Resposta: Comecemos com o Diagrama “Os Sete Dias da Criação” abaixo do Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz. Nesse Diagrama temos o Esquema de Evolução evidenciando as suas duas grandes partes: Involução e Evolução. Não é, contudo, um Diagrama muito complexo, e todo Estudante Rosacruz que deseja dominar o mistério da existência deve decorar esse Diagrama.
Diagrama “Os Sete Dias da Criação”
Lendo no lado esquerdo desse Diagrama, podemos ver que durante uma fase de Involução inconsciente, nós, que somos um Espírito Virginal da Onda de Vida humana, desenvolvemos um Tríplice Corpo e nele entramos. Esse Tríplice Corpo é constituído pelo Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos. No Período Terrestre foi nos fornecido o foco que é a função do veículo Mente e que se tornou o fulcro sobre o qual a Involução se transformou em Evolução. Começa, então, um estágio triplo de evolução consciente durante o qual há o crescimento de uma Tríplice Alma, que tem a função de nos ajudar na espiritualização dos três Corpos em Alma, alimento indispensável para o desenvolvimento do nosso Tríplice Espírito, composto dos nossos três veículos espirituais.
Verificamos que durante o restante do Período Terrestre extrairemos do Corpo Denso a Alma Consciente; no Período de Júpiter a Alma Intelectual será extraída do Corpo Vital; no Período de Vênus extrairemos a Alma Emocional do Corpo de Desejos e no Período de Vulcano nos tornaremos inteligências criadoras ao amalgamarmos a Alma Tríplice com a Mente.
A fim de melhor esclarecer o assunto vamos ao texto intitulado: Alquimia e Crescimento da Alma, no Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz. Lemos o seguinte: “O Corpo Denso foi nos dado como germe e começou a se desenvolver no Período de Saturno, passando através de várias transformações no Período Solar e Período Lunar e alcançará seu maior grau de desenvolvimento aqui mesmo, no Período Terrestre”.
“O Corpo Vital foi nos dado como germe e começou a se desenvolver na segunda Revolução do Período Solar, foi reconstruído nos Períodos Lunar e Período Terrestre e alcançará a perfeição no Período de Júpiter quando atingirá o seu quarto grau de desenvolvimento, assim como o Período Terrestre é o quarto grau de desenvolvimento para o Corpo Denso”.
“O Corpo de Desejos foi nos dado como germe e começou a se desenvolver na terceira Revolução do Período Lunar; foi reconstruído no Período Terrestre, será novamente modificado no Período de Júpiter e alcançará a perfeição no Período de Vênus”.
“A Mente foi nos dada como germe e começou a se desenvolver Período Terrestre; será modificada nos Períodos de Júpiter e Vênus e alcançará a perfeição no Período de Vulcano”.
“Examinando-se o Diagrama 8 abaixo vemos que o globo inferior do Período de Júpiter está situado na Região Etérica. Seria, portanto, impossível empregar um veículo físico ali, pois unicamente o Corpo Vital pode ser usado na Região Etérica. Porém, não se deve supor que depois de haver transcorrido tanto tempo desde que começou o Período de Saturno até o final do Período Terrestre, empregado em completar e aperfeiçoar o Corpo Denso, seja ele abandonado completamente para que o ser humano possa funcionar em um veículo mais elevado”.
Diagrama 8 – Os 7 Mundos, os 7 Globos e os 7 Períodos
“A Natureza não desperdiça nada. No Período de Júpiter as forças do Corpo Denso serão adicionadas as do Corpo Vital completado. Este veículo possuirá, então, os poderes do Corpo Denso além das suas próprias faculdades, e será, portanto, um instrumento muito mais útil para expressão do Tríplice Espírito do que se fosse constituído por suas próprias forças unicamente”.
“Semelhantemente, o Globo D do Período de Vênus está situado no Mundo do Desejo (veja o diagrama 8), e lá não poderão ser empregados nem o Corpo Vital nem o Denso como instrumento de consciência, e em consequência, as essências dos Corpos Vital e Denso aperfeiçoados serão incorporadas então ao completo Corpo de Desejos, convertendo-se, assim, este último num veículo de qualidades transcendentais, maravilhosamente adaptado e sensibilíssimo ao menor impulso do espírito interno, tão superior as nossas presentes limitações que escapa a nossa mais arrojada concepção”.
“Ainda assim, a eficiência desse esplêndido veículo será transcendida, quando no Período de Vulcano sua essência, junto com as dos veículos Vital e Denso agregarem ao Corpo Mental que se converterá na mais elevada expressão dos veículos humanos, contendo em si mesmo a quintessência do melhor que neles havia. Se o veículo do Período de Vênus está tão além da nossa compreensão atual, quanto mais não estará o veículo posto ao serviço dos divinos seres do Período de Vulcano!”.
“Durante a lnvolução as Hierarquias Criadoras ajudaram o ser humano a despertar à atividade o Tríplice Espírito, o Ego, para construir o Tríplice Corpo e adquirir a ligação da Mente. Agora, não obstante, para empregar-se a linguagem da Bíblia, no sétimo dia Deus descansa. O ser humano deve trabalhar por sua própria salvação. O Tríplice Espírito deve completar a obra do plano iniciado pelos Deuses”.
“O Espírito Humano, que foi despertado durante a lnvolução no Período Lunar, será o mais proeminente dos três aspectos do Espírito na evolução do Período de Júpiter, que é o Período correspondente ao arco ascendente da espiral. O Espírito de Vida, cuja atividade começou no Período Solar, manifestará sua principal atividade no correspondente Período de Vênus e as influências particulares do Espírito Divino serão mais fortes no Período de Vulcano, posto que esse foi vivificado no correspondente Período de Saturno”.
“Estes três aspectos do Espírito estão em atividade enquanto dura a evolução, porém a atividade principal de cada aspecto se desenvolverá nesses Períodos particulares, porque a obra a executar-se ali é seu trabalho especial”.
“Quando o Tríplice Espírito tenha desenvolvido o Tríplice Corpo e obtido o domínio dele por meio do foco mental, começa a desenvolver a Tríplice Alma, trabalhando de dentro. A maior ou menor Alma que o ser humano tenha depende da quantidade de trabalho feito pelo Espírito em seus Corpos”. E como ocorre essa atividade do trabalho feito por nós em nossos Corpos?
Para compreender isso vamos estudar o Diagrama 5 – O Tríplice Espírito, o Tríplice Corpo e a Tríplice Alma, abaixo, a relação entre Corpo, Alma e Espírito.
Diagrama 5 – O Tríplice Espírito, o Tríplice Corpo e a Tríplice Alma
“A parte do Corpo de Desejos trabalhada pelo Ego fica transmutada em Alma Emocional e, por fim, é assimilada pelo Espírito Humano, cujo veículo especial é o Corpo de Desejos”.
“A parte do Corpo Vital trabalhada pelo Espírito de Vida se converte em Alma Intelectual que edifica o Espírito de Vida, porque esse aspecto do Tríplice Espírito tem sua contraparte no Corpo Vital”.
“A parte do Corpo Denso que tenha sido trabalhada pelo Espírito Divino se chama Alma Consciente e, por fim, se submerge no Espírito Divino, porque o Corpo Denso é a sua emanação material “.
” A Alma Consciente cresce pela ação, pelos impactos externos e pela experiência.
A Alma Emocional cresce pelos sentimentos e emoções gerados pelas ações e pela experiência.
A Alma Intelectual é um mediador entre as outras duas e cresce pelo exercício da memória, que liga as experiências passadas às experiências presentes e os sentimentos por elas engendrados. Origina a simpatia e a antipatia, que não têm existência independente da memória. Sentimentos que resultassem somente das experiências seriam evanescentes.”.
“Durante a Involução o espírito progrediu através da formação e aperfeiçoamento dos Corpos, mas a Evolução depende do crescimento da Alma, isto é, da transformação dos Corpos em Alma. A Alma é, por assim dizer, a quintessência, o poder ou força dos Corpos. Quando um Corpo foi completamente construído e alcançou a perfeição através dos diversos estados e Períodos, na forma já descrita, a Alma é extraída dele e absorvida pelo aspecto do Espírito que gerou o Corpo.”.
Com isso: “A Alma Consciente será absorvida pelo Espírito Divino na sétima revolução do Período de Júpiter. A Alma Intelectual será absorvida pelo Espírito de Vida na sexta revolução do Período de Vênus. E a Alma Emocional será absorvida pelo Espírito Humano na quinta revolução do Período de Vulcano”.
E isso é tudo no que concerne a evolução da Alma. Voltemo-nos agora para a Mente e vejamos os vários estágios que a conduzem à perfeição.
Lemos no Livro O Conceito Rosacruz do Cosmos, no capítulo A Palavra Criadora: “Atualmente, a Mente não está enfocada de maneira a dar uma imagem certa e clara daquilo que o Espírito imagina. Está mesmo desfocada, o que produz quadros confusos e imprecisos. Daí a necessidade da experimentação, que demonstra os defeitos da primeira concepção e produz novas imaginações e ideias, até que a imagem produzida pelo Espírito em substância mental seja reproduzida em substância física”.
“Atualmente só podemos formar imagens mentais que tenham relação com a Forma, porque a Mente humana começou seu desenvolvimento nesse Período Terrestre, e está no estado ou forma “mineral”. Por esse motivo, nossos labores estão limitados às formas, aos minerais. Podemos imaginar maneiras ou meios de trabalhar com as formas minerais dos três Reinos inferiores, mas nada, ou muito pouco, podemos fazer com os Corpos viventes. Somos capazes de enxertar um ramo numa árvore, ou uma parte viva de um animal ou ser humano em outras partes vivas, mas isto não é trabalhar com a vida; é com a forma. Modificaremos as condições da forma, mas a vida que a habita permanece. Criar vida está além do poder do ser humano. Esta impossibilidade será mantida até que a Mente se torne uma coisa viva”.
“No Período de Júpiter, a Mente será até certo ponto vivificada. O ser humano poderá imaginar formas que viverão e crescerão como as plantas. No Período de Vênus, quando a Mente tenha adquirido ‘Sentimento’, poderá criar coisas com vida, sensíveis e com capacidade de crescer. Quando alcance a perfeição, ao final do Período de Vulcano, poderá imaginar a criação de seres que viverão, crescerão, sentirão e pensarão”.
“A evolução da Onda de Vida que atualmente forma a Humanidade começou no Período de Saturno. Os Senhores da Mente eram, então, ‘humanos’. Trabalharam sobre o ser humano que, nesse Período, era ‘mineral’. Agora, nada tem a fazer com os Reinos inferiores, estão relacionados somente com o desenvolvimento humano”.
“A existência mineral dos animais atuais começou no Período Solar. Nesse tempo, os Arcanjos eram humanos. Agora, os Arcanjos são os dirigentes e guias da evolução animal. Não têm nada a fazer com os minerais nem com as plantas”.
“A existência dos atuais vegetais começou no Período Lunar. Os Anjos eram humanos, pelo que no presente, estão relacionados especialmente com a vida que ocupa o Reino Vegetal. Guiam-na para atingir o estado humano, mas não têm jurisdição alguma sobre os minerais”.
“A Humanidade atual terá a seu cargo a evolução da Onda de Vida que começou no Período Terrestre e que, agora, anima os minerais. Atualmente estamos trabalhando com eles por meio da imaginação, lhes dando formas, fazendo com eles barcos, pontes, trilhos, máquinas, casas, etc.”.
“No Período de Júpiter guiaremos a evolução do Reino Vegetal. O que atualmente é mineral terá, então, uma existência análoga à das plantas. Deveremos trabalhar neles assim como, no presente, os Anjos estão fazendo com as plantas. Nossa faculdade imaginativa estará tão desenvolvida que, por seu intermédio, teremos a capacidade não só de criar formas como também de lhes insuflar vitalidade”.
“A atual Onda de Vida mineral alcançará, no Período de Vênus, um novo grau. Dirigiremos os animais desse Período, como fazem atualmente os Arcanjos com os presentes animais, lhes dando vitalidade e formas sensíveis; por último, no Período de Vulcano, será nosso privilégio lhes dar uma Mente germinal, como os Senhores da Mente fizeram conosco. Os minerais de hoje serão a Humanidade do Período de Vulcano, e o ser humano terá passado através de estados análogos aos percorridos pelos Anjos e Arcanjos. Será alcançado um ponto evolutivo um pouco superior ao dos atuais Senhores da Mente. Recorde-se, que em nenhuma parte se repete uma condição igual. Na espiral evolutiva há sempre aperfeiçoamento progressivo”.
” O Espírito Divino absorverá o Espírito Humano ao finalizar o Período de Júpiter e o Espírito de Vida, ao finalizar o Período de Vênus. A Mente aperfeiçoada, encerrando tudo quanto foi adquirido nos sete Períodos, será absorvida pelo Espírito Divino ao finalizar o Período de Vulcano. (Não há contradição alguma nesta afirmação, com referência à afirmação feita em outro lugar, de que a Alma Emocional será absorvida pelo Espírito Humano na quinta Revolução do Período de Vulcano, porque esse último estará, então, dentro do Espírito Divino)”.
Das linhas precedentes, conclui-se claramente que há uma evolução distinta da Alma e uma outra igualmente distinta da Mente. Elas não são, contudo, inteiramente independentes uma da outra, mas operam em uníssono como, por exemplo, o coração e os pulmões trabalham juntos para manter o ritmo do Corpo. Não será, pois, nem o Corpo Mental nem o Corpo-Alma que usaremos em estágios posteriores de desenvolvimento, mas um veículo composto contendo, de maneira crescente, a essência de todos os nossos Corpos, que será, então, um vestuário composto para o Espírito, tão maravilhoso e glorioso que fica além da nossa mais arrojada concepção atual.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz agosto/1966 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Resposta: Durante as primeiras três e meia Revoluções do Período Terrestre, a influência de Marte foi primordial para nos galvanizar à ação, mas, desde os meados da Época Atlante, quando a Mente foi fornecida a todos nós, a Evolução e a Epigênese (o exercício do nosso talento criativo original) estão, gradualmente, nos levando em direção a Deus. Enquanto a influência de Marte era primordial, como já foi dito, a influência mercurial era quase nula, pois o Planeta Mercúrio estava em obscuridade, passando a um dos repousos planetários periódicos, do qual começou a emergir durante a Época Atlante, quando os Senhores de Mercúrio foram chamados por Jeová para ajudá-lo a contrabalançar a influência dos Espíritos Lucíferos sobre a Humanidade. Desde então, a influência de Mercúrio vem aumentando constantemente, mas levará ainda muitos milênios antes que toda a influência dele se faça sentir. Não há processos repentinos na Natureza e leva muito tempo para um Planeta entrar em repouso ou para sair de um período de obscuridade. Não podemos esquecer, também, que não estamos mentalmente qualificados para aproveitar ao máximo as vibrações mercuriais tais como existem atualmente, pois os seres que evoluem no Campo de Evolução do Planeta Mercúrio estão muito além do nosso estágio de desenvolvimento, embora eles, tanto quanto todos os outros Planetas, estejam seguindo linhas de Evolução diferentes comparadas as que se desenvolvem na Terra.
Quanto à cor de Mercúrio, podemos dizer que quando alguém está no Corpo Denso e focaliza a sua visão no Mundo do Pensamento Concreto, a primeira cor que vê é o azul-escuro ou índigo, algo semelhante à cor intensa do núcleo azul de uma chama de gás. Às vezes, a cor parece mais escura do que em outras, embora, provavelmente, isso seja devido às condições do observador, mas dá uma impressão de totalmente vazio. O sentimento e a sensação são algo semelhante àquela que tem uma pessoa que esteve exposta a uma luz solar intensa e que, rapidamente, entra em casa. A visão deve se adaptar às condições internas da casa e, até que o faça, tudo aparece preto ou escuro. Então, gradualmente, a pessoa percebe uma luz branca sobre e através de todas as coisas.
Toda a Região do Pensamento Concreto é, basicamente, de um branco deslumbrante e brilhante, ou talvez incolor, e aí as diferentes coisas assumem uma cor que se destaca ainda mais nítida e brilhante devido à luz totalmente incolor que permeia toda a Região. É, provavelmente, devido a essa claridade absolutamente cristalina que não há percepção espacial possível. A Mente é formada dessa matéria mental incolor e, por ser perfeitamente neutra, é capaz de mostrar outras coisas em suas verdadeiras cores.
Talvez possamos explicar melhor o assunto pela ilustração de um binóculo. Se usarmos um de qualidade inferior, veremos que o vidro não é muito nítido e que as lentes mostram várias cores. Por isso, os objetos sobre os quais essas lentes estão focalizadas são vistos de forma indistinta, com suas cores distorcidas; mas, se conseguirmos um instrumento de primeira qualidade, por assim dizer, cromático, ele não apresentará quaisquer cores nas lentes e poderá, portanto, transmitir as verdadeiras cores dos objetos sobre os quais está focalizado. Sendo perfeitamente claro e absolutamente neutro, pode ser focalizado sobre objetos distantes. Os raios mercuriais são singularmente bem adaptados para expressar a faculdade mental pela razão semelhante de que eles próprios são incolores.
(Pergunta nº 122 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Volume II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Pergunta: Sabemos que estamos evoluindo ainda no Período Terrestre e que no final desse conseguiremos ter construído um Corpo Denso perfeito. Assim, no Período de Júpiter qual será o Corpo mais denso?
Resposta: No Período de Júpiter, funcionaremos em Corpo Vital, que será o veículo mais denso e que no final desse Período atingirá a sua perfeição.
Pergunta: E o que acontecerá com o Corpo Denso no princípio do Período de Júpiter?
Resposta: O Corpo Denso será transmutado e suas forças adicionadas ao Corpo Vital. O Corpo Vital tomará a forma parecida à do Corpo Denso, do qual assimila as condições necessárias para ser empregado como veículo mais denso durante o Período de Júpiter.
Pergunta: Consegue explicar com mais clareza?
Resposta: Veja que nenhum desenvolvimento é súbito na Natureza. Aqui, no Período Terrestre, já está ocorrendo um processo de separação dos dois Corpos (Denso e Vital) e o Corpo Vital alcançará um elevado grau de eficiência maior do que tem agora o Corpo Denso. Será um veículo muito mais flexível para ser usado por nós futuramente, o que atualmente é impossível em virtude da sua densidade, ou seja, ser pesado.
Pergunta: Qual será a disposição dos Globos no Período de Júpiter?
Resposta: Os Globos desse Período estarão dispostos como ocorria no Período Lunar. Veja que no Período de Júpiter o Mundo mais denso está situado na Região Etérica do Mundo Físico e o mais elevado, na Região Abstrato do Mundo do Pensamento.
Pergunta: Se tanto os Globos do Período Lunar como os do Período de Júpiter ocupam a mesma linha de Mundos e Regiões no Esquema de Evolução, então, gostaria de saber se eles terão a mesma durabilidade de tempo?
Resposta: Com certeza que não. O Período de Júpiter será mais curto que o Período Lunar. No Período Lunar nós, os Espíritos Virginais, estávamos na parte desse Esquema de Evolução que chamamos de “Involução”, em busca da construção dos Corpos dos nossos veículos; agora, no Período de Júpiter, estamos na parte desse Esquema de Evolução que chamamos de “Evolução”, quando focaremos na sutilização desses nossos Corpos.
Pergunta: Teremos a adição de outro elemento no Período de Júpiter?
Resposta: Sim, veja que desde o Período de Saturno até o Período Terrestre tivemos os seguintes elementos, que foram adicionados, sucessivamente, em cada Período: Fogo, Ar, Água e Terra. No Período de Júpiter teremos um elemento de natureza espiritual que será unido com a linguagem, em que as palavras, quando expressas, levarão consigo o verdadeiro significado daquilo que está querendo dizer. Teremos as imagens internas, como as de sono com sonhos, que foi o nosso nível de consciência do Período Lunar, mas, no Período de Júpiter essas imagens internas estarão sujeitas à vontade do pensador e não serão meras reproduções dos objetos exteriores (Consciência Jupteriana).
Pergunta: Como é a atmosfera na Evolução do Período de Júpiter?
Resposta: O calor de Júpiter não é tão grande como o do Sol, Vênus ou Mercúrio. Seu imenso volume permite-lhe reter muito calor e, por isso, é um Campo de Evolução conveniente para seres muito desenvolvidos.
Pergunta: Atualmente podemos ter domínio sobre todas as variedades de combinações químico-minerais, mas no Período de Júpiter como será esse poder?
Resposta: Só quando chegarmos ao Período de Júpiter é que poderemos estender o domínio à vida. Aqui, teremos o poder de agir e trabalhar com a vida vegetal, como fazem os Anjos, atualmente, neste Período Terrestre.
Pergunta: Outra dúvida é quanto à Mente, pois hoje é apenas uma espécie de nuvem em volta da nossa cabeça. Como será a Mente no Período de Júpiter?
Resposta: A Mente terá “vida” no Período de Júpiter e trabalharemos com a Onda de Vida vegetal, quando teremos uma consciência pictórica e seremos capazes de imprimir imagens em outras Mentes. O Espírito Humano, o Ego, será proeminente.
Pergunta: E como será o nível de consciência das outras Ondas de Vida no Período de Júpiter?
Resposta: Veja que a Onda de Vida Animal estará passando pelo seu “estágio de humanidade”, a Onda de Vida Vegetal estará passando pelo seu “estágio animal” e a Onda de Vida Mineral estará passando pelo seu “estágio de vegetal”.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Épocas – Eras
Vejamos, agora, os elementos adicionados em nossa Evolução em cada Época do Período Terrestre
Relembrando que estamos na 3ª Revolução e meia ou na metade da 4ª Revolução do Período Terrestre, denominada também como Revolução Terrestre. Precisamente no Globo D, nesta 4ª Revolução ou Revolução Terrestre a qual está dividida em 7 Épocas, Épocas essas perfeitamente correlacionadas com os Períodos mencionados na Bíblia.
No quadro a seguir apresentamos as 7 Épocas supramencionadas, vinculadas a um Elemento que as correlacionam, respectivamente, com os Ensinamentos Bíblicos e com o trabalho específico processado em cada Corpo até os dias atuais e futuros
4ª Revolução Período Terrestre | Elemento | Simbologia Bíblia | Trabalho | |
1ª | Época Polar | Mineral | “Adão foi feito da Terra” | Corpo Denso |
2ª | Época Hiperbórea | Vegetais | “Caim era um agricultor” | Corpo Vital |
3ª | Época Lemúrica | Leite | “Abel era pastor de ovelhas” | Corpo de Desejos |
4ª | Época Atlante | Carne | “Nimrod era um caçador” | Veículo Mente |
5ª | Época Ária | Álcool Sem carne Sem álcool | 1ª parte: “Noé se embriagou” 2ª parte: Dias atuais | 1ª focar na Região Química 2ª sutilizar os Desejos / Altruísmo – Construção do Corpo-Alma |
6ª | Época Nova Galileia – Nova Jerusalém | Éter | “a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus” – S. Paulo apóstolo. Cristo voltará e emitirá a nota-chave para viverem no Corpo-Alma. | Corpo-Alma |
7ª | Época Reino de Deus | Éter | Corpo-Alma |
Observemos que para garantir nosso sucesso na transição da Época Atlante para a Época Ária fez-se necessário a ingestão da carne animal para endurecimento dos ossos, formação de tendões, de músculos e construção do esqueleto para podermos funcionar na Região Química do Mundo Físico com a atmosfera que temos agora; indispensável também se tornou o consumo de bebidas alcoólicas para focarmos na Região Química do Mundo Físico e para auxiliar na transformação interna da carne animal como alimento.
Ou seja, a inclusão da bebida alcoólica teve dois motivos principais:
1-Dominar as células da carne animal – para depois tirar nosso “sustento”; dominar depois assimilar;
2-Dominar/conquistar a Região Química do Mundo Físico (estávamos em uma fase “cômoda” de “esperar as instruções dos Anjos, Senhores da Mente, de Mercúrio etc.)
Relembremos, também, que nesta atual Época Ária quem nasceu no ocidente tem como objetivos: construir o Corpo-Alma para poder funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, devendo, para isso, vivenciar o Cristianismo Esotérico, ter “Cristo como ideal” e sutilizar os Corpos.
Já quem nasceu no oriente tem como objetivos: conquistar, ainda, a Região Química do Mundo Físico.
O método de desenvolvimento espiritual da Fraternidade Rosacruz é ocidental porque é Cristão e é para todas as pessoas que compreendem a necessidade de funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, começando já a trabalhar como um Auxiliar Invisível ainda que inconsciente. O caminho dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental é o mais seguro, porque ensina o neófito como limpar seu Corpo de Desejos, diariamente. Dessa maneira, vive, aqui e agora, suas experiências do Primeiro Céu e Purgatório.
Abordemos, agora, o assunto Era. Dá-se o nome de Era à passagem do Sol, ao “cruzar” o equador terrestre no sentido norte para o sul, a cada ano (uma vez por ano) por determinado Signo, em virtude da Precessão dos Equinócios.Estamos no final da Era de Peixes, já em transição e influência da Era de Aquário.
As Eras estão ligadas à Precessão dos Equinócios – fenômeno que ocorre quando o Sol percorre todo o Zodíaco e o período de tempo é de 25.868 anos. A cada ano o Sol cruza o Equador da Terra por volta de 21 de março (data em que os dias e as Noites registram a mesma duração). Em decorrência da Precessão dos Equinócios, o Sol move-se para trás através dos doze Signos do Zodíaco à razão aproximada de um grau de espaço a cada 72 anos; através de um Signo (30 graus de espaço) a cada 2.100 anos, aproximadamente, completando todo o círculo em cerca de 26.000 anos.
Deve-se isso ao fato de a Terra não girar em torno de um eixo estacionário. O eixo dela tem um movimento lento, oscilante, próprio (semelhante ao de um pião que já perdeu parte da força), descrevendo, assim, um círculo no espaço, pelo que uma estrela após outra se converte em Estrela Polar.
Por causa desse movimento oscilante o Sol não cruza o Equador no mesmo ponto todos os anos, mas sempre um pouco antes, razão do termo “Precessão dos Equinócios”, isso é, o equinócio “precede” – chega mais cedo.
Se a cada 1000 anos nascemos em sexos alternados (Mulher e Homem) temos a oportunidade de aprender em cada Era uma vez com Corpo Feminino (Imaginação) e outra com Corpo Masculino (Vontade)
Todo fim de uma Era, nos últimos 8 graus de cada Signo, irmãos e irmãs atrasados aproveitam essa época – vibrações da próxima Era – para acelerar seu desenvolvimento e recuperar e aprender as lições que negligenciaram na Era que ora finda. Quando Cristo apareceu aqui estávamos a 8 graus do Signo de Áries, assim o que devemos fazer para vivenciar os ensinamentos da Era de Peixes é fornecido pela seguinte lógica: se estamos em uma Era para passar para outra Era temos que vivenciar e aprender as lições proporcionadas pelo Signo oposto ou Era anterior. Assim, se estamos na Era de Peixes indo para Era de Aquário temos que aprender as lições do Signo oposto que é Virgem.
Se estamos na Era de Áries para passar para Era de Peixes temos que aprender as lições de Libra (Justiça, Equilíbrio, Harmonia, Parcimônia, capacidade de se relacionar por meio de associações, sociedades, grupos equipes cônjuges para entender como funciona o processo, saber até onde começa seu direito e até onde vai o direito do outro e por último: Eu posso não concordar com seu ponto de vista, mas eu o defenderei até o final de minha vida).
Vamos ver o que aconteceu na transição da Época Atlante para a Época Ária. Recordemos que a Época Atlante foi a quarta das sete Épocas que estamos passando, aqui na 4ª Revolução do Globo D do Período Terrestre. Uma Mente foi acrescentada a nós em evolução, que ficou com o estado atual: um Tríplice Corpo e a Mente. Nimrod ou Nemrod, descrito como um caçador na Bíblia, simboliza o ser humano da Época Atlante: matava para comer. Esse é o significado da frase bíblica: “Nimrod era um caçador poderoso “. Uso da astúcia no cotidiano. Tínhamos percepção espiritual, mas nos portávamos como um Clarividente involuntário atualmente. Nós, o Ego, éramos muito fracos na condução e no domínio dos nossos Corpos e a natureza de desejos era muito forte. É mencionada na Bíblia (Gn 1:24-27). Sexto dia da criação na Bíblia. Passamos por sete Raças, em que a quinta Raça foi a que mais evoluiu. Obtivemos a Consciência de Vigília. O calor interno do Globo e o frio exterior produziram uma atmosfera de névoa.
Já na quinta Época, a Ária – a Época atual –, das sete Épocas que estamos passando, aqui na 4ª Revolução do Globo D do Período Terrestre. Nossos Corpos se tornaram concêntricos: total consciência de vigília. O pensamento e a razão foram desenvolvidos por nós para nos manifestarmos aqui. Aqui começou, de fato, o nosso trabalho neste Período. Tudo foi feito para que focássemos no nosso desenvolvimento aqui na Região Química do Mundo Físico. Foi acrescentado o vinho na nossa alimentação (Noé). É mencionada na Bíblia (Gn 1:28). É o sétimo dia da criação na Bíblia. Os vanguardeiros ou pioneiros da Onda de Vida humana foram Iniciados na Época Ária. Passamos pelas sete Raças da Época Ária. Virão mais duas Raças ainda nesta Época.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Se o Álcool faz tanto mal ao nosso organismo por que foi necessário no nosso desenvolvimento?
Para os Estudantes que estão em uma Escola Esotérica séria – como a Fraternidade Rosacruz –, a qual busca elevar seus Corpos e veículos para um trabalho superior nos Mundos espirituais, é de extrema importância conhecer os efeitos do álcool, assim como o porquê de ter sido acrescentado na nossa Evolução. Notemos que para todas as menções do álcool acima o verbo está no passado. Assim, para entender melhor o assunto em tela precisamos abordá-lo desde o início do atual Esquema de Evolução, no qual todos estamos inseridos, e verificar o motivo pelo qual a utilização e/ou consumo desse elemento não ser recomendado para um Aspirante à vida superior.
Aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes que o propósito da Evolução é o nosso desenvolvimento desde um Deus estático a um Deus dinâmico, um criador.
Essa consciência individual (de nós mesmos, como indivíduos separados), o poder anímico (o poder da Alma) e a Mente criadora são faculdades que adquirimos durante todo o processo de Evolução.
O que é conhecido como início da nossa peregrinação evolutiva através dos cinco Mundos de substância mais densa a do nosso Mundo dos Espíritos Virginais.
O objetivo de toda essa peregrinação, ou seja, da nossa evolução, é tornarmo-nos conscientes e capazes de dominar a matéria desses Mundos.
Atualmente estamos trabalhando somente em três desses 5 Mundos, quais sejam: Mundo do Pensamento, Mundo do Desejo e Mundo Físico.
Somos um Ego (um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado) definido como a Vida que se junta à Forma para, por seu intermédio, obter a Consciência.
A forma mais eficiente de evoluir: serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) focado na divina essência oculta ao irmão ou à irmã no seu entorno.
A primeira parte desse Esquema de Evolução é chamada de descendente ou de “Involução”.
Para conquistarmos os três Mundos precisamos, primeiro, aprender a construir Corpos com material desses Mundos, pois para funcionar em qualquer Mundo e expressar as qualidades que lhes são peculiares é necessário possuir um veículo formado da matéria desse Mundo.
Ou seja, precisamos mergulhar nesses Mundos, indo do Mundo dos Espíritos Virginais ao Mundo Físico. Para isso temos um Esquema de Evolução, baseado em Períodos, Globos, Revoluções, Recapitulações, Noites Cósmicas, Épocas e Eras.
Aprendemos nos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental que os sete Períodos de desenvolvimento possuem, respectivamente, os nomes dos Astros que regem os dias da semana, porque, usado o termo em seu sentido mais amplo, tais Períodos são os sete Dias da Criação. Significam, também, as transformações do nosso Planeta Terra, nada tendo a ver com os Astros do céu, exceto que as condições que eles representam aproximam-se daquelas dos Astros de mesmo nome.
Os sete Períodos denominados:
2. Período Solar;
3. Período Lunar;
4. Período Terrestre (dividido em 2 metades: 1ª Marciana e 2ª Mercuriana);
6. Período de Vênus;
Nosso trabalho inicial foi o de aprender a construir Corpos para funcionar nos Mundos: Físico, de Desejos e do Pensamento. Para isso peregrinamos por alguns desses Períodos, pois precisávamos de determinadas condições do nosso atual Planeta Terra.
E quais foram esses Períodos?
4. Metade Marciana do Período Terrestre
Durante todo esse tempo passamos aprendendo a construir Corpos, experimentando-os, em funcionamento, nesses respectivos Mundos.
De onde concluímos que durante os três Períodos e meio precedentes à nossa condição atual, isto que agora chamamos de Planeta Terra, juntamente com tudo o que nela há, inclusive nós, foram gradativamente solidificados a partir de um sutil estado até outro de densidade muito maior.
É essa parte da Evolução que chamamos de Involução: um trabalho inconsciente, de construção de corpos ou veículos para cada um dos Mundos, em um Campo de Evolução que se alterava para facilitar tal aprendizagem.
Ou seja: a Involução nos traz à matéria pela nossa cristalização em Corpos.
Nessa parte do nosso caminho, nossa consciência (essa consciência que hoje utilizamos para nos expressar neste Mundo Físico, como agora, ou no Mundo do Desejo, quando temos nossas emoções e sentimentos, ou no Mundo do Pensamento, quando criamos nossas ideias e pensamentos-forma) estava dirigida para dentro, para construirmos esses Corpos, ajudados e muito, por seres superiores, cada um especialista em um tipo de matéria.
No Período de Saturno, os Senhores da Chama (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe do Corpo Denso e despertaram em nós o veículo Espírito Divino. O estado de inconsciência do ser humano era semelhante ao do Corpo Denso submerso em transe profundo.
No Período Solar, os Senhores da Sabedoria (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe do Corpo Vital, ajudaram a reconstruir o Corpo Denso e as glândulas e o canal alimentício começaram a germinar. Os Querubins (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) despertaram em nós o veículo Espírito de Vida. A inconsciência foi sucedida pela consciência do sono sem sonhos.
No Período Lunar, os Senhores da Individualidade (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe do Corpo de Desejos, ajudaram a reconstruir o Corpo Denso e Vital e o esqueleto, os músculos e nervos começaram germinar. Os Serafins (outra das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) despertaram em nós o veículo Espírito Humano. Tínhamos a consciência do sono com sonhos, uma consciência pictórica interna. No Período Lunar obtivemos o primeiro vislumbre da atual consciência de vigília.
No Período Terrestre, os Senhores da Mente (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe da Mente. A Mente está no seu estágio “mineral”. A atual onda de vida mineral iniciou a sua evolução nesse Período. Começamos a trabalhar com a onda de vida mineral nesse Período. Foi nesse Período que ocorreu o encontro do nosso Tríplice Espírito, com o nosso Tríplice Corpo, por meio do veículo Mente, e isso marca o nascimento do indivíduo, do ser humano, do Ego, quando tomamos posse dos nossos veículos.
O Ego podia então entrar, agir e expressar-se por meio da espinha dorsal vertical, pelo que construiu a laringe vertical, bem como o cérebro, para sua adequada expressão no Corpo Denso.
O cérebro foi formado na primeira revolução do Período Terrestre com o propósito de ser um veículo para receber o germe da Mente.
Neste Período, logo após a Época Atlante, mais precisamente na 1ª Parte da Época Ária, o álcool foi acrescentado na evolução do Ser Humano e seu efeito foi a perda da visão dos Mundos Espirituais com o propósito de focar e conquistar a Região Química do Mundo Físico, simbolicamente mencionada na Bíblia pela figura de Noé.
Noé, simboliza nós, seres humanos, quando vivíamos na Época Atlante, portanto: os atlantes, os antigos habitantes da Atlântida, núcleo da quinta Raça, a Raça Ária, portanto, sobreviveram à destruição desse continente, período que compreende o final da Época Atlante e a nossa presente Época Ária. Lemos na Bíblia a história de como Noé e o remanescente de seu povo foram salvos, com ele, do dilúvio e formaram o núcleo da Humanidade da Época do Arco-Íris, na qual vivemos agora. O desenvolvimento dos pulmões e a construção das costelas, apoiadas no osso externo, é o significado do símbolo “arca de Noé”, na qual os mais adiantados puderam passar para a atual Época Ária.
Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz
No desenvolvimento da vida orgânica e do ser espiritual são necessários sete vastos Períodos geralmente chamados de dias criadores (ou Dias da Criação), abrangendo em sua totalidade todo o Ciclo Criador. Cada um desses Dias é seguido por uma Noite de duração proporcional durante a qual as experiências do Dia anterior são revisadas e sua essência é reunida ao enriquecimento da alma.
Se quiser saber mais sobre esse assunto é só clicar aqui: Encarnações Divinas e o Primeiro Dia da Criação
Uma das primeiras perguntas que nós podemos nos fazer já no começo de nossa caminhada espiritual Cristã-Rosacruz é esta do livre arbítrio e do determinismo; em quais proporções cada um destes elementos entra no destino do ser humano? A fé determina os graus de influência destes fatores do destino. A definição mais simples é dada pelas religiões que admitem que Deus criou uma alma virginal à cada nascimento; a partir do momento em que ela é criada, esta alma é livre para escolher entre o bem e o mal; esta escolha determina a vida da alma por toda a eternidade.
Aquele que raciocina constata imediatamente que os seres humanos não são iguais desde o nascimento; o meio onde a criança nasceu age profundamente sobre o destino da mesma. Como consequência, todas as crianças não partem do mesmo ponto; a fortuna dos pais, o ambiente no qual aquela criança cresceu, e outras considerações ainda fazem com que o meio tenha uma influência considerável; a luta pela vida não é a mesma para todos; alguns parecem favorecidos e outros parecem sacrificados.
Portanto, não somos forçados a agir em determinada direção por estarmos num determinado ambiente ou porque toda a nossa existência anterior nos deu uma tendência para uma exata finalidade.
Com a divina prerrogativa do livre arbítrio, o ser humano tem o poder da Epigênese ou iniciativa, de forma que pode adotar uma nova linha de conduta a qualquer momento que queira. Não poderá separar-se instantaneamente de toda a sua vida passada – isto requer muito tempo, talvez várias vidas – mas, gradualmente, pode ir cultivando o ideal que uma vez semeou.
Como vemos, a vida progride não só pela Involução e Evolução, mas especialmente pela Epigênese. Cada um de nós, ainda que sujeito aos dias passados, é livre no que diz respeito ao amanhã. Nossa vida atual é, em parte, resultado das anteriores, ficando uma margem variável, ao livre arbítrio. Quanto mais comprometidos estamos com o passado, tanto menos livre arbítrio, e vice-versa.
Nossa vida é como um quadro de luz e sombras, uma mescla de tristezas e alegrias, uma sinfonia ainda cheia de dissonâncias. Se queremos alcançar a felicidade futura, é importante não assumirmos novos e pesados encargos e ao mesmo tempo nos aplicarmos diligentemente a um bem orientado esforço da regeneração.
A Parábola do Argueiro e da Trave é muito interessante nesse contexto:
“Por que olhas o cisco no olho de teu irmão, e não percebes a trave que há no teu? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando não vês a trave em teu próprio olho? Hipócrita, tira primeiro a trave de teu olho, e então verás bem para tirar o cisco do olho de teu irmão. Não há árvore boa que dê fruto mau, e nem árvore má que dê fruto bom; com efeito, uma árvore é conhecida por seu próprio fruto; não se colhem figos de espinheiros, nem se vindimam uvas de sarças. O homem bom, do bom tesouro do coração tira o que é bom, mas o mau, de seu mal tira o que é mau; porque a boca fala daquilo de que está cheio o coração.” (Lc 6:41-45).
Assim, voltemos nossa impiedosa crítica contra nós mesmos! Ninguém é tão perfeito que não necessite melhorar. Quanto mais impecável é o ser humano menos se inclina a encontrar faltas nos demais e atirar a primeira pedra nos outros. Ao assinalarmos alguma falta e indicarmos o meio de corrigi-la, devemos fazer isso impessoalmente. Procuremos sempre o bem que se acha oculto em tudo. O cultivo desta atitude de discernimento é especialmente importante.
Que as Rosas floresçam em vossa cruz
Nos dias atuais dá-se muito valor à criatividade. Em alguns campos de atividade humana a ausência do poder criativo causa verdadeiras crises. Quando surge alguém, capaz de inovar ao descobrir algum aspecto inusitado de alguma coisa, recebe o epíteto de “revolucionário”. Isso sem considerar que de tempos em tempos espíritos avançados promovem transformações radicais em seus campos de atuação. Trazem soluções novas, abrem perspectivas nunca dantes imaginadas, rompem novos caminhos, inaugurando patamares mais elevados dentro de determinados ramos de atividade ou conhecimento. A esse processo criativo original os Ensinamentos Rosacruzes chamam de Epigênese.
Há grande tendência em admitir que tudo é resultado de qualquer coisa pré-existente. Isso constitui grande equívoco e desconhecimento das leis que regem a evolução em todos os níveis. Se fosse verdade, não haveria margem para esforços novos e originais, promotores de novas causas.
A Epigênese é a base real da evolução, ou seja, o único elemento a dar-lhe significado, convertendo-a em algo mais que simples desdobramento ou desenvolvimento de qualidades latentes. Não fosse assim, a face da Terra seria um painel por demais monótono e desolador, habitada por seres estereotipados, como que saídos de uma linha de montagem de uma indústria. Incapazes de descobrir novos caminhos, os seres acabariam por perder sua identidade com o Supremo Criador de todas as coisas. Tornar-se-iam imitadores, grotescos imitadores, ao invés de imprimirem a marca da originalidade em seus trabalhos.
A Epigênese, é bom ressaltar, é uma faculdade do Espírito, não da persona (personalidade). Sua capacidade epigenética melhora ou aperfeiçoa a forma, tornando-a elemento maleável e utilizável.
O progresso não é simplesmente desenvolvimento, nem tampouco involução: há um terceiro fator, a Epigênese, completando o trinômio. Quando ela não atua, ou torna-se inativa no indivíduo, na família, nação ou raça, cessa a evolução e começa a degeneração. Isso se aplica também às ideias, aos sistemas, as organizações, etc. Se, pelo menos, não se reciclarem periodicamente perdem sua eficiência e, consequentemente, sua razão de ser.
É interessante notarmos como as dificuldades são fatores capazes de exigir muito da capacidade epigenética das pessoas. Os seres humanos acomodam suas vidas aos princípios ou características da sociedade que pertençam. Com o passar do tempo essas “formas” (características) tornam-se obsoletas. Sobrevêm, então, as crises. A maioria propõe sempre soluções velhas, desgastadas, sem nenhuma eficácia. Quem propõe uma solução inédita, original, resultante de seu espírito criativo, consegue, via de regra, resolver o problema. As crises, portanto, não devem assustar. Indicam que o agrupamento, ou a própria pessoa, encontra-se em fase de transição, de transformação. Quando, porém, o ser humano reage negativamente as soluções novas propostas, quando insiste em formulações bolorentas e ultrapassadas, acaba gerando o impasse. Aí, só mesmo o sofrimento surge como meio de solucionar a questão. E, diga-se de passagem, é um meio irracional. Denota teimosia e inadaptabilidade.
Há, entretanto, outro aspecto a ser considerado: nem tudo o que é novo merece aceitação. Nem sempre representa uma lídima aspiração do Espírito. Talvez não passe de uma manifestação da natureza inferior, ávida de reconhecimento, desejosa de satisfazer a vaidade, o orgulho e a ilusão do ser humano pouco evoluído.
Que o “Tribunal Interno da Verdade”, no dizer de Max Heindel, julgue e decida sempre!
(Gilberto A V Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz de junho/1980)
Epigênese: Os Seus Novos Caminhos
A Revolução Industrial, cujo berço foi a Inglaterra, no século XVIII, modificou totalmente o panorama da sociedade ocidental. A economia, então predominantemente agrícola e artesanal, passou a conhecer uma fase de surgimento de indústrias. As cidades se desenvolveram porque as indústrias nelas se localizavam e suas populações cresceram consideravelmente.
O que se desencadeava, entretanto, não era um processo isolado, mas algo que exigia transformações profundas a fim de manter sua continuidade. Havia, por exemplo, necessidade de transportar matéria-prima de suas fontes até as regiões manufatureiras. O meio de transporte comum era à tração animal. Obviamente não atendia a demanda crescente; em primeiro lugar, porque a disponibilidade de animais de carga era pequena.
Quando tudo parecia caminhar para um impasse, eis que a genialidade de alguém cria a máquina a vapor. Surge a locomotiva. Os trens, as ferrovias, constituem a salvação. Estava resolvido o problema.
Sempre foi assim. Quando a necessidade de progresso do ser humano esbarrava em algum obstáculo ou problema aparentemente sem solução, o gênio inventivo, a criatividade, inovavam em algum campo de atividade humana, encontrando o caminho salvador.
Esse dom de criar algo novo, original, recebe o nome de Epigênese. É uma faculdade inerente a todo indivíduo, mas ainda pouco desenvolvida. Essa capacidade criadora é um traço de identidade entre Deus e o ser humano, porque ambos criam.
Max Heindel, em sua obra Conceito Rosacruz do Cosmos, no capítulo que trata da Involução, Evolução e Epigênese diz o seguinte: “Em todo o transcurso da evolução, através dos Períodos, Globos, Revoluções e Raças, aqueles que não melhoram, por não formarem novas características, ficam para trás e começam imediatamente a degenerar. Só os que permanecem plásticos, flexíveis e adaptáveis podem modelar novas formas, apropriadas à expressão da consciência que se expande. Só a vida capaz de cultivar as possibilidades de aperfeiçoamento, inerentes na forma que anima, pode evolucionar com os adiantados de qualquer Onda de Vida. Todos os outros ficam atrasados”.
“É esta a medula do Ocultismo. O progresso não é um simples desenvolvimento, nem tampouco Involução e Evolução, há um terceiro fator, a Epigênese, que completa a tríade”.
“As primeiras duas palavras são familiares a todos os que estudaram a vida e a forma. Admite-se, geralmente, que a Involução do Espírito na matéria tem o objetivo de construir a forma, mas não se reconhece tão comumente que a Involução do Espírito corre paralela à evolução da forma”.
“Desde o princípio do Períodode Saturno até a Época Atlante, quando “os olhos do ser humano foramabertos” pelos Espíritos Lucíferos,as atividades do ser humano (ou força vital que se converteu em humano) era dirigida principalmente para dentro. Essa mesma força que agora o ser humano emprega ou irradia para construir estradas de ferro e vapores, empregava-se internamente para construir um veículo através do qual pudesse manifestar-se. Esse veículo é tríplice, analogamente ao Espírito que o construiu. A forma evolui construída pelo Espírito. Durante essa construção, o Espírito involui até que, nela penetrando, parta para a própria evolução. Os melhoramentos ou aperfeiçoamentos da forma são resultado da Epigênese”.
“Logo, o poder que o ser humano agora emprega para melhorar as condições externas foi empregado durante a Involução com propósito de crescimento interno”.
“Há forte tendência em considerar tudo o que existe como resultado de algo que foi. Olha-se a Evolução como simples desenvolvimento de perfectibilidades germinais. Tal concepção exclui a Epigênese do esquema das coisas, não concede possibilidade alguma de construir-se algo novo, nenhuma margem para a originalidade”.
“O ocultista crê que o propósito da evolução é o desenvolvimento doser humano desde um Deus estático a um Deus dinâmico, um Criador. Se o desenvolvimento que atualmente efetua constituísse a sua educação, e se o seu progresso representasse simplesmente a expansão de qualidades latentes, onde aprenderia a criar?”
“Se o desenvolvimento do ser humano consistisse unicamente em aprender a construir formas cada vez melhores, de acordo com os modelos já existentes na mente do seu Criador, na melhor das hipóteses poderia converter-se num bom imitador, mas nunca num criador”.
“Para tornar-se um criador original e independente é necessário, no seu exercitamento, que tenha suficiente margem de emprego da sua originalidade individual. É isso que distingue a criação da imitação. Conservam-se certas características da forma antiga, necessárias ao progresso, mas em cada novo renascimento a vida evolucionante acrescenta tantos aperfeiçoamentos originais quanto sejam necessários para sua expressão ulterior”.
Vê-se, pois, que sem o emprego da faculdade epigenética o progresso do ser humano, em qualquer campo de atividade, seria uma impossibilidade. Quando deixa de ser ativa nas pessoas, nações, raças e instituições, a evolução cessa, começando daí a degeneração. Todo processo de cristalização na natureza representa a ausência de novos caminhos. A decadência das grandes civilizações principiou pela estagnação de seus valores básicos. A não renovação de suas estruturas, aliada a recusa em reciclar sua cultura, acabou por provocar a degeneração. Isso sempre ocorreu, seja no sentido individual, seja no coletivo.
Os veículos do Espírito também se aperfeiçoam pela Epigênese. As correções e as inovações começam na região dos arquétipos, ou seja, na Região do Pensamento Concreto do Mundo do Pensamento. A tendência de um veículo, como o Corpo Denso por exemplo, é tornar-se cada vez mais sensível, maleável e responsivo às vibrações espirituais. Esse progresso ocorre porque vimos constantemente aperfeiçoando nossos veículos.
Os corpos das Raças atrasadas estão em franca degeneração porque cristalizaram-se a tal ponto de não admitirem nenhum processo de revitalização. Os antropoides, são o resultado da degeneração de corpos humanos que perderam a sensibilidade. Os seres que usam esses corpos pertencem à nossa Onda de Vida, teoricamente ainda têm chances de progresso. Mas isso só acontecerá se derem um salto gigantesco em sua evolução, a ponto de poderem habitar corpos mais aperfeiçoados, abandonando em definitivo essas formas degeneradas.
É uma lei natural: Nenhum ser pode habitar corpos mais eficientes do que ele seja capaz de construir. Quanto mais uma pessoa avança e trabalha nos seus veículos, mais poder tem para construir uma nova vida.
Nossa capacidade de dominar as configurações estelares determina, em grande medida, o grau de Epigênese que vamos desenvolvendo em cada vida. Estamos sujeitos a poucas ou muitas limitações na vida atual, determinadas por dívidas contraídas em encarnações passadas. Mesmo assim temos certa margem de livre-arbítrio para desencadearmos novas causas. Gerando assim um novo destino. Não somos obrigados a errar. Se renascemos com grande tendência para a sensualidade, os astros podem impelir, mas nada nos vai obrigar a satisfazer nossas paixões carnais. A energia criadora malbaratada pode ser canalizada a objetivos superiores. Essa mesma energia, Deus e as Hierarquias utilizaram na criação do Cosmos. Podemos, portanto, empregá-la no processo epigenético contribuindo para a elevação da humanidade.
O processo da Epigênese é uma forma de transmutação. E isso explica porque certos presidiários reformam-se, tornando-se úteis à sociedade, enquanto outros mantém suas tendências criminosas; ou então, como pessoas com deficiências físicas desenvolvem certas habilidades, tornando-se vitoriosas em alguma atividade. O Espírito pode criar fases verdadeiramente novas de sua individualidade.
O gênio representa a manifestação epigenética no mais alto grau e isso não se explica pela hereditariedade. O gênio expressa sua genialidade não só por sua proficiência artística, intelectual ou profissional, mas principalmente pela sua criatividade. Esta é a diferença entre a competência e a genialidade.
Às vezes, a Epigênese se manifesta unilateralmente. E o caso de artistas que, embora talentosos, deixam muito a desejar moralmente entregando-se à bebida, aos tóxicos ou ao sexo. O talento pode lhes ser retirado temporariamente em vidas futuras, até que decidam a regenerar-se.
Geralmente o autodidata em algum ramo artístico ou profissional tende a ser criativo porque foge dos limitadores padrões acadêmicos. As pessoas criativas podem revolucionar (no mais puro sentido da Palavra) algum campo de atividade. Não raro isso lhes traz sofrimento porque seu trabalho inovador dificilmente será compreendido, além do que constitui uma ameaça aos padrões já estabelecidos naquela área particular. Eles RE-EVOLUCIONAM, isto é, dão novo impulso a evolução. Imagina-se, erroneamente, que revolucionar significa derrubar algo já consolidado.
Thomaz Edison certa vez foi posto para fora do escritório de um financista, em Nova York. O homem de negócios, indignado, afirmou-lhe grosseiramente, que jamais financiaria a produção em escala industrial daquelas “invenções malucas”. Bell foi chamado de louco pela imprensa norte-americana quando anunciou a invenção do aparelho telefônico. Júlio Verne encantou o mundo com suas obras de ficção. FICÇÃO? Hoje, quanto coisa tornou-se realidade.
Goethe modificou profundamente o teor das lendas que envolviam a figura do doutor Fausto, mago, astrólogo e quiromante do século XVI, dando-lhe, epigenéticamente, profundidade esotérica. Esse poema, uma obra-prima da literatura universal, conta a história do ser humano no afã de encontrar o divino em si mesmo.
Leonardo Da Vinci, para citar um exemplo mais distante no tempo, expressou uma exuberância epigenética incomum. Sua figura humana aproximou-se, como nenhum outro, daquele imaginário homem universal. Foi pintor, escultor, matemático, arquiteto, urbanista, físico, astrônomo, engenheiro, naturalista, químico, geólogo e cartógrafo. Suas obras tais como“Anunciação”, a “Virgem dos Rochedos”, a ”Monalisa”, constituem parte do patrimônio artístico da humanidade. Como urbanista, seu projeto para a cidade de Milão foi algo admiravelmente revolucionário. Eliminou as muralhas, traçou canais de esgotos, ruas superpostas para pedestres e pistas livres para veículos. As casas seriam amplas e ventiladas. Haveria praças e jardins. E tudo isso no final do século XV.
Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental nos esclarecem, e a própria história da civilização nos confirma, que se caminhamos até o estágio atual de desenvolvimento é porque fizemos uso da devida faculdade epigenética. Exercitar esse dom é encontrar Deus dentro de si mesmo.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’–Fraternidade Rosacruz-SP- maio/1986)