Janeiro de 1914
Cristo disse: “Pelos seus frutos os conhecereis”[1]. Suponhamos que ervas daninhas pudessem falar. Acreditaríamos em suas pretensões se elas declarassem serem parreiras? Certamente não; nós procuraríamos os seus frutos. E, a menos que elas fossem capazes de produzirem uvas, os protestos delas – não importa quão vociferantemente os pudessem fazer – não nos causariam impressão. Nós somos suficientemente sensatos em assuntos materiais para nos precavermos contra decepções; então, por que não aplicamos o mesmo princípio para outros departamentos da vida? Por que não usar sempre o bom senso? Se assim fizéssemos, ninguém nos poderia impor os seus pontos de vista em assuntos espirituais, pois cada reino da natureza é governado por uma lei natural, e a analogia é a chave mestra para todos os mistérios e uma proteção contra as decepções.
A Bíblia nos ensina muito, mas muito claramente, que nós devemos testar e provar os espíritos e julgá-los de acordo[2]. Se fizermos isso, nunca seremos enganados por pretensos mestres; e salvaremos a nós mesmos, aos nossos familiares e aos conhecidos – inclusive da Fraternidade Rosacruz – de muita tristeza, muita angústia, muita dor e de muita ansiedade, inquietação e aflição.
Vamos, então, analisar a questão e vejamos o que temos o direito de esperar de quem pretende ser um mestre. Para isso, devemos, primeiramente, nos fazer a pergunta: “Qual é o propósito da existência no universo material?”. E podemos responder a essa pergunta dizendo que é a evolução da consciência. Durante o Período de Saturno, quando a nossa constituição era semelhante à dos minerais, a nossa consciência era como a de um médium expulso do seu corpo por Espírito de Controle em uma reunião se evoca espíritos desencarnados para se materializar, onde uma grande parte dos Éteres, que compõem o Corpo Vital, foi removida. Então, o Corpo Denso está em um transe muito profundo. No Período Solar, quando a nossa constituição era semelhante à das plantas, a nossa consciência permanecia como no estado de sono sem sonhos, no qual o Corpo de Desejos, a Mente e o Espírito estão do lado de fora, deixando o Corpo Denso e o Corpo Vital em um leito ou em um lugar dormindo. No Período Lunar, tivemos uma consciência pictórica, correspondente ao sono com sonhos, quando o Corpo de Desejos está apenas parcialmente removido do Corpo Denso e do Corpo Vital. Agora, aqui no Período Terrestre, a nossa consciência foi ampliada para abarcar objetos fora de nós próprios, mediante uma posição concêntrica de todos os nossos veículos, como acontece quando estamos acordados.
Durante o Período de Júpiter, os Globos sobre os quais progrediremos estarão situados de forma semelhante ao que estavam no Período Lunar. E a consciência pictórica interna que, então, possuiremos será exteriorizada, pois o Período de Júpiter está no arco ascendente desse Esquema de Evolução. Assim, em vez de ver as imagens dentro de nós mesmos, poderemos, quando falarmos, projetá-las sobre a consciência daqueles a quem nos dirigimos.
Por conseguinte, quando alguém se intitula um Mestre, ele deve ser capaz de fundamentar sua afirmação dessa maneira, pois os Mestres verdadeiros, os Irmãos Maiores, que estão agora preparando as condições de evolução que devem ser obtidas durante o Período de Júpiter, têm a consciência pertinente àquele Período. Portanto, eles são capazes, e sem esforço algum, de utilizar essa linguagem pictórica externa e, assim, imediatamente dão evidências claras de sua identidade. Somente eles são capazes de guiar outros com segurança. Aqueles que não se desenvolveram a tal ponto, mesmo que possam estar até iludidos a seu próprio respeito e até imbuídos de boas intenções, não são dignos de confiança, e não devemos lhes dar crédito. Esta é uma aferição absolutamente infalível; e as pretensões de quem não pode mostrar seus frutos não tem maior valor do que a erva daninha mencionada daninhas mencionadas no nosso parágrafo inicial.
Todos os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz possuem esse atributo; e eu confio que nenhum dos nossos Estudantes, no futuro, se deixará enganar em seguir exercícios ou passar por cerimônias planejadas por qualquer pessoa que não seja capaz de produzir o fruto, e evocar imagens vivas na consciência daqueles com quem ele fala.
(Carta nº 38 do livro “Cartas aos Estudantes” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Mt 7:16
[2] N.T.: IJo 4:1
Pergunta: Por que houve a necessidade de passarmos pelo Período Solar?
Resposta: Porque precisávamos continuar nesse Esquema de Evolução submergindo mais profundamente na matéria. Daí avançarmos para mais um passo: o Período Solar.
Pergunta: Então foram criados novos Globos?
Resposta: Sim, foram necessários novos Globos, cujas posições nos sete Mundos tinham que ser diferentes daquelas ocupadas pelos Globos do Período de Saturno.
Pergunta: Como assim?
Resposta: No Período de Saturno o Mundo mais denso estava situado na Região Concreta do Mundo do Pensamento, e no Período Solar o mais inferior dos Globos encontrava-se no Mundo do Desejo.
Pergunta: Quem preparou todos os Globos do Período Solar?
Resposta: Toda a preparação desses novos Globos e as demais atividades subjetivas estiveram a cargo das Hierarquias Criadoras. E esse trabalho foi feito durante o intervalo entre Períodos, que se chama Noite Cósmica, com a ajuda da Hierarquia Criadora Senhores da Chama.
Pergunta: E o que aconteceu com o Período de Saturno e seus Globos?
Resposta: Tenhamos sempre em mente que na criação de Deus nada se perde. O Espírito Virginal passa por cada Globo sete vezes, então, quando passou pela sétima vez no Globo A, este já começou a se desintegrar lentamente, pois não havia mais utilidade e assim aconteceu com os demais. O mesmo acontecerá com o Período Solar.
Pergunta: No Período Solar existia outro elemento que predominou em todos os Globos?
Resposta: No Período Solar os Globos eram esferas luminosas, brilhantes, de consistência análoga à dos gases. Portanto, existiam dois elementos, o Fogo e o Ar.
Pergunta: Qual era a Onda de Vida que estava atravessando o estágio “humanidade” no Período Solar?
Resposta: Era a Onda de Vida dos Arcanjos.
Pergunta: Na Onda de Vida dos Arcanjos algum ser se destacou na evolução?
Resposta: Sim, o mais elevado Iniciado desse Período foi Cristo, o “Filho”, que é um Arcanjo, isto é, o mais elevado de todos os Arcanjos.
Pergunta: Então, nesse caso, Cristo, o “Filho”, alcançou o segundo aspecto de Deus?
Resposta: Cristo foi o Arcanjo que aprendeu, no Período Solar, tudo que um Arcanjo deve aprender até o Período de Vulcano e, com isso, conseguiu criar um corpo com material formado de matérias do Mundo de Deus. Desse modo alcançou o mérito de exercer o segundo atributo de Deus, o de Sabedoria, que é o papel do Deus-Filho.
Pergunta: Então, qual é o veículo mais inferior de um Arcanjo?
Resposta: Normalmente, o veículo inferior de um Arcanjo é o Corpo de Desejos. Mas, o Cristo, o mais elevado Iniciado do Período Solar, emprega geralmente o Espírito de Vida como veículo inferior. Cristo tem o poder de construir e funcionar num veículo tão inferior como o Corpo de Desejos, o veículo usado pelos Arcanjos, mas não pode descer mais.
Pergunta: A Hierarquia Criadora Senhores da Chama também era responsável pela evolução do Período Solar?
Resposta: Quando a vida em evolução apareceu no Globo A na Primeira ou Revolução de Saturno do Período Solar, estava ainda a cargo dos Senhores da Chama, mas foram os Senhores da Sabedoria que tomaram a seu cargo a evolução material no Período Solar.
Pergunta: E qual foi a ajuda que os Espíritos Virginais receberam nesse Período dos Senhores da Sabedoria?
Resposta: Nesse Período os Senhores da Sabedoria (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe do Corpo Vital.
Pergunta: Nesse Período também houve o despertar de algum veículo nosso espiritual?
Resposta: Sim, na sexta Revolução desse Período a Hierarquia Criadora dos Querubins despertou em nós o nosso veículo espiritual Espírito de Vida.
Pergunta: Cite um dos trabalhos efetivos realizado nesse Período por essas duas Hierarquias.
Resposta: As duas Hierarquias (Senhores da Chama e Senhores da Sabedoria), na primeira metade da Revolução de Saturno do Período Solar, em ação conjunta, se ocuparam em realizar certas melhoras no germe do Corpo Denso. Mudanças essas indispensáveis para que ele pudesse ser interpenetrado por um Corpo Vital, dando-lhe ao mesmo tempo a capacidade de desenvolver as glândulas e um canal alimentar.
Pergunta: Qual era o nível de desenvolvimento de consciência dos Espíritos Virginais no Período Solar?
Resposta: Nós, como Espíritos Virginais da Onda de Vida humana, passamos pela nossa existência parecida com a Onda de Vida vegetal atual e tínhamos a consciência que hoje nomeamos de sono sem sonhos.
Pergunta: No Período Solar iniciou a Evolução um outra Onda de Vida, além da nossa?
Resposta: Nesse Período teve início a evolução da Onda de Vida animal.
Pergunta: E como era a consciência dessa Onda de Vida animal no Período Solar?
Resposta: Era semelhante ao que hoje é a Onda de Vida mineral: transe profundo.
Pergunta: Em qual Mundo iniciou o Período Solar nesse Esquema de Evolução?
Resposta: O Globo A, o primeiro de quaisquer Períodos, estava situado no Mundo do Espírito de Vida.
Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz!
“E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes de verdade.” (Ef 4:24).
“E vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.” (Col 3:10).
“Aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homem, fazendo a paz.” (Ef 2:15).
“E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (II Cor 5:17).
Existe um profundo significado oculto no termo “homem novo”, segundo o usou S. Paulo em suas distintas Epístolas, e para aqueles que desejam se adiantar nesses tempos de velocidade, essa é a chave para a vida diária.
Uma resolução “para por em prática o novo homem”, baseada sobre um claro entendimento do que significa exatamente esse termo, é procurar se corrigir ao começar de um novo ciclo, que pode ser até um ano novo.
Durante os Períodos de Saturno, Solar e Lunar e parte do Período Terrestre de nosso Esquema de Evolução, que é sétuplo e é de manifestação, o nosso trabalho, como um Espírito Virginal diferenciado em Deus (e não de Deus) consistiu na construção dos nossos Corpos e veículo, porém, desde o tempo em que saímos da antiga Atlântida (na Época Atlante desse Período Terrestre) e de agora em diante (até o final do Período de Vulcano), se desejamos seguir o Caminho da Evolução, para frente e para cima, em um processo evolutivo devemos nos esforçar pelo crescimento da nossa Alma, o Crescimento Anímico. Os Corpos Denso, Vital e de Desejos, que cristalizamos ao nosso redor (tomando material dos Mundos e das Regiões recíprocas), devem ser sutilizados e descristalizados e deles extrairmos a quintessência da experiência, a qual como “Alma” será amalgamada por nós em cada um dos nossos veículos espirituais (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano) para alimentar cada um deles e, assim, nos converter “homem velho” em “homem novo”.
Para assinalar esse Caminho de Evolução de progresso, foi nos fornecido, quando renascíamos na Época Atlante o Tabernáculo no Deserto (a primeira igreja) e a Luz de Deus desceu sobre o Altar dos Sacrifícios. Naquela Época, nós tínhamos acabado de tomar posse de nosso “Tabernáculo”: acabávamos de concentrizar todos os pontos do nosso Corpo Denso e Corpo Vital e, com isso, passamos a governar nossos Corpos internamente. A fim de restringir o primitivo instinto de egoísmo e nos guiar para fora da indulgência das tendências egoísticas, Deus colocou imediatamente ante ele a Luz Divina sobre o Altar dos Sacrifícios no Tabernáculo no Deserto. Desse modo, o sacrifício se fez a “Luz” que nos guiou ao caminho da Alma, o caminho que conduz ao processo do “novo homem”.
Por meio do sacrifício dos interesses pessoais, formos aprendendo a nos elevar sobre a Lei das Religiões de Raça, criando “dentro de nós mesmos um ser novo, e por esse ser realizando a paz”. Agora, temos tudo o que precisamos para nos tornarmos amorosos e servidores dos demais, plenos de um verdadeiro senso da unidade de cada um com todos. Essa realização vai libertando o poder do Amor Eterno e as cristalizações, nascidas do egoísmo começam a desaparecer. A Mente se volta para canais construtivos e os pensamentos, aborrecimentos, temores vão sendo substituídos pela tolerância, compreensão e compaixão, se seguirmos esse Caminho.
As ligaduras pelas posses materiais começam a se afrouxar, e vem um profundo sentimento de realização que só aquelas qualidades espirituais que “nem a traça e nem a ferrugem corroem, nem os ladrões arrombam para roubar.” (Mt 6:19) são substanciais.
Os esforços persistentes diários para amar e servir amorosa e desinteressada (portanto, o mais anônimo possível) ao irmão e a irmã que está ao nosso lado, focando na divina essência oculta em cada um de nós, nos capacitam para ganhar a ascendência e, assim, teremos “abolido em sua carne a inimizade, de acordo com a lei dos mandamentos contidos nas escrituras” (Ef 2:15).
Uma crescente reverência para toda classe de vida pode nos levar a nos alimentar somente de alimentos que não venham de Corpos dos nossos irmãos menores, os animais (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins) e, em consequência, a uma limpeza na corrente sanguínea. Todos nós estamos aptos para funcionar em grandes propósitos em nosso veículo físico e “eis aqui, que todas as coisas se fazem novas.” (IICor 5:17).
(Publicado na Revista Rosacruz do Centro Rosacruz de Córdoba, Argentina, traduzido e publicado na Revista Rosacruz de maio/1983-Fraternidade Rosacruz-SP)
Resposta: Estudando a Filosofia Rosacruz aprendemos que no Mundo do Desejo a luz e a cor são cambiantes (diferente do estado que encontramos aqui, na Região Química do Mundo Físico), aprendemos também que é onde as forças dos nossos irmãos e nossas irmãs menores, os que chamamos de animais, e as nossas próprias forças se misturam com as forças de inumeráveis Hierarquias de seres espirituais, que não “aparecem” no Mundo Físico, mas que são tão ativas no Mundo do Desejo como nós o somos aqui. Aqui as Hierarquias se referem às Hierarquias Criadoras que trabalham no Mundo do Desejo, seja somente lá, seja parcialmente lá, durante o Ciclo de Nascimentos e Mortes. E aí já surge a dúvida: são todas as doze Hierarquias Criadoras? Se não, quais são?
Não são todas as doze! Vamos conhecê-las então (de uma forma bem resumida), já que devemos muito a elas graças ao trabalho que desenvolvem cotidianamente no Mundo do Desejo:
1) a Hierarquia Criadora Senhores da Individualidade, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Libra. Dominam totalmente todos os materiais do Mundo do Desejo. Ajudou-nos na nossa formação no longínquo Período Lunar nos fornecendo o germe do que é agora o nosso Corpo de Desejos. Atualmente, no Mundo do Desejo, trabalham para ensinar a manipular os materiais das três Regiões superiores do Mundo do Desejo. E, agora, depois de formados e evoluindo para frente e para cima, Ela nos ajuda, neste Período Terrestre, ensinando-nos como desenvolver o nosso veículo Espírito de Vida.
2) a Hierarquia Criadora Senhores da Forma, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Escorpião. É a Hierarquia Criadora encarregada de tudo que evolui aqui no Período Terrestre e necessita de “formas”, seja pensamento-forma, formas do Mundo do Desejo, formas etéricas ou formas químicas. Ela, também, nos ajuda, neste Período Terrestre, ensinando-nos como desenvolver o nosso veículo Espírito Humano.
3) a Hierarquia Criadora dos Arcanjos, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Capricórnio. Neste atual Esquema de Evolução atingiram o seu estágio de “humanidade” no Período Solar, momento em que se tornaram especialistas em trabalhar com materiais do Mundo do Desejo. Neste Período Terrestre exercem várias funções, dentre as mais destacadas: Espírito-Grupo dos animais (em que são responsáveis pela evolução de cada ser animal existente), Espírito de Raça para nós, ainda que atualmente muitos poucos seres humanos ainda precisem desse tipo de segmentação para se desenvolver e exercem a liderança em cada Planeta e no Sol, quanto ao desenvolvimento dos desejos, sentimentos e das emoções que utilizam o material das três Regiões superiores do Mundo do Desejo. Lembrando que Cristo, o Deus-Filho é um Arcanjo, o mais elevado Iniciado do Período Solar, o maior dos Arcanjos.
4) a Hierarquia Criadora dos Anjos, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Aquário. Neste atual Esquema de Evolução atingiram o seu estágio de “humanidade” no Período Lunar, momento em que se tornaram especialistas em trabalhar com materiais da Região Etérica do Mundo Físico. Neste Período Terrestre exercem várias funções, dentre as mais destacadas: Espírito-Grupo das plantas – vegetais (em que são responsáveis pela evolução de cada ser vegetal existente), Anjos do Destino – também chamados de Senhores do Destino ou Anjos Relatores – que nos ajudam a escolher entre os diversos Panoramas de Vida que temos à nossa disposição quando estamos nos preparando para renascer lá no Terceiro Céu, que depositam na cabeça do espermatozoide do pai o Átomo-semente do Corpo Denso e na matriz do útero da mãe, o Átomo-semente do Corpo Vital quando de uma relação sexual em que haverá fecundação, que ajuda nas conexões dos Átomos-sementes dos Corpos quando estamos trabalhando com a mãe para renascer, que auxilia a mãe nos momentos pré-natal, que trabalham com os Auxiliares Invisíveis humanos em certos momentos para a cura espiritual. O Deus-Espírito Santo é um Anjo, Jeová, o mais elevado Iniciado do Período Lunar, o maior dos Anjos.
5) a Hierarquia Criadora dos Espíritos Virginais da Onda de Vida Humana – nós -, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Peixes. Neste atual Esquema de Evolução atingimos o nosso estágio de “humanidade” neste Período Terrestre, momento em que começamos o trabalho para nos tornarmos especialistas em materiais da Região Química do Mundo Físico. Durante a nossa estada pelo Mundo do Desejo: quando estamos vivendo a nossa vida celestial – após a morte aqui – no Mundo do Desejo (Purgatório e Primeiro Céu); quando estamos “descendo” para mais um Renascimento aqui, coletando materiais para a construção de mais um Corpo de Desejos, seja quando temos a capacidade de trabalhar lá, mesmo renascido aqui, como fazem os Auxiliares Invisíveis conscientes, Irmãos Leigos, Irmãs Leigas, Adeptos e Irmãos Maiores, e seja renascidos aqui quando coletamos materiais para expressar, pelo nosso Corpo de Desejos, os desejos, sentimentos e as emoções do dia a dia.
Podemos saber e estudar mais sobre as Hierarquias Criadoras no nosso site: https://fraternidaderosacruz.com/, no Glossário Dicionário Rosacruz, ou no livro: Conceito Rosacruz do Cosmos.
Que as rosas floresçam em vossa cruz!
Descubra aqui onde o estudo foi dividido nos seguintes tópicos para facilitar a assimilação do conhecimento:
Acesse aqui: Como Conheceremos Cristo quando Voltar?
1ª) “E disse-lhes muitas coisas em parábolas: ‘Eis que o semeador saiu para semear. E ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho e as aves vieram e a comeram. Outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra. Logo brotou, porque a terra era pouco profunda. Mas, ao surgir o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou. Outra ainda caiu entre os espinhos. Os espinhos cresceram e a abafaram. Outra parte, finalmente, caiu em terra boa e produziu fruto, uma cem, outra sessenta e outra trinta.‘” (Mt13:3-8).
2ª) “Propôs-lhes outra parábola: ‘O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e foi-se embora. Quando o trigo cresceu e começou a granar, apareceu também o joio. Os servos do proprietário foram procurá-lo e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Como então está cheio de joio?’ Ao que ele respondeu: ‘Um inimigo é que fez isso’. Os servos perguntaram-lhe: ‘Queres, então, que vamos arrancá-lo?’ Ele respondeu: ‘Não, para não acontecer que, ao arrancar o joio, com ele arranqueis também o trigo. Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ‘Arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; quanto ao trigo, recolhei-o no meu celeiro’.” (Mt 13:24-30).
3ª) “Propôs-lhes outra parábola, dizendo: ‘O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce é a maior das hortaliças e torna-se árvore, a tal ponto que as aves do céu se abrigam nos seus ramos.‘” (Mt 13:31-32).
4ª) “Contou-lhes outra parábola: ‘O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e pôs em três medidas de farinha, até que tudo ficasse fermentado.‘” (Mt 13:33).
5ª) “O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo.” (Mt 13:44).
6ª) “O Reino dos Céus é ainda semelhante a um negociante que anda em busca de pérolas finas. Ao achar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra. O Reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede lançada ao mar, que apanha de tudo. Quando está cheia, puxam-na para a praia e, sentados, juntam o que é bom em vasilhas, mas o que não presta, deitam fora. Assim será no fim do mundo: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos e os lançarão na fornalha ardente. Ali haverá choro e ranger de dentes. Entendestes todas essas coisas?” Responderam-lhe: ‘Sim’.” (Mt 13:45-51.).
7ª) “Então lhes disse: “Por isso, todo escriba que se tornou discípulo do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que do seu tesouro tira coisas, novas e velhas.” (Mt 13:52).
Há sete interpretações igualmente válidas e verdadeiras para cada parábola. Algumas dessas interpretações são mais profundas em seu significado do que as outras. A maior parte das pessoas está familiarizada com as interpretações exotéricas ou ao pé da letra. Agora, com o “Conceito Rosacruz do Cosmos” foi levantado o primeiro véu e podemos deixar em segundo plano essa forma de interpretação literal. A chave para entendimento das parábolas transcritas está no último versículo; algumas coisas são velhas e outras são novas; algumas são do passado, ao passo que outras virão ainda. Os outros Evangelhos fazem apenas menção das quatro primeiras parábolas. Por isso consideramos esse capítulo como a apresentação completa do símbolo.
A primeira parábola refere-se ao semeador – Deus – lançando a semente de uma nova Onda de Vida, os Espíritos Virginais (a presente humanidade) foram diferenciados pela primeira vez, dentro de Deus ou “plantados”.
A segunda parábola narra o fato de o semeador encontrar joio em seu campo, preferindo deixá-lo crescer juntamente com o trigo, a fim de não haver o perigo de destruir a boa semente. Alude ao Período Solar, onde surgiram pela primeira vez a luz e as trevas. Segundo uma tradição de origem oculta, alguns componentes dessa onda de vida recusaram-se a emergir na matéria, retardando, dessa forma, a nossa evolução. Deram margem a um primeiro esboço de egoísmo ou joio, em nossa onda de vida.
A terceira parábola, do grão de mostarda, refere-se ao Período Lunar, quando o ser humano recebeu o germe do Corpo de Desejos. A semente da mostarda, embora pequenina, desenvolve-se até transformar-se numa árvore de grandes dimensões. A mostarda é um condimento excitante do Corpo de Desejos. Seu uso desmedido pode afetar negativamente nossa natureza emocional.
A quarta parábola, a da pequena quantidade de fermento, corresponde ao Período Terrestre. No Velho Testamento todo o pão sacramentado deveria ser levedado, porque desse modo Jeová poderia manter o povo sob seu jugo. Mas Cristo iniciou a Nova Era – a Era de Aquário, ainda como anunciador – em que, lenta, mas seguramente, o amor altruísta vem sendo difundido. “No peito de cada indivíduo a força do altruísmo trabalha como se fora um fermento. Desse modo transforma-se o selvagem numa pessoa civilizada e com o tempo, esse, num Deus.” (“Conceito Rosacruz do Cosmos”).
A quinta parábola, do tesouro escondido, sugere o Período de Júpiter. Naquele longínquo período futuro, os seres componentes do atual reino mineral passarão por um estado de consciência análogo ao das plantas e nós trabalharemos com eles com a mesma desenvoltura com que os Anjos operam atualmente com o Reino Vegetal.
O desenvolvimento de nossas faculdades imaginativas habilitar-nos-á também a vitalizá-las. Dessa maneira, os “tesouros do reino dos céus no Período de Júpiter, não permanecerão escondidos no campo de nossos corpos nem na Terra. Contudo, deve desde já despender os melhores esforços a fim de desenvolver estas faculdades futuras”.
A sexta parábola, a da pérola de alto preço, assinala as condições do Período de Vênus, quando os minerais atuais alcançarão um estado de consciência semelhante ao dos nossos animais. A pérola é a única gema originária da ação de uma criatura viva: a ostra.
Segundo Max Heindel, no final do Período em questão, o ser humano estará em condições de revestir de cores e tons as formas por ele engendradas e vitalizadas. Assim, tal como o comprador de pérolas, o ser humano tudo fará para adquirir essa faculdade.
A sétima parábola, a da semelhança do escriba instruído com o pai de família, refere-se ao período derradeiro – o Período de Vulcano – quando as influências particulares do Espírito Divino serão as mais fortes, porquanto foi vivificado no correspondente Período de Saturno. Nesse período o joio será removido do trigo e estaremos prontos para o repouso cósmico.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – junho/1968 – Fraternidade Rosacruz – SP)
“Convém-vos que Eu vá, porque se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém. Eu for, Eu vo-Lo enviarei.” (Jo 16:7)
Essas palavras de “consolo” ditas por Cristo a Seus Discípulos, justamente antes de ser conduzido à Sua crucificação, foram uma promessa de que alguém tomaria Seu lugar e seguiria a Sua obra.
A pergunta surge agora: “Quem é esse Consolador e como está continuando o trabalho de Cristo?”. Foi Cristo quem disse que o Consolador é o Espírito Santo, o qual será enviado pelo Pai em Seu Nome e nos recordará todas as coisas que Ele nos disse.
Conforme estudamos no Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”: “No Mundo mais elevado do sétimo Plano Cósmico habita o Deus do nosso Sistema Solar. Este grande Ser é de manifestação tríplice, semelhantemente ao Ser Supremo. Seus três aspectos são: Vontade, Sabedoria e Atividade, atribuições do Pai, do Filho e do Espírito Santo, respectivamente. Ao final do Período de Saturno um Senhor da Mente conseguiu aprender tudo que precisava aprender até o Período de Vulcano, alcançado o mérito de construir um Corpo com material do Mundo de Deus. Assim, se tornou responsável pelas atribuições divinas do ‘Pai’, por ser o mais elevado Iniciado da humanidade do Período de Saturno. Já ao final do Período Solar um Arcanjo conseguiu aprender tudo que precisava aprender até o Período de Vulcano, alcançado o mérito de construir um Corpo com material do Mundo de Deus Assim, se tornou responsável pelas atribuições divinas do ‘Filho’, Cristo, por ser o mais elevado Iniciado da humanidade do Período Solar. Ao final do Período Lunar um Anjo conseguiu aprender tudo que precisava aprender até o Período de Vulcano, alcançado o mérito de construir um Corpo com material do Mundo de Deus. Assim, se tornou responsável pelas atribuições divinas do ‘Espírito Santo’, Jeová, por ser o mais elevado Iniciado da humanidade do Período Lunar.”.
Não é nada fácil explicar verdades esotéricas de modo que possam ser compreendidas e cridas, o que sucede unicamente quando a Mente houver chegado a um certo estado de seu desenvolvimento, evoluindo para um Corpo, o Corpo Mental.
Essa é a base comum na qual toda Ciência e toda Religião deve encontrar, e a seu devido tempo encontrará a estrutura fundamental de todas as coisas, o começo da ciência da existência e da criação. Do “um” procede o “dois”, e desses, o terceiro desenvolve a sempre presente Trindade da Unidade. Dos três aspectos ou um total, provém o quarto, e mais tarde o sétimo, o nono e o décimo segundo, pois que o Universo está baseado em leis matemáticas que dirigem suas energias.
Em certos períodos de evolução um desses três princípios aparece como predominante, mas, sem dúvida, os outros dois estão presentes. A principal característica do Pai é o poder da Vontade; a do Filho ou Cristo é o Amor-Sabedoria; e a do Espírito Santo ou Jeová é a Atividade. De modo que na Atividade temos em certo grau, o poder do Amor-Sabedoria e da Vontade em uma ou outra forma. A Ciência e a Religião se encontram nesses fundamentos comuns, pois, que cada uma delas comprova a verdade da outra.
Nossa fé e nossa crença na existência estão baseadas sobre essa Trindade quando aceitamos a doutrina de que o ser humano é Espírito, Alma e Corpo e, portanto, feito à imagem de Deus, de acordo com o axioma hermético: “Assim como é em cima, é em baixo”.
Aceitando o fato de que o Consolador é o Espírito Santo ou Jeová, vejamos o que diz nosso livro de texto o “Conceito Rosacruz do Cosmos”, sobre a matéria. Informa-nos que Jeová, o Espírito Santo, foi o maior Iniciado do Período Lunar, líder dos Anjos e Regente de todas as Luas, incluindo a nossa.
O trabalho de Jeová é o de construir corpos e formas, por meio do endurecimento ou cristalização das forças lunares. Portanto, é o “dador dos filhos”, ou seja, o que proporciona o corpo ou a forma; os Anjos são Seus assistentes nessa tarefa. Os Anjos foram a humanidade no Período Lunar e são exímios construtores do Éter e trabalham especialmente com as plantas, que passaram pelo seu estado mineral naquele Período. O Corpo Vital é o veículo cotidiano dos Anjos e, portanto, são construtores do Corpo Vital que dá a forma ao Corpo Denso da planta, do animal e do ser humano. Nesse trabalho são assistidos, também, pelos Senhores da Forma.
Agora, coordenemos essas coisas com o mistério da presente estação, a Páscoa da Ressurreição (Semana Santa), quando Cristo, por meio da Ressurreição, ascende ao céu.
Cristo, para o Cristão Místico, é o Senhor da Vida que está relacionado com tudo o que vive em nossa terra e na Páscoa dá Sua vida para nós e por nós, morrendo para a Terra e nascendo no Céu.
Quando Ele nos deixa, envia-nos o Consolador, o Espírito Santo, Jeová, O qual fornece as atividades necessárias para nós. Pois bem, Jeová é o construtor de corpos e formas, e por meio da Sua atividade temos as miríades de formas de plantas, animais e de seres humanos que aparecem em magnífica profusão durante os meses de março, abril, maio e meados de junho. Esse é o trabalho de Jeová como Senhor da Criação, e nesta época, cobre a vida dada por Cristo como Espírito Planetário, com a forma. É assim que o Consolador enviado pelo Pai, a pedido de Cristo, pode nos trazer ante nós todas as coisas que Cristo nos disse.
Cristo como Espírito morador do nosso Globo, desde o Natal até a Páscoa, tem eterizado a Terra em sua passagem desde o centro até a periferia da mesma, e é com esse Éter que Jeová e Seus Anjos modelam o invólucro etérico que fornece formo ao corpo ou forma da matéria física.
O Éter Crístico contém um ingrediente solar, uma força solar; assim sendo, ao criar essa forma de Éter, Jeová e Seus Anjos têm que receber a ajuda de alguns Arcanjos, os quais foram a humanidade do Período Solar e trabalham com a substância de desejos, que interpenetra o Corpo Vital.
É, pois, evidente, que nossa evolução está ligada com as forças Solares e Lunares e também, em menor grau, com os demais corpos celestiais. Portanto, o estudo da Divina Ciência da Astrologia Rosacruz deve merecer a devida consideração na investigação do mistério da vida.
Em geral, a humanidade hoje em dia, responde principalmente aos efeitos de Saturno, Vênus e Marte: “o Pai, o Filho e o Espírito Santo”, dos quais obtemos o poder da Vontade, do Amor-Sabedoria e da Atividade em suas várias formas e graus.
Desde o Natal até a Páscoa temos sido testemunhas do poder e amor mediante o sacrifício de Cristo, na Estação da Páscoa, com a cruz do Sol sobre o equador celestial, nós passamos do amor espiritualizado de Cristo através do Signo de Peixes que termina o trabalho de Cristo na Terra, e entramos no Signo de Áries, o Signo da atividade e, portanto, o poder de Jeová, e por esta razão temos esse período intenso de atividades na produção das formas. Assim é que o Consolador vem a nós para completar o trabalho feito por Cristo para nós. Enquanto esta época constitui o período especial em que o Consolador, por meio de Seu trabalho, se torna proeminente, não devemos esquecer que ocultos para nossa vista física se acham o Pai e o Filho guiando esse trabalho, pois que esses três aspectos de Deus estão mesclados e em realidade não separados, daí a razão da frase de Cristo: “Meu Pai e Eu somos um“. Assim como na Religião, é na Ciência. Existem em ambos o Exotérico e o Esotérico, porque é sempre o invisível que produz o visível, e disso somos conscientes quando passamos da própria consciência para a consciência cósmica.
Esta é a época da criação, do nascimento e por toda parte a natureza manifesta seus esforços para produzir abundantemente através de esforços materiais e com eles vêm as tentações de edificar tesouros aqui na Terra, o impulso da própria conservação do corpo, os desejos animais de Marte. Sem dúvida, esta é também a época da exaltação do Sol à medida que retorna aos céus levando-nos ao lar do Espírito, se seguimos a Cristo. À medida que procuramos ajudar a Cristo em Sua tarefa de levar o peso e a carga da Terra, sendo melhores Cristãos, oxalá que possamos trabalhar com o Consolador com maior interesse em benefício da humanidade. No passado tratamos de acrescentar brilho a alma, assim, no presente podemos melhorar o Corpo Denso ou forma para que a Luz da Alma ilumine nosso ser. Assim é que “possa nossa luz brilhar ante os seres humanos, para que vejam nossas boas obras e glorifiquem a nosso Pai que está no céu“.
“Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro” – (I Jo 4:6).
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – janeiro/1983 – Fraternidade Rosacruz – SP)
“E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio de sua praça e de uma e outra margem do rio estava a Árvore da Vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro e os seus servos O servirão. E verão o seu rosto e nas suas testas estará o seu nome. E ali não haverá mais noite e não necessitarão de lâmpada, nem de luz do Sol, porque o Senhor Deus os alumia; e reinarão para todo o sempre.“. (Ap 22 :1-5).
Deus, o Arquiteto de nosso Sistema Solar, é Trino. Seus atributos são: Poder; Amor; Movimento. O aspecto de Sabedoria é o que expressa Cristo Cósmico – o mais alto Iniciado do Período Solar. Um raio do Cristo Cósmico penetrou na Terra, tornando-se, desde então, seu Espírito Planetário interno e, daí por diante tem infundido na humanidade os sentimentos de altruísmo para aquisição de uma consciência idêntica à Sua. Comumente Cristo usa o Espírito de Vida como veículo de expressão mais inferior de sua natureza. Funcionando conscientemente no Mundo do Espírito de Vida, o primeiro dos Mundos universais (onde desaparece toda a separatividade; onde a Fraternidade é uma constante), Ele se reflete no Corpo Vital dos seres humanos, assim como aquele Mundo (o Seu) se reflete na Região Etérica do Mundo Físico da nossa Terra. Foi ao Reino de Cristo e à Sua Consciência que São João se referiu, ao falar do “rio puro da água da vida“.
Igualmente, pela boca de São João, o Cristo exprimiu a mesma ideia, ao dizer: “Mas aquele que beber da água que Eu lhe der, nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna“; e mais ainda, quando disse no Evangelho Segundo São João, capítulo 7, versículo 37: “Se alguém tem sede, venha a Mim e beba“.
A Árvore da Vida é a “faculdade de regeneração da força vital”, possível por meio da nova “taça de vinho místico” mencionada como o ideal a ser atingido na futura Época, a Nova Galileia – um órgão etérico na parte interna da cabeça e da laringe, construído pela força libertada e sublimada, o qual, à vista espiritual, aparece como o caule de uma flor que ascende da parte inferior do tronco. Esse cálice ou a taça da semente é o verdadeiro órgão criador, capaz de pronunciar a palavra de vida e de poder.
“A palavra atual é gerada e produzida pelos movimentos imperfeitos dos músculos os quais regulam a laringe, a língua e os lábios para que o ar que vem dos pulmões torne possível determinados sons. Porém, o ar é um meio denso difícil de manipular, em comparação com as mais refinadas forças da natureza, tais como a eletricidade, que se movimenta no Éter. Quando esse novo órgão tiver sido desenvolvido, tornar-se-á possível falar a palavra de vida e infundir vitalidade em substâncias que atualmente são inertes. Presentemente, aqueles que beberem da taça da abnegação, que podem usar sua força no serviço aos demais, estão construindo esse órgão, juntamente com o Corpo-Alma, que é o manto nupcial. Estão aprendendo a usar na forma menor de Auxiliar Invisível, quando se encontram fora do Corpo Denso à noite, muitas vezes sem que isso possa ser transmitido à Memória Consciente. Com o maior desenvolvimento e consciência iniciática, então ensinam a falar a palavra de poder, que remove as doenças e proporciona tecidos saudáveis.” (Max Heindel).
Na Nova Galileia a humanidade viverá no ar, em seus corpos luminosos, numa Terra feita de Éter. O Amor e a Fraternidade prevalecerão e o Cristo (que terá vindo pela segunda vez) reinará como Melquisedeque (Rei e Sacerdote).
(Publicado na Revista: Serviço Rosacruz – setembro/1965 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Razões Visíveis: No Equinócio de Setembro o Sol “cruza” o equador celeste de Norte para Sul – como sabemos a Astrologia funciona em projeção geocêntrica e consultando as Efemérides Planetárias verificaremos que à medida que os dias se vão aproximando de Setembro, a declinação do Sol vai reduzindo: passa de 23º 26′ para 0º.
Essas razões físicas são as partes visíveis que verificamos como evidências de que o Equinócio de Setembro é o momento em que, mais uma vez, estamos no tempo da estação da Primavera, para o hemisfério sul (e, portanto, da estação do Outono, para o hemisfério norte).
Razões Esotéricas: a passagem do Sol por Libra, a balança, simboliza o trabalho do Cristo para restabelecer o equilíbrio das forças que insistimos em desequilibrar, por meio das atividades discordantes nos seis meses que se passaram (de março até setembro).
É quando o Cristo Cósmico toca a atmosfera do nosso Planeta, “descendo” do Mundo do Espírito de Vida. Este Mundo estabelece um vínculo comum entre os Planetas do nosso Sistema Solar e, do mesmo modo que para ir-se da América à África é necessário se ter um meio de locomoção, assim também se requer um veículo apropriado ao Mundo do Espírito de Vida, sob controle consciente, para se poder viajar de um a outro Planeta. Sem esse veículo, conscientemente, é impossível tal viagem!
É bom lembrar que Cristo, o mais elevado Iniciado do Período Solar, emprega, geralmente, o Espírito de Vida como Seu veículo inferior, pois tem seu lar lá no Mundo do Espírito de Vida. Funciona tão conscientemente no Mundo do Espírito de Vida como nós, aqui, no Mundo Físico.
Rogamos ao Estudante Rosacruz que note, de modo particular, este ponto porque o Mundo do Espírito de Vida é o primeiro Mundo Universal. Nesse mundo cessa a diferenciação e começa a manifestar-se a unidade, pelo menos quanto ao nosso Sistema Solar. É onde a Sabedoria flui no seu cotidiano. É onde a Fraternidade faz parte do dia a dia. E de onde tomamos, via a intuição, a solução perfeita para qualquer problema que temos aqui. É o lugar onde se encontra a verdadeira Memória da Natureza. É o Reino do Amor.
É a partir do Mundo do Espírito de Vida que começa a volta do Cristo, com foco de atenção ao nosso Planeta, onde ele, mais uma vez, dá toda a Sua luz, toda a Sua vida e todo o Seu amor para vivificar esta massa morta (que nós cristalizamos do Sol) anualmente, e isto constitui um grilhão, um empecilho, uma prisão para Ele; por isso os nossos corações deveriam ficar voltados para Ele, neste tempo, em gratidão, pelo sacrifício que Ele faz por nossa causa, compenetrando este Planeta com Sua vida para renovar todo o material que insistimos em cristalizar anualmente, o qual permaneceria se Ele não nascesse no seu interior para vivificá-lo!
Sem esta infusão anual de vida e energia divina, todas as coisas vivas sobre a nossa Terra pereceriam imediatamente e todo o progresso ordenado seria frustrado, pelo menos no que diz respeito à nossa linha atual de desenvolvimento. É a “queda” (ou descida) do Raio Espiritual do Sol nesses quatro meses que dá origem às atividades mentais e espirituais nos quatro meses seguintes.
A mesma força germinadora que ativa a semente na terra e a prepara para produzir sua espécie em múltiplo, agita também a Mente humana e promove as atividades altruístas que fazem o mundo melhor.
Assim é que as poderosas vibrações espirituais da onda Crística, doadora de vida, estão na atmosfera terrestre durante os meses que temos pela frente e podem ser, por nós, usadas com muito maior proveito, se soubermos disso e se redobrarmos nossos esforços, o que não faríamos se desconhecêssemos esse fato. O Cristo ainda está gemendo e sofrendo as dores do parto, esperando pelo dia da Sua libertação, pela “manifestação dos Filhos de Deus” (Rm 8:19); e apressamos verdadeiramente esse dia, cada vez que alimentamos nossos veículos superiores com pensamentos, sentimentos, desejos e emoções utilizando somente materiais das Regiões superiores dos respectivos Mundos, isto é, cada vez que participamos da ceia simbolizada pelo “pão e vinho místicos”.
Todas as vezes que nos damos a nós mesmos no serviço amoroso e desinteressado aos outros – focando esse serviço na divina essência oculta em cada irmão e em cada irmã (que é o que realmente somos e nos faz filhos e filhas de Deus –, desenvolvemos mais o nosso Corpo-Alma, que é constituído pelos Éteres superiores do nosso Corpo Vital e que é o veículo fundamental para ajudarmos efetivamente o Cristo. Atualmente é o Éter Crístico que mantém a Terra flutuando no espaço, porém, lembremo-nos que se quisermos apressar o dia de Sua libertação, devemos desenvolver em número suficiente nossos próprios Corpos-Alma até ao ponto em que possamos manter a Terra flutuando. Dessa forma poderemos tomar conta da carga de Cristo e libertá-Lo das limitações da existência física.
Que as rosas floresçam em vossa cruz