No princípio desse Grande Dia de Manifestação, Deus nos diferenciou dentro de si mesmo e nos deu o nome de Espíritos Virginais. Por isso que se diz que: “Em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”
Como lemos em no Livro do Gênesis: 1:26: “Os Elohim disseram: ‘Façamos o homem à nossa imagem e segundo nossa semelhança’”.
Com isso, todas as qualidades de Deus estão contidas em cada um de nós, ainda que latentes. Além delas também há um atributo importante de Deus contido em cada um de nós: o germe da vontade que torna possível originarmos novas causas, exercitando nosso poder criador. Assim, durante a Evolução essas qualidades latentes vão se transformando em poderes dinâmicos, enquanto a vontade independente produz a chamada Epigênese, a qual dá a Evolução algo mais que o simples desdobramento ou desenvolvimento de qualidades latentes.
Deus, nosso criador, é Uno. É assim que ele se apresenta no Seu Mundo, o Mundo de Deus. Quando deseja se manifestar torna-se Trino, torna-se Tríplice: Vontade, Sabedoria e Atividade.
Como nós fomos criados à Sua imagem e semelhança, também, quando não manifestado, somos uno: um Espírito Virginal. É assim que nos apresentamos no nosso Mundo, o Mundo dos Espíritos Virginais, no nosso Plano Cósmico, o primeiro Mundo logo abaixo do Mundo de Deus (veja detalhes nos diagramas 6 e 14 do Livro Conceito Rosacruz do Cosmos).
Quando nos manifestamos, tornamo-nos Tríplice:
.. Espírito Divino, imagem e semelhança da Vontade – Deus Pai.
.. Espírito de Vida, imagem e semelhança da Sabedoria – Deus Filho.
.. Espírito Humano, imagem e semelhança da Atividade – Deus Espírito Santo.
Deus se manifesta na criação. Criando os Mundos e tudo que neles há. Diferenciando dentro de Si tudo que hoje existe. Mundos esses que são campos de oportunidade de evolução para as infinitas formas de vida. Ele é o Macro e o Microcosmo.
Nós, criados a Sua imagem e semelhança, mas como Deuses em formação, nos manifestamos na peregrinação pelos diversos Mundos que ele criou.
Como diz São Paulo em sua Epístola aos Romanos 8:16-17: “… somos filhos de Deus. E, se filhos, também herdeiros: herdeiros de Deus”. Somos o microcosmos.
Diz uma lenda que quando Deus criou os Mundos, disse aos Espíritos Virginais: “Meus filhos, eis a nossa morada. Percorra-a e conheça tudo que nela há. Pois, Eu a fiz para vocês”. E nós, filhos obedientes e cheios de gratidão, iniciamos a nossa peregrinação.
Lógico que em nosso Mundo (Mundo dos Espíritos Virginais) estávamos mais bem acomodados. Tínhamos a consciência divina. Mas não a consciência do “eu”, de indivíduos separados. Éramos omniscientes como Deus, mas não conscientes de nós mesmos.
Deus tem essa consciência individual. A consciência de diferenciar Ele de outro Deus de outro Sistema Solar. E aqui encontramos o objetivo dessa peregrinação pelos Mundos que Deus nos criou: tornarmo-nos conscientes de nós mesmos, como indivíduos separados. Convertendo-nos, Espíritos Virginais, em seres humanos e depois em Deuses.
Afinal, como disse S. Paulo: “Não sabeis que sois Deus em formação?”
Contudo, em que consiste essa peregrinação?
Simplesmente, na nossa passagem pelos cinco Mundos mais densos situados logo abaixo do nosso Mundo, o Mundo dos Espíritos Virginais.
E quais são eles?
A passagem por esses Mundos tem como objetivos:
1-conhecermos como eles funcionam,
2-conhecermos para que servem,
3-conhecermos quais são as leis que os regem
E, principalmente, para mostrarmos ao nosso Deus, nosso criador, a gratidão que o temos por nos dar essa oportunidade de evolução.
Ora, para podermos passar por cada um desses Mundos existe uma Lei Cósmica que diz: “Nenhum ser, por mais elevado que seja, pode funcionar em qualquer Mundo sem um veículo construído com material desse Mundo”. Um exemplo claro está aqui quando da necessidade da cessão dos Corpos Vital e Denso de Jesus para que Cristo pudesse aparecer entre nós.
Assim, tínhamos que ter um veículo construído com material de cada um desses Mundos.
Então, vejamos:
¨ Para o Mundo do Espírito Divino, temos a nossa expressão como Espírito Tríplice: o veículo Espírito Divino
¨ Para o Mundo do Espírito de Vida, temos a nossa expressão como Espírito Tríplice: o veículo Espírito de Vida
¨ Para a Região Abstrata do Mundo do Pensamento, temos a nossa expressão como Espírito Tríplice: o veículo Espírito Humano
Todavia, e para a Região Concreta do Mundo do Pensamento, para o Mundo do Desejo e o Mundo Físico?
Não tínhamos veículos próprios. Além disso, não sabíamos como construí-los. Tudo bem, tínhamos veículos para o Mundo do Espírito Divino, Mundo do Espírito de Vida e a Região Abstrata do Mundo do Pensamento, mas não sabíamos como trabalhar lá. E o que dizer do Mundo do Desejo e do Mundo Físico que nem veículos tínhamos?
Aqui entra a regra de ouro que permeia toda a evolução em todo o Universo: “O Serviço amoroso e desinteressado para com os outros”.
Em outras palavras: desde o início de tudo fomos ajudados, de um modo que sem essa ajuda não teríamos condições sequer de começar. Desde aqui começa a nossa ingratidão. Pois se estivéssemos conscientes da imensa importância dessa ajuda, o serviço amoroso e desinteressado seria praticado em nossas vidas como um hábito qualquer, sem a necessidade do mais mínimo esforço, mas… um dia aprenderemos.
Afinal, quem nos ajudou?
Como sempre acontece nessas horas, em qualquer Esquema de Evolução, seres mais superiores na escala evolutiva que nós.
Na terminologia Rosacruz esses seres são conhecidos como:
¨ Hierarquias Divinas ou Hierarquias Criadoras
¨ Ou Jerarquias Divinas ou Jerarquias Criadoras
.. Ou, ainda, Hierarquias Zodiacais ou Hierarquias Divinas
Primeiro, penetramos no Mundo do Espírito Divino. Lembrem-se, já tínhamos o veículo: o Espírito Divino. Faltava somente saber como utilizá-lo. Afinal não sabíamos como se manifestar.
Aí apareceu a primeira Hierarquia Criadora, chamada Senhores da Chama. Assim chamados devido:
¨ à brilhante luminosidade dos seus corpos
¨ aos seus grandes poderes espirituais
Encontramos na Bíblia com o nome de Tronos na Epístola de São Paulo aos Colossenses 1:16.
Emitindo uma fortíssima luz dos seus corpos, projetavam suas imagens sobre a superfície desse nosso Planeta Terra. E através dessas projeções implantou na nossa vida evolucionante o Átomo-semente do nosso Corpo Denso. Através desse Átomo-semente é que podemos agregar os materiais dessa Região Química do Mundo Físico (sólidos, líquidos e gasosos) e, assim, construir um Corpo Denso (o nosso corpo físico).
Portanto, devemos a possibilidade de construir um Corpo Denso a Hierarquia Criadora dos Senhores da Chama.
Mas, eles fizeram mais. Foram eles que nos ajudaram:
¨ a penetrar no Mundo do Espírito Divino
¨ a despertar o nosso veículo Espírito Divino, para podermos funcionar nesse Mundo
Está aqui o porquê da relação entre o Espírito Divino e o Corpo Denso.
Depois, penetramos no Mundo do Espírito de Vida. Lembrem-se, já tínhamos o veículo: o Espírito de Vida. Faltava somente saber como utilizá-lo. Afinal não sabíamos como se manifestar.
Então apareceu a segunda Hierarquia Criadora, chamada Senhores da Sabedoria.
Encontramos na Bíblia com o nome de Dominações na Epístola de São Paulo aos Colossenses 1:16.
Emitindo uma fortíssima sugestão dos seus corpos, projetavam suas imagens sobre a superfície desse nosso Planeta Terra. E através dessas projeções implantou na nossa vida evolucionante o Átomo-semente do nosso Corpo Vital. Através desse Átomo-semente é que podemos agregar os materiais dessa Região Etérica do Mundo Físico (Éter Químico, de Vida, Luminoso e Refletor) e, assim, construir um Corpo Vital.
Portanto, devemos a possibilidade de construir um Corpo Vital a Hierarquia Criadora dos Senhores da Sabedoria.
Agora, nesse momento tínhamos, também, que ser ajudados para despertar o nosso veículo Espírito de Vida.
Para isso, recebemos ajuda de outra Hierarquia: são conhecidos como Querubins, seres mais desenvolvidos que os Senhores da Sabedoria.
Foram eles que nos ajudaram a:
¨ a penetrar no Mundo do Espírito de Vida
¨ a despertar o nosso veículo Espírito de Vida, para podermos funcionar nesse Mundo
Está aqui o porquê da relação entre o Espírito de Vida e o Corpo Vital.
Está aqui, também, porque foram os Querubins que se prostraram na porta do Jardim do Éden quando fomos de lá expulsos.
Como lemos no Livro do Gênesis: 3:23-24:
“O Senhor Deus expulsou-o do jardim do Éden, para que ele cultivasse a terra donde tinha sido tirado. E expulsou-o; e colocou ao oriente do Jardim do Éden Querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida”
Em seguida, penetramos na Região Abstrata do Mundo do Pensamento. Lembrem-se, já tínhamos o veículo: o Espírito Humano. Faltava somente saber como utilizá-lo. Afinal não sabíamos como se manifestar.
Então apareceu outra Hierarquia Criadora, chamada Senhores da Individualidade.
Encontramos na Bíblia com o nome de Virtudes na Epístola de São Paulo aos Colossenses 1:16.
Emitindo a substância formadora dos seus corpos, implantou na nossa vida evolucionante o Átomo-semente do nosso Corpo de Desejos. Através desse Átomo-semente é que podemos agregar os materiais do Mundo do Desejo (emoções, sentimentos, desejos) e, assim, construir um Corpo de Desejos.
Portanto, devemos a possibilidade de construir um Corpo de Desejos a Hierarquia Criadora dos Senhores da Individualidade.
Agora, nesse momento, tínhamos, também que sermos ajudados para despertar o nosso veículo Espírito Humano.
Para isso, recebemos a ajuda de outra Hierarquia: são conhecidos como Serafins, seres mais desenvolvidos que os Senhores da Individualidade.
Foram eles que nos ajudaram a:
¨ a penetrar no Mundo do Pensamento, mais precisamente: na Região do Pensamento Abstrato
¨ a despertar o nosso veículo Espírito Humano, para podermos funcionar na Região Abstrata do Mundo do Pensamento
Está aqui o porquê da relação entre o Espírito Humano e o Corpo de Desejos.
Daqui por diante perdemos definitivamente a nossa omnisciência. Vimo-nos forçados a dirigir a nossa consciência para dentro, ali encontrando-nos separados e à parte de todos os outros.
E foi assim que nos vimos encerrados dentro de um tríplice véu.
O véu externo, o Espírito Humano, cerrou a consciência ao sentimento da unidade da Vida convertendo-nos em Ego, seres separados, prontos para sermos indivíduos.
Até esse ponto o que tínhamos para funcionar?
.. Um Corpo Denso
.. Um Corpo Vital
.. Um Corpo de Desejos
.. Um Espírito Divino
.. Um Espírito de Vida
.. Um Espírito Humano
Ainda tínhamos mais uma Região para penetrarmos: a Região Concreta do Mundo do Pensamento.
Percebam que essa Região é que liga os Mundos inferiores:
.. Região Química do Mundo Físico
.. Região Etérica do Mundo Físico
Aos Mundos superiores:
.. Mundo do Espírito Humano
Então apareceu outra Hierarquia Criadora, chamada Senhores da Mente.
Encontramos na Bíblia com o nome de Poderes das Trevas na Epístola de São Paulo aos Colossenses 1:16.
Nesse nosso Período Terrestre, essa Hierarquia alcançou o estado de Criador, um Deus Criador.
Emitindo a substância formadora dos seus corpos, implantou na nossa vida evolucionante o Átomo-semente da nossa Mente. Através desse Átomo-semente é que podemos agregar os materiais da Região Concreta do Mundo do Pensamento (pensamentos-formas) e, assim, construir uma Mente.
Portanto, devemos a possibilidade de construir uma Mente à Hierarquia Criadora Senhores da Mente.
Com a Mente tornamo-nos capazes de focalizar e podemos focalizar nossos propósitos ou objetivos, enquanto Egos, em nossos veículos mais densos, pois precisávamos de algo que unisse o nosso Tríplice Espírito a esse Tríplice Corpo. Ela é o meio de união entre a Personalidade e a Individualidade, nós, o Ego.
E, assim, graças a um belo Serviço amoroso e desinteressado estamos aqui podendo evoluir, construir a nossa Tríplice Alma, fruto do nosso trabalho no nosso Tríplice Corpo.
Graças a esse serviço prestado é que temos o exemplo a seguir de: “o Serviço Amoroso e desinteressado para com os outros é o caminho mais curto, mais seguro e o mais agradável que nos conduz a Deus”.
Ah! E que fim deram essas Hierarquias Criadoras?
.. Os Senhores da Chama, os Querubins e os Serafins elevaram-se da existência limitada à libertação
.. Os Senhores da Sabedoria, que nos ajudaram com o nosso Espírito de Vida, evoluíram e nos ajudam até hoje desenvolvendo o nosso veículo Espírito Divino
.. Os Senhores da Individualidade, que nos ajudaram com o nosso Espírito de Humano, evoluíram e nos ajudam até hoje desenvolvendo o nosso veículo Espírito de Vida
.. Outra Hierarquia apareceu, conhecida como Senhores da Forma, e nos ajudam até hoje desenvolvendo o nosso veículo Espírito Humano
.. Os Senhores da Mente continuam nos ajudando nesse veículo mais recente, a Mente
.. O nosso Corpo de Desejos, dado pelos Senhores da Individualidade, são objetos de ajuda da Hierarquia Criadora dos Arcanjos
.. E o nosso Corpo de Vital, dado pelos Senhores da Sabedoria, são objetos de ajuda da Hierarquia Criadora dos Anjos
Faltou um veículo. Qual? O Corpo Denso.
Pois é, qual a Hierarquia Criadora que está nos ajudando, nessa especialização de um corpo formado por sólidos, líquidos e gases?
A Hierarquia Criadora dos Espíritos Virginais, ou seja, nós mesmos!
E por quê?
Porque o mesmo serviço amoroso e desinteressado que todos esses Seres mais que Interplanetários prestaram a nós, também, estamos e sempre devemos prestar a todos os seres que necessitarem de Corpos Densos para evoluir.
Em particular, nesse momento do atual Esquema de Evolução, o Reino de vida mineral ou a Onda de Vida Mineral.
Ou seja, nessa Esquema de Evolução estamos nos desenvolvendo para sermos especialistas em construção e utilização de corpos formados de matéria da Região Química do Mundo Físico, de modo a poder ajudar Ondas de Vida que necessitam desse corpo para se manifestar nessa Região. Do mesmo modo que:
.. os Anjos são especialistas em corpos formados de matéria da Região Etérica do Mundo Físico
.. os Arcanjos são especialistas em corpos formados de matéria do Mundo do Desejo
.. os Senhores da Mente são especialistas em corpos formados de matéria da Região Concreta do Mundo do Pensamento
.. E assim por diante
Demonstremos a nossa gratidão a Deus e a todos esses Seres que nos ajudam nesse Esquema de Evolução, servindo ao irmão e à irmã no nosso entorno, sempre focando na sua divina essência e sempre da única maneira que é correta: amorosa e desinteressadamente, utilizando para isso todas as formas que temos: pensamentos, sentimentos, emoções, desejos, palavras, atos, obras e ações.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:
1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em março, com as seguintes sessões:
CLIQUE AQUI: ECOS nº 72 – Maio de 2022
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):
A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de abril/2022:
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O arquétipo do andrógino perfeito foi projetado pela Hierarquia de Gêmeos a seu Signo oposto, Sagitário. Quando um iluminado segue a Trilha da Santidade que conduz a essa exaltada esfera, é-lhe permitido estudar as maravilhas do Corpo andrógino, a forma que o Corpo humano adotará em uma etapa futura de seu desenvolvimento. Como foi dito, a Hierarquia de Gêmeos, ou sejam, os Serafins, projeta sobre a Terra esse glorioso arquétipo cósmico. E, quando a humanidade estiver preparada para recebê-lo, suas forças descerão, transportadas até o ser humano pela Hierarquia de Sagitário. Quando o ser humano conhece as maravilhas desse arquétipo cósmico e os milagres do Corpo de Sagitário, construído inteiramente de matéria mental, começa a compreender algo do destino exaltado que lhe espera. Com profunda reverência e grande humildade entoa, em seu interior, a nota-chave bíblica de Gêmeos: “Esteja tranquilo e saiba que Eu sou Deus.” (Sl 46:10).
O que é ser um Tekton?
A palavra grega “tekton” deve ser traduzida por “construtor”. Na Maçonaria Mística, Deus é chamado O Grande Arquiteto. É o Grande Mestre Construtor, o qual moldou o mundo com a matéria primordial preparando um campo evolutivo para vários graus de seres.
Ele usa no Seu universo muitos tektons ou construtores de vários graus.
Qualquer um que siga a Senda do desenvolvimento espiritual, esforçando-se por trabalhar construtivamente com as leis da natureza – como um servo da humanidade – é um tekton ou construtor, no sentido que se acha qualificado para ajudar e dar nascimento a uma grande alma. É por isso que se diz que Jesus era um carpinteiro e filho de um carpinteiro, e entendemos que ambos eram tektons ou construtores numa linhagem cósmica
Quem é o Guia da Maternidade?
Gabriel é o Anjo que guarda e guia o Espírito da Maternidade no mundo inteiro. Ele foi o professor e iniciador de Maria.
Ele envia Anjos ministros para abençoar toda a mãe em perspectiva. Esses mensageiros angélicos cuidam e dirigem um espírito para a mãe e o lar onde ele vai encontrar corporificação.
Em qual Solstício nasceu Jesus
No de Dezembro.
Os Solstícios de Junho e Dezembro, juntamente com os Equinócios de Março e Setembro, constituem os momentos decisivos na vida do Grande Espírito da Terra, assim como a concepção assinala o começo da descida do espírito humano ao Corpo físico, resultando no nascimento, o qual inaugura o período de crescimento até que a maturidade seja alcançada.
No Solstício de Dezembro, o Sol se encontra mais próximo da Terra, fazendo, portanto, com que a Terra seja permeada mais fortemente pela aura do Sol espiritual.
Quem eram os Essênios?
Adeptos de uma seita judaica que existiu na Palestina, no Oriente Médio, entre os séculos 2 a.C. e 1 d.C. Uma vida plena de Oração e devoção afastava os essênios de um convívio maior com o povo. Eles viviam afastados da sociedade, no deserto. Não se ostentavam publicamente.
A Ordem Essênica procurava o sentido mais profundo das coisas. Tinham como principal objetivo na vida, alcançar o aperfeiçoamento de seus membros em toda a justiça para que pudessem ser dignos de Deus e trazer ao mundo o Grande Messias.
Eram piedosos, estudiosos e contemplativos. Sua bondade natural, sua pureza de costumes e outras virtudes, atraiam os sofredores, os desamparados e os sequiosos de alívio.
De acordo com os registros, tanto esotéricos e exotéricos, Jesus nasceu dentro dessa Ordem e foi treinado por eles durante os “anos ocultos da sua vida”, em seus vários ramos e centros; finalmente, depois foi enviado “para efetuar uma revolução moral e religiosa”.
João Batista, Zacarias, Maria, José e alguns dos Apóstolos eram Essênios. Jesus de Nazaré cresceu e fortificou-se nesse ambiente elevado.
Em qual Evento deu-se o encontro de Maria com Jesus no Templo com os doutores?
Maria e José foram a Jerusalém para a festa da Páscoa, como era costume naqueles dias. Quando voltaram para casa perceberam que Jesus não estava entre eles, voltaram a Jerusalém para procurá-lo. Procuraram-no durante três dias até que o encontraram no Templo entre os sábios e doutores. Todas as mães sabem o que se sente na busca de um Filho perdido.
Maria, conhecendo a missão que Jesus trazia, estava desconcertada com seu desaparecimento. Quando o encontrou lhe perguntou por que havia se comportado daquela maneira para com seus pais, e vejamos a resposta dele, como se indica no evangelho de São Lucas, 2:49: “Por que me procuráveis? Não sabeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?”. Isto não indica que Jesus, ainda sendo um rapazola, pois tinha então 12 anos, estava plenamente inteirado da parte que lhe correspondia representar, e que tinha que permitir que o Cristo utilizasse seu corpo durante os três anos de seu ministério?
Qual a tarefa de João Batista na Missão de Cristo?
João Batista, veio para preparar os caminhos do Senhor da Terra.
João Batista, pertencia aos essênios, e era o último Profeta em Israel, que servia de arauto da Nova Era. Ele mesmo dá testemunho chamando-o de muito mais que profeta (Mt 11:9). Portanto, ser muito mais que profeta, é estar acima da humanidade e, também, daqueles que anteriormente foram chamados para suas respectivas missões como profetas.
Pela sua boca falava o Espírito Santo, assim como sucedeu a todos os profetas surgidos até então.
João é o próprio Elias reencarnado, e, portanto, um Ser de grande evolução espiritual no círculo cósmico. Esse mesmo Elias foi de novo enviado para preparar o caminho do Senhor, que viria para batizar com Fogo e Espírito.
“Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”.
“Batismo de fogo”, é o mesmo que Iniciação. Ao morrer na cruz Cristo Jesus abre o caminho da Iniciação para todos aqueles que se dispusessem a trilhá-lo, acumulando para tanto o necessário mérito.
Quais as 2 grandes Metas de Cristo?
Nos trazer as bases do Cristianismo – amor e altruísmo. O Cristianismo é a Religião Universal do futuro; é a maior e divina medida tomada para salvação da humanidade.
Possibilitar a todos os seres humanos o direito de buscar as Iniciações; abriu o caminho da Iniciação para todos os que quisessem alcançá-lo.
O que possibilitou ao Cristo, libertar-se dos veículos de Jesus, compenetrando seus próprios veículos, difundindo seu Corpo de Desejos pelo Planeta?
O Seu Sangue Purificado
Por que devemos orar, pedir, buscar, bater à Deus, se ele é onisciente?
“Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede, recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá”. (Mt 7:7-8)
A Oração é um meio de produzir pensamentos delicados e puros que agem sobre o Corpo Vital. Ela é um dos melhores métodos para realizar a espiritualização dos nossos Corpos. Muito superior à fria concentração: devoção pura e impessoal, dirigida a altos ideais.
A mais completa de todas as orações, é a Oração do Senhor: a Oração do Pai-Nosso.
Temos ainda outras orações da Fraternidade Rosacruz inspiradas nessa oração: Oração Rosacruz, Oração do Estudante Rosacruz, Oração para as refeições, Oração de cura.
Quem ainda precisa das Religiões de Raça?
Os que ainda possuem resquícios e reminiscências do tempo em que caminhava sob a Religião de Raça.
Nosso desenvolvimento espiritual, por um bom tempo nesse Esquema de Evolução “de fora para dentro”, ou seja: fomos sugeridos, orientados, conduzidos e dirigidos por meios de Leis (resumidas nos Dez Mandamentos), geradoras de sofrimento e punição, se as desobedecessem e de alegria se as obedecessem.
Jeová – o Espírito Santo, o Deus de Raça – veio com seus Arcanjos e fez a primeira grande divisão em Raças, tornando influente em cada grupo, como guia, um Espírito de Raça, um Arcanjo, criando as Religiões de Raça (Taoísmo, Budismo, Hinduísmo, Judaísmo, etc.) e suas subsequentes Espírito de Tribo e de Família.
Lembramos que os Anjos do Destino, dão a cada nação a religião mais apropriada às suas necessidades.
Quem são as Hierarquias que trabalham ou trabalhavam conosco, através do sangue comum entre os membros de uma raça, de uma nação ou tribo?
Os Arcanjos, que tem a função de Espíritos de Raça ou de tribo.
Quantos Solstícios e quantos Equinócios existem no Planeta Terra?
Todos os anos, o Cristo abandona seu Lar Celestial, que é o Mundo do Espírito de Vida e inicia sua jornada em direção à Terra.
Os Solstícios (que são 2) indicam o tempo em que Cristo está ou na Casa Celeste do Pai ou no seu amoroso ato de auto sacrifício, quando derrama sobre a Terra e seus habitantes Sua própria vida e amor universal.
Solstícios de Junho: Momento em que Cristo alcança o Mundo do Espírito Divino, em retorno ao Trono do Pai.
Solstício de Dezembro: Momento que Cristo, no seu retorno anual à Terra, chega ao centro da Terra, por volta do dia 21 de dezembro
Os Equinócios (que são 2) marcam o tempo em que o Espírito do Sol, Cristo, vem para a Terra e dela se retira, anualmente.
Equinócios de Março: Momento em que Cristo passa através das regiões superiores em direção ao Trono do Pai.
Equinócio de Setembro Momento em que Cristo toca a superfície da nossa Terra.
Atualmente, que exemplos de doenças são provocadas pela nosso apego às coisas materiais, normalmente?
Câncer, tuberculose, pneumonia e outras que cristalizam ou endurecem partes do Corpo que deveriam ser tênues.
O que é o Tabernáculo no Deserto?
Uma representação simbólica do caminho de Deus.
“a sombra das boas coisas que estão por vir” como São Paulo falou em Hb 8:5
A Escola de Mistérios Atlante.
Uma representação de fatos celestiais e espirituais que continham instruções aos candidatos à Iniciação.
Um Templo Solar: sua entrada ficava no lado Leste – como o caminho espiritual do mundo
A incorporação de grandes verdades cósmicas, ocultas pelo véu do simbolismo
Como chama a Era nesse Esquema de Evolução, na qual estamos atualmente?
Era de Peixes.
Qual o dia da semana, considerado como o “Dia de Descanso”: Sábado ou Domingo?
Sob o regime de Jeová, tínhamos as Leis, obediência, “olho por olho, dente por dente” e sob o regime de Cristo, temos o amor, a regeneração, o Perdão dos Pecados. Percebemos aqui a redução da ascendência de Saturno e o aumento da ascendência do Sol. 1ª parte da Época Ária: tinha a influência de Saturno e a 2ª parte da Época Ária: temos a influência do Sol
Domingo é o dia do Sol, o dia do nosso Senhor Cristo. Por essa razão, adotamos o Domingo, como o dia de descanso dos nossos afazeres terrestres e dedicação ao serviço do Senhor.
Como podemos melhorar nossa Mente e emancipá-la das influências dos desejos?
Através do estudo da Religião Cristã, a Religião do Filho, a Religião do Ocidente
A lei que age como um freio para a nossa natureza de desejos
Mas é com arte da religião que espiritualizamos o nosso Corpo Vital, nossa maior necessidade atual
A partir de que idade a questão de “Fugir para o Egito” na nossa vida pode resultar em prejuízos extremamente maiores (e até irreversíveis) no nosso desenvolvimento espiritual aqui e por quê?
Antes de responder à pergunta, é importante entendermos o que significa a “A Fuga para o Egito”
Ela representa a terra da escuridão e materialismo. Reflete na nossa vida a luta, em nossos primeiros passos, no desenvolvimento para a Iniciação Cristã. Simbologia da Fuga para o Egito:
Frequentes deslizes em direção à escuridão: a vida espiritual ficará relegada para depois. Sentimos solidão e abandono. Nossa vida interior temporariamente obscurecida e nos embaraçamos vivendo na ilusão material.
Portanto, a partir dos 28 anos, estamos totalmente prontos para iniciarmos a luta, os nossos primeiros passos, em direção ao desenvolvimento para a Iniciação Cristã. Porque é partir dessa idade que estamos com todos os nossos Corpos e com a Mente totalmente ativos e prontos para “fazermos a diferença”, espiritualmente falando, nessa vida que escolhemos lá no Terceiro Céu.
Qual é a solução para o problema das guerras e para estabelecermos as condições pacíficas em todo o mundo?
A solução é viver de acordo com as Leis imutáveis de Causa e Efeito e Renascimento, que trazem a cada pessoa exatamente o que ela mereceu.
Em que Época apareceu os primeiros Templos de Mistérios?
Época Lemúrica – no continente Lemuriano
Antes da vinda do Cristo, como uma pessoa escolhida era Iniciada?
Em estado de transe profundo.
Em relação à Iniciação, que diferença vital causou a vinda do Cristo?
Ela foi aberta a todos aqueles que de coração queira iniciar-se. Desde então não mais foi necessário o transe.
Todos os Templos terrenos foram fechados e os verdadeiros Templos de Mistérios estão, agora, situados na Região Etérica do Mundo Físico. Por isso, cada Aspirante há de tecer, antes, seu próprio “traje de bodas” – o Corpo-Alma – para poder entrar, já que em seu Corpo Denso não é mais possível entrar lá.
Quantos e quais são os graus para Iniciação Cristã Mística ?
Há nove degraus definidos na Iniciação Mística Cristã :
Transfiguração
Última Ceia e o Lava pés
Getsemani.
Estigmata ou os Estigmas
Crucificação
Ressurreição
Ascensão
Quem é o Corpo Denso do Sol Visível?
É o Cristo Cósmico
Quais foram os meios que os três Reis Magos utilizaram para ir até Jesus recém-nascido?
Guiados através da astrologia, vendo com a visão etérica.
Explique a simbologia dos Magos e suas oferendas?
Magos: Seres Sábios – que estavam acima da humanidade comum. Na Noite Santa do Natal era costume dos Seres Sábios levarem ao Templo aqueles que estavam se tornando sábios e, portanto, com direito a serem Iniciados.
Presentes:
Ouro – simboliza o Espírito puro
Mirra – representa a essência da alma, extraída da experiência realizada enquanto se vive em Corpos Densos.
Incenso – simbolizando o Corpo Denso.
Esta é a chave dos três presentes oferecidos pelos Magos, ou seja: o Espírito, a Alma e o Corpo.
Os três Magos, segundo diz a lenda, eram: um amarelo, outro negro e outro branco. Representavam as três raças existentes sobre a Terra: amarela; a negra; e a branca. A lenda demonstra que seu tempo todas as raças se unirão na benéfica Religião do Cristo.
Gaspar era bem idoso, Melquior era de meia idade e Baltazar era bem novo. A idade simboliza esotericamente a conquista já realizada na evolução. As almas velhas são consideradas as mais evoluídas e as mais jovens os que ainda tem um caminho evolutivo mais longo à sua frente.
O que significa a Epifania do Senhor?
A festa da Epifania é a culminação dos Doze Dias Santos. Observa-se o último dia, 6 de janeiro, e comemora a chegada dos três sábios para depositar os presentes aos pés do Cristo Menino.
Epifania é uma palavra grega que significa “manifestação”, “proclamação”. A festa da Epifania é uma preparação para a manifestação ou proclamação do ser humano Crístico.
Essa festa comemora a chegada dos três Homens Sábios com seus ricos presentes para o Menino no presépio. No Caminho do Discipulado, a Festa da Epifania significa a tríplice dedicação do Discípulo de seu espírito, sua alma e seu corpo, acompanhados de presentes de amor, vida e serviço, ao Cristo Menino.
A festa da Epifania é uma preparação para a manifestação ou proclamação do ser humano Crístico. Ela possui uma tamanha potência espiritual que sua influência se estende por um período de quatro semanas.
Primeira Semana: Oração e Meditação
Segunda Semana: Pureza e Transmutação
Terceira Semana: Despertar e Espiritualizar a Mente
Quarta Semana: Sublimação e Unificação
Para saber mais: estudar o Livro: Os Mistérios dos Cristos – por Corinne Heline https://fraternidaderosacruz.com/tag/epifania/#_Toc37328261
Considerando de um lado o Coração e do outro a Razão:
O coração pede sempre benevolência e amor
E a razão pede beligerância e medidas punitivas, se não como vingança, pelo menos como meio de prevenir uma repetição de hostilidades
O que significa a palavra “anomalia”?
Temos no dicionário: – Irregularidade / Anormalidade (algo fora do normal)
O coração é composto de músculos involuntários (ou lisos), ou seja, que têm suas fibras em sentido longitudinal, e são relacionados com as funções que estão fora do domínio da vontade.
Mas o ocultista viu, na memória da natureza, que os músculos do coração, está se tornando estriado longitudinalmente, tal como os músculo voluntários (ou estriados), que são dominados pela vontade, por meio do Sistema Nervoso voluntário.
Isso está acontecendo, porque à medida que o Ego foi adquirindo domínio sobre o coração, foram-se desenvolvendo gradualmente as fibras transversais. Não são nem tão numerosas nem tão definidas como as dos músculos que estão debaixo do pleno domínio do Corpo de Desejos,
Mas, conforme os princípios altruísticos do amor e da fraternidade se vigorizem e gradualmente ultrapassem a razão, baseada no desejo, essas estrias transversais serão mais numerosas e estruturadas.
O Ego deverá, então, no futuro, dominar esse músculo involuntário, que está relacionado com o Sistema Nervoso voluntário, que é o coração.
Qual é o maior risco que corre um irmão ou irmã, que renascimento por renascimento, busca somente se desenvolver pelo lado material?
Perder os 4 Átomos-sementes dos Corpos e da Mente e será conduzido para o cone sombrio da Lua onde permanecerá até o início de um novo Grande Dia de Manifestação, quando começará o Caminho da Evolução do “zero”.
Quantos veículos o Cristo possui atualmente?
Cristo é um Arcanjo. Cristo, o mais alto Iniciado do Período Solar emprega geralmente o Espírito de Vida como veículo inferior. Possui 12 veículos
Veja quais são esses Veículos:
Dois veículos no Mundo de Deus, como Deus Filho
Três veículos no Mundo do Espírito Virginal
Corpo Mental;
O que significa a expressão “o sangue purificador de Cristo Jesus”?
Significa que o sangue que fluiu no Calvário está ligado ao Grande Espírito Solar, Cristo.
Por esse meio, assegurou Sua admissão na própria Terra e, desde aquele momento, é seu Regente.
Difundiu seu próprio Corpo de Desejos por todo o Planeta, purificando-o de todas as baixas influências desenvolvidas sob o regime do Espírito de Raça.
Porque os Irmãos Maiores denominam as 16 Raças de “os 16 caminhos para a destruição”?
Porque há o grande perigo de que o Espírito possa enredar-se de tal maneira nos corpos de qualquer Raça, que não consiga seguir as outras, ao longo do Caminho da Evolução.
Dentro das Raças as almas correm o perigo de envolverem-se tanto em suas características, que acabam se cristalizando com elas.
Raças duram pouco, e o apego a elas faz com que muitos Egos se degenerem em seus corpos, e com isto estes serão deixados para trás nesse Esquema de Evolução.
Onde está a necessidade de redenção ou de salvação?
Ao percorrer os “dezesseis caminhos para a destruição” estamos em grave perigo de atrasar-nos, muito mais do que em qualquer outro momento da jornada evolutiva.
Certo número de pessoas pode ficar tão atrasadas que tenham de ser abandonadas. E prosseguirá sua evolução em outro plano evolutivo.
Mas esse, não é o plano original para nossa evolução e, portanto, as Inteligências encarregadas da nossa evolução empregam todos os meios possíveis para nos conduzir até a perfeição com sucesso.
Não seria mais nobre cada um sofrer as consequências dos próprios atos do que Cristo ter que nos salvar?
Na evolução natural, as leis do Renascimento e de Consequência são perfeitamente adequadas para conduzir à perfeição a maior parte da onda de vida.
Mas não são suficientes para os atrasados das várias Raças que têm ficado para trás.
No pináculo da separatividade, toda a humanidade necessita de ajuda extra, e os atrasados necessitam ainda de um auxílio especial.
Deus deseja a salvação de todos, pois não criou nada para ser destruído.
Qual era a Missão de Cristo?
Tirar-nos do separatismo – as Religiões separatistas do Espírito Santo devem dar lugar à unificante Religião do Filho, a Religião Cristã, que inaugurou a doutrina do Perdão dos Pecados.
Alterar a direção da nossa aprendizagem que era de fora para dentro (Lei Jeovística) para, de dentro para fora (Lei do amor e do serviço à quintessência do ser humano); A lei deve ceder lugar ao Amor, e as Raças e nações separadas devem unir-se numa Fraternidade Universal.
Possibilitar a todos os seres humanos o direito de buscar as Iniciações; abriu o caminho da Iniciação para todos os que quisessem alcançá-lo.
Fornecer aos seres humanos as 4 Iniciações Maiores (além das 9 Iniciações Menores que já eram possíveis) ou Iniciações Cristãs.
Ensinar como curar um ser humano de qualquer tipo de doença ou enfermidade, em qualquer grau de severidade.
Purificar o Corpo de Desejos do Planeta (o Mundo do Desejo) a fim de que pudéssemos, como já ocorre atualmente, ter material mais abundante das Regiões Superiores do Mundo do Desejo.
Se a necessidade de redenção ou de salvação existe, como pode a morte de um indivíduo ajudar os outros?
Porque para Cristo adentrar nosso Planeta, até o Centro e, de lá, purificar esse Globo conspurcado pelas nossas paixões acumuladas, foi necessário que jorrasse muito sangue do Corpo Denso de Jesus, a ponto de penetrar até o centro da Terra.
Quando esse sangue atingiu o centro de nosso Planeta, entrou em ligação com o Espírito Planetário, e serviu de veículo ao Cristo, no grande ato redentor da humanidade.
O sangue é a mais alta expressão do Corpo Vital e é através dele que nós nos manifestamos, pois somos um Espírito.
O que o sangue redentor de Jesus Cristo tinha de diferente?
Jesus, nascido da Virgem Maria – um elevado Iniciado –, passou por todas as Iniciações no seu preparo de 30 anos. É o ser humano mais evoluído entre nossa humanidade.
Significa que o sangue que fluiu no Calvário está ligado ao Grande Espírito Solar, Cristo. Por esse meio, assegurou Sua admissão na própria Terra e, desde aquele momento, é seu Regente. Difundiu seu próprio Corpo de Desejos por todo o Planeta, purificando-o de todas as baixas influências desenvolvidas sob o regime do Espírito de Raça.
O que significa ser orientado de “fora para dentro” e de “dentro para fora?
Nosso desenvolvimento espiritual, por um bom tempo nesse Esquema de Evolução, foi “de fora para dentro” – ou seja, fomos sugeridos, orientados, conduzidos e dirigidos por meios de Leis (resumidas nos Dez Mandamentos), geradoras de sofrimento e punição se as desobedecessem e, de alegria se as obedecessem.
Depois começou a ser disponibilizados para nós a direção “de dentro para fora”, ou seja: sublimar as Leis e as utilizar para emancipar o intelecto do desejo e a conquistar o autocontrole.
Então, veio o Cristo e inaugurou o Cristianismo – veja as Bem-aventuranças – a Religião do Filho. E por meio dela que alcançaremos a maior eficiência no nosso desenvolvimento espiritual “de dentro para fora”.
Jeová preparou a Terra e a humanidade para a admissão direta de Cristo. O que significa “Preparou a Terra”?
Significa que toda evolução num Planeta é acompanhada pela evolução do próprio Planeta.
Se algum observador, localizado em alguma estrela distante e dotado de visão espiritual, tivesse contemplado a evolução da Terra, teria notado uma mudança gradual em seu Corpo de Desejos.
Quando Cristo veio à Terra, ele negou as leis de Moisés e os profetas?
Cristo Jesus não negou Moisés, nem a Lei, nem os profetas.
Pelo contrário, confirmando-os, demonstrou ao povo que eles, ao indicarem Aquele que deveria vir, foram seus predecessores.
Disse ao povo que tais coisas já tinham servido aos seus propósitos e que, para o futuro, o Amor deveria suceder à lei.
O que significa Crucificação Cósmica?
É a denominação do sacrifício anual feito por Cristo
A isso, São Paulo se refere na Epístola aos Romanos 8:22: “Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente”.
Essa estação é um tempo para o discípulo renovar sua dedicação para percorrer no caminho do Senhor a despeito de quaisquer vicissitudes e obstáculos que podem afetar seu caminhar.
Nossos corações, nessa época, devem voltar-se para Ele, o Cristo; em gratidão, pelo sacrifício que faz por nós durante os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro quando começa a penetrar nesse Planeta com Sua Vida, Seu Amor e Sua Luz.
Qual é então, o Mistério do Gólgota?
Purificar o sangue do egoísmo. O processo começou quando o sangue de Jesus foi derramado e continuou através das guerras entre nações cristãs todas as vezes que o ser humano lutou por um ideal, e prosseguirá até que o contraste entre os horrores da guerra e a beleza da fraternidade tenham impressionado suficientemente a espécie humana.
São Filipe era o Discípulo de Betsaida, que em Hebreu, significa a casa das redes. Esotericamente, isso significa o despertar ou infundir-se com espiritualidade. A história de vida de Filipe contém o processo ou fórmula para espiritualização da Mente. Este é um longo e árduo processo de aceitação da divindade do Senhor. Muitas vezes, durante este processo de despertar espiritual, a Mente grita e protesta: “Mostra-nos o Pai e isso bastará”. Difícil é o ensinamento que nos faz compreender a resposta do Mestre: “Não crês que eu estou no Pai e o Pai em Mim?”.
Filipe era filho de um pai Hebreu e uma mãe Grega. Tornou-se o primeiro evangelista para o mundo Grego. Ele foi a mão que abriu a porta para o Cristianismo na Europa; e foi nomeado o Hermes de Cristo.
A maior influência em sua vida, com exceção do Mestre, foi a amizade de São Natanael. Eles constituem um inseparável dois – o Davi e o Jônatas (1Sam 20:16) do Novo Testamento.
Eram inseparáveis na vida e juntos, enfrentaram o martírio. São Filipe trouxe São Natanael para Cristo e São Natanael viu a passagem do espírito luminoso de São Filipe, em seu martírio, ao encontro do Mestre
São Filipe viajou pela Terra, compartilhando a luz dos novos ensinamentos do Messias que ele tão ardentemente defendia, e por causa da multidão de seus seguidores e das muitas curas maravilhosas que realizava, ele foi crucificado em frente ao Templo. Fortalecido por uma visão do Cristo glorioso e pela presença terrena de seu amado São Natanael, o espírito radiante de São Filipe deixou seu corpo na Terra, voando a caminho ascendente da alegria daqueles que permaneceram fiéis até a morte.
Entre os Ensinamentos de Cristo-Jesus está, sem dúvida alguma, em posição de destaque o que diz respeito à Fraternidade.
Como é belo vermos, por exemplo, o Sol nascer e brilhar para todos, indistintamente.
Semelhantemente brilham os seres humanos que trabalham na vinha do Cristo, que seguem e colocam em prática os Seus Ensinamentos.
São bons e irradiam de si, constantemente, e em todas as direções, simpatia e amor.
Fazem sempre de maneira espontânea e simples, sem estardalhaços, não pensam em glória, nem fama e nem palavreados bombásticos.
Suas palavras e gestos para com os outros são sinceras, revestidas de pureza de sentimentos e sempre agem com naturalidade, pois têm algo do Verbo.
Cada Ego humano (um Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado) é um pequeno Sol que se destacou do Sol Central, e à medida que com este se afina, vai crescendo automaticamente o seu brilho, e em maior proporção, passa a fazer o bem aos demais, imbuído do mais elevado desprendimento.
Faz o bem porque é bom e correto fazer o bem
Viver fraternalmente é ser bom, é ser puro de coração, saber perdoar as falhas alheias, ser rigoroso quando for o caso, mas também ser brando quando necessário. Sabe ter discernimento, sabe ter compaixão.
Procedendo assim dará provas seguras, através do seu viver, de estar integrado aos Ensinamentos do Cristo e dos Seus Apóstolos.
Seja fraterno já!!
Hoje, mesmo num país tropical, com um solo maravilhoso, um sol radiante, que temos aqui no Brasil, ainda vemos uma quantidade muito grande de pessoas consumindo refrigerantes, sucos industrializados, etc.
Temos frutas brasileiras, deliciosas, onde parece que Deus as criou para que nós, seres humanos, as consumissem se deleitando com o seu gosto, seu sabor diferenciado, e delicioso.
Entre elas destacamos a laranja, o caju, abacaxi, toranja, tangerina, melancia, melão, maracujá, pitanga, murici, tamarindo, taperebá, cajá-manga, goiabas, mangas, pêssegos, uvas (ricas em tiamina e riboflavina), limões entre tantas outras., que dão sucos deliciosos e ricos em vitaminas e sais minerais.
Além do abacate, mamão, banana, maçã, coco, que podem ser consumidas isoladas, em vitaminas, sorvetes, etc.
Muitas frutas têm alto conteúdo líquido equilibrando as perdas de água no organismo.
Algumas frutas aproveitadas com cascas fazem muitas vezes, verdadeiras faxinas no intestino, além de nos incentivar a mastigação.
Aqui no Brasil ainda contamos com o delicioso caldo de cana, o mate gelado, a água de coco.
Cuidemos bem desse nosso “templo”, desse Corpo Denso tão maravilhoso!!
Entre os sistemas de se organizar para o trabalho, aprendemos na Fraternidade Rosacruz, que o mais recomendável é aquele que se constitui de uma equipe, também chamado de um grupo de pessoas ou até um time. E aqui estão algumas características e qualidades que devem ser observadas, dentro do âmbito do Cristianismo Esotérico, preconizado pela Fraternidade Rosacruz: Começa por congregar, por meio da sua constituição, de seres humanos que estejam acima do personalismo. Já superaram em apreciável nível, a vaidade pessoal.
Assim, colocam o bem da coletividade muito além do pessoal. Reúnem-se para que o conjunto produza melhor do que qualquer um deles, isoladamente.
Nas reuniões, debates e demais atividades, entendem-se perfeitamente, pois todos compreendem que deve, sempre, prevalecer o que for melhor para todos.
Jamais, portanto, perdem tempo em pensar qual deles seria mais ou menos importante. Sabem que todos são importantes, todos têm o seu valor e que, cada um espontaneamente, dá de coração o que estiver ao seu alcance. Não pensam de maneira alguma nessa ou naquela recompensa, por mais tentadora que pareça.
Trabalham harmoniosamente, tendo em vista um único objetivo: o prazer de servir.
É oportuno recordarmos aqui a extraordinária “equipe” constituída por Cristo-Jesus e os Seus Apóstolos.
Nada mais justo e acertado do que tomarmos essa maravilhosa “equipe” como modelo ou arquétipo.
O “trabalho de equipe” nos faz lembrar, também, de algo fraterno, concretamente falando.
Encerra, por si mesmo, vivência Aquariana.
E, dita vivência representa, seguramente, união a qual como se diz corretamente: “faz a força”.
Por fim, diríamos, assim procedendo, viveremos o maior mandamento do Cristo: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”. (*) Se você quiser saber que passos seguir e ter um detalhamento para que uma “equipe”, ou “grupo” ou um “time” deve ser montado com essas características, acesse aqui um artigo que pormenoriza com detalhes práticos: https://fraternidaderosacruz.com/a-libertacao-atraves-do…/
Hoje quando as pessoas se cumprimentam, desejam: “saúde, paz e alegria”.
O problema é que quando alguém não tem saúde, não busca entender o porquê, onde errou, que Lei de Deus ela infligiu. Se faz de coitada, se aborrece.
Quando busca “paz” se esquece que Cristo disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”, mas Ele disse da Sua paz e não a paz que procuram no mundo.
Todos desejam a paz, mas nem todos procuram o que conduz à verdadeira paz, a paz de espírito, que deixa o coração leve.
Cristo disse que a paz está com os humildes e os mansos de coração! E que a paz consiste em que se tenha muita paciência. Paciência é o que não vemos hoje em dia; pelo contrário, vemos sim, brigas por nada, discussões, críticas destrutivas, intrigas, fofocas, conversas maldosas, xingamentos, as pessoas sempre querendo levar vantagem em tudo e sobre todos, sempre querendo aniquilar o outro. Lembre-
se, porém, que o que você faz, assim você é em seu coração. O seu comportamento mostra quem você realmente é.
Se ouvissem a voz do Cristo, com certeza, gozariam de muita paz.
“Sim, Senhor, amar-vos-ei sempre, bendirei vosso nome em todo tempo; vós mesmo sois nossa paz e nesta paz acharei descanso e dormirei” (Sl e Ef 2:14).
Quando se busca alegria, mas vem adversidades, tristeza e dor, as pessoas se revoltam, infelizmente só são fortes quando não há tribulações no caminho.
Saibamos, irmãos e irmãs, passar pelas provas, pelas tribulações, vamos nos reprimir e não permitir que saia das nossas bocas palavras desordenadas, palavras que machucam o outro.
Procuremos sempre, em todas as situações, acalmar nossos corações, buscar o conforto somente em Cristo, pois somente Ele pode nos trazer o remédio que satisfaça todas as nossas necessidades. Somente Ele é capaz de compreender a nossa situação e as nossas carências. Ele é o único caminho que leva à Deus Pai.
Um dos mais lindos ensinamentos que aprendemos na Fraternidade Rosacruz e que o Estudante Rosacruz se esforça para colocar sempre em prática é: “O que não beneficia a todos não beneficia a ninguém”. E um outro, que complementa e é completado pelo anterior é: “Nenhuma lição é de real valor como princípio de vida, se a sua verdade for aprendida superficialmente”. Por que isso?
Porque infelizmente há um “divórcio” ainda entre o nosso Coração e a nossa “cabeça” – o intelecto, a razão –, onde impede o crescimento do verdadeiro sentimento de Fraternidade Universal, e a adoção dos Ensinamentos de Cristo, que é o Senhor do Amor, no cotidiano da nossa vida, como Ele nos ensinou na Sua primeira vinda, vivendo entre nós.
De um lado o nosso Coração pede benevolência e amor, mas do outro vem a nossa Razão pedindo beligerância e medidas punitivas com o próximo, querendo que nos vinguemos a qualquer custo, que façamos intrigas, fofocas, que tenhamos conversas maldosas, quer xingamentos, rupturas, quer que se aniquile o outro, não importa se temos razão ou não. A Razão (a “cabeça”) pede que não levemos desaforos para casa, que escolhamos com quem conviver e por aí afora.
É triste vermos isso porque o Coração, esotericamente falando, está ligado ao nosso lado místico, devocional, altruísta; é todo amor; ele pede que sejamos bons, que façamos o bem, que procuremos responder o mal com o bem, que façamos aos outros aquilo que gostaríamos que os outros nos fizessem, que espalhemos amor, que vejamos o bem em tudo e em todos.
O nosso Coração além da função física, ele tem também a função espiritual, que ultrapassa em muito as funções do coração físico!
A função espiritual do nosso Coração pede que amemos incondicionalmente, com um amor verdadeiro, intenso, puro, profundo, que não impõe nenhum tipo de retorno, que supera tudo, que perdoa tudo, que ame apesar, dos erros do irmão ou da irmã (filho ou filha de Deus, como nós), que não espera nada em troca.
Esse amor espiritual do nosso coração é o Amor verdadeiro, ensinado a nós por Cristo.
Temos como um exemplo desse amor lindo, o amor de mãe, que é toda ternura, dedicada, amorosa, afetuosa, que ama 24 horas por dia, dia e noite, incondicionalmente. Ela exerce o amor que vem do coração.
Outro exemplo é o amor de Deus por nós, Seus filhos e Suas filhas, que nos perdoa sempre, que está sempre pronto a nos ouvir, a nos ajudar, basta apenas que O busquemos, e que nos mandou Seu Filho, o Cristo, para esse Mundo Físico, para interceder por nós, para nossa salvação.
Outro exemplo é o amor de Cristo que deixou o Seu verdadeiro lar, o Mundo do Espírito de Vida, e veio até aqui no Mundo Físico para nos salvar, nos ajudar, que mostrou o que é amar de todo coração, aquele amor absoluto, altruísta. Cristo veio nos mostrar o que é e como servir a divina essência que há em cada irmão, em cada irmã.
Cristo é o maior dos Arcanjos, o mais elevado Iniciado do Período Solar, é o Regente do Planeta Terra, é o único caminho que nos leva a Deus Pai; somente Ele é capaz de compreender a nossa situação e as nossas carências; somente Ele pode trazer o remédio que satisfaça todas as necessidades; Ele é o Senhor do Amor. Ele tem um veículo formado de material do Mundo de Deus, e por isso alcançou o mérito de ter o atributo de Deus-Filho. É o único Ser no Universo que está em contato, simultaneamente com Deus e conosco. Diante disso queridos irmãos e irmãs, busquemos a Cristo, tenhamos nesse Ser o nosso ideal de vida, amemos e busquemos Deus Pai, procuremos fazer a união entre “cabeça” e “coração”, só assim seremos seres humanos plenos, altruístas, e saberemos o que é Fraternidade Universal!
Antes de renascer, nós escolhemos no Terceiro Céu a Raça à qual vamos pertencer?
Resposta: A questão clássica de “raça” acabou com a vinda do Cristo, por meio da sua obra de miscigenação das raças. Ou seja: temos todas as possibilidades de não nascermos atrelados a uma raça ou a outra. Sim, temos a possibilidade de sermos mestiços. E assim é para muitos irmãos e irmãs. E essa é a tendência até a próxima Época, a Nova Galileia. No entanto, se você é um Ego que ainda tem lições a aprender em um Corpo que ainda está atrelado a uma determinada raça (a negra no centro da África, a amarela no centro da China, a vermelha nos indígenas que vivem isolados, a marrom no aborígene que vive isolado e até os nossos irmãos e irmãs árabes fanáticos), você escolhe no 3º Céu esse ambiente para melhor aprender a lição que tanto necessita. Lembremo-nos sempre: o nosso Planeta, campo de evolução, tem ambientes, possibilidades, configurações e condições para TODOS os níveis de evolução para cada um dos bilhões de Egos humanos. Isso é garantido por uma Hierarquia Criadora chamada Senhores da Forma. A escolha é nossa, e a fazemos sem nenhum medo, apego, discriminação ou quaisquer outras limitações; mas só considerando a vontade de aprender a lição necessária, de pagar as dívidas que fizemos e de evoluir para frente e para cima. Por isso que a escolha é feita no Terceiro Céu.
Os desejos dos menores de 14 anos são oriundos do Corpo de Desejos da Terra. Então é o nosso Planeta que deseja através dessas pessoas, usando-as como instrumentos da sua vontade? Assim, quando uma criança pratica o mal, o que infelizmente não é incomum, é a Terra quem deseja agir errado?
Resposta: Não é bem assim. O Ego utiliza o Corpo de Desejos para obter material do Mundo do Desejo e, assim, ter os seus desejos, emoções e sentimentos. O Corpo de Desejos de uma criança até por volta dos 14 anos já estão construídos (ele o faz na descida vindo do 3º Céu quando estagia no Mundo do Desejo, atraindo materiais afins). Ele só ainda não “nasceu” aqui. Assim, não consegue utilizá-lo para ter os seus desejos, emoções e sentimentos. Assim, o faz por intermédio do Corpo de Desejos do Planeta, que não é nada mais, nada menos do que o próprio Mundo do Desejo com todas as suas 7 Regiões: inferiores e superiores (!). A qualidade do desejo, da emoção ou do sentimento do Ego é dele, pois ele só poderá obter o material que lhe é afim. Logicamente, dado a maravilhosa qualidade do Corpo de Desejos do Planeta, é muito mais fácil e menos trabalhoso esse Ego ter desejos, emoções e sentimentos elevados do que inferiores. No entanto, como o livre arbítrio é sempre respeitado, o Ego pode – e faz – um esforço sobremaneira para ter esses desejos, emoções ou sentimentos inferiores e é isso que vemos em muitos irmãos e irmãs até por volta dos 14 anos. Como consequência, o estrago do Corpo Denso é muito maior do que depois dos 14 anos.
As habilidades que nos destacam e separam da população geral são qualidades escolhidas no Terceiro Céu para a vida atual ou são “dons” obtidos em vidas anteriores pela experiência contínua em determinada área? Exemplificando, o professor de matemática desta vida será, nas próximas, excelente nesta matéria desde a infância?
Resposta: Todo relacionamento que temos com outras pessoas tem que terminar em amor. Se não terminar, o relacionamento não terminou e renasceremos tendo contato com elas. Ora bem próximos, ora um pouco distantes. Mas todos com oportunidades para completar o relacionamento com amor. Importante: o SEU lado tem que terminar em amor. Se o lado da pessoa não terminar, o problema é dela. Aí está a força do perdão e da reforma íntima do seu lado. Se o relacionamento entre duas pessoas é cheio de discussões, brigas, intrigas, inveja, ciúmes e outros sentimentos, desejos e emoções inferiores e se isso se arrasta por toda uma vida, certo será que os dois voltarão nas próximas vidas até o relacionamento terminar com amor. Agora, se o relacionamento entre duas pessoas é cheio de simpatia, amizade, carinho, respeito, admiração e outros sentimentos, desejos e emoções superiores é sinal de que em vidas passadas esse relacionamento já foi completado em toda a sua plenitude em amor, e voltam a se relacionar nessa vida para um ajudar o outro. Não existe dom, existe mérito; fruto de trabalho duro, persistente e sempre focado no serviço amoroso e desinteressado, o máximo que a pessoa conseguir, aliado a uma dedicação sobremaneira à parte espiritual, com a certeza de que “busque o Reino de Deus e sua justiça e o mais vos será dado por acréscimo”.
O nosso livre-arbítrio se resume ao modo como reagimos às ações ou situações pelas quais, no Terceiro Céu, escolhemos passar ou vai além e nos permite fazer o que quiser e quando quiser, sendo inclusive causa não-programada de prejuízo ou auxílio a outras pessoas?
Resposta: Somos seres limitados e isso é facilmente demonstrado no horóscopo. Assim, nem sempre e nem ilimitadamente podemos “fazer o que quiser e quando quiser, sendo inclusive causa não-programada de prejuízo ou auxílio a outras pessoas”. Lembrando que o panorama que escolhemos no Terceiro Céu se resume somente aos eventos principais de lições que temos que aprender e cuja teia do destino garante o encontro com as pessoas pelas quais precisamos findar um relacionamento com amor. Muitos outros eventos cabem a nós escolher o caminho. E aqui podemos gerar uma causa não programada para o bem ou para o mal. Muitas delas é via nossa Epigênese. Agora, com certeza, colheremos os efeitos dessas causas, nessa vida ou em vidas futuras.
Se bons pensamentos e a prática de ações amorosas produzem Mente sã e corpo saudável, por que tantas pessoas inegavelmente altruístas sofrem com doenças, enquanto muitas que são egoístas têm boa saúde? O próprio Max Heindel tinha problemas cardíacos!
Resposta: quanto mais evoluído é um ser humano – que ainda está ligado à roda de nascimentos e mortes – mas ele vai querer escolher um panorama no Terceiro Céu que acelere o pagamento de dívidas de destino contraídas em vidas passadas e mais a sua vida aqui na Terra (o baluarte da evolução) terá essas condições externas que, olhando de fora, é uma vida de dores e sofrimentos e de muitas dificuldades. E essas pessoas passam essa vida com alegria, paciência, compreensão, gratidão e outros sentimentos que, para quem não entende o processo de redenção de um ser humano, não consegue compreender. O “ter boa saúde” sempre estará ligado a que tipo de dívidas foi escolhido lá no Terceiro Céu pela pessoa. Agora…para um ser humano evoluído que NÃO está mais ligado à roda de nascimentos e mortes sua saúde é perfeita, sem dores, sofrimentos, doenças ou enfermidades. Exemplo recente? Conde de Saint Germain, um dos últimos renascimentos de Christian Rosenkreuz. Sempre lembrando aqui, que mesmo um ser humano que NÃO está mais ligado à roda de nascimentos e mortes se precisar prestar um serviço aqui e que precise vir doente, com saúde frágil ou até em doença terminal, ele virá e, pode ter certeza, nesse caso nada sofrerá!
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura
Datas de Cura:
Junho: 01, 09, 15, 21, 29
“Cura-me, Senhor, e serei curado; salva-me, e serei salvo, pois tu és aquele a quem eu louvo”
Jeremias 17:14
Resposta: Há, como sabemos, quatro Reinos de Vida que temos relacionamentos diferentes atualmente sobre a Terra: o Reino Mineral, o Reino Vegetal, o Reino Animal e o Reino Humano. Os Espíritos dessas quatro Ondas de Vida estão em evolução com o auxílio de outras Hierarquias Criadoras invisíveis à visão física.
A Hierarquia Criadora que conhecemos como Senhores da Mente constroem seu corpo mais denso com a matéria mental do Mundo do Pensamento, o Corpo Mental. Eles são peritos no trabalho com esse material e, portanto, influenciam somente a nós, a Onda de Vida humana, que possui uma Mente.
Os Arcanjos constroem seu corpo mais denso da matéria de desejos do Mundo do Desejo, o Corpo de Desejos. Eles são peritos na manipulação dessa substância e, portanto, são particularmente aptos a ajudar os seres menos desenvolvidos que tem veículos feitos desse material. Eles operam, portanto, com a Onda de Vida animal e a Onda de Vida humana, que possuem um Corpos de Desejos.
Os Anjos constroem o seu corpo mais denso dos Éteres da Região Etérica do Mundo Físico, de maneira que tem um grande conhecimento de como lidar com esse grau de material, e extremamente capacitados a ajudar outros que não sejam tão aptos. Por esse motivo exercem grande influência sobre a Onda de Vida vegetal, Onda de Vida animal e Onda de Vida humana, que possuem um Corpo Vital.
Os seres humanos constroem seu corpo mais denso dos elementos químicos e minerais da Terra, o Corpo Denso, da Região Química do Mundo Físico, e o tempo de experiência acumulada, nos tornaram capazes, até certo grau, a operar com seres que tem corpos minerais, tais como os vegetais, animais e seres humanos.
Devemos lembrar, contudo que nossa evolução sobre a Terra não está finalizada, pois ainda não atingimos o nível de eficiência na tarefa que devemos executar, quando essa parte da evolução estiver completa. No passado distante, antes que nossos olhos se abrissem à essa Região Química do Mundo Físico, nos víamos internamente; a força criadora estava voltada para dentro com o fito de construir os órgãos e outras partes internas do Corpo Denso, tal como hoje usamos externamente para construir aeronaves, pontes, casas, navios, etc. Muitos ainda utilizam os Corpos Densos minerais de animais mortos, em coisas como: cintos, bolsas, sapatos de couro animal, alimentos, cosméticos, remédios, outras peças de vestuários e muitas outras coisas de partes e substâncias extraídas de animais, mas, é sabido que só podermos operar com essas coisas mortas e que nossa manipulação envolve um processo de destruição.
Nós destruímos a integridade do mineral a fim de extrair o ouro, a prata, ou qualquer outra parte que nos pareça preciosa ou que interesse a nós. Destruímos as árvores das florestas, das matas e das selvas para fazer portas, casas, outros utensílios em madeira, etc. Matamos os animais para transformá-los em alimentos, roupas, brinquedos e outras bugigangas.
O mesmo não acontece com os Anjos e as outras Hierarquias Criadoras. Eles lidam com a vida de maneira construtiva. Os Arcanjos habitam o Sol, e os Anjos habitam as Luas dos Planetas do Sistema Solar.
É um fato bem sabido que os vegetais têm uma atração vital pelo Sol, pois estão no segundo período de sua Evolução (começaram a sua evolução no Período Lunar). Contudo, devido a sua constituição atual, eles não podem suportar as intensas vibrações dos Arcanjos, que são secas e ardentes, semelhantes aos Corpos de Desejos nos quais vivem. Em acréscimo a luz do Sol, as plantas necessitam da água regida pela Lua, e são os raios brandos desse luminar que proporcionam o agente fertilizante e fazem crescer tudo o que vive. Portanto, as sementes plantadas quando a Lua está aumentando de luminosidade, isto é, desde a Lua Nova até a Lua Cheia, se desenvolvem mais para o alto do que as que são plantadas quando a Lua está reduzindo a sua luminosidade, desde a Lua Cheia até a Lua Nova. Ao contrário, o grão semeado quando a Lua diminui de luminosidade se desenvolverá mais no subsolo que ao ar livre.
Há também certos Signos que são mais favoráveis que outros ao desenvolvimento das plantas, devido a terem certas afinidades com as vibrações lunares. Os Signos de Água de Escorpião e Peixes são frutíferos e, por isso, as sementes plantadas enquanto a Lua, a rainha da água, atravessa um desses Signos, darão melhores resultados que quando a Lua está nos Signos de Fogo de Áries, Leão e Sagitário. Estes últimos são Signos Solares e podem queimar a centelha vital de determinadas sementes. Poderíamos falar muito mais sobre este assunto, mas o que dissemos anteriormente já será suficiente para fornecer a informação requerida. Já há um ótimo conhecimento popular e secular sobre esse assunto, ainda que a pessoa nem saiba nada sobre Astrologia ou influência dos Astros. Pesquise e achará muita informação. Utilize como parâmetro de aprendizagem os dois exemplos que fornecemos acima e aprofunde o seu conhecimento sobre a influência dos Astros na Onda de Vida Vegetal, ou Reino Vegetal.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz janeiro/1974 – Fraternidade Rosacruz-SP)
De tempos em tempos, Estudantes de ocultismo de diversas partes do mundo nos perguntam qual deveria ser a atitude deles perante a guerra[1] e qual o propósito dela sob o ponto de vista espiritual. Já indicamos a posição dos Ensinamentos Rosacruzes referentes ao objetivo da guerra em vários artigos nossos, qual seja: para as pessoas se voltarem para Deus pela consolação devido à profunda angústia, tristeza e arrependimento delas, e para romper o véu que existe entre os Mundos visível e invisíveis, ajudando um considerável número de pessoas a adquirir a visão espiritual e a capacidade de se comunicar com aqueles que já passaram para o além. Mas, embora as explicações fornecidas satisfaçam a maioria dos Estudantes de ocultismo em até certo ponto, outros há que não se convenceram ainda; eles procuram algo mais diretamente relacionado com as condições estabelecidas. (trecho da Carta aos Estudantes nº 92).
É isso que trataremos nesse livreto.
Há 2 meios de você acessar esse livreto:
1.Em formato PDF (para download): O Lado Oculto da Guerra – Uma Operação de Catarata Espiritual – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz – em PDF
2. Em forma audiobook ou audiolivro:
3.Em forma de videobook ou videolivro no nosso canal do Youtube: https://www.youtube.com/@fraternidaderosacruzcampinasbr/videos
aqui:
4.Para ler no próprio site:
O LADO OCULTO DA GUERRA
– UMA OPERAÇÃO DE CATARATA ESPIRITUAL
Por
Max Heindel
Fraternidade Rosacruz
Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
Avenida Francisco Glicério, 1326 – conj. 82
Centro – 13012-100 – Campinas – SP – Brasil
Revisado de acordo com:
1ª Edição em Inglês, War an Operation for Spiritual Cataract – 1st Part in Rays from the Rose Cross Magazine – a Magazine of Mystic Light – November 1915; 2nd Part in Rays from the Rose Cross Magazine – a Magazine of Mystic Light – December 1915; 3rd Part in Rays from the Rose Cross – a Magazine of Mystic Light – January 1916
Pelos Irmãos e Irmãs da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de Campinas – SP – Brasil
contato@fraternidaderosacruz.com
fraternidade@fraternidaderosacruz.com
SUMÁRIO
CAPÍTULO I – A PARTE DA GUERRA TRAVADA NOS MUNDOS INVISÍVEIS. 8
CAPÍTULO II – EXEMPLOS DA ATUAÇÃO DOS ESPÍRITOS DE RAÇA, CONFUNDIDOS COM OUTROS SERES DIVINOS. 15
CAPÍTULO III – VISÃO ESPIRITUAL ABERTA TEMPORARIAMENTE.. 21
CAPÍTULO IV – SOLICITANDO UMA EXPLICAÇÃO AO IRMÃO MAIOR.. 24
CAPÍTULO V – “OS DEZESSEIS CAMINHOS PARA A DESTRUIÇÃO”. 30
Você já deve ter estudado, no livro Conceito Rosacruz do Cosmos, que houve uma Raça no final da Época Lemúrica, sete Raças na Época Atlante, sete Raças na Época Ária e haverá uma na vindoura Época Nova Galileia, totalizando dezesseis Raças. Você também se lembra que essas dezesseis Raças são chamadas pelos Irmãos Maiores de “os dezesseis caminhos para a destruição”, porque o risco de se enredar nos corpos de qualquer Raça é tão alto, que o Espírito ficará incapaz de seguir os outros Espíritos ao longo do Caminho da Evolução. Durante os Períodos e as Épocas sempre há tempo suficiente para que os Líderes da humanidade possam reunir e ordenar da forma mais adequada e eficaz os que estão sob as suas responsabilidades. Contudo, os judeus são o exemplo do que pode acontecer a um povo que se tornou tão intensamente imbuído do espírito racial, que eles se recusam totalmente a abandonar tal espírito racial. Eles continuam como uma anomalia entre o restante da humanidade, um povo sem uma pátria, um rei ou outro qualquer dos fatores que impulsionam a evolução racial.
Essa foi a tendência entre as nações da Europa até a guerra atual[1]. Assim, o patriotismo e o ideal de Raça são fomentados, o que as conduz para longe de Deus. As inúmeras descobertas científicas foram precedidas por uma era de dúvida e de ceticismo, e as Raças pioneiras no mundo ocidental foram levadas muito próximas à beira da destruição. Por conseguinte, se tornou necessário que os Irmãos Maiores concebessem medidas para que a humanidade abandonasse o caminho do prazer e cultivasse o caminho da devoção, e isso só poderia ser feito removendo a catarata espiritual de um número suficientemente grande de pessoas para que, então, superar a dúvida e o ceticismo do restante da humanidade.
Quando nós habitávamos sob as águas na primitiva Época Atlante, éramos, como você sabe, incapazes de ver o Corpo Denso ou até mesmo senti-lo, porque a nossa consciência estava focada nos reinos espirituais. Víamo-nos uns aos outros, alma a alma. Estávamos inconscientes tanto do nascimento como da morte, e não sentíamos a separação daqueles que amávamos. Mas, quando nós, gradualmente, nos tornamos conscientes dos nossos Corpos Densos, e a nossa consciência foi focada no Mundo Físico desde ao nascimento até a morte aqui, e nos Mundos espirituais da morte até o nascimento lá, houve uma separação e o consequente pesar devido ao advento da morte. No entanto, em tempos passados, havia muitos seres humanos que eram capazes ver em ambos os mundos; eles formavam um número considerável entre toda a população humana. Os testemunhos desses seres humanos sobre a continuidade da vida foram um grande conforto para aqueles que ficavam desolados com a morte, pois eles acreditavam plenamente que aqueles que haviam morrido ainda estavam vivos e felizes, embora incapazes de se dar a conhecer. Mas, gradualmente, o mundo se tornou cada vez mais materialista; a fé na realidade da vida após a morte aqui se desvaneceu, e tornando-se mais intensa e profunda a angústia, a tristeza e até o arrependimento pela perda dos entes queridos, e ainda hoje muitos acreditam que a separação é definitiva. Para esses, a palavra “renascimento” é uma palavra vazia de sentido e, portanto, a angústia profunda e pungente é imensa.
Mas essa angústia profunda e pungente é o remédio da natureza para a catarata espiritual. Tão certo como o desejo de crescimento construiu o complicado canal alimentar desde o começo mais simples para que o anseio de crescimento pudesse ser satisfeito; tão certamente quanto o desejo de movimento desenvolveu as maravilhosas articulações, os tendões e ligamentos com os quais isso é realizado; com a mesma certeza, o intenso anseio de continuar os relacionamentos rompidos pela morte construirá o órgão para sua gratificação – o olho espiritual. Portanto, essa matança em massa de milhões de seres humanos ajudou e está ajudando mais a preencher o abismo entre os Mundos invisível e o Mundo visível do que mil anos de pregação poderiam fazer. Ao longo da história do mundo, foi registrado que os guerreiros (das batalhas e guerras) viram as chamadas manifestações sobrenaturais, e há muitos testemunhos de que estas visões também foram vistas na guerra atual. O choque da ferida, os sofrimentos nos hospitais, as lágrimas das viúvas, dos viúvos e dos órfãos, tudo isso está abrindo os olhos espirituais da Europa, e os tempos da dúvida e do ceticismo, aos poucos, desaparecerá. Em lugar de ficar envergonhado por ter fé em Deus, o mundo honrará o ser humano mais por sua devoção do que por suas proezas, e isso num futuro não muito distante. Elevemos uma prece para este dia chegar.
Max Heindel
De fato, seria novidade para a grande maioria das pessoas, se lhes disséssemos que a grande guerra[2] que está sendo travada tão arduamente na Europa, envolvendo uma grande destruição de corpos humanos e de construções muitas centenárias, testemunhas da civilização, esteja sendo travada com mais ferocidade nos Mundos invisíveis e que os participantes do lado oculto da vida têm ainda mais em jogo do que as coisas que são consideradas valiosas neste mundo, como aquisição territorial, indenização financeira, etc. Tal é, no entanto, o caso. A guerra começou nos Mundos invisíveis antes de se cristalizar em ação física. E lá deve cessar, antes de uma paz permanente ser negociada. Quem vê e conhece também sabe que essa grande influência espiritual que causou a guerra foi instigada pelos Espíritos de Raça dos vários países, que se ampliaram com o intenso patriotismo demonstrado por toda parte entre os povos da Europa.
Cada Espírito de Raça luta através do seu povo e por seu povo, como mostramos na palestra nº 13 do Livro Cristianismo Rosacruz, cuja tema “Anjos como fatores de evolução” [3] e embora muitas pessoas possam zombar e caçoar, os fatos permanecem.
Cada Espírito de Raça luta através do seu povo e por seu povoe embora muitas pessoas possam escarnecer, os fatos permanecem.
Instâncias e evidências dessa liderança invisível na guerra atual[4] podemos ver na Retirada dos Aliados de Mons[5]. Afirmou-se, com confiança, que vários oficiais haviam presenciado então um curioso fenômeno na forma de uma estranha nuvem que se interpôs entre os alemães e os britânicos. Essa afirmação foi confirmada por um correspondente do jornal “Light” de 8 de maio, afirmando que “na ação de retaguarda, houve um momento especialmente crítico, quando a cavalaria alemã avançava rapidamente e superava em muito as nossas forças; de repente, vimos uma espécie de nuvem luminosa ou neblina, que se interpôs entre os alemães e nossos homens. Nessa nuvem parecia haver objetos brilhantes se movendo. No momento em que apareceu, o ataque alemão pareceu receber um xeque. Os cavalos podiam ser vistos empinando e deixaram de avançar”. Essa intervenção angelical, na opinião do narrador, salvou toda a força da aniquilação.
A história anterior parece ser a mesma narrada pelo Dr. R. F. Horton[6] em um sermão recente na Igreja de Brighton, em Manchester. Ele descreve a ocorrência relatada a ele por tantas testemunhas que, se algo pode ser estabelecido por evidência corroborativa, deve ser verdade. “Uma seção da linha de batalha”, disse o Dr. Horton, “estava em perigo iminente e parecia que seria derrubada e eliminada. Alguns dos homens presentes viram uma companhia de Anjos interposta entre eles e a cavalaria alemã, quando os cavalos dos alemães bateram os pés. Evidentemente os animais viram o que os nossos homens viram. Os soldados alemães tentaram trazer os cavalos de volta para a linha, mas eles fugiram e isso foi a salvação dos nossos homens”. Outro relato, derivado de outras testemunhas da ocorrência, é citado em uma carta conforme a seguir.
“No domingo passado encontrei a senhorita Marrable, filha do conhecido cônego Marrable, e ela me disse que conhecia os oficiais que tinham visto os Anjos que salvaram nossa ala esquerda dos alemães, quando eles os atacaram durante a Grande Retirada de Mons.”.
“Eles esperavam aniquilação, pois estavam quase indefesos quando, para seu espanto, os alemães ficaram atordoados e nem sequer tocaram em suas armas ou se mexeram, até que nos viramos e escapamos por alguma encruzilhada.”
“Um dos amigos da senhorita Marrable, que não era um homem religioso, disse a ela que viu uma tropa de Anjos entre nós e o inimigo e tem sido um homem transformado desde então. Ela conheceu o outro homem em Londres, na semana passada, e perguntou a ele se ele ouviu falar sobre a maravilhosa história dos Anjos. Ele disse que os viu pessoalmente. Enquanto ele e sua companhia estavam recuando, eles ouviram a cavalaria alemã correndo atrás deles. Eles correram para um lugar onde pensaram que um abrigo pudesse ser feito com alguma esperança de segurança, mas antes que pudessem alcançá-lo a cavalaria alemã estava sobre eles; então se viraram e enfrentaram o inimigo, esperando a morte instantânea; então, para sua surpresa, viram entre eles e o inimigo uma tropa inteira de Anjos. Os cavalos dos alemães se viraram apavorados e dispararam. Os homens puxavam suas rédeas, enquanto os pobres cavalos se afastavam na direção oposta aos nossos homens. Ele jurou que viu os Anjos, a quem os cavalos alemães viram claramente, talvez até mesmo os soldados alemães, e isso deu aos nossos homens tempo para chegar ao pequeno forte, ou qualquer que fosse o abrigo, e se salvarem”.
Uma contribuição adicional para esses registros da Retirada de Mons foi fornecida pelo Sr. Lancaster, um clérigo de Weymouth, em seu sermão de 30 de maio. O reitor leu no púlpito uma carta de um soldado da linha de frente que se encontrava em Retirada de Mons e dizia, na carta, que o seu regimento estava sendo perseguido por muitos homens da cavalaria alemã, da qual se refugiaram em uma grande pedreira onde os alemães os encontraram e estavam a ponto de matá-los. Naquele momento, afirmou o autor da carta, toda a borda superior da pedreira estava forrada de Anjos, que foram vistos por todos os soldados e pelos alemães. Os alemães pararam de repente, deram meia-volta e galoparam em alta velocidade. O narrador acrescenta que isso é atestado não apenas pelos Tommies[7], mas também pelos oficiais do regimento.
Vemos aqui certas variantes do que aparentemente seja a mesma história; mas, no primeiro caso a aparição surge apenas como uma nuvem estranha; no segundo, como uma nuvem com objetos brilhantes movendo-se dentro dela; e no terceiro, quarto e quinto aparece definitivamente como uma companhia de Anjos. Não parece improvável que a mesma aparição tenha se mostrado com essas variações devido ao acordo entre ela, o temperamento psíquico e o desenvolvimento do observador.
É um fato oculto e óbvio para quem é dotado de visão espiritual que um Espírito de Raça governa seu povo na forma de uma nuvem. Nele, ou dentro dele, eles realmente vivem, movem-se e têm o seu ser. Seus pensamentos e ideias os permeiam com o que é chamado de “espírito nacional” e é bastante concebível que sob a tensão e o estresse da batalha, um ou outro dos Espírito de Raça, vendo seu povo em terrível aflição, ofereça ajuda e se interponha entre eles e seus inimigos.
Se voltarmos à Bíblia, encontraremos uma ocorrência semelhante na época em que os israelitas foram tirados do Egito. Eles foram então perseguidos pelo exército do Faraó, e El Shaddai (em hebraico, Deus Todo-poderoso), o Senhor dos Exércitos, que os guiou na forma de uma coluna de nuvem, interpôs-Se entre os israelitas e os egípcios até que as águas do mar se dividiram e eles estivessem prontos para atravessar. Então o pilar de nuvem foi até eles de novo e os guiou pela água. Seus inimigos, que os seguiram, foram engolidos pelo mar.
Em circunstâncias normais, as pessoas podem não ser capazes de perceber essas vibrações mais elevadas e sentir os seres que estão sempre ao nosso redor, invisíveis, mas, ainda assim, muito mais vivos do que nós, potentes também como fatores para o bem ou para o mal. Mas quando chega um momento de grande estresse, quando um grupo de homens se encontra em um canto muito apertado, por assim dizer, cara-a-cara com a morte, quando a tensão nervosa é elevada a um nível suficientemente alto, eles começam a sentir o mundo suprafísico e os seres que estão com eles. Essa tem sido a regra em todas as épocas. Sir Walter Scott[8], em um dos seus livros, conta certos casos de natureza semelhante; mas, embora a manifestação sobrenatural, em cada caso citado, tenha sido testemunhada por muitas pessoas, Sir Walter Scott procura desacreditar seu testemunho e menosprezar a ocorrência como superstição, um método que tem sido seguido por vários jornais ingleses em relação à ocorrência na Retirada de Mons.
Ele diz que “mesmo no campo da morte e em meio ao próprio cabo de combate mortal, uma forte crença operou a mesma maravilha que até agora mencionamos como ocorrendo na solidão e em meio à escuridão, e aqueles que estavam, eles próprios, à beira do mundo dos espíritos ou ocupados em enviar outros para as regiões sombrias imaginavam ter visto a aparição dos seres a quem sua mitologia nacional associava a tais cenas. Nesses momentos de batalha indecisa, em meio à violência, pressa e confusão de ideias inerentes à situação, os antigos gregos supunham ver suas divindades Castor e Pólux lutando na vanguarda para seu encorajamento; o escandinavo viu as Valquírias, as Escolhedoras dos Mortos; e os católicos não foram menos facilmente levados a reconhecer na guerra São Jorge ou São Tiago bem na frente da luta, mostrando-lhes o caminho da conquista. Tais aparições sendo geralmente visíveis para uma multidão, em todos os tempos foram apoiadas pela maior força do testemunho”.
O primeiro exemplo citado por Sir Walter Scott é do livro História Verdadeira da Conquista da Nova Espanha de Don Bemal Diaz del Castillo[9], um dos companheiros do célebre Cortez em sua conquista mexicana. Depois de obter uma grande vitória contra todas as probabilidades, ele menciona o relato inserido na contemporânea crônica de Gomara, de que São Tiago apareceu em um cavalo branco na vanguarda do combate e levou seus amados espanhóis à vitória.
É muito curioso observar a convicção interna do cavaleiro castelhano de que o boato surgiu de um engano, cuja causa ele explica por sua própria observação, enquanto ao mesmo tempo não se atreve a negar o milagre. O honesto conquistador reconhece que ele mesmo não viu essa aparição angélica; ou melhor, ele viu um cavaleiro chamado Francisco de Moria montado em um cavalo castanho e lutando arduamente no mesmo lugar onde São Tiago supostamente teria aparecido. No entanto, em vez de concluir que toda a sua companhia estivesse alucinada, o devoto Conquistador exclama: “Pecador que sou, quem sou eu para ter visto o abençoado Apóstolo!”.
Segue-se o outro exemplo do que Sir Walter Scott chama de “o caráter infeccioso da superstição”.
“No ano de 1686, nos meses de junho e julho, diz o honesto cronista, muitos ainda vivos podem testemunhar isso sobre o Crossford Boat, aproximadamente dois quilômetros abaixo de Lanark, especialmente no Mains, na água de Clyde, muitas pessoas se reuniram por várias tardes, onde houve chuvas de gorros, chapéus, revólveres e espadas que cobriram as árvores e o chão; companhias de homens armados marchando em ordem à beira-mar; grupos conhecendo grupos e passando por outros; depois todos caindo no chão e desaparecendo; outras companhias imediatamente apareciam marchando da mesma maneira… Fui lá três tardes e, como observei, dois terços das pessoas viram e um terço não viu; embora eu não pudesse ver qualquer coisa, havia tanto medo e tremor naqueles que viam, que era perceptível a todos os que não viam.
“Havia um cavalheiro de pé ao meu lado que falava como muitos outros e disse: ‘Um bando de malditos bruxos e bruxas que têm a segunda visão! O diabo não vejo’; e imediatamente houve uma mudança perceptível em seu semblante. Com tanto medo e tremor como qualquer mulher que vi ali, ele gritou: ‘Todos vocês que não veem, não digam coisa alguma; pois eu os convenço de que é fato e discernível para todos os que não são cegos’; então aqueles que viram disseram que aparência as armas tinham, qual era seu comprimento e largura; também falaram que cabo as espadas tinham, se eram pequenos, de três barras ou do tipo Highland Guard, e os nós dos gorros, se pretos ou azuis. Aqueles viram, sempre que estavam no exterior, observaram um gorro e uma espada cair no caminho.
No segundo livro de Samuel, no capítulo 22, nos versículos de 7 a 18, lemos.
“Na minha angústia invoquei a Iahweh, ao meu Deus lancei meu grito, ele escutou do seu Templo a minha voz e o meu clamor chegou aos seus ouvidos. “E a terra tremeu e vacilou, os fundamentos do céu se abalaram (pela sua ira eles oscilaram); fumo se elevou de suas narinas e da sua boca um fogo devorador (carvões inflamados saíam dele). Ele inclinou os céus e desceu, uma névoa escura debaixo dos seus pés; cavalgou um querubim e alçou voo, planou sobre as asas do vento. Fez das trevas a sua companhia e sua tenda, treva d’água, nuvem sobre nuvem; um fulgor adiante dele inflamou granizo e brasas de fogo. Iahweh trovejou desde os céus, o Altíssimo fez ouvir a sua voz; disparou setas e as espalhou, fez cintilar os relâmpagos e os dissipou. O leito dos mares apareceu, os fundamentos do mundo se descobriram, pela repreensão de Iahweh e ao sopro do vento de suas narinas. Enviou das alturas e me tomou, e me tirou das águas profundas; livrou-me do feroz inimigo, de adversários mais fortes do que eu.”.
No trecho acima, Davi dá uma descrição do Senhor dos Exércitos saindo para guerra para ajudar seus seguidores. E no décimo capítulo de Daniel (6-7) é dito como esses Arcanjos realmente ajudam uma nação contra outra a fim de trazer vitória ou derrota onde quer que seja necessário punição ou recompensa.
Daniel nos diz que “seu corpo tinha a aparência do Crisólito e seu rosto o aspecto do relâmpago seus olhos como lâmpadas de fogo, seus braços e suas pernas como o fulgor do bronze polido, e o som de suas palavras como o clamor de uma multidão. Somente eu, Daniel, vi esta aparição. Os homens que estavam comigo não viam a visão e, no entanto, um grande tremor se abateu sobre eles, a ponto de fugirem para se esconderem.” (Esse é outro caso em que um viu, enquanto outros sentiram a presença).
O Arcanjo disse a Daniel (10-13): “O Príncipe do reino da Pérsia me resistiu durante vinte e um dias, mas Miguel, um dos primeiros Príncipes, veio em meu auxílio. Eu o deixei afrontando os reis da Pérsia”.
“Então ele disse: “Sabes por que vim ter contigo? Mas vou anunciar-te o que está escrito no Livro da Verdade. Tenho de voltar para combater o Príncipe da Pérsia: quando eu tiver partido, deverá vir o Príncipe de Javã. Ninguém me presta auxílio para estas coisas senão Miguel, vosso Príncipe, meu apoio para me prestar auxílio e me sustentar.” (Dn 10:20a-21b e 11:1).
Do exposto fica claro que em todas as épocas, quando as pessoas estavam em grande estresse, sua visão espiritual foi aberta de forma temporária.
Vamos ver, agora, como a guerra é realmente uma operação para remover a catarata espiritual, um meio de abrir permanentemente a visão espiritual da humanidade.
Por muitos meses um assunto tem sido o principal nas Mentes de milhões de pessoas no mundo ocidental: a saber, a guerra. Foi lamentada por todos; todos os combatentes tentaram se desculpar por participar e buscaram colocar a responsabilidade sobre os ombros dos seus adversários. Assim, pela primeira vez na história do mundo, os senhores da guerra admitem que a guerra seja um erro. Toneladas de tinta e papel têm sido usadas pelas potências em conflito para culpar seus inimigos e poderem se desculpar, aliviando uma consciência dolorida. Mas nem desculpas nem tentativas de incriminação podem aliviar os corações doloridos de milhões de pessoas que clamam por uma solução para o problema e, às vezes, perguntam se Deus ainda Se importa com o Seu mundo ou se Ele está permitindo passivamente esse terrível massacre.
Para chegar a uma compreensão correta do assunto é necessário perceber que cada ser humano é cercado por uma aura sutil que é invisível para a maioria das pessoas, mas prontamente percebida por aquele que cultivou sua percepção espiritual. Essa aura é colorida de acordo com as vibrações que cada indivíduo estabelece em seu interior, por seus gostos e desgostos; é um índice de cor preciso do seu caráter. À medida que seus hábitos mudam, essa nuvem de cores assume diferentes tonalidades. Através dessa aura ele vê o mundo como através de um vidro e colore todos com quem entra em contato, de modo que imagina que eles tenham as mesmas virtudes e vícios que ele próprio possui e, com base no princípio de que quando um diapasão é tocado, ele evoca sons em outros de igual afinação, ele realmente evoca naqueles que encontra os traços que estão em si mesmo, um fato dentro da experiência de todos. Quem nunca foi despertado para a raiva, quando na presença de alguém que perdeu a paciência; quem ainda não sentiu irritabilidade, ao discutir qualquer assunto com um homem irritável? Da mesma forma, as nações se veem através da nuvem invisível do nacional Espírito de Raça e imaginam umas às outras como muito diferentes do que realmente são.
É significativo que homens e mulheres ingleses que viviam na Alemanha antes do início da guerra estivessem firmemente convencidos de que aquele país estivesse certo, antes de serem obrigados a voltar para casa; e que os alemães que residiam na Inglaterra fossem igualmente fanáticos em seu apoio a esse país, denunciando a Alemanha como agressora. No entanto, seu retorno à sua terra nativa, onde respiraram o espírito de Raça nacional, logo mudou sua atitude e todos começaram a ver “o outro lado” e apresentar sua fidelidade ao seu próprio Espírito de Raça.
Assim sendo, a guerra não é o resultado de ódio individual, pois não ouvimos que os soldados nas trincheiras confraternizavam sempre que surgisse uma oportunidade? Mas é o trabalho dos Espíritos de Raça que guiam as nações em seu caminho de progresso; ou melhor, deveríamos dizer, é permitido por eles, pois são os Irmãos da Sombra, as forças negras que fomentaram o lado maligno da vida nacional; orgulho, arrogância e busca de prazer para afastar a humanidade do lado mais sério da vida. Portanto, os espíritos raciais das nações, que estão sempre trabalhando para o bem, permitiram esta guerra não exatamente como um castigo, mas um meio de trazê-las de volta ao verdadeiro propósito da existência.
Isso já é conhecido há muito tempo pelo escritor, mas ele sabia e sentia no íntimo do seu coração que deveria haver outro propósito maior e que o bem a ser alcançado deveria ser proporcional ao sofrimento envolvido em sua obtenção; portanto, deve ser um grande e maravilhoso bem, uma bênção para a humanidade de inestimável importância. Mas o quê? Recordemos as palavras de Cristo: “Não vim trazer a paz, mas a espada”. Sempre consideramos a paz como um ideal, no entanto, e não conseguimos conciliar essa sentença com o Sermão da Montanha. Será que há uma virtude oculta na guerra que não percebemos até agora, uma virtude que possa justificá-la como um meio para um fim? Esse era um problema desconcertante.
Longos meses este escritor sofreu em silêncio por causa da terrível carnificina que vem acontecendo na Europa. Não é fácil trabalhar todas as noites entre as cenas angustiantes do campo de batalha, trazendo socorro aos feridos e trabalhando com os mortos de muitas nações, nos mundos invisíveis, em um esforço para aliviar sua angústia e acalmar seu ressentimento e, ao mesmo tempo, manter-se suficientemente preparado para continuar o trabalho na sede durante o dia. Durante esse tempo, estudantes de vários países pediram que tomássemos uma posição a favor do lado que eles defendiam e escrevêssemos nossas ideias sobre a guerra. Naturalmente, não tomaríamos posição contra qualquer um de nossos irmãos. A Fraternidade inclui o mundo inteiro e o amor universal nunca foi mais necessário do que agora. Nós nos esforçamos por lhe dar a expressão mais completa possível. E quanto à “escrita”: enquanto sentíamos e sabíamos que o resultado dessa grande calamidade deveria ser bom, não tínhamos luz e nunca foi nosso costume lidar com chavões ou encher nossas páginas com palavras, apenas palavras; então trabalhamos e oramos por luz, mês após mês, até que finalmente o suspense se tornou insuportável.
Ultimamente, a agonia daquela vasta massa de humanidade entre a qual trabalhamos há tantos meses parecia concentrar-se em nossa presença como um grande “Por quê?” escrito em letras de sangue e chamas durante nossas horas de vigília e, embora sozinho e tudo estivesse exteriormente quieto, o som daquele enorme “Por quê?” parecia preencher o Céu e a Terra em seu apelo intensamente apaixonado por uma resposta.
Por fim, não aguentei mais e quando o Irmão Maior que é o meu mentor apareceu em resposta ao meu grito de angústia, fiz a pergunta. A regra da Grande Ordem é que os Irmãos Leigos devem usar todos os esforços para resolver seus próprios problemas e apenas pedir ajuda como último recurso; contudo, até então tímido por causa disso, a agonia de um milhão de seres humanos parecia subir pela minha garganta quando eu o vi tão calmo e sereno: “Sei que o seu coração não é calejado, Irmão, que bate com tanta compaixão pelos milhões que até mesmo essa agonia de simpatia que agora dilacera o meu peito é nada em comparação; como então você pode ficar tão calmo enquanto milhões de pessoas sofrem inacreditavelmente! Qual é o propósito desse conflito cruel?”.
Nunca a música soou tão docemente ao meu ouvido; nunca experimentei uma sensação de alívio tão grande, uma modificação tão completa de sentimentos. Eu parecia saltar do pântano do desespero para o pináculo do louvor e da ação de graças, quando a resposta veio naquela voz sempre vibrante de bondade e compaixão, mas nessa ocasião essas qualidades foram tão intensificadas que as palavras não conseguem descrever.
Pare com sua tristeza, meu Irmão, e tenha bom ânimo; se você tivesse um amigo que tivesse perdido a visão por causa de uma catarata e ele fosse forçado a se submeter a uma operação, você provavelmente sentiria pena da dor atual, mas você se alegraria com a restauração iminente de sua visão e, talvez, na alegria da antecipação, você quase esquecesse a dor presente.
Da mesma forma, no caso desta guerra, o mundo, que se tornou espiritualmente cego, não admitirá pelo intelecto coisa alguma que não possa provar como demonstra um problema matemático. A dúvida e o ceticismo cresceram como enormes ervas daninhas entre os líderes do pensamento e os levou à louca busca do prazer; agora, a indulgência dos sentidos e a indiferença em relação a qualquer coisa que contribua para o crescimento da alma são características comuns entre as massas. Nem a pregação nem a oração podem despertar o mundo. Portanto, os Líderes Invisíveis da Evolução permitiram aos Irmãos da Sombra tentar os governantes das nações e, assim, os cães da guerra foram soltos junto do que parecem ser resultados absolutamente calamitosos.
Mas alegre-se, esta é na realidade uma operação de catarata espiritual em grande escala. É a sentença de morte da era do agnosticismo e do ceticismo em relação às verdades espirituais, pois abrirá a visão espiritual de tantos que seu testemunho terá sentido para aqueles que permanecem cegos; assim, o mundo ocidental se voltará para Deus com um novo zelo que não poderia ser despertado por mil anos de pregação.
Como lhes ensinamos no início e como está registrado no Conceito Rosacruz do Cosmos, a humanidade ainda está na parte mais perigosa do caminho do progresso, que chamamos de “os 16 Caminhos para a destruição”, e nunca em todas as anteriores corridas chegou tão perigosamente perto da beirada. Mas regozijai-vos e novamente digo: regozijai-vos! Pois o perigo já passou, a guerra salvou o mundo de um destino infinitamente pior e logo ressoará com louvor a Deus pela bênção forjada pela maldição da guerra.
Como os nossos leitores que não estão familiarizados com os Ensinamentos Rosacruzes podem não entender a referência aos 16 Caminhos e sua relação com esse problema e, também, como pode não ser intuitivo a todos o que se entende por “operação de catarata espiritual”, ou como a guerra pode abrir a visão espiritual, continuaremos este artigo no próximo mês com o propósito de elucidar esses pontos. Enquanto isso, os seguintes artigos do Literary Digest mostrarão que a previsão feita já começa a ser verificada.
No parágrafo final do nosso artigo sobre esse assunto afirmamos que o ser humano está agora passando pelo período mais perigoso do seu desenvolvimento: “as Dezesseis Raças”. E que a guerra salvou a humanidade de um destino infinitamente pior do que o atual massacre em massa. Os fatos são os seguintes: durante o desenvolvimento da humanidade em nosso atual Período Terrestre, a Terra mudou para proporcionar ao ser humano o ambiente adequado à sua constituição versátil e aos requisitos evolutivos. As grandes divisões de tempo ocupadas por essas mudanças são chamadas de Épocas. As Época Polar, Época Hiperbórea, Época Lemúrica e Época Atlante já passaram; agora estamos na Época Ária. Quando ela acabar, outra Época, a Época Nova Galileia, será inaugurada.
Durante as duas primeiras Épocas, o ser humano era tão inocente da sua Individualidade quanto as crianças atualmente; mas, no final da Época Lemúrica alguns eram diferentes da maioria e formavam o que poderia ser chamado de Raça. Havia sete Raças na Época Atlante; cinco nasceram desde então e mais duas devem aparecer na Época Ária; uma delas nascerá no início da Época Nova Galileia. Com a última das dezesseis Raças, a humanidade estará novamente unida em Amor e Fraternidade, mas enquanto os líderes da evolução tiveram muito tempo para guiar a humanidade nas primeiras Épocas, em que longos períodos de tempo foram consumidos na evolução de uma certa faculdade, nos períodos de tempo em que há Raças, por essas serem comparativamente evanescentes, há um grande perigo de que algumas pessoas possam ficar tão enredadas no ideal de Raça que não consigam prosseguir para o próximo estágio superior; portanto, as Dezesseis Raças são chamadas de “os dezesseis caminhos para a destruição”.
As mudanças mais profundas na formação geológica da Terra e na constituição fisiológica do ser humano ocorreram no último terço da Atlântida (na Época Atlante), quando a Época Ária estava prestes a ser inaugurada, porque essas Épocas sempre se sobrepõem, de modo que uma começa antes que a anterior esteja inteiramente terminada. As mudanças foram as seguintes.
Essas mudanças geológicas e fisiológicas tiveram, como dissemos, consequências de longo alcance e são diretamente responsáveis pela opressão individual e pela guerra, como veremos.
Durante as Épocas anteriores, quando o Espírito moldava o veículo que estava destinado a habitar, o ser humano, em formação, quase não tinha consciência física e mesmo nos primeiros dois terços da Atlântida, quando o Espírito entrou em sua morada, a consciência se concentrava principalmente nos Mundos espirituais e a neblina escura impossibilitava que os atlantes percebessem claramente o Corpo Denso uns dos outros; mas eles viam a alma e “caminhavam com Deus”, o Divino Hierarca que os guiava como Pai, pois Ele era visível para eles como uma entidade espiritual. Portanto, tudo era paz.
Então veio o dilúvio e limpou a atmosfera com os seguintes resultados: aqueles que evoluíram a visão física, viram seus semelhantes com clareza e aprenderam a diferenciar entre “Eu” e “Você”, “Meu” e “Teu”, lançando as bases para o egoísmo e a luta. Assim, a humanidade, como um todo, não podia mais ser guiada por um líder, mas foi subdividida e guiada por vários Espíritos de Raça que, como “poderes do ar”, assumiram o controle da laringe e dos pulmões do povo. A cada respiração as pessoas inalavam esse Espírito de Raça, até que ele penetrou todo o seu ser e suas cordas vocais vibraram em seu tom peculiar, tornando a fala de um grupo diferente da de outras Raças; assim, ele envolveu todo o seu povo como uma nuvem, colorindo ambos, o povo e as paisagens, da sua terra natal, com suas próprias vibrações de cores específicas; isso foi sentido por todos os seus dependentes como um vínculo sagrado que os une uns aos outros e à terra que habitam. Tão forte é o domínio sobre o pulmão, a laringe e a terra mantido pelo Espírito de Raça, que seu povo lutará até o último suspiro pela língua materna e pela pátria.
Esse sentimento de companheirismo incutido pelo Espírito de Raça em seus dependentes é chamado de patriotismo. Era o objetivo dos Espíritos de Raça, fomentando o amor pela família, educar a humanidade a amar sua nação ou seus compatriotas. Através do patriotismo eles esperavam gerar o altruísmo, que transcende todas as fronteiras imaginárias no mapa, em um esforço para abraçar a todos no amor universal.
No entanto, em vez de realizar esse nobre propósito, o patriotismo, o amor à família e à pátria fomentaram, em muitos, o ódio a todas as outras nações junto ao desejo de persegui-las e submetê-las ao seu próprio engrandecimento. Na medida em que qualquer Raça, nação ou povo fez isso, provou ser contrária ao bem universal, pois deve ser lembrado que as Raças são apenas um aspecto da Personalidade, somente os corpos são carimbados com características raciais, mas os Espíritos não estão sob tais restrições ilusórias, quando desencarnados.
Assim, há grande perigo de que, por excesso de patriotismo, os Espíritos se tornem tão enredados nos grilhões da família e do país que não deixem a Raça quando o impulso evolutivo seguir adiante, esforçando-se para perpetuar a Raça indefinidamente, procurando renascer repetidamente nela, como os judeus fizeram e, assim, ir para a ruína através de um daqueles dezesseis caminhos de destruição, como os Irmãos Maiores chamam as dezesseis Raças. Por isso Cristo disse: “Não vim trazer a paz, mas a espada”. Portanto, as nações Cristãs têm sido as mais militantes sobre a Terra, talvez com exceção dos maometanos, que são seus parentes, e há amplo testemunho em quase toda guerra para mostrar que um número de pessoas teve sua visão espiritual aberta, pelo menos temporariamente, de modo que a guerra sempre foi um meio de remover a catarata espiritual que nos cega para a unidade de toda a vida.
Nas três Épocas anteriores, o ser humano não sabia que possuía um Corpo Denso, embora o usasse como usamos nossos pulmões, independentemente do fato de nunca os termos vistos; ele estava inconsciente do nascimento e da morte, também, embora tenha passado por ambos repetidamente, pois sua consciência estava focada nos Mundos espirituais e permaneceu ininterrupta pelas vicissitudes do Corpo. Porém, no alvorecer da Época Ária, quando a atmosfera clareou, ele se percebeu fisicamente e aprendeu que a consciência que anima o Corpo Denso o deixa frio e morto, após um período mais longo ou mais curto. O véu da carne escondia os Mundos espirituais, onde moram os chamados mortos, da visão física dele, como uma catarata espiritual que se adensou com o passar do tempo, até que hoje em dia aqueles que não negam ativamente a existência dos Mundos interiores se resignaram à ideia de que nada pode ser conhecido do estado dos chamados de mortos.
Por causa dessa falsa ideia, essa cegueira, a dor intensa pela perda de entes queridos que estão além da nossa visão física, obscureceu os olhos de todo o mundo. Lágrimas correram em torrentes dos olhos dos enlutados, mas não em vão: pois cada lágrima suaviza a catarata espiritual, cada pontada de dor pela perda de um ente querido é um corte pela faca do Grande Cirurgião que se esforça para restaurar nossa visão espiritual, para que possamos continuar nosso companheirismo com os amigos e com as amigas que abandonaram a espiral mortal. E tão certo como o desejo de crescer desenvolveu e aperfeiçoou o canal alimentar e a luz preexistente construiu o olho para sua percepção, assim também e com certeza o desejo intenso por nossos entes queridos que ultrapassaram o limiar da morte quebrará a casca da catarata e abrirá nossa visão espiritual. Aqueles que vivem a chamada “vida superior” e são fortalecidos em tempos de angústia por uma compreensão mais avançada do fenômeno da morte, muitas vezes, sentem que a intensa dor dos enlutados que ignoram esses fatos é imprópria e prejudicial à saúde do Espírito que abandonou o Corpo Denso. E assim é, quando expresso durante os primeiros dias após a mudança; mas, ao mesmo tempo, essa dor intensa e a tensão incidentes com a aproximação da morte são os meios pelos quais a multidão, que percorre o Caminho da Evolução, acabará por preencher a lacuna e recuperar a consciência espiritual. Assim sendo, ela toma o lugar dos Exercícios Esotéricos dados nas Escolas de Mistérios, como a Fraternidade Rosacruz.
A criação da prisão corporal emparedou o Espírito e excluiu os Mundos espirituais de seu alcance.
A destruição dos corpos dos Discípulos, como um sacrifício vivente, restaura seu contato consciente com os Mundo invisíveis, despertando sua visão espiritual por um processo de magia branca.
A destruição do corpo de outra pessoa pelo sacrifício na guerra tem o mesmo efeito. Os vapores do sangue, o rugido dos tiros, os gritos dos feridos e moribundos, sejam audíveis ou inaudíveis, mas carregados da mais intensa dor e tristeza, são sentidos por todos como um poder psíquico que tende a atrair cada um dos participantes à beira da Grande Divisão e, que maravilha que os olhos deles estejam temporariamente abertos e eles vejam os habitantes dos reinos suprafísicos que estão sempre entre nós, mas particularmente quando e onde alguém esteja passando pela fronteira da nossa esfera para a deles.
Além disso, aqueles que morreram também não são passivos; o seu desejo de ser visto por seus entes queridos é um grande fator para estabelecer a comunicação. Muitos casos foram registrados, comprovando esse fato; há o da mãe que, por exemplo, se materializou e chamou seus pequeninos para longe de um poço que estava sendo cavado, embora ela não possuísse os segredos da Iniciação. Seu intenso desejo forjou para ela uma temporária vestimenta física. Ora, quanto mais não pode ser feito quando meses ou anos de matança aumentaram a tensão nervosa de milhões de pessoas, todas ansiando por relações com algum ente querido nesse ou no outro mundo! Esse grande desejo resultará um despertar permanente da visão espiritual de um número de pessoas grande demais para ser ignorado!
Em todas as câmaras da morte estamos perto do portal dos Mundos invisíveis e um grande número daqueles que estão desmaiando vê seus entes queridos esperando ao redor da cama para recebê-los, regozijando-se pela morte, que os libertou do Corpo Denso e os fez nascer no Além. A tensão nervosa sentida pelo homem e pela mulher comum é extraordinariamente alta e propícia para provocar a ligeira extensão da visão necessária para perceber a multidão que espera do outro lado; não fosse o horror irracional que os faz fugir quando ocorrem manifestações e esconder o fato de terem visto alguma coisa, muitos saberiam que não há morte, mas que a continuidade da vida é um fato na natureza.
Esse processo é lento, no entanto; e periodicamente as pessoas se afundam em um estado de incredulidade e indiferença. Então as guerras são permitidas para acelerar a evolução pela matança massiva que separa o Espírito do seu Corpo Denso. As pessoas são, então, desviadas da busca do prazer para enfrentar os fatos da Vida e da Morte.
Portanto, a guerra fará mais que mil anos de pregação, para acabar com a era do agnosticismo e levar o povo a Deus, além disso, quando esse contato com os Mundos espirituais for restabelecido, não poderá haver mais guerras, pois todos aprenderão que há, na realidade, não o judeu, nem o gentio, nem o grego ou o romano, que todas as Raças são manifestações ilusórias e evanescentes e que somos todos filhos de Deus, assim, através da carnificina, o perigo de destruição nas Raças terá passado e a humanidade começará a expressar o ideal da próxima Raça que é a Fraternidade Universal.
Assim, o propósito da guerra é despertar a visão espiritual através da dor e da saudade intensa por aqueles que faleceram. É também o propósito de fazer com que aqueles que partiram se esforcem para retornar e gerar a visão espiritual em todos os combatentes, pela tensão e pelo estresse da batalha, restabelecendo assim a comunicação entre os dois Mundos, roubando da morte seu terror e promovendo elevando ideais, em vez das preocupações sórdidas da existência concreta.
FIM
[1] N.T.: o autor se refere à Primeira Guerra Mundial.
[2] N.T.: o autor se refere à Primeira Guerra Mundial
[3] N.T.: CONFERÊNCIA Nº 13 – OS ANJOS COMO FATORES DA EVOLUÇÃO
Quando falamos de evolução, a ideia disso no ocidente é, principalmente, focada no materialismo. Acostumamo-nos a olhar a matéria pelo ponto de vista puramente científico: que o nosso Sistema Solar procede daquilo que, uma vez, foi uma incandescente nebulosa, cujas correntes foram geradas e postas em um movimento a partir de um movimento espontâneo. Essa nebulosa assumiu a forma esférica e lançou de si anéis conforme se contraía. Esses anéis se romperam e formaram, assim, os Planetas que se esfriaram e se solidificaram. Pelo menos um Planeta – nossa Terra – espontaneamente gerou organismos simples que mais tarde, pelo processo evolutivo, se tornaram cada vez mais complexos, elevando-se na escala através dos Radiados (ouriços, estrelas do mar, etc.), depois pelos Moluscos (ostras, mexilhões, etc.) e daí pelos Articulados (caranguejos, lagostas, etc.) até as espécies vertebradas. Após percorrer as quatro classes de vertebrados – Peixes, Répteis, Aves e Mamíferos – esse impulso evolutivo espontâneo alcançou o seu mais elevado estágio no ser humano, que é considerado a fina flor da evolução – a mais elevada inteligência do Cosmos.
O cientista materialista expressará desprezo ou impaciência com tudo aquilo que sugere a existência de um Deus, ou mesmo de qualquer outro agente externo, como totalmente desnecessária para explicar o universo. Em apoio a essa sua posição, ele pega uma vasilha com água e despeja nela um pouco de óleo. A água representa o espaço, e o óleo a nebulosa incandescente. A seguir, ele começa a mexer o óleo, girando-o na vasilha até formar uma “bola” no centro, e essa vai engrossando mais nas bordas, formando um anel, até se desprender desse anel. Isso formará uma esfera menor e revolve sobre a massa central como um Astro em volta do Sol. Então, o cientista pode, triunfalmente, se voltar e indagar com um sorriso compassivo: “Agora, você viu quão natural é isso, como é supérfluo o seu Deus?”.
Na verdade, é de causar pasmo a constatação de quão obtusas podem ser as mais brilhantes inteligências quando influenciadas por noções preconcebidas. É de pasmar também que alguém, capaz de idealizar essa excelente demonstração, seja ao mesmo tempo incapaz de ver que ele próprio representa, em sua experiência, o Autor do nosso sistema a quem chamamos Deus, porque a experiência jamais teria sido imaginada, nem o óleo jamais teria sido posto a girar sobre a água, formando algo semelhante a um sistema planetário, não fora o pensamento e a ação atuarem sobre a matéria. Por isso, ao invés de provar a “superficialidade” da existência de Deus, sua demonstração da teoria nebular prova, no sentido mais amplo, a absoluta necessidade de uma Causa Primeira – seja ela chamada Deus ou tenha qualquer outro nome. Percebendo isso foi que Herbert Spencer, o grande pensador do século XIX, rejeitou essa teoria. Contudo, foi por sua vez incapaz de explicar satisfatoriamente a origem do sistema solar independentemente da mesma, que considerou falha. A ciência, pois, embora não queira reconhecê-lo, também apoia a teoria da origem do mundo que requer a ação inteligente de um ser ou seres estranhos à matéria do universo: um Criador ou Criadores.
Propriamente compreendida, essa teoria está em perfeita harmonia com a Bíblia que nos fala de um certo número de diferentes Seres que tomam parte ativa na evolução da Terra e das criaturas que nela vivem. Ouvimos falar de Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins, Tronos, Principados, Poder das Trevas, Poder dos Ares, etc., de modo que a Mente indagadora não pode deixar de perguntar: “Quem são todos eles? Que papel desempenharam no passado? Qual o seu trabalho no presente?”. Porque a Mente indagadora não pode acreditar que os Anjos sejam seres humanos transformados pela morte em entidades espirituais cujo único prazer e única tarefa consiste em soprar uma trombeta e dedilhar uma harpa, quando na vida terrena eram incapazes até de distinguir uma nota de outra. Tal suposição contraria a razão e está em desacordo com todos os métodos da Natureza, que exige que nos esforcemos para desenvolver nossas faculdades.
Os ensinamentos ocultos – em harmonia com a Bíblia e com as modernas teorias científicas – e que se encontram no Capítulo “Análise Oculta do Gênesis” de “Conceito Rosacruz do Cosmos” dizem que o corpo que agora é a Terra nem sempre foi tão denso e sólido como no presente, mas que já passou por três Períodos de desenvolvimento antes de chegar ao atual Período Terrestre, e que, “após este, haverá ainda mais outros três antes de completar-se nossa evolução”.
Durante os três Períodos precedentes à nossa atual condição, isto que agora é a Terra, juntamente com o ser humano sobre ela, foram ambos gradativamente solidificados a partir de um sutil estado etéreo até outro de densidade muito maior do que é presentemente. Enquanto a “Involução” – o processo de consolidação – prosseguia, o Espírito que agora é o Ego humano construía um corpo ou um veículo para cada grau de densidade. Trabalhava inconscientemente, mas nisso era ajudado por diferentes Hierarquias espirituais, tais como os Tronos, os Querubins e os Serafins.
Quando o máximo de densidade foi alcançado, o Espírito teve a consciência despertada para si mesmo como um Ego separado no mundo material. Esse foi o ponto decisivo para o retorno, pois, uma vez consciente, o Espírito não pode continuar submergindo-se na matéria. Assim, à medida que sua consciência espiritual paulatinamente desponta, ele também aos poucos espiritualiza seus corpos, deles extraindo a alma que é a essência do poder de cada um.
Desse modo, ele se elevará gradativamente das regiões materiais mais densas, juntamente com a Terra, durante o resto do Período Terrestre e nos três Períodos subsequentes.
Nos primórdios da evolução, o tríplice “Espírito Virginal” estava “desnudo” e era inexperiente. Sua Involução implicava na construção de corpos, o que ele conseguiu inconscientemente com a ajuda de poderes superiores. Quando seus corpos foram concluídos e o Espírito tornou-se consciente, então a Evolução teve início. Mas esta exige crescimento anímico, que só pode ser alcançado mediante os esforços individuais do espírito no ser humano, o Ego, que ao final desta fase possuirá poder anímico como fruto de sua peregrinação através da matéria. E será daí uma Inteligência Criadora.
Os Rosacruzes deram aos sete Períodos de desenvolvimento os nomes dos Astros que regem os dias da semana porque, usando o termo em seu sentido mais amplo, tais Períodos são os Sete Dias da Criação. Significam também metamorfoses da Terra, nada tendo a ver com os Astros no céu, exceto que as condições que eles representam aproximam-se das dos Astros de mesmo nome, como segue: 1) Período de Saturno; 2) Período Solar; 3) Período Lunar; 4) Período Terrestre (cuja primeira metade é chamada “Marciana” e a segunda “Mercurial”, segundo o exposto no “Conceito Rosacruz do Cosmos”); 5) Período de Júpiter; 6) Período de Vênus; 7) Período de Vulcano.
Nossa evolução começou na Terra como ela era no quente e escuro Período de Saturno, em que a matéria era constituída de uma substância gasosa extraída da Região do Pensamento Concreto. Ali, o Espírito Divino (que é o mais elevado aspecto do tríplice “Espírito Virginal”, feito à semelhança de Deus) foi despertado pelos Senhores da Chama, também chamados Tronos no esoterismo Cristão, os quais irradiaram de si próprios o germe do pensamento-forma como contraparte material do Espírito Divino. Esse pensamento-forma foi mais tarde aperfeiçoado e consolidado na forma do Corpo Denso do ser humano, pelo que o seu mais elevado Espírito e o mais inferior dos seus corpos são frutos do Período de Saturno.
No Período Solar, a Terra alcançou a densidade do Mundo do Desejo, convertendo-se em algo assim como um nevoeiro incandescente de brilhante luminosidade. Então, os Querubins despertaram o segundo aspecto do Espírito Virginal tríplice: o Espírito de Vida. Sua contraparte – o Corpo Vital – nasceu aí como pensamento-forma e foi feito para interpenetrar o Corpo Denso germinal que se tinha consolidado e alcançado a mesma densidade da Terra. Foi, portanto, formado de matéria de desejos.
Ao fim das condições a que chamamos Período Solar, o ser humano possuía um duplo espírito e um duplo corpo.
No Período Lunar, a densidade da Terra aumentou a tal ponto que alcançou o estado de matéria que constitui a chamada Região Etérica. Era então um núcleo ígneo envolto em vapor e recoberto por uma atmosfera de nevoeiro quente ou de gás também vaporoso e quente. Quando a água esquentava pela proximidade com o núcleo ígneo, dele se afastava evaporando-se para o exterior; e quando resfriada pelo contato com o espaço externo, o vapor tornava a descer em direção ao núcleo ígneo.
Dessa substância úmida é que se formou o corpo mais denso dos “humanos aquáticos”. O pensamento-forma do Corpo Denso havia se consolidado em um gás úmido; o pensamento-forma do nosso atual Corpo Vital havia descido até o Mundo do Desejo, pois da matéria desse Mundo foi formado, conforme vimos anteriormente. O pensamento-forma do nosso atual Corpo de Desejos foi acrescentado a esse duplo corpo no Período Lunar, tendo sido os Serafins que despertaram aí o terceiro aspecto do Espírito Virginal: o Espírito Humano. Foi então que o Espírito Virginal se tornou um “Ego”, de modo que, ao fim do Período Lunar, o ser humano nascente possuía um Tríplice Espírito e um Tríplice Corpo, a saber:
1) o Espírito Divino e sua contraparte – o Corpo Denso;
2) o Espírito de Vida e sua contraparte – o Corpo Vital;
3) o Espírito Humano e sua contraparte – o Corpo de Desejos.
O Tríplice Corpo é a “sombra” do Tríplice Espírito, lançada na Região do Pensamento Concreto nos três Períodos que precederam o atual Período Terrestre. Desde ali, todos esses pensamentos-forma condensaram-se: 1 grau o Corpo de Desejos, 2 graus o Corpo Vital e 3 graus o Corpo Denso, antes de alcançarem sua presente densidade.
Os Senhores da Chama (Tronos), os Querubins e os Serafins trabalharam para o ser humano voluntariamente e por puro Amor. De uma evolução como a nossa, eles nada podiam aprender. Agora que já se retiraram no atual Período Terrestre, os “Poderes” (Exusiai) do Cristianismo Esotérico – chamados Senhores da Forma pelos Rosacruzes – assumiram um encargo especial, porque este é um Período eminentemente da “Forma” e foi essa Hierarquia espiritual quem deu a todas as coisas suas atuais, definidas e nítidas formas concretas, as quais eram incipientes e indistintas nos Períodos anteriores.
Além das Hierarquias espirituais mencionadas, houve outros que ajudaram, mas vamos ater-nos somente aos seres que alcançaram no desenvolvimento a condição de humanos nos três Períodos precedentes. Esses seres avançaram naturalmente, de modo que a humanidade do Período de Saturno estão agora três passos à frente dos humanos atuais, sendo conhecidos como “Senhores da Mente”. A humanidade do Período Solar encontra-se dois passos adiante de nós e são chamados “Arcanjos”. E a humanidade do Período Lunar acha-se apenas um passo à nossa frente: são os “Anjos”.
Os Períodos são dias da Criação e, entre cada dois Períodos, há um intervalo de repouso ou atividade subjetiva – uma Noite Cósmica, análoga à noite de sono restaurador que desfrutamos entre um dia e outro de nossa vida terrena. Quando a vida em evolução emerge do “Caos” na aurora de um novo Período, efetua-se em primeiro lugar uma recapitulação um grau à frente do trabalho realizado nos Períodos anteriores, antes de iniciar-se a obra do novo Período. Assim é alcançado o apogeu da perfeição capaz de ser atingida.
Portanto, a evolução do ser humano sobre a Terra, tal como se acha agora constituída, divide-se em “Épocas”, nas quais ele primeiro recapitula o seu passado, indo depois em frente às condições que prefiguram desenvolvimento e que só alcançarão expressão plena em Períodos futuros.
Na primeira – ou Época Polar – “Adão” ou humanidade – foi formado de “terra”. Atravessava ele aquela fase puramente mineral do Período de Saturno em que possuía somente o Corpo Denso, modelado por ele próprio sob a orientação dos Senhores da Forma. Estava submerso no então escuro e gasoso Astro que acabava de emergir do caos, “sem forma e vazio”, como diz a Bíblia. Pois, do mesmo modo que as framboesas são formadas de pequenas bagas, assim foi a nossa “mãe Terra” formada da multidão de corpos densos parecidos com minerais de todos os reinos, e as correntes de vida que se expressavam como minerais, animais e homens, trabalhavam para libertá-los.
Na segunda – ou Época Hiperbórea – disse Deus: “Haja luz”, e o calor transformou-se em uma nuvem incandescente idêntica àquela do Período Solar. Nessa Época, foi o Corpo Denso do ser humano interpenetrado por um Corpo Vital, ficando a flutuar de um lado para outro sobre a Terra ígnea como uma enorme coisa em forma de saco. O ser humano era então como as plantas porque dispunha dos mesmos veículos que estas possuem agora, enquanto os Anjos o auxiliavam a organizar seu Corpo Vital, conforme continuam fazendo até o presente.
Isso pode parecer uma anomalia, já que os Anjos são a humanidade do Período Lunar, no qual o ser humano obteve seu Corpo de Desejos. Mas não é, porque somente no Período Lunar a Terra em evolução condensou-se em Éter, tal como o que agora forma a substância de nosso Corpo Vital. A humanidade de então (os atuais Anjos) aprenderam ali a construir seus corpos mais densos de matéria etérea, assim como aprendemos a construir os nossos com matéria sólida, líquida e gasosa da Região Química. E nisso os Anjos tornaram-se peritos, conforme seremos também na construção de nossos Corpos Densos ao fim do Período Terrestre.
Eles estão, portanto, especialmente preparados para ajudar as outras Ondas de Vida em funções que digam respeito às importantes expressões do Corpo Vital. Ajudam assim na formação e manutenção das plantas, dos animais e do ser humano, relacionando-se muito de perto com a assimilação, crescimento e propagação desses reinos. Os Anjos anunciaram o nascimento de Isaac ao fiel Abraão, mas foram também os arautos da destruição de Sodoma por abusar-se ali das funções criadoras. O Anjo Gabriel (não Arcanjo, de acordo com a Bíblia) predisse os nascimentos de Jesus e João. Outros Anjos já haviam anunciado os nascimentos de Samuel e Sansão.
Os Anjos atuam particularmente nos Corpos Vitais dos vegetais porque a corrente de vida que anima esse reino iniciou sua evolução no Período Lunar, quando os Anjos eram humanos e trabalhavam com os vegetais do mesmo modo que agora trabalhamos com os minerais. Há, portanto, uma afinidade especial entre o Anjo e o Espírito-Grupo das plantas. Pode-se assim explicar a enorme assimilação, crescimento e fecundidade das plantas. O ser humano também alcançou enorme estatura na segunda Época – ou Época Hiperbórea – que estava principalmente a cargo dos Anjos. A mesma coisa se dá com a criança em sua segunda Época setenária de vida, porque então os Anjos podem trabalhar mais amplamente sobre ela de maneira que, ao fim dessa Época, aos quatorze anos, a criança alcança a puberdade e torna-se apta a reproduzir sua espécie – também com a ajuda dos Anjos.
A terceira – ou Época Lemúrica – apresentava condições análogas ao Período Lunar, embora mais densas. O núcleo ígneo da Terra ficava ao centro. Envolvendo-o, havia uma fervilhante camada de água em ebulição que, por sua vez, era envolvida na parte mais externa por uma atmosfera vaporosa de “neblina ardente”, pois assim “havia Deus dividido a terra das águas”, segundo o Gênese. Com a umidade mais densa do vapor, podia o ser humano viver em ilhas com crostas sólidas em formação espalhadas num mar de águas ferventes. Sua forma era então completamente firme e sólida, possuía tronco e membros e a cabeça começava a formar-se. O Corpo de Desejos foi acrescentado e aí o ser humano passou ao encargo dos Arcanjos.
Temos aqui outra vez o que se parece com uma anomalia, pois os Arcanjos foram a humanidade do Período Solar, Período em que nasceu o Corpo Vital, quando o ser humano não possuía ainda Corpo de Desejos. A dificuldade, porém, se desvanece quando recordamos que cada veículo nosso é a sombra de um dos aspectos do Espírito, conforme dissemos anteriormente, e que tais veículos não foram dados por essas Hierarquias. Essas simplesmente ajudam o ser humano no aperfeiçoamento de determinado veículo, dada a sua especial aptidão para trabalhar com a matéria dele. Os Arcanjos são educadores do nosso Corpo de Desejos, pois se fizeram peritos na construção e uso de tal veículo quando eram humanos no Período Solar. Nesse Período, eles construíram o seu corpo mais denso com “matéria de Desejos”, da mesma forma que agora construímos nosso corpo mais denso com matéria química mineral.
Os Arcanjos são também o principal apoio do Espírito-Grupo animal, porque os atuais animais começaram como minerais no Período Solar. Na Época Lemúrica, o ser humano encontrava-se em idêntica situação à daqueles na Época atual: o Espírito estava fora do corpo que tinha de dirigir, ainda que os corpos de todos já tivessem sido impregnados com o germe da personalidade individual, conforme esclareceremos a seguir. Desse modo, os seres humanos não eram tão fáceis de guiar como os animais do presente, pois o espírito separado de cada um desses ainda está inconsciente. O desejo então predominava, necessitando por isso de uma forte sujeição. Isso foi feito em alguns dos mais dóceis entre a nascente humanidade da Época Lemúrica, os quais, no devido tempo, vieram a ser instrutores dos demais. A grande maioria, contudo, não recebeu tal vantagem.
Na quarta – ou Época Atlante – teve início o verdadeiro trabalho do Período Terrestre. O Tríplice Espírito estava destinado a entrar no Tríplice Corpo e converter-se num Espírito interno para alcançar pleno domínio sobre seus veículos, mas faltava ainda o elo da Mente. Tal elo, nós o devemos aos Senhores da Mente que haviam antes impregnado os corpos com a sensação de personalidade separada. Essa preponderou sobre a primitiva sensação de unidade com o todo, possibilitando a cada um colher experiências individuais de condições semelhantes.
Os Senhores da Mente alcançaram o estado humano no Período de Saturno. Não eram “deuses” vindos de uma evolução anterior como os Querubins e os Serafins. Daí a tradição oriental de os chamar de “A-suras” – “Não-deuses” – e a Bíblia os denominar “Poderes das Trevas”, em parte porque procederam do escuro Período de Saturno e em parte porque os considera como o mal. São Paulo apóstolo fala do nosso dever de lutar contra eles.
São Paulo estava certo, mas é bom compreendermos que não existe nada absolutamente de mal, e que no passado eles foram os benfeitores do gênero humano. O mal não é outra coisa senão o bem mal colocado ou não desenvolvido. Por exemplo: suponhamos um especialista em fabricação de órgãos que construa um, todo especial – sua obra-prima. Nesse caso, ele é uma encarnação do bem. Mas se ele leva o órgão até a igreja e, mesmo não sendo músico, insiste em tocá-lo substituindo o organista, então ele representa o mal.
Quando os Senhores da Mente eram humanos no Período de Saturno e a Terra era constituída de substância da Região do Pensamento Concreto, aí começamos nossa evolução como minerais. Então, os Senhores da Mente aprenderam a construir seus corpos mais densos com esses minerais, do mesmo modo que agora construímos nossos corpos dos presentes minerais. Assim, especializaram-se no uso dessa “matéria mental”, estabelecendo também, portanto, uma relação extraordinariamente íntima conosco.
Chegado o tempo em que o Tríplice Corpo estava pronto para que o Espírito nele habitasse, o ser humano precisou da Mente para servir como elo entre o Espírito e o corpo. Mas isso os deuses não lhe podiam dar. Era demasiado para eles. Os Arcanjos e os Anjos ainda não podiam criar, mas os Senhores da Mente já haviam alcançado o terceiro Período além daquele em que tinham sido humanos, tornando-se, pois, Inteligências Criadoras. Assim, puderam naturalmente preencher a lacuna irradiando de si a substância de que está formada a nossa Mente.
Procedendo de tal forma, nossa Mente tinha de ser, como é de fato, naturalmente separatista e inclinada a ressentir-se da autoridade. Devia ser o instrumento do infante Espírito no governo do Tríplice Corpo e um freio ao desejo imoderado. Contudo, ela veio acrescentar ao desejo a poderosa astúcia, depois paixão e malvadez, sendo por si mesma mais difícil de domar que um potro selvagem. À Mente, agrada mais dominar o inferior do que obedecer ao superior. Por conseguinte, a paixão e a perversidade predominaram na Época Atlante. A raça degenerou e então tornou-se imperiosa a criação de outra e sob diferentes condições.
Entretanto, a atmosfera quente e vaporosa da Lemúria havia-se esfriado e condensado, convertendo-se em espesso nevoeiro na Época Atlante. Ali viveram os “niebelungen” (“filhos da névoa”) das velhas lendas, que foram os atlantes. Então, Deus ordenou que “as águas se juntassem em um lugar e que aparecesse a terra seca”. A névoa condensou-se gradualmente, caindo em torrentes e inundando os vales da Atlântida. A raça perversa pereceu, com exceção de uns poucos, conhecidos depois como “o povo eleito”, e escolhidos para serem o núcleo da atual raça ariana e herdarem a terra prometida: a Terra como é agora constituída. Esses poucos foram salvos conforme relatado diversamente nas histórias de Noé e Moisés, esse tirando o povo de Deus do Egito (Atlântida) e guiando-o através do Mar Vermelho (o dilúvio ou inundação atlântica), onde o Faraó (o malvado rei atlante) pereceu com todos os seus seguidores.
As Hierarquias espirituais têm sido seriamente embaraçadas em seus esforços para ajudar o ser humano desde a Época em que esse recebeu a luz da razão e se lhe abriu o entendimento, porque então tinha de lidar com assuntos dos quais não possuía o menor conhecimento, como por exemplo a propagação da espécie. Por ignorar as Leis Cósmicas que a regiam, o parto tornou-se doloroso e a morte converteu-se na experiência mais frequente e desagradável. Severas medidas impuseram-se, portanto, para controlar a natureza inferior. Isso foi feito por Jeová, o mais alto Iniciado do Período Lunar e regente dos Anjos, auxiliado nessa tarefa pelos Arcanjos, que são os Espíritos de Raça (Dn 12:1).
Jeová ajudou o ser humano a controlar a Mente e a dominar o Corpo de Desejos impondo leis e decretando castigos para as transgressões. O temor de Deus opôs-se então aos desejos da carne, e assim foi o pecado manifestado ao mundo.
Os Arcanjos, como Espíritos de Raça, lutavam a favor ou contra uma nação por intermédio de outra para castigar aquela em que houvesse pecado (Dn 10:20).
Eram os Anjos que faziam vicejar ou secar os trigais e vinhedos; os que aumentavam ou diminuíam os rebanhos; os que multiplicavam ou reduziam a família, conforme fosse necessário recompensar ou punir o ser humano por sua obediência ou transgressão às leis do Chefe dos Espíritos de Raça – Jeová. Sob o reinado desse, todas as Religiões de Raça – Confucionismo, Taoísmo, Budismo, Judaísmo, etc. – floresceram e atuaram no Corpo de Desejos como Religiões do Espírito Santo. Jeová ajudou o ser humano a dominar o Corpo de Desejos porque esse foi obtido no Período Lunar.
Mas a Lei conduz ao pecado, pois é separatista. Além disso, o ser humano deve aprender a agir bem, independentemente do medo. Portanto, Cristo, o mais alto Iniciado do Período Solar, veio para ensinar a Religião do Filho, que atua sobre o Corpo Vital, obtido no Período Solar. Ele ensinou que o Amor é superior à Lei. O amor perfeito lança fora o temor e liberta a humanidade do racismo, da casta e do nacionalismo, conduzindo-o à Fraternidade Universal, que será um fato quando o cristianismo for vivenciado.
Quando o Cristianismo houver espiritualizado plenamente o Corpo Vital, um passo ainda mais elevado será dado com a Religião do Pai, o qual, como o mais alto Iniciado do Período de Saturno, ajudará o ser humano a espiritualizar o corpo que obteve nesse Período: o Corpo Denso. Então, até a Fraternidade Universal será superada. Não haverá mais eu ou tu, porque todos serão conscientemente “Um” em Deus, e o ser humano terá sido emancipado da tutela dos Anjos, dos Arcanjos e dos Poderes ainda maiores.
[4] N.T.: o autor se refere à Primeira Guerra Mundial.
[5] N.T.: A Grande Retirada, também conhecida como a Retirada de Mons, foi a longa retirada para o rio Marne em agosto e setembro de 1914 pela Força Expedicionária Britânica (BEF) e pelo Quinto Exército Francês. As forças franco-britânicas na Frente Ocidental na Primeira Guerra Mundial foram derrotadas pelos exércitos do Império Alemão na Batalha de Charleroi (21 de agosto) e na Batalha de Mons (23 de agosto). Uma contraofensiva do Quinto Exército, com alguma ajuda do BEF, na Primeira Batalha de Guise (Batalha de St. Quentin 29-30 de agosto) não conseguiu acabar com o avanço alemão e a retirada continuou sobre o Marne. De 5 a 12 de setembro, a Primeira Batalha do Marne encerrou a retirada aliada e forçou os exércitos alemães a se retirarem em direção ao rio Aisne e a lutar na Primeira Batalha do Aisne (13 a 28 de setembro). Tentativas recíprocas de flanquear os exércitos adversários ao norte, conhecidas como Corrida para o Mar, ocorreram de 17 de setembro a 17 de outubro.
[6] N.T.: Robert Forman Horton (1855-1934), escritor inglês e pastor da Igreja Protestante Não-Conformista.
[7] N.T.: gíria britânica na época que quer dizer soldado sem patente.
[8] N.T.: Sir Walter Scott, PRSE (1771-1832) foi um romancista, poeta, dramaturgo e historiador escocês, o criador do verdadeiro romance histórico. Principais obras: A dama do lago (1810); Waverley (1814); Guy Mannering (1815); Rob Roy (1817); Ivanhoé (1819); Uma lenda de Montrose (1819); Kenilworth (1821); Peveril of the peak (1822); Woodstock (1826); Ano de Geirstein (1829). Ivanhoé é a mais conhecida e tornou-se filmes, seriados e peças de teatro.
[9] N.T.: Bernal Díaz del Castillo (1492-1584) foi um conquistador e cronista espanhol, que escreveu um relato da conquista espanhola do México liderada por Hernán Cortés, junto de quem serviu.
Estudamos no seu livreto “A Interpretação Mística da Páscoa” de Max Heindel, que quando Cristo foi crucificado no Gólgota, Seu grande sacrifício pela Humanidade somente tinha começado: “Todos os anos, desde esse tempo, quando o Sol passa do Signo zodiacal de Virgem para o de Libra, o Espírito de Cristo, retornando à nossa Terra, toca a sua atmosfera. Ele começa a sua jornada de descida em torno de 21 de junho (varia entre 20 e 21 de junho, dependendo do ano), no Solstício de Junho, quando o Sol entra no Signo de Câncer. Ele chega ao centro da nossa Terra à meia-noite de 24 de dezembro. Aí Ele fica por três dias e, depois, começa a voltar. Esta volta completa-se Equinócio de Março (varia entre 20 e 21 de março, dependendo do ano). Desse Equinócio até o Solstício de Junho Ele está passando pelos Mundos espirituais e chega ao Mundo do Espírito Divino, o Trono do Pai, a 21 de junho (ou 20, dependendo do ano). Durante julho e agosto, quando o Sol está em Câncer e Leão, Ele reconstrói o seu veículo Espírito de Vida, que Ele trará ao mundo, novamente, e, com esse veículo, Ele voltará a rejuvenescer a Terra e os reinos de vida que nela evolucionam. Do Natal até a Páscoa Ele se dá a Si mesmo sem limitações nem medida, imbuindo com vida, não apenas as sementes adormecidas, mas todas as coisas sobre e dentro da Terra.”.
Numa manhã de uma quarta-feira, 21 de março, então Equinócio de Março, o Grande Espírito Solar Cristo se elevou da Terra. Se o Estudante Rosacruz atingiu a um grau de desenvolvimento no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz é possível assistir a esse evento anual no Mundo do Desejo.
E junto a isso pode se ver uma quantidade de Seres Exaltados e de Liberados (seres humanos com todas as Iniciações Maiores e/ou a última a do Libertador). Continuando, e ver os Arcanjos, os Anjos e, em seguida, os Iniciados com Iniciações Menores e algumas Iniciações Maiores. Todos estarão rodeados por grandes e lindas auras de cores delicadas, de uma luz branca deslumbrante e de outra luz dourada que é impossível descrevê-las.
É possível ouvir a música das esferas e o canto dos Anjos. O mundo inteiro parece como uma grande esfera de luz branca e, quando Cristo sai da Terra, os seres que iam em procissão, em Sua direção, formaram um quadrado, com Ele no centro.
Os seres radiantes formam, ao redor do Cristo, cinco grandes quadrados de vários tamanhos, que parecem ser uma forte e poderosa guarda pessoal de grandes Seres em seus elevados veículos.
É possível observar o Cristo sair da Terra até se perder de vista.
Devemos lembrar que Ele (ainda que somente um raio do Cristo Cósmico) ficou confinado na Terra por seis meses e sentiu as tristezas, os pecados e sofrimentos de toda a vida durante esse período. A aura de Cristo iluminou toda a Terra.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Não é possível para nós, por mais desenvolvido que estejamos no caminho da realização espiritual, expressarmos com palavras o que sentimos quando meditamos sobre o poder de expressão do Cristo. Esse estudo devotado nos colocará em contato direto com elevados conceitos que poderá nos abrir horizontes inimagináveis. Além disso, o contato com esses conceitos enriquece nosso próprio repertório de expressão que deve, cada vez mais, tornar-se puro, belo e verdadeiro.
No “Conceito Rosacruz do Cosmos”, de Max Heindel, lemos: “Cristo-Jesus possui os doze veículos que formam uma ininterrupta cadeia desde o Mundo Físico até o próprio Trono de Deus. Portanto, Ele é o único Ser do Universo que está em contato, ao mesmo tempo, com Deus e com o ser humano. É capaz desta mediação porque experimentou, pessoal e individualmente, todas as condições e conhece todas as limitações incidentais à existência física”.
Muitas Religiões exotéricas (que preconizam o Cristianismo popular) ensinam que Jesus Cristo é Deus. E de fato Ele É, pois possui estatura espiritual criadora tamanha que ganhou o privilégio de assumir o segundo aspecto do Deus Trino (o aspecto que conhecemos por Filho), correspondente ao segundo aspecto, o Verbo ou o Unigênito, do Ser Supremo que deu origem a todos os Sete Planos Cósmicos (veja mais detalhes no Livro o Conceito Rosacruz do Cosmos de Max Heindel, Diagrama 6). Assim, Cristo é também Deus, assim como o Pai e o Espírito Santo (Jeová) são também Deus.
Pelo estudo dos Períodos que deram origem a nossa manifestação é possível verificar que a Onda de Vida da qual Cristo faz parte é conhecida, entre os Estudantes Rosacruzes, como Arcangélica, ou seja, dos Arcanjos. Estes seres têm o Corpo de Desejos como seu veículo inferior no qual funcionam conscientemente (assim como nós temos o Corpo Denso como nosso veículo inferior pelo qual funcionamos conscientemente). Seu veículo mais sutil se encontra no Mundo dos Espíritos Virginais. Se observarmos o poder de expressão consciente dos Senhores da Mente, a Onda de Vida do Período de Saturno, verificaremos que estes possuem seu corpo mais denso no Mundo do Pensamento Concreto em que funcionam conscientemente, um Corpo Mental. Estes seres também possuem seus veículos mais sutis no Mundo dos Espíritos Virginais, mas em regiões mais superiores do que a dos Arcanjos.
Independente das regiões de expressão, todos os seres ordinários de uma Onda de Vida possuem sete veículos de expressão. No entanto, esse padrão de sete veículos parece não ocorrer entre os Iniciados de um Período. Estes se esforçaram ao ponto de desenvolverem corpos além daqueles que seus irmãos de mesma Onda de Vida normalmente empregam para se expressar. Cada novo corpo superior se robusteceu ao ponto de poder ser utilizado como nova expressão consciente.
Vamos utilizar o exemplo do ser humano que despertou seu interesse pela vida espiritual. Com o tempo, percebe que o objetivo de sua vida é criar um novo corpo de expressão consciente, que é o Corpo-Alma. O ser humano que atualmente já desenvolveu esse Corpo, pode conscientemente funcionar no Corpo Denso (como todos) e, também, funcionar na Região Etérica do Mundo Físico. Conforme ele se desenvolve no Caminho da Iniciação, poderá funcionar conscientemente em outros corpos mais elevados do que o Corpo-Alma. Um Irmão Maior, por exemplo, que é um ser humano que antecipou todas as lições da evolução, é capaz de funcionar conscientemente em seu veículo mental – pois já criou o Corpo Mental, e não somente o veículo Mente – sendo seu funcionamento equiparado a de um Senhor da Mente (superior aos Anjos e Arcanjos). No entanto, seria um erro dizer que este ser humano elevado seja equivalente a um Senhor da Mente. Este último é um Ser muito mais antigo e com outra concepção de evolução, bastante diferente do modelo de evolução humano. Do mesmo modo, seria um erro até mesmo compará-lo aos Arcanjos e Anjos.
Quando verificamos o poder de expressão do Cristo, verificamos que, por Ele ser um Arcanjo, também possui capacidade de funcionar conscientemente em um Corpo de Desejos. Mas conforme foi galgando Iniciações durante o Período Solar foi conquistando corpos e consciência mais elevados do que seus irmãos Arcanjos comuns. Em outras palavras, conquistou maiores poderes de expressão. Chegou ao ponto de possuir o Corpo mais inferior de funcionamento consciente no Mundo do Espírito de Vida, assim como os Senhores da Individualidade (a Hierarquia Criadora de Libra).
Quando alguém ganha a capacidade de funcionar conscientemente em um corpo mais sutil, significa que dominou totalmente o funcionamento do corpo anterior. Assim, quando conquistou a capacidade de funcionar conscientemente no Corpo Mental, significa que Cristo dominou seu Corpo de Desejos em sua plenitude, ou seja, não mais necessitava funcionar nesse Mundo com o objetivo de evoluir, pois tinha aprendido todas as lições. Se necessitasse utilizar esse Corpo para alguma ocasião específica, o faria com os materiais mais puros existentes neste Mundo. Quando ganhou a funcionalidade consciente no Espírito Humano, a mesma regra se aplicou em relação ao Corpo Mental. Ou seja, Cristo tem um Corpo Mental tão robusto que é capaz de focalizar e extrair conhecimento diretamente dos Arquétipos e com eficácia e capacidade jamais sonhada por qualquer ser humano (com exceção dos Irmãos Maiores que podem funcionar nesse Corpo Mental, mas que constitui sua máxima de expressão). Quem tem essa capacidade mental é capaz de extrair, imediatamente e com o poder da vontade, toda a vida de um conceito ou pensamento-forma, pois sabemos que os arquétipos entoam informações, o tempo todo, sobre sua origem e sobre o que de fato são. Quando Cristo ganhou a estatura de funcionar conscientemente no Corpo Espírito de Vida, significa que já possuía Corpo Espírito Humano perfeito, que é um corpo composto de materiais das ideias. Com o Seu corpo inferior no Mundo do Espírito de Vida, Mundo que possui a verdadeira Memória da Natureza, Cristo tem acesso imediato a toda história desse Sistema Solar criado por Deus. É o acesso direto à memória consciente de Deus. Quando Cristo ganhou a estatura de funcionar conscientemente no Corpo Espírito Divino, significa que já possuía Corpo Espírito de Vida perfeito, que é um corpo composto de materiais do Mundo do Espírito de Vida, o primeiro Mundo de baixo para cima onde cessa toda separatividade, onde a Fraternidade Universal é o cotidiano.
Como é possível notar, Cristo não possui apenas três corpos, que são as contrapartes de sua expressão Trina enquanto Ego. Em verdade, enquanto cada ser ordinário de uma Onda de Vida pode funcionar conscientemente em apenas um corpo (exemplo: ser humano ordinário só pode funcionar no Corpo Denso conscientemente), Ele, por sua vez, pode funcionar conscientemente em cinco diferentes corpos (Corpo de Desejos, Corpo Mental, Corpo Espírito Humano, Corpo Espírito de Vida e Corpo Espírito Divino). Finalmente tem seu Ego no Mundo de Deus.
No momento do Batismo do Jordão, o Espírito de Cristo “desceu dos Céus” até o Mundo do Desejo, Corpo que pode construir e se expressar conscientemente. No entanto, como Ele não é de uma Onda de Vida que funcione em Corpos inferiores aos do Mundo do Desejo, não possui o conhecimento de construção dos mesmos. Foi aí que Jesus, que é um ser humano muito elevado, cedeu para Cristo o seu Corpos Vital e o seu Corpo Denso. Com essa posse, Cristo teve capacidade de funcionar conscientemente em sete Corpos (Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos, Corpo Mental, Corpo Espírito Humano, Corpo Espírito de Vida e Corpo Espírito Divino). Um amplo leque de materiais e de expressões que é inconcebível para nós que podemos expressar apenas ações, palavras, desejos e pensamentos.
Aqui a aplicação do axioma hermético “como é em cima, assim também é embaixo” se faz necessário para entendermos a relação de Cristo para conosco e entendermos o Corpo que devemos utilizar para iniciarmos nossa caminhada rumo a realização espiritual. O Grande Ser Supremo se expressa de modo Trino (Poder, Verbo e Movimento). Deus nosso Pai, criador do nosso Sistema Solar, se expressa também de modo Trino (Pai, Filho e Espírito Santo). E isso não poderia ser de outro modo. Conforme já mencionado, Cristo ganhou a estatura que lhe permite assumir o Segundo aspecto de nosso Deus (o aspecto Filho). O ser humano, por ser imagem e semelhança de Deus, também se manifesta de modo trino (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano). O segundo aspecto do ser humano é exatamente o Espírito de Vida, que tem seu material de expressão no Mundo do Espírito de Vida, o mesmo Mundo pelo qual Cristo (também segundo Aspecto de Deus) pode funcionar conscientemente. Verdadeiramente, aquilo que é material de expressão do Ego para o ser humano é material de expressão consciente para o Cristo. Os veículos mais sutis de Cristo (seu Ego) estão em comunhão com o Mundo de Deus. Por isso o “Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
A contraparte ou oitava inferior do Mundo do Espírito de Vida é exatamente a Região Etérica do Mundo Físico. Como Cristo é “o caminho, a verdade e a vida”, devemos nos esforçarmos para termos um corpo que é uma oitava inferior ao Seu Corpo de Espírito de Vida. Assim, mesmo dentro de nossa pequenez e limitação, podemos construir um Corpo que vibra no mesmo tom do Corpo Espírito de Vida de Cristo, mas uma oitava inferior. Esse é o nosso Corpo-Alma que é o mais suscetível a responder as influências deste segundo aspecto de nós, o Ego. Note que o Corpo-Alma é composto do mesmo material do Corpo de Cristo. Por isso se diz que todo desenvolvimento esotérico começa no Corpo Vital.
A mais profunda devoção e meditação de todo o Poder de Expressão do Cristo, que se sacrifica anualmente para nos salvar, pode nos ajudar a entrar em contato mais íntimo com Ele. Deste modo, poderemos responder mais intensamente as Suas vibrações, que são anualmente derramadas. Essa meditação constitui material importantíssimo que nos ajudará a quebrar paradigmas e a ampliar nossa compreensão sobre o amplo leque de materiais que um Ser pode possuir.
Que nesta época santa do ano possamos meditar, profundamente, sobre a constituição de Cristo, sua Religião universal (a Religião Cristã) que é o caminho, a verdade e a vida. Com isso, poderemos corresponder com uma vida mais intensa de serviço amoroso e desinteressado para com nossos irmãos e nossas irmãs!
Que as rosas floresçam em vossa cruz
É fato que tanto o altruísmo impulsionado por Cristo, ano após ano, quanto a gradual expansão de consciência, promovem alterações na dinâmica do funcionamento biológico de diferentes partes do nosso Corpo Denso. Vamos ver parte destas mudanças graduais, que está estreitamente relacionada à promoção de maior longevidade e até mesmo da tão mal compreendida vida eterna.
Primeiro de tudo vamos recapitular o modo como nos tornamos conscientes no Mundo Físico. Essa recapitulação se faz necessária para traçar uma linha de referência de nosso desenvolvimento. Conforme aprendemos na Filosofia Rosacruz, nós, um Espírito Virginal da Onda Humana, descemos dos Mundos superiores na parte desse Esquema de Evolução que denominamos Involução. Por ação recíproca, Corpos constituídos de materiais correspondentes aos Mundos que passávamos foram construídos. Ao todo, três Corpos foram desenvolvidos (Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos) com o propósito de desenvolver os três princípios divinos que o ser humano (a Onda de Vida Humana composta de Espíritos Virginais) herdou de Deus (Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano); pois tal como Deus, quando se manifesta, o faz de forma tríplice (Pai, Filho, Espírito Santo), nós, criados a Sua imagem e semelhança, também o fazemos. Mas para que houvesse comunicação entre os princípios divinos e seus instrumentos um veículo mental teve de ser nos dado; assim a união entre os Corpos e os respectivos Espíritos foi estabelecida por meio desse veículo que chamamos de Mente. A partir daqui o Espírito se torna um Ego: um Espírito Virginal manifestado em forma sétupla (Tríplice Espírito, Tríplice Corpo e a Mente). Neste ponto do desenvolvimento, a dual força criadora (polo masculino ou vontade e polo feminino ou imaginação) ainda era direcionada para baixo. Isto é, ambos os polos, direcionados para o mesmo sentido, conferia a nós a capacidade de sermos hermafroditas.
No entanto, para que as vivências exteriores pudessem ser capturadas e para que as ideias concebidas pela Mente pudessem ser transmitidas, adaptações no Corpo Denso ocorreram. Para isso, um encéfalo, que fosse capaz de processar as informações provenientes do meio e enviar tais códigos para que o Espírito trabalhe sobre as mesmas e, por fim, transmitir estas conclusões de volta ao meio, deveria ser construído. Também uma laringe para facilitar a comunicação das conclusões que foram produzidas pelo processamento das informações provenientes do meio.
Concomitante a essas necessidades, a matéria que hoje constitui nosso Planeta foi arrojada do Sol e, posteriormente, a matéria que forma a Lua foi arrojada da Terra. Tais separações promoveram expressões separadas de forças (força do Sol e força da Lua). Deste modo, alguns Corpos passaram a ser melhores condutores das forças solares e outros lunares. Um dos polos da dual força criadora foi internalizado e direcionado para cima, a fim de construir o cérebro e a laringe. No caso do Corpo masculino (influência do Sol), o polo feminino foi internalizado para este fim. Já o Corpo feminino (influência da Lua), o oposto. A condição de ser hermafrodita cessou e a necessidade da cooperação do sexo oposto para procriar se fez necessária.
Além disso, um meio físico que suportasse as altas vibrações do Espírito individualizado era necessário, para que o Ego pudesse governar seus Corpos. O sangue vermelho e quente constitui tal veículo. O metal marciano conhecido como ferro é o elemento essencial para a produção deste sangue vermelho e quente. Já é bem consolidado pela ciência atual que grande quantidade de sangue é direcionada a regiões do Corpo Denso que participa da realização de tarefas. O ocultista sabe que tal fenômeno significa o Ego utilizando sua ferramenta corporal para adquirir experiências.
Foi somente na Época Lemúrica – uma das Épocas que atravessamos nesse Período Terrestre desse atual Esquema de Evolução – que o ferro pode ser livremente utilizado (após a eliminação da influência marciana sobre a Terra) e, assim, o sangue se tornar mais quente no interior do Corpo Denso em relação a temperatura ambiente. Com o sangue quente e vermelho e com um cérebro e uma laringe bem formados, pudemos alcançar o estado de consciência de vigília, parecido com o que temos atualmente.
O plano inicial era o seguinte: quando o Ego renascia em um corpo feminino (mulher) era exposto a estímulos ambientais extremamente fortes (tempestades gigantescas, ventos, explosões vulcânicas): o objetivo era despertar a nossa consciência quando renascíamos como mulher para fora, e, por meio desta exposição a acontecimentos alheios, a atenção seria direcionada também para isso. Esta atenção fez com que iniciássemos um processo de construção de representações mentais das coisas externas (criação de códigos para que o Espírito pudesse interpretar o meio externo). Note que isso está de acordo com o que compreendemos hoje: mostra que tudo aquilo que o cérebro interpreta é, em realidade, representações mentais subjetivas que servem como código ou referência. Não enxergamos as coisas como elas são, mas enxergamos as representações mentais que criamos para interpretar estas coisas. O meio pelo qual as representações foram criadas ocorreu pela imaginação (força feminina).
Já quando renascíamos como homem, os estímulos corporais de dor e de estados de prisões eram determinados. Os estados de prisões eram realizados de modo que o, então homem, pudesse, com um pouco de força de vontade, se libertar. Já a dor, fazia com que um movimento para que a mesma cessasse fosse realizado. Ambos tinham o objetivo de despertar a vontade (força masculina).
Vemos, deste modo, as duas polaridades sexuais agindo separadamente, e métodos de aprendizagem adaptados a cada um eram necessários. Juntamente com esses estímulos, os Arcanjos – seres que estão a dois graus de evolução acima de nós – neutralizavam o nosso Corpo de Desejos, e este só era libertado em épocas propícias para a procriação. A procriação era orientada pelos Anjos – seres que estão a um grau de evolução acima de nós.
Diferentemente dos Anjos, que direcionam toda sua energia criadora para fora de si e, em troca, recebem sabedoria, nós internalizamos metade de nossa força criadora para construção de uma laringe e um cérebro. A internalização para autosserviço determina uma característica de individualismo genuíno para nós. Se meditarmos sobre este caminho, compreenderá que o processo era demasiadamente lento, mas garantia o despertar seguro da vontade e da imaginação humana. Isto é, naquela época, a personalidade e o temperamento não agiam como um fator de dificuldade tal como ocorre nos dias de hoje. Pelo menos até o ponto em que este plano pôde perdurar.
Mesmo que a morte do Corpo Denso também ocorresse naquela época, a longevidade era muito maior do que atualmente, pois não conhecíamos o pecado (transgressões das leis). Quando renascíamos como mulher, pela imaginação, já conseguíamos identificar muitas coisas que ocorria fora de nós mesmos. Mas também conservávamos a visão etérica das coisas. Por isso, quando percebíamos a morte de um Corpo Denso, ao mesmo tempo, também percebíamos a permanência do Corpo Vital; isto é, a pessoa que morria no Mundo Físico permanecia viva, e esse fato nos deixava extremamente confusos.
Para acelerar o processo de evolução, os Espíritos Lucíferos – uma parte da Onda de Vida Angélica que se atrasou – entraram em contato quando renascíamos como mulher pela coluna espinhal, relatando que poderia gerar um novo Corpo Denso que morria. Para isso, deveria realizar o ato sexual (“árvore do conhecimento”) sem esperar o comando dos Anjos. Isso a tornaria, juntamente com o homem, semelhante aos deuses (com capacidade de “criar”). Esse ato também favoreceria a libertação do Corpo de Desejos, pois haveria motivação para procriação sem a presença dos Arcanjos.
Por isso a Bíblia relata que Lúcifer era uma serpente sábia (coluna espinhal) que apareceu para Eva em uma árvore. Lúcifer (portador da luz) tentou adiantar o processo, nos ensinando a nos libertarmos da influência dos Anjos e dos Arcanjos, assumindo a própria evolução e geração de novos Corpos.
Isto é relatado na Bíblia como a expulsão da humanidade do Jardim do Éden, que a obrigou a “comer poeira todos os dias de tua vida” e “com o suor de teu rosto, comer teu pão, até que retornes ao solo” (Gn 3:14 e 19). O problema é que o Corpo de Desejos estava em situação muito rudimentar, composto, praticamente, apenas de materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo. A Mente também estava em situação similar, sendo muito fraca para refrear o desejo e direcioná-lo aos propósitos do Ego. Somados a genuína condição de individualismo, o egoísmo e as paixões predominaram e uma série de desequilíbrios deu início.
Devemos, pois, a Lúcifer e a seus “Anjos caídos”, à capacidade de ser autômato e da possibilidade de desenvolvermos ao ponto de nos tornarmos semelhante aos deuses – por isso, a ideia de que Lúcifer é mau e que devemos abominá-lo está incutido no inconsciente humano, pois foi ele que nos abriu os olhos para utilizamos nossos poderes para sermos iguais aos deuses (superiores aos Anjos). O problema é que tal estado só será alcançado quando a personalidade for dominada (estado ainda sonhado pela maioria das pessoas que já despertaram para a vida espiritual).
O individualismo genuíno, transformado agora em egoísmo e orgulho pela personalidade, fez com que cada ato nosso fosse direcionado para benefício próprio e quase nenhuma cooperação era conseguida. A sabedoria divina, incutindo determinadas motivações no âmago da personalidade, fez com que a evolução não fosse totalmente frustrada. As motivações foram: Amor, Fortuna, Poder e Fama. O desejo de alguma ou várias destas coisas é o motivo pelo qual fazemos ou deixamos de fazer algo. Isso promove alguma experiência e aprendizado. O livro Conceito Rosacruz do Cosmos já explorou todos os fatos mencionados até o momento com extraordinária maestria. Convidamos o leitor a estudar este livro, a fim de que tenha uma ideia melhor de tudo isso.
Agora que foi recapitulado o processo de aquisição do estado de vigília e esclarecido o modo pelo qual deixamos o plano inicial de evolução e iniciamos o processo de evolução “por nossa própria conta e risco”, podemos ver que mudanças físicas estão ocorrendo devido ao aumento da consciência e do altruísmo no mundo.
O Corpo Denso é um instrumento que, atualmente, possui duração pré-determinada de utilidade para servir ao propósito do Ego que é: extrair a quintessência das experiências vividas (experiência). Com o passar do tempo, suas funções vão declinando (devido a nossa incompetência em não o deixar cristalizar), até que a morte (a nossa incapacidade em se manter renascido nesse Corpo Denso) sobrevém.
Dois fatores importantes atrapalham o desenvolvimento dos nossos poderes: 1) a busca da satisfação pessoal imposta pela personalidade que inclui o gasto demasiado da força sexual, a gula, os vícios, os maus hábitos, as omissões, as preguiças e irresponsabilidades com a saúde, todos constituem maiores prazeres físicos e encurtamento da vida. Isso significa menores oportunidades de crescimento para nós. 2) Outro fator é a influência da Lei de Consequência, pois muitos desequilíbrios foram gerados a partir da falsa iluminação lucífera. As doenças limitam, consideravelmente, a qualidade da nossa produção anímica.
Entretanto, isso não significa ausência de possibilidades para geração produção anímica. A Graça Divina é tamanha que há espaço para o desenrolar concomitante de produção anímica e o reequilíbrio das Leis transgredidas. Esse plano só pôde ser concretizado a partir do trabalho misericordioso de Nosso Senhor (o Cristo), que anualmente “retira o pecado do mundo”, isto é, purifica o Mundo do Desejo da Terra com seu Altruísmo. Com isso, disponibiliza materiais para que possamos avançar no caminho, mesmo que ainda tenhamos muitos pecados.
O tema astrológico natal revela as nossas tendências de pontos fracos, cuja ciência material compreende como de origem genética e ambiental. Tais tendências são determinadas a partir dos desequilíbrios praticados em nossas vidas precedentes e de desequilíbrios que tenderemos a realizar na presente vida. Por meio da progressão pode-se saber o momento em que tais tendências estarão ativas e fortes.
Independentemente do tipo de doença e do tratamento que o doente e seus cuidadores devem buscar, duas são as fontes de energia que, se deficitárias, acelerarão o desenvolvimento de qualquer patologia: 1) a energia vital que vem diretamente do Sol e é absorvida através do baço; e 2) a energia proveniente dos alimentos físicos, produto da respiração celular realizada, principalmente, pelas mitocôndrias. “É a fusão dessas duas correntes que produz o poder latente que está armazenado em nosso Corpo Vital até converter-se em energia dinâmica pelo desejo marciano natural” (veja mais detalhes no livro O Mistério das Glândulas Endócrinas) e, assim, podemos utilizar essa energia para produzir crescimento anímico.
Com foco na corrente de energia proveniente do consumo de alimentos, Max Heindel descreve: “o sangue que entra em contato com o ar, todas as vezes que respiramos, passa pelos pulmões e, da mesma maneira que uma agulha é atraída para um imã, o oxigênio do ar inspirado se mistura com o ferro no sangue. Realiza-se, então, um processo de combustão que é semelhante à ferrugem ou oxidação que observamos no ferro exposto ao ar”. Continua: “a experiência ensinou-nos que o material combustível pode ser colocado em uma fornalha com todas as condições necessárias para a combustão, porém, até que se use o fósforo, os materiais não serão consumidos. Aqueles que estudaram as leis de combustão sabem que uma corrente de ar bem forte leva consigo grande quantidade de oxigênio, que é necessário para se obter calor do combustível que contém muito mineral”. Assim, oxigênio é o acelerador deste processo. “Um processo similar ocorre dentro do corpo, que é o templo do espírito” (veja mais detalhes no livro Maçonaria e Catolicismo).
O processo de combustão que ocorre dentro do Corpo é um pouco diferente da combustão verificada, por exemplo, quando se queima gasolina, madeira ou papel. Neste último, o processo de retirada de energia ocorre em grande quantidade e de uma única vez. Por outro lado, a respiração celular promove quebra das cadeias de carbono (processo químico necessário para a retirada de energia das moléculas) de modo gradativo e em pequenas parcelas. Isto é necessário para a preservação da estrutura das células, pois se a combustão ocorresse como no primeiro exemplo, as células pereceriam pelo excesso de energia. Além disso, a energia retirada pelas mitocôndrias não é consumida rapidamente, mas permanece dissolvida na célula e, gradativamente, é utilizada no metabolismo.
Um dos problemas é que durante a extração de energia, moléculas incompletas de oxigênio também são geradas: incompletas por conterem um número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica. Este elétron ímpar, que se estabelece após cada quebra das cadeias de carbono, pode ser não pareado com o restante dos elétrons do átomo em questão. Em outras palavras, sua órbita segue uma rota diferente da órbita dos demais elétrons. Tal característica confere-lhe grande capacidade de reagir com outras biomoléculas que existem na célula, contra as quais colidem. Essa reação forçará a retirada de elétrons de outras moléculas que já são completas e possuem função importante dentro do sistema biológico (principalmente lipídios e proteínas das membranas celulares e, até mesmo, o DNA). Essa retirada de elétrons modificará suas adequadas estrutura e função. Os exemplos mais comuns de radicais de oxigênio altamente reativos são: radicais superóxido (O2-), hidroxila (OH-), peroxila (RO2), alkoxila (RO) e hidroperoxila (HO2). O óxido nítrico (NO) e o dióxido de nitrogênio (NO2) são espécies reativas de nitrogênio.
O organismo normalmente consegue equilibrar os efeitos desses radicais de oxigênio reativos (radicais livres). Porém, há casos em que ocorrem desequilíbrios a favor do sistema pró-oxidantes em detrimento do sistema antioxidantes. Isto é denominado estresse oxidativo. O acúmulo dos efeitos do estresse oxidativo promove danos nas células e acelera o surgimento de doenças e envelhecimento (principalmente se ocorrer em órgãos do corpo relacionados a vulnerabilidades que acumulamos em outras vidas), fatores estes que limitam as nossas oportunidades de gerar experiências e crescimento anímico.
Dentre as doenças já comprovadas pela ciência física que estão relacionadas aos efeitos dos radicais livres, somados a outros fatores estão: demência de Alzheimer, doença de Parkinson, aterosclerose, complicações da diabetes mellitus, câncer, doenças cardiovasculares, catarata, declínio do sistema imunológico, disfunções cerebrais, o envelhecimento precoce, enfisema pulmonar, doenças inflamatórias, entre outras.
Sobre a respiração celular e oxigênio dentro do Corpo Denso, Max Heindel continua: “É a chama que acende o fogo interior e gera o produto espiritual que se exterioriza de todas as criaturas de sangue quente, da mesma maneira que o calor se irradia de uma estufa. Estas linhas radiantes de força que emanam de nossos Corpos Densos de maneira invisível à visão física, são nossa aura, como já foi dito e, não obstante a cor da aura de cada indivíduo diferir da dos outros, existe uma cor básica ou fundamental que mostra sua posição na escala da evolução. Nas raças inferiores esta cor básica é um vermelho fraco, semelhante ao vermelho de um fogo que queima lentamente, que indica sua natureza passional e emocional (isso indica que a pessoa ainda responde a Lúcifer e a Jeová). Ao examinarmos as pessoas que estão em grau mais elevado na escala da evolução, a cor básica ou a vibração irradiada por elas parece ser de uma tonalidade alaranjada, que é o amarelo do intelecto misturado com o vermelho da paixão”.
O uso de antioxidantes, pela alimentação, naturalmente pode evitar os danos corrosivos dos radicais livres de oxigênio. O problema é que as transgressões das Leis Divinas e a natureza passional, em muitos casos, são tamanhas, que o uso de oxidantes nem sempre é suficiente, e os danos ainda permanecem. A produção de radicais livres constitui um fator natural do Corpo Denso e sempre foi programada por nós mesmos. Afinal, o propósito da existência física é o acúmulo de experiências e não devemos permanecer na Terra para “todo o sempre”. Naturalmente, processos que facilitam a morte e o desgaste do Corpo Denso devem ocorrer. O comer da Árvore da Vida, provavelmente, implicaria em também solucionar o problema dos efeitos dos radicais livres, dentre outros relacionados a doenças e morte do Corpo Denso.
“A auréola dourada ao redor dos santos, pintada por artistas dotados de visão espiritual, é a representação física de uma promessa espiritual que se aplica à humanidade como um todo, embora isto tenha sido compreendido apenas por alguns poucos, que são chamados Santos. Após vidas de luta com suas paixões, perseverança no fazer o bem, cultivando nobres aspirações e depois de aderir firmemente a propósitos superiores, estas pessoas elevaram-se acima do raio vermelho e estão agora totalmente imbuídas com o raio dourado de Cristo e sua vibração.” Max Heindel continua: “A cor dourada natural é o raio de Cristo, que encontra sua expressão química no oxigênio, um elemento solar”.
Naturalmente, podemos concluir que conforme a correspondência às vibrações Crísticas e o estabelecimento de uma vida com propósitos superiores, tanto a eficiência das mitocôndrias no processo de respiração celular quanto fatores que neutralizam os radicais livres aumentarão, promovendo menores danos às células e maior longevidade saudável. Porém, tal conclusão parece ser equivocada. Lembre-se: o propósito do Ego não é permanecer na Região Química do Mundo Físico, mas retornar ao Pai com sua herança divina despertada e totalmente desenvolvida (essa é a significância da Parábola dos Talentos que lemos na Bíblia).
Qual a diferença de desempenho de uma pessoa experiente de outra iniciante, em uma dada tarefa em comum? A diferença básica é que a pessoa experiente já aprendeu todos os mecanismos e as técnicas necessárias para desempenhar, com segurança, cada etapa de uma tarefa. Por isso, aplica de modo direcionado, com paciência e observação, a quantidade ideal de energia (vontade) e estratégias para cumprir o propósito com eficiência. Já o inexperiente, por não conhecer os mecanismos e nem as técnicas, necessita muito tempo para aprender e tirar conclusões. Além disso, mesmo que realize todo este movimento, se realmente não se dedicar na extração da experiência, pouca memória formará. Isso significa que “viveu as cegas”, e continuará a gastar bastante energia todas as vezes que se deparar com a mesma situação, sendo um eterno aprendiz das mesmas coisas.
O acúmulo de experiência permite o menor gasto de energia e, assim, menor necessidade das funções das mitocôndrias para gerar energia. Isso não significa que há menos atividades ou produção anímica. Inversamente, se faz muito mais com muito menos! Conforme a correspondência de vida vai gradativamente se afinando com as lições Cristãs, o uso dos Corpos ocorre mais adequadamente. Isto é, o Eu Superior domina a personalidade. Este domínio pode ser ilustrado da seguinte maneira:
Vemos, pois, que uma vida bem vivida está pautada no acúmulo de sabedoria e firmada a propósitos superiores. Não há outro propósito maior do que estes. A fé, o amor universal, o propósito de contribuir com a evolução da humanidade e a convivência com verdades espirituais, revelam caminhos tão sublimes e infinitos que tornam cada ato da vida uma nota musical afinada à grande sinfonia divina. Não haverá mais espaços para desequilíbrios ou transgressões das leis, mas sim ações que nos aproximam de Deus.
Lógica do menor esforço e maior eficiência é o padrão de ouro para a vida espiritual, mas ela exige o emprego constante da observação e aprendizado. Com o tempo, passaremos a evocar as experiências de modo tão eficiente que não mais necessitaremos dos arquivos do cérebro químico para nos fornecer referência de como agir, mas iremos acessar diretamente o Éter Refletor, não mais necessitando de energia física. Consequentemente haverá menos necessidade de mitocôndrias e menos radicais livres. Como a aproximação da nova Era passaremos a utilizar o Éter, um material com vibração superior aos elementos químicos, para manifestação do estado de vigília (já o fazemos atualmente, mas a quantidade será muito maior), pois o poder do Ego será tamanho que necessitará de materiais mais vibrantes para dar conta de sua expressão. Neste estado de Corpo de Vida, não mais conheceremos a morte e a vida eterna será, então, uma realidade.
Um dos polos da dual força criadora foi internalizada e direcionada para cima, a fim de construir um cérebro e uma laringe. Antes, ambas eram direcionadas para baixo com o propósito de gerar Corpos Densos. Com o novo Corpo de Vida, não mais haverá mortes, sendo o ser humano Cristificado isento da paixão lucífera. O casamento místico, conforme bem expressado por Salomão em seu “Cântico dos Cânticos”, mostra a reunião dos polos da força criadora, mas agora com parte que permaneceu para baixo também direcionada para cima. “O homem deve se casar com a mulher que possui dentro de si mesmo, e a mulher com seu homem interno”. O mito denominava cada polo como Anima (feminino) e Animus (masculino). Com esta re-união dos polos criadores, mas direcionados para cima, a palavra fornecerá o molde (o verbo se fará carne) para gerar obras tão grandiosas como as obras dos deuses.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Os Anjos são a “humanidade” do Período Lunar, que antecedeu o Período Terrestre. Eles atuam em todos os Reinos onde haja vida e expressões importantes do Corpo Vital, especialistas que são no Éter, matéria componente do seu corpo mais denso. Desse modo, ajudam na formação e na manutenção da Onda de Vida Vegetal, Onda de Vida Animal e da Onda de Vida Humana.
Os Anjos Lucíferes (ou Lucíferos ou, ainda, Espíritos Lucíferos) pertencem à Onda de Vida Angélica, mas, em determinado ponto da evolução, eles se rebelaram contra Jeová – o Líder e Senhor dos Anjos – e essa rebeldia se transformou em um problema de dimensões cósmicas.
Um grande acontecimento macrocósmico ocorreu na evolução, envolvendo não só o ser humano como, também, os Anjos, os Arcanjos e todo o Sistema Solar. Uma rebelião se processou quando parte dos Anjos, liderados por Lúcifer, voltou-se contra a autoridade de Jeová, o Senhor dos Anjos, iniciando uma “guerra no céu”, que culminou com a expulsão dos Anjos rebeldes que seguiram, sobre a direção de Lúcifer, para seu exílio no recém-formado Planeta Marte.
A intensidade desse drama cósmico causou um deslocamento no eixo polar de todos os Planetas e uma mudança no ritmo planetário do Sistema Solar.
Em que momento da evolução os Lucíferes iniciam sua influência direta sobre os seres humanos? Estudamos no Conceito Rosacruz do Cosmos que foi na última parte da Época Lemúrica quando a consciência do ser humano estava voltada para dentro, sendo ele unicamente consciente dos Mundos espirituais. Sua visão do mundo material (a Região Química do Mundo Físico) era pictórica como temos hoje em um sono com sonhos. Nascimento e morte aqui eram, portanto, desconhecidos, do mesmo modo que o brotar, secar e cair de uma folha não é sentido pela planta. Utilizava o Corpo Denso plenamente, porém sem qualquer poder sobre ele, exatamente como hoje usamos inconscientemente nosso estômago, nossos pulmões e demais órgãos involuntários.
Naquela época, no momento da procriação, os Arcanjos suspendiam sua influência restritiva sobre os recém-formados Corpos de Desejos e os Anjos conduziam os seres humanos a grandes templos onde o ato gerador era realizado em certas épocas do ano, em que as forças cósmicas eram mais favoráveis. As viagens de lua-de-mel de nossos dias são reminiscências atávicas daquelas migrações.
Os seres humanos viviam, nesse estágio, sem preocupação, sem consciência, guiados e controlados independentemente da sua vontade por agentes externos. Se tais condições se perpetuassem, o ser humano jamais se tomaria uma inteligência criadora como está destinado a ser.
O processo do despertar dessa consciência se iniciou quando as correntes de desejo do ígneo Planeta Marte se mesclaram com as correntes de desejo do Planeta Terra, de um modo muito peculiar a esses dois corpos planetários. As influências luciferianas entraram na atmosfera da Terra e agiram sobre a vida do Planeta e dos seus habitantes, tendo como foco particularmente a sua expressão emocional.
Os Lucíferes, não possuindo cérebro, comunicaram-se e identificaram-se com o ser humano através do recém-formado cérebro humano, estimulando a atividade mental para sua própria evolução, para conhecimento próprio e futura recuperação espiritual.
Agindo sobre a Imaginação, quando renascíamos aqui como mulher, que é o polo espiritual e negativo passivo da força sexual criadora, nos incitaram ao conhecimento e à percepção do Corpo Denso e do mundo material que habitávamos. Dessa forma, éramos manipulados por dentro e por fora num esforço para despertar nossa consciência adormecida para o Mundo Físico.
A Bíblia nos fala da expulsão do ser humano do Jardim do Éden ou a “Queda do Homem”, cabalisticamente representada por Adão ter comido o fruto da Árvore do Conhecimento oferecido por “Eva e a serpente”. Insinuando-se pela medula espinhal quando renascíamos aqui como mulher, os Lucíferes apareciam ante a visão feminina como serpentes ou seres semelhantes.
Assim, Lúcifer, o gênio da Lemúria, o portador da falsa luz, ajudou o ser humano, quando renascia como mulher, a solucionar o enigma de como, com a cooperação, também, do ser humano, quando renascia como homem, poderia exercer a função criadora independentemente da intervenção de Jeová. Dessa forma, unindo a força da Vontade do polo masculino à Imaginação do polo feminino, o ser humano liberta o Corpo de Desejos e cai, refém de Lúcifer. O uso ignorante e descontrolado da função sexual criadora trouxe como consequência o parto com dor, a enfermidade e a morte.
Gradativamente, a humanidade se esqueceu dos Mundos superiores, chegando ao absurdo de descrer que, dentro de si, habita um Espírito imortal. No entanto, nessa total imersão na matéria física, o ser humano conquistou finalmente a condição de indivíduo: um Ego na evolução, determinado a conquistar o mundo material. Seu Corpo Denso tornou-se endurecido e ele aprendeu a lutar para protegê-lo da fome e do frio. Sob a influência luciferiana, aprendeu a dominar os minerais e a utilizar os elementos Água, Terra, Fogo e Ar, iniciando o processo de desenvolvimento científico.
Não devemos esquecer que, embora caídos, os Lucíferes são Anjos e os que têm “olhos para ver” declaram que eles têm a beleza radiante atribuída aos deuses. Não é sua intenção inflamar os pensamentos e as paixões do ser humano a fim de destruí-lo. O que eles desejam é criar condições vantajosas para sua atividade. Onde há sabedoria e força para dirigir as energias luciferianas para fins construtivos, eles contribuem para que haja respostas aguçadas, rápida criatividade e percepção aumentada.
Como resultado do seu trabalho, todo o mal que está oculto no ser humano é trazido à luz da consciência, podendo ser eliminado pela nossa perseverança, da mesma forma como o alquimista purifica o metal, removendo as impurezas que sobem à superfície do caldeirão fervente das suas experiências.
Os seres humanos mais espiritualizados, conhecedores desses fatos, não fazem da fraqueza do ser humano uma desculpa para desmerecer essa classe de Espíritos que, embora abaixo dos Anjos, está mais adiantada na evolução do que nós. Se o ser humano fosse capaz, por seu livre-arbítrio, de usar essa força só para construir, outros seriam os resultados.
Cristo, o Senhor Supremo dos Arcanjos, tomou para Si a responsabilidade da redenção dos seres humanos, dos Anjos caídos, da restauração definitiva da posição do eixo da Terra e do realinhamento do Sistema Solar à sua divina ordem e harmonia originais. Uma vez que os Lucíferes se coloquem ao lado de Cristo e cooperem com Ele em Seu trabalho redentor, as forças magnéticas e vibrantes serão transformadas em canais de cura. Toda a vida na Terra será abençoada por essa radiação de grande magnitude, que fará avançar a Onda de Vida dos Lucíferes em sua jornada de volta ao alto estágio em que estão destinados a ocupar no reino angélico.
As radiações dos Lucíferes se manifestarão sob o suavizante raio verde, que é a cor complementar do vermelho, e que já é perfeitamente perceptível nas auras dos seres semi-celestiais que voltaram sua face em direção à luz.
A vontade dos Ensinamentos Rosacruzes é apressar esse dia, quando a dor, o pecado e a morte desaparecerão e nós seremos redimidos das escravizantes ilusões da matéria e despertados para a realidade do Espírito.
(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz do Rio de Janeiro-RJ de março-abril-maio-1999)
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior.
Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em setembro, com as seguintes sessões:
CLIQUE AQUI – ECOS nº 64 – Setembro de 2021
Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):
Informação
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Setembro/2021:
https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/,
https://business.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas/;
https://www.instagram.com/frc_max_heindel/ e
https://www.youtube.com/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas
OUTUBRO – Quando o Sol entra em Libra a força dourada do Cristo passa pelos reinos terrestres, enquanto esse sublime Ser inicia, novamente o Seu sacrifício anual, um evento denominado a CRUCIFICAÇÃO CÓSMICA. A isso São Paulo se refere na Epístola aos Romanos 8:22: “Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente”. Essa estação é um tempo para o discípulo renovar sua dedicação para percorrer no caminho do Senhor a despeito de quaisquer vicissitudes e obstáculos que podem afetar seu caminhar.
Em outubro a espiritualidade áurica do Sol está presente na Terra e a vitalidade física começa a esbater-se. As pessoas sentem, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul, um certo afrouxamento do ponto de vista físico, e, em contrapartida, uma maior propensão para o recolhimento interno, para a introvisão e atração pelo estudo dos mais profundos mistérios da vida. Isso é o resultado do foco em que o Sol vai se encontrando cada vez mais próximo da Terra, fazendo, portanto, com que a Terra vai se permeando mais fortemente pela aura do Sol Espiritual, com o correlativo aumento do Fogo Sagrado inspirador de crescimento anímico nos seres humanos.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Lua, a Oitava Esfera e a Época Lemúrica
Os Senhores da Sabedoria, os Senhores da Individualidade, os Senhores da Forma, os Senhores da Mente, os Arcanjos e os Anjos.
Porque perderam todos os corpos e seus respectivos Átomos-sementes e ficam em uma parte da Lua que não possam mais se relacionar com a Terra. Nessa região ficam aguardando um próximo dia manifestação para reiniciarem seu processo de evolução
É um corpo celeste que orbita em torno de Planeta.
Simplesmente porque, como éramos incipientes na arte de utilizar os Corpos Densos, nós os destruíamos constantemente, seja pelos nossos atos em nossa volta, ou seja, pela nossa incompetência em administrá-lo como instrumento para a evolução.
Jeová (um Anjo)
No Sol
Em Marte
Em Mercúrio
Já tínhamos a divisão de sexo – masculino e feminino -, portanto a propagação já era por relação sexual, só que ocorria de forma inconsciente e guiada pelos Anjos.
O Período Lunar – momento em que as plantas começaram a sua evolução.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Nascimento do Indivíduo
Sabemos também que uma característica do indivíduo não se aplica a um grupo coletivamente. Mesmo sob a influência de um Espírito de Raça isso não podia se aplicar coletivamente. Se quisermos conhecer, por exemplo, o caráter de Max Heindel, de nada nos servirá estudar o caráter de seu pai, de seu avô, ou de seu filho, porque eles difeririam completamente entre si. Cada um tinha suas próprias peculiaridades totalmente distintas das idiossincrasias de Max Heindel.
Tudo isso porque o ser humano é um indivíduo, tem uma Individualidade. Os animais, os vegetais e os minerais dividem-se em espécies. Não estão individualizados no mesmo sentido em que se encontra o ser humano.
Cada indivíduo – cada pessoa, é uma espécie – é uma lei em si mesmo, inteiramente separado e distinto de qualquer outro indivíduo, tão diferente dos seus concidadãos como diferentes são duas espécies distintas do Reino inferior.
Entendendo melhor esse conceito:
Nesse Esquema de Evolução, na parte que conhecemos como Involução, nós mergulhamos a partir do Mundo do Espírito Divino até o Mundo Físico, por meio do Período de Saturno, Solar, Lunar e Metade Marciana do Período Terrestre.
Com as seguintes atividades nos nossos Corpos e veículos:
Notem: Nós, o Ego, descemos dos Mundos superiores durante a Involução e, por ação recíproca, no mesmo período os nossos Corpos se elevaram.
E é justamente no encontro dessas duas correntes no foco, ou a Mente, que marca o momento em que nasce o indivíduo, o ser humano, o Ego, quando tomamos posse dos nossos veículos.
Utilizamos a nossa vontade e com ela colocamos em ação a nossa imaginação – exatamente como Deus, nosso criador, faz todas as vezes que cria.
Com a vontade e a imaginação trabalhando geramos a ideia, por exemplo de um barco. Dessa ideia utilizamos a nossa Mente para construir o pensamento-forma desse barco. E a partir dele podemos utilizar as forças do Mundo do Desejo, e pelo interesse e atração, utilizar os nossos Corpos Vital e Denso para construir o barco físico.
Filme “A Cabana” – Algumas reflexões do Filme pela ótica dos Ensinamentos Rosacruzes
O Filme é uma adaptação do Livro The Shack – Em português “A Cabana” de escritor canadense William P. Young. – Direção: Stuart Hazeldine – Roteiro Andrew Lanham, John Fusco
Reflexões:
Isso mostra que a forma não é nada; é uma ilusão; que nada se deve julgar pela forma exterior
Mostra ainda o equilíbrio entre os 2 polos: Princípio Feminino: Amoroso e materno – coração – nutre e desenvolve o que foi plantado. Princípio Masculino: vontade e razão – planta a semente
O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, uma Chispa Divina. Somos, portanto, uma Centelha Divina – “Deveis ser perfeitos como o vosso pai celeste é perfeito”
Deus é Amor – Ainda que agora Ele aplique as mais severas medidas, no futuro você será brilhante e resplandecente
Misericórdia é a manifestação do Amor de Deus, de modo especial quando considera a fraqueza das criaturas.
As experiências chamadas de más são assim denominadas por nós, porque nos falta a necessária compreensão da sua razão; porque as desconhecemos por não termos os instrumentos necessários para tal e insistimos em não os desenvolver
Deus responde: Não, não preciso punir as pessoas. O pecado é a própria punição
Aqui Deus ensina a Mack a Lei “Lei de ação e reação” ou “O Princípio de Newton” ou “A Lei de Consequência”
Toda causa gera um efeito correspondente. A causa é primária; o efeito é secundário. Só pode manifestar-se o efeito, se as causas entrarem em ação. Essa lei é necessária e suficiente para aprendermos todas as lições que precisamos, desde que saibamos trabalhar com ela. Ela opera continuamente. A dor só acontece porque insistimos em não agir de acordo com as Leis da Natureza.
O meio ambiente em que fomos colocados pelos Anjos do Destino foi de nossa própria escolha, quando estávamos no Terceiro Céu, olhando com os olhos do Espírito, sem o empecilho da cegueira produzida pela matéria, prestes a descer mais uma vez para esse Mundo Físico.
O Ego tem várias opções de renascimento e deve liquidar as causas maduras (consequência que necessariamente deverão ser vivenciadas pela pessoa) que foram selecionadas pelos Anjos do Destino e, portanto, com certeza a teia do destino fornece todas as condições necessárias.
As oportunidades foram feitas sob medida para um nosso nível de evolução, a fim de que aprendamos exatamente o que necessitamos, no grau que podemos assimilar.
Essa fala nos explica que o Bem e o Mal andam junto, toda luz tem sua sombra, assim como todos nós temos nosso lado sombrio.
É através da nossa natureza sombria que somos tentados para saber se aprendemos as lições ao longo do nosso processo de evolução.
Devemos buscar o bem nas adversidades. Quando pensamos nas adversidades como injustas, dolorosas, é sinal de que ainda não estamos maduro e não compreendemos as Leis.
Deus é um Pai perfeito e não castiga. A Lei é Lei. Quanto mais nos afastamos tanto mais fortemente age, na tentativa de mostrar-nos o verdadeiro sentido.
A revolta, a incompreensão, as mágoas só existem quando julgamos estar sendo injustiçados.
O que nos parecem males e inimigos são instrumentos de nossas correções. O semelhante atrai o semelhante.
Afinal: “o mal é o bem em gestação”
Andar sobre as águas representa o domínio da vida emocional, que inclui o domínio do medo e o alcance do poder da fé, para alcançar o equilíbrio. Momento em que Cristo-Jesus nos ensina a transformar o ódio em amor.
Max Heindel afirma em suas obras que “cruzar as águas” – água, na simbologia esotérica é o Mundo do Desejo – é uma vitória sobre as emoções, sobre si próprio.
Assassinatos sempre serão uma questão de resgate de dívidas entre o irmão (ã) assassino (a) e o irmão (ã) assassinado (a). Em vidas passados, reviveram exatamente com os papéis trocados e o hoje assassinado (a) tirou a vida do hoje assassino (a). Sempre é uma questão de Destino Maduro entre dois irmãos!
Quando o assassino tiver a oportunidade de assassinar o outro, ele resiste, não assassina e o perdoa do que ele fez em vidas passadas, quando estavam no papel trocado. Lição aprendida, ensino suspenso. Se isso não ocorrer, voltam os dois, em papéis trocados, novamente, e a tentação ocorrerá.
Aquele que julgamos como inimigo, nos ensina sobre nós mesmos. Nos ajuda a recordar algo negativo em nós mesmos ou algo negativo que fizemos a alguém em vidas passadas.
Somos um em Deus, portanto, cada um de nós é responsável, em certa medida, pelas “faltas” dos nossos irmãos e irmãs – estamos todos ligados por laços do espírito.
Perdão é a força curativa da fraternidade. O verdadeiro perdão significa tolerar as fraquezas em ambos: em nós e nos outros.
Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XII – A Evolução da Terra – Separação dos Sexos
Ainda no Terceiro Céu: Com a ajuda dos Anjos do Destino, escolhemos um cenário de vida terrestre, que nos proporcione sermos testados nas lições que aprendemos e adquirirmos maiores experiências nas nossas relações interpessoais.
O sexo com o qual nasceremos, é escolhido utilizando a Lei das Alternâncias, uma vez masculino, outra vez feminino. Mas podemos modificar essa lei em virtude de circunstâncias específicas – quando nosso aprendizado necessite que voltemos com o mesmo sexo da vida anterior.
Nos Mundos internos, o sexo do Ego, se manifesta em 2 qualidades:
Vontade: poder masculino das forças solares.
Imaginação: poder feminino das forças lunares.
O ser humano hermafrodita podia produzir sozinho outros corpos. As forças solares o alimentavam, e com o excedente, proporcionavam a procriação de forma inconsciente
A aquisição da Mente, pois o objetivo da evolução, não era somente o habitar um corpo; isto era apenas um meio. Ao iniciar sua jornada no Período Terrestre, os Pioneiros já possuíam os 3 corpos: Denso, Vital e de Desejo e mais o Tríplice Espírito: Humano, de Vida e Divino; faltando apenas o elo que os unisse, para que o Espírito pudesse dirigir os corpos para sua manifestação e expressão.
Na última parte da Época Lemúrica.
Durante a primeira parte da Época Hiperbórea, enquanto a Terra fazia parte do Sol, o ser humano recebia das forças solares o sustento de que necessitava. Inconscientemente, para fins de propagação, o excesso era irradiado.
Quando a Terra foi arrojada do Sol, as órbitas se modificaram e a influência de Marte sobre o ferro se reduziu e, finalmente, cessou o poder dinâmico de Marte sobre o ferro; assim foi possível utilizá-lo na Terra. O sangue vermelho permitiu que o corpo se tornasse ereto; só então, o Ego penetrou e controlou o corpo.
Quando o Ego ocupou seus veículos, se fez necessário que parte da força sexual fosse usada para construir o cérebro e a laringe, porque estava destinado que dali em diante o ser humano devia aprender a fazer as coisas a partir do seu próprio pensar, devia usar a voz para poder se fazer entender e, desse modo, se comunicar com os outros. Para conseguir isso, parte de sua força sexual teve de ser usada para criar os órgãos necessários. Dessa maneira, uma parte do órgão criador ficou na porção superior do corpo, se convertendo, gradativamente, no que agora constitui o cérebro e a laringe.
Parte da força criadora ficou para a procriação e parte subiu para usarmos para a fala e cérebro. O resultado é que cada indivíduo passou a ter apenas a metade necessária da força criadora, tendo que forçosamente procurar a outra parte desta força em outro indivíduo para procriar.
Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Agosto:
Apocalipse
O último livro da Bíblia nos fala que o Apóstolo São João escreveu o Apocalipse (Revelação) na ilha de Patmos.
Ao dizer, que São João “se encontrava na ilha de Patmos”, há uma grande significação: a palavra “Patmos” significa iluminação e nos tempos anteriores a Cristo a expressão “Ilha de Patmos” era usada para referir-se à Iniciação.
Por meio de seu progresso no caminho iniciático, “o Discípulo Amado” foi capaz de estar em Espírito, em estado de consciência necessária para ver nos reinos superiores, e funcionar ali em seus veículos invisíveis.
Quando estudamos a Revelação, encontramos, como uma de suas características mais notáveis, que está baseada no místico número sete.
São João teve sete visões nas quais recebeu mensagens para as sete igrejas; há sete Anjos ante o trono, há sete lâmpadas de fogo e sete trombetas; há sete candelabros, os sete selos do “livro”.
O significado do uso do número sete é explicado pela Fraternidade Rosacruz, a qual ensina que o ser humano é sétuplo, sendo um Tríplice Espírito que possui um Tríplice Corpo e a Mente.
No corpo do ser humano há sete centros espirituais, os quais, quando são despertados e desenvolvidos, expressam os poderes espirituais do Espírito Interno. Posto que o ser humano é sétuplo, e dado que ele é a unidade deste particular campo de evolução, a quem São João se refere em sua mensagem, logicamente, é de supor-se que a mensagem que foi escrita por São João, e enviada às “‘sete igrejas”, encerra informação referente ao ser humano. Em outras palavras, as sete igrejas são usadas em um sentido simbólico para referir-se aos sete centros espirituais do ser humano, os quais têm que ser desenvolvidos no processo evolutivo espiritual. Cada indivíduo é um Deus em formação e um dia logrará seu divino destino.
(*) gravura: SAINT JEAN A PATMOS-GUSTAVE DORE, 1874
“Façamos o homem à nossa imagem, como nossa semelhança…” (Gn 1:26) disse Deus: e o primeiro ser humano foi criado.
E como tal, fomos criados com a capacidade de criar todos os corpos que precisamos para evoluir ainda que, nesse momento evolutivo e para se manifestar aqui na Região Química do Mundo Físico, precisamos nos juntar, vontade e imaginação, polo positivo e polo negativo, masculino e feminino, homem e mulher, para dar a oportunidade a um irmão ou irmã, um Ego evoluir aqui (e, concomitantemente a isso, garantir que teremos no futuro a
chance também de evoluir aqui porque um irmão e uma irmã se propuseram a nos fornecer um Corpo Denso).
Assim sendo, os pais são coparticipantes de Deus na obra da criação de seres humanos.
E é por isso que, além da alegria que os filhos trazem, há uma responsabilidade enorme dos pais em relação a eles.
Quando da gravidez, a mulher precisa zelar e zelar muito pelo pequenino ser que é seu dependente.
O primeiro passo numa paternidade e maternidade responsáveis, é que os pais tenham saúde física e mental para transmiti-las aos filhos.
Mas se até o momento da concepção os pais agem, daí para frente a maior responsabilidade é da mãe.
A necessidade de um acompanhamento médico é imprescindível a fim de prevenir ou sanar problemas.
A alimentação sadia, evitando bebidas alcoólicas, tabaco e quaisquer outras drogas (lícitas ou ilícitas), complementada a orientação médica.
Hábitos sadios são necessários para o perfeito desenvolvimento do pequenino ser ainda tão dependente da mãe.
E nesta hora em que a mãe traz em si o fruto do amor, o pai deve redobrar o carinho e os cuidados para que haja a complementação lógica de tudo que ela deve fazer.
Mas os pais não são responsáveis somente pelo desenvolvimento físico de seu bebê.
A par dos cuidados já mencionados, é necessário um ambiente harmonioso, com muita paz e muito amor.
Uma criança amada e desejada dificilmente será uma criança carente e desajustada.
Mesmo uma gravidez indesejada não deve gerar pensamentos destrutivos em relação à criança como se ela tivesse vindo sem nenhuma participação dos pais.
A célebre frase “sou dona do meu corpo” nada significa quando se tem outro ser dentro de nós, pois nossos direitos vão somente até onde começamos direitos dos demais.
Os filhos são talentos que Deus nos confiou e dos quais nos pedirá contas.
É necessário não só guardá-los para que se não percam as qualidades que trouxeram, como também incentivá-los a cultivar essas mesmas qualidades para que se desenvolvam.
Se os pais colaboram com Deus na formação de um novo ser, também devem, como Deus o faz, respeitar a individualidade desse mesmo ser.
Devem orientá-los com palavras e exemplos, dar-lhes, na medida do possível, as bases necessárias para que vivam mais plenamente e aproveitem sua estadia nesse mundo para progredirem o mais que possam.
Mas de maneira alguma podem se achar donos de seus filhos. Nunca pensar ou agir como se eles fossem sua propriedade, o “meu” filho e não um indivíduo a quem eles por ajudarem-no a vir ao mundo, se tornou propriedade sua. Deus respeita-nos como indivíduos e não viola nosso livre arbítrio. Quem somos nós para nos julgarmos donos de alguém?
Não podemos ter a pretensão de que nossos filhos são propriedades nossas como o são nossas casas ou carros.
Os pais têm a missão divina de formar os filhos, orientá-los intelectual, moral e materialmente falando, tomando-os aptos a se desenvolverem melhor e, quando partirem desta vida, deixarem melhor o mundo em que viveram.
Devem sempre lhes dar exemplo, apoio e amor, trazendo-os ou pelo menos procurando trazê-los de volta ao bom caminho quando dele se afastarem.
Deus faz conosco tudo que foi acima mencionado e nós devemos fazer isso em relação a nossos filhos: ver neles um ser criado à imagem e semelhança de Deus e que, com a nossa colaboração, deve encontrar seu próprio caminho e cuja realização só dele depende.
O poeta escocês Robert Burns disse uma vez: “Oh! Que poder teríamos se nós nos víssemos como os outros nos veem!”
Refletindo sob um ponto vista Cristão esotérico Rosacruz esse poder é uma amarga posse, ainda que pareça desejável se for encarado superficialmente.
Cada um de nós está repleto de defeitos.
Há momentos em que fazemos um triste papel no cenário do mundo.
Algumas vezes, parece que somos joguetes do destino, sem objetivos, enquanto outras pessoas, que são incapazes de ver a “trave no seu próprio olho”, nos criticam fazendo com que pareçamos ridículos.
Se nós nos víssemos com os seus olhos, certamente perderíamos o mais essencial dos atributos – nosso autorrespeito, e recuaríamos envergonhados de encarar os nossos semelhantes.
Quando compreendemos que isso é assim (e pensando sobre o assunto, ficamos convencidos disso), com proveito poderíamos mudar de posição e perceber que nós, ao criticarmos agudamente os mínimos defeitos dos outros, adotamos uma atitude muito antifraternal, antifilosófica e desprovida da “Sabedoria do Amor”.
Que possamos, individualmente, evitar erros parecidos que cometemos nas vidas passadas e, com certeza, ainda estamos cometendo.
Devemos praticar aquela real e verdadeira caridade Cristã, que São Paulo descreve no famoso Capítulo 13 da sua Primeira Epístola aos Coríntios: “O amor não é invejoso, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não busca os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”.
O Caminho da Preparação
A Fraternidade Rosacruz é uma “escola preparatória”. Obviamente chegará o tempo em que o Estudante Rosacruz da «escola preparatória » se graduará entrando para « um colégio ou universidade » para o qual essa escola o preparou. No caso, a “universidade” é a Ordem Rosacruz nos planos internos, onde o candidato “cola grau” como lrmão ou Irmã Leiga.
A meta e o propósito do método Rosacruz de desenvolvimento é emancipar o Aspirante à vida superior da dependência dos demais e fortalecê-lo de tal modo que possa confiar em si mesmo e permanecer só; de outra maneira o Ego se converte em presa dos demais tão logo quando entre nos Mundos invisíveis e seja abandonado a seus próprios recursos.
No processo de chegar a confiar em si mesmo, um grande obstáculo é removido do caminho do progresso, de modo que seja capaz de desenvolver a maior eficiência possível no serviço à humanidade, como colaborador consciente da Ordem Rosacruz, tanto exotericamente como esotericamente.
Egoísmo
O egoísta é imaturo e inseguro: não valoriza o trabalho dos outros porque, em seu egocentrismo, isso lhe parece uma perda: tem sempre a necessidade de se afirmar. O realizado avalia e estimula o bem dos outros porque cresce com ele.
E isso compreendemos claramente quando estudando o Mundo do Desejo e as forças e os dois sentimentos que lá existem e que utilizamos aprendemos que o sentimento do Interesse é a mola da ação, se bem que no presente grau de desenvolvimento o Interesse é geralmente despertado pelo egoísmo.
Algumas vezes é de natureza mui sutil, mas incita à ação de várias maneiras.
Toda ação inspirada pelo Interesse gera certos efeitos que atuam sobre nós e, em consequência, estamos limitados pelas ações que se relacionam com os mundos concretos.
Em estágio ulterior de desenvolvimento do sentimento do Interesse deixará de ter importância.
Então, o fator determinante será o dever.
De qualquer modo é bom o Estudante Rosacruz ficar sempre em alerta, pois deixar tudo de lado, egoisticamente, e viver unicamente para o próprio desenvolvimento espiritual é tão repreensível como desinteressar-se absolutamente pela vida espiritual.
Antes, é ainda pior.
Quem cumpre seus deveres na vida ordinária da melhor maneira que pode, dedicando-se ao bem-estar dos que de si dependem, está cultivando a faculdade fundamental, o dever.
E, certamente, avançará tanto que despertará à chamada da vida superior.
Apoiado no dever anteriormente cumprido encontrará grande auxílio nesse trabalho.
Se, deliberadamente, um Estudante Rosacruz volta as costas aos deveres atuais para dedicar-se à vida espiritual, com certeza será coagido a voltar ao caminho do dever, do qual se afastou equivocadamente.
Não poderá escapar sem que tenha aprendido a lição.
Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes.
Reposta: Depende do conceito que você tem desse nome. Enquanto estávamos sob a égide das Religiões de Raça, fornecidas pelo Deus de Raça – Jeová, o Espírito Santo, o Anjo que é mais elevado Iniciado do Período Lunar, que instituiu a Religião do Espírito Santo – tínhamos uma individualidade e uma personalidade incipientes – “o espírito individual era muito débil, impotente, completamente incapaz de guiar seu veículo denso” (Conceito) – e, a fim de que pudéssemos nos proteger dos riscos em perder nossos Corpos Densos (e, portanto, mais uma vida aqui tendo que renascer, como o fazemos agora), Jeová destacou um Anjo da Guarda para cada ser humano que estava renascido aqui (“E destinou um Anjo a cada Ego para que agisse como guardião, até que o espírito individual fosse suficientemente forte e pudesse emancipar-se de toda influência externa.” (Conceito).
Isso aconteceu entre a Época Lemúrica até a Era de Áries na Época Ária quando Cristo veio pela primeira vez e instituiu a nova Religião, a Religião do Filho. A partir daí não temos mais um ser da onda de vida angélica, um Anjo, destacado para cada um de nós como um Anjo da Guarda. Pois, a partir do Cristo, o “véu do Templo foi rasgado”, fornecendo a mesma oportunidade para cada Ego humano, com uma individualidade e personalidade forte o suficiente para guiar, não somente o seu veículo denso (o Corpo Denso), mas todos os outros veículos (Corpo Vital, Corpo de Desejos e a Mente). A partir da vinda do Cristo temos um único “guarda”, o nosso Salvador, o nosso Redentor, o Regente da Terra que está sempre conosco, 24 horas por dia, e nos estimula e nos fornece tudo que precisamos para desenvolver, em cada um de nós o Cristo interno, de “dentro para fora”, como ele ensinou por meio da sua Religião Cristã, a Religião do Filho – Religião essa que a maioria de nós ainda não conseguiu vivenciar em toda a sua plenitude.
Com isso, também incorporamos o conceito do “Anjo da Guarda” em nosso ser interior, como lemos no Conceito: “…bem podemos ver quanto é importante o nosso sentimento em relação às coisas, porque dele depende a natureza do ambiente que criamos para nós mesmos. Se amarmos o bem, resguardaremos e alimentaremos tudo o que é bom em volta de nós quais anjos da guarda.”
Há várias passagens nos Livros da Literatura Rosacruz, escritos por Max Heindel, que elucida esse conceito do nosso “Anjo da Guarda” atualmente. Citamos um que é a Resposta a uma Pergunta no Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas Volume 1, Pergunta nº 65: “…há também outro Guardião que é a incorporação de todas as nossas boas ações, e podemos afirmar que ele é o nosso Anjo da Guarda.”
Resposta: Porque você escolheu no Terceiro Céu, no seu panorama de vida, uma possibilidade de entrar em contato com a Escola de Ensinamentos da Sabedoria Ocidental – conhecida como Fraternidade Rosacruz – que estivesse se manifestando na Região Química do Mundo Físico quando dessa sua vida aqui. E quando veio a oportunidade (demonstrada no seu horóscopo) você se sentiu atraído, atendeu e se tornou Estudante. Logicamente para isso, você já tinha construído um Corpo Vital, um Corpo de Desejos e uma Mente adequados para responder a esse nível de vibração espiritual Cristão. E, com certeza, todo esse trabalho de aproximação e de contato com tais Ensinamentos começou em algumas vidas passadas. E deve continuar nas vidas futuras até você alcançar o grau de Irmão Maior. Isso, logicamente, se você não desistir, pois a prerrogativa do livre arbítrio sempre será respeitada.
Resposta: Isso sempre ocorre no momento da evolução que nós estamos passando: final de uma Era (no caso a Era de Peixes) e já estando na órbita de influência da próxima Era, a de Aquário. Aparecimento de “seitas, “movimentos”, “religiões”, “escolas”, umas “inéditas” outras misturando um pouco de tudo. Veja, pesquisando nos fatos históricos – com a internet está mais acessível – que a mesma coisa ocorreu quando da primeira vinda de Cristo, quando estávamos no final da Era de Áries, mas já na órbita de influência da Era de Peixes.
E isso sempre acontecerá nesses momentos da evolução, para 1) Na questão de hoje, testar se a pessoa é realmente Cristã ou não; 2) Se a pessoa ainda necessita aprender lições das Eras anteriores (Gêmeos, Touro e Áries) ou até as mais básicas da Era atual, a de Peixes; 3) Separar um grupo do outro grupo que é aquele composto por pessoas que já estão prontas para começar a aprender as lições disponíveis da Era de Aquário.
Somos Estudantes Rosacruzes, ou seja, praticamos os ensinamentos de uma Escola de Preparação para a Iniciação Cristã Rosacruz.
Se a questão é a gente saber se tal “movimento”, “seita”, “escola” pode ser outra Escola de Preparação para a Iniciação Cristã Ocidental, seguem os 10 quesitos básicos para você bater:
O PRIMEIRO quesito: Cristo é o único ideal da Escola (ou seja, a Escola tem que ser Cristã).
SEGUNDO quesito: propagar o Evangelho exatamente como Cristo nos forneceu na Bíblia;
TERCEIRO quesito: praticar a Cura definitiva (aquela que soluciona a causa, e não o efeito, o remédio): a) criar as condições para utilizar o Poder Curador de Deus Pai, b) ter um processo de escolha – que considere as leis de semelhança e receptividade sistemática – de uma pessoa (homem ou mulher) que será o ponto focal de transmissão do excesso do fluído vital, à noite, para o Paciente, e c) estimular no Paciente a participação ativa no processo de cura, elevar o seu fervor e o seu ânimo;
QUARTO quesito: ter locais de oficiação de rituais com o conceito de Templo Solar, construindo e mantendo uma egrégora invisível espiritual e sempre crescente;
QUINTO quesito: não ter um guru, um instrutor, um “governador”, um mestre em Corpo Denso, enfim, uma pessoa que todos têm que seguir e não pode desobedecer.
SEXTO quesito: nada cobrar, nem em espécime, nem em “doações”, nem em objetos.
SÉTIMO quesito: não ter templos suntuosos, onde a riqueza e a ostentação sejam o único e principal valor.
OITAVO quesito: ter um Caminho possível a ser seguido pelos seus Estudantes e que os leve a ser candidatos a Escolas de Mistérios, às Iniciações Menores e às Maiores (as Cristãs);
NONO quesito: não fazer nenhuma distinção à capacidade do Estudante em trilhar o Caminho proposto por ser homem ou mulher, jovem ou velho, rico ou pobre, letrado ou iletrado ou outra segmentação qualquer; e
DÉCIMO quesito, mas não menos importante: preparar os seus Estudantes para viver ativamente e na plenitude na vindoura e muito próxima Era de Aquário.
Agora…se a comparação é com “religião”, então aqui é mais fácil: a mais avançada a nossa disposição atualmente e que devemos seguir é a Religião Cristã (não confunda com Católica ou as centenas de Protestantes, que professam o Cristianismo Popular – são Cristãs, mas não professam o Cristianismo Esotérico -, ainda necessário para TODOS nós, mesmo que achemos que não). Se não for uma Cristã, então, são Ensinamentos pré-Cristãos, atrasados para quem é um Estudante Rosacruz.
Resposta: Depende do conceito da palavra “decorada”. Se quer dizer poder repetir uma oração “de cor” sem compreender e internalizar cada palavra da oração, repetindo como faz um papagaio ou como muita gente faz (rezando e pensando em outras coisas, e até em afazeres que se dedicará assim que “acabar isso”), ela não surtirá nenhum efeito, será perda de tempo e a pessoa digna de compaixão por utilizar aqui a famosa astúcia, reminiscência trazida da Época Atlante, e que tanto nos atrapalha atualmente.
Agora…se o conceito aqui é repetir a mesma oração sempre, compreendendo o significado de cada palavra emitida e a internalizando no seu objetivo, aí a oração “decorada” produz o seu efeito maravilhoso! Lembremos sempre que a repetição é a chave do desenvolvimento do nosso Corpo Vital, veículo esse que temos e de onde tiramos os insumos básicos para a construção do Corpo-Alma, o que estamos construindo (consciente ou inconscientemente) para dar o nosso próximo passo nesse Caminho da Evolução. Como exemplo para entendermos o que é uma oração “decorada” “bem-feita”, veja a Oração do Pai-Nosso: a Oração do Senhor é uma fórmula abstrata de melhoramento e purificação de todos os nossos veículos. Cada aspecto do Tríplice Espírito, começando pelo inferior, expressa adoração ao aspecto correspondente da Divindade. Quando os três aspectos do espírito estão colocados ante o Trono da Graça, cada um emite uma oração apropriada às necessidades da sua contraparte material. No fim os três unem-se para proferir a oração da Mente. O Espírito Humano se eleva à sua contraparte, o Espírito Santo (Jeová), dizendo: “Santificado seja o Vosso Nome”. O Espírito de Vida reverencia-se ante sua contraparte, o Filho (Cristo), dizendo: “Venha a nós o Vosso Reino”.
O Espírito Divino ajoelha-se ante sua contraparte, o Pai, e diz: “Seja feita a Vossa Vontade…”.
Então, o mais elevado, o Espírito Divino, pede ao mais elevado aspecto da Divindade, o Pai, para a sua contraparte, o Corpo Denso: “O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje”. O cuidado a prestar ao Corpo Denso está expresso nas palavras: “o pão nosso de cada dia dai-nos hoje”.
O próximo aspecto, em elevação, o Espírito de Vida, roga ao Filho, pela sua contraparte em natureza inferior, o Corpo Vital: “Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. O Corpo Vital é a sede da memória. Nele estão arquivadas subconscientemente as lembranças de todos os acontecimentos passados, bons ou maus, isto é, tanto a injúria como os benefícios feitos ou recebidos. Lembremos que, ao morrer, as recordações da vida são tomadas desses arquivos imediatamente depois de abandonar-se o Corpo Denso e que todos os sofrimentos da existência pós-morte são resultado dos acontecimentos aí registrados como imagens.
Se pela oração contínua obtemos o perdão ou esquecimento das injúrias que tenhamos praticado e procuramos prestar toda compensação possível, purificamos nossos Corpos Vitais.
O aspecto inferior do espírito, o Espírito-Humano, dirige o seu pedido ao aspecto mais inferior da Divindade para o mais elevado do tríplice Corpo, o de Desejos: “Não nos deixeis cair em tentação”. O desejo, o grande tentador da humanidade, é o grande incentivo para a ação. É bom quando cumpre os propósitos do espírito, mas quando se inclina para algo degradante, para algo que rebaixa a Natureza, certamente devemos rogar para não cair em tentação.
Por último, os três aspectos do Tríplice Espírito juntam-se para a mais importante das orações, o pedido pela Mente, dizendo em uníssono: “Livrai-nos do mal”. A Mente é a ligação entre as naturezas superiores e inferiores. Admite-se que os animais sigam os seus desejos sem nenhuma restrição. Nisso nada há de bom nem de mau porque lhes falta a Mente, a faculdade de discernir. Os meios de proteção empregados para com os animais que roubam e matam são muito diferentes do empregado em relação aos seres humanos que fazem tais coisas. Mesmo quando um ser humano de Mente anormal faz isso não se considera da mesma forma que ao animal. Agiu mal, mas porque não sabia o que fazia é isolado.
O ser humano conheceu o bem e o mal quando seus olhos mentais se abriram. Aquele que realiza a ligação da Mente ao Eu superior permanentemente, é pessoa de elevado entendimento. Se, pelo contrário, a Mente está ligada à natureza emocional inferior, a pessoa tem mentalidade inferior.
Por tais razões, a oração para a Mente traduz a aspiração de nos libertarmos das experiências resultantes da aliança da Mente com o Corpo de Desejos e de tudo quanto tal aliança origina.
No aspirante à vida superior, a união entre as naturezas superior e inferior é realizada pela Meditação sobre assuntos elevados, pela Contemplação que consolida essa união e, depois, pela Adoração que, transcendendo os estados anteriores, eleva o espírito ao Trono.
A introdução, “Pai nosso que estais no Céu” é somente um indicativo de direção. A adição: “Porque Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre, Amém” não foi dada por Cristo, mas é muito apropriada como adoração final do Tríplice Espírito por encerrar a diretriz correta para a Divindade
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
Datas de Cura:
Outubro: 06, 12, 19, 26
“Disse-lhe: “Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto aos seus olhos, se inclinares os ouvidos às suas ordens e observares todas as suas leis, não mandarei sobre ti nenhum dos males com que acabrunhei o Egito, porque eu sou o Senhor que te cura” – Êxodo, 15:26
Julho de 1918
De tempos em tempos, Estudantes de ocultismo de diversas partes do mundo nos perguntam qual deveria ser a atitude deles perante a guerra[1] e qual o propósito dela sob o ponto de vista espiritual. Já indicamos a posição dos Ensinamentos Rosacruzes referentes ao objetivo da guerra em vários artigos nossos, qual seja: para as pessoas se voltarem para Deus pela consolação devido à profunda angústia, tristeza e arrependimento delas, e para romper o véu que existe entre os Mundos visível e invisíveis, ajudando um considerável número de pessoas a adquirir a visão espiritual e a capacidade de se comunicar com aqueles que já passaram para o além. Mas, embora as explicações fornecidas satisfaçam a maioria dos Estudantes de ocultismo em até certo ponto, outros há que não se convenceram ainda; eles procuram algo mais diretamente relacionado com as condições estabelecidas. Para eles, nós sugerimos a leitura da Conferência No. 13 – “Os Anjos como Fatores de Evolução”[2] – mostrando como os assuntos humanos são guiados pelos Anjos e Arcanjos que atuam como Espíritos de família e de Raça causando a ascensão e queda de nações, conforme seja necessário para a evolução dos diversos grupos de espíritos que estão sob sua tutela.
Como uma tentativa final de satisfazer nossos Estudantes sobre esse assunto de vital importância, enviamos junto uma lição intitulada “A Filosofia da Guerra”[3], mostrando sua aplicação às condições atuais. Confiamos que todos encontrem nela os esclarecimentos necessários que os ajudará a compreender o que está em envolvido nisso, para que possam prestar sua sincera cooperação para o encerramento, o mais rápido possível, dessa luta e assegurar a paz que todos tanto almejamos.
Mas, devemos perceber que não haverá paz que valha a pena enquanto o militarismo não sofrer um golpe de tal proporção, que não volte a levantar a cabeça novamente e por muito tempo. Muitas pessoas têm esperança de que essa será a última guerra e desejamos, ardentemente, pudéssemos acreditar nisso. As pessoas pensavam da mesma maneira quando Napoleão e suas hordas invadiram a Europa há cem anos atrás, mas o tempo provou que tais esperanças eram vãs. A paz é uma questão de educação e é impossível alcançá-la até que tenhamos aprendido a lidar de maneira caridosa, justa e aberta uns com os outros – tanto como nações quanto como indivíduos. Enquanto continuamos a fabricarmos armas, a paz não poderá se estabelecer. Deve se tornar a nossa principal finalidade e objetivo fazer de tudo o que seja possível para abolir o militarismo em todos os países e estabelecer o princípio da arbitragem de dificuldades.
(Carta nº 92 do Livro “Cartas aos Estudantes” – de Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Refere-se à Primeira Guerra Mundial.
[2] N.T.: Replicamos, abaixo, esse texto que se encontra no Livro: Cristianismo Rosacruz – Fraternidade Rosacruz – de Max Heindel: Quando falamos de evolução, a ideia disso no ocidente é, principalmente, focada no materialismo. Acostumamo-nos a olhar a matéria pelo ponto de vista puramente científico: que o nosso Sistema Solar procede daquilo que, uma vez, foi uma incandescente nebulosa, cujas correntes foram geradas e postas em um movimento a partir de um movimento espontâneo. Essa nebulosa assumiu a forma esférica e lançou de si anéis conforme se contraía. Esses anéis se romperam e formaram, assim, os Planetas que se esfriaram e se solidificaram. Pelo menos um Planeta – nossa Terra – espontaneamente gerou organismos simples que mais tarde, pelo processo evolutivo, se tornaram cada vez mais complexos, elevando-se na escala através dos Radiados (ouriços, estrelas do mar, etc.), depois pelos Moluscos (ostras, mexilhões, etc.) e daí pelos Articulados (caranguejos, lagostas, etc.) até as espécies vertebradas. Após percorrer as quatro classes de vertebrados – Peixes, Répteis, Aves e Mamíferos – esse impulso evolutivo espontâneo alcançou o seu mais elevado estágio no ser humano, que é considerado a fina flor da evolução – a mais elevada inteligência do Cosmos.
O cientista materialista expressará desprezo ou impaciência com tudo aquilo que sugere a existência de um Deus, ou mesmo de qualquer outro agente externo, como totalmente desnecessária para explicar o universo. Em apoio a essa sua posição, ele pega uma vasilha com água e despeja nela um pouco de óleo. A água representa o espaço, e o óleo a nebulosa incandescente. A seguir, ele começa a mexer o óleo, girando-o na vasilha até formar uma “bola” no centro, e essa vai engrossando mais nas bordas, formando um anel, até se desprender desse anel. Isto formará uma esfera menor e revolve sobre a massa central como um Astro em volta do Sol. Então, o cientista pode, triunfalmente, se voltar e indagar com um sorriso compassivo: “Agora, você viu quão natural é isso, como é supérfluo o seu Deus?”.
Na verdade, é de causar pasmo a constatação de quão obtusas podem ser as mais brilhantes inteligências quando influenciadas por noções preconcebidas. É de pasmar também que alguém, capaz de idealizar essa excelente demonstração, seja ao mesmo tempo incapaz de ver que ele próprio representa, em sua experiência, o Autor do nosso sistema a quem chamamos Deus, porque a experiência jamais teria sido imaginada, nem o óleo jamais teria sido posto a girar sobre a água, formando algo semelhante a um sistema planetário, não fora o pensamento e a ação atuarem sobre a matéria. Por isso, ao invés de provar a “superficialidade” da existência de Deus, sua demonstração da teoria nebular prova, no sentido mais amplo, a absoluta necessidade de uma Causa Primeira – seja ela chamada Deus ou tenha qualquer outro nome. Percebendo isto foi que Herbert Spencer, o grande pensador do século XIX, rejeitou esta teoria. Contudo, foi por sua vez incapaz de explicar satisfatoriamente a origem do sistema solar independentemente da mesma, que considerou falha. A ciência, pois, embora não queira reconhecê-lo, também apoia a teoria da origem do mundo que requer a ação inteligente de um ser ou seres estranhos à matéria do universo: um Criador ou Criadores.
Propriamente compreendida, essa teoria está em perfeita harmonia com a Bíblia que nos fala de um certo número de diferentes Seres que tomam parte ativa na evolução da Terra e das criaturas que nela vivem. Ouvimos falar de Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins, Tronos, Principados, Poder das Trevas, Poder dos Ares, etc., de modo que a Mente indagadora não pode deixar de perguntar: “Quem são todos eles? que papel desempenharam no passado? e qual o seu trabalho no presente?” Porque a Mente indagadora não pode acreditar que os Anjos sejam seres humanos transformados pela morte em entidades espirituais cujo único prazer e única tarefa consiste em soprar uma trombeta e dedilhar uma harpa, quando na vida terrena eram incapazes até de distinguir uma nota de outra. Tal suposição contraria a razão e está em desacordo com todos os métodos da Natureza, que exige que nos esforcemos para desenvolver nossas faculdades.
Os ensinamentos ocultos – em harmonia com a Bíblia e com as modernas teorias científicas – e que se encontram no Capítulo “Análise Oculta do Gênesis” de “O Conceito Rosacruz do Cosmos” dizem que o corpo que agora é a Terra nem sempre foi tão denso e sólido como no presente, mas que já passou por três Períodos de desenvolvimento antes de chegar ao atual Período Terrestre, e que, “após este, haverá ainda mais outros três antes de completar-se nossa evolução”.
Durante os três Períodos precedentes à nossa atual condição, isto que agora é a Terra, juntamente com o ser humano sobre ela, foram ambos gradativamente solidificados a partir de um sutil estado etéreo até outro de densidade muito maior do que é presentemente. Enquanto a “Involução” – o processo de consolidação – prosseguia, o Espírito que agora é o Ego humano construía um corpo ou um veículo para cada grau de densidade. Trabalhava inconscientemente, mas nisso era ajudado por diferentes Hierarquias espirituais, tais como os Tronos, os Querubins e os Serafins.
Quando o máximo de densidade foi alcançado, o Espírito teve a consciência despertada para si mesmo como um Ego separado no Mundo material. Este foi o ponto decisivo para o retorno, pois, uma vez consciente, o Espírito não pode continuar submergindo-se na matéria. Assim, à medida que sua consciência espiritual paulatinamente desponta, ele também aos poucos espiritualiza seus corpos, deles extraindo a alma que é a essência do poder de cada um.
Deste modo, ele se elevará gradativamente das regiões materiais mais densas, juntamente com a Terra, durante o resto do Período Terrestre e nos três Períodos subsequentes.
Nos primórdios da evolução, o tríplice “Espírito Virginal” estava “desnudo” e era inexperiente. Sua Involução implicava na construção de corpos, o que ele conseguiu inconscientemente com a ajuda de poderes superiores. Quando seus corpos foram concluídos e o Espírito tornou-se consciente, então a Evolução teve início. Mas esta exige crescimento anímico, que só pode ser alcançado mediante os esforços individuais do espírito no ser humano, o Ego, que ao final desta fase possuirá poder anímico como fruto de sua peregrinação através da matéria. E será daí uma Inteligência Criadora.
Os Rosacruzes deram aos sete Períodos de desenvolvimento os nomes dos Astros que regem os dias da semana porque, usando o termo em seu sentido mais amplo, tais Períodos são os Sete Dias da Criação. Significam também metamorfoses da Terra, nada tendo a ver com os Astros no céu, exceto que as condições que eles representam aproximam-se das dos Astros de mesmo nome, como segue: 1) Período de Saturno; 2) Período Solar; 3) Período Lunar; 4) Período Terrestre (cuja primeira metade é chamada “Marciana” e a segunda “Mercurial”, segundo o exposto no “Conceito Rosacruz do Cosmos”); 5) Período de Júpiter; 6) Período de Vênus; 7) Período de Vulcano.
Nossa evolução começou na Terra como ela era no quente e escuro Período de Saturno, em que a matéria era constituída de uma substância gasosa extraída da Região do Pensamento Concreto. Ali, o Espírito Divino (que é o mais elevado aspecto do tríplice “Espírito Virginal”, feito à semelhança de Deus) foi despertado pelos Senhores da Chama, também chamados Tronos no esoterismo cristão, os quais irradiaram de si próprios o germe do pensamento-forma como contraparte material do Espírito Divino. Este pensamento-forma foi mais tarde aperfeiçoado e consolidado na forma do Corpo Denso do ser humano, pelo que o seu mais elevado Espírito e o mais inferior dos seus corpos são frutos do Período de Saturno.
No Período Solar, a Terra alcançou a densidade do Mundo do Desejo, convertendo-se em algo assim como um nevoeiro incandescente de brilhante luminosidade. Então, os Querubins despertaram o segundo aspecto do Espírito Virginal tríplice: o Espírito de Vida. Sua contraparte – o Corpo Vital – nasceu aí como pensamento-forma e foi feito para interpenetrar o Corpo Denso germinal que se tinha consolidado e alcançado a mesma densidade da Terra. Foi, portanto, formado de matéria de desejos.
Ao fim das condições a que chamamos Período Solar, o ser humano possuía um duplo espírito e um duplo corpo.
No Período Lunar, a densidade da Terra aumentou a tal ponto que alcançou o estado de matéria que constitui a chamada Região Etérica. Era então um núcleo ígneo envolto em vapor e recoberto por uma atmosfera de nevoeiro quente ou de gás também vaporoso e quente. Quando a água esquentava pela proximidade com o núcleo ígneo, dele se afastava evaporando-se para o exterior; e quando resfriada pelo contato com o espaço externo, o vapor tornava a descer em direção ao núcleo ígneo.
Dessa substância úmida é que se formou o corpo mais denso dos “homens aquáticos”. O pensamento-forma do Corpo Denso havia se consolidado em um gás úmido; o pensamento-forma do nosso atual Corpo Vital havia descido até o Mundo do Desejo, pois da matéria desse Mundo foi formado, conforme vimos anteriormente. O pensamento-forma do nosso atual Corpo de Desejos foi acrescentado a esse duplo corpo no Período Lunar, tendo sido os Serafins que despertaram aí o terceiro aspecto do Espírito Virginal: o Espírito Humano. Foi então que o Espírito Virginal se tornou um “Ego”, de modo que, ao fim do Período Lunar, o ser humano nascente possuía um Tríplice Espírito e um Tríplice Corpo, a saber:
1) o Espírito Divino e sua contraparte – o Corpo Denso;
2) o Espírito de Vida e sua contraparte – o Corpo Vital;
3) o Espírito Humano e sua contraparte – o Corpo de Desejos.
O Tríplice Corpo é a “sombra” do Tríplice Espírito, lançada na Região do Pensamento Concreto nos três Períodos que precederam o atual Período Terrestre. Desde ali, todos esses pensamentos-forma condensaram-se: 1 grau o Corpo de Desejos, 2 graus o Corpo Vital e 3 graus o Corpo Denso, antes de alcançarem sua presente densidade.
Os Senhores da Chama (Tronos), os Querubins e os Serafins trabalharam para o ser humano voluntariamente e por puro Amor. De uma evolução como a nossa, eles nada podiam aprender. Agora que já se retiraram no atual Período Terrestre, os “Poderes” (Exusiai) do Cristianismo Esotérico – chamados Senhores da Forma pelos Rosacruzes – assumiram um encargo especial, porque este é um Período eminentemente da “Forma” e foi esta Hierarquia espiritual quem deu a todas as coisas suas atuais, definidas e nítidas formas concretas, as quais eram incipientes e indistintas nos Períodos anteriores.
Além das Hierarquias espirituais mencionadas, houve outros que ajudaram, mas vamos ater-nos somente aos seres que alcançaram no desenvolvimento a condição de humanos nos três Períodos precedentes. Esses seres avançaram naturalmente, de modo que os homens do Período de Saturno estão agora três passos à frente dos humanos atuais, sendo conhecidos como “Senhores da Mente”. A humanidade do Período Solar encontra-se dois passos adiante de nós e são chamados “Arcanjos”. E a humanidade do Período Lunar acha-se apenas um passo à nossa frente: são os “Anjos”.
Os Períodos são dias da Criação e, entre cada dois Períodos, há um intervalo de repouso ou atividade subjetiva – uma Noite Cósmica, análoga à noite de sono restaurador que desfrutamos entre um dia e outro de nossa vida terrena. Quando a vida evoluinte emerge do “Caos” na aurora de um novo Período, efetua-se em primeiro lugar uma recapitulação um grau à frente do trabalho realizado nos Períodos anteriores, antes de iniciar-se a obra do novo Período. Assim é alcançado o apogeu da perfeição capaz de ser atingida.
Portanto, a evolução do ser humano sobre a Terra, tal como se acha agora constituída, divide-se em “Épocas”, nas quais ele primeiro recapitula o seu passado, indo depois em frente às condições que prefiguram desenvolvimento e que só alcançarão expressão plena em Períodos futuros.
Na primeira – ou Época Polar – “Adão” – ou humanidade – foi formado de “terra”. Atravessava ele aquela fase puramente mineral do Período de Saturno em que possuía somente o Corpo Denso, modelado por ele próprio sob a orientação dos Senhores da Forma. Estava submerso no então escuro e gasoso Astro que acabava de emergir do caos, “sem forma e vazio”, como diz a Bíblia. Pois, do mesmo modo que as framboesas são formadas de pequenas bagas, assim foi a nossa “mãe Terra” formada da multidão de corpos densos parecidos com minerais de todos os reinos, e as correntes de vida que se expressavam como minerais, animais e homens, trabalhavam para libertá-los.
Na segunda – ou Época Hiperbórea – disse Deus: “Haja luz”, e o calor transformou-se em uma nuvem incandescente idêntica àquela do Período Solar. Nessa Época, foi o Corpo Denso do ser humano interpenetrado por um Corpo Vital, ficando a flutuar de um lado para outro sobre a Terra ígnea como uma enorme coisa em forma de saco. O ser humano era então como as plantas porque dispunha dos mesmos veículos que estas possuem agora, enquanto os Anjos o auxiliavam a organizar seu Corpo Vital, conforme continuam fazendo até o presente.
Isso pode parecer uma anomalia, já que os Anjos são a humanidade do Período Lunar, no qual o ser humano obteve seu Corpo de Desejos. Mas não é, porque somente no Período Lunar a Terra evoluinte condensou-se em Éter, tal como o que agora forma a substância de nosso Corpo Vital. A humanidade de então (os atuais Anjos) aprenderam ali a construir seus corpos mais densos de matéria etérea, assim como aprendemos a construir os nossos com matéria sólida, líquida e gasosa da Região Química. E nisso os Anjos tornaram-se peritos, conforme seremos também na construção de nossos corpos densos ao fim do Período Terrestre.
Eles estão, portanto, especialmente preparados para ajudar as outras ondas de vida em funções que digam respeito às importantes expressões do Corpo Vital. Ajudam assim na formação e manutenção das plantas, dos animais e do ser humano, relacionando-se muito de perto com a assimilação, crescimento e propagação desses reinos. Os Anjos anunciaram o nascimento de Isaac ao fiel Abraão, mas foram também os arautos da destruição de Sodoma por abusar-se ali das funções criadoras. O Anjo Gabriel (não Arcanjo, de acordo com a Bíblia) predisse os nascimentos de Jesus e João. Outros Anjos já haviam anunciado os nascimentos de Samuel e Sansão.
Os Anjos atuam particularmente nos corpos vitais dos vegetais porque a corrente de vida que anima esse reino iniciou sua evolução no Período Lunar, quando os Anjos eram humanos e trabalhavam com os vegetais do mesmo modo que agora trabalhamos com os minerais. Há, portanto, uma afinidade especial entre o Anjo e o Espírito-Grupo das plantas. Pode-se assim explicar a enorme assimilação, crescimento e fecundidade das plantas. O ser humano também alcançou enorme estatura na segunda Época – ou Época Hiperbórea – que estava principalmente a cargo dos Anjos. A mesma coisa se dá com a criança em sua segunda Época setenária de vida, porque então os Anjos podem trabalhar mais amplamente sobre ela de maneira que, ao fim dessa Época, aos quatorze anos, a criança alcança a puberdade e torna-se apta a reproduzir sua espécie – também com a ajuda dos Anjos.
A terceira – ou Época Lemúrica – apresentava condições análogas ao Período Lunar, embora mais densas. O núcleo ígneo da Terra ficava ao centro. Envolvendo-o, havia uma fervilhante camada de água em ebulição que, por sua vez, era envolvida na parte mais externa por uma atmosfera vaporosa de “neblina ardente”, pois assim “havia Deus dividido a terra das águas”, segundo o Gênese. Com a umidade mais densa do vapor, podia o ser humano viver em ilhas com crostas sólidas em formação espalhadas num mar de águas ferventes. Sua forma era então completamente firme e sólida, possuía tronco e membros e a cabeça começava a formar-se. O Corpo de Desejos foi acrescentado e aí o ser humano passou ao encargo dos Arcanjos.
Temos aqui outra vez o que se parece com uma anomalia, pois os Arcanjos foram a humanidade do Período Solar, Período em que nasceu o Corpo Vital, quando o ser humano não possuía ainda Corpo de Desejos. A dificuldade, porém, se desvanece quando recordamos que cada veículo nosso é a sombra de um dos aspectos do Espírito, conforme dissemos anteriormente, e que tais veículos não foram dados por essas Hierarquias. Estas simplesmente ajudam o ser humano no aperfeiçoamento de determinado veículo, dada a sua especial aptidão para trabalhar com a matéria dele. Os Arcanjos são educadores do nosso Corpo de Desejos, pois se fizeram peritos na construção e uso de tal veículo quando eram humanos no Período Solar. Neste Período, eles construíram o seu corpo mais denso com “matéria de Desejos”, da mesma forma que agora construímos nosso corpo mais denso com matéria química mineral.
Os Arcanjos são também o principal apoio do Espírito-Grupo animal, porque os atuais animais começaram como minerais no Período Solar. Na Época Lemúrica, o ser humano encontrava-se em idêntica situação à daqueles na Época atual: o Espírito estava fora do corpo que tinha de dirigir, ainda que os corpos de todos já estivessem sido impregnados com o germe da personalidade individual, conforme esclareceremos a seguir. Deste modo, os homens não eram tão fáceis de guiar como os animais do presente, pois o espírito separado de cada um destes ainda está inconsciente. O desejo então predominava, necessitando por isso de uma forte sujeição. Isto foi feito em alguns dos mais dóceis entre a nascente humanidade da Época Lemúrica, sendo que estes, no devido tempo, vieram a ser instrutores dos demais. A grande maioria, contudo, não recebeu tal vantagem.
Na quarta – ou Época Atlante – teve início o verdadeiro trabalho do Período Terrestre. O Tríplice Espírito estava destinado a entrar no Tríplice Corpo e converter-se num Espírito interno para alcançar pleno domínio sobre seus veículos, mas faltava ainda o elo da Mente. Tal elo, nós o devemos aos Senhores da Mente que haviam antes impregnado os corpos com a sensação de personalidade separada. Esta preponderou sobre a primitiva sensação de unidade com o todo, possibilitando a cada um colher experiências individuais de condições semelhantes.
Os Senhores da Mente alcançaram o estado humano no Período de Saturno. Não eram “deuses” vindos de uma evolução anterior como os Querubins e os Serafins. Daí a tradição oriental de os chamar de “A-suras” – “Não-deuses” – e a Bíblia os denominar “Poderes das Trevas”, em parte porque procederam do escuro Período de Saturno e em parte porque os considera como o mal. Paulo apóstolo fala do nosso dever de lutar contra eles.
Paulo estava certo, mas é bom compreendermos que não existe nada absolutamente de mal, e que no passado eles foram os benfeitores do gênero humano. O mal não é outra coisa senão o bem mal colocado ou não desenvolvido. Por exemplo: suponhamos um especialista em fabricação de órgãos que construa um, todo especial – sua obra-prima. Neste caso, ele é uma encarnação do bem. Mas se ele leva o órgão até a igreja e, mesmo não sendo músico, insiste em tocá-lo substituindo o organista, então ele representa o mal.
Quando os Senhores da Mente eram humanos no Período de Saturno e a Terra era constituída de substância da Região do Pensamento Concreto, aí começamos nossa evolução como minerais. Então, os Senhores da Mente aprenderam a construir seus corpos mais densos com esses minerais, do mesmo modo que agora construímos nossos corpos dos presentes minerais. Assim, especializaram-se no uso dessa “matéria mental”, estabelecendo também, portanto, uma relação extraordinariamente íntima conosco.
Chegado o tempo em que o Tríplice Corpo estava pronto para que o Espírito nele habitasse, o ser humano precisou da Mente para servir como elo entre o Espírito e o corpo. Mas isto os deuses não lhe podiam dar. Era demasiado para eles. Os Arcanjos e os Anjos ainda não podiam criar, mas os Senhores da Mente já haviam alcançado o terceiro Período além daquele em que tinham sido humanos, tornando-se, pois, Inteligências Criadoras. Assim, puderam naturalmente preencher a lacuna irradiando de si a substância de que está formada a nossa Mente.
Procedendo de tal forma, nossa Mente tinha de ser, como é de fato, naturalmente separatista e inclinada a ressentir-se da autoridade. Devia ser o instrumento do infante Espírito no governo do Tríplice Corpo e um freio ao desejo imoderado. Contudo, ela veio acrescentar ao desejo a poderosa astúcia, depois paixão e malvadez, sendo por si mesma mais difícil de domar que um potro selvagem. À Mente, agrada mais dominar o inferior do que obedecer ao superior. Por conseguinte, a paixão e a perversidade predominaram na Época Atlante. A raça degenerou e então tornou-se imperiosa a criação de outra e sob diferentes condições.
Entretanto, a atmosfera quente e vaporosa da Lemúria havia-se esfriado e condensado, convertendo-se em espesso nevoeiro na Época Atlante. Ali viveram os “niebelungen” (“filhos da névoa”) das velhas lendas, que foram os atlantes. Então, Deus ordenou que “as águas se juntassem em um lugar e que aparecesse a terra seca”. A névoa condensou-se gradualmente, caindo em torrentes e inundando os vales da Atlântida. A raça perversa pereceu, com exceção de uns poucos, conhecidos depois como “o povo eleito”, e escolhidos para serem o núcleo da atual raça ariana e herdarem a terra prometida: a Terra como é agora constituída. Estes poucos foram salvos conforme relatado diversamente nas histórias de Noé e Moisés, este tirando o povo de Deus do Egito (Atlântida) e guiando-o através do Mar Vermelho (o dilúvio ou inundação atlântica), onde o Faraó (o malvado rei atlante) pereceu com todos os seus seguidores.
As Hierarquias espirituais têm sido seriamente embaraçadas em seus esforços para ajudar o ser humano desde a Época em que este recebeu a luz da razão e se lhe abriu o entendimento, porque então tinha de lidar com assuntos dos quais não possuía o menor conhecimento, como por exemplo a propagação da espécie. Por ignorar as Leis Cósmicas que a regiam, o parto tornou-se doloroso e a morte converteu-se na experiência mais frequente e desagradável. Severas medidas impuseram-se, portanto, para controlar a natureza inferior. Isto foi feito por Jeová, o mais alto Iniciado do Período Lunar e regente dos Anjos, auxiliado nessa tarefa pelos Arcanjos, que são os Espíritos de Raça (Dn 12:1).
Jeová ajudou o ser humano a controlar a Mente e a dominar o Corpo de Desejos impondo leis e decretando castigos para as transgressões. O temor de Deus opôs-se então aos desejos da carne, e assim foi o pecado manifestado ao mundo.
Os Arcanjos, como Espíritos de Raça, lutavam a favor ou contra uma nação por intermédio de outra para castigar aquela em que houvesse pecado (Dn 10:20).
Eram os Anjos que faziam vicejar ou secar os trigais e vinhedos; os que aumentavam ou diminuíam os rebanhos; os que multiplicavam ou reduziam a família, conforme fosse necessário recompensar ou punir o ser humano por sua obediência ou transgressão às leis do Chefe dos Espíritos de Raça – Jeová. Sob o reinado deste, todas as religiões de raça – Confucionismo, Taoísmo, Budismo, Judaísmo, etc. – floresceram e atuaram no Corpo de Desejos como Religiões do Espírito Santo. Jeová ajudou o ser humano a dominar o Corpo de Desejos porque este foi obtido no Período Lunar.
Mas a Lei conduz ao pecado, pois é separatista. Além disso, o ser humano deve aprender a agir bem independentemente do medo. Portanto, Cristo, o mais alto Iniciado do Período Solar, veio para ensinar a Religião do Filho, que atua sobre o Corpo Vital, obtido no Período Solar. Ele ensinou que o Amor é superior à Lei. O amor perfeito lança fora o temor e liberta a humanidade do racismo, da casta e do nacionalismo, conduzindo-o à Fraternidade Universal, que será um fato quando o cristianismo for vivenciado.
Quando o cristianismo haja espiritualizado plenamente o Corpo Vital, um passo ainda mais elevado será dado com a Religião do Pai, o qual, como o mais alto Iniciado do Período de Saturno, ajudará o ser humano a espiritualizar o corpo que obteve nesse Período: o Corpo Denso. Então, até a Fraternidade Universal será superada. Não haverá mais eu ou tu, porque todos serão conscientemente Um em Deus, e o ser humano terá sido emancipado da tutela dos Anjos, dos Arcanjos e dos Poderes ainda maiores.
[3] N.T.: Replicamos, abaixo, esse texto que se encontra na Pergunta nº 163 do Livro Filosofia Rosacruz por Perguntas e Respostas Vol. II – Fraternidade Rosacruz – de Max Heindel: Pergunta: Do ponto de vista Rosacruz, a guerra é justa e necessária? Qual deveria ser a posição do Estudante Rosacruz no atual conflito? (Primeira Guerra Mundial).
Resposta: Nas grandes crises da vida, somos levados a enfrentar certos acontecimentos e a tomar decisões de tal importância que elas requerem frequentemente uma reformulação de ideias e ideais, até mesmo dos nossos princípios mais firmes até então concebidos.
Quando chega tal crise, seria simplesmente um suicídio mental, moral e espiritual esquivar-nos ou fugir do problema, não importa o quanto custe. Diz-se que a consistência é uma joia, mas se fôssemos verdadeiramente sábios, deveríamos estar prontos a mudar ou a rever nossas ideias sempre que a ocasião realmente o exigisse.
Os Ensinamentos Rosacruzes sempre concordaram com o ditado bíblico: “Não matarás”. Nenhuma qualificação foi feita a respeito, e alguns chegam ao extremo de não matar nem mesmo uma mosca. Mas a maioria interpreta corretamente que a injunção não pretendia se estender aos insetos e micro-organismos que afetam e tiram tantas vidas humanas. Esses seres, sendo manifestações de pensamentos maus, estão fora dessa regra. Certamente, essas pessoas não desejam que seus corpos ou os corpos de seus filhos sejam infestados por parasitas ou insetos nocivos, e todos concordam que a exterminação de insetos (entre eles o mosquito transmissor da malária), foi o fator decisivo para o sucesso da América no Panamá, no sentido de que transformou o fracasso em sucesso, e este princípio deveria ser aplicado sempre que necessário. Essas pessoas sentem que seria: absurdo aplicar o mandamento: “Não matarás” ao ponto de permitir que animais de rapina e os répteis venenosos circulassem entre nós, pondo em perigo as nossas vidas. Com certeza todos se empenhariam em eliminar tal ameaça da comunidade. Em seu código de ética, o mandamento envolve unicamente a ideia de que é errado matar para obter alimento, por esporte ou por lucro. Matar um ser humano parece uma possibilidade tão remota para a maioria de nós, que não é considerado nem mesmo como uma eventualidade. Sempre condenamos a pena capital, tanto porque é basicamente errada, como por ser inútil e prejudicial, pois, quando libertamos o Espírito de um assassino do seu corpo, nós o libertamos nos Mundos espirituais, onde ele pode e frequentemente trabalha sobre outros, influenciando-os a praticar crimes semelhantes aos seus.
Por essa razão, é preferível confiná-lo numa prisão, envidando esforços para reformá-lo, pois, mesmo que ele não recupere a sua liberdade nesta vida, em futuras existências respeitará a santidade da vida alheia.
Embora seja assim possível lidar com o assassino individual, o caso é diferente quando uma nação inteira investe furiosamente contra outra, perpetrando assassinatos, incêndios, destruição e pilhagem. Torna-se impossível aprisionar uma nação inteira e devemos encontrar meios mais drásticos de autodefesa.
Na vida civil, reconhecemos como válida a lei da legítima defesa que confere à futura vítima de um suposto assassino, o direito de matar antes de ser morta, e seria uma ilusão afirmar que esse direito deixa de existir simplesmente porque um milhão de assassinos enverga uniformes, porque eles atacam imprudente e descaradamente proclamando sua intenção de matar, ou ainda porque investem em grupos ao invés de agirem isoladamente. Sendo os agressores, eles são assassinos, e suas futuras vítimas têm um direito moral inquestionável de defender suas próprias vidas matando esses assassinos. Além disso, repousa sobre o mais forte o dever sagrado de proteger as vidas daqueles que são fracos demais para se protegerem sozinhos, mesmo que isso envolva a matança dos assassinos.
Do ponto de vista espiritual, o fato da guerra ser certa ou errada depende da pergunta: quem é o agressor e quem é a vítima?
Esta pergunta é facilmente respondida quando a guerra é iniciada com o propósito de conquista, ou quando é travada com fins altruísticos, tal como a emancipação de um povo oprimido para libertá-lo da escravidão física, industrial e religiosa. Não é necessário nenhum argumento para demonstrar que, em tais casos, o opressor é também o agressor e que o libertador é o defensor dos direitos humanos inalienáveis. Ele está cumprindo um dever sagrado como o “protetor de seu irmão”.
Uma vez entendido isto, não podemos ser enganados pelo fogo-fátuo da diplomacia, pois temos uma luz verdadeira, um critério simples do que é certo ou errado.
Tendo tomado uma decisão a respeito, conclui-se que é muito mais nobre e heroico enfrentar um pelotão de fuzilamento por recusarmo-nos a ingressar no exército agressor, ou fugir da nossa pátria, ou mesmo juntarmo-nos às tropas dos defensores na posição mais humilde do que ocuparmos um cargo dos mais elevados entre os agressores.
Por outro lado, lutar ao lado dos defensores é um dever sagrado, de acordo com os princípios espirituais mais elevados e nobres. Quanto maior o sacrifício, maior o mérito, e aquele que foge deste dever sagrado de defender a família e o lar, parentes e pátria, ou que deixa de lutar pelos oprimidos, está abaixo da crítica. Além disso, quanto maior a emergência, maior o sacrifício exigido.
E o privilégio deste sacrifício não se restringe àqueles que possuem ombros largos e musculosos. Eles não estão apenas comprometidos com o dever; o trabalho por detrás das linhas é, talvez, mais importante e dele todos podem participar de acordo com seu talento e suas habilidades – mental, física e financeira.
Quando surgir a ocasião em que a defesa dos outros ou autodefesa se torna inevitável, quanto mais duramente for impulsionada a luta, tanto mais breve e mais bem-sucedida ela será. Portanto, não devemos tolerar meias medidas, e a neutralidade, sob tais circunstâncias, deve ser considerada, pelo menos, como um pecado de omissão.
Os Estudantes do ocultismo sabem que as guerras são instigadas e inspiradas pelas Divinas Hierarquias que usam uma nação para punir a outra por seus pecados.
Mesmo um estudo superficial da Bíblia fornecerá inúmeros exemplos dessas lutas. Isto não significa que a vitória seja sempre inteiramente justificada, mas mostra que a nação vencida agiu mal e merece o castigo infligido, geralmente por causa de sua arrogância e ateísmo. Tampouco é um sinal que, pelo fato de uma nação ser vitoriosa por longo tempo e ter conseguido uma conquista extremamente difícil, esteja desfrutando dos favores divinos – pelo menos até certo ponto. Tal rumo pode ser realizado pelo exército invisível que Sustenta a força do agressor e prolonga a luta com o propósito de tornar a derrota final mais completa e desastrosa e, também, para ensinar aos defensores uma lição que não poderia ser aprendida em uma luta breve e decisiva.
Resumidamente, apresentamos a filosofia da guerra do ponto de vista espiritual, independentemente de quais sejam as nações envolvidas nela. Se aplicarmos esses princípios e critérios a atual guerra (Primeira Guerra Mundial), tornar-se-á evidente para todo aquele que não for preconceituoso e que encara o assunto com uma visão ampla e uma mente aberta, que os militaristas dos Impérios Centrais prepararam-se para esta guerra durante gerações, e a 5 de julho de 1914, na famosa Conferência de Potsdam, que é hoje admitida por todos eles, concordaram em iniciar a guerra algumas semanas depois, durante as quais os banqueiros dessas nações manipularam a bolsa de valores para reunir os maiores recursos financeiros possíveis. Isto caracteriza os componentes do bloco bélico Austríaco-Germânico como os agressores que, sob o chamado dos Espíritos de Raça, conduziram milhões de soldados contra todas as outras nações do mundo. No início do conflito, a França e a Inglaterra, que eram as vizinhas imediatas dos belgas ultrajados, fizeram de sua causa a delas, e agiram assim como protetoras de seu irmão. Mas, não estando preparadas, foram incapazes de levar essa luta a uma conclusão decisiva, Por essa razão, tornou-se necessário que a América entrasse no conflito e mudasse o rumo dos acontecimentos, para que a paz fosse restaurada e a segurança assegurada para aqueles excessivamente fracos para se protegerem sozinhos.
É um motivo de júbilo verificar que sempre que os Estados Unidos foram forçados a entrar numa campanha militar, foi em legítima defesa ou para desempenhar um papel altruísta como defensor e libertador dos fracos.
Fosse essa uma guerra de conquista ou agressão, seria melhor para todas as pessoas espiritualizadas enfrentar um pelotão de fuzilamento, como já foi dito, do que participar em tal guerra injustificada. Por outro lado, vendo o quanto a luta atual, travada com o propósito de esmagar o militarismo da Europa Central, já ceifou de vidas humanas, e o quanto esgotou a força dos defensores aliados, torna-se dever sagrado de todos ajudar ao extremo limite, de acordo com suas capacidades espiritual, mental, moral ou física, seja na frente ou por detrás das linhas, sempre que os dirigentes de combate julguem necessário requerer seus serviços.
Encorajamos todos os Estudantes da Fraternidade Rosacruz, de qualquer que seja o país que agora defende a causa da humanidade contra a facção militarista dos Poderes Centrais, a apoiar ao máximo o seu governo, de acordo com sua capacidade, para que logo possamos ter “Paz na terra e boa vontade entre os homens“.