Que estamos cercados por Mundos invisíveis, povoados de seres invisíveis e que podemos, sob certas circunstâncias, comunicar-nos com aqueles que passaram para além véu é uma crença tão antiga quanto a civilização humana. Houve momentos na história do Mundo em que foram feitas tentativas de suprimir essa crença, mas ela ainda sobrevive fortemente em nossas comunidades atuais. Embora nos tempos modernos a ciência tenha se esforçado, às vezes, para matar essa crença como sendo ridícula, descobertas científicas e recentes tendem a justificar a fé em fenômenos ocultos, em vez de desencorajá-la.
A Bíblia dá uma justificativa considerável para essa crença de que é possível se comunicar com aqueles que estão nos Mundos invisíveis — os chamados mortos. Conta-nos que a Bruxa de Endor[1] invocou o fantasma de Samuel a pedido de Saul. Podemos raciocinar, é claro, que a Bruxa de Endor fosse uma impostora, mas a Bíblia não diz isso. É possível que essa passagem dramática da Bíblia tenha feito mais do que qualquer outra coisa para preservar a crença popular na comunicação com os espíritos que partiram e essa crença é mantida entre algumas das pessoas mais esclarecidas do mundo. É verdade que a Bíblia condena Saul por tentar invocar o fantasma de Samuel e esse desastre veio de seu experimento ousado. Também pode ser que isso tenha sido um fator para dar má reputação às tentativas de comunicação com os mortos e com todas as relações geralmente conhecidas sob o nome de magia; no entanto, é um fato histórico que os primeiros cientistas eram todos magos e lidavam com espíritos desencarnados e seres que já tinham partido. Os sacerdotes babilônicos e egípcios eram os mais ilustres desses praticantes de magia e, no entanto, sem dúvida fizeram um progresso considerável no que hoje é chamado de ciência natural. Esses primeiros sacerdotes orientais eram sobretudo astrólogos e sempre misturavam o lado oculto com seus estudos de astronomia, como bem demonstrou Richard Proctor[2] em seu livro sobre o Observatório da Grande Pirâmide[3].
Os árabes foram os pioneiros da matemática, a mais exata de todas as ciências, e ainda assim eram astrólogos e crentes profundos na magia. Eles adoravam os Anjos das estrelas, os Espíritos Planetários, que nunca perderam seu lugar na Religião e estão incorporados nos rituais católicos de hoje.
Ao longo da Idade Média, a crença na magia e nos espíritos invisíveis, que estão ao nosso redor, persistiu e não era fomentada apenas entre as classes mais baixas; na verdade, era mais forte entre as pessoas mais civilizadas, embora em lugares frequentados pelo mal e pela degradação. Tanto a Igreja quanto o Estado tentaram eliminá-la, mas sem sucesso; talvez porque muitos dos que tinham autoridade fossem os mais fortes crentes na magia e praticantes da ciência.
O irmão do rei Luís XIV da França, oficialmente conhecido como “o rei mais Cristão”, e muitos membros da corte foram descobertos realizando orgias secretas, sessões espíritas com os espíritos dos mortos e “adorando Satanás”. Segundo a história, os parentes do rei e alguns dos personagens mais importantes da aristocracia da França foram salvos por sua posição, mas os de posição inferior foram torturados e executados por seus pecados. Mágicos famosos como Johannes Trismegisto[4] dominavam comunidades inteiras; até os Rosacruzes foram acusados de praticar ritos misteriosos em segredo e incluíam os membros mais ricos e importantes da sociedade; mas eles, é claro, não estavam preocupados com o fenômeno de conjurar os espíritos dos mortos. Eles tinham outros trabalhos mais importantes a fazer e qualquer magia que praticassem naquela época, ou hoje, seria pura e branca, sem o menor toque da magia impura e negra, o que caracterizava quase todo o resto daqueles que praticavam as sessões secretas.
A ciência moderna, que se diz ter começado com Francis Bacon[5], fez desde o início as mais sérias incursões nas reivindicações dos magos, astrólogos e todos os negociantes do ocultismo; embora o próprio Bacon, sendo adepto do Rosacrucianismo, não estivesse relacionado com essas perseguições de forma alguma. É verdade que os fenômenos dos magos não suportariam a investigação por métodos de laboratório na fria luz do dia e há muitas razões pelas quais esses fenômenos só podem ser produzidos no escuro, mas isso não justifica a alegação de que eles sejam fraudulentos.
Não podemos usar uma câmera para fotografar em um lugar escuro, porque as vibrações no Éter são muito lentas; nem podemos materializar um espírito à luz do Sol, porque as vibrações etéricas são muito rápidas e despedaçariam a estrutura tênue da qual o corpo espiritual é formado. Esse é um fato que nem mesmo a ciência compreende nos dias atuais. Por causa dessas perseguições tolas e falsos apelos à razão e ao intelecto, as classes econômicas-sociais mais elevadas começaram a ficar mais céticas em relação à magia e comunicação com os espíritos que partiram; apenas as chamadas classes “ignorantes” e pessoas de disposição extraordinariamente sensível se apegaram a elas. Deve-se dizer que esses últimos sempre foram numerosos, mesmo nas classes mais altas da sociedade. A rainha Maria Antonieta[6], no final do século XVIII, acreditava e praticava o espiritismo e em nossos dias o Czar da Rússia tem sido muito criticado pela amizade que demonstrava com Rasputin, o monge que, segundo todos os relatos, era um ocultista de primeiro nível, seja da escola negra ou da branca.
Em meados do século XIX, a ciência moderna aparentemente havia esmagado a magia antiga e tudo o que a acompanhava; a própria palavra “ocultista” ou “mágico”, que uma vez causou terror na Mente das pessoas, foi então dada a prestidigitadores e faquires viajantes, gente que retirava coelhos e tigelas de peixinhos dourados da cartola. A ciência havia quase totalmente reprimido a prática de fenômenos ligados ao ocultismo, mas então veio a onda irresistível do espiritismo. De várias partes do mundo, principalmente da América, chegaram relatos de materialização de espíritos em que os falecidos eram vistos e ouvidos em grupos reunidos com o objetivo de evocá-los por meio de um médium.
A ciência travou uma luta dura e amarga, mas a crença não pôde ser derrubada; na verdade, cresceu e se desenvolveu à medida que a ciência gritava “é fraude!”; finalmente, invadiu até as fileiras dos cientistas, transformando alguns dos principais entre eles de escarnecedores a defensores ardentes, pois eles viram que esses fenômenos estavam de acordo com as modernas descobertas científicas e quanto mais a ciência avançou em suas investigações dos segredos da natureza, mais se descobriu que esses fenômenos psíquicos estão de acordo com a operação das leis naturais descobertas.
De fato, as maravilhas das descobertas científicas quase rivalizam com as mais loucas e fantásticas afirmações dos antigos magos: forças invisíveis reproduzem a voz humana e mensagens voam pelo ar ao redor do mundo sem sequer um fio para guiá-las. A levitação foi realizada por meios mecânicos e muitas outras maravilhas modernas, em parte devido à descoberta da eletricidade, a mais maravilhosa de todos os nossos servidores modernos, estão forçando a crença nos Mundos invisíveis e nos espíritos que vivem neles. Aqui está uma força que é invisível, intangível, imponderável, mas capaz de exercer os mais tremendos poderes, capaz de tirar a vida e destruir qualquer obra da mão humana em um segundo. Aqui está um poder que realiza praticamente tudo o que foi reivindicado pelos antigos magos, ao realizar o que chamamos de “milagres”. É bem sabido que os sacerdotes dos templos egípcios, e outros, criaram os efeitos mais inspiradores ao produzir uma voz humana falando do vazio. Hoje, o mesmo fenômeno pode ser visto nas chamadas “sessões de trombeta”[7], em que espíritos desencarnados falam por meio de uma espécie de trombeta; mas, temos em nossas casas instrumentos semelhantes como o telefone e o fonógrafo, que são operados pela voz humana. Então, no que diz respeito à telegrafia sem fio, devido em grande parte às pesquisas de Sir Oliver Lodge[8], que desde então se tornou o mais forte crente em fenômenos psíquicos, por esse uso da eletricidade, as vibrações são feitas para fluir completamente ao redor do mundo, transportando mensagens, sem impedimentos, por montanhas, desertos e todas as obstruções naturais. Isso é semelhante às mensagens e comunicações telepáticas, que são frequentemente registradas como feitos dos antigos magos, feitos que são duplicados todos os dias em milhares e milhares de situações, às vezes conscientemente ou, com mais frequência, de forma inconsciente.
Talvez pensemos em uma certa melodia e alguém na sala comece a cantarolá-la. Às vezes, ao visitar um amigo, somos recebidos com um “Ah, eu estava querendo ver você”, o que mostra, se pensarmos bem, que respondemos a uma mensagem de telepatia. De mil e uma outras maneiras estamos nos tornando pensadores cada vez mais poderosos e mais sensíveis aos pensamentos dos outros. Foi essa faculdade conscientemente cultivada entre os magos do passado que os capacitou a realizar muitos dos seus célebres fenômenos; chegará o tempo, em um futuro não distante, em que seremos capazes de ler os pensamentos uns dos outros e transmiti-los de cérebro em cérebro sem a intervenção da fala, da escrita ou de qualquer um dos métodos de comunicação atualmente conhecidos.
Entre outras maravilhas científicas e relacionadas com a magia antiga, podemos citar também os raios-X, descobertos por Sir William Crookes[9], que nos permitem ver através de um objeto sólido. Isso está de acordo com os poderes descritos como Clarividência ou visão espiritual, possuídos por todos os ocultistas antigos e por um número cada vez maior de pessoas que vivem agora no mundo. Os raios-X também existem por causa dessa grande eletricidade mágica, mas são apenas um pobre substituto para os poderes da visão espiritual, que permitem ao seu possuidor ver igualmente bem o que acontece do outro lado do globo ou na sala em que está sentado. É digno de nota que Sir William Crookes, assim como Oliver Lodge, seja um crente em fenômenos ocultos e foi levado a isso por suas descobertas científicas, que mostraram que deve haver Mundos invisíveis; seus experimentos o convenceram da possibilidade de comunicação com aqueles que partiram desta vida e agora estão vivendo nesses Mundos invisíveis.
É impossível catalogar em um artigo de revista todas as descobertas científicas e a respectiva conexão com, ou influência sobre, o assunto da comunicação com o Mundos invisíveis e os espíritos invisíveis no ar. Mas, em vista de todos os fatos científicos, não podemos escapar da conclusão de que o espírito humano continuará a existir à parte do seu Corpo Denso; essas descobertas científicas apontam para um tempo não muito distante em que todos veremos sem os olhos físicos, ouviremos sem os ouvidos físicos e falaremos sem a língua física.
Em vista do que foi realizado, não se trata de mera especulação ociosa, mesmo do ponto de vista científico, e há um valor legítimo na entrega a tais sonhos, como os “homens de ciência” os chamariam, pois nada jamais foi alcançado como fato físico sem que antes não tivesse sido objeto de sonho. Se Alexander Graham Bell, o inventor do telefone, não tivesse sonhado com a possibilidade de comunicação por tais meios, não teríamos hoje esse valioso instrumento. Se Morse não tivesse sonhado com a travessia do espaço por um fio para transmitir mensagens ao longo desse minúsculo condutor por meio de eletricidade, não teríamos agora o telégrafo. Se Edison não tivesse sonhado com a luz elétrica, isso hoje não estaria incluído entre as conveniências que empregamos… Esses sonhos ajudam o trabalhador individual a alcançar seu objetivo e estimulam o interesse e o entusiasmo nos outros. Por isso, é útil quando os cientistas de Mente mais aberta olham para o futuro para ver qual poderá ser a linha do progresso e é ridículo ouvi-los dizer que o espírito humano seja uma forma de eletricidade, mas isso pode ajudá-los a enxergar a direção certa. Alexander Graham Bell, por exemplo, imagina que chegará o dia em que as pessoas andarão com bobinas de arame sobre suas cabeças, comunicando pensamentos uns aos outros por indução. Ele não sabe que o ser humano tem a energia dinâmica e interna para transmitir essas vibrações sem outro instrumento além do cérebro; mas é interessante estudar a ideia científica. Resumidamente, a hipótese científica de que as Mentes possam se intercomunicar diretamente se baseia na teoria de que o pensamento ou a força vital seja uma forma de distúrbio elétrico que pode ser captado por indução e transmitido à distância por meio de um fio ou simplesmente através do onipresente Éter, como no caso da telegrafia sem fio.
Há muitas analogias que sugerem que o pensamento seja da natureza de uma perturbação elétrica; isso é para a Mente científica. Um nervo, que é da mesma substância que o cérebro, é um excelente condutor de corrente elétrica. Quando os cientistas passaram pela primeira vez uma corrente elétrica pelos nervos de um homem morto, ficaram chocados e surpresos ao vê-lo sentar-se e mover; os nervos eletrificados produziram a contração dos músculos como faziam em vida.
Os nervos pareciam agir sobre os músculos da mesma forma que a corrente elétrica age sobre um eletroímã. A corrente magnetiza uma barra de ferro colocada em ângulo reto a ela e os nervos produzem (eletricidade) através da corrente intangível de força vital que flui através deles, contraindo as fibras musculares que estão dispostas em ângulo reto a elas.
Seria possível citar muitas razões pelas quais o pensamento e a força vital possam ser considerados, do ponto de vista científico, essencialmente iguais à eletricidade. A corrente elétrica é considerada um movimento de onda no Éter, a substância hipotética que alguns da ciência admitem que preenche todo o espaço e permeia todas as substâncias. Esses cientistas acreditam que deve haver Éter porque sem ele a corrente elétrica não poderia passar pelo vácuo nem a luz do Sol pelo espaço; portanto, é razoável acreditar que apenas um movimento ondulatório de caráter semelhante possa produzir os fenômenos do pensamento e da força vital; eles supõem que as células cerebrais ajam como uma bateria e que a corrente produzida por elas flua ao longo da linha dos nervos. Nessa ideia eles estão muito próximos dos fatos reais, pois é sabido e ensinado pelos ocultistas, que podem ver esses fenômenos por meio da visão espiritual, que a força solar entra no corpo humano através do baço e seja dirigida do Plexo Celíaco, através dos nervos, para todas as diferentes partes do corpo, nas quais aparece como um fluido cor-de-rosa; é esse fluido que produz os fenômenos vitais. Isso é muito parecido com a eletricidade, mas não é de forma alguma o Ego, assim como o operador em uma estação de telégrafo não é idêntico à corrente que flui através do fio elétrico. Do mesmo jeito que o operador do telégrafo direciona a corrente para o fio ou através do Éter e envia a mensagem para o vasto mundo, também o Ego no corpo pode utilizar esse fluido vital para vestir a mensagem-pensamento e enviá-la em qualquer direção que ele queira, depois de passar pelo treinamento adequado de como usar esse fluido, como o operador de telégrafo é submetido a um curso de treinamento funcional para aprender a usar as teclas que controlam a força elétrica que acelera ao longo dos fios ou através do Éter.
No livro Conceito Rosacruz do Cosmos é dada uma tabela de vibrações que foi compilada por cientistas; um estudo dessa tabela revela o fato de que existem muitas lacunas ou taxas de vibração cujos efeitos são desconhecidos. É um fato notável que quase todos os passos recentes da ciência estejam relacionados com descobertas de vibrações até então desconhecidas. Suponha que possamos fazer uma barra de ferro vibrar em qualquer frequência desejada, em um quarto escuro; a princípio, ao vibrar lentamente, seu movimento será indicado apenas por um sentido, o do tato. Assim que as vibrações aumentarem, um som baixo emanará dela, o que apelará a dois sentidos, tato e audição. A cerca de 32.000 vibrações por segundo o som será alto e estridente, mas a 40.000 vibrações por segundo será silencioso e seus movimentos não serão percebidos pelo toque; na verdade, somos incapazes de senti-la. Desse ponto até 1.500.000 de vibrações por segundo, não temos sentido que possa apreciar qualquer efeito das vibrações intervenientes. Atingido esse estágio, seu movimento é indicado primeiro pela sensação de temperatura; depois, quando a haste fica incandescente, pelo sentido da visão; a 3.000.000 de vibrações por segundo emite uma luz violeta; acima disso passa pelos raios ultravioletas e outras radiações invisíveis, algumas das quais podem ser percebidas por instrumentos empregados por nós.
No entanto, quando a ciência aprender a perceber o efeito dessas vibrações nas grandes lacunas em que os sentidos humanos são incapazes de ouvir, ver ou sentir o movimento, então ela estará em contato com aqueles poderes que são exercidos na Clarividência e na Clariaudiência, visão espiritual e audição espiritual, respectivamente. Então, não será uma questão de fé se existem Mundos invisíveis ou se eles são habitados por pessoas que anteriormente viveram entre nós no Mundo Físico, mas todos saberão e verão por si mesmos.
A ciência tem feito um trabalho maravilhoso em seus esforços para lidar com os problemas que a confrontam, mas sempre foi limitada, porque depende de instrumentos. Uma bobina de fio pode ser, e é, usada com esplêndido efeito na transmissão de uma onda sem fio para os cantos mais distantes da Terra; contudo, bobinas de fio são desnecessárias ao redor da cabeça humana para transmitir pensamentos e o que os cientistas precisam reconhecer é a limitação de seus instrumentos para começar a cultivar os poderes dentro de si, pois todo ser humano tem esses poderes espirituais e latentes dentro de si mesmo e nossa evolução futura depende do desenvolvimento deles. O telefone é apenas uma muleta para nos permitir ouvir melhor com nossos ouvidos. O telescópio é outra muleta para nos permitir ver melhor com nossos olhos. O microscópio é outra que nos ajuda a perceber o infinitamente pequeno, assim como o telescópio revela o infinitamente grande; mas, além desses órgãos dos sentidos temos órgãos mais sutis e forças mais sensíveis que algum dia entrarão em uso. Se Alexander Graham Bell tivesse vivido na Idade das Trevas e produzido seu telefone, as chances maiores seria de que ele teria sido queimado como um mago maligno. Se Edison tivesse vivido e produzido sua luz elétrica e fonógrafo naquela época, ele provavelmente teria compartilhado o mesmo destino. Hoje, mesmo aqueles que possuem os sentidos mais apurados são vistos como fraudulentos e excêntricos; apenas o fato de que o sentimento geral é contrário à violência os protege de serem confinados em prisões ou manicômios. No entanto, as lágrimas que fluem de milhões de olhos e o anseio que quase quebra milhões de corações por um vislumbre ou mensagem daqueles que morreram aqui e estão vivendo nos Mundos celestes estão gradualmente desgastando a escama dos olhos e sintonizando um grande número às vibrações da visão e audição espirituais. E os pensamentos dos “mortos”, seu desejo de se comunicar com os amigos que deixaram para trás, são uma força dinâmica e igualmente intensa. Dois grandes exércitos estão, assim, abrindo túneis na parede da grande divisão e logo a fé e a esperança darão lugar ao conhecimento direto, em primeira mão, de que os mortos vivem, pois então veremos e nos comunicaremos com eles à vontade, tão facilmente quanto fazemos agora com os que chamamos de vivos.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de agosto/1918 e traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
[1] N.T.: A Bruxa de Endor é um personagem bíblico do Antigo Testamento, de aparição principal no Primeiro Livro de Samuel. Trata-se de uma necromante em Endor que aconselha ao rei Saul antes de este batalhar contra os filisteus (ISm 28:7-25).
[2] N.T.: Richard Anthony Proctor (1837-1888) foi um astrônomo inglês.
[3] N.T.: Richard A. Proctor – The Great Pyramid. Observatory, Tomb, and Temple – 1888
[4] N.T.: um autor do século XIX que escrevia sob o pseudônimo Johannes Trismegistos ou Johannès Trismégiste e que praticava a Cafédomancia e o tarô.
[5] N.T.: Francis Bacon, 1°. Visconde de Alban, também referido como Bacon de Verulâmio (1561-1626) foi um político, filósofo, cientista, ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio) e visconde de Saint Alban. É considerado como um dos fundadores da Revolução Científica.
[6] N.T.: Maria Antônia Josefa Joana de Habsburgo-Lorena (em alemão: Maria Antonia Josepha Johanna von Habsburg-Lothringen; francês: Marie Antoinette Josèphe Jeanne de Habsbourg-Lorraine; 1755-1793) foi uma arquiduquesa da Áustria e rainha consorte da França e Navarra.
[7] N.T.: Para os que acreditavam nesse método, o ato de mediunidade de trombeta é melhor definido como “mediunidade de voz direta”. Embora não seja comumente usados hoje, os primeiros espiritualistas estariam muito familiarizados com esses objetos misteriosos. O Spirit Trumpet é um cone cilíndrico com um bocal estreito que geralmente se expande em três partes em um megafone semelhante aos tradicionais “trompetes falantes” empregados por líderes de torcida em eventos esportivos. Os espíritas fabricaram as primeiras trombetas espirituais de papelão ou metal, mas depois incorporaram designs mais elegantes e caros usando alumínio ou estanho. Varejistas especializados como Everett Atwood Eckel, de Indiana, lucraram com sua crescente popularidade vendendo os dispositivos estranhos por US$ 2 ou US$ 3 por meio de anúncios publicados em “Psychic Power” e outros periódicos espiritualistas. A “trombeta do espírito” foi originalmente criada por espíritas que afirmavam poder ampliar os sussurros dos espíritos presentes em um círculo. É por isso que alguns espiritualistas descrevem as trombetas espirituais como os “aparelhos auditivos” originais ou “trombetas de ouvido” para as vozes do além.
[8] N.T.: Sir Oliver Joseph Lodge (1851-1940) foi um físico e escritor britânico envolvido no desenvolvimento e detentor de patentes importantes para o rádio. Ele identificou a radiação eletromagnética independente da prova de Hertz e em suas palestras da Royal Institution de 1894 (“O trabalho de Hertz e alguns de seus sucessores”), Lodge demonstrou um detector de ondas de rádio inicial que ele chamou de “coerente”. Em 1898 ele foi premiado com a patente “sintônica” (ou tuning) pelo Escritório de Patentes dos Estados Unidos. Lodge foi diretor da Universidade de Birmingham de 1900 a 1920. Marcado pela morte de seu filho caçula na I Guerra Mundial, Sir Oliver Lodge discorre sobre a sobrevivência da alma, e consequentemente da existência do espírito fora das contingências da vida transitória do corpo físico. A ciência moderna encaminhou suas atividades para o campo dos fatos espirituais a fim de conhecer sua gênese e meios de manifestação, à luz dos processos da experimentação e observação. A sua sentença e resposta é afirmativa: Há espíritos. A sobrevivência é uma realidade.
[9] N.T.: William Crookes (1832-1919) foi um químico e físico britânico. Frequentou o Royal College of Chemistry em Londres, trabalhando em espectroscopia. Em 1861, descobriu um elemento que tinha uma linha de emissão verde brilhante no seu espectro, ao qual deu o nome de tálio, do grego thalos, um broto verde, que é o elemento químico de número atômico 81. Também identificou a primeira amostra conhecida de hélio, em 1895. Foi o inventor do radiômetro de Crookes, vendido ainda como uma novidade, e desenvolveu os tubos de Crookes, investigando os raios catódicos.
Como todos os símbolos que temos, os significados da cruz são muitos. Um deles é que ela é o símbolo oculto da vida humana em sua relação com as correntes vitais.
Ou como disse Platão: “A Alma do Mundo está crucificada”. Ou seja, no Mundo Físico temos Quatro Reinos de vida ou Ondas de Vida que estão representados na cruz: Mineral, Vegetal, Animal e Humano.
O Reino Mineral constitui-se de todas as substâncias químicas, qualquer tipo que seja; assim, a cruz feita de qualquer material dessa Região Química é o símbolo desse Reino.
A parte inferior da cruz é o símbolo do Reino Vegetal, porque tem as suas raízes na Terra química e porque os Espíritos-Grupo que dirigem os seres do Reino Vegetal estão no centro da Terra de onde enviam as correntes espirituais em direção à periferia da Terra.
A parte horizontal da cruz é o símbolo do Reino Animal, porque sua espinha dorsal é horizontal e por ela passam as correntes espirituais dos Espíritos-Grupo que dirigem os animais, e que tem uma direção circundante à Terra.
A parte superior da cruz é o símbolo do Reino Humano, porque o ser humano é um ser vegetal invertido.
Senão vejamos:
Outro significado da cruz é a sua representação como o conflito entre as duas naturezas aludidas por São Pedro em sua Primeira Epístola (2:1): “Eu vos rogo que vos abstenhais dos desejos carnais que lutam contra a alma.”.
Nesse sentido, são muito significativas as palavras de Cristo que temos no Evangelho Segundo São Mateus (16:24): “Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.”.
Para muitos parecem dura essas palavras. Muito mais duro, porém, será de ouvir aquela sentença final: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno” (Mt 25:41).
Pois a orientação do Esquema de Evolução traçado pelo nosso Pai e Criador, Deus do nosso Sistema Solar, é clara: uma vez conquistado, dominado e aprendido a trabalhar conscientemente com o material químico da Região Química do Mundo Físico, devemos partir para a Região Etérica do Mundo Físico.
Já alcançamos o nadir da materialidade, o ponto mais denso da Região Química do Mundo Físico, e conquistamos a Região Química do Mundo Físico, ainda lá na segunda fase da Época Atlante (hoje já estamos na Época Ária).
Para isso, devemos nos desapegar de tudo que tenha a conotação de posse material, de egoísmo, de ignorância, de preguiça, de desperdício, de foco nessa Região Química do Mundo Físico.
Em outras palavras, saibamos ou não já cumprimos a nossa missão de descida dos Mundos suprafísicos para essa parte do Mundo Físico, qual seja:
Agora é tempo de voltar para o Pai. Esse tempo foi anunciado por Cristo, nosso único Mestre e Salvador há mais dois mil anos atrás.
E o que significa voltar?
Significa entrar numa nova etapa da evolução, agora na direção “para cima e para frente”.
Aprendendo, daqui:
Caso insistamos em nos manter voltados para esse Mundo material, perdendo totalmente o interesse em construir o Corpo-Alma (por meio da insistência de permanecemos em egoísmo maldade e desperdício), então ouviremos a sentença final expressa no Evangelho Segundo São Mateus (25:41): “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno”. Quando da volta do Cristo em seu Corpo Vital, Ele espera cada um de nós com o Corpo-Alma construído e nele funcionando conscientemente. Essa sentença que lemos acima no Evangelho, simplesmente, significa perder toda a chance de evolução nesse Esquema de Evolução atual e ter que esperar o próximo Dia de Manifestação num cone sombrio de uma Lua qualquer.
Sabendo das dificuldades que uma Onda de Vida tem de se desvencilhar dos costumes cristalizados, quando da sua imersão no Mundo mais denso que teve que ir, foi nos dada, e continua sendo, muita ajuda, exemplos de vida e motivação para podermos soltar as amarras que nos prendem nesse Mundo de ilusões.
Tomar a nossa Cruz é assumir a responsabilidade e a atitude de voltar à casa do Pai. É ser o Filho Pródigo, aquele da Parábola que podemos ler no Evangelho Segundo São Lucas (15:11-32), no seu retorno à casa do Pai:
“Disse ainda: “Um homem tinha dois filhos. O mais jovem disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa. E gastou tudo. Sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar privações. Foi, então, empregar-se com um dos homens daquela região, que o mandou para seus campos cuidar dos porcos. Ele queria matar a fome com as bolotas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. E caindo em si, disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome! Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus empregados’. Partiu, então, e foi ao encontro de seu pai. Ele estava ainda ao longe, quando seu pai o viu, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. O filho, então, disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos seus servos: ‘Ide depressa, trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e festejemos, pois, este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’ E começaram a festejar. Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltava, já perto de casa ouviu músicas e danças. Chamando um servo, perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe disse: ‘É teu irmão que voltou e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou com saúde’. Então ele ficou com muita raiva e não queria entrar. Seu pai saiu para suplicar-lhe. Ele, porém, respondeu a seu pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho, que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!’ Mas o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois, esse teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!’”.
A dificuldade está em continuar vivendo nessa Região Química do Mundo Físico, estando aqui, aprendendo os milhões de lições que ainda temos a aprender, mas não ser mais desse Mundo (“estar no mundo, mas não ser do mundo”), não o ter como fim da nossa existência, como objetivo da nossa vida a busca da felicidade nesse mundo.
É comum falar de um sofrimento, de uma limitação física ou de uma dura experiência como uma “cruz que se carrega”. Em certo sentido a comparação é exata, principalmente se a aflição foi causada por outra pessoa.
Nesse sentido podemos citar o sofrimento do Cristo pela humanidade, que levou na Cruz todos os pecados, todas as maldades, todo o egoísmo do mundo de então.
Quando Cristo disse que: “tome sua cruz e siga-me” está nos chamando para assumirmos as nossas limitações, as nossas imperfeições. Não é um trabalho suave. Romper com as próprias fraquezas exige um esforço hercúleo. Os apelos do mundo são mais envolventes que o chamamento espiritual.
Está nos dizendo para pararmos de dissimularmos, de utilizar a nossa Personalidade como máscara, achando que estamos enganando a todos, escondendo, dentro de nós, toda a podridão que existe.
A hipocrisia, a avareza, o egoísmo, a mentira, a astúcia, a ignorância são as barreiras que os impedem de caminhar na direção correta.
Preferimos esconder tais vícios achando que ninguém está vendo e que podemos utilizar tais “ferramentas” a nosso bel prazer.
Tomando a nossa cruz estamos dizendo que aceitamos aprender aquilo que planejamos aprender nessa vida; que aceitamos nossas imperfeições – sabendo que tanto aquilo que aceitamos aprender como as nossas imperfeiçoes fomos nós mesmos que escolhemos no Terceiro Céu quando estávamos nos preparando para renascer aqui –; que estamos conscientes que aquilo que agora não temos podemos conseguir no futuro. Afinal, não é dito que: “aquele que compreende a própria ignorância deu o primeiro passo para o conhecimento”?
Outro significado é a indicação do caminho do verdadeiro Aspirante à Vida espiritual. Mostra-nos que, cada um de nós, como um Ego humano (um Espírito Virginal manifestado aqui), está crucificado na matéria, seja Física, Etérica, de Desejos ou Mental. Essa crucificação turva nossa consciência nesses Mundos e como sofremos por não podermos atuar nesses Mundos como queremos. A ilusão imposta por essa crucificação resulta em todos os sofrimentos pelos quais passamos.
Já a inscrição colocada na cruz de Cristo nos indica o Aspirante à vida superior crucificado. INRI, traduzida erroneamente como Iezus Nazarenus Rex Iudeoros, contém um simbolismo muito mais forte do que isso. Representa o ser humano composto, o Pensador, no momento de seu desenvolvimento espiritual, quando começa a se libertar da cruz de seu Corpo Denso.
Senão vejamos:
Assim, o ser humano, Aspirante a vida Superior, no momento que começa a se libertar da cruz desse seu Corpo Denso inicia esse processo:
Por que então tememos tomar a cruz pela qual se caminha ao Reino do Céus?
Que As Rosas Floresçam Em Vossa Cruz
“Um novo e importante papel atribuído ao coração, como regulador dasreações cerebrais, foi proposto pelodr. John I. Lacey, do Centro de Pesquisas de Fels, em Yellow Springs,Ohio. A teoria do dr. Lacey baseia-se em evidências sobre animais e humanos e contradiz teorias já reconhecidas, segundo as quais o sistema cardiovascular reflete, mas não controla, o dinamismo mental. Diz Lacey que o ritmo do coração e da pressão sanguínea varia com a atividade mental.
A desaceleração cardíaca e queda de pressão sanguínea se associam a um aumento da atividade cerebral. Até agora supunha-se que a aceleração do batimento cardíaco aumentava a atividade mental e física. Dr. Lacey vê o sistema cardiovascular como um canal para estímulo do cérebro. Ao chegar o estímulo ao cérebro, esse imediatamente decide se deve ou não o atender, comunicando, em seguida, ao Coração, a sua decisão. Seguidamente a atividade cardíaca atua sobre o cérebro, para inibi-lo ou acioná-lo. Por que o coração deveria ser envolvido em trabalho tão importante? Não está esclarecido. Mas serão necessárias investigações complementares para comprovar estados de atenção mental e expansão física”.
(Revista: Selected News)
COMENTÁRIO: Os cientistas ocultistas declaram, há séculos, que o coração, bem como o cérebro, tem parte preponderante sobre o consciente e inteligência do corpo. O Coração é de fato nomeado como sede de um aspecto da Mente Supraconsciente, o reino da intuição. Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, tais como foram expostos por Max Heindel em “O Conceito Rosacruz do Cosmos”, ensinam que a fortaleza do Espírito de Vida (consciência Crística), tem sua principal Sede no Corpo Pituitário (hipófise), no crâneo, e uma segunda fortaleza no coração. O Espírito Humano ou Ego tem sua primeira fortaleza na Glândula Pineal (epífise) e segunda fortaleza no cérebro, como um todo. O Espírito Divino, o Observador Silencioso, tem sua fortaleza na raiz do nariz, mas não em uma glândula. O Espírito Divino é chamado “O Princípio do Pai”. Ele inclui o Espírito de Vida, o princípio Crístico. O princípio do Pai é o da criatividade cósmica ou da vontade, ou ainda, a força da Epigênese. A Epigênese permite ao Espírito Virginal criar novas ideias no Universo e desse modo manifestar novas condições, tornando-se num Criador livre e positivo. Os cientistas, até agora, não admitiam que o coração pudesse interferir na inteligência manifestada pelo cérebro. Dr. Lacey vem trazer valiosa contribuição ao meio científico. De longa data vêm os ocultistas ensinando que as atividades mentais superiores dependem de relaxação e calma. Mergulham-se numa profunda tranquilidade, para possibilitar à Mente libertar-se das solicitações e pressões externas e iniciar as atividades internas e superiores. Essa condição de tranquilidade não é dormir porque a Mente está desperta e a pessoa consciente de si, de seu corpo e derredor.
Mesmo assim, deliberadamente, ela fecha, pelo poder da vontade, os sentidos, a tudo que no exterior possa distrai-la. Uma vez estabelecida a indispensável quietude, a supraconsciência mental procede como num espetáculo, ou projeção de quadros, fato conhecido como clarividência, telepatia, clariaudiência, consciência cósmica, etc. O indivíduo, em tal estado, pode sentir, às vezes, que está deixando o Corpo
Denso, podendo funcionar independentemente em outros planos da Natureza, nos quais colabora com Hierarquias Criadoras. Seu batimento cardíaco e pulso estão reduzidos e não excitados.
O coração toma parte especial nesse desempenho, em virtude de sua conexão com o Cristo Interno e o Corpo Pituitário (Hipófise), é popularmente considerado como a sede do amor humano. No entanto, quer nutramos amor material, quer elevadamente espiritual, estamos cônscios de correntes fluindo na região cardíaca. Max Heindel fala de um “lírio”, órgão etérico que se desenvolve entre a laringe e os dois centros cerebrais, para habilitar o Adepto a falar a palavra criadora. Esse lírio é construído pela força sexual criadora conservada, elevada através da coluna espinhal ao coração e desse ao cérebro. A conservação espiritual dessa força sexual criadora é mais que mero acúmulo de força sexual. Esclarecemos isso para orientação de pessoas que julgam bastar, para isso, a continência, sem crescimento da alma pelo altruísmo e amor. Essa conservação envolve também a justa aplicação da palavra, pelo controle da língua e usada edificantemente, sem desperdícios, o mais possível. força sexual criadora é igualmente conservada pela disciplina da atividade mental, por sua focalização em assuntos nobres e superiores, por pensamentos criadores da melhoria do ser humano e de suas condições.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1969-Fraternidade Rosacruz-SP)
Um aluno nos enviou o seguinte recorte do Kansas City Post e imaginamos que ele mereça algum comentário; é interessante, por estar de acordo com os Ensinamentos Rosacruzes em certos pontos.
A guerra completou a conquista do ar pelo ser humano. Isso trouxe à tona uma teoria científica de que o ser humano algum dia poderá voar com suas próprias asas, sem a ajuda de máquinas. Esse seria o último passo para realizar o antigo sonho de conquistar o ar.
A ciência pode manipular o embrião humano de modo a recriar o poder de vôo possuído por seus progenitores anfíbios, na história evolutiva da criação? Pelo menos um cientista distinto acredita que essa concepção fantástica não seja totalmente impossível.
Ele é o Dr. George C. Shinji, biólogo japonês há anos ligado à Universidade de Missouri e agora realizando um incrível conjunto de experimentos para a Universidade da Califórnia.
Já tendo demonstrado em milhares de casos que o crescimento ou ausência de asas em insetos pode ser determinado positivamente, ele cita a crença comum do ser humano em Anjos alados como um suporte lógico para a teoria de que ele também possa navegar pelos céus.
Em mais de 10.000 experimentos com pulgões de rosa ou piolhos de plantas verdes, o Dr. Shinji conseguiu produzir insetos alados ou sem asas através de um processo de alimentação, após o período de incubação.
Se o pulgão receber álcool, vinagre, fermento em pó ou sais de álcalis, ele se tornará uma criatura sem asas. Ao alimentar o mesmo embrião com sais de Epsom, açúcar ou magnésio, ele invariavelmente desenvolverá um par de asas robustas.
“Da mesma maneira”, diz o Dr. Shinji, “peixes e certas aves foram transformadas em espécies aladas ou sem asas”. “Meus experimentos com pulgões, assim como os do Prof. W. T. Clarke e do Sr. J. D. Neills, provaram de modo inconstestável que o crescimento das asas depende do tipo de alimento fornecido ao inseto, dentro de um certo período após o nascimento.”
“Nossos experimentos, embora mais ou menos elementares, indicam que o mesmo processo possa ser aplicado a formas superiores de vida, com resultados semelhantes; não vejo razão para que eles não possam ser levados até o ser humano.”
O mito e a história aceita da criação evolucionária são curiosamente harmoniosos em dar validade às previsões surpreendentes do Dr. Shinji. Houve Ícaro, da lenda grega, que, desejando subir aos céus, construiu um par de asas e prendeu aos ombros com cera. Colocando seu anseio e desespero de conquistar o éter nessa aventura, eles disseram que ele caiu quando o sol derreteu a cera.
Existe o sonho do ser humano comum de voar, sonho que quase todo jovem tem de várias formas. Uma vaga lembrança, diz a ciência, dos dias antediluvianos, quando os progenitores do ser humano enfrentavam os ventos. Há a incrível aventura dos homens que lutaram nas batalhas do céu durante esta guerra — homens cujo instinto de voo e equilíbrio pareciam exceder em muito a qualquer mero treinamento técnico. E há a dedução biológica, baseada no fato de que todo ser humano tem em seu corpo rudimentos de órgãos antes usados, mas agora atrofiados por eras de desuso. Talvez, especulam Shinji e outros biólogos, haja algum rudimento de asa humana que possa se desenvolver quando o segredo tiver sido totalmente revelado.
“De qualquer forma”, afirma o investigador japonês, “se novas plantas podem ser desenvolvidas pelo cruzamento científico entre espécies e se a vida animal pode ser dirigida por alimentação e seleção”, está longe de ser absurdo acreditar que esses mesmos processos possam ser aplicados a formas mais elevadas da vida animal. “Asas para o ser humano — por que não? Talvez algum dia ele consiga voar sem o uso de aviões”.
Há, como dissemos, vários pontos interessantes nesste artigo. Em primeiro lugar, podemos notar que o Dr. Shinji afirma que, quando deu álcool aos pulgões com os quais fez os experimentos, eles se transformaram em criaturas sem asas, condenadas a se arrastar laboriosamente pela superfície da Terra; mas quando se alimentaram de açúcar, cresceram asas neles para subir ao céu. Em nosso Conceito Rosacruz do Cosmos e em outros lugares, mostramos como os alimentos cárneos e o álcool foram introduzidos na dieta humana, pelas Hierarquias Criadoras que guiam nossa evolução, com o propósito preciso de perdermos a nossa visão e poderes espirituais e nos fazer esquecer a nossa descendência divina para que aprendessemos as lições do Mundo material, a Região Química do Mundo Físico, com todo o nosso coração e e com toda a nossa vontade.
Como servos de Baco, nós nos tornamos seres da Terra, terrenos em maior grau do que imaginamos e é uma tarefa difícil nos levantar do atoleiro do materialismo, agora que está chegando o tempo de compensar nossa perda e desenvolver melhores faculdades e poderes maiores do que aqueles que possuíamos em épocas passadas.
Dissemos que o açúcar – não o refinado, mas o mascavo, o melado – é o novo alimento que vencerá o álcool e nos ajudará a cultivar a Individualidade que foi sacrificada ao “deus da uva”, que há tanto tempo escravizou o espírito do ser humano pelo espírito do vinho, que é fermentado fora do corpo humano e, por isso, é um espírito estranho, inimigo do ser humano. O espírito do açúcar, por outro lado, está sujeito ao espírito humano em cujo domínio corporal é fermentado e, portanto, dissemos que o açúcar é um estimulante seguro e fonte de energia. Tem sido amplamente demonstrado nos últimos anos que o açúcar substitui as bebidas espirituosas como estimulante, mas não tem nenhum dos efeitos nocivos do licor; portanto, está entrando em uso mais geral ano após ano.
Também é demonstrável que as nações que utilizam maior quantidade de açúcar per capita são as mais altruístas e avançadas. O açúcar está decompondo os grilhões do materialismo e nos tornando mais inclinados ao idealismo e à espiritualidade. Assim, os elementos grosseiros e sólidos do Corpo Denso estão desaparecendo. Estamos nos tornando mais refinados e os éteres que permeiam o Corpo Denso estão mais livres para vibrar. Isso nos torna mais sensíveis às vibrações psíquicas e abre caminho para a liberação do Corpo-Alma, composto pelos dois Éteres superiores do Corpo Vital. Quando esse ponto é alcançado, o corpo físico pode voar e voa mesmo, porque esse Corpo mais sutil não está sujeito à gravitação nem é sensível ao frio ou ao calor. Nós nos sentiremos perfeitamente à vontade se optarmos por voar para o Polo Norte, entrar na cratera de um vulcão ou explorar os mistérios das profundezas do oceano.
Então, a velocidade de um avião também parecerá um passo de caracol, pois o Ego se move com a velocidade da eletricidade; isto é, pode dar a volta em torno globo em um minuto ou menos. Nem pode ele ser ferido por colisão, pois as formas etéricas passam facilmente umas pelas outras sem perder consciência ou identidade.
Isso provavelmente soará como um conto de fadas para os desinformados, mas é um fato absoluto, testado e comprovado por milhares de pessoas sensatas todos os dias, por muitos anos, e o número está aumentando rapidamente, de modo que podemos esperar a qualquer dia ver estabelecido como um “fato científico” que o corpo físico possa voar e realmente voa mais rápido, e sem asas, do que agora com o avião.
“O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do espírito.” (Jo 3:8).
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de fevereiro/1919 e traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
Resposta: A morte é ocasionada pela ruptura da união entre o Átomo-Semente e o coração. Nesse processo, o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente abandonam o Corpo Denso, pelo alto da cabeça. Contudo, na morte o Ego e os veículos superiores permanecem em contato com o Corpo Denso, por meio do Cordão Prateado, por três dias e meio aproximadamente, período em que ocorre a retrospecção do panorama da vida recém-finda. Todas as imagens contidas nesse panorama são gravadas no Corpo de Desejos que, posteriormente, serão impressas no Corpo Vital, através do sangue, e se tornarão a base da experiência post-mortem. Só depois dessa gravação é que se rompe o Cordão Prateado no seu segmento entre o Coração e o Plexo Celíaco.
Ao morrer, a pessoa pode ficar presa ao Mundo Físico ou se endereçar para o Purgatório, local em que os nossos maus atos e hábitos deverão ser purgados. Aqui sofremos intensamente toda a dor causada a outros. É a Lei de Causa e Efeito agindo e dando a cada um aquilo que necessita.
Quando termina a existência no Purgatório, o Ego ascende ao Primeiro Céu, que está situado nas três Regiões mais elevadas do Mundo do Desejo. Aqui o indivíduo verá o panorama das boas obras da vida e voltará a sentir toda a gratidão que recebeu por sua benfeitoria. O Primeiro Céu é um lugar de alegria, sem vestígios sequer para a amargura.
A próxima etapa é o Segundo Céu; aqui a quintessência dos três Corpos é assimilada pelo Tríplice Espírito. O Segundo Céu é o verdadeiro lar do Ego humano; aqui ele permanece durante séculos assimilando o fruto da última vida e preparando as condições terrenas mais apropriadas para o seu próximo passo no progresso.
No Terceiro Céu o Ego se fortifica para a próxima imersão na matéria. Com a ajuda dos Anjos do Destino ele escolherá, dentre os panoramas de vida, como será sua próxima vida na Terra.
Para saber mais, Leia o Capítulo 3 do Conceito Rosacruz do Cosmos.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Nesta vida terrena, quando estamos despertos, nós, o Ego – um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui – funcionamos no Mundo visível como um Espírito interior, mas durante as horas de sono nós trabalhamos a partir do Mundo do Desejo, onde também permanecemos por algum tempo após mais uma nossa morte aqui. Os estágios posteriores da existência post-mortem serão vividos na Região do Pensamento Concreto, onde está o Segundo Céu. Acima desse, está a Região do Pensamento Abstrato, onde está o Terceiro Céu, atualmente o nosso lar. E é nesse ciclo que excursionamos pela Terra com o fim de ganharmos experiências e crescimento espiritual.
Enquanto vivemos aqui na Terra formamos certas ligações com outros que, de acordo com a Lei de Causa e Efeito produzirão seus efeitos, mais cedo ou mais tarde. Isso tem a aparência de sorte ou destino.
Em virtude de transgressões voluntárias ou ignorantes das Leis de Deus, em renascimentos passados, nós acumulamos uma dívida de más ações que devem ser liquidadas em algum tempo.
Devemos colher o que semeamos, antes que nos tornemos puros e livres em espírito. O conhecimento dessa “sorte” iminente, quando uma parte da dívida já está paga, nos paralisaria, e a visão total de toda a horrenda dívida, provavelmente, nos esmagaria por mais fortes que fôssemos, a menos que tivéssemos nos tornados pelo menos um pouco iluminados e capazes de nos conformar com as Leis da Natureza. Quando essa grande luz brilhar dentro do nosso coração e nos sentirmos como um “espírito pródigo”, apartado do nosso Pai do céu, quando exclamarmos no íntimo do nosso coração: “Eu irei para meu Pai”, e que esse desejo esteja sempre ante a nossa visão espiritual, então, pela primeira vez enfrentaremos a concretização do nosso destino, chamada pelos ocultistas “Guardião do Umbral”.
Essa entidade nos encontra na porta entre os Mundos visível e invisíveis. Quando tentamos entrar nesse mundo que conhecemos anteriormente por meio da visão espiritual, nos defrontamos com esse “Guardião do Umbral”, e não podemos passar antes que o tenhamos reconhecido.
Todos nós devemos enfrentar esse espectro horrendo, tal como Clyndon o fez na novela “Zanoni”, da autoria de Bulwer Lutton; esse espectro não se manifesta à Humanidade comum, mesmo nos períodos entre a morte e o renascimento, porém, o neófito, como já foi explicado, deve encará-lo, reconhecê-lo e tentar passar por ele.
Como neófito, devemos proferir um voto solene de fazer tudo o que for possível e necessário para liquidarmos a dívida de que o fantasma é uma concretização e, também, o voto de silêncio sobre todas as coisas ali ocorridas.
Quando a consultante pergunta quem é seu Ego, pede justamente a informação que o “Guardião do Umbral” dos Mundos invisíveis esconde sob a caritativa Lei da Natureza que ninguém tem o privilégio de quebrar. Até que tenha atingido a força espiritual para ultrapassá-lo e aprender por si próprio, isso deve permanecer escondido de si.
E, mesmo então, não haverá um intercâmbio ininterrupto e consciente entre o “Eu superior” e a Personalidade, o “eu inferior”.
Isso pertence a um estágio voluntário muito posterior, quando já tivemos inteiramente espiritualizado nossos veículos. Há, pois, somente um caminho a ser seguido: é aplicar-se diligentemente ao problema.
Se continuar a buscar, encontrará, mas lembre-se, não há meios fáceis de chegar a esse conhecimento. Ninguém pode fornecê-lo ou vendê-lo pronto para ser usado. Quanto a nós, que estamos mais avançados, tudo o que podemos fazer pelos outros é indicar-lhes o caminho, encorajando-os a encetá-lo até o fim, a despeito de todos os revezes e obstáculos, confiantes de que o que um ser humano faz, qualquer outro pode fazer. Cada um de nós tem o mesmo poder divino e está habilitado a ser bem-sucedido em tudo o que fizer.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz agosto/1980 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Saibamos ou não, a repetição é uma constante em nossas vidas. Consideremos tanto os permanentes ciclos anuais de nascentes e poentes do Sol, quanto as nossas próprias rotinas diárias, sempre seguindo o mesmo programa: acordar executar um número de tarefas numa certa correlação e dormir.
Algumas pessoas fazem alusão à palavra “ritual” ou, respectivamente “rotina”, como atos repetitivos, maçantes, cerimoniais sem sentido, ou mesmo tarefas rotineiras monótonas, que devem ser “suportadas” e não obrigatoriamente executadas com um certo grau de boa vontade. Nossa interpretação da palavra “ritual” pode, certamente, ter esse tipo de conotação, se assim desejamos. Porém, se em nosso modo de ver, “ritual” equivale à “coisa monótona” não percebemos, infelizmente, o ritual em sua luz real e verdadeira, e afastamos uma poderosa ferramenta, que nos ajudará a construir o nosso progresso.
Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental são claros e enfáticos a respeito da essencialidade da repetição para o desenvolvimento e espiritualização do Corpo Vital. Assim escreve Max Heindel: “A nota-chave do Corpo Vital é a repetição. Isso é fácil entender, quando levamos em conta que apesar de o Corpo Vital ter a faculdade de movimentar o Corpo Denso, só poderá conseguir movimentos satisfatórios mediante impulsos similares e repetidos. O Corpo Vital aprende a adaptar-se à coordenação dos movimentos do Corpo Denso, sob comando do espírito”. O bebê não caminha com perfeição, na sua primeira tentativa, e nem o músico chega a ser um instrumentista perfeito, após suas primeiras aulas de música. A repetição é indispensável para que os dedos do instrumentista e os pezinhos do bebê possam se movimentar como o Ego deseja. Nossos Ensinamentos Rosacruzes ainda dizem: “As escolas Ocultistas de todas as idades têm estabelecido como alvo a possibilidade de treinamento do Corpo Vital, por meio do trabalho com a sua nota-chave: a repetição”. Para essa finalidade, foram elaborados vários rituais correspondendo aos vários estágios evolutivos da humanidade. Dessa maneira conseguiu-se um progresso espiritual lento, porém seguro, independentemente da percepção, ou não, do ser humano, de que estava sendo “esmerilhado”. Os Serviços Devocionais do Templo e de Cura da Fraternidade Rosacruz são também conduzidos por cerimoniais ritualísticos.
Há quem se queixe de que uma estrutura formal, em constante repetição, torna qualquer serviço divino monótono, e que o fato de ter de falar e ouvir sempre a mesma coisa não estimula os participantes. Essas pessoas não entendem, porém, que realmente o nosso Corpo de Desejos, que nós sentimos como a nossa “natureza emocional”, está sempre à “procura de novidades”. A inconstante natureza de desejos é facilmente atraída de uma emoção à outra, sendo assim potencialmente destrutiva, se não estiver devidamente controlada. Os serviços religiosos em que são utilizados tanto a oratória de grandes efeitos emocionais ou hipnóticos, quanto outros detalhes, nas respectivas liturgias, são particularmente atraentes aos Corpos de Desejos dos participantes. “Eles reagem ao teor emocional do serviço religioso, sentindo-se praticamente em levitação. O efeito, porém, é puramente temporário, e um novo contato com essa liturgia emocional causará mesmo arroubo religioso, arrependimento, ou qualquer outro sentimento que estava sendo induzido no grupo. Assim, o serviço ‘cheio de novidades’, não teve efeito duradouro nos participantes. Por outro lado, o efeito repetitivo da cerimônia ritualística é sentido no Corpo Vital que é de natureza mais estável, apesar de não se obter resultados tão dramáticos em termos de impressões recebidas pelo participante.”
Muitos se revoltaram contra a disciplina da rotina do trabalho diário. “Ah se eu pudesse não trabalhar hoje”, dizem, “Há tanta coisa por fazer aqui em casa”, ou “Há tanta coisa que eu faria para me realizar, em vez dessa droga de emprego” ou “como gostaria de ficar em casa e não fazer NADA!”. Não há dúvida, uma mudança de vez em quando é necessária e é perfeitamente lícito “não fazer nada” por um curto espaço de tempo num merecido descanso. Necessitamos da disciplina de um dia de trabalho, para nos manter, por assim dizer, dentro dos nossos “eixos” de produtividade, apesar de não pensarmos assim. Somos, realmente, extremamente criativos com que “poderíamos fazer se tivéssemos tempo à nossa disposição”. Porém muitos de nós verificariam que se não fôssemos obrigados a trabalhar para viver, ou cuidar de nossos lares, ficaríamos anestesiados por uma preguiça aguda. Há poucos dentre nós que têm bastante autodisciplina e força de vontade para permanecer em altos níveis de produtividade e aspiração, faltando o estímulo do dever. A tentação de “diminuir o ritmo” ou sair na perseguição de “passatempos” é, geralmente, grande demais para poder ser vencida com êxito, por uma certa duração de tempo. Assim sendo, mesmo se as férias e dias feriados são justos, é também uma boa coisa muitos serem forçados pelas circunstâncias a trabalhar para viver, ou tomar conta dos afazeres domésticos seguindo assim um ritual do trabalho.
Da mesma forma, deveríamos fazer um esforço para instituir o que chamamos de “ritual do serviço” dentro da rotina de nossas vidas diárias. Muitas pessoas partidárias entusiastas da ideia do serviço, ficam devendo o que se esperaria delas em termos de “obras” de serviço. Gostariam de ajudar o seu semelhante de uma ou outra maneira; quando chega a hora da implementação desse objetivo, acabam por achar que “não dispõem de tempo necessário”. Mediante uma observação mais criteriosa, porém, poderá se verificar que teriam tempo, se soubessem dividi-lo de maneira mais criteriosa.
Poucos são, realmente, tão ocupados com responsabilidades para com suas famílias, ou para com eles mesmos, que não possam doar, pelo menos algumas horas da semana para o serviço em benefício da humanidade. Não que as nossas responsabilidades para com as famílias que constituímos não sejam uma forma de serviço. Pelo contrário, servimos no seio da família. Há, porém, uma diferença, entre providenciar por meio do trabalho o sustento físico da família, ou trabalhar longas horas simplesmente para alcançar um mais “alto padrão de status social”, acomodações mais luxuosas, aumentar o poder e o prestígio no mundo, etc.
Da mesma forma, nossas responsabilidades legítimas para com a nossa pessoa são, de direito, somente aquelas que dizem respeito ao crescimento anímico, ao progresso evolutivo e à manutenção das necessidades básicas de nossa existência física. Não são consideradas nessa categoria de legitimidade muitas das atividades egoístas para as quais devotamos tanto tempo e energias. De fato, o crescimento anímico é uma de nossas responsabilidades legítimas, e visto que tal crescimento anímico é adquirido mediante o serviço para com os outros, é nosso dever incorporá-lo na rotina de nossas atividades como não olvidamos de alimentar-nos, dormir, trabalhar por dinheiro e do nunca esquecido lazer.
O ritual do serviço, mesmo tendo certas características repetitivas, não requer em absoluto a execução do mesmíssimo serviço, sempre de forma semelhante e a mesma hora do dia. Pelo contrário, o serviço, para ser realmente de primeira ordem deve ser executado quando e onde for verificada a necessidade, sem planejamentos prévios ou programações. Lógico, é excelente devotar um dia particular de cada semana para trabalhar no hospital mais próximo, creche ou instituição parecida. No resto da semana, porém, não temos o direito de ignorar tais ocasiões de servir dando preferência sempre aos nossos interesses pessoais.
Se sabemos que “teremos que servir” como sabemos que “teremos de “comer” ou “dormir”, estaremos mais alertas a discernir as oportunidades para o serviço, conforme apareçam. Incorporadas ficarão, então, às nossas vidas, tal um verdadeiro “ritual do serviço”, a ser repetido muitas vezes. Se determinarmos não deixar um dia passar sem, de alguma forma ter servido alguém, e seguramos esse propósito firmemente em nossas Mentes, ao despertarmos veremos como nossa atenção se voltará automaticamente para as oportunidades de servir que nos foram dadas. Depois de certo tempo, quando nosso campo de ação ficar maior, quando servirmos automaticamente, dia a dia, em cada ocasião que nos for apresentada, então o fato e não a ideia de serviço nos será como um reflexo, espontâneo e natural.
Como já foi mencionado, o ritual do serviço é, ou deveria ser caracterizado por certas qualidades indispensáveis. Como ideal deveria ser encarado o elemento da espontaneidade, que permite o pleno uso de cada oportunidade de serviço. O nosso “olhar do outro lado”, as nossas racionalizações, ou escusas “justificadas” por atividades, aparentemente urgentes, mas atualmente egoístas, não entrarão mais em nosso esquema de serviço. Faremos o máximo de cada oportunidade recebida pelo simples motivo que ela existe e, também, nos encontramos no mesmo lugar, sendo esse o tempo certo e o lugar certo para servir. Poderemos não julgar o trabalho envolvido particularmente atraente e talvez seja até necessário deixarmos de lado umas férias planejadas com muito carinho, a fim de que a tarefa seja executada. Já que a necessidade para o serviço existe e veio ao nosso encontro, faremos o melhor possível para remediá-la com o máximo de naturalidade.
A segunda qualidade, ideal para o ritual de serviço, é a alegria. Um serviço efetuado quando resmungamos por fora e estamos eivados de ressentimentos por dentro só tem um efeito parcial. O beneficiário sente nosso estado negativo e o seu alívio é diminuído pelas nossas reações indesejáveis. Igualmente, o servidor de má vontade não tem a atenção completamente voltada para a tarefa, uma parte dele está em desacordo, em conflito, parte dos pensamentos que deveria se voltar ao caso em pauta, redemoinha ao redor dos seus sentimentos menos desejáveis. Aquele que serve alegremente, dá o que tem de mais elevado em termos de potencialidades. Cada fibra de seu ser contribui à boa execução e os resultados são esplêndidos. Ele serve porque quer, não porque é empurrado pela sua consciência. As correntes, em seu Corpo de Desejos, não são cortadas pelo efeito congelador dos sentimentos negativos, permitindo que a pessoa produza o máximo em termos de Epigênese e ação. Sua qualidade de serviço é, portanto, infinitamente superior, à qualidade produzida pelo colega de pouca boa vontade.
A alegria, como a espontaneidade, são qualidades que não podem florescer no Estudante Rosacruz da noite para o dia. É muito humano o ser incomodado pelo apelo da consciência, mesmo se a pessoa procura atendê-lo. É tão humano ficar irritado quando os próprios os planos vão por água abaixo por causa das necessidades de um outro ser humano. É tão humano, também, o fato de se permitir que o cansaço ou os problemas pessoais oprimam o otimismo. Uma atitude alegre, em tempo integral, não se obtém, como já foi mencionado, da noite para o dia. Contudo, na medida em que o Aspirante à vida superior desenvolva a terceira qualidade necessária para o ritual do serviço, aprenderá a manter seu otimismo em níveis sempre mais elevados.
A terceira qualidade é o sentimento e a expressão do amor. Fala-se muito em nossos Ensinamentos Rosacruzes a respeito do serviço amoroso, que é a mais pura e aceitável forma de agir. O mandamento de amor, o Mandamento do Cristo, é o mais elevado pináculo evolutivo que pode ser atingido pela humanidade de nossos tempos. Definimos como “amor” o sentimento fraterno harmonizado com o amor universal, reconhecedor de que toda Vida procede de Deus e que todos somos parte desse glorioso Uno. Esse amor, levado às suas mais elevadas expressões, nos incentivaria um dia a dar até nossas vidas pelos nossos semelhantes. Esse amor que engendra o altruísmo, dá mais valor aos problemas do seu irmão e da sua irmã do que aos próprios problemas. Essa é, portanto, a qualidade que nos encoraja a tirar o máximo de resultados na hora de auxiliarmos o nosso irmão e a nossa irmã, e oferecer a nossa vida para o seu bem-estar.
Quando esse sentimento cria certa força dentro de nós, tanto a espontaneidade, quanto a alegria ficarão, automaticamente, integradas em nosso ritual de serviço. Se realmente amamos aos nossos irmãos e as nossas irmãs, no sentido expressado por Cristo-Jesus, nossas vidas serão marcadas por uma maneira de ser alegre, espontânea e serviçal, sem outras digressões.
É essa a meta final, porque sabemos que “o serviço amoroso e desinteressado é o caminho mais curto, mais seguro e mais alegre que nos conduz a Deus”. Quando aprendemos a palmilhar esse caminho exclusivamente, sem digressões e alterações de um lado ou de outro, o ritual do serviço será a nossa segunda natureza. Dará sentido às nossas vidas, contentamento íntimo, produzirá crescimento anímico e será a nossa mais importante atividade dentre todas as nossas atividades terrenas. Então, e somente então, os nossos Corpos Vitais ficarão gloriosamente espiritualizados, e nossos Corpos-Alma, formados pelos dois Éteres superiores de nosso Corpo Vital, serão poderosos e radiantes, de fato. Os nossos Corpos de Desejos, hoje tão afinados com tudo que é “diferente” “sensacional”, ou simplesmente novo, serão vistos como uma ferramenta útil e bela pelo sincero Aspirante à vida superior.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1974 – Fraternidade Rosacruz-SP)
É interessante notar, em nossos contatos comuns de cada dia, como reagem as pessoas a determinadas situações. De um modo geral, a maioria parece estar sempre em pé de guerra, com o espírito constantemente prevenido, preparada para defender-se de alguma possível agressão. Se alguém, mesmo em meio de uma conversa banal, usar algum termo capcioso, com ou sem intenção, é quase certo que provocará uma reação à altura, da pior espécie possível. Parece que todo o mundo lá fora, quero dizer, fora da vida espiritual, está empenhado em não se deixar atingir. E não poucos conservam, além de um estado permanente de autodefesa, uma necessidade premente de expressar-se em seu mais alto nível de valores, de talentos, de conhecimentos, de ideias, quando não, de posses e de uma boa situação financeira. Há, em geral, no ar, uma preocupação aflitiva em manter as aparências de parecer melhor, mais sábio, mais inteligente, de sobressair-se, como se o interlocutor, companheiro de trabalho, amigo ou até parente, seja um competidor perigoso, na sua escala de valores. Quase ninguém pensa em acertar, em encontrar o certo, sem preocupações de derrota ou de vitória ao seu próprio ponto de vista. E não raro acontece que, se alguém que já tenha ultrapassado esse estado de egotismo e, enxergando um pouco mais longe, procure atuar, nesses momentos, baseado nos seus princípios altruístas, seja imediatamente considerado um tolo, servindo de alvo da desconsideração ou até da astúcia dos outros.
Esse estado de coisas, entretanto, não deve assustar aqueles que, em face dos contatos humanos heterogêneos, mantêm-se bem-intencionados, embora não recebam a troca de valores que seria cabível no momento. Quem se aprofundar um pouco mais numa melhor e maior filosofia de vida e tiver a felicidade de pertencer a uma escola espiritualista de alto nível, como a Fraternidade Rosacruz, por exemplo, acabará penetrando no valor real de cada coisa, e sabendo como não se deixar atingir por nenhum desentendimento ou nenhum desafeto. Quando chegar, mesmo a esse ponto de ter que enfrentar situações de competição, saberá passar por cima das intenções incorretas, mantendo-se dentro de sua própria serenidade, de sua própria segurança íntima. E, não se deixando atingir, compreenderá com maior exatidão o peso real de cada palavra, de cada intenção, e, em lugar de sentir desconforto, necessidade de se defender ou até de fugir daquela situação, resumirá suas respostas na própria certeza do bem já desenvolvido em amor e compreensão. E é aí que começa a crescer em seu coração o verdadeiro espírito de Fraternidade, e a voz do Cristo interno passará a orientá-lo, cada vez mais viva, para o certo, para o verdadeiro.
Não será fugindo aos contatos da força agressiva da Personalidade alheia e de seus tentáculos, que se chegará à Verdade, mas observando, estudando em silêncio, procurando encontrar no caminho da discrição, o seu próprio dever, a sua real atitude. Tenhamos em mente que a verdadeira meta, Cristo Jesus deixou traçada para a humanidade em Seu caminho de glória e sofrimento. Quem quiser, mesmo, progredir realmente em sua vida espiritual e acertar em todos os momentos, muito aprenderá com a vida de Cristo, mediante os Evangelhos. E, se seguir com cuidado e persistência os ensinamentos de uma filosofia superior como a Fraternidade Rosacruz, encontrará esclarecimento e resposta aos seus pontos fracos, reforço para os pontos fortes e iluminação para realizar-se em seu próprio equilíbrio. Então, não haverá força humana capaz de causar-lhe qualquer sorte de desconforto, e sua firmeza poderá ajudar também aqueles que enxergam menos e ainda estão condicionados a uma série de preconceitos criados pela força da Personalidade.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de outubro/1974 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Estudamos no seu livreto “A Interpretação Mística da Páscoa” de Max Heindel, que quando Cristo foi crucificado no Gólgota, Seu grande sacrifício pela Humanidade somente tinha começado: “Todos os anos, desde esse tempo, quando o Sol passa do Signo zodiacal de Virgem para o de Libra, o Espírito de Cristo, retornando à nossa Terra, toca a sua atmosfera. Ele começa a sua jornada de descida em torno de 21 de junho (varia entre 20 e 21 de junho, dependendo do ano), no Solstício de Junho, quando o Sol entra no Signo de Câncer. Ele chega ao centro da nossa Terra à meia-noite de 24 de dezembro. Aí Ele fica por três dias e, depois, começa a voltar. Esta volta completa-se Equinócio de Março (varia entre 20 e 21 de março, dependendo do ano). Desse Equinócio até o Solstício de Junho Ele está passando pelos Mundos espirituais e chega ao Mundo do Espírito Divino, o Trono do Pai, a 21 de junho (ou 20, dependendo do ano). Durante julho e agosto, quando o Sol está em Câncer e Leão, Ele reconstrói o seu veículo Espírito de Vida, que Ele trará ao mundo, novamente, e, com esse veículo, Ele voltará a rejuvenescer a Terra e os reinos de vida que nela evolucionam. Do Natal até a Páscoa Ele se dá a Si mesmo sem limitações nem medida, imbuindo com vida, não apenas as sementes adormecidas, mas todas as coisas sobre e dentro da Terra.”.
Numa manhã de uma quarta-feira, 21 de março, então Equinócio de Março, o Grande Espírito Solar Cristo se elevou da Terra. Se o Estudante Rosacruz atingiu a um grau de desenvolvimento no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz é possível assistir a esse evento anual no Mundo do Desejo.
E junto a isso pode se ver uma quantidade de Seres Exaltados e de Liberados (seres humanos com todas as Iniciações Maiores e/ou a última a do Libertador). Continuando, e ver os Arcanjos, os Anjos e, em seguida, os Iniciados com Iniciações Menores e algumas Iniciações Maiores. Todos estarão rodeados por grandes e lindas auras de cores delicadas, de uma luz branca deslumbrante e de outra luz dourada que é impossível descrevê-las.
É possível ouvir a música das esferas e o canto dos Anjos. O mundo inteiro parece como uma grande esfera de luz branca e, quando Cristo sai da Terra, os seres que iam em procissão, em Sua direção, formaram um quadrado, com Ele no centro.
Os seres radiantes formam, ao redor do Cristo, cinco grandes quadrados de vários tamanhos, que parecem ser uma forte e poderosa guarda pessoal de grandes Seres em seus elevados veículos.
É possível observar o Cristo sair da Terra até se perder de vista.
Devemos lembrar que Ele (ainda que somente um raio do Cristo Cósmico) ficou confinado na Terra por seis meses e sentiu as tristezas, os pecados e sofrimentos de toda a vida durante esse período. A aura de Cristo iluminou toda a Terra.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Nesses conturbados tempos, os Ensinamentos Rosacruzes constituem uma sólida e confiável mensagem de esperança. Notamos até pessoas dotadas de um vasto cabedal de conhecimentos espirituais, com dificuldades para manterem-se infensas as vibrações de desânimo e exasperação circulantes pelo mundo. Há momentos em que a estrutura interna mais equilibrada aparenta vacilar, quando não vacila mesmo.
O Estudante Rosacruz tem a seu favor o fato de viver consoante conhecimentos profundos das Leis Universais. Procurando aprofundar-se nos mistérios da natureza, extrairá desse esforço uma orientação segura diante dos embates da vida. Mas o que o permanece diante de quaisquer circunstâncias é a fé. Max Heindel a define como “uma perspectiva otimista acerca do bem final”.
Em realidade, sejam os acontecimentos agradáveis ou desagradáveis, carregam em seu bojo valiosas lições de vida. Não importa quão difícil seja a nossa existência. Se a vislumbrarmos como uma gama de oportunidades de aprendizado e crescimento anímico, por certo ela não nos será um fardo incômodo. Converter-se-á numa aventura fascinante e gratificante, onde os contrastes, as alternâncias, as supostas contradições, nada mais são que etapas a serem queimadas, capacitando-nos a agir melhor, futuramente. Nossa consciência moral nasce em meio às dificuldades, quando nosso caráter é tentado a agir erroneamente.
Quantas vezes um indivíduo de boa formação cede aos reclamos insidiosos da natureza inferior, procurando tirar partido de determinadas situações, esquivando-se ao cumprimento de certos deveres, ou pecando por omissão em ocasiões onde deveria manifestar-se.
Se não ignorarmos essa faceta do ser humano, observando-o como um diamante bruto, em processo de lapidação, mais fácil nos será cultivar a tolerância e o entendimento de uma verdade fundamental: embora filhos do mesmo Pai, emanados da mesma Fonte Divina, vivemos experiências diferentes. Dessa forma cada um se encontra num determinado estágio evolutivo. A maneira como reagimos a essas experiências é determinante de atraso ou adiantamento.
Hoje, mais do que nunca, o Estudante Rosacruz deve cultivar a delicada flor da esperança, na expectativa de uma venturosa fluência para um bem final. Portanto, a coragem deve acompanhá-lo em todos os momentos e em todas as suas atividades, sejam de caráter material, sejam de natureza espiritual.
Em primeiro lugar, deve permanecer firme em meio a situações adversas. Deve manter-se equilibrado pela conscientização de suas potencialidades anímicas, fatores capazes de modificar quaisquer situações. Deve imbuir-se da inabalável fé de que Cristo, nele, é mais poderoso que as aparências antagônicas.
Os Ensinamentos Rosacruzes ensejam a podermos constatar em nosso íntimo a existência de algo superior às circunstâncias. Assim, não nos abalemos com os acontecimentos, mas procuremos descobrir o significado.
A cada manhã, quando acordarmos e dedicarmo-nos às práticas espirituais façamo-las seriamente, convictos de que aquele dia recém-iniciado será o mais importante das nossas vidas, com Deus manifestando-se cada instante, através dos nossos atos amorosos.
(Gilberto A V Silos – Editorial da Revista Serviço Rosacruz de 8/80 – Fraternidade Rosacruz São Paulo – SP)