Arquivo de categoria Material de Auxílio aos Estudos de Astrologia Rosacruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Para os que se desanimam em estudar nos Cursos de Astrologia Rosacruz

Muitos de nós quando se inscrevem nos Cursos da Fraternidade Rosacruz se enchem de muita alegria e entusiasmo. Esperam por uma nova lição e assim que ela chega, a leem e releem e tornam a ler, para assimilar o conteúdo e elaborar as respostas. Normalmente isso acontece com o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, com o Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz e com o Curso de Estudos Bíblicos baseado nos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. Do mesmo modo, muitos de nós percebem que tal entusiasmo não acontece com os Cursos de Astrologia Rosacruz!

Alguns admitem até, durante anos, entender a astrologia como uma coisa de adivinhação e sem bases científicas, e iniciam o Curso de Astrologia Rosacruz até com essa cisma. Uns, vão entendendo, compreendendo, persistindo, persistindo e persistindo. Outros, tentam pular etapas, vão se enganando, e, aos poucos, vão desistindo ou fazendo sem a aplicação, ênfase e dedicação necessária e suficiente que se espera de um aspirante à Astrólogo Rosacruz.

As dúvidas sobre as bases científicas são naturais, pois é fruto de séculos de enganação com uma Astrologia que, muitas vezes, nos foi apresentada mais como uma adivinhação barata do que como uma Ciência Divina. Aqui está uma ótima oportunidade para se fazer o Exercício Esotérico do Discernimento, como fornecido no Livro “O Conceito Rosacruz do Cosmos”. Como separar o mundano, o falso, do divino, do verdadeiro?

Que a Astrologia Rosacruz é uma Ciência Divina, isso não há dúvidas. Para atestar isso leia o livro “Astrodiagnose e Astroterapia”. Nesse livro, Max Heindel e Augusta Foss Heindel deixam claro que a Astrologia Rosacruz é uma Ciência Divina e deve ser utilizada única e exclusivamente para a Cura Definitiva (a cura que envolve o Corpo e a Alma, simultaneamente) das doenças e enfermidades (que nada mais são do que indicativos de lições que escolhemos aprender, ainda no Terceiro Céu, e que viemos nessa encarnação com partes do corpo que nos indicam, ainda latentes, que devemos prestar a atenção para nos dedicar a aprender tais lições e que, se insistimos em não aprendê-las, a latência se tornará ativa e a doença ou enfermidade se manifestará. Se nos mantemos alertas e aprendemos a lição, transformando (ou sublimando) aquele vício, defeito, falha ou problema em bom hábito – e depois em virtude – a doença ou enfermidade não se tornará ativa e passaremos a vida toda sem tal coisa se manifestar em sofrimentos e dores. Afinal, quaisquer coisas materiais que precisamos, teremos na medida, no tempo e quando for necessária. No livro “Teia do Destino” temos essa medida: “As invocações usadas para pedir coisas temporais são magia negra; pois temos a promessa de: ‘Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas’. Cristo nos indicou o limite a que podíamos aspirar no Pai Nosso, quando ensinou Seus discípulos a dizer: ‘O pão nosso de cada dia dai-nos hoje‘. Tanto no que diz respeito a nós mesmos como aos demais, devemos nos resguardar de ultrapassar esse limite na invocação científica”. Afinal, podemos considerar as enfermidades sob dois aspectos: a latente e a ativa. As tendências latentes estão indicadas pelas configurações adversas do Horóscopo. Se os pais são astrólogos ou tomam a sério os conselhos do astrólogo espiritual, a respeito das tendências de seus filhos, poderão ajudá-los de modo que as doenças possam ser evitadas ou, no caso em que isso não for possível, a pessoa possa ter condições de melhor lidar com elas e extrair o crescimento anímico que as doenças lhe proporcionam. É a mesma lei que diz: “se um elo de uma corrente está fraco, mas nunca a esticamos além do que ela pode, jamais se romperá”. Todavia, se as mesmas tendências de outras vidas, os abusos e as transgressões às leis de harmonia continuam nesta existência, aí se manifestarão os pontos débeis. Primeiramente surgem os sintomas, indícios de que a enfermidade se acha em processo de materialização (pois começa nos veículos Vital, de Desejos e Mente, para, finalmente, manifestar-se no Corpo Denso). “Quando se provocam os Aspectos adversos e a enfermidade aparece, as posições progredidas dos Astros orientam o curador a estabelecer um quadro completo do caso. Só o exame global do Horóscopo nos pode dar orientação segura do caráter da pessoa e o melhor modo de ajudá-la. A natureza física é indicada pelo Ascendente; pela posição e Aspectos do governante e suas configurações. Também precisamos examinar a sexta Casa, que rege a saúde e enfermidade. Isso tudo nos dará uma chave da natureza da enfermidade e o modo de removê-la ou contemporizá-la em estado latente. Por outro lado, devemos ver o papel que o enfermo deve desempenhar, em colaboração, e aí entra sua disposição física e tendências morais, marcadas pela posição do Sol e outros pontos do Horóscopo. Nossa esperança é que muitos profissionais da saúde de Mentes amplas e aquarianas, propensos a estudar um método mais avançado de diagnóstico, se achem dispostos a empregá-lo uma vez comprovada a sua eficácia”.

Quaisquer outros usos são distorções do objetivo da Astrologia Rosacruz e tende a cair na vala da adivinhação ou do palpite para se tentar conquistar algo material ou imaterial ou “justificar” o porquê do agir de um modo ou de outro. E esse tipo errado de uso é muito fácil de identificar, pois quem assim o faz, não utiliza somente o material da literatura Rosacruz para Astrologia, mas está sempre introduzindo material de outras fontes e que, logicamente, tem os mesmos objetivos de buscar “razões” para um comportamento, uma conquista de algum bem ou a justificativa para isso ou aquilo.

Um outro motivo que pode ser uma das causas dos desânimos é “descobrir” que a Astrologia Rosacruz aponta “tendências de ocorrer” e não a certeza inexorável que acontecerá. Aqui está outro equívoco, quando se esquece da máxima ocultista, como aprendemos na Astrologia Rosacruz: “os Astros impelem, mas não compelem” aplicada de maneira superficial e mesquinha. Sim! Tudo que está no nosso Tema são tendências. Nada nos é imposto, pois temos o livre arbítrio (somos criados à “imagem e semelhança de Deus”). Não é porque a pessoa tem Saturno de um modo ou de outro no Tema que tem que se comportar desta ou daquela maneira. No entanto, se ela tem Saturno assim e isso lhe dificulta resistir a alguma tentação (que, ao cair nela, ativará uma doença ou enfermidade) então, deve saber que todas as vezes que lidar com tais assuntos indicados, deve redobrar o seu cuidado, pois já sabe que tem dificuldades naqueles assuntos e a chance de cair na tentação é maior do que para outro irmão ou irmã que não tem Saturno assim. A medida, a intensidade, a dificuldade disso só a pessoa que tem o Saturno assim sabe. Por isso, é importante e indispensável cada um levantar o seu próprio Tema e interpretá-lo. Jamais solicitar a outrem fazer isso, sob pena de cair no erro de quem interpretou, ter uma análise superficial da questão ou, ainda, ser enganado de propósito. Se alguém utilizar a Astrologia Rosacruz para levantar o Tema de outras pessoas estará gerando destino maduro para si mesma (e a pessoa que solicitou também) que se transformará em dívidas a serem pagas nas próximas vidas. A única situação em que assim se faz é quando é para filhos com idade menor de 14 anos, desde que feito pelos pais ou pelo responsável, para entender como melhor ajudar a tais filhos na Cura definitiva.

O estudo em conjunto é muito importante, pois um ajuda o outro e todos saem ganhando, mas o foco tem que ser naquilo que a Astrologia Rosacruz se propõe: cura definitiva das doenças e enfermidades.

Lembremos: a saúde, tê-la ou não, está diretamente correlacionada com os assuntos como personalidade, finanças, filhos, amigos, casamento etc. E tudo isso se aprende nos três Cursos de Astrologia Rosacruz.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Como se utiliza a Astrologia no dia a dia e como há charlatões que tentam desvirtuá-la

Apesar desta revista destinar-se aos filiados à Fraternidade Rosacruz que já conhecem o valor da Astrologia, queremos nos dirigir àqueles que, não participando ainda dos nossos ideais, venham a se espantar pelo fato de aparecer, numa Revista que se diz destinada a difundir a sublime Filosofia Rosacruz, uma seção destinada à Astrologia Rosacruz.

Até certo ponto, esses amigos céticos têm razão; a Astrologia, atualmente e para muitas pessoas, é tida como algo para adivinhar, como charlatanismo. Porém, quem fez da Astrologia charlatanismo? Naturalmente que ela, por si mesma, não o foi; foram, portanto, os próprios charlatães que, com a falsa capa de astrólogos, deturparam essa ciência sagrada. Pelo fato de haver médicos inescrupulosos ou pessoas que exerçam a falsa medicina, não concluímos daí que essa utilíssima ciência seja charlatanismo, não é verdade? Muito pelo contrário, chamamos de charlatães aos que desvirtuam tão nobre ciência; mas, a Medicina continua no seu pedestal, continua a ter crédito e a ser de utilidade para a humanidade.

Esse mesmo princípio, esse mesmo raciocínio deveria ser empregado com relação à Astrologia. Por que deveremos tachar a Astrologia de charlatanismo? Pelo fato de haver charlatães que deturpam e desvirtuam os seus ensinamentos? Não, Amigos. Já vimos que esse não é motivo que faça a Astrologia descer das alturas em que deve ser mantida. Combatamos o charlatanismo e não a Astrologia.

A pessoa que se utiliza do calendário, não faz outra coisa do que utilizar-se da Astrologia. Dizer que “estamos em 22 de dezembro”, é o mesmo que dizer: “o Sol entrou no Signo de Capricórnio”. Dizer: “em 21 de setembro começa a primavera”, significa, na verdade, que o Sol acaba de entrar no Signo de Libra. E, em verdade, não é exatamente em 21 de setembro que começa a primavera, mas em 23. Cada grau que o Sol percorre no Zodíaco, assinala um dia no calendário. O fato de que o Zodíaco tenha 360 graus e o ano 365 dias é porque o Sol não percorre exatamente um grau por dia. O cômodo calendário, a simples folhinha, não é, pois, outra coisa do que uma simples e imperfeita interpretação do ciclo solar anual, já utilizado pelos antigos “caldeus”.

É claro que a referência é feita ao movimento “aparente” do Sol, pois em verdade quem perfaz o ciclo é a Terra.

O agricultor que realiza sua sementeira em épocas determinadas, de acordo com as fases da Lua, é um astrólogo que ignora que o é, mas sabe que depois da Conjunção Lua-Sol (Lua Nova) tudo cresce, e que depois da Oposição dos luminares (Lua Cheia), as forças criadoras da natureza decrescem. Astrologia pura, como se vê.

Qualquer marinheiro do mundo sabe que para entrar em portos de pouca profundidade de água, deverá chegar quando se produza a Oposição ou a Conjunção da Lua com o Sol, porque do contrário faltará água para o calado do seu navio. E que as marés altas se produzem nesses períodos. O marinheiro talvez não saiba, mas isso é Astrologia pura.

Finalmente, quando na linguagem do povo se diz: “Um lunático”, faz-se Astrologia. Porque um lunático sempre tem forte influência de Câncer, que é um Signo Zodiacal.

É nosso propósito mostrar e demonstrar a veracidade da Astrologia Rosacruz. É nossa intenção procurar despertar o interesse do Amigo leitor para que se dedique ao estudo dessa ciência tão menosprezada.

Procuremos demonstrar a universalidade do uso da Astrologia Rosacruz. Nós a usamos constantemente sem repararmos que, apesar de todo o nosso ceticismo, estamos praticando a Astrologia Rosacruz.

Vamos ver algumas experiências materiais que atestam a influência astrológica no nosso dia a dia:

Já em outra ordem de ideias, estritamente científicas, isto é, dentro de um método apoiado em rigorosas demonstrações positivas, comprovou-se a influência dos Astros sobre os metais e sobre os Corpos simples. Isso não é obra dos astrólogos, mas dos físicos e dos químicos.

Assim, servindo-se de papel mata-borrão impregnado em uma solução de sais de prata e de ferro, o casal Kolisko demonstrou a influência da Lua e de Marte sobre esses sais. No momento da Conjunção desses Astros, formaram-se no papel mata-borrão uma série de “linhas de força” que terminavam em pontas de flecha de cor pardacenta, as quais se iam apagando à medida que a Lua se afastava de Marte.

Léon Mercier, físico francês contemporâneo, demonstrou, apoiando-se em experiências que realizou durante 15 anos, que os raios da Lua corroem com muito maior rapidez o mármore, ou seja, o carbonato de cálcio, do que os raios do Sol, apesar de que a luz emitida pela Lua é 465.000 vezes menos potente do que a do Sol. Isso vem demonstrar que a Lua emite um comprimento de onda que lhe é próprio e, em certos sentidos, mais poderoso do que o Sol.

Citamos essas experiências para deixar bem patenteada a seguinte verdade: os Astros influem sobre os metais e sobre os corpos simples – como prova a influência lunar sobre o crescimento dos vegetais – em virtude de que princípio lógico poderia alguém de boa-fé negar a influência dos Astros sobre o Corpo humano, constituindo em sua essência molecular por esses mesmos corpos simples? Na realidade, como alguém já disse, é mais fácil provar a verdade, a legitimidade da Astrologia do que a de qualquer outra ciência.

Provada essa influência dos Astros sobre o Corpo Denso, e como todos sabemos que o intelectual, o mental e o espiritual são inseparáveis do Corpo Denso, fica de fato demonstrada a influência dos Astros sobre o caráter, a inteligência, a saúde, as predisposições, em uma palavra, sobre o destino total do ser humano.

Durante todos os séculos que antecederam, a experiência dos astrólogos foram se acumulando e dados foram sendo compilados; tais dados foram submetidos a rigorosas comprovações, por meio de rigorosas estatísticas e por outros processos de observação direta. Desses dados, que outra coisa não são do que posições planetárias comuns a determinados temperamentos e inteligência, concluíram-se LEIS que permitem saber com exatidão, como é um ser humano, física e moralmente, da mesma maneira que o médico diagnostica uma enfermidade pela repetição dos sintomas já observados em outros casos dessa mesma enfermidade. E tudo isso os verdadeiros astrólogos conseguem sem outros dados além da data, hora e lugar do nascimento, dados esses que permitem estabelecer o “diagnóstico astral”, isto é, representar a posição dos Astros nesse ponto da Terra e nessa hora determinada até o minuto.

É muito certo que, da influência dos Astros, a maioria dos astrólogos só conhece os efeitos; porém, nós, que consideramos a Astrologia Rosacruz como sagrada, não podemos separá-la da Religião e, por isso, vamos mais longe, partindo dos efeitos para conhecer as causas. Isso, porém, não constitui descrédito à Astrologia Rosacruz, pois o mesmo ocorre com a eletricidade da qual apenas conhecemos os efeitos, e parece-me ainda não ocorreu a ninguém negar a existência da eletricidade.

O fato é que, no instante do nascimento, as forças astrais “sensibilizam” o ser para toda a vida, assim como um raio de luz, ao passar através da câmera escura, fixa para sempre a imagem na chapa fotográfica. Tudo o que um homem ou mulher traz potencialmente ao nascer, sua “predisposição” inata para alguma coisa está escrita no seu céu de nascimento. E o cálculo das probabilidades aplicado à estatística, demonstrou, pela frequência das semelhanças humanas que correspondem a posições planetárias também semelhantes, que os antigos estavam com razão.

A Astrologia Rosacruz é, pois, uma ciência experimental, como a física, a medicina ou a química, e a ela, nos domínios da saúde, da vocação, da descoberta de nós mesmos, e em infinitos campos impossíveis sequer de esboçar neste pequeno espaço, a humanidade deverá as mais formosas e inesperadas descobertas em um futuro não longínquo. Chegamos, pois, a uma evidência que nenhum ser humano de boa-fé, que se aproxime desta ciência com os olhos abertos, tem direito de duvidar e muito menos de negar a Astrologia Rosacruz.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – março/1979- Fraternidade Rosacruz-SP)      

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 8: A Astrologia no Século XVIII

Podemos dizer, em tom de brincadeira, que no século XVIII, o Iluminismo, “as estrelas já não brilham”.

Esse é o título de um parágrafo do interessante livro: “Astrology: Proof by two” dedicado às estatísticas sobre gêmeos escrito, em 1992, por Suzel Fuzeau-Braesh, pesquisadora em biologia do CNRS.

A partir de 1710, não há mais edições de efemérides astrológicas. Para construir um gráfico, você terá que usar diretórios astronômicos.

No entanto, esse último dá as posições dos Planetas em um sistema de rastreamento vinculado ao equador celeste (ascensão reta e declinação) e não em relação à eclíptica (longitude e latitude celeste) como é necessário na Astrologia. A conversão de um sistema para outro requer conhecimento de trigonometria esférica. E, justamente, a maioria das pessoas que tem esse conhecimento não acredita mais na Astrologia.

Restará então uma vaga astrologia de almanaques que contribui para desacreditar ainda mais a Astrologia.

Diderot (1713-1784) escreve em sua Encyclopédie: “Hoje o nome de astrólogo tornou-se tão ridículo que as pessoas comuns dificilmente acrescentam qualquer fé às previsões dos almanaques”.

Henri de Boulainvilliers (1656-1722), historiador e filósofo, pratica a Astrologia e tenta defendê-la. Infelizmente permite-se prever que Voltaire (1694-1778) morreria aos 33 anos, o que lhe permitiu escrever, em 1757, com o seu humor habitual: “Tive a malícia de o enganar já há trinta anos, pelo que humildemente imploro perdão”.

Citemos os nomes de Cagliostro (1743-1795) e do misterioso Conde de Saint-Germain, considerados aventureiros pelos historiadores, mas que eram Iniciados e conheciam Astrologia.

Max Heindel nos diz em sua resposta à pergunta nº 69 (em “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Volume 2”): “Quando um Adepto cria um corpo é sempre com o objetivo de deixar o lugar onde ele está e iniciar uma nova missão em outro lugar. É por isso que a história nos fala de homens como Cagliostro, Saint-Germain e outros, que um dia aparecem em um determinado meio, fazem um trabalho importante e depois desaparecem”.

Na Pergunta nº 76, do citado livro, ele diz ainda mais claramente: “Eles eram Adeptos…”.

O Iniciado não deve ser confundido com o Conde Claude Louis De Saint-Germain (1707-1778), que foi Ministro da Guerra de Luís XVI entre 1774 e 1777.

Diz-se que o Iniciado “surpreendeu a corte de Luís XV com sua prodigiosa memória”; assim foi antes de 1774, ano da morte de Luís XV.

Max Heindel escreve, no capítulo XVII do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”: “Também podemos citar como exemplo histórico moderno o fato de que o Conde de Saint-Germain (que foi uma das recentes encarnações de Christian Rosenkreuz, fundador de nossa Sagrada Ordem) falou todas as línguas, de modo que todos com quem falava pensavam que ele era um de seus compatriotas. Ele também alcançou a união com o Espírito Santo”.

No final da sua resposta à Pergunta n°69, do citado livro, Max Heindel acrescenta, a propósito de Christian Rosenkreuz: “Diz-se que ele assumiu o corpo de uma dama da Corte de França antes da Revolução e que fez todo o possível para evitar essa catástrofe iminente, embora sem sucesso. Embora acreditemos que isso seja possível, só sabemos disso por boatos”.

Se for esse o caso, deve-se admitir que o conde de Saint-Germain, falecido em 1784, teria continuado sua missão na Corte em um veículo feminino apenas cinco anos antes da Revolução.

Na mesma resposta, Max Heindel diz que um Adepto sai do lugar onde se encontra quando constitui um novo corpo físico, o que pode parecer contraditório, porém, deve-se reconhecer que no caso do Conde de Saint-Germain, foi um caso de emergência, pelo que, excepcionalmente, foi feita uma segunda tentativa, por Christian Rosenkreuz, com o objetivo de evitar esse banho de sangue…

LEI DE BODE

Não se pode deixar o século XVIII sem abordar a lei de Bode, mencionada, por Max Heindel, no primeiro capítulo do livro “Astrologia Científica Simplificada” e no final do segundo capítulo do livro “Mensagem das Estrelas”.

Esse é um capítulo bastante longo porque teremos que considerar as descobertas de diferentes corpos celestes entre o século XVIII e o início do século XXI.

Em 1741, o filósofo alemão Christian Wolff (1679-1754) descobriu que as distâncias dos Planetas ao Sol seguem aproximadamente uma lei geométrica. Mas, essa aproximação é bastante grosseira.

Trinta e um anos depois, outro astrônomo alemão, Johann Daniel Tietz (1729-1796), que latinizou seu nome como era comum na época chamando-se Titius, melhorou essa lei da seguinte maneira: se multiplicarmos por 10, a unidade astronômica (distância média entre a Terra e o Sol), obtemos uma boa aproximação das distâncias médias dos Planetas ao Sol tomando para Mercúrio o número 4, para Vênus o número 7 = 4+3, para a Terra o número 10 = 4+6, para Marte: 16 = 4+12, para Júpiter: 52 = 4+48, para Saturno: 100 = 4+96.

Para quem não é alérgico à matemática, essa lei pode ser expressa da seguinte forma: 10di / d3 = 4+3(2^(i-2))

onde d3 designa a distância média Terra-Sol e di designa a distância média do i-ésimo Planeta do Sistema Solar ao Sol, sendo: “1” Mercúrio, “2” Vênus, “3” Terra, “4” Marte, “6” Júpiter, “7” Saturno.

Recorde-se que só conhecíamos seis Planetas naquele tempo e assinalamos que era necessário ir diretamente de 12 para Marte para 48 para Júpiter, em vez de 24.

Poderia haver um Planeta invisível entre Marte e Júpiter? Os astrônomos logo descobririam.

Em 1778, o diretor do observatório de Berlim, Jean Elert Bode (1747-1826) mencionou essa lei em uma de suas publicações. Acontece que três anos depois, Sir William Herschel (1738-1822) descobriu o Planeta Urano “por acaso”.

Ele estava engajado na Guarda Real Britânica como oboísta e só começou a estudar astronomia aos 28 anos.

Não tendo como comprar um telescópio, ele construiu um, muito mais eficiente, com as próprias mãos (a ampliação era de 200).

Em 13 de março de 1781, por volta das 23 horas, ele apontou seu telescópio na direção “certa” e inicialmente pensou que era um cometa embora não tivesse “aparência peluda” (ele anunciou como um “cometa careca” …).

Vários estudiosos (Brochart de Saron, Laplace, Lexell, …) provaram que era um Planeta. Bode notou que a distância média de Urano ao Sol correspondia bem à mesma lei e é por isso que essa lei tomou o nome de lei de Bode, apesar dos protestos desse último, a quem a lei foi indevidamente atribuída. Posteriormente, esse erro de nomenclatura foi parcialmente corrigido, pois foi acrescentado o nome Titius.

É usando a lei de Titius-Bode que se comprometeu a preencher a lacuna observada entre Marte e Júpiter. Já em 1786, o astrônomo francês Jérôme Lalande (1732-1807), empreendeu essa pesquisa, mas sem sucesso.

Você tem que cruzar o limiar do século 19 e ir para a Itália.

Essa lacuna entre Marte e Júpiter destacada pela lei de Titius-Bode foi preenchida em 1º de janeiro de 1801, no observatório de Palermo, na Sicília, por um astrônomo e monge beneditino chamado Giuseppe Piazzi (1746-1826).

Ele descobriu o maior dos asteroides, Ceres, cuja distância média do Sol corresponde à quinta posição na lei de Bode.

Em 1802, Pallas foi descoberto. Isso intrigou os astrônomos porque era surpreendente que dois Planetas orbitassem tão próximos um do outro.

O espanto aumentou ainda mais quando Juno foi descoberto em 1804 e depois Vesta em 1807. Não se tratava, portanto, de um único Planeta, mas de um conjunto de corpos, que chamamos de “asteroides”, localizados em torno da famosa “distância de Bode”.

Será necessário esperar até 1845 para descobrir um quinto asteroide chamado Astrée.

(de: Introduction: L’Astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Nosso Planeta não consegue aproveitar todos os raios dos outros Astros…assim como cada um de nós

Verdadeiramente, Deus é UNO e indivisível. Ele inclui dentro de Seu ser tudo o que existe, assim como a luz branca encerra, dentro de si mesma, todas as cores. Mas, Ele parece tríplice em Sua manifestação, assim como a luz branca se refrata nas três cores primárias: azul, amarelo e vermelho. Onde quer que vejamos essas cores, elas simbolizam o Pai, o Filho e o Espírito Santo, respectivamente. Esses três raios primários da Vida Divina derramam-se ou são irradiados pelo Sol, produzindo Vida, Consciência e Forma sobre cada um dos Sete portadores de Luz, os Planetas, chamados “os Sete Espíritos diante do Trono”. Seus nomes são: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno e Urano. A Lei de Bode demonstra que Netuno e Plutão não pertencem ao nosso Sistema Solar. Apontamos ao leitor a obra “Astrologia Científica Simplificada”, escrita por Max Heindel, para a demonstração matemática dessa afirmação.

Cada um dos sete Planetas recebe a luz do Sol, em proporção diferente, de acordo com sua proximidade do globo central e a constituição da sua atmosfera; e os seres que habitam cada um deles, de acordo com seu estado evolutivo, têm afinidade com certos raios solares. Absorvem a cor, ou as cores, que lhe são correspondentes, e refletem o restante sobre os outros Planetas. Esses raios refletidos levam consigo um impulso da natureza dos seres com os quais estiveram em contato.

Assim, a Luz e a Vida divinas chegam a todos os Planetas, quer diretamente do Sol, quer refletidos pelos outros seis, semelhantemente à brisa do verão que tendo passado pelos campos em flor, leva em suas silenciosas e invisíveis asas a fragrância mesclada de uma variedade de flores. Assim também as influências sutis do Jardim de Deus nos trazem os impulsos reunidos de todos os espíritos, e nessa luz multicor “nós vivemos, nos movemos e temos a nossa existência[1].

Os raios irradiados diretamente do Sol produzem a iluminação espiritual. Os raios refletidos dos outros Planetas servem para aumentar a consciência, produzindo desenvolvimento moral. E os refletidos pela Lua produzem o crescimento físico.

Como cada Planeta só pode absorver uma quantidade determinada de uma ou mais cores, de acordo com o estado geral de evolução ali prevalecente, assim também cada ser vivo sobre a Terra, mineral, vegetal, animal ou humano, pode absorver e assimilar somente uma determinada quantidade dos diversos raios projetados sobre o Planeta. O resto não o afeta nem lhe produz nenhuma sensação, do mesmo modo como o cego não é consciente da luz e da cor existentes por toda parte ao seu redor. Por isso, cada ser é afetado distintamente pelos raios astrais, e a Ciência da Astrologia é uma verdade fundamental da natureza, ensejando enorme benefício para o crescimento espiritual.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz em novembro/1975-Fraternidade Rosacruz-SP)


[1] N.R. At 17:28

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Estudo Referente a “Alinhamento Planetário”

Vários artigos de recente publicação se referem, quando está prestes a ocorrer, ao estranho alinhamento de Planetas. É quando alguns dos Planetas do nosso Sistema Solar estão dispostos em linha reta com o Sol.

Alguns cientistas têm predito que semelhante configuração, resultante da atração gravitacional dos Planetas, causará uma aceleração na atividade magnética do Sol. Esse acontecimento é esperado separadamente, entre outras coisas, para determinar a marca do tempo na Terra, alterando as direções dos ventos na atmosfera.

Alguns cientistas advertem também que o efeito friccional exercido pela circulação atmosférica poderá ser adversamente afetado causando, subitamente, um repouso na rotação da Terra. Se isso acontecer, os cientistas predizem que vários terremotos poderão ser desencadeados em muitas partes do mundo.

Desde que considerável alarme se tem feito notar como resultado dessas predições, acreditamos mais uma vez no benéfico ensinamento oculto concernente às causas dos terremotos e outras catástrofes naturais.

É verdade, portanto, que os fatores físicos assim como os enumerados acima, podem parecer um desastroso desequilíbrio no conjunto natural. De qualquer modo, o assunto que os cientistas veem como causas físicas fundamentais são manifestações meramente superficiais.

Todos assim chamados desastres naturais são resultados diretos do uso distorcido ou abusivo dos direitos naturais do ser humano.

As catástrofes somente terminarão quando os seres humanos se libertarem necessariamente de seus próprios sofrimentos. Estes chegarão ao seu final quando o ser humano aprender a viver sem lutar contra a natureza.

Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental também frisam que os Planetas não são corpos constituídos de matéria inerte: estão vivendo, pulsando, e neles vibrando a Grande Inteligência Espiritual.

As influências astrais não são desencadeadas arbitrariamente para perturbar a humanidade.

Elas, de qualquer modo, ensejam as experiências necessárias que decidem os resultados do desenvolvimento espiritual humano.

Algumas vezes essas influências aparentam ocasionar situações calamitosas para um indivíduo ou mesmo, uma raça, nação, povo inteiro. Mas isso é devido ao comportamento da humanidade, principalmente naqueles Planetas “visados”, cujo material prioritário necessita de uma organização.

É bom se lembrar, também, que alteramos nosso senso espiritual a ponto de inibir a capacidade de entendimento da elevação das influências astrais. Para recuperar isso precisamos elevar nossa moral, nosso comportamento e usar a força criadora como objetivo próprio. Precisamos dirigir o pensamento no sentido do progresso espiritual. Todos nós carecemos de abandonar os prazeres materiais que nos retêm na escravidão.

Há muitos indícios encorajando à procura de novo caminho, apesar da considerável evidência do egoísmo e materialismo ainda existentes entre nós.

O despertar da consciência social e os novos interesses pelos ensinamentos esotéricos estão tomando muitas formas. É melhor começar no real do que consultar publicações de informações médias que deixam a desejar.

Assim, o medo do futuro e o alarme sobre as terríveis predições não são recursos de todos. As catástrofes cessarão de nos atormentar uma vez que tenhamos aprendido a viver a vida do amar e servir. E isso acontecerá tão logo a humanidade se devote intensamente ao esforço de um melhor fim.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – outubro/1975 – Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 7: A Astrologia nos Século XVI e XVII

Chegamos ao século XVI, o chamado século “renascentista”, porque aí redescobrimos as antigas fontes. Os estudiosos dessa época são, em geral, favoráveis ​​à Astrologia.

Em 1520, uma cadeira de Astrologia foi fundada na universidade papal. O médico suíço Bombastus Von Hohenheim, mais conhecido como Paracelso (1493-1541), fundou a medicina hermética e utilizou o simbolismo astrológico na prática de sua arte. Ele escreve: “Aquilo que cura indica a natureza e a causa do mal, e como cada Astro é representado por um metal: Marte pelo ferro, Vênus pelo cobre, Saturno pelo chumbo, seguir-se-á que a ação terapêutica de cada metal indicará a influência mórbida da estrela correspondente”.

Catarina de Médicis (1519-1589), muito afeiçoada à Astrologia, trouxe para a corte muitos videntes e astrólogos e, em particular, o famoso Nostradamus (1503-1566). As profecias contidas em seus Centuries ainda fazem correr muita tinta…

Mas, a próspera era da Astrologia está terminando com a descoberta do heliocentrismo pelo astrônomo polonês Copérnico (1473-1543). Alguns meses antes de sua morte, ele publicou “revolutionibus orbium coelestium”, que teria uma grande influência no pensamento humano.

Pela primeira vez em 17 séculos, reafirma-se que a Terra e todos os outros Planetas giram em torno do Sol, girando a Terra, aliás, sobre si mesma em 24 horas. Deve-se saber que nenhum fato novo esteve na origem dessa teoria. Copérnico conhecia os escritos de Heráclides (388-315 a.C.) e Aristarco (310-230 a.C.), a quem saudou como seus precursores e é essencialmente por razões metafísicas que adotou esse ponto de vista.

De fato, ele considerava normal colocar a estrela mais brilhante no centro do mundo, aquela que fornece luz e calor à Terra. No entanto, os resultados das observações à sua disposição não lhe permitiram descobrir as leis exatas do movimento dos Planetas. Isso seria descoberto no século seguinte por Kepler, graças às observações astronômicas de um dinamarquês, apaixonado por Astrologia, Tycho-Brahe (1546-1601).

Tycho-Brahe estava inicialmente destinado à carreira jurídica, mas sua paixão pela Astrologia o levou a querer saber as posições dos Planetas com mais precisão do que se fazia na época. Com o apoio do rei Frederico da Dinamarca, ele mandou construir o primeiro observatório digno desse nome perto de Copenhague, que batizou de “Uranienborg” (nome profético quando Urano só seria descoberto quase dois séculos depois).

Com a ajuda dos instrumentos que construiu, conseguiu determinar com precisão a declinação e as coordenadas equatoriais dos Planetas. Tycho-Brahe nunca aceitou a teoria heliocêntrica. Talvez ele tenha percebido que essa teoria se tornaria uma arma contra a Astrologia?

Mas, vamos às descobertas do astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630). Kepler havia sido aluno de Tycho-Brahe e tinha os resultados de suas observações; mas, ao contrário de Tycho-Brahe, ele era partidário do sistema de Copérnico.

É, portanto, graças aos resultados de Tycho-Brahe que Kepler conseguiu destacar as leis do movimento dos Planetas: movimento elíptico dos Planetas ao redor do Sol, velocidades de revolução não uniformes (= lei das áreas).

No entanto, ele ainda era, ao contrário do que afirmam os detratores da Astrologia, um grande Astrólogo (embora tenha lutado contra a Astrologia de “baixo nível”).

Ele escreve: “Vinte anos de estudo prático convenceram meu espírito rebelde da realidade da Astrologia”.

Ele entende que o heliocentrismo não lhe diz respeito: “Basta ao astrólogo ver como os raios vêm do leste, do sul ou do oeste, basta que saibamos se dois Planetas estão em Conjunção ou em Oposição. O astrólogo pergunta como isso é feito? Na verdade, ele não faz isso, assim como o camponês não pergunta como se forma o verão ou o inverno e, no entanto, ele é regulado pelas estações”.

Ele também escreve: “Há um argumento bastante claro e além de qualquer exceção, em favor da autenticidade da Astrologia, é a comunidade de temas entre pais e filhos” (hereditariedade astrológica).

Com Kepler já cruzamos o limiar do século XVII. Ao mesmo tempo, Galileu (1564-1642) também aderiu ao sistema copernicano.

Ele foi o primeiro a usar, para observar as estrelas, o telescópio de “aproximação” (ampliação x50) que já existia há alguns anos. Ele descobriu milhares de estrelas que não eram visíveis a olho nu, os quatro maiores satélites de Júpiter, manchas solares e principalmente as fases de Vênus análogas às da Lua, que vieram a sustentar a teoria heliocêntrica.

Parece que Galileu, sem ter ele próprio praticado Astrologia, se interessou por ela. Ele teria dito a seu aluno, Paolo Dini, que a teoria de Copérnico não poderia abalar os fundamentos da Astrologia.

Em 1616, a Igreja advertiu-o de que esse sistema era “contrário às Sagradas Escrituras e, portanto, não pode ser mantido ou tido como verdadeiro” (Cardeal Bellarmi). Como ele manteve suas opiniões, teve que comparecer, em 1632, perante um tribunal de inquisição e teve que se retratar solenemente. O que ele faz, após 16 anos de resistência, para evitar a estaca; mas, depois, pronunciará esta famosa frase: “E ainda assim ela gira”.

Vale lembrar que o ex-monge Giordano Bruno havia sido queimado em 1600 por ter dito que as estrelas eram corpos semelhantes ao Sol e que havia outros mundos habitados.

Na primeira metade do século XVII, a Astrologia continuou a progredir, apesar da revolução copernicana. Placidus (de Titis ou Tito) (1603-1668), matemático e físico, professor da Universidade de Pavia, desenvolveu outro sistema de Casas.

Esse sistema é ainda mais complicado que os anteriores, pois não utiliza um único plano de referência, mas sucessivos paralelos de declinação. A ideia do método consiste em dividir por três o tempo que o ponto localizado no Ascendente leva para chegar ao MC. O primeiro terço desse tempo, reportado à eclíptica, dá a ponta da Casa 12, o segundo terço dá a ponta da Casa 11 e procedemos da mesma forma entre o MC e o DS (Descendente).

Quanto mais longe do equador você fica, mais ângulos desiguais você obtém; mas, isso também é verdade para os outros sistemas mencionados acima. Existem, ainda, em qualquer altura, duas localizações geográficas variáveis, uma no Círculo Polar Ártico, outra no Círculo Antártico onde não é possível definir um Ascendente: são os dois polos da eclíptica (não confundir com os polos norte e sul fixos que são os do equador).

As diferenças entre Casas de diferentes sistemas podem ser bastante significativas. Assim, um Astro pode estar na Casa 12 em um sistema e na Casa 1 ou mesmo 2 em outro. É o método de Placidus que ainda é o mais amplamente utilizado hoje. Max Heindel o adotou nas tabelas que editou.

Tendo uma base científica sólida, ele poderia ter desenvolvido tabelas de outro sistema, se tivesse encontrado um mais em conformidade com a realidade astrológica. Deve-se saber, no entanto, que certos astrólogos usam outros sistemas, incluindo o da Antiguidade, em que o Ascendente está a 15° do ponto da Casa 1.

Mas, voltando ao século XVII. Outra figura muito importante na Astrologia desse século é Jean-Baptiste Morin de Villefranche (1583-1656), médico, astrólogo do Duque de Luxemburgo, então professor do College de France.

Ele é o fundador da Astrologia moderna e deixa uma obra abundante, a Astrologia gálica, composta por 26 volumes escritos em latim. Richelieu não desdenhou de consultá-lo; Mazarin concedeu-lhe uma pensão.

Foi ele o responsável por traçar o mapa astral do futuro Luís XIV (nascido em 5 de setembro de 1638, às 11h11).

Morin teve que se defender dos ataques de um de seus colegas do College de France, Gassendi, um matemático que, provavelmente não tendo estudado Astrologia, o repreendeu por não ter adotado o sistema de Copérnico.

Ainda hoje encontramos essa resposta ou explicação sem sutileza, sem originalidade, como uma ideia difundida, já conhecida de todos e que ninguém verificou, com a da Precessão dos Equinócios

Em 1666, Colbert, ministro de Luís XIV, criou a Academia de Ciências e, “em nome da Razão”, proibiu que a Astrologia fosse ali ensinada, ou mesmo praticada por seus membros sob pena de perda de cargo. A partir de agora, esse ensino também será banido das universidades.

Um declínio invencível não demora a tomar forma.

Antes de deixar o século XVII, é necessário dizer algumas palavras sobre Newton (1643-1727), porque ele é o fundador da astronomia mecanicista que contribuirá para relegar a Astrologia um pouco mais para o armário das superstições como, para alguns, Religião em si.

Seu pai já havia morrido antes de ele nascer e ele foi criado pela avó. Quando ele tinha 16 anos, sua mãe pediu que ele assumisse a fazenda; felizmente, ela entende que ele é mais “feito para estudos”. Aos 18 anos ingressou em Cambridge, onde o professor de matemática Isaac Barrow lhe abriu as portas do conhecimento. Aos 25 anos, ele já é um matemático e físico genial. Interessa-se pela óptica e pelo estudo dos prismas desenvolve a sua teoria da luz (à qual Goethe se oporá), e descobre as leis da mecânica que permitem explicar, em particular, os movimentos dos Planetas assinalados por Kepler, um século antes.

Reza a lenda que foi ao observar a queda de uma maçã que teve a intuição da lei universal da atração. Paul Valéry escreveu: “Você tinha que ser Newton para ver que a Lua está caindo, quando todos podem ver claramente que ela não está caindo”. De fato, um objeto lançado ao ar cai pela lei da gravidade; mas, a mesma lei se aplica a um satélite (natural ou artificial): está a uma distância tal que a Terra não está mais perto o suficiente para cair sobre ela e é assim que começa a girar.

Podemos ver isso como uma queda contínua, a Terra constantemente “caindo”. O próprio Newton não era um materialista. Ele escreve: “Este sistema mais que admirável do Sol, dos Planetas e dos cometas, só pode emanar do desígnio e da autoridade de um Ser inteligente e poderoso”.

Mas, a maioria dos cientistas, por mais de dois séculos, preferiu ignorar esse aspecto do pensamento de Newton e acreditar, com base em suas descobertas, que “tudo” pode ser explicado mecanicamente e que “tudo é puramente físico”.

No capítulo XIV do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, Max Heindel descreve a experiência da água e do óleo representando, respectivamente, o espaço e a nebulosa original e o cientista que não percebe que ele próprio desempenha o papel de Deus criador através da concepção da experiência e sua intervenção com o auxílio de um bastão, para colocar em ação o movimento formativo dos “planetas”.

Foi somente no século XX, com os paradoxos da relatividade de Einstein e da mecânica quântica, que os cientistas (pelo menos alguns) adotaram uma posição mais aberta, como veremos adiante.

(de: Introduction: L’Astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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A Astrologia ao Longo do nosso Tempo aqui – Parte 6: A Astrologia na Idade Média

É o mundo árabe que assume a tocha da Astrologia-Astronomia e da matemática (que lhe estão associadas).

O advento da Religião Muçulmana no século VII não interrompeu essa pesquisa, o Alcorão não proibindo a Astrologia. Ao contrário, na Sura III, podemos ler: “Na criação dos céus e da terra, na alternância dos dias e das noites, há indubitavelmente sinais para os homens dotados de inteligência”.

Ao príncipe árabe Albategni (850-929) é creditado o primeiro processo de construção de casas usando trigonometria esférica (um processo bastante próximo ao usado ainda hoje).

Os árabes constroem Astrolábios que permitem ler diretamente os pontos dessas casas.

A partir do século XII, o conhecimento preservado e desenvolvido no mundo árabe começou a penetrar nos círculos intelectuais ocidentais. Citemos na confluência da corrente cabalista judaica com o conhecimento árabe, a obra de Abraham Ibn Ezra, nascido em Toledo, em 1089, autor de uma enciclopédia Astrológica escrita em Béziers, na qual tenta conciliar as influências cósmicas e o livre arbítrio.

Essa é, aliás, ainda uma questão que embaraça aqueles que não reconhecem a existência das Leis gêmeas de Renascimento e de Consequência.

No século XIII, o teólogo Albert-Le-Grand (1206-1280), fortemente influenciado pela obra de Aristóteles e de Dénys L’Aréopagita, interessou-se pela alquimia e pela Astrologia. Ele reconhece a influência dos Astros, mas considera que é o instrumento da vontade divina e que por seu livre arbítrio o ser humano permanece senhor de seu destino.

No entanto, sua obra deve ter “cheirado um pouco a enxofre”, aos olhos da Igreja, já que demorou mais de seis séculos para sua canonização (1931).

Seu discípulo, São Tomás de Aquino (1225-1274), Doutor da Igreja, revisando a posição de Santo Agostinho, produzirá a obra mais explícita, entre os teólogos católicos, a respeito da crença na ação dos Astros.

Em sua Summa, ele escreve: “As impressões produzidas pelos corpos celestes podem se estender indiretamente às faculdades intelectuais e à força volitiva, assim como essas permanecem sob a influência das funções orgânicas”. Mas, acrescenta: “O homem sempre pode agir, sob a influência da razão, contra a inclinação produzida pelos corpos celestes”. É precisamente a partir do século XIII que Universidades como as de Paris, Montpellier, Bolonha, Oxford ensinam Astrologia.

A Universidade de Paris, naquela época, tinha de 15.000 a 20.000 alunos divididos em quatro Faculdades: Teologia, Direito Canônico, Medicina, Letras.

As Artes incluem:

• o Trivium (Gramática, Retórica, Filosofia);

• o Quadrivium (Aritmética, Geometria, Música, Astronomia-Astrologia).

Naquela época, a ciência das estrelas formava um todo:

• sciencia motus é a ciência do movimento das estrelas (= Astronomia):

• sciencia judiciorum, a ciência dos julgamentos (= Astrologia).

Max Heindel, para ilustrar isso, faz uma comparação interessante com a área médica: “A Astronomia tem com a Astrologia a mesma relação que a Anatomia com a Fisiologia. A Anatomia explica a posição e a estrutura dos órgãos do corpo; A Astronomia fornece os mesmos dados sobre os corpos celestes. É reservado à Fisiologia afirmar o funcionamento e a utilidade dos órgãos do corpo, assim como é à Astrologia interpretar as posições relativas dos corpos celestes, em relação à humanidade” (do Livro “Cristianismo Rosacruz” – Conferência X – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz).

Um médico dessa época só é realmente considerado se for capaz de determinar os períodos favoráveis ​​aos tratamentos (sangramento, laxantes) de acordo com as posições da Lua, de Saturno e Marte.

Sem ser exaustivo, vamos, no entanto, apontar quatro figuras importantes do século XIII:

• Roger Bacon (1214-1294), monge franciscano inglês que é um dos mais famosos seguidores da Astrologia.

Considera que as três bases das ciências naturais são a alquimia, a Astrologia e a magia, e recomenda a experimentação como verdadeira fonte de conhecimento (o que é revolucionário para a época).

Roger Bacon não deve ser confundido com seu homônimo filósofo do século XVI, Francis Bacon (1561-1626), de quem Max Heindel nos diz: “alguns acreditam que ele não seria estranho aos escritos Rosacruzes: Fama e Confessio”. Francis Bacon escreveu “a Nova Atlântida” que descreve uma sociedade cujas ideias são próximas às dos manifestos Rosacruzes; também é dito que ele seria o autor das obras de Shakespeare…

• Raymond Lully (1235-1315), teólogo espanhol que também estudou alquimia e Astrologia (foi beatificado).

• O rei Afonso X de Castela (1221-1284) apelidado de Sábio ou “o Astrólogo”, que mandou elaborar tabelas para a dupla utilização dos Astronômicos e Astrologia chamada “tabelas alfonsinas”.

• Campanus de Novara (1232-1296), astrólogo e matemático italiano que desenvolveu um sistema de casas que leva o seu nome e sobre o qual direi uma palavra.

Sendo o plano do horizonte e o plano do meridiano perpendiculares, Campanus teve a ideia de dividir cada um dos quatro ângulos retos em três setores de 30° cada, determinando então os pontos correspondentes na Eclíptica. Sendo a Eclíptica, em geral, “em ângulo” em relação ao horizonte, as Casas já não medem 30° cada.

No século XIV, citemos o Papa Urbano V (1310-1370), conhecido por ter praticado a Astrologia.

Os reis da França, Carlos V (conhecido como o Sábio) (1338-1380) e Carlos VI (conhecido como o Amado) (1368-1422) tinham astrólogos em sua corte (assim como outros soberanos da Europa).

No século XV, um acontecimento importante facilitou a expansão da Astrologia: a imprensa desenvolvida por Gutenberg em 1453.

As primeiras Efemérides foram impressas por Johann Müller de Königsberg (1436-1475), mais conhecido como Regiomontanus; foi astrólogo na corte da Hungria durante o reinado de Mathias I (1440-1490).

Diz-se que ele previu um grande terror para 1788 (dentro de um ano…).

Ele aperfeiçoou um novo sistema de Casas que leva seu nome, consistindo em dividir o equador em doze setores de 30° cada a partir do ponto leste e, como Campanus, deduziu disso na Eclíptica, os pontos de Casas. O ponto leste é um dos dois pontos de interseção do horizonte celeste com o Equador (sendo o outro o ponto oeste).

Este ponto não deve ser confundido com o Ascendente, que é um dos dois pontos de interseção do horizonte celeste com a Eclíptica.

Observe que o ponto leste e o Ascendente estão bastante próximos um do outro (e até mesmo coincidentes quando o Ascendente está a 0° do Signo de Áries ou Libra).

Acrescentemos que a Astrologia contribuiu (indiretamente) para as grandes descobertas geográficas desse período, uma vez que Cristóvão Colombo (1451-1506), Vasco da Gama (1469-1524) e Magalhães (1480-1521) levaram Efemérides nas suas viagens.

Nesse século, pode-se notar que os Papas Paulo II (1417-1471) e Inocêncio VIII (1432-1492) praticaram a Astrologia.

Conta-se que Luís XI (1423-1483), insatisfeito com seu astrólogo Galeoti, quis que fosse executado e lhe disse: “Você que lê tão bem o futuro, poderia me dizer quando morrerá”. Esse teria respondido: “Senhor, não posso lhe dar a data exata, mas sei que morrerei três dias antes de Vossa Majestade”. Teria, assim, salvado a cabeça com um: “Vá em paz”.

Os astrólogos dessa época aperfeiçoaram as técnicas de previsões (direções secundárias e revoluções solares).

(de: Introduction: L’Astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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O Emprego da Astrologia Rosacruz e como Você a Emprega

Há dias recebi de um amigo, que não compreende por que tenho confiança na Astrologia, um recorte da revista americana “News-week”, número de 12 de outubro de 1959. Apresento aos Amigos a tradução desse artigo, porque representa preciosa lição para nós.

“Para Bruce King, tudo o que está escrito nas estrelas, seja a Conjunção de Vênus com Marte, seja a de qualquer outro corpo celeste, representa dinheiro.

King, mais conhecido como Zolar, o mais popular astrólogo do mundo, é autor de aproximadamente 70% de todos os horóscopos vendidos no Estados Unidos. Seu lucro pelas predições: cerca de 150.000 dólares por ano.

Na última semana, King assinou contrato para colocar seus novos horóscopos para 5 anos (5 dólares cada um) nas 2.200 lojas de F.W. Woolworth antes da chegada do Ano Novo. Depois, puxando uma baforada de seu cigarro, concedeu uma entrevista, pela primeira vez durante seus 25 anos de astrólogo, em seu escritório em New York, sem turbante e sem olhar para a bola de Cristal.

Não sou adivinho, disse o senhor de 62 anos chamado Zolar (ZO de zodíaco e LAR de solar). Tudo o que faço com a astrologia é levantar o mapa da vida de uma pessoa. Ele mostra como a vida pode ser conduzida, mas nem os homens nem as mulheres são sujeitos ao destino.

Cada homem forma o seu próprio destino.

King recebe, no mínimo, umas 10.000 cartas por ano pedindo conselhos (que são fornecidos a 3 dólares, isto é, 800 cruzeiros cada um). Dessas cartas, 80% são de mulheres, concluindo-se, portanto, que a maioria das cartas trata de assuntos do coração. A pergunta feita com mais frequência, disse King, é: ‘Quando me casarei?’. A resposta para os nascidos em princípio de abril é: ‘Urano favorece o amor e as amenidades da vida… durante o mês de outubro’.

Tendo sido corretor de fundos, King se ligou com a Astrologia durante a crise porque lhe pareceu que os astrólogos eram as únicas pessoas que tinham algum dinheiro. Imaginou e organizou a venda de horóscopos e mais tarde expandiu suas vendas por intermédio da cadeia de lojas de Woolworth Kresge e Mc Cory.

Ele estima em mais de 50 milhões o número de horóscopos vendidos por ano.

Agora, sua linha de acessórios astrológicos (?), todos remetidos pelo correio em envelopes sem indicação de conteúdo, inclui tudo, desde cartões de predição e de indicações astrológicas de aniversário, até seu livro mais vendido (best-seller): ‘Segredos Astrológicos do Amor, das Emoções e do Casamento’.”

Esse é o artigo, meus Amigos.

Agora vamos à lição que ele encerra. Vamos responder sinceramente às seguintes perguntas:

Que uso você faz dos seus conhecimentos de Astrologia Rosacruz? Você a usa como uma ciência sagrada, que nos revela o segredo dos Equinócios e do sacrifício anual do Cristo para podermos sobreviver?

Ou a emprega vendendo predições (ainda que não por dinheiro, mas por fama e poder ilusórios), com informações de quando os Signos são propícios?

Nessa última hipótese, você se compara aos vendilhões do templo no tempo de Cristo e está prostituindo a divina prerrogativa de obtenção de ganho para si.

Quando você é provado por uma série de incidentes de “azar” você vai olhar o seu tema para ver se Marte e Saturno estão em conflito e se conforma com isso?

Ou você enfrenta a situação sabendo que isto é mais uma prova oferecida para o seu crescimento espiritual?

Você aceita um outro pedaço de sobremesa sabendo que está sobrecarregando o maravilhoso instrumento que vem construindo laboriosamente desde o princípio da criação, com a desculpa de ter Júpiter em Câncer? O nosso Corpo deve ser o instrumento do Ego e não um brinquedo dos desejos.

O conhecimento da Lei do Renascimento foi ocultado ao ser humano deliberadamente, para que ele possa aproveitar ao máximo seu tempo durante sua curta vida terrestre em se concentrar sobre as coisas materiais.

As doze Hierarquias Criadoras – chamadas, também de Hierarquias Zodiacais – que têm conduzido o desenvolvimento desse universo solar têm uma concepção da existência muito acima da concepção que o ser humano dela possui. Podemos dizer que a concepção humana está para a concepção das Hierarquias Criadoras como a concepção de uma estátua (se pudesse conceber algo) estaria para a concepção do artista que a criou. O trabalho atual das Hierarquias Criadoras nesse Planeta Terra é desenvolver o SERVIÇO (Peixes) e a PUREZA (Virgem) em toda a humanidade, para que possamos compreender nossas próximas lições que serão: AMIZADE (Aquário) e CONTROLE PRÓPRIO (Leão). Aprendemos a lição do SERVIÇO sobrepondo aos nossos desejos egoístas o cuidado para com nossa família, nossa comunidade e nossa pátria. Se tivermos bastante fé para agirmos assim, estaremos nos preparando adequadamente, pois Cristo aconselhou-nos a não nos preocuparmos com o amanhã. Nosso Pai Celeste sabe o que precisamos.

Será preciso irmos mais além? Max Heindel nunca nos teria ensinado Astrologia Rosacruz se tivesse pensado que ela seria pedra de tropeço a qualquer um dos seus seguidores.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de fevereiro/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)

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Diagnóstico de Doenças e Enfermidades pela Astrologia Rosacruz

Para aqueles que concedem a divina ciência da Astrologia Rosacruz um estudo verdadeiro e um julgamento premeditado não existem dúvidas quanto a superioridade do diagnóstico pela Astrologia Rosacruz sobre todos os outros métodos de diagnosticar enfermidades e doenças. Contudo o reto uso deste método requer uma elevada capacidade de discernimento associada a certos princípios fundamentais.

Primeiramente, o mínimo possível do diagnóstico obtido diretamente do horóscopo pode ser dado ao paciente, pois, é preciso que se tenha sempre em lembrança que uma pessoa enferma é uma pessoa anormal em certo grau, inclinada a não compreender devidamente ou a interpretar erroneamente aquilo que se lhe diz.

Acontece, com muita frequência, que uma pessoa sabedora de certo aspecto adverso no seu mapa, ou de uma certa condição crônica no seu Corpo Denso, construa a imagem mental da anormalidade, podendo assim torná-la ainda mais severa. Uma tal fixação mental e emocional pode se tornar tão forte que venha a prevalecer um espírito de desesperança, e destarte a pessoa cria um invólucro em torno de si, dificultando muito qualquer auxilio que se lhe queira prestar

Vemos, assim, a necessidade de sempre se acentuar fortemente os Aspectos benéficos (Sextis, Trígnos e algumas Conjunções) e a possibilidade de usá-los, a fim de contrabalançar e superar os estados mentais e emocionais indesejáveis que resultam de uma enfermidade ou doença.

Otimismo e jovialidade são os fatores fundamentais em um bem estabelecido método de Cura Rosacruz.

Afora isso, o paciente deve saber que os Aspectos (Conjunção, Sextil, Quadratura, Trígono e Oposição) do seu mapa natal são obra exclusivamente sua e que eles o afetarão enquanto trilhar as linhas negativas de pensamento ou de sentimento lá indicadas. Deve-se evidenciar repetidamente a habilidade que possui o Ego em “governar as suas estrelas”, de modo a evitar qualquer grau de fatalismo.

Não há limites para o poder de um Espírito desperto! Não há limites para a nossa força de vontade!

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross, traduzido e publicado na Revista Serviço Rosacruz – maio/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)

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A Exatidão da Astrologia Rosacruz

Milhões de vocábulos foram usados para argumentar se a Astrologia Rosacruz é exata e científica ou não. Muitas pessoas se valem de argumentos que se reduzem simplesmente a considerações desdenhosas sobre as habilidades pessoais daqueles que leem horóscopos. Segundo elas, se a Astrologia Rosacruz é cientificamente exata, isso devia ser comprovado por meio de um parecer uniforme de todos os Astrólogos Rosacruzes sobre um dado assunto.

Tal argumento é falso e se ater longamente sobre ele seria uma infeliz perda de tempo, pois, não se relaciona em nada com a essência básica do tema. (Uma breve pausa para inquirir sobre isso: se todos os Cristãos se entendem quanto ao significado da mensagem do Mestre; se todos os músicos concordam quanto à interpretação correta de uma sinfonia de Brahms; se todos os médicos estão de acordo quanto ao tratamento correto da poliomielite; e se todos os pais mantêm opiniões idênticas com respeito ao sistema ideal de educar as crianças).

Cada Astrólogo Rosacruz ou Astróloga Rosacruz pode diferir do outro ou da outra na habilidade de interpretar um horóscopo que está correlacionado diretamente à condição espiritual dele. Afinal, um Astrólogo Rosacruz ou uma Astróloga Rosacruz que não tem uma base sólida e firme de conhecimento da Filosofia Rosacruz, com certeza, ficará só na superfície na interpretação de um horóscopo e se se aventurar a penetrar nas profundidades da interpretação, correrá sério risco de gerar opiniões diferentes, quando comparadas com outro Astrólogo Rosacruz ou outra Astróloga Rosacruz que tem aquela base, sólida, firme e bem cultivada no seu dia a dia. Agora, dois Astrólogos Rosacruzes que cultivam essa base sólida e firme de conhecimento da Filosofia Rosacruz podem até ter divergências quanto a interpretação, mas essas divergências são limitadas ao modo de explicá-las e isso é muito rico, pois dependendo de fatores astrológicos no horóscopo de cada um, um “vê” e consegue explicar coisas que o outro também “vê”, mas explica diferente. É por isso que nos trabalhos de Cura Rosacruz sempre deve haver três Astrólogos discutindo sobre o horóscopo de um paciente. Pois a soma dessas “divergências” produz um resultado mais completo e profundo do que cada uma dessas partes em separado.

A Astrologia Rosacruz é uma ciência exata porque: cada fator em um horóscopo, calculado corretamente, é uma representação simbólica de efeito exato e imparcial de uma causa específica. Representa a Lei Cósmica e imutável de Causa e Efeito operando nas circunstâncias e experiências de um irmão ou de uma irmã, num processo evolutivo de muitos renascimentos. Em um horóscopo, calculado corretamente, nada existe por “azar” ou capricho de um destino cego. Cada posição astral (do Sol, da Lua e dos Planetas) e cada Aspecto (Conjunção, Sextil, Quadratura, Trígono e Oposição) é um fator do Corpo-Alma do irmão ou da irmã, uma fase da sua consciência, uma pedra miliária em sua jornada espiritual. Conforme o Astrólogo Rosacruz identifique seus descobrimentos horoscópicos, com o preceito: “Tudo aquilo que o homem semear, isso também colherá” (Gl 6:7), estará capacitado para sintetizar corretamente o mapa astrológico (o horóscopo) em sua totalidade, para deduzir causas passadas de condições presentes e para determinar as soluções potenciais.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – março/1973 – Fraternidade Rosacruz – SP)

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