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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Sentido de Equipe

Não nos queixemos e, sobretudo, não vivamos a criticar os outros.

Sabemos que a maioria das pessoas age assim; que esses hábitos anticristãos nos influenciam desde pequenos e hoje, também, nos acostumamos a repeti-los. É cômodo pôr a culpa de tudo nos outros. Sempre arranjamos um motivo plausível para justificar nosso modo de agir.

Sejamos honestos conosco mesmos. À luz dos conhecimentos ocultos adquiridos mediante a Filosofia Rosacruz, sabemos muito bem nossa posição neste mundo e como devemos proceder para alcançar o ideal. De que vale sabermos e continuar a agir como uma pessoa comum? Não é dito nos Evangelhos: “A quem mais foi dado, mais será exigido.”? (Lc 12:48).

Cuidado, pois, sabendo que o conhecimento nos traz maiores responsabilidades e consequências mais dolorosas. Por inúmeras razões devemos agir com otimismo e confiança.

Primeiramente, porque o pensamento, o sentimento, o desejo, a emoção, a palavra, o ato, a obra e a ação representam forças formadoras no Mundo do Desejo daquilo que criam no Mundo Físico. Pensar puramente, sentir nobremente e agir corretamente é expressar de modo integral a Trindade, como Espírito consciente.

Depois, é preciso pensar que tudo o que desfrutamos agora representa o que plantamos anteriormente. Não temos o direito de nos queixar, pois agimos como maus pagadores. Ademais, para corrigir nossa economia espiritual é preciso pagar o que devemos sem assumir novas dívidas, com o repetir das mesmas causas erradas do passado.

O reconhecimento de nossos erros, face à Sabedoria de Deus que nos deseja abrir o discernimento, é um ato de sabedoria e humildade, o primeiro passo para nossa regeneração.

Finalmente, não podemos fugir à sociedade que formamos. Ao contrário, “em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser” (At 17:28). Fomos diferenciados em nosso Deus (não de Deus) para adquirir experiências e não só recebemos os reflexos dos erros sociais, como também prejudicarmos nossos irmãos ou nossas irmãs com nossos desequilíbrios em todos os sentidos. Um pensamento falso, um desejo, sentimento, uma emoção mesquinhos, um impulso inferior, um ato, uma ação, obra indignos, tudo, tudo reflete na grande massa de que somos partes, tornando-nos corresponsáveis na situação do mundo em geral e da sociedade em que vivemos. Por que não tomamos consciência disso e mudamos o rumo de nossos esforços para um sentido sempre construtivo?

Criticamos. Porém, o que temos feito para corrigir, para melhorar? Ver apenas não adianta nada. Ao contrário, quem enxerga tem o dever de consciência de trabalhar para a correção e elevação das coisas, dentro dos limites da liberdade bem usada.

Muitas vezes notamos a inclinação que tem a maioria das pessoas para criticar as falhas. Basta que se peça uma solução para reduzir o número dos interessados! E, se a solução é boa, quando se pede ao que sugeriu tomar as providências práticas, então ninguém tem tempo, “é só um palpite”, “pensando bem” ou simplesmente um silêncio e um “abaixar de cabeça”. Com esse método, as críticas vão se acabando, aquelas pessoas vão se afastando e as pessoas bem-intencionadas permanecem e resolvem o problema de fato!

A questão é ver o que há de bom em tudo e agir confiantemente, fazendo o melhor possível, com otimismo, fé, humildade e espírito de renúncia. O que não se puder realizar será por falha ou porque não é chegado o momento. Muitas vezes é por falha.

Há pessoas extraordinárias, mas que açambarcam os encargos. Não sabem trabalhar em equipe. Em consequência, afogam-se no trabalho que atraíram e depois se queixam de que ninguém ajuda. Jamais poderão ser líderes (no bom sentido) se não aprenderem a reunir esforços, aproveitar em cada colaborador o que ele tem de bom (e sempre tem!) e coordenar os trabalhos. Além disso, devem-se estar munidas de entendimento e de gratidão. O incentivo certo na hora certa, a compreensão amorosa das falhas, com palavras prudentes a par de um estímulo e, sobretudo, o exemplo pessoal, são qualidades que devemos oferecer na direção de qualquer trabalho coletivo, para que tenhamos êxito.

Mas, e se aparece um elemento realmente perturbador, cuja ação se evidencie prejudicial aos interesses coletivos? Sim, sempre aparecem, ou para nos provar ou porque as forças das trevas se servem dos fracos para tentar desunir os esforços nobres. De todo modo, se há real união e amizade em uma equipe, se há vigilância e oração nos trabalhos, com algumas exortações amorosas ao faltoso, podemos conquistá-lo, ou então ele se afastará, por força da dissintonia de propósitos. Há sempre casos em que a “pedra de tropeço” acaba mal. Muitos se desviam do Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, em proveito próprio e têm um fim triste – pois desistem de se desenvolverem na Escola Fraternidade Rosacruz –, consequência natural e proporcional dos seus atos.

De toda maneira não nos cabe julgar, senão cumprir nossa parte devidamente, agradecendo a todos e a tudo pelo que nos proporcionam de instrutivo e iluminador em nosso aprendizado neste mundo. Graças à heterogeneidade de tendências e aptidões em todos os campos é que aprendemos mais depressa, melhorando as nossas lições, tomando, ao mesmo tempo, um sentido de conjunto, formando uma ideia cada vez mais correta de um todo ideal, o que nos possibilitará a idealização e concretização da Era de Aquário.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – maio/1965– Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Uso das Forças Sutis na Cura Rosacruz

Um conjunto de forças sutis está a nossa disposição e pode ser usado para melhorar e manter a saúde. Dia a dia vemos crescer o interesse pelos tratamentos alternativos que se utilizam da cor e do som, por exemplo, como um prenúncio de que na Era de Aquário saberemos utilizar essas forças para a cura.

Entre os meios mais importantes, o ar se destaca do alimento físico, porque seu oxigênio fornece a chama da vida para bilhões de células. Inumeráveis são as doenças que podem ser sanadas por uma respiração lenta e profunda de ar puro. O ar deve ser tão limpo quanto possível e o influxo abundante, se realmente o paciente quer ser curado.

A luz através dos olhos revivifica e promove o bom humor. Esta luz deve atuar livremente sobre a pele ou no mínimo ser permitida por roupas porosas do paciente. Nossa casa e nossas roupas devem ser de cores suaves e harmoniosas, pois cores escuras transmitem depressão e insalubridade.

O som é outro tipo de força sutil e imaterial que é utilizada na Cura Rosacruz, uma vez que a música adequada (que tenha harmonia, melodia e ritmo ligado às três Regiões Superiores do Mundo do Desejo que, por esse meio, se liga ao Mundo do Pensamento, o Mundo do som) é um agente terapêutico, um canal para o influxo da Força Cósmica, da Vida para nós.

Consideremos ainda que nos movemos num conjunto de pensamentos onde podemos usar a nossa vontade e o discernimento construtivamente, embora vez por outra contatemos algo contrário. Através de nossos estados mentais atraímos vibrações de otimismo, de esperança, de saúde, de fé, de persistência, de disciplina, de rejuvenescimento, de realmente querer ser curado.

Temos que acrescentar ainda que há um poder atuando em nós, mesmo durante o sono, regulando a respiração, a digestão, a circulação sanguínea, promovendo a restauração física emocional e mental, dando novo alento aqueles que se deitam cansados e fatigados à noite. Ao terminar o nosso dia, quando nos recolhemos para dormir, se esforçando por fazer o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção – do modo como se deve fazer – nos ajuda a tomar consciência cada vez mais deste “oceano de vida” no qual “vivemos, nos movemos e temos o nosso ser” e estarmos em harmonia com ele, gera e mantém uma vida saudável.

*Se você está doente e entende que precisa de ajuda, recorra ao Método de Cura Rosacruz, já utilizado por milhares de pessoas. O processo começa com o preenchimento de um Formulário que deve ser preenchido com caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA ou “pena mosquitinho” que você molha em um recipiente com tinta LÍQUIDA nanquim. As instruções detalhadas se encontram aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/formulario-para-solicitacao-de-auxilio-de-cura-fraternidade-rosacruz/

**Se você conhece alguém que esteja doente e quer ajudá-la começa por oficiar o Ritual Devocional do Serviço de Cura nas Datas de Cura.

As instruções detalhadas se encontram aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/treinamento-esoterico/rituais-diario-e-semanal/ritual-de-cura

(Publicado no Ecos da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP – novembro-dezembro/2001)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Mãos Milagrosas

Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que existem duas dificuldades muito comuns na prática dos tratamentos pela imposição das mãos: uma é a de extrair do paciente algo que é venenoso e daninho e que provoca a doença ou enfermidade; a outra, a infusão da energia vital pela própria pessoa que está usando esse método.

Quem quer que tenha feito algum trabalho dessa espécie sabe isto porque sentiu, bem como sentirá todo aquele que o praticar com êxito. Pois bem, a menos que a pessoa que esteja praticando tenha uma saúde excelente, duas coisas podem acontecer: ou os miasmas humanos extraídos do paciente podem contaminá-la e vencê-la, tomando ela o lugar “do enfermo”, ou então pode lhe infundir demasiada quantidade de sua própria força vital e ficar completamente debilitada.

Às vezes acontecem as duas coisas, simultaneamente, chegando um tempo em que a pessoa se encontrará esgotada e é obrigada a descansar.

Isto é algo difícil de evitar, salvo para aqueles que possam ver os eflúvios etéricos que tomam ou que dão. Muitas pessoas são como vampiros quando estão enfermas, e quanto mais fortes e robustas em estado normal, tanto piores são quando a enfermidade as lança no leito.

É evidente que a imposição das mãos é algo que não se deve fazer indiscriminadamente e só a devem praticar as pessoas devidamente treinadas. Os Probacionistas que vivem meritoriamente recebem treinamento especial dos Irmãos Maiores.

Vamos ver um exemplo de uma pessoa que apresentou esse talento de curar por meio da imposição das mãos e que graças ao seu desenvolvimento pelo lado místico conseguiu utilizar tal talento para ajudar na cura de muitas pessoas.

Comecemos alertando que a despeito dos quadros, muitas vezes dolorosos, que a mídia escrita ou falada e os noticiosos de TV nos oferecem diariamente, nosso ânimo, como Estudantes Rosacruzes, não se deixa abalar. Os acontecimentos conturbadores destes tempos que estamos passando, ao contrário do que pensa a maioria, constituem o prenúncio de uma nova Era. Vivemos uma fase de transição. E como só acontece em épocas de mudanças tão bruscas e velozes, o mundo parece se envolver numa atmosfera de confusão, exotismo e fatos surpreendentes.

Muitos leitores indagam: Há uma relação entre esse estado de coisas e a futura Era de Aquário?

Nós afirmamos que sim. O Sol entrou na Órbita de Influência de Aquário em meados do século XIX. O Signo de Aquário é regido por Urano. Sua palavra-chave se expressa por meio de conceitos como: originalidade e renovação.  A captação e transmissão das energias elétrica, solar e atômica, das telecomunicações, da internet, o surgimento de novas invenções, a conquista do ar, são algumas das manifestações aquarianas. Isso tudo traz mudanças sacudindo o pó de velhas e obsoletas estruturas, às quais a Humanidade tende se acomodar. Eis porque a transição gera aparentes desequilíbrios.

O Planeta Terra passa por transformações gradativas. Ele está se refinando. A ação do Cristo contribui para isto. Nós – o microcosmos – também nos renovamos. Nossos veículos se purificam, tornando-os, dia a dia, mais sensíveis às vibrações espirituais. Mas tal não ocorre uniformemente. É fácil deduzir a causa: nem todos se encontram no mesmo nível evolutivo. Em termos relativos, poucos respondem corretamente às vibrações aquarianas.

Assim, não nos espantemos com relatos sobre o desenvolvimento de poderes paranormais. Eles se tornarão cada vez mais comuns e suas manifestações mais numerosas. E alguns, como o que abaixo transcrevemos do jornal “Folha de São Paulo”, constituem boa matéria para estudo e meditação.

“Eu não entendo nada de parapsicologia e nem de fenômenos extrassensoriais, mas acredito possuir um dom extraordinário, através do qual posso aliviar os males dos meus semelhantes”, declara o francês Aldo Moreau de la Meusse, de 65 anos de idade, agricultor por profissão e há 27 anos radicado no Chile. Ele vive na comunidade de Las Condes, nos arredores de Santiago, numa casa estilo campestre, onde, diariamente, formam-se filas de enfermos, certos de aquele homem alto e espigado, de olhos de forte mirada, fala mansa e vestir elegante, poderá curá-los.

O “tratamento” é simples: Aldo coloca suas mãos sobre o doente. E, quase sempre, esse fica curado, ou as dores cessam como por encanto. A maioria considera milagre o que ele faz, mas o doutor Brenio Onetto, a maior autoridade chilena em parapsicologia, tem outra opinião sobre o caso: “Existe uma energia ou capacidade psicocinética que as pessoas possuem em sua natureza. Acredita-se que fortes descargas elétricas que emanam do cérebro sejam capazes de variar o equilíbrio de certas matérias. Toda pessoa tem capacidade de percepção extrassensorial, mas existem algumas que têm um sentido muito agudo. É o que nós chamamos psicocinese, ou melhor, o poder da mente sobre as coisas em movimento, neste caso sobre o corpo”. O doutor Onetto tem fortes razões para acreditar no poder de Moreau: ele curou a sua mãe, que sofria de uma úlcera. Nenhum médico conseguira tratá-la. Depois que Moreau colocou as mãos sobre o corpo da mãe do parapsicólogo, a mulher ficou boa.

Enquanto viveu na França, nada de anormal aconteceu com Aldo Moreau.

Ele estudou Direito na Sorbonne, mas não conseguiu exercer a profissão, pois logo depois de formado foi vítima de um terrível acidente automobilístico, ficando entre a vida e a morte. Onze dias em coma, hemorragias, fratura do crânio, chegou a ser desenganado pelos médicos. De repente, e como por milagre, ficou bom. “Compreendi que uma força sobrenatural me protegia”, conta ele. E essa crença acentuou-se ainda mais quando recebeu um tiro e a bala não lhe causou quase nenhum mal. Mais tarde, viajou para o Chile, onde sofreu um novo desastre de automóvel. Estava com o sogro, e esse morreu no acidente. Aldo Moreau, no entanto, saiu do carro arrebentado sem um só arranhão. Atualmente, ele tem ótima saúde.

Tudo teve início numa certa noite, quando dormia na casa dele em Santiago. Ao acordar sentiu a estranha sensação de que poderia curar seus semelhantes. Pensou que tudo não passasse de uma alucinação, mas a coisa voltou a se repetir por três dias seguidos. Compreendeu, então, que “era uma mensagem de Deus”. Conta ele:

— Tive a certeza de que o Todo Poderoso me concedera dons especiais para fazer o bem. Uma estranha força apoderou-se das minhas mãos. Primeiro da direita, e logo em seguida da esquerda, que tremia de forma inexplicável, como nunca acontecera antes”.

Aldo Moreau passou, então, a receber enfermos em sua casa. E a curá-los. Hoje, essas curas atingem a centenas, e ele confessa não se lembrar da maioria. Ao seu lado, porém, está sempre presente um menino. Esse garoto encontrava-se num hospital de Santiago, vítima de graves queimaduras. Durante vários dias, Aldo Moreau foi visitá-lo, colocando as suas mãos em cima do corpo da criança. As feias feridas fecharam, sem deixar uma só cicatriz.

— Também já consegui aliviar as dores de portadores de câncer. Alguns pacientes declararam estar curados, mas eu não comprovei pessoalmente nenhuma cura.

Quando querem saber o que ele sente, ao “curar os enfermos”, Moreau explica:

— Primeiro, um calor suave e logo uma corrente elétrica, que se inicia na mão direita, passando depois também para a esquerda. Alguns enfermos sentem calor ou frio. Outros, não sentem nada. Meus dedos se movem horizontalmente e de uma maneira muito estranha.

Aldo Moreau reconhece que devolveu a visão a muitos cegos, e que já tratou de úlceras, doenças do fígado, diabetes e outras enfermidades. E crê firmemente que possui um dom divino.

A advogada Alma Wilson, bastante conhecida em Santiago, foi uma das pessoas curadas por esse francês. Ela sofria terrivelmente de uma nevralgia, e nenhum médico conseguira aliviar suas dores.

“Aldo Moreau me curou totalmente. Nunca mais senti nada. Conheço um rapaz cego, que voltou a ver, depois que ele lhe colocou as mãos em cima.”

Embora confessasse nada entender do assunto, quando perguntaram a essa advogada o que acontece com os 85% da capacidade mental que o ser humano não utiliza, ela respondeu: “Ninguém o sabe ao certo, mas eu creio que no cérebro existem poderes ocultos que ainda não foram descobertos. Talvez nesse mundo desconhecido esteja a explicação para essas curas milagrosas que vêm assombrando o mundo…”. Talvez.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de agosto/1978-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Vitória que vence o Mundo: a Nossa Fé!

Sabemos da luta que muitos estão sustentando para desenraizar as faltas e os maus hábitos que, estamos convencidos, prejudicam a saúde e destroem a felicidade.

Deus não nos livra da tentação porque nunca desenvolveremos força, a menos que aprendamos a usar o poder que já possuímos, e assim o aumentemos.

Se pelo menos confiássemos em nós mesmos, e se, resolutamente, nos opuséssemos ao mal, nos surpreenderíamos com os resultados.

Até poderíamos triunfar sobre qualquer circunstância adversa se nos esforçássemos em fazer hoje as coisas difíceis pela FÉ, fortalecida na oração, quando experimentaríamos uma alegria incalculável.  Mesmo as pequenas coisas que fizermos, ou qualquer ato de abnegação, nos infundiriam um gosto e um gozo na vida, antes desconhecidos. Enquanto nos esforçamos em vencer as dificuldades e em servir aos demais, a saúde melhorará notavelmente, pelo contentamento e as boas obras.

Esta é uma Lei Cósmica da vida: que a bondade e o serviço atraem para nós a saúde e a prosperidade.

O mundo é de Deus, e em conformidade com Suas Leis encontraremos paz e felicidade. Experimente!

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de março/1982-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Nos casos de dificuldades econômicas, ficamos restringidos em nossa possibilidade e capacidade de dar?

Resposta: Absolutamente, não. Tal ideia estaria correta se fôssemos apenas um ser material. Nesse caso, nossas necessidades estariam limitadas a esse plano. Mas, sabemos que somos um ser complexo e nossas necessidades abrangem os diversos veículos pelos quais nos expressamos: material (Corpo Denso), etérico (Corpo Vital), emocional (Corpo de Desejos) e mental (a Mente) além do que realmente somos: um Ego, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui. A ajuda deve atender a todos esses aspectos. Ainda mais, sabemos que a vida material, as condições deste mundo, são apenas reflexos e consequências dos outros planos casuais: mental e emocional.

Se não sabemos expressar nosso pensamento corretamente nem sentimos nobremente, nossa vida material será, logicamente, prejudicada. E, desse modo, ajudar alguém a expressar o pensar e sentir segundo os ditames do Ego, acordes com os princípios evangélicos, será a maior ajuda, que não depende de condição econômica, pois, ao homem e mulher de boa vontade há sempre algum tempo para isso. É claro que não vamos impor nossas ideias a ninguém, nem pregar nas praças públicas. O bom exemplo acabará atraindo nossos familiares e amigos a ouvir nossa opinião, e então a daremos despretensiosamente, deixando que o livre-arbítrio escolha livremente a forma de agir.

O dinheiro ou os recursos financeiros, como tudo o mais que Deus, como talentos, pôs a nossa disposição, depende do emprego deles. Dar dinheiro, indiscriminadamente, é muitas vezes um mal, embora nossa intenção seja boa. Somos a favor da ajuda material, feita inteligentemente e como complemento da ajuda primordial, causal, que é a difusão de ideias conducentes a uma vida mais feliz. Cada Estudante Rosacruz pode e deve valer-se da orientação da Fraternidade Rosacruz, para aprender e realizar corretamente essa nobilitante ajuda à Humanidade carente.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz maio/1972 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Vinho, como bebida alcoólica, usado neste Esquema de Evolução – Parte 1

Sabemos que o vinho, por definição, vem do grego clássico οἶνος, através do latim vīnum e que pode significar também “videira”. Genericamente conhecida como uma bebida alcoólica produzida da fermentação do suco de uva.

Tanto na União Europeia quanto no Brasil o vinho é uma bebida obtida exclusivamente por fermentação parcial ou total de uvas frescas, inteiras ou esmagadas ou de mostos (Mosto é um tipo de mistura açucarada destinada a fermentação alcoólica. Em vinicultura, o termo é usado para se referir ao sumo de uvas frescas utilizado antes do processo de fermentação). No Brasil, excepcionalmente, é proibido a aplicação do termo “vinho” a partir de outras matérias-primas.

Importante entendermos o que é fermentação, pois nem todo tipo é prejudicial nossa saúde. Sabemos que na indústria alimentícia a fermentação é bastante utilizada para diversos produtos, como pães, queijos, picles, os quais são ingeridos sem que haja ocorrência de efeito entorpecente comparado ao do álcool que iremos abordar adiante. Assim, é importante conhecermos mais profundamente o processo da fermentação.

Os processos fermentativos ocorrem desde a antiguidade, porém naquela época não se tinha o conhecimento de como a uva se transformava em vinho, a cevada em cerveja e a farinha em pão. Bem mais tarde, estudiosos começaram a esclarecer o fenômeno envolvido nessas transformações, a então denominada fermentação. Uma definição mais restrita, porém, ainda muito utilizada, é a de que a fermentação é o mecanismo anaeróbico (sem oxigênio) de produção de energia que não envolve a cadeia respiratória. Atualmente, essa definição foi mais ampliada pelo fato de alguns processos que são conduzidos utilizando-se o oxigênio e a cadeia respiratória serem, também, classificados como processos fermentativos, citando-se, como exemplo. a produção de enzimas microbianas. Portanto, um novo conceito mais abrangente para fermentação consiste no processo que ocorre quando o microrganismo se reproduz, a partir de uma fonte apropriada de nutrientes, visando a obtenção de um bioproduto.

A fermentação é um processo anaeróbico (que não utiliza o gás oxigênio na produção de energia) de síntese de ATP que não envolve a cadeia respiratória e tem como aceptor final de hidrogênios um composto orgânico, ou seja, é um processo realizado por organismo com o objetivo de obter energia. Esse, é realizado por algumas bactérias, protistas e fungos. Ela ocorre no citosol da célula e é realizada por seres anaeróbicos, mas também pode ser uma alternativa de energia para os organismos aeróbicos em situações nas quais o gás oxigênio está ausente ou em níveis reduzidos (hipóxia). Os organismos primitivos se originaram em um mundo cuja atmosfera carecia de O2 e, por isso, a glicólise é considerada o mecanismo biológico mais primitivo para a obtenção de energia a partir de macromoléculas presentes em todas as atuais formas de vida.

Isso porque, no curso da evolução, a química dessa sequência de reações foi completamente conservada. As enzimas glicolíticas dos vertebrados são intimamente similares (na sequência de aminoácidos e na estrutura tridimensional), às enzimas presentes nas leveduras.

Temos vários tipos de fermentação. Vamos conhecer as principais:

Na fermentação lática, o piruvato é transformado em lactato (ou ácido lático). Os NADH formados na glicólise são reoxidados, perdendo elétrons e originando NAD+. Essa perda de elétrons fornece energia para a transformação do piruvato em lactato. O NAD+ é o aceptor final dos íons hidrogênios. Algumas bactérias, protozoários e fungos realizam a fermentação lática. Mas, o exemplo mais comum que temos são as nossas células musculares. A atividade física demanda alto consumo de energia, e a respiração celular é que produz toda a energia necessária para sua realização.

Contudo, quando prolongamos demais o tempo do exercício ou quando ele é muito intenso, o oxigênio disponível nas células pode ser insuficiente para a respiração celular e, com isso, as células degradam anaerobicamente a glicose em ácido lático.

Esse processo gera um acúmulo de ácido lático nas células musculares, que, em excesso, causa dores e incômodo. Somente quando o esforço físico acaba que o ácido lático é transformado de volta em piruvato e degradado normalmente na respiração celular.

Dentre as bactérias, as mais comuns na realização da fermentação lática são as do gênero Lactobacillus. Elas são utilizadas na fabricação de coalhadas, iogurtes e queijos.

Na fermentação alcoólica, assim como na lática, a glicólise acontece normalmente. Porém o piruvato sofre uma descarboxilação (perde uma molécula de CO2) e forma um composto com dois carbonos chamado acetaldeído.

As duas moléculas de NADH formadas na glicólise são reoxidadas, perdendo elétrons e originando dois NAD+. O acetaldeído, então, sofre redução (isto é, recebe os elétrons perdidos pelo NADH) pela enzima álcool desidrogenase e origina o etanol (ou álcool etílico).

Na fermentação acética, o álcool é transformado em ácido acético, vulgarmente conhecido como vinagre. A fermentação do etanol é realizada pelas bactérias acéticas que pertencem à família Pseudomonodaceae.

Vamos estudar a palavra “álcool” e o que é:  ela vem do árabe al-kohul que é uma classe de compostos orgânicos. Possuem, na sua estrutura, um ou mais grupos de hidroxilas ligados a carbonos saturados. Entre esses compostos, temos como exemplo o etanol. O etanol utilizado como combustível, esterilizante e solvente. É o componente principal das bebidas alcoólicas.

Já o etanol, conhecido como álcool etílico, é o tipo de álcool mais comum. É formado pela fermentação anaeróbica (sem ar) do açúcar. Usado para limpeza doméstica, fabricação de formaldeído, aditivo de gasolina. Também é combustível para automóveis. Está contido nas bebidas alcoólicas

O etanol pode ser produzido por fermentação de biomassa ou a partir de hidratação do eteno. A via fermentativa usa matérias-primas de origem vegetal que possuem altos índices de frutose. A principal matéria-prima utilizada é a cana-de-açúcar, mas podem também ser usados outros insumos como o milho, a mandioca e o eucalipto. Após o corte, é feito o transporte da matéria para a usina, onde ocorre a lavagem e a moagem seguida da filtragem, obtendo-se, então, a garapa e o bagaço. A garapa é aquecida, formando um líquido viscoso e rico em açúcar, o melaço.

Depois, adiciona-se ao melaço um pouco de água e ácido, obtendo-se o mosto. Após 50 horas de fermentação 13% do mosto torna-se álcool e é enviado para a destilação.

Para obter o álcool etílico a partir da mistura é feita uma destilação fracionada. Para o álcool puro ou anidro, retira-se a água excedente. O processo consiste na adição de cal vivo à mistura que ao entrar em reação com a água forma o hidróxido de cálcio que não é solúvel em álcool, assim formando uma mistura heterogênea que é separada.

Observemos, a seguir, a influência do consumo do “álcool” em nós. A percepção inicial é que o álcool é uma droga depressora do sistema nervoso central. Causa desinibição e euforia quando ingerido na forma de bebidas alcoólicas. Em doses mais altas, o álcool é prejudicial à saúde física, podendo causar estupor e até coma.

Influencia muito os neurotransmissores, pois o etanol aumenta os efeitos do Gaba, causando os movimentos lentos e a fala enrolada que frequentemente se observam em pessoas alcoolizadas. Inibe o neurotransmissor excitatório glutamato, suprimindo seus efeitos estimulantes e leva a um tipo de retardamento fisiológico. O sistema Gaba atua sobre o controle da ansiedade. Ou seja, quando “armado” pela inibição da produção de glutamato, deixa as pessoas mais relaxadas e com capacidade de interagir melhor com grupos. Quanto mais Gaba, menos autocontrole. A ingestão de álcool está fortemente associada à manifestação de violência, aos comportamentos impulsivos e agressivos. Afinal, a impulsividade é controlada pelo sistema Gaba e o álcool é um modulador alostérico positivo do receptor GABA-A. Assim, o álcool pode aumentar a impulsividade e reduzir o controle das funções executivas, isso é o controle top-down, sobre os comportamentos sociais.

Ansiedade é um sentimento ligado à preocupação, ao nervosismo e ao medo intenso. Apesar de ser uma reação natural do corpo, a ansiedade pode virar um distúrbio quando passa a atrapalhar nosso dia a dia. 

Além disso, o álcool também aumenta a liberação de serotonina, neurotransmissor que serve para regular o prazer e o humor. Com mais serotonina, que é considerado o hormônio da felicidade, mais euforia – e, em alguns casos, atitudes que podem resultar em atos violentos tal como acontece com o Gaba. Existe, também, o efeito do neurotransmissor glutamato. No caso, em uma situação em que o álcool é constantemente ingerido, ocorre um aumento dos receptores glutamatérgicos.

Pessoas com dependência de longa data, quando interrompem o consumo de álcool mediante uso de bebidas alcoólicas, muitas vezes começam a sofrer síndrome de abstinência, ficando hiperativas, podendo desencadear crises convulsivas e, até mesmo, sofrer acidentes vasculares cerebrais.

Vejamos, agora, alguns efeitos e consequências do consumo de bebidas alcoólicas. Os efeitos são percebidos em dois períodos: um de estímulo e outro de depressão. No estímulo, o usuário se torna eufórico e desinibido. Na depressão, ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Alguns efeitos agudos são sentidos pelos órgãos: fígado, coração, vasos sanguíneos e estômago.

Segundo a OMS, o consumo de álcool quando superior a 60 gramas por semana é considerado abusivo e extremamente nocivo para a saúde. No mundo, 11,5 % dos consumidores de álcool bebem em excesso semanalmente. Estima-se que pelo menos 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo morrem por ano por causa do consumo inadequado de álcool.

Um consumo exagerado de álcool, principalmente em um curto espaço de tempo, pode gerar falhas no sistema de registro cerebral, levando a pessoa a sofrer um blecaute alcoólico. O chamado Transtorno Amnésico Alcoólico consiste em uma perda de memória das situações que ocorreram durante esse consumo, das quais, no dia seguinte, a pessoa não se lembrará de quase nada. Isso ocorre porque circuitos do hipocampo, área do cérebro que tem papel crucial em consolidar as memórias do nosso cotidiano, são inibidos pelo álcool. Outra grave síndrome neuropsiquiátrica associada ao consumo exacerbado do álcool é a Síndrome de Wernicke-Korsakoff.

A Cirrose é uma condição médica em que o fígado deixa de funcionar corretamente devido às lesões prolongadas, caracterizadas pela substituição do tecido normal do fígado por tecido fibroso, isto é, há formação de tecidos de cicatrização no lugar de células saudáveis no fígado.

Vamos, agora, entender o significado esotérico do “álcool” nos ser dado como complemento ao alimento em um momento longínquo passado nesse Esquema de Evolução: sabemos que o álcool foi inserido na nossa evolução para que focássemos na Região Química do Mundo Físico. Alguns questionamentos para facilitar a abordagem do tema:

  1. Em qual Período o Álcool foi inserido na nossa evolução?

Resposta: No Período Terrestre

  • Mais precisamente em que Época?

Resposta: Época Ária

  • Se o Álcool faz tanto mal ao nosso organismo, por que foi necessário no nosso desenvolvimento?

Resposta: Focar na Região Química do Mundo Físico

  • Quanto tempo leva para que nosso veículo físico fique totalmente livre de substâncias como álcool? Existe algo que possamos fazer para auxiliar nesse processo?

Resposta: Para um Estudante Rosacruz que oficia os Rituais do Serviço Devocional e executa os Exercícios Esotéricos Rosacruzes, a partir do momento em que não se ingere mais bebidas alcoólicas, o nosso Corpo Denso começa a expelir os componentes químicos e em 7 dias o ciclo estará totalmente completo.

Vamos ver os efeitos do “álcool” na nossa parte espiritual: Baco era conhecido como o Espírito do Álcool que provocava uma “mudança de Personalidade”. Como efeito colateral paralisa o nosso trabalho (do Ego), principalmente na nossa memória de origem, fazendo com que esqueçamos nossa origem divina. Gera visões do entorpecente: distorções de alucinações do nosso cérebro, facilita a obsessão por Elementais, estimula visões espirituais do modo passivo (Espírito mais passivo, mais seus corpos são dominantes, seus corpos são materiais, perecíveis, transitórios etc.), a utilização de álcool e drogas é passivo e não espiritual. O álcool, a carne animal e os estimulantes são elementos que focam a pessoa na matéria, razão pela qual espiritualistas, quando começam a adquirir consciência de sua origem, deixam de consumir esses elementos!

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Embora Cristo tenha nascido mil vezes…

Estava escurecendo na noite de Natal e a vovó estava sentada perto da lareira. Os membros mais jovens da família estavam ficando cansados e aproximaram-se dela, quando ela começou a cantar baixinho.

Uma vez, na cidade real de Davi,

Havia um humilde galpão de gado

Onde uma mãe colocou seu bebê

Em uma manjedoura como cama;

Maria era aquela mãe gentil,

Jesus Cristo, seu filhinho.

Então os pequenos juntaram-se a ela porque todos conheciam os hinos de Natal.

“Vovó”, disse Charles, que tinha doze anos e já era bastante “crescido”, “não creio que a nossa professora da Escola Dominical saiba muito, pois no domingo passado ela disse que Cristo deve nascer dentro de nós. Apenas imagine isso! Um dos meninos lhe perguntou algo sobre isso e ela respondeu: ‘Ainda que Cristo nasça mil vezes em Belém e não dentro de você, na verdade você está desamparado’”.

“Certamente parece muito estranho, Charles, se você não tem a explicação”.

“Ora, vovó, você acredita que haja algum sentido nisso? Alguns meninos riram disso”.

“Se quiser, direi o que penso que significa”, disse a vovó.

“Ah, eu sei”, Grace gritou do sofá onde acariciava o gatinho. “A Srta. Brown, que pega a aula das meninas mais velhas, disse na semana passada que Cristo e Jesus não eram os mesmos, embora muitas vezes nós confundimos um com outro. Jesus era o filho de Maria e José, e por serem o melhor homem e a melhor mulher daquela época, o Anjo lhes disse que deveriam receber um filho pequeno. Ele se tornaria um homem maravilhoso, mas nasceria em uma manjedoura”.

“Grace, isso não ajuda sequer um pouco”, interrompeu Charles, “você não está deixando isso mais claro”.

“Todos os Anjos cantaram ‘Paz na Terra’”, disse a pequena Ellen ao lado da avó.

Grace continuou — “Jesus foi o melhor e mais santo homem que já existiu e quando foi batizado por João no rio Jordão, ele tinha trinta anos. Ele sabia que tinha preparado seu corpo para Cristo e quando o povo ao redor viu uma linda pomba voar sobre a cabeça de Jesus, ele já havia partido e subido para os Mundos Celestiais”.

“Isso”, acrescentou Grace em voz baixa, “foi quando Cristo, o Filho do nosso Pai, tomou o corpo de Jesus e viveu nele durante três anos”.

“Grace, sua professora lhe contou todos os fatos com muita clareza”, disse a vovó, “mas isso não responde exatamente à pergunta de Charles sobre ‘como pode Cristo nascer em nós’. Quando tentamos, como Jesus fez desde pequeno, fazer apenas o que sabemos ser certo, quando nos mantemos alegres e positivos e não deixamos que as coisas ou pessoas nos perturbem, quando tentamos fazer tudo o que vemos e sabemos que devemos fazer, quando tentamos amar a todos, mesmo as pessoas mesquinhas e rabugentas, então somos como Jesus e estamos preparando nossos corpos para que o amor de Cristo nasça dentro de nós”.

“Nenhum de nós poderia conter todo o amor de Cristo, mas cada um pode ter uma pequena parte dele colocada dentro de si, que crescerá assim como um bebê se transforma em algo forte e belo. E quando estivermos prontos para parar de dizer ‘não quero’ ou ‘não vou’ e deixarmos Cristo vir e nos guiar, Ele entrará em nosso coração. Ele nascerá lá e nos ensinará a amar como Ele ama. Cristo, você sabe, não é uma pessoa, mas um Espírito e pode facilmente entrar neste templo que estamos construindo para Ele e que chamamos de nosso corpo, seja ele grande ou pequeno. Quando Ele nasce dentro de nós, ficamos muito felizes e procuramos amar a todos”.

“Assim como faz a vovó”, disse Charles, enquanto se aproximava e a beijava.

“Ah, eu queria tanto ser assim”, disse Graça, pensativa.

“Vamos cantar ‘Ouça os Anjos da Guarda’”, pede a pequena Ellen do seu lugar junto ao joelho da avó.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de outubro/1920 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Se uma parede não constitui obstáculo a um Espírito humano que não tem o Corpo Denso, mas tem um Corpo de Desejos e/ou funciona em um Corpo-Alma, poderia ele passar também através de uma montanha ou da Terra, alcançando o centro dessa última?

Resposta: Isso depende do estágio evolutivo desse Espírito humano. Uma pessoa que não tem o Corpo Denso é exatamente a mesma pessoa de antes, com exceção de que já não possui Corpo Denso. É perfeitamente possível a ela atravessar uma parede espessa ou uma montanha. Entretanto, não tem acesso aos diversos Estratos da Terra. É interessante registrar: muitos Clarividentes e sensitivos comuns, que podem fornecer informações sobre cenas do Mundo do Desejo, dão relatos escassos concernentes ao interior da Terra. Alegam que ao tentarem penetrar ali chocam-se contra uma intransponível muralha. Isso ocorre porque nosso Planeta é o Corpo de um grande Espírito e ninguém pode se aproximar de seu centro, a não ser por meio das Iniciações.

Há nove Estratos terrestres em torno do coração central, o décimo por assim dizer. Nos Mistérios (ou Iniciações) Menores há nove graus. E em cada grau o candidato se habilita a penetrar em um Estrato. Depois de se alcançar a nona Iniciação Menor, a próxima é chamada de primeiro Mistério (ou Iniciação) Maior ou Cristã. E aqui temos quatro Mistérios (ou Iniciações) Maiores ou Cristãs. A primeira Iniciação Maior ensina tudo quanto possamos conhecer do Período Terrestre. A segunda Iniciação Maior enseja o conhecimento a ser obtido pela Humanidade no Período de Júpiter. A terceira Iniciação Maior compreende a sabedoria a ser lograda no Período de Vênus. E a quarta Iniciação Maior encerra o progresso do atual Esquema de Evolução. O Iniciado que alcançou a quarta Iniciação Maior se encontra na mesma situação equivalente ao da Humanidade no Período de Vulcano. Então saberá o que a Terra contém agora e em suas manifestações futuras. Os Mistérios Menores ensejam ensinamentos referentes ao desenvolvimento da Humanidade nos três Períodos anteriores ao atual Período Terrestre.

Esses segredos permanecem velados às pessoas até que possam desvendá-los por si próprias, na forma conveniente. Assim, nenhum Espírito humano, sem Corpo Denso ou não, pode observar o que há no interior da Terra, sem que a Iniciação específica haja despertado suas faculdades latentes.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz outubro/1974 – Fraternidade Rosacruz SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Servir com Humildade

Poucas pessoas e talvez muitos dos Estudantes Rosacruzes ainda hoje permanecem na ignorância do verdadeiro significado do tão comentado fato de haver Cristo-Jesus lavado os pés dos seus Discípulos.

Nos Evangelhos, em que se relatam as cenas da Iniciação do Cristo Místico – ou sejam: as fórmulas para a Iniciação –, se nos afirma que Cristo-Jesus participou da Última Ceia com os seus Discípulos, quando, então, levantou-se da mesa e munindo-se de uma toalha, pôs água em uma bacia e lavou os pés dos doze Discípulos, o que indiscutivelmente representou o mais humilde serviço; acontecimento motivado por uma razão oculta importantíssima.

Muito poucos se compenetraram de que, quando nos encontramos na escala da evolução, podemos nos desenvolver graças ao apoiar nos ombros dos nossos irmãos menos evoluídos. Consciente ou inconscientemente os usamos como pontos de apoio, como ponto de partida para atingir lugares mais altos e, assim, alcançar nossos fins. Isso é uma realidade e se efetua em todos os Reinos de vida na Natureza.

Quando uma Onda de Vida surge ao nascer da evolução e incrusta-se na forma mineral, essa é imediatamente presa por uma Onda de Vida ligeiramente mais elevada, o que torna os cristais minerais desintegrados e os adota aos seus próprios fins como cristaloides e os assimila como parte de uma forma do vegetal.

Se não existissem minerais sobre os quais se agarrasse e se prendesse essa Onda de Vida vegetal, desintegrando-os e transformando-os, a vida das plantas, como afirmou Max Heindel, seria impossível.

De modo análogo, as forças das plantas são utilizadas por muitas espécies de animais:  inicialmente são mastigadas por eles até formar uma pasta, a qual, em seguida, é ingerida, servindo de alimento à Onda de Vida animal.

Se não existissem plantas, os animais não poderiam existir. O mesmo princípio pode-se aplicar na evolução espiritual, pois, se não existissem Discípulos que se encontrassem nos primeiros degraus da escola do conhecimento, requerendo instrução, não haveria necessidade de um Mestre.

Aqui há, porém, uma diferença muito importante. O Mestre se eleva pela instrução que transmite aos seus alunos, servindo-os. Firmando-se em seus ombros, ele atinge um degrau mais alto na escola do conhecimento, ou melhor, eleva-se a si mesmo, na proporção que eleva aos seus Discípulos, porém, não obstante, adquire com eles uma dívida de gratidão, a qual se satisfaz e se reconhece simbolicamente, por um lavar de pés, um ato de humildade, de humilde gratidão àqueles a quem se tem servido.

Quando compreendemos que a Natureza, que é a expressão de Deus, está continuamente fazendo esforços para criar e para dar vida, também poderemos compreender que quem mata a outro tira a vida a alguma coisa, por pequena que seja, ou por mais insignificante que possa parecer; executa um ato que altera e perturba os propósitos do plano Divino de criação.

Isso se aplica, especialmente, ao Estudante Rosacruz e, portanto, Cristo-Jesus recomendou aos seus Discípulos que fossem “prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10:16). Não importa quão sincero sejam os nossos desejos de seguir os preceitos da inofensividade, nossas tendências e necessidades podem levar, por desconhecimento da Lei de Causa e Efeito, a matar em cada momento da nossa vida para poder viver. E não é somente as grandes coisas nas quais muitos de nós estão, constantemente, cometendo assassínios!

Vamos a um exemplo: foi relativamente fácil para a alma investigadora, simbolizada por Parsifal[1], o romper o seu arco com o qual havia jogado a flecha que matou o Cisne dos Cavaleiros do Graal, uma vez que esses lhe explicaram o mal que havia feito e o erro no qual havia incorrido. Desde aquele momento, Parsifal ficava inclinado a viver uma vida inofensiva.

Todos os Estudantes Rosacruzes sinceros seguem, prontamente, em tal direção, uma vez que há chegado ao seu convencimento quão prejudicial é ao desenvolvimento da alma a prática de comer alimentos que requerem a morte de um animal (seja mamífero, ave, peixe, crustáceo, anfíbio, frutos do mar ou afins).

O uso e o abuso da carne animal despertam maior sensualidade e quem se entrega à sensualidade entrega-se a uma vida de brutalidade eanimalidade fazendo e contribuindo para que o corpo se degenere. Ao contrário, a devoção gera a Divindade, uma atitude de oração contínua, um sentimento de Amor e Compaixão por todos os que vivem e se movem. A emissão de pensamento amoroso faz todos os seres se beneficiarem mutuamente, refina e espiritualiza a natureza humana.

Os Estudantes Rosacruzes sabem e praticam, convictamente, que uma pessoa de bons sentimentos respira e irradia Amor, uma expressão que define muito adequadamente a afirmação exata e verídica de que a maioria das pessoas nota; pois se tem observado muito bem que a percentagem de veneno contido na respiração de um indivíduo está em proporção exata à inclinação perversa existente em sua natureza e em sua vida interna e nos pensamentos que emite.

A oração se apresenta como o primeiro exercício e a alta compreensão virá, levando-nos a lavar os pés dos nossos irmãos e das nossas irmãs, lavando-os com a cristalina água da nossa amizade, no amplo vasilhame dos nossos corações.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de novembro/1964– Fraternidade Rosacruz – SP)


[1] N.R.: Parsifal é uma ópera de três atos com música e libreto do compositor alemão Richard Wagner. A ópera se passa nas legendárias colinas do Monte Salvat, na Espanha, onde vive uma fraternidade de cavaleiros do Santo Graal. O mago negro Klingsor teria construído um jardim mágico povoado com mulheres que, com seus perfumes e trejeitos, seduziriam os cavaleiros e faria com que eles quebrassem seus votos de castidade, e teria ferido Amfortas, rei do Graal, com a lança que perfurou o flanco de Cristo, e todas as vezes em que Amfortas olha em direção ao Graal sente a ferida arder. Tal redenção só poderia ser realizada por um “inocente casto” (significado da palavra “Parsifal”). Esse, em sua primeira aparição na ópera, surge ferindo um dos cisnes que purificavam a água do banho de Amfortas, e a todas as perguntas que os cavaleiros lhe fazem responde dizendo que não sabe de nada, nem ao menos seu nome.

Parsifal atravessa o jardim mágico de Klingsor e é seduzido pela amazona Kundry, que ora é uma fiel serva do Graal, ora é escrava de Klingsor. Ao beijá-la, sente os estigmas das feridas que afligiam Amfortas e, quando Klingsor atira a lança contra ele, a lança dá a volta em seu corpo, e todo o castelo mágico é destruído. Tempos depois, tendo os cavaleiros se convencido de que ele é o “inocente casto” que faria a salvação, Parsifal cura as feridas de Amfortas e o destrona, assumindo a nova condição de rei do Graal.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Auxílio para ser Utilizado na Cura – Partes do Corpo que Não Se Deve Mexer

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O processo começa com o preenchimento de um Formulário que deve ser preenchido com caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA.

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https://fraternidaderosacruz.com/category/treinamento-esoterico/rituais-diario-e-semanal/ritual-de-cura

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