Nas épocas pré-cristãs, os mais aptos receberam grandes ensinamentos por meio das Iniciações de então. Grandes templos foram erguidos, nos quais celebravam-se os rituais Iniciáticos. As ruínas encontradas nas margens do Nilo revelam as características de um momento nesse Esquema de Evolução em que as Iniciações se processavam aqui na Região Química do Mundo Físico.
Com o advento do Cristianismo, surgiu uma nova fórmula de Iniciações. Durante os três primeiros séculos “depois de Cristo”, a Religião Cristã foi a guardiã das Iniciações ocidentais. S. Paulo, na Primeira Epístola aos Coríntios, diz: “Leite vos dei a beber; não vos dei alimento sólido porque ainda não o podereis suportar” (ICor 3:2). Tendo o mundo submergido cada vez mais no materialismo, tais ensinamentos foram sendo relegados ao esquecimento. Os Templos para Iniciações, porém, ainda subsistem na Região Etérica do Mundo Físico.
Cada grande Religião tem o seu Templo, sendo por ele inspirada e dirigida em seu serviço. A Bíblia indica o lugar onde se encontra o Templo Místico de nossa época, quando faz referência à Nova Jerusalém.
A quadrangular cidade de Ezequiel e a das revelações são descrições dos Templos da Nova Época, como também dos corpos sublimados das pessoas pioneiras que neles servirá.
Ezequiel viu uma cidade formada de essência sublimada dos Elementos: Fogo, Ar, Água e Terra. Essa cidade tem doze portões de entrada, sendo três de cada lado.
Cada um identifica-se com um dos Signos do Zodíaco. Conjuntamente simbolizam o Corpo-Alma, o qual nos habilitará ao encontro com Cristo nas nuvens da Cidade Santa. São as doze rosas na Cruz da Humanidade, cujo desabrochar será realidade naquele glorioso porvir.
Em redor dessa cidade não há fortificações ou armamentos, pois não existirão contendas. Será habitada por uma Humanidade renovada. A Nova Cidade será construída da essência sublimada dos quatro Elementos. Tem a mística medida de 144 côvados (1 + 4 + 4 = 9, o número da Humanidade). São doze portões guardados por doze Anjos. Nesses portões acham-se inscritos os nomes das doze “tribos de Israel”, simbolizando o elevado impulso das doze Hierarquias Criadoras.
Os doze fundamentos ou essências dessa cidade têm os nomes dos doze Apóstolos de Cristo. Simbolizam o “o ser humano integral”.
(Traduzido por F. P. Preuss da Revista Das Rosenkreuz e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – março/1973 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Compreenda aqui a significância esotérica dessa frase mística: “Eu vim através do erro e por meio do sofrimento; vim através de muitos fracassos e por meio de incontáveis angústias”. E como obter um tipo de água vivificante com a qual é capaz de saciar a sede espiritual de muitas pessoas. Compreenda, também, como desenvolver uma profunda piedade e um profundo amor de modo a chegar até a sentir o palpitar do coração da Humanidade.
Descubra aqui como, normalmente, as almas fortes são dotadas de grande energia e impulso e porque é justamente por meio dessas mesmas forças, com dispêndio de muito esforço tais almas fortes chegam às primeiras fileiras, embora muitas vezes sofram muito. E qual é a causa do resultado disso elas sentirem imensa compaixão pelos outros.
Quer saber mais sobre isso? É só acessar aqui: As Coletâneas Selecionadas por um Místico
Para a razão humana é loucura tudo o que escapa a seu controle. Ela não pode admitir que os corpos siderais, aos quais demos o nome de “deuses imaginários”, possam exercer sobre nós uma influência de acordo com o caráter atribuído a ditos deuses.
Concordemos: os astrólogos divagam, mas fazem-no em boa companhia, se é que consideramos insensato admitir o irracional. É lógico que um pinto, que só pode viver respirando, desenvolva-se inteiramente dentro de um ovo, onde deveria sufocar-se, antes de quebrar a casca? A natureza contradiz a razão nesta circunstância, como em muitas outras.
A natureza é maga e nos abandona no meio da nossa incompreensão. O que nós comprovamos impõe-se, apesar de todos os absurdos, contra os quais se rebela nossa apreciação teórica. Desde os tempos antigos, a Astrologia era ridicularizada: pareceu definitivamente condenada no século XIX, devido à ilógica evidência dos seus fundamentos. Mas espíritos positivos tiveram a curiosidade de comprovar os resultados de sua prática. Traçaram horóscopos de nascimento, rigorosamente exatos sob o ponto de vista astronômico, e tiveram a surpresa de reconhecer sua concordância com o caráter, as disposições e as grandes linhas de vida do indivíduo. Renunciando a discutir a filosofia da Astrologia, deram crédito à tradição e só tiveram que felicitar-se por isso.
Os resultados falam. Demonstram que o imaginário não é forçosamente ilusório. A imaginação humana não se exerce no vazio: é criadora de imagens que ganham vida a seu modo. Imaginando com persistência que os Astros exercem influência sobre nós, determinamos, alimentamos e fortificamos essa influência, que age no terreno imaginativo ou psíquico. A crença na Astrologia é geradora de correntes com as quais é conveniente contar. É preciso não ter nenhuma perspicácia para negar a influência das crenças, sejam elas quais forem, bem como a força das imagens fictícias que conseguimos fazer aceitar pela imaginação. Não é isso que fazem os demagogos religiosos ou políticos?
É desconcertante que os corpos celestes da Astronomia possam converter-se em espelhos que nos devolvam o que sobre eles imaginamos. Não obstante, é necessário que seja assim para que o horóscopo corresponda à realidade humana, à qual se aplicam os símbolos astrológicos.
Somos aparentemente indiferentes à natureza que nos rodeia e, com mais razão, às estrelas longínquas que gravitam longe de nós. Mas, se nos pomos imaginativamente em contato com elas, que se passará? Criaremos um vínculo imaginário, claro está, mas eficaz a nosso respeito.
A Astrologia propõe um enigma formidável, de ordem mágico-psicológico. Isto assegura seu porvir e justifica seu inesperado renascimento.
Estudemos a Astrologia Rosacruz sem tomar partido, com um ceticismo de boa índole, e não confundidos por um excesso de entusiasmo. Não queiramos pedir-lhe mais do que ela razoavelmente pode dar-nos. Deixemos o futuro e sondemos os mistérios do presente. Interroguemos o horóscopo acerca de tendências inatas, das disposições e particularidades do caráter do indivíduo: mesmo que a Astrologia não pudesse revelar-nos outra coisa, só isso bastaria para que fosse estudada profundamente sob o ponto de vista do conhecimento do ser humano.
Como podem corresponder os símbolos astrológicos às realidades de ordem humana? Mistério! O certo é que o horóscopo ajuda a resolver o enigma da Personalidade humana, com sua complexidade, pela combinação dos Signos Zodiacais, das Casas e dos Astros (Sol, Lua e Planetas). Um indivíduo se comporta de maneira desconcertante, ilógica, contraditória, sua psicologia se extravia e ninguém sabe como julgá-lo. Levantemos seu horóscopo natal: tudo se explica!
Aplicada às relações humanas, a Astrologia Rosacruz é preciosa: mostra os erros que devemos evitar e revela as cordas sensíveis que convém fazer vibrar, auxiliando-nos a não converter as doenças latentes em ativas! Ajudando a compreender os outros, prega indiretamente a indulgência dentro das exigências, assinalando os recursos individuais ocultos e, com isso, ajudamos na Cura Rosacruz.
O exame de um horóscopo (tema astrológico) permite esclarecer os pais sobre a orientação que devem dar à educação dos seus filhos, bem como a ajudá-los a não converter suas doenças latentes em ativas. Os símbolos falam, enquanto o indivíduo ignora.
Fazendo abstração das aplicações práticas, a Astrologia merece sobreviver em razão da filosofia que se depreende do seu simbolismo.
Assim devem pensar que veem na Astrologia Rosacruz apenas o lado científico; mas, é preciso não nos esquecermos que toda verdade científica repousa em fatos ocultos que o místico — aquele que deixa falar o coração — vê antes que a ciência o descubra e comprove.
Dessa forma, nós que nos dizemos Estudantes Rosacruzes, que pretendemos assimilar os conhecimentos que nos fornece a sublime Filosofia Rosacruz, não podemos, de nenhuma forma, menosprezar a Astrologia Rosacruz como ciência nem como uma fase da Religião. Procuremos estudá-la conscienciosamente e veremos que o primeiro astrólogo com que deparamos é o Ser que nós designamos com o nome de Deus, pois, quando Deus sente vontade de criar, isola-se a Si mesmo em uma porção limitada de espaço e dá nascimento a um Sistema Solar! Eis aí, Amigos meus, a origem da Astrologia: é a própria Divindade.
Saibamos, pois, apreciar uma herança que remonta ao princípio da Criação. Estudemo-la com o piedoso respeito que lhe devemos.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de maio/1978-Fraternidade Rosacruz-SP)
De fato: não precisamos de uma nova Religião nem de uma nova Filosofia. Precisamos, isto sim, é de RE-ligião, de FILO-sofia, quer dizer, necessitamos buscar, dentro de nós, o nosso Deus, o Cristo Interno, com Quem devemos Re-atar, conscientemente, as relações. Uma vez que o encontremos e o ouçamos, seremos FILÓ-sofo, amigo da sabedoria. Essa é a verdadeira sabedoria, perfeitamente individualizada às nossas necessidades. Ninguém melhor do que nosso Verdadeiro Eu para compreender-nos e intuir-nos a melhor forma de viver.
É útil o estudo dos Evangelhos se pudermos pôr de lado as formas convencionais de interpretação e se pudermos neutralizar as induções materialistas dos nossos sentidos. Para isso, basta que leiamos e meditemos calmamente ficando, depois, em silêncio, para que a Deidade interna nos instrua. Mas, precisamos de calma e de concentração. O nervosismo e a preocupação movimentam o nosso Corpo de Desejos e comprometem a recepção mental. Se estivermos preocupados ou nervosos, respiremos profunda e calmamente e peçamos que o Cristo se levante do fundo da barca do nosso corpo-templo e, estendendo Seus poderosos braços, acalme as ondas das emoções e os ventos dos pensamentos errantes. De toda maneira, o acalmar e concentrar são preâmbulos indispensáveis ao contato com o Cristo. Pode suceder, também, que hajamos estado a conversar frivolidades e ouvindo até coisas maliciosas. Limpemos a Mente e as emoções. Isso representa tirar as sandálias, para pisar um solo santo, de encontro com o Senhor. Aí podemos ler, meditar e silenciar, pedindo ao Cristo que nos instrua.
Realmente, os Evangelhos continuam sendo atualíssimos, continuam a desafiar-nos que os vivamos, para sermos realmente felizes. Quando tivermos atingido esse ponto, aí sim, virão ensinamentos mais altos; será quando o Cristo entregar seu Reino ao Pai, a fim de que recebamos d’Ele orientação mais elevada. Mas, quem chegou a esse ponto? Os sofrimentos internos e sociais, as guerras, as doenças, são macabros atestados de como projetamos, de dentro de nós, as sombras de nossas discórdias às Leis da Natureza.
A Filosofia Rosacruz apareceu, no começo deste século, para orientar, pela razão, os Egos ocidentais que não aceitam o Cristo simplesmente pela fé. É uma Filosofia de ação Cristã, racional, atualizadíssima, que vai preparar a humanidade para uma forma de Religião mais alta, o Cristianismo Esotérico, para a próxima Era de Aquário. Ela pode servir-nos de segura orientação, porque os Irmãos Maiores que a estruturaram são Elevados Iniciados que já passaram pelas nove Iniciações Menores e pelas quatro Iniciações Maiores ou Cristãs.
Precursores que já foram até o fim do caminho desse Esquema de Evolução e pensando naqueles que ficaram para trás, amorosamente voltaram para ajudá-los, prevenindo-os da melhor forma para vencer os obstáculos da jornada. Eles podem olhar lá de cima do grande monte e vislumbrar claramente os caminhos que levam ao cume. Daí Eles serem muito tolerantes com todas as formas religiosas e filosóficas que se criaram para ajudar a humanidade. No entanto, eles indicam um caminho mais curto, um caminho do MEIO, para os que tenham coragem de vencer a si mesmos e de renunciar ao ilusório, como o “atleta que fica com o mínimo de roupas, para melhor vencer a corrida”.
A Fraternidade Rosacruz não é uma nova filosofia. É Sabedoria antiquíssima que surge para a NOVA criatura. À medida que nos renovamos, nos aparecem meios mais elevados de orientação. Simplesmente isso! A Sabedoria nada tem de nova. O método sim é adequado às necessidades internas do povo a quem se dirige. Eis a razão de ser da Fraternidade Rosacruz, que busca livrar o Aspirante das ilusões e miragens do Caminho no deserto, mostrando-lhe, seguramente, as vias de chegar à Terra Prometida, dentro dele mesmo.
Ela não manda “matar os desejos” nem se sentar em meditação ou fazer longos retiros e jejuns, negligenciando os deveres familiares e fugindo aos desafios da vida social. Não! Dá condições de nós, Aspirante à vida superior, haurirmos o alimento anímico no próprio ambiente em que vivemos e lutamos e, nos momentos que nos sobram, buscar a Deus, estudar as verdades espirituais que foram mantidas pela Ordem Rosacruz, livres da conspurcação materialista, de modo que estabeleça no íntimo um Templo. Se nós, Estudantes Rosacruzes, recebemos a oportunidade desse contato com a Fraternidade Rosacruz e a aproveitamos, consideramos isso uma graça de Deus. Mas, se nós temos a oportunidade e não reconhecemos nada de superior nos ensinamentos da Fraternidade Rosacruz e não sentimos vibrar o íntimo à Mensagem dela, é porque não chegou a nossa hora. Ainda estamos verdes; ainda precisamos de “viver e sofrer” até que “encontremos” tempo para o cultivo da Alma, por julgar que isso é a coisa mais importante do mundo.
Então podemos começar a escalada. Aí compreendemos o que é “AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO”.
Compreendem isso, meu Amigo e minha Amiga?
(por Gilberto A V Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz de julho/1972-Fraternidade Rosacruz-SP)
Resposta: Na realidade, Ele não foi chamado assim; Ele chamou a Si mesmo assim “Quem dizem os homens que Eu sou o Filho do Homem?”[1]. Ele foi chamado de “Filho do Homem” por Ele possuir um corpo humano, mas há nisso uma referência oculta ao Signo de Aquário, no qual explicaremos à frente. Então, o “Filho do Homem” retornará. Houve um tempo em que a humanidade adorou o Touro, quando o Sol, por Precessão de Equinócios, passava pelo Signo do Touro[2]. Todo ano, o Sol dirige-se para o norte e, em torno de 21 de março ele atinge o Equador. Isso é o que chamamos o primeiro grau do Signo de Áries. Em seguida, ele percorre todo o círculo e, em torno de 21 de março seguinte atinge novamente o Equador, mas chega um pouco antes – ele precede. No Equinócio de Março, quando o Sol passa pelo Equador, chegará um pouco antes ao primeiro grau de Áries do ano anterior, e assim, por Precessão dos Equinócios, o Sol percorre todos os Signos. Quando ele atravessou o Signo do Touro, como foi mencionado, os povos adoravam o Touro. Em seguida, ele passou pelo Signo de Áries, e adorar o “bezerro de ouro” tornou-se um pecado mortal. Deus convocou o Seu povo: “Saiam do Egito. Não adoreis mais o Touro, mas pelo sangue do Cordeiro tereis a vossa Páscoa”[3]. Por essa razão, a verga e as ombreiras das portas foram aspergidas com o sangue do cordeiro e eles foram salvos pelo sangue do Cordeiro.
Então, Cristo nasceu, e Ele disse àqueles que queria como Seus Discípulos: “Afastai-vos do lugar onde se adora o cordeiro.”. (…) “Eu vou tornar-vos pescadores de homens”[4]. Ele, então, preparou para essa Era, quando o Sol está transitando pelo Signo de Peixes, nesses últimos 2000 e poucos anos. No decorrer desses 2.000 e poucos anos muitos de nós comem peixe às sextas-feiras, durante a estação da Quaresma, etc. Logo após a morte de Cristo, houve uma grande controvérsia: deveria Ele ser representado pelo símbolo de um cordeiro ou de um peixe? É por essa razão que os bispos usam uma mitra em forma de cabeça de peixe. O Salvador é assim indicado pelo Signo que o Sol percorre por Precessão dos Equinócios. Agora, ele está se aproximando da cúspide do Signo de Aquário, o grande Signo intelectual. Deixará, brevemente, o Signo da devoção, Peixes, onde as pessoas tem vivido uma fé cega. Nós estamos nos aproximando de Aquário e já começamos a sentir a sua influência, o grande Signo intelectual do “Filho do Homem”. Se estudarmos a nossa Bíblia corretamente e sem opiniões preconcebidas, verificaremos que o primeiro milagre de Cristo Jesus foi a transformação de água em vinho, nas bodas de Caná[5]. Não obstante, ao chegar ao término do Seu ministério, Ele revogou a antiga aliança, enviando Seus Discípulos a um local onde pudessem comer a refeição pascal. Ele disse-lhes:
“Logo que entrardes na cidade, encontrareis um homem levando uma bilha de água. Segui-o até à casa em que ele entrar. Direis ao dono da casa: ‘O Mestre te pergunta: onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos?’ E ele vos mostrará, no andar superior, uma grande sala, provida de almofadas; preparai ali”. Eles foram, acharam tudo como dissera Jesus, e prepararam a Páscoa”[6]. Eles seguiram as Suas instruções e, então, Ele veio, partiu o pão e deu graças. Depois passou a taça e disse: “Então, tomando um cálice, deu graças e disse: ‘Tomai isto e reparti entre vós; pois eu vos digo que doravante não beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus’”[7]. Este é o ponto, a questão. Ele disse aos seus Discípulos que procurassem um homem com uma bilha ou um jarro de água – o Signo de Aquário. Há somente um Signo em todo o Zodíaco em que aparece um homem, e Aquário está ali, com uma bilha que despeja água. Cristo Jesus chamou a Si mesmo de o “Filho do Homem” porque Ele trouxe a Religião da Era Aquariana, da Era de Aquário.
(Do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II” – Pergunta nº 93 – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Mt 16:13
[2] N.T.: a Era de Touro, na Época Atlante.
[3] N.T.: Ex 12:13
[4] N.T.: Mt 4:19
[5] N.T.: “No terceiro dia, houve um casamento em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá. Jesus foi convidado para o casamento e os seus discípulos também. Ora, não havia mais vinho, pois o vinho do casamento tinha-se acabado. Então a mãe de Jesus lhe disse: ‘Eles não têm mais vinho’. Respondeu-lhe Jesus: ‘Que queres de mim, mulher? Minha hora ainda não chegou’. Sua mãe disse aos serventes: ‘Fazei tudo o que ele vos disser’. Havia ali seis talhas de pedra para a purificação dos judeus, cada uma contendo de duas a três medidas. Jesus lhes disse: ‘Enchei as talhas de água’. Eles as encheram até à borda. Então lhes disse: ‘Tirai agora e levai ao mestre-sala’. Eles levaram. Quando o mestre-sala provou a água transformada em vinho — ele não sabia de onde vinha, mas o sabiam os serventes que haviam retirado a água — chamou o noivo e lhe disse: ‘Todo homem serve primeiro o vinho bom e, quando os convidados já estão embriagados serve o inferior. Tu guardaste o vinho bom até agora!’. Esse princípio dos sinais, Jesus o fez em Caná da Galileia e manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele.” (Jo 2:1-11).
[6] N.T. Lc 22:10-13
[7] N.T.: Lc 22-17-18
“Muitas vezes vi-me impelido e ajoelhar-me por uma poderosa convicção de que não tinha outra parte aonde ir. Minha própria sabedoria, e aquela de tudo o que está ao meu derredor parecia insignificante para o dia.” (Abrahão Lincoln).
A oração científica é um dos métodos poderosos de perceber a luz que recebemos no Caminho dos nossos esforços para conseguir iluminação. “Deus é Luz” e na medida em que nos voltamos para Ele, em oração, a Luz brilhará e iluminará nossa obscuridade espiritual.
Os líderes que são responsáveis pelo Esquema da Evolução para a Onda de Vida humana, ou seja, pela nossa evolução, desejando nos ajudar, “instituíram a oração como um meio de produzir pensamentos elevados e puros para refinar nosso Corpo Vital”. Todos podemos trabalhar e orar nos auxiliando na escala da evolução.
Para nossa oração diária cada um deveria ter certo lugar fixo, onde pudesse se sentar em posição cômoda, os músculos relaxados, em quietude. Não sendo possível, devemos exercitar para criar um lugar tranquilo em nossa Mente, “uma câmara superior”. Nesse templo interno pedimos a nosso Pai por nossa transformação e iluminação, até conseguirmos formar o luminoso Traje Dourado de Bodas (o nosso Corpo-Alma) de nossa reunião (re-ligare – Religião ao sentido legítimo) com Ele.
Todavia, todos aprendemos na Filosofia Rosacruz – e ademais, sentimos internamente – esta verdade: “a oração por si só, por mais fervente que seja, não converterá o pecador num santo, a menos que nossos atos, nossa vida toda, seja uma constante oração”. Só então é possível “transformar a lagarta rastejante numa borboleta linda que busca as alturas”. “Orar e Trabalhar” é a conjugação oculta. Nós, que nos encontramos misturados na materialidade do mundo, muitas vezes sentimos a necessidade de ficar sós, em oração. Desejaríamos até nos isolar, definitivamente, em prece. Contudo, é-nos assegurado que se executamos nosso trabalho conscientemente e “fazemos todas as coisas em nome do Senhor”, nossa existência será uma grande oração e finalmente escutaremos Sua voz: “Muito bem, servo bom e fiel. Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mt 25:23).
(Publicado na Revista Rosacruz – abril/1968 – Fraternidade Rosacruz – SP)
A Astrologia, sendo para o Estudante Rosacruz uma fase da Religião, constitui-se numa ciência espiritual. Essa ciência, mais do que qualquer outro estudo, revela o ser humano a si mesmo. Ela evidencia a relação entre Deus (o Macrocosmo) e o ser humano (o Microcosmo) demonstrando a unidade fundamental entre ambos.
Com esse conhecimento podemos determinar o tipo astrológico de cada indivíduo e conhecer a potencialidade ou a debilidade relativa das diferentes forças atuantes em cada vida. De acordo com o que tenhamos alcançado desse conhecimento, podemos iniciar a formação sistemática e científica do caráter – e caráter é destino. Nós observamos os períodos e as estações cosmicamente propícios ao desenvolvimento de qualidades ainda latentes, corrigindo os traços de caráter defeituosos e eliminando inclinações destrutivas.
A divina ciência da Astrologia revela as causas ocultas que trabalham em nossas vidas. Orienta: o adulto com respeito à vocação, aos pais na educação dos filhos, ao mestre em seu trabalho com os alunos, ao médico no diagnóstico de enfermidades. Dessa maneira, ajuda a todos em qualquer situação que se encontrem.
Nenhum outro tema do âmbito do conhecimento humano parece conter as possibilidades estendidas aos Astrólogos Rosacruzes para auxiliar aos outros irmãos e irmãs, como deuses em formação, a um maior entendimento da lei universal e à comprovação de nossa eterna segurança, nos braços acariciadores da vida infinita e do ser ilimitado.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – agosto/1975 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Maio de 1912
O tema central da lição do mês passado foi que é nosso dever transmitir os frutos do nosso estudo, em um esforço para beneficiar o mundo. Mas, geralmente, os místicos se mantêm afastados dos seus semelhantes e, por isso, o mundo duvida deles e de suas crenças. Isso não deveria ser assim, e a análise provará que os ensinamentos contestados são relativamente insignificantes, e que a parte mais vital dos ensinamentos encontrarão pronta aceitação e prepararão o caminho para futuras instruções.
O valor de qualquer ensinamento depende do seu poder em tornar as pessoas melhores aqui e agora; fazê-las amáveis, gentis, atenciosas e ponderadas em seus lares, meticulosas e cuidadosas nos negócios, leais com os amigos, dispostos e capazes de perdoar seus inimigos; e qualquer ensinamento assim que é facilmente aplicado e que conduzirá a semelhantes resultados, não precisará de maiores recomendações.
Onde devemos procurar por tal ensinamento? Temos uma monumental cosmogonia que descreve os Períodos do mundo, as Revoluções, as Épocas e as Raças. O estudo dela tornará as pessoas mais bondosas? Ou, se pudéssemos induzi-las a esquadrinhar os mistérios dos números e dos nomes contidos na Cabala, se tornarão mais conscienciosas? Certamente que não; portanto, tal conhecimento é de menor importância. As pessoas terão mais moralidade se nós as ensinássemos sobre a Involução e a Evolução, ou se lhes descrevêssemos a jornada cíclica da alma através do Purgatório e do Céu? Isto não necessariamente, pelo menos até tê-las convencidas de que sob Lei de Consequência estamos sujeitos ao Renascimento e a colher o que semeamos. Mesmo uma simples sugestão de tal crença poderia afastar de nós muitas pessoas.
Mas, você perguntará, então o que sobrou dos nossos ensinamentos? O maior ensinamento de todos e o mais prático. Aquele que não despertará antagonismos em nenhum devoto de qualquer Religião, nem sequer em um agnóstico, pois não é preciso rotulá-lo de ensinamento religioso. Produzirá resultados mais benéficos desde o dia em que for aplicado, e afetará também as vidas futuras sem ter em conta se a pessoa que a pratica ouviu ou não a palavra “Rosacruz”, ou aprendeu alguma coisa dos nossos ensinamentos.
Se realmente você quer trabalhar na “vinha do Senhor” – o mundo – não se isole. O estudo abstrato pode ocupar uma agradável parte do tempo, mas você deve sair para o mundo; deve ganhar a confiança das pessoas na igreja, no clube, no emprego, no serviço, no lazer. Se você der um bom exemplo, lhes perguntarão qual é o seu segredo, e você terá o privilégio de lhes fornecer o maior de todos os ensinamentos jamais conhecido, que é: O Segredo do Crescimento da Alma.
Você poderá falar com eles algo como o seguinte:
“Todas as noites, depois de me deitar, revejo os acontecimentos do dia, em sentido inverso. Eu tento me julgar imparcialmente. Eu me culpo onde a culpa é devida, me arrependo e tomo a decisão de me emendar, de me reformar. Eu me elogio, se o elogio é meritório, e decido ser melhor no dia seguinte. Com frequência, falho em meus bons propósitos, mas continuo com as minhas tentativas e, pouco a pouco, vou obtendo êxito nesse propósito.”
Essa é a propaganda diferenciada.
(Carta nº 18 – do Livro “Cartas aos Estudantes” – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)