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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: É absolutamente necessário viver uma vida de ascetismo para evoluir espiritualmente e desenvolver os poderes psíquicos?

Resposta: Isso depende do que a pessoa que pergunta entende por ascetismo. Algumas pessoas no Oriente se jogam dentro de um barril de pregos e se mexem todo para mortificar a carne, ou se chicoteiam e se mutilam de várias maneiras para obter os poderes espirituais. Certamente, isso não está correto. Eles podem e, às vezes, se tornam clarividentes, mas esse percurso é tão repreensível e seus resultados tão transitórios quanto os efeitos obtidos pela bola de cristal, pelo hábito de drogas e por métodos similares.

Devemos compreender que esse Corpo Denso é o nosso instrumento mais valioso e, que é nosso dever lhe fornecer todos os devidos cuidados com esmero, para que, sob essas boas condições, possa ser conduzido à saúde e ao bem-estar. Nenhum poder obtido por maltratar nosso Corpo Denso será de natureza elevada e, portanto, não é duradouro e nem totalmente eficiente.

Porém, algumas pessoas entendem que ascetismo é “viver uma vida saudável e pura”. Desejam o poder espiritual sem sacrificar as tendências animais; eles desejam voar por entre as nuvens, livremente, embora outros chafurdem na lama para reivindicar a liberdade. Querem continuar ingerindo alimentos não saudáveis ou não se preocupar com o tipo de alimento que consomem, empanturrando-se de carne animal, de bebidas alcoólicas, de tabaco e até de drogas, satisfazendo suas paixões e desejos sensuais em todos os sentidos e, ao mesmo tempo, querem ter poderes espirituais.

Isso não pode ser possível. Nossos Corpos (Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos) e a Mente são nossas ferramentas. Um bom trabalhador aprecia o valor de boas ferramentas e as mantém nas melhores condições – afiadas e limpas. Quando nossos sentidos estão entorpecidos pelo consumo de bebidas alcoólicas e pelo tabaco e, às vezes, até de drogas, quando o nosso organismo é forçado a empregar toda a energia para digerir ou eliminar alimentos não saudáveis, dessa maneira, pode-se esperar que o ser humano seja um sensitivo? Não podemos servir a Deus e a Mamom; a escolha é nossa. Se queremos poderes espirituais, devemos pagar o preço levando uma vida realmente saudável; isto é, fornecer ao nosso corpo alimentos saudáveis e cumprir as regras vivendo de forma simples; nos abstendo de tudo que entorpece os sentidos — bebidas alcoólicas, tabaco e abusos similares. Se isso é chamado de “uma vida de ascetismo”, então o ascetismo é absolutamente necessário.

(Pergunta nº 138 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Causa da Tristeza Profunda, da Angústia e do Sofrimento

Max Heindel

Reunimo-nos novamente esta noite com o propósito de concentrar nossos pensamentos na segunda parte do mandamento de Cristo: “curai os enfermos”. Pois consideramos essa parte do mandamento divino tão obrigatória para seus seguidores quanto a primeira parte, que nos exorta a “pregar o Evangelho”. Mas, se entendermos bem esse mandamento, não nos contentaremos em meramente tentar aliviar a dor, a tristeza profunda, a angústia e o sofrimento de qualquer um ou de qualquer número de pessoas. Tentaremos chegar à causa de todo sofrimento humano para que, eliminando a causa principal (a causa fundamental, a causa-raiz) possamos erradicar os efeitos. Para fazer isso, para chegar a uma conclusão verdadeira sobre a origem da tristeza profunda, da angústia e do sofrimento, ao tempo em que descobrimos os meios para sua erradicação permanente, devemos voltar ao passado distante; de fato, ao início da existência física.

A Bíblia foi dada ao mundo ocidental pelos Anjos do Destino que, estando acima de todos os erros, dão a cada nação a Religião mais adequada para guiá-la no caminho da sua evolução espiritual e física; e, se buscarmos a luz nessa fonte, certamente a encontraremos. Deve-se ter em mente que o Cristo ensinou a multidão por parábolas, mas deu aos Seus Discípulos o significado dessas parábolas e as coisas mais profundas sobre os mistérios do Reino dos Céus. São Paulo também ensinou uma verdade diferente, ou melhor, mais profunda (“carne”) para aqueles que eram fortes na fé, mas deu o “leite” das doutrinas mais elementares aos bebês. Da mesma forma, devemos entender que, além do significado que a Palavra de Deus carrega em sua face, há um lado mais profundo e oculto sobre o qual faremos bem em ponderar esta noite.

Aprendemos primeiro a ideia de que a Terra nem sempre foi como é hoje; que houve um imenso período de formação e que este Planeta deve ter passado por vários estágios de desenvolvimento antes de atingir a condição atual. Vemos nas nebulosas do céu, que agora são ígneas. Podemos entender que a umidade deve ser condensada por esse fogo da fria extensão do espaço; também podemos entender que essa umidade se evapora rapidamente quando entra em contato com um vórtice tão ardente e rodopiante; que o vapor gerado sobe ao espaço para ser ali condensado novamente pelo frio, passando assim por inúmeros ciclos de evaporação e condensação até que, finalmente, forma-se uma crosta ao redor do núcleo ígneo. Essa crosta se torna mais dura quando gradualmente a umidade supérflua é evaporada como uma névoa. A névoa eventualmente se reúne e condensa em uma nuvem, caindo novamente sobre o Planeta como um dilúvio e deixando as condições climáticas como as encontramos hoje na Terra. A esses estágios os Ensinamentos Rosacruzes chamam de Épocas, denominadas Época Hiperbórea, Época Atlante e Época Ária.

Não falaremos da primeira dessas Épocas mencionadas. Mas, durante a última parte da Época Lemúrica, quando a humanidade ainda vivia em ilhas cercadas de fogo na crosta em formação, os humanos eram muito diferentes da humanidade de hoje. Eles eram, de fato, gigantes de uma forma corporal que seria repulsiva para nossas atuais noções de simetria e beleza corporal; mas, diferiam de nós particularmente neste fato: o Ego ainda não tinha aprendido a administrar o seu corpo de forma adequada e permanente. Na verdade, eles não sabiam, naquela Época, que tinham corpos; eles os usavam tão inconscientemente quanto usamos atualmente o nosso aparelho digestivo. A visão deles estava totalmente focada nos Mundo espirituais e eles viam Deus face-a-face, ou melhor, aqueles que eles pensavam ser Deus; isto é, os Mensageiros Divinos que os guiaram como as crianças são guiadas por seus pais, porque naquela época eles não tinham desenvolvido a vontade, como temos hoje.

Estando inconscientes de seus corpos, eles não conheciam o nascimento nem a morte. A perda de um veículo físico acontecia frequentemente por causa das erupções vulcânicas que eram comuns em nossa Terra em formação; mas, era como a queda de uma folha seca da árvore e não produzia diferença alguma em sua consciência. Nem era o nascimento de um novo corpo um evento de distração, porque durante o nascimento e a morte sua consciência estava focada nos Mundos Invisíveis aos olhos físicos.

Em certas épocas do ano, os Anjos, que sempre foram os precursores do nascimento, conduziam essas hostes de humanos em grandes templos em que o ato propagativo era realizado como um ato de sacrifício sob os raios astrais (Sol, Lua e Planetas) apropriados. Nesses momentos de intenso contato íntimo, a atenção do ser humano era temporariamente desviada dos Mundos espirituais para a Região Química do Mundo Físico e, assim, “Adão conheceu sua esposa”.

Assim, a tônica do corpo, então concebido, estava em perfeita sintonia com a harmonia das esferas naquele momento e, portanto, o parto era indolor, a saúde era perfeita e a morte não aterrorizava a humanidade daquela época.

Mas, os Anjos não eram todos da mesma natureza. Havia duas classes; uma sintonizada com a Água e outra, com o Fogo. É a última classe que foi interpelada por Isaías (14:12) naquela maravilhosa passagem em que ele diz:

Ó Lúcifer, filho da manhã,

Como você caiu do Céu!

Dos Espíritos da Água, ou verdadeiros Anjos, o ser humano recebeu o cérebro; mas Lúcifer (lucis + ferre = o portador da luz; no original em hebraico temos Hêlêl = o brilhante), Espírito do Fogo, é o “doador de luz”. Dos Espíritos do Fogo veio a luz da razão.

O Corpo de Desejos do ser humano foi por eles impregnado de uma nova faculdade: impulso. E como era necessário que eles usassem um instrumento físico para seu próprio desenvolvimento, embora fossem incapazes de criar tal veículo, eles ensinaram ao ser humano para que esse tivesse um Corpo Denso e o esclareceram sobre o método pelo qual ele poderia gerar um novo veículo a qualquer momento, quando o antigo morresse, independentemente das condições astrais; e o ser humano, cedendo ao impulso dos Espíritos de Lúcifer, incitado pela paixão que eles incutiram, passou a considerar o ato gerador como meio de gozo e gratificação, em vez de um Sacramento. Assim, os corpos nascidos sob tais condições estavam fora de sintonia com a Harmonia Cósmica. Portanto, o parto tornou-se doloroso, a saúde ficou prejudicada e a Morte entrou em seu reinado como o “Rei dos Terrores”.

Enquanto Adão conhecia sua esposa apenas durante o tempo em que os Anjos presidiam o ato propagativo, sua consciência estava focada durante todo o tempo restante nos Mundos espirituais. Mas, as coisas tornaram-se radicalmente diferentes quando o ser humano tomou o assunto em suas próprias mãos. Quanto mais frequentemente ele conhecia sua esposa para autogratificação, mais frequente e completamente sua consciência se concentrava no Mundo Físico e mais ele perdia de vista os reinos superiores, até que finalmente eles foram esquecidos, ou quase. Portanto, o nascimento agora parece o começo da vida. Começa com dor para mãe e bebê; a própria vida costuma ser um caminho de dor e sofrimento, porque em Espírito nos sentimos órfãos de nosso Pai; e no final está a morte, o “Rei dos Terrores”, para introduzir o Espírito no que é, para nossa consciência física, um grande desconhecido, e tudo isso por causa do impulso e da paixão que os Espíritos marciais de Lúcifer gravaram em nossa natureza de desejo. E enquanto a luz do fogo da paixão manchar nossa natureza de desejo, esse regime deve continuar.

O Antigo Testamento começa com o relato de como o ser humano foi desviado de Deus pela falsa Luz dos Espíritos de Lúcifer, dando origem a toda tristeza profunda, angústia e sofrimento do mundo; termina com a promessa de que o Sol da Justiça surgirá com a Cura em suas asas. E no Novo Testamento encontramos o Sol da Justiça, a verdadeira Luz, vindo para salvar o mundo e o primeiro fato que se afirma sobre Ele é que seja de uma Imaculada Conceição.

Agora, esse ponto deve ser totalmente compreendido e deve ficar claro a partir do que foi dito anteriormente: que é a mácula luciferiana da paixão que trouxe tristeza, pecado e sofrimento ao mundo. Antes da impregnação do Corpo de Desejos com esse princípio demoníaco, a Concepção era Imaculada e um Sacramento. O ser humano caminhava então na presença dos Anjos, puro e livre de vergonha. O ato da fertilização era tão casto quanto o da flor. Portanto, quando o mal foi feito, imediatamente o mensageiro, ou Anjo, cingiu-os com folhas para imprimir neles o ideal que eles deveriam aprender a viver; ou seja, a castidade, como a planta é casta. Sempre que somos capazes de realizar o ato gerador de maneira pura, casta e desapaixonada como a planta, ocorre uma Concepção Imaculada e nasce um Cristo capaz de curar todos os sofrimentos da humanidade, capaz de vencer a morte e estabelecer a imortalidade, uma verdadeira luz para conduzir a humanidade para longe do fogo-fátuo da paixão; isso é feito através do autossacrifício pelo companheiro.

Esse, então, é o grande ideal pelo qual estamos lutando: purificar-nos da mácula do egoísmo e da busca egoísta. E, portanto, consideramos o emblema da Rosacruz como um ideal. Pois as sete rosas vermelhas tipificam o sangue purificado; a rosa branca mostra a pureza da vida e a estrela dourada e radiante simboliza aquela inestimável influência para a saúde, utilidade e elevação espiritual que irradia de cada Servo da humanidade.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de outubro/1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Renúncia

A renúncia ou renunciamento consiste num esforço de desprendimento progressivo dos laços que ligam o ser humano à vida e à experiência material, tendo em vista ampliar o domínio de sua vida moral e espiritual. É um trabalho de desmaterialização, ou ainda, de abandono dos instintos animais, empreendido para que se efetue a espiritualização, isto é, o acesso mais rápido à vida sobrenatural e feliz do Espírito. É um deslocamento do dinamismo no organismo humano, que se opera reduzindo as exigências sensuais, depois transportando e concentrando as energias vitais, o mais que é possível, sobre as operações espirituais. Pela mesma razão, criam-se relações entre o Corpo e o Espírito que têm por efeito domar a animalidade e fazer triunfar o Espírito.

O renunciamento é, pois, uma espécie de morte, progressiva e antecipada, do ser terrestre que acelera a elevação do Espírito individual e prepara sua união com Deus. “É preciso que vivamos neste mundo”, dizia S. Francisco de Sales, “como se tivéssemos o Espírito no céu e o corpo no túmulo”.

Com efeito; que é que nos pesa neste mundo e retarda o nosso progresso? É a vaga tumultuosa das satisfações concedidas aos desejos egoístas e sensuais. É o livre exercício dos prazeres do orgulho e da sensualidade, essas duas grandes raízes do sofrimento e do embrutecimento.

A vida não é, pois, de alguma forma, mais do que o aprendizado do renunciamento material que se deve realizar sob a ação combinada da Providência diretriz da vontade progressivamente clarividente do indivíduo.

O não-renunciamento cria o sofrimento, forma a doença física e a degradação moral. Não poderá existir verdadeira saúde física e moral sem renunciamento. É por isso que aquele que deseja a saúde material e o progresso espiritual deve recusar-se a entrar na via larga e fácil que o conduz ao “inferno” dos prazeres e da riqueza, do egoísmo, do orgulho e da sensualidade, mas antes procura a via estreita e rude do sacrifício, num esforço permanente de domínio das paixões e da elevação moral. “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. E porque estreita é a porta e apertado o caminho que leva à vida e poucos são os que entram por ele!” (Mt 7:13:14).

Antes de Cristo, a renúncia pessoal não existia em parte alguma com tanta caridade, com tanto coração, com tanto sacrifício de si mesmo pelos outros. Muitíssimas vezes contentavam-se com oferecer à divindade uma dádiva material ou a vida dos animais, pensando que a alma animal podia voltar a sua origem criadora e servir de veículo às orações. Só se podia exigir o sacrifício da posse material. Mesmo nas Religiões em que o renunciamento era prescrito, não se tinha observado que o apaziguamento do desejo pessoal deverá ser conduzido mais como obra de altruísmo ativo, isto é, de auxílio mútuo e de resgate. Em suma, não se tinha compreendido que o indivíduo devia, acima de tudo, sacrificar-se por outrem e renunciar a si mesmo pelo amor ao próximo, a fim de se comportar na Terra à imagem de Deus que, por puro amor, se sacrifica, todos os dias, dando a vida às suas criaturas, com o alimento material e espiritual.

O renunciamento pessoal, ativo, constitui, pois, o eixo da vida Cristã.

Assim sua obrigação encontra-se inscrita em termos concordantes nos Evangelhos: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24). “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo e tome a sua cruz e siga-me” (Mt 8:34). “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo e tome cada dia a sua cruz e siga-me” (Lc 9:23). “Assim, pois qualquer de vós que não renuncie a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14:33). Se quisermos, então, manter-nos em caminho direito, seguir a verdade e conservar a saúde é necessário termos o cuidado de tomar a cruz dominando as paixões e renunciando a muitos impulsos da Personalidade. E, correlativamente, quando os tormentos morais ou os sofrimentos físicos nos afligem, o verdadeiro remédio, que destruirá o mal na sua origem, será aplicarmo-nos ao renunciamento em certos pontos determinados.

Quantos sofrimentos, na verdade, nos infligimos a nós mesmos por não termos sabido renunciar às ambições exageradas e às vantagens frágeis, por termos estimado demais as nossas capacidades físicas e intelectuais, por teremos bebido e comido em excesso, por termos gastado demasiado forças, em ocupações inúteis ou em excesso de sensualidade, por estarmos agarrados demais aos bens e às afeições deste mundo!

Em lugar, pois, de esperarmos que as pesadas sanções das crises morais e das doenças produzidas pelos pecados do orgulho e da sensualidade se apoderem de nós, quanto se é mais leve das privações voluntárias e consentirmos todos os dias em sacrificarmos um pouco a ambição e sensualidade que permitirão edificar, a pouco e pouco, em nós, os três pilares do renunciamento: a SOBRIEDADE, a HUMILDADE e a CASTIDADE.

(Publicado na Revista: Serviço Rosacruz – maio/1965 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Mente no Tema Natal ou no Horóscopo Natal

Quando vamos ponderar as qualidades mentais de uma pessoa, em um tema astrológico, a primeira coisa que devemos considerar é a posição de Mercúrio. Primeiramente, notemos em que Signo está ele colocado, depois a Casa e, finalmente, os Aspectos que mantém com os outros Astros.

Para não nos estendermos demasiadamente nesta explanação, remeteremos o caro leitor ao livro “Mensagem das Estrelas” para estudar e compreender os efeitos produzidos pelo Astro da razão, nos diferentes Signos do Zodíaco.

Lá encontrará, também, as qualidades básicas de Mercúrio nos doze Signos. Tais qualidades devem ser estudadas cuidadosamente pois do proveito desse estudo dependem os fundamentos em que basearemos depois nossas conclusões. O outro Astro a considerar, no estudo da razão ou mentalidade, é a Lua. Se há um bom Aspecto entre a Lua e Mercúrio, especialmente se esses dois Astros estão colocados nos ângulos do tema e em Signos que podem expressar suas melhores qualidades, podemos confiar que o paciente cooperará com o médico em sua cura.

Todavia, Mercúrio em Conjunção com Saturno proporciona a uma pessoa uma mentalidade obstinada, teimosa, lenta e propensa à melancolia. Mas, Mercúrio em Trígono ou Sextil com Saturno, proporciona a ela uma memória retentiva, uma Mente bem equilibrada possibilitando o desenvolvimento de boas qualidades de razoamento. Marte e Urano em Conjunção com Mercúrio, proporciona ao paciente uma mentalidade impressionável, sensitiva e emocional; também lhe proporciona tendências a ser um lunático, com pouco controle sobre a Mente. Mas, Marte e Urano em Sextil ou Trígono com Mercúrio, fornecerá a ela uma tendência à sensibilidade e à acuidade mental. Mercúrio ou a Lua em Aspecto adverso (Quadratura ou Oposição) à Netuno, proporciona a ela uma Mente inclinada às condições antinaturais e doentias; propenderá às manias e ao fanatismo na prática da Religião, da mediunidade, das bebidas alcoólicas e das drogas. Observe-se a Casa e o Signo em que estão colocados esses Astros, para conhecer o modo como tendem a se manifestar.

Sendo Netuno a oitava superior de Mercúrio, tem ele influência sobre a Mente superior. Netuno em Aspecto adverso com Urano ou com a Lua proporciona tendências para indesejáveis experiências de psiquismo. Afligido por Marte, especialmente em Conjunção com esse ígneo Planeta, o nativo se vê tentado a empregar amiúde o hipnotismo ou a magia negra sobre os demais, expondo-se, por si mesmo, a ser vítima dos que, faltos de quaisquer escrúpulos, usam essas horrendas práticas sobre os outros.

Quando as aflições mentais se verificam na oitava ou décima segunda Casa têm uma influência mais sutil do que em qualquer outra posição. As aflições ou Aspectos adversos ocorrentes na oitava Casa podem resultar à Mente tendências suicidas.

Desejamos imprimir firmemente na memória do leitor que nunca e por nenhuma razão baseie seu diagnóstico somente em um ou dois Aspectos, senão que deve julgar o horóscopo como um todo. Para ilustrar o perigo em que pode se incorrer pelo exame superficial, tomemos o tema de um homem com Mercúrio em Capricórnio e na sexta Casa, formando um só Aspecto, que era uma débil Quadratura com Netuno. Julgando o horóscopo à ligeira se poderia dizer que o nativo tem a tendência a ter uma mentalidade obtusa. No entanto, quando criança foi o primeiro aluno de sua classe. Em matemática e ortografia era verdadeiramente notável. Já homem, ocupou postos relevantes em suas posições e profissão, sendo depois um diretor de uma empresa que exigia muita habilidade executiva e aguda mentalidade. Para esclarecer isso passemos ao que indicavam os outros Astros de seu tema: tinha sete Astros em Signos de Ar, cinco Astros em Signos mentais, a Lua e Netuno com Aspectos benéficos entre si e nos ângulos, o Sol e a Lua em Signos Fixos. Ao resumir o horóscopo pode-se ver claramente por que tal pessoa alcançou tão elevada posição num trabalho mental, apesar de um débil Mercúrio.

Assim, pois, cremos necessário que o leitor tenha sempre em mira, sem esquecer jamais, o conjunto do tema astrológico – o horóscopo –, empregando bem o raciocínio antes de emitir juízo sobre um horóscopo, quer se trate de qualidades mentais, quer de morais, espirituais ou físicas.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – maio/1972 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Vocês falam das Escolas Ocidentais e Orientais de Ocultismo. A Escola Ocidental é a melhor e, se for, por quê?

Resposta: Atualmente, há várias categorias raciais e étnicas diferentes na Terra. As categorias raciais e étnicas que mais avançaram nesse atual Esquema de Evolução estão no Ocidente desse Campo de Evolução que chamamos de Planeta Terra e as que ainda não avançaram tanto nesse atual Esquema de Evolução estão no Oriente desse Campo de Evolução que chamamos de Planeta Terra. Naturalmente, os ensinamentos mais recentes são fornecidos aos povos mais adiantados. Portanto, a Religião ocidental, o Cristianismo, é muito superior ao Hinduísmo e ao Budismo do Oriente. Os ensinamentos de mistérios do Oriente não são tão adiantados quanto os do Ocidente. No Oriente, dá-se uma grande ênfase em subjugar o corpo a fim de cultivar as faculdades espirituais. Os orientais colocam o corpo em certas posições, enquanto realizam árduos exercícios respiratórios e físicos, que não necessários no método ocidental. De fato, o corpo ocidental não é tão receptivo àqueles métodos. Além disso, o aluno no Oriente está sob o controle absoluto do professor dele, a quem ele chama de “Mestre”, e cujas ordens ele deve obedecer nos mínimos detalhes, sem perguntar por quê. No Ocidente, seguimos os Ensinamentos Cristãos, que o mesmo Cristo afirma aos seus Discípulos: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu senhor faz; mas eu vos chamo amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu vos dei a conhecer.” (Jo 15:15). Assim, o professor no Ocidente mantém a mais estreita amizade com o aluno e está sempre pronto para responder às perguntas dele, na medida em que seja compatível com o estágio de desenvolvimento dele.

Certamente, que há algumas pessoas mais evoluídas no Oriente, pessoas que estão muito além nos ensinamentos da escola de ensinamentos Oriental, mas um estágio correspondente é, geralmente, alcançado pelo método ocidental num tempo mais curto e com menos esforço.

(Pergunta nº 141 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Horário do Sol e Horário do Relógio

À medida que deixamos para trás as vinte e quatro horas de tempo, pouco pensamos nos fenômenos naturais que estão envolvidos na formação do dia.

Quando falamos apenas do dia, especialmente se formos versados em Ciências e tivermos uma consideração pedante pelo uso exato dos termos, podemos significar duas coisas bem diferentes. O dia que todos conhecemos e normalmente temos em mente é conhecido pela ciência como dia solar.

Os fenômenos do dia solar são claramente aparentes à observação. Nenhum cálculo é necessário para determinar suas características. Primeiro vemos o Sol no leste. Observamos então seu movimento aparente do horizonte leste para o oeste, embora o movimento seja apenas ilusório. O fenômeno é realmente causado pelo constante giro da Terra, do oeste para o leste, em seu eixo. Ele então permanece oculto à vista, enquanto a noite cai sobre nós, até que o vejamos novamente no leste. Fomos assim testemunhas da passagem de um dia solar.

A outra coisa que podemos ter em mente quando falamos geralmente do dia é o que podemos chamar, por falta de um nome melhor, de dia estelar; a palavra que agora empregamos é derivada do latim stella, uma estrela. Esse dia é medido pela rotação da Terra sobre seu eixo em relação às estrelas fixas, como se não houvesse Sol no céu e como se a Terra não estivesse, durante sua rotação contínua, correndo ao longo da sua órbita ao redor do Sol.

Ao falar do nosso dia solar que foi observado, tivemos as vinte e quatro horas começando ao nascer do Sol. Os astrônomos medem o dia a partir do meio-dia. Assim, eles definiram o dia solar como sendo o intervalo de tempo que decorre entre dois retornos consecutivos do mesmo meridiano terrestre ao Sol. Falando com menos exatidão, pode-se dizer que é o tempo gasto em uma volta completa da Terra sobre seu eixo, pois é essa volta, ou rotação que, em média a cada vinte e quatro horas, apresenta um dado meridiano terrestre ao Sol.

Vamos agora entender por que não é estritamente correto dizer que o dia solar é marcado por uma volta completa do nosso globo em seu eixo gigantesco. O dia que está tão bem definido é realmente o que chamamos de dia estelar. Deve ser lembrado que, à medida que gira, nossa esfera viaja rapidamente ao longo de um caminho ou órbita ao redor do Sol. Mais uma vez devemos notar que a taxa na qual a Terra se move ao longo da sua órbita está longe de ser uniforme ao longo do ano. A órbita não é um círculo, mas uma elipse, e o globo está mais próximo do Sol em alguns estágios do seu movimento do que em outros.

Quando estamos mais próximos do Sol, diz-se que a Terra está no periélio; quando estamos mais longe, diz-se que está em afélio. A mudança na distância do Sol, operando pela lei da gravidade, acelera e retarda sucessivamente a velocidade com que nos movemos em torno do grande luminar, que é o centro do Sistema Solar. Podemos agora ver que efeito o movimento orbital tem sobre a duração do dia solar. Nosso avanço ao longo da órbita a taxas variáveis de velocidade, sendo o avanço considerável durante cada rotação da nossa esfera sobre seu eixo, torna incerta a duração dos intervalos entre os sucessivos retornos dos meridianos ao Sol, por mais uniformes que possamos conceber os períodos realmente ocupados pela rotação a ser medida pelas estrelas fixas. Portanto, embora invariavelmente consideremos o dia solar como tendo vinte e quatro horas de duração, a verdade é que raramente podemos descrever esse período em sua duração; embora, como indicamos acima, vinte e quatro horas seja a sua duração média.

Como resultado das variações na duração do dia solar, os relógios, que mostram a hora de acordo com o dia estelar, muitas vezes não concordam com o relógio de Sol, que registra a hora solar verdadeira. Flammarion[1] nos dá a seguinte tabela de “tempos” que um relógio bem regulado mostraria ao meio-dia solar em certos dias do ano, em determinado local.

1º de janeiro
15 de janeiro
1º de fevereiro
11 de fevereiro
15 de março
1º de abril
15 de abril
1º de maio
15 de maio
1º de junho
15 de junho
1º de julho
26 de julho
15 de agosto
31 de agosto
15 de setembro
1º de outubro
15 de outubro
3 de novembro
16 de novembro
1º de dezembro
15 de dezembro
25 de dezembro
12:04 P.M.
12:10 “
12:14 “
12:14 “
12:09 “
12:04 “
12:00 meio-dia
11:57 A.M.
11:55 “
11:57 “
12:00 meio-dia
12:03 P.M.
12:06 “
12:04 “
12:00 meio-dia
11:55 A.M.
11:49 “
11:46 “
11:43 “
11:44 “
11:49 “
11:55 “
12:00 meio-dia

Será entendido do que dissemos que é apenas do ponto de vista da nossa relação com o Sol que a duração do dia é variável. O tempo real consumido em uma rotação da Terra sobre seu eixo, sendo o que chamamos de dia estelar, é praticamente exato e é inferior a vinte e quatro horas. Se, então, considerarmos o dia como sendo coincidente com o período realmente ocupado por uma volta do globo sobre seu eixo, e não olharmos para o Sol como nosso mentor, uma inspeção das estrelas fixas ensina que a duração do dia é de vinte e três horas, cinquenta e seis minutos e quatro segundos.

As condições que declaramos são assim colocadas de forma impressionante pelo Professor Poynting[2]: “O Sol não é um cronometrista regular. Nosso dia de vinte e quatro horas é apenas a média entre meios-dias sucessivos ou momentos em que o Sol está no Sul. Se comparado com um bom relógio, o Sol está em algumas partes do ano muito adiantado e em outras, muito atrasado; às vezes, até um quarto de hora. A variação do dia solar se deve em parte à inclinação do eixo da Terra em relação ao plano em que se move em torno do Sol e em parte à variação do movimento da Terra em torno do Sol em diferentes épocas do ano. As estrelas fixas marcam um bom tempo, dando a volta em cerca de quatro minutos a menos de vinte e quatro horas. Por elas os relógios são avaliados. O dia delas é o verdadeiro horário da nossa revolução da Terra”.

O dia foi dividido em partes de vinte e quatro horas desde os primeiros tempos; embora, em diferentes partes do mundo e em diferentes períodos da história, seu início tenha sido colocado em diferentes pontos das vinte e quatro horas. Nos tempos atuais e na maioria dos países, geralmente considera-se que o dia começa à meia-noite, designando-se as doze horas antes do meio-dia como A. M. ou ante meridiem (antes do meio-dia), e aquelas depois do meio-dia, P. M. ou post meridiem (após o meio-dia).

Os antigos caldeus e os gregos modernos faziam o dia começar ao nascer do Sol, enquanto, pelo menos até alguns anos atrás, os italianos e os boêmios o começavam ao pôr do Sol. Os antigos gregos, em vez de dividir o dia inteiro em vinte e quatro partes iguais, cortaram o período de luz em doze porções iguais e o período de escuridão no mesmo número.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de agosto/1918 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: Nicolas Camille Flammarion, mais conhecido como Camille Flammarion (-1925), foi um astrônomo, pesquisador psíquico e divulgador científico francês.

[2] N.T.: John Henry Poynting (1852-1914) foi um físico inglês.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Do Reconhecimento da Unidade

O canadense Marshall McLuhan, um dos maiores “experts” em comunicação, define o mundo de hoje como sendo “uma imensa aldeia global”.

Décadas atrás o ser humano, ao ler seu jornal diário, preocupava-se acentuadamente com o noticiário local. As notas e informações alusivas ao seu bairro, cidade ou país constituíam o alvo de suas atenções. Pouco ou nenhum valor dava às notícias procedentes de outras nações, por considerá-las fatos isolados, sem quaisquer correlações com o ambiente em que vivia. Aliás, os eventos, por marcantes que fossem, não logravam um alcance e repercussão de âmbito mundial, salvo alguns casos especialíssimos dentre os quais destacamos as duas conflagrações mundiais e a depressão econômica registrada no final da década de 20.

As pessoas viviam romântica e pacificamente a vida de sua comunidade. Informações sobre acontecimentos alienígenas, fossem elas de qualquer natureza, nunca ultrapassavam o caráter de meras informações que, eventualmente, poderiam merecer registro nos anais históricos.

Ora, os tempos mudam! E com eles o sentimento e a mentalidade dos seres humanos. O avanço extraordinário dos meios de comunicação e transportes veio imprimir mudanças radicais na vida e no comportamento humano. E também no relacionamento internacional.

A moderna tecnologia está devassando a vida das nações, tornando conhecidos usos, costumes, línguas e traços idiossincrásicos de povos dos quais poucos ou nada se sabia. Hoje, as imagens via satélite trazem ao recesso do nosso lar a cenas dolorosas de tragédias que enlutam várias nações. As descobertas científicas mais recentes e as transformações políticas de ontem, já são de nosso conhecimento. Os modernos e incrivelmente rápidos meios de transporte trazem até nosso meio aquela autoridade em determinado ramo científico ou nos colocam na presença física da celebridade artística.

A vida parece caminhar numa velocidade descomunal. A atualidade de hoje é o anacronismo de amanhã. Tudo se processa de maneira a parecer anular a noção de tempo e espaço. Se antigamente já era axiomático que “o ser humano isolado é uma impossibilidade, atualmente esse axioma assume dimensões mais amplas: “o povo isolado tem poucas probabilidades de se realizar como povo”.

As tendências e fatos nos induzem à interação, à inter-relação, à interdependência, seja ela física ou espiritual. A tragédia que abala um determinado povo também é nossa tragédia. Igualmente nos comove, despertando um sentimento de solidariedade capaz de nos impelir a oferecer ajuda para minorar os sofrimentos dos atingidos pela fatalidade. Da mesma forma, o seu júbilo é nosso júbilo a e sua glória constitui, ou pelo menos deve constituir, para nós um motivo de regozijo. As transformações operadas em uma sociedade se refletem de uma maneira ou de outra na vida de outras sociedades, obrigando-as pelo menos a revisar os seus conceitos. A recente crise do petróleo, obrigando alguns povos a modificar certos hábitos já estratificados, constitui um bom exemplo disso.

Todas as forças e todos os esforços, queiramos ou não, convergem para a UNIDADE. Esse sentimento de unidade torna-se cada vez mais evidente e se fará mais sensível à medida que nos apercebamos de nossa origem divina. Afinal, “em Deus nós vivemos, movemos e temos o nosso ser”.

“O reconhecimento da UNIDADE fundamental de cada um com todos é a realização de Deus”, afirma enfaticamente o Ritual Rosacruz do Serviço Devocional do Templo. Essa realização só será possível quando nos desarraigarmos de todo sentimento de separatividade engendrado por convencionalismos anacrônicos, calcados num milenar egoísmo ou em uma compreensão errônea das leis divinas.

A Filosofia Rosacruz faz apologia da Fraternidade Universal como o grande ideal de Cristo: é a nossa grande meta. E todo esforço será pouco no sentido de atingi-la.

Essa meta gloriosa ainda se encontra distante. Contudo, o sentimento de solidariedade já é, por si só, um bom começo. Os primeiros frutos, porém, só aparecerão quando excedermos os limites abstratos e teóricos desse sentimento, expressando-o realmente na prática e na nossa vivência diária.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de agosto/1974-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Dieta Equilibrada e a Saúde

A saúde depende da boa constituição dos tecidos e da função normal dos órgãos. Os primeiros se formam pelas substâncias nutritivas contidas nos alimentos que comemos, os quais, se são adequados, favorecem – ao mesmo tempo – o bom funcionamento do nosso organismo.

Os alimentos que naturalmente estão destinados ao ser humano, além de conter as substâncias nutritivas para fornecer energia ao corpo, possuem outras, de caráter vital, dotadas de qualidades terapêuticas; em função dessas   propriedades, podemos dividir os alimentos em vários grupos. Uns estimulam de maneira natural a função de um órgão, como, por exemplo, os vegetais que ativam o trabalho dos intestinos e curam a prisão de ventre. Outros, como o aspargo, estimulam o funcionamento renal, aumentando a quantidade de urina. Outros há que têm efeitos vitalizadores, como as vitaminas contidas em abundância nas verduras e frutas cruas, de grande importância na cura das enfermidades, especialmente o escrofulismo, o raquitismo, a tuberculose, a anemia, a debilidade geral, etc.

Cada alimento natural possui uma ou outra dessas qualidades em um grau diferente. Assim, por exemplo, as amêndoas contêm substâncias plásticas para substituir o desgaste dos tecidos, enquanto a maçã – estimulante em alto grau – é mineralizante e purificadora do sangue, porém não contém substâncias plásticas. Vários alimentos, como as ameixas, espinafre, trigo integral e outros podem ser considerados laxantes, enquanto outros são diuréticos, tônicos, calmantes, purificadores do sangue, energéticos, desinfetantes, mineralizantes, refrescantes, etc.

Os sais potássicos, absorvidos em forma de verduras, são perfeitamente assimiláveis e fortalecem os órgãos internos. O ferro contido nos vegetais e frutas em estado natural é também facilmente utilizado pelo organismo.

Alimentos que servem para a formação e reparação dos órgãos são aqueles ricos em albumina, como ovos, leite, queijo, frutas oleaginosas (amêndoas, avelãs, amendoim, nozes, pinhões, coco, castanhas), legumes secos (lentilhas, favas, etc.). A albumina é indispensável para a conservação da vida.

Geradores de energia e calor, os mais importantes são os cereais (trigo, aveia, cevada, arroz, milho, pão, féculas, batatas, castanhas, etc.); da mesma forma o são as gorduras como o azeite e a manteiga, frutas secas (figos, uvas, ameixas), mel e açúcar sem refinar. As frutas ácidas são purificadoras do sangue. Também várias hortaliças como favas frescas, cenouras, beterraba e a cebola, pelo açúcar que contêm, são energéticas.

O ferro, fator importante para a formação do sangue, encontra-se no espinafre, agrião, rabanetes, alface, morangos, ameixas e maçãs. O cálcio, que ajuda a formação de ossos, dentes, etc., está contido nos alimentos mineralizantes. O fósforo, indispensável para o cérebro e nervos, é encontrado nas cerejas, amêndoas, nozes, feijões, etc. O sódio e o potássio, necessários para neutralizar os ácidos tóxicos do sangue, estão no espinafre, cenoura, pera, laranja, maçã, etc. São muito úteis para combater a arteriosclerose, artritismo, gota, reumatismo, etc.

Portanto, vimos que o organismo requer, para seu normal desenvolvimento e função, as três classes de alimentos: plásticos, energéticos e mineralizantes. O único alimento que reúne essas três qualidades é o leite materno e, ainda que o leite de vaca seja de composição semelhante e possua igualmente essas propriedades, os elementos que o integram são ligeiramente diferentes.

Algumas pessoas que não receberam as instruções adequadas sobre uma dieta nutritiva e a quem foi dito que os legumes, ervilhas, feijões, etc. podem substituir a carne animal (mamíferos, aves, peixes, anfíbios, répteis e afins) começam a comer tais vegetais em grande quantidade, depois de abandonar o regime carnívoro. É verdade que os feijões contêm mais proteína que os bifes, porém ela não é assimilada com facilidade. Há outras que começam a viver somente de pão, batatas e outros alimentos similares que contêm amidos; como resultado, passam a sofrer de desnutrição e anemia. Uma boa dieta tem que estar bem equilibrada em todos os sentidos e não podemos esperar resultados satisfatórios a menos que a estudemos com cuidado.

Todo aquele que deseja curar-se deverá esforçar-se no sentido de   que o conjunto de alimentos que coma produza uma boa dose de reação alcalina sobre os ácidos. Igualmente, deve haver compatibilidade entre os alimentos. Essa regra consiste em não comer, em uma mesma refeição, alimentos que não combinem bem ou que se suspeite sejam de difícil digestão.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1976-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiolivro ou livro falado: Como Conheceremos Cristo quando Voltar – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz

Audiolivro ou livro falado (em inglês, audiobook) é uma gravação do conteúdo de um livro narrado em voz alta em um ambiente com equipamento de gravação.

O audiolivro vem ganhando em popularidade nos últimos anos, e atingindo um público mais amplo do que o normalmente apontado como consumidor de audiolivros, tais como os deficientes visuais ou disléxicos. O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

A nomenclatura audiolivro é muitas vezes usada como sinônimo para o livro falado. No entanto, enquanto o audiolivro pode ou não ter vozes dramatizadas, sonoplastia, fundo musical e outros, o livro falado não é interpretado e não pode, em hipótese alguma, ter efeitos sonoros, pois ele tenta ser uma versão a mais aproximada possível do livro em tinta, a chamada “leitura branca” que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

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Aqui você acessa o audiobook ou o livro falado do Livro: Como Conheceremos Cristo quando Voltar – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz

E aqui o Livro em versão digital: Como Conheceremos Cristo quando Voltar – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Audiolivro ou livro falado: O Falecimento e a vida depois dele – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz

Audiolivro ou livro falado (em inglês, audiobook) é uma gravação do conteúdo de um livro narrado em voz alta em um ambiente com equipamento de gravação.

O audiolivro vem ganhando em popularidade nos últimos anos, e atingindo um público mais amplo do que o normalmente apontado como consumidor de audiolivros, tais como os deficientes visuais ou disléxicos. O audiolivro é apreciado por um público de diversas idades, que ouve tanto para aprendizado como para entretenimento.

A nomenclatura audiolivro é muitas vezes usada como sinônimo para o livro falado. No entanto, enquanto o audiolivro pode ou não ter vozes dramatizadas, sonoplastia, fundo musical e outros, o livro falado não é interpretado e não pode, em hipótese alguma, ter efeitos sonoros, pois ele tenta ser uma versão a mais aproximada possível do livro em tinta, a chamada “leitura branca” que, mesmo desprovida de recursos artísticos e de sonoplastia, obedece às regras da boa impostação de voz e pontuação, pois parte do princípio de que quem tem de construir o sentido do que está sendo lido é o leitor e não o ledor (pessoas que utilizam a voz para mediar o acesso ao texto impresso em tinta para pessoas visualmente limitadas).

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Aqui você acessa o audiobook ou o livro falado do Livro: O Falecimento e a vida depois dele – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz

E aqui o Livro em versão digital: O Falecimento e a vida depois dele – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz

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