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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Irmãos Maiores e o Trabalho Deles

Vira e mexe ou nós fazemos essas perguntas para nós mesmos ou alguém vem nos perguntar: “Quem são os Irmãos Maiores? Estão sempre trabalhando nos Mundos celestiais ou vivem na Terra? Deve haver um grande número deles pela quantidade de trabalho que fazem. Qual é a melhor maneira de entrar em comunicação consciente com eles? Eles curam alguém que esteja doente?”.

Quando, há muito tempo, Deus diferenciou dentro de Si as Centelhas divinas que somos nós, conhecidos como Espíritos Virginais, todas foram criadas de maneira igual. Mas, desde o início, alguns de nós responderam mais rapidamente do que outros à influência dos Senhores da Chama, que despertaram o Espírito Divino em cada um e deram o germe de um Corpo Denso.

Desde então temos progredido. Primeiro por Involução e agora por Evolução neste Caminho, Obra e Esquema de Evolução. Mas, nem todos nós aproveitamos todas as vantagens que nos foram apresentadas. Alguns de nós ficamos tão atrasados que, no início do Período Terrestre, tivemos que ser expulsos da massa central – o atual Sol – a fim de que os outros Seres em evolução lá não se atrasassem por necessitarem daquele ambiente que, para muitos de nós, não servia. Quatro vezes isso aconteceu no nosso Sistema Solar e assim nasceram quatro Planetas, cada um deles sendo o lar de um certo número de Espíritos em evolução. Na quinta vez em que semelhante acontecimento voltou a ocorrer nós, que pertencemos à Onda de Vida humana da Terra, giramos no espaço. Pouco a pouco, a Terra foi formada, redonda e cheia de crostas. Mas, todos aqueles que deixamos na massa central estavam na posição de Irmãos Maiores para nós. Eles aproveitaram melhor a oportunidade que surgiu e não cristalizaram seus veículos como nós o fizemos. Mas, chegou um tempo em que mesmo alguns deles se revelaram demasiado densos para acompanhar as atividades dos demais.

Isso aconteceu duas vezes e assim nasceram os Planetas Vênus e Mercúrio. Os Irmãos Maiores desses Planetas visitaram a nossa Terra em vários momentos para nos ajudar, a nós, os seus irmãos mais novos. Agora que já estamos no Caminho de Evolução há algum tempo, na viagem de regresso à nossa origem, somos considerados suficientemente fortes para nos mantermos sozinhos, sem a ajuda deles. Os Espíritos mais avançados entre nós, que foram instruídos pelos que vieram de Mercúrio e Vênus, são agora os nossos orientadores. São os nossos Irmãos Maiores, seres humanos como nós, com as mesmas experiências, mas que aproveitaram todas as oportunidades de serviço amoroso, enquanto nós, por comodismo, não conseguimos acompanhá-los. Vida após vida eles voltaram à Terra e nos ensinaram, os irmãos mais novos, ignorantes e indolentes. Ajudaram e tentaram, de todas as formas que conheciam, nos ensinar como amar e despertar em nós a saudade da Casa do Pai.

Assim, continuaram a servir até se libertar da vida terrena e poder, se quisessem, permanecer nos Mundos celestiais até que nós, lentamente, atingíssemos o mesmo estado. Mas, a escolha deles foi regressar à Terra para nos ajudar. O seu amor é tão forte que não nos deixam para lutarmos sozinhos. Há muitos Espíritos assim, mas na Ordem Rosacruz há apenas doze no primeiro escalão. Desses doze, cinco nunca deixam o Templo da Ordem Rosacruz, mas os outros sete trabalham aqui na Região Química do Mundo Físico, quando necessário, guiando os assuntos de estados e países, auxiliados em seus esforços pelos Irmãos Leigos e pelas Irmãs Leigas.

Como entrar em comunicação com os Irmãos Maiores é uma pergunta frequentemente feita. Só há uma resposta: se um ser humano percorreu um determinado caminho e você deseja falar com ele, você vai em direção diferente ou segue no mesmo caminho para encontrá-lo o mais rápido possível? Devemos seguir o “caminho” através de atos de amor e esquecimento de nós próprios. Quando, mediante o Serviço prestado de modo amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) ao irmão ou à irmã ao seu lado, esquecendo os defeitos dele ou dela e focando na divina essência oculta nele, nela e em você, tivermos feito brilhar a nossa luz, a atenção dos Irmãos Maiores será atraída para nós e receberemos a ajuda que merecemos. Se pedirmos saúde, então poderemos recebê-la, se nos conformarmos com as Leis da Natureza. Mas, lembremo-nos sempre: Deus-Pai é o Grande Médico e a única fonte suprema de saúde.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de outubro/1920 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático – Período de Vulcano

Pergunta: Pelos estudos apresentados no Conceito Rosacruz do Cosmos, o Período de Vulcano é o último do Esquema de Evolução?

Resposta: Sim, é o sétimo e último Período neste Esquema de Evolução em que estamos vivendo atualmente.

Pergunta: Por estar com seus Globos dispostos como estavam no Período de Saturno, teremos a mesma consciência de lá?

Resposta: Não, pois no Período de Saturno estávamos iniciando a nossa descida na construção dos nossos veículos de maneira inconsciente. O nível da nossa consciência lá era de Transe Profundo. No Período de Vulcano teremos a mais elevada consciência espiritual criadora.

Pergunta: A Mente foi-nos dada no Período Terrestre, então, como estará nossa Mente no Período de Vulcano?

Resposta: A Mente nasceu no Período Terrestre; será modificada nos Período de Júpiter e Vênus e alcançará a perfeição no Período de Vulcano. Ela será perfeita e encontrar-se-á acrescida das essências do Tríplice Corpo. Será capaz de se propagar e criar formas vivas, móveis e pensantes. E teremos não mais um veículo Mente, mas um Corpo Mental.

Pergunta: Quem estará no estágio “Humanidade” nesse Período?

Resposta: A Onda de Vida Mineral, os minerais atualmente.

Pergunta: Como será a nossa consciência ao final desse Período?

Resposta: Conseguiremos aperfeiçoar todos os veículos como também expandir nossa consciência nos cinco Mundos pelo próprio esforço de cada um..

Pergunta: No Período de Vulcano a Onda de Vida fará as sete Revoluções e o que acontecerá na última Revolução?

Resposta: No fim da última Revolução todos os Globos se dissolverão. A Onda de Vida será reabsorvida por Deus durante um tempo igual ao empregado por todos os sete Períodos de atividade.

Pergunta: Podemos dizer que ao final da última Revolução será o final do Dia de Manifestação neste Esquema de Evolução?

Resposta: Sim, findará mais um grande Dia de Manifestação, momento em que tudo o que agora existe imergirá mais uma vez no Absoluto.

Pergunta: Quando começarão realmente as atividades do Período de Vulcano?

Resposta: O verdadeiro trabalho desse Período terá início somente na última Revolução (sétima), chamada ‘Revolução de Vulcano’.

Pergunta: Que trabalho será desenvolvido nessa sétima e última Revolução do Período de Vulcano?

Resposta: Veja que em qualquer sétima Revolução, tal como ocorrerá com a do Período de Vulcano, desenvolve-se especialmente alguma atividade relacionada com o Espírito Divino, porque o desenvolvimento dele se iniciou numa sétima Revolução.

Pergunta: E nas Revoluções anteriores o que acontecerá?

Resposta: Nas seis Revoluções anteriores será recapitulado o trabalho efetuado nos seis Períodos precedentes.

Pergunta: Sabemos que os Períodos precedentes tiveram uma duração mais extensa; é possível saber a duração do Período de Vulcano, sendo ele o mais elevado no Esquema de Evolução atual?

Resposta: O Período de Vulcano será mais curto de todos os Períodos, logo o menos extenso de todos os Períodos precedentes. Acrescente-se que quanto mais submersos na matéria estamos nós, os Espíritos Virginais, tanto mais lentos são os progressos e mais numerosos são os graus e estados de desenvolvimento.

Pergunta: Nós, enquanto seres humanos, podemos imaginar como será a nossa consciência espiritual no Período de Vulcano?

Resposta: Sabemos que a quarta Iniciação Maior (ou Mistério Maior) fornece ao Iniciado o poder e a onisciência que alcançará toda a Humanidade no final do Período de Vulcano. Porém, pouco se pode dizer sobre a elevada consciência espiritual que se alcançará ao finalizar o Período de Vulcano. Está muito além da nossa atual compreensão.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Relação entre “Eu Superior”, Ego, Personalidade e Individualidade

Qual parte do Espírito Tríplice constitui o “Eu Superior”? Será o Espírito Divino? Afirma-se no Livro “O Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz” que o Espírito Humano é o Ego. O Espírito de Vida não é uma parte do Ego? O Ego inteiro fica no plano físico durante a vida terrena, ou somente parte dele, conforme o ensinamento hindu?

Resposta: O “Eu Superior” é o Espírito Tríplice, o Ego: o Espírito Divino, o Espírito de Vida e o Espírito Humano, mas não se deve conceber esses três como separados um do outro. O Espírito é indivisível, como a luz branca que vem do Sol através do espaço interplanetário, mas da mesma forma que a luz pode ser refratada em três cores primárias – azul, amarelo e vermelho – ao atravessar a atmosfera mais densa da Terra, o Espírito Virginal também aparece como sendo tríplice durante a manifestação, em virtude de estar rodeado por envoltórios de matéria de densidade variável.

Quando envolto apenas na substância do Mundo do Espírito Divino, é o Espírito Divino; quando o Espírito Divino recebe, em acréscimo, um envoltório de material oriundo do Mundo do Espírito de Vida, é um Ego manifestado de forma dupla; e quando, finalmente, é revestido na matéria da Região do Pensamento Abstrato, despertando o seu veículo Espírito Humano, é um Ego manifestado de forma tríplice: um Tríplice Espírito. É por isso que o Espírito Virginal, enredado nessas três camadas de matéria, está apartado de toda consciência de seu Pai Divino e, estando tão encoberto pela matéria que não consegue mais ver as coisas do ponto de vista cósmico, ao atingir o exterior, ele volta sua consciência para dentro e vê-se separado e isolado de todos os outros. Por isso, ele é um Ego – um indivíduo. Nesse ponto nasce o egoísmo, e começa a busca individual.

Quando o Espírito Humano atrai ao redor de si, para uma melhor expressão, os veículos inferiores e mais concretos – a Mente, o Corpo de Desejos, o Corpo Vital submergindo neles, e mesmo descendo até o Mundo Físico, ele adquire a consciência das coisas externas. A partir desse momento, tendo perdido o conhecimento do Mundo de Deus, de onde veio originalmente, ele começa a conquistar o Mundo Físico e a dominá-lo para atingir seus próprios fins.

Individualidade e Personalidade são iguais? Qual a diferença?

Não há outro inimigo, senão nós mesmos. Enquanto houver dentro de nós um resquício de Personalidade, haverá separação.

  • Personalidade é uma máscara mutável que o raio individual produz.
  • Individualidade é a expressão do “Eu” real, verdadeiro e superior.

Na Fraternidade Rosacruz, distinguimos nitidamente entre Personalidade e Individualidade. Personalidade é a “persona”, o conjunto enganoso, provisório e em constante mudança formado pelas nossas sensações, emoções, nossos desejos, sentimentos e modo de expressar o pensamento. São os laços de sangue, as tradições, os elos do mundo, essas coisas mais fortes que algemas de aço, tudo a que o Cristo simbolicamente chamava de “o reino dos mortos”. O mundo, a família, os bens, tudo isso é meio de aprendizagem indispensável a nós – o Ego –, no presente estado evolutivo. Contudo, há o perigo de nos identificarmos com eles, de pensar que nos pertencem ou que lhes pertencemos, olvidando nossa origem celestial, nossa condição de espírito livre, em peregrinação e aprendizagem.

Aquele que quiser ser meu discípulo, deve abandonar pai, mãe, irmãos, amigos, tudo” (Lc 14:26), nos ensinou o Cristo. Com isso não quis significar que devamos desleixar nossos deveres de pais, filhos, irmãos ou amigos Cristãos. Ao contrário, o verdadeiro Cristão é um excelente marido, pai, irmão, amigo, uma excelente esposa, mãe, porque oferece a sua afeição e trabalho o mais puro pensamento, sentimento, emoção, desejo e esforço. Oferece e não espera receber; ama e não espera ser amado; compreende e não espera ser compreendido. As ingratidões não lhe suscitam ressentimentos, mas o cuidado de verificar se não contribuiu para isso. O verdadeiro Cristão busca a amorosa tentativa de reconciliação; ora e espera pela pessoa que é teimosa e rancorosa.

Ser Cristão é exemplificar AMOR, em seu sentido lato. É deixar que o Cristo, em si, fale, viva, ame.

Individualidade é a expressão do “Eu” real (o que somos de fato, Espírito), verdadeiro e superior, comandando os pares físicos, morais e mentais como instrumentos de ação.

A Personalidade é a nossa expressão, de baixo para cima, o “homem invertido”, os valores instintivos, colorindo desordenadamente nosso modo de ser; é o nosso (Ego, Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado) amordaçamento e o nosso condicionamento às conveniências instintivas. Um pentagrama com a ponta superior para baixo…

A Individualidade não prescinde da bagagem de experiências anímicas; ao contrário, vale-se dela de um modo próprio, original, epigenético, criador. Porém, nós, o Espírito, é quem mandamos e orientamos. Como disse S. Paulo: “Não sou mais eu quem vive, mas o Cristo em mim” (Gl 2:20); e o próprio Cristo-Jesus: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10:30).

É certo que essa condição vamos atingindo gradativamente, em uma luta constante entre a natureza inferior e a superior, entre as trevas e a luz dentro de nós. Por isso, a lenda dos Maniqueus, referindo-se internamente ao ser humano e ao mundo, fala da guerra dos Filhos das Trevas contra os Filhos da Luz. Esses acabam vencendo aqueles; entretanto, sendo bons, não podem exterminá-los. Incorporam, pois, o reino das trevas ao da Luz; ou seja, efetuam a transmutação dos valores inferiores em valores espirituais. Os alquimistas medievais faziam o mesmo, quando falavam sobre transformar os metais inferiores em ouro. Também entre os manuscritos encontrados no soterrado mosteiro dos Essênios, Qumran, às margens do Mar Morto, há um que fala da guerra dos Filhos das Trevas contra os Filhos da Luz.

Goethe, o grande Iniciado e autor de “Fausto”, falou, pela boca de um de seus personagens: “Duas almas — ai! — lutam dentro do meu peito pela posse de um reino indivisível; uma buscando alçar-se aos Céus em ilibados anseios, enquanto a outra se agarra à Terra, em passionais desejos”. São Paulo, o apóstolo, igualmente dizia: “Pobre homem sou! O bem que desejaria fazer, não faço; o mal que não desejaria fazer, esse eu faço”.

Tudo isso mostra, de sobejo, o que todas as Escolas (como a Fraternidade Rosacruz) e Ordens ocultistas (como a Ordem Rosacruz) ensinam.

Todo Aspirante sincero à espiritualidade “ora e vigia”, sobretudo quando se acha à frente de um movimento espiritualista e deve viver o que ensina. Ao mesmo tempo, o claro entendimento dessa luta dentro de cada um de nós nos torna rigorosos conosco e tolerantes com os demais, de modo a unir e não desunir, a estimular e não censurar; enfim, “a buscar a divina essência que existe em cada um”, o que constitui a base da Fraternidade Universal que almejamos formar, como precursores da Era de Aquário.

Assim, a Individualidade é a expressão do “Eu” real, verdadeiro e “Eu Superior”, comandando os pares físicos, morais e mentais como instrumentos de ação. A Individualidade não prescinde da bagagem de experiências anímicas, ao contrário, vale-se dela de um modo próprio, original, epigenético, criador. Porém o Espírito é quem manda e orienta. Compõe-se dos veículos Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano.

É o resultado da descida do Espírito dos Mundos superiores durante a Involução (neste Esquema de Evolução) e, por ação recíproca, no mesmo período os Corpos se elevaram. O encontro dessas duas correntes no foco, ou Mente, marca o momento em que nasce o indivíduo, o ser humano, o Ego, quando o Espírito toma posse dos seus veículos.

Consideremos, agora, a doutrina do Renascimento, que postula um processo de lento desenvolvimento, efetuado, persistentemente, por meio de repetidos renascimentos e em formas de crescente eficiência. Por intermédio dessas formas, tempo virá em que todos alcançarão o cume do esplendor espiritual, presentemente, a nós, inconcebível. Nada há nessa teoria que seja irrazoável ou difícil de aceitar. Olhando ao redor, vemos por toda a parte o esforço lento e perseverante, na natureza, para atingir a perfeição. Não vemos nenhum processo súbito de criação ou mesmo de destruição, mas nós vemos, isto sim, “Evolução”. Afinal, aprendemos que Evolução é “a história do progresso do Espírito no Tempo”.

Evolução é um processo de espirais dentro de espirais. Cada volta da espiral é um ciclo. Cada ciclo funde-se com o seguinte e, como as espirais são contínuas, cada ciclo é o produto melhorado do precedente e o criador de estados sucessivos de maior desenvolvimento.

Pela Lei de Consequência sabemos que “os Anjos do Destino estão acima de todo erro e dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para seu desenvolvimento.” Afinal, “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” (IICor 5:10).

“Todas as Leis da Natureza, inclusive a Lei de Consequência, e suas aplicações na vida humana, encontram-se sob a direção de Grandes Seres de sublime espiritualidade e sabedoria superlativa. A Lei não opera às cegas, regendo-se pelo princípio do ‘olho por olho e dente por dente’. Os Grandes Seres e Seus colaboradores administram as coisas com sabedoria muito além da compreensão da nossa Mente finita. Alguns julgam não haver meio de escapar às dívidas do passado. Mas, há. Reiteradas vezes afirmamos: Deus, a Natureza ou os colaboradores da Grande Lei nunca a empregam com todo o seu rigor. Encontramo-nos aqui, neste grande Esquema de Evolução, resguardados por essas Leis, que foram instituídas para nos beneficiar e não para nos prejudicar, ainda que nos limitem de certo modo, de maneira idêntica como limitamos a liberdade concedida a nossos filhos menores visando a protegê-los contra os perigos de sua inexperiência”.

“Mediante nossas ações passadas deixamos dívidas em pendência (lições a serem aprendidas nessa Escola da Vida), sujeitas ao resgate, ou seja: a mostrar para nós mesmo que aprendemos a lição. No entanto, reconhecendo nossas falhas, procuramos escrever uma nova página de nossa vida, em harmonia com as Leis outrora infringidas. Essa transformação apaga as consequências dos erros passados e os agentes da Grande Lei, ao observarem isso, abstêm-se de nos infringir os sofrimentos dos quais fizemo-nos merecedores. Aí está a diferença entre os pontos de vista espiritual e fatalista. A mão de Deus, por intermédio de Seus agentes, encontra-se em toda parte, desde os acontecimentos mais importantes, como a passagem de um Planeta por sua órbita, até o mais simples como a queda de uma folha. Tudo está sob Seu cuidado amoroso e, por conseguinte, o que nos sucede harmoniza-se com o Grande Plano Divino. E tal Plano certamente não pode ser “fatalista”.

Vamos ver, agora, as fases da vida Terrestre e Celestial: em um ciclo de vida, temos a parte superior denominada “Celestial” e a parte inferior, “Terrestre”.

De cima para baixo, como Egos estamos no Terceiro Céu no Mundo do Pensamento Abstrato com uma vontade clara e intensa de adquirir mais experiências (por meio de aprendizagem de mais lições) e, assim, obter um Crescimento Anímico, somos atraídos para mais um renascimento ao qual escolhemos nosso Panorama de Vida (dentre alguns possíveis nos mostrados pelos Anjos do Destino) e partimos para o Segundo Céu, também no Mundo do Pensamento, mas na Região do Pensamento Concreto ao qual reunimos materiais para formar uma nova Mente. Partimos para o Primeiro Céu, que se situa no Mundo do Desejo, reunindo materiais para um novo Corpo de Desejos e, por fim, adentramos ao Mundo Físico na Região Etérica e, também, reunindo materiais para posterior construção do Corpo Vital e, auxiliados mais de perto pelos Anjos do Destino nos preparamos para mais um nascimento aqui (Nascimento do Corpo Denso).

Ao nascer, após o primeiro suspiro (primeira respiração) iniciamos nossa jornada na Vida Terrestre. A cada 7 anos, aproximadamente, temos o “nascimento” dos Corpos:

E a cada 7 anos temos uma mudança de fase na nossa vida (quer façamos ou não):

  • 28 anos – Início da Seriedade de Vida;
  • 35 anos – Máximo de Vitalidade – 2º Crescimento;
  • 42 anos – Mudança de Vida;
  • 49 anos – Máximo da Mentalidade; e
  • XX anos – Morte.

Após mais uma morte aqui, vemos o Panorama da nossa Vida recém-finda e, assim, se encerra mais uma jornada terrestre aqui, a qual é revista e gravada toda a experiência que acumulamos no Átomo-semente do Corpo Denso e é passada, via Átomo-semente do Corpo Vital, para o Átomo-semente do Corpo de Desejos. Essa gravação é a base da nossa nova vida celeste.

Na “subida”, inicia-se o retorno para mais uma vida celestial, nós aqui com o Corpo de Desejos (que assume o formato do Corpo Denso) e o veículo Mente, seguimos para o Purgatório, onde por meio do sofrimento purgamos o que de mal fizemos, e a Essência da Dor se incorpora em nós como consciência; de depois passamos para o Primeiro Céu, onde tudo que fizemos de bom se incorpora em nós como bons hábitos e/ou virtudes.

Ao entrar no Segundo Céu, vivemos com a Mente (que temos aqui) e se aqui nos esforçamos para viver uma vida cuidando mais da parte espiritual dela, temos a chance de trabalhar sobre novos ambientes, novos Corpos e veículos para os outros e para o nosso próximo renascimento.

Por fim retornamos para o Terceiro Céu e a essência da Mente do “reto pensar” e essência Anímica de “reto sentir” são incorporadas em nós como bases para futuros “atos de retidão”.

Encerra-se um ciclo de vida e aguardamos uma nova oportunidade de renascimento para aprendermos as lições que nos faltam, “pelo amor ou pela dor”.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Filosofia Rosacruz pelo Método Socrático: Período Terrestre

Pergunta: Estudando os Períodos anteriores, e sabendo que chegamos ao quarto, o Período Terrestre, poderia fazer uma recapitulação rápida de tudo o que os Espíritos Virginais obtiveram antes?

Resposta: Veja que no Período de Saturno tivemos um Senhor da Mente que, no final do Período, assumiu as atribuições de Deus-Pai, já que foi como o mais alto Iniciado (ou seja: aprendeu tudo que um Senhor da Mente poderia aprender nesse Esquema de Evolução). E que o Espírito Divino foi despertado em nós e o germe do Corpo Denso foi nos dados. É por isso que o Espírito Divino está correlacionado com Deus-Pai.

No Período Solar um Arcanjo – Cristo – que, no final do Período, assumiu as atribuições de Deus-Filho, já que foi como o mais alto Iniciado (ou seja: aprendeu tudo que um Arcanjo poderia aprender nesse Esquema de Evolução). E o Espírito de Vida foi despertado em nós e o germe do Corpo Vital foi nos dados. É por isso que o Espírito Divino está correlacionado com Deus-Filho.

No Período Lunar um Anjo – Jeová – que, no final do Período, assumiu as atribuições de Deus-Espírito Santo, já que foi como o mais alto Iniciado (ou seja: aprendeu tudo que um Anjo poderia aprender nesse Esquema de Evolução). E o Espírito Humano foi despertado em nós e o germe do Corpo de Desejos foi nos dados. É por isso que o Espírito Santo está correlacionado com Deus-Espírito Santo.

Pergunta: No Período Terrestre foi acrescido outro elemento que predominou em todos os Globos?

Resposta: Sim, o elemento Terra. Então até aqui temos quatro elementos da Natureza: Fogo, Ar, Água e Terra.

Pergunta: Qual Hierarquia foi responsável pelo germe da Mente no Período Terrestre?

Resposta: Os Senhores da Mente (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) que foram a Humanidade no Período de Saturno, hoje tornaram-se peritos na construção de corpos de ‘matéria mental’ e por ter alcançado o estado Criador, irradiaram de si mesmo o germe da Mente para cada um de nós.

Pergunta: Qual o estágio de evolução em que se encontra a nossa Mente atualmente?

Resposta: A Mente é o mais novo dos nossos veículos. Ela é o instrumento mais importante que possuímos e é o nosso instrumento especial no trabalho da criação. A Mente ainda se encontra em estágio mineral.

Pergunta: Qual é o formato do nosso veículo Mente hoje no Período Terrestre?

Resposta: Atualmente seu formato é ainda uma espécie de nuvem em torno da nossa cabeça e do nosso pescoço.

Pergunta: Como ainda é um germe ou veículo, quando se tornará um Corpo Mental?

Resposta: Para a Humanidade geral só se tornará Corpo Mental no Período de Vulcano.

Pergunta: O nosso veículo Mente é composto de que material?

Resposta: A Mente é composta de material da Região Concreta do Mundo do Pensamento.

Pergunta: Qual é a Onda de Vida que está atravessando o estágio “humanidade” no Período Terrestre?

Resposta: Os Espíritos Virginais da Onda de Vida Humana – nós -, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Peixes.

Pergunta: Onde se localizam os Globos do Período Terrestre neste Esquema de Evolução?

Resposta: Estão nos quatro estados mais denso de matéria, ou seja, a Região do Pensamento Concreto, o Mundo do Desejo, as Regiões Etérica do Mundo Físico e nesta Região Química do Mundo Físico que é a nossa Terra atual – Globo D).

Pergunta: Qual a nossa consciência no Período Terrestre?

Resposta: Consciência de Vigília.

Pergunta: Quando foi que atingimos essa consciência de vigília?

Resposta: A mudança da consciência pictórica interna para a consciência objetiva e do “eu”, foi efetuada muito lentamente. Mais precisamente foi na segunda parte da Época Atlante – essa consciência imaginativa deu lugar à consciência plena de vigília atual, em que os objetos podem ser observados fora, distintos e definidos.

Pergunta: Por que antes não foi possível ter essa consciência?

Resposta: Veja que até a metade do Período Terrestre tínhamos o objetivo de desenvolver ferramentas ou veículos para nós mesmos, estando toda a força sexual criadora direcionada para esse propósito. Essa etapa de construção é conhecida, pela Filosofia Rosacruz, como período de Involução.

Pergunta: No período de Involução sempre tínhamos uma Hierarquia Criadora responsável por nosso veículo adquirido. Então a cargo de quem ficou o trabalho da Mente?

Resposta: Enquanto ‘Involução’ o Espírito trabalhava inconscientemente, mas era ajudado por diferentes Hierarquias espirituais. Já a Mente não ficou a cargo de nenhum ser externo, mas apenas sob o governo do ser humano, sem ajuda alguma de fora. Inicia-se o processo da Evolução.

Pergunta: Poderia esclarecer melhor esses dois processos?

Resposta: Nos primórdios evolutivos, o “Tríplice Espírito Virginal” estava desnudo (sem Corpos e nem veículos) e era inexperiente. Sua Involução implicava construção de Corpos e veículos, o que ele conseguiu inconscientemente com ajuda das Hierarquias Criadoras. Após a construção desses corpos e do despertar dos veículos, o Espírito Virginal da Onda de Vida humana, nós, tornou-se consciente e então a Evolução teve início.

Pergunta: Agora que o Espírito Virginal da Onda de Vida humana, nós, se tornou consciente de si mesmo, as Hierarquias Criadoras: Senhores da Chama, Querubins e Serafins ainda continuam nos ajudando?

Resposta: Esses três Seres maravilhosos trabalharam para o ser humano voluntariamente e por puro Amor. Pois, de uma evolução como a nossa eles nada podiam aprender, portanto, já se retiraram no atual Período Terrestre, partindo para a libertação.

Pergunta: Então estamos sozinhos sem ajuda neste Período Terrestre?

Resposta: De maneira nenhuma. Como é um Período eminentemente da “Forma” e, sendo o fator mais dominante, a forma alcança o seu grau mais elevado, então, os Senhores da Forma (Hierarquia Zodiacal de Escorpião) trabalham ativamente conosco, além de outras Hierarquias Criadoras.

Pergunta: Mas, é uma Hierarquia que está evoluindo nesse serviço prestado amorosamente a Humanidade no Período Terrestre?

Resposta: Sim, esses Seres trabalham para completar sua própria evolução. E atualmente neste Período são encarregados do desenvolvimento do nosso veículo Espírito Humano, que é a contraparte do nosso Corpo de Desejos.

Pergunta: Que a outra Onda de Vida iniciou no Período Terrestre?

Resposta: A atual Onda de Vida Mineral iniciou a sua evolução neste Período.

Pergunta: Como essa Onda de Vida só possui o Corpo Denso, então, em qual Período chegará ao estágio Humanidade?

Resposta: No Período de Vulcano.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Efeitos Psicofisiológicos da Oração

A oração atua sobre a nossa natureza espiritual e sobre os nossos Corpos e veículos de uma forma que parece depender da sua qualidade, da sua intensidade e da sua frequência.

É fácil conhecer qual a frequência da oração e, numa certa medida, sua intensidade.

Quanto à qualidade, mantém-se desconhecida, visto não possuirmos meios de medir a fé e a capacidade de amor de outrem. No entanto, a maneira como vive a pessoa que ora pode nos esclarecer sobre a qualidade das invocações que ela dirige a Deus. Mesmo quando a oração é de fraco valor inconsciente, principalmente na recitação de fórmulas, exerce um efeito sobre o comportamento da pessoa: fortifica, ao mesmo tempo, o sentido do sagrado e o senso moral.

Os meios onde se ora se caracterizam por certa persistência do sentimento do dever e da responsabilidade, por menos inveja e maldade, e por certa bondade para com os outros.

Parece estar demonstrado que, em igualdade de desenvolvimento intelectual, o caráter e o valor moral são mais elevados entre as pessoas que oram, mesmo de forma medíocre, do que entre as que não oram.

Quando a oração é habitual e verdadeiramente fervorosa, sua influência se torna mais manifesta e podemos compará-la à de uma glândula de secreção interna – Glândula Endócrina –, como, por exemplo, a Tiroide ou as Suprarrenais. Consiste numa espécie de transformação mental ou orgânica, transformação essa que se opera de modo progressivo. É dito que que no mais profundo da consciência se acende uma chama. A pessoa se vê tal qual é. Põe a descoberto seu egoísmo, sua cupidez, seus juízos errados e seu orgulho. E, então, verga-se ao cumprimento do dever moral, procurando adquirir a humildade intelectual. Assim, abre-se perante ela o reino da graça. Pouco a pouco, vai-se produzindo um apaziguamento interior, uma harmonia das atividades nervosas e morais, uma resignação maior perante a pobreza, a calúnia e a canseira, bem como a capacidade de suportar, sem enfraquecimento, a perda dos seus, a dor, a doença e a morte.

Por esse motivo, o profissional de saúde que vê seu doente orar deve se regozijar com isso, pois a calma, proveniente da oração, é uma poderosa ajuda para a terapêutica.

No entanto, não devemos assemelhar a oração à morfina, visto que a prece origina, ao mesmo tempo que acalma, uma integração das atividades mentais e uma espécie de floração da Personalidade. Por vezes, produz até mesmo o heroísmo e marca os seus fiéis com um selo particular. A pureza do olhar, a tranquilidade do porte, a alegria serena da expressão, a virilidade do comportamento e, se for necessário, a simples aceitação da morte de uma pessoa querida ou do mártir traduzem a presença do tesouro que se oculta no íntimo dos órgãos e do Espírito.

Sob essa influência, mesmo os ignorantes, os retardados, os fracos e os maus dotados utilizam melhor as suas forças intelectuais e morais.

A oração, segundo parece, nos eleva acima da estatura mental que nos pertence em harmonia com a sua hereditariedade e sua educação. Esse contato com Deus nos impregna de paz. E a paz irradia de nós. E levamos a paz para toda parte aonde vamos.

Infelizmente, não há, hoje em dia, senão um número ínfimo de pessoas que saibam orar de uma maneira eficiente.

A oração é um dos meios que, cultivada, espiritualiza os nossos veículos Espírito Humano, Espírito de Vida e Espírito Divino. Os outros meios que também resultam nessa espiritualização dos veículos são o cultivo das faculdades da observação, do discernimento e da memória, da devoção a ideais elevados, da concentração, da persistência e do reto emprego das forças vitais.

Há que se cuidar para não orar para o Deus da Tribo ou Nacional, o Espírito de Raça!

Não devemos nos esquecer que as Hierarquias Criadoras que nos ajudam nesse Esquema de Evolução, desejando nos prestar uma ajuda inconsciente por meio de certos exercícios, nos forneceram a oração como um meio de produzir pensamentos puros e nobres que agem sobre o Corpo Vital. Eis o motivo pelo qual eles nos recomendaram que “orássemos sem cessar”. Muitas pessoas que não compreendem essa ajuda zombam dessa recomendação perguntam, ironicamente e com frequência: “porque será necessário estar sempre orando, afinal se Deus é onisciente Ele deve conhecer todas as nossas necessidades e se Ele não é, Ele não é onipotente e, nesse caso, não poderia atender as orações. Aliás, se não for onipotente também não poderá, sequer, responder às orações!”. Muitos Cristãos sérios e fiéis podem, também, pensarem que é errado estar, continuamente, importunando o Trono da Graça.

Isso tudo faz parte em um mal-entendido dos fatos. Deus é, verdadeiramente, onisciente e não necessita que ninguém Lhe recorde das nossas necessidades; no entanto, se nós oramos corretamente, nós mesmos é que nos elevamos à Ele e, assim, aperfeiçoamos e purificarmos os nossos Corpos Vitais.

Agora, isso só ocorre se orarmos como devemos – aí está o grande problema! Geralmente, nos interessam muito mais as coisas temporais do que nos elevarmos espiritualmente. Várias Religiões celebraram reuniões especiais para orar pedindo chuva e até para que as forças armadas de um país ganhem da outra em guerra. Estas são orações ao Deus de Raça, “que aumenta seus rebanhos, enche os seus depósitos”, enfim, cuida de suas necessidades materiais. Tais orações não são Cristãs e não purificam em nada a pessoa. Tais orações provêm do Corpo de Desejos, e podem ser resumidas assim: “Senhor, agora estou guardando todos os teus mandamentos da melhor maneira que posso e eu quero que Você, em troca, faça a Sua parte.”.

Lembremo-nos que Cristo nos deu uma oração que, tal como Ele mesmo, é a única e universal. Há nela sete orações distintas e separadas, uma para cada um dos nossos sete princípios: o Tríplice Corpo, o Tríplice Espírito e a Mente. Cada oração está particularmente adaptada para nos promover o progresso da parte a que é dirigida. É o Pai-Nosso ou a “Oração do Senhor”. Ela é uma fórmula abstrata ao melhoramento e purificação de todos os nossos veículos!

A “Oração do Senhor” exerce o efeito do cultivo do domínio próprio, porque ao nos fazer ver que estamos injuriando os outros nos voltamos para nós mesmos e nos resolvemos a descobrir as causas. Uma dessas causas é a perda do domínio próprio, originada no Corpo de Desejos.

Vamos sempre nos recordar que a oração, feita com devoção pura e impessoal, dirigida a elevados ideais, é muito superior à fria concentração, porque voa para Divindade sobre as asas do Amor, a exaltação do Místico.

Oração do Senhor ou Pai-Nosso

Pai nosso que estais no Céus

Santificado seja o Vosso Nome

Venha a nós o Vosso Reino

Seja feita a Vossa Vontade…”

Assim na Terra como nos Céus

“O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje”

“Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”

“Não nos deixeis cair em tentação”

Mas, “Livrai-nos do mal”

Porque Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre, Amém

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1970 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Não Morra pela Boca: é mais comum do que você imagina

Os assuntos sobre alimentação e saúde tem tão grande importância em nossa evolução que nunca relegamos a plano secundário tais assuntos tão correlatos. Perceba que até propomos algumas receitas vegetarianas, no intuito de colaborar com os Estudantes Rosacruzes, por certo, sequiosos de ampliar seu receituário naturista.

Assim, vejamos mais detalhes sobre a importância da alimentação em nosso esforço para bem evoluir, especialmente quando estamos aqui renascidos. O Estudante Rosacruz deve encarar esse problema com muita seriedade. Afinal, um trabalho de Treinamento Esotérico depende também da manutenção das boas condições do nosso Corpo Denso. Esse esforço repercute na sensibilização dos nossos outros veículos: Corpo Vital, Corpo de Desejos, Mente, Espírito Humano, Espírito de Vida e Espírito Divino, pois como aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes: um trabalho sobre um determinado veículo repercute (para melhorar ou piorar) todos os outros veículos!

A sabedoria popular afirma que “o ser humano morre pela boca”. E é verdade. Constituições físicas vigorosas, às vezes, são debilitadas por dietas inadequadas e empíricas constituídas de substâncias tóxicas e/ou desprovidas de elementos nutrientes.

O vegetarianismo ainda é novidade para muita gente, por incrível que pareça. Muitas pessoas até vão a restaurantes vegetarianos simplesmente para “ver como é que é”. Para alguns o vegetarianismo é até sinônimo de exotismo. Felizmente, muitos se surpreendem quando dão uma olhada no cardápio: encontram uma gama imensa de pratos deliciosos (com os mais diversos ingredientes que vão de verduras, legumes, sementes, cereais, ovo, leite, mel, frutas, raízes, pranks e afins. Até empolgam-se com a variedade de quitutes à base de soja e outros cereais! Muitos ignoram o emprego tão diversificado desse saudável alimento vegetal ou produto do trabalho amoroso dos nossos irmãos menores, os animais (ovos, leite, mel). Ficam surpresos ao verem tantas verduras, legumes e frutas que nem sabem bem o nome, pois, para muitos, ainda rege a piada sem graça: “mas o que vocês comem? Capim?”.

Graças à Deus, atualmente, estamos ouvindo relatos de grata surpresa partindo de pessoas habituadas à uma dieta à base de carne animal (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins), desvinculadas de qualquer movimento espiritualista. Isso deve nos deixar muito satisfeitos.

Lembremo-nos Sempre que surgir uma oportunidade podemos fazer a apologia da dieta vegetariana, porém, de uma forma discreta e simpática. Por certo, não contaremos com a adesão de todo mundo. Mas alguém ouvirá com interesse e talvez se disponha a fazer uma experiência. Vale a pena lançar uma sementezinha.

(Publicada na ‘Revista Rosacruz’ em fevereiro/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Uma Só Coisa: a Vida

Quando Cristo estava na Terra, Ele constantemente enfatizou uma coisa: a Vida. Ele disse que era “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6) e que veio para que possamos tê-la em abundância. Essa era a Sua missão, trazer mais vida ao mundo. É para nós obtermos essa percepção da vida e da sua unidade, para que possamos encontrar o Cristo dentro de nós. Se não temos vida, então é nosso primeiro dever para com nós mesmos e nossos semelhantes não perder tempo, mas encontrar e aumentar essa vida interior.

Quando fazemos isso, desenvolvemos o poder de cura, que é o Cristo; e sem Ele (que é vida) nada podemos fazer. Em outras palavras, Ele disse “buscai primeiro o Reino de Deus (vida) e sua justiça (correto uso) e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6:33). Com a Mente aberta e os olhos que enxergam deve ser patente para todos nós que Ele quis dizer a vida, a única essência do Universo. Nela vivemos, nós nos movemos e existimos; vamos aonde queremos e como queremos, não podemos fugir da vida.

Assim, o Cristo, sabendo que essa consciência era a primeira coisa a se obter, porque com ela temos o poder de atrair todas as outras coisas para nós, disse que a vida era o caminho e que ela também é a verdade. Ele é tudo isso.

Então, se quisermos ter mais do Cristo, vamos desenvolver mais vida e manifestá-la em todos os nossos atos e pensamentos; que seja a luz brilhante que é vista e sentida por todos ao nosso redor; deixe-o pregar o sermão, em vez de palavras ditas sem a vida, pois são ociosas. O mundo precisa de homens e de mulheres despertos e Cristãos hoje e aqueles que atingiram até mesmo um grau dessa consciência de vida, portanto, o Cristo, são o fermento que deve fermentar, excitar, desenvolver a massa.

Cristo está conosco agora e não precisamos esperar um tempo futuro para a revelação desse Espírito Divino. Ele não entrou em nosso Planeta na hora da crucificação? Não é Ele o Espírito residente na Terra? E os produtos desta Terra não significam virtualmente o corpo e o sangue de Cristo? Não é a atmosfera a aura da Terra e não a respiramos constantemente desde o berço até o túmulo? Pondere bem sobre esses pensamentos e muito virá como resultado.

(por Max Heindel, publicado no Echoes nº 3 de Mount Ecclesia de 10 de agosto de 1913, traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Páscoa e a Unidade com Deus

Definimos como unidade o estado de formar uma coisa só, de estar em completa concordância e harmonia. A unidade pode ser mais bem definida como total integração.

Por causa de sua proficiência em três Exercícios Esotéricos Rosacruzes, ou três estados da Mente, Max Heindel obteve conhecimentos extraordinários e de primeira mão sobre o que realmente é a unidade. Os três estados da Mente são: a Concentração – sendo a Mente focalizada num só objeto, como através de uma lente, até que, em certo tempo, o objeto chega a ser um pensamento-forma vivo; a Meditação – precedida pela Concentração, permite a retrocessão até a origem do pensamento-forma; e a Imaginação que trabalha, dessa forma, sobre o resultado da Meditação.

A Concentração e a Meditação têm a ver, geralmente, com objetos, ou coisas externas. Após bastante prática, se atinge um grau de proficiência e estaremos então prontos a partir para o Exercício Esotérico da Contemplação, no qual a “alma vivente” do objeto nos fala. Na contemplação não há nosso esforço para “conseguir” como o caso dos dois Exercícios Esotéricos acima mencionados, e sim, a vida compreendida no objeto se nos manifesta.

Estudamos no livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” que o investigador bastante hábil no Exercício Esotérico da Contemplação fica consciente “do fato supremo de que só há uma Vida – a Vida Universal de Deus – em quem de fato e mui realmente, vivemos e temos o nosso ser”; o mineral, a planta, o animal e o ser humano, sem exceção, são manifestações de Deus.

A afirmação “n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser (existimos)” aparece na Bíblia, no Livro Atos dos Apóstolos 17:28 onde o Apóstolo São Paulo argumentava com os “homens” de Atenas que gostavam demais de discutir filosofia.

Acharam a doutrina de São Paulo estranha e o chamaram de “pregador de deuses estranhos”, “homem de muitas palavras”, escarnecendo aquele que os queria ajudar “E enquanto São Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue a idolatria” (At 17:16).

São Paulo defendeu sua posição sem vacilar, proferindo esse maravilhoso discurso sobre a unidade: “Deus, que fez o mundo, sendo Senhor do Céu e da Terra, não habita em templos feitos por mãos de homens, dando ao homem de Sua vida, já que n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser.” (At 17:24-31).

A ideia da unidade com Deus não era tão estranha aos “homens de Atenas”, pois no século VI A.C. o profeta de Creta, Epimenides já havia dito: “n’Ele vivemos, nos movemos e existimos”. Vemos por aqui que a ideia era comum na doutrina dos Cristãos Primitivos, na antiga filosofia grega, cretense, etc.

A Filosofia Rosacruz nos propicia, porém, uma interpretação científica e clara dessa unidade. Sabemos do grande Ser que conhecemos como Cristo, que vem até nós provindo do Mundo do Espírito de Vida, e nos traz essa maravilhosa influência unificadora de planos extremamente elevados.

Antes de Cristo, não estávamos bastante adiantados para seguir a Sua voz interna, necessitando da orientação dos Espíritos de Raça, que nos conduzia a partir do nosso exterior.

Tínhamos, naqueles longínquos tempos, pouquíssimo controle sobre os nossos desejos. Assim, devemos, sem dúvida alguma, muita gratidão aos Espíritos de Raça pelo seu trabalho dedicado. Porém, tal influência é separatista, resultando em conflitos, guerras e contendas infinitas e pouco “humanas” entre nações, tribos e indivíduos. Pelo visto, muitos de nós nos encontramos, ainda hoje, de baixo da direção dos Espíritos de Raça.

Antes do advento de Cristo, as influências espirituais, que nos vinham do Sol, só nos atingiam indiretamente, via a Lua, através de Jeová e dos seus Espíritos de Raça.

O mais avançado membro da família humana, Jesus de Nazaré, preparou seus veículos inferiores (Corpo Denso e Corpo Vital) para ficar à disposição do Cristo, na Sua missão terrestre, ensejando-se um primeiro impulso espiritual direto à Onda de Vida humana. O Cristo tomou posse dos Corpos Denso e Vital de Jesus no Batismo (com total consentimento de Jesus) e, durante poucos anos ensinou, curou e, pela sua própria presença literalmente, elevou a humanidade.

Na Páscoa, morrendo na Cruz, o sangue de Cristo-Jesus conduziu o próprio Espírito de Cristo para o interior da Terra. Durante o evento, como todos sabem, a luz era tão intensa que, temporariamente, cegou a humanidade, como cegou São Paulo no caminho de Damasco, promovendo uma grande purificação do Corpo de Desejos do Planeta Terra (o Mundo do Desejo). Como resultado desse grande sacrifício, na Páscoa, o Cristo passou a ser o Espírito Planetário da Terra, trabalhando diretamente com os seres humanos. Esse trabalho de dentro para fora, cujo propósito é a unificação, liberta o ser humano, a tribo e a nação da influência separatista e ainda egoísta dos Espíritos de Raça, que até agora tanto nos ajudaram para lograrmos o desenvolvimento material de hoje.

O trabalho do Cristo, porém, realiza-se em ciclos contínuos de descida ao centro da Terra, do Natal até a Páscoa, e Ascensão para os Mundos superiores nos quais Ele renova Sua força, com a qual deverá rejuvenescer e descristalizar a Terra e todas as Ondas de Vida que aqui habitam. Esse sacrifício continuará ano após ano, até a humanidade ficar liberta das forças tendentes a dividi-las. Quando isto acontecer, seremos guiados pelo Cristo Interno e estaremos formando, através de vidas de serviço e pureza, os nossos Dourados Mantos Nupciais, compostos dos dois Éteres Superiores, o Corpo-Alma

Quando, finalmente, um suficiente número de membros da Onda de Vida humana tenha se purificado ao ponto de poder levitar a Terra, nós O encontraremos nos Éteres. Ali habitaremos conscientes da unidade com o Espírito Divino, que interpenetra não somente o nosso Sistema Solar, mas também o espaço interestelar e muitos outros Sistemas Solares.

O museu astronômico de Mount Wilson, em Los Angeles, California, EUA parece-se com uma igreja. E é isso mesmo que poderia ser. As reproduções do Sol, das estrelas e as galáxias mais distantes, inspiram reverência. Há a possibilidade de se sentir a presença do Espírito Divino, quando admirando e meditando sobre a beleza magnífica dos corpos estelares.

Considerando esses pensamentos ocorre-nos a real grandeza do macrocosmo, Deus, no qual “vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”.

Somos expressões em miniatura desse Ser Divino! “Como é em cima, assim é em baixo”. “Como em baixo, assim em cima”. Não é o microcosmo, ser humano, um tipo, em miniatura do macrocosmo Deus? Não há a mesma qualidade divina tanto em Deus como no ser humano? Consideremos a relação entre a semente que temos em nossa mão e uma árvore. Seguramente, nós temos uma árvore em potencial. Essa é a mesma relação entre o ser humano e Deus: o potencial está latente. Que unidade maravilhosa temos, realmente com Ele, no qual “vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”!

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz Março/1975-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Mistérios dos Céus: Sete Parábolas e suas Correlações com os Períodos Evolutivos

1ª) “E disse-lhes muitas coisas em parábolas: ‘Eis que o semeador saiu para semear. E ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho e as aves vieram e a comeram. Outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra. Logo brotou, porque a terra era pouco profunda. Mas, ao surgir o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou. Outra ainda caiu entre os espinhos. Os espinhos cresceram e a abafaram. Outra parte, finalmente, caiu em terra boa e produziu fruto, uma cem, outra sessenta e outra trinta.‘” (Mt13:3-8).

2ª) “Propôs-lhes outra parábola: ‘O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e foi-se embora. Quando o trigo cresceu e começou a granar, apareceu também o joio. Os servos do proprietário foram procurá-lo e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Como então está cheio de joio?’ Ao que ele respondeu: ‘Um inimigo é que fez isso’. Os servos perguntaram-lhe: ‘Queres, então, que vamos arrancá-lo?’ Ele respondeu: ‘Não, para não acontecer que, ao arrancar o joio, com ele arranqueis também o trigo. Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ‘Arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; quanto ao trigo, recolhei-o no meu celeiro’.” (Mt 13:24-30).

3ª) “Propôs-lhes outra parábola, dizendo: ‘O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce é a maior das hortaliças e torna-se árvore, a tal ponto que as aves do céu se abrigam nos seus ramos.‘” (Mt 13:31-32).

4ª) “Contou-lhes outra parábola: ‘O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e pôs em três medidas de farinha, até que tudo ficasse fermentado.‘” (Mt 13:33).

5ª) “O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo.” (Mt 13:44).

6ª) “O Reino dos Céus é ainda semelhante a um negociante que anda em busca de pérolas finas. Ao achar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra. O Reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede lançada ao mar, que apanha de tudo. Quando está cheia, puxam-na para a praia e, sentados, juntam o que é bom em vasilhas, mas o que não presta, deitam fora. Assim será no fim do mundo: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos e os lançarão na fornalha ardente. Ali haverá choro e ranger de dentes. Entendestes todas essas coisas?” Responderam-lhe: ‘Sim’.” (Mt 13:45-51.).

7ª) “Então lhes disse: “Por isso, todo escriba que se tornou discípulo do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que do seu tesouro tira coisas, novas e velhas.” (Mt 13:52).

Há sete interpretações igualmente válidas e verdadeiras para cada parábola.  Algumas dessas interpretações são mais profundas em seu significado do que as outras. A maior parte das pessoas está familiarizada com as interpretações exotéricas ou ao pé da letra. Agora, com o “Conceito Rosacruz do Cosmos” foi levantado o primeiro véu e podemos deixar em segundo plano essa forma de interpretação literal. A chave para entendimento das parábolas transcritas está no último versículo; algumas coisas são velhas e outras são novas; algumas são do passado, ao passo que outras virão ainda. Os outros Evangelhos fazem apenas menção das quatro primeiras parábolas. Por isso consideramos esse capítulo como a apresentação completa do símbolo.

A primeira parábola refere-se ao semeador – Deus – lançando a semente de uma nova Onda de Vida, os Espíritos Virginais (a presente humanidade) foram diferenciados pela primeira vez, dentro de Deus ou “plantados”.

A segunda parábola narra o fato de o semeador encontrar joio em seu campo, preferindo deixá-lo crescer juntamente com o trigo, a fim de não haver o perigo de destruir a boa semente. Alude ao Período Solar, onde surgiram pela primeira vez a luz e as trevas. Segundo uma tradição de origem oculta, alguns componentes dessa onda de vida recusaram-se a emergir na matéria, retardando, dessa forma, a nossa evolução. Deram margem a um primeiro esboço de egoísmo ou joio, em nossa onda de vida.

A terceira parábola, do grão de mostarda, refere-se ao Período Lunar, quando o ser humano recebeu o germe do Corpo de Desejos. A semente da mostarda, embora pequenina, desenvolve-se até transformar-se numa árvore de grandes dimensões. A mostarda é um condimento excitante do Corpo de Desejos. Seu uso desmedido pode afetar negativamente nossa natureza emocional.

A quarta parábola, a da pequena quantidade de fermento, corresponde ao Período Terrestre. No Velho Testamento todo o pão sacramentado deveria ser levedado, porque desse modo Jeová poderia manter o povo sob seu jugo. Mas Cristo iniciou a Nova Era – a Era de Aquário, ainda como anunciador – em que, lenta, mas seguramente, o amor altruísta vem sendo difundido. “No peito de cada indivíduo a força do altruísmo trabalha como se fora um fermento. Desse modo transforma-se o selvagem numa pessoa civilizada e com o tempo, esse, num Deus.” (“Conceito Rosacruz do Cosmos”).

A quinta parábola, do tesouro escondido, sugere o Período de Júpiter. Naquele longínquo período futuro, os seres componentes do atual reino mineral passarão por um estado de consciência análogo ao das plantas e nós trabalharemos com eles com a mesma desenvoltura com que os Anjos operam atualmente com o Reino Vegetal.

O desenvolvimento de nossas faculdades imaginativas habilitar-nos-á também a vitalizá-las. Dessa maneira, os “tesouros do reino dos céus no Período de Júpiter, não permanecerão escondidos no campo de nossos corpos nem na Terra. Contudo, deve desde já despender os melhores esforços a fim de desenvolver estas faculdades futuras”.

A sexta parábola, a da pérola de alto preço, assinala as condições do Período de Vênus, quando os minerais atuais alcançarão um estado de consciência semelhante ao dos nossos animais. A pérola é a única gema originária da ação de uma criatura viva: a ostra.

Segundo Max Heindel, no final do Período em questão, o ser humano estará em condições de revestir de cores e tons as formas por ele engendradas e vitalizadas. Assim, tal como o comprador de pérolas, o ser humano tudo fará para adquirir essa faculdade.

A sétima parábola, a da semelhança do escriba instruído com o pai de família, refere-se ao período derradeiro – o Período de Vulcano – quando as influências particulares do Espírito Divino serão as mais fortes, porquanto foi vivificado no correspondente Período de Saturno. Nesse período o joio será removido do trigo e estaremos prontos para o repouso cósmico.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – junho/1968 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Interpretação Astrológica do Salmo 23

1 – O SENHOR é o meu pastor, não me faltará.

2 – Deitar-me faz em verdes pastos guia-me mansamente às águas tranquilas.

3 – Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor de seu nome

4 – Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam.

5 – Preparas uma mesa perante mim na presença de meus inimigos; unges a minha cabeça com óleo; o meu cálice transborda.

6 – Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão por todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor para sempre.

Salmo 23:1-6

Temos a impressão de que esse Salmo foi escrito especialmente para nós que vivemos nestes dias de inquietação e insegurança, porque:

  1. Pela repetição de suas palavras adquirimos uma sensação de paz e segurança;
  2. Embora simples como uma oração infantil, elas são mais profundas do que qualquer filosofia;
  3. Não sendo uma oração nem uma promessa (sendo a última linha uma profecia) apenas são um canto de fé a Deus;
  4. Ele conta as belezas do mundo, a generosidade de Deus e suas bênçãos, nós não nos pertencemos, mas sim a Deus;
  5. Pelo uso deste Salmo em forma de oração – recorremos às 12 Hierarquias Divinas ou Hierarquias Criadoras ou, ainda, Hierarquias Zodiacais.

A Bíblia revela-se em seus verdadeiros significados por meio de sete chaves. Entretanto, neste trabalho vamos analisá-la por meio da chave astrológica, compreendendo que a palavra “Senhor” se refere à Lei Cósmica.

O SENHOR É O MEU PASTOR – A Lei Cósmica é o nosso Pastor ou a nossa Guia em nossa peregrinação através da matéria. Áries, “cabeça” do Círculo Zodiacal, é a primeira ou a maior das 12 Hierarquias Criadoras em virtude de se encontrar muito próximo à Luz, Deus, perdendo em glória apenas em relação ao Esplendor Central.

Apenas sabemos que esses Seres se identificaram como o Pai ou Princípio Vontade.

Para ajustamento de nossas vidas ao Plano Divino, torna-se necessário grande esforço, grande atividade anímica, porque o Corpo de Desejos é o elemento de ação com o qual nós contamos desde o tempo em que, por nossa própria iniciativa, nos propomos a dirigi-lo quando a Mente era apenas um germe. Não é, pois, de se admirar que nos deparemos com grandes dificuldades, devido a essa união do Corpo de Desejos – de ação e de emoção – com a Mente.

A realização da vida superior requer a separação desses dois veículos.

Adicionalmente, nos servirmos do cérebro para dirigir e operar em todas as funções corporais, porém apenas podemos usar algumas áreas cerebrais. Restam áreas não despertas, próprias de uma vida mais ampla que virá, depois de removermos as barreiras autocriadas.

NÃO ME FALTARÁ – Existe o suficiente para todas as necessidades, tanto de ordem material, como espiritual. Quando tivermos conhecimento dos mistérios e trabalharmos com eles, por meio do uso controlado das forças correspondentes que estão dentro de nós, superaremos todas as carências do amanhã.

Primeiramente, necessitamos estabelecer “internamente” a ordem e harmonia usando o pensamento e a palavra para criar apenas o que estiver tonalizado com a harmonia do Universo.

Nossa segunda necessidade é desenvolver a determinação, a constância necessária para manter nossos pensamentos até que o propósito seja cumprido. Touro reflete-se na laringe. Temos a palavra, então.

Quando admitimos que a laringe é um órgão criador, acautelamo-nos com nossas palavras, o nosso mais elevado privilégio. Lembremo-nos das palavras de CristoToda palavra ociosa que o homem fala, terá que dar conta dela no dia do julgamento.” (Mt 12:36-37).

A Natureza não é pródiga em dádivas, mas quando nos conformamos com suas Leis, “NÃO NOS FALTARÁ”.

DEITAR-ME FAZ EM VERDES PASTOS – Somos levados ao campo da Mente e por isso ao Signo de Gêmeos. Ele é um Signo dual, expressa forma positiva e negativa, os polos do Espírito bem como contrastes expressos no plano físico da matéria.

Foram os Senhores da Mente que implantaram o germe mental na parte superior do Corpo de Desejos, criando uma união íntima entre ele e o poder emocional.

Gêmeos reflete-se em nosso Corpo Denso por meio dos pulmões que, ao se desenvolverem pelo aumento do oxigênio no sangue, torna possível à nós levá-lo ao íntimo dos nossos veículos e iniciar, assim, a expressão de Individualidade. Nós, o Ego, controlamos nossos veículos por meio do calor do sangue.

Jeová – o Espírito Santo –, o Senhor dos Espíritos de Raça, iniciou seu controle sobre nós por meio do ar que inalamos e o sangue que circula através dos pulmões.

Atingiu, assim, a evolução a sua mais elevada forma de contrastes. Começamos a gerar, levamos a nossa consciência para a nossa forma exterior.

Daí, então, nossa Mente embrionária, operando com alguma clareza, nos mostrou a nós mesmos como uma forma entre outras formas. Assim, o contraste entre as formas se tornou para nós um estado de separação, estado que em a Natureza não existe, e que se trata apenas de uma nossa ilusão mental. Eis que então o nosso maior problema é o de compreender a nossa unidade com todos no universo. Essa Unidade se revelará quando a Mente se espiritualizar por meio da nossa natureza emocional.

A Mente é a ferramenta, a razão, o archote por cuja luz nos ajusta os pequenos fragmentos da Verdade.

São Paulo, diz: “Agora conhecemos em parte, porém conheceremos com também somos conhecidos.” (ICor 13:12). Tal são os “verdes pastos” da Mente.

GUIA-ME MANSAMENTE ÀS ÁGUAS TRANQUILAS – Agora nos deparamos com o Signo de Câncer, cujos Querubins nos despertaram o Espírito de Vida, o segundo Aspecto da Divindade e a contraparte da Sabedoria ou do Princípio Materno de Deus.

Câncer, o segundo dos grandes Signos Maternos, é ativo na forma de colocar em ação o pensamento de Deus na substância física. Sob Touro a palavra criadora põe a vida em movimento rítmico, ao longo das linhas determinadas pela Vontade Divina. O princípio Materno em Câncer recebe e mantém o quadro vivente do Plano, como se estivesse refletido na superfície profunda e quieta da “lagoa”, imprimindo esse quadro vivente do Plano sobre cada semente de vida em cada forma na concepção, “cada uma em conformidade com a sua espécie”.  Podemos realmente dizer que a “mãe Natureza” é o Signo de Câncer. Quando a operação das formas de Câncer é compreendida, entendemos o mistério da vida em si mesmo.

Presentemente podemos censurar os quadros que, diariamente, e passam através do nosso espelho mental, aceitando aquilo que é bom, acionando o poder criador de nossos corações a fim de que se manifeste em nossas vidas o mais prontamente possível. Também procuramos desenvolver a visão interna que nos proporcionará a simpatia que compreende, estimula e cura. O Princípio Materno de Câncer trabalha, nutre, bem como concebe. Reflete-se no estômago, preparando o alimento para a digestão, ao passo que nos seios provê a nutrição para o recém-nascido. A Luz rege o Sistema Nervoso Simpático que controla todas as funções involuntárias do Corpo Denso. A vida atual causa, em todos nós, quase que uma contínua tensão, produzindo contrações nervosas e musculares que interferem no fluir da força vital em todo organismo. Portanto, na preparação da meditação, acalmamos a Mente, relaxamos toda a tensão, abrindo as portas do santuário interno; mas também libertando, para mais grandiosas ações, as forças que sustentam nossos Corpos.

Compreenderemos então as palavras: Ele “guia-me mansamente às águas tranquilas”.

REFRIGERA MINHA ALMA – É no lar do Signo do Sol – representado em nossos Corpos Densos pelo coração – que temos a explicação dessa frase. Os Senhores da Chama, a Hierarquia Criadora de Leão, nos deram o germe do Corpo Denso e despertaram o nosso Espírito Divino, ainda em formação. Segundo os Ensinamentos Rosacruzes, o Sol é o símbolo mais aproximado que temos de Deus. É o Véu daquilo que está oculto. Por isso São João nos fornece uma melhor definição: “Deus é Luz, Deus é Amor (IJo 1:5 e IJo 4;8) e penetrando o Universo com Sua Vida fluindo como uma corrente de fogo Vivo em toda a Natureza.

Ainda São João nos diz que “A vida era a Luz dos homens, e a Luz brilhava nas trevas e as trevas não a compreenderam.” (Jo 1:5). As trevas representam nossa Mente concreta, ligando-nos ao Mundo da forma.

Quando nossos esforços se encaminham penetrantemente em direção às trevas (o véu da matéria), apressamos a elaboração da Alma Consciente, a frutificação das experiências do Espírito relacionadas com o Corpo Denso.

GUIA-ME PELAS VEREDAS DA JUSTIÇA – Isso nós devemos aos Senhores da Sabedoria que no Período Solar nos deram o germe do Corpo Vital, atualmente composto de quatro Éteres, utilizados na elaboração da Alma Intelectual.

Mercúrio, o Mensageiro de Virgem e o Planeta da razão, nos ajuda a desenvolver, claramente, o discernimento necessário para analisar e classificar nossas conclusões. Por meio do discernimento os frutos da experiência são absorvidos, afetando decididamente o Corpo Vital, usado por nós como um departamento de compensação para todas as nossas atividades. Virgem tem seu reflexo no Corpo Denso por intermédio dos intestinos e de suas funções (os processos de seleção e de absorção). Pela ligação desse núcleo mental com uma forte devoção a ideais de pureza, de serviço e da verdade seremos levados a caminhos de real utilidade

POR AMOR DE SEU NOME – Pelo estudo do Plano Divino, o alvo essencial é o equilíbrio entre os polos positivo e negativo do ser. Entre o Espírito e a Matéria, a Vida e a Forma, entre o Criador e a Sua vasta Criação.

A confusão existente no mundo é um reflexo daquilo que criamos em nossa consciência. Agora, por intermédio dos Senhores da Individualidade, que nos deram o germe do Corpo de Desejos no Período Lunar, disciplinamos esse Corpo de Desejos e formamos a Alma Emocional. Vênus indica a parte vital desempenhada pelo amor e pela pureza na realização do equilíbrio simbolizado por Libra. Vênus é o salvador do bem, conservando-o para crescimento evolucionário. Repete-se em nosso Corpo Denso por meio dos rins, onde os elementos indispensáveis são conservados por meio da filtração da corrente sanguínea. Assim o Amor e a Pureza nos tornam aptos a joeirar o verdadeiro do falso, na Lei Cósmica por Amor ao Seu Nome.

AINDA QUE EU ANDASSE PELO VALE DA SOMBRA DA MORTE, NÃO TEMERIA MAL ALGUM – Sob Escorpião todo o trabalho requerido fundamenta-se na ligação de tudo aquilo que aprendemos durante a nossa peregrinação na matéria. Deparamo-nos aqui com o mistério da vida. Necessitamos de compreender que o Espíritomove-se sobre as águas do profundo” dentro de nós, vertendo através do canal formado por nossos desejos, criando em nós e em nossas vidas as condições correspondentes àqueles desejos. De acordo com as leis da vida, se harmonizará cada um dos departamentos do nosso ser nos tornando vitoriosos sobre a vida e a morte. Por meio de Escorpião temos a oportunidade de fundir nossas qualidades mediante a junção dos raios de Vênus (Touro) e Marte (Escorpião) pelo refinamento e redireção dessa grande força vital. Dessa forma, nossa consciência se desperta para o glorioso significado da vida, proporcionando-nos criar o “Novo Céu” e a “Nova Terra” para onde toda a Onda de Vida humana está se movendo.

TUA VARA E TEU CAJADO ME CONSOLAM – Em Sagitário, os Senhores da Mente mantêm a visão do nosso alvo diante de nós, com Júpiter dissolvendo as barreiras que levantamos ao redor de nossa consciência. São aquelas barreiras que nos mantêm confinados àquilo que está de acordo com nossos sentidos. Sagitário é o Signo por meio do qual o Fogo Criador do Espírito Santo flui para criar em nós a Mente superior – Deus-Mente – que, livre da escravidão das formas, se relaciona com as Leis e Princípios subjacentes em todas as formas, criando como Deus cria. O Espírito Santo procede da união do Pai (Princípio da Vontade) e do Filho (Princípio da Sabedoria). Daí ser a mensagem de Sagitário a de juntar os poderes da Mente e do Coração para que, assim, todos ascendam ao Trono de Deus. Impelida pelo trabalho de realização anímica, a Mente superior desenvolve-se para manter nossos veículos em grande eficiência, refletindo-se na espiritualização do Corpo Denso, do Corpo Vital e do Corpo de Desejos por meio da elevação vibratória de cada célula. Daí então a força criadora começa a fluir como ouro líquido, ascendendo lentamente em direção ao seu objetivo situado no cérebro, para aí acionar as Glândulas Endócrinas Corpo Pituitário (hipófise) e a Pineal (conarium ou epífise cerebral). O fêmur representa Sagitário no Corpo Denso, tornando possível a rapidez e a liberdade de ação. O movimento no Caminho da Iniciação é obtido por meio da Divindade interna.

PREPARAS UMA MESA PERANTE MIM NA PRESENÇA DE MEUS INIMIGOS – O pensamento é a semente e dele brota a ação e a manifestação. Um quadro mental na frente de Deus é a semente da qual surgiu todo o Universo, bem como todo o trabalho das inúmeras ordens de Seres de variados poderes para executar seu Plano. Nossa Onda de Vida particular é apenas uma definida parte do Plano de Deus como qualquer outra Hierarquia Criadora que nos precedeu na infindável procissão que se estende desde a argila até Deus.

A nossa parte não poderá ser cumprida eficientemente se não soubermos quem e o que somos, de onde viemos, porque estamos aqui e para onde vamos. Em Capricórnio temos a delineação completa do Plano. Saturno, mensageiro de Capricórnio, cuja força tem relação com o princípio e o fim da manifestação:

  1. Situa os limites do Universo;
  2. Cristaliza os pensamentos de Deus em formas dentro das substâncias de todos os planos;
  3. Ajuda a conscientização do Ego humano na consciência física;
  4. Manifesta-se na vitória do Espírito sobre a matéria e na nossa volta a Deus.

Estudando o Plano de Deus compreendemos que a forma deve ser usada somente para desenvolvimento da consciência e poder da chispa de vida interna. Capricórnio reflete-se em nossos Corpos Densos nos joelhos, funcionando como acomodações para o movimento, adaptável tanto mental como fisicamente.

Precisamos compreender a importância dos nossos Corpos, servos do Ego, que requer persistente concentração para o cumprimento do Plano de Deus. Assim procedendo superaremos o “eu inferior”.

UNGES A MINHA CABEÇA COM ÓLEO, O MEU CÁLICE TRANSBORDA – Em Aquário temos uma visão da Forma Divina em operação através das 12 Hierarquias Criadoras e Espíritos Planetários do nosso Sistema Solar. Operam como intermediários de Deus, como Fonte e Centro de toda a Vida, em “quem vivemos, nos movemos e temos nosso ser.” (At 17:28). Cada um tem uma parte de responsabilidade no desenvolvimento do Plano Divino, alcançando a unidade na diversidade, antes que possamos merecer a primogenitura como filhos de Deus.

Estamos no ponto mais crítico de nossa evolução, donos de uma vontade livre, de Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos fortemente desenvolvidos. Por meio dos Anjos, que é a Hierarquia de Aquário, fluem correntes do Amor Divino provendo nossas necessidades. As leis Cósmicas podem tornar-se conhecidas por intermédio de Saturno e de Urano, esse impulsionando-nos a investigar os segredos da Natureza e, também, nos levando à originalidade, estimulando o crescimento espiritual e individual.

Saturno, assistindo-nos, possibilita a coordenação dessas conclusões e de pô-las em prática. Se se tornam rígidas, Urano quebra-as. Saturno clama por justiça, ordem, dever e senso de responsabilidade. Por intermédio de associações, empenhados em esforços cooperativos, ascendemos pela influência de Urano ao altruísmo e, dessa forma, preparamo-nos para a Era de Aquário.

Necessitamos aprender a trabalhar em conjunto para um bem comum, desenvolvendo todos nossos poderes ao máximo, tal como fazem as células em nosso organismo físico (a unidade na diversidade). A coordenação dos movimentos está relacionada – em Aquário – com os tornozelos em nossos Corpos Densos.

Quando essa coordenação é usada na movimentação para frente, no sentido evolutivo, realmente podemos dizer: “Tu unges minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.”.

CERTAMENTE QUE A BONDADE E A MISERICÓRDIA ME SEGUIRÃO TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA E HABITAREI NA CASA DO SENHOR PARA SEMPRE – O Signo de Peixes revela, por intermédio das profundezas do misticismo, as sombras dolorosas que atraímos sobre nós em virtude do nosso rompimento com nossos guardiães espirituais, ao assumir a responsabilidade dos nossos atos. A Lei de Causa e Efeito se torna necessária porque frustramos a Lei Cósmica. Ao tomar conhecimento da conexão entre semear e colher, Peixes se torna o portão luminoso da libertação. O Dia da Libertação depende de nós. Podemos reclamar nossos direitos de primogenitura como filhos de Deus e enveredar pelo reto Caminho. Se assim fizermos, devemos passar pelo Tabernáculo no Deserto e, por meio da Iniciação, encontrar a Verdade que nos tornará livres.

Em relação ao Corpo Denso, os pés se relacionam com o Signo de Peixes representando a base que suporta todo o Corpo Denso. Assim, a influência de Peixes é o fundamento sobre o qual repousa nossa vida espiritual. É por meio da libertação que vem a compreensão, e certamente a bondade e a misericórdia nos seguirão todos os dias de nossas vidas e habitaremos na “casa do Senhor” para sempre.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – abril/1973 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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