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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Céus declaram a Glória de Deus

Muitas pessoas que moram na cidade não estudam os céus. Geralmente ficam fechados dentro das residências ou olhando para cima e para baixo nas longas ruas com iluminação elétrica; mas, quando vamos para o campo onde há pouca iluminação artificial e vemos os céus se expandindo sobre a Terra como uma cúpula abobadada, obtemos uma visão melhor, especialmente se tivermos olhos que enxergam.

Talvez a oeste possamos ver uma nuvem enevoada cobrindo, como se fosse uma cortina, o leito do Sol poente; talvez possamos ver um fogo vivo acima da vasta extensão do mar, se estamos em um litoral; e depois que ele desaparece, talvez possamos ver a Lua Nova um pouco mais acima; ainda um pouco mais acima, Vênus, o mais belo e luminoso de todos os nossos Planetas… E, então, ao nos virarmos e olharmos mais para o leste, podemos ver como, uma após a outra, as lâmpadas do céu são acesas à medida que as estrelas de diferentes magnitudes aparecem e, finalmente, contemplamos uma miríade de mundos.

Parece não haver ordem nem sistema e, no entanto, quando olhamos com cuidado e com compreensão, podemos ver que existem muitas constelações e que elas se movem em sucessão ordenada do leste para o oeste; que quanto mais perto elas estão do polo, mais giram em uma órbita; também vemos como as diferentes estrelas assumem posições diferentes em horas diferentes; assim, podemos citar as palavras do salmista: “Os céus declaram a glória do Senhor.” (Sl 19:1).

Há algo maravilhoso naquele céu abobadado e naquelas flores ardentes do céu, quando as contemplamos uma após a outra, enquanto o dia desaparece e a escuridão da noite se aprofunda. Durante o dia vemos apenas o Sol e talvez em certos dias a Lua, mas à noite ficamos mais impressionados com a infinitude do espaço, a vastidão deste universo em que vivemos e certamente devemos perceber que existe um Poder governante por trás de tudo.

A ciência materialista de meados do século passado iniciou a teoria da geração espontânea — em algum momento apareceu no espaço, espontaneamente, uma névoa de fogo e, também espontaneamente, surgiram naquela névoa de fogo correntes que a fizeram girar; então, também espontaneamente, a força centrífuga lançou dela corpos e eles formaram Planetas que giram em torno do Sol central; assim, os Sistemas Solares foram formados.

No entanto, mesmo Spencer, o grande pensador materialista do século XIX, não podia concordar com essa Teoria Nebular, pois ele viu que, se tal teoria fosse verdadeira, deveria haver por trás de tudo uma primeira causa. Ele não acreditava em um Criador Divino, mas compreendia perfeitamente que deve ter havido uma causa externa para iniciar aquela névoa de fogo. Os cientistas, daquela época, costumavam fazer uma experiência com um pouco de óleo, que eles jogavam em uma bacia de água para mostrar como a névoa de fogo se moldaria em uma bola e lançaria de si Planetas para longe, de modo que girassem em torno do Sol; eles tentaram fazer as pessoas acreditarem que não passava de uma lei natural e cega; mas Spencer entendeu que aquele que agitou a água representava a causa primeira e, portanto, às vezes, devemos acreditar que por trás desse vasto universo existe um Poder governante; isso é assim ou não poderia haver uma expressão tão ordenada. Se jogarmos uma caixa de lápis para o alto, esperamos que ela caia de forma a produzir um belo poema? Não, não poderíamos; menos ainda podemos esperar que uma massa de átomos, tal como preconizava a ciência da época, moldasse a si mesma em tais formas ordenadas.

Assim, “os céus declaram a glória de Deus” e quando olhamos para o céu e vemos tudo isso com nossos próprios olhos, isso deve ser suficiente para nos assegurar que deve haver um grande e governante Ser que comanda o movimento de todos esses mundos em suas órbitas; quando observamos por um telescópio, vemos que há um número ainda maior de mundos; e quanto maior o telescópio, mais constatamos que existem mundos acima de mundos que não são revelados ao olho nu.

Olhe para cima, por exemplo para a constelação de Orion – o caçador; a mais baixa daquelas três estrelinhas (as Três Marias, como são conhecidas aqui no Brasil) que formam a sua espada é, por assim dizer, uma massa nebulosa; nada será visto a olho nu a não ser isso e podemos até mesmo tentar usar um telescópio, como o que o grande astrônomo Herschel usou quando descobriu o planeta Urano, mas ele também mostrará apenas uma nebulosa. É somente quando usamos os maiores telescópios de nossos dias que obtemos alguma satisfação em relação ao que está lá; quando a vemos através de tal telescópio, descobrimos que não é uma nebulosa, mas um Sistema Solar como o nosso, apenas muitas, muitas vezes maior.

Estamos aqui, em um pequeno Planeta que chamamos de Terra, e o Sol em torno do qual ele gira é um milhão de vezes maior; mas, um Sol como Arcturus, que vemos tão longe nos céus, emite quinhentas vezes mais luz do que o nosso Sol; dizem que uma estrela nas longínquas Plêiades, que são tão nebulosas que dificilmente são distinguíveis aos olhos, emite cem milhões de vezes mais luz. Nossa Terra gira em torno do seu eixo a uma velocidade de 1.609,34 km por hora e corre ao longo da sua órbita ao redor do Sol a uma taxa de 104.607,36 km e faz isso ao mesmo tempo. Leva, em torno de, trezentos e sessenta e cinco dias para fazer essa revolução; faz parte de um Sistema Solar e é dito que o nosso se move em uma órbita que, segundo cálculos, levaria 1.800 milhões de anos para ser completada. Órbita dentro de órbita, estrela dentro de estrela e assim vai… Mas “os céus declaram a glória do Senhor”, porque eles apontam para o fato de que deve haver uma grande e maravilhosa fonte central de poder que mantém tudo isso funcionando.

E quando vocês e eu pensamos que realizamos algo grande; quando talvez nos sintamos vaidosos ou quando saímos e olhamos para aquele céu abobadado, qual é a lição que aprendemos? Quando comparamos nossas próprias e pequenas conquistas com o que existe naquele universo, isso não deveria nos ensinar humildade? E, se tristezas e problemas nos visitam, se nos preocupamos com as pequenas coisas que acontecem em nossas vidas, pensemos apenas nesse maravilhoso universo em que vivemos.

Na Terra pode haver tristeza, dor e conflito; a tempestade pode destruir em uma hora mais do que o ser humano pode construir em séculos, a erupção de um vulcão pode, em poucos segundos, destruir uma cidade de milhões de habitantes e um terremoto pode trazer grandes estragos; mas, quando tudo isso acaba e olhamos para cima, o universo “não se moveu em uma partícula”. As mesmas estrelas brilham acima de nós, estrelas que brilharam sobre a Terra por milênios. Há imutabilidade aí e essas estrelas, que se movem em suas órbitas que parecem imutáveis, estão sob uma lei também imutável que as mantém firmes. Podemos chamar essa lei de gravidade, ou podemos chamá-la de Deus, mas ela está lá e essa mesma imutabilidade — o próprio fato da imutabilidade das leis — é o que nos dá segurança.

Se não fosse por essa lei, a da gravidade, não poderíamos sair de casa com segurança pela manhã e ter certeza de que a encontraríamos lá, à noite; mas por causa dessa lei, que mantém tudo em seu lugar, ela está lá quando voltamos. Sabemos que a água, quando transformada em vapor, é uma força que, sob certas condições, pode ser usada; dependemos da imutabilidade das Leis de Deus e descansamos seguros nisso.

Como é no universo, assim é com as pequenas coisas da vida (“assim com é em cima, é embaixo”). Contemplar as órbitas imutáveis das estrelas nos dá a fé de que não seremos lançados no nada; que ano após ano haverá tempo para um maior desenvolvimento, até que tenhamos completado e aproveitado todas as oportunidades que estão aqui para nós; a fé de que não haverá uma convulsão repentina na Terra que nos lançará no espaço e fará com que esta vida perca seu valor; a fé de que tudo o que está aqui, está sob a mesma lei imutável que governa e tem governado e sustentado incontáveis estrelas no espaço por milhões e milhões de anos; então podemos agradecer a Deus por esta oportunidade; que possamos ter fé para olhar para os céus e assim chegar mais perto d’Ele.

Antigamente, a humanidade sempre contemplava os céus com reverência; é apenas nesses dias materialistas que nos esquecemos dele por um tempo; mas nós, que estudamos a ciência estelar de um ponto de vista espiritual, devemos perceber que, assim como existe a órbita da Terra ao redor do Sol e a órbita do Sol ao redor de outro Sol central, também nós temos uma órbita cada vez maior. Podemos ter pequenas oportunidades no presente, mas, dependendo de como as usarmos, teremos maiores oportunidades no futuro ou permaneceremos no ambiente que temos hoje. Se não abraçarmos diligentemente as oportunidades aqui, a Natureza, em sua solicitude beneficente, vai nos retirar deste local para nos dar outra chance em outro ambiente; mas, quando esgotamos as oportunidades aqui na Terra, um novo ambiente nos é dado com maiores oportunidades.

Aqueles que receberam os ensinamentos mais profundos devem aproveitar especialmente todas as oportunidades de estudo dadas aqui e apreciar os Ensinamentos Rosacruzes, que são os mais avançados dados ao mundo ocidental; também devemos apreciar qualquer oportunidade que tenhamos de viver vidas mais úteis no mundo, mais do que a das pessoas que não fazem isso. Não devemos procurar trabalho longe — cabe a nós fazer tudo o que pudermos no ambiente onde nos encontramos para viver vidas nobres e elevadas, embora também muito humildes. Não devemos deixar que as pequenas preocupações da vida nos dominem, mas ter como objetivo deixar as nossas luzes brilharem em órbitas cada vez maiores para que possamos adicionar brilho à Glória dos Céus, como convém aos Estudantes Rosacruzes.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de junho/1918 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Hierarquias Zodiacais – Capricórnio: Vida, Luz e Amor

(*) Advertências muito importantes:

A descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próximo do ou no segundo decanato do Signo (de 10º até 20º)

Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela.

Astros nas Casas:

  1. Os Astros no Signo Ascendente podem modificar a descrição.
  2. Astros colocados na 12ª Casa e que se encontram dentro de seis graus deste podem modificar a descrição

Em tais casos o Estudante Rosacruz dever usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo.

(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

O irreprimível fogo vibrante da vida (Áries) saiu do caos quando o desejo ardente de viver, de movimentar-se e a consciência divina recém-desperta, penetraram nas centelhas dinâmicas de Deus, que hoje representam a onda da vida humana.

A harmonia criativa do amor (Touro) respondeu ao apelo para a vida. Força sobre força (Gêmeos, Câncer e Leão) foi acrescentado à consciência do ser humano à medida que os canais cósmicos estimulavam os Espíritos que estavam sendo bem-vindos nessa onda de manifestação.

Compreendemos, muito superficialmente, a magnitude desta força unificada que constantemente atende às necessidades de um esquema em evolução.

No tempo devido, a constante atenção dessas Hierarquias Criadoras foi retirada para permitir ao Espírito jovem um desenvolvimento maior, mais consciente e abrangente. Enquanto o Espírito permanecia na casa do Pai, o progresso e a força da alma, gerados da experiência, eram desconhecidos. Portanto, as Hierarquias que se sucediam aumentaram a visão material da consciência do ser humano e forças maiores foram utilizadas para o esclarecimento consciente da divindade. Virgem, Libra e Escorpião formam canais de criações sensíveis à visão e à amplitude das forças celestes. Sagitário está ligado à Terra, enquanto aspira o Céu (reunião com a Fonte).

Capricórnio, porém, a décima Hierarquia Criadora, é o grande construtor de templos, o criador de formas, que constrói para que o Espírito possa ser contido e estar seguro. Dentro dos templos de Capricórnio estão a escuridão e o silêncio. Aqueles que entram nesses templos precisam trazer sua própria luz. A Divina Virgem castiga suavemente o Espírito quando alerta: “O caminho é curvar-se em reverência. A humildade é minha doce virtude”. Libra pesa e equilibra os atributos do Espírito antes de jogar as balanças da vida nas profundidades de Escorpião. Uma vez que o aspirante atravesse a ponte (Libra) da vida e entra na passagem escura (Escorpião) à procura de regeneração e liberdade, encontra uma passagem larga, depois mais estreita e, então, tão reta quanto uma flecha.

O Espírito desperto vai voar com sua escuridão e silêncio, nesta atmosfera sombria. É aqui que se encontra o desafio de Capricórnio. Ele precisa iluminar os caminhos da noite escura. A presença Todo-poderosa acena e clama: “Procure aquele ‘que faz as Plêiades e Orion e transforma a sombra da noite em manhã. Procure aquele que pega as águas do mar e as despeja sobre a face da Terra’: o Senhor (Saturno) é seu nome” (Amós 5:8). Há uma grande semelhança nas crianças de Capricórnio, ou melhor: semelhança com todos os impulsos do Espírito que estão ligados, temporariamente, a forma. Cada um de nós temos alguns templos similares (o corpo é o templo vital) e todos os templos (corpos) são construídos do mesmo material, mas a luz que brilha no seu interior varia com a capacidade de radiação de cada indivíduo. Vemos, assim, que Capricórnio está, na verdade, imbuído de luz, embora algumas vezes se apresente fraca e escura, mas sempre aumentando de intensidade em sua ascensão para os céus.

Capricórnio é forma. Está presente em todas as construções da Natureza que representem adoração como nas grandes árvores, colunas, monumentos, mausoléus, cavernas, tanto no cimo das montanhas quanto no fundo dos mares. Capricórnio é de dois mundos e pode viver em ambos. É normalmente representado com duas pernas e um rabo, mas pode subir picos rochosos assim como nadar nas profundezas submarinas.

Capricórnio gosta de cores, quando a humanidade se dirige pelos caminhos da Vida, Luz e do Amor. Imaginem onde estaríamos hoje se o amor sincero se manifestasse nos corações dos seres humanos!

Capricórnio induz todos a virem para seu templo e orar em silêncio, escuridão e solidão. De sua pedra fria recebemos calor, vida e sabedoria, nascidas da Luz Divina. Saturno é bondoso, reverente, dedicado e se parece, às vezes, inflexível, talvez nos ame mais do que sabemos. Nossa vida sob seus cuidados nos trará uma visão mais ampla com propósitos profundos e elevados. Capricórnio, sombra do destino, regente da sorte, não procura só no alto a sua medida de Luz, mas busca o refúgio e a paz tanto no alto quanto em baixo, para todos os seres humanos.

Esta Hierarquia Criadora estimula seres humanos de força. No seu interior está o poder da criação. Devemos aceitar sua justiça e seu amor, pois seu toque é a mão do Senhor ­ tanto para o rico quanto para o pobre; para ele são todos iguais. Ele compreende exatamente aquilo que merece ser compreendido. Não dá mais do que aquilo a que se fez jus. Até que cheguemos muito próximo, sua Luz está encoberta com o manto da noite. A Luz e a Escuridão são muito semelhantes: ambos contêm forças derradeiras, embora expressas através de polos opostos. Aqueles que chegam a um grau de desenvolvimento avançado ou equilibrado, muitas vezes, possuem uma força maior para ação, do que aqueles que não estão seguindo caminhos superiores em busca da Verdade.

Capricórnio é o da ambição e esta pessoa está inclinada a mostrar um desejo pelo poder que, frequentemente, pode gerar antagonismos. Estas pessoas são dominadoras e ativas (Capricórnio é um ativo) e não admitem obstáculos em seus caminhos, uma vez que tenham se proposto a alcançar algum objetivo.

Quando Capricórnio alcança uma posição de força pessoal e notoriedade, quer tenha lutado por ela ou não, precisa reconhecer suas tendências dominadoras e fazer seu trabalho, sem aceitar maiores recompensas do que aquelas a que tem direito. Esta é uma das grandes lições a aprender. Embora Capricórnio tenha um forte sentimento de respeito e liberdade (ou domínio), não reconhece a glória que é dada aos outros. Capricórnio deve aprender a reconhecer a satisfação inerente em cada realização dos outros, e apreciar as aspirações que devem ser alcançadas por todos os Espíritos em evolução.

Capricórnio reconhece a consciência de Deus e a força inata que cada ser possui e sabe enfatizar as oportunidades oferecidas ao aspirante. Um sentimento de exibição é importante para Capricórnio. Agindo inconsciente ou deliberadamente sobre a premissa de que muitos indivíduos não reagem, a menos que sejam atraídos por algo que os faça sair da sua casca, Capricórnio é capaz de exercer um excelente e bem-sucedido apelo magnético.

Religião ou – como alguns a encarem – compreensão dos objetivos da vida, não é apenas uma teoria para ser aceita; é uma vida para ser vivida. A pessoa religiosa procura conhecimentos mais elevados, de modo que possa viver uma vida mais útil.

Quando nos esforçamos para seguir os princípios superiores, estamos, naturalmente, sendo testados de todas as maneiras. Para Capricórnio, o primeiro desafio é, muitas vezes, a disputa com o desejo do poder, e é necessário que ele supere todos os traços de egoísmo pessoal, antes que seja merecedor da atenção daqueles capazes de proporcionar-lhe ajuda material e/ou espiritual, assim como o sucesso num determinado caminho. Frequentemente tidos como egoístas e interesseiros, estas pessoas são, na realidade, doadores – embora sua maneira de dar possa não ser prontamente aceita pelos outros. Os capricornianos não querem parecer exigentes ou antagônicos, mas dão esta impressão. Têm um interesse profundo pela humanidade e dominarão suas provas e tentações, mas, muito frequentemente, exibem um desnecessário complexo de mártir.

Independência pessoal e liberdade são as notas chaves de suas vidas. Quando atingem uma compreensão mística (místico refere-se àquele que procura a verdade de acordo com o coração através do caminho da fé) combinada com um conhecimento oculto (poder do intelecto dirigido para o uso científico da lei cósmica na vida cotidiana) os Capricornianos apreciam e conhecem as realidades das coisas visíveis e invisíveis.

A evolução deste é fundamentada em três linhas de esforços. Capricórnio expressa suas fases no escravo, no condutor de escravos e no redentor. Falando tudo que lhe vem à mente, é honesto. As pessoas de Capricórnio não hesitam em admitir que nas suas experiências passadas possam existir atividades inconvenientes. Mas, uma vez que Capricórnio entre em sintonia com a tecla da pureza regeneradora, o aspirante caminha do desespero para a luz (a viagem de Virgem através de Sagitário). A escuridão procura envolver o Espírito no ser humano à medida que Capricórnio bloqueia o caminho para a liberdade. O espírito está sujeito à escravidão (escravo), daí a habilidade que é acrescentada à forma e as capacidades executivas (condutor de escravos) aumentam, até que a desenvoltura do Espírito se manifeste na religiosidade (redentor) essencial para o domínio de si mesmo. Aí, então, Capricórnio está pronto para andar pela Terra como o Filho de Deus: Redentor e Salvador.

Capricórnio deve lutar pela regeneração espiritual para poder dar uma consciência viva e abençoada a todos que se aproximam de sua esfera de influência. A tolerância, nascida da experiência, garante a harmonia necessária para alimentar potencialidades latentes para o fogo dinâmico da expressão Criadora. Enquanto Capricórnio, muitas vezes, pode se irritar diante da falta de resultados, todo pensamento consciente e seriamente dirigido para a ajuda ao próximo, tende a levar estes indivíduos a maiores aspirações.

Frequentemente pessoas são postas juntas com o objetivo de liquidar débitos do destino. Tais pessoas, sendo rebeldes e antagônicas entre si, serão colocadas juntas, muitas e muitas vezes, até que seu relacionamento se transforme em amor e fique liberto da amargura e do ódio. Amor é a única força que cicatriza as feridas do passado.

Capricórnio é um elo entre o velho (Saturno) e o novo (Urano); e a perseverança produzirá a harmonia tão essencial para o crescimento e desenvolvimento comunitário. Capricórnio possui uma visão interior e do caos virá a Vida, a Luz e o Amor. Dos espaços sem limite nasceram as formas. Aqui estão representados o começo e o fim da manifestação. Capricórnio exibe os justos direitos dos seres humanos; Saturno é seu mestre. Cada Espírito que aspire independência e liberdade precisa, em primeiro lugar, pagar inteiramente seus débitos.

Amanhã festejaremos com os Deuses, mas hoje servimos e fazemos penitência por todos os dias passados. O caminho de Capricórnio é seguro. Se parecer obscuro, o amor é a luz que ilumina o caminho e sua radiação interior glorifica Deus no Céu. A sempre vigilante presença de Deus acena para você. Estas coisas e outras maiores Ele deverá mostrar-lhe, à medida que você corresponder ao chamado do amor de Saturno, guardião divino da noite.

A intenção básica de Saturno é dar as boas-vindas a você nos braços da Vida, da Luz e do Amor – o porto do repouso eterno de Capricórnio.

 (de Thomas G. Hansen – com prefácio da Fraternidade Rosacruz de Campinas – SP – Traduzido do original inglês: Zodiacal Hierarchies de Thomas G. Hansen e publicado na revista Rays from the Rose Cross da The Rosicrucian Fellowship, no período de abril de 1980 a março de 1981 – publicada na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em janeiro de 1982)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Astrologia Esotérica

Astrologia Esotérica

A astronomia ensina que o Sol está se movimentando, com seu poderoso conjunto de Planetas, Luas e outros objetos, através do espaço a uma velocidade de dezesseis quilômetros por segundo! O movimento do voo não pertence apenas ao Sistema Solar. A ciência dos céus avançou o suficiente para revelar o fato de que todas as estrelas estão em movimento. Muitos desses orbes gigantes possuem uma velocidade, em seu voo através do espaço infinito, que ultrapassaria facilmente o Sistema Solar. Por mais que a abóboda celeste tenha revelado seus segredos ocultos para o estudo do ser humano, ela ainda não deu qualquer pista sobre o circuito rápido e complicado que é indicado pelos mundos gigantescos com os quais está enfeitada. Nenhuma regra definida pode ser estabelecida para essas complexidades; as estrelas parecem se mover de um lado para outro mais como um enxame de abelhas.

Essas luminárias imensas são as moradas de outras criaturas? Para que elas existem? Foram feitas simplesmente para derramar em rios inúteis sua inundação de luz e calor sobre os abismos do infinito?

Para essa questão a ciência não tem o que falar. E depois de 6.000 anos de astronomia, antiga e moderna, não houve resposta, exceto nas palavras inspiradas das Sagradas Escrituras. Assim, lemos, por exemplo em Efésios 3:10, “Portanto, de agora em diante, as dominações e potestades celestes podem conhecer, através da igreja, a infinita diversidade da sabedoria divina”. Esse texto nos faz saber que ao grande Apóstolo foi permitido por Deus obter a visão dos lugares celestiais; o Apóstolo que uma vez foi “arrebatado ao Terceiro Céu” e que, ao escrever as glórias que se seguiram à ressurreição, pôde dizer que “Há também corpos celestes e corpos terrestres… Há uma glória do Sol e outra glória da Lua, e outra glória das estrelas; pois uma estrela difere de outra estrela em glória”.

Ele não apenas sabia que existiam lugares celestiais e declarou seu conhecimento desse fato, mas também nos deu claramente o entendimento de que eles desempenhavam um papel objetivo no plano eterno de salvação. Para os redimidos, grandes glórias ainda estavam por vir. Para esses reinos majestosos do espaço a igreja, em seu caminho, deveria ser levada não apenas para entretenimento ou aumento de conhecimento, mas para transmitir alguns dons espirituais.

Dê uma olhada na constelação do norte e veja a bela estrela Capela, branca e leitosa, na constelação de Auriga. Viajando em linha reta da estrela polar e através dessa Capela, passamos à esquerda pelo Aldebaran rosa avermelhado, na constelação de Hyades. Um pouco mais à direita está a estrela laranja Betelguese, no ombro de Orion. O voo continuado nos levaria àquele Sol branco e brilhante, o gigante Rigel. Então poderíamos olhar novamente à direita, ver o Sirius imperial e, próximo a ele, Procyon, de cor ligeiramente branco-amarelada. Levante os olhos, ao passar por essa galeria, e haverá algo mais do que mortal. Devemos dizer, então, que essas vastas luminárias foram criadas em vão? Foram chamados à existência apenas para lançar uma maré de esplendor inútil sobre a Solidão da imensidão?

Por que resistir por mais tempo à conclusão principesca, pressionando em nosso peito para ser expressa? Será que o gigante Arcturus carregará consigo sua sucessão de satélites que, se forem análogos à sua luminária central, são maiores e mais imponentes do que os Planetas do Sistema Solar, sendo todos apenas um carnaval de vazio? Não. Em vez disso, vamos concluir com o Apóstolo que esses reinos são as moradas de bem-aventurança. Embora as Escrituras nos levem a crer que seus habitantes não desconheçam as provações, as esperanças, os temores e os acontecimentos da nossa Terra, ainda assim, vejamos qual é a razão divina para a qual a comunicação atualmente não é estabelecida.

Em primeiro lugar, vemos pelo argumento do Apóstolo, que a igreja estava sobres testes. Os céus estão sobre testes? Nós pensamos que sim. Lendo Jó 15:15 (não nos esqueçamos de que Jó foi um grande erudito e astrônomo), vemos o seguinte. “Eis que ele não confia nos seus santos; sim, os céus não são limpos aos seus olhos”. Aqui somos levados a refletir que a grande revolta de Lúcifer deixou os habitantes de outros mundos um tanto confusos. Isso os colocou também em provação, mas com uma diferença. Um ser pode estar em provação sem pecado e sem ter incorrido na penalidade do pecado. Na verdade, há muito que mostra que até mesmo os Anjos estivessem em provação. Embora miríades deles tenham seguido o grande rebelde em sua revolta, muitos mais, embora ainda sob provação, permaneceram fiéis em sua lealdade ao divino Criador. Quando esse momento probatório terminar, todos, tanto nos Céus quanto na Terra, serão reunidos como um em um universo infinito, completo e testado. Portanto, lemos novamente em Efésios 1:10: “Para que na dispensação da plenitude dos tempos, Ele possa reunir todas as coisas em Cristo, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; mesmo n’Ele”.

Os céus são habitados? Vamos primeiro ter a resposta das Escrituras, antes de tomarmos a resposta da astronomia. Quem pode resistir à conclusão da poderosa declaração feita pelo Apóstolo São João, em Apocalipse 12:12? “Alegrai-vos, pois, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos habitantes da terra e do mar! Porque o diabo desceu sobre vós com grande ira, porque sabe que não tem senão pouco tempo”. A palavra “céus” neste texto está no plural. E a declaração do Apóstolo vai mostrar que a regra geral do Criador para seu universo é esta: “Ele o estabeleceu, não o criou em vão, Ele o formou para ser habitado.” (Is 45:18).

Voltando agora para o primeiro capítulo do Livro do Gênesis, lemos que “no princípio Deus criou os céus e a terra”. Também lemos: “E o Espírito de Deus Se movia sobre a superfície das águas”. O Espírito Santo estava presente, agindo como um grande agente na criação desta Terra. Durante cinco dias cósmicos, o amor divino preparou o berço com antecedência para a vinda da família humana. Associado à criação estava o Senhor Cristo, como lemos no primeiro capítulo do Evangelho Segundo São João: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… Todas as coisas foram feitas por Ele; e sem Ele nada do que existe teria sido feito”.

Portanto, essa criação é uma criação de Cristo, uma criação cristã. De si mesmo, no jardim do Getsemani, Cristo disse: “Glorifica-me com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse”. Isso o leva de volta a um período antes do começo do mundo.

Movendo-se pelo espaço a uma taxa de, aproximadamente, 306.000.000 quilômetros por ano a Terra, em seu voo rápido, percorre cerca de 30 quilômetros por segundo. Está ao alcance do ser humano mortal produzir esse resultado? Suponhamos que todo o poder que habitou o braço de Adão e, posteriormente, residiu no braço de cada filho seu, desde a manhã da criação até o presente, pudesse estar, todo ele, concentrado em um único braço humano, hoje. Poderia esse braço dar à Terra sua velocidade atual? Impossível! Existe um poder e apenas um capaz de um resultado tão estupendo: o Cristo. E embora possamos nos distanciar entre estrelas tão densas que parecemos voar através do pó estelar, não pode ser encontrado um único Sol gigante que saltou à existência por qualquer outro meio que não o divino poder do Filho de Deus. Ele existe, como diz o profeta, “desde os dias da eternidade”.

Desde os dias da eternidade, Ele teve um propósito infinito. Ele viu o fim desde o início. Ele havia planejado o último ato, antes de delinear o primeiro. E o Apóstolo São Paulo nos admitiu um pouco disso em seu conselho secreto. Era com a intenção, diz ele, de que por meio da igreja fosse dada a conhecer aos principados e potestades em todos os céus a multiforme sabedoria de Deus. É maravilhoso demais para acreditar? Não duvide disso. A astronomia ainda vai alcançar esse conhecimento com a inspiração.

Algumas palavras do astrônomo, agora. E aqui citamos a magnífica passagem de Sir Robert Ball:

“O homem é uma criatura adaptada para a vida em circunstâncias que são estreitamente limitadas. Alguns graus a mais ou a menos de temperatura; uma ligeira variação na composição do ar; a adequação precisa dos alimentos; tudo isso faz muita diferença entre saúde e doença, entre a vida e a morte. Olhando para além da Lua, no comprimento e largura do universo, encontramos incontáveis globos celestes com todas as variedades concebíveis de temperatura e constituição”.

“Em meio a esse vasto número de mundos com os quais o espaço é ocupado, há algum habitado por seres vivos? A essa questão a ciência não pode responder; não podemos dizer. No entanto, é impossível resistir a uma conjectura. Encontramos nossa Terra repleta de vida, em todas as partes. Encontramos vida nas mais variadas condições que possam ser concebidas. É encontrada sob o calor escaldante dos trópicos e nas geadas eternas dos polos. Encontramos vida em cavernas onde nenhum raio de luz já penetrou. Nem está faltando nas profundezas do oceano, à pressão de toneladas por centímetro quadrado. Quaisquer que sejam as circunstâncias externas, a natureza geralmente fornece alguma forma de vida para a qual essas circunstâncias são adequadas”.

“Não é de todo provável que entre as milhões de esferas do universo haja uma única exatamente como a nossa Terra — como ela na posse de ar e água, em tamanho e composição. Não parece provável que um indivíduo pudesse viver por uma hora em qualquer corpo do universo, exceto a Terra, ou que um carvalho pudesse viver em qualquer outra esfera por uma única estação. Os seres humanos podem morar na Terra e os carvalhos podem prosperar nela, porque as constituições do ser humano e do carvalho são especialmente adaptadas às circunstâncias particulares da Terra. A filosofia mais verdadeira sobre este assunto foi cristalizada na linguagem de Tennyson:

“Esta verdade em sua mente ensaia,

Que, em um universo sem limites

É ilimitadamente melhor, ilimitadamente pior.

Pense neste molde de esperanças e medos.

Não pode encontrar alguém mais majestoso do que seus pares

Em centenas de milhões de esferas?

Que caminho de voo infinito está diante de nós! A velocidade mais alta que nossa inteligência humana atinge agora é a velocidade da luz, que se move com a rapidez de 300.000 quilômetros por segundo, aproximadamente. Conte os segundos, os minutos, as horas, os dias e isso totaliza quase 10.000.000.000.000 de quilômetros por ano. Com essa rapidez indescritível, levaríamos mais de cinquenta anos para alcançar o gigante Arcturus. Outros sóis estão ainda mais distantes e os astrônomos conjeturaram outros mundos tão distantes que, correndo à velocidade da luz, levaríamos 300.000 anos para alcançar.

Essa jornada não está dentro da esfera de possibilidade do ser humano finito. Ele poderia começar, mas sua juventude seria consumida, a meia-idade viria e os anos de enfermidade estariam sobre ele antes que deixasse uma dúzia de lugares celestiais, em sua retaguarda.

Quão divinos, então, são os atributos que em breve nos serão conferidos. Mais do que mortais, nossos corpos imortalizados se erguerão para alcançar glórias indizíveis. Há mudanças maravilhosas pela frente. O autor delas providenciou para que pertencessem a nós, desde que vivamos a vida real e verdadeiramente.

(Publicada na Revista Rays from de Rose Cross de janeiro/1918 e traduzida por Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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