“Ora, chegou o dia dos pães ázimos, em que se devia imolar a Páscoa; e Cristo Jesus enviou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para que a comamos. Perguntaram-lhe eles: Onde queres que a preparemos? Respondeu-lhes: Quando entrardes na cidade, sair-vos-á ao encontro um homem, levando um cântaro de água; segui-o até a casa em que ele entrar. E direis ao dono da casa: O Mestre manda perguntar-te: Onde está o aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado; aí fazei os preparativos. Foram, pois, e acharam tudo como lhes dissera e prepararam a Páscoa. E, chegada a hora, pôs-se Cristo-Jesus à mesa, e com ele os Apóstolos. E disse-lhes: Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão; pois vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus. Então havendo recebido um cálice, e tendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; porque vos digo que desde agora não mais bebereis do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus. E tomando pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lhes, dizendo: Tomai e comei Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois da ceia, tomou o cálice, e dando graças, deu-lhes dizendo: Bebei dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que é derramado por muitos para o perdão dos pecados”. (Lc 22:1-20)
Durante o percurso nesse Esquema de Evolução resolvemos tomar as rédeas do nosso desenvolvimento quando, como vemos na Bíblia: “comemos o fruto da Árvore do Conhecimento do bem e do mal”. Daí por diante abusamos demais da força sexual criadora, tornamo-nos egoístas e começamos a ter sofrimentos incalculáveis.
Foi então que a Religião de Jeová foi dada para corrigir esse estado de coisas. Jeová, o mais elevado Iniciado dos Anjos, que exerce o papel do Espírito Santo no nosso Sistema Solar. Ele recebe da Lua o impulso da vida, provindo do Mundo do Espírito de Vida e o reflete sobre a Terra em forma de Religião de Raça e de Leis.
Rebelamos demais contra a Lei o tempo todo. Enchemos a nós mesmos de pecado e todo o nosso Planeta Terra, campo da nossa evolução, da nossa aprendizagem.
Sob esse sistema, infelizmente, o egoísmo, gerado por nós, cristalizou o nosso Planeta Terra em tal extensão que as vibrações espirituais quase cessaram. A evolução estava estagnada e o sangue tão impregnado de egoísmo que a Raça humana corria o perigo de degenerar.
Esse sistema funcionou, como dizia os evangelhos, até São João Batista, o precursor do Cristo: “Arrependei-vos porque o Reino dos Céus está próximo (…) Eu vos batizo com água para o arrependimento (…), Mas Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3:2,11)
Então encarnou Cristo, aliás, uma centelha, uma chispa do Cristo Cósmico, no corpo de Jesus, por ocasião do Batismo no Rio Jordão.
São João Batista, “o mais elevado dos nascidos de mulher”, como alto Iniciado essênio, reconheceu a grandiosidade de Jesus bem como a magnitude do alto a que era chamado ministrar na incorporação da Chispa Crística: “Eu não sou digno de desatar suas sandálias” (Mt 3:11)
Cristo Jesus veio e mudou a máxima até então vigente de: “olho por olho, dente por dente” para “amai vossos inimigos”.
Na última sessão esotérica do Cristo com seus Discípulos, descrita na Bíblia como a Última Ceia, no qual foi celebrada a nova aliança, não havia a carne do cordeiro (Áries), como era exigido na Lei de Moisés. Tampouco havia vinho, mas apenas pão, um produto vegetal, e o fruto da videira, outro vegetal. O suco recém-extraído da uva não contém um espírito proveniente da fermentação e decomposição, mas é um alimento vegetal puro e nutritivo. Assim, os seguidores da doutrina esotérica foram instruídos por Cristo a adotarem uma dieta que não incluísse carne, nem bebida alcoólica.
Supõe-se geralmente que o cálice usado por Cristo na Última Ceia continha vinho, no entanto, não há fundamento na Bíblia para essa suposição. Foram dados três relatos sobre a preparação desta Páscoa. Enquanto São Marcos e São Lucas declaram que os mensageiros foram enviados a uma determinada cidade para procurar um homem transportando um cântaro de água, nenhum dos Evangelistas disse que o cálice continha vinho.
O uso da água na Última Ceia também se harmoniza com os requisitos astrológicos e éticos. Pelo movimento de Precessão dos Equinócios, o Sol estava deixando Áries, o Signo do Cordeiro, entrando em Peixes, um Signo aquático. Uma nova nota de aspiração iria soar, uma nova fase de elevação humana devia ser introduzida durante a Era Pisciana que se aproximava. A autoindulgência iria ser superada pelo espírito da renúncia. O pão, sustento da vida, feito da semente imaculadamente gerada, não alimenta as paixões como a carne; também o nosso sangue, diluído na água, não altera tão bruscamente como quando está saturado de vinho. Portanto, o pão e a água são alimentos adequados e símbolos de ideais durante a Era Peixes-Virgem. Eles representam a pureza.
Assim, o Cálice da Nova Aliança mencionado como a representação do ideal da futura época, a Nova Galileia, é um órgão etérico formado dentro da cabeça e da garganta pela força sexual não gasta que, à visão espiritual, assemelha-se à haste de uma flor, elevando-se da parte inferior do tronco. Este cálice é realmente um órgão criador, capaz de enunciar a palavra de vida e de poder.
Atualmente, a palavra é articulada por movimentos musculares desajeitados que regulam a laringe, a língua e os lábios para que o ar, proveniente dos pulmões, emita determinados sons, mas o ar é um meio pesado quando comparado às forças mais sutis da natureza, como a eletricidade que se move no Éter. Quando este novo órgão tiver evoluído, terá o poder de pronunciar a palavra de vida, de infundir vitalidade em substâncias até hoje inertes. Este órgão está sendo hoje formado por nós, através do serviço amoroso e desinteressado prestado ao irmão e à irmã, focando justamente na divina essência de cada irmão e irmã com quem convivemos.
Lembremo-nos que Cristo não deu o cálice à multidão, mas aos Seus Discípulos, que eram os Seus mensageiros e servidores da Cruz. Atualmente, aqueles que “bebem do Cálice” do autossacrifício, os que colocam sua vida ao serviço dos outros, estão construindo esse órgão, o Corpo-Alma, o “Dourado Manto Nupcial”, o soma psuchicon, que disse São Paulo em sua Primeira Epístola aos Coríntios (15:44). Eles estão aprendendo a usá-lo em pequena escala como Auxiliares Invisíveis, quando deixam seus corpos à noite e é nessas circunstâncias que aprendem a proferir a palavra de poder que remove a doença, a enfermidade e repara órgãos, tecidos e até sistemas inteiro do Corpo.
Com o derramamento do sangue de Jesus no Calvário e a penetração do Cristo no Globo Terrestre, através desse veículo físico, nosso Planeta foi purificado. O esplendor que se emanou deixou os circunstantes ofuscados e se diz que houve trevas.
Em outras palavras: o Cristo Cósmico manifestou-se por meio de Jesus para nos salvar. Purificar o sangue do egoísmo é o Ministério do Gólgota, que começou quando o sangue de Jesus foi derramado, continuou através das guerras das nações Cristãs, sempre que os seres humanos lutavam por ideal, e durará até que, por contraste, os horrores da guerra tenham imprimido suficientemente, no gênero humano, a beleza da Fraternidade.
Cristo entrou no Planeta Terra pelo Gólgota. Está novamente “fermentando” o Planeta, fazendo-o responder às vibrações espirituais, mas o Seu sacrifício não se consumou em um só momento pela morte para, dessa forma, nos salvar, como geralmente se crê. Ele ainda está “gemendo, labutando e esperando o dia da Sua libertação”, para a “manifestação dos Filhos de Deus”, como disse São Paulo, e, na verdade, nós apressaremos esse dia cada vez que participarmos do alimento para os nossos corpos superiores, simbolizados pelos místicos “pão e vinho”. Poderíamos ser muito mais eficazes, acelerando a nossa própria libertação e apressando o “dia de Nosso Senhor”, se o fizéssemos sempre “em Sua memória”.
Depois o Cristo subiu até o Mundo do Espírito Divino, o plano do Pai do nosso Sistema Solar para fortificar-se. É o que significa “descer aos infernos e subir aos céus, onde se encontra a direita do Pai”.
Desde então, como prometera, Cristo estará conosco até “a consumação dos séculos”, isto é, até que terminem estes tempos de aperfeiçoamento terrestre para uma nova Época, ainda uma chispa d´Ele volta todos os anos, começando a descer em setembro, fecundando toda a natureza.
Pelo Natal, Ele está novamente no centro do nosso Planeta Terra espargindo seu impulso de vida e de amor a toda criatura viva. Depois vai se retirando e pela Páscoa retorna a Seu plano, no Mundo do Espírito de Vida.
E assim, segue o Cristo, dando o seu Corpo e o seu Sangue como o “pão e o vinho” místicos, respectivamente, que nos alimenta fisicamente e espiritualmente a custa de muita dor e sofrimento, até que consigamos suplantar as leis do pecado e da morte pelo amor, que restaurará a imortalidade e que é a essência do ensinamento Cristão.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Nesse Esquema de Evolução traçado para todos, nós, os Espíritos Virginais, passamos por quatro grandes etapas de educação e de percepção de Deus, nosso criador:
A primeira, Seres muito mais evoluídos (chamados de Hierarquias Criadoras ou Hierarquias Divinas ou, ainda, Hierarquias Zodiacais) agem sobre nós, de fora, dando-nos auxílio externo, ajudando-nos a construirmos nossos corpos: o Denso, o Vital, o de Desejos e o veículo Mente (os nossos veículos de evolução) – enquanto permanecemos inconscientes do Mundo Físico ao nosso redor. Nessa etapa, adorávamos a Deus por meio do medo, a Quem começamos a perceber a existência. Fazíamos sacrifícios para agradá-lo. Passamos a fase do fetichismo.
A segunda etapa, com os veículos já construídos, somos colocados sob a direção dos chamados Mensageiros Divinos e Reis, a quem nós vemos, e a cujas ordens tínhamos que obedecer. Esses Mensageiros Divinos ficaram conhecidos como:
Quase no final desta etapa, após o trabalho destes Mensageiros Divinos, com quem convivíamos no cotidiano, e o chamávamos de deuses, fomos ensinados a adorar somente um único Deus invisível, criador de todas as coisas.
Assim, nessa etapa, aprendemos a olhar a Deus como um doador de todas as coisas e a esperar d’Ele benefícios materiais, agora e sempre. Fazíamos sacrifícios externos por avareza, esperando que Deus nos dê cem por um, ou para livrar-nos do castigo imediato, como: pragas, guerras, doenças, etc.
A terceira etapa somos ensinados a reverenciar as ordens de um Deus a Quem não vemos. Aprendemos a adorar a Deus com orações e a viver em boa vida, a cultivar a fé num Céu onde obteremos recompensa no futuro, e a abster-nos do mal, para que possamos nos livrar do castigo futuro no Inferno.
A quarta e última etapa, aprendemos – e muitos ainda aprenderão – a elevar-nos sobre toda a ordem, a converter-nos em uma lei em nós mesmos. Conquistamo-nos a nós mesmos, aprendemos a viver voluntariamente, em harmonia com a Ordem da Natureza, que é a Lei de Deus. Nessa etapa chegamos a um ponto em que podemos agir bem sem pensar na recompensa ou no castigo, simplesmente porque “é justo agir retamente”. Amamos o bem por ser o bem e procuramos ordenar nossa conduta de acordo com este princípio, sem ter em conta seu benefício ou desgraça presente, ou os resultados dolorosos em algum tempo futuro.
Durante a nossa evolução passamos por todas essas etapas. Ainda hoje, todos nós, seres humanos, estamos distribuídos por elas. Alguns ainda permaneceram na primeira etapa, outros na segunda, na terceira e na quarta. Isso ocorre devido ao grau de evolução da pessoa.
Considerando a nossa história aqui na Terra, experimentamos pela primeira vez a primeira etapa há muito tempo atrás, numa Época chamada Lemúrica. Nessa Época fomos treinados a ver e gerar fenômenos físicos.
Práticas de como fazer acontecer e aparecer coisas nesse Mundo Físico. Isso porque estávamos muito focados nos Mundos espirituais, os Mundos invisíveis aos olhos físicos. Não víamos com clareza o Mundo Físico. Então tudo que fazíamos acontecer nesse Mundo nos impressionava.
Adorávamos o desconhecido por meio de qualquer peça constituída de matéria física. Buscávamos “ver” a Deus nesse Mundo Físico associando-O a alguma peça material. O fetichismo era necessário e próprio para essa etapa de evolução. Os seres humanos, naquela Época, que conseguiam praticar tais intentos eram os seres humanos mais adiantados.
Assim, tudo que se relaciona com fenômenos expressos nesse Mundo Físico, e obviamente o fetichismo, são reminiscências da nossa passagem na Época Lemúrica, há muito tempo atrás. Se hoje, alguém utiliza, é porque está revivendo a reminiscência daquela longínqua Época. Assim, os que praticam atualmente o fetichismo estão muito atrasados e como que vivendo ainda naquela longínqua Época.
Àqueles a quem o fenômeno no Mundo Físico ainda o impressiona, o faz temer e o fascina, possui fortes reminiscências daquela Época longínqua. Por meio do destino, terão lições que os ajudarão a se libertarem dessas reminiscências, a fim de poderem aprender lições mais avançadas.
Já na segunda etapa experimentamos nossas lições pela primeira vez, também há muito tempo, numa Época chamada Atlante. Mais especificamente, quando fizemos parte de uma das sete Raças que construímos lá, uma Raça conhecida como Semitas Originais. Então, fomos ensinados a esquecer dos fenômenos e fetiches – afinal, já estávamos suficientemente voltados para o Mundo Físico! Então, fomos ensinados a adorar um Deus invisível e a esperar recompensas em benefícios materiais ou castigos em aflições e dores. Os seres humanos, naquela Época, que conseguiam praticar tais intentos eram os seres humanos mais adiantados.
Temos muitos exemplos de ensinamentos dessa fase lendo o Antigo Testamento. Como passagem que mostra a nova orientação de adoração de vários deuses para adoração de um único Deus vemos no Livro do Êxodo 20:3: “Não terás outros deuses além de mim“.
E ainda, no Livro do Êxodo 20:5-6: “Eu sou um Deus ciumento que puno a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira geração dos que me odeiam, mas que também ajo com amor até a milésima geração para aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos“.
Com esse recado, fomos ensinados a: se seguíssemos o preceito de Deus, seríamos abençoados e cobertos de bens materiais, no entanto, se nos afastássemos dos caminhos orientados por Ele, sofreríamos todos os males. A escolha era nossa. Éramos livres para escolher, mas sofreríamos as consequências dos nossos próprios atos.
Nasciam as Religiões de Raça, a Religião do Espírito Santo, as Religiões de Jeová, que muito nos ensinaram, e o livre arbítrio, que muito nos ensina. Assim, os que ainda vivem olhando a Deus como um doador de todas as coisas e a esperar d’Ele benefícios materiais, agora e sempre; os que ainda vivem sacrificando por avareza, esperando que Deus lhe dê cem por um, ou para livrar-se do castigo imediato, como doenças, guerras, pragas, pobreza, estão atrasados e vivendo como ainda estivessem naquela longínqua Época.
Àqueles a quem de Deus deve-se esperar recompensas em benefícios materiais ou castigos em aflições e dores possuem fortes reminiscências daquela Época longínqua. Por meio do destino, terão lições que o ajudarão a se libertar dessas reminiscências a fim de poderem aprender lições mais atuais.
Já a terceira etapa, experimentamos, pela primeira vez, somente nessa Época conhecida como Época Ária. Mais especificamente com o advindo do Cristianismo Popular através da Religião Cristã, a Religião do Filho.
Por meio dele, foi nos dada a Doutrina Cristã: a vinda do Cristo, a Trindade, a Imaculada Concepção, a Crucificação, a Salvação, a Condenação Eterna, a Conversão, a Confissão e Absolvição, o Perdão dos Pecados, à espera da segunda vinda do Cristo.
Aqui somos ensinados a adorar a Deus com orações e a viver em boa vida, a cultivar a fé num Céu onde obteremos recompensa no futuro, e a abster-nos do mal, para que possamos nos livrar do castigo futuro do Inferno. Todo o Novo Testamento nos orienta para o Cristianismo. Indica como não devemos ser hipócritas, nem idólatras, nem buscar recompensas em benefícios materiais quando adoramos a Deus. Por exemplo, lemos no Evangelho Segundo São Mateus 6:1: “Evitai praticar a justiça diante dos homens para serdes vistos. Do contrário, não tereis recompensa do Pai, que estás nos céus“. Quando orarmos a Deus, temos a seguinte orientação, no Evangelho Segundo São Mateus 6:5-8: “E quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé nas sinagogas e nas esquinas das praças para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a recompensa (a recompensa humana de serem cortejados). Mas quando rezares, entra no quarto, fecha a porta e reza ao Pai que vê no oculto. E o Pai, que vê no oculto, te dará a recompensa. E nas orações não faleis muitas palavras como os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por causa das muitas palavras. Não os imiteis; pois o Pai já sabe de vossas necessidades antes mesmo de pedirdes“.
Várias são as passagens em que Cristo nos ensina que não é mais para ofereceremos sacrifícios externos: Eis uma no Evangelho Segundo São Mateus: “Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia é que eu quero, e não sacrifício.” (Mt 9:13).
O modelo de oração que o Cristão deve fazer é dado no Evangelho Segundo São Mateus (Mt 6:7-13), conhecida como a Oração do Senhor ou “Pai Nosso”: “Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes. Portanto, orai desta maneira: ‘Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso Reino, seja feita a vossa Vontade, assim na Terra, como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’”.
Há nela sete orações distintas e separadas, uma para cada um dos sete princípios do Ser Humano: o Tríplice Corpo, o Tríplice Espírito e o para o veículo Mente. Nessa etapa, já não devemos mais nos preocupar em acumular bens aqui na Terra. Afinal, o trabalho que tínhamos que fazer aqui já bem o fizemos!
Conquistamos a Região Química do Mundo Físico, transformando-a num paraíso para a evolução. Agora, nosso propósito é somente fornecer condições para utilizarmos as oportunidades para construir o Corpo que utilizaremos na próxima fase da nossa evolução: o Corpo-Alma. Assim, todo trabalho que envolve a conquista dessa Região Química deve ser substituído por tarefas que ajudem na conquista da próxima Região, ou seja: a Região Etérica do Mundo Físico.
Por isso que no Evangelho Segundo São Mateus 6:19-21, lemos: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; pois onde está o teu tesouro aí estará também teu coração“.
E, complementando, no versículo 24: “Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro“.
E para aqueles que vivem apenas se preocupando com as aparências, com o supérfluo, com o que um se veste ou outro deveria vestir, com o que os que estão ao seu redor fazem ou não fazem, ou com os prazeres da vida, quem sabe se lessem, compreendessem e vivessem o que o Evangelho Segundo São Mateus nos fala em 6:25-30 acordariam dessa ilusão e aproveitariam melhor a sua curta passagem nessa Terra:
“Por isso vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida quanto ao que haveis de comer, nem com o vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que a roupa? Olhai as aves do céu: não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros. E, no entanto, vosso Pai celeste as alimenta. Ora, não valeis vós mais do que elas? Quem dentre vós, com as suas preocupações, pode acrescentar um só côvado à duração da sua vida? E com a roupa, por que andais preocupados? Aprendei dos lírios do campo, como crescem, e não trabalham e nem fiam. E, no entanto, eu vos asseguro que nem Salomão, em toda sua glória, se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã será lançada ao forno, não fará ele muito mais por vós, homens fracos na fé?“.
Finalmente, a última etapa de educação e de percepção de Deus, nosso criador, é a etapa que representa o ponto em que podemos agir bem e sem pensar em recompensas ou em castigos, mas simplesmente porque “é justo agir retamente”.
Fazemos o bem pelo simples prazer de fazer o bem. Amamos o bem por ser o bem e procuramos ordenar nossa conduta de acordo com esse princípio, sem ter em conta seu benefício ou desgraça presente, ou os resultados dolorosos em algum tempo futuro.
Esta etapa experimentamos, pela primeira vez, também nessa Época conhecida como Época Ária. Mais especificamente com o advindo do Cristianismo Esotérico, trazido por Cristo, também pela Religião Cristã, a Religião do Filho.
Em particular, todos os Estudantes de todas as Escolas de Mistérios ocidentais – que preparam o Aspirante à vida superior para se desenvolver a fim de se candidatar às Iniciações Menores e as Iniciações Maiores ou Cristãs –, como o é a Fraternidade Rosacruz, estão procurando alcançar essa etapa. De modo geral, será alcançada na Sexta Época, a Nova Galileia, quando a Religião Cristã unificadora abrirá os corações dos seres humanos que estiverem aptos para isso.
Então, os seres humanos formarão novamente uma fraternidade, tendo Cristo como o Grande Guia Unificador.
A ideia de Raça será sobrepassada e a lei de unificação dada por Cristo no Novo Testamento e pouco compreendida: “Se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não vem após mim, não pode ser meu discípulo.” (Lc 14:26-27), que agora tentamos viver um pouquinho – muitas vezes a vivemos empurrados pelas lições do destino – será o nosso cotidiano e viveremos felizes, porque formaremos uma grande fraternidade, independente da raça, nação, família, posição social, sexo, simpatia, tamanho, aparência e de todas as ilusões impostas pela nossa Personalidade.
Por enquanto, tentemos colocar em prática os Ensinamentos Rosacruzes – conhecidos como Ensinamentos da Sabedoria Ocidental – que não são nada mais, nada menos do que os ensinamentos Cristãos e bíblicos trocados em miúdos, adiantando-nos para a próxima etapa a fim de sermos os vanguardeiros, os indicadores do caminho, os servidores para os nossos irmãos e para as nossas irmãs que vem atrás, no trabalho de ajudá-los a chegarem lá e, juntos, formarmos a Fraternidade Universal que é o grande destino coletivo de todos nós.
Enquanto isso, a fim de aproveitarmos cada pequeno momento de mais uma passagem aqui na Terra, retirando a quintessência de cada pequena lição que passamos, gravemos os versículos 33 a 34 do capítulo 6 do Evangelho Segundo São Mateus: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã se preocupará consigo mesmo. A cada dia basta o seu fardo.“.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Os astrólogos mundanos falam de Plutão, Netuno, Urano, Saturno e Marte como sendo maléficos, enquanto Vênus e Júpiter são qualificados de benéficos. No Reino de Deus nada há que seja realmente malévolo. O que assim aparente ser, nada mais é que um bem em gestação. Tampouco devemos acreditar que as inerências de algum Astro, seja qual for, constituem um obstáculo ao ser humano.
Retornamos várias vezes a este Mundo com o propósito de obter certas experiências, necessárias ao nosso desenvolvimento espiritual. E quanto mais tratemos de compreender as influências Astrais (do Sol, da Lua e dos Planetas), mais facilmente concluiremos que são fatores potentíssimos para ajudar-nos a colher as referidas experiências.
Por exemplo: Saturno é o depurador. Quando nos afastamos do caminho da retidão, ele surge para deter-nos, impedindo-nos de prosseguir na transgressão.
Quem sabe, coube-nos uma herança e a malbaratamos em todos os sentidos, inclusive fisicamente. Surge, então, um Aspecto astrológico de Saturno, representado por uma enfermidade ou doença, confinando-nos ao leito. Sujeitamo-nos a uma dieta rigorosa. Nosso organismo repousa. E quando nos erguemos, somos um novo ser. Durante todo esse tempo tivemos a oportunidade de meditar sobre a vida que temos levado. Em caso afirmativo aproveitamos a lição, porque então saberemos como agir, evitando aquilo que possa causar enfermidades ou doenças.
Quando dilapidamos nossa herança, podemos acabar com os bolsos vazios. Talvez nem tenhamos onde pedir auxílio. Então, veremo-nos obrigados a pensar e abrir um caminho pelo nosso próprio esforço. Nossos talentos foram inúteis quando desperdiçamos o dinheiro. Na pobreza temos que explorá-los, que empregá-los, para realizar nossa parte na obra do Mundo. Perdemos nossa herança, mas o Mundo ganhou um trabalhador. Se a lição foi aprendida, a influência de Saturno foi uma benção!
E assim sucede com tudo aquilo que em um horóscopo possa parecer um mal. Além disso, quanto mais nos desenvolvemos espiritualmente, tanto menos seremos afetados adversamente por esses Planetas ou Aspectos chamados “maléficos”. Veremos que, na realidade, esses Aspectos são “adversos” (Quadratura, Oposição e algumas Conjunções). Ajudam-nos a nos emendar, a nos esforçar, a persistir, a retomarmos a direção para Deus, a nos colocar em linha com a nossa evolução e a entendermos que devemos servir amorosa e desinteressadamente a divina essência do irmão e da irmã que estão ao nosso redor, no nosso dia a dia.
Saturno não gera desastres ao ser humano espiritualizado, mas apenas persistência; não enfermidades ou doenças, mas fortaleza. E dessa maneira, conformando-nos às Leis da Natureza – que são as Leis de Deus –, vivendo em harmonia com os Astros, os dominaremos e modificaremos nossas existências enquanto renascidos aqui.
A maior parte da humanidade deixa-se arrastar pelas influências Astrais. Porém, quanto mais vivemos nos dedicando a nossa vida espiritual em uma Escola de Mistérios como a Fraternidade Rosacruz, tanto mais nos converteremos em um fator que se deve ter em conta, e “as predições do astrólogo fracassarão em proporção direta à nossa realização espiritual”.
Os Astros são nossos auxiliares evolutivos. Não são corpos de matéria morta, mas corpos viventes e vibrantes de grandes Inteligências Espirituais que, na Religião Cristã, são chamados de Sete Espíritos ante o Trono.
Conforme nos modificamos, muda também sua influência sobre nós, porém a ela não escapamos pelo simples incidente de morrer. Quando a aurora de uma nova vida despontar, surgiremos com um novo horóscopo. Se empenharmo-nos em um desenvolvimento espiritual para aprender as lições que esses Espíritos Planetários trataram de nos ensinar nas vidas passadas, teremos novos Aspectos e novas posições do Sol, da Lua e dos Planetas que nos ajudarão no Caminho da Evolução, trafegando por Esquema de Evolução e nos realizando nessa Obra de Evolução.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro/1978-Fraternidade Rosacruz-SP)
A Filosofia Rosacruz é o Cristianismo Esotérico. Na literatura rosacruciana é fácil notar a preocupação em ressaltar a Fraternidade Rosacruz como a escola preparatória aos Mistérios (ou Iniciações) ocidentais, uma Escola preparatória para a Ordem Rosacruz. Isso não contradiz o sentido de universalização para que tende o Cristianismo Esotérico.
Tal como o Sol aparenta caminhar de leste a oeste, a luz da espiritualidade percorre o mesmo caminho, ao longo da evolução humana. Confúcio na China, Buda na Índia, Pitágoras na Grécia constituíram marcos da trajetória brilhante do Sol da espiritualidade, dirigindo a evolução cada vez mais para oeste.
Há dois mil anos surgiu o Cristo, trazendo um novo ideal, abrindo amplas perspectivas de progresso anímico para a humanidade. Sua influência, contudo, ainda predomina apenas no Ocidente. Mas, tempo virá em que os demais seres se universalizarão, libertando-se dos restritivos laços da tradição, dos costumes arraigados desde milênios, engendrados pelos Espíritos de Raça por meio das Religiões de Raça. Haverá, então, um consenso quanto à aceitação do Cristianismo, mormente do Cristianismo Esotérico.
No momento, todavia, por circunstâncias evolutivas, isso não ocorre. No Ocidente encontram-se renascidos os seres mais evoluídos da Terra, em sentido geral. Em outras existências já viveram no Oriente. Agora, renascem nessa parte do globo, a fim de receber ensinamentos correspondentes aos seus presentes estágios evolutivos.
Pode parecer, aos menos avisados, que o Oriente, em questão espiritual, esteja na vanguarda da evolução. Aliás, os orientais, valendo-se de uma imensa variedade de obras à venda por aí, deixam transparecer semelhante ideia. Puro engano. A maior parte dos Egos que ocupam os corpos orientais encontra-se na curva descendente desse Esquema de Evolução (cuja denominação rosacruciana para essa parte do Esquema de Evolução é chamada de Involução), prestes a atingir o nadir da materialidade, pelo que já passaram os ocidentais.
Os povos do Oriente não têm a mesma sensibilidade dos seres que vivem do outro lado do globo. Suas pretensas faculdades espirituais são, muitas vezes, um psiquismo negativo.
Os Ocidentais, subindo o arco evolutivo ascendente desse Esquema de Evolução (cuja denominação rosacruciana para essa parte do Esquema de Evolução é chamada de Evolução), estão alcançando condições cada vez mais espirituais: Corpos Densos mais refinados e Mentes mais dinâmicas.
E, como não poderia deixar de ser, os métodos de desenvolvimento, para um e outro povo, apresentam radicais diferenças, se bem tenham em comum alguns princípios doutrinários, como a Teoria do Renascimento, Lei de Consequência etc.
No método oriental, o neófito submete-se ao arbítrio do guru, mestre, instrutor, condicionando seu desenvolvimento à total aceitação do que lhe é ensinado. Trocando em miúdos: o neófito deve obedecer sem vacilar às determinações de seu “mestre”, transferindo-lhe toda a responsabilidade. Deve praticar certos exercícios e adotar determinadas posturas físicas para lograr domínio sobre seu corpo. Alguns desses exercícios – respiratórios, por sinal – são completamente inadequados à constituição do ser humano ocidental, podendo levá-lo, se praticados, a mais lamentável ruína física e mental.
O método indicado para o neófito do Ocidente respeita-lhe o acervo individual de experiências passadas que lhe formaram a natureza, a índole etc. Procura, desde o início, libertá-lo de toda influência externa (seja de outras pessoas, seja por meio de instrumentos físicos como: pêndulo, bola de cristal, tarô, cartas de baralho, runas, búzios e outros afins que estão sempre sendo apresentados com “nomes modernizados”), tornando-o confiante em si mesmo no mais alto grau. Propicia-lhe os meios de realização, deixando seu desenvolvimento na dependência exclusiva de sua iniciativa, do seus esforço e da sua perseverança.
Reconhecemos e respeitamos o valor do método oriental, porém, com uma importante ressalva: serve apenas e tão somente aos neófitos do Oriente, aos irmãos e irmãs que renascem naquela parte do globo terrestre.
É importante que saibamos distinguir, para nossa orientação e dos demais, os dois métodos de desenvolvimento. Como afirmou Max Heindel: “Buda pode ter sido a luz da Ásia, mas Cristo é a luz do mundo. Assim como a luz do Sol ofusca o brilho das mais radiantes estrelas, tempo chegará em que o verdadeiro Cristianismo, o Cristianismo Esotérico, ofuscará e anulará todas as demais Religiões, para inteiro benefício da humanidade”.
(Por Gilberto A V Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1976)
Como todos os símbolos que temos, os significados da cruz são muitos. Um deles é que ela é o símbolo oculto da vida humana em sua relação com as correntes vitais.
Ou como disse Platão: “A Alma do Mundo está crucificada”. Ou seja, no Mundo Físico temos Quatro Reinos de vida ou Ondas de Vida que estão representados na cruz: Mineral, Vegetal, Animal e Humano.
O Reino Mineral constitui-se de todas as substâncias químicas, qualquer tipo que seja; assim, a cruz feita de qualquer material dessa Região Química é o símbolo desse Reino.
A parte inferior da cruz é o símbolo do Reino Vegetal, porque tem as suas raízes na Terra química e porque os Espíritos-Grupo que dirigem os seres do Reino Vegetal estão no centro da Terra de onde enviam as correntes espirituais em direção à periferia da Terra.
A parte horizontal da cruz é o símbolo do Reino Animal, porque sua espinha dorsal é horizontal e por ela passam as correntes espirituais dos Espíritos-Grupo que dirigem os animais, e que tem uma direção circundante à Terra.
A parte superior da cruz é o símbolo do Reino Humano, porque o ser humano é um ser vegetal invertido.
Senão vejamos:
Outro significado da cruz é a sua representação como o conflito entre as duas naturezas aludidas por São Pedro em sua Primeira Epístola (2:1): “Eu vos rogo que vos abstenhais dos desejos carnais que lutam contra a alma.”.
Nesse sentido, são muito significativas as palavras de Cristo que temos no Evangelho Segundo São Mateus (16:24): “Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.”.
Para muitos parecem dura essas palavras. Muito mais duro, porém, será de ouvir aquela sentença final: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno” (Mt 25:41).
Pois a orientação do Esquema de Evolução traçado pelo nosso Pai e Criador, Deus do nosso Sistema Solar, é clara: uma vez conquistado, dominado e aprendido a trabalhar conscientemente com o material químico da Região Química do Mundo Físico, devemos partir para a Região Etérica do Mundo Físico.
Já alcançamos o nadir da materialidade, o ponto mais denso da Região Química do Mundo Físico, e conquistamos a Região Química do Mundo Físico, ainda lá na segunda fase da Época Atlante (hoje já estamos na Época Ária).
Para isso, devemos nos desapegar de tudo que tenha a conotação de posse material, de egoísmo, de ignorância, de preguiça, de desperdício, de foco nessa Região Química do Mundo Físico.
Em outras palavras, saibamos ou não já cumprimos a nossa missão de descida dos Mundos suprafísicos para essa parte do Mundo Físico, qual seja:
Agora é tempo de voltar para o Pai. Esse tempo foi anunciado por Cristo, nosso único Mestre e Salvador há mais dois mil anos atrás.
E o que significa voltar?
Significa entrar numa nova etapa da evolução, agora na direção “para cima e para frente”.
Aprendendo, daqui:
Caso insistamos em nos manter voltados para esse Mundo material, perdendo totalmente o interesse em construir o Corpo-Alma (por meio da insistência de permanecemos em egoísmo maldade e desperdício), então ouviremos a sentença final expressa no Evangelho Segundo São Mateus (25:41): “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno”. Quando da volta do Cristo em seu Corpo Vital, Ele espera cada um de nós com o Corpo-Alma construído e nele funcionando conscientemente. Essa sentença que lemos acima no Evangelho, simplesmente, significa perder toda a chance de evolução nesse Esquema de Evolução atual e ter que esperar o próximo Dia de Manifestação num cone sombrio de uma Lua qualquer.
Sabendo das dificuldades que uma Onda de Vida tem de se desvencilhar dos costumes cristalizados, quando da sua imersão no Mundo mais denso que teve que ir, foi nos dada, e continua sendo, muita ajuda, exemplos de vida e motivação para podermos soltar as amarras que nos prendem nesse Mundo de ilusões.
Tomar a nossa Cruz é assumir a responsabilidade e a atitude de voltar à casa do Pai. É ser o Filho Pródigo, aquele da Parábola que podemos ler no Evangelho Segundo São Lucas (15:11-32), no seu retorno à casa do Pai:
“Disse ainda: “Um homem tinha dois filhos. O mais jovem disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa. E gastou tudo. Sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar privações. Foi, então, empregar-se com um dos homens daquela região, que o mandou para seus campos cuidar dos porcos. Ele queria matar a fome com as bolotas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. E caindo em si, disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome! Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus empregados’. Partiu, então, e foi ao encontro de seu pai. Ele estava ainda ao longe, quando seu pai o viu, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. O filho, então, disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos seus servos: ‘Ide depressa, trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e festejemos, pois, este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’ E começaram a festejar. Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltava, já perto de casa ouviu músicas e danças. Chamando um servo, perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe disse: ‘É teu irmão que voltou e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou com saúde’. Então ele ficou com muita raiva e não queria entrar. Seu pai saiu para suplicar-lhe. Ele, porém, respondeu a seu pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho, que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!’ Mas o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois, esse teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!’”.
A dificuldade está em continuar vivendo nessa Região Química do Mundo Físico, estando aqui, aprendendo os milhões de lições que ainda temos a aprender, mas não ser mais desse Mundo (“estar no mundo, mas não ser do mundo”), não o ter como fim da nossa existência, como objetivo da nossa vida a busca da felicidade nesse mundo.
É comum falar de um sofrimento, de uma limitação física ou de uma dura experiência como uma “cruz que se carrega”. Em certo sentido a comparação é exata, principalmente se a aflição foi causada por outra pessoa.
Nesse sentido podemos citar o sofrimento do Cristo pela humanidade, que levou na Cruz todos os pecados, todas as maldades, todo o egoísmo do mundo de então.
Quando Cristo disse que: “tome sua cruz e siga-me” está nos chamando para assumirmos as nossas limitações, as nossas imperfeições. Não é um trabalho suave. Romper com as próprias fraquezas exige um esforço hercúleo. Os apelos do mundo são mais envolventes que o chamamento espiritual.
Está nos dizendo para pararmos de dissimularmos, de utilizar a nossa Personalidade como máscara, achando que estamos enganando a todos, escondendo, dentro de nós, toda a podridão que existe.
A hipocrisia, a avareza, o egoísmo, a mentira, a astúcia, a ignorância são as barreiras que os impedem de caminhar na direção correta.
Preferimos esconder tais vícios achando que ninguém está vendo e que podemos utilizar tais “ferramentas” a nosso bel prazer.
Tomando a nossa cruz estamos dizendo que aceitamos aprender aquilo que planejamos aprender nessa vida; que aceitamos nossas imperfeições – sabendo que tanto aquilo que aceitamos aprender como as nossas imperfeiçoes fomos nós mesmos que escolhemos no Terceiro Céu quando estávamos nos preparando para renascer aqui –; que estamos conscientes que aquilo que agora não temos podemos conseguir no futuro. Afinal, não é dito que: “aquele que compreende a própria ignorância deu o primeiro passo para o conhecimento”?
Outro significado é a indicação do caminho do verdadeiro Aspirante à Vida espiritual. Mostra-nos que, cada um de nós, como um Ego humano (um Espírito Virginal manifestado aqui), está crucificado na matéria, seja Física, Etérica, de Desejos ou Mental. Essa crucificação turva nossa consciência nesses Mundos e como sofremos por não podermos atuar nesses Mundos como queremos. A ilusão imposta por essa crucificação resulta em todos os sofrimentos pelos quais passamos.
Já a inscrição colocada na cruz de Cristo nos indica o Aspirante à vida superior crucificado. INRI, traduzida erroneamente como Iezus Nazarenus Rex Iudeoros, contém um simbolismo muito mais forte do que isso. Representa o ser humano composto, o Pensador, no momento de seu desenvolvimento espiritual, quando começa a se libertar da cruz de seu Corpo Denso.
Senão vejamos:
Assim, o ser humano, Aspirante a vida Superior, no momento que começa a se libertar da cruz desse seu Corpo Denso inicia esse processo:
Por que então tememos tomar a cruz pela qual se caminha ao Reino do Céus?
Que As Rosas Floresçam Em Vossa Cruz
Todos sempre dizemos que temos “uma cruz” para carregar, mas isso é apenas um ditado popular; o que temos são nossas dívidas – contraídas em vidas passadas, devido as nossas transgressões às Leis Divinas e, muitas vezes, a nossa insistência em atrapalhar esse perfeito Esquema de Evolução – que escolhemos pagar nessa vida (quando estamos nos preparativos para esse renascimento no Terceiro Céu e escolhemos dentre os Panoramas que nos são apresentados), nessa grande escola da vida, aqui renascidos nesse Mundo Físico.
Essa “cruz” é exatamente o que podemos suportar. Nunca nos é dado “um fardo maior do que podemos carregar”.
Então, arregacemos as mangas e com toda a disposição, toda vontade, vamos torná-la a menos pesada possível.
Carregue-a sem dureza, inteligentemente, mostrando a superioridade da boa vontade e a elegância do consentimento.
Carregue-a devagar, sem pressa nenhuma, sabendo que nunca lhe será fácil andar assim a dois: você e sua cruz.
Carregue sua cruz, em silêncio, sem espalhar pelos quatro ventos o tamanho do seu peso, a profundidade da sua chaga, a conta exata dos meses e anos, que tem cruz nos ombros.
Carregue sua cruz, sabendo que todos a têm e que a sua nem sempre é a mais pesada, mais dura e duradora.
Carregue sua cruz, elegantemente, sem aumentar a dos outros com a propaganda da sua como se todo mundo tivesse de ser seu Cirineu, outro ofício não tendo na vida, a não ser na sua cruz.
Carregue sua cruz, aceitando o grande ritmo da vida humana, que é o dia a dia, sem implicância com o amanhã, sem aderências com o ontem, firme, fiel, feliz, como o dia que nasce e a fonte que mana.
Carregue sua cruz, lado a lado com seu irmão, carregador de cruz também, sentindo-se bem em pertencer ao mesmo exército de luta.
Carregue sua cruz, indo contra alergias, deitando por terra antipatias surdas, chegando a dialogar com o madeiro carregado.
Carregue sua cruz, crendo que ela vale, que ela promove, descobrindo que só ela vale, na vida: só ela promove os vivos.
Carregue sua cruz, retomando-a, logo que acordam as primeiras barras do dia, antes que o desgosto traga suas alergias.
Carregue sua cruz, tomando parte na imensa procissão dos vivos, no mais idoso cerimonial da mais anciã das liturgias.
Carregue sua cruz, de rosto manso, de alma lisa, de coração inteligentemente alerta, como ofício de base, gesto natural.
Carregue sua cruz, mostrando que deu uma batalha e levantou a palma de uma vitória, uma das que mais importam na vida.
Carregue sua cruz na dificuldade que encontrou, purificando-se no fogo que tocou, pulando o abismo que viu.
Carregue sua cruz, acreditando nas vantagens que lhe trará, certo da promoção que esconde, buscando a lição que contém.
Carregue sua cruz, distraidamente sem passar os dias e as horas, na parada contemplação da dor, que lhe visita a vida.
Carregue sua cruz, como quem leva uma pedra fundamental de construção, finca um pilar de ponte, passa num exame, sobe um degrau.
Carregue sua cruz, de pé, como as árvores, como os faróis da barra, como os montes que peregrinam para cima.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro de 1969-Fraternidade Rosacruz-SP)
Uma vez que o exterior reflete o interior, é nesse último que devemos procurar a causa- raiz de qualquer manifestação no Corpo Denso. Essas causas não são verificáveis por um exame apenas no Corpo Denso, mas podem ser discernidas por alguém capaz de investigar as condições dos Corpos mais sutis. Para saber as causas, encontradas nesses corpos sutis, dos efeitos manifestados no Corpo Denso é preciso possuir poderes espirituais para ler a Memória da Natureza, onde é gravado tudo desde o início dos tempos.
As pesquisas feitas no lado oculto da saúde e da doença fornecem uma luz surpreendente sobre a ciência da cura. Dos inúmeros fatos revelados, alguns podem ser citados, a título ilustrativo. Vejam no Livro Astrodiagnose – Um Guia para a Cura Definitiva vários exemplos.
As linhas da causa alcançam o passado distante e unem as forças de vida de cada uma das nossas palavras e transferem para dentro a substância cristalizada na nossa habitação e ambiente corporais presentes.
Se, portanto, não estamos satisfeitos com a nossa condição presente, faremos bem em lembrar que temos, por nosso próprio pensamento e ação no passado, nos tornado o que somos hoje; e que um pensamento e uma ação mais inteligentes hoje produzirão para nós um futuro melhor.
Nenhuma influência externa é responsável por nossas limitações; ninguém pode influir no nosso progresso em direção à perfeição, se nós não quisermos.
O Espírito interior é o único monitor do destino do ser humano. Nele reside todo o poder. A regeneração da sua natureza e a iluminação do Espírito prosseguem juntos. O pensamento é o grande poder regenerador: “transformai-vos, renovando a vossa Mente“, admoestou São Paulo. E novamente: “glorificai, portanto, a Deus em vosso corpo“. Aqui temos as duas afirmações fundamentais de cura definitiva fornecidas por um dos médicos supremos de todos os tempos.
Para conhecer a saúde contínua e radiante é necessário viver em constante comunhão com a divindade interior. Nessa relação, a liberdade de todos os laços da causalidade passada. Esse foi o ensinamento do Cristo e de todos os iluminados que vieram após Ele, independentemente do tempo, lugar ou credo.
Afinal, sabemos que o ser humano não é um Corpo, mas um espírito interno, um Ego que utiliza o Corpo com crescente facilidade conforme evolui.
E, também, não há dúvida alguma: a lei para o Corpo é a “sobrevivência do mais apto”. Mas, para o Espírito a lei de evolução pede “Sacrifício”.
É claro e manifesto: quando o ser humano se inclina para uma diretriz de conduta mais elevada no trato com os demais, o impulso deve vir de dentro, de uma fonte não idêntica à do Corpo.
Do contrário não lutaria contra este, para fazer prevalecer esse impulso sobre os interesses mais óbvios do Corpo. Além disso, essa força tem que ser mais forte que a do Corpo, para triunfar e sobrepor-se aos desejos, impelindo ao sacrifício em benefício dos fisicamente mais débeis.
Quanto mais forte é a luz, tanto mais profunda é a sombra que projeta. Quanto mais altos os ideais, mais claramente podemos ver nossos defeitos e nossas deficiências e compreendê-los de um modo fraterno, paciente e compassivo.
Enquanto renascidos aqui, é certo que “aprendemos mais com os nossos erros do que com os nossos êxitos”. Devemos, pois contemplar o Mundo Físico através da luz apropriada; considerá-lo uma valiosa escola de experiências, onde aprendemos lições da mais alta importância.
E é por isso que, em certo sentido, o Mundo Físico é uma espécie de Escola-Modelo ou um laboratório experimental, onde se aprende a trabalhar corretamente nos outros Mundos, conheçamos ou não a sua existência, o que prova a grande sabedoria dos criadores do plano.
Se apenas conhecêssemos os Mundos superiores, cometeríamos muitos erros que só se revelariam quando as condições físicas fossem utilizadas como critério.
Lembre-se: o nosso papel neste atual Esquema de Evolução é conquistar e aprender a criar a partir da Região Química do Mundo Físico; ou seja: o baluarte da evolução é aqui!
Que as Rosas floresçam em vossa cruz
Nosso desenvolvimento espiritual, por um bom tempo nesse Esquema de Evolução foi “de fora para dentro”, ou seja: fomos sugeridos, orientados, conduzidos e dirigidos por meios de Leis (resumidas nos Dez Mandamentos), geradoras de sofrimento e punição, se as desobedecessem e de alegria se as obedecessem. Jeová – o Espírito Santo, o Deus de Raça – veio com seus Arcanjos e fez a primeira grande divisão em Raças, tornando influente em cada grupo, como guia, um Espírito de Raça, um Arcanjo, criando as Religiões de Raça (Taoísmo, Budismo, Hinduísmo, Judaísmo, etc.) e suas subsequentes Espírito de Tribo e de Família.
Quem permanece fortemente subjugado à influência do Espírito de Raça ou de Família, sofre a mais terrível depressão quando abandona seu país ou respira o ar de outro Espírito de Raça ou Família.
Depois começou a ser disponibilizamos para nós a direção “de dentro para fora”, ou seja: sublimar as Leis e as utilizar para emancipar o intelecto do desejo e a conquistar o autocontrole. E veio o Cristo e inaugurou o Cristianismo – veja as Bem-aventuranças – a Religião do Filho. E por meio dela que alcançaremos a maior eficiência no nosso desenvolvimento espiritual “de dentro para fora”.
E para refletirmos há dois conjuntos de mandamentos que Cristo nos forneceu. O primeiro que já deveríamos cumprir totalmente e com a plenitude que ele exige. Infelizmente a maioria de nós ainda não consegue, mas se somos Estudantes Rosacruzes é porque queremos conseguir. Trata-se dos Dez Mandamentos que temos na Bíblia:
O segundo conjunto que só faz sentido tentarmos cumpri-lo se conseguimos cumprir os Dez Mandamentos, pois se esses que são mais “sólidos”, óbvios e que lida com nossas emoções, sentimentos e desejos mais inferiores não conseguirmos, que dirá esse segundo conjunto que lida com nossas emoções, sentimentos e desejos superiores. Trata-se das Bem-aventuranças que também temos na Bíblia:
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de Mim”.
****
O caminho do serviço amoroso e desinteressado para com os outros sendo o melhor caminho que nos conduz a Deus.
Reconhecer-se como uma unidade fundamental de cada um com todos, que é a comunhão espiritual, é nos realizar em Deus.
E saber que para atingir essa realização é só nos esforçarmos por esquecer, diariamente, os defeitos dos nossos irmãos e irmãs e servir a divina essência oculta em cada um deles.
Eis exemplos do desenvolvimento de “dentro para fora”.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Esse axioma hermético também é escrito de várias maneiras: “Assim como em cima, é embaixo. Assim como embaixo, é acima.”; “Aquilo que está embaixo é como aquilo que está em cima, aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo.”; “O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.”; “Assim como é em cima, assim é embaixo. Assim como é dentro, assim é fora.”.
Essa é a chave para conseguirmos medir e compreender o que está fora do nosso alcance. Afinal, nada está fora do nosso alcance quando realmente queremos alcançar. Seja em cima, seja em baixo, sempre conseguiremos alcançar quando queremos. E, assim, descobrimos que o gigantesco não passa de um padrão repetido do minúsculo. Afinal, já sabemos que os Planetas orbitam ao redor do Sol, assim como os elétrons orbitam ao redor de seu núcleo.
Por isso que esse axioma revela como podemos entender o microcosmo e o macrocosmo, como podemos entender o invisível e o visível. O fato do nosso veículo Mente estar no seu primeiro estágio de desenvolvimento, chamado de estágio mineral, é que nos faz termos a necessidade de aprender por comparação, por referência. Como exemplo, veja o método utilizado pela ciência material: um cientista só pode chegar a uma conclusão se puder comparar, ter uma referência. Também vemos isso com um músico: só sabe que está afinado quando não está desafinado.
O Mundo, o ser humano é o átomo são regidos pela mesma lei.
Nossa Terra densa está, agora, em seu quarto estágio de solidificação, que é o mais denso que ela pode atingir nesse Esquema de Evolução. O primeiro estágio foi no Período de Saturno; o segundo no Período Solar; o terceiro no Período Lunar e o quarto, agora, no Período Terrestre.
A Mente, o Corpo de Desejos e o Corpo Vital são menos sólidos do que o quarto veículo, o Corpo Denso, já que são formados de materiais mais sutis do que os materiais da Região Química do Mundo Físico, dos quais o Corpo Denso é composto.
O Corpo Vital, o primeiro menos sólido, é composto de materiais da Região Etérica do Mundo Físico. O Corpo de Desejos, o seguinte menos sólido, é composto de materiais do Mundo do Desejo e, finalmente, a Mente, o menos sólidos dos outros três, ainda sendo um veículo – e não um Corpo – é composta de materiais da Região Concreta do Mundo do Pensamento.
No lado esquerdo do Diagrama acima, vemos a parte do Caduceu de Mercúrio que mostra o Esquema de Evolução. A serpente negra do Diagrama 15 indica o caminho cíclico e tortuoso da Involução, e compreende os Período de Saturno, Solar, Lunar e a metade Marciana do Período Terrestre. Durante esse intervalo, a vida, que está evoluindo, construiu seus veículos, mas só adquiriu plena e clara consciência do mundo externo na última parte da Época Atlante.
A serpente branca representa o caminho que seguirá a humanidade através da metade Mercurial do Período Terrestre e dos Períodos de Júpiter, de Vênus e de Vulcano.
Vemos nele que o quarto Período, o Período Terrestre, dividido entre a metade marciana e a mercuriana, é o mais denso de todos os Períodos. E justamente no ponto em que a metade marciana termina e a metade mercuriana começa é o Nadir da Materialidade.
Nos pesos atômicos dos elementos químicos há uma disposição semelhante. O quarto Grupo marca o Nadir da Materialidade. Para vermos isso, conforme demonstrado no lado direito do Diagrama acima, que é o Modelo do “Vis Generatrix” de William Crookes feito em 1898, construído por seu assistente, Gardiner (De: Proc. R. Soc. Lond. 63, 408), veja a figura abaixo.
A escala vertical representa o peso atômico dos elementos de H = 1 a Ur = 239. Os elementos ausentes são representados por um círculo branco. Elementos semelhantes aparecem um embaixo do outro. Com esse modelo, Crookes estava tentando visualizar a relação hipotética entre vários elementos em três dimensões.
Dos 7 Grupos, o Grupo 4 (encabeçado pelo elemento Carbono) é onde encontramos o elemento mais denso, no caso, o Silício.
(Quer saber mais? Faça os Cursos de Filosofia Rosacruz (todos gratuitos) e/ou consulte o Livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel)
Que as rosas floresçam em vossa cruz
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.
Para acessar somente os textos:
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
Informação
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Maio/2021:
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JUNHO – Mês da Atividade
Durante o mês de junho, Cristo torna-se um canal de radiações enviadas pelos Serafins, a Hierarquia de Gêmeos. É lá que o Cristo entra em contato com o Espírito Santo, o terceiro aspecto da Trindade. Uma das notas-chaves de Gêmeos é ATIVIDADE; repare, é também uma das notas chaves do Espírito Santo. Por meio dessa atividade os Serafins transmitem, para baixo, os mistérios do Espírito Santo para o Signo oposto a Gêmeos, qual seja, Sagitário, os Senhores da Mente. Aqui, então, eles aguardam que o ser humano se desenvolva e se ilumine até o ponto onde ele seja capaz de compreender e aplicar os poderes do Espírito Santo em seu cotidiano. No momento, a humanidade só é capaz de absorver fracamente os mistérios relacionados com o princípio e os poderes do terceiro aspecto da Trindade.
O Solstício de Junho ocorre quando o Sol entra em Câncer (em torno de 21 de junho) e, também, está em sintonia com o princípio da fecundidade. É em obediência a este princípio ativo na natureza que as sementes irrompem em um ciclo de manifestação. Luz, liberdade e alegria são qualidades dominantes da temporada do verão. Consequentemente, muitas pessoas, em especial na Europa, observam esta época do ano com música, dança e festividades exuberantes. A liturgia cristã associa este tempo ao festejo de São João Batista, o Precursor (24 de Junho), que antecede e anuncia o Solstício seguinte, o de Dezembro, ou o Natal do Cristo; daí as palavras de São João Batista: “Fui enviado adiante d’Ele” (Jo 3:28) e “Ele há de crescer, e eu diminuir” (Jo 3:30). À medida que o Sol atinge o ponto mais alto de sua ascensão norte (N.T.: o ponto mais alto de ascensão norte é no Solstício de Junho, cerca de 23º 26′ – Norte; a linha imaginária conhecida como Trópico de Câncer), o Cristo também sobe para o Reino Espiritual descrito na Bíblia como o Trono do Pai. Isso é conhecido na terminologia Rosacruz como o Mundo do Espírito Divino, a morada do Deus desse Sistema Solar. Assim, o Espírito de Cristo chega ao Mundo do Espírito Divino, o Trono do Pai, a 21 de junho. E desse ponto Ele começa a sua descida, quando o Sol entra em Câncer. Ou seja, quando a Luz do Mundo, o Sol, entra em Câncer, em junho, o poder criador do último ciclo que deu vida à Terra foi gasto e, para renovar esta vida, que caso contrário se desvaneceria, o Sol precisa descer novamente.
Conceito Rosacruz do Cosmos – O Caminho da Evolução e Revoluções e Noites Cósmicas
A QUESTÃO DE ESCREVER OS “NOMES” DE CONCEITOS DA TERMINOLOGIA ROSACRUZ COMEÇANDO COM A LETRA EM MAIÚSCULO OU EM MINÚSCULO.
A RAZÃO DE SEMPRE COMEÇARMOS COM A LETRA EM MAIÚSCULO:
O que é um globo?
Emprestamos uma palavra da língua portuguesa para falar de termos Rosacruzes. Portanto é importante usar letras maiúsculas em alguns termos. Temos um glossário no nosso site com esses termos e escrevemos com letra maiúsculas.
SEGUINDO esse exemplo, a mesma coisa vale para quaisquer outras palavras em português que “emprestamos” para definir um conceito dos Ensinamentos Rosacruzes:
** Tem dúvida se deve escrever com a primeira letra em maiúsculo ou não? Consulte o Dicionário de Terminologias no nosso site nesse endereço: https://fraternidaderosacruz.com/glossario/ . Não achou lá? Envie um e-mail para fraternidade@fraternidaderosacruz.com que nós inseriremos!
No atual dia de Manifestação, quantos Globos percorremos em cada Período?
O que é um Período?
O que é uma Revolução?
Uma volta completa pelos 7 Globos em 3 Mundos ou de Regiões desses Mundos de diferentes densidades.
Tomando como exemplo o Período Terrestre, vemos que cada Período possui 7 Revoluções
– Sendo que as Revoluções 1 e 7 são mais sutis e a Revolução 4 é a mais densa.
– A 4ª Revolução é onde experimentamos a matéria mais densa do Mundo físico. Nosso Corpo Denso na 4ª Revolução é muito mais sólido que na 1ª Revolução.
Por que o Corpo Denso está ficando mais sútil com o tempo?
Quais são os materiais das Regiões do Pensamento Abstrato e Pensamento Concreto?
Como definimos o Caminho da Evolução?
O que é Noite Cósmica?
É o lugar para onde vamos depois do final de um Período e antes do início do Período seguinte. Assim, ocorre na passagem de um Período para outro, ou seja, entre a 7ª revolução de um Período e a 1ª Revolução do Período seguinte. Uma Noite Cósmica é composta por 5 Globos obscuros:
– Os 2 primeiros Globos é uma recapitulação do que fez ou deixou de fazer no período anterior
– O 3º Globo é considerado o mais importante, pois nele temos o trabalho original
– Os 2 últimos Globos é o preparo para o próximo período
Esse processo é semelhante ao da nossa noite. Temos a Retrospecção do nosso dia, o nosso trabalho como Auxiliar Invisível e a Concentração que é o preparo para o próximo dia.
Conceito Rosacruz do Cosmos – A Obra da Evolução – O Fio de Ariadne
Nesse capítulo estudamos o Mito do Minotauro, que traz a representação do Fio de Ariadne
Simbologia do Mito:
Somos Teseu – humanidade no caminho da Evolução
… caminhando pelo Labirinto do autoconhecimento – enfrentando os obstáculos e as provas
… para matar o Minotauro… nossa natureza inferior, o lado negativo do apego ao material e egoísmo
… com a ajuda de Ariadne… Amor e Pureza, nosso lado feminino e intuitivo
… guiado por seu Fio – intuição– é a essência da razão e com a ajuda das Hierarquias Criadoras ter a consciência do caminho.
… até conseguirmos matar o Minotauro – nos libertando, assim, do ciclo de vidas e mortes.
Estudamos também o Mito da Caverna de Platão:
Mito conta que alguns seres humanos eram acorrentados em uma caverna, e só percebiam as sombras de si mesmos e de todos os objetos reais projetados em uma parede, para a qual as faces deles estavam viradas. Todos os movimentos para eles eram apenas movimentos na superfície, todas as formas eram formadas por contornos sem substancialidade.
Simbologia do Mito:
Conceito Rosacruz do Cosmos – A Obra da Evolução – O Período de Saturno
O que é Caos?
Como era o ambiente no Período de Saturno?
Qual a Hierarquia que realizou o trabalho mais importante no Período de Saturno?
Os Senhores da Chama estavam dentro ou fora dos obscuros Globos do Período de Saturno?
Por que o conceito de Época só existiu na metade da quarta Revolução do Globo D do Período Terrestre?
Na Época de Saturno quantos elementos nós tínhamos?
A crosta Terrestre é formada pela Onda de Vida Mineral. E no Período de Saturno?
Quem eram os atrasados de Período de Saturno?
Os antropoides são atrasados do nosso Período de vida?
Quem eram os pioneiros (adiantados) do Período de Saturno?
Conceito Rosacruz do Cosmos – A Obra da Evolução – Recapitulação
Quais veículos o ser humano deve ao Período de Saturno?
Qual Hierarquia Criadora era a humanidade no Período de Saturno?
Por que se diz que o Mito Grego Saturno devorava os próprios filhos?
Qual foi o primeiro sentido desenvolvido no ser humano?
Qual a diferença entre Noite cósmica e Caos?
O que acontece com o Cosmos na Noite Cósmica?
O que significa Recapitulação?
Ex.: No atual Período Terrestre, já se efetuaram três Revoluções e meia:
Conceito Rosacruz do Cosmos – A Obra da Evolução – O Período Solar
Quais as diferenças das condições do Período Solar em relação ao Período de Saturno?
No Período Solar quantos elementos nós tínhamos?
Tínhamos dois; o Fogo e o Ar.
Como nós seres humanos estávamos naquele Período?
Nós passamos pela nossa existência “parecida com a Onda de Vida Vegetal atual” e tínhamos a consciência que hoje nomeamos de sono sem sonhos.
No Período Solar houve uma mudança na densidade dos Mundos. Como acontece essa mudança de densidade dos Mundos?
Quando não tem mais ninguém vivendo num Globo daquele Período, esse Globo começa a se desintegrar e a se preparar para um próximo Período. E como estamos num processo de Involução, esse Globo vai estar agora num Mundo (ou em uma Região desse Mundo) mais denso.
Qual a Hierarquia que realizou o trabalho mais importante no Período Solar?
Foram os Senhores da Sabedoria; que irradiaram de si mesmos o germe do Corpo Vital, ajudaram a reconstruir o Corpo Denso e as glândulas endócrinas, e o canal alimentício começou germinalmente.
O que são Glândulas Endócrinas?
As Glândulas Endócrinas podem ser chamadas de as sete rosas na cruz do Corpo Vital, e estão intimamente ligadas com o desenvolvimento oculto da humanidade:
As Glândulas Endócrinas podem ser chamadas de as sete rosas na cruz do Corpo Vital, e estão intimamente ligadas com o desenvolvimento oculto da humanidade:
O que é o tubo digestivo?
É composto de uma série de órgãos interligados, formando um único tubo que se estende da boca até o ânus.
Transforma os alimentos digeridos em elementos importantes para o metabolismo.
Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Maio:
Como ficou a situação das duas Ondas de Vida, que começaram a sua evolução nesse atual Esquema de Evolução, no final do Período Solar?
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que quando morremos (quando se rompe o Cordão Prateado), deixamos o nosso Corpo Denso e Vital definitivamente. Entramos no Mundo do Desejo com os Átomos-sementes dos Corpos Vital e Denso, além do Corpo de Desejos e da Mente.
Vamos para um lugar que ocupa as três Regiões Inferiores do Mundo do Desejo, conhecida como Purgatório.
A missão do Purgatório é erradicar os hábitos prejudiciais, tornando impossível sua gratificação.
Sofremos exatamente o que fizemos sofrer aos outros, com nossa desonestidade, crueldade, intolerância, ou, o que for Que tenhamos feito de ruim.
Em virtude desse sofrimento aprendemos a agir honesta, gentil e pacientemente com os demais no futuro.
Assim, em razão da existência desse estado benéfico, aprendemos a virtude e a reta ação.
Quando renascemos estamos livre de maus hábitos, ou pelo menos as más ações que venhamos a cometer serão frutos de nossa livre vontade.
A tendência a repetir o mal das vidas passadas subsiste, mas devemos aprender a agir com retidão, conscientemente, e por vontade própria.
Tais tendências tentam-nos eventualmente, proporcionando-nos oportunidades de autodomínio e de inclinação para a virtude e a compaixão, opondo-nos à crueldade e aos vícios.
Mas para indicar a ação reta e ajudar-nos a resistir às ciladas e artimanhas da tentação, temos o sentimento, resultante da purificação dos maus hábitos e da expiação dos maus atos cometidos nas vidas passadas.
Se ouvimos e atendemos sua voz e evitamos o mal que nos incita, a tentação cessa. Então nos libertamos dela para sempre.
Se caímos, experimentamos um sofrimento mais agudo do que o anterior, porque o destino do transgressor é muito duro até que aprenda a viver pela “regra de ouro”.
Mesmo assim não temos ainda chegado ao fim.
Fazer o bem aos demais esperando que eles nos retribuam é essencialmente egoísta.
No devido tempo aprenderemos a fazer o bem sem considerar como estamos sendo tratados pelos outros.
Como disse Cristo “devemos amar até os nossos inimigos”.
Estrela Mística Oculta
Na Astrologia Rosacruz aprendemos que o horóscopo apenas mostra tendências, não pode compelir obediência.
Se você pegar esferas de mesmo tamanho e agrupá-las em volta de você, perceberá que são necessárias doze esferas para esconder, completamente, uma décima-terceira, que ficará oculta, embora esteja lá, como uma esfera central que as outras doze encobrem.
Portanto, há um décimo-terceiro fator, uma estrela mística oculta que é muito mais importante do que todos os doze Signos do Zodíaco, e os Astros na composição do destino humano.
Este fator oculto é a vontade humana. Sempre que juntamos força suficiente, todos os outros agentes devem abrir caminho, e o horóscopo é valioso, além das palavras, pois mostra onde as forças opostas, dentro de nós, estão arraigadas para que possamos nos fortalecer nestes pontos particulares e torná-los fortalezas inexpugnáveis de virtude invulnerável para vencer as investidas da tentação e do vício.
Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes
DEUS NÃO EXISTE?
NÃO. DEUS É.
Assim nos diz Max Heindel no Conceito Rosacruz do Cosmos, Santo Agostinho, São João, São Paulo, São Francisco de Assis, Davi com seus maravilhosos Salmos, no Ritual da Fraternidade Rosacruz: Ritual do Serviço do Templo, onde diz “Deus é Luz”, se andamos na Luz como Ele na Luz está, seremos fraternais uns com os outros, Deus é amor, se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós e em nós é perfeito Seu amor, e tantas passagens na Bíblia e tantos outros estudiosos, mundo afora.
Muitos cientistas, ateístas, materialistas, (um exemplo temos o Biólogo inglês Richard Dawkins, cientista, líder de várias campanhas ateístas) adorariam dizer que pode provar que Deus não existe.
São João disse em seu Evangelho:
“No princípio era o VERBO, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Tudo foi feito por Ele; e nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele.
Nele estava a Vida, e a Vida era a Lua dos homens.
A Luz resplandece nas trevas, e contra Ela as trevas não prevaleceram…
O VERBO se fez carne e habitou em nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua Glória,
Glória como no Unigênito do PAI.”
Deus está em tudo, se manifesta em tudo, basta olharmos com os olhos da fé para contemplá-lo; a Natureza é o Deus Invisível.
DEUS é o grande Arquiteto do Universo, é o Criador do nosso Sistema Solar (o Seu Reino), criou Sete Mundos (no Sétimo Plano Cósmico), de diferentes densidades, a saber:
DEUS é um Ser onipotente, onipresente e onisciente.
Na Bíblia, em Gênesis – A Criação, vemos:
Deus criou o Céu, com 02 luzeiros no firmamento para separar o dia e a noite, um grande para governar o dia, e um menor para governar a noite e as estrelas.
Criou a Terra e seres para nela habitar. Criou com ervas que dão sementes e árvores com frutos.
Criou os mares e seres vivos com serpentes do mar, e todos os seres vivos que rastejam e fervilham nas águas, segundo a sua espécie.
Criou as aves segundo a sua espécie.
Abençoou-os e disse para serem fecundos e se multiplicarem.
Deus disse: “que a Terra produza seres vivos, animais domésticos, répteis e feras segundo a sua espécie”.
Deus criou também o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, e disse: “sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.
Santo Agostinho diz a respeito de DEUS:
Nem poderia jamais ter existido, pelo menos do ponto de vista linguístico.
Existir vem do verbo latino ex-istere e significa “sair de”, manifestar-se, tomando um sentido de “vir a ser”. Existir, portanto não pode ser uma característica do Deus Monoteísta. Ele jamais poderia ter vindo a ser em um determinado momento, porque, nesse caso, não seria Eterno.
Isso ocorre quando Ele se manifesta, vem a ser, dentro do próprio indivíduo que Nele crê.
Os Salmos, riquezas religiosas, quando o próprio Deus inspirou os sentimentos que seus filhos devem ter a Seu respeito, e as palavras que devem servir-se ao se dirigirem a Ele (Bíblia de Jerusalém página 947). São 150 lindos Salmos.
David disse: (Livro: Ensinamentos de um Iniciado, página 142):
“Se eu subir ao Céu, Tu estarás lá.
Se eu fizer minha cama no inferno, Tu estarás lá.
Tua mão direita me guiará e me sustentará”.
“Quando considero Teus Céus, o trabalho de Teus dedos, a Lua e as estrelas que ordenaste,
O que é para Ti o homem que Tu cuidas tanto, e o filho do homem para que Tu o visitaste?
Pois Tu o fizeste um pouco mais baixo do que os Anjos, e o coroaste de glória e honra.
Tu o fizeste para que dominasse as obras de Tuas mãos, Tu puseste todas as coisas sob seus pés”.
São Pedro também afirma que
“Cristo é o Filho do Deus vivo”, quando Cristo pergunta: Quem tu achas que Eu sou?
A ORAÇÃO ROSACRUZ, tida como a “Prece Ideal”, que Max Heindel retirou do “London Light”, mostra a confiança em Deus, e que Deus É:
Não te pedimos mais luz ó Deus,
Senão olhos para ver a luz que já existe;
Não te pedimos canções mais doces,
Senão ouvidos para ouvir as presentes melodias;
Não te pedimos mais força,
Senão o modo de usar o poder que já possuímos;
Não mais Amor, senão habilidade
Para transformar a cólera em ternura;
Não mais alegria, senão como sentir
Mais próxima essa inefável presença,
Para dar aos outros tudo o que já temos
De entusiasmo e de coragem.
Não te pedimos mais dons, amado Deus,
Mas apenas senso para perceber
E melhor usar os dons preciosos
Que já recebemos de Ti.
Faze que dominemos todos os temores,
Que conheçamos todas as santas alegrias,
Para que sejamos os Amigos que desejamos ser,
Para transmitir a verdade que conhecemos;
Para que amemos a pureza,
Para que busquemos o bem,
E, com todo o nosso poder, possamos elevar
Todas as Almas, a fim de que vivam em
Harmonia e na Luz de uma Perfeita Liberdade.
CRISTO sempre mandou que crêssemos, que acreditássemos ser Ele o Filho de Deus
(o Pai, o mais alto Iniciado do Período de Saturno).
Não mandou que procurássemos a Deus com nossos olhos físicos (embora Deus
esteja em tudo e em todos).
Tanto Ele é o Filho de Deus que nos deixou a única, linda e mais completa Oração; a “Oração do Pai Nosso” – A Oração do Senhor– (Nesta oração estão contidas 07 orações; sendo três grupos de duas orações e uma súplica simples (Veja no Conceito Rosacruz do Cosmos, Diagrama 16):
PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU:
Perdoamos aos nossos devedores.
Porque Vosso é o Reino, o Poder e a Glória
Para sempre, AMÉM.
São Francisco com sua linda Fé, também nos deixou uma maravilhosa Oração:
SENHOR!
Fazei-me instrumento de Vossa Paz:
Onde haja ódio que eu possa semear Amor;
Onde haja injúria, Perdão;
Onde haja dúvida, Fé;
Onde haja desalento, Esperança;
Onde haja sombra, Luz;
Onde haja tristeza, Alegria;
Onde haja discórdia, União.
Divino Mestre!
Fazei que eu não procure ser consolado, mas consolar;
Que eu não procure ser compreendido, mas compreender;
Que eu não procure ser amado, mas Amar.
Porque é dando que recebemos; é perdoando que Vós nos perdoais;
E é morrendo em Vós Senhor, que nascemos para a Vida Eterna!
Todas as ondas de vida, sem exceção, são manifestações de DEUS, e esse fato fornece a verdadeira base da Fraternidade, uma Fraternidade que inclui tudo, desde o átomo até o Sol, porque todos são emanações de Deus.
Deus é a fonte de nossa existência, daí também dizermos: “de Deus viemos e para Deus voltaremos”, como bem disse Santo Agostinho.
O Sistema Solar é o Reino de Deus, onde tudo vive, se move e tem o Seu Ser em Deus, pois todo Sistema Solar pode ser considerado o Corpo de Deus, e os Planetas como se fossem os órgãos do Seu corpo, animados por Sua Vida, movendo-se por Sua Força, e de acordo com a Sua Vontade. Nada é separado; o que parece tão distante está mais perto ou mais visível do que imaginamos.
Deus é tão perfeito que está em nós e nós Nele.
Não busquemos um Deus visível aos nossos olhos, todos sabemos a Natureza é o Deus invisível.
Deus é o criador de tudo o que existe aqui: Esquema, Caminho e Obra de Evolução. Ele é o Arquiteto do nosso Sistema Solar; é um Grande Ser Coletivo, composto de muitas Hierarquias Criadoras, ou seja, de Seres Criadores, seres bissexuais.
Deus criou ondas de vida, das quais uma delas estamos diretamente envolvidos; a Onda de Vida Humana, para aqui evoluírem (Onda de Vida Humana, Animal, Vegetal e Mineral), desde a completa inconsciência até a onisciência (exatamente como Ele assim o É).
Ouvimos sempre e, também, repetimos, quando se tem fé, que “em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso Ser”, em virtude de fazermos parte da Sua Criação.
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes:
Resposta: jamais uma pessoa “será ‘destinada’ a ser prostituta”. Se o é, é porque caiu na tentação, mais uma vez!
O que acontece é que em vidas anteriores a pessoa usou e abusou da força criadora sexual. Quando das passagens pelo Purgatório, purgou esse mal e por vidas e por meio de sofrimento foi resgatando a transgressão da má utilização da força sexual criadora (pertencente ao Espírito Santo, o pecado que não pode ser expiado, mas sim pago pelo sofrimento). Entretanto, a fim de “provar para si mesmo” sempre veio a tentação com várias oportunidades apresentadas para ceder e voltar a usar e abusar daquela força. Se aguenta, resiste e não cai, aos poucos, vai pagando a sua dívida, assimilando o ensinamento de que o “caminho do transgressor é duro e de intenso sofrimento”. Se cai, dá um passo para trás e, de novo, quando morre, purga no Purgatório e terá próximas vidas com sofrimento, restrição e provas. E é sempre assim: próxima vida cheio de sofrimentos, restrições (lembrando que nesse caso é sempre relacionado com funcionamento de onde se utiliza da força sexual criadora: cérebro, garganta, voz, órgãos genitais, aparelho reprodutor, esterilidade, debilidade mental) e mais tentações (provas). Até aprender. Aí: “lição aprendida, ensino suspenso”. Sempre!
Resposta: Depende do “tipo de oração” que fazemos. Se fazemos para “pedir saúde”, “pedir sucesso”, “pedir dinheiro”, “pedir juízo”, “pedir que consiga algo”, “pedir luz”, “pedir que se case”, “pedir um carro novo”, “pedir uma casa própria”, “pedir que entre na faculdade”, “pedir que passe na prova da escola” e coisas desse tipo, e parando a oração por aí não estamos fortalecendo o Corpo Vital da pessoa e sim fazendo coro com o seu Corpo de Desejos que nem sempre é algo que realmente será bom para a pessoa (afinal como ficam as provas que ela tem que passar; como fica a Lei de Consequência ou Lei de Causa e Efeito aqui?, se não sabemos qual a Causa que pode levar a pessoa a não ter “o sucesso na empreitada” que ela deseja ter, devido a erros em vidas passadas; como fica se ela se esforçou de fato e sinceramente para tal objetivo, gerando Efeitos suficientes para que o mérito a faça alcançar o objetivo?). Assim, como nada disso sabemos, de fato e completamente – não utilizando somente os nossos 5 sentidos – então, o melhor a fazer é: depois de pedirmos a Deus tudo aquilo (e, sim, podemos pedir, pois nosso Criador é infinitamente bom e misericordioso) terminemos a nossa oração com: “seja feita a Vossa vontade e não a minha”, sempre. E se o irmão ou irmã não alcançar o objetivo pedido por nós, tenhamos certeza de que foi “feita a vontade de Deus”, e era a melhor coisa que podia acontecer com o irmão ou irmã para quem oramos. Contudo e acima de tudo, se o irmão ou irmã se dedicar sinceramente ao desenvolvimento da sua parte espiritual, com toda certeza, tudo que ele precisar para viver em plenitude aqui, ele terá, com ou sem a nossa “oração pessoal”. Afinal o “buscar o Reino de Deus e Sua justiça e o resto vos será dado por acréscimo” nunca é somente uma frase bonita, de retórica. É um mandamento, um axioma hermético para colocarmos em prática.
Resposta: No século XIII um elevado instrutor espiritual, usando o simbólico nome Christian Rosenkreuz – Cristão Rosacruz – apareceu na Europa para iniciar o trabalho de espiritualizar a Ciência e tornar científica a Religião. Fundou a misteriosa Ordem dos Rosacruzes objetivando lançar uma luz oculta sobre a mal-entendida Religião Cristã, e para explicar o mistério da Vida e do Ser do ponto de vista científico, em harmonia com a Religião.
O Conde de Saint Germain (uma das últimas encarnações de Christian Rosenkreuz, o fundador da nossa sagrada Ordem Rosacruz) que falava os idiomas. Todos aqueles, a quem dirigia a palavra, acreditavam que ele fosse de sua própria nacionalidade. Ele, também realizou a união com o Espírito Santo.
Assim, seu nascimento como Christian Rosenkreuz marcou o princípio de uma nova era na vida espiritual do mundo ocidental.
Esse Ego excepcional tem estado, desde então, em contínuas existências físicas, num ou noutro dos países europeus.
Toda vez que seus sucessivos veículos perdem sua utilidade, ou as circunstâncias tornam necessária uma mudança de campo em suas atividades, toma um novo corpo.
Ainda mais, hoje em dia está encarnado. É um Iniciado de grau superior, ativo e potente fator em todos os assuntos do Ocidente, se bem que desconhecido para o mundo.
Resposta: Nada ocorre por acaso. Tudo é questão de tendência, possibilidade, probabilidade. Agora, o livre arbítrio de cada um de nós é que atua como potencializador para transformar essas possibilidades em fatos e atos. Sobre o sexo: isso depende exclusivamente do que o Ego que renascerá escolheu lá no Terceiro Céu. “Sobre relação sexual que não tenha sido planejada pelos Senhores do Destino: existe sexo casual”: existe sim e de monte! Essa é a principal causa do gasto da força criadora sexual por um ser humano: gratificação dos sentidos. Foi o que nos levou à “Queda”, é a causa de todas as doenças consultivas e é o pecado que não conseguimos utilizar a doutrina do Perdão dos Pecados para expiar. Agora…se a relação sexual será fecunda ou não, aí é com os Anjos do Destino. São eles e, atualmente, somente eles, que determinam se a relação sexual resultará em uma gravidez ou não.
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o Serviço de Cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da Cura.
Datas de Cura:
Junho: 04, 12, 19, 25
O Senhor o susterá em seu leito de enfermidade,
e da doença o restaurará. – Salmos 41:3