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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Vocês falam das Escolas Ocidentais e Orientais de Ocultismo. A Escola Ocidental é a melhor e, se for, por quê?

Resposta: Atualmente, há várias categorias raciais e étnicas diferentes na Terra. As categorias raciais e étnicas que mais avançaram nesse atual Esquema de Evolução estão no Ocidente desse Campo de Evolução que chamamos de Planeta Terra e as que ainda não avançaram tanto nesse atual Esquema de Evolução estão no Oriente desse Campo de Evolução que chamamos de Planeta Terra. Naturalmente, os ensinamentos mais recentes são fornecidos aos povos mais adiantados. Portanto, a Religião ocidental, o Cristianismo, é muito superior ao Hinduísmo e ao Budismo do Oriente. Os ensinamentos de mistérios do Oriente não são tão adiantados quanto os do Ocidente. No Oriente, dá-se uma grande ênfase em subjugar o corpo a fim de cultivar as faculdades espirituais. Os orientais colocam o corpo em certas posições, enquanto realizam árduos exercícios respiratórios e físicos, que não necessários no método ocidental. De fato, o corpo ocidental não é tão receptivo àqueles métodos. Além disso, o aluno no Oriente está sob o controle absoluto do professor dele, a quem ele chama de “Mestre”, e cujas ordens ele deve obedecer nos mínimos detalhes, sem perguntar por quê. No Ocidente, seguimos os Ensinamentos Cristãos, que o mesmo Cristo afirma aos seus Discípulos: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu senhor faz; mas eu vos chamo amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu vos dei a conhecer.” (Jo 15:15). Assim, o professor no Ocidente mantém a mais estreita amizade com o aluno e está sempre pronto para responder às perguntas dele, na medida em que seja compatível com o estágio de desenvolvimento dele.

Certamente, que há algumas pessoas mais evoluídas no Oriente, pessoas que estão muito além nos ensinamentos da escola de ensinamentos Oriental, mas um estágio correspondente é, geralmente, alcançado pelo método ocidental num tempo mais curto e com menos esforço.

(Pergunta nº 141 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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Horário do Sol e Horário do Relógio

À medida que deixamos para trás as vinte e quatro horas de tempo, pouco pensamos nos fenômenos naturais que estão envolvidos na formação do dia.

Quando falamos apenas do dia, especialmente se formos versados em Ciências e tivermos uma consideração pedante pelo uso exato dos termos, podemos significar duas coisas bem diferentes. O dia que todos conhecemos e normalmente temos em mente é conhecido pela ciência como dia solar.

Os fenômenos do dia solar são claramente aparentes à observação. Nenhum cálculo é necessário para determinar suas características. Primeiro vemos o Sol no leste. Observamos então seu movimento aparente do horizonte leste para o oeste, embora o movimento seja apenas ilusório. O fenômeno é realmente causado pelo constante giro da Terra, do oeste para o leste, em seu eixo. Ele então permanece oculto à vista, enquanto a noite cai sobre nós, até que o vejamos novamente no leste. Fomos assim testemunhas da passagem de um dia solar.

A outra coisa que podemos ter em mente quando falamos geralmente do dia é o que podemos chamar, por falta de um nome melhor, de dia estelar; a palavra que agora empregamos é derivada do latim stella, uma estrela. Esse dia é medido pela rotação da Terra sobre seu eixo em relação às estrelas fixas, como se não houvesse Sol no céu e como se a Terra não estivesse, durante sua rotação contínua, correndo ao longo da sua órbita ao redor do Sol.

Ao falar do nosso dia solar que foi observado, tivemos as vinte e quatro horas começando ao nascer do Sol. Os astrônomos medem o dia a partir do meio-dia. Assim, eles definiram o dia solar como sendo o intervalo de tempo que decorre entre dois retornos consecutivos do mesmo meridiano terrestre ao Sol. Falando com menos exatidão, pode-se dizer que é o tempo gasto em uma volta completa da Terra sobre seu eixo, pois é essa volta, ou rotação que, em média a cada vinte e quatro horas, apresenta um dado meridiano terrestre ao Sol.

Vamos agora entender por que não é estritamente correto dizer que o dia solar é marcado por uma volta completa do nosso globo em seu eixo gigantesco. O dia que está tão bem definido é realmente o que chamamos de dia estelar. Deve ser lembrado que, à medida que gira, nossa esfera viaja rapidamente ao longo de um caminho ou órbita ao redor do Sol. Mais uma vez devemos notar que a taxa na qual a Terra se move ao longo da sua órbita está longe de ser uniforme ao longo do ano. A órbita não é um círculo, mas uma elipse, e o globo está mais próximo do Sol em alguns estágios do seu movimento do que em outros.

Quando estamos mais próximos do Sol, diz-se que a Terra está no periélio; quando estamos mais longe, diz-se que está em afélio. A mudança na distância do Sol, operando pela lei da gravidade, acelera e retarda sucessivamente a velocidade com que nos movemos em torno do grande luminar, que é o centro do Sistema Solar. Podemos agora ver que efeito o movimento orbital tem sobre a duração do dia solar. Nosso avanço ao longo da órbita a taxas variáveis de velocidade, sendo o avanço considerável durante cada rotação da nossa esfera sobre seu eixo, torna incerta a duração dos intervalos entre os sucessivos retornos dos meridianos ao Sol, por mais uniformes que possamos conceber os períodos realmente ocupados pela rotação a ser medida pelas estrelas fixas. Portanto, embora invariavelmente consideremos o dia solar como tendo vinte e quatro horas de duração, a verdade é que raramente podemos descrever esse período em sua duração; embora, como indicamos acima, vinte e quatro horas seja a sua duração média.

Como resultado das variações na duração do dia solar, os relógios, que mostram a hora de acordo com o dia estelar, muitas vezes não concordam com o relógio de Sol, que registra a hora solar verdadeira. Flammarion[1] nos dá a seguinte tabela de “tempos” que um relógio bem regulado mostraria ao meio-dia solar em certos dias do ano, em determinado local.

1º de janeiro
15 de janeiro
1º de fevereiro
11 de fevereiro
15 de março
1º de abril
15 de abril
1º de maio
15 de maio
1º de junho
15 de junho
1º de julho
26 de julho
15 de agosto
31 de agosto
15 de setembro
1º de outubro
15 de outubro
3 de novembro
16 de novembro
1º de dezembro
15 de dezembro
25 de dezembro
12:04 P.M.
12:10 “
12:14 “
12:14 “
12:09 “
12:04 “
12:00 meio-dia
11:57 A.M.
11:55 “
11:57 “
12:00 meio-dia
12:03 P.M.
12:06 “
12:04 “
12:00 meio-dia
11:55 A.M.
11:49 “
11:46 “
11:43 “
11:44 “
11:49 “
11:55 “
12:00 meio-dia

Será entendido do que dissemos que é apenas do ponto de vista da nossa relação com o Sol que a duração do dia é variável. O tempo real consumido em uma rotação da Terra sobre seu eixo, sendo o que chamamos de dia estelar, é praticamente exato e é inferior a vinte e quatro horas. Se, então, considerarmos o dia como sendo coincidente com o período realmente ocupado por uma volta do globo sobre seu eixo, e não olharmos para o Sol como nosso mentor, uma inspeção das estrelas fixas ensina que a duração do dia é de vinte e três horas, cinquenta e seis minutos e quatro segundos.

As condições que declaramos são assim colocadas de forma impressionante pelo Professor Poynting[2]: “O Sol não é um cronometrista regular. Nosso dia de vinte e quatro horas é apenas a média entre meios-dias sucessivos ou momentos em que o Sol está no Sul. Se comparado com um bom relógio, o Sol está em algumas partes do ano muito adiantado e em outras, muito atrasado; às vezes, até um quarto de hora. A variação do dia solar se deve em parte à inclinação do eixo da Terra em relação ao plano em que se move em torno do Sol e em parte à variação do movimento da Terra em torno do Sol em diferentes épocas do ano. As estrelas fixas marcam um bom tempo, dando a volta em cerca de quatro minutos a menos de vinte e quatro horas. Por elas os relógios são avaliados. O dia delas é o verdadeiro horário da nossa revolução da Terra”.

O dia foi dividido em partes de vinte e quatro horas desde os primeiros tempos; embora, em diferentes partes do mundo e em diferentes períodos da história, seu início tenha sido colocado em diferentes pontos das vinte e quatro horas. Nos tempos atuais e na maioria dos países, geralmente considera-se que o dia começa à meia-noite, designando-se as doze horas antes do meio-dia como A. M. ou ante meridiem (antes do meio-dia), e aquelas depois do meio-dia, P. M. ou post meridiem (após o meio-dia).

Os antigos caldeus e os gregos modernos faziam o dia começar ao nascer do Sol, enquanto, pelo menos até alguns anos atrás, os italianos e os boêmios o começavam ao pôr do Sol. Os antigos gregos, em vez de dividir o dia inteiro em vinte e quatro partes iguais, cortaram o período de luz em doze porções iguais e o período de escuridão no mesmo número.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de agosto/1918 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: Nicolas Camille Flammarion, mais conhecido como Camille Flammarion (-1925), foi um astrônomo, pesquisador psíquico e divulgador científico francês.

[2] N.T.: John Henry Poynting (1852-1914) foi um físico inglês.

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Do Reconhecimento da Unidade

O canadense Marshall McLuhan, um dos maiores “experts” em comunicação, define o mundo de hoje como sendo “uma imensa aldeia global”.

Décadas atrás o ser humano, ao ler seu jornal diário, preocupava-se acentuadamente com o noticiário local. As notas e informações alusivas ao seu bairro, cidade ou país constituíam o alvo de suas atenções. Pouco ou nenhum valor dava às notícias procedentes de outras nações, por considerá-las fatos isolados, sem quaisquer correlações com o ambiente em que vivia. Aliás, os eventos, por marcantes que fossem, não logravam um alcance e repercussão de âmbito mundial, salvo alguns casos especialíssimos dentre os quais destacamos as duas conflagrações mundiais e a depressão econômica registrada no final da década de 20.

As pessoas viviam romântica e pacificamente a vida de sua comunidade. Informações sobre acontecimentos alienígenas, fossem elas de qualquer natureza, nunca ultrapassavam o caráter de meras informações que, eventualmente, poderiam merecer registro nos anais históricos.

Ora, os tempos mudam! E com eles o sentimento e a mentalidade dos seres humanos. O avanço extraordinário dos meios de comunicação e transportes veio imprimir mudanças radicais na vida e no comportamento humano. E também no relacionamento internacional.

A moderna tecnologia está devassando a vida das nações, tornando conhecidos usos, costumes, línguas e traços idiossincrásicos de povos dos quais poucos ou nada se sabia. Hoje, as imagens via satélite trazem ao recesso do nosso lar a cenas dolorosas de tragédias que enlutam várias nações. As descobertas científicas mais recentes e as transformações políticas de ontem, já são de nosso conhecimento. Os modernos e incrivelmente rápidos meios de transporte trazem até nosso meio aquela autoridade em determinado ramo científico ou nos colocam na presença física da celebridade artística.

A vida parece caminhar numa velocidade descomunal. A atualidade de hoje é o anacronismo de amanhã. Tudo se processa de maneira a parecer anular a noção de tempo e espaço. Se antigamente já era axiomático que “o ser humano isolado é uma impossibilidade, atualmente esse axioma assume dimensões mais amplas: “o povo isolado tem poucas probabilidades de se realizar como povo”.

As tendências e fatos nos induzem à interação, à inter-relação, à interdependência, seja ela física ou espiritual. A tragédia que abala um determinado povo também é nossa tragédia. Igualmente nos comove, despertando um sentimento de solidariedade capaz de nos impelir a oferecer ajuda para minorar os sofrimentos dos atingidos pela fatalidade. Da mesma forma, o seu júbilo é nosso júbilo a e sua glória constitui, ou pelo menos deve constituir, para nós um motivo de regozijo. As transformações operadas em uma sociedade se refletem de uma maneira ou de outra na vida de outras sociedades, obrigando-as pelo menos a revisar os seus conceitos. A recente crise do petróleo, obrigando alguns povos a modificar certos hábitos já estratificados, constitui um bom exemplo disso.

Todas as forças e todos os esforços, queiramos ou não, convergem para a UNIDADE. Esse sentimento de unidade torna-se cada vez mais evidente e se fará mais sensível à medida que nos apercebamos de nossa origem divina. Afinal, “em Deus nós vivemos, movemos e temos o nosso ser”.

“O reconhecimento da UNIDADE fundamental de cada um com todos é a realização de Deus”, afirma enfaticamente o Ritual Rosacruz do Serviço Devocional do Templo. Essa realização só será possível quando nos desarraigarmos de todo sentimento de separatividade engendrado por convencionalismos anacrônicos, calcados num milenar egoísmo ou em uma compreensão errônea das leis divinas.

A Filosofia Rosacruz faz apologia da Fraternidade Universal como o grande ideal de Cristo: é a nossa grande meta. E todo esforço será pouco no sentido de atingi-la.

Essa meta gloriosa ainda se encontra distante. Contudo, o sentimento de solidariedade já é, por si só, um bom começo. Os primeiros frutos, porém, só aparecerão quando excedermos os limites abstratos e teóricos desse sentimento, expressando-o realmente na prática e na nossa vivência diária.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de agosto/1974-Fraternidade Rosacruz-SP)

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Dieta Equilibrada e a Saúde

A saúde depende da boa constituição dos tecidos e da função normal dos órgãos. Os primeiros se formam pelas substâncias nutritivas contidas nos alimentos que comemos, os quais, se são adequados, favorecem – ao mesmo tempo – o bom funcionamento do nosso organismo.

Os alimentos que naturalmente estão destinados ao ser humano, além de conter as substâncias nutritivas para fornecer energia ao corpo, possuem outras, de caráter vital, dotadas de qualidades terapêuticas; em função dessas   propriedades, podemos dividir os alimentos em vários grupos. Uns estimulam de maneira natural a função de um órgão, como, por exemplo, os vegetais que ativam o trabalho dos intestinos e curam a prisão de ventre. Outros, como o aspargo, estimulam o funcionamento renal, aumentando a quantidade de urina. Outros há que têm efeitos vitalizadores, como as vitaminas contidas em abundância nas verduras e frutas cruas, de grande importância na cura das enfermidades, especialmente o escrofulismo, o raquitismo, a tuberculose, a anemia, a debilidade geral, etc.

Cada alimento natural possui uma ou outra dessas qualidades em um grau diferente. Assim, por exemplo, as amêndoas contêm substâncias plásticas para substituir o desgaste dos tecidos, enquanto a maçã – estimulante em alto grau – é mineralizante e purificadora do sangue, porém não contém substâncias plásticas. Vários alimentos, como as ameixas, espinafre, trigo integral e outros podem ser considerados laxantes, enquanto outros são diuréticos, tônicos, calmantes, purificadores do sangue, energéticos, desinfetantes, mineralizantes, refrescantes, etc.

Os sais potássicos, absorvidos em forma de verduras, são perfeitamente assimiláveis e fortalecem os órgãos internos. O ferro contido nos vegetais e frutas em estado natural é também facilmente utilizado pelo organismo.

Alimentos que servem para a formação e reparação dos órgãos são aqueles ricos em albumina, como ovos, leite, queijo, frutas oleaginosas (amêndoas, avelãs, amendoim, nozes, pinhões, coco, castanhas), legumes secos (lentilhas, favas, etc.). A albumina é indispensável para a conservação da vida.

Geradores de energia e calor, os mais importantes são os cereais (trigo, aveia, cevada, arroz, milho, pão, féculas, batatas, castanhas, etc.); da mesma forma o são as gorduras como o azeite e a manteiga, frutas secas (figos, uvas, ameixas), mel e açúcar sem refinar. As frutas ácidas são purificadoras do sangue. Também várias hortaliças como favas frescas, cenouras, beterraba e a cebola, pelo açúcar que contêm, são energéticas.

O ferro, fator importante para a formação do sangue, encontra-se no espinafre, agrião, rabanetes, alface, morangos, ameixas e maçãs. O cálcio, que ajuda a formação de ossos, dentes, etc., está contido nos alimentos mineralizantes. O fósforo, indispensável para o cérebro e nervos, é encontrado nas cerejas, amêndoas, nozes, feijões, etc. O sódio e o potássio, necessários para neutralizar os ácidos tóxicos do sangue, estão no espinafre, cenoura, pera, laranja, maçã, etc. São muito úteis para combater a arteriosclerose, artritismo, gota, reumatismo, etc.

Portanto, vimos que o organismo requer, para seu normal desenvolvimento e função, as três classes de alimentos: plásticos, energéticos e mineralizantes. O único alimento que reúne essas três qualidades é o leite materno e, ainda que o leite de vaca seja de composição semelhante e possua igualmente essas propriedades, os elementos que o integram são ligeiramente diferentes.

Algumas pessoas que não receberam as instruções adequadas sobre uma dieta nutritiva e a quem foi dito que os legumes, ervilhas, feijões, etc. podem substituir a carne animal (mamíferos, aves, peixes, anfíbios, répteis e afins) começam a comer tais vegetais em grande quantidade, depois de abandonar o regime carnívoro. É verdade que os feijões contêm mais proteína que os bifes, porém ela não é assimilada com facilidade. Há outras que começam a viver somente de pão, batatas e outros alimentos similares que contêm amidos; como resultado, passam a sofrer de desnutrição e anemia. Uma boa dieta tem que estar bem equilibrada em todos os sentidos e não podemos esperar resultados satisfatórios a menos que a estudemos com cuidado.

Todo aquele que deseja curar-se deverá esforçar-se no sentido de   que o conjunto de alimentos que coma produza uma boa dose de reação alcalina sobre os ácidos. Igualmente, deve haver compatibilidade entre os alimentos. Essa regra consiste em não comer, em uma mesma refeição, alimentos que não combinem bem ou que se suspeite sejam de difícil digestão.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1976-Fraternidade Rosacruz-SP)

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Alcançar a Nova Era: uma Meta para Todos Nós

Embora os avanços tecnológicos e a rapidez dos fatos sejam a tônica dos tempos atuais, eles não representam, contudo, garantia de reflexos verdadeiros da humanidade ao impulso espiritual da Nova Era que se aproxima. É verdade que grupos de diferentes ramos e/ou pertencentes a diversos países, a diversas culturas e empresas estejam se alinhando em cooperação para atingir propósitos semelhantes, mas a sincera análise traz à tona que o motivo real dessas uniões está baseado na ilusória necessidade de sobrevivência material, ditadas por fatores econômicos e financeiros. Quando diferente, as trocas de talentos funcionam similarmente à economia feudal que predominava na Idade Média.

Sabemos, no entanto, que a verdadeira Fraternidade Universal não pode ser baseada na cooperação superficial guiada por interesses materiais, tampouco na ilusão de que as “novas” atitudes integrativas revelam alguma espiritualidade. Ainda que o Sol estivesse agora mesmo, por Precessão dos Equinócios, sob o Signo de Aquário e inundando a Terra com suas vibrações de Fraternidade Universal, tal acontecimento não garantiria a verdadeira Fraternidade Universal como uma realidade. Esse estado não pode nascer fora do ser humano, tampouco pode ter como bases referenciais físicos. Em verdade, a Nova Era ocorrerá quando o ser humano aprender a viver a Fraternidade de modo interno. Em outras palavras, o cooperativismo não deve ser ditado por necessidade e progresso materiais ou interesses pessoais, mas por ações voluntárias e espirituais, pois viver de outro modo constitui uma vida estéril, já que o benefício material não pode gerar vida.

Alcançar a Nova Era significa afinar as intenções (internas) com os propósitos da Era de Aquário. Não basta apenas receber suas vibrações pelo Sol físico. Deve haver uma decisão de buscar esse novo padrão de estilo de vida.

Tracemos as características do modelo de aprendizado que nos guiará até a Nova Era, e que foi deixado para a humanidade a milhares de anos atrás. Tal modelo já deveria ter sido assimilado por todos, mas, infelizmente, as amarras e apego ao Espírito de Raça e de família são tamanhos que algum atraso no caminho natural das coisas ocorreu! Apesar disso, a ação rápida da Era de Aquário permite que haja aceleramento do progresso espiritual, o que constitui uma graça e uma redenção de compensação do tempo perdido.

Para compreendermos o motivo das lições que nos guiarão para a Nova Era devemos compreender as tendências enraizadas em nossa Personalidade que foram formadas no passado. Somente assim poderemos nos livrar delas. No livro Conceito Rosacruz do Cosmos é ensinado que nós começamos nosso caminho de desenvolvimento no Período de Saturno. Em seguida passamos pelo Período Solar, Período Lunar e estamos atualmente no Período Terrestre. Até a metade do Período Terrestre tínhamos o objetivo de desenvolver ferramentas ou veículos para nós mesmos, estando toda a força criadora direcionada para esse propósito. Essa etapa de construção é conhecida, pela Filosofia Rosacruz, como período de Involução. Os veículos, que recebemos como germe e desenvolvemos até o momento atual, foram: um Corpo Denso (no Período de Saturno), um Corpo Vital (no Período Solar), um Corpo de Desejos (no Período Lunar) e uma Mente (no final da primeira metade do Período Terrestre – metade da quarta Revolução desse Período). Em verdade, a Mente atual constitui apenas um esboço rudimentar do que será futuramente e quão valiosa será para o nosso trabalho – por isso que ela é um veículo e não um Corpo, ainda. A partir desse ponto (cadeia de três Corpos e uma Mente) nós pudemos despertar uma consciência de vigília (nascimento do indivíduo). Em outras palavras, nós pudemos tomar posse de nossos veículos e esse é um marco importante, pois culmina o trabalho feito por nós, Ego – um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado –, com ajuda de diversos seres esplêndidos, chamados de Hierarquias Criadoras, de descer dos Mundos ditos superiores até aqui no Mundo Físico. O encontro entre os nossos Corpos e nós, o Ego, por meio da Mente, marca o nascimento do indivíduo. Isso ocorreu no atual Período Terrestre. Aqui se iniciou o período conhecido como Evolução (veja mais detalhes no Cap. XII do Livro o Conceito Rosacruz do Cosmos).

Para compreendermos as lições que nos levarão para a Nova Era, necessitamos focar nossa atenção no trabalho feito no atual Período, o Terrestre. O Período Terrestre é dividido em sete grandes Épocas: (1) Época Polar; (2) Época Hiperbórea; (3) Época Lemúrica; (4) Época Atlante; (5) Época Ária; (6) Época Nova Galileia; (7) Época Reino de Deus. Já passamos pelas quatro primeiras e estamos atualmente vivendo a Época Ária. Seguindo a Lei da Natureza conhecida como Espirais dentro de Espirais, durante a (1) Época Polar, aprimoramos nosso Corpo Denso, pois a primeira Época é uma representação menor do trabalho maior feito no primeiro Período ou Período de Saturno. Na segunda Época do Período Terrestre, Época Hiperbórea, trabalhamos sobre o Corpo Vital, pois essa segunda Época correlaciona-se com o trabalho do Período Solar. Durante a terceira Época do Período Terrestre, Época Lemúrica, desenvolvemos ainda mais o Corpo de Desejos, pois aqui o trabalho está relacionado com o que foi efetuado no terceiro Período, o Período Lunar. Lembrem-se, Espirais dentro de Espirais! Alguns pioneiros da Involução aprimoraram seus Corpos de Desejos de tal modo, que foram capazes de dividi-lo em duas partes: Corpo de Desejos superior e Corpo de Desejos inferior. Para esses, na última parte da Época Lemúrica, foi possível adiantar a entrega do Átomo-semente da Mente, pois a parte superior do Corpo de Desejos permitia certo controle das paixões para que o Ego pudesse tomar posse de seus veículos. Então, foi na 3ª Época (Lemúrica) que nasceram os primeiros indivíduos. Para os que ainda não tinham separado o Corpo de Desejos em duas partes, somente mais tarde foram capazes de tomar posse definitiva de seus veículos. Para esses, isso ocorreu na quarta Época ou Época Atlante (veja mais detalhes no Cap. X do Livro o Conceito Rosacruz do Cosmos, a revolução Lunar do Período Terrestre).

A partir do nascimento do indivíduo, iniciamos o trabalho original do Período Terrestre (note que até então houve Recapitulações ou aprimoramento de trabalhos já realizados em Períodos precedentes). Até esse ponto, nós não éramos fisicamente separados. Todos constituíam uma única Raça e éramos bissexuais ou hermafroditas. Com a separação da Terra do Sol, toda energia espiritual do Sol era assimilada por um único canal. Mas, como a Lua, a oitava esfera, acabou tendo que ser separada da Terra, duas fontes de energias começaram a ser derramadas sobre a Terra. Assim, uns tornaram-se melhores condutores de energia lunar e outros da procedente do Sol. Tal fator, juntamente com a necessidade de desenvolvimento do cérebro e da laringe físicos, promoveu a separação dos sexos, a cada vez que renascemos aqui, na Região Química do Mundo Físico.  

Essa foi a nossa primeira diferenciação física (mulher e homem). Com ela, metade da dual força criadora foi direcionada para construção de um cérebro e uma laringe, para expressar pensamentos, planejar ações e direcionar os sentimentos. Aqui, divididos entre homem e mulher, recebemos a ajuda de seres elevados conhecidos como os “Senhores de Vênus” e os “Senhores de Mercúrio”. Os primeiros constituíram guias das grandes massas. Seu ministério tinha o objetivo de nos fazer manifestar nossa vontade e decisão ao ponto de nos dirigir sozinhos. Aqueles que alcançaram esse propósito (os adiantados), eram, então, postos sob a direção dos “Senhores de Mercúrio” que ensinavam verdades mais elevadas para se tornarem seres humanos Líderes ou “Reis pela graça de Deus”. Assim, assumiriam o papel dos Senhores de Vênus. Somente aquele que tem domínio próprio poderá governar os demais.

Na última parte da Época Lemúrica, alguns de nós se desenvolveram de tal modo que começaram a construir corpos mais aprimorados. Assim, a primeira Raça surgiu, a Raça Lemúrica. Essa não tinha memória, nem sentimento algum, apenas a sensação de tato, dor e conforto.  O Corpo Denso era algo muito bruto e grande, e a nossa consciência ainda estava totalmente voltada para os Mundos internos. Dessa maneira, o único modo de chamar a nossa atenção para o Corpo e para o Mundo Físico era nos estimular para tal. Como os Corpos eram brutos e só tinham percepção de dor e conforto, métodos de ensino violentos foram necessários para despertar a nossa vontade e consciência para o Mundo Físico (veja sobre esses métodos no Cap. XII do Livro o Conceito Rosacruz do Cosmos). Os métodos eram simplesmente os que causavam dor física, e visavam estimular o Corpo Denso para que a nossa atenção para ele fosse despertada. Infelizmente, hoje, fatos revelam que muitos de nossos irmãos e de nossas irmãs permaneceram com reminiscências dessa Época. Isso constitui um fator de distanciamento para entrarmos na Nova Era. Devemos nos livrar disso!

Ainda no que se refere à última parte da Época Lemúrica, houve o episódio conhecido como “A Queda do Homem”. Não entraremos em detalhes sobre esse episódio aqui, mas ele constituiu um fator chave que nos fez, homem e mulher, conhecermos ou focarmos nossa consciência no Mundo Físico e em nossos Corpos, por meio da procriação autônoma.

Terminada a Época Lemúrica, iniciou-se a quarta Época ou Época Atlante. Com o uso da Mente, verificou-se que o pensamento esgotava as células nervosas; matava, destruía e levava-as à decomposição. Aqui, o alimento passou a ser composto de cadáveres. Matávamos para comer com o objetivo de formar um esqueleto mais sólido e denso (“Nimrod era um caçador poderoso”). Mesmo com um Corpo Denso mais aprimorado e conhecendo mais o Mundo Físico, insistíamos em não aproveitar as oportunidades que o Mundo Físico tinha para oferecer, pois amávamos demais os planos internos. Desse modo, um novo elemento foi dado, o “vinho”. O álcool é um espírito e atua sobre nós. Essa atuação paralisa totalmente a influência espiritual, deixando-nos propensos a focar somente no material. Fomos esquecendo, então, nossa origem espiritual e focamos na matéria.

O progresso individual e material começou a ser tão grande, que diferentes corpos foram necessários para dar conta da nossa expressão que evoluía. Assim, fomos divididos em sete Raças:

  • Raça Rmoahals – que além de sensações e dor, também tinham algum sentimento, mas pouca memória. Graças a essa última faculdade começou a nomear as coisas;
  • Raça Tlavatlis – sentimento egoísta com uma memória mais aguçada deu início à busca por reconhecimento de acordo com seus feitos. Tornaram-se ambiciosos e recordavam-se das proezas que faziam. Honra dos antepassados que virou adoração. Isso é muito comum ainda em igrejas exotéricas. Por exemplo, todas as vezes que adoramos a pessoa que fez grandes feitos, estamos revivendo a época de Tlavatlis. O que devemos fazer é admirar os feitos das pessoas e seguir seu modelo de santidade.
  • Raça Tolteca – valorizavam a experiência. Quanto mais experiências uma pessoa tinha, mais sábio era considerado e escolhido como guia para tomada de decisões. Com o tempo, essa admiração foi transformada em critério para se escolher quem iria governar o povo. Admiravam seus predecessores e inauguraram a monarquia de acordo com os feitos dos homens. Os filhos desses grandes homens eram também respeitados e honrados, por isso, o filho de um grande homem tinha bons privilégios de reconhecimento. Assim, inaugurou-se também a sucessão hereditária de poder. Obviamente que houve abusos de poder pelos reis, com opressão e vingança. Exemplo de reminiscências dessa Raça ainda hoje podemos ver nas monarquias.
  • Raça Turânios Originais – construíam templos onde reis eram adorados, oprimiam as classes inferiores. Florescia a magia negra. Os templos Egípcios constituem uma amostra desses santuários. Atualmente, muitos querem construir igrejas de pedra e cimento para adorarem Santos e Santas e não os seus feitos; isso também é uma reminiscência dos Turânios Originais.
  • Raça Semitas Originais – a mais importante das Raças, pois foi a semente da Raça Ária. Aqui, deu-se início ao uso da Mente como refreadora das paixões. Eles foram os primeiros a descobrirem que o cérebro é superior ao músculo. Mas faziam isso de modo astuto e egoísta, para conseguirem o que desejavam.
  • e (7) Raça Acádios e Raça Mongóis – desenvolveram mais ainda a capacidade de pensar. Mas se desvirtuaram do rumo da evolução, pelo excesso de astúcia e egoísmo.

Antes de entrarmos no estudo da atual ou quinta Época é importante retomarmos o estado das massas: primeiro nós tínhamos gastados, em demasia, nossa força criadora devido ao episódio “A Queda do Homem”; usamos e abusamos dela. Segundo, fizemos uso de álcool e de drogas, utilizando nossa Mente para fins egoístas e astutos ao ponto de nos esquecer de nossa origem divina e espiritual. O foco no Mundo Físico foi tamanho, que passamos a negar a existência de qualquer coisa espiritual (note a falta de equilíbrio: antes negávamos a existência do Mundo material; agora, pendemos para o lado oposto, e negamos a existência dos Mundos espirituais!). Terceiro, dividimo-nos em Raças. As Raças mais avançadas passaram a dominar ou escravizar as mais débeis. Quarto, a noção de separatividade fez com que nos apegássemos a termos o sentido egoísta de pertencer a uma família, uma tribo, uma nação ou a um país, de tal modo que nos prendíamos, por esse sentimento egoísta de pertencimento, a essa forma, não possibilitando mudanças e progressos.  Ficamos confinados nos corpos, nascendo e renascendo na mesma Raça, por muitos e muitos anos. Como essas reminiscências estão atualmente? A Tabela 1 mostra didaticamente.

Lições da ÉpocaAtingiu
seu objetivo
O ser humano se livrou
dela?
Roupagem atual
Lemúrica Causar dor no corpo para despertar a consciência e vontade. Relação sexual apaixonada para despertar a consciência para o Mundo Físico.SimNãoAutoflagelação, tatuagem, piercing, práticas Hindus de elevação do corpo por ganchos, esportes radicais que atingem os limites físicos suportáveis e, às vezes, insuportáveis. Sexo baseado na paixão e na posse do outro.
Atlante Acumular coisas, pois era nosso papel aprender a dominar sólidos, líquidos e gases. Nesse processo, aprendemos a guardar o que dominamos, termos referências visíveis que expressam nosso domínio.SimNão  Ainda procuramos a valorização da posse material ou imaterial: minha casa, meu carro, meu dinheiro, meus filhos, meu marido, minha esposa, minha saúde, minha fama, meu poder e acúmulo de bens para também termos referência física de que dominamos o mundo e estamos seguros por isso.
Atlante Uso do “vinho” e da carne animal para se esquecer da origem divina e formar um Corpo Denso com um esqueleto apropriado.SimNãoGrande parte de nossos irmãos e das nossas irmãos ainda contribuem para matança dos animais (mamíferos, aves, peixes, répteis, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) e utilizam bebidas alcoólicas em churrascos, festas e comemorações. Também, de modo cotidiano, com a astúcia de relaxar ou “se livrar” de doenças cardiovasculares.
Atlante Negar a existência de qualquer coisa espiritualSimNãoPessoas céticas e que acham pura bobagem acreditar nas fantasias sobre Deus ou Religiões.
Atlante Raças mais avançadas ou inteligentes passaram a dominar ou escravizar as mais débeisSimNãoHá ainda escravidão, inclusive econômico-financeira. Sem se falar na escravidão física, exploração sexual, exploração de crianças e outras. Os mais ricos e poderosos escravizam os trabalhadores mais pobres.
Atlante Divisão em Raças e o uso do cérebro para aprender a controlar as coisas físicas.SimNãoAlgumas vezes, não mais Raças, mas espírito de família, espírito de tribo. Ainda utiliza sua Mente para conseguir ser “melhor funcionário”, ter “melhor desempenho” e ser competitivo seja na família, seja no mercado de trabalho. Custe o que custar, empregará sua Mente para ter sucesso material e de carreira (“pisando no pescoço”, “puxando o tapete”, “apelando para a forma física”, “se prostituindo”, “se vendendo”)
Tabela 1 – Lições das Épocas e a roupagem atual que constituem suas reminiscências

É possível notar que ainda temos muitas dessas tendências enraizadas em nossa Personalidade, que tiveram origem durante a Época Lemúrica e Atlante. Com o término da Época Atlante, iniciou-se a quinta Época ou Época Ária. Aqui, um grande Iniciado apareceu para nos mostrar como devíamos nos livrar das reminiscências da Época Atlante e da Época Lemúrica, e o que devemos aprender da Época Ária para entrarmos na Nova Era. Tal Iniciado foi Abraão e sua vida pode ser estudada por meio da Bíblia.

Abraão foi o primeiro dos mestres Iniciados enviados a nova Quinta Época Raça-Raiz que habitaram a Terra depois da destruição do continente Atlântico pelo “Dilúvio”. Para desvencilhar a tendência de que somos algo material, um acidente da natureza e sem origem espiritual, Abraão, antes conhecido como Abrão, veio de Ur, cidade da “luz”, e se estabeleceu em Harã, “um lugar alto”. Significa que sua origem não é física ou material, mas espiritual.

Os espiritualmente iluminados sempre consideraram que cada lugar mencionado na Bíblia representa o aqui e agora, e cada personagem mencionado é você, você mesmo. Ora, também viemos de Ur (da luz) e nos estabelecemos em um lugar alto. Sabemos que nós, o Ego, não estamos aqui na Região Química do Mundo Físico (baixo), mas na Região do Pensamento Abstrato (alto). Além disso, a noção de que somos mais do que carne e osso têm uma implicação muito importante no modo como agimos no dia a dia. Se prestarmos atenção, facilmente notaremos que vivemos no mundo com a ilusão de que permaneceremos aqui para todo o sempre. Ignoramos o fato consumado que é a morte! Não há como permanecer vivo para sempre! Mesmo assim, alimentamos a ideia de que permaneceremos, e nossas ações diárias são modeladas a partir disso. “Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir”. (Hb 13:14). Se compreendermos que a morte do Corpo Denso não extingue a vida, a pergunta que aparece é: como devemos nos preparar para o que há de vir? Devemos dedicar algum tempo da nossa vida para essa preparação, e deixar de usar a Mente para alimentar traços atlantes como a competitividade, o ceticismo e a valorização de grandes feitos físicos. Além disso, a ideia de que aquilo que acumulamos de aprendizado não pode ter relação com a quantidade de posses físicas, nos faz procurar menos ostentação e avareza. As riquezas permanentes estão no Céu e não na Terra passageira. Essas constituem as primeiras lições que devemos aprender.

Outro fator importante: assim como Abraão, não estamos sozinhos quando iniciamos a vida na Terra. Em verdade ele estava acompanhado por Sara (sua natureza superior) e do filho de seu irmão (Ló) sua natureza inferior. É muito importante recorrermos ao texto bíblico em que o narrador esclarece que Abraão (Ego) era muito rico em prata e ouro e possuía muito em gado. Assim como Ló, também, possuía muitos bens. No capítulo 13 do Livro do Gênesis versículos 6, 7, 8 e 9, lemos: “E não tinha capacidade a terra para poderem habitar juntos, porque os seus bens eram muitos de maneira que não podiam habitar juntos. E houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Lot, e os cananeus e os perizeus habitavam então na terra. E disse Abrão a Lot: ‘Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim, e se escolheres a esquerda, irei para a direita e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda’”.

Com esse processo de reconhecimento que não há espaço para que as naturezas superior e inferior vivam juntas, começa uma separação em ideias entre ambas. Mesmo sendo pecador, isso não impede de começarmos uma busca por realizar as obras espirituais. Por meio da inanição, deixamos de alimentar a natureza inferior que, aos poucos, começa e perder força e alimentamos apenas a natureza superior. Na medida em que o “Eu superior”, a parte de nós que deve preencher a totalidade do nosso ser, passa a predominar, o crescimento anímico ocorre. Com esse poder, poderá haver o resgate e domínio do “eu inferior”. Isso é relatado na seguinte passagem da Bíblia: “Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã”. O Senhor havia ordenado a Abraão que percorresse toda a terra, no seu comprimento e na sua largura, pois assim iria adquirir experiência. A soma do número 318 equivale ao número 12. A soma do número doze equivale a 3 que representa os três atributos de experiência de nós, o Ego: Alma Consciente, Alma Intelectual e Alma Emocional. Abraão estava, então, apto e suficientemente poderoso para resgatar Ló e não mais viver separado dele, mas com a capacidade de dominá-lo. “E dividiu-se contra eles de noite, ele (Ego ou Abraão) e os seus criados (seus poderes Anímicos), e os feriu, e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco. E tornou a trazer todos os seus bens, e tornou a trazer também a Ló (Personalidade ou natureza inferior), seu irmão, e os seus bens, e as mulheres, e o povo”.

Passadas tais provas, veio a palavra do Senhor a Abraão em visão, dizendo: “Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.” (Gn 15:1). Apesar de os ideais de pureza, serviço e sacrifício parecerem estar, ainda, muito distantes de serem concretizados por nós, tais atributos (que são personificados por Abraão) são expressões superiores de Áries (a primeira das três Eras que iniciou na Época Ária, logo após o fim da Época Atlante).

Após essa etapa de domínio do “eu inferior” pelo “Eu Superior”, inicia-se um novo processo de produção de serviços espirituais. Muitas obras em favor da humanidade são realizadas pela pessoa que atingiu essa etapa. No entanto, quanto mais alto a alma ascende, mais sutis serão as tentações que deverá sofrer. Abraão finalmente enfrentou uma de suas maiores provas do Caminho Iniciático, a denominada Grande Renúncia. Assim como se lê no Livro do Gênesis 22:7-12. “Então falou Isaac a Abraão seu pai, e disse: ‘Meu pai!’. E ele disse: ‘Eis-me aqui, meu filho!’. E ele disse: ‘Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?’. E disse Abraão: ‘Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho’. Assim caminharam ambos juntos. E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e edificou Abraão ali um altar e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaac seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha. E estendeu Abraão a sua mão, e tomou o cutelo para imolar o seu filho; Mas o Anjo do Senhor lhe bradou desde os céus, e disse: ‘Abraão, Abraão!’ E ele disse: ‘Eis-me aqui.’. Então disse: ‘Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho’.”.

Isaac representa as obras geradas pelo “Eu Superior” após dominar o “eu inferior” e alcançar a Iniciação. Ele é filho de Abraão e Sarah. A solicitação de Deus para renunciar às suas obras espiritualistas ou propriedades do “Eu superior”, é fundamental. Isso foi bem relatado por Max Heindel em uma de suas Cartas aos Estudantes, quando mencionou que sentia, por muitas vezes, a Fraternidade Rosacruz como uma obra pessoal (tentação) e não produto dos Irmãos Maiores. Esse é um ponto muito sutil, pois o Iniciado aqui acredita que todas as obras maravilhosas que realiza são dele, mas em verdade, pertencem a Deus. Uma vez ultrapassada essa noção, o Espírito mostra que está apto para viver a verdadeira união com todos e receber os verdadeiros ensinamentos universais Cristãos, reservados apenas àqueles que atingiram esse ponto.

Podemos resumir as lições da Época Ária em:

  • Renunciar ao “eu inferior” (traços que trazemos da Época Lemúrica e Época Atlante);
  • Fortalecer o “Eu Superior” para dominar o “eu inferior”;
  • Depois, servir com fidelidade e produzir obras com o “Eu Superior” (gerar filhos: Isaac);
  • Renunciar as obras do “Eu Superior”. Elas não são nossas, mas da humanidade.

Sem dúvida, somente pela devoção, fé e entrega total para Deus é que será possível superar essa grande prova de renúncia espiritual. Se assim procedermos, poderemos verdadeiramente, alcançar a Nova Era. “Aquele que encontrou sua vida, a perderá; e aquele que perdeu sua vida por minha causa, a encontrará.” (Mc 8:35).

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que os Antigos Sacerdotes do Egito estudavam Astrologia tão profundamente?

Resposta: Porque todo o destino da humanidade está intimamente envolvido com as estrelas. Não importa se consultamos a nossa própria Bíblia ou quaisquer outros livros de qualquer outra Religião. Em todos eles devemos descobrir que as estrelas ocupam um lugar muito proeminente. Na nossa própria Bíblia sabemos que são chamados os Sete Espíritos diante do Trono. São os Sete Anjos Estelares, como particularmente conhecidos pela Igreja Católica; os Sete Espíritos Planetários relacionados com a nossa evolução desde que a humanidade começou a se desenvolver neste Planeta. Por conseguinte, o curso das estrelas e suas configurações são, naturalmente, os marcadores do tempo na história da humanidade.

Ouvimos Pitágoras falar da Música das Esferas[1]. A maioria das pessoas pensa que é uma expressão poética. Não o é; é um fato. Em qualquer lugar que estivermos, há um som distinto dos sons de outros lugares percorridos. O farfalhar das árvores, quando o vento sopra, o murmúrio dos riachos, tudo tem um som peculiar. Dois riachos não produzirão o mesmo som. Os musicistas que possuem um ouvido treinado poderão distinguir a diferença. Se formos à uma cidade, haverá um aglomerado de ruídos, mas todo esse barulho se mistura com o tom da cidade. A composição de todos os sons em todo o mundo, o farfalhar dos ventos nas árvores e todos os ruídos são ouvidos no espaço, como um tom único determinado — o tom da Terra.

Essas órbitas estelares trafegam ao redor, como é bem conhecido pelos astrólogos, mas não em um círculo. Elas não permanecem em uma única ordem, mas se apresentam em configurações diferentes entre si. O mesmo acontece nos sete tons da oitava, que são a réplica dos Sete Espíritos Planetários. Da mesma forma que eles podem se combinar de maneiras diferentes, formando acordes diferentes, também esses tons diferentes dos mundos que estão se movimentando através do espaço criam a harmonia das esferas, e a humanidade está evoluindo de acordo com a mudança dessas vibrações. Há uma vibração diferente a cada instante, e sempre que um novo ser renasce, essas várias e diversas vibrações atuam sobre ele, tornando-o diferente de todos os demais. Portanto, ele tem o seu próprio destino.

Isso ocorre tanto no microcosmo quanto no macrocosmo, no pequeno e no grande mundo. Todos nós estamos relacionados com as estrelas. Todos estão intimamente envolvidos com as estrelas; sem elas nada é feito ou criado. Essa é a razão pela qual os antigos sacerdotes do Egito, plenamente cientes disso, adicionavam esse aspecto à Religião. Essa é a razão pela qual eles estudavam a Astrologia tão profundamente, e chegará o dia em que muito mais pessoas a estudarão. A ciência da Astrologia se restabelecerá quando nos tornarmos mais sábios.

(Pergunta nº 115 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: A música das esferas, também conhecida como harmonia das esferas ou música universal, é um antigo conceito definido pelos gregos que postula a existência de uma harmonia divina e matemática entre o macrocosmo e o microcosmo. Pitágoras, atuando na Magna Grécia, em suas pesquisas sobre astronomia, matemática, acústica e música, foi talvez o primeiro a estabelecer um elo entre a regularidade dos eventos celestes e as proporções matemáticas que regulavam as consonâncias e dissonâncias musicais. Tentando explicar o funcionamento do mundo, veio a conceber a ideia de que o cosmos era um imenso mecanismo de origem divina e estrutura unificada.

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Cuidando do Nosso Corpo Denso como se deve

O nosso Corpo Denso é, dentre todos os nossos veículos, o que está mais próximo de atingir a perfeição com ferramenta para nós, o Ego. Saber como cuidar melhor dele vai desde a alimentação até a interação dele com os outros veículos.

E é um dever do Estudante Rosacruz saber disso e aplicar esse conhecimento na sua vida, a fim de merecer aprender a construir – e ensinar – novos Corpos Densos, tanto na sua vida celestial, como aqui, renascido.


Quer entender mais sobre esse assunto? É só clicar aqui: Por um Estudante – Cuidando do Nosso Corpo Denso como se deve

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Dezembro de 2022

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as ATIVIDADES PÚBLICAS de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.

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1.Para acessar a Edição digital, clique aqui: Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Dezembro de 2022

2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):

A Fraternidade Rosacruz é uma escola de Filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.

Informação

As atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado, devido a pandemia da COVID-19. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de dezembro/2022:

https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/

https://www.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas

https://www.instagram.com/frc_max_heindel/

https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas

  • Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) on line em andamento
  • Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
  • Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)

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Janeiro – Sol transitando pelo Signo de Aquário

A Hierarquia de Aquário é o lar dos Anjos.

O Anjo Jeová é o mais elevado Iniciado da Hierarquia de Aquário.

A nota-chave de Aquário é a lei.

Os Anjos, quando trabalham na Terra, utilizam os planos etéricos do Planeta como campo mais apropriado.

Os Corpos dos Anjos estão formados de Éteres, e por isso só são visíveis para os que desenvolveram a visão etérica.

Muitas crianças a possuem e, por isso, tem o conhecimento, de primeira mão, dos seres angélicos.

O padrão cósmico que Aquário mantém sobre a Terra é um modelo dos ideais de Paternidade de Deus e da irmandade do ser humano, o fundamento para um tipo de amizade destinado a se expandir até que abarque a todos.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Capítulo XVIII – A Constituição Da Terra E Erupções Vulcânicas – O Número da Besta – Parte 2

  1. Quais Iniciações são chamadas Cristãs? E por quê?

São chamadas Cristãs, as quatro Iniciações Maiores, que só puderam ser acessadas após a primeira vinda de Cristo.

  • De que maneira São João recebeu os ensinamentos do Livro da Revelação?

São João tinha a capacidade de funcionar conscientemente nos Mundos suprafísicos e conviver com os seres que vivem em cada um desses Mundos.

São João viu e nos forneceu ensinamentos com elevada significância oculta, tais como:

  • Um Trono: Deus.
  • 24 anciãos: os polos positivos e negativos dos 12 signos do Zodíaco.
  • 7 Tochas: Os 7 Espíritos Planetários,
  • O Mar de vidro: a Mente Cósmica,
  • Os 4 seres Vivos:

Leão (Leão, Fogo, Região Etérica): os Anjos,

Boi (Touro, Terra, Região Química): Ser Humano,

Homem (Aquário, Ar, Mundo do Pensamento): Srs. da Mente

Águia (Escorpião, água, Mundo do Desejo): Arcanjos.

  • Se um Espírito desencarnado pode atravessar uma parede, ele também pode atravessar uma montanha e a Terra, e pode ver o que está no seu interior?

Depende do “tipo’ de Espírito;

Sem o Corpo Denso, um Espírito pode atravessar uma parede, ou uma montanha, mas nenhum Espírito pode ver o que está no interior da Terra, até que as portas da Iniciação despertem suas faculdades latentes.

Ninguém, a não ser um Iniciado, pode penetrar as profundezas da Terra, nem mesmo no seu 1º Estrato.

Tal penetração, é o caminho da Iniciação, e é preciso força de Alma, pureza e abnegação para alcançar o Cristo.  

  • O que é cristalização?

Tudo aquilo que perdeu vida, cristalizou-se.

Quando a vida abandona as formas, estas morrem.

A vida nunca penetra numa forma para despertá-la a vida.

Foi assim que surgiram as coisas mortas.

  • O que é Lemniscata?

É um “Oito Deitado”, símbolo do infinito; sua forma tem um traço contínuo.

Há 2 círculos convergindo para um ponto central, representando o caminho da evolução do lado físico e espiritual.

O ponto central simboliza a porta do nascimento e da morte.

Conceito Rosacruz do Cosmos – A Constituição Da Terra E Erupções Vulcânicas – O Número da Besta – Parte 3

  1. Qual é o Estrato da Terra que nos dá um reflexo preciso do estado moral da humanidade?

No Sétimo estrato: Refletor – que corresponde ao Mundo do Espírito Divino

Nesse estrato, as “Leis da Natureza” aparecem como forças morais ou imorais

Estas forças da Natureza, respondem a queda da moralidade, com devastações.

  • Qualquer falha moral, pode resultar em inundações, terremotos, vulcões, furacões, etc.
  • Já qualquer procura por ideais elevados, melhoria da moralidade, pode resultar na formação de óleos, carvão, minérios, etc.

“As Leis de Consequência, mais a responsabilidade coletiva, atrai estes agentes de Justiça retribuidora.

Porque nessa época ocorreram muitos conflitos e guerras, sendo considerada uma época ruim. As ideias religiosas impediram o desenvolvimento da razão pelo mundo.

Atualmente os historiadores discordam, porque acredita-se que houve grandes avanços científicos e históricos nessa época.

Pois as ideias religiosas impediram o desenvolvimento da razão pelo mundo.

  • Quais são os renascimentos anteriores de Christian Rosenkreuz?
  • Hiram Abiff: o Construtor do Templo de Salomão – que representa o polo masculino. Ele foi o mestre de todos que trabalhavam na construção. Era o mais habilidoso artífice no trabalho do mundo. Nele se concentrava toda a arte e ofício de todos os Filhos de Caim que o precederam. Assim, a habilidade material dos Filhos de Caim foi tão necessária para a construção deste Templo como o era a concepção espiritual dos Filhos de Seth.

Quando Hiram Abiff, descendente dos Filhos de Caim, “Filho da Viúva”, estava perto de acabar a obra prima do Templo, que seria o Mar Fundido, os Filhos de Seth, “Filho do Homem”, tentaram apagar o fogo utilizado por Hiram Abiff, jogando água e por pouco não conseguiram. Com isso frustrou o plano divino de reconciliação entre essas duas classes.

  • Lázaro: ou o ser andrógeno ressuscitado pelo Leão de Judá, o Cristo. Junto a Jesus, alcançou a vida eterna pela união dos dois polos masculino e feminino. O próprio Cristo Jesus chorou na ressureição de Lázaro, que é a personificação da união perfeita entre os polos masculino e feminino.
    • Conde Saint Germain: Tratando-se de um Ego excepcional, previu o que iria acontecer à França e dedicou sua vida à mudança político-social do mundo que foi operada pela Revolução Francesa. o Conde de Saint Germain representava a face do amor. Permanecia em um lugar somente o tempo necessário à realização do seu trabalho. Como Iniciado de grau superior, está sempre em atividade em alguma parte do mundo. No século XIII, na Alemanha, fundou a misteriosa Ordem dos Rosacruzes.
    • Christian Rosenkreuz – elevado instrutor espiritual, usando o simbólico nome Christian Rosenkreuz – Cristão Rosacruz – apareceu na Europa para iniciar o trabalho de espiritualizar a Ciência e tornar científica a Religião. Fundou a misteriosa Ordem dos Rosacruzes objetivando lançar uma luz oculta sobre a mal-entendida Religião Cristã, e para explicar o mistério da Vida e do Ser do ponto de vista científico, em harmonia com a Religião. Seu nascimento como Christian Rosenkreuz marcou o princípio de uma nova era na vida espiritual do mundo ocidental.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Capítulo XIX –Christian Rosenkreuz e a Ordem dos Rosacruzes – Antigas Verdades em Novas Roupagens – Parte 1

  1. Onde está a Ordem Rosacruz?

Importante:

O templo da Ordem Rosacruz é formado de material da Região Etérica– e, portanto, invisível para as pessoas que não possuem a visão etérica.

O local onde está o Templo da Ordem Rosacruz não pode ser revelado publicamente, para que curiosos não atrapalhem o trabalho realizado lá.

  • No lançamento da cruz do fundador – a Cruz não era BRANCA, era negra. Por quê?

A ideia de ser negra, era para indicar o quanto estamos na escuridão, aqui na Região Química do Mundo físico. Mas como a cor preta, aqui no Mundo Físico, está associada a algo ruim, a morte e a magia negra, e para não haver essa associação, a sugestão foi transformar a cruz negra em cruz branca.

Hoje a Cruz Branca mostra o quanto precisamos evoluir e a necessidade de buscarmos a purificação do Corpo Denso tanto no uso, quanto naquilo que fazemos com ele (alimentação, bons hábitos) e principalmente eliminar todo o desejo inferior.

Resumindo: a Cruz Branca representa a necessidade da purificação dos nossos corpos.

  • O que é a meditação sobre a cruz negra e as sete rosas vermelhas?

Nos três braços superiores da cruz negra, havia pintado com letras douradas: C.R.C., as iniciais de Christian Rosenkreuz – (O) Cristão Rosa Cruz, que inclui um pensamento de beleza e vida superior.

Seu próprio nome é a Corporificação da maneira e dos meios pelos quais o ser humano atual é transformado em Divino “Super-homem”.

A cruz juntamente com uma trepadeira de rosa no chão, simbolizando a verdejante vida dos diferentes reinos, que se encaminham às esferas superiores pelo caminho em espiral de evolução.

Portanto, esse símbolo mostra o fim e o objetivo da evolução humana, o caminho a ser percorrido e os meios pelos quais alcançará essa meta.

A cruz negra, os galhos verdes da planta que a entrelaçam, os espinhos e as rosas vermelho-sangue ocultam a solução do Mistério do Mundo: a evolução passada do Ser Humano, sua constituição presente e, especialmente, o segredo do seu futuro desenvolvimento.

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Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de dezembro:

Tomando a decisão certa

A sabedoria humana é finita e não pode conhecer todos os aspectos de um problema e, por isso, é incapaz de tomar uma decisão certa.

Mas quando estabelecemos contato com o reino interior de perfeita idealização – o Reino Crístico da Perfeição – isolamo-nos das interferências exteriores e, através da Mente Supraconsciente passamos a receber as ideias puras da Sabedoria.

Precisamos ter disciplina mental e harmonia interior, ouvir a “voz silenciosa” que nos conduzirá bem, sempre no caminho reto. Para que tudo dê certo, seria bom agirmos do seguinte modo, para que Deus nos ajude:

  1. Decidir sempre pelas coisas que sejam para o benefício de todos;
  2. Escolher o caminho que nos conduza para seu mais elevado bem;
  3. Colocar o bom senso nas tomadas de decisões. Procurar se conservar na direção da luz. Esforçar-se e aspirar no sentido do Bom, do Belo e do Verdadeiro.

Toda transição não é fácil, mas temos que persistir, pois a vitória final é segura.

Quem persegue o Bom, Belo e Verdadeiro sempre será ajudado pelas forças invisíveis de Deus.

Os Ensinamentos de Cristo são muito simples e poderiam ser mais fáceis se nós não nos afastássemos da harmonia interna e não nos opuséssemos a esses belos Ensinamentos.

O caminho de Cristo é de paz e êxito real, e só depende de cada um de nós.

Aproveitemos essas vibrações de Cristo agora, nesse momento do ano, aqui na Terra, arregacemos as mangas e procuremos seguir Seus passos, tendo o Cristo como nosso único e mais perfeito Ideal.

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“A Madona e o Menino”

Temas sobre “A Madona e o Menino” não tem idade. Encontram-se acima de tempo e espaço. Simbolizam o ideal sublime da maternidade encarnado em Maria, a imaculada Mãe de Jesus de Nazaré.

Periodicamente surge um alto Iniciado, em forma de mulher, para ser a mãe de um grande Mestre.

Em cada caso, o nascimento foi imaculado (não milagroso).

A Iniciada do Egito chamava-se Isis, que deu à luz a Horus, no Solstício de Inverno.

Krishna, mencionado frequentemente como o Cristo da Índia, nasceu como Jesus, em um ambiente muito humilde.

Os escandinavos adoravam ao Deus-Sol Baldur, cuja mãe era a virgem Frigga ou Freya. Outro nascimento que coincidiu com o Solstício de Inverno.

No México e nas Américas, o Deus Quetzacoatl nasceu de uma virgem Imaculada chamada Rainha dos Céus. Menciona-se também nesta narrativa, a vinda dos Anjos anunciando o nascimento.

A Suprema Mãe, adorada por todo o Universo, é o mais insigne Ser que rege a Hierarquia de Virgem, os Senhores da Sabedoria.

Sob a regência desta Mãe Celestial, todas as Madonas Iniciadas recebem sua instrução e preparação.

A Palestina foi o berço da mais exaltada de todas, Maria de Belém, mãe do Mestre Jesus, que possuía a mais elevada pureza humana. Ela legou a seu filho as riquezas de sua mais profunda sabedoria.

O Natal é notável por sua interna e profunda quietude. É como se o mundo inteiro estivesse envolvido em uma luz branca. Ocorre que as correntes de desejos da Terra se aquietam, com predomínio das forças espirituais.

É significativo o fato de que este eterno tema, a Madona e o Menino, correlacione-se com a caminhada evolucionária da Onda de Vida humana, nós. Juntos formam a imagem arquetípica do futuro desenvolvimento espiritual da humanidade, pois simbolizam o nascimento da Consciência Crística no interior do ser humano. O feminino indica uma Alma desperta e iluminada, e a Consciência Crística só pode nascer de uma Alma dotada dessas qualidades.

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Mente pura, Coração nobre, Corpo são”

A Fraternidade Rosacruz tem como lema: “Uma Mente pura, um Coração nobre e um Corpo são”. E isso não é difícil de entender.

A Cura se processa ao nível espiritual, segundo as Leis Universais que o ser humano, por ignorância ou fraqueza, persiste em transgredir. E o efeito na restauração do Corpo Denso é resultado da obediência do irmão ou da irmã doente ou enfermo em seguir as orientações de um irmão ou de uma irmã que dedica a sua vida ao estudo e prática da promoção da saúde aqui, na Região Química do Mundo Físico.

É esta resistência ao movimento natural e harmonioso que rege a vida de todos os seres humanos, que causa o sofrimento, a dor e a doença.

Para que a cura se realize completamente, é necessário eliminar as causas espirituais que se refletem em desarmonias no Corpo Denso, que são sempre sentimentos, desejos e emoções inferiores (ou seja, formado por nós mesmos por meio do uso dos materiais das três Regiões inferiores do Mundo do Desejo, que especializamos, carregamos e juntamos no nosso Corpo de Desejos), tais como o medo, o ressentimento, a mágoa, os ciúmes, a inveja, a cobiça, o rancor, a tristeza, a raiva, a presunção, o egoísmo, a soberba, e tantos outros.

Uma Mente pura, um Coração nobre e um Corpo são e serão, então, a manifestação harmoniosa de uma pessoa perfeitamente equilibrada, que se esforça e utiliza os Exercícios Esotéricos da Fraternidade Rosacruz, junto com o ofício dos Rituais e foco da sua vida cotidiana em servir amorosa e desinteressadamente a divina essência oculta em cada irmão e irmã. Ou seja, vivencia os Ensinamentos Rosacruzes no dia a dia.

Os Auxiliares Invisíveis proporcionam ajuda nos Planos Espirituais e, por isso, antes mesmo da Solicitação de Auxílio e Cura chegar ao Departamento de Cura de um dos Centros Rosacruzes, este auxílio, baseado no mandamento de Cristo “curai os enfermos” é atraído para a pessoa que o invoca sinceramente.

O irmão ou a irmã doente ou enfermo, ou seja, paciente, deve cooperar e ter sempre a convicção de que é ajudado, protegido, guiado e envolvido no Amor de Deus que o guia a seguir uma linha reta para frente e para cima, a fim de melhor compreender e remover as profundas causas e erros passados que agora se refletem na enfermidade, na doença ou na desarmonia presente. É fundamental que o irmão ou a irmã, agora paciente, esteja disposto a ajudar, dar a sua parte para os irmãos e as irmãs que estão sofrendo muito mais do que ele ou ela (e, acredite, existem muitos!) e é nesse sentido que ele também oficia os Rituais de Serviços Devocionais que lhe são fornecidos e do modo que lhe é ensinado. “Pedi e vos será dado”!

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Doutrina Cristã o Perdão dos Pecados

Para entendermos a razão de ser da doutrina Cristã o Perdão dos Pecados, vamos considerar o seguinte caso:

“As águas dos Grandes Lagos (de cinco lagos situados na América do Norte, entre o Canadá e os Estados Unidos) afluem ao rio Niágara. Este enorme volume de água corre rapidamente para as cataratas, sobre um leito coberto de rochas, numa extensão de uns 16 quilômetros. Se uma pessoa vai além de certo ponto e não perde a vida nos redemoinhos vertiginosos, perdê-la-á indubitavelmente ao cair na catarata.

Suponhamos que um ser humano, cheio de piedade pelas vítimas dessas águas, resolvesse colocar uma corda sobre as cataratas, ainda que soubesse serem tais as condições que não poderia depois escapar com vida. Apesar disso, de seu próprio gosto e livremente, sacrifica sua vida e coloca a corda, modificando o estado inicial. As vítimas abandonadas podem agarrar-se à corda e salvar-se.

Que pensaríamos de um ser humano que, tendo caído na água devido à sua falta de cuidado e estivesse lutando furiosamente contra a corrente, exclamasse: ‘Como? Salvar-me e procurar escapar ao castigo que a minha falta de cuidado merece? Amparar-me no sacrifício de quem sofreu sem culpa alguma e deu sua vida para que outros pudessem salvar-se? Não, nunca! Isso não seria digno de ‘um ser humano’! Assumirei as consequências dos meus erros!’.

Não concordaríamos que esse ser humano deveria estar louco?

Nem todas as pessoas necessitam de salvação. No Caminho da Evolução, as Leis do Renascimento e de Consequência são perfeitamente adequadas para conduzir à perfeição a maior parte da Onda de Vida humana, mas não são suficientes para os atrasados dos vários povos espalhados pelo mundo que têm ficado para trás. Durante o estado de individualização, o pináculo da separatividade ilusória, toda a humanidade necessita de ajuda extra, mas os atrasados necessitam ainda de um auxílio especial.

Cristo sabia que um grande número não necessitaria salvar-se dessa maneira. Porém, tão certo como noventa e nove por cento se deixa conduzir pelas leis do Renascimento e de Consequência e, por essa forma, alcança a perfeição, assim os “pecadores” se submergiram tanto na corrente do materialismo que não lhe poderiam fugir sem aquela ajuda. Cristo veio para trazer paz e boa vontade a todos, e para salvar esses pecadores elevando-os ao ponto necessário de espiritualidade, produzindo uma modificação em seus Corpos de Desejos que tornará mais forte a influência do Espírito de Vida em seus corações.”.

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Retrospecção

Max Heindel afirma que o exercício de Retrospecção é um dos ensinamentos mais importantes da Fraternidade Rosacruz. E não há nenhum exagero nessa afirmação, se considerarmos o poder autotransformador dessa prática diária.

A Filosofia Rosacruz tem como base o conhecimento e o seu objetivo é o aperfeiçoamento do ser humano em todos os sentidos. Ela oferece as ferramentas para essa melhoria interna, fato que pode ser constatado por quem se dedica diligentemente ao estudo, a meditação e reflexão sobre seus ensinamentos.

Max Heindel asseverou que a lógica, a coerência e a elevação desses ensinamentos conquistaram as Mentes e os corações de muitas pessoas no mundo todo. Ele, porém, não escondia sua preocupação em que lhes impressionassem apenas o intelecto com sua beleza filosófica, sem atingir o ideal mais elevado de torná-las melhores seres humanos, mais sensíveis, amorosos e solidários.

Esse exercício conduz ao autoconhecimento, passo inicial do processo de alquimia interna, sem o qual não há como aprimorar o caráter e desenvolver aquelas virtudes que iluminam a vida do Estudante Rosacruz.

 Ninguém julgue, porém, tratar-se de um trabalho fácil. Deve ser realizado toda noite, antes de dormir, com o cuidado de, com a prática regular, não se tornar um automatismo. Deve ser feito conscientemente e esse processo de rememorar os fatos ocorridos e vividos deve revestir-se de sentimento, para que o praticante possa julgar o aspecto moral de sua conduta.

Se praticado com esse Espírito de sincera devoção, todos os registros das más ações praticadas durante o dia serão apagados do Átomo-semente, e aqueles referentes às atitudes nobres e amorosas servirão de estímulo para o aperfeiçoamento do caráter. Conduz também ao processo de purificação dos pensamentos e emoções.

Assim, reduzirá o seu tempo no Purgatório e no Primeiro Céu, podendo até a chegar ao ponto de passar direto para o Segundo Céu!

O Estudante Rosacruz, porém, deve manter-se atento para que durante o dia evite cometer atos indesejáveis, mesmo sabendo que à noite, durante o exame retrospectivo, terá a oportunidade de apagá-los, pois assim procedendo evitará também cair num círculo vicioso.

O ideal é justamente criar um círculo virtuoso, ou seja, a experiência noturna deve promover uma vivência cada vez mais aprimorada nos ideais Cristãos e o fortalecimento da consciência moral, de tal maneira que os desvios de conduta se tornem cada vez mais raros.

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Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam serem dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes

  1. Pergunta: Por que os Anjos permitem que mulheres que são vítimas de estupro engravidem?

Resposta: Na realidade não há essa coisa de que “os Anjos permitem ou não permitem”. Há um panorama de vida escolhidos pelas duas partes envolvidas e uma tendência a se encontrarem enquanto renascidos aqui.

E há uma tentação do lado do irmão potencial estuprador de cometer esse delito para com a irmã vítima (fruto do mesmo ato, inverso – ela como ele, ele como ela –, em renascimentos anteriores). Se o irmão estuprador cair na tentação e querer “pagar com o mesmo preço” (“olho por olho, dente por dente”), vida haverá no futuro que a irmã virá com a mesma tentação.

Se cair, está aqui um ciclo vicioso alimentado por raiva, ódio, vingança que continuará até que um dos lados não caia em tentação e pratique o perdão, quebrando o ciclo vicioso e iniciando um ciclo virtuoso. Pois, é uma máxima oculta que “todo relacionamento só alcança o seu objetivo quando termina com amor”.

2.Pergunta: Qual é a opinião da Fraternidade Rosacruz sobre o aborto?

Resposta: A posição que os Ensinamentos Rosacruzes nos ensinam é muito clara: do ponto de vista do ocultismo, o aborto é um crime. É um exemplo gritante do mau uso do livre arbítrio da humanidade.

Os Ensinamentos Rosacruzes pregam que a vida é sagrada e santa e que ninguém tem o direito de destruir a forma sob a qual um Espírito vive. O Espírito que habita um embrião ou um feto tem tanto direito a sua forma densa, quanta um recém-nascido com o corpo mais desenvolvido.

Quem pratica o aborto é tão culpado quanto um assassino “convencional”. O aborto, em países civilizados, é tão repreensível e criminoso como a prática, entre povos primitivos, de matar as crianças fêmeas, por serem consideradas um peso, e não terem valor.

A conduta moderna em relação ao aborto, no que tange as razões mais frequentemente usadas em sua defesa, é, de fato, muito repreensível. Pessoas rudes e despreparadas que não têm noção alguma da imoralidade de tirar uma vida humana, podem até serem compreendidas e talvez desculpadas, por sua ignorância.

As chamadas pessoas “ilustradas”, que são as que mais defendem o aborto, defendem esta prática cruel, por conveniência. Querem ter os prazeres da vida, mas sem assumir as consequências. Elas estão, deliberadamente, tirando a vida de outros, para satisfazer os próprios desejos egoístas. Esta atitude vai trazer-lhes débitos severos, em vidas futuras.

Há aqueles que defendem o aborto, por razões médicas, isto é, esperam salvar a vida ou proteger a saúde da mãe, livrando-a do filho. Ou esperam evitar que uma criança retardada ou com outro defeito qualquer, chegue a nascer.

Embora os motivos dessas pessoas sejam mais compreensíveis, o aborto não pode ser perdoado, do ponto de vista espiritual. O estado de saúde de uma pessoa é o resultado do respeito e devoção às leis naturais nesta vida e na anterior.

Se for necessário que ela aprenda as lições através de um sofrimento, isto é, pela doença, por deficiências físicas e mentais, ela deverá passar por essas lições. A família de uma criança doente foi escolhida para cuidar dela e seus membros podem, desta maneira, tirar experiências valiosas.

Ao livrar-se de crianças, antes dela nascer, o indivíduo não elimina a necessidade de ter essas experiências e elas terão de ser vividas, de uma maneira ou de outra, pelos Egos afetados. Em tais exemplos, o aborto serve para intensificar a carga de destino, numa responsabilidade individual.

Se as pessoas compreendessem o processo maravilhoso do pré-nascimento que se desenvolve nos mundos invisíveis, quando um Ego está pronto a renascer e todas as causas e efeitos passados que envolvem este evento, certamente hesitariam em destruir a forma infantil, no princípio de sua formação.

Não sabemos, na verdade, se o aborto é atualmente ou não apresentado como inevitável, para um determinado Espírito prestes a alcançar o renascimento. Há sem dúvida, certas influências de destino que trabalham num Ego cuja vida, subsequente, será abortada. Este Ego parece precisar de um fim precoce de vida terrena.

Os ensinamentos do ocultismo nos dizem que as pessoas que morrem violentamente e, em consequência, não vivenciam pós-morte, o panorama de suas experiências, renascem logo em seguida e morrem ainda criança. Elas irão imediatamente para o Primeiro Céu e aí aprenderão as lições necessárias e serão capazes, então, de assimilar a essência das experiências do Purgatório e do Primeiro Céu, resultantes de suas vidas anteriores na Terra.

Sabemos, também, que as Forças Superiores que ajudam a nossa evolução estão constantemente tentando transformar o mal em bem, por nossa causa. É possível, então, que estes Seres Sábios, fazendo frente a atual popularidade e quantidade de abortos, estejam utilizando esses mesmos abortos, como um meio de permitir aos Egos que precisam morrer na infância, a deixar a vida física desta maneira.

Milhares de pessoas morreram violentamente durante a II Grande Guerra, em catástrofes e cataclismas e não há dúvida que muitos desses Egos estão esperando a oportunidade de renascer e morrer na infância. Nós só podemos especular, mas é possível que alguns desses Egos estejam tendo a chance desta maneira e assim irem diretamente para o Primeiro Céu, logo que seus estados embrionários ou fetais tenham terminado.

É possível, também que, Egos que em vidas passadas tenham sido responsáveis por mortes de outras pessoas, sejam agora forçados a pagar as dívidas do destino deste modo, isto é, o período de vida física desses Egos chega ao fim, ainda no estágio pré-natal. Nada disto, porém, isenta de culpa, aqueles que abortam ou praticam o aborto. Podemos estar certos de que eles terão que pagar um preço muito alto, em vidas futuras, por suas ações presentes.

Você pode perguntar: inclusive no caso de um estupro? Oras, você já sabe como acontece uma fecundação e como há todo um trabalho prévio do Ego que está para nascer se preparar…bem antes da fecundação ocorrer, Ou seja: a condição pelo qual esse Ego renascerá é a melhor para ele a fim de se cumprir o panorama que escolheu.

Tudo está perfeito na teia do destino, mesmo que não tenhamos, ainda, a condição de compreender o todo e ficamos olhando “como em um espelho, meio embaçado”. Agora…se estudarmos e praticarmos, podemos ver o todo e, aí sim, ficaremos satisfeitos (bastante-feitos).

3. Pergunta: No Purgatório, além do mal que fizemos a outros, também expurgamos o mal que fizemos a nós próprios?

Resposta: Sem dúvida alguma, mesmo porque quando fazemos “o mal a nós próprios” também fazemos aos outros, já que somos responsáveis pela evolução espiritual de todos que estão a nossa volta, saibamos ou não.

4. Pergunta: Gostaria de saber se, também expurgamos o seguinte: os pensamentos negativos que produzimos sobre nós próprios; os sentimentos negativos que podemos alimentar em relação a nós mesmos; e se expurgamos também o fato de nos termos desviado, por meio da dispersão e distração por exemplo, daquilo que, no Terceiro Céu, escolhemos vir fazer a este plano (neste caso não me estou a referir àquilo a que não temos mesmo hipótese de fugir, o chamado “destino maduro” se não estou errado)?

Resposta: Sobre os pensamentos negativos que produzimos sobre nós próprios e os sentimentos negativos que podemos alimentar em relação a nós mesmos: Sem dúvida alguma, já que o Éter de onde foi gravado quando do fato ocorrido, leva com ele todas as impressões, sejam elas de pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras e ações. Nada escapa a essa perfeita e completa gravação. Tanto é que quando vamos à Memória da Natureza e revivemos um fato, ele nos é sentido em toda as suas dimensões: pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras e ações.

Agora, se expurgamos também o fato de nos termos desviado, por meio da dispersão e distração por exemplo, daquilo que, no Terceiro Céu, escolhemos vir fazer a este plano: Como o Panorama da Vida que escolhemos no Terceiro Céu só está gravado os fatos principais (especialmente àqueles em que temos que aprender a lição pela dor e sofrimento, que conhecemos como destino maduro), então somente esses, se desviamos, procrastinamos ou nos dispersamos que será purgado. Os demais fatos não estão no Panorama da Vida, cabendo a nós escolhermos que caminho queremos tomar para aprender tais lições. Agora…se não a aprendemos, também será purgado, como lição não aprendida, o ensino não será suspenso.

5.Pergunta: A Era de Aquário começou com o advento da eletricidade?

Resposta: Não, não foi com a descoberta da eletricidade. A eletricidade e toda a onda de tecnologia que estamos vivenciando é apenas o efeito da órbita de influência do Sol, pelo movimento de Precessão de Equinócios, nos últimos 8 graus do Signo de Peixes. Então, temos a influência de Aquário fornecendo facilidades, novas dificuldades, novos ambientes, novas formas do pensar e de comportar, novos valores que serão totalmente disponíveis quando o Sol entrar em Aquário, ou seja na Era de Aquário, que AINDA não COMEÇOU.

O Sol entrou na órbita de influência aquariana em meados do século passado e se aproxima, um grau cada 72 anos, do Signo de Ar de Aquário, regido por Urano. Sua influência, cuja nota-chave é originalidade e renovação, começa a manifestar-se nas invenções e conquistas do ar, captação e transmissão da eletricidade, da energia solar, da energia atômica, forças essas que estão mudando a história do mundo e nos impulsionando para rumos imprevisíveis.

 Quando começará? Depende. Para quem já atingiu, no mínimo, o grau de Adepto na Escola Ordem Rosacruz, já começou! Para o restante da humanidade há uma previsão, mas não há como cravar, pois dependerá muito do livre arbítrio de cada um conseguir se desenvolver para, de fato, entrar na Era de Aquário. Sempre é assim que acontece: quando o Sol, também pelo movimento de Precessão de Equinócios, estava nos últimos 8 graus do Signo de Áries, a influência de Peixes começou a estar presente entre nós. Foi quando aconteceu o maior evento de ajuda que recebemos: a primeira vinda do Cristo.     

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SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA

Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura

Datas de Cura:

Janeiro: 06, 13, 20, 26

“Tudo é possível ao que crê”.

São Marcos, 9:23

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 3: A Astrologia até o Século VI a.C

Não abordaremos, aqui, a Astrologia hindu, chinesa ou pré-colombiana. Limitar-nos-emos à História da Astrologia do Oriente Médio.

Os documentos astronômicos mais antigos que possuímos datam do terceiro milênio a.C.

Eles foram encontrados na Mesopotâmia, entre o Rio Tigre no oeste e o Rio Eufrates no leste.

A região foi então dividida entre os sumérios no sul e os acadianos no norte. Os sumérios usavam a escrita cuneiforme.

Essa escrita incluía, aproximadamente, 550 símbolos formados pela disposição de 4 elementos básicos tendo a forma de pregos (horizontal, oblíquo, vertical e duplo) (cuneus = prego em latim).

Além disso, os sumérios, com a ajuda de 60 desses sinais, podiam escrever todos os números inteiros, bem como as frações (numeração de lugar, base 60), enquanto os egípcios, os gregos, os romanos não tinham um sistema de numeração como efetivo (numeração por justaposição).

Nossa forma de contar os minutos e segundos dos ângulos e do tempo vem do sistema de numeração sumério (sistema sexagesimal). Sem a constituição dessa rica escrita e desse sistema de numeração, o conhecimento do céu não poderia ter se desenvolvido como eles.

As tabuinhas relativas à Astronomia desse período referem-se essencialmente aos ciclos lunares (calendário com os meses lunares).

No segundo milênio (a.C.), a civilização babilônica substituiu a civilização sumério-acadiana. Essa civilização desenvolveu o conhecimento astronômico e astrológico.

Os estudiosos da Babilônia observam que 12 meses lunares não correspondiam exatamente a um ano (faltam 29 1/4 dias). Usando a observação do nascer e do pôr do Sol das constelações, eles introduzem um mês intercalar de tempos em tempos para corrigir.

Em 729, o rei da Babilônia foi destronado pelo rei da Assíria.

Uma série de 70 tabuletas contendo uma descrição de 36 constelações (incluindo as doze do Zodíaco), uma lista de Eclipses do Sol e cerca de 7000 presságios relativos a colheitas, guerras, soberanos (note-se que, em nenhum lugar, ainda encontramos a Astrologia natal).

Vamos ver aqui alguns exemplos dessas inscrições:

• “Neste dia, o Planeta Mercúrio é visível. Quando Mercúrio estiver visível no mês de Kislou, haverá ladrões na Terra”;

• “Se a Lua estiver rodeada por uma auréola e Júpiter ficar lá, o rei de Akkad será aprisionado”;

• “Se Vênus iluminar com sua luz ardente o peito do Escorpião, cuja cauda é escura e cujos chifres são claros, a chuva, as inundações e os gafanhotos devastarão o país”;

• “Se Júpiter se aproximar de Marte, no mesmo ano morrerá o rei de Akkad e a colheita será abundante”.

Os Planetas são chamados de “cabras selvagens”, porque se movem entre o “rebanho” de estrelas fixas (deve-se notar que estávamos então na era de Áries…).

Cada estrela corresponde a um deus no quadro de uma visão trinitária do mundo: a trindade fundamental do Céu, da Terra e do Mar (Anu, Enlil e Ea) é duplicada por uma trindade que compreende Sin (a Lua), Shamash (o Sol) e Ishtar (Vênus). Quanto aos outros Planetas: Nabu (Mercúrio), Ninurta (Marte), Marduk (Júpiter) e Nergal (Saturno), eles correspondiam a uma visão quaternária do resto do universo.

Ishtar (Vênus) é reverenciado como o deus do amor. Ninurta (Marte) é o deus da guerra. Nabu (Mercúrio), filho de Marduk (Júpiter) é descrito como o deus do conhecimento. Nergal (Saturno) estava relacionado com a justiça e a ordem.

Em 626 a.C., é um rei caldeu que ascende ao trono da Babilônia e que submete a Assíria (apesar da intervenção tardia do Egito em favor dos assírios).

Cada cidade da Caldéia e da Assíria tinha seu observatório, em forma de torre (zigurate) ou pirâmide, geralmente anexa a templos ou palácios.

Os escribas continuam a aperfeiçoar as observações astronômicas para as necessidades da Astrologia.

Em 539 a.C., o rei da Pérsia, Ciro, proclamou-se rei da Babilônia, após uma rápida derrota dos caldeus. Seu filho Cambises submeteu o Egito em 525 a.C., que se tornou uma província do Império Persa.

No que diz respeito ao Egito, não se conhece nenhum texto astrológico desse país anterior à dominação persa. Deve-se notar, no entanto, que as inscrições relativas ao destino são encontradas na época de Amenophis IV (1375-1325 a. C.), que mudou seu nome para Akhenaton (= a serviço de Aton) e tentou, em vão, introduzir o monoteísmo. Um papiro datado de 1300 a. C., preservado no Museu Britânico, apresenta fragmentos de um calendário que especifica os dias auspiciosos e não auspiciosos do ano, mas que não parece ser baseado em posições planetárias.

Foi feita a seguinte pergunta a Max Heindel: “Por que os antigos sacerdotes egípcios praticavam Astrologia?” (“Filosofia da Rosacruz em Perguntas e Respostas, Volume 2,” Pergunta: n°115). Aqui está parte da resposta dele: “Todos estão intimamente envolvidos com as estrelas; sem elas nada é feito ou criado. Essa é a razão pela qual os antigos sacerdotes do Egito, plenamente cientes disso, adicionavam esse aspecto à Religião. Essa é a razão pela qual eles estudavam a Astrologia tão profundamente, e chegará o dia em que muito mais pessoas a estudarão. A ciência da Astrologia se restabelecerá quando nos tornarmos mais sábios”. Nessa resposta, Max Heindel não especifica a hora.

De qualquer forma, os textos astrológicos datados do século VI a. C., que foram encontrados no Egito, já contêm estudos individuais correspondentes ao momento do nascimento (isso é chamado de Astrologia Genetlíaca), enquanto os mais antigos horóscopos semelhantes descobertos na Babilônia datam do século III a.C.

Foi nessa mesma época (século VI a. C.) que encontramos a primeira representação do zodíaco no Egito, em uma tabuinha chamada tabuinha de Cambises.

Foi também nessa época que Pitágoras, depois de ter sido iniciado em Memphis e na Babilônia, criou sua famosa escola de Crotona onde, entre outras coisas, se ensinava Astrologia mística (Música das Esferas).

Historiadores e astrólogos não esotéricos consideram que os gregos apenas conectaram sua mitologia pré-existente com a astrologia caldeia.

Chronos está associado ao Planeta Nergal (Saturno), Zeus a Marduk (Júpiter), Ares a Ninurta (Marte), Afrodite a Ishtar (Vênus), Hermes a Nabu (Mercúrio).

A correspondência entre as duas culturas é tão “natural” que mais provavelmente se trata, como vimos anteriormente, do fundo comum de verdades iniciáticas vindas da Atlântida.

(de: Introduction: L’astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Quais são as qualificações necessárias para se tornar um Auxiliar Invisível? Devemos dedicar a vida toda tentando arduamente conseguir avançar na espiritualidade?

Resposta: Absolutamente não; na verdade, nada justifica o dedicar toda a sua vida na tentativa árdua de conseguir avançar na espiritualidade, a menos que tenha primeiro cumprido com suas obrigações materiais em relação com o seu próximo, os que estão a sua volta. Os deveres para com a família são meios de nos tornarmos Auxiliares Visíveis, e o homem ou a mulher que negligencia seu dever aqui, certamente, não lhe pode ser confiado ou confiada os deveres de um Auxiliar Invisível a ser cumprido do outro lado.

Portanto, uma continuidade paciente no desempenho de todos os nossos deveres terrenos, utilizando o melhor de nossa capacidade, é a primeira e a mais essencial qualificação do Aspirante. Como uma qualificação complementar, podemos mencionar o autocontrole. Enquanto estamos vivendo e trabalhando em nossos Corpos Densos, o Corpo de Desejos é, até certo ponto, mantido sob controle pelo aprisionamento na matéria física densa. Se perdermos a nossa compostura aqui, o resultado pode ser perigoso para nós mesmos e para aqueles que estão à nossa volta, mas não pode ser comparado ao perigo que acompanha se perdermos a compostura no outro Mundo, pois nosso Corpo de Desejos, como sabemos, pode destruir ou prejudicar severamente o nosso Corpo Denso (físico) num ataque de raiva, de modo que podemos ficar doentes por semanas em razão do resultado de alguns minutos de perda de controle. Porém, quando fora do Corpo Denso, se essa força fosse direcionada contra qualquer outra pessoa, poderia matar instantaneamente um exército.

O conhecimento também é necessário para o Aspirante. A menos que tenhamos estudado as condições ‘post-mortem’ e estejamos familiarizados com o Esquema da Evolução e, tendo uma ideia abrangente da constituição do ser humano e assuntos similares, é impossível para nós instruirmos aqueles que estão menos informados e nos atribuir as tarefas de um Auxiliar Invisível e instrutor; seria análogo a enviar uma pessoa destituída de conhecimento para ensinar na escola.

Por último, mas não menos importante, o Auxiliar Invisível deve estar imbuído de um amor abrangente pela humanidade. Não podemos permanecer insensíveis ao sofrimento de nossos semelhantes aqui e, ao mesmo tempo, estarmos pleno de amor e desejosos em ajudar no outro Mundo, da mesma forma que uma pessoa sem a menor noção de uma nota musical na vida terrena poderá se tornar um músico competente pelo simples fato de ter desencarnado, ou adquirido tal paixão pela música e fica ansioso para passar a eternidade tocando uma clarineta ou tocando uma harpa. Por essa razão, reiteramos que para nos tornarmos um Auxiliar Invisível , devemos primeiro nos qualificarmos trabalhando aqui.

(Pergunta nº 136 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Volume I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

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