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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Astrologia explica a forma da Religião

Nosso Sistema Solar se move como um todo pelo Cosmos. Isso se chama a Precessão dos Equinócios, o retrocesso do ponto para cada mês de março. A cada 2160 anos, aproximadamente, o nosso Sistema Solar percorre outro Signo que rege a forma da Religião. Essa mudança de um Signo para outro acontece de forma gradual.

Em torno de 6000 a.C. o nosso Sistema Solar, ou o ponto do mês relativo a março ficava em Gêmeos. E oposto a esse está o Signo de Sagitário. Ambos os Signos têm seu papel.Na Pérsia existia, então, a Religião com Ormuzd e Ahriman; e o Deus Nórdico Thor, que era o senhor dos ventos, dirigia sua carruagem, puxada por dois bodes, pelos Céus. Thor também é chamado de Donar e assim reconhecemos donderdag, Donars-dag. Esse dia astrologicamente é regido pelo Planeta Júpiter, que pertence ao Signo oposto de Gêmeos, Sagitário.

Em torno de 4000 a.C. – aproximadamente 2000 anos depois – o ponto do mês relativo a março entrou no Signo de Touro, com seu oposto Escorpião. Touro é um Signo de Terra, e seu oposto Escorpião antigamente era também chamado de Águia. Esse é um Signo de Água, e rege a 8ª Casa, a da morte.
Os Gregos, então, veneravam o Minotauro, o Touro de Minos. O Rei Minos pediu a Poseidon para enviar um Touro que ele pudesse fazer oferendas.

No Egito existia o touro Apis. Então as posses terrenas eram muito valorizadas e ‘os potes de carne do Egito’ ainda é um termo reconhecido atualmente. Os mortos eram presos à Terra com o embalsamento, e nas sepulturas dos ricos, seus servos e todos os pertences eram enterrados juntos para serem usados na vida além. Eles iam até lá de barco.

Para os Edas da Islândia ou os Vedas Nórdicos é Siegfried que mata a serpente. E bebendo do sangue dela se torna sábio. A serpente tem o veneno em seus dentes, a cabeça, um símbolo positivo; no escorpião o veneno fica na cauda, um símbolo negativo.

Nos religiosos Egípcios saía da testa, logo acima da raiz do nariz, no local da câmara escura, em que se encontra o Espírito Humano, a cabeça de uma serpente, chamada Naja, o que simbolizava a sabedoria deles. Iniciados dessa ‘Escola de Serpentes’ eram chamados “filhos da luz”, Free Messen, um termo que conhecemos como Maçons. Esses religiosos também conseguiam realizar milagres, por exemplo, transformando um cajado em uma serpente viva.

Em torno de 2000 a.C. o ponto do mês relativo a março atingiu o Signo de Áries, com seu oposto Balança. Como descrito no Antigo Testamento, os Israelitas ofereciam o carneiro e marcavam as portas com o sangue dele. De Libra, a balança, eles receberam não apenas os Dez Mandamentos, mas muitas outras leis e regras.

A adoração de antigos deuses era considerada uma idolatria. Isso lemos na Bíblia quando Moisés desce da montanha e encontra o bezerro de ouro que fora construído pelos Israelitas. Ouro é a forma mais nobre, lembre-se dos alquimistas que tentavam transformar metais inferiores em ouro. O Bezerro de Ouro simboliza então o mais nobre da Era de Touro. Mas era idolatria e, portanto, Moisés o destruiu.

Moisés conseguia realizar milagres, pois depois que os religiosos Egípcios transformaram seus cajados em serpentes, ele jogou seu cajado no chão e, também, o transformou em serpente. Mas, a serpente de Moisés destruiu as serpentes dos Egípcios. Isso significa que seu conhecimento era superior ao deles.

Moisés era um representante da Era de Áries e não poderia auxiliar o povo escolhido a entrar na Era de Peixes. Isso conseguiria Josué, o filho de Nun, ou melhor, Jesus, o filho de Peixes; a Era de Peixes.

O ano 0 (zero), quando Jesus nasceu, o ponto do mês relativo a março se encontrava, aproximadamente, 7 graus em Áries (um Signo contém 30 graus; ainda levaria aproximadamente 430 anos até a entrada da Era de Peixes). Cristo diz, portanto, que Ele é o Cordeiro, que será imolado e se dizia o Bom Pastor.
Como precursor da Era seguinte Peixes-Virgem ele alimenta o povo com 2 peixes e 7 pães. O símbolo para o Signo de Peixes são dois peixes; o de Virgem é uma mulher deitada sobre um braço num trigal ceifado, com os feixes enfileirados; em sua outra mão estão sete hastes de trigo. Jesus nasceu em Belém, que significa a casa do Pão, de uma virgem, portanto alguém de vida pura e daí a Imaculada Concepção.

Quando Jesus foi batizado no Jordão, desceu através do símbolo da pomba, o Espírito de Cristo em seu Corpo, e aí se inicia uma nova Religião, o Cristianismo. As Religiões anteriores todas apontam para Aquele que vem, mas Cristo disse: “Eu sou a luz do mundo”.

Vemos os primeiros Cristãos que desenham o símbolo de Peixes nas Catacumbas de Roma. Também os religiosos Católicos Romanos têm a cabeça de Peixe, o Mitra, em seu cajado. Na entrada da Igreja tem uma bacia com água, magnetizada pelo Padre, e as pessoas colocam seus dedos nela e passam a água na testa, logo acima da raiz do nariz, em que se encontra o Espírito Humano, e dessa forma indica que está sob o jugo da Igreja. Eles vivem em castidade, em mosteiros, pois a 12ª casa, em que está o Signo de Peixes, é a casa da reclusão, mosteiros, instituições; e os religiosos comiam peixe às sextas-feiras.

Cristo apontou na sua despedida ao tempo que virá, o de Aquário-Leão, em torno de 2600. O Regente de Leão é o Sol, que simboliza o coração, e o Aguador é, portanto, alguém altruísta, que ama todo mundo, não apenas sua família.

Na busca de um local para a Última Ceia, Cristo falou para dois de seus Discípulos que precisavam organizar isto: siga o homem com um Cântaro de Água, que simboliza Aquário. Também, que Ele, Cristo, deve nascer em nossos corações. As Religiões que tratam do Cristianismo popular somente começam a ter seus seguidores reduzindo em número cada vez mais. Apesar de parecer que ainda muitos são crentes, considerando a venda de livros de assuntos espirituais, muitos já escolhem a ‘liberdade’ de Aquário. Deverá surgir outra forma de Religião.

Conforme os últimos cálculos astronômicos a Era de Aquário deve começar por volta de 2660, mas agora já sentimos sua influência, pois estamos nos últimos graus da Era de Peixes, já na Órbita de Influência da Era de Aquário.

(Por Ger Westenberg, Fraternidade Rosacruz da Holanda-traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

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O Batismo da Consciência e a Iniciação

O Batismo da Consciência e a Iniciação

“Há um Natal humano, esse momento marcado pelo nosso aparecimento num corpo, vindos à luz deste mundo e que consta oficialmente nos registros de nascimento. Há outro Natal, macrocósmico, quando a consciência recebe o seu ‘BATISMO DE FOGO’, ou Iniciação…”

Então todo o ser se transforma, transmutando-se numa Luz humana, viva e transcendente. É uma “inundação” de consciência em que o Neófito ou Iniciante fica impregnado das radiosas energias Crísticas e ingressa no mundo suprafísico, como novo nascido, em amplas esferas espirituais. Torna-se por assim dizer, um auxiliar invisível, um pequeno redentor.

São nove os passos para a Libertação. São também nove os estratos ou camadas da Terra para se chegar ao núcleo central, o Espírito da Terra ou o Raio Redentor do Cristo Cósmico, que vive aprisionado até o dia da manifestação dos Filhos de Deus (INICIADOS). É também nove o número da humanidade, ADM, o Adam-Kadmon, seres bissexuais, hermafroditas, das antigas Épocas Atlante e Lemúrica. São nove também os mundos ou dimensões em que o ser humano evolui, desde que se diferenciou do Grande Ser Cósmico, até ao presente DIA DE MANIFESTAÇÃO.

“Tal como é em cima, é embaixo”, diz o axioma hermético, “para se fazer a unidade entre as coisas”. A lei de analogia que é a mesma tanto para o Macrocosmos, como para o Microcosmo, revela-nos que tudo o que sucede aos humanos sob certas condições, deve também suceder aos seres sub-humanos em condições análogas.

Quando nos aproximamos do Solstício de Dezembro os dias são os mais sombrios do ano, a luz solar incide indiretamente no solo, dado que o sol, o dador da vida, encontra-se nesta época do ano, no hemisfério meridional celeste, no lado sul do céu. O hemisfério norte, frio e lúgubre, espera o dia da manifestação física do sol do novo ano, é então que, na noite mais escura do ano, o sol ascende às regiões do Norte.

A Luz Crística renasce então na terra, alegrando tudo e todos. Por outro lado, em virtude dessa mesma lei, quando o Cristo Cósmico nasce na Terra, ele morre nos céus, nos planos internos…

Desde o nascimento, o espírito do ser humano fica sólida e temporariamente preso num envoltório de carne que o manterá cativo toda a sua vida; assim também o Espírito de Cristo fica ligado à Terra, cada vez que nasce no nosso planeta. Esse divino sacrifício tem início todos os anos, quando soam gloriosos os sinos natalícios e quando os nossos cânticos e atos internos mantêm-se com júbilo, ascendendo em direção aos mundos elevados. No sentido mais literal, o Cristo Cósmico está aprisionado desde a época natalícia até a Páscoa.

Deus é Luz”, exclama maravilhado, o inspirado discípulo. Quando andamos na luz, o divino acompanha-nos. A Iniciação tem um profundo significado para o discípulo que caminha em direção à Luz do íntimo, à Luz deslumbrante do Verbo, o segundo Aspecto do Ser Supremo, criador e conservador do nosso mundo. Dotado de duas divinas características:  AMOR-SABEDORIA, o Verbo torna-se um com o Novo Iniciado.

Nos antigos Templos de Mistérios do Egito e da antiga Grécia ensinava-se aos candidatos à Iniciação a Ciência do autêntico saber, que englobava a Ciência, Filosofia e a Arte. E desde o século XI, esses são os três pilares em que assenta a civilização ocidental moderna.

Durante a Idade Média, assistiu-se a um recrudescimento gradual do dogmatismo religioso, tendo, como consequência imediata, o surgimento do obscurantismo. Foi a época gloriosa em que dominou a religião cega e sectária, inquisicional, cujo apogeu chegou em fins do século XV, época de transição entre a “doentia” Idade Média, várias vezes denominada por alguns autores como a idade negra da História, e o intelectual século do Renascimento e da Arte, período em que floresceu todos aqueles cambiantes de cores, sons e formas que é a Arte, a Estética e o Belo.

Atualmente, com o advento da Revolução Industrial, nos fins do século XIX, assiste-se a um acentuado domínio da ciência, cujo auge está muito próximo. No dealbar de um novo Período de Manifestação, surgirá a luminosa Era de Aquário, com todas as suas características, entre as quais o Altruísmo, a Fraternidade e o Amor Cósmico.

No mundo ocidental, a palavra ‘Iniciação’ geralmente está associada ao ocultismo ensinado nas religiões orientais e considera-se que é exclusivo privilégio dos seguidores das religiões budista, hinduísta e outras, não tendo, porém, relação alguma com as religiões do Ocidente, nomeadamente com a Cristianismo.

Essa ideia, prova-se, não tem o mínimo fundamento. Na antiguidade, o Tabernáculo do Deserto (símbolo do nosso Templo Interno) representava, no seu simbolismo, o caminho do progresso, partindo da nata ignorância ao Supremo Conhecimento. Os “Vedas” foram o veículo que levou a luz aos ferventes fiéis das margens do Ganges; os “Edas” foram a estrela que conduziu o povo das montanhas da Escandinávia que procuravam a luz na antiga Islândia, através dos mares gelados, onde vogavam as naus dos bravos Vikings. “Arjuna” comprometida na nobre luta do “Mahabharata” ou Grande Guerra, permanentemente sustentada entre o Eu Superior, o Espírito Interno, e o eu inferior, a natureza viciosa, não difere um único ponto do mito nórdico da alma “Siegfried”, cujo sentido é “que atingiu a Paz, após longas lutas e privações”. Ambos representam o Candidato à Luz suprema, passando pelas provas da Iniciação; não obstante as suas experiências nesta grande aventura interna variarem em certos aspectos, tomando em conta a diferença de temperamentos entre os povos setentrionais e os meridionais e respectivos Ensinamentos, os principais traços são semelhantes e o objetivo comum é o de atingir a luz do Conhecimento Macrocósmico. Espíritos de eleição têm caminhado através da Luz, no interior dos Templos deslumbrantemente iluminados da Pérsia antiga, onde o DEUS-SOL, no seu Trono de Fogo, era o símbolo da Luz e do Conhecimento, tal como a presença mística fortemente iluminada, difundida pela aurora boreal, nos mares gelados do Norte. Na realidade, a verdadeira Luz do Conhecimento Esotérico mais profundo, tem existido através de todas as épocas e mesmo nos séculos mais obscurantistas, no âmbito moral e intelectual.

No antigo Egito, os Sacerdotes eram Altos Iniciados e Hierofantes dos Mistérios Menores. Os Candidatos eram iniciados separadamente do povo comum; era-lhes dado um novo nome, aliás como tem sucedido em outras épocas, e em diversas outras Escolas de Iniciação e modelo da Iniciação, os passos para a Realização integral era o que hoje denominamos de Pirâmide de Quéops, a grande Pirâmide. Erradamente se tem dito que o colosso servia de simples túmulo a um Rei Sacerdote, o Faraó Quéops. Investigações recentes demonstram que de fato havia demasiada coincidência para que a Pirâmide de Quéops tenha sido utilizada unicamente como receptáculo dos restos mortais de Quéops. Provou-se, então, que esse imponente edifício de pedra era um autêntico Centro de Iniciação dos antigos herdeiros do povo Atlante — o povo egípcio.

Os verdadeiros Aspirantes ao Conhecimento Divino vivem num constante aperfeiçoamento de si próprios até uma absoluta maturação interna em que o Cristo Interior manifesta-se pela primeira vez. Tal como a criança nascente tem necessidade do alimento físico, o Cristo interior que nasceu em nós — Batismo de Fogo — necessita do alimento espiritual até o momento em que atinge a estatura adulta. Assim como o corpo físico desenvolve-se através de uma contínua assimilação de materiais provenientes da Região Química (Sólidos, Líquidos e Gases), o Cristo em crescimento faz aumentar os dois Éteres Superiores (o CORPO-ALMA), que formam uma nuvem luminosa (a Aura) à volta daqueles que são suficientemente elevados para se dirigirem aos Mundos Suprafísicos. Notada pelos clarividentes exercitados, essa aura luminosa reveste o Aspirante de uma luz transcendente. É assim que ele “caminha na Luz”, em toda a sua acepção do termo.

Existem vários graus de clarividência, ou visão espiritual (adquirida com a Iniciação). O primeiro grau outorga ao Iniciado a possibilidade de perceber o Éter, vulgarmente invisível aos olhos físicos. Outros graus, mais elevados, tornam o Iniciado apto a “ver” o Mundo do Desejo e o Mundo do Pensamento, a partir do Mundo Físico.

A Iniciação, sendo o pleno despertar da consciência às realidades internas circundantes, eleva o Candidato aos mais elevados Mundos Internos, Pátria do Altruísmo e sede dos Arquétipos modeladores e conservadores de tudo quanto existe na Terra.

O novo Iniciado renasce “nos Céus”, após um período de busca, de sacrifícios e privações, como Siegfried, o Herói Místico da doutrina escandinava.

“Quando o discípulo está preparado, o Mestre aparece” é um axioma infalível. Quando o Espírito tiver formado, com o auxílio de bons atos, dos sacrifícios (sacro-ofícios) e do serviço diário, a CATEDRAL MÍSTICA e Interna, unindo a sua mente à intuição (o coração puro), então a Luz manifesta-se (Mestre) e nascerá um filho (o Cristo Interno) ou seja. A INICIAÇÃO ou BATISMO DE FOGO; essa é a verdadeira intuição, o Guia Interno. A partir desse momento, o Iniciado sabe guiar-se, sem ajuda de meios exteriores, até os Mundos Internos, pois é o Mestre interior, o Cristo Interno, o Cristo Cósmico do Ser Humano-Iniciado que o guia.

(Publicado na revista “Serviço Rosacruz” – jul-ago/87)

 

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