A diretriz básica de todo Centro Rosacruz ou Grupo de Estudo Rosacruz da Fraternidade Rosacruz é: “Os nossos serviços se destinam a DAR e não a receber: a ajudar os outros através do poder espiritual. É claro que quem dá dessa maneira, também recebe. No entanto, a ideia principal deverá sempre ser a de servir, ao nível espiritual. Este é o princípio básico do Trabalho da Fraternidade Rosacruz e constitui uma das razões mais importantes para participarmos desses serviços, tanto nos Centros Rosacruzes como Grupos de Estudo Rosacruz.”
“Servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível), focando na divina essência oculta em cada um de nós – que é a base da Fraternidade –, ao nosso irmão e a nossa irmã que estão do nosso lado é o desejo mais premente e elevado que se apresenta à consciência de um Estudante Rosacruz ativo e sincero, quando participa de um serviço ou medita a sós. A Luz e o Poder Espirituais irradiados de Mount Ecclesia e dos Centros Rosacruzes refletem a aspiração e as preces (que é uma concentração imbuída da força do amor) de todos os colaboradores nesses trabalhos.”.
Do acima exposto depreende-se que o grande objetivo da Escola – sim uma Escola e não uma Religião! – Fraternidade Rosacruz é ajudar a Humanidade em seus passos nesse Esquema de Evolução. O método de desenvolvimento preconizado pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz conduz o Aspirante à vida superior, com toda segurança e à realização espiritual, ao reconhecimento e a vivência de sua própria divindade.
Sendo assim, somente aqueles homens e mulheres predispostos internamente a dar e não a receber, sintonizam-se harmoniosamente com a corrente espiritual da Fraternidade Rosacruz. Sabemos quão difícil é proceder dessa maneira, ainda mais na época em que vivemos. Entretanto, só há essa via de acesso ao portal da Iniciação na Ordem Rosacruz.
“Muitos são os chamados, mas poucos dos escolhidos.” (Mt 22:14). Estas palavras de Cristo servem também “como uma luva” para os Estudantes Rosacruzes. Muitas pessoas, representando todas as camadas sociais e culturais da sociedade, já tiveram algum contato com os Ensinamentos Rosacruzes, tais como preconizados pela Fraternidade Rosacruz; alguns até se inscrevendo no Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, o primeiro nível como Estudante Preliminar no trilhar do Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. Nesse sentido, vira e mexe surgem algumas perguntas bem curiosas: Por que alguns nem sequer chegam a quinta lição desse facílimo Curso? Outros, por que desistem, estando já bem adiantados no Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz?
Isso intriga muita gente. Contudo, é possível encontrar uma ou várias das razões pelas quais isso ocorre. Se uma pessoa ingressa na Escola Fraternidade Rosacruz com intuito exclusivo de resolver seus problemas, ou seja, de receber apenas, por certo, com o passar do tempo deverá revisar sua atitude, passando também a dar. Se tal não ocorrer, encontrará dificuldades em prosseguir, porque não está devidamente harmonizado com a dinâmica da Grande Obra da Fraternidade Rosacruz. O próprio Aspirante à vida superior acabará por se excluir da Escola Fraternidade Rosacruz.
É certo que todos, ou quase todos, trazem suas cargas de problemas, carências ou limitações. São frutos de erros passados. Mas sempre é tempo de corrigir antigos desvios, de iniciar uma reforma interior.
Também é certo que essas dificuldades absorvem grande parte do tempo e dos esforços do Estudante Rosacruz, sendo justo procurar resolvê-las. Tenhamos sempre conosco, entretanto, que a realização espiritual implica, primeiramente, no sacrifício de interesses pessoais no Altar do Serviço. É condição sine qua non, pois é necessário grande desprendimento para trabalhar em prol de um ideal superior.
É conveniente esclarecer: essa atitude de abnegação não significa o abandono das obrigações familiares e profissionais. Pelo contrário, exige maior zelo no cumprimento de todos os deveres (afinal, nós mesmos os escolhemos lá no Terceiro Céu, na nossa última preparação para essa mais uma vida aqui!). Mas, e as horas que sobram, muitas vezes desperdiçadas em entretenimentos e conversas inúteis? Por que não as aproveitar, por escassas que sejam, em servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível), focando na divina essência oculta em cada um de nós – que é a base da Fraternidade –, ao nosso irmão e a nossa irmã que estão do nosso lado?
Muitas pessoas afirmam não terem condição de ajudar a outrem, porquanto se veem as voltas com problemas insolúveis. Será verdade? Tomamos a liberdade de sugerir a você – se você está nesta condição – o seguinte:
Passado algum tempo você acabará sentindo uma indescritível paz interior, uma satisfação íntima capaz de lhe infundi mais coragem e decisão diante dos desafios. E, ficará surpreso quando notarem que seus problemas, aqueles que o atormentavam e amarguravam, foram solucionados naturalmente!
Todo esforço empregado em benefício do semelhante, será ressarcido ao seu devido tempo pela Lei do Dar e Receber. Todavia, nem cogite em se esforçar na caridade com intuito de retribuição. Se o fizer, automaticamente se excluirá.
A Fraternidade Rosacruz e uma obra de Amor. É uma Associação de Serviço, ao nível espiritual. Ninguém se iluda julgando ser passível atingir a meta apenas pela aquisição de conhecimento. Este é apenas o passo inicial. O Estudante Rosacruz ativo há que se exercitar no amor, pelo serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focado na divina essência oculta em cada um de nós – que é a base da Fraternidade –, ao nosso irmão e a nossa irmã que estão do nosso lado. Não há outra via de progresso espiritual pelo Método Rosacruz, como preconizado pela Fraternidade Rosacruz.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – setembro/1979 – Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP)
O trabalho de Cura Rosacruz é realizado pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, por meio de um grupo de Auxiliares Invisíveis que eles estão instruindo. A obra é conduzida de acordo com os mandamentos de Cristo Jesus, ou seja, “Pregai o evangelho e curai os doentes” (Lc 9:2).
Os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz são seres humanos que alcançaram elevados graus de espiritualidade e que conseguem produzir a Panaceia Espiritual utilizando as Forças Crísticas.
Já os Auxiliares Invisíveis são aquelas pessoas que vivem uma vida reta e voltada para servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível) para cada irmão e irmã – focando na divian essência oculta em cada um de nós – durante o dia, enquanto em seus Corpos Densos (ou seja, enquanto em consciência de vigília, “acordados” aqui), e cujo desenvolvimento evolutivo é tal que ganham o privilégio de serem úteis por meio da instrumentalidade dos Irmãos Maiores à noite (durante o sono), enquanto estão funcionando nos seus Corpos-Alma. Isto é indicado nas palavras do Serviço Noturno da Fraternidade Rosacruz: “Hoje à noite, enquanto nossos corpos físicos descansam pacificamente no sono, possamos, como Auxiliares Invisíveis, trabalhar fielmente na ‘vinha de Cristo’“. Esses Auxiliares Invisíveis são reunidos em grupos de acordo com suas harmonias astrológicas e habilidades. Eles são instruídos por outros Auxiliares Invisíveis que são, durante o dia, profissionais da saúde, e todos eles trabalham sob a orientação dos Irmãos Maiores que, naturalmente, são os que lideram toda a obra.
Não raramente, os pacientes estão cientes da presença dos Auxiliares Invisíveis.
Os Auxiliares Invisíveis nunca se recusam a responder a um apelo de ajuda, mas para responder à Força Divina de Cura (Cura do Corpo e da Alma), os pacientes devem adotar o evangelho da vida reta. Devem observar uma dieta pura – sem o consumo de carne animal (mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios e outras afins). A carne animal deve ser deixada de ser consumida gradualmente, para que o Corpo Denso possa se ajustar à mudança. Já os pacientes devem encher seu lar e seus quartos de ar puro; devem encher suas Mentes com pensamentos puros e devem encher suas vidas diárias com ações puras. A Força Divina de Cura é pura. Se alguém pede para ser curado de doenças (não remediado), ele deve estar disposto a se conformar às Leis de Deus da pureza: ar puro, alimentação pura, pensamento puro e vida pura! Se o paciente ignora esses grandes fatores de saúde, ele pode ter chamado em vão a Força Divina de Cura.
Toda a Força de Cura vem de Deus, nosso Pai celestial, o Grande Médico do Universo; essa Força está latente em toda parte; ela é liberada e dirigida ao doente ou enfermo pela oração e pela concentração; ela é manifestada por meio de Cristo Jesus; ela sai das Reuniões de Cura, diariamente e semanalmente, realizadas nos Centros Rosacruz que oficia os Rituais Devocionais de Serviço. Através do funcionamento desta força suprema, os Auxiliares Invisíveis colocam as vibrações do paciente a uma taxa mais elevada, permitindo-lhe, primeiro, eliminar o veneno da doença do organismo e, em segundo lugar, reconstruir cada corpúsculo de sangue, fibra, tecido e órgão até que todo o Corpo seja renovado. Isso é feito não de maneira milagrosa, mas de acordo com as Leis da Natureza, que são as Leis de Deus. Se o paciente continuar a desobedecer a essas Leis e, por um modo de vida errado, acumular substâncias venenosas no organismo, frustra o trabalho da Cura Rosacruz.
O maravilhoso organismo chamado corpo humano (o Corpo Denso) é governado por Leis da Natureza imutáveis. Todas as doenças resultam da violação intencional ou ignorante dessas Leis. As pessoas estão doentes porque nessa vida terrena, ou em uma anterior, desconsideraram os princípios fundamentais de que depende a saúde do Corpo Denso. Se elas desejam recuperar e conservar a sua saúde, devem aprender a compreender esses princípios e a regular os seus hábitos diários de acordo com eles.
Isto é o que o Grande Curador, Cristo Jesus quis dizer quando Ele disse ao homem que era um aleijado: “Eis que estás curado, não peques mais, para que não te suceda algo ainda pior.” (Jo 5:14). Mesmo o Cristo não poderia dar uma saúde duradoura, a menos que o destinatário da Força de Cura se abstivesse de hábitos errados que causam as doenças. O destinatário tem que viver em obediência às Leis de Deus que governam o corpo do ser humano e suas relações com os seus semelhantes.
Algumas pessoas “exigem” uma saúde perfeita e afirmam que têm direito a ela. Elas esquecem que nessa ou numa vida anterior perderam seu direito, dado por Deus, devido à desobediência às Leis da Natureza, que são as Leis de Deus. Por meio do sofrimento, elas têm que aprender a obediência. Quando elas aprenderem as suas lições e estarem dispostas a “não pecar mais“, o direito delas à saúde lhes será restaurado.
A Força Divina de Cura é construtiva; métodos de vida errados que desrespeitam as Leis da Natureza são destrutivos. As omissões e transgressões responsáveis pela vida errática e, consequentemente, pelas doenças são muitas. Os principais são: alimentação não natural; se alimentar demais; alimentação má distribuída em seus componentes; falta de tomar ar fresco e falta de tomar sol; falta de higiene pessoal e a sua volta; falta de autocontrole; dormir em quartos não ventilados; abrigar pensamentos de raiva, ódio e ressentimento; ceder rapidamente em se zangar e em ter raiva; gratificar os desejos e prazeres inferiores; prejudicar as criaturas semelhantes, sejam elas humanas ou animais; abusar da função criadora sexual, que é sagrada.
Uma vez que todos os órgãos e funções do Corpo Denso são interdependentes, o abuso e a consequente aflição de uma parte ferem todos os outros, promove a acumulação do veneno da doença em todo o organismo e diminui a vitalidade do todo. Os sintomas locais são, realmente, evidência de que todo o Corpo Denso está com problemas de funcionamento. Toda cura verdadeira, portanto, para alcançar resultados duradouros, é dirigida não para a supressão dos sintomas, mas para a remoção da causa que fez os sintomas aparecerem.
A cura espiritual opera nos Mundos invisíveis e não na Região Química do Mundo Físico, mas é efetuada em estrita adesão às Leis da Natureza que prevalecem tanto abaixo como acima. Consequentemente, todas as terapias naturais aplicadas somente no plano físico (na Região Química do Mundo Físico) estão em harmonia com o trabalho dos Auxiliares Invisíveis nos Mundos invisíveis.
Uma vez que o Corpo Denso é constituído das substâncias físicas introduzidas no sangue pelo alimento diário, o alimento certo é a medicina natural que o paciente deve praticar para cooperar com os Auxiliares Invisíveis na sua tarefa de reconstruir o organismo do paciente.
Antes que os Auxiliares Invisíveis possam trabalhar com o paciente, eles devem ter o acesso ao eflúvio do Corpo Vital do paciente. Essa é a contraparte etérica do Corpo Denso (o físico) e da esfera operacional da Força Vital Solar (que é o resultado da força vital do Sol, que nos rodeia como um fluido incolor, e que é absorvida pelo Corpo Vital através da contraparte etérica do baço). Os eflúvios são obtidos por meio das palavras e das assinaturas que o paciente escreve semanalmente usando caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA ou “pena mosquitinho” que você molha em um recipiente com tinta LÍQUIDA nanquim. Isso é importante, já que uma caneta à tinta nanquim LÍQUIDA carregada de eflúvios do Corpo Vital é um condutor de magnetismo muito maior do que um lápis, uma caneta esferográfica ou hidrográfica ou até uma caneta à tinta nanquim diluída em uma esponja ou outro método que não a deixa líquida. O Éter que assim impregna o papel sobre o qual o paciente escreve, semana a semana, fornece uma indicação de sua condição no momento da escrita, e fornece o meio de acesso ao seu organismo. É algo que ele deu voluntariamente e com o propósito expresso de fornecer acesso aos Auxiliares Invisíveis. A menos que o paciente faça a sua parte a esse respeito, os Auxiliares Invisíveis são incapazes de fazer qualquer coisa por ele; assim eis a razão porque é de extrema importância enviar as cartas mensais com as assinaturas semanais para o Centro de Cura da Fraternidade Rosacruz que o paciente está inscrito.
As curas instantâneas são frequentes, quando os Auxiliares Invisíveis são chamados a auxiliar em casos de doença aguda. No caso de uma doença crônica, que é de longa duração e levou anos para se desenvolver, uma certa quantidade de alívio pode ser experimentada imediatamente; a recuperação completa, no entanto, que é equivalente a uma renovação de todo o organismo, geralmente só pode ser alcançada em estágios graduais. Como dito antes, o trabalho de cura dos Auxiliares Invisíveis não é a supressão dos sintomas, mas a reconstrução de todo o organismo. Essa reconstrução necessita tempo, bem como a cooperação fiel e constante do paciente, segundo as linhas indicadas.
As reuniões da cura são feitas na Fraternidade Rosacruz nas noites quando a Lua está passando pelos Signos Cardeais do Zodíaco (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio). A hora da oficiação desse Serviço é 18h30 (19h30 se o Horário de Verão estiver em vigor na localidade onde será oficiado). A virtude dos Signos Cardeais é a energia dinâmica que infundem em toda ação iniciada sob sua influência. Portanto, os pensamentos de cura definitiva dos Auxiliares Invisíveis, em todo o mundo, são potencializados pelo poder acrescentado, quando lançado sobre suas mensagens de misericórdia sob essa influência Cardeal.
Se você gostaria de se juntar a esse Serviço, sente-se calmamente quando o relógio em seu lugar de residência apontar para a hora dada, 18h30, medite sobre a saúde e o amor divino, e ore para o Grande Médico, nosso Pai Celestial, para a restauração da saúde de todos os que sofrem, particularmente para aqueles que solicitaram auxílio ao Departamento de Cura do Centro Rosacruz.
COMO SE INSCREVER NO DEPARTAMENTO DE CURA DA FRATERNIDADE ROSACRUZ EM CAMPINAS-SP-BRASIL
Se você está doente ou enfermo e deseja contar com o auxílio da Cura Rosacruz, então é só se inscrever no Departamento de Cura da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil.
Uma vez inscrito você vai recebendo as instruções periodicamente do que tem que fazer (e do que não tem que fazer). Concomitantemente, o Processo de Cura Rosacruz vai trabalhando no seu Corpo, à noite, durante o seu sono, por meio dos Auxiliares Invisíveis, como descrito acima.
Para se inscrever é só seguir as instruções nesse link: Inscrição no Departamento de Cura da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil
Resposta: Em todos os quatro Evangelhos encontramos que Cristo pregou o evangelho da saúde, curou todos os que o procuraram (e quiseram ser curados) e enviou os seus Discípulos ao mundo com dois mandamentos: “pregar o evangelho e curar os enfermos”.
Estes dois mandamentos são prescritos também pela Ordem Rosacruz, cujos Irmãos Maiores são “médicos da alma”, porque a doença e a enfermidade se manifestam primeiro no Corpo Vital, que é o veículo da alma. E a cura é focada nesse veículo invisível. Durante o sono, quando saímos do nosso Corpo Denso e funcionamos nos Mundos espirituais, a cura é mais rapidamente alcançada. Os Estudantes Rosacruzes, a partir do grau de Probacionismo – desse que sejam Probacionistas Ativos e cumpram com a “Obrigação” –, são treinados para participar desse trabalho particular.
(*) Qualquer pessoa (que esteja doente ou enferma e deseja a Cura pelo Método Rosacruz) pode solicitar a sua inscrição no Departamento de Cura de um Centro Rosacruz que possua um Templo Rosacruz da Fraternidade Rosacruz. Aqui há mais informações de como proceder.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz fevereiro/1978 – Fraternidade Rosacruz-SP)
“Os três fatores são: 1) o Poder infinito curador que vem do nosso Deus Pai (o Poder de Cura do Pai), que está nos Céus; 2) o Curador, uma pessoa renascida aqui, como instrumento do Pai; 3) o Paciente com uma Mente fervorosa e confiante que, desse modo, pode usar o Poder Curador do Pai, por meio do Curador, com o objetivo de eliminar a doença ou a enfermidade que o aflige”.
Max Heindel
Se o leitor quiser comprovar o extraordinário efeito de uma verdade pela autossugestão, que experimente repetir fervorosamente esta frase: “Todo o Universo, e principalmente eu, está impregnado pelo Poder Curador do Pai, sempre acessível para a cura de todas as enfermidades e doenças, seja qual for a sua natureza”. Logo, uma calma indizível e um efeito harmonizador nos envolvem, após a repetição dessa profunda verdade, se o fizermos com fé, compreensão e receptividade.
Realmente, “em Deus nós vivemos, nós nos movemos e temos o nosso ser” (At 17:28). Quanto mais nos tornamos conscientes da proximidade desse Poder de Cura do Pai, sempre benéfico e presente, tanto mais aptos estaremos para receber e observar seus efeitos em nossa vida.
O Curador é o foco, o veículo por meio do qual o Poder Curador do Pai se manifesta e é comunicado ao Corpo Vital do irmão ou da irmã enfermo (a) ou doente. Se o Curador for um instrumento apropriado, consagrado, harmonioso e realmente sintonizado com o infinito, não haverá limites para o trabalho maravilhoso do Pai, que se processará por meio dele. Na Fraternidade Rosacruz, o Curador é um irmão ou irmã que chegou, no mínimo, ao grau de Probacionista (nem todo Probacionista é um Curador. O fato de estar no grau do Probacionismo o qualifica para tal, mas não o faz Curador automaticamente). O trabalho de Cura Rosacruz não se efetua pessoalmente; todo trabalho é executado na Região Etérica do Mundo Físico, e à noite, fora do Corpo Denso (tanto o Curador como o Paciente). Esse trabalho de Cura Rosacruz exige certa orientação e grande preparo. Em primeiro lugar, é necessário amor incondicional, desejo de ajudar, de servir amorosa e desinteressadamente, de aliviar os sofrimentos e as dores.
Complementando essa atividade noturna, há as atividades diurnas com participação ativa do Paciente com o irmão ou a irmã enfermo ou doente ( e isso depende da sua própria vontade, pois a liberdade é sagrada e é preciso que ele ou ela deseje ajuda para que o trabalho se realize bem) quando se inscreve no Departamento de Cura de um Centro Rosacruz que o tenha. Periodicamente é lhe passada orientações para que compreenda que a doença ou a enfermidade, pela qual está passando, é a manifestação da ignorância sobre as Leis que regem o Universo (as Leis de Deus), cuja transgressão traz, como consequência, o sofrimento e a dor. Também lhe é solicitado que oficie os Rituais do Serviço Devocional do Templo e de Cura (nas datas específicas) a fim de ele consiga criar uma egrégora no lugar que vive, o que garante um aumento das vibrações espirituais que muito beneficiará a ele e aos que vivem nesse lugar. Essa prática, também, promove a oportunidade para o Paciente também ajudar, porque sempre haverá irmãos ou irmãs que sofrem muito mais do que ele. A ajuda dele ocorre justamente nos momentos de concentração (ponto alto dos Rituais) diariamente, onde ele cria e transmite seus pensamentos, seus desejos e sentimentos de que a cura se processe para quem dela precisar, impessoal, desinteressada e amorosamente – todo material é enviado pelo Centro e, logicamente, tudo grátis. Desse modo, a Cura Rosacruz vai sendo preparada, mostrando a natureza espiritual do processo e tendo a cooperação do irmão ou da irmã enfermo ou doente que, ao mesmo tempo que vai alcançando a Cura, ajuda a promover a Cura para os outros que necessitam por meio da oficiação daqueles Rituais.
Aliás, o papel do irmão ou a irmã enfermo ou doente deve ser de uma pessoa que tenha uma “Mente adequadamente receptiva e obediente”, ou seja, deve ter fé tal como a anunciada por Cristo quando, ao curar, propunha uma condição: “sejam feita as coisas de acordo com a TUA fé”. Realmente, as dúvidas e descrenças obstruem a Força Curadora do Pai. É preciso que o irmão ou a irmã enfermo ou doente rompa os bloqueios de seu pessimismo, sua indiferença, descrença e outros fatores, como o medo, a impaciência, o desespero, etc. que lhe formam uma couraça na aura e impedem qualquer ajuda de fora. Entender a lógica do processo de Cura Rosacruz, baseado profundamente no Cristianismo Esotérico, ajuda ao irmão ou a irmã enfermo ou doente se predispor a abrir a sua Mente e acolher a ajuda que lhe está sendo oferecida, pronto a obedecer a perseverar o tempo que for necessário.
O tempo para o alcance da cura depende de pessoa para pessoa. Há vários pontos a serem considerados, mas um é vital: “o ensino só é suspenso quando a lição é aprendida”. E quem sabe se aprendeu a lição ou não é somente o irmão ou a irmã enfermo ou doente. A sua sinceridade, paciência e persistência indicam a quantidade de tempo necessário. Enquanto isso e enquanto estiver participando do processo de Cura Rosacruz – que ele informa por meio da assinatura semanal, com caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA ou “pena mosquitinho” que você molha em um recipiente com tinta LÍQUIDA nanquim -, o Poder Curador do Pai e o Curador continuarão agindo, paciente e persistentemente, amorosa e desinteressadamente.
Durante o processo o irmão ou a irmã enfermo ou doente vai se imbuindo da necessidade de fazer uma reforma em sua vida, quer mudando a alimentação, para um regime equilibrado ao seu dia a dia; quer na parte moral e mental, buscando vigiar seus impulsos, evitando os maus sentimentos, desejos, emoções e pensamentos negativos, buscando apenas o bem em todas as coisas. Convidamo-lo (a) a estudar as Leis de Deus, às quais deve conformar sua vida, mostrando que tais Leis governam o Universo e ao nos sintonizar a elas, não só alcançaremos a saúde como nos manteremos sãos em todo o sentido, nessa e em futuras vidas.
A Fraternidade Rosacruz é muito discreta em tudo, em consonância com os Evangelhos (“não saiba a mão direita o que a esquerda fez” (Mt 6:3)), mas podemos afirmar que muitas curas já tem sido alcançadas, das quais não nos orgulhamos em absoluto, porque não somos nós que as realizamos, senão Deus Pai.
Se quiser mais informações é só acessar aqui: https://fraternidaderosacruz.com/como-funciona-e-como-solicitar-auxilio/
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de junho/1965-Fraternidade Rosacruz-São Paulo)
Na Sede Mundial da Fraternidade Rosacruz, em Mount Ecclesia, em todas as “Datas de Cura”, às 18h30, há uma Reunião no Templo de Cura – com o ofício do Ritual do Serviço Devocional de Cura -, onde se condensa a Panaceia de Cura, sob a direção do Irmão Maior, a qual é enviada à Humanidade. Dessa reunião participam somente os Probacionistas Ativos da Fraternidade Rosacruz, pois é indispensável que se conheça a palavra de passe, a fim de que se possa ter acesso ao referido Templo de Cura. Quando se chega à área que o circunda, pede-se silêncio: não se pode conversar nada. Solicita-se que cada um chegue uns minutos antes do início da reunião e se ponha a meditar” (o negrito é nosso).
Não pretendemos aqui insinuar que a conduta de alguém mereça reparos por não se preparar convenientemente antes de assistir ao ofício do Ritual do Serviço Devocional de Cura da Fraternidade Rosacruz em um Centro Rosacruz. Não. Desejamos apenas reiterar um padrão de comportamento irreversível pela natureza essencial da Filosofia Rosacruz.
Os vários trabalhos desenvolvidos pela Fraternidade Rosacruz têm o condão de ensejar duplo benefício: individual e coletivo.
Qualquer pessoa pode assistir e participar do ofício do Ritual do Serviço Devocional de Cura em um Centro Rosacruz ou em um Grupo de Estudos Rosacruzes.
Consideremos, para exemplificar, o ofício do Ritual do Serviço Devocional de Cura, e seus elementos componentes: a música e o ritual (e o seu ofício)
A música (elevada e inspiradora) e o ritual (com seu mágico poder de unificação) formam um conjunto harmonioso, emitindo vibrações tão puras e poderosas, a ponto de excederem os limites da compreensão humana.
Para se auferir algum benefício dessas vibrações harmoniosas, necessário se torna sintonizar-se com elas.
O Estudante Rosacruz pode, frequentemente, sentir-se premido por dificuldades de toda ordem, quando deseja estabelecer a devida sintonia. Muitas vezes teve um dia atribulado com problemas de ordem profissional ou familiar. Ou, então, algumas provas – que estão aparando suas arestas, tornando possível reluzir seu diamante interno – lhe perturbaram o íntimo.
Nessas circunstâncias, dirige-se para um Centro Rosacruz ou a um Grupo de Estudos Rosacruzes, assaltado por depressões de toda espécie. Surge, então, a necessidade de um esforço maior: remover as nuvens interiores, substituindo-as por pensamentos e sentimentos de amor e paz.
É recomendável mentalizar o Símbolo Rosacruz e o ideal de regeneração e progresso anímico por ele encerrado. A harmonia será prontamente restabelecida e o Estudante Rosacruz poderá ingressar no ambiente onde se oficiará o Ritual do Serviço Devocional, preparando-se para participar do trabalho a ser realizado.
Pode ocorrer, também, outro fato: o dia que o Estudante Rosacruz passou se constituiu de uma sucessão de êxitos pessoais e eventos agradáveis. Ou, então, no percurso ele deparou com uma cena curiosa. Pode não resistir ao desejo de relatá-los aos irmãos ou às irmãs da Fraternidade Rosacruz, ao se aproximar ou já no interior do recinto. Isto é natural e compreensível em circunstâncias ordinárias. Contudo, o Estudante Rosacruz não deve se esquecer que na Fraternidade Rosacruz não há circunstâncias ordinárias, e os assuntos por ele abordados, em sua euforia, são estritamente mundanos e materiais. Eles não são afins à natureza e aos objetivos da Fraternidade Rosacruz. Fogem ao âmbito da reunião prestes a ser iniciada.
Além disso, a questão envolve outro aspecto de capital importância: a reverência para com tudo àquilo que é sagrado. Nunca fuja de nossa lembrança o seguinte: no Templo se encontra o Símbolo Rosacruz, e em torno do local se forma uma egrégora.
Tratar de assuntos completamente estranhos ao ideal Rosacruz, em tais circunstâncias é irreverência e desrespeito, só podendo acarretar graves prejuízos ao próprio Estudante Rosacruz, individualmente, e a Fraternidade Rosacruz, coletivamente.
Urge cada um se conscientizar da imensa responsabilidade assumida, ao se tornar membro da Fraternidade Rosacruz. Pense e medite sobre isso. Será muito importante para o desenvolvimento espiritual do próprio Estudante Rosacruz.
(de Gilberto A. V. Silos – Editorial da Revista Rosacruz – fevereiro/1975-Fraternidade Rosacruz-SP)
Muitos já passaram pela Fraternidade Rosacruz, assistindo às suas reuniões de estudos e devocionais, ou fazendo os Cursos por correspondência ou por e-mail (Filosofia Rosacruz, Astrologia Rosacruz e Estudos Bíblicos Rosacruzes), na investigação da sublime Filosofia Rosacruz, cujos ensinamentos transcendem os conhecimentos comuns.
Inesperadamente, alguns desses irmãos e dessas irmãs deixam de comparecer às Reuniões de Estudos ou falham com suas lições dos cursos. Poderão não ter conseguido assimilar ou identificar-se com o elevado Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz?
Nós, ocidentais, somos dotados de grande impaciência para colher os frutos dos Ensinamentos Rosacruzes. A evolução processa-se a passos lentos. A Natureza não dá saltos e, talvez, isso constitua um obstáculo à sede de conhecimento. Vivemos uma fase em que a paciência e a tolerância parecem divorciadas do ser humano.
A maioria sente-se atraída por aqueles que, se intitulando mestres (ou gurus ou instrutores ou, ainda, especialistas), prometem rápidos progressos espirituais e até mesmo condecorações. Para eles, o grau é avaliado pelo volume da contribuição, a maioria das vezes financeira.
Aí está a prova insofismável de uma ignorância. O saber não pode ser comprado, nem dado como um passe de mágica. Só nosso esforço, a nossa perseverança, pode adquiri-lo. A Fraternidade Rosacruz oferece o saber gratuitamente, mas sem laurear ninguém.
Se confiarmos nossos problemas a outros, certamente pagaremos pela atrofia de nosso cérebro e acabaremos tornando-nos incapazes para tomar nossas decisões, Assim, está nas nossas mãos a oportunidade de lutar pela aquisição do conhecimento. O fracasso só existe quando nada se tenta fazer e a Humanidade só terá consciência do seu mundo, conhecerá sua missão, saberá de onde veio, saberá para que veio aqui, saberá para onde vai, se utilizar suas faculdades, ainda latentes, no estudo e na investigação dos Mundos suprafísicos.
Assim, muitos de nós, apesar da atual fase de interesse pela espiritualidade, ainda vivem na agitação das lutas, com a intranquilidade reinando por todo o mundo, destacando-se a predominância do Espírito de Raça, apesar do grau de desenvolvimento intelectual já atingido.
A Humanidade comum segue o caminho lento da evolução por milhares de anos, antes que possa governar conscientemente seu Corpo de Desejos, o veículo sobre o qual trabalham os Espíritos de Raça.
Muitos da nossa população nasceram em outros países ao qual é justo o seu amor, mas não podemos malquerer aos naturais de outras nações. Afinal, todos somos seres humanos, criaturas de Deus, nosso Pai comum e devemos nos amarmos uns aos outros como Ele nos ama.
Aí uma fórmula que ajuda o ser humano a se libertar dos grilhões do Espírito de Raça. Assim, desenvolverá o Caminho da Espiritualidade em direção ao reinado do Cristo, para que essa Humanidade possa viver unida pela Lei do Amor.
Dentro do amor à terra – ao país, à nação – em que vivemos, cabe lembrar as palavras de Thomas Paine[1], como lema para libertação do Espírito de Raça: “O mundo é a minha pátria e fazer o bem é a minha Religião”.
Constituindo cada Grupo de Estudos e cada Centro Rosacruz um centro de irradiação da Filosofia Rosacruz para todos os lugares no entorno, nós o fazemos sem distinção de Raças ou Religiões, realçando o Amor entre os nossos semelhantes.
Embora seu número de membros possa até ser reduzido, dada a imensidão do lugar onde está instalado o Grupo ou o Centro, a Fraternidade Rosacruz representa o fermento que certamente fará crescer a massa (o Pão da Vida) que alimentará a Alma dos nossos semelhantes dos quais somos integrantes. Quem trilha persistentemente o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz se gratifica a cada grau alcançado e a visibilidade que apresenta o seu crescimento espiritual.
Parabéns aos persistentes! Para esses o fracasso não existe!
E muito poderemos fazer com a força do nosso pensamento, ajudando o Cristo a estabelecer a Fraternidade Universal, que deixará de ser um ideal, para se tornar um fato positivo.
(discurso proferido pelo irmão José Augusto Pinto Coelho, por ocasião da solenidade realizada em 24 de setembro de 1972 e publicado no Editorial da Revista Serviço Rosacruz de setembro/72 – Fraternidade Rosacruz-SP)
[1] N.R.: Thomas Paine (1737-1809) foi um político britânico, além de panfletário, revolucionário, inventor, intelectual e um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos da América. Thomas Paine foi, a um só tempo, ator, intérprete e testemunha não apenas das Revoluções Americana e Francesa, mas também dos movimentos revolucionários ingleses em fins do século XVIII e, em menor medida, do movimento revolucionário nos Países Baixos e na Irlanda, onde ele era continuamente citado e admirado.
“Um só carvão não produz fogo, mas quando se juntam vários carvões, o calor latente em cada um deles pode converter-se em chama, irradiando luz e calor”. Foi em obediência a essa mesma Lei da Natureza que nos reunimos aqui, esta noite, porque ao acumular nossas aspirações espirituais de curar e ajudar nossos irmãos e nossas irmãs sofredores poderemos realizar nossa modesta parte no sentido de remover o manto de tristeza que, agora, paira sobre a vida deles e apressar o dia do Reino vindouro, onde o sofrimento e a tristeza serão abolidos e mesmo a morte deixará de ter domínio sobre os seres humanos.
Estamos fazendo essas Reuniões de Cura Rosacruz nas noites em que a Lua está em um Signo Cardinal[1], porque neste momento o máximo de energia cósmica é infundido no trabalho que iniciamos; assim, existem as melhores chances de um problema ser resolvido. Portanto, estamos aproveitando as forças do universo e o pensamento é o veículo que usamos para transmitir esse poder de cura.
No entanto, antes que a força possa ser transmitida, ela deve ser gerada e, para fazer isso com eficiência, devemos entender com precisão qual é o método. Há um ditado sobre o Cristo que explica completamente o assunto. Ele disse: “Como um ser humano pensa em seu coração, assim ele é”[2]. Isso vai até ao nosso íntimo, pois, embora possamos confessar com a boca que acreditamos em certas coisas e, assim, enganar os outros ou, com certeza, até nós mesmos, apenas aquilo em que realmente acreditamos em nosso interior, o que pensamos no fundo do coração, é válido. Se apenas professamos com a boca que cremos em Deus, que vivemos a vida correta, que fazemos aos outros o que é certo, independentemente do que façam conosco, ou que sigamos outros elevados padrões de conduta, poderemos viver uma vida ambígua e sermos hipócritas. Contudo, se realmente aceitarmos isso em nosso cerne, não será necessário que façamos declarações. Cada um dos nossos atos proclamará exatamente o que pensamos em nosso íntimo e no que acreditamos. Rapidamente, as pessoas descobrirão justamente que tipo de pessoa somos, observando nossas ações, em vez de ouvir o que dizemos.
Devemos perceber que todo pensamento é uma centelha emitida pelo Ego que, quando nasce, atrai para si um determinado tipo de material apropriado à sua natureza. Esse pensamento-forma pode ser enviado a outras pessoas, visando ao seu bem ou mal; mas haverá uma reação sobre nós mesmos, boa ou má, dependendo do que foi canalizado para os outros. É um fato e não apenas mero provérbio poético afirmar que “pensamentos, como galinhas, voltam para o poleiro”. Qualquer pessoa que tenha uma visão espiritual que foi despertada observa, em cada um de nós, uma atmosfera áurica que é sutil e colorida, de acordo com nossa particular tendência de pensamento; embora, é claro, a cor básica seja determinada por características de povo e de nações.
Se depositarmos em nossos corações pensamentos de otimismo, bondade, benevolência, ajuda e serviço, eles gradualmente vão colorir nossa atmosfera de maneira correspondente a todas essas diferentes qualidades ou virtudes desejáveis. E, à medida que nossos corpos são construídos pela Mente conforme nossa atitude mental, tais qualidades refletem-se em nosso Corpo Denso, trazendo para nós saúde e bem-estar. Por essa razão, os ensinamentos do novo pensamento são verdadeiros, quando afirmam que dessa maneira a saúde e a prosperidade são alcançadas, ainda que ninguém com Mente espiritual realmente use tais meios para obter riqueza material. Contudo, essa é apenas outra maneira de provar a verdade das palavras de Cristo: se procurarmos primeiro “o Reino de Deus e Sua justiça, todas as outras coisas nos serão acrescentadas“[3].
O profeta de Israel também deu essa garantia, quando afirmou: “Eu fui jovem e agora sou velho; porém nunca vi a semente dos justos implorando por pão.”[4]. É uma Lei do universo que se trabalharmos com Deus, Ele certamente cuidará de nós de maneira material. “Dois pardais não são vendidos por pouquíssimo valor? No entanto, nenhum deles cai na terra sem que seu Pai Celestial o saiba; porventura não valem mais do que muitos pardais?”. Por causa da Palavra de Deus temos a promessa de que, se trabalharmos com fidelidade, honestidade e o melhor da nossa capacidade, lutando pelos interesses do Rei, trabalhando em Sua “vinha”, Ele cuidará de nós.
Quando alguém cria sobre si mesmo uma atmosfera áurica de utilidade, bondade e serviço real — porque não basta desejarmos prestar o serviço, mas devemos nos esforçar dia após dia para servir, ao máximo —, deita cansado toda noite, na feliz consciência de ser um verdadeiro servo de Cristo. Contudo, ao fazermos isso, encontraremos um mundo diferente. Acharemos nas outras pessoas as mesmas qualidades que possuímos, porque essa atmosfera áurica é como um vidro através do qual olhamos para todos. O mundo inteiro é colorido por nossa própria aura, como se estivéssemos em uma sala com janelas de vidro vermelho e o mundo lá fora, as árvores, casas e tudo o mais, parecesse vermelho.
Para mencionar um fato, vemos o mundo em que vivemos através dessa atmosfera áurica e, se ela for vibrante pela benevolência e bondade, encontraremos ao nosso lado pessoas benevolentes e gentis, pois atraímos delas as qualidades que nós mesmos expressamos, seguindo o princípio científico do diapasão: quando um é tocado, desperta as vibrações de outros de tom idêntico; assim, as pessoas que nos conhecem são sempre atraídas e respondem àquilo que temos em nós mesmos.
Portanto, uma pessoa que é benevolente, como se diz, sente a benevolência e a bondade das outras pessoas. Uma que dispõe de pensamentos mesquinhos e preocupantes, que é pessimista ou habitualmente tem pensamentos de crueldade em relação aos outros, invocará sobre si próprio os mesmos traços de caráter que envia. Estamos todos vibrando em determinado tom e o Átomo-semente do coração é a base da existência física e das vibrações que saem de nós e vão para o Mundo Físico.
É de imenso benefício conhecer essa evidência científica, já que podemos controlar nossos pensamentos e, através deles, todas as condições da vida. Cabe a nós, portanto e diariamente, cultivar o otimismo, a utilidade, a benevolência e a bondade para podermos ter maior valor no trabalho do mundo. A menos que tenhamos essas qualidades em algum grau, é impossível realizar a tarefa para a qual viemos aqui, hoje à noite; ou seja, ajudar outras pessoas e curar.
Milhares de Estudantes Rosacruzes em todo o mundo concentraram seus pensamentos aqui, durante este dia, como faz todos os dias, quando há uma “Reunião de Cura Rosacruz” em um Centro Rosacruz, em um Grupo de Estudos Rosacruzes ou por meio de um Estudante Rosacruz. Essa união de pensamentos agora flutua sobre a Pró-Ecclesia como uma força poderosa. O Símbolo Rosacruz no lado oeste[5] da Pró-Ecclesia é o instrumento ou foco através do qual devemos enviá-la ao mundo todo. Temos ali a estrela dourada de cinco pontas e a cruz branca trilobada. Os números cinco e quatro formam o místico nove, que é o número de Adão, a humanidade. A cruz é branca e pura, símbolo que indica que quem deseja se tornar um Auxiliar da humanidade deve se purificar de todo o mal e, embora tentando fazer isso caiamos repetidas vezes, lembremos que não exista falha, exceto desistir da Missão. As sete rosas que enfeitam este símbolo representam o sangue purificado. Enquanto a humanidade e os animais que têm sangue quente e vermelho estão cheios de paixão e desejo, a planta não tem paixão. A rosa vermelha, o órgão gerador da planta, permanece como um símbolo da Imaculada Concepção que ocorre quando o Cristo nasce em nosso interior, purificando-nos dos pecados do passado e santificando para a obra do futuro. Esse é o grande ideal ao qual aspiramos. Concentremos nosso pensamento na rosa branca do centro do símbolo, que representa o coração puro do Auxiliar Invisível. Oramos para que nossos pensamentos sejam tão puros quanto aquela rosa, para que possamos gerar conceitos de pureza, força, utilidade e confiança em Deus, apesar de todos os desânimos.
Acima de tudo, depois que fizermos nossa parte, vamos confiar os resultados a Deus, eliminando nossa própria personalidade. Somos fracos demais para lutar contra as forças cósmicas; entretanto, Deus é onipotente. Não tentaríamos atravessar o oceano em um barco a remo que, muito provavelmente, afundasse; no entanto, se nos comprometermos com um avião, ou utilizando um barco bem construído cuja forte base possa superar as adversidades do oceano grande, as chances serão muito favoráveis à sobrevivência contra qualquer vento forte que nos possa afligir. Essa metáfora também pode ser aplicada à viagem em direção ao nosso objetivo espiritual. Se nos esforçarmos para manter as próprias forças, estaremos muito aptos a cair; no entanto, se nos comprometermos com Deus e orarmos a Ele pedindo por orientação, descobriremos que as chances de sucesso aumentam bastante. E por oração não se entende apenas a dos lábios, mas a do coração.
Como Emerson[6] ensina:
Embora seus joelhos nunca estejam dobrados,
Para o céu, de hora em hora, seus pedidos são enviados;
E sejam, para o bem ou para o mal, formados,
Ainda são respondidos e registrados.
Os Auxiliares Visíveis são tão necessários quanto os Auxiliares Invisíveis e nossos amigos e pacientes podem compartilhar um elevado privilégio, bem como adicionar muito poder à força de cura que é liberada, juntando-se a nós em oração pelos enfermos. Nosso “Serviço de Cura” é realizado todas as noites, no Templo de Cura, às 18:30, e na Pró-Ecclesia, às 16:15, quando a Lua está em algum Signo Cardinal, nas “Datas de Cura”, que variam todos os anos[7].
(Max Heindel – Discurso feito na Pró-Ecclesia, em 1915, publicado na Revista Rays from the Rosecross novembro-dezembro/1995 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
[1] N.T.: Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio)
[2] N.T.: Pb 26:7
[3] N.T.: Mt 6:33
[4] N.T.: Sl 37:25
[5] N.T.: Tanto na Pro-Ecclesia, tanto em um Centro Rosacruz, em um Grupo de Estudos Rosacruzes ou até quando um Estudante Rosacruz oficia o Ritual Devocional do Serviço de Cura.
[6] N.T.: Ralph Waldo Emerson (1803-1882) foi um famoso escritor, filósofo e poeta estadunidense.
[7] N.T.: vejam as datas para ao ano corrente aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/datas-para-realizar-o-servico-de-cura/. Já o texto para oficiar o Serviço Devocional de Cura pode ser encontrado aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/treinamento-esoterico/rituais-diario-e-semanal/ritual-de-cura/
Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, promulgados pela Fraternidade Rosacruz, são dirigidos especialmente àqueles que não aceitam o Cristo exclusivamente pela fé. Tais pessoas, amadurecidas, mas caracteristicamente intelectuais, correm o risco de perigosamente se enlearem nas teias retardadoras do materialismo. Por meio de uma explicação lógica e profunda do Cristianismo – somente propiciada pelo Cristianismo Esotérico – poderão, uma vez satisfeita a Mente, atender aos reclamos do Coração.
O embasamento do nosso crescimento anímico não poderá ser unilateral, pois caso contrário “haverá fome em alguma parte” do nosso ser. A segurança do nosso desenvolvimento depende de um método equilibrado e equilibrador. Tal equilíbrio compreende o desenvolvimento paralelo de nossas naturezas ocultista e mística, isto é, no cultivo da razão (simbolizada pela lamparina) e do sentimento (simbolizado pelo coração). Daí resultará um corpo são e melhor serviço à humanidade. Segundo Platão, devemos ser “sábios, santos e atletas”. E o lema Rosacruz o parafraseia: “Mente pura, Coração nobre, Corpo São”.
Com o propósito de realizar essas duas finalidades, a Fraternidade Rosacruz promove a publicação de artigos, de materiais, dos textos dos Rituais, de vídeos fiéis aos Ensinamentos Rosacruzes, de livros da biblioteca Rosacruz, a execução de Reuniões de Estudos, Palestras, Oficinas e Seminários e a promoção de Cursos que ajudam a orientar, a percorrer, a avançar nos graus e a se aprofundar no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Isso tem maior importância do que podemos imaginar. Se realmente levamos a sério nosso ideal, na medida do possível devemos estudar esse material, fazer os Cursos, participar dos eventos e ajudar naquilo que mais se precisa em cada caso por meio de um Centro Rosacruz.
Quando de palestras ou eventos que durem, no máximo duas horas, procedemos de uma de duas maneiras: a primeira, em palestra ou evento o terminamos com o ofício do Ritual Devocional de Serviço próprio do dia. A segunda maneira, antecedendo a palestra ou o evento, começamos a oficiar o Ritual Devocional de Serviço próprio do dia até após o momento da Concentração; ao terminá-la fazemos a palestra ou o evento e depois terminamos o ofício com as partes próprias de cada Ritual Devocional de Serviço. A repetição das mesmas palavras ritualísticas a cada encontro grava em nosso íntimo preceitos básicos para nossa formação Cristã-esotérica. Essa, devidamente sedimentada e sinceramente expressa em obras na vida diária, constrói o “templo sem ruído de martelos”.
Cultivar os dois polos de nossa divindade interna é condição essencial para um crescimento harmonioso. O potencial equilibrado desses dois polos é que nos tornará, gradativamente, uma “usina de força”, uma fonte de luz. Deus é Luz. Somos feitos a imagem e semelhança d’Ele. Essa Luz encontra-se em toda parte, principalmente em nós. Como manifestá-la? Por meio do despertamento dos divinos atributos latentes em nós, objetivo maior do método Rosacruz de desenvolvimento.
Devorar ansiosamente os livros, correr de palestra em palestra, de evento em evento atrás de novidades intelectuais, percorrer diletantemente várias escolas filosóficas, vários movimentos cristãos ou não, ao mesmo tempo, não conduz a nenhum resultado positivo. O intelectual é presa fácil da vaidade e do personalismo. Igualmente, o místico, por falta de discernimento, pode ser enganado nas suas experiências internas, confundindo os meros reflexos de seu subconsciente com os raios da intuição, essa sim originária do Espírito de Vida.
As razões apresentadas justificam, sobejamente, a natureza equilibradora do método Rosacruz, conduzindo o Aspirante à vida superior com segurança pelo, geralmente íngreme, caminho da realização espiritual. Daí a simbologia maravilhosa da lamparina e do Coração.
(Gilberto A V Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz de março/1975-Fraternidade Rosacruz-SP)
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Como a Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil foi criada como um Grupo de Estudos informal, depois passou para um Grupo de Estudos formal e, finalmente, para um Centro Rosacruz, autorizado e certificado pela The Rosicrucian Fellowship-Mount Ecclesia, Oceanside, California, USA, como um Centro Fraternal afiliado, pelos Probacionistas Hélio de Paula Coimbra e Maria JoséA. S. de P. Coimbra, ambos oriundos da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP, vamos apresentar, inicialmente, um resumo história da Fraternidade Rosacruz no Brasil, focando nas sementes que frutificaram como a Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP. Isso até a data de fundação do Grupo de Estudos em Campinas-SP-Brasil.
A antiga Fraternidade Rosacruz de Santo André, que divulgava, como movimento independente, as obras de Max Heindel, nasceu na década 1940-1950. Em seu seio havia dois Probacionistas: Milton José Ribeiro da Silva e Mário Sparapani.
Quando aquele grupo decidiu ligar-se à Sede Mundial, o irmão Milton o solicitou, o que foi concedido de imediato (12 de maio de 1955) por causa desses elementos credenciados.
Foi, portanto, o primeiro Núcleo registrado, nesta segunda etapa de expansão, do movimento Rosacruz no Brasil.
Além desses Probacionistas, o grupo contava elementos experientes na Filosofia Rosacruz, tais como Severino Alves Guimarães, o casal João Baptista Ribeiro da Silva-Maria L. Ribeiro da Silva; o casal Armando e Ana Têmpera.
É claro que a ligação a Mount Ecclesia veio trazer-lhes a seiva renovada de instruções preciosas que não se encontram nos livros publicados. Com isto se foram enriquecendo e expandindo.
O Centro funcionou, desde antes de sua fundação até 31 de agosto de 1971, numa Sede alugada no centro da cidade, na rua Campos Salles n.º 129, 2.º andar. As reuniões públicas se realizavam às quartas-feiras, início às 20:30 horas.
Em 13 de outubro de 1961 legalizaram seus estatutos, tendo em vista a sede própria que se propunham construir.
Abrangendo a área do grande ABC (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e vilas vizinhas), em abril de 1972 proferiram conferências públicas em São Caetano do Sul.
Em agosto de 1962 aplicaram o resultado da campanha de sede própria no pagamento inicial de um terreno em Santo André, que ficaram resgatando.
Em outubro de 1965 organizaram bazar pró Sede Própria, cujo montante, somado à contribuição regular de seus membros, para o mesmo fim, valeu para trocar o primeiro terreno por outro mais bem situado, adequado à construção. Em março de 1966 consumaram a nova compra.
Em outubro de 1966 promoveram um chá beneficente pró Sede Própria.
Em 1969, o irmão Mário Salvini foi chamado pelo amigo e companheiro antigo de estudos rosacrucianos, irmão Albano Almeida Campos, da Fraternidade “Filhos da Luz” de Vila Maria, desta Capital, então fechada. Pediu ao irmão Salvini indicar uma entidade Rosacruz para doar-lhe a Sede de Vila Maria. Salvini indicou o Grupo de Santo André e a doação foi legalizada com a ajuda do amigo dr. Oswaldo Preuss, filho do irmão F. F. Preuss,
Esse expressivo fato decidiu a aspiração dos irmãos de Santo André. O imóvel de Vila Maria foi vendido e com o produto se construiu uma bela Sede na av. Cesário Bastos, 366, em Santo André, próxima à Praça Kennedy. Quem a projetou e carinhosamente a construiu, com o preço mínimo, foi o irmão Júlio Palaia. A pedra fundamental foi lançada em 21 de março de 1971 e a construção terminada em 31 de agosto de 1971. Sobrou recursos para mobiliá-la confortavelmente e se tornou um atraente recinto de divulgação.
Além das reuniões regulares de estudos, às quartas-feiras, início às 20 horas; Reuniões de Cura e de Solstícios e Equinócios; o Centro promoveu cursos orais diversos. Em 1974 promoveu cursos de Astrologia Rosacruz, com apostilas mimeografadas que distribuiu depois, aos núcleos coirmãos, para facilitar-lhes idêntica iniciativa. Em outubro de 1975 promoveu três conferências na Biblioteca Pública Municipal. Pelo Diário do Grande “ABC” tem propagado a filosofia. Adquiriu um mimeógrafo e tem imprimido lições de evangelhos, além de um Boletim periódico.
Digno de menção é o conjunto musical que lá se formou, sob orientação da competente irmã Maria Meira. Excelente soprano, formou agradável conjunto e abrilhantaou as reuniões, bem como as festividades dos Núcleos irmãos, com números de conjunto e solos inspirados. Nomes de alguns irmãos e irmãs de lá: Reili Brighenti, Armando Têmpera, Flávio Zangirólami, Sophia Schrah, Franklin B. de Oliveira
O Centro de São José dos Campos nasceu com a transferência de residência do casal Domingos Pimentel e Izabel Pimentel, de Campos do Jordão para lá, em 1964. Em 11 de agosto de 1964 deu início às reuniões, em sua residência.
Com o aumento de interessados, alugou e adaptou uma sala na Rua Humaitá, 178, no centro daquela florescente cidade. Sustentou as reuniões semanais, insuflando-lhes seu vigor e discernimento.
Em outubro de 1965, com ajuda do irmão João de Deus, iniciou assistência às pessoas que desejam deixar o hábito de bebidas alcoólicas. A Liga Antialcoólica se expandiu e foi transferida para uma sede maior.
Em março de 1966 Dr. Pimentel nos visitou, comunicando a expansão do movimento Rosacruz em São José dos Campos.
A partir de janeiro de 1967 a Sede Central do Brasil começou a mandar oradores nos últimos sábados de cada mês àquele Núcleo.
Em 21 de setembro de 1969 aquele Centro começou a comemoração dos solstícios e equinócios.
Em março de 1973 solicitaram autorização para ministrarem o Curso Preliminar de Filosofia Rosa-cruz. A Sede Mundial concedeu essa autorização em setembro de 1973.
Em 11 de agosto de 1974, com vistas a uma sede própria, aquele Centro legalizou seus estatutos, iniciando campanha para essa realização. No período entre 21 e 27 de setembro de 1975, com especial empenho do casal Odila-Dalmaci, levaram a efeito um bazar beneficente, abrilhantado com o espetáculo do ballet-Stúdio, cuja lindíssima demonstração se deu na “Sala Veloso” do Teatro São José.
Com a transferência de residência do prof. Gilberto Antônio Vasconcelos Sylos, genro do Dr. Pimentel, para São José dos Campos, um vigor maior ainda houve naquele Núcleo.
Em abril de 1976 publicou o livreto “Os Dez mandamentos” — que um Centro Rosacruz da Argentina solicitou traduzir ao castelhano.
Em agosto de 1976 publicou o livro “As Bem-aventuranças”, também por um seus Probacionistas.
Suas reuniões atuais se realizavam as terças-feiras (reservada aos mais adiantados) e sábados (públicas), além de as Reuniões de Cura e comemoração dos Solstícios e Equinócios.
O Grupo da Lapa emprestou seu harmonium ao Centro de São José dos Campos e lá se formou um bom conjunto musical.
Nomes de alguns irmãs e irmãos de lá: Gilberto A. V. Silos, Domingos Pimentel, Olga Pereira de Souza, Celso Athayde, Flávio Macedo, Maria Aparecida Silva, Edmundo Teixeira.
Nos inícios de 1955 um grande número de Estudantes Rosacruzes buscava entrar em ligação com a Sede Mundial, em Mount Ecclesia. Nessa época, a “União Rosacruz São João”,aglutinou muitos deles, acolhendo-os em suas reuniões, na rua Guararapes, 34, em salão anexo à residência do irmão David Dias dos Santos.
Em 4 de agosto de 1955, os principais elementos desse Grupo começaram a fazer, de novo, agora oficialmente, o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, vencendo o ano de pré-filiação.
Em 4 de agosto de 1956, já como irmãos regulares, inauguraram festivamente sua ligação a The Rosicrucian Fellowship, fundada por Max Heindel, em Oceanside, Califórnia, U.S.A.
Lembramo-nos dos companheiros de então, que até hoje continuam fielmente: David Dias dos Santos (falecido em 20.1.70), Antônio e Rosa Munhoz, Clélia Meniatti Benson, João Pignata, Thêrese Ventre, Bianca Ramazini, Maria e Elza Villar Harrison. Lembramos, igualmente os que vieram para servir na Sede Central: Maria Rosária de Medeiros, Therezinha Grosso, Rosália Maria de Medeiros e Antonieta Pinolla.
O Grupo de Estudos Rosacruzes da Lapa-São Paulo-SP inaugurou a “Semana de Max Heindel” em 1958, hoje comemorada por todos os núcleos do Brasil.
Em 22 de dezembro de 1962, em reunião solene, teve seu novo Símbolo consagrado.
Entre março e julho de 1964, quando a Sede Central teve uma parede lateral abalada pela construção vizinha, o Grupo de Estudos Rosacruzes da Lapa-São Paulo-SP se converteu em Sede Central, abrigando seus Estudantes em reuniões conjuntas de estudos.
Em maio de 1965 o irmão David vendeu sua casa e a entregou aos novos proprietários em 30 de setembro de 1965.
Em outubro do mesmo ano recomeçaram regularmente, de modo especial: alternadamente, nas residências dos irmãos João Pignata, Clélia Meniatti Benson, Elza Villar Harrison e Therêse Ventre. Essa alternação teve o condão de confraternizar mais estreitamente ainda os seus membros.
Organizado e dirigido durante muitos anos pelo irmão David Dias dos Santos, o Grupo Lapa tinha como expositores, os irmãos David, Munhoz e Rosária. O irmão David passou para os Mundos Celestes.
Alguns irmãos e irmãs de lá: Clélia Meniatti Benson, João Pignata, Rosa Dias Munhoz, Therêse Ventre e Lídia Ceolin.
Desde 1941 a antiga Fraternidade dos “Filhos da Luz” se reunia às sextas-feiras para estudar assuntos esotéricos em geral, inclusive o Rosacrucianismo. Era um grupo independente que funcionava num salão especialmente cedido para esse fim, pela família Luzio, em sua residência, primeiro na Av. Conde de Frontim e depois na Rua Atuaí, 383, Vila Esperança — Penha.
Manoel Rufino Luzio era um sensitivo de fibra incomum e idealismo provado. Gostava de curas. Com sua esposa, Laura de Jesus Luzio, e filhas, Rosa, Piedade e Alice, eram estudantes sinceros.
Um dia, às 18 horas, meditando e olhando para o céu, através da janela, dona Laura de Jesus viu uma brilhante estrela que se deslocava em sua direção. Ao aproximar-se, reconheceu o símbolo da Rosacruz: a cruz era do tamanho de uma pessoa. Abriu os braços para recebê-la, mas ela pareceu entrar no salão da Fraternidade. Correu para lá e realmente viu a estrela, toda iluminada, cobrindo outro símbolo que usavam lá. Radiante e espantada, d. Laura foi chamar o marido, mas quando chegaram ao salão, não viram mais nada. Sr. Manoel Rufino compreendeu, então, que teriam de dar um grande passo para algo muito maior.
Passaram-se três meses. O irmão Luzio deixou consignado no livro de atas estas palavras: “Pelos amigos da Lapa (Sr. Munhoz e Sr. David), dos quais ouvimos proveitosas palestras sobre Filosofia Rosacruz, soube que estão cogitando de formar a Fraternidade Rosacruz, sob a égide de “The Rosicrucian Fellowship”, de Mount Ecclesia, através do irmão F. P. Preuss. Participei de algumas reuniões e compreendi haver chegado o convite de elevação a todos nós. Fomos recebidos como amigos e convidados como estudantes. Vamos nos preparar”.
O irmão Luzio realmente esteve com seus dedicados companheiros, José Gabriel da Rocha e Lázaro Antunes Moreira, na segunda reunião do Conselho, em 14 de janeiro de 1956. Mas já haviam tomado contato conosco, anteriormente e muitos, do Grupo, haviam iniciado o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, em meados de setembro de 1955. Em meados de setembro de 1956 começaram a surgir os primeiros Estudantes Regulares. Haviam vencido o curso de pré-filiação e, em 20 de setembro de 1956, início às 20:30 horas, realizaram a sessão solene de filiação e dedicação integral ao Movimento Rosacruz.
Desde então o Grupo segue firme em seus ideais, constantemente relacionado com as co-irmãs do Grande São Paulo, comparecendo a todas as confraternações e sendo visitados por oradores e grupos irmãos.
Em 11 de outubro de 1969 falece o irmão Luzio. Foi uma grande perda, mas seus companheiros continuaram firmes, consoante sua recomendação final.
Em setembro de 1970 a Sede do Grupo se transferiu para um salão especialmente construído para esse fim, na Rua Cirene Jorge Ribeiro, 188, anexo à residência da irmã Piedade Luzio Rodrigues, cujo marido, irmão Paulo Rodrigues, é fiel simpatizante.
Em 14 de dezembro de 1973 falece a irmã Laura de Jesus Luzio.
Do fiel grupo antigo remanescem os irmãos José Gabriel da Rocha, Lázaro Antunes Moreira, casal Piedade-Paulo, família Perrella, Benedito José de Carvalho e a neta do Sr. Luzio, Clarice. A eles, juntaram-se os novos irmãos.
Alguns irmãos e irmãs de lá: José Gabriel da Rocha, Piedade Luzio Rodrigues, Clarice Luzio Pereira, José Gilson Vieira, Maria José Vieira, Paulo Rodrigues, Antônio Pereira, Lázaro Antunes Moreira.
O Grupo de Estudos Rosacruzes de Piracicaba-SP surgiu com a transferência de residência dos Probacionistas o casal Maria José Serra Coimbra-Hélio de Paula Coimbra desta Capital para aquela cidade, em abril de 1965. Dir-se-ia que foram impelidos a maior serviço, devido ao preparo deles.
Em 1966 compraram uma casa e construíram um salão anexo, dedicando-o às práticas espirituais e com o propósito de nele formar um grupo de estudos.
Em outubro de 1966, o irmão Dr. Hélio comunicou-nos a decisão de iniciar um grupo. Desde então começou a aglutinar interessados.
Em dezembro de 1967 inscreveu o Grupo na Sede Mundial.
Continuou consolidando o Núcleo e em 30 de julho de 1971 foram irmãos de São Paulo para consagração de seu novo Símbolo, em tamanho maior. Entrementes o Dr. Hélio jamais deixou de assistir a Sede Central do Brasil nas consultas jurídicas e realizando mensalmente suas palestras nas reuniões devocionais de domingo.
Em março de 1973, o irmão Hélio e a irmã Maria José iniciaram conferências em outras cidades. No Grupo de Piracicaba sustentavam firmemente cursos orais de Filosofia e Astrologia Rosacruzes. É de notar a ênfase e preparo que assegurou aos Estudantes Rosacruzes, no estudo do “Conceito Rosacruz do Cosmos”.
Em julho de 1973 proferiram conferências em Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e Paulo de Faria. Aos poucos se foram definindo núcleos de estudos em Ribeirão Preto, Uberaba e Paulo de Faria, que o irmão Hélio e irmã Maria José, em constantes visitas, carinhosamente prestigiaram orientando, esclarecendo, fornecendo literatura etc.
Em abril de 1974 se confirmaram os Núcleos.
O Grupo de Piracicaba também prestou excelente colaboração no setor de traduções, com a equipe que se formou, para verter obras Rosacruzes do original inglês, constituída pelo Dr. Hélio, Maria José, Maria de Lourdes e esposo.
Em março e julho de 1973, Dr. Hélio proferiu palestras na cidade de Paulo de Faria, oferecendo literatura e orientação. Aglutinaram-se alguns interessados, começaram a fazer o Curso por correspondência e, em março de 1974, uma carta do estudante Paulo José Santos e Silva comunicou haverem formado lá um Grupo Rosacruz, sob responsabilidade do probacionista Hélio de Paula Coimbra, no período de pré-filiação. No entanto, mesmo depois de se formarem lá os Estudantes Regulares, o irmão Hélio não deixou de emprestar-lhes sua experiência e apoio.
Em 10 de fevereiro de 1973, os irmãos Hélio e Maria José foram àquela grande Cidade universitária, para visitar a Estudante Rosacruz Juraci Médici, Fizeram uma palestra e estimularam a formação de um Grupo. Ofereceram orientação e apoio, em constantes visitas. O irmão Alexandre Basílio Muccillo residia lá e ajudou o Dr. Hélio, prestigiando a irmã Juraci. Em abril de 1974 o Grupo se formou oficialmente e desenvolveu uma boa atividade, reunindo-se regularmente em estudos e práticas.
O Grupo de Estudantes Roscruzes que constituiu o Núcleo de Rio Claro, de há muito se interessavam pela Filosofia Rosacruz e a intervalos visitavam o Grupo de Piracicaba, para troca de informações e participar das reuniões. Com a transferência de residência para lá, do Probacionista Alexandre Basílio Muccillo, o Grupo se consolidou e definiu. Em 1974, uma carta do estudante Paulo José comunicou a formação do Grupo Rosacruz naquela cidade, na rua Seis, n.º 1446. O irmão Dr. Hélio os visitava também.
Em fevereiro de 1973 os irmãos Hélio e Maria José visitaram pela primeira vez aquela cidade e, perante um grupo de pessoas interessadas na Filosofia Rosacruz, proferiu uma palestra e respondeu a muitas perguntas, oferecendo, ademais, literatura e orientação.
Há intervalos voltavam lá para novas palestras. O Grupo se ia definindo e os estudantes começaram a preparar-se. Em abril de 1974 aconteceu à formação oficial do Grupo Rosacruz, que continuava merecendo o apoio e visitas dos irmãos Hélio e Maria José.
Contávamos vários amigos e conhecidos, companheiros de estudos rosacrucianos, no Rio de Janeiro, desde a década 1940-1950, dentre eles a irmã Loiva Leiria Borba e Almte. Álvaro da Natividade Fidalgo.
Em São Luiz do Maranhão tínhamos igualmente o companheiro Juenal Nascimento do Araújo, que mantinha naquela Capital um grupo te estudos.
Quando o irmão Juvenal se transferiu para o Rio, imediatamente cogitou de lá formar um Centro Rosacruz. Isso foi em inícios de 1957.
Em 4 de maio de 1957 soube de nosso relacionamento com The Rosicrucian Fellowship e nos escreveu solicitando informes. Começou a refazer o Curso Preliminar juntamente com sua esposa, Dona Florise, uma cunhada e filha.
Em 8 de fevereiro de 1958 nos visitou para tratar da formação do Grupo de Estudos Rosacruzes.
Em 7 de junho de 1958 vai o irmão Milton José Ribeiro da Silva para visitá-los e instruí-los. Em 9 de outubro de 1958 se forma a Diretoria do Grupo Formal de Estudos Rosacruzes.
Depois disso, em franca atividade, visitaram-nos vezes seguidas, a que retribuímos confraternando nos com os membros daquele Grupo Formal de Estudos Rosacruzes.
O irmão Fidalgo nos visitou mis vezes em 1962, proferindo impressionantes palestras. Em 14 de março de 1962 foi com o irmão Edmundo a Campos do Jordão onde também falou.
Nos Congressos realizados no Rio de Janeiro em 1963 e 1965, em homenagem ao 98.º aniversário e centenário de nascimento de Max Heindel, a família Araújo nos hospedou amorosamente.
Em julho de 1964 aquele Grupo Formal de Estudos Rosacruzes foi elevado, de Grupo a Centro Titulado pela Sede Mundial. Ao mesmo tempo recebeu autorização para ministrar o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz.
Em janeiro de 1967 fizemos lá uma, palestra, pelo irmão Edmundo.
Em abril de 1971 falece o irmão Fidalgo em acidente.
Em 2 dew agosto de 1978 o Centro sofre duro golpe com o passamento do irmão Juvenal Nascimento do Araújo. Sua viúva, irmã Florise, Probacionista fiel e dedicada, continua as atividades do Centro do Rio de Janeiro, ajudada pela irmã Loiva e pelo irmão Coelho, que se mudou do Maranhão para lá.
O Centro Rosacruz do Rio de Janeiro se destacou pelas atividades editoriais: irmã Loiva traduzindo; irmão Fidalgo traduzindo, proferindo conferências e prestando ajuda a “Serviço Rosacruz”; irmão Juvenal, empreendedor, idealista, com seus livros de poesia espiritualista, além de haver editado, com sacrifícios, as obras de Max Heindel: “Lúcifer, Tentador ou Benfeitor” (1961); “Véu do Destino” (1965); “Princípios Ocultos de Saúde e Cura” (1966). Prestaram inestimável ajuda na difusão da mensagem Rosacruz, em colaboração com a Comissão Tradutora e Editorial, da Sede Central.
Dentre os companheiros de estudos rosacrucianos antigos, havia alguns na Capital gaúcha, dentre eles, Arauto Hugo da Costa e o irmão Dr. Benildo Leal de Moraes.
Em 4 de maio de 1957 o irmão Washington Soares da Rosa nos solicitou informações acerca do movimento que se formava, sob a égide de The Rosicrucian Fellowship.
Em 7 de março de 1959 o irmão Edmundo Teixeira visitou os Estudantes de lá, hospedando-se na casa do Irmão Washington e estimulando-o a aglutinar os interessados num Grupo de Estudos. Seguiram-se cartas.
Em abril de 1962 o irmão F. P. Preuss os visitou novamente. Em 19 de abril de 1962, lavrou a ata de fundação.
Nos inícios de março de 1963 recebemos e hospedamos o irmão Dr. Benildo Leal de Moraes.
No dia 15 de março de 1963 o irmão Edmundo foi presidir à consagração do Símbolo daquele Centro, fazendo duas palestras.
Em 17 de abril de 1963 o irmão Preuss proferiu conferência pública em Porto Alegre.
Em julho de 1964 aquele Centro foi autorizado pela Sede Mundial a ministrar o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz.
Em 30 de agosto de 1964 e 1 de setembro de 1964, sempre hospedados pelo irmão Washington, a Sede Central de novo se fez representar pelo irmão Edmundo, lá proferindo duas palestras e visitando a irmã Loiva Leiria Borba, que buscava formar um grupo em São Leopoldo.
Entre 19 de abril de 1965 e 8 de maio de 1965 o irmão Preuss profere várias conferências públicas em Porto Alegre e nas sedes dos núcleos de estudos de Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo.
Em 2 de fevereiro de 1969 o irmão Dr. Hélio visitou o Centro de Porto Alegre.
Por correspondência ou através das visitas e conferências, aquele distante núcleo tem recebido da Sede Central constante assistência.
O Centro gaúcho se destacou através das atividades impressoras: o irmão Washington adquiriu uma impressora e prestou muitos serviços à causa, no Brasil e à Sede Mundial.
Atualmente, a nossa cara Irmã Da. Leonora Bender é quem está à frente do Centro de estudos, dando toda a sua assistência e colaboração.
Na capital baiana funcionou de há muitos anos um centro de estudos de Filosofia Rosacruz, orientado pelo Irmão Probacionista Vitorino Palomo, atingindo o seu apogeu em 1968, com enorme divulgação naquela capital, Com o falecimento desse dedicado Irmão em Fevereiro de 1976, paralisou-se momentaneamente o seu funcionamento. No entanto, o Irmão Probacionista Laurindo Francisco de Oliveira, transferindo residência de Santo André para lá, tomou contato com Da. Margarida, esposa do Irmão Palomo, merecendo-lhe a doação do mobiliário do antigo grupo e reiniciando sua atividade na Travessa General Labatut, 5 – Periperi.
Esse grupo tem sua estória estreitamente ligada à do Rio de Janeiro, porque nasceu da iniciativa e idealismo da Família Araújo.
Após a transferência de residência da família Araújo para o Rio de Janeiro, em 1957, ficou meio disperso. O irmão Juvenal, por cartas, buscava mantê-los unidos. Informou-lhes do Movimento Rosacruz Mundial e, em 2 de julho de 1968, após o preparo individual de alguns Estudantes, começaram a formar um núcleo nitidamente Rosacruz. Na falta de um Estudante Regular, diligenciaram iniciar o período de pré-filiação em agosto de 1964.
Finalmente, em agosto de 1965, já com irmãos credenciados junto à sede Mundial, constituíram o Grupo de Estudos Rosacruzes formal.
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Fontes: