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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por favor, comente sob a óptica (ou prisma) da Filosofia Rosacruz a natureza e finalidade do sangue, e a inconveniência das transfusões sanguíneas. Podem os atributos básicos, físicos e mentais, e as influências astrológicas inerentes a uma pessoa serem revelados em uma análise de seu sangue? Há relação entre os tipos básicos de sangue e os tipos de Personalidade?

Resposta: O Ego humano (Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui), nós temos nosso assento no sangue, funcionando e controlando nossos veículos através dele. Quando desejamos expressar o pensar, conduzimos o sangue, com o calor apropriado, até o cérebro. O calor sanguíneo mantém a vibração das células cerebrais, estimulando por esse meio à ação mental. Maior quantidade de sangue sempre é dirigida à parte do corpo onde naquele momento desejamos promover uma atividade particular.

Cada átomo do nosso Corpo Denso é posse única de nós, o Ego, que habitamos nesse Corpo Denso. A condição do veículo físico e de seus órgãos reflete a maneira pela qual vivemos nossas vidas anteriores na Terra e fomos capazes de construir o Arquétipo de nosso veículo físico durante o período pós-morte.

Por essa razão, certos tipos de sangue e algumas substâncias artificiais podem ser rejeitados por alguns de nós. Nenhum de nós aceitará inserções físicas em nosso Corpo Denso que estejam em desacordo com a nossa própria constituição singular. Devemos dominar as células de matéria estranha trazidas para o nosso Corpo Denso, por exemplo, sob a forma transfusão. Se não conseguimos dominar o assunto estranho, então ele será rejeitado.

Quando circula em regiões mais profundas e internas do organismo o sangue é um gás. A perda de calor na superfície do corpo produz-lhe uma condensação parcial. Nos capilares e pequenos vasos, próximos à superfície, o sangue é inteiramente líquido. O sangue pode ser um gás naquelas áreas do Corpo Denso onde os processos da digestão, assimilação e outros realizam-se, isto porque nós não trabalhamos através de sólidos ou líquidos, mas por intermédio do gás.

Nós acreditamos haver relação entre tipos básicos de sangue e tipos de Personalidade. Algumas das características de um Ego particular se ligam a uma outra Individualidade após uma transfusão, havendo até casos de “mudança de Personalidade” (aliás, também visto essa alteração em casos de transplantes de coração).

Quando se perde muito sangue, como consequência de acidentes, enfermidades ou cirurgias não podemos funcionar no nosso Corpo Denso, acarretando a chamada morte. Por esta razão, muitas vezes, são necessárias as transfusões.

Se o sangue de uma pessoa é inoculado nas veias de outra, cujo estágio evolutivo é semelhante, ou se possui características razoavelmente afins pode ocorrer algum dano de pequena monta. Se, contudo, um dos indivíduos for altamente evoluído e outro não, provavelmente, se manifestará uma desarmonia de ordem espiritual. Ao mesmo tempo, haverá uma incompatibilidade de natureza corporal e os resultados da transfusão não seriam aquilo que poderia se esperar.

Nestas conotações propostas, devemos recordar que no sangue de cada um de nós estão gravadas as cenas de todos os acontecimentos da nossa vida presente. Estas impressões, transferidas junto com o sangue no caso de uma transfusão, tenderiam a obscurecer as gravações pertencentes ao segundo Ego – àquele que recebe o sangue –, tornando-as pouco claras e, por conseguinte, de pouco valor para o seu possuidor.

A transfusão de sangue de uma entidade superior a uma forma de vida inferior produzirá, fatalmente, a destruição da segunda, pois o Espírito mais evoluído pode escapar às difíceis condições impostas pelo veículo menos desenvolvido.

Enfermidades ou debilidades são efeitos correspondentes a causas passadas. A cura definitiva depende de uma mudança de atitude mental, emocional e física. A transformação ou autorregenerarão deve principiar agora.

No entanto, nesse Esquema de Evolução, “chegará o dia em que haverá uma diferença ainda maior nos chamados ‘tipos de sangue’, pois da mesma forma que existe uma diferença nos cristais formados pelos diferentes tipos de Corpos Densos que construímos, existe também uma distinção nos cristais formados por cada um de nós, individualmente. Não há duas impressões digitais idênticas, e se descobrirá a tempo que o sangue de cada um de nós é diferente do sangue de qualquer outro indivíduo. Essa diferença já se tornou evidente para o investigador oculto, e é apenas uma questão de tempo para que a ciência material faça a descoberta, pois as características estão se tornando mais marcantes à medida que passamos a ficar cada vez menos dependente e mais autossuficiente.

Esta alteração no sangue é muito importante e, com o passar do tempo, se tornará mais enfático, pois, gerará consequências de grande importância. Diz-se que a Natureza geometriza. Ela é somente o símbolo visível do Deus invisível, e nós fomos criados a Sua imagem e semelhança. Tendo sido feitos a Sua semelhança, estamos também começando a geometrizar e estamos, naturalmente, iniciando com a substância sobre a qual nós, os Egos, temos o maior poder, isto é, no nosso sangue.

No momento, estamos justamente no princípio dessa individualização do nosso sangue. Atualmente, é possível fazer uma transfusão de sangue de um de nós para outro, mas está próximo o dia em que isto se tornará impossível. O sangue de um de nós matará todo aquele que for de um nível inferior, e o sangue de uma pessoa superior destruirá quem for menos evoluída. A criança atualmente recebe o suprimento de sangue dos pais, armazenado na Glândula Timo para os anos da infância. Chegará um momento nesse Esquema de Evolução em que estaremos tão individualizados que não poderemos atuar com um sangue que não seja gerado por nós próprios. O modo atual de procriação terá que ser substituído por outro, quando nós, o Ego, poderemos criar o nosso próprio veículo sem o auxílio dos pais”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz abril/1972 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Os animais, ao morrer, vão presumivelmente para uma “consciência de grupo”, assim eu entendo, embora a meu ver haja ambiguidade. Tive por um bom tempo um ratinho preto e branco. Ele certamente se tornou “individualizado” durante aquele tempo, com características próprias. Quando morreu, o que aconteceu? Reteve alguma individualidade própria? Continuaria a existir como entidade separada? Renascendo depois como ele mesmo ou simplesmente como outro ratinho? Serei eu capaz eventualmente de ver e reconhecer meu ratinho de novo?

Resposta: Quando seu ratinho de estimação morreu, ele – o Ego animal ou Espírito Virginal da Onda de Vida animal manifestado aqui – voltou para o Espírito-Grupo, do qual, por assim dizer, ele é uma célula. O amor e carinho que você lhe deu, naturalmente, adiantou-o em sua evolução, ajudando-o a alcançar um grau de consciência mais alto do que teria sido possível de outra forma e, também, adiantou a evolução espiritual do próprio Espírito-Grupo. O Ego animal ou Espírito Virginal da Onda de Vida animal manifestado aqui que habitava o corpinho do ratinho não era individualizado no sentido de como somos nós (um Ego humano ou Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui), e embora a consciência do ratinho tenha sido elevada, não continuará como entidade “separada”, a não ser de maneira semelhante a uma célula do nosso Corpo Denso. O crescimento dos Egos animais coincide com o do Espírito-Grupo. O mesmo Ego animal, sem dúvida, renascerá aqui no Corpo de um ratinho e se você morresse logo após a morte dele, “poderia” vê-lo. Não é impossível, embora não muito provável em conexão com um animal num ponto tão baixo da escala evolutiva. É também possível que o mesmo Ego animal venha a você após renascido em outro ratinho.

Seja como for, seu carinho e seus cuidados a qualquer animal traz recompensa em crescimento anímico para você e para o Ego animal, e cremos ser melhor nos abstermos do aspecto “pessoal” da questão. Todos os animais (cachorro, gato, peixes, ratinhos, vaca, boi, galinha, elefante, cavalo e todos os outros) são todas criaturas de Deus, e como tais merecem nossa ajuda, venham ou não a ser nossos “bichinhos de estimação”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – janeiro/fevereiro de 1988 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Quinta Época, a Ária, do Período Terrestre

Nós, a Humanidade, estamos passando, atualmente, pela quinta Época que chamamos de Época Ária. Sob a direção de uma grande Entidade, a Raça Semitas Originais – a quinta e mais importante das sete Raças atlantes – foi levada para leste até a grande extensão das estepes da Ásia Central, atualmente denominada Deserto de Gobi. Ali ela foi preparada para se converter na semente das sete Raças da Época Ária, nutrindo-a, potencialmente, das qualidades que deviam ser desenvolvidas por seus descendentes.

Esse nome se deu em virtude da Ásia Central ter sido o berço das Raças Árias, descendente dos Semitas Originais, que aperfeiçoou a Mente e a razão, e à qual pertencemos.

Nessa Época conhecíamos o uso do fogo e de outras forças, que nos foram intencionalmente ocultadas nas Épocas anteriores, para que pudéssemos usá-las livremente para os propósitos mais elevados do nosso próprio desenvolvimento.

Pois, durante as primeiras quatro Épocas, tínhamos um conhecimento maior dos Mundos espirituais. Porém, houve a necessidade de despertarmos completamente para a grande importância desta existência concreta. Por isso, fomos privados da recordação da existência espiritual superior nesta quinta Época. Assim, fomos obrigados a aproveitar e viver a vida intensamente, visando nosso crescimento no conhecimento do que tínhamos a disposição.

No início da Época Ária, os mais avançados da nossa Humanidade obtiveram as Iniciações Maiores para que pudessem ocupar o lugar dos Mensageiros de Deus, ou seja, dos Senhores de Vênus.

Esses Iniciados humanos foram, desde então, os únicos mediadores entre nós e Deus. Embora não apareçam publicamente nem mostrem sinais ou maravilhas são Líderes. Ficamos completamente livres para procurá-los ou não, quando quiséssemos.

Na metade da Época Atlante, nós, o Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado, penetramos completamente nos nossos veículos e começamos a trabalhar no veículo Mente, produzindo a manifestação do Pensamento e da Razão: a habilidade de deduzir uma causa pelo efeito da atividade do próprio pensamento. A faculdade de raciocínio ou lógica se desenvolveu mais completamente na Época Ária. Os Semitas Originais constituíram um “povo escolhido”, destinado a levar essa faculdade germinal a tal ponto de maturação que impregnasse completamente seus descendentes, para se converterem em uma Nova Raça.

Com a manifestação do pensamento e a aquisição da Mente – ainda no seu primeiro estágio de desenvolvimento, o mineral –, exercemos, presentemente, o nosso poder, apenas sobre os minerais e as substâncias químicas.

Não pode exercer o menor poder sobre a vida animal ou vegetal. Utilizam nas indústrias, madeiras, diversas substâncias vegetais, e certas partes do animal, substâncias que, em última análise, são todas matérias químicas animadas pela vida mineral, da qual se compõem todos os Corpos, conforme já se explicou. Atualmente, podemos ter domínio sobre todas essas variedades de combinações químico-minerais.

No final da nossa Época atual, o mais elevado Iniciado aparecerá publicamente, quando suficiente número de pessoas da humanidade comum desejar submeter-se voluntariamente a um Líder. Constituirão, dessa forma, o núcleo para a última Raça, que aparecerá no princípio da Sexta Época. Depois disso as Raças e nações deixarão de existir, a Humanidade formará uma Fraternidade Espiritual, como antes do fim da Época Lemúrica.

Os nomes das Raças que apareceram sobre a Terra durante a Época Ária, até agora, são os seguintes:

1) A Ariana, que se dirigiu para o sul da Índia,

2) A Babilônica-Assíria-Caldaica,

3) A Persa-Greco-Latina,

4) A Céltica e

5) A Teuto-Anglo-Saxônica.

Da mescla das diferentes nações, como atualmente acontece na América, virá a “semente” para a última Raça, no início da Sexta Época.

Duas Raças mais se desenvolverão na nossa Época atual, uma delas a Eslava. Quando, no transcurso de algumas centenas de anos, o Sol, em virtude da Precessão dos Equinócios, tenha entrado no Signo de Aquário, o povo russo e as Raças eslavas em geral alcançarão um grau de desenvolvimento espiritual que os levarão muito além de sua condição atual. A música será o fator principal para que isso aconteça, pois nas asas da música a Alma, que está sintonizada com ela, pode voar para o próprio Trono de Deus, onde o mero intelecto não pode alcançar.

Entretanto, o desenvolvimento assim obtido não é permanente, porque é unilateral e, portanto, não está em harmonia com a lei da evolução, que demanda que o desenvolvimento, para ser permanente, deve ser uniformemente equilibrado – em outras palavras, a espiritualidade deve se desenvolver através do, ou pelo menos igualmente com o, intelecto. Por esse motivo, a civilização eslava será de vida curta, mas será grande e muito feliz enquanto durar, porque terá nascido da dor e do sentimento de tristeza, de pesar e de sofrimento sem conta, e a lei de Compensação lhe levará ao oposto, a seu devido tempo.

Dos eslavos descenderá um povo que formará a última das sete Raças da Época Ária. Da América descenderá a última de todas as Raças desse Esquema de Evolução, que começará seu curso ao princípio da Sexta Época.

A Época Ária corresponde ao sétimo dia da Criação, quando os Elohim, como Criadores e Líderes, descansaram do seu trabalho e a humanidade foi deixada ao próprio cuidado.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Céus Proclamam a Glória de Deus: conheça isso e utilize no seu dia a dia

Por toda a parte, à nossa volta, vemos como ao se levantar o Sol se esparge a luz e à vida; logo sobe até ao mais alto do céu para se pôr depois, ao final do dia, no horizonte ocidental, em luminosas labaredas com infinita variação de tons de indescritível beleza, que nenhum pincel é capaz de reproduzir na tela, de modo perfeito.

Então a Lua, luminar da noite, se levanta sobre os cerros do leste trazendo consigo para o zênite as inumeráveis estrelas e constelações, seguindo o Sol na sua ininterrupta dança circular. A escritura estelar descreve assim no mapa do céu a evolução passada, presente e futura do ser humano dentro do marco das constantes mudanças do mundo concreto, sem descanso, nem tranquilidade, enquanto o mundo existir.

Quando estamos no hemisfério norte do Planeta Terra, percebemos que nesse sempre variável caleidoscópio dos céus há uma estrela, apenas uma, que permanece tão relativamente estacionária que, sob o ponto de vista da nossa vida efêmera de 50, 60 ou 100 anos, é um ponto fixo — a Estrela do Norte (Estrela Polar é a estrela mais brilhante da constelação da Ursa Menor, e situa-se aproximadamente no polo norte celeste, daí recebendo seu nome. Por este motivo, ela permanece praticamente fixa no céu noturno, enquanto todas as outras estrelas parecem girar ao seu redor. A Estrela Polar tem sido usada, há séculos, como referência para orientação, tendo sido crucial, por exemplo, na navegação).

Quando o marinheiro vai no seu navio sobre a imensidade dos mares, está certo de chegar são e salvo ao porto desejado, desde que se oriente pela estrela polar. Nem mesmo quando nuvens escuras escondem esse guia ele se atemoriza, porque tem uma agulha magnetizada por um poder misterioso, que em tempo claro, de chuva ou treva, aponta sempre, invariavelmente, para aquela estrela imóvel, permitindo ao navegante se orientar na solidão do mar com tanta segurança como se visse a própria estrela.

Na verdade, os céus proclamam as maravilhas do Senhor, como estudamos nessa passagem dito pelo salmista: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento mostra a Sua obra. Dia após dia se exterioriza pelas palavras e, noite após noite, revela o Seu conhecimento. Não há discurso nem linguagem onde a Sua voz não seja ouvida. A Sua linha cruza toda a Terra e as Suas palavras vão até aos confins do Mundo. Neles pôs um tabernáculo para o Sol, o qual é como um noivo saindo da sua câmara ou um atleta regozijando-se ante a perspectiva de entrar numa corrida.” (Sl 19).

O que sucede no macrocosmo, o grande mundo fora de nós as repete no pequeno círculo das nossas próprias vidas, o microcosmo. Quando nascemos, o “sol da vida” se levanta e começamos a ascensão para a meninice, juventude até ao zênite da idade madura.

O mundo, na sua constante mudança, forma o ambiente em torno de nós incluindo pais, irmãos e tudo o que nos rodeia. Com amigos, conhecidos e inimigos temos de fazer frente a batalha da vida e de a sustentar com a força adquirida em vidas passadas pagando, assim, as dívidas contraídas e levando as cargas dessa vida ou talvez aumentando o seu peso, segundo a nossa sabedoria ou ignorância.

Mas no meio de todas as circunstâncias da vida e das vicissitudes da existência há sempre um grande guia que, como a Estrela Polar, nunca nos falta à vista, tal como a imóvel Estrela do Norte, um guia sempre disposto a nos ajudar a dirigir a nave da nossa vida para o porto de salvação: Deus. É significativo ler na Bíblia que os Sábios ou Magos, na sua busca do Cristo – nosso grande Instrutor Espiritual — seguiram também uma estrela que os conduziu a essa grande luz.

Que diríamos do capitão de um barco que abandonasse o leme e deixasse o barco ser arrastado pela correnteza, expondo-o assim ao azar dos ventos? Estranharíamos que esse barco se esfacelasse contra as rochas e ele perdesse a sua vida no naufrágio? Certamente que não. O chocante seria que chegasse ao porto, são e salvo.

No céu está inscrita, em caracteres cósmicos, uma maravilhosa alegoria. Igualmente está escrita em nossas vidas e nos induz a renunciar à vida sempre flutuante da matéria, para seguir a vida eterna de Deus. Não nos deixaram sem guia, ainda que o céu da carne, o orgulho da vida e as paixões nos ceguem durante algum tempo. Porque, tal como a agulha magnética do marinheiro aponta para a Estrela Polar, assim nós, o Ego – um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui – somos impelidos para a nossa origem, com um desejo e um anseio que nunca poderão ser totalmente suprimidos, por muito que tombemos nas profundidades do materialismo.

Muitos estão buscando atualmente um remédio para esse impulso interior, parece que algo os impele, sem que saibam em que consiste; algo que os leva sempre para diante, buscando o espiritual para chegar a maiores alturas: a nosso Pai que está no Céu.

Aprendemos com Davi: “Se subir ao céu, Tu lá estás; e se eu fizer no inferno a minha cama, Tu estarás ali também”. “Se eu tomar as asas da Alva; se habitar na extremidade do mar, ainda lá me guiará a Tua mão, e me susterá a Tua direita.” (Sl 139:8-10).

E no Salmo 8:4-6: “Quando eu vejo os Teus Céus, obra dos Teus dedos; a Lua, e as estrelas, que Tu estabelecestes: Que é o homem para Tu te lembrares dele? Ou o filho do homem, para Tu o visitares? E que Tu o fizeste pouco menor que os Anjos; que o coroaste de glória e de honra?

Tudo isto não é novo para os que buscam a Luz e que tem feito o que podem para viver a vida reta, voltada para as coisas espirituais e não voltada para as coisas materiais. Mas o perigo está em que mesmo esses podem se tornar indiferentes ou espiritualmente estacionários.

Por esta razão, como o timoneiro está sempre de sobreaviso, observando a bússola que o guia, assim é da maior importância que vigiemos continuamente porque, de outro modo, adormeceremos e o navio da nossa vida sairá fora do seu rumo e se perderá.

Olhemos, pois, com firmeza para essa Estrela de Esperança, essa grande Luz Espiritual, e única coisa que merece a pena viver: a VIDA DE DEUS.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – maio/1979 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Uma Conta Simples sobre Quantidade de Renascimentos aqui

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que nós, Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui, em uma regra geral (pois há exceções), renascemos aqui, em média, duas vezes em cada Era Zodiacal, expressando-nos na Região Química do Mundo Físico, alternadamente como sexos masculino e sexo feminino, a fim de adquirirmos todas as espécies de experiência, posto que a experiência de um sexo difere amplamente da do outro. Ao mesmo tempo, como as condições externas não se alteram demais num milhar de anos, a entidade pode, por um lado, receber experiências em idêntico ambiente, tanto como homem quanto como mulher. E, por outro, cada Signo Zodiacal, ao interagir com o Sol, proporciona condições próprias e diferentes dos demais Signos.

Pelo fenômeno da Precessão dos Equinócios (um dos inúmeros movimentos do Planeta Terra), sabemos que uma Era Zodiacal dura, aproximadamente, 2.155 anos, o tempo que a intersecção entre a Eclíptica (o movimento aparente do Sol, visto da Terra) e o círculo do Zodíaco no atual mês de março (que marca o Equinócio de Março) demora para percorrer a distância angular de 30 graus, correspondente a um Signo.

Lembrando que só temos Eras e Épocas durante a nossa passagem pela metade da quarta Revolução deste Período Terrestre. E que cada Época tem 3 Eras. Exemplos: Época Atlante teve as Eras de Touro, Gêmeos e Câncer; Época Ária tem as Eras de Áries, Peixes e Aquário.

Pelas mesmas razões por que precisamos renascer duas vezes em cada Era Zodiacal, nós precisamos renascer, em média, 24 vezes em cada ciclo completo de Eras que são em número de 12 no total.

Por outro lado, como aprendemos na Fraternidade Rosacruz, conforme o Sol atravessa os diferentes Signos, no curso do ano, as mudanças climáticas e outras tais nos afetam como também impactam nossas atividades de várias maneiras. Semelhantemente, a passagem do Sol por Precessão dos Equinócios através dos doze Signos do Zodíaco, que é chamado Ano Mundial, produz na Terra as mais variadas condições. Assim, um Ano Mundial tem a duração de, aproximadamente, 25.860 anos (12 x 2.155). Consequentemente, durante um Ano Mundial nós renascemos aqui 24 vezes.

(Publicado na Revista Amizade Rosacruciana de Junho/1987 – Centro Rosacruz Max Heindel – Lisboa – Portugal)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sem Calvário não pode haver Ressurreição

O caminho até o Calvário há de passar, necessariamente, pelo Getsemani, o Jardim da Agonia, cenário em que experimentamos o grande conflito interno diante da dor que temos de finalmente aceitar. Aqui tem lugar a batalha final. Se temos suficiente valor, tomamos então nossa cruz de sofrimento expressamente aceito, para seguir o Mestre até a Ressurreição, através do Calvário. Muitas vezes já estivemos no Horto da Agonia, clamando desesperadamente a ouvidos surdos: “Afasta de mim este cálice!” (Mt 26:39), mas o terror mortal não se afastará de nós e tampouco se filtrará em nosso interior a bendita segurança do céu, enquanto não adquirirmos valor e não elevarmos nossas consciências para dizer como Ele: “Não se faça, Pai, a minha vontade, senão a vossa.” (Lc 22:42).

Quando chegarmos a este ponto, então poderemos triunfalmente enfrentar qualquer prova, na firme convicção de que isto é apenas um meio que nos conduzirá a um glorioso fim; um processo regenerativo que nos irá emancipando, cada vez mais, de todos os males das heranças da “carne”; a crucifixão da nossa Personalidade que libertará, gradualmente, o que somos de fato: a Individualidade, um Ego (um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui).

Na verdade, em cada prova saboreamos o Calvário; em cada vitória nos aproximamos da Ressurreição.

Por meio de incontáveis existências terrestres, nos mais profundos mistérios de nosso Ser, o Cristo de nossa própria divindade vem sendo sepultado, amarrado, esquecido em nosso interior, enquanto nos inclinamos às solicitações materiais.

Hoje, alguns, felizmente, já vão se tornando abatidos com as migalhas pouco satisfatórias de seu modo material de vida e se dispõem a tomar a Cruz das passadas dívidas para crucificar a Personalidade e tornar o “Eu superior”, seu Cristo Interno, mais dignificado, que se eleve em esplendor e poder dentro de suas almas.

Atualmente muitos acreditam firmemente que se podem tornar novas criaturas, vitoriosos sobre as condições transitórias do mundo e herdeiros das ocultas riquezas do céu. Esses podem chegar a ser participantes conscientes da maravilhosa experiência do Domingo da Ressurreição, dessa grande libertação, desse avassalador poder espiritual que nos inunda de paz. E só nessa condição nos unimos conscientemente a Ele, Aquele que perdoa todas as nossas iniquidades, que cura todas as nossas doenças e enfermidades e nos infunde na alma um descanso indizível.

Seja triunfante o vosso Domingo da Ressurreição!

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – março/1966 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Causas Espirituais das Doenças

Nós, o Ego (um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado) construímos o Corpo Denso e o controlamos. Havendo alguma doença ou enfermidade nesse Corpo Denso, entendemos que nós não fizemos o nosso trabalho bastante bem (insistimos em não aprender as lições que nós mesmos prometemos aprender lá no Terceiro Céu e que elas são a causa de termos que nascer aqui, mais uma vez). O mero ato de “cura” da doença ou enfermidade somente no Corpo Denso não será uma cura de caráter permanente: será sempre um remediar. A cura permanente – eliminação da causa-raiz da doença ou enfermidade – só poderá ser encontrada após identificarmos a causa espiritual da doença ou da enfermidade. A Cura Rosacruz trabalha harmoniosa e sabiamente com a Astrologia Rosacruz e é de grande valia para encontrarmos as causas espirituais das doenças e enfermidades, visto que o horóscopo mostra as forças cujo mau uso se manifestará como tais condições anômalas. Abaixo segue um resumo dos efeitos do uso desequilibrado das forças astrais:

SOL – As energias solares representam o fluido vital solar, que podemos gerar à partir dos raios invisíveis coletados pelo nosso baço etérico e transferido, via nervos, até o Plexo Celíaco (ou Plexo Solar) onde está o Átomo-semente do Corpo Vital . O Sol é o dador da vida. O mau uso, ou abuso das energias solares, trará em uma existência futura – ou já trouxe nessa vida – de debilidades devido à obstrução da energia vital a qual deixará de fluir ou estará congestionada em algum ponto do organismo.

MERCÚRIO – As energias de Mercúrio são destinadas à percepção sensorial, obtenção do saber e para trabalho mental. O uso a mais ou a menos dos órgãos de percepção sensorial podem embotar a habilidade de transmitir informações. A falta de informação ou informação errônea sobre as regras de uma vida saudável, por exemplo, pode levar uma pessoa a prejudicar o próprio Corpo Denso, já que contradiz com as necessidades dele. A força sexual criadora tanto pode ascender como descender ao longo da espinha. A não utilização das forças mercuriais para “puxar” a força criadora para o cérebro e a laringe formará órgãos débeis.

VÊNUS – As energias de Vênus trabalham para promover a harmonia do mundo. Porém, se o indivíduo procura a harmonização com aqueles que centralizam o seu interesse no prazer dos sentidos (como o sexo em todas as suas modalidades e a excessiva estimulação gastronômica), é possível a incidência de doenças venéreas, doenças sexuais e/ou obesidade.

LUA – As energias da Lua são canais para a criação de imagens mentais e para a ação subconsciente sobre o Corpo Denso. A produção de imagens mentais conflitantes poderá produzir tensões dos músculos, nervos e das outras regiões do Corpo Denso. Essas tensões poderão alterar os padrões do fluxo sanguíneo, a digestão, a respiração, o ritmo cardíaco, o curso da adrenalina e o metabolismo, do que resultam doenças psicossomáticas.

MARTE – As forças de Marte estimulam o desejo. Quando o desejo frustrado se manifesta como irritação, ou raiva, ódio ou inveja, cobiça ou egoísmo, ciúmes ou posse, violência ou vingança, pode se estabelecer um quadro de pressão alta. O desejo excessivo pode motivar a pessoa a assumir riscos que poderão resultar em vários tipos de desastres. A ausência de desejo pode gerar a inatividade que, por sua vez, produzirá o relaxamento muscular.

JÚPITER – As forças de Júpiter estimulam a devoção e a dedicação. A devoção para com alguma pessoa, por meio de alguma atividade ou causa, promove uma atitude de entusiasmo que aumenta tanto o fluxo de adrenalina como o sanguíneo. A ausência de sentimento devocional (focando somente na intelectualidade) pode resultar em baixos índices de metabolismo.

SATURNO – As energias de Saturno fixam a atenção da pessoa para o passado ou para o futuro. Uma preocupação excessiva com o futuro pode se manifestar em medos, temores e ansiedades, ou atitudes de apego ao passado ou de remordimento ou remorsos de fatos passados (ressentimentos) podem causar contrações dos vasos capilares, com a consequente obstrução da circulação e do fluxo dos sucos gástricos, o que pode causar estagnação dos processos eliminadores do Corpo Denso.

URANO – As energias de Urano estimulam a consciência humana, que poderá ultrapassar de seus limites normais. Havendo tal efusão sob condições de anormalidade, pode-se encontrar de repente em território de difícil controle, o que poderá gerar tensão nervosa e toda sorte de excentricidades.

NETUNO – As forças de Netuno operam para colocar a consciência humana em contato com os Mundos espirituais. Quando alguém se fecha para as energias de Netuno, insistindo para um ponto de vista materialista da vida, terá, após a sua morte, na hora de construir um novo Corpo Denso, Vital e de Desejos e uma nova Mente, uma relação desequilibrada com as energias que trazem as coisas invisíveis para sua manifestação na matéria. Em caso de excessiva aceitação aos impulsos de Netuno, a fim de entrar em contato com os planos internos, a pessoa pode tender a fugir da realidade, por meio de drogas, bebidas alcoólicas, por exemplo. Uma outra modalidade de fuga é a mentira, a si mesmo e aos outros. O não alinhamento com a verdade pode levar a Corpos e veículo defeituosos em uma vida futura.

PLUTÃO – As forças de Plutão promovem a regeneração. A regeneração ocorre, naturalmente, quando é efetuada a retrospecção pós-morte e a posterior reconstrução de Corpos e veículos para a vida futura. O uso exagerado das energias de Plutão pode resultar em suicídio, eutanásia, crime ou aborto.

“É uma máxima mística que, quanto mais baixo estiver na escala da evolução mais seguramente o indivíduo responderá aos raios astrais e, inversamente, quanto mais alto na escala da realização, mais o ser humano ‘dominará e regerá suas estrelas’, libertando-se assim da restrição das Hierarquias Divinas”. (De Max Heindel e Augusta Foss Heindel no Livro: Mensagem das Estrelas)

(Artigo de Elsa Glover publicado na Revista Rays from the Rose Cross, traduzido por um irmão e publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP – maio-junho/2003)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Maná que desceu do Céu

Manas, mensch, mens ou man (ser humano) são palavras que facilmente se associam com o Maná que caiu do céu. Somos nós, o Ego (um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui) e que para isso “desceu” de nosso Deus-Pai para uma peregrinação através da matéria (nesse Esquema de Evolução); o Pote de Ouro do Maná, onde se conservava o Maná, simboliza a aura resplandecente do nosso Corpo-Alma.

Ainda que a história da Bíblia não esteja de pleno acordo com os acontecimentos, relata os fatos principais do Maná Místico que caiu do céu. Quando desejamos saber qual é a natureza do assim chamado “pão”, podemos consultar o capítulo 6 do Evangelho Segundo S. João, que relata como Cristo alimentou a multidão com pães e peixes, simbolizando a doutrina mística dos 2000 anos que Ele estava iniciando. Durante esse tempo, por Precessão dos Equinócios, o Sol estava passando através do Signo de Peixes (os peixes), e a nós éramos ensinados a nos abster, ao menos um dia por semana (referente ao hoje “sexta-feira”) e em certa época do ano, das “panelas de carne” de que tanto se abusara no Egito ou na antiga Atlântida.

À porta do templo era fornecida a água de “Peixes” (água benta, usada ainda hoje nas portas das Igrejas Católicas), e na mesa Eucarística, ante o Altar, a Hóstia Imaculada (feita de trigo), quando se adora a “Virgem” que representa o Signo celestial da Virgem (o oposto ao Signo de Peixes).

Cristo também explicou, naquele tempo, em linguagem mística, mas inconfundível, o que era esse “pão da vida”, ou Maná, isto é, nós, o Ego. Essa explicação se encontra nos versículos 33 e 35, onde lemos: “Porque o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo … Eu sou (Ego sum) o pão da vida” (Jo 6-33-35). Isso, então, é o símbolo do Pote de Ouro do Maná que se encontrava na Arca da Aliança do Tabernáculo no Deserto.

Esse Maná é o Ego que vivifica os Corpos Densos. Hoje, está oculto dentro da Arca de cada um de nós, e o Pote de Ouro ou Corpo-Alma, ou “Traje Dourado de Bodas”, está também latente em cada um de nós. É a “casa não feita com as mãos”, eterna nos céus, com a qual S. Paulo anelava revestir-se, como se lê na Epístola aos Coríntios (IICor 5:1-10): “Sabemos, com efeito, que, se a nossa morada terrestre, esta tenda, for destruída, teremos no céu um edifício, obra de Deus, morada eterna, não feita por mãos humanas. Tanto assim que gememos pelo desejo ardente de revestir por cima da nossa morada terrestre a nossa habitação celeste — o que será possível se formos encontrados vestidos, e não nus. Pois nós, que estamos nesta tenda, gememos acabrunhados, porque não queremos ser despojados da nossa veste, mas revestir a outra por cima desta, a fim de que o que é mortal seja absorvido pela vida. E quem nos dispôs a isto foi Deus, que nos deu o penhor do Espírito. Por conseguinte, estamos sempre confiantes, sabendo que, enquanto habitamos neste corpo, estamos fora da nossa mansão, longe do Senhor, pois caminhamos pela fé e não pela visão… Sim, estamos cheios de confiança, e preferimos deixar a mansão deste corpo para ir morar junto do Senhor. Por isto também esforçamo-nos por agradar-lhe, quer permaneçamos em nossa mansão, quer a deixemos. Porquanto todos nós teremos de comparecer manifestamente perante o tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba a retribuição do que tiver feito durante a sua vida no corpo, seja para o bem, seja para o mal.”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz, março/1978 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Milagre dos Peixes

Nos quatro Evangelhos se fazem referências dos Discípulos como pescadores, porém, é um erro tomar isto como se fossem homens ordinários. Ao contrário, eles eram Egos altamente evoluídos e sua associação com a “pesca” deve ser considerada como uma expressão simbólica. “Pescadores”, como está mencionado nos Evangelhos, indica aquele que está conscientemente no caminho espiritual. Vamos ver um exemplo nesse trecho:

Certa vez em que a multidão se comprimia ao redor dele para ouvir a palavra de Deus, à margem do lago de Genesaré, viu dois pequenos barcos parados à margem do lago; os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. Subindo num dos barcos, o de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra; depois, sentando-se ensinava do barco às multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: ‘Faze-te ao largo; lançai vossas redes para a pesca’. Simão respondeu: ‘Mestre, trabalhamos a noite inteira sem nada apanhar; mas, porque mandas, lançarei as redes’. Fizeram isso e apanharam tamanha quantidade de peixes que suas redes se rompiam.” (Lc 5:1-6).

Esotericamente, o “pescado” se refere à Iniciação ou o processo de aprender a fazer uso dos poderes espirituais que foi gerado dentro de nós. Na época dos “três anos” de ministério de Cristo-Jesus, o Sol pelo movimento de Precessão dos Equinócios estava deixando o Signo de Áries, o cordeiro, e estava entrando no Signo de Peixes, o pescado ou os peixes. Assim, a antiga escola de Iniciação ou de desenvolvimento pelo Conhecimento Direto foi o da Dispensação de Áries, enquanto a Nova Dispensação tinha que ver com os “pescadores de homens”, a Dispensação de Peixes.

Afinal, já sabemos que cada vida neste plano terrestre não é mais que um dia na grande escola da existência e a experiência é o meio pelo qual progredimos.

No grande mar da vida usamos vários veículos para adquirir experiências de onde vem o crescimento da nossa alma, o crescimento anímico. Na medida em que usamos nossa sabedoria ou “redes” é para armazenar “pescados” ou “peixes” ou alimento para nós, o Ego – o Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui –, assim progredimos no caminho espiritual para frente e para cima. Em nossa falta de sabedoria amiúde lançamos nossas “redes e não tiramos pescados”.

Por meio do desenvolvimento da nossa percepção espiritual por meio do amor e do serviço amoroso e desinteressado (e, portanto, o mais anônimo possível) ao irmão ou à irmã no seu entorno, procurando esquecer os defeitos deles e focando na divina essência oculta em cada um de nós, que é a base da Fraternidade, nos capacitamos para dirigir nossas atividades sabiamente e, assim, traremos uma pesada “rede” de recompensa espiritual ou crescimento anímico.

À medida que imitemos a Cristo, amando e servindo aos nossos semelhantes, obtemos a habilidade de fazer o melhor de nossas experiências. Aprendemos onde temos que servir e como devemos servir o melhor que possamos.

Dentro das “profundidades” das realidades da vida lançamos nossas “redes” e enchendo-as até que se rebentem. Talvez nossas “redes” se rompam devido a que nossa sabedoria aumenta, às vezes, devido ao demasiado esforço que fazemos para servir.

Novamente, o mar simboliza esse reino espiritual que chamamos de Mundo do Desejo. S. Pedro disse a Cristo-Jesus: “Estivemos pescando toda a noite e não apanhamos nada“. Isto se refere aos esforços nos planos internos que não foram frutíferos devido à falta de conhecimento.

Não havia alcançado o ponto onde poderiam funcionar sozinhos, vantajosamente, nos planos invisíveis e, consequentemente, seus esforços obtiveram fracos resultados.

O poder de Cristo foi tal que Ele pode funcionar perfeitamente nos planos invisíveis, sendo o único que possuía todos os veículos para alcançar desde o Mundo Físico até o Mundo de Deus (doze veículos!). Ele ensinou aos Seus Discípulos como usar seus poderes espirituais e em certas ocasiões os elevava a estados de consciência espiritual muito mais elevada do que nas que ordinariamente funcionavam. Sob sua direção podiam assegurar “uma grande quantidade de peixes“.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – maio/1982 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Astrologia: assumamos a responsabilidade de nosso destino e tratemos de construir condições melhores

O levantamento científico de um horóscopo por meio da Astrologia Rosacruz obedece a princípios matemáticos e astronômicos. O estudo da Astrologia Rosacruz fica incompleto se não incluir o aspecto espiritual ou interno (baseado em um conhecimento profundo da Filosofia Rosacruz e dos Ensinamentos Bíblicos Rosacruzes), que lhe constitui a essência. Assim como somos um ser complexo, porque possuímos um Tríplice Corpo, trabalhado por Tríplice Espírito (que somos nós, a Individualidade, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui, como Ego), por meio da Mente, assim também o Planeta que vemos pela luneta é apenas o Corpo de um grande Espírito, cuja instrumentação é semelhante a nossa, porque: “como é em cima é embaixo”.

Os materialistas levam em conta apenas o que podem, sensorialmente, apreciar. Exceto uma facção dos diversos ramos científicos e da psicologia profunda, que vão abrindo caminho para concepções mais reais e amplas a respeito de nós, o ser humano, e do mundo, os demais nos considera por aquilo que exteriormente se vê: nosso corpo físico (nem o Corpo Denso real é visto!). Igualmente, no estudo astronômico, leva-se em conta o aspecto externo da questão: distâncias, tempo de rotação e translação, órbitas, volume, formas e outras dimensões que são medidas por meio de instrumentos feitos por materiais exclusivos da Região Química do Mundo Físico.

Todavia, assim como nós possuímos uma Individualidade que exprimimos por meio da nossa atmosfera áurica (a quem tenha sensibilidade suficiente de percepção) e no nosso modo de agir (pela Personalidade), pela convivência, também os Planetas têm uma natureza individual, própria, a que chamamos de “influência”. Esse modo de ser, formado ao longo dos renascimentos do Espírito Planetário residente em cada Planeta, expressa-se segundo o ângulo de incidência de seus raios. Lembremos que os Planetas têm seu grande Corpo Mental, Corpo de Desejos, Corpo Vital e Corpo Denso, de que seus habitantes “humanos”, nossos companheiros da Onda de Vida de Peixes, formam seus pequenos veículos. O Espírito Planetário influencia seus habitantes e por eles é influenciado. Igualmente, influi sobre os demais Planetas, seus Irmãos, e por eles é influenciado. Influencia também os habitantes dos outros Planetas.

Isso nos permite compreender mais profundamente por que o Cristo tinha que sofrer na cruz e, por meio do sangue derramado do Corpo de Jesus, penetrou em nosso globo terrestre, a fim de limpá-lo de toda a carga inferior das nossas passadas transgressões que comprometiam seriamente a nossa evolução e estabilidade desse Campo de Evolução.

Muitos acreditam na influência da Lua. Principalmente os que vivem ou viveram no interior e no litoral, sabem que a Lua influencia claramente as plantas, impondo épocas de plantio, de colheita, de poda, etc. Provoca as marés e vazantes, pescaria farta ou reduzida. Influi nos períodos menstruais e gestações. Tudo isso, desde muito antes de Cristo, já a Astrologia Espiritual ensinava. Dizem que acreditam nisso porque é evidente; mas não creem na influência dos demais Astros porque não percebem. Em verdade, não estão atentos para isso. O estudo da Astrologia Espiritual Rosacruz lhes mostraria que essas influências existem, exercendo grande força na direção de seus negócios e tendências.

Os ponteiros do relógio marcam a hora dos acontecimentos da vida diária. Mas permaneceriam imóveis se não fossem impulsionados pela força do mecanismo oculto. Se o relógio para, pode ocasionar perdas de oportunidades e consequentes prejuízos.

De igual modo, os Astros visíveis marcam os acontecimentos de nossa vida, como ponteiros de um relógio, com a diferença de que os Grandes Espíritos Planetários jamais se detêm; sempre nos influenciam, advertindo-nos e impulsionando, segundo o que nos está marcado no “Relógio do Destino”. Sob determinadas circunstâncias, podemos invalidar essas influências, como fazemos com os assuntos da vida cotidiana, pois os “Astros impelem, mas não obrigam”. Quanto mais domínio próprio tenhamos, tanto mais nos libertamos das influências exteriores.

Max Heindel nos fala de uma passagem bem curiosa, a esse respeito: “Conta-se que Edison, em certa fase de sua vida, trabalhava como telegrafista de uma estrada de ferro. Para descansar nos intervalos de folga, sem perigo de perder as horas em que deveria cumprir suas obrigações com a chegada do trem, construiu um despertador original: sentava-se na cadeira, e, acima de sua cabeça, pendia uma vasilha meio inclinada. De uma torneira próxima, por meio de um tubo, corria um fio regular de água, calculado para encher a vasilha num determinado tempo. Quando esta se enchia, o líquido começava a transbordar e caia sobre a cabeça de Edison, despertando-o seguramente.

Igualmente, estamos girando numa corrente contínua de ações, para o bem e para o mal, ou melhor, para o certo e para o errado, dentro do depósito do tempo. O que transborda, se volta sobre nós, impelindo-nos a novas ações. Não importa que fiquemos adormecidos como Edison, pois o sono da morte material não pode anular as ações do espírito imortal. Um novo nascimento terá lugar, exatamente quando o depósito do tempo estiver cheio, para que o que venhamos colher o que semeamos, de bem ou de mal.”.

A propósito do assunto, convém compreendermos claramente o seguinte: não temos certo destino por haver nascido em determinado momento. Nós, o Ego, renascemos quando as influências astrais reinantes, naquele momento, correspondam às nossas tendências. O Ego é atraído ao renascimento pela afinidade das vibrações prevalecentes. Essa compreensão é importante, porque elimina falsos conceitos, segundo os quais, a sorte ou azar de uma vida inteira depende do acaso, ou seja, da circunstância de nascer sob “boa ou má estrela”, sem direito a escolha. Se isso fosse verdade, teríamos fortes razões para duvidar da sabedoria e amor do nosso Criador. Edison teria motivos de aborrecimento, se alguém viesse acordá-lo com um borrifo de água fria. No entanto, sabendo que ele próprio, antes de adormecer, é que preparara aquela forma de despertador, ficava satisfeito, porque alcançava os benefícios dessa advertência. Assim também se, por meio da Astrologia Rosacruz, chegamos a compreender as causas postas em ação, por nós mesmos, em vidas anteriores, as quais determinaram nossa atual condição e circunstâncias, deixaremos de culpar a Deus e aos nossos semelhantes. Ao contrário, assumiremos a responsabilidade de nosso destino e trataremos de construir condições melhores, contando com os aspectos positivos de nosso caráter e livre arbítrio, que para isso Deus nos concede. Os Astros (Sol, Lua e Planetas) e os Signos apenas marcam o momento mais favorável de colher o que semeamos, de certo ou de errado. Tratemos, pois, de extrair de cada momento e experiência da vida, a lição que ela nos envia. Essa é a finalidade da Astrologia Rosacruz, em benefício da nossa evolução.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – fevereiro/1978 – Fraternidade Rosacruz-SP)

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