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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Cidade Quadrangular de Ezequiel

Nas épocas pré-cristãs, os mais aptos receberam grandes ensinamentos por meio das Iniciações de então. Grandes templos foram erguidos, nos quais celebravam-se os rituais Iniciáticos. As ruínas encontradas nas margens do Nilo revelam as características de um momento nesse Esquema de Evolução em que as Iniciações se processavam aqui na Região Química do Mundo Físico.

Com o advento do Cristianismo, surgiu uma nova fórmula de Iniciações. Durante os três primeiros séculos “depois de Cristo”, a Religião Cristã foi a guardiã das Iniciações ocidentais. S. Paulo, na Primeira Epístola aos Coríntios, diz: “Leite vos dei a beber; não vos dei alimento sólido porque ainda não o podereis suportar” (ICor 3:2). Tendo o mundo submergido cada vez mais no materialismo, tais ensinamentos foram sendo relegados ao esquecimento. Os Templos para Iniciações, porém, ainda subsistem na Região Etérica do Mundo Físico.

Cada grande Religião tem o seu Templo, sendo por ele inspirada e dirigida em seu serviço. A Bíblia indica o lugar onde se encontra o Templo Místico de nossa época, quando faz referência à Nova Jerusalém.

A quadrangular cidade de Ezequiel e a das revelações são descrições dos Templos da Nova Época, como também dos corpos sublimados das pessoas pioneiras que neles servirá.

Ezequiel viu uma cidade formada de essência sublimada dos Elementos: Fogo, Ar, Água e Terra. Essa cidade tem doze portões de entrada, sendo três de cada lado.

Cada um identifica-se com um dos Signos do Zodíaco. Conjuntamente simbolizam o Corpo-Alma, o qual nos habilitará ao encontro com Cristo nas nuvens da Cidade Santa. São as doze rosas na Cruz da Humanidade, cujo desabrochar será realidade naquele glorioso porvir.

Em redor dessa cidade não há fortificações ou armamentos, pois não existirão contendas. Será habitada por uma Humanidade renovada. A Nova Cidade será construída da essência sublimada dos quatro Elementos. Tem a mística medida de 144 côvados (1 + 4 + 4 = 9, o número da Humanidade). São doze portões guardados por doze Anjos. Nesses portões acham-se inscritos os nomes das doze “tribos de Israel”, simbolizando o elevado impulso das doze Hierarquias Criadoras.

Os doze fundamentos ou essências dessa cidade têm os nomes dos doze Apóstolos de Cristo. Simbolizam o “o ser humano integral”.

(Traduzido por F. P. Preuss da Revista Das Rosenkreuz e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – março/1973 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Uma Conta Simples sobre Quantidade de Renascimentos aqui

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que nós, Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui, em uma regra geral (pois há exceções), renascemos aqui, em média, duas vezes em cada Era Zodiacal, expressando-nos na Região Química do Mundo Físico, alternadamente como sexos masculino e sexo feminino, a fim de adquirirmos todas as espécies de experiência, posto que a experiência de um sexo difere amplamente da do outro. Ao mesmo tempo, como as condições externas não se alteram demais num milhar de anos, a entidade pode, por um lado, receber experiências em idêntico ambiente, tanto como homem quanto como mulher. E, por outro, cada Signo Zodiacal, ao interagir com o Sol, proporciona condições próprias e diferentes dos demais Signos.

Pelo fenômeno da Precessão dos Equinócios (um dos inúmeros movimentos do Planeta Terra), sabemos que uma Era Zodiacal dura, aproximadamente, 2.155 anos, o tempo que a intersecção entre a Eclíptica (o movimento aparente do Sol, visto da Terra) e o círculo do Zodíaco no atual mês de março (que marca o Equinócio de Março) demora para percorrer a distância angular de 30 graus, correspondente a um Signo.

Lembrando que só temos Eras e Épocas durante a nossa passagem pela metade da quarta Revolução deste Período Terrestre. E que cada Época tem 3 Eras. Exemplos: Época Atlante teve as Eras de Touro, Gêmeos e Câncer; Época Ária tem as Eras de Áries, Peixes e Aquário.

Pelas mesmas razões por que precisamos renascer duas vezes em cada Era Zodiacal, nós precisamos renascer, em média, 24 vezes em cada ciclo completo de Eras que são em número de 12 no total.

Por outro lado, como aprendemos na Fraternidade Rosacruz, conforme o Sol atravessa os diferentes Signos, no curso do ano, as mudanças climáticas e outras tais nos afetam como também impactam nossas atividades de várias maneiras. Semelhantemente, a passagem do Sol por Precessão dos Equinócios através dos doze Signos do Zodíaco, que é chamado Ano Mundial, produz na Terra as mais variadas condições. Assim, um Ano Mundial tem a duração de, aproximadamente, 25.860 anos (12 x 2.155). Consequentemente, durante um Ano Mundial nós renascemos aqui 24 vezes.

(Publicado na Revista Amizade Rosacruciana de Junho/1987 – Centro Rosacruz Max Heindel – Lisboa – Portugal)

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O “Vinho” como Fator da Evolução – Parte 3

Épocas – Eras

Vejamos, agora, os elementos adicionados em nossa Evolução em cada Época do Período Terrestre

Relembrando que estamos na 3ª Revolução e meia ou na metade da 4ª Revolução do Período Terrestre, denominada também como Revolução Terrestre. Precisamente no Globo D, nesta 4ª Revolução ou Revolução Terrestre a qual está dividida em 7 Épocas, Épocas essas perfeitamente correlacionadas com os Períodos mencionados na Bíblia.

No quadro a seguir apresentamos as 7 Épocas supramencionadas, vinculadas a um Elemento que as correlacionam, respectivamente, com os Ensinamentos Bíblicos e com o trabalho específico processado em cada Corpo até os dias atuais e futuros

Revolução Período TerrestreElementoSimbologia BíbliaTrabalho
Época PolarMineralAdão foi feito da TerraCorpo Denso
Época HiperbóreaVegetaisCaim era um agricultorCorpo Vital
Época LemúricaLeiteAbel era pastor de ovelhasCorpo de Desejos
Época AtlanteCarneNimrod era um caçadorVeículo Mente
Época ÁriaÁlcool   Sem carne Sem álcool1ª parte: “Noé se embriagou”   2ª parte: Dias atuais  1ª focar na Região Química 2ª sutilizar os Desejos / Altruísmo – Construção do Corpo-Alma
Época Nova Galileia – Nova JerusalémÉtera carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus” – S. Paulo apóstolo. Cristo voltará e emitirá a nota-chave para viverem no Corpo-Alma.Corpo-Alma
Época Reino de DeusÉterCorpo-Alma

Observemos que para garantir nosso sucesso na transição da Época Atlante para a Época Ária fez-se necessário a ingestão da carne animal para endurecimento dos ossos, formação de tendões, de músculos e construção do  esqueleto para podermos funcionar na Região Química do Mundo Físico com a atmosfera que temos agora; indispensável também se tornou o consumo de bebidas alcoólicas para focarmos na Região Química do Mundo Físico e para auxiliar na transformação interna da carne animal como alimento.

Ou seja, a inclusão da bebida alcoólica teve dois motivos principais:

1-Dominar as células da carne animal – para depois tirar nosso “sustento”; dominar depois assimilar;

2-Dominar/conquistar a Região Química do Mundo Físico (estávamos em uma fase “cômoda” de “esperar as instruções dos Anjos, Senhores da Mente, de Mercúrio etc.)

Relembremos, também, que nesta atual Época Ária quem nasceu no ocidente tem como objetivos: construir o Corpo-Alma para poder funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, devendo, para isso, vivenciar o Cristianismo Esotérico, ter “Cristo como ideal” e sutilizar os Corpos.

Já quem nasceu no oriente tem como objetivos: conquistar, ainda, a Região Química do Mundo Físico.

O método de desenvolvimento espiritual da Fraternidade Rosacruz é ocidental porque é Cristão e é para todas as pessoas que compreendem a necessidade de funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, começando já a trabalhar como um Auxiliar Invisível ainda que inconsciente. O caminho dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental é o mais seguro, porque ensina o neófito como limpar seu Corpo de Desejos, diariamente. Dessa maneira, vive, aqui e agora, suas experiências do Primeiro Céu e Purgatório.

Abordemos, agora, o assunto Era. Dá-se o nome de Era à passagem do Sol, ao “cruzar” o equador terrestre no sentido norte para o sul, a cada ano (uma vez por ano) por determinado Signo, em virtude da Precessão dos Equinócios.Estamos no final da Era de Peixes, já em transição e influência da Era de Aquário.

As Eras estão ligadas à Precessão dos Equinócios – fenômeno que ocorre quando o Sol percorre todo o Zodíaco e o período de tempo é de 25.868 anos. A cada ano o Sol cruza o Equador da Terra por volta de 21 de março (data em que os dias e as Noites registram a mesma duração). Em decorrência da Precessão dos Equinócios, o Sol move-se para trás através dos doze Signos do Zodíaco à razão aproximada de um grau de espaço a cada 72 anos; através de um Signo (30 graus de espaço) a cada 2.100 anos, aproximadamente, completando todo o círculo em cerca de 26.000 anos.

Deve-se isso ao fato de a Terra não girar em torno de um eixo estacionário. O   eixo dela tem um movimento lento, oscilante, próprio (semelhante ao de um pião que já perdeu parte da força), descrevendo, assim, um círculo no espaço, pelo que uma estrela após outra se converte em Estrela Polar.

Por causa desse movimento oscilante o Sol não cruza o Equador no mesmo ponto todos os anos, mas sempre um pouco antes, razão do termo “Precessão dos Equinócios”, isso é, o equinócio “precede” – chega mais cedo.

Se a cada 1000 anos nascemos em sexos alternados (Mulher e Homem) temos a oportunidade de aprender em cada Era uma vez com Corpo Feminino (Imaginação) e outra com Corpo Masculino (Vontade)

Todo fim de uma Era, nos últimos 8 graus de cada Signo, irmãos e irmãs atrasados aproveitam essa época – vibrações da próxima Era – para acelerar seu desenvolvimento e recuperar e aprender as lições que negligenciaram na Era que ora finda. Quando Cristo apareceu aqui estávamos a 8 graus do Signo de Áries, assim o que devemos fazer para vivenciar os ensinamentos da Era de Peixes é fornecido pela seguinte lógica: se estamos em uma Era para passar para outra Era temos que vivenciar e aprender as lições proporcionadas pelo Signo oposto ou Era anterior. Assim, se estamos na Era de Peixes indo para Era de Aquário temos que aprender as lições do Signo oposto que é Virgem.

Se estamos na Era de Áries para passar para Era de Peixes temos que aprender as lições de Libra (Justiça, Equilíbrio, Harmonia, Parcimônia, capacidade de se relacionar por meio de associações, sociedades, grupos equipes cônjuges para entender como funciona o processo, saber até onde começa seu direito e até onde vai o direito do outro e por último: Eu posso não concordar com seu ponto de vista, mas eu o defenderei até o final de minha vida).

Vamos ver o que aconteceu na transição da Época Atlante para a Época Ária. Recordemos que a Época Atlante foi a quarta das sete Épocas que estamos passando, aqui na 4ª Revolução do Globo D do Período Terrestre. Uma Mente foi acrescentada a nós em evolução, que ficou com o estado atual: um Tríplice Corpo e a MenteNimrod ou Nemrod, descrito como um caçador na Bíblia, simboliza o ser humano da Época Atlante: matava para comer. Esse é o significado da frase bíblica: “Nimrod era um caçador poderoso “. Uso da astúcia no cotidiano. Tínhamos percepção espiritual, mas nos portávamos como um Clarividente involuntário atualmente. Nós, o Ego, éramos muito fracos na condução e no domínio dos nossos Corpos e a natureza de desejos era muito forte. É mencionada na Bíblia (Gn 1:24-27). Sexto dia da criação na Bíblia. Passamos por sete Raças, em que a quinta Raça foi a que mais evoluiu. Obtivemos a Consciência de Vigília. O calor interno do Globo e o frio exterior produziram uma atmosfera de névoa.

Já na quinta Época, a Ária – a Época atual –, das sete Épocas que estamos passando, aqui na 4ª Revolução do Globo D do Período Terrestre. Nossos Corpos se tornaram concêntricos: total consciência de vigília. O pensamento e a razão foram desenvolvidos por nós para nos manifestarmos aqui. Aqui começou, de fato, o nosso trabalho neste Período. Tudo foi feito para que focássemos no nosso desenvolvimento aqui na Região Química do Mundo Físico. Foi acrescentado o vinho na nossa alimentação (Noé). É mencionada na Bíblia (Gn 1:28). É o sétimo dia da criação na Bíblia. Os vanguardeiros ou pioneiros da Onda de Vida humana foram Iniciados na Época Ária. Passamos pelas sete Raças da Época Ária. Virão mais duas Raças ainda nesta Época.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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Quarta Época, a Atlante, do Período Terrestre

Podemos dizer que a principal característica dessa Época estava na constituição da atmosfera do nosso Campo de Evolução, no caso, a Terra. Pois do norte do Planeta Terra vinham os blocos de gelo da região boreal e do sul vinha o sopro ardente dos vulcões, que ainda estavam muito ativos. O continente atlante era o ponto de encontro dessas duas correntes e, consequentemente, a atmosfera estava sempre sobrecarregada por um nevoeiro espesso e pesado.

A água não era tão densa como agora, pois continha uma proporção maior de ar e de outros elementos gasosos em suspensão. Além disso, havia muita água suspensa na atmosfera pesada e nebulosa desse lugar que chamávamos de Atlântida. Nesse início da Época Atlante ainda não havia chuva e a atmosfera era uma névoa úmida e quente, através da qual o Sol parecia como uma de nossas lâmpadas incandescentes num dia de neblina; além disso, o fenômeno do arco-íris era uma impossibilidade de acontecer (já que se trata de um fenômeno ótico e meteorológico que se forma quando a luz branca solar entra em contato com as gotas de água na superfície, sofrendo os fenômenos de reflexão e refração da luz, que ocasionam a dispersão da luz em todas as suas sete tonalidades: vermelha, laranja, amarela, verde, azul, anil e violeta.). Assim, o arco-íris teve condições de aparecer na próxima Época – a presente Época Ária – quando a névoa se condensou em chuva, inundou as bacias da Terra e deixou a atmosfera clara, como descrita na história de Noé (relatada na Bíblia), e que com isso apontou o início dos ciclos da Lei das Alternâncias que trazem o que temos hoje, como o dia e a noite, o verão e o inverno.

Até meados da primeira parte da Época Atlante estávamos sob a orientação direta das Hierarquias Criadoras. Nós éramos incapazes de tomar iniciativas; as mudanças ocorriam mediante grandes cataclismos naturais planejados pelas Hierarquias Criadoras encarregadas da nossa evolução.

Uma das doze Hierarquias Criadoras ou Zodiacais, conhecida como os Senhores da Mente, irradiaram de si mesmo o germe da Mente para cada um de nós. O veículo Mente nos foi fornecida como um ponto focal entre nós, o Ego, e o nosso Tríplice Corpo, completando a nossa constituição que ficou, então, equipada para conquistar o mundo e gerar força anímica pelo seu esforço e experiência, tendo individualmente vontade própria e livre-arbítrio, exceto quando limitado pelas leis da natureza e por suas próprias ações anteriores.

Como o nosso – Ego – domínio era excessivamente débil e a nossa natureza passional (de desejos) muito forte, a Mente nascente uniu-se ao Corpo de Desejos, originando a astúcia, causa de todas as debilidades dos meados do último terço da Época Atlante. Portanto, a astúcia foi desenvolvida, produto da Mente não governada por nós. A astúcia une-se ao desejo sem ter em conta se esse é bom ou mau, ou se pode trazer alegria ou dor.

Até a segunda das três partes da Época Atlante ainda estávamos na fase “Involução” do Esquema de Evolução, ou seja, nós, o Ego – o Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui, ou o Tríplice Espírito, ainda estávamos tomando posse do nosso Tríplice Corpo. No final da segunda parte da Época Atlante alcançamos o nadir da materialidade, isto é, o ponto mais denso em matéria (na Região Química do Mundo Físico) que devemos passar em todo o atual Esquema de Evolução, ou seja: findamos a parte de “Involução” e começamos a subir na parte “Evolução” deste Esquema de Evolução.

A construção dos nossos olhos, como temos atualmente, começou na Época Lemúrica e progrediu, mas, até o final da Época Atlante, não havia o sentido da visão, como hoje o conhecemos.

No último terço da Época Atlante, o ponto do Corpo Vital uniu-se ao ponto correspondente do Corpo Denso. Desde esse momento obteve a plena visão e percepção do Mundo Físico. A maioria perdeu gradualmente a capacidade de perceber os Mundos superiores. Por isso, nossa consciência foi se focalizando no Mundo Físico, se bem que as coisas não apareceram com nitidez até a última parte da Época Atlante. Só então começamos a conhecer a morte como solução de continuidade que se produzia na consciência, ao passar para os Mundos superiores depois de morrermos, e quando retrocedíamos ao Mundo Físico para renascermos aqui.

O nosso cérebro e a nossa laringe foram construídos durante a última parte da Época Lemúrica e os primeiros dois terços da Época Atlante, até que nos convertemos em um ser pensante, que raciocina: completamente consciente no Mundo Físico.

Em meados do último terço da Época Atlante, começavam a surgir as nações separadas. Grupos de pessoas entre si notavam gostos e costumes semelhantes, abandonavam os antigos lugares e fundavam uma nova colônia. Porém, recordavam os antigos costumes e, no possível, seguiam-nos em seus novos lugares, criando ao mesmo tempo outros em harmonia com novas ideias e necessidades particulares.

No final da Época Atlante o Sol brilhou pela primeira vez sobre nós, tal como o conhecemos hoje. Podemos dizer que foi quando “nascemos pela primeira vez no mundo atual”. Foi quando contemplamos as montanhas e seus contornos, deparamos com a beleza das campinas, das criaturas que se moviam, dos pássaros, ou melhor, quando tomamos conhecimento de nós mesmos na Região Química do Mundo Físico.

Como em todas as Épocas, o alimento era escolhido especificamente para servir às necessidades. A atividade do pensamento esgota as células nervosas; mata, destrói e leva à decomposição. Por isso, o alimento do Atlante era, por analogia, constituído de carcaças mortas. Eles matavam para comer, razão pela qual a Bíblia diz que “Nimrod era um caçador poderoso”.  Nimrod representa o ser humano da Quarta Época.

Depois da imersão da Atlântida – continente que existiu entre a Europa e a América, no lugar ocupado agora pelo Oceano Atlântico – os que se salvaram da destruição começaram a cultivar a videira e a fazer vinho, conforme conta a Bíblia na história de Noé. E Noé simboliza os remanescentes da Época Atlante, núcleo da quinta Raça e, portanto, nossos progenitores.

Noé cultivou a vinha e forneceu uma bebida alcoólica para estimular o ser humano dessa Época Atlante. Dessa forma, equipado com uma constituição heterogênea, com uma dieta apropriada à ocasião e leis divinas para guiá-lo, nos tornamos responsáveis por nossas próprias iniciativas na batalha da vida.

Essa Época é mencionada na Bíblia (Gn 1:24-27) como o Sexto dia da criação.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

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O “Vinho” como Fator da Evolução – Parte 2

Se o Álcool faz tanto mal ao nosso organismo por que foi necessário no nosso desenvolvimento?

Para os Estudantes que estão em uma Escola Esotérica séria – como a Fraternidade Rosacruz –, a qual busca elevar seus Corpos e veículos para um trabalho superior nos Mundos espirituais, é de extrema importância conhecer os efeitos do álcool, assim como o porquê de ter sido acrescentado na nossa Evolução. Notemos que para todas as menções do álcool acima o verbo está no passado. Assim, para entender melhor o assunto em tela precisamos abordá-lo desde o início do atual Esquema de Evolução, no qual todos estamos inseridos, e verificar o motivo pelo qual a utilização e/ou consumo desse elemento não ser recomendado para um Aspirante à vida superior.

Aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes que o propósito da Evolução é o nosso desenvolvimento desde um Deus estático a um Deus dinâmico, um criador.

Essa consciência individual (de nós mesmos, como indivíduos separados), o poder anímico (o poder da Alma) e a Mente criadora são faculdades que adquirimos durante todo o processo de Evolução.

O que é conhecido como início da nossa peregrinação evolutiva através dos cinco Mundos de substância mais densa a do nosso Mundo dos Espíritos Virginais.

O objetivo de toda essa peregrinação, ou seja, da nossa evolução, é tornarmo-nos conscientes e capazes de dominar a matéria desses Mundos.

Atualmente estamos trabalhando somente em três desses 5 Mundos, quais sejam: Mundo do Pensamento, Mundo do Desejo e Mundo Físico.

Somos um Ego (um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado) definido como a Vida que se junta à Forma para, por seu intermédio, obter a Consciência.

A forma mais eficiente de evoluir: serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) focado na divina essência oculta ao irmão ou à irmã no seu entorno.

A primeira parte desse Esquema de Evolução é chamada de descendente ou de “Involução”.

Para conquistarmos os três Mundos precisamos, primeiro, aprender a construir Corpos com material desses Mundos, pois para funcionar em qualquer Mundo e expressar as qualidades que lhes são peculiares é necessário possuir um veículo formado da matéria desse Mundo.

Ou seja, precisamos mergulhar nesses Mundos, indo do Mundo dos Espíritos Virginais ao Mundo Físico. Para isso temos um Esquema de Evolução, baseado em Períodos, Globos, Revoluções, Recapitulações, Noites Cósmicas, Épocas e Eras.

Aprendemos nos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental que os sete Períodos de desenvolvimento possuem, respectivamente, os nomes dos Astros que regem os dias da semana, porque, usado o termo em seu sentido mais amplo, tais Períodos são os sete Dias da Criação. Significam, também, as transformações do nosso Planeta Terra, nada tendo a ver com os Astros do céu, exceto que as condições que eles representam aproximam-se daquelas dos Astros de mesmo nome.

Os sete Períodos denominados:

1.         Período de Saturno;

2.         Período Solar;

3.         Período Lunar;

4.         Período Terrestre (dividido em 2 metades: 1ª Marciana e 2ª Mercuriana);

5.         Período de Júpiter;

6.         Período de Vênus;

7.         Período de Vulcano.

Nosso trabalho inicial foi o de aprender a construir Corpos para funcionar nos Mundos: Físico, de Desejos e do Pensamento. Para isso peregrinamos por alguns desses Períodos, pois precisávamos de determinadas condições do nosso atual Planeta Terra.

E quais foram esses Períodos?

1.         Período de Saturno

2.         Período Solar

3.         Período Lunar

4.         Metade Marciana do Período Terrestre

Durante todo esse tempo passamos aprendendo a construir Corpos, experimentando-os, em funcionamento, nesses respectivos Mundos.

De onde concluímos que durante os três Períodos e meio precedentes à nossa condição atual, isto que agora chamamos de Planeta Terra, juntamente com tudo o que nela há, inclusive nós, foram gradativamente solidificados a partir de um sutil estado até outro de densidade muito maior.

É essa parte da Evolução que chamamos de Involução: um trabalho inconsciente, de construção de corpos ou veículos para cada um dos Mundos, em um Campo de Evolução que se alterava para facilitar tal aprendizagem.

Ou seja: a Involução nos traz à matéria pela nossa cristalização em Corpos.

Nessa parte do nosso caminho, nossa consciência (essa consciência que hoje utilizamos para nos expressar neste Mundo Físico, como agora, ou no Mundo do Desejo, quando temos nossas emoções e sentimentos, ou no Mundo do Pensamento, quando criamos nossas ideias e pensamentos-forma) estava dirigida para dentro, para construirmos esses Corpos, ajudados e muito, por seres superiores, cada um especialista em um tipo de matéria.

No Período de Saturno, os Senhores da Chama (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe do Corpo Denso e despertaram em nós o veículo Espírito Divino. O estado de inconsciência do ser humano era semelhante ao do Corpo Denso submerso em transe profundo.

No Período Solar, os Senhores da Sabedoria (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe do Corpo Vital, ajudaram a reconstruir o Corpo Denso e as glândulas e o canal alimentício começaram a germinar. Os Querubins (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) despertaram em nós o veículo Espírito de Vida. A inconsciência foi sucedida pela consciência do sono sem sonhos.

No Período Lunar, os Senhores da Individualidade (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe do Corpo de Desejos, ajudaram a reconstruir o Corpo Denso e Vital e o esqueleto, os músculos e nervos começaram germinar. Os Serafins (outra das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) despertaram em nós o veículo Espírito Humano. Tínhamos a consciência do sono com sonhos, uma consciência pictórica interna. No Período Lunar obtivemos o primeiro vislumbre da atual consciência de vigília.

No Período Terrestre, os Senhores da Mente (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) irradiaram de si mesmo o germe da Mente. A Mente está no seu estágio “mineral”. A atual onda de vida mineral iniciou a sua evolução nesse Período. Começamos a trabalhar com a onda de vida mineral nesse Período. Foi nesse Período que ocorreu o encontro do nosso Tríplice Espírito, com o nosso Tríplice Corpo, por meio do veículo Mente, e isso marca o nascimento do indivíduo, do ser humano, do Ego, quando tomamos posse dos nossos veículos.

O Ego podia então entrar, agir e expressar-se por meio da espinha dorsal vertical, pelo que construiu a laringe vertical, bem como o cérebro, para sua adequada expressão no Corpo Denso.

O cérebro foi formado na primeira revolução do Período Terrestre com o propósito de ser um veículo para receber o germe da Mente.

Neste Período, logo após a Época Atlante, mais precisamente na 1ª Parte da Época Ária, o álcool foi acrescentado na evolução do Ser Humano e seu efeito foi a perda da visão dos Mundos Espirituais com o propósito de focar e conquistar a Região Química do Mundo Físico, simbolicamente mencionada na Bíblia pela figura de Noé.

Noé, simboliza nós, seres humanos, quando vivíamos na Época Atlante, portanto: os atlantes, os antigos habitantes da Atlântida, núcleo da quinta Raça, a Raça Ária, portanto, sobreviveram à destruição desse continente, período que compreende o final da Época Atlante e a nossa presente Época Ária. Lemos na Bíblia a história de como Noé e o remanescente de seu povo foram salvos, com ele, do dilúvio e formaram o núcleo da Humanidade da Época do Arco-Íris, na qual vivemos agora. O desenvolvimento dos pulmões e a construção das costelas, apoiadas no osso externo, é o significado do símbolo “arca de Noé”, na qual os mais adiantados puderam passar para a atual Época Ária.

Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Vinho, como bebida alcoólica, usado neste Esquema de Evolução – Parte 1

Sabemos que o vinho, por definição, vem do grego clássico οἶνος, através do latim vīnum e que pode significar também “videira”. Genericamente conhecida como uma bebida alcoólica produzida da fermentação do suco de uva.

Tanto na União Europeia quanto no Brasil o vinho é uma bebida obtida exclusivamente por fermentação parcial ou total de uvas frescas, inteiras ou esmagadas ou de mostos (Mosto é um tipo de mistura açucarada destinada a fermentação alcoólica. Em vinicultura, o termo é usado para se referir ao sumo de uvas frescas utilizado antes do processo de fermentação). No Brasil, excepcionalmente, é proibido a aplicação do termo “vinho” a partir de outras matérias-primas.

Importante entendermos o que é fermentação, pois nem todo tipo é prejudicial nossa saúde. Sabemos que na indústria alimentícia a fermentação é bastante utilizada para diversos produtos, como pães, queijos, picles, os quais são ingeridos sem que haja ocorrência de efeito entorpecente comparado ao do álcool que iremos abordar adiante. Assim, é importante conhecermos mais profundamente o processo da fermentação.

Os processos fermentativos ocorrem desde a antiguidade, porém naquela época não se tinha o conhecimento de como a uva se transformava em vinho, a cevada em cerveja e a farinha em pão. Bem mais tarde, estudiosos começaram a esclarecer o fenômeno envolvido nessas transformações, a então denominada fermentação. Uma definição mais restrita, porém, ainda muito utilizada, é a de que a fermentação é o mecanismo anaeróbico (sem oxigênio) de produção de energia que não envolve a cadeia respiratória. Atualmente, essa definição foi mais ampliada pelo fato de alguns processos que são conduzidos utilizando-se o oxigênio e a cadeia respiratória serem, também, classificados como processos fermentativos, citando-se, como exemplo. a produção de enzimas microbianas. Portanto, um novo conceito mais abrangente para fermentação consiste no processo que ocorre quando o microrganismo se reproduz, a partir de uma fonte apropriada de nutrientes, visando a obtenção de um bioproduto.

A fermentação é um processo anaeróbico (que não utiliza o gás oxigênio na produção de energia) de síntese de ATP que não envolve a cadeia respiratória e tem como aceptor final de hidrogênios um composto orgânico, ou seja, é um processo realizado por organismo com o objetivo de obter energia. Esse, é realizado por algumas bactérias, protistas e fungos. Ela ocorre no citosol da célula e é realizada por seres anaeróbicos, mas também pode ser uma alternativa de energia para os organismos aeróbicos em situações nas quais o gás oxigênio está ausente ou em níveis reduzidos (hipóxia). Os organismos primitivos se originaram em um mundo cuja atmosfera carecia de O2 e, por isso, a glicólise é considerada o mecanismo biológico mais primitivo para a obtenção de energia a partir de macromoléculas presentes em todas as atuais formas de vida.

Isso porque, no curso da evolução, a química dessa sequência de reações foi completamente conservada. As enzimas glicolíticas dos vertebrados são intimamente similares (na sequência de aminoácidos e na estrutura tridimensional), às enzimas presentes nas leveduras.

Temos vários tipos de fermentação. Vamos conhecer as principais:

Na fermentação lática, o piruvato é transformado em lactato (ou ácido lático). Os NADH formados na glicólise são reoxidados, perdendo elétrons e originando NAD+. Essa perda de elétrons fornece energia para a transformação do piruvato em lactato. O NAD+ é o aceptor final dos íons hidrogênios. Algumas bactérias, protozoários e fungos realizam a fermentação lática. Mas, o exemplo mais comum que temos são as nossas células musculares. A atividade física demanda alto consumo de energia, e a respiração celular é que produz toda a energia necessária para sua realização.

Contudo, quando prolongamos demais o tempo do exercício ou quando ele é muito intenso, o oxigênio disponível nas células pode ser insuficiente para a respiração celular e, com isso, as células degradam anaerobicamente a glicose em ácido lático.

Esse processo gera um acúmulo de ácido lático nas células musculares, que, em excesso, causa dores e incômodo. Somente quando o esforço físico acaba que o ácido lático é transformado de volta em piruvato e degradado normalmente na respiração celular.

Dentre as bactérias, as mais comuns na realização da fermentação lática são as do gênero Lactobacillus. Elas são utilizadas na fabricação de coalhadas, iogurtes e queijos.

Na fermentação alcoólica, assim como na lática, a glicólise acontece normalmente. Porém o piruvato sofre uma descarboxilação (perde uma molécula de CO2) e forma um composto com dois carbonos chamado acetaldeído.

As duas moléculas de NADH formadas na glicólise são reoxidadas, perdendo elétrons e originando dois NAD+. O acetaldeído, então, sofre redução (isto é, recebe os elétrons perdidos pelo NADH) pela enzima álcool desidrogenase e origina o etanol (ou álcool etílico).

Na fermentação acética, o álcool é transformado em ácido acético, vulgarmente conhecido como vinagre. A fermentação do etanol é realizada pelas bactérias acéticas que pertencem à família Pseudomonodaceae.

Vamos estudar a palavra “álcool” e o que é:  ela vem do árabe al-kohul que é uma classe de compostos orgânicos. Possuem, na sua estrutura, um ou mais grupos de hidroxilas ligados a carbonos saturados. Entre esses compostos, temos como exemplo o etanol. O etanol utilizado como combustível, esterilizante e solvente. É o componente principal das bebidas alcoólicas.

Já o etanol, conhecido como álcool etílico, é o tipo de álcool mais comum. É formado pela fermentação anaeróbica (sem ar) do açúcar. Usado para limpeza doméstica, fabricação de formaldeído, aditivo de gasolina. Também é combustível para automóveis. Está contido nas bebidas alcoólicas

O etanol pode ser produzido por fermentação de biomassa ou a partir de hidratação do eteno. A via fermentativa usa matérias-primas de origem vegetal que possuem altos índices de frutose. A principal matéria-prima utilizada é a cana-de-açúcar, mas podem também ser usados outros insumos como o milho, a mandioca e o eucalipto. Após o corte, é feito o transporte da matéria para a usina, onde ocorre a lavagem e a moagem seguida da filtragem, obtendo-se, então, a garapa e o bagaço. A garapa é aquecida, formando um líquido viscoso e rico em açúcar, o melaço.

Depois, adiciona-se ao melaço um pouco de água e ácido, obtendo-se o mosto. Após 50 horas de fermentação 13% do mosto torna-se álcool e é enviado para a destilação.

Para obter o álcool etílico a partir da mistura é feita uma destilação fracionada. Para o álcool puro ou anidro, retira-se a água excedente. O processo consiste na adição de cal vivo à mistura que ao entrar em reação com a água forma o hidróxido de cálcio que não é solúvel em álcool, assim formando uma mistura heterogênea que é separada.

Observemos, a seguir, a influência do consumo do “álcool” em nós. A percepção inicial é que o álcool é uma droga depressora do sistema nervoso central. Causa desinibição e euforia quando ingerido na forma de bebidas alcoólicas. Em doses mais altas, o álcool é prejudicial à saúde física, podendo causar estupor e até coma.

Influencia muito os neurotransmissores, pois o etanol aumenta os efeitos do Gaba, causando os movimentos lentos e a fala enrolada que frequentemente se observam em pessoas alcoolizadas. Inibe o neurotransmissor excitatório glutamato, suprimindo seus efeitos estimulantes e leva a um tipo de retardamento fisiológico. O sistema Gaba atua sobre o controle da ansiedade. Ou seja, quando “armado” pela inibição da produção de glutamato, deixa as pessoas mais relaxadas e com capacidade de interagir melhor com grupos. Quanto mais Gaba, menos autocontrole. A ingestão de álcool está fortemente associada à manifestação de violência, aos comportamentos impulsivos e agressivos. Afinal, a impulsividade é controlada pelo sistema Gaba e o álcool é um modulador alostérico positivo do receptor GABA-A. Assim, o álcool pode aumentar a impulsividade e reduzir o controle das funções executivas, isso é o controle top-down, sobre os comportamentos sociais.

Ansiedade é um sentimento ligado à preocupação, ao nervosismo e ao medo intenso. Apesar de ser uma reação natural do corpo, a ansiedade pode virar um distúrbio quando passa a atrapalhar nosso dia a dia. 

Além disso, o álcool também aumenta a liberação de serotonina, neurotransmissor que serve para regular o prazer e o humor. Com mais serotonina, que é considerado o hormônio da felicidade, mais euforia – e, em alguns casos, atitudes que podem resultar em atos violentos tal como acontece com o Gaba. Existe, também, o efeito do neurotransmissor glutamato. No caso, em uma situação em que o álcool é constantemente ingerido, ocorre um aumento dos receptores glutamatérgicos.

Pessoas com dependência de longa data, quando interrompem o consumo de álcool mediante uso de bebidas alcoólicas, muitas vezes começam a sofrer síndrome de abstinência, ficando hiperativas, podendo desencadear crises convulsivas e, até mesmo, sofrer acidentes vasculares cerebrais.

Vejamos, agora, alguns efeitos e consequências do consumo de bebidas alcoólicas. Os efeitos são percebidos em dois períodos: um de estímulo e outro de depressão. No estímulo, o usuário se torna eufórico e desinibido. Na depressão, ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Alguns efeitos agudos são sentidos pelos órgãos: fígado, coração, vasos sanguíneos e estômago.

Segundo a OMS, o consumo de álcool quando superior a 60 gramas por semana é considerado abusivo e extremamente nocivo para a saúde. No mundo, 11,5 % dos consumidores de álcool bebem em excesso semanalmente. Estima-se que pelo menos 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo morrem por ano por causa do consumo inadequado de álcool.

Um consumo exagerado de álcool, principalmente em um curto espaço de tempo, pode gerar falhas no sistema de registro cerebral, levando a pessoa a sofrer um blecaute alcoólico. O chamado Transtorno Amnésico Alcoólico consiste em uma perda de memória das situações que ocorreram durante esse consumo, das quais, no dia seguinte, a pessoa não se lembrará de quase nada. Isso ocorre porque circuitos do hipocampo, área do cérebro que tem papel crucial em consolidar as memórias do nosso cotidiano, são inibidos pelo álcool. Outra grave síndrome neuropsiquiátrica associada ao consumo exacerbado do álcool é a Síndrome de Wernicke-Korsakoff.

A Cirrose é uma condição médica em que o fígado deixa de funcionar corretamente devido às lesões prolongadas, caracterizadas pela substituição do tecido normal do fígado por tecido fibroso, isto é, há formação de tecidos de cicatrização no lugar de células saudáveis no fígado.

Vamos, agora, entender o significado esotérico do “álcool” nos ser dado como complemento ao alimento em um momento longínquo passado nesse Esquema de Evolução: sabemos que o álcool foi inserido na nossa evolução para que focássemos na Região Química do Mundo Físico. Alguns questionamentos para facilitar a abordagem do tema:

  1. Em qual Período o Álcool foi inserido na nossa evolução?

Resposta: No Período Terrestre

  • Mais precisamente em que Época?

Resposta: Época Ária

  • Se o Álcool faz tanto mal ao nosso organismo, por que foi necessário no nosso desenvolvimento?

Resposta: Focar na Região Química do Mundo Físico

  • Quanto tempo leva para que nosso veículo físico fique totalmente livre de substâncias como álcool? Existe algo que possamos fazer para auxiliar nesse processo?

Resposta: Para um Estudante Rosacruz que oficia os Rituais do Serviço Devocional e executa os Exercícios Esotéricos Rosacruzes, a partir do momento em que não se ingere mais bebidas alcoólicas, o nosso Corpo Denso começa a expelir os componentes químicos e em 7 dias o ciclo estará totalmente completo.

Vamos ver os efeitos do “álcool” na nossa parte espiritual: Baco era conhecido como o Espírito do Álcool que provocava uma “mudança de Personalidade”. Como efeito colateral paralisa o nosso trabalho (do Ego), principalmente na nossa memória de origem, fazendo com que esqueçamos nossa origem divina. Gera visões do entorpecente: distorções de alucinações do nosso cérebro, facilita a obsessão por Elementais, estimula visões espirituais do modo passivo (Espírito mais passivo, mais seus corpos são dominantes, seus corpos são materiais, perecíveis, transitórios etc.), a utilização de álcool e drogas é passivo e não espiritual. O álcool, a carne animal e os estimulantes são elementos que focam a pessoa na matéria, razão pela qual espiritualistas, quando começam a adquirir consciência de sua origem, deixam de consumir esses elementos!

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Primeira Época, a Polar, do Período Terrestre

As Épocas foram criadas para nos ajudar a atravessar a parte da matéria mais densa de todo o Esquema de Evolução, no caso quando nós, a Onda de Vida humana, passamos pelo Nadir da materialidade no Período Terrestre, mais exatamente pela quarta Revolução no Globo D. Foi justamente na metade dessa Revolução no Globo D que passamos pela parte mais densa que deveríamos passar neste atual Esquema de Evolução e, para facilitar a assimilação das lições que devemos aprender houve a necessidade da divisão em Épocas: da mais sutil para a mais densa e depois da mais densa para a mais sutil.

A Época Polar foi a primeira das sete Épocas que passamos e a primeira mais sutil. Esse é o nome dado a um período de tempo em que estávamos confinados à região polar do Sol. Portanto, a nossa Terra ainda fazia parte do Sol e se encontrava num estado ígneo, ou seja, as substâncias que hoje constituem o nosso mundo estavam em fusão e a atmosfera era gasosa. Repare: tudo formado por material da Região Química do Mundo Físico!

Dessa substância química, sutil do Sol, construímos o nosso primeiro Corpo Denso mineral, auxiliado pela Hierarquia Criadora Senhores da Forma.

E pelos Ensinamentos Rosacruzes sabemos que a nossa evolução é sempre espiral dentro de espiral; então a Época Polar foi uma Recapitulação do Período de Saturno. Pode-se dizer que durante esse tempo passamos através do estado mineral: tínhamos um Corpo Denso e a consciência semelhante à do estado de transe profundo.

Para entendermos melhor, em todas as Épocas sempre ocorre a Recapitulação do Período respectivo, pois podemos considerar com um intervalo antes de iniciar uma atividade entre qualquer Globo, Revolução, Período ou até Épocas. Veja que as Recapitulações são infinitas, dado a tudo que aconteceu anteriormente antes de iniciar uma nova atividade. E a cada Recapitulação nos elevamos a um grau superior, pois são sempre em níveis crescentes de perfeição, por isso são espirais dentro de espirais.

Só lembrando que à medida que evoluíamos, como nesta Época, sempre tivemos as Hierarquias Criadoras guiando os nossos passos e até mesmo o alimento era escolhido por Elas, pois só assim conseguíamos o material alimentício necessário para a construção dos veículos, uma vez que éramos inconscientes.

O versículo nono do primeiro Capítulo do Livro do Gênesis, na Bíblia, descreve o Período Terrestre, em sua quarta Revolução (onde começou o verdadeiro trabalho do Período Terrestre) e, também, descreve a formação do Reino Mineral e a Recapitulação, em estado mineral.

Encontramos na Bíblia que o símbolo do que éramos nessa Época se chama Adão, e se diz que foi feito da terra, referindo-se ao seu Corpo Denso. Mas não tínhamos um Corpo Denso como o de hoje: éramos criaturas imensas e gelatinosas.

E o alimento nessa Época vinha das forças solares, uma vez que éramos guiados por Hierarquias Criadoras e estávamos habitando o Sol.

Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz!

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Início do Ano Espiritual: a Cruz e o Cordeiro repousando em sua base

Nos ciclos anuais das passagens do Sol pelos doze Signos, Áries anuncia o início do ano espiritual. As palavras-chave para Áries são pureza e sacrifício, e o símbolo de Áries é um cordeiro ou carneiro.

Uma vez que foi sob a égide de Áries que Cristo veio à Terra, ele é conhecido como o Bom Pastor. Uma representação pictórica bem conhecida mostra o Senhor carregando um cordeiro nos braços.

Durante os primeiros anos da era Cristã o símbolo mais usado não foi o do Cristo crucificado, mas a cruz com um cordeiro repousando em sua base. Não foi senão pelo quarto século de nossa era que o cordeiro foi substituído por uma figura humana pregada na cruz.

Na época da Páscoa, quando o Sol ascende do hemisfério sul para o norte, as forças de Cristo passam dos reinos físicos para os espirituais.

O Corpo físico da Terra é como o Corpo Denso do ser humano (o Corpo Denso do Planeta é a Região Química do Mundo Físico). É interpenetrado pelos veículos mais sutis que se estendem para muito além do Corpo físico do Planeta: o Corpo Vital do Planeta é a Região Etérica do Mundo Físico, o Corpo de Desejos do Planeta é o Mundo do Desejo, o Corpo Mental do Planeta é a Região Concreta do Mundo do Pensamento.

Repetindo, durante os seis meses do ano em que o Sol passa pelos seis Signos abaixo do Equador (Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) e, pelos seis meses seguintes, quando passa pelos seis Signos acima do Equador (Áries, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem), a força de Cristo interpenetra os mais elevados reinos espirituais da Terra.

Quando o Sol entra em Áries, ele aponta para a Ressurreição gloriosa, iniciando a estação da transmutação do ano. Então as águas brancas de Peixes se fundem com o fogo vermelho de Áries. É, também, para nós a estação de transmutação, a época mais propícia para que arremessemos longe a pedra de nossa vida passada e aflorar no poder total de uma consciência ressuscitada!

Essa é a ocasião em que uma transformação surpreendente pode ocorrer dentro do nosso corpo-templo (Corpo Denso). Uma nova força emana do líquido branco de nossos nervos e se une com uma nova essência nas correntes vermelhas de nosso sangue, uma fusão que produz a luz dourada que infunde e envolve o corpo de um Iluminado.

S. João se referia a essa transformação quando escreveu que algum dia iremos “andar na Luz como Ele está na Luz”.

Vermelho e branco são as cores de Áries e são também as cores da transmutação tanto na Natureza como em nós!

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Assunto Fraternidade Universal: Artigos para os Cestos de Lixo

É interessante lembrar que um ano começa com um feriado, uma pausa para meditação sobre a Fraternidade Universal.

Contemplamos, hoje, uma Humanidade espiritualmente adolescente, embriagada por suas realizações epigenéticas, mas também confundida num labirinto de interesses controvertidos. Ela partiu da unidade criadora para a descoberta dos valores internos e, agora, destina-se à reintegração consciente na unidade traçada por Cristo. Essa transição é lenta e segura, como todo processo da natureza. Começou com a vinda de Cristo e o ideal de Peixes-Virgem, aos sete graus de Áries, com o Sol em Precessão dos Equinócios. Foi o período do Cristianismo Popular. Agora entramos na Órbita de Influência de Aquário e preparamos condições para uma fase mais elevada do Cristianismo, o Cristianismo Esotérico. Daí a tendência fraternal manifestada, desde meados do século XIX, nas atividades humanas (cooperativismo, ONU, internet, redes sociais, as verdadeiras ONG, as associações sem fins lucrativos de auxílios a pessoas com dificuldades físicas e mentais, etc.). Daí o anseio de iniciar um novo ano dentro de um sentimento que a razão Cristã e a dor decorrente de nossos erros passados apontam como um ideal futuro, de paz e prosperidade: a Fraternidade Universal.

Pode-se contestar que os movimentos apontados têm muitas falhas. Concordamos. Mas não é por deficiência do cooperativismo, ONU, internet, redes sociais, as verdadeiras ONG, as associações sem fins lucrativos de auxílios a pessoas com dificuldades físicas e mentais e afins, mas, sim, pelos interesses partidários e egoísmos pessoais que lhes dificultam a expansão e eficácia.

Max Heindel relatou que no decurso de suas conferências púbicas pelas cidades norte-americanas os jornais sempre se interessavam pelos assuntos que suscitavam curiosidade; mas, quando ele tocava na questão de Fraternidade Universal, os seus artigos iam para os cestos de lixo, porque a Humanidade comum não acredita muito em coisas altruístas e prefere as considerar como utopia. No entanto, para nós, Estudantes Rosacruzes ativos e leais, habituados ao estudo do Cristianismo Esotérico, convictos na visão ampla dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, que acessam a verdadeira Memória da Natureza (no Mundo do Espírito de Vida) os atos passados dos Egos ocidentais e, com isso, determinaram com toda segurança as tendências futuras deles, a Fraternidade Universal é uma realidade que vem sendo alcançada seguramente! Isso, aliás, é predito nos Evangelhos. Acreditemos ou não, é mister que os outros “cordeiros” sejam conquistados para constituir um só rebanho. As dificuldades formadas pelo egoísmo e as diferenças naturais de condições, tendo em vista a linha evolutiva de cada um de nós e do povo terão um denominador comum, um elemento conciliador, na Fraternidade Cristã.

Nesse sentido é que surgiu a Ordem Rosacruz, na Região Etérica do Mundo Físico. O ideal Cristão já existia, desde a sua fundação, no século XIII. Mas, a sua missão era a de conferir ao sentimento de fraternidade um sentido racional, um fundamento científico, em concordância com a vida moderna, de modo a conciliar e unir numa estrutura renovadora, os princípios oficiais da Ciência, da Arte, e da Religião.

A Ordem Rosacruz não apresenta uma utopia. Ela parte do conhecido para o desconhecido, do concreto para o abstrato; ela toma as realidades presentes, expõe as raízes formadoras e revela, nas aparentes contradições, o ponto comum. E desse modo eleva a concepção humana, permitindo-nos olhar as coisas “de cima”, com um sentido global, a fim de que, ao descer de novo às particularidades jamais nos percamos nos detalhes. Só assim podemos conservar o sentido geral de tudo que nos rodeia, compreendendo melhor as diferenças. E eis o motivo da Ordem Rosacruz, no início do século XX, promover a fundação da Fraternidade Rosacruz aqui na Região Química do Mundo Físico e fornecer o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz a quem quiser.

Esse sentido global, sublimador, muito dificilmente podemos alcançar pelos sentidos. A ciência acadêmica baseia-se no que pode perceber com os sentidos físicos e esse lado é apenas o efeito de causas invisíveis e muitas vezes remotas. Portanto, a contribuição do ocultismo científico, como preconizado pela Fraternidade Rosacruz, é precisamente oferecer o “Fio de Ariadne” para conduzir-nos no labirinto da diversidade material e, finalmente, possibilitar-nos a comprovação lógica de tudo que ensina.

Benditos, pois, os de Mente aberta, os sinceramente devotados à causa fraternal, as “crianças de cabelos brancos”, sem preconceitos, os “pobres de espírito” que humildemente estão prontos a aprender, os que têm “fome e sede de justiça”, porque todos eles, se não nesta vida, em futura existência, já na Era de Aquário, serão fartos e constituirão os pilares da obra Cristã.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1964-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Astrologia: assumamos a responsabilidade de nosso destino e tratemos de construir condições melhores

O levantamento científico de um horóscopo por meio da Astrologia Rosacruz obedece a princípios matemáticos e astronômicos. O estudo da Astrologia Rosacruz fica incompleto se não incluir o aspecto espiritual ou interno (baseado em um conhecimento profundo da Filosofia Rosacruz e dos Ensinamentos Bíblicos Rosacruzes), que lhe constitui a essência. Assim como somos um ser complexo, porque possuímos um Tríplice Corpo, trabalhado por Tríplice Espírito (que somos nós, a Individualidade, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui, como Ego), por meio da Mente, assim também o Planeta que vemos pela luneta é apenas o Corpo de um grande Espírito, cuja instrumentação é semelhante a nossa, porque: “como é em cima é embaixo”.

Os materialistas levam em conta apenas o que podem, sensorialmente, apreciar. Exceto uma facção dos diversos ramos científicos e da psicologia profunda, que vão abrindo caminho para concepções mais reais e amplas a respeito de nós, o ser humano, e do mundo, os demais nos considera por aquilo que exteriormente se vê: nosso corpo físico (nem o Corpo Denso real é visto!). Igualmente, no estudo astronômico, leva-se em conta o aspecto externo da questão: distâncias, tempo de rotação e translação, órbitas, volume, formas e outras dimensões que são medidas por meio de instrumentos feitos por materiais exclusivos da Região Química do Mundo Físico.

Todavia, assim como nós possuímos uma Individualidade que exprimimos por meio da nossa atmosfera áurica (a quem tenha sensibilidade suficiente de percepção) e no nosso modo de agir (pela Personalidade), pela convivência, também os Planetas têm uma natureza individual, própria, a que chamamos de “influência”. Esse modo de ser, formado ao longo dos renascimentos do Espírito Planetário residente em cada Planeta, expressa-se segundo o ângulo de incidência de seus raios. Lembremos que os Planetas têm seu grande Corpo Mental, Corpo de Desejos, Corpo Vital e Corpo Denso, de que seus habitantes “humanos”, nossos companheiros da Onda de Vida de Peixes, formam seus pequenos veículos. O Espírito Planetário influencia seus habitantes e por eles é influenciado. Igualmente, influi sobre os demais Planetas, seus Irmãos, e por eles é influenciado. Influencia também os habitantes dos outros Planetas.

Isso nos permite compreender mais profundamente por que o Cristo tinha que sofrer na cruz e, por meio do sangue derramado do Corpo de Jesus, penetrou em nosso globo terrestre, a fim de limpá-lo de toda a carga inferior das nossas passadas transgressões que comprometiam seriamente a nossa evolução e estabilidade desse Campo de Evolução.

Muitos acreditam na influência da Lua. Principalmente os que vivem ou viveram no interior e no litoral, sabem que a Lua influencia claramente as plantas, impondo épocas de plantio, de colheita, de poda, etc. Provoca as marés e vazantes, pescaria farta ou reduzida. Influi nos períodos menstruais e gestações. Tudo isso, desde muito antes de Cristo, já a Astrologia Espiritual ensinava. Dizem que acreditam nisso porque é evidente; mas não creem na influência dos demais Astros porque não percebem. Em verdade, não estão atentos para isso. O estudo da Astrologia Espiritual Rosacruz lhes mostraria que essas influências existem, exercendo grande força na direção de seus negócios e tendências.

Os ponteiros do relógio marcam a hora dos acontecimentos da vida diária. Mas permaneceriam imóveis se não fossem impulsionados pela força do mecanismo oculto. Se o relógio para, pode ocasionar perdas de oportunidades e consequentes prejuízos.

De igual modo, os Astros visíveis marcam os acontecimentos de nossa vida, como ponteiros de um relógio, com a diferença de que os Grandes Espíritos Planetários jamais se detêm; sempre nos influenciam, advertindo-nos e impulsionando, segundo o que nos está marcado no “Relógio do Destino”. Sob determinadas circunstâncias, podemos invalidar essas influências, como fazemos com os assuntos da vida cotidiana, pois os “Astros impelem, mas não obrigam”. Quanto mais domínio próprio tenhamos, tanto mais nos libertamos das influências exteriores.

Max Heindel nos fala de uma passagem bem curiosa, a esse respeito: “Conta-se que Edison, em certa fase de sua vida, trabalhava como telegrafista de uma estrada de ferro. Para descansar nos intervalos de folga, sem perigo de perder as horas em que deveria cumprir suas obrigações com a chegada do trem, construiu um despertador original: sentava-se na cadeira, e, acima de sua cabeça, pendia uma vasilha meio inclinada. De uma torneira próxima, por meio de um tubo, corria um fio regular de água, calculado para encher a vasilha num determinado tempo. Quando esta se enchia, o líquido começava a transbordar e caia sobre a cabeça de Edison, despertando-o seguramente.

Igualmente, estamos girando numa corrente contínua de ações, para o bem e para o mal, ou melhor, para o certo e para o errado, dentro do depósito do tempo. O que transborda, se volta sobre nós, impelindo-nos a novas ações. Não importa que fiquemos adormecidos como Edison, pois o sono da morte material não pode anular as ações do espírito imortal. Um novo nascimento terá lugar, exatamente quando o depósito do tempo estiver cheio, para que o que venhamos colher o que semeamos, de bem ou de mal.”.

A propósito do assunto, convém compreendermos claramente o seguinte: não temos certo destino por haver nascido em determinado momento. Nós, o Ego, renascemos quando as influências astrais reinantes, naquele momento, correspondam às nossas tendências. O Ego é atraído ao renascimento pela afinidade das vibrações prevalecentes. Essa compreensão é importante, porque elimina falsos conceitos, segundo os quais, a sorte ou azar de uma vida inteira depende do acaso, ou seja, da circunstância de nascer sob “boa ou má estrela”, sem direito a escolha. Se isso fosse verdade, teríamos fortes razões para duvidar da sabedoria e amor do nosso Criador. Edison teria motivos de aborrecimento, se alguém viesse acordá-lo com um borrifo de água fria. No entanto, sabendo que ele próprio, antes de adormecer, é que preparara aquela forma de despertador, ficava satisfeito, porque alcançava os benefícios dessa advertência. Assim também se, por meio da Astrologia Rosacruz, chegamos a compreender as causas postas em ação, por nós mesmos, em vidas anteriores, as quais determinaram nossa atual condição e circunstâncias, deixaremos de culpar a Deus e aos nossos semelhantes. Ao contrário, assumiremos a responsabilidade de nosso destino e trataremos de construir condições melhores, contando com os aspectos positivos de nosso caráter e livre arbítrio, que para isso Deus nos concede. Os Astros (Sol, Lua e Planetas) e os Signos apenas marcam o momento mais favorável de colher o que semeamos, de certo ou de errado. Tratemos, pois, de extrair de cada momento e experiência da vida, a lição que ela nos envia. Essa é a finalidade da Astrologia Rosacruz, em benefício da nossa evolução.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1978 – Fraternidade Rosacruz-SP)

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