Resposta: Os melhores clínicos geralmente admitem que a medicina é uma ciência empírica; que os remédios não atuam da mesma forma sobre todas as pessoas e, portanto, o médico precisa experimentá-los no seu paciente. Por esta razão, a medicina não é satisfatória.
Não podemos esperar que os remédios surtam efeito em todas as ocasiões. Observamos que embora os bois se alimentem de ervas e todos os leões se satisfaçam com uma alimentação carnívora, tal não ocorre com o ser humano, pois há sempre uma Individualidade que diferencia cada um de todo o resto da sua espécie. Essa peculiaridade da Raça humana surge do fato de que, enquanto cada espécie do Reino animal é a expressão de um único Espírito-Grupo que guia os vários animais externamente, cada ser humano é um Espírito interno individual, um Ego e, por essa razão, o que é alimento para uma pessoa, pode ser veneno para outra.
É somente quando a medicina leva esse ponto em consideração, que ela pode se tornar realmente útil em todos os casos. E a maneira de descobrir as peculiaridades de quem realmente somos, um Ego (um Espírito Virginal da Onda de Vida humana) que habita o Corpo Denso do paciente é levantar o horóscopo do paciente para descobrir quais as épocas propícias para a administração de remédios, prescrevendo os medicamentos apropriados no momento favorável. Paracelso agiu assim, por isso, foi sempre bem-sucedido com seus pacientes; nunca cometeu um erro! Há algumas pessoas que recorrem atualmente à Astrologia Rosacruz com este propósito; o autor, por exemplo, a usou para diagnosticar muitos casos; foi sempre capaz de perceber as condições dos pacientes nas crises do passado, do presente e do futuro, podendo proporcionar muito alívio às pessoas que sofrem das mais diversas doenças. A Astrologia Rosacruz deveria ser utilizada somente para esses fins e não ser degradada por adivinhos à busca de recursos financeiros e/ou fama, poder, pois, como todas as Ciências espirituais, ela deve ser usada em benefício da Humanidade, independente de considerações mercenárias. Se os profissionais da saúde estudassem a Ciência Astrológica, seriam capazes, num esforço muito menor, de diagnosticar a condição de seus pacientes com mais precisão do que da forma usual. Alguns profissionais da saúde estão despertando para esse fato e descobriram, através de suas experiências, que os Corpos celestiais exercem real influência sobre a estrutura humana. Por exemplo, quando o autor esteve em Portland, Oregon, um médico mencionou, como resultado de suas observações, que sempre que lhe era possível fazer uma cirurgia quando a Lua crescia em brilho, ou seja, no período que se estende da Lua Nova à Lua Cheia, a operação era bem-sucedida e nenhuma complicação surgia. Por outro lado, ele verificou que quando as circunstâncias o obrigavam a realizar uma cirurgia no período que transcorria da Lua Cheia para o Quarto Minguante, havia grande probabilidade de complicações e que tais cirurgias nunca eram tão satisfatórias, quanto àquelas realizadas quando o brilho da Lua crescia.
Há também uma tendência crescente entre os profissionais da saúde de curar pela sugestão, dando ao paciente uma pílula inócua ou placebo e uma boa sugestão. Toda mãe, conhecedora ou não desse poder, aplica-o muitas vezes, até inconscientemente, no caso do seu filho. Quando a criança cai, ela pode, através da sugestão, levá-la a chorar ou a rir. Se ela lhe disser: “Oh, coitadinho, você está muito machucado, pobre filhinho”, a criança começará a chorar; se, por outro lado, ela apontar para o chão e exclamar: “Oh, querido, olhe como você machucou o pobre chão, que pena – vamos acariciá-lo!” a criança irá se sentar tão penalizada por ter machucado o chão, que nem pensará tanto nas suas próprias lesões. De uma maneira semelhante, o profissional da saúde influencia o seu paciente. Seria um ato criminoso um profissional da saúde entrar no quarto do paciente mostrando-se sombrio, sugerindo que fizesse o seu testamento, dizendo-lhe que não tem muito tempo de vida. Esses atos influem sobre o paciente muito mais do que se imagina e, desse modo, muitos profissionais da saúde ajudaram a matar aqueles que poderiam ter salvado. Se o profissional da saúde entrar no quarto do paciente com uma fisionomia alegre, um sorriso e palavras animadoras, administrando um remédio placebo e uma boa sugestão, o paciente poderá se recuperar quando, em outras circunstâncias, poderia sucumbir à doença. A sugestão surte muito mais efeito que a medicina. A fé que o paciente deposita no seu profissional da saúde fará maravilhas, tanto para o bem como para o mal. A fé foi o método usado por Cristo nas curas que fez. Se o querido amigo procurar na Bíblia como Cristo curou um doente, verá que a fé daquele que procurava a cura sempre foi salientada. A cada suplicante, Cristo dizia: “Faça-se segundo a tua fé“[1].
O fato de que o ceticismo destruía até o Seu poder, talvez se evidencie no trecho onde lemos que Ele fez o trajeto até a Sua cidade natal e descobriu que nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra. Esse fato está relatado no décimo terceiro capítulo do Evangelho segundo S. Mateus[2] e, também, no Evangelho segundo S. Marcos[3], e é significativo que, no último versículo, constatamos que Ele não fez ali muitos milagres por causa da incredulidade das pessoas. S. Marcos diz que, por causa do ceticismo local, Cristo só pôde curar uns poucos colocando a Sua mão sobre eles.
A Mente aberta é um requisito fundamental para qualquer investigação, e o ceticismo é absolutamente fatal na obtenção do conhecimento. Para ilustrar melhor este ponto, o autor, quando esteve em Columbus há alguns anos, foi assistir a uma palestra ministrada pelo Professor Hyslop, Secretário da Sociedade de Pesquisa Psíquica. O assunto em questão era: “Nova Evidência de uma Vida Futura”. O autor ficou admiradíssimo ao descobrir que o Prof. Hyslop não apresentara em sua palestra um único ponto que já não tivesse sido revelado nos últimos vinte anos nos relatórios da Sociedade à qual ele pertencia. A explicação veio logo após a palestra, quando uma pergunta revelou o fato de que o Prof. Hyslop não acreditava em nada que havia sido declarado nos relatórios da Sociedade. Ele não acreditava nos resultados conseguidos por outro que não fosse ele próprio. A prova que acabara de apresentar tinha sido coletada por ele e sua pesquisa totalmente nova; esperava que o público confiasse em sua palavra, embora ele mesmo estivesse relutante em confiar em quem quer que fosse. Ilustrando como age o ceticismo, ele nos deu, inconscientemente, um oportuno exemplo quando nos relatou que, certa vez, através de um médium, o defunto Richard Hodgson se manifestou, e o Prof. Hyslop começou a lhe fazer perguntas que, embora fossem muito simples, o Sr. Hodgson teve grande dificuldade em responder. Finalmente, o Prof. Hyslop exclamou impaciente: “Ora, o que há com você, Richard; quando vivo, você era bastante rápido; por que não consegue responder agora?” A resposta veio rápida como um relâmpago: “Oh, sempre que entro na sua péssima atmosfera fico em pedaços”. O Prof. Hyslop não podia entender a razão daquilo. Mas, qualquer pessoa que já tenha observado um aluno diante de uma banca examinadora que resolveu tachá-lo de tolo, compreenderá que foi a atitude mental cética e crítica do Prof. Hyslop que dificultou a comunicação de Richard Hodgson. Portanto, podemos dizer que acreditamos na medicina quando usada em conjunto com a Astrologia Rosacruz, como também acreditamos no método curador de Cristo, na Cura pela Fé, no poder de sugestão e nos vários outros métodos de cura. Todos contém alguma verdade, embora, infelizmente, muitos deles sejam transformados em modismos e levados a extremos. Assim, perdem o seu poder benéfico e se tornam uma ameaça para aqueles que, do contrário, poderiam ser beneficiados por eles.
(Pergunta nº 35 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Mt 9:28
[2] N.T.: Quando Jesus acabou de proferir essas parábolas, partiu dali e, dirigindo-se para a sua pátria, pôs-se a ensinar as pessoas que estavam na sinagoga, de tal sorte que elas se maravilhavam e diziam: “De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Não se chama a mãe dele Maria e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E as suas irmãs não vivem todas entre nós? Donde então lhe vêm todas essas coisas?”. E se escandalizavam dele. Mas Jesus lhes disse: “Não há profeta sem honra, exceto em sua pátria e em sua casa”. E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles. (Mt 13:53-58)
[3] N.T.: Saindo dali, foi para a sua pátria e os seus discípulos o seguiram. Vindo o sábado, começou Ele a ensinar na sinagoga e numerosos ouvintes ficavam maravilhados, dizendo: “De onde lhe vem tudo isto? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais milagres por suas mãos? Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?”. E escandalizavam-se d’Ele. E Jesus lhes dizia: “Um profeta só é desprezado em sua pátria, em sua parentela e em sua casa”. E não podia realizar ali nenhum milagre, a não ser algumas curas de enfermos, impondo-lhes as mãos. E admirou-se da incredulidade deles. (Mc 6:1-6)
Os Arquétipos são criados por forças arquetípicas que trabalham nas quatro Regiões inferiores do Mundo do Pensamento Concreto.
Arquétipos vivem, movem-se e criam, como a qualquer coisa mecânica feita pelo ser humano – mas sem racionalidade.
Quando o Arquétipo é construído e colocado em vibração, e enquanto a forma continuar vibrando, a vida é sustentada.
Quando o Arquétipo cessa de vibrar, a forma se desintegra.
Há 3 meios de você acessar esse Livro:
1. Em formato PDF (para download):
Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz
2. Em forma audiobook ou audiolivro:
Audiobook – Arquétipos – Dos Escritos de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz
3. Para estudar no próprio site (ou para fazer download ou imprimir):
ARQUÉTIPOS
Dos Escritos de
Max Heindel
Fraternidade Rosacruz
Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82
Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil
Traduzido e Revisado de acordo com:
1ª Edição em Inglês, 1950, Archetypes, editada por The Rosicrucian Fellowship
Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
contato@fraternidaderosacruz.com
fraternidade@fraternidaderosacruz.com
SUMÁRIO
A PERMANÊNCIA DO ARQUÉTIPO.. 6
FORMAÇÃO DOS ARQUÉTIPOS QUANDO RENASCEMOS AQUI. 10
A EVOLUÇÃO DOS ARQUÉTIPOS DOS NOSSOS CORPOS. 15
A EVOLUÇÃO DOS ARQUÉTIPOS A PARTIR DA VINDA DE CRISTO.. 19
SITUAÇÕES DOS ARQUÉTIPOS DE ALGUMAS CLASSES DE PESSOAS. 23
ONDE SE ENCONTRAM OS ARQUÉTIPOS. 25
O ENVOLVIMENTO DOS ARQUÉTIPOS QUANDO MORREMOS E QUANDO ESTAMOS NOS PREPARANDO PARA RENASCER.. 34
Não há palavras adequadas para exprimir o que o Espírito sente quando se encontra diante dessa presença, muito acima deste Mundo, onde o véu da carne esconde as realidades vivas debaixo de uma máscara; e muito além do Mundo do Desejo e da ilusão, onde formas fantásticas e ilusórias nos levam a acreditar que elas são algo muito diferentes do que são na realidade. Somente na Região do Pensamento Concreto, onde os Arquétipos de todas as coisas se unem no grande coro celestial, ao qual Pitágoras referiu-se como a “harmonia das esferas”, é que nós encontramos a verdade revelada em toda a sua beleza.
(Do Livro: Capítulo XII – Do Livro Mistérios das Grandes Óperas-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Se não nos aplicarmos ao trabalho da vida, ou se nós persistentemente seguirmos um caminho que é subversivo ao crescimento da alma, nossa vida destruirá o Arquétipo. O renascimento em um ambiente alterado, então, nos dará a chance de recuperar as oportunidades que foram negligenciadas. Por outro lado, quando vivemos em harmonia com o plano da vida inscrito no Arquétipo de nosso Corpo Denso, há uma consonância construtiva em suas vibrações que prolonga a vida do Arquétipo e, consequentemente, também a vida do Corpo Denso.
Quando percebemos que a nossa vida na Terra é o tempo de semear, e que o valor de nossa existência post-mortem está em relação direta ao incremento que ganhamos em nossos talentos, será imediatamente evidente como sumamente importante que nossas faculdades devem ser utilizadas na direção correta. Embora esta lei se aplique a toda Humanidade, é insuperavelmente vital para as almas aspirantes, pois quando nós trabalhamos para o BEM com toda a nossa força e poder e a cada ano a mais vivido incrementa enormemente nosso tesouro celestial. A cada ano a mais vivido ganhamos maior eficácia no progresso da alma, e os frutos alcançados nos últimos anos podem, facilmente, superar os adquiridos na primeira parte da vida.
(Carta nº 33 – Do Livro: Carta aos Estudantes-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Os objetos no Mundo Físico ocultam sempre suas construções ou naturezas internas; nós vemos somente a superfície. No Mundo do Desejo vemos os objetos fora e dentro de nós mesmos, mas eles nada nos dizem deles mesmos, nem da vida que os anima. Na Região Arquetípica[1] parece não haver circunferência, mas, para onde quer que dirijamos nossa atenção, ali está o centro de tudo, e a nossa consciência, instantaneamente, se enche do conhecimento em relação ao ser ou à coisa que estivermos olhando. É mais fácil gravar num fonógrafo[2] o tom que nos chega do céu, do que mencionar as experiências que passamos naquele reino, pois não há palavras adequadas para expressá-las; tudo o que podemos fazer é tentar vivê-las.
(Carta nº 40 – Do Livro: Carta aos Estudantes-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
De acordo com isso, nós devemos perceber que cada ato de cada ser humano produz um efeito direto nos Arquétipos do corpo. Se o ato está em harmonia com a lei da vida e da evolução, fortalece o Arquétipo e possibilita um prolongamento da vida, na qual o indivíduo alcançará o máximo de experiência e obterá um crescimento anímico proporcional, de acordo com seu estado evolutivo e sua capacidade de aprendizagem. Deste modo, menos encarnações serão necessárias para ele chegar à perfeição comparado com um outro que desperdiça a corrente vital e tudo faz para escapar de seu destino ou com outro, ainda, que aplica sua força destrutivamente. Neste caso, o Arquétipo esgota-se e romper cedo. Aqueles, cujos atos são contrários à lei, encurtam as suas vidas e têm que renascer mais vezes que as pessoas que vivem em harmonia com a lei. Este é outro exemplo de que a Bíblia é exata quando nos exorta a fazer o bem para que possamos ter uma vida mais longa aqui.
Esta lei é aplicada a todos sem exceção, mas tem maior significado na vida dos que estão trabalhando, conscientemente, com a lei da evolução do que aqueles que não o fazem. O conhecimento destes fatos deve aumentar dez ou cem vezes o nosso zelo e interesse pelo bem. Mesmo que comecemos, como se costuma dizer, “tarde na vida” podemos facilmente acumular um “tesouro” maior nos últimos anos do que o obtivemos em algumas vidas anteriores. Acima de tudo, nós estamos conquistando a admissão para um começo mais cedo nas próximas vidas.
(Carta nº 96 – Do Livro: Carta aos Estudantes-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
No momento em que o Ego está vindo para renascer, ele forma o Arquétipo criador de sua forma física no Segundo Céu com a ajuda das Hierarquias Criadoras. Esse Arquétipo é uma coisa sonora, vibrante, que é posta em vibração pelo Ego, com uma certa força que é proporcional à duração do tempo a ser vivido na Terra, e até que o Arquétipo cesse de vibrar, a forma, que é construída dos elementos químicos da Terra, continuará a existir.
Quando o Ego está descendo para o renascimento, ele desce através do Segundo Céu. Lá será ajudado pelas Hierarquias Criadoras na construção do Arquétipo do seu próximo Corpo Denso, e instila nesse Arquétipo uma vida que durará certo número de anos. Esses Arquétipos são espaços ocos e eles têm um som ou movimento vibratório que atrai o material do Mundo Físico e coloca todos os átomos no Corpo para vibrar em sintonia com um pequeno átomo que está no coração, chamado de Átomo-semente, que como um diapasão dá uma afinação a todo o resto do material do corpo. No momento em que a plena vida seja vivida na Terra, as vibrações no Arquétipo cessam e o Átomo-semente é retirado, o Corpo Denso se decompõe e o Corpo de Desejos, no qual o Ego vai funcionar no Purgatório e Primeiro Céu, assume a forma do Corpo Denso. Então, o ser humano começa seu trabalho de expiar seus maus hábitos e atos no Purgatório, assimilando o que é bom de sua vida no Primeiro Céu.
Os parágrafos anteriores descrevem as condições normais, quando o curso da Natureza não é perturbado, mas o caso do suicídio é diferente. Nesse o ser humano tirou o Átomo-semente, mas o Arquétipo oco ou vazio, ainda continua vibrando. Ele se sente como se estivesse vazio e experimenta um sentimento corroendo por dentro que pode ser comparado às dores de uma fome intensa. O material para construção de um Corpo Denso está ao seu redor, mas tendo em vista que não possui o medidor do Átomo-semente, é impossível para ele assimilar essa matéria e construí-la num Corpo. Esse terrível sentimento de vazio dura o tempo que deveria durar sua última vida terrestre.
(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Pergunta Nº 47-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
A Lei de Causa e Efeito é o árbitro que determinará como a vida deve ser vivida, e como algumas oportunidades de crescimento espiritual serão colocadas diante do Ego em vários momentos de sua vida terrestre. Se essas oportunidades forem aproveitadas, a vida continuará pelo caminho reto, mas se for ao contrário, será divergida, por assim dizer, para um beco sem saída, onde a vida será findada pelas Hierarquias Criadoras, que destruirão o Arquétipo no Mundo celestial. Assim podemos dizer que a duração de uma vida terrena poderá ser abreviada se negligenciarmos as oportunidades. Há também a possibilidade, no caso de algumas pessoas, quando a vida foi vivida intensamente, e onde a pessoa se esforçou de todas as maneiras para viver de acordo com as oportunidades dadas, de adicionar mais vida no Arquétipo e, assim a existência poderá ser prolongada, mas como foi dito, somente em casos excepcionais.
(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Pergunta Nº 47 – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
O ser humano, devido à sua natureza divina, é o único ser que possui a prerrogativa de desordenar o esquema do seu desenvolvimento e da mesma forma que pode pôr fim à sua vida usando a própria vontade, assim também, pode pôr um fim à vida do seu próximo antes que o tempo dele tenha findado. O sofrimento do suicida seria também o sofrimento das vítimas do assassinato, pois o Arquétipo do seu corpo estaria juntando material que lhe seja impossível assimilar. Mas, no seu caso, a intervenção de outras entidades impede esse sofrimento (dos assassinados) e ele será encontrado vagueando aqui e ali no seu Corpo de Desejos, num estado letárgico, pelo período que normalmente teria vivido.
(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. I – Pergunta Nº 60-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Como já afirmei, a minha visão tonal e a capacidade de funcionar na Região do Pensamento Concreto era indiferente e principalmente limitada às subdivisões inferiores, mas uma pequena ajuda dos Irmãos naquela noite me permitiu entrar em contato com a quarta Região, onde se encontram os Arquétipos, e lá recebi os ensinamentos e a compreensão do que é contemplado como o mais elevado ideal e a missão da Fraternidade Rosacruz.
Vi nossa sede e uma multidão de pessoas, vindo de todas as partes do mundo para receber os ensinamentos. Vi-os saindo dali para levar bálsamo aos aflitos próximos e distantes. Ao passo que neste mundo é necessário investigar, a fim de descobrir alguma coisa; lá, a voz de cada Arquétipo traz consigo, como ao mesmo tempo, que impressiona a consciência espiritual, o conhecimento do que esse Arquétipo representa. Assim, naquela noite, recebi um entendimento que está muito além do que minhas palavras podiam expressar; pois o mundo em que vivemos se baseia no princípio do tempo, enquanto no reino superior dos Arquétipos tudo é um eterno agora. Esses Arquétipos não revelam sua história como esta é narrada, mas produzem sobre a consciência uma concepção instantânea de toda a ideia, muito mais clara do que poderia ser transmitida em palavras.
(Do Livro: Ensinamentos de um Iniciado – Capítulo XXI – Parte II-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
A Região do Pensamento Concreto, como você deve se lembrar de nossos outros ensinamentos, é o reino do som, onde a harmonia das esferas, a música celestial, que penetra tudo que existe, da mesma forma que a atmosfera da Terra circunda e envolve tudo o que é terreno. Pode-se dizer que nessa região tudo está envolto e permeado de música. Vive e cresce pela música. Lá, a palavra de Deus soa adiante e forma todos os vários modelos que mais tarde se cristalizam nas coisas que nós contemplamos no mundo terrestre.
No piano, cinco teclas escuras e sete brancas formam a oitava. Além dos 7 Globos nos quais evoluímos durante um Dia de Manifestação, há cinco Globos escuros que atravessamos durante as Noites Cósmicas. Em cada ciclo de vida, o Ego retira-se por um tempo para o mais denso desses cinco, isto é, o Caos, o mundo sem forma onde nada permanece salvo, a não ser os centros de força conhecidos como átomos-semente. No início de um novo ciclo de vida, o Ego desce novamente na Região do Pensamento Concreto, onde a “música das esferas” imediatamente faz vibrar os Átomos-semente.
Há sete esferas; os Planetas de nosso Sistema Solar. Cada um tem sua nota-chave e emite um som diferente de todos os outros Planetas. Um ou outro, dentre eles, vibra em particular sincronia com o Átomo-semente do Ego, que então busca a encarnação. Então, esse Planeta corresponde à “tônica” da escala musical e, embora os tons de todos os Planetas sejam necessários para construir um organismo completo, cada um é modificado e feito para adaptar-se ao impacto básico dado pelo Planeta mais harmonioso, que é, portanto, o regente dessa vida, sua Estrela do Pai. Assim, como na música terrestre, também na celestial existem harmonias e dissonâncias, e todos influenciam sobre o Átomo-semente e ajudam a construir o Arquétipo. Assim as linhas vibratórias de força são formadas, que mais tarde atraem e organizam partículas físicas, como acontece com esporos ou areias que formam figuras geométricas sobre uma placa de bronze à vibração de um arco de violino.
Mais tarde, ao longo dessas linhas arquetípicas de vibração, o Corpo Denso é formado e se expressa com precisão à harmonia das esferas como era tocada durante o período de construção. Esse período, entretanto, é muito mais longo do que o período atual da gestação, e varia de acordo com a complexidade da estrutura requerida pela vida que busca a manifestação física. Tampouco é contínuo o processo de construção do Arquétipo, pois sob os aspectos dos Planetas que emitem notas, às quais as forças vibratórias do Átomo-semente não podem responder, ele simplesmente sussurra sobre as que já aprenderam, e assim, engajado, espera por um novo som que possa usar na construção de organismo que se deseja para se expressar.
Portanto, sabendo que o organismo terrestre, que cada um de nós habita, é formado segundo linhas vibratórias produzidas pela música das esferas, nós podemos entender que as dissonâncias que se manifestam como enfermidades são produzidas primeiramente pela desarmonia espiritual interna. Torna-se mais evidente que, se pudermos obter conhecimentos precisos sobre a causa direta da desarmonia e saná-la, a manifestação física da doença logo desaparecerá. É essa a informação dada pelo tema astrológico da pessoa, pois nele cada Astro em sua Casa e Signo expressam harmonia ou discórdia, saúde ou doença. Portanto, todos os métodos de cura são adequados apenas na proporção em que levam em consideração as harmonias e discordâncias astrais manifestadas na roda da vida – o horóscopo.
(Do Livro: Ensinamentos de um Iniciado – Capítulo XXII – Parte III-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Nos Mundos celestes há imagens de modelos-Arquétipos. Na língua grega a palavra “apxn” significa “no princípio”, isto é, no início. O Cristo disse de Si mesmo, ou melhor, o Iniciado que já compreendeu Sua própria divindade diz: “Eu sou o princípio (apxn) e o fim”. Há nessa palavra “princípio” (apxn) o núcleo gerador de tudo que temos aqui.
No Templo (Tabernáculo) foi colocada uma Arca, a Arca de Aliança. Foi disposta de tal modo que suas hastes não poderiam ser removidas. Durante toda a viagem através do deserto as hastes deveriam permanecer imóveis. De fato, jamais foram removidas enquanto a arca peregrinava até ser conduzida ao Templo de Salomão. Temos aqui uma condição, onde um determinado símbolo, um Arquétipo, algo transportado desde o princípio, é elaborado de tal modo que possa ser reativado em determinadas ocasiões e reconduzido mais adiante. Nessa arca estava o núcleo ao redor do qual todas as coisas gravitavam. Havia o Cajado de Aarão, o Pote do Maná e, também, as duas Tábuas da Lei.
Nós acabamos de descrever o símbolo perfeito da verdadeira constituição do ser humano, pois, enquanto ele atravessa o vale da matéria e transita continuamente de um lugar a outro, as hastes, sob nenhuma hipótese, podem ser removidas. Elas permanecerão intactas até que chegue à condição simbólica descrita no Apocalipse. Onde se diz: “Aquele que triunfar, eu o farei um pilar no templo de meu Deus; e dali nunca mais sairá”.
Durante o transcorrer do tempo, desde o momento no qual o ser humano começou sua viagem através da matéria, ele possui esse espírito de peregrinação. Nunca ficou parado. Algumas vezes, o templo (Tabernáculo) era conduzido, assim como a Arca para um novo lugar. Assim também o ser humano está sempre sendo impelido de um lugar para outro, de um ambiente para outro, de uma condição para outra. Não é uma jornada sem objetivo, pois tem como meta a Terra prometida, a Nova Jerusalém, onde haverá paz. Mas, enquanto o ser humano estiver nesta jornada, deve estar ciente de que não haverá descanso e nem paz.
(Do Livro: Ensinamentos de um Iniciado, Capítulo XXVI – A Jornada Através do Deserto-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Como está escrito no Livro “Conceito Rosacruz do Cosmo”, com referência à constituição do nosso Planeta, o caminho da Iniciação passa através da Terra, da periferia ao centro, um estrato de cada vez e, embora nossos corpos físicos sejam delineados dessa forma pela força da gravitação, sua densidade evita que a traspassemos, tão eficazmente quanto a força de levitação que repele a classe despreparada mencionada nos recintos sagrados. Somente quando, pelo poder de nosso próprio Espírito deixamos nosso Corpo Denso instruído por e em consequência da maneira reta de viver, seremos capazes de ler o registro etérico com melhor proveito. Em um ponto mais avançado do progresso, o “estrato aquoso” da Terra será aberto ao Iniciado, que, então, estará num estado de desenvolvimento apropriado para ler o registro dos acontecimentos passados, impressos permanentemente na substância viva da Região das Forças Arquetípicas, onde o tempo e espaço são praticamente inexistentes, e onde tudo é um eterno Aqui e Agora.
(Do Livro: A Teia do Destino – Segunda Parte – O Cristo Interno – A Memória da Natureza-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
É curioso como a perpetração do suicídio em uma vida e o consequente sofrimento post-mortem, no tempo em que ainda existe o Arquétipo, muitas vezes gera nestas pessoas um medo mórbido da morte na próxima vida; de modo que, quando a morte ocorre naturalmente no curso normal da vida, os suicidas parecem frenéticos depois de abandonar o corpo e tão ansiosos em voltar ao Mundo Físico que, frequentemente, cometem o crime da obsessão da forma mais tola e impensada.
(Do Livro: A Teia do Destino – Quinta Parte – Obsessão do Ser Humano e dos Animais-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Uma máxima ocultista diz que “uma mentira é ao mesmo tempo assassina e suicida no Mundo do Desejo”. Os ensinamentos dos Irmãos Maiores, contidos no “Conceito Rosacruz do Cosmo” explicam que sempre que ocorrer um incidente, um pensamento-forma gerado nos Mundos invisíveis faz o registro deste acontecimento. Toda vez que se fala ou se comenta deste acontecimento cria-se uma nova forma de pensamento que se funde com o original e o fortalece, desde que ambos sejam verdadeiros e possuam a mesma vibração. Mas se uma mentira é contada sobre o ocorrido, então as vibrações do original e da reprodução não serão idênticas; eles se chocam e o atrito entre eles acaba destruindo-se mutuamente. Se o pensamento-forma verdadeiro e bom for suficientemente forte, conseguirá o domínio da situação e destruirá os pensamentos-forma baseados na mentira; consequentemente o bem vencerá o mal, mas se os pensamentos maliciosos e mentirosos forem mais fortes, estes podem vencer o pensamento-forma verdadeiro e, assim, destruí-lo. Depois, haverá discórdia entre eles e todos, por sua vez, serão aniquilados.
Assim, uma pessoa que vive uma vida pura, esforçando-se para obedecer às leis de Deus e lutando fervorosamente pela verdade e pela justiça, criará pensamentos-forma de natureza semelhante; sua Mente trilhará caminhos em harmonia com a verdade e quando chegar o momento, no Segundo Céu, de criar o seu Arquétipo para a vida futura, ele prontamente e intuitivamente, pela força do hábito adquirido na vida passada, alinhar-se-á com as forças da retidão e da verdade. Estas linhas, formadas em seu corpo, criarão harmonia nos novos veículos, e, portanto, a saúde será a consequência natural em sua próxima vida. Aqueles que formaram em vidas anteriores uma visão distorcida das coisas, que desprezaram a verdade, exercitando a astúcia, o egoísmo exagerado e a desconsideração pelo bem-estar dos outros, acham-se obrigados, no Segundo Céu, a ver as coisas de um modo oblíquo, porque este é o seu habitual modo de pensar. Portanto, o Arquétipo construído por eles incorporará linhas de erro e de falsidade; e consequentemente, ao renascer, ele terá uma fraqueza em vários órgãos, quando não em todo o ser.
(Do Livro: A Teia do Destino – Sétima Parte – A Causa das Enfermidades – Esforços do Ego para escapar do Corpo – Efeitos da Lascívia-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Somente quando entramos nos reinos mais elevados, e particularmente na Região do Pensamento Concreto, é que as verdades eternas são percebidas. Por isso, devemos, necessariamente, cometer erros uma vez ou outra, apesar dos nossos mais sinceros esforços em procurar conhecer e dizer a verdade. Portanto, é impossível para nós construir um veículo totalmente harmonioso. Se isso fosse possível, tal Corpo seria realmente imortal, e nós sabemos que a imortalidade da carne não é o desígnio de Deus; pois segundo São Paulo: “A carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus”[3].
Contudo, sabemos que, atualmente, apenas uma pequena porcentagem de pessoas está disposta a viver em harmonia com a verdade, para confessá-la e professá-la diante dos seres humanos por meio do serviço e da vida reta e que não faz o mal. Sabemos, também, que isto aconteceu com muito poucos ao retrocedermos na história, quando o ser humano não havia desenvolvido o altruísmo que começou no nosso Planeta com o advento do Nosso Senhor e Salvador, Cristo Jesus. Nesse tempo, os padrões de moralidade eram muito inferiores e o amor à verdade quase desprezível para a maioria da Humanidade, que se encontrava absorvida em seus esforços para acumular riquezas e adquirir poder ou prestígio, quanto fosse possível. Portanto, as pessoas estavam, naturalmente, inclinadas a ignorar os interesses dos demais, e contar uma mentira não parecia, de modo algum, um ato repreensível, pelo contrário, muitas vezes era tida como mérito. Consequentemente, os Arquétipos estavam, constantemente, cheios de fraquezas, e as funções orgânicas do Corpo, atualmente, estão prejudicadas em um grau bastante elevado, particularmente os Corpos ocidentais porque estão se tornando cada vez mais forte e mais sensível à dor, devido ao crescimento da consciência do Espírito.
(Do Livro: A Teia do Destino – Sétima Parte – A Causa das Enfermidades – Esforços do Ego para Escapar do Corpo – Efeitos da Lascívia-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
A assimilação dos frutos de cada vida passada acontece antes que o Espírito desça para o renascimento e, consequentemente, o caráter gerado é totalmente formado e se expressa na sutil e móvel matéria mental da Região do Pensamento Concreto, onde o Arquétipo do Corpo Denso é construído. Se o Espírito que procura renascer é amante da música, procurará construir um ouvido perfeito, com os canais semicirculares devidamente situados e com o tímpano mais delgado e sensível à vibração; tentará formar dedos compridos e finos para executar os acordes celestes captados por seus ouvidos. Mas, se não apreciava a música em vidas passadas, fechava seus ouvidos aos acordes da alegria ou da tristeza, o desejo de se afastar da companhia dos demais, então formado, causaria a negligenciar a construir o ouvido, quando construísse o Arquétipo e, como consequência, esse órgão seria defeituoso em um grau proporcional à negligência causada, pelo seu caráter, em sua existência anterior.
Da mesma forma acontece com os outros sentidos; quem bebe de uma fonte de conhecimento e se esforça para compartilhar seu conhecimento com os que o rodeiam estabelece as bases para adquirir a faculdade de oratória em uma vida futura, porque o desejo de comunicar seu conhecimento o fará prestar uma atenção especial na formação e fortalecimento de seu órgão vocal, quando estiver construindo o Arquétipo de futuro Corpo. Por outro lado, aqueles que se esforçam por acessar os mistérios da vida por simples curiosidade ou satisfazer o orgulho de seu próprio intelecto negligenciam na construção de um órgão adequado para sua expressão e, ficam sujeitos à debilidade na voz ou ao impedimento na expressão da palavra. Dessa forma, vêm-lhes o reconhecimento de que a expressão é um bem valiosíssimo. Embora o cérebro de um indivíduo, assim aflito, não possa compreender a lição, o Espírito aprende que somos estritamente responsáveis pelo uso que fazemos de nossos talentos, e que devemos assumir nossas dívidas algum dia se negligenciamos em transmitir a palavra de Vida para Iluminar nossos irmãos ou irmãs no caminho, sempre, naturalmente que estejamos preparados para isso.
(Do Livro: A Teia do Destino – Oitava Parte – Os Raios de Cristo Constituem o “Impulso Interno” – Visão Etérica – Destino Coletivo-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Quando o Ego está a caminho do renascimento passando pela Região do Pensamento Concreto, pelo Mundo do Desejo e pela Região Etérica, toma de cada uma delas certa quantidade de material. A qualidade deste material é determinada pelo Átomo-semente, baseado no princípio de que semelhante atrai semelhante. A quantidade depende do quanto de matéria será necessário e requerido pelo Arquétipo na construção feita por nós mesmos no Segundo céu. A partir da quantidade de átomos etéricos prismáticos apropriados para determinado Espírito, os Anjos do Destino e seus agentes constroem uma forma etérica que, então, é colocada no útero da mãe e, gradualmente, envolvida de matéria física formando o corpo visível da criança recém-nascida.
(Do Livro: A Teia do Destino – Quarta Parte – A Natureza dos Átomos Etéricos – A Necessidade de Equilíbrio-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Nas três regiões inferiores da Região do Pensamento Concreto se encontram os Arquétipos de tudo o que vemos no Mundo Físico, como minerais, vegetais, animais e humano, Arquétipos dos continentes, rios e oceanos; e aqui o Clarividente exercitado, cuja faculdade o capacita a alcançar esses planos mais elevados, vê também o oceano universal da vida fluente, em que todas as formas estão imersas; vê o mesmo impulso vital movendo-se de forma a forma em ciclos rítmicos, sustentando a forma especializada pelo Ego humano ou pelo Espírito-Grupo do animal e do vegetal.
Esses Arquétipos não são meramente modelos no sentido geral do termo, algo assim como uma coisa em miniatura, ou de material mais refinado. São Arquétipos criadores, modelando todas as formas visíveis, como vemos no mundo, à sua própria imagem e semelhança, ou melhor, às suas próprias semelhanças, porque frequentemente muitos Arquétipos trabalham juntos para formarem certas espécies, cada um dando parte de si mesmo para construírem a determinada forma. Eles são dominados e dirigidos pelas “Forças Arquetípicas” que são encontradas na quarta região. É da substância das quatro regiões inferiores que nossa Mente é formada, capacitando também ao ser humano a formar pensamentos e criar imagens que depois possa reproduzir no ferro, na pedra ou na madeira, de modo que por meio da Mente obtida desse Mundo, o ser humano se torna um criador no Mundo Físico, de modo análogo às Forças Arquetípicas.
Mas, o que é que dirige a Mente, assim como as Forças Arquetípicas dirigem os Arquétipos? É o Ego, o qual obtém suas vestimentas das três regiões superiores, que formam a chamada Região de Pensamento Abstrato, ou Região das Ideias.
(Do Livro: Cristianismo Rosacruz – Conferência III – Visão Espiritual e Mundos Espirituais – Mundo do Pensamento-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Há duas classes de pessoas para quem o processo purgatorial não começa de imediato: os suicidas e as vítimas de assassinato. No caso do suicida o processo não se inicia até que se complete o tempo em que o corpo deveria morrer no decurso natural, mas, nesse ínterim, ele sofre por seu ato de uma maneira tão terrível quanto peculiar. Ele tem a sensação de estar oco, por assim dizer, e de habitar num doloroso vazio, uma vez que o Arquétipo de sua forma contínua ativo na Região do Pensamento Concreto.
No caso de pessoas, jovens ou idosas, que morrem naturalmente ou por acidente, cessam as atividades arquetípicas; os veículos superiores sofrem, então, uma modificação na morte, de modo que a perda do Corpo Denso em si não produz nenhuma sensação de desconforto. Contudo, o suicida não experimenta tal mudança até que o Arquétipo de seu Corpo deixe de funcionar, no momento em que a morte teria ocorrido naturalmente. O espaço onde seu Corpo Denso deveria ocupar está vazio, porque o Arquétipo é oco, e isto o faz sofrer indescritivelmente. Assim, ele também aprende que não é possível ausentar da escola da vida sem causar consequências desagradáveis, e em vidas futuras, quando o caminho lhe parecer difícil, ele recordará em sua alma, que a tentativa covarde de fugir pelo suicídio só pode acrescentar-lhe maiores sofrimentos.
Há pessoas que se suicidam por razões altruístas, para livrar outros de um fardo, e estes naturalmente, são recompensados de outra maneira, mas não escapam do sofrimento do suicida, da mesma maneira que aquela pessoa que entra num edifício em chamas para salvar outros não está imune de se queimar.
A vítima do assassinato escapa a esse sofrimento porque, via de regra, fica em estado de coma até o tempo em que a morte natural deveria ocorrer, e neste caso deve-se ter o mesmo cuidado que se tem com as vítimas dos chamados acidentes, só que estas vítimas ficam conscientes imediatamente ou pouco depois da morte. Se o assassino for executado entre a época do crime e aquela em que sua vítima deveria morrer em circunstâncias naturais, o Corpo de Desejos comatoso deste é atraído magneticamente ao seu matador, seguindo-o aonde ele vá, sem um momento de trégua. A cena do assassinato passa, então, a apresentar-se sempre diante dele, causando-lhe os dolorosos sofrimentos e angústias que inevitavelmente deve acompanhá-lo com esta incessante repetição de seu crime em todos os horríveis detalhes. Isso continua por um tempo que correspondente ao período de vida do qual privou sua vítima. Se o assassino escapou da forca, de modo que sua vítima tenha passado além do Purgatório antes de morrer, o “cascão ou coscorão” da sua vítima subsiste para representar a parte de Nêmesis[4] no drama do crime revivido.
(Do Livro: Cristianismo Rosacruz – Conferência V – Morte – Vida no Purgatório-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Assim, o cientista oculto atribui todas as causas à Região do Pensamento Concreto e nos diz como elas são geradas ali pelos Espíritos humanos e super-humanos.
Recordando que os Arquétipos criadores de todas as coisas que vemos no Mundo visível encontram-se no Mundo do Pensamento, que é o reino do som, estamos preparados para compreender que as Forças Arquetípicas estão constantemente agindo por meio desses Arquétipos que, então, emitem certo tom, ou, quando vários deles se agrupam para criar uma espécie de forma vegetal, animal ou humana, momento em que os diferentes sons se fundem em um grande coro. Esse tom ou coro é, conforme o caso, a nota-chave da forma assim criada, e enquanto isso vibra a forma ou a espécie perdura; quando ela cessar, também a única forma morre ou a espécie desaparece.
Uma confusão de sons não é música, do mesmo modo que muitas palavras juntas ao acaso não formam uma sentença, mas o som rítmico ordenado é o construtor de tudo o que existe, conforme diz São João nos primeiros versículos de seu Evangelho: “No princípio era o verbo… e sem Ele nada foi feito”; também diz que “o Verbo se fez carne”.
Vemos assim que o som é o criador e o mantenedor de todas as formas, pelo que, no Segundo Céu, o Ego se torna UM com as Forças da Natureza. Com elas trabalha sobre os Arquétipos da Terra e do mar, na flora e na fauna, provocando mudanças que gradualmente alteram a aparência e a condição da Terra, e assim proporciona um novo ambiente, feito por si mesmo, quando poderá colher nova experiência.
Nesse trabalho, o Ego é dirigido por grandes instrutores pertencentes às Hierarquias Criadoras, que são chamados Anjos, Arcanjos e outros nomes, constituindo-se Ministros de Deus. Eles instruem, de modo consciente, na divina arte da criação, tanto no mundo como em sua matéria existente. Eles ensinam como construir uma forma para si mesmo, dando-lhe os chamados “Espíritos da Natureza” como auxiliares, e dessa maneira, todas as vezes que o ser humano passa pelo Segundo Céu está servindo e aprendendo a se tornar um Criador. Ali ele constrói o Arquétipo da forma que posteriormente exteriorizará ao renascer.
(Do Livro: O Cristianismo Rosacruz – Conferência VI – Vida e Atividade no Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Examinando mais minuciosamente as diversas divisões da Região do Pensamento Concreto, constatamos que os Arquétipos das formas físicas – não importam a qual Reino elas pertençam – encontram-se na sua subdivisão mais inferior, ou seja, na “Região Continental”. Nessa Região Continental estão também os Arquétipos dos continentes e das ilhas do mundo, os quais são moldados de acordo com esses Arquétipos. As modificações da crosta terrestre devem produzir-se primeiramente na Região Continental. Enquanto o Arquétipo-modelo não for modificado, as Inteligências, que para encobrir a nossa ignorância denominamos “Leis da Natureza”, não podem produzir as condições físicas que alteram a conformação da Terra e que são determinadas pelas Hierarquias que dirigem a evolução. Essas planejam as mudanças como o arquiteto projeta as alterações num edifício, antes que os operários lhe deem expressão concreta. Da mesma forma efetuam-se mudanças na flora e na fauna, devido às metamorfoses dos respectivos Arquétipos.
Quando falamos dos Arquétipos de todas as diferentes formas do Mundo Físico, não devemos julgar que esses Arquétipos sejam simples modelos, no mesmo sentido em que falamos de um objeto feito em miniatura ou feito de outro material diferente do apropriado ao seu uso final. Não são simples semelhanças nem modelos das formas que vemos em torno de nós, mas são Arquétipos criadores, isto é, modelam as formas do Mundo Físico à sua própria semelhança ou semelhanças, porque, frequentemente, muitos trabalham em conjunto para produzir certa espécie, cada Arquétipo dando de si mesmo a parte necessária para a construção da forma requerida.
A segunda subdivisão da Região do Pensamento Concreto denomina-se “Região Oceânica”. Poderia ser mais bem descrita como vitalidade fluente e pulsante. Todas as Forças que atuam pelos quatro Éteres que constituem a Região Etérica são vistas aqui como Arquétipos. É uma corrente de vida que flui através de todas as formas, assim como o sangue circula pelo corpo – a mesma vida em todas as formas. Nessa Região o clarividente treinado pode comprovar quanto é verdade que “toda vida é una”.
A “Região Aérea” é a terceira divisão da Região do Pensamento Concreto. Aqui encontramos os Arquétipos dos desejos, das paixões, dos sentimentos e das emoções, tais como os que experimentamos no Mundo do Desejo. Aqui todas as atividades do Mundo do Desejo parecem condições atmosféricas. Os sentimentos de prazer e de alegria chegam aos sentidos do clarividente como o beijo das brisas estivais. As aspirações da alma assemelham-se à canção do vento na ramaria do arvoredo, e as paixões das nações em guerra aos lampejos dos relâmpagos. Nessa atmosfera da Região do Pensamento Concreto encontram-se também as imagens das emoções do ser humano e dos animais.
A “Região das Forças Arquetípicas” é a quarta divisão da Região do Pensamento Concreto. É a Região Central e a mais importante dos cinco mundos onde se efetua a evolução total do ser humano. De um lado dessa Região estão as três regiões superiores do Mundo do Pensamento, mais o Mundo do Espírito de Vida e o Mundo do Espírito Divino. No lado oposto dessa Região de Forças Arquetípicas estão as três regiões inferiores do Mundo do Pensamento, mais o Mundo do Desejo e o Mundo Físico. Portanto essa região torna-se uma espécie de “cruz”, limitada de um lado pelos Reinos do Espírito e do outro pelos Mundos da Forma. E o ponto focal por onde o Espírito se reflete na matéria.
Como seu nome indica, essa Região é o lar das Forças Arquetípicas que dirigem a atividade dos Arquétipos na Região do Pensamento Concreto. Dessa Região é que o Espírito trabalha na matéria de maneira formativa. O Diagrama 1 demonstra essa ideia em forma esquemática: as formas, nos mundos inferiores, sendo reflexos do Espírito nos Mundos superiores.
Diagrama 1 – O Mundo Material: um reflexo reverso dos Mundos espirituais
A quinta Região que é a mais próxima do ponto focal pelo lado do Espírito, reflete-se na terceira Região, a mais próxima do ponto focal pelo lado da Forma. A sexta Região reflete-se na segunda, e a sétima na primeira.
(Do Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos: Os Mundos Visível e Invisíveis – O Mundo do Pensamento-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
O suicida, que procurou fugir da vida, apenas descobre que está mais vivo do que nunca, e que se encontra na mais lastimável condição. É capaz de observar aqueles a quem, com seu ato, talvez tenha prejudicado e, pior que tudo, tem uma inexplicável sensação de estar “oco”. A parte da aura ovoide, que geralmente contém o Corpo Denso, está vazia e, ainda que o Corpo de Desejos tenha tomado a forma do Corpo Denso descartado, ele se sente como uma concha vazia, pois o Arquétipo criador do corpo persiste, por assim dizer, como um molde vazio na Região do Pensamento Concreto por tanto tempo quanto deveria viver o Corpo Denso. Quando uma pessoa morre de morte natural, mesmo no vigor da vida, a atividade do Arquétipo cessa e o Corpo de Desejos por si mesmo se ajusta para ocupar toda a forma. Mas no caso do suicida, o horrível sentimento de “vazio” permanece até o tempo em que deveria ocorrer a morte natural
(Do Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos – O Ser Humano e o Método de Evolução – Morte e Purgatório-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Estrato Aquoso: nesse estrato estão as possibilidades germinais de tudo quanto existe na superfície da Terra. Aqui estão as Forças Arquetípicas que se ocultam atrás dos Espíritos-Grupo, como também as Forças Arquetípicas dos minerais, porque essa é a expressão física direta da Região do Pensamento Concreto.
(Do Livro: Conceito Rosacruz do Cosmos – Constituições da Terra e Erupções Vulcânicas – Número da Besta-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Diz-se que Jesus era o filho de um carpinteiro, mas a palavra grega é tekton e significa construtor; ARCHE é o nome grego de matéria primordial. Diz-se que Jesus era também um carpinteiro (tekton). É verdade, ele era um tekton, construtor ou maçom, um Filho de Deus, o Grande Archetekton. Com a idade de trinta e três anos, quando havia recebido os três vezes três (9) graus da Maçonaria Mística, Ele desceu ao centro da Terra. A mesma coisa faz qualquer outro tekton, maçom ou Phree Messen (filho da luz), como os Egípcios os chamavam que desce através dos nove estratos da Terra em forma de arco. Encontraremos, na época do primeiro advento de Cristo, tanto Hiram Abiff, o Filho de Caim, quanto Salomão, o Filho de Seth, renascidos para receber d’Ele a grande Iniciação dos Mistérios Cristãos.
(Do Livro: Maçonaria e Catolicismo – Parte VIII – O Caminho da Iniciação-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Diz-se na Bíblia que José foi um carpinteiro, mas a palavra grega “tekton”deve ser traduzida por “construtor”. Na Maçonaria Mística, Deus é chamado O Grande Arquiteto.
Archeem grego significa a substância primordial e um tektoné um construtor. Assim, Deus é o Grande Mestre Construtor, o qual moldou o mundo com a matéria primordial preparando um campo evolutivo para vários graus de seres. Ele usa no Seu universo muitos tektonsou construtores de vários graus. Qualquer um que siga a Senda do desenvolvimento espiritual, esforçando-se por trabalhar construtivamente com as leis da natureza – como um servo da Humanidade – é um tektonou construtor, no sentido que se acha qualificado para ajudar e dar nascimento a uma grande alma. É por isso que se diz que Jesus era um carpinteiro e filho de um carpinteiro, e entendemos que ambos eram tektonsou construtores numa linhagem cósmica.
(Do Livro: Iniciação Antiga e Moderna – Capítulo I – A Iniciação Mística Cristã-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Goethe, o grande místico, finaliza, apropriadamente, sua versão (de Fausto) com o mais místico de todos os versos encontrados em qualquer literatura:
“Tudo que é perecível,
É somente uma ilusão.
O inatingível,
É aqui consumação.
O indescritível,
Aqui ele está pronto.
O Eterno Feminino,
É para nós uma atração.”
Esta estrofe confunde todos os que não são capazes de penetrar nos reinos onde ela é cantada, isto é, no céu.
Ele fala de tudo o que é ser perecível, mas somente uma ilusão, isto é, as formas materiais que estão sujeitas à morte e à transmutação são apenas uma ilusão do Arquétipo visto no céu. “O inatingível aqui é realizado” o que parecia impossível na Terra é realizado no céu. Ninguém sabe disso melhor do que quem é capaz de funcionar nesse reino, pois toda aspiração elevada e sublime se concretiza. Os indescritíveis anseios, ideias e experiências da alma, que mesmo não podendo se expressar, são claramente definidos no céu. O Eterno Feminino, a grande Força Criadora na Natureza, o Deus Mãe, que nos conduz pelo caminho da evolução, torna-se uma realidade. Assim, o mito de Fausto conta a história do Templo do Mundo, que as duas classes de pessoas estão construindo, e que serão finalmente o Novo Céu e a Nova Terra profetizados no Livro dos Livros.
(Do Livro: Mistérios das Grandes Óperas – Cap. VI – O Preço do Pecado e Os Caminhos da Salvação-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
O som gerado num vácuo não pode ser ouvido no Mundo Físico, mas a harmonia que procede da cavidade vazia de um Arquétipo celestial é a “Voz do Silêncio”, e essa se faz audível quando todos os sons terrestres cessam. Elias não a ouvia, enquanto a tormenta rugia, nem podia percebê-la durante a turbulência do terremoto, nem no ruído do fogo crepitante; mas quando os sons destrutivos e dissonantes deste Mundo se fundiram no silêncio, então “a pequena voz silenciosa” enviava suas ordens para salvar a vida de Elias (IReis 19).
(Do Livro: Mistérios Rosacruzes – Mundo do Pensamento – Região do Pensamento Concreto-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
A outra classe de seres que devemos mencionar é a que a Escola de Ocultismo Ocidental chama de Forças Arquetípicas. Elas dirigem as energias dos Arquétipos Criadores, originados nesse plano: trata-se de uma classe de seres compostos de inteligências de graus muito diferentes e há um estágio na jornada cíclica do Espírito Humano do qual ele faz parte o qual e, também, trabalha. Porque, como o Espírito Humano também está destinado a converter-se em uma grande inteligência Criadora, em algum tempo futuro e se não houvesse ambiente em que pudesse gradualmente aprender a criar, não lhe seria possível adiantar-se, porque nada na natureza é feito repentinamente. Uma semente de carvalho plantada no solo não se converte numa árvore majestosa da noite para o dia, pois requer muitos anos de lento e persistente crescimento antes de alcançar a altura que tem esses gigantes das florestas.
(Do Livro: Mistérios Rosacruzes – Capítulo: III – O Mundo do Pensamento – Região do Pensamento Concreto-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Aprendemos anteriormente, ao estudar o Mundo do Pensamento, que cada forma desses Mundos invisíveis tem o seu Arquétipo, um molde oco vibratório, que emite certo som harmonioso. Esse som atrai e modela a matéria física em formas muito semelhantes às figuras geométricas que se formam numa placa de vidro cheia de areia, cujas bordas sejam postas em vibração por meio de um arco de violino; a areia modela-se em diferentes figuras geométricas, que mudam de forma quando o som muda.
O pequeno Átomo-semente do Corpo Denso no coração é a amostra e o centro em torno do qual se agrupam os átomos do nosso Corpo. Quando esse Átomo-semente é forçado a retirar-se do Corpo na morte voluntária, aquele centro fica vazio, mesmo que o Arquétipo continue vibrando até o limite desta vida, como explicamos anteriormente, não pode atrair nenhuma matéria para esse molde oco do Arquétipo. Por esta razão, o suicida sente uma temível dor que corrói uma sensação de vazio que só poderia ser comparada a angústia da fome.
Neste caso, o intenso sofrimento continuará exatamente durante tantos anos quantos o indivíduo deveria viver em seu Corpo Denso. Ao expirar esse tempo, o Arquétipo sofre o colapso, tal como no caso da morte natural. Então cessa a dor do suicida e começa o seu período de purgação, como acontece com aqueles que morrem de morte natural. Contudo, a memória dos sofrimentos experimentados em consequência do suicídio permanecerá com ele em vidas futuras, e isso o refreará no caso de tentar repetir o mesmo erro.
(Do Livro: Mistérios Rosacruzes – Capítulo V – Primeiro Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Depois que o Espírito fez sua escolha, desce ao Segundo Céu, onde é instruído pelos Anjos e Arcanjos sobre como construir um Arquétipo do Corpo que mais tarde habitará na Terra. Aqui também notamos a manifestação da grande lei da justiça, que decreta que devemos colher o que semeamos. Se os nossos gostos são grosseiros e sensuais, construiremos um Arquétipo que expressará esses defeitos; se, pelo contrário, somos de gostos refinados e estéticos, construiremos um Arquétipo de um refinamento correspondente, mas ninguém pode obter um Corpo mais perfeito do que aquele que é capaz de construir. Então, assim como um arquiteto que constrói uma casa, na qual há de viver depois, sofrerá incômodos se se descuidar de providenciar uma ventilação apropriada, assim também o Espírito se sentirá mal num Corpo construído deficientemente. Como o arquiteto aprende a evitar os erros e as imperfeições anteriores quando constrói uma nova casa, assim também o Espírito que sofre devido aos defeitos do Corpo que construiu para si próprio aprende, com o passar do tempo, a construir veículos cada vez mais eficientes.
(Do Livro: Mistérios Rosacruzes – Capítulo V – Terceiro Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Na Região do Pensamento Concreto, o Espírito também atrai para si os materiais da sua nova Mente. Assim como um imã atrai a limalha de ferro, deixando de lado as outras substâncias, do mesmo modo cada Espírito atrai somente a espécie de matéria mental que usou em sua vida anterior e mais aquela que tenha aprendido a usar em sua vida post-mortem. Depois disso, ele desce ao Mundo do Desejo, onde reúne o material para seu novo Corpo de Desejos, de natureza tal que possa expressar adequadamente as suas características morais. Em seguida, atrai certa quantidade de éter, que se incorpora ao molde do Arquétipo construído no Segundo Céu e que age como argamassa entre os materiais sólidos, líquidos e gasosos recebidos dos Corpos dos pais, que formam assim o Corpo Denso da criança, que renascerá no devido tempo.
(Do Livro: Mistérios Rosacruzes – Capítulo V – Terceiro Céu-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Na Região do Pensamento Concreto todos os objetos sólidos aparecem como cavidades vazias de onde uma nota chave básica é continuamente tocada, assim, quem os vê, também houve dele a história completa de sua existência. Pensamentos-forma que não se cristalizara, ainda em ação concreta ou ser físico, não se apresentam ao observador como uma cavidade, mas ali, os pensamentos não são silenciosos. Ele fala uma linguagem inconfundível e transmitem, de uma forma muito mais precisa do que as palavras, a sua intenção, até que a energia dispendida pelo seu criador se esgote. Como vibram no tom peculiar à pessoa que lhes deu origem, é comparativamente fácil para o ocultista treinado investigar sua fonte.
(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 64-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Por outro lado, o que realmente causa a morte é o colapso do Arquétipo do Corpo Denso.
(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 105-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
O local em que crescerá esta parte do Cordão Prateado está indicado no Arquétipo, mas são necessários aproximadamente vinte e um anos para que a junção se complete.
(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 137-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Este Corpo Denso é formado de acordo com um molde invisível chamado Arquétipo e, enquanto este Arquétipo persistir, o nosso Corpo Denso permanecerá vivo. Quando a morte é decorrente de causas naturais, ou mesmo nos chamados acidentes (que geralmente não são realmente acidentes, mas acontecimentos surgindo para pôr fim a uma vida conforme o plano dos guardiões invisíveis dos assuntos humanos), o Arquétipo é destruído e o Espírito fica liberto.
Um suicídio, no entanto, é diferente. Neste caso, o Arquétipo persiste após a morte durante vários anos até o momento em que ocorreria a morte de acordo com os acontecimentos naturais, portanto, sendo incapaz de afastar de si os átomos físicos, o suicida terá durante esses anos de existência “post-mortem”, uma contínua sensação de dor, semelhante ao suplício da fome, ou a uma dor de dente indefinida, mas excessivamente dolorosa.
(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 152-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
Ao mesmo tempo, ele vê um Arquétipo em fase de construção, que mostra a forma que terá a Terra nessa região quando um cataclismo ou uma série de cataclismos tiver destruído a atual configuração desse continente e do oceano adjacente. Talvez seja arriscado determinar quando começará essa remodelação da Terra, mas o Arquétipo ou matriz moldada em matéria mental e representando o pensamento criador do Grande Arquétipo e de Seus construtores estão tão próximo de conclusão que, ao julgar pelo progresso realizado durante os anos em que o autor observou a sua construção, parece seguro dizer que até a metade do século atual (1950), senão antes, as elevações se terão iniciado.
(Do Livro: Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Pergunta Nº 155-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
F I M
[1] N.T.: Quarta Região do Mundo do Pensamento
[2] N.T.: Fonógrafo é um aparelho inventado em 1877 por Thomas Edison para a gravação e reprodução de sons através de um cilindro. É o precursor dos equipamentos eletrônicos que gravam atualmente.
[3] N.T.: ICor 15:50
[4] N.T.: Nêmesis é um substantivo masculino com origem no grego, que indica vingança ou indignação justificada.
Resposta: Quando seu ratinho de estimação morreu, ele – o Ego animal ou Espírito Virginal da Onda de Vida animal manifestado aqui – voltou para o Espírito-Grupo, do qual, por assim dizer, ele é uma célula. O amor e carinho que você lhe deu, naturalmente, adiantou-o em sua evolução, ajudando-o a alcançar um grau de consciência mais alto do que teria sido possível de outra forma e, também, adiantou a evolução espiritual do próprio Espírito-Grupo. O Ego animal ou Espírito Virginal da Onda de Vida animal manifestado aqui que habitava o corpinho do ratinho não era individualizado no sentido de como somos nós (um Ego humano ou Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui), e embora a consciência do ratinho tenha sido elevada, não continuará como entidade “separada”, a não ser de maneira semelhante a uma célula do nosso Corpo Denso. O crescimento dos Egos animais coincide com o do Espírito-Grupo. O mesmo Ego animal, sem dúvida, renascerá aqui no Corpo de um ratinho e se você morresse logo após a morte dele, “poderia” vê-lo. Não é impossível, embora não muito provável em conexão com um animal num ponto tão baixo da escala evolutiva. É também possível que o mesmo Ego animal venha a você após renascido em outro ratinho.
Seja como for, seu carinho e seus cuidados a qualquer animal traz recompensa em crescimento anímico para você e para o Ego animal, e cremos ser melhor nos abstermos do aspecto “pessoal” da questão. Todos os animais (cachorro, gato, peixes, ratinhos, vaca, boi, galinha, elefante, cavalo e todos os outros) são todas criaturas de Deus, e como tais merecem nossa ajuda, venham ou não a ser nossos “bichinhos de estimação”.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – janeiro/fevereiro de 1988 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Resposta: A finalidade do matrimônio é a perpetuação da raça humana e, de acordo com a natureza física dos pais, somada ao ambiente em que ambos vivem, assim será a criança. Vemos, por exemplo, que os emigrantes, que chegam a um determinado país, são diferentes das crianças que eles mesmos, uma vez chegados ao novo país, geram e, que as crianças geradas no continente americano são diferentes das geradas no continente europeu, por exemplo. Assim, os sicilianos – que vieram da Itália – possuem a cabeça mais alongada e os filhos que eles geram no país para o qual emigraram têm uma cabeça mais arredondada; da mesma forma os judeus possuem a cabeça mais arredondada e os filhos que geram no país para onde emigraram têm uma cabeça mais ovalada, o que mostra que as pessoas oriundas de vários lugares quando migram para outros países, especialmente, do continente americano, têm uma tendência de amalgamar e gerar um novo formato de partes do Corpo.
Essas mudanças não são frutos do acaso. Os Grandes Líderes da Humanidade sempre concentram seus esforços em criar certas condições que permitam o surgimento de determinados tipos. Pois, somente dessa forma, podem se desenvolver as faculdades necessárias ao progresso do Espírito. Houve um tempo em que foi necessário, para a evolução do Ego, que se casassem dentro de uma mesma família. Naquela época, a Humanidade não era tão evoluída e individualizada como é atualmente. Ela era regida por um Espírito de Família que entrava no sangue por meio do ar que inspiravam para ajudar o Ego a controlar seus Corpos. Então a Humanidade tinha o que é conhecido como a “segunda visão”, a qual é ainda encontrada entre as pessoas que persistiram, principalmente, em se casar dentro da própria família, como, por exemplo, os indivíduos que habitam as Terras Altas da Escócia (norte daquele país) e os Ciganos.
Mas, era necessário que os seres humanos esquecessem os Mundos espirituais, por um certo tempo, e não se lembrassem de outra vida, a não ser a presente. Para realizar essa mudança conscientemente, os Grandes Líderes da Humanidade tomaram algumas medidas, entre elas a proibição de casamentos dentro de uma mesma família. Quando lemos no quinto capítulo do Livro do Gênesis que Adão viveu mais de 900 anos e todos os patriarcas viveram séculos, isso não significa realmente que essas pessoas viveram durante todo esse período de tempo, mas o sangue que corria em suas veias era transmitido diretamente aos descendentes deles e esse sangue continha os acontecimentos da família individual deles como agora contém os acontecimentos de nossas vidas individuais, pois o sangue é o detentor de todas as nossas experiências. Consequentemente, os descendentes das famílias patriarcais se viam como Adão, Matusalém, etc. É natural que, com o passar dos séculos, as imagens desses acontecimentos, gradualmente, iam se enfraquecendo e, quando a memória de Adão se apagou do sangue de seus descendentes diretos, foi dito que Adão morreu.
À medida que o ser humano se tornou mais individualizado, foi necessário aprender a se manter ereto sobre as próprias pernas, sem a ajuda do Espírito de Família. Então, os casamentos entre membros de diferentes grupos raciais foram permitidos, ou até mesmo ordenados, e o casamento dentro da família não era mais autorizado. Isso pôs fim à Clarividência. A ciência demonstrou que quando o sangue de um animal é inoculado nas veias de outro animal, ocorre a hemólise, ou a destruição do sangue, de modo que a espécie inferior morre. Porém, com a inoculação de sangue estranho, seja de que modo for, sempre mata alguma coisa, se não a forma, pelo menos uma faculdade, e o sangue estranho introduzido pelo casamento pôs fim à Clarividência adquirida pelo ser humano primitivo. Sobre a afirmação de que o sangue estranho pode destruir, tanto é verdadeira que podemos ver isso no caso dos híbridos. Onde, por exemplo, um cavalo e um burro são acasalados, a progênie é uma mula, mas essa mula não tem a faculdade reprodutora porque não está sob o Espírito-Grupo dos cavalos nem sob o domínio do Espírito-Grupo dos burros, e se fosse reproduzir, o resultado seria uma espécie que não estaria sob o domínio de nenhum Espírito-Grupo. A mula não está tão evoluída a ponto de poder guiar o seu instrumento sem o auxílio de um Espírito-Grupo, assim lhe é negada a faculdade de reprodução – o Espírito-Grupo retém o Átomo-semente da fecundação. No entanto, com a Humanidade foi diferente. Quando se chegou à fase em que os casamentos fora do grupo foram ordenados, os seres humanos haviam chegado ao ponto da evolução da autoconsciência em que eram capazes de se guiar deixando de ser autômatos guiados por Deus para se tornarem indivíduos autônomos. Quanto maior for a mistura de sangue, menor será a influência que o Espírito encarnado receberá de qualquer Espírito de Raça ou Espírito de Família, os quais influenciaram os nossos ancestrais. Assim, maior abrangência será dada aos Egos que renascem quando há casamentos com estranhos, do que quando o fazemos com um primo, por exemplo.
(Pergunta nº 23 do livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Vol. I” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
Em todas as atividades filosóficas religiosas aparecem, frequentemente, os símbolos. O esoterista conhece um bom número deles e, por isso, pode interpretar logicamente os mitos. O Cristão esoterista sabe que a Bíblia não é um “livro aberto”. Ao contrário, é um compêndio riquíssimo, composto pelos Anjos do Destino, com tal Sabedoria que pode ser interpretada validamente por muitos modos. Podemos fazer uma ideia disso, pela citação de S. Paulo apóstolo, em uma de suas Epístolas: “a história de Sara e Agar é simbólica”[1]. “Cristo-Jesus dizia falar por meio de parábolas, a fim de que, ouvindo-o, não o entendessem”. Em outra passagem, S. Paulo, pedagogicamente, afirma: “aos pequeninos na doutrina damos leite; aos adultos, alimento sólido”[2]. Pelo exposto vemos que os livros mais profundos se constituem de “chaves” ou “mistérios” que vão sendo desvelados pelos seres humanos, na medida de sua iluminação interna.
Realmente, todas as coisas criadas devem ser consideradas de um duplo ponto de vista: espiritual e material. O Cristão-cientista leva evidente vantagem na compreensão de tudo, porque tem essa visão global. Ele sabe que o plano espiritual é o mundo das causas e o material, o dos efeitos. A visão do materialista é parcial e defeituosa, sendo amiúde induzido a erros. Também o Cristão místico muitas vezes se engana, porque dedica pouca atenção às leis da matéria. O ideal é a fusão da Ciência, Religião e Arte, ensinada pela Fraternidade Rosacruz e conducente a uma compreensão integral, una, coerente, dos aspectos externo e interno, do micro e do macrocosmo.
Que os Mundos espirituais são os das causas e o Mundo material, o dos efeitos, não há dúvida. Podemos comprová-lo a cada passo. O ser humano, racional que é, nada faz que não seja precedido pelo pensamento, pelo planejamento. Tudo o que existe ao nosso redor nasceu primeiramente de um pensamento, que era invisível a todos, menos a seu criador. O início do Evangelho de S. João, o mais profundo e misterioso dos quatro, afirma que “tudo nasceu do Verbo”[3] e tudo o que vemos manifesto, inclusive nós, é carne provinda do Verbo.
No mundo mental, a Hierarquia Zodiacal de Sagitário, os Senhores da Mente, já em estado criador são os responsáveis pela formação dos quatro Reinos em evolução. Eles nos deram o germe da Mente e nos ajudam a desenvolvê-la. Nesse plano, consideram nossa evolução e Epigênese admitindo nossa interferência na formação de nossos futuros corpos e do ambiente em que vamos renascer, quando ainda estamos na vida antenatal.
De cada coisa criada – nossos veículos, os de um determinado animal, vegetal, um continente – há naquele plano mental um molde vivente, chamado Arquétipo, que é a origem vibratória que modela e sustenta as coisas manifestadas. Tais Arquétipos têm, cada um, determinado tempo de vibração, durante o qual a forma se mantém. Vencido esse prazo, deixa de vibrar e a forma se desfaz, porque a energia que a mantinha coesa se afasta, voltando à sua origem para formação de novos Arquétipos. É a morte física. Fica, todavia, na Memória da Natureza, uma gravação da forma criada, permitindo que, em qualquer tempo futuro, um Iniciado de quarto grau, como foi Max Heindel, possa verificar, na Região arquetípica do Mundo do Pensamento, os sucessos do passado, tais como foram e não como a história os relata.
Muitas vezes ocorre que uma coisa criada seja a combinação de vários Arquétipos. E muitas vezes um Arquétipo é modificado para que a forma, neste Mundo material, também o seja. É o caso, por exemplo, de certa região que sofra modificações, em virtude de uma erupção vulcânica. É o caso de todas as mudanças havidas através dos tempos no globo terrestre. Mas, as modificações, primeiramente, ocorrem no plano mental e depois no físico. É o mesmo que um indivíduo que, anos após haver construído sua casa, faz uma reforma e a modifica. Para isso ele modificou o primeiro planejamento, em sua Mente, atendendo a certas conveniências. Isso nos mostra como realmente “o que é em cima é como o que está embaixo”.
Esse preâmbulo é importante fundamento para o tema que nos propomos, sobre símbolos e emblemas.
Que é um símbolo? É a representação de uma verdade espiritual. É bem diferente de emblema.
Que é um emblema? É a combinação de certas ideias e coisas, de um ponto de vista material ou filosófico.
Nesta época de conquistas espaciais tem se falado como poderíamos fazer-nos compreender por habitantes de outros Astros ou de outros Sistemas Solares. Pois nós respondemos: através dos símbolos. Se projetarmos, por exemplo, um triângulo perfeito, damos imediatamente, a qualquer ser racional, deste ou de outros Sistemas Solares, a ideia de uma trindade em um. E por que entenderão? Porque somos todos, nós e eles, essencialmente Espíritos e o íntimo nos revela a significação do símbolo, não importa quão diferente seja nosso exterior do deles. Já o emblema, não; ele é o resultado do mundo fenomênico. Um brasão que represente um município, combinando ideias e coisas caracterizadoras dessa região, nada ou pouco dirá a um habitante de terras distantes, necessitando ser interpretado.
É verdade que também o símbolo, para ser compreendido com certa profundidade, deverá ser interpretado por pessoa competente. Mas, os significados do símbolo encontram eco em nosso interior, provocam certas vivências internas, reações espirituais, porque nosso íntimo reconhece algo familiar, que está sendo gravado em nossa persona ou natureza humana. O emblema já não provoca essa correspondência interna. No máximo, atende a certa correlação lógica de coisas e fatos. Às vezes, nem isso, como é o caso da pintura moderna, em que as representações exprimem uma indefinida vivência de seu criador.
A cruz é um símbolo. Ela corresponde a um conjunto de Arquétipos e de verdades pré-existentes. O madeiro inferior, partindo de baixo para cima, é uma expressão do reino de vida vegetal, porque as forças vitais mantenedoras do reino vegetal se exteriorizam, de dentro do Globo para a periferia, das raízes para as copas. O madeiro horizontal simboliza o Reino de vida animal, porque as forças espirituais mantenedoras desse Reino transitam pela superfície da Terra, passando pela espinha dorsal dos animais. Nenhum deles, por isso, pode manter-se durante muito tempo em posição vertical, pois morreria por falta desse influxo do Espírito-Grupo. O madeiro superior corresponde ao Reino de vida humano, porque as forças espirituais que se infundem em nós, vêm de cima para baixo. Assim, a cruz, fixada no solo mineral, é um conjunto de Arquétipos correspondentes aos quatro Reinos atualmente em evolução na Terra. Representa, igualmente, o conjunto instrumental do ser humano, a série de Corpos pelos quais atualmente se expressa: o Corpo Denso (o solo em que se fixa a cruz, o mundo em que evolucionam os elementos de que ele se formou), o Corpo Vital (o madeiro inferior, a capacidade etérica de metabolismo, procriação, capacidade sensorial, calor e circulação sanguíneos, memória), o Corpo de Desejos ou emocional (madeiro horizontal, capacidade de movimento, instintos, desejos e emoções) e veículo Mente (madeiro superior, laringe em vertical, influxo espiritual de cima para baixo, capacidade racional).
Dentre os materiais que Max Heindel recebeu dos Irmãos Maiores, para fundação da Fraternidade Rosacruz, está o símbolo da Cruz e das Rosas. Consiste numa Cruz trilobada e branca sobreposta a uma Estrela Dourada de cinco pontas. No centro da Cruz há uma rosa branca, rodeada por uma quase coroa de sete rosas vermelhas.
Já vimos o simbolismo da Cruz. É uma realidade arquetípica ter uma correspondência no Mundo do Pensamento Concreto. A cruz representa a cadeia completa de veículos pelos quais se expressa o gênero humano. Representa, igualmente, os quatro Reinos em evolução na Terra. As razões já foram explicadas.
As rosas simbolizam os Centros sensoriais do Corpo de Desejos, os pontos de percepção que devem ser despertados em nosso Corpo de Desejos. São faculdades latentes adormecidas, cujo despertar corresponde ao desabrochar das rosas das virtudes. O ser humano é uma planta invertida. A planta recebe o alimento pelas raízes e o encaminha para cima. O ser humano o toma em cima, pela boca, e o dirige para baixo. Os órgãos geradores da planta são a flor, coisa bela que deleita a quem a vê; que inspira o artista. A geração é feita castamente, sem paixão. O ser humano tem seus órgãos geradores em baixo e os esconde com vergonha. Seu ato gerador é mesclado de paixão. Desse modo, a flor simboliza um ideal de pureza que o ser humano deve alcançar um dia, quando haja sublimado seus instintos e dirija a força sexual criadora à cabeça, para despertar os dois centros sensoriais situados no crâneo.
Surge, então, a Clarividência, a iluminação, e a cabeça se converte numa auréola de luz, cuja haste etérica desce pela laringe, como autêntica flor espiritual. Nos trabalhos da Fraternidade Rosacruz, o Oficiante (o Estudante Rosacruz que está oficiando o Ritual do Serviço Devocional) sempre se dirige aos presentes com a saudação “que as rosas floresçam em vossa cruz”. É o desejo que ele expressa de que essa iluminação interna se realize em cada Aspirante à vida superior. Os ouvintes retribuem dizendo: “E na vossa também!”. As rosas são vermelhas, não o vermelho da paixão do sangue venoso, senão a expressão de energia pura. A rosa branca do centro é a súmula, a síntese das cores, o símbolo da Unidade de nossas virtudes.
Quando Max Heindel concebeu esse símbolo sob orientação dos Irmãos Maiores, sendo um Iniciado que havia atingido a Região Arquetípica do Mundo do Pensamento Concreto, sabia que ele correspondia a uma realidade espiritual com força interna para suscitar, no íntimo de quem o vê, uma mensagem de regeneração, um convite à elevação, algo que faz bem a nossa Alma. Não deve, pois, ser alterado em nenhum de seus detalhes, porque a forma mental de um emblema (pois não seria um símbolo) semelhante seria atraída ao Arquétipo verdadeiro, pela similitude vibratória da forma, provocando desarmonias no ideal de quem o criou.
Pelo exposto podemos compreender que os verdadeiros símbolos têm raiz espiritual e só podem ser transmitidos por um Iniciado. Aquilo que os neófitos criam para representar a mensagem que desejam transmitir a seus companheiros é apenas emblema, sem força de gerar em nossa alma os impulsos vibratórios induzidos dos Mundos internos. É por isso que os Evangelhos dizem: “Não temos outra autoridade senão a que recebemos dos céus; não precisamos combater nada; o que vem de Deus subsiste; o que vem do ser humano, logo passa”. “Mas, buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6; 33).
Dessa fonte interna, quando começa a jorrar, é que provém a inspiração, a intuição, o magnetismo que atrai o poder de comunicar a ideia, a capacidade de congregar seres humanos e esforços.
A força comunicada pelos símbolos é que tem eternizado o Cristianismo. A força da Religião antiga judaica, transmitida por Moisés, igualmente residia nas coisas ocultas. O Tabernáculo no Deserto com suas dimensões, formas e finalidades era um símbolo do universo, do mundo e do ser humano. Por isso ainda se conserva o Antigo Testamento, que, junto ao Novo Testamento, constitui o mais completo documento evolucionário jamais dado à Humanidade.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – junho/1968 – Fraternidade Rosacruz – SP)
[1] N.R.: Gl 4:24
[2] N.R.: ICor 3:1-3
[3] N.R.: Jo 1:1
No dia 4 de outubro, consagrado no hagiológio a São Francisco de Assis, comemora-se o “Dia das Aves” e o “Dia Internacional dos Animais”. A escolha não poderia ser melhor, pois o Poverello exemplificou no trato amoroso com os representantes da onda de vida animal. Ao próprio lobo e ao asno chamou de irmãos.
Johannes Joergensen – um escandinavo de origem protestante que abraçou e seguiu a ordem franciscana – recontou em forma poética algumas das lendas franciscanas, inspirando assim a instituição do “Dia das Aves”.
Em uma das narrativas de Joergensen, São Francisco caminhava pelos campos acompanhado por dois de seus discípulos. Deteve-se junto a uma árvore, em cujos galhos pousavam uma infinidade de pássaros. Ali decidiu pregar um sermão “aos nossos irmãos passarinhos”, exortando-os a louvarem Senhor, que lhes dava alimentos, lindas e coloridas roupagens, belos e murmurantes riachos para se dessedentarem, rochedos e árvores para construírem os ninhos.
Na realidade, São Francisco dirigia-se ao Espírito-Grupo de cada espécie animal, donde surgiu a lenda segundo a qual ele conversava com nossos irmãos inferiores.
É louvável tal data constar do calendário escolar, motivando pequenas solenidades onde se faz apologia da preservação animal. Seria, porém, mais edificante e coerente, abolir-se de vez a abominável prática de vivissecção nas escolas. Por que, mesmo a pretexto de estudos, macular o íntimo das nossas crianças com atos tão cruéis? Já não bastam as cenas grotescas e traumatizantes oferecidas· pelas revistas mundanas e pela televisão?
As páginas esportivas dos nossos jornais veiculam, frequentemente, notícias sobre campeonatos de tiro-ao-pombo. Isto constitui um apelo subconsciente à violência.
Que dizer então das caçadas? Convenhamos, é um “hobby” revelador de pouca civilização, contrastando com a empáfia de seus praticantes.
Que dizer das touradas, onde o animal enfurecido, às vezes, faz do toureiro a sua vítima?
Que dizer das brigas-de-galo? Embora na clandestinidade encontram muitos apreciadores por esse mundo afora.
Sem falar ainda nos animais sacrificados diariamente para servir, erroneamente, de alimento ao “homo sapiens”. Não nos causa espanto o fato da saúde dos seres humanos ser uma lastima. É o resultado lógico de transgressões, de crueldades cometidas contra aqueles a quem deveriam dedicar estima e ajuda. Privando esses seres de suas oportunidades de evolução, o ser humano só atrairá para si as mais danosas consequências.
A natureza é a expressão física de Deus. E pasmem… quantos crimes se perpetram contra ela, pela dizimação das espécies animais e vegetais. Não se percebe, ou faze-se vistas grossas aos desequilíbrios ecológicos que por certo virão em nosso prejuízo, caso a sanha predatória do ser humano não seja contida a tempo.
É digno dos maiores encômios o esforço dos ecólogos para fazer valer seus pontos de vistas sobre a necessidade de proteção a fauna e a flora. Contudo, pelo menos até agora continuam a pregar no deserto. Essa luta árdua, não obstante, merece o apoio integral dos estudantes rosacruzes, ciosos da responsabilidade que os cerca como fruto do conhecimento.
Sirvam de inspiração as formosas palavras de Ella WheeIer Wilcox:
“Eu sou a voz dos que não falam, e por mim falarão os que são mudos”.
“Eu sou o guardião dos meus irmãos; lutarei sua batalha e defenderei o animal e a ave, até que o mundo faça as coisas como deve”.
(Gilberto A V Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz de outubro/1974-Fraternidade Rosacruz-SP)
Hoje, pouco se sabe a respeito de Hierarquias ou Seres superiores que nos auxiliam em nossa evolução. Quando buscamos pesquisar o significado da palavra “compassivo”, nos deparamos com empatia e compaixão para com as pessoas que nos cercam, portanto, isso deve fazer parte do nosso dia a dia, quando o dever é expressar nosso amor e compaixão, mas de forma prática, isto é, ajudar nossos irmãos e irmãs que precisam de um sorriso, de um aperto de mão, de serem ouvidos e mais além, precisamos nos colocar no lugar deles em busca de uma mínima compreensão do que os outros estão passando, pois somos compassivos e sensíveis ao sofrimento alheio.
Esses “Compassivos Seres” são as Hierarquias Criadoras, que têm guiado a Humanidade no Caminho de Evolução desde o começo da nossa jornada, no início do Período de Saturno e, ainda estão ativas e trabalhando conosco para que sejamos capazes de alcançar uma realização individual de glória, honra e imortalidade. E a maneira mais eficiente de colaborarmos é servindo à Humanidade.
No Período Terrestre, que é o ponto em que nos encontramos no atual Esquema de Evolução, temos as seguintes Hierarquias Criadoras, as quais apresentam, para conosco, respectivamente, relacionamentos específicos de trabalho:
1) Hierarquia Criadora Senhores da Sabedoria – também chamada de Hierarquia Zodiacal de Virgem – São encarregados de nos ajudar no desenvolvimento do nosso veículo Espírito Divino. O Espírito Divino é a contraparte superior do nosso Corpo Denso;
2) Hierarquia Criadora Senhores da Individualidade – também chamada de Hierarquia Zodiacal de Libra – São encarregados de nos ajudar no desenvolvimento do nosso veículo Espírito de Vida. O Espírito de Vida é a contraparte superior do nosso Corpo Vital;
3) Hierarquia Criadora Senhores da Forma, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Escorpião – São encarregados de nos ajudar no desenvolvimento do nosso veículo Espírito Humano. O Espírito Humano é a contraparte superior do nosso Corpo de Desejos;
4) Hierarquia Criadora Senhores da Mente, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Sagitário – Nos ajudam a desenvolver o veículo Mente, que hoje é apenas uma nuvem sobre nossas cabeças;
5) Hierarquia Criadora dos Arcanjos, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Capricórnio – São especialistas em trabalhar com materiais do Mundo do Desejo. Neste Período Terrestre exercem várias funções, dentre as mais destacadas: Espírito-Grupo dos animais (quando são responsáveis pela evolução de cada ser animal existente), Espírito de Raça, em que a função desses grandes Arcanjos é auxiliar Jeová na sua missão de orientar a humanidade. Sabemos que atualmente são poucos os seres humanos que necessitam desse tipo de segmentação. E outra função dos Arcanjos é nos ajudam a controlar o nosso Corpo de Desejos;
6) Hierarquia Criadora dos Anjos, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Aquário. Neste Período Terrestre exercem várias funções, dentre as mais destacadas temos: Espírito-Grupo dos vegetais (em que são responsáveis pela evolução de cada ser vegetal existente), Anjos do Destino – também chamados de Senhores do Destino ou Anjos Relatores – em que uma das funções é nos ajudar na escolha de nosso ambiente do próximo nascimento e dedicando que a cada vida o destino produza os necessários efeitos. E outra função não menos importante é a ajuda prestada a nós no manuseio do material etérico e
7) Hierarquia Criadora dos Espíritos Virginais da Onda de Vida Humana – o ser humano -, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Peixes. E dentre os irmãos desta Onda de vida que nos ajudam em nossa evolução, podemos citar os Irmãos Maiores que escolheram ficar aqui para ajudar a humanidade.
Isto nos faz lembrar que as sublimes Hierarquias Criadoras não descuram de nossa evolução, e, se bem que tenhamos o privilégio do livre-arbítrio, é bom ressaltar os limites dele, face, ainda, ao desconhecimento que temos, em boa parte, das Leis Divinas.
Diante de toda essa maravilhosa ajuda que recebemos, o Aspirante à Vida Superior deve ter como foco: ajudar sempre, sejam quais forem as circunstâncias e ocasiões, mesmo diante de problemas graves e delicados. Por isso, a importância da constância em ajudar, ajuda essa sempre pautada pelo forte espírito de equipe, que significa, entre outras coisas, compreensão e desprendimento, fatores esses indispensáveis, se realmente queremos colaborar efetivamente neste belo trabalho iniciado pelos queridos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, que trabalham sempre, sempre em benefício da Humanidade.
Max Heindel nos deixa um grande exemplo que é jamais desistir quando tropeçamos. Pois sabemos que esse maravilhoso e sublime trabalho iniciado por esses compassivos seres, que nos ajudam e guiam na redenção da Humanidade e que, em momento algum, deverão sofrer arranhões, críticas, desconfiança, devido às nossas deficiências ou ignorância, quando deixamos o nosso eu inferior duvidar desse trabalho.
Só mediante a prática diária dos Ensinamentos Rosacruzes o Aspirante à vida superior conseguirá, em sua peregrinação, de modo muito seguro e efetivo, superar essas tramas do “eu inferior” e, sempre ter a oportunidade de retornar ao caminho reto. Pois, quanto mais buscamos nos alimentar do bem, por meio de pensamentos positivos e amorosos, maior será o brilho da luz que o Cristo Interno lançará para iluminar os nossos caminhos.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Estudamos no livro “A Mensagem das Estrelas – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz” que “o Caminho de Evolução da Humanidade está indissoluvelmente unido às divinas Hierarquias que regem os Astros e os Signos do Zodíaco” e, também estudamos no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz” que nos ensina que essas Hierarquias Criadoras têm a seu cargo diferentes partes do controle da evolução humana, assim como da do animal e da do vegetal, e que guiam a evolução da vida e da forma em outros Astros também.
Enquanto o Sol passa através do Signo de Capricórnio, de 22 de dezembro a 21 de janeiro, faremos bem em estudar os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental concernente às diferentes fases da manifestação relacionadas com estes símbolos espirituais.
Cada estrela, cada Planeta ou o Sol é o corpo de uma entidade que se manifesta por meio de raios de energia que compenetram todo o espaço. O Signo de Capricórnio está relacionado com as hostes angelicais, e o Sol está relacionado com os Arcanjos e com o maior deles: Cristo.
Os Arcanjos operam mediante corpos compostos da substância do Mundo do Desejo, mas seus poderes chegam a muitos Mundos que se encontram acima e abaixo desse Mundo. O Regente do nosso Planeta Terra é Cristo, em sua manifestação como um raio do Cristo Cósmico.
Os Arcanjos atuam como Espíritos de Raça sobre a Terra e nos influenciaram (e ainda há muitos influenciam) através do Corpo de Desejos humano. Também são Espíritos-Grupo dos animais e guiam a evolução da Onda de Vida Animal.
À medida que a Terra gira em torno do Sol se converte no ponto focal dos raios solares em combinação com cada Signo do Zodíaco; essas Hierarquias Criadoras estimulam as atividades especiais na Terra.
Todo fenômeno da Natureza tem um especial propósito espiritual. Ensina-nos que o grande ciclo da Precessão dos Equinócios, que equivale a um período de 25.868 anos, assinala a elevação e a queda das nações, povos, raças, países e suas Religiões.
Durante o trânsito de Precessão do Sol através de um Signo, que dura aproximadamente 2.156 anos, é feito um trabalho especial com uma nação ou um grupo de nações, como o atestam as 1ª e 2ª Guerras Mundiais, que são as culminações da separatividade nacional entre as nações, durante a Precessão dos Equinócios através do Signo de Peixes. O efeito final será a unidade.
O trânsito anual do Sol através dos Signos marca a mudança das estações e dos processos vitais em todas as formas viventes, tanto que o impulso espiritual incorporado neste acontecimento está sempre se dirigindo para o despertar do gênio adormecido de um Espírito individualizado.
Durante o período que antecedeu a Era Cristã, o Espírito Santo teve a seu cargo a evolução humana, e alguns Arcanjos e Anjos estiveram sob a sua liderança. Eles trabalharam principalmente sobre o aspecto emocional da alma humana e foram estabelecidas a beleza e a diversidade dos tipos nacionais. O patriotismo foi a suprema expressão do amor e da devoção. O patriotismo e os aspectos nacionais da Religião cegaram os indivíduos a respeito da realidade de um só Deus com muitos nomes.
Com o advento da Era Cristã, esses Arcanjos das nações e esses Anjos prestaram obediência a Cristo e o Espírito de Cristo se converteu no Espírito Interno da Terra. Agora todas as Hierarquias Criadoras trabalham com o Cristo para ajudar a Humanidade a converter o patriotismo em Fraternidade humana.
A comunicação e o intercâmbio internacionais estão tecendo uma grande aproximação de destino, que nos envolve em tantos interesses internacionais comuns, que as barreiras nacionais estão desfazendo-se gradual e lentamente. Diante da ameaça dos horrores de uma possível guerra nuclear, estamos gradualmente despertando para o sentido comum de ideal de paz sobre à Terra e boa vontade entre os seres humanos.
Existência após existência, todo ser humano está dando um pouco mais de expressão terrena à verdade espiritual de fraternidade do ser humano. É nossa resposta ao chamamento do nosso Redentor, o Príncipe da Paz, o Senhor do Amor.
Felizmente, a Religião está progredindo, transformando a idolatria, a adoração da forma, pelo Cristão Místico, a adoração do princípio. O governo tem evoluído, progredindo do despotismo, governo absoluto de um só indivíduo, à república democrática, na qual prevalece o grupo de governo representativo.
A ciência libertou-se do controle estatal e religioso e vem servindo ao bem-estar, rumando para campos cada vez mais amplos. À arte, porém, ainda não chegou a sua completa expressão, mas está fazendo progressos. Chegará o dia em que a Humanidade despertará à necessidade de incorporar beleza em cada expressão de vida.
Cada ano, ao nascer o Cristo na Terra, é dado um novo impulso de vida a toda criatura vivente. Quando relacionamos essa verdade ao ensinamento de que é em Capricórnio que são dados os grandes impulsos para a evolução e progresso nacionais, compreendemos a importância da presente estação no que se refere à política, à economia, às finanças e seu emprego.
À analogia, chave-mestra de todos os mistérios espirituais, ensina-nos que o Espírito da Terra está dentro dela, desde o Equinócio de Setembro (quando o Sol entra em Libra) até o Equinócio de Março (quando o Sol entra em Áries). Durante essa época, a Terra enche-se do Amor de Cristo em uma forma íntima. Na época do Solstício de Dezembro, Ele sai em seus veículos superiores, para se revivificar em Espírito mediante a comunhão com o Pai e, tanto que, todas as criaturas dão expressão visível à vida e ao poder com os quais Sua vinda encheu a Terra.
Isto é análogo a nossos estados alternados de vigília e de sono. Trabalhamos em nossos Corpos e veículo durante o dia e saímos deles durante o sono noturno. Mas as forças vitais estão ativas dentro do Corpo, de modo que despertamos na manhã do novo dia, refrescados e renovados.
O egoísmo, a inveja e o materialismo devem ceder lugar, como resposta, ao chamado do Princípio de Cristo a melhores condições. Capricórnio, pode-se dizer, é o Signo da engenharia de todas as classes e os profissionais do mundo estão tratando de despertar a milhões de humanos para a libertação da pobreza e da enfermidade, em todas as partes do nosso globo, por meio de melhores métodos de cultivo à terra, da construção de caminhos e do correto cuidado com o Corpo Denso. Os “engenheiros” educacionais estão ajudando a erradicar a ignorância e a estimular o impulso interno do Espírito, de elevar-se para mais sublimes níveis de consciência.
Verdadeiramente estamos no amanhecer de uma nova Era, e nós que recebemos os iluminados Ensinamentos Rosacruzes devemos estar na vanguarda do novo pensamento, que promete em sua plenitude a emancipação dos antigos métodos que exploravam a muitos, em benefício de poucos. Devemos ser capazes de pensar em termos do maior bem para o número maior; devemos estar prontos a adaptar-nos à nova ordem de coisas, por meio do servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível) o irmão e a irmã que está ao seu lado, focando esse serviço na divina essência oculta em cada um deles (pois nele também essa essência e ela por meio dela que se acessa a base à Fraternidade) por meio de pensamentos, sentimentos, emoções, desejos, palavras, atos, obras e ações. Podemos pensar a nosso próprio respeito como um Corpo de paz espiritual, fazendo todo o possível para exemplificar e disseminar os mais elevados ideais de vida, onde quer que estejamos.
Durante milhares de anos quase todo o nosso esforço sobre a Terra esteve centrado em obter sustento, vestimenta e abrigo. Contemplemos a visão da Era que se aproxima rapidamente, na qual, uma vez asseguradas estas coisas com um mínimo de esforço, teremos tempo para dedicar uma maior proporção de nosso poder criador a resgatar os lugares desertos da Terra, e por beleza na vida, a erradicar a enfermidade e o crime, a estudar o mais amplo significado da vida.
Em nosso estudo da ciência espiritual da Astrologia Rosacruz descobrimos que quando, no tempo presente, Netuno, o Planeta da Individualidade, está transitando pelo Signo de Escorpião, que governa as forças ocultas da Natureza; quando Júpiter, o Planeta da expansão e da benevolência, está transitando por Peixes, o Signo da antiga ordem das coisas, e quando Urano, o despertador, está transitando por Virgem, o Signo que governa o serviço, o trabalho e a saúde há o acúmulo dessas poderosas influências, e podemos esperar com segurança ver muitas investigações ocultas nos campos científicos, e para aqueles que estejam o suficientemente evoluído para responder ao lado superior da vibração de Netuno em Escorpião, existe a promessa de um progresso na realização espiritual, mediante a arte, a música, a dança e a poesia, assim como na Cura Rosacruz.
A Igreja e os ideais religiosos em geral se elevarão para a unidade, com o consequente rompimento com os credos e práticas antiquadas, tanto na Religião como na saúde. Os ideais de serviço, trabalho e saúde devem alcançar novos níveis à medida que o altruísmo aumente sua força em todas as atividades da Humanidade.
Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental nos informam que esta é a revolução Marte-Mercúrio do Período Terrestre. Marte é o significador do guerreiro, do trabalhador, do desejo, da paixão, da energia dinâmica, do impulso e da força centrífuga de repulsão. Quão claramente correspondem estas notas-chave às características das idades passadas! Porém agora estamos entrando na metade mercurial do Período Terrestre e Mercúrio representa o pensador, o escritor, a razão, a lógica, a relatividade, a habilidade mental e as mudanças. As massas do povo devem aprender a pensar, e a pensar sem se confundir pelo sentimento ou o desejo.
Ao nosso redor, ainda que invisíveis, as Hierarquias Criadoras estão em “seus postos”, guiando a Humanidade para o bem maior. Quando nos desviamos da Lei Divina sofremos, mas, então, vem-nos a luz e damos o próximo passo em sua direção.
Cristo veio para salvar o que se havia “perdido”. Podemos vender nossa herança espiritual por um prato de lentilhas e não encontrar felicidade; olhando para cima, por sobre a tirania das coisas, O contemplamos, sorrindo, amando-nos e sempre pronto a nos inspirar com os eternos valores do real.
Podemos nos perder em Personalidade e na matéria a compreensão do nosso “ser espiritual”, mas sendo essencialmente divino, nos redimimos a nós próprios e a nosso ambiente mediante a submersão na harmonia espiritual, por meio da luz de Cristo.
As nações são guiadas por meio de uma lei divina para a consciência da Fraternidade do ser humano, assim como o indivíduo se redime do egoísmo e do materialismo. O poder do iluminado é muito maior que o mal do irredento, individualmente considerado. As pessoas boas do mundo têm fracassado em estabelecer a paz sobre a Terra, porque sua bondade é, em muitos casos, passiva. O verdadeiro Cristão Ocultista está sempre ativo em todos os planos de expressão.
Não fiquemos inativos no bem obrar! O processo da redenção, todavia, segue adiante, lentamente. A Humanidade está sendo redimida cada vez mais pelo poderoso Raio de Amor de Cristo de tudo o que aparenta separatismo. Nosso é o privilégio de apressar esse processo, por meio do servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível) o irmão e a irmã que está ao seu lado, focando esse serviço na divina essência oculta em cada um deles (pois nele também essa essência e ela por meio dela que se acessa a base à Fraternidade) por meio de pensamentos, sentimentos, emoções, desejos, palavras, atos, obras e ações. Tratemos de abrir nossos Corações para que penetre neles a semente do Amor, a fim de sentirmos em toda sua beleza e maravilha a unidade de cada um com todos.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – julho/agosto/1988-Fraternidade Rosacruz-SP)
O fato de os bois e vacas se alimentarem de erva e os leões de carne, sabendo-se que, para uns seres humanos, a carne é alimento e, para outros, é veneno, demonstra a influência do Espírito-Grupo dos animais, comparada com a do Ego humano – que somos nós; nós é que dirigimos as nossas necessidades e que diferem, mais ou menos, de um de nós para o outro, de acordo com a classe dos alimentos e suas proporções.
Sob o ponto de vista oculto, é desejável que cada um de nós viva a maior parte do tempo possível em seu Corpo Denso – pois o baluarte da nossa evolução é aqui, renascido nessa Região Química do Mundo Físico -, especialmente depois de termos manifestado alguma tendência para à vida espiritual. Será igualmente desejável que conservemos, quanto mais tempo melhor, um Corpo Denso que tenha recebido influências espirituais.
É sumamente importante que ingiramos alimentos e bebidas que depositem a menor quantidade possível de substâncias calcárias terrosas em nossos tecidos. Dispendam o mínimo de energia ao serem assimilados e conservem o nosso Corpo Denso em condições normais. Como é sabido, o Corpo Denso inteiro é alimentado pelo sangue e tudo o que o Corpo Denso contém, de qualquer natureza, já esteve antes no sangue.
A análise demonstra que o sangue contém substâncias terrosas, havendo, no sangue arterial, em maior proporção que no sangue venoso. Isto é de suma importância, porque demonstra que, em cada ciclo circulatório, o sangue deposita substâncias terrosas. Por conseguinte, através da circulação regular do sangue, produz-se a obstrução do sistema circulatório. A obstrução realiza-se quando a entrada de matéria terrosa se processa de modo permanente, contínuo. Os alimentos e as bebidas que nutrem o Corpo Denso, constituindo a origem principal da matéria calcárias que é depositada pelo sangue em todo o Sistema, causam a decrepitude e, finalmente, a morte.
A vida física é sustentada pelo que comemos e bebemos, mas há muitas classes de alimentos e bebidas. O Estudante Rosacruz deve conhecer os alimentos que contêm a menor proporção de elementos de obstrução. Como cada ser humano está num nível diferente de desenvolvimento, não é possível dar regras absolutas; a dieta é um assunto individual.
O livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” contém uma lista de valores alimentícios que ajudará o Estudante Rosacruz a selecionar os alimentos mais próprios para suas necessidades individuais. A Ciência descobriu que as chamadas vitaminas são de enorme importância para manter a saúde e a vitalidade. As vitaminas estão, principalmente, nas folhas dos vegetais, no leite, nas frutas e no grão integral.
As combinações químicas são assunto muito complicado, sobre o qual diferem muito as opiniões dos técnicos. É necessário que cada um examine o assunto individualmente, em forma de estudo e experiência, empregando o devido discernimento.
O Aspirante à vida superior deveria evitar todo alimento que contenha carne animal (mamíferos, aves, peixes, anfíbios, répteis, frutos do mar e afins). Afinal, ninguém que mate, ou permita que outros matem para ele, pode adiantar-se muito no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Certos produtos animais, sem dúvida, podem ser consumidos sem inconveniente: o leite, o queijo, a manteiga. O leite é um alimento importante para o Estudante Rosacruz; contém muito pouco quantidade de matéria terrosa e tem uma influência superior a qualquer outro alimento sobre o corpo. O soro de leite é bom, como alimento e como dissolvente das matérias terrosas dos tecidos.
A fruta fresca contém água da melhor e mais pura espécie. O suco de uva não fermentado é um dissolvente maravilhoso, porque fluidifica e estimula o sangue, abrindo caminho no interior dos vasos capilares esclerosados e obstruídos. Retarda a velhice, quando o processo de cristalização não está adiantado. O Estudante Rosacruz deveria beber somente água mais pura que puder. A fervura não destrói o carbonato de cálcio e outros produtos terrosos que a água contém. A água usada, interior e exteriormente, é um grande dissolvente das substâncias terrosas cristalizadas no corpo.
A proteína forma o tecido celular, mas contém alguma matéria terrosa.
Os hidratos de carbono, ou açúcares, são os principais produtores da força.
As gorduras produzem calor e são a base da força de reserva.
Dos vegetais, assimilamos somente uns 83% de proteína, 90% de gordura e 95% de carboidrato.
Das frutas, assimilamos, aproximadamente, 85% das proteínas, 90% das gorduras e 90% de hidratos de carbono.
No cérebro, além das mesmas substâncias que entram em todas as demais partes do corpo, há, ainda, o fósforo em quantidade acentuada. Como dedução lógica, podermos considerar o fósforo elemento especial que permite ao Ego criar e expressar pensamentos e, desse modo, exercer influência sobre o Corpo Denso.
É importante, por conseguinte, que o Estudante Rosacruz, tendo que ocupar seu Corpo Denso no trabalho mental e espiritual, alimente seu cérebro com a substância especial necessária para tal propósito. A maioria dos vegetais e frutas contém certa quantidade de fósforo, porém, as folhas têm maior proporção. Encontra-se em grandes quantidades na uva, na cebola, no feijão, no alho, nos ananás, nas folhas e talos de muitos vegetais e no suco de cana, porém, não no açúcar refinado.
A abstinência temporária de alimentos, dentro de certos limites e sem exagerar, é de grande valor para limpar o sistema circulatório das matérias acumuladas, que podem obstruir e dificultar o funcionamento de vários órgãos. Ao primeiro sinal de desordem, a supressão de uma, ou duas refeições, é muito recomendável. O jejum de 24 horas, de vez em quando, é uma coisa excelente para quase todo o mundo, se feito quando não se trabalhe intensamente, nem com a mente, nem com as mãos, trabalho que requer muita energia. Jejuns mais prolongados só podem ser empreendidos sob a direção de uma pessoa competente. Pessoas psiquicamente negativas devem evitar os grandes jejuns, porque só podem contribuir para aumentar seu estado negativo.
Admite-se que duas terças partes das doenças humanas provêm do excesso de alimentos. A maioria das pessoas, hoje em dia, poderia reduzir de um terço, com grande proveito, os alimentos que, diariamente, ingere. O resultado seguro seria um maior rendimento de trabalho mental e físico e o prolongamento da vida.
Convém evitar, especialmente, o uso excessivo de alimentos farináceos. Pessoas de mais de 50 anos de idade poderiam contentar-se com duas refeições em vez de três, diariamente.
Assim, estude e adeque sua alimentação de acordo com seu ritmo de vida, idade e condições de saúde.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – julho e agosto/1987-Fraternidade Rosacruz-SP)
A fim de podermos trabalhar no Mundo do Desejo se faz necessário despertar os centros sensoriais do nosso Corpo de Desejos. Isso é feito alcançando o seguinte estágio: permanecer dentro dos nossos Corpos Densos com todas as forças dirigidas também para dentro. Em outras palavras, com todos os nossos sentidos fechados para o Mundo externo, mas plenamente conscientes. Nesse estado temos pleno controle de nossas faculdades para podermos atuar internamente e sensibilizar todos os nossos veículos. Isso é a concentração!
Assim, efetivamos o conceito de concentração, que é “convergir para um centro” despertando os centros sensoriais do nosso Corpo de Desejos, ou seja, fazer girar os vórtices no sentido horário e numa maior intensidade vibracional. Por isso, devemos fazer o matutino Exercício Esotérico de Concentração, tão logo nos despertamos e no nosso tempo em filas de espera, conduções, etc.
Já o Exercício Esotérico de Meditação nos ajuda a aprender tudo o que se refere ao assunto da nossa concentração, ou seja, a história do objeto escolhido para se concentrar. Como prática do Exercício Esotérico de Meditação objetivemos um assunto que não envolva conteúdos emocionais. Logo concluímos que tudo que nos rodeia tem uma história muito interessante para nos contar e que vale a pena aprender.
Pelo Exercício Esotérico de Observação descobrimos e apuramos o uso dos nossos sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato) como meio de obtermos informações a respeito dos fenômenos que ocorrem ao nosso redor.
E, pela prática do discernimento, distinguimos aquilo que é essencial daquilo que não tem importância. E através da prática constante desse exercício conseguimos separar a realidade da ilusão. O discernimento ensina-nos que somos Espíritos e que nossos Corpos não são nada mais do que moradas provisórias, instrumentos que utilizamos para nos expressar nos mundos. Tal prática nos ajuda a descobrir que somos capazes de fazer, com facilidade, muitas coisas que até então julgávamos impossível realizar. Sem dúvida, o discernimento nos imprime o primeiro impulso em direção à vida superior.
Até agora vimos que pelo Exercício Esotérico de Concentração o pensamento é enfocado num só objeto. Por esse meio construímos uma imagem clara, objetiva e vivente da forma que queremos adquirir conhecimento.
Depois, pelo Exercício Esotérico de Meditação seguimos a história dessa forma e pomo-nos em relação com todos os pormenores relativos a ela.
Com o Exercício Esotérico de Observação nos fazemos mais atenciosos aos detalhes e exercitamos a utilização dos nossos cinco sentidos em visualizar as formas.
E o discernimento nos ajuda a entender que as formas são pensamentos cristalizados, que esse Mundo Físico é o mundo dos efeitos e que a causa de tudo está nos Mundos espirituais, de onde provém todo o conhecimento.
Vamos, agora, a mais dois Exercícios Esotéricos que se referem ao interior das coisas.
O primeiro é Exercício Esotérico de Contemplação.
Ela consiste em mantermos o objeto ante a nossa visão mental e deixar que seu interior nos fale.
Repousando tranquilamente em uma cadeira ou na cama, corpo em relaxamento, perfeitamente alerta e não negativamente, e esperamos a informação.
Se já alcançamos o necessário grau de desenvolvimento através da prática dos outros Exercícios Esotéricos a informação virá, com toda a certeza. Então, a forma do objeto parece desvanecer-se e vemos unicamente a vida em atividade.
Por exemplo, se temos diante de nós uma árvore deixamos de ver a forma desse vegetal e só vemos a vida de um Espírito-Grupo. Veremos que os diversos insetos que se alimentam da árvore, assim como a parasita são emanações do mesmo Espírito-Grupo.
Exercitando, aos poucos, com outros objetos e persistentemente, vamos entendendo a suprema noção de que não há senão uma vida – a vida universal de Deus, em quem realmente “vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”.
Os minerais, as plantas, os animais e o ser humano, todos sem exceção, são manifestações de Deus. Assim, compreendemos que real e verdadeiramente Deus sustenta toda a vida e está em todas as coisas.
Quando tal compreensão é alcançada, devemos dar um passo mais elevado ainda e atingir a Adoração ao Ser Supremo (por meio do Exercício Esotérico de Adoração). Por meio dela, nos unimos com a fonte de todas as coisas e, com o tempo, atingimos a maior altura que é possível conseguirmos: a união que atingiremos no fim desse Grande Dia de Manifestação.
Que as Rosas Floresçam em vossa cruz