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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Mãos Milagrosas

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que existem duas dificuldades muito comuns na prática dos tratamentos pela imposição das mãos: uma é a de extrair do paciente algo que é venenoso e daninho e que provoca a doença ou enfermidade; a outra, a infusão da energia vital pela própria pessoa que está usando esse método.

Quem quer que tenha feito algum trabalho dessa espécie sabe isto porque sentiu, bem como sentirá todo aquele que o praticar com êxito. Pois bem, a menos que a pessoa que esteja praticando tenha uma saúde excelente, duas coisas podem acontecer: ou os miasmas humanos extraídos do paciente podem contaminá-la e vencê-la, tomando ela o lugar “do enfermo”, ou então pode lhe infundir demasiada quantidade de sua própria força vital e ficar completamente debilitada.

Às vezes acontecem as duas coisas, simultaneamente, chegando um tempo em que a pessoa se encontrará esgotada e é obrigada a descansar.

Isto é algo difícil de evitar, salvo para aqueles que possam ver os eflúvios etéricos que tomam ou que dão. Muitas pessoas são como vampiros quando estão enfermas, e quanto mais fortes e robustas em estado normal, tanto piores são quando a enfermidade as lança no leito.

É evidente que a imposição das mãos é algo que não se deve fazer indiscriminadamente e só a devem praticar as pessoas devidamente treinadas. Os Probacionistas que vivem meritoriamente recebem treinamento especial dos Irmãos Maiores.

Vamos ver um exemplo de uma pessoa que apresentou esse talento de curar por meio da imposição das mãos e que graças ao seu desenvolvimento pelo lado místico conseguiu utilizar tal talento para ajudar na cura de muitas pessoas.

Comecemos alertando que a despeito dos quadros, muitas vezes dolorosos, que a mídia escrita ou falada e os noticiosos de TV nos oferecem diariamente, nosso ânimo, como Estudantes Rosacruzes, não se deixa abalar. Os acontecimentos conturbadores destes tempos que estamos passando, ao contrário do que pensa a maioria, constituem o prenúncio de uma nova Era. Vivemos uma fase de transição. E como só acontece em épocas de mudanças tão bruscas e velozes, o mundo parece se envolver numa atmosfera de confusão, exotismo e fatos surpreendentes.

Muitos leitores indagam: Há uma relação entre esse estado de coisas e a futura Era de Aquário?

Nós afirmamos que sim. O Sol entrou na Órbita de Influência de Aquário em meados do século XIX. O Signo de Aquário é regido por Urano. Sua palavra-chave se expressa por meio de conceitos como: originalidade e renovação.  A captação e transmissão das energias elétrica, solar e atômica, das telecomunicações, da internet, o surgimento de novas invenções, a conquista do ar, são algumas das manifestações aquarianas. Isso tudo traz mudanças sacudindo o pó de velhas e obsoletas estruturas, às quais a Humanidade tende se acomodar. Eis porque a transição gera aparentes desequilíbrios.

O Planeta Terra passa por transformações gradativas. Ele está se refinando. A ação do Cristo contribui para isto. Nós – o microcosmos – também nos renovamos. Nossos veículos se purificam, tornando-os, dia a dia, mais sensíveis às vibrações espirituais. Mas tal não ocorre uniformemente. É fácil deduzir a causa: nem todos se encontram no mesmo nível evolutivo. Em termos relativos, poucos respondem corretamente às vibrações aquarianas.

Assim, não nos espantemos com relatos sobre o desenvolvimento de poderes paranormais. Eles se tornarão cada vez mais comuns e suas manifestações mais numerosas. E alguns, como o que abaixo transcrevemos do jornal “Folha de São Paulo”, constituem boa matéria para estudo e meditação.

“Eu não entendo nada de parapsicologia e nem de fenômenos extrassensoriais, mas acredito possuir um dom extraordinário, através do qual posso aliviar os males dos meus semelhantes”, declara o francês Aldo Moreau de la Meusse, de 65 anos de idade, agricultor por profissão e há 27 anos radicado no Chile. Ele vive na comunidade de Las Condes, nos arredores de Santiago, numa casa estilo campestre, onde, diariamente, formam-se filas de enfermos, certos de aquele homem alto e espigado, de olhos de forte mirada, fala mansa e vestir elegante, poderá curá-los.

O “tratamento” é simples: Aldo coloca suas mãos sobre o doente. E, quase sempre, esse fica curado, ou as dores cessam como por encanto. A maioria considera milagre o que ele faz, mas o doutor Brenio Onetto, a maior autoridade chilena em parapsicologia, tem outra opinião sobre o caso: “Existe uma energia ou capacidade psicocinética que as pessoas possuem em sua natureza. Acredita-se que fortes descargas elétricas que emanam do cérebro sejam capazes de variar o equilíbrio de certas matérias. Toda pessoa tem capacidade de percepção extrassensorial, mas existem algumas que têm um sentido muito agudo. É o que nós chamamos psicocinese, ou melhor, o poder da mente sobre as coisas em movimento, neste caso sobre o corpo”. O doutor Onetto tem fortes razões para acreditar no poder de Moreau: ele curou a sua mãe, que sofria de uma úlcera. Nenhum médico conseguira tratá-la. Depois que Moreau colocou as mãos sobre o corpo da mãe do parapsicólogo, a mulher ficou boa.

Enquanto viveu na França, nada de anormal aconteceu com Aldo Moreau.

Ele estudou Direito na Sorbonne, mas não conseguiu exercer a profissão, pois logo depois de formado foi vítima de um terrível acidente automobilístico, ficando entre a vida e a morte. Onze dias em coma, hemorragias, fratura do crânio, chegou a ser desenganado pelos médicos. De repente, e como por milagre, ficou bom. “Compreendi que uma força sobrenatural me protegia”, conta ele. E essa crença acentuou-se ainda mais quando recebeu um tiro e a bala não lhe causou quase nenhum mal. Mais tarde, viajou para o Chile, onde sofreu um novo desastre de automóvel. Estava com o sogro, e esse morreu no acidente. Aldo Moreau, no entanto, saiu do carro arrebentado sem um só arranhão. Atualmente, ele tem ótima saúde.

Tudo teve início numa certa noite, quando dormia na casa dele em Santiago. Ao acordar sentiu a estranha sensação de que poderia curar seus semelhantes. Pensou que tudo não passasse de uma alucinação, mas a coisa voltou a se repetir por três dias seguidos. Compreendeu, então, que “era uma mensagem de Deus”. Conta ele:

— Tive a certeza de que o Todo Poderoso me concedera dons especiais para fazer o bem. Uma estranha força apoderou-se das minhas mãos. Primeiro da direita, e logo em seguida da esquerda, que tremia de forma inexplicável, como nunca acontecera antes”.

Aldo Moreau passou, então, a receber enfermos em sua casa. E a curá-los. Hoje, essas curas atingem a centenas, e ele confessa não se lembrar da maioria. Ao seu lado, porém, está sempre presente um menino. Esse garoto encontrava-se num hospital de Santiago, vítima de graves queimaduras. Durante vários dias, Aldo Moreau foi visitá-lo, colocando as suas mãos em cima do corpo da criança. As feias feridas fecharam, sem deixar uma só cicatriz.

— Também já consegui aliviar as dores de portadores de câncer. Alguns pacientes declararam estar curados, mas eu não comprovei pessoalmente nenhuma cura.

Quando querem saber o que ele sente, ao “curar os enfermos”, Moreau explica:

— Primeiro, um calor suave e logo uma corrente elétrica, que se inicia na mão direita, passando depois também para a esquerda. Alguns enfermos sentem calor ou frio. Outros, não sentem nada. Meus dedos se movem horizontalmente e de uma maneira muito estranha.

Aldo Moreau reconhece que devolveu a visão a muitos cegos, e que já tratou de úlceras, doenças do fígado, diabetes e outras enfermidades. E crê firmemente que possui um dom divino.

A advogada Alma Wilson, bastante conhecida em Santiago, foi uma das pessoas curadas por esse francês. Ela sofria terrivelmente de uma nevralgia, e nenhum médico conseguira aliviar suas dores.

“Aldo Moreau me curou totalmente. Nunca mais senti nada. Conheço um rapaz cego, que voltou a ver, depois que ele lhe colocou as mãos em cima.”

Embora confessasse nada entender do assunto, quando perguntaram a essa advogada o que acontece com os 85% da capacidade mental que o ser humano não utiliza, ela respondeu: “Ninguém o sabe ao certo, mas eu creio que no cérebro existem poderes ocultos que ainda não foram descobertos. Talvez nesse mundo desconhecido esteja a explicação para essas curas milagrosas que vêm assombrando o mundo…”. Talvez.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de agosto/1978-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Chamamento

No Ritual do Serviço Devocional de Cura da Fraternidade Rosacruz lemos: “um só carvão não produz fogo, mas quando se juntam vários carvões, o calor latente em cada um deles pode converter-se em chama irradiando luz e calor”.

O poder dos números é insignificante no Mundo Físico, quando o comparamos com esse poder nos Mundos espirituais. Aqui contamos um, dois, três, quatro, etc.; nos Mundos espirituais o poder aumenta ao quadrado: dois, quatro, oito, etc., para as primeiras doze pessoas que assistem a um serviço. A partir da décima terceira pessoa, número aumenta esse poder ao cubo: três, nove, vinte e sete, etc. elevando-os ao poder do universo espiritual.

Observamos, pois, quão importante pode ser a presença do mais insignificante de nós, quando se trata de acumular e multiplicar nossas aspirações espirituais para o serviço da Humanidade.

Para assegurarmos o auxílio de todos os Estudantes Rosacruzes sérios e lhes dar a oportunidade de ajudar, publicamos o documento intitulado “Datas de Cura”,  em que se tem todas as datas em que se deve oficiar o Ritual do Serviço Devocional de Cura, de maneira que cada um que esteja interessado, seja Probacionista, Estudante, paciente ou qualquer outra pessoa que queira, possa se recolher em seu lar, de preferência às 18h30 (se não puder, pode oficiar em outro horário, mas de preferência sempre no mesmo lugar), dirigindo seus pensamentos em amorosa compaixão em direção à rosa branca que fica no centro do Símbolo Rosacruz no Templo de Cura onde, nesses momentos, se descobre o Símbolo. O fortalecimento que se dá na soma de todos oficiando esse Ritual, lhes permitirá realizar um serviço maior em favor da Humanidade, pois, então, cada um de nós toma parte no trabalho!

O símbolo dos Auxiliares Invisíveis, no qual nos concentramos em Mount Ecclesia, é uma cruz branca, com sete rosas vermelhas e uma rosa branca e pura no centro, a dourada estrela radiante emanada da cruz e o fundo azul[1], estando tudo formosamente iluminado, um símbolo adequado da fulgência do Corpo-Alma em que viajam esses servidores.

Não é necessário fazer correções no tocante à hora, devido ao lugar de residências, porque o Sol irá recolhendo todas as aspirações em sua marcha, e quando os raios chegarem ao Templo de Cura da Fraternidade Rosacruz, no ângulo adequado, a influência será transmitida e se unirá com nossas aspirações que têm lugar a essa hora e nos ajudarão no trabalho.

Max Heindel nos diz que no passado, quando nossos esforços para socorrer aos doentes e enfermos se encontravam necessariamente restringidos aos Estudantes Rosacruzes que estavam lá em Mount Ecclesia, devido à carência de suficiente número de pessoas em nossas oficinas, muitas vezes faziam-nos esta pergunta: como podemos ajudar?

Este chamamento é a resposta a todos! Agora, existe uma legião de Auxiliares Invisíveis desenvolvidos, tanto entre os vivos como entre os “chamados” mortos, e contribuirão muitíssimo, no futuro, para afugentar a morte da face da Terra.

Conscientizemo-nos do glorioso privilégio que significa ser membro dessa legião; mantenhamos mais alto que em qualquer outra hora essa posição que pode ser-nos conferida, e esforcemo-nos para viver as exigências dessa tão nobre e elevada causa, para que, com o tempo se nos considere dignos de assumir maiores responsabilidades.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de março/1982-Fraternidade Rosacruz-SP)


[1] N.R.: se quiser obter uma cópia desse Símbolo é só enviar um e-mail para fraternidade@fraternidaderosacruz.com com: seu nome completo; seu endereço completo com CEP; seu e-mail; seu dia e mês de nascimento e se é Estudante Rosacruz ou não. Enviaremos sem custo e com o maior prazer para você.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Cartas de Augusta Foss Heindel: Última Mensagem da Sra. Augusta Foss de Heindel

Querido amigo e querida amiga:

Eu, Augusta Foss Heindel, estando no ano oitenta e quatro de minha vida e, tendo em conta que, de acordo com as leis físicas, deverei, a qualquer momento, deixar o plano terreno, estou profundamente interessada e preocupada com o bom andamento desta obra, cuja continuidade nos foi confiada pelo meu esposo, inspirado pelo Mestre. Sinto-me no dever de escrever a cada um pessoalmente sobre assuntos de capital importância, relacionados com os ensinamentos Rosacruzes.

Como você já sabe, em 1898 eu me encontrei pela primeira vez com Max Heindel. Isso se deu em uma conferencia teosófica na cidade de Los Angeles. Atendi solicitação dele, emprestando-lhe e facilitando-lhe livros que o ajudaram muito em sua busca de um maior conhecimento das verdades espirituais. Fui sua companheira infatigável, e todos os dias ele ia à casa de minha mãe para que eu lhe ministrasse aulas de astrologia.

Anelando verdades mais profundas, Max Heindel esteve, em 1907, na Alemanha, onde esperava encontrar a ajuda de um mestre. Desiludido com o que encontrou, decidiu providenciar seu regresso aos Estados Unidos. Enquanto aguardava a partida do navio, recebeu a visita de um ser misterioso, que mais tarde reconheceu como sendo o “Mestre” (da Ordem Rosacruz) oferecendo-lhe conhecimentos de grande elevação.

Tais conhecimentos ser-lhe-iam ministrados sob a condição de não os divulgar a outrem. Deveriam permanecer em segredo. Como Max Heindel desejava compartilhá-los com outros buscadores da verdade, não aceitou a proposta. O “Mestre” se foi deixando-o só.

Novamente deparou com o “Mestre” em seus aposentos. O misterioso ser afirmou tê-lo submetido a uma prova, por sinal, vencida com muita segurança. Se tivesse aceitado à proposta de manter em sigilo aqueles ensinamentos, o Irmão Maior não mais teria voltado. Os Ensinamentos Rosacruzes deveriam ser condensados em um livro (“CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS”) e levados a público antes do encerramento da primeira década do século, isto é, até dezembro de 1909.

O primeiro bosquejo do livro foi feito no Templo, na Europa. Posteriormente, foi ampliado e enriquecido na atmosfera elétrica dos Estados Unidos, para onde Max Heindel voltou na primavera de 1908. O “Conceito” foi novamente revisado no verão de 1908 e completado em setembro do mesmo ano.

Logo em seguida iniciou-se a luta, renhida, diga-se de passagem, para editá-lo. Não se logrou êxito até o final do ano de 1909. Ao findar-se o outono de 1908, Max Heindel proferia conferências em Columbus, Ohio, fundando ali o primeiro Centro da Fraternidade. Dirigiu-se depois a Seattle e em agosto de 1909 organizou o primeiro Centro naquela cidade.

Em 10 de agosto de 1910, Max Heindel e Augusta contraíram matrimônio na cidade de Santa Ana, Califórnia. No dia seguinte ele encetou viagem a diversas cidades como Seattle, Portland e outras, com o intuito de realizar uma série de conferências. Durante essa viagem ele escreveu para a Sra. Augusta: “14 de agosto de 1910… Eu sempre lhe desejei falar sobre a orientação espiritual dos Irmãos Maiores. Devemos agir sempre segundo os ditames do nosso ‘Ser Interno’, até onde seja possível, independentemente dos conselhos dos demais, não importando quanto os admiremos e respeitemos. Somos responsáveis pelos nossos atos, ainda que outros nos induzam a praticá-los. Por isso temos de analisar os conselhos e sugestões recebidos para verificar se coincidem com nossa apreciação do reto e do justo. Uma noite você defendia o justo ainda que isso pudesse custar a sua felicidade. Eu não posso nem lhe contar como senti profundamente quando você me revelou. Esteja sempre firme em defesa da justiça e da retidão tal como as compreende, ainda que contra mim mesmo ou o Mestre quando encontrá-lo, ou contra as leis que você julga emanarem de Deus, porque o justo é o justo, não importa quem diga o contrário. É preferível cometer um erro por iniciativa própria do que por deferência a alguém. Temos de desenvolver a capacidade de manejar nossos veículos, mas, simultaneamente, devemos fazer o mesmo com nossa autoconfiança, guiando-a por meio do conhecimento do Eu Superior”.

“21 de agosto de 1910… O Mestre felicitou-me, dizendo ter esperança de algum dia poder recebê-la no Templo como uma filha e chamou-me de ‘filho’, coisa que não havia feito até então. Ademais eu o notei mais afetuoso do que nunca”.

“setembro de 1910… Senti-me feliz quando o Mestre anunciou esperar algum dia dar-lhe as boas-vindas como filha no Templo. Este é meu grande e sincero desejo: ver o dia em que juntos entraremos para receber a benção dos IRMÃOS”.

“12 de novembro de 1910… Meus amigos disseram às autoridades eclesiásticas que sou um verdadeiro e devoto cristão. Eu não teci comentários a respeito, mas sustento minhas palavras, fazendo referências sobre passagens bíblicas, coisa a que me habituei, ainda que em outras ocasiões eu o faça com maior frequência, porque nossos ensinamentos são cristãos por excelência”.

Algum tempo antes do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, Max Heindel regressou a Los Angeles, chegando em casa muito enfermo, pois sofria de uma debilidade cardíaca. Vivíamos em uma pequena moradia em Ocean Park, Califórnia, onde mesmo acamado escreveu sua carta aos Probacionistas. A Sra. Heindel imprimiu-a em uma antiga impressora manual, remetendo-a em envelopes personalizados. Isso aconteceu em dezembro de 1910. A elaboração das cartas aos Probacionistas prosseguiu à custa de ingentes esforços, ao longo dos doze meses subsequentes. Naquela época a Fraternidade foi denominada “ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE CRISTÃOS MÍSTICOS”, estabelecendo-se o lema: “UMA MENTE PURA, UM CORAÇÃO NOBRE E UM CORPO SÃO”.

Muitas vezes, tanto verbalmente como por escrito, Max Heindel referia-se a Sra. Augusta como “sua querida companheira na obra”. Consideravam-se insignificantes demais para executar uma tarefa de tamanha envergadura como a de difundir a Filosofia Rosacruz: “Nós temos orado muito, pedindo ajuda, contudo, quando olhamos para trás, constatamos quão benéficas tem sido as lições aprendidas em meio às lutas”.

“O que o ser humano aprende isso ele pode fazer. Eu e Augusta temos obtido conhecimento à custa de muito esforço. E outros que também estão trabalhando amorosa e tenazmente pelos mesmos ideais, ajudando e tratando de elevar a humanidade, também encontram uma ILUMINAÇÃO inaccessível àqueles que buscam somente vantagens materiais.”

Em 1911, Max Heindel e Augusta Foss Heindel adquiriram a área onde hoje encontra-se instalada a Sede Mundial e que ela chamava de “Mount Ecclesia”. Augusta vendeu propriedades e valores recebidos por herança e prazerosamente aplicou-os na ereção dos prédios de Mount Ecclesia.

Em janeiro de 1913, foram elaborados os estatutos conforme a lei, constituindo-se legalmente um órgão depositário das propriedades e administrador de Mount Ecclesia. Os estatutos foram registrados pelo Sr. e Sra. Heindel, os únicos conectados com a Fraternidade, e outros três desconhecidos, amigos do advogado contratado para tal fim.

Do livro “ENSINAMENTOS DE UM INICIADO”, no capítulo intitulado “Nosso Trabalho no Mundo”, extraímos o seguinte: “Quando adentramos ao Templo, bom espaço de tempo foi empregado em uma entrevista com meu Instrutor e nela foi delineado o trabalho da Fraternidade, tal como os Irmãos queriam que se levasse a cabo. A característica principal da ação era a de evitar até onde fosse possível uma organização excessivamente formal ou ao menos torná-la mais aberta, porque segundo as palavras de meu interlocutor, por boas que sejam as intenções, enquanto se institua cargos e consequente poder capaz de despertar a vaidade humana, a tentação surge muito atrativa para a maioria, anulando o nobre objetivo de fomentar a individualidade e autoconfiança a serviço de ideais superiores. As leis e regulamentos implicam limitações e por essa razão devem ser instituídas o menos que se puder. O Mestre ainda julgava possível permanecer a Fraternidade livre de toda a regulamentação,

Depois de 6 de janeiro de 1919, quando Max Heindel passou para o além, a Sra. Heindel, com o auxílio de alguns poucos e leais Probacionistas, continuou a dirigir todas as atividades esotéricas da Fraternidade Rosacruz sob a denominação de THE ROSICRUCIAN FELLOWSHIP, estabelecida por seu fundador em 1908.

Desafortunadamente, em 1943, alguns Probacionistas mal orientados, débeis ante a tentação do poder pessoal, fizeram menção de dominar e tomar em suas mãos os trabalhos esotéricos da Fraternidade, reivindicando todo o patrimônio em nome de sua organização temporal.

Os acontecimentos tomaram tal rumo a ponto de obrigar a Sra. Heindel, apoiada por um grupo de leais Probacionistas, a estruturar a entidade sob a égide das leis que protegem as igrejas e organizações religiosas no Estado da Califórnia. Isso tanto para assegurar o direito de todos como membros, como para usar as propriedades no serviço esotérico. Estabeleceu-se, então, uma forma democrática de governo eclesiástico.

Em nossa revista “ECOS” de 10 de outubro de 1913, destacamos o seguinte trecho da mensagem de M. Heindel: “Por nada, o Sr. e a Sra. Heindel devem ser colocados em um pedestal, pois não lhes compete tal lugar e nem alimentam pretensões dessa natureza. Todos têm a mesma oportunidade de servir e o serviço é o único caminho conducente à elevação. Não importa quão eficientes sejamos em servir, se nos vangloriamos de nossas obras, o único galardão será nossa efêmera glória pessoal. Não devemos reconhecer outra direção que a de Cristo, nem sequer a direção dos Irmãos Maiores, porque eles não determinam, mas aconselham como amigos. Devemos trabalhar incansavelmente para remover os blocos de pedra, obstrutores do caminho da humanidade. Isso pode ser feito da melhor maneira, seguindo a obra iniciada pelos Irmãos Maiores”.

No livro “ENSINAMENTOS DE UM INICIADO” lemos: “… e a Sra. Heindel está comigo nisto, como nos demais trabalhos”.

Na lição de julho de 1912, destacamos o seguinte trecho: “… mesmo com as facilidades atuais, não podemos fazer muito mais do que estamos fazendo no serviço de Cura. Eu e a Sra. Heindel temos somente quatro mãos e essas já se encontram ocupadíssimas. Uma poderosa plêiade de ajudantes espirituais nos fornece cobertura, todavia, somos o foco através do qual se dá o contato físico, e a verdadeira ajuda física constitui necessidade premente ao prosseguimento da obra”.

O futuro desta obra está em sua própria maneira de manter-se firme. E, somente pelos seus esforços e sacrifícios pessoais você poderá colaborar na consolidação da “ASSOCIAÇÃO DE CRISTÃOS MÍSTICOS”, a verdadeira Fraternidade Rosacruz. A força tremenda assim gerada levará nossos ensinamentos ao mundo inteiro.

Meu querido amigo e minha querida amiga: Agora você entenderá por que eu, sobrecarregada com tanta responsabilidade, necessito de assegurar-me por meio desta mensagem que depois de minha passagem, está grande obra cumprirá o destino previsto pelo Mestre, o Irmão Maior e Max Heindel.

Ponderei e concluí que a continuidade e a segurança de todas as atividades esotéricas devem ser confiadas somente aos Probacionistas e Discípulos que, eleitos pela Assembleia, possam efetuar o trabalho essencial na Sede Mundial e nos Centros localizados nas diferentes partes do mundo.

Para colaborar de acordo com sua eleição sob um sistema democrático, conduzindo o trabalho desta Sede, objetivando a divulgação desta Filosofia como tem sido feito até agora, tenho que designar desde este momento a Jorge Schwenk, Srta. Joyce Junsfor, Sra. Helena de Cash, Sr. Frank Bowman e o magistrado James R. Armstrong. Desejo que você continue a trabalhar leal e desinteressadamente com nossos representantes eleitos, os quais, ajudados por Deus, continuarão o trabalho da Fraternidade Rosacruz.

Desejo ansiosamente que todos os Estudantes Rosacruzes continuem seus estudos esotéricos e devocionais sob a orientação dos acima mencionados representantes, dos Probacionistas e que esses mesmos Estudantes possam, no devido tempo, tomar parte no trabalho e responsabilidade de difundir os Ensinamentos Rosacruzes.

AUGUSTA FOSS HEINDEL

Oceanside, 23 de janeiro de 1948

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de janeiro/1972-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Como devemos nos comportar quando participamos do ofício do Ritual do Serviço Devocional de Cura em um Centro Rosacruz

Na Sede Mundial da Fraternidade Rosacruz, em Mount Ecclesia, em todas as “Datas de Cura”, às 18h30, há uma Reunião no Templo de Cura – com o ofício do Ritual do Serviço Devocional de Cura -, onde se condensa a Panaceia de Cura, sob a direção do Irmão Maior, a qual é enviada à Humanidade. Dessa reunião participam somente os Probacionistas Ativos da Fraternidade Rosacruz, pois é indispensável que se conheça a palavra de passe, a fim de que se possa ter acesso ao referido Templo de Cura. Quando se chega à área que o circunda, pede-se silêncio: não se pode conversar nada. Solicita-se que cada um chegue uns minutos antes do início da reunião e se ponha a meditar” (o negrito é nosso).

Não pretendemos aqui insinuar que a conduta de alguém mereça reparos por não se preparar convenientemente antes de assistir ao ofício do Ritual do Serviço Devocional de Cura da Fraternidade Rosacruz em um Centro Rosacruz. Não. Desejamos apenas reiterar um padrão de comportamento irreversível pela natureza essencial da Filosofia Rosacruz.

Os vários trabalhos desenvolvidos pela Fraternidade Rosacruz têm o condão de ensejar duplo benefício: individual e coletivo.

Qualquer pessoa pode assistir e participar do ofício do Ritual do Serviço Devocional de Cura em um Centro Rosacruz ou em um Grupo de Estudos Rosacruzes.

Consideremos, para exemplificar, o ofício do Ritual do Serviço Devocional de Cura, e seus elementos componentes: a música e o ritual (e o seu ofício)

A música (elevada e inspiradora) e o ritual (com seu mágico poder de unificação) formam um conjunto harmonioso, emitindo vibrações tão puras e poderosas, a ponto de excederem os limites da compreensão humana.

Para se auferir algum benefício dessas vibrações harmoniosas, necessário se torna sintonizar-se com elas.

O Estudante Rosacruz pode, frequentemente, sentir-se premido por dificuldades de toda ordem, quando deseja estabelecer a devida sintonia. Muitas vezes teve um dia atribulado com problemas de ordem profissional ou familiar. Ou, então, algumas provas – que estão aparando suas arestas, tornando possível reluzir seu diamante interno – lhe perturbaram o íntimo.

Nessas circunstâncias, dirige-se para um Centro Rosacruz ou a um Grupo de Estudos Rosacruzes, assaltado por depressões de toda espécie. Surge, então, a necessidade de um esforço maior: remover as nuvens interiores, substituindo-as por pensamentos e sentimentos de amor e paz.

É recomendável mentalizar o Símbolo Rosacruz e o ideal de regeneração e progresso anímico por ele encerrado. A harmonia será prontamente restabelecida e o Estudante Rosacruz poderá ingressar no ambiente onde se oficiará o Ritual do Serviço Devocional, preparando-se para participar do trabalho a ser realizado.

Pode ocorrer, também, outro fato: o dia que o Estudante Rosacruz passou se constituiu de uma sucessão de êxitos pessoais e eventos agradáveis. Ou, então, no percurso ele deparou com uma cena curiosa. Pode não resistir ao desejo de relatá-los aos irmãos ou às irmãs da Fraternidade Rosacruz, ao se aproximar ou já no interior do recinto. Isto é natural e compreensível em circunstâncias ordinárias. Contudo, o Estudante Rosacruz não deve se esquecer que na Fraternidade Rosacruz não há circunstâncias ordinárias, e os assuntos por ele abordados, em sua euforia, são estritamente mundanos e materiais. Eles não são afins à natureza e aos objetivos da Fraternidade Rosacruz. Fogem ao âmbito da reunião prestes a ser iniciada.

Além disso, a questão envolve outro aspecto de capital importância: a reverência para com tudo àquilo que é sagrado. Nunca fuja de nossa lembrança o seguinte: no Templo se encontra o Símbolo Rosacruz, e em torno do local se forma uma egrégora.

Tratar de assuntos completamente estranhos ao ideal Rosacruz, em tais circunstâncias é irreverência e desrespeito, só podendo acarretar graves prejuízos ao próprio Estudante Rosacruz, individualmente, e a Fraternidade Rosacruz, coletivamente.

Urge cada um se conscientizar da imensa responsabilidade assumida, ao se tornar membro da Fraternidade Rosacruz. Pense e medite sobre isso. Será muito importante para o desenvolvimento espiritual do próprio Estudante Rosacruz.

(de Gilberto A. V. Silos – Editorial da Revista Rosacruz – fevereiro/1975-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Asas de Cura Rosacruz

No início do Antigo Testamento somos informados de como a Humanidade caiu de sua pureza primordial no pecado, na tristeza e na morte inerentes à existência física[1]; no final desse mesmo Testamento há a promessa de que, no devido tempo, o Sol da Justiça surgirá com cura em Suas asas para nos salvar da tristeza, do sofrimento e da morte engendrados por nossa injustiça.

O Novo Testamento nos mostra o divino Hierarca, Cristo, realizando milagres como nunca antes. Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem e assim por diante; sim, até a morte é vencida por esse grande Espírito em nome do Pai, que Ele proclama como o Grande Médico que cura todos os males. Além disso, Ele afirmou que “a obra que eu faço vós também a fareis e maior[2]. Ele até enviou Seus Discípulos para curar e dos dois mandamentos dados por Ele a seus seguidores — pregar o evangelho e curar os enfermos — um é tão obrigatório quanto o outro.

A Fraternidade Rosacruz tem se empenhado em seguir ambos os mandamentos nos últimos anos. Os Probacionistas que, pelo serviço fiel na vida cotidiana, conquistaram o privilégio de se tornar Auxiliares Invisíveis realizam um trabalho maravilhoso e cartas de gratidão de pacientes de todo o mundo atestam sua eficiência. O trabalho é dirigido pelos Irmãos Maiores através da Fraternidade Rosacruz.

A fim de aumentar a eficiência desse trabalho, há anos desejamos construir a Ecclesia[3], onde a Panaceia Espiritual poderá ser preparada; mas, até agora não conseguimos realizar essa ambição, o que mostra claramente que não estamos prontos; porque se estivéssemos, se tivéssemos realmente conquistado o privilégio, os fundos certamente viriam.

Como então podemos merecer esse privilégio? Essa é a grande questão e a resposta não é incerta. Somente na medida em que utilizamos ao máximo as oportunidades, as faculdades e os talentos que são nossos é que podemos esperar receber maiores oportunidades, mais talentos e melhores faculdades. E agora inauguramos uma nova atividade pela qual toda a Fraternidade Rosacruz, e não só aqui na Sede Mundial, pode participar e nos ajudar neste grande trabalho de cura.

Vocês deveriam ter visto a rapidez com que todos trabalhamos, como nos demos as mãos e nos encaixamos para que tivéssemos a Pro-Ecclesia[4] pronta para o serviço de dedicação que aconteceu na Noite Santa. E por quê? Porque naquela noite o poder espiritual do Sol chega ao topo, derramando uma bênção sobre o ar.

De 25 de dezembro a 25 de junho as atividades físicas estão em ascensão, ganhando força gradativamente, o que culmina no Solstício de Junho; e, então, abençoa o ser humano fisicamente com as coisas necessárias para o seu sustento material. Durante esse período, as atividades espirituais são difíceis de iniciar e, portanto, esperamos em silêncio até que a oportunidade chegou recentemente e realizamos o primeiro Ritual Devocional do Serviço de Cura na terça-feira, 23 de junho, às dezoito horas e trinta minutos, quando a Lua estava no Signo Cardinal de Câncer.

E, no futuro, um Ritual Devocional do Serviço de Cura será realizado na Pro-Ecclesia, naquela hora de cada dia em que a Lua alcançar os 15 graus em um dos Signos Cardeais ou Cardinais[5]. Decidimos oficiar o Ritual Devocional do Serviço de Cura para aproveitar ao máximo a pequena Pro-Ecclesia e assim ganhar o privilégio de ter também a Ecclesia. Isso foi aprovado pelo Mestre e ele sugeriu que os Rituais do Serviço Devocional de Cura fossem oficiados quando a Lua estivesse nos Signos Cardeais. Mas, queremos dar um passo adiante em nossos esforços para garantir a eficiência; por isso, queremos acrescentar aos nossos esforços a ajuda de cada Estudante Rosacruz sério da Fraternidade Rosacruz.

Há uma passagem no Ritual Devocional do Serviço do Templo, que oficiamos nos serviços da Fraternidade Rosacruz que diz: “Um só carvão não produz fogo, mas, quando se juntam vários carvões, o calor latente em cada um deles pode converter-se em chama, irradiando luz e calor. De acordo com esta mesma Lei da Natureza, aqui estamos reunidos, irmanados pelas nossas aspirações espirituais para podermos acender e manter viva a chama da verdadeira Comunhão Espiritual.”.

O poder dos números é insignificante no mundo da existência física quando comparado com o seu poder no reino espiritual. Aqui os acréscimos ao poder de uma comunidade contam como um, dois, três, quatro…, mas lá o poder aumenta em uma proporção que pode ser comparada ao quadrado — dois, quatro, oito, dezesseis… — para cada 12 que ajudam no serviço espiritual. O 13º então aumentaria para outro reino superior do universo espiritual. Para fins de ilustração, podemos contar esse aumento pela potência de três: três, nove, vinte e sete…

Assim, você verá como até o mais fraco entre nós pode se tornar importante, quando reunimos nossas aspirações espirituais. Tampouco pode haver dúvida sobre a poderosa influência que terá sobre os doentes e enfermos. Para garantir a ajuda de todos os Estudantes Rosacruzes sérios e lhes dar o privilégio de ajudar, publicaremos no Echoes de Mount Ecclesia todos os meses as datas em que o Ritual Devocional do Serviço de Cura deve ser realizado[6]. Se cada Estudante Rosacruz se sentar em sua casa às dezoito horas e trinta minutos, oficiar o Ritual Devocional do Serviço de Cura e, no momento da Concentração, focar no Símbolo Rosacruz que também está aqui[7] em Mount Ecclesia, símbolo esse que também representa várias características presentes e necessárias no Auxiliar Invisível, será manifesto, o amor, a simpatia e a força assim dados a esses Estudantes Rosacruzes que os capacitarão a prestar um serviço muito maior à Humanidade; cada um, é claro, fazendo a sua parte nesse trabalho.

O Símbolo Rosacruz que deve ser colocado em frente ao Estudante Rosacruz que está oficiando o Ritual e no lado oeste – e que também aqui em Mount Ecclesia – tem a rosa branca e pura que é o símbolo do coração do Auxiliar Invisível; tem as sete rosas vermelho-sangue que representam o purificado sangue do Auxiliar Invisível; tem a cruz branca que nos lembra a pureza do Corpo Denso do Auxiliar Invisível; e tem a estrela dourada de cinco pontas que simboliza o Dourado Manto Nupcial – o Corpo-Alma – do Auxiliar Invisível, tecido através de uma vida pura.

Não será necessário fazer correções a tempo para o seu local de residência, pois o Sol recolhe todas as aspirações à medida que avança e quando os raios no ângulo adequado chegarem ao Mount Ecclesia a influência dirigida para cá certamente será transmitida e se unirá às nossas, que ocorrem neste momento, para nos ajudar no trabalho.

Outro ponto nos ocorre em que fomos negligentes no passado. Recebemos o mandamento de deixar nossa luz brilhar, mas a modéstia nos impediu de deixar claro que numerosas curas estão realmente sendo realizadas pelos Auxiliares Invisíveis da Fraternidade Rosacruz que, é claro, estão trabalhando como agentes do nosso Pai no Céu, sendo Ele o Grande Médico. Isso deve ser sempre lembrado. E para remediar esse defeito, decidimos publicar todos os meses alguns extratos de cartas de pacientes que receberam ajuda e foram curados. Até agora, desde que começamos o trabalho de cura, poucos, certamente não mais do que meia dúzia, permanecem teimosos; os outros receberam ajuda. Eis alguns exemplos:

Aqui está alguém que teve abscessos no peito. Foi curada em poucas semanas. Ela diz em uma de suas últimas cartas.

Em relação ao abscesso em meu peito, fico feliz em dizer que está cicatrizando bem. Sinto que você me ajudou maravilhosamente.

Atenciosamente, R.N.S.

NSC, também com um abscesso, escreve:

Toda semana vejo melhora no meu caso e sou muito grato por isso. Eu não tinha ideia de que poderia me sentir tão melhor em tão pouco tempo. Ficarei realmente feliz, se puder aprender a ajudar os outros como você está me ajudando.

O seguinte é um caso de obsessão, em que a pessoa escreve:

Estou muito melhor e me sinto uma pessoa bem diferente agora que estou totalmente livre da influência; cada vez mais grato por sua ajuda. – A.B.

A carta a seguir é de uma mãe que solicitou a cura de seu filho. Ela diz:

Meu relatório para Eva esta semana é tão encorajador como sempre. Sua cabeça está curada e a audição é boa. Sua saúde geral é esplêndida. Sinto-me muito feliz com a recuperação dela e sou muito grata a você. – Atenciosamente, E.G.S.

A maior desvantagem de nossa atividade de cura vem da negligência dos Pacientes. Nossos requisitos são muito simples. Pedimos apenas que escrevam uma vez por semana com tinta nanquim líquida – seja via caneta tinteiro (de cartucho, onde está cheio de tinta nanquim líquida), seja via pena “mosquitinho” (onde há a necessidade de molhá-la em um recipiente cheio de tinta nanquim, todas as vezes que se for escrever) – para que os eflúvios etéricos, provenientes do Corpo Vital do Paciente durante a escrita possam fornecer ao Auxiliar Invisível uma chave de admissão no organismo do Paciente. Mas, por mais simples que seja essa regra, alguns não conseguem escrever, se esquecem, escrevem com outros tipos de canetas e até à lápis (!).

Aqui está o caso de uma pessoa que teve por muitos anos uma vértebra deslocada e que foi curada por nosso tratamento, embora osteopatas, quiropráticos e vários outros que tentaram imaginaram ser impossível substituir a vértebra. O pobre homem estava, portanto, com dores constantes e ficava na cama a maior parte do tempo, totalmente incapaz de trabalhar. O tratamento dos Auxiliares Invisíveis substituiu a vértebra e ela ainda está no lugar. O homem foi trabalhar e parecia maravilhoso. Mas, ficando tão entusiasmado com a ideia de que fosse totalmente livre, desconsiderou nossa instrução de continuar escrevendo para que nosso Auxiliar Invisível pudesse ter a chance de manter sua vértebra no lugar por um período de tempo suficiente até que permanecesse no local adequado. Agora vem a seguinte carta, mostrando que estávamos certos em pedir que ele fizesse isso e ele errou em não obedecer.

Ele diz.

Há pouco tempo escrevi que estava curado e interromperia minhas cartas semanais, mas agora vejo que cometi um grande erro. Desde então minhas costas doem quase o tempo todo e estou ficando com os ombros caídos novamente, embora a vértebra esteja no lugar onde estava a lesão. Parece que estou pedindo a muitos de vocês que assumam isso pela segunda vez, mas não percebi a influência que os Auxiliares Invisíveis tinham sobre mim e o quanto dependia deles.  – Muito sinceramente, R.P.P.

(Publicado no Echoes from Mount-Ecclesia de julho de 1914 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: o que conhecemos como o evento chamado “A Queda do Homem”, tratado no livro Conceito Rosacruz do Cosmos.

[2] N.T.: Jo 14:12

[3] N.T.: Templo de Cura da Fraternidade Rosacruz em Mount Ecclesia, Oceanside, EUA. Max Heindel lançou a pedra fundamental no dia 26 de novembro de 1914. Em maio de 1920, Max Heindel apareceu para sua esposa e disse que, conforme solicitado pelo Irmão Maior, era tempo de construir a Ecclesia ou Templo. No dia 29 de junho de 1920 foi iniciada a construção do Templo de Cura. No dia 24 de dezembro de 1920 foi inaugurado o Templo de Cura, às 22h30 com uma reunião em que participaram os Probacionistas e Discípulos da Fraternidade Rosacruz.

[4] N.T.: também chamada de Capela, foi inaugurada em 24 de dezembro de 1913

[5] N.T.: Áries, Câncer, Libra e Capricórnio

[6] N.T.: as “Datas de Cura” que são publicadas no nosso site www.fraternidaderosacruz.com aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/datas-para-realizar-o-servico-de-cura/

[7] N.T.: e que atualmente está no Templo de Cura.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que os Estudantes Rosacruzes saúdam uns aos outros com a saudação Rosacruz: “que as Rosas floresçam em vossa Cruz”?

Resposta: Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que “a seu devido tempo, o atual modo passional de geração será substituído por um método mais puro e mais eficiente que o atual. Isto também está indicado no Símbolo Rosacruz”, em que a rosa banca se situa no centro, entre os quatro braços da cruz branca trilobada. “O madeiro mais comprido representa o Corpo; os dois horizontais, os dois braços; e o madeiro curto superior representa a cabeça. A rosa está colocada no lugar da laringe.

“Como qualquer outra flor, a rosa é o órgão gerador da planta. Seu caule verde leva o sangue vegetal, incolor e sem paixão. A rosa de cor vermelho-sangue mostra a paixão que inunda o sangue” da Onda de Vida humana, “embora na rosa propriamente dita o fluido vital não seja sensual, mas sim casto e puro. Ela é, por conseguinte, excelente símbolo dos órgãos geradores em seu estado puríssimo e santo”, estado que nós alcançaremos quando purificarmos e limparmos o nosso sangue de todo desejo, quando nos tenhamos tornado castos e puros, análogo a Cristo.

Afinal, as sete rosas vermelho-sangue sobre a cruz branca trilobada simbolizam determinadas consecuções espirituais, tais como a Clarividência, Clariaudiência, o dom da profecia, a capacidade de abandonar o Corpo Denso à vontade – funcionando conscientemente no Corpo-Alma – e para pronunciar a palavra criadora divina.

Por isso os Rosacruzes – ou seja: os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz – esperam, ardentemente, o dia em que as “rosas floresçam na cruz da humanidade.

É por isso que os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz saúdam a Alma Aspirante com as palavras de saudação Rosacruz: “Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz”; e é por esse motivo que essa saudação é usada nas reuniões dos Núcleos da Fraternidade pelo oficiante do Ritual do dia, ocasião em que os Estudantes, Probacionistas e Discípulos presentes respondem à saudação dizendo: “E na vossa também”.

Assim, a formosa saudação Rosacruz: “Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz” é a oração mais amada pelo Aspirante à vida superior – o Estudante Rosacruz -, para que todos conheçam a glória dessa realização.

Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sugestões para a sua Saúde: quem trabalha para promove-la e exemplos do papel da Lua

Assim como a água se congela pelas linhas de força etérica nela contidas, invisíveis, mas presentes durante todo o tempo, e tomando formas sólidas de vários contornos que chamamos cristais de gelo, assim também o alimento que nós liquefazemos como sangue, congela ao longo das linhas etéricas no nosso Corpo Vital e tomando formas diferentes como cartilagens, ossos, etc., formando-se cada espécie do tecido congruentemente com as linhas etéricas dessa parte particular do Corpo.

Os chamados “mortos”, os que estão renascidos aqui, são os agentes principais do processo da assimilação. Eles são os construtores, enquanto os “vivos”, os que estão renascidos aqui, são os destruidores. Os “vivos” têm mais força para destruir que os “mortos” para construir e é por essa razão que a doença ou a enfermidade se origina.

A missão da Fraternidade Rosacruz é: ensinar as leis da natureza e como viver em harmonia com elas ajudando as pessoas a corrigir enganos passados. Daí o caráter curativo obra da Fraternidade Rosacruz! Os profissionais da saúde (médicos, médicas, enfermeiros, enfermeiras, terapeutas e afins) são particularmente úteis nesse trabalho, e aqueles que se juntaram a nós como Probacionistas são, cuidadosamente, ensinados pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz a tratar seus pacientes – definidos aqui como os irmãos e irmãs com algum problema de saúde que se inscreveram e cumprem com o que lhe é solicitado em um Departamento de Cura de um Centro que possui tal serviço – durante a noite, quando ambos, paciente e Probacionista, estão fora dos seus Corpos Densos, pois estão em estado de sono. Os Probacionistas leigos na arte de tratar de doenças e enfermidades, quando estão aqui em estado de vigília, são como assistentes dos Probacionistas profissionais de saúde, variando seu número de acordo com as circunstâncias.

A Lua é o corpo celeste promotor dos eventos. Embora os acontecimentos sejam regidos por outros Astros (Sol e Planetas), tais acontecimentos não se realizam enquanto a Lua não os provocar.

Há dentro do Corpo Denso um fluxo e um refluxo (uma maré), assim como há no Mundo exterior. Há períodos críticos em certas doenças e enfermidades que podem ser previstos, com segurança, pela Lua. É muito importante que todos conheçam a enorme influência desse nosso satélite natural.

Há uma força cósmica que culmina por ocasião da Lua Nova e outra quando da Lua Cheia. Tudo o que se inicia desde a Lua Nova aumenta em intensidade e culminando quando a Lua estiver Cheia.

Esse período marca o fluxo de vida que vem do Sol, refletido pela Lua. Essa força é um grande auxiliar na recomposição do Corpo Denso e para conservá-lo em estado saudável. Da Lua Cheia até a Lua Nova, essa grande força se torna cada vez mais diminuída e tudo que é iniciado nesse período tende a definhar e a morrer gradualmente.

Sabendo que a Lua tem essa influência, conforme aumente ou diminua em intensidade luminosa, concluímos que esse fator deve ser levado em consideração quando aplicarmos algum tratamento. Todos os tratamentos podem ser divididos em duas classes gerais: estimulantes e sedativos. A primeira classe tem efeito mais acentuado e é mais bem aplicada durante o aumento da luz da Lua (Lua Nova até a Lua Cheia – período dito da Lua crescente). A outra é melhor empregá-la durante o período decrescente da Lua (Lua Cheia até a Lua Nova – período dito da Lua decrescente ou minguante).

A regra geral é: desde a Lua Nova até a Lua Cheia os estimulantes produzem mais efeito e os sedativos, menor. Diminua a dose de estimulantes e aumente a dos sedativos. A única exceção a essa regra é quando a Lua crescente se aproxima de uma Conjunção com Saturno. Neste caso, dê doses maiores de estimulantes e menores doses de sedativos.

Quando a Lua crescente se aproxima de uma Conjunção com Marte e Mercúrio, os estimulantes têm seu máximo efeito e os sedativos o mínimo.

Quando a Lua crescente está em Aspecto benéfico (Conjunção, Sextil ou Trígono) com Júpiter e Vênus, os estímulos cardíacos produzem seu efeito mais duradouro. A palpitação é tratada com melhores resultados quando a Lua está decrescendo e faz Aspectos benéficos (Conjunção, Sextil ou Trígono) com esses dois Planetas. Aplique estimulantes cardíacos com muita cautela quando a Lua estiver com Aspectos adversos (Quadratura ou Oposição) com esses dois Planetas, especialmente durante uma Lua Nova. Os anestésicos também, nessas ocasiões, poderão produzir resultados fatais. Se inibimos o nervo pneumogástrico em certa medida, aquietamos a ação do coração e, assim, estamos aplicando o que em medicina chama-se um sedativo. A manipulação desse nervo de modo a estimular sua ação tem valor similar ou equivalente à aplicação de um estimulante medicinal.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – 4/72, traduzido da revista Rays from the Rose Cross – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sobre o Trabalho de Cura Rosacruz

Segundo as Santas Escrituras, a Bíblia, o ser humano foi criado, enquanto Forma, no Jardim do Éden, no sexto dia da criação, correspondente ao Período Terrestre.

Sabemos que somos Espíritos Virginais da Onda de Vida Humana manifestados como Egos nesse Esquema de Evolução e, assim estamos nos desenvolvendo fisicamente e mentalmente, até nos encontrarmos, agora, dotados de um Corpo Denso maravilhoso e uma Mente admiravelmente sensível. Temos vindo como crianças, vivendo, crescendo aqui, morrendo aqui e renascendo inúmeras vezes. Tal como a noite precede o dia, assim sucedem-se, alternativamente, nascimento e morte aqui. Quando ocorre a morte aqui, nós retornamos ao nosso lar celeste para nos renovarmos e podermos regressar aqui, no Mundo terrestre, a grande escola experimental da vida. Mas, sempre revestido de nova Personalidade, recordando-se raríssimas vezes de nossa anterior existência aqui.

E como ocorre comumente em toda escola, sempre há estudantes cujo aproveitamento é maior do que o dos demais. Alcançam, então um grau de desenvolvimento espiritual, a ponto de não precisar regressar aqui no Mundo material para aprender as lições que precisam (já aprenderam todas!). Encontram-se prontos a prosseguir sua jornada em esferas mais elevadas ou celestiais. Entre eles, alguns optam por deter-se em sua caminhada, com o objetivo de ajudar a humanidade menos evoluída. São chamados de “Irmãos Maiores”, um dos quais exerce especial influência em nosso Serviço de Cura, no Templo da Ordem Rosacruz.

Já os Auxiliares Invisíveis são Probacionistas e Discípulos da Fraternidade Rosacruz. Cada noite, enquanto seus Corpos Densos descansam adormecidos, eles atendem aos enfermos sob o cuidado e orientação dos Irmãos Maiores. Vale acrescentar que podem fazê-lo somente quando se tornam merecedores de tal privilégio por terem vivido durante o dia conforme as Leis Divinas.

Solicita-se ao paciente do Departamento de Cura de um Centro Rosacruz assinar a chamada “carta semanal” com tinta nanquim (a de caneta tinteiro), porque dessa forma o eflúvio de seu Corpo Vital impregna o papel, proporcionando aos Auxiliares Invisíveis indicações precisas sobre seu estado de saúde, além de renovar a permissão para os Auxiliares Invisíveis continuar trabalhando no Corpo Vital dele durante o sono. Recomenda-se fazê-lo cada semana, nas datas indicadas como sendo de cura (as “Datas de Cura”), porque essa é a chave que eles podem utilizar para trabalhar sobre o Corpo Vital do paciente. Por conseguinte, o ato da assinatura constitui uma verdadeira solicitação de ajuda, dirigida diretamente aos Auxiliares Invisíveis. Portanto, se o paciente compreender isso, jamais o fará mecanicamente, nem esquecerá de fazê-lo nas datas indicadas. Esse deve ser um ato sincero, simples, pleno de fé e profunda devoção, tanto com o desejo intenso de ser ajudado, como de ajudar a quem mais precisa do que ele.

Para encerrar, esclarecemos que não adoramos aos Irmãos Maiores, nem aos Auxiliares Invisíveis, pois eles são seres humanos. Só a Deus devemos reverenciar e dirigir nossas preces, invocando sempre o nome de Cristo-Jesus, nosso Senhor, nosso Salvador, nosso Redentor.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1974-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carta de Max Heindel: A Astrologia como um Auxílio na Cura de uma Pessoa Doente ou Enferma

Agosto de 1915

Você já percebeu a razão pela qual Cristo determinou que deveríamos curar os doentes? Certamente, uma das razões foi que quando você tiver demonstrado que pode curar o corpo, aqueles que foram aliviados terão mais fé em sua capacidade de ajudar também a alma. Quando tivermos alcançado a elevada estatura de Cristo para que possamos ver ao mesmo tempo o passado e o presente; quando formos capazes de determinar, de relance, as causas, crises e o estágio atual de uma doença, não precisaremos de nenhuma outra ajuda tanto no diagnóstico como no aconselhamento. Porém, até lá devemos utilizar as muletas que temos, e a principal, entre elas, é a Astrologia.

Muitas pessoas que foram relutantes em trabalhar por resultados vieram para a Sede Central em Mount Ecclesia esperando obter iluminação espiritual, criar asas e retornar ao mundo como trabalhadores maravilhosos, depois de passar alguns dias aqui na Sede Central. E, naturalmente, eles ficaram desapontados. Mas, todas as vezes que alguém se aplicou honesta e seriamente ao trabalho real, não aos cursos, por um tempo razoável, obteve sempre bons resultados. Temos em mãos aqui uma carta de um amigo que ficou em Mount Ecclesia e que se dedicou com seriedade e honestidade aos seus estudos. Segue a sua experiência como estímulo para que outros possam fazer o mesmo:

“Queridos amigos: a proposição que eu esperava assumir, depois de minha estada em Mt. Ecclesia, acabou sendo um logro para as pessoas e nada consistente com nossos ideais e, por isso, apresentei meu desligamento. Tão logo desisti desse método, recebi um convite de um médico proeminente de Kansas City para trabalharmos juntos. Ele me encantou com a proposta como se estivesse tudo bem. Fomos literalmente atacados pelos pacientes. Sra. Heindel, é maravilhoso como as pessoas anseiam por algo dessa natureza; eles procuram alguém que lhes possa dar sentido a suas vidas, e eles tentam buscar estímulos de fontes que são mais dignas e confiáveis ​​do que o duro e seco materialismo que é destruidor da vida.

“A Astrologia me ajudou extraordinariamente em obter a confiança deles; e graças ao auxílio de Deus, pelo fato de ter me enviado para cá, eu consegui diagnosticar corretamente as enfermidades deles e pude enviá-los para o tratamento. E o mais surpreendente é que nenhum deles me revelou sintoma algum. Localizei tanto a doença quanto os sintomas, e quase todos concordaram que eu estava certo e resolveram viver de acordo com os elevados princípios de masculinidade e feminilidade que lhes enunciei.

“Espero ter muito trabalho por aqui e quero agradecer a você o auxílio que recebi nesse sentido durante o ano que vivi em Mt. Ecclesia. Certamente, estou imensamente grato pela minha estada com você e estou muito ansioso em prestar um bom trabalho por aqui; só sinto não ter conseguido ficar mais tempo aí.”

O que uma pessoa faz, a outra também pode fazer. Sra. Heindel e eu não adquirimos nosso conhecimento nessa assunto sem esforço. Tivemos que trabalhar duramente para consegui-lo; e todos os demais que trabalharam tão arduamente com os mesmos ideais espirituais, a saber, ajudando na elevação da humanidade, também encontraram uma iluminação que não é dada àqueles que buscam as recompensas materiais da vida e o seu próprio engrandecimento. Parece-me que é tempo da Fraternidade Rosacruz despertar e divulgar este estudo seriamente, para que possam estabelecer Centros de Cura em todas as cidades do mundo.

Iniciamos um setor na revista[1] em que delineamos os horóscopos das crianças a fim de ajudar os pais a conhecer as características latentes de seus filhos. Existe, também, um curso por correspondência para principiantes, além do curso de Astrodiagnose e Astroterapia para Probacionistas, e aconselhamos a todos os que ainda não começaram tais cursos, que o façam.

(Carta nº 57 – do Livro “Cartas aos Estudantes” – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T. Rays from the Rose Cross

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Irmãos Maiores, os Auxiliares Invisíveis e os Probacionistas no Processo de Cura Rosacruz

O método de Cura Rosacruz não é assunto inteiramente espiritual. São utilizados meios físicos, toda vez que é possível.

Os pacientes são orientados a irem a um médico, para que obtenha alívio rápido, mediante certo tratamento que não poderíamos proporcionar por outros meios. Além disso, a dieta dos pacientes merece a maior atenção, porque como o Corpo Denso é formado de substâncias físicas, na realidade estamos lhe dando remédios quando empregamos os alimentos adequados. Além do que a prova do restabelecimento do Corpo Denso é muito melhor obtida por meio de exames médicos e clínicos, do que pela própria percepção do paciente que pode, em alguns casos, até ser subjetiva.

No entanto, o trabalho de curar definitivamente é efetuado pelos Irmãos Maiores por intermédio de um grupo de Auxiliares Invisíveis a quem estão instruindo. Esses Auxiliares Invisíveis são os Probacionistas que durante o dia se esforçam por viver uma existência de bondade e serviço, sendo fiéis a aplicação dos Ensinamentos Rosacruzes, que estudaram, no seu dia a dia, sendo fiel à obrigação que fez por livre e expontânea vontade e se preparando para alcançar o privilégio de serem utilizados como instrumentos pelos Irmãos Maiores, durante a noite, depois de executar o Exercício Noturno de Retrospecção e de restaurar o seu Corpo Denso.

Estes Probacionistas são reunidos em grupos de acordo com os seus temperamentos e capacidades. Estão sob a orientação de outros Probacionistas que são médicos, enfermeiros, profissionais de saúde durante os dias de vigília aqui, trabalhando todos sob a direção dos Irmãos Maiores que são, naturalmente, os seres que animam toda a obra.

A maneira de formar e selecionar um grupo de Auxiliares Invisíveis se baseia nos eflúvios dos seus Corpos Vitais. O primeiro destes eflúvios é obtido quando o Probacionista assina o seu compromisso e é renovado diariamente quando faz suas anotações no formulário correspondente. Enquanto se mantenha fiel, cumpra com suas obrigações como um Estudante Rosacruz e leve uma vida de pureza e serviço constituirá um elo inquebrantável entre ele e os Irmãos Maiores.

Cada grupo de curadores é composto, geralmente, de doze Probacionistas, além do líder, e em geral são escolhidos na mesma localidade, porque a noite chega ao mesmo tempo para todos eles. Não seria razoável agrupar um que viva na Austrália com outro que resida no Alasca, porque enquanto um estivesse dedicado ao seu trabalho diário, o outro estaria dormindo. Mas as pessoas residentes na maioria das localidades com mesmo fuso horário têm as mesmas horas de repouso e estes Probacionistas podem ser agrupados de acordo com os seus Signos Ascendentes, de maneira que formem um círculo completo.

Emprega-se o mesmo método para encontrar aqueles que escreveram a um Centro Rosacruz, que tem um Departamento de Cura, pedindo ajuda para selecionar os Probacionistas que serão treinados para trabalharem como Auxiliares Invisíveis.

Aos que solicitam ajuda, pede-se que escrevam uma carta com tinta nanquim (aquela utilizada em caneta tinteiro e nunca aquela tinha utilizada em canetas esferográfica ou hidrográfica). Desta forma o papel fica impregnado por uma certa quantidade da substância do seu Corpo Vital que é extraída da carta pelos Irmãos Maiores. Isto proporciona um índice exato do estado do indivíduo de quem procede e que atua como verdadeiro “abre-te sésamo” para os Auxiliares Invisíveis que forem encarregados de determinado caso. Graças a ele, os Auxiliares Invisíveis têm acesso ao corpo do doente, e um número considerável de pacientes que solicitaram o nosso auxílio escreveram dizendo que sentiam os Auxiliares Invisíveis trabalhando no interior e no exterior de seus corpos.

Conforme mude o estado do paciente, muda igualmente o registro. Por isso se pede que escrevam com caneta à base de tinta nanquim algumas palavras todas as semanas, remetendo-as ao Departamento de Cura do Centro Rosacruz que o paciente sollicitou ajuda. Desta maneira os Irmãos Maiores estão em contato contínuo com o seu estado e podem dirigir inteligentemente o trabalho de restauração de sua saúde.

Este trabalho jamais cessa. Continua ininterruptamente porque o Sol está sempre ausente de alguma parte do globo e os Probacionistas dessa parte estão em atividade em seu trabalho de cura definitiva e prestando auxílio durante as horas de repouso do corpo.

Anatomicamente o ser humano pertence aos mamíferos, cujos corpúsculos sanguíneos não são nucleados. Os núcleos que se encontram no sangue dos animais inferiores são o ponto de apoio dos Espíritos-Grupo, mas os animais superiores estão tão adiantados no caminho da individualização, que seu sangue está livre desta influência. No feto, onde a mãe atua como uma espécie de Espírito-Grupo nas primeiras semanas, ela nucleia o sangue, mas logo que o Ego começa a atuar, a primeira coisa que faz é desintegrar esses corpúsculos sanguíneos nucleados e quando ocorre o nascimento, não resta nenhum corpúsculo nucleado. O Ego é dono do seu veículo; herança que ninguém pode disputar-lhe sob nenhum pretexto. Fazê-lo seria magia negra, saiba-o ou não a pessoa, e mesmo que uma intenção bondosa possa exercer certo efeito mitigante em outra direção, o fato subsiste, não obstante, de que a pessoa se coloca em terreno perigoso quando procura intrometer-se no sangue de alguém que não o deseje e cujo auxílio não tenha sido solicitado.

Há apenas uma exceção a esta regra: as crianças até a idade de quatorze anos são, por assim dizer, parte de seus pais, porque ainda têm armazenada na glândula Timo uma essência sanguínea dos pais que ela emprega para produzir o seu próprio sangue durante a infância, enquanto o Corpo de Desejos vai sendo gerado. Conforme transcorra o tempo, o suprimento da glândula Timo vai se tornando cada vez menor e a criança alcança a realização de sua própria individualidade. Quando a glândula Timo se esvazia dessa essência sanguínea, o Corpo de Desejos já alcançou a maturidade suficiente para permitir-lhe tomar parte na alquimia da transmutação do esqueleto Saturnino no veículo Jupteriano, que assim incorpora a essência do atual Corpo Denso. Toda interferência no sangue paralisa este processo. Por isso os pais só podem agir em nome da criança até aos quatorze anos, fornecendo-lhe o Éter que permite o trabalho do Auxiliar Invisível.

O maior inconveniente com que se tropeça na obra de Cura Rosacruz procede da negligência dos pacientes. Os pedidos são muito simples. Solicitamos que escrevam uma vez por semana, com caneta tinteiro e na data de cura semanal, de modo que os eflúvios que procedem da mão ao escrever, possam prover os Auxiliares Invisíveis com uma chave de admissão ao organismo do paciente. Mas por simples que seja esta regra, são muitos os que deixam de cumpri-la (e depois não compreendem porque o “método de Cura Rosacruz não funcionou”). Temos em mãos o caso de uma pessoa que durante muitos anos tivera uma vértebra deslocada que foi curada com o nosso tratamento, embora procurasse muitos osteopatas, quiropratas e outros que tentaram em vão colocá-la no devido lugar. Este pobre homem passava a maior parte do tempo deitado, com dores, completamente incapaz de trabalhar. O tratamento dos nossos Auxiliares Invisíveis ajustou sua vértebra que ainda está no lugar. O homem ficou maravilhado e pode voltar ao trabalho. Estava, porém, tão entusiasmado com a ideia de que já estava completamente curado, que descuidou de nos escrever semanalmente, de modo que nossos Auxiliares Invisíveis tivessem oportunidade de manter a vértebra em seu lugar um tempo suficientemente grande para não mais se deslocar. Mais tarde recebemos uma carta que demonstrava que tínhamos razão ao pedir-lhe que escrevesse regularmente. Nessa carta dizia: “Faz algum tempo escrevi que já me sentia curado e que deixaria de escrever-lhes semanalmente. Agora vejo que cometi um grande erro. Desde que suspendi as cartas, minhas costas têm doído e estou ficando novamente curvado, embora a vértebra esteja no seu lugar. Parece-me que estou pedindo demais ao rogar que novamente vos ocupeis de mim, mas não imaginava a influência dos Auxiliares Invisíveis e quanto dependia deles”.

Assim, para que não haja dúvidas e que o processo de Cura Rosacruz se complete é importante fazer os exames médicos e clínicos que comprovem a restauração do Corpo Denso e depois disso e de informar ao Departamento de Cura do Centro Rosacruz que o paciente sollicitou ajuda aguardar o posicionamento desse Departamento de Cura. Suspender o tratamento em um Departamento de Cura sem esses cuidados é colocar em risco todo o tratamento e ficar a mercê da doença ou enfermidade voltar, pois a causa-raiz não foi totalmente eliminada, por melhor que o paciente diga que está se sentindo.


(“Texto inspirado no livro: Princípios Ocultos de Saúde e Cura” – Max Heindel)

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