Que Posso Esperar “Vivendo a Vida”?

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Que Posso Esperar “Vivendo a Vida”?

Que Posso Esperar “Vivendo a Vida”?

Uma pergunta, uma resposta.

Todo estudante Rosacruz, sincero em seus propósitos, é um autêntico “buscador da verdade”. E como tal, naturalmente, fará perguntas. Uma delas poderá ser esta: “Que posso esperar vivendo a vida conforme os ensinamentos contidos no Conceito Rosacruz do Cosmos? Vejamos, então.

Como a finalidade da vida não é o usufruto do prazer, mas a aquisição de experiências, estas tendem a absorver o dia-a-dia de quem está consciente desta verdade. Ainda assim, o estudante vê-se, amiúde, aspirando algo diferente. E deve ser assim mesmo, pois caso contrário não seria um aluno aplicado dos ensinamentos da Sabedoria Ocidental.

Quando isso ocorre as indagações podem, talvez, resumir-se numa só: o que é que está por tornar-se realidade?

Uma faculdade de deslocar-se conscientemente no Mundo do Desejo? Ter poder para curar os enfermos? Afinal, somos compassivos e sensíveis ao sofrimento alheio.

Max Heindel afirma em sua obra INICIAÇAO ANTIGA E MODERNA: “O ser humano sofre, continuamente, um processo de purificação, erradicador das substâncias mais inferiores e grosseiras que fazem parte de seus veículos. Com o tempo e mediante a evolução, esse trabalho de espiritualização, tornará “nossa carne” transparente e radiante. Radiante como o rosto de Moisés, o corpo de Buda e o Cristo na Transfiguração”.

Que quer dizer tudo isto para um estudante? Significa que deve compreender a necessidade de eliminar, na medida do possível, os pensamentos negativos, os desejos e emoções inferiores, e os hábitos nocivos, capazes de escravizá-lo, retardando sua realização espiritual.

O ódio e a inveja em relação ao próximo, a ironia, o desdém, a soberba e o ressentimento, degradam e obstaculizam a evolução. Uma influência negativa parece envolver e desprender-se de quem assim procede.

Aqueles mais sensíveis, via de regra, não se sentem muito à vontade em sua presença. Evitam-no até.

Um estudante cujos ideais e aspirações sejam elevados e fortes o suficiente para resistir aos apelos da natureza inferior, terá, por certo, grandes possibilidades de obter êxito em seus esforços anímicos. Mas, nem por isto deixará de frequentemente, ser perseguido pelas tentações. Haverá até ocasiões em que a dureza das provas conseguirá derrubá-lo, abalando seus anseios. Talvez sinta ímpetos de atirar-se novamente nos braços dos antigos e nocivos hábitos. São momentos difíceis, requerendo uma decidida capacidade de reação.

Em fases assim, de conflitos e incertezas, o aspirante vive, aparentemente, na tristeza. Procurando descartar sua própria desilusão, ele ora, ora, ora, clamando por uma luz, desejando ser guiado. Em seu nível espiritual passa a viver as agruras do Getsêmani. Finalmente, vencida esta etapa, crucifica seus baixos desejos, libertando sua vida espiritual.

Todo esse processo é essencialmente purificador. Enseja ao aspirante maior abertura em relação ao mundo em que vive e aos seres humanos. Desperta-lhe um profundo sentimento de compaixão em relação às falhas alheias, pelo reconhecimento da cegueira dos demais, em face de suas próprias vidas obscuras. Compassivo, compreensivo, faz-se mais cuidadoso e tolerante no trato com as pessoas.

A Páscoa, conforme narrada nos Evangelhos, indica a direção e a promessa de uma liberdade transcendental.

Cristo veio para apontar-nos esse caminho. Seu sacrifício em favor da humanidade, pelo trabalho de refinar o Corpo de Desejos da Terra, tornou accessível o caminho para a liberdade espiritual, através do Amor de nosso Divino Pai. Sua tentação, Sua angústia no Getsêmani, Sua crucificação e Sua ascensão, foram suportadas para que se nos surgissem perspectivas reais de elevação.

Consciente de sua responsabilidade, o estudante deve indagar-se: Estou me empenhando de maneira efetiva, no sentido de aliviar a imensa carga do Cristo?

A maneira mais eficiente de colaborar com o nosso Salvador é SERVINDO a humanidade. O serviço amoroso e desinteressado para com os outros, é o caminho mais curto, mais seguro e o mais agradável que nos conduz a Deus, assegura o Ofício Devocional Rosacruz. Em Deus somos livres, vivendo em plenitude. Max Heindel assegura-nos que nas entrelinhas do Conceito Rosacruz do Cosmos encontramos o Evangelho do Serviço.

Portanto, orientando-nos por essa linha de raciocínio, tornar-se-á clara uma resposta à indagação proposta no início deste artigo: vivendo os sublimes ensinamentos contidos na obra básica da Filosofia Rosacruz, o estudante logrará libertar-se, paulatinamente, de todas as limitações inerentes ao mundo material?. Essa transposição para um nível de consciência superior constitui nossa Páscoa interna, quando bradamos gloriosamente o CONSUMATUM EST.

(Revista ‘Serviço Rosacruz’ – 03/79 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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