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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Poder do Amor

“O Amor nasce do Pai eternamente, dia a dia, hora a hora, impregnando constantemente o Universo Solar para nos redimir do mundo da matéria que nos mantém presos à morte. É impelido do Sol, onda a onda para todos os Planetas, estimulando ritmicamente todas as criaturas que neles evoluem” (Livro “Coletâneas de um Místico” – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)).

Tal é a natureza do Amor Cósmico que nos faz estremecer, e que um dia, eventualmente, todos nós seremos capazes de emanar também; temos plena consciência desse Amor Cósmico, a mais sublime das emoções, que nos é oferecida por meio do Cristo recém-nascido no Natal de cada ano.

O nascimento místico de Cristo, repleto da nova vida e do Amor do Pai, é nos dados para nos salvar da fome física e espiritual que nos destruiria se não fosse essa dádiva anual de Amor.

O Amor que faz pulsar os corações de todos os sistemas religiosos, independentemente das divergências que possam aparentar, é a pedra de toque de toda a criação.

A maneira como cada um de nós, participante do processo evolutivo, é receptivo e responde ao Amor, e aprende eventualmente a transmiti-lo, determina o nosso grau e nível de ascensão na escada do desenvolvimento (desde a completa ignorância até a total consciência; depende de nós). A maioria de nós conhece o que considera “amor” sob três formas.

Primeiro, a paixão marciana, a luxúria que não tem nada a ver com a faceta espiritual do Amor.

Segundo, o amor pessoal de Vênus, a que a maior parte de nós responde. É uma forma de amor egoísta, separatista e exclusivista.

Finalmente, o altruísmo uraniano – o amor que engloba todos os seres igualmente e que Cristo veio nos ensinar, como a palavra-chave do Seu reino, que ultrapassa a concepção ou os limites da compreensão de grande parte de nós.

O amor ao nosso “semelhante”, ou seja, o amor a todos os nossos irmãos e nossas irmãs, é o mandamento supremo e ultrapassa todas as leis do passado. Cristo-Jesus foi claro ao nos deixar a mensagem de que as Leis da Religião de Raça haviam servido a seu objetivo, mas que, a partir de então, todas as Leis passariam a ser subordinadas ao Amor. Atingimos um ponto da sua evolução em que nos foi pedido que aprendêssemos a fazer o bem por amor ao bem, e não por receio das consequências dos nossos erros. “O Amor perfeito elimina todo o medo.” (IJo 4:18) – quando aprendermos a irradiá-lo, de nós próprios, fará bem a nós e ao nosso semelhante, automaticamente.

O Amor é a força criadora que emanamos a fim de criar outro ser. Os Anjos projetam todo o seu amor, sem desejo ou egoísmo, e são banhados em troca pela corrente da Sabedoria Cósmica. Projetamos apenas uma parte do nosso amor e guardamos o resto, utilizando-o na construção dos nossos órgãos de expressão interno e no nosso próprio aperfeiçoamento. Desse modo o amor que conseguimos expressar se tornou egoísta e sensual. Usando parte do poder criador da nossa alma, amamos egoisticamente, porque necessitamos de outra pessoa para colaborar no processo de propagação da espécie humana (se todos resolvessem não ter mais filhos – o que é impossível, pois “os Anjos do Destino estão acima de todos os erros e dão a cada um e a todos exatamente o necessitam para o seu desenvolvimento” – não teríamos mais a espécie humana nesse Planeta.). E com a outra parte do poder criador usamos para expressar nossos pensamentos aqui na Região Química do Mundo Físico, embora também por razões egoístas, pois a nossa ambição é obter mais conhecimentos.

Temos agora a responsabilidade de nos purificar do pecado, do egoísmo. Só quando o fizermos é que compreenderemos e seremos capazes de exprimir o Amor Altruísta e Espiritual – o Amor Crístico.

A vida é o que temos de mais precioso, pois “Não há Amor maior do que o do ser humano que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15:13). Ao cultivarmos o altruísmo, aprendemos, figurativamente, a dar a nossa vida, a sacrificar o “Eu pessoal” – “eu inferior” – pelo nosso semelhante, atingindo o estado do Amor Crístico.

Atualmente, a razão nos controla, aliando-se à causa da natureza de desejos, emoções e sentimentos. Essa soberania terá de ser sucedida pela do amor que, presentemente, age independentemente (e por vezes, contrariamente) aos ditames da razão. Na Sexta Época (a próxima), na Nova Galileia, o que chamamos de Amor não será egoísta e a razão servirá à causa da Fraternidade Universal, e aprovará o que o Amor lhe ditar. Todos trabalharão para o bem comum, pois o interesse egoísta terá desaparecido para sempre.

Assim, o Estudante Rosacruz que procura acelerar a sua evolução deve aprender, desde agora, a ambicionar apenas aquele amor “que é da alma e que envolve todos os seres vivos, superiores e inferiores, e que aumenta em proporção direta às necessidades daquele que recebe” (como estudamos no Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz). O amor de indivíduos, que exclui outros, terá pouco a pouco de ser substituído pelo amor do todo. Os ensinamentos espirituais do passado requeriam que amássemos nossos familiares e, embora essa exortação continue sendo válida ainda hoje, os ensinamentos mais recentes nos dizem que ampliemos esse amor partilhando-o com toda a “família humana”.

Infelizmente, é vulgar que a Mente humana confunda o “amor” com a “paixão”. O primeiro, porém, nada tem a ver com a segunda, como se pode claramente depreender da ópera “Parsifal” (ópera de três atos do com a música e libreto do compositor alemão Richard Wagner, muito estudada no Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz), em que esse diz a Kundry que representa o Corpo Denso: “perderíamos a eternidade se cedesse a ti, nem que fosse só por uma hora… assim, vou salvar-te e libertar-te da maldição da paixão, pois a amor que te consome é sensual, apenas; entre ele e o amor verdadeiro dos corações puros existe um abismo tão grande como entre o céu e o inferno”.

Sabemos, também, que as crianças geradas num momento de paixão ardente e sem amor, ou sob a ira ou a embriaguez, têm probabilidades de nascer com veículos mais fracos e uma vida mais curta do que aquelas geradas em condições de harmonia e de verdadeiro amor. O Corpo Vital, que é o veículo do amor, determina o desenvolvimento e a formação do Corpo Denso.

É infinitamente melhor ser capaz de sentir e exprimir o amor do que o definir. Podemos pregar e exortar outros a amar, mas, enquanto não tivermos aprendido verdadeiramente a arte de amar como Cristo amou, não nos encontraremos mais perto de sua realização do que agora. Podemos fazer os nossos Exercícios Esotéricos Rosacruzes fielmente; podemos oficiar todos os Rituais Rosacruzes, mas os resultados serão nulos se não forem constantemente acompanhados de atos de amor Crístico! A expressão intensa do amor na sua forma de serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), esquecendo os defeitos dos outros, e focando na divina essência oculta – que é a base da Fraternidade – aumenta a densidade fosforescente dos dois Éteres superiores do nosso Corpo Vital. Assim construímos o nosso Corpo-Alma.

A sabedoria, a expressão do princípio Crístico, só é possível quando o conhecimento estiver aliado ao amor. E só quando essa união for consumada é que teremos a certeza de que as nossas ações terão o único fim de promover o bem comum e não (muito embora apenas inadvertidamente) os nossos fins egoístas.

O Poder do Amor é bem conhecido de todos. Não se opõe nunca aos planos de Deus; e consegue inspirar pessoas a fazer esforços para os quais nunca se supuseram capazes. É uma força que age tão perfeitamente por meio da expressão de objetivos criadores humanos, como de criações cósmicas. É um agente de transformação que, quando encontra a sua forma de expressão adequada, ultrapassa todas as formas do mal e transmuta o próprio ódio em Amor.

Deus é Amor, e se amamos uns aos outros, Deus está em nós e nós n’Ele” (IJo 4:12).

O verdadeiro Amor é divino e descreve a solidariedade de “Espíritos livres”. A paixão é diabólica e o que a ela cede se torna escravo do pecado. Eis o princípio em que se baseia a exortação de amar segundo o Espírito (o Ego) e não segundo a “carne”.

Temos, pois, de aprender a elevar o amor do âmbito passional ao Reino Espiritual, a fim de permitir a igualdade entre o homem e a mulher. Embora a “supremacia masculina” não represente o peso social que foi no passado (apesar de ainda existir e em muitos lugares e situações com a tal supremacia do passado), é necessário que nos lembremos de que os opressores de uma época serão os oprimidos da época seguinte (pois renascemos alternadamente: uma vez homem, outra vez mulher) e que, portanto, só nos elevaremos quando a igualdade total dos sexos deixar de ser um conceito hipotético e se tornar um fato real e concreto.

Atualmente, a ciência médica considera o coração como um músculo involuntário, constituído ao longo do comprimento, pelas fibras que se encontram geralmente nesse tipo de músculo. Contudo, o aparecimento de fibras horizontais tem deixado os cientistas perplexos, pois desconhecem que elas significam o controle que o Ego eventualmente terá sobre o coração. Ao manifestar-se cada vez mais o princípio do amor altruísta essas fibras horizontais se tornarão mais numerosas e nós, Ego, poderemos, então, atingir a soberania do coração com maior facilidade, e um dia saberemos regular a quantidade de sangue necessária ao cérebro, alimentando o lado dedicado a atividades altruístas e filantrópicas e deixando “à mingua” o outro, que se dedica a fins meramente egoístas. Assim, a circulação sanguínea passará eventualmente a ser controlada unicamente pelo unificante Espírito de Vida – um dos nossos três veículos superiores –, o Espírito do Amor, enquanto os centros de expressões dos pensamentos egoístas, que usamos hoje, serão atrofiados.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – março/1985 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Segunda Vinda de Cristo

E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco, e o que estava montado sobre ele chamava-se Fiel e Verdadeiro, e com justiça julga e peleja”.

Os seus olhos eram chama de fogo, e na sua cabeça estavam muitos diademas; e tinha um nome escrito que ninguém sabe senão ele mesmo”.

E vestia uma capa imersa no sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus”.

E os exércitos que estão no céu seguiam-no sobre cavalos brancos, e vestidos de linho finíssimo, branco e puro”.

Da sua boca saia uma espada afiada para com ela ferir as nações; e ele as regerá com uma vara de ferro, e ele é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo Poderoso”.

Ele traz sobre a sua capa e sobre a sua coxa este nome escrito: REI DOS REIS e SENHOR DOS SENHORES” (Apo 19:11-16).

Vamos a significância esotérica de algumas palavras: o cavalo simboliza o intelecto ou a inteligência. Também é comum a associação entre as expressões “branca” com a pureza. Daí se poder relacionar o primeiro dos versículos dessa passagem da Revelação de São João com a Mente purificada e espiritualizada, alvo a ser atingido pela humanidade. A vida de pureza e de serviço amoroso aos demais, exemplificada por Cristo-Jesus, durante todo seu Ministério sobre a Terra, não somente levará o neófito a espiritualização de sua Mente, como também limpará seu sangue (o Lar do Ego) dos desejos, sentimentos e emoções inferiores e das paixões – tudo isso formamos usando material das três Regiões inferiores do Mundo do Desejo –, atraindo os dois Éteres superiores do Corpo Vital (Éter Luminoso e Éter Refletor) componentes do Corpo-Alma ou Vestido Dourado Nupcial, a ser usado por todos aqueles que viverão na Nova Galileia (a Sexta Época do Período Terrestre) sob a regência do Cristo. A “Palavra de Deus” é o Segundo Aspecto da Trindade, o Amor-Sabedoria, a respeito do qual São João fala em seu Evangelho: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (Jo 1:1).

A espada, muitas vezes, é o símbolo da energia positiva, da Mente superior (ou Mente abstrata, para diferenciarmos a Mente concreta que está “contaminada” pelos desejos), levando avante o conflito entre a verdade e o erro. Esse conflito deve perdurar até que a influência separativa dos Espíritos de Raça e a Mente concreta — unida com o desejo — tenha sido suplantada pelo unificante poder do Cristo.

O Raio do Cristo Cósmico veio a Terra (no Gólgota) para se tornar o Espírito Planetário interno desse Planeta, irradiando o Seu poderoso Amor, Sua poderosa Luz e Vida para nos auxiliar, em trabalho de redenção de nossas transgressões passadas e presentes das Leis de Deus. Quando tenhamos evoluído a ponto dos nossos Corpos-Almas estarem suficientemente fortes para manter flutuando a Terra em sua órbita — Serviço esse atualmente realizado pelo Cristo — Ele retornará, no Corpo Vital de Jesus, o qual está sendo preservado cuidadosamente em um sarcófago de cristal no centro da Terra, por alguns Irmãos Maiores. Então, Ele reinará entre nós, que formaremos uma Humanidade purificada e regenerada.

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que a Segunda Vinda de Cristo não ocorrerá provavelmente antes de que o Sol, por Precessão, entre no Signo de Capricórnio. É evidente que a nossa atual condição está longe ainda daquele estado espiritual necessário para a próxima vinda do Cristo. Contudo, como os Raios Crísticos se tornam mais e mais poderosos, ano após ano, e recebemos a vibração do humanitário Signo de Aquário, indubitavelmente faremos maior e mais rápido progresso desenvolvendo nossos Corpos-Almas a fim de que possamos “encontrar Cristo no ar e estar com Ele para todo o sempre.” (ITes 4:17).

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de março/72 – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Na Sexta Época: os atrasados humanos, que não tiverem desenvolvido o Corpo-Alma à altura da segunda chegada, também serão etéricos, possuindo apenas os dois Éteres inferiores?

Pergunta: Agradeceria sua opinião sobre eu estar certo ou errado no seguinte: de acordo com os ensinamentos da Fraternidade, a Terra toda será etérica na Sexta Época, a Nova Galileia, incluindo humanos, animais, plantas e minerais. De fato, o processo de eterificação já está em andamento, tendo nós passado o nadir da materialidade “alguns milhões de anos atrás”. Isso significa que mesmo os atrasados humanos, que não tiverem desenvolvido o Corpo-Alma à altura da segunda chegada, também serão etéricos, possuindo apenas os dois Éteres inferiores. Assim não sendo, a Terra não seria toda etérica. Os pioneiros, pelo contrário, só terão os Éteres superiores compondo seu Corpo-Alma, e habitarão a atmosfera da terra do futuro podendo assim “Encontrar o Senhor no Ar”.

Resposta: Não cremos que aos humanos que não tenham desenvolvido um Corpo-Alma lhes seja permitido permanecer na Terra chegando à Sexta Época. Parece-nos ter sido deixado bastante claro nos Ensinamentos da Fraternidade que o Corpo-Alma, o Traje Dourado de Bodas, será essencial para os humanos poderem viver na Nova Galileia. Extraímos da “Coletâneas de um Místico” uma informação bem pertinente sobre o assunto.

“Tem sido ensinado em nossa literatura que quatro grandes épocas de desenvolvimento precederam a ordem atual das coisas; que a densidade das condições atmosféricas da Terra e as leis naturais prevalecentes numa época eram tão diferentes das de outras épocas quanto a constituição fisiológica correspondente da humanidade de uma época o era da de outras.”.

“…Carne e sangue teriam torrado no terrível calor de então (Lemúrica), e embora adequadas às presentes condições, diz-nos São Paulo que não poderão herdar o Reino de Deus. E então manifesto que antes que possa ser inaugurada uma nova ordem de coisas, a constituição da humanidade deve ser radicalmente alterada, sem se falar da atitude espiritual. Éons serão necessários para regenerar a inteira raça humana e adequá-la à vida em Corpos Vitais.

Por outro lado, nem um novo ambiente vem à existência num momento, mas terra e povo envolvem-se juntos desde os menores e mais primitivos primórdios. Quando as névoas da Atlântida começaram a dissipar-se alguns de nossos antepassados tinham desenvolvido pulmões embrionários e foram forçados para as terras altas muito antes de seus companheiros. Vagaram ‘na vastidão deserta’, enquanto “A Terra Prometida” estava emergindo das brumas mais leves, e ao mesmo tempo seu pulmão em desenvolvimento propiciava-lhes a viver sob as atuais condições atmosféricas.

“Mais duas Raças nasceram nas bacias da Terra antes que uma sucessão de inundações as dirigissem para as terras altas; a última deu-se quando o Sol (por precessão) entrou no Signo de Água Câncer, há cerca de dez mil anos, conforme relataram os sacerdotes egípcios a Platão. Vemos assim não haver mudança improvisada em constituição ou ambiente para a inteira Raça humana ao alvorecer de uma nova época, mas um sobrepor-se de condições que tornam possível para a maioria, por ajuste paulatino, ingressar nas novas condições, embora a mudança possa parecer repentina ao indivíduo quando a alteração preparatória tiver sido realizada inconscientemente”.

No livro “Interpretação Mística do Natal”, diz Max Heindel: “Assim como os Atlantes cujos pulmões estavam subdesenvolvidos pereceram no dilúvio, também a nova idade encontrará alguém sem o ‘Traje de Bodas’, portanto despreparado para entrar, até qualificar-se em ocasião posterior”.

(Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – nov/dez/88)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Como serão os atrasados e os pioneiros na Sexta Época, a Nova Galileia? Os atrasados estarão no mesmo campo de evolução dos pioneiros?

Pergunta: Agradeceria sua opinião sobre eu estar certo ou errado no seguinte: De acordo com os Ensinamentos da Fraternidade Rosacruz, a Terra toda será etérica na Sexta Época, a Nova Galileia, incluindo humanos, animais, plantas e minerais. De fato, o processo de eterilização já está em andamento, tendo nós passado o nadir da materialidade “alguns milhões de anos atrás”. Isso significa que mesmo os atrasados humanos, que não tiverem desenvolvido o Corpo-Alma à altura da segunda chegada, também serão etéricos, possuindo apenas os dois Éteres inferiores. Assim não sendo, a Terra não seria toda etérica. Os pioneiros, pelo contrário, só terão os Éteres superiores compondo seu Corpo-Alma, e habitarão a atmosfera da Terra do futuro podendo assim: “Encontrar o Senhor no Ar”?

Resposta: Não cremos que aos humanos que não tenham desenvolvido um Corpo-Alma lhes seja permitido permanecer na Terra chegando a Sexta Época. Parece-nos ter sido deixado bastante claro nos Ensinamentos da Fraternidade que o Corpo-Alma, o Traje Dourado de Bodas, será essencial para os humanos poderem viver na Nova Galileia. Extraímos do livro Coletâneas de um Místico uma informação bem pertinente sobre o assunto.

“Tem sido ensinado em nossa literatura que quatro grandes épocas de desenvolvimento precederam a ordem atual das coisas; que a densidade das condições atmosféricas da Terra e as leis naturais prevalecentes numa época eram tão diferentes das de outras épocas quanto a constituição fisiológica correspondente da humanidade de uma época ou era da de outras.”

“.. Carne e Sangue teriam torrado no terrível calor de então (Lemúrica), e embora adequadas às presentes condições, diz-nos São Paulo que não poderão herdar o Reino de Deus. É então manifesto que antes que possa ser inaugurada uma nova ordem de coisas, a constituição da humanidade deve ser radicalmente alterada, sem se falar da atitude espiritual. Íons serão necessários para “regenerar a inteira a onda de vida humana e adequá-la à vida em Corpos Vitais.”.

“Por outro lado, nem um novo ambiente vem à existência num momento, mas Terra e povo envolvem-se juntos desde os menores e mais primitivos primórdios. Quando as névoas da Atlântida começaram a dissipar-se, alguns de nossos antepassados tinham desenvolvido pulmões embrionários e foram forçados para as terras altas muito antes de seus companheiros. Vagaram ‘Na Vastidão Deserta’, enquanto ‘A Terra Prometida’ estava emergindo das brumas mais leves, e ao mesmo tempo seus pulmões em desenvolvimento propiciavam-lhes a viver sob as atuais condições atmosféricas.”

“Mais duas raças nasceram nas bacias da Terra antes que uma sucessão de inundações os dirigisse para as terras altas; a última deu-se quando o Sol (por precessão) entrou no aquático Câncer, cerca de há dez mil anos, conforme relataram os sacerdotes egípcios a Platão. Vemos assim não haver mudança improvisada em constituição ou ambiente para a inteira raça humana ao alvorecer de uma nova época, mas um sobrepor-se de condições que torna possível para a maioria, por ajuste paulatino, ingressar nas novas condições, embora a mudança possa parecer repentina ao indivíduo quando a alteração preparatória tiver sido realizada inconscientemente.”

No livro Interpretação Mística do Natal diz Max Heindel: “Assim como os Atlantes cujos pulmões estavam subdesenvolvidos pereceram no dilúvio, também a Nova Era, a de Aquário, encontrará alguém sem o ‘Traje de Bodas’, portanto, despreparado para entrar, até qualificar-se em ocasião posterior”.

(Publicada na revista ‘Serviço Rosacruz’ – nov/dez/88)

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