardião do Umbral, favorece fortemente o mal coletivo de toda a humanidade e que incita a qualquer um, principalmente os que possuem debilidades metais e fraqueza de caráter, a mais facilmente fazerem o mal que o bem. Afinal: “E toda a Terra, maravilhada, seguia a besta e adorava o dragão que tinha dado poder à besta, e adorava a besta dizendo: ‘Quem é como a besta e quem poderia lutar com ela?”‘.

(…) Foi-lhe dado fazer guerra aos santos e vencê-los. Recebeu poder sobre toda tribo, povo, língua e nação. E a adoraram todos os habitantes da terra“, como lemos nesse trecho do Apocalipse. Pois é um fato que todo o mal coletivo incorporado em todas as pessoas é uma força potente no mundo. É muito mais fácil deixar-nos levar pelas emoções e circunstâncias do que controlá-las e colocá-las sob o jugo da nossa vontade. É muito mais fácil deixar os pensamentos fluir do que criá-los e concentrá-los sob o poder da vontade. É muito mais fácil não fazer nada do que fazer o bem.

É muito mais fácil se conformar do que arregaçar as mangas e partir para a luta, afinal: ‘Quem é como a besta e quem poderia lutar com ela?’. Não é mesmo?.

Mas, as pessoas que se esforçam para reparar o mal feito no passado, para se armar para não cometer mais o mal, buscando viver uma vida pura e dedicada ao serviço amoroso e desinteressado são as que têm os seus nomes “escritos no livro da vida do Cordeiro imolado“, como dito nesse trecho do Apocalipse, ou seja: estão em acordo com os ensinamentos do Cristo, o Cordeiro.

Agora, aqueles que continuam a praticar o mal, que usam de sua posição para tirar proveito do próximo, que vivem como se essa fosse a única e verdadeira vida (mesmo depois de ter a oportunidade de saber que não é), esse: “irá para o cativeiro“, pois, pela Lei de Consequênciaestá destinado ao cativeiro“, ou esse: “pela espada morrerá“, pois “mata pela espada“, como também lemos nesse trecho do Apocalipse.

A esperança de que todos conseguiremos enfrentar e aniquilar, cada um o seu Guardião no Umbral, é dada quando se diz: “Foi lhe dada também uma boca para proferir palavras cheias de arrogância e blasfêmia e lhe foi concedido poder de agir durante quarenta e dois meses“. Ou seja: 3 anos e meio, metade de sete anos, tempo perfeito. Então, não será para sempre. Durará até que uma quantidade suficiente de Espíritos Virginais da onda de vida humana que evoluem aqui na Terra seja capaz de mante-la, tomando a rédea da nossa evolução e que, assim, todos os outros sigam esses Espíritos Virginais para o caminho para cima e para a frente no nosso esquema de evolução.

Nessa certeza da possibilidade de aniquilar, cada um, por meio de um trabalho sério, corajoso, determinado e aplicado, o seu Guardião do Umbral e assim, tornar um Auxiliar Invisível Consciente é que se “baseia a perseverança e a fé dos santos“.

Ou seja: de todos aqueles que compreenderam e assimilaram, e, portanto, vivenciam o ensinamento do Cristo que: “a messe é grande, mas os operários são poucos“.

Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz

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