Arquivo de tag Tríplice Espírito

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Tríplice Alma: um procedimento oculto para o aperfeiçoamento de si mesmo

A Tríplice Alma: um procedimento oculto para o aperfeiçoamento de si mesmo

Pouco antes de me ter sentado para estudar numa dessas tardes, premi o botão elétrico e imediatamente a luz inundou o quarto. Apanhei o livro e abrindo-o deparei com um trecho que tratava do trabalho executado pelos Adeptos – os iluminados que podem pronunciar a Palavra Criadora.

Veio-me então à mente o desejo de tornar-me idêntico a eles, servir como fazem os Irmãos Maiores, levando a luz à consciência da Humanidade.

O que deveria fazer para tornar-me igual a eles?

Pensativamente contemplei a lâmpada próxima a mim: a pressão sobre o botão não a criou; ele meramente pôs o dispositivo (a lâmpada) apta a transmitir a luz, contatando-o com certos dispositivos (arames, ligações, cabos) os quais transportam a energia elétrica gerada pela fonte central (dínamo). O que seria se a lâmpada fosse feita de madeira? Quando eu premisse o botão poderia inundar de luz o meu quarto? Poderá o meu ser físico, tal como agora é, transmitir a luz de Deus?

Se as linhas elétricas fossem defeituosas, a minha pressão sobre o botão poderia proporcionar luz perfeita em meu quarto? Terei eu uma conexão apropriada com a fonte de energia espiritual para torná-la usável? Ou o que daria se o dínamo funcionasse imperfeitamente? Para que serviriam os arames, os cabos, as ligações, as lâmpadas ou outros quaisquer dispositivos para a produção da luz, se o dínamo não produzisse energia? Estarei em uma célula no Grande Corpo de Deus, produzindo e libertando a energia para as mais altas funções de meus veículos?

Essa autopesquisa conduziu-me a uma revisão sobre o procedimento oculto ensinado pela Filosofia Oculta para o aperfeiçoamento de si mesmo no sentido de se tornar um “canal consciente” para o trabalho daqueles Elevadíssimos Seres, de modo a poder aplicar-me com renovado zelo no trabalho indispensável ao crescimento da alma. O moto “Serviço amoroso, altruísta e desinteressado” me veio à mente como linha de conduta para ser sempre observada e lembrada. Ao mesmo tempo recordei-me de certas instruções específicas para a espiritualização de nossos veículos e, consequentemente, do crescimento da alma. O que me ocorreu vai a seguir:

A filosofia oculta ensina que o ser humano é um Tríplice Espírito que possui uma Mente através da qual governa o Tríplice Corpo, os quais ele emanou de si mesmo para obter experiências. Esse Tríplice Corpo ele transmuta na Tríplice Alma, da qual ele se nutre a fim de sair da impotência para a onipotência: o Espírito Divino emana de si mesmo o Corpo Denso, extraindo como pábulo a Alma Consciente; o Espírito de Vida emana o Corpo Vital, extraindo a Alma Intelectual; o Espírito Humano emana o Corpo de Desejos, extraindo a Alma Emocional. Nosso problema como aspirantes espirituais é então planejar e controlar nossas atividades diárias de modo que, por meio delas, possamos extrair maior quantidade de poderes conscientes, intelectuais e emocionais, de nossos Corpos. Uma vez que nossos veículos estão intimamente inter-relacionados, a melhora de um, automaticamente gera a melhora dos demais. Porém, certas atividades afetam determinado Corpo mais definidamente do que os outros.

O Corpo Denso é um maravilhoso instrumento mecanizado para a ação no plano material; é por meio das experiências que obtemos por seu intermédio, pelas nossas retas ações em relação aos impactos externos e pela observação acurada que o transmutamos em Alma Consciente. Quanto mais ativos formos e mais retas forem nossas ações, maior crescimento de Alma Consciente alcançaremos. Basicamente, para a reta ação tornam-se necessários a higiene, o exercício, o ar fresco, uma dieta simples constante de alimento integral, bem como o altruísmo, o desejo de ajudar e a boa vontade. Em relação à observação correta ensina-nos a Filosofia Rosacruz: É da mais alta importância ao nosso desenvolvimento que observemos os fatos e as cenas em nosso redor acuradamente. Do contrário as impressões em nossa memória consciente não coincidirão com os registros automáticos subconscientes. O ritmo do Corpo Denso perturba-se na proporção da falta de acuidade de nossa observação durante o dia. Na proporção em que aprendemos a observar acuradamente, ganharemos em saúde e longevidade e necessitaremos menos de descanso e de sono. O Aspirante, sistematicamente, deve tudo observar, tirar guia mais seguro e certo em qualquer mundo. Ao praticarmos esse método de observação, devemos sempre ter em Mente que ele deve ser usado apenas para reunir fatos e não com o propósito de criticismo, pelo menos o acre criticismo. A crítica construtiva que assinala defeitos e dá os meios de remediá-los é a base do progresso.

O Corpo Vital, o veículo do hábito, é o armazém da memória consciente e subconsciente, é composto de quatro Éteres: o Éter Químico, o Éter de Vida, o Éter de Luz e o Éter Refletor.

Os dois primeiros constituem a matriz na qual o Corpo Denso é construído. A repetição é a nota-chave desse Corpo Vital. Daí o valor da repetição dos impactos espirituais do estudo, dos sermões, da conferência e leituras. Também a arte e a religião são de primeira importância no refinamento do Corpo Vital, bem como o cultivo da memória, da discriminação particularmente efetivos na geração da Alma Intelectual.

A memória liga as experiências passadas às as experiências presentes e os sentimentos por elas engendradas, criando “simpatia” e a “antipatia” que de outro modo não poderiam existir.

A discriminação é a faculdade por meio da qual distinguimos aquilo que não é importante, não essencial, separando o real da ilusão, o duradouro do evanescente.

Na vida comum pensamos de nós mesmos como se fôssemos o Corpo. A discriminação orienta-nos no sentido de que somos Espíritos e que os nossos Corpos são temporariamente lugares residenciais, instrumentos de uso. Pela discriminação aprendemos a considerar o Corpo como um servo na medida em que se torna dócil às nossas ordens. Assim considerando, veremos ser possível fazermos muitas coisas que de outro modo pareciam impossíveis.

Os dois Éteres do Corpo Vital, o Luminoso e o Refletor, são os que compõem o Corpo-Alma e em cada vida são renovados por meio do “serviço amoroso, altruísta e desinteressado aos outros”. A quinta essência desses atos, do bem, deles extraídos, determina a qualidade dos átomos estacionários prismáticos de que são compostos os dois Éteres inferiores na vida seguinte. Esse Corpo-Alma é a parte do Corpo Vital que o Aspirante imortaliza como Alma Intelectual.

O Corpo de Desejos é nosso veículo dos desejos, das emoções e dos sentimentos. Durante o estado de vigília ele se encontra constantemente em luta com o Corpo Vital. O Corpo Vital constrói e suaviza, ao passo que o Corpo de Desejos cristaliza e destrói. Por meio da devoção persistente aos suaves ideais da vida superior, dominamos nossos instintos animais, eliminando os traços indesejáveis do hábito e do caráter resultantes da geração e do desenvolvimento da alma emocional. A importância do cultivo da faculdade da devoção, dificilmente enfatizada por muitas pessoas, deve ser considerada, assim é que um dos melhores sistemas de desenvolvimento desse poder é a retrospecção, o exercício noturno ensinado pela Escola Rosacruz, por meio do qual nos lembramos em ordem inversa dos acontecimentos do dia, cuidadosamente louvando e reprovando quando é devido.

Uma explosão temperamental é detrimento para o crescimento da alma; é a dissipação em larga escala da energia que pode ser proveitosamente usada. Tal fato envenena o Corpo, deixa-o alquebrado, e impede enormemente o seu desenvolvimento. O Aspirante deve sistematicamente controlar todas as tentativas do Corpo de Desejos, o que poderá ser feito pela concentração em altos ideais, que fortalece o Corpo Vital e é muito mais eficiente do que as orações comuns usadas nas igrejas. Quando ditada pela devoção pura e altruísta a altos ideais, a oração é muito mais superior do que a fria concentração.

Em nossos esforços para transmutar o Corpo de Desejos em poder de Alma, devemos também nos lembrar de que o Espírito Humano, que está correlacionado com o Corpo de Desejos, era contraparte do Espírito Santo – a energia criativa na Natureza, a qual o aspirante deve aprender a usar nos processos superiores mentais e emocionais para regeneração. Ao vivermos castamente, a força criadora sobe, pelo trabalho mental e espiritual, refinamos e eterizamos nossos Corpos físicos, e ao mesmo tempo fortalecemos nossos veículos superiores. Dessa maneira alargamos materialmente nossa vida e aumentamos nossas oportunidades de crescimento de alma, avançando em graus definidos.

É-nos ensinado que a Mente é o elo entre o Espírito e seus Corpos, sendo também real que a Mente é o instrumento mais importante que o Espírito possui. Um dos principais alvos da nossa evolução durante este período é aprender a controlar o pensamento, o que será conseguido por meio do exercício do Princípio de Vontade do Espírito. Possuindo a prerrogativa divina da livre volição, podemos treinar habitualmente a pensar como quisermos. Dessa forma, se persistentemente continuarmos em nossos esforços de espiritualização de nossos Corpos pela reta ação, de sentimento e de pensamento, tempo virá no qual seremos auxiliares altruístas de nosso próximo e guardiães do poder do pensamento. Tendo-nos, então, adaptado ao uso desse tremendo poder para o bem de todos, indiferentes ao interesse próprio, estaremos aptos a formar ideias acuradas que se cristalizarão em coisas úteis. Por meio da laringe perfeita falaremos a Palavra Criadora e assim atingiremos ambicionado lugar na escada evolucionária.

(Traduzido da Revista Rays from Rose Cross – Publicado na revista ‘Serviço Rosacruz’ – 04/67)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Como é o seu Domínio Próprio nos Estudos Ocultos?

Como é o seu Domínio Próprio nos Estudos Ocultos?

O ser humano real, o Ego, é um Tríplice Espírito. Ele projetou de si mesmo um Tríplice Corpo, empregando-o para funcionar nos Mundos inferiores e para adquirir aquela experiência a ser, mais tarde, assimilada como Tríplice Alma. O Mundo Físico, portanto, é o laboratório e o campo de experiência do espírito para aquisição de conhecimento e sabedoria.

O Ego é, por si mesmo, potencialmente onisciente. Não quer significar que o seja desde já, embora já tenha capacidade de adquirir sabedoria pelo estudo e aplicação, atingindo alturas nunca imaginadas. Isso só pode ser realizado mediante trabalho, conhecendo e experimentando todas as verdades por si mesmo, exclusivamente. O ser humano pode receber lições, naturalmente, e seus esforços podem ser orientados. Mas só se obtém o conhecimento real por meio da experiência. A princípio, a experiência deve ser pessoal. Mais tarde, quando o indivíduo progrediu suficientemente, pode, então, aprender observando a experiência alheia.

A ideia de que o ser humano vem a este Mundo simplesmente para ser feliz é um terrível engano. Ele aqui está para aprender e trabalhar e seu ambiente atual é fruto de seu próprio trabalho. Muitos problemas lhe são apresentados para que sejam solucionados e não ignorados. Algumas vezes, esse esforço pode causar sofrimento, induzindo o indivíduo a deles tentar escapar. Poderá até julgar tê-lo conseguido, entretanto, deverá encará-los novamente, sob condições menos favoráveis. Enquanto não os solucionar, deles não se livrará.

O ser humano não é um imitador. A ideia de que a involução de um Tríplice Espírito e a evolução de um Tríplice Corpo consiste apenas no desabrochar de algumas possibilidades latentes é errônea. O ser humano não é um modelo, e muito menos o Universo. Se assim fosse o único futuro seria a imitação de algo pré-existente, com suas eventuais falhas. O ser humano é uma entidade pensante e consciente, capaz de adquirir e assimilar conhecimentos. Ele pode empregar sua Mente para acionar causas novas que produzirão efeitos físicos, modificando o ambiente que o rodeia.

Aquilo que a humanidade criou em sua infância espiritual tem sido muito prejudicial. A razão disto é que o ser humano prefere a vida sensual e suas reações dizem respeito à satisfação dos sentidos, apoiada e estimulada pela ignorância. Essa fase da existência, necessária à salvaguarda da individualização, não é propriamente má. O mal consiste em o indivíduo persistir nos mesmos erros, quer por falta de vontade de aprender, quer por ignorância.

Para agir consoante as Leis Cósmicas, o ser humano deve aprender a distinguir entre o bem e o mal, entre a verdade e o erro, a criar somente o que for harmonioso, visando sempre a um nobre objetivo. Ao mesmo tempo, deve aprender a empregar suas faculdades criadoras.

Existe uma ideia na Mente. Não importa que isto ocorra em virtude das atividades mentais ou se foi recebida de fontes externas. Essa ideia envolvida pela matéria mental, toma-se uma forma pensamento, tendo, em estado embrionário, forma e vida. Esta vida provém da Região do Pensamento Abstrato, ao passo que a forma pertence da Região do Pensamento Concreto. Se ela evoca apenas um interesse casual e passageiro, permanece adormecida, na Mente. Futuramente, se houver necessidade, poderá ser acionada. Muitas vezes ela desperta quando as condições se transformam, tomando-se favoráveis ao desenvolvimento da ideia. Se houver interesse, a Mente impele a forma-pensamento para o Mundo do Desejo, onde ela se reveste da matéria desse plano. Se, ao invés de interesse, a forma-pensamento encontra indiferença, ela se estiola e se desintegra, antes de que o espírito tenha ensejo de levar a ideia à manifestação.

O tempo necessário para manifestação depende inteiramente da intensidade do desejo e da força de vontade que o alimenta. Nem todos os pensamentos se materializam, embora deixem sempre na memória uma recordação do seu nascimento e de sua existência. Porém, quando foram projetados no Mundo do Desejo e o desejo de manifestação esteve ativo, nada pôde impedi-los. O processo torna-se absolutamente automático e não tem qualquer relação com a natureza, caráter ou valor do pensamento. Portanto, “como o homem pensa, assim ele é”.

A concentração sobre qualquer ideia ou pensamento, obriga-os a manifestarem-se fisicamente. Demonstrar interesse por uma ideia é o mesmo que cuidar de uma flor com terno carinho. Toda vez que alguém quiser desembaraçar-se de condições desagradáveis, não deve lamentar-se, nem se concentrar nos meios de poder destrui-las. Se elas forem simplesmente esquecidas, dissolvem-se, desintegrar-se.

O ser humano cria, contra si próprio, toda espécie de condições indesejáveis e desnecessárias. Ele assim age por não saber controlar seus pensamentos e depois clama contra o destino. Uma importante verdade a ser aprendida pelo estudante do ocultismo é que as condições que o cercam são inteiramente criadas por ele mesmo. A ninguém mais deve ser atribuída a culpa. Buda assim afirmou: “Se Deus realmente criasse todas as coisas que fazem a humanidade sofrer, Ele não seria justo. E não sendo justo, Ele não pode ser Deus”.

Se a origem do pensamento está em nós mesmos, ou se foi sugestionado por uma fonte externa, o resultado é o mesmo. A regra é a mesma tanto nos Mundos superiores como no físico. Ignorar a Lei não escusa ninguém.

Todos devem prestar cuidadosa atenção ao seu modo de pensar, imprimir sabedoria a seus pensamentos e dar vida somente àqueles que são desejados com justiça e retidão. Uma pessoa nunca deve agir de modo impulsivo, mas sim julgar seus pensamentos imparcialmente, pesando a ideia, seu valor e suas consequências. Se for inconveniente, deve esquecê-la e substituí-la por outra melhor. Se a ideia for aceitável, a pessoa deve procurar materializá-la o mais rapidamente possível pela concentração e fé no resultado. Fazer isto não é tarefa das mais fáceis: trata-se de um desvio da velha rotina, implicando na destruição de muitas ideias enraizadas em nossa mente desde a infância, e quiçá até antes do nascimento.

Nenhum ser humano pode alcançar destaque ou êxito efetivo em qualquer campo de atividade, enquanto não for capaz de controlar-se, ao menos em alguma extensão. Não pode haver saúde permanente enquanto o indivíduo não exercer domínio sobre suas próprias emoções. Estas, debilitam o Corpo Denso por sua ação sobre o sistema nervoso e perturbam o ambiente individual, pela concentração sobre condições discordantes. Sem algum grau de autodomínio não se pode pretender progresso no ocultismo.

É necessário evitar, a todo custo, as emoções negativas. Como emoções negativas classificamos o ódio, a paixão, a inveja, a malícia, a vaidade. Todas podem ser atribuídas a uma só causa: o medo. O medo está sempre presente em nossas atividades diárias e em nosso ambiente. Tememos perdas, moléstias, velhice, morte, críticas e um sem número de coisas reais ou imaginárias.

O ser humano deve convencer-se de que, nada, além dele próprio, pode prejudicá-lo. O medo da escuridão física ou espiritual pode facilmente ser destruído pela luz. Nada há a temer da obscuridade. O único perigo existente nas sombras é a desarmonia na própria consciência humana. Para dissipá-lo basta cultivar pensamentos sadios e construtivos e sentimentos tais como o amor, a fé, a alegria, compaixão, caridade.

Para muitos, esse tipo de vivência torna-se difícil, porque atormentar-se é humano. Também é humano justificar nossos tormentos, atribuindo sua causa a outrem. Porém, deve o ser humano conscientizar-se de que constitui lhe divina prerrogativa sublimar qualquer emoção capaz de gerar desarmonia. A conquista do autodomínio não é questão de meses ou de alguns anos. Na maioria dos casos, muitas encarnações são necessárias. Contudo, isso não quer dizer que o mesmo trabalho deva ser repetido constantemente. Qualquer progresso feito agora, permanece como parte integrante da consciência. Persiste através da existência como uma posse do Ego. O indivíduo em qualquer existência futura, pode não se lembrar de seus esforços anteriores. Os resultados, entretanto, permanecem e os problemas encarados e resolvidos nunca mais aparecem.

Alcançado esse estágio, a vitória está próxima. Quando o indivíduo se capacitou de todas as suas possibilidades, pode então compreendê-las e encontrar os meios de realizá-las. Muitos deixaram-se dominar pelos maus hábitos. A melhor maneira de vencê-los é criar hábitos de natureza oposta. Toda vez que um pensamento ou uma figura mental aflorarem nossa Mente, devemos proceder a uma análise. Se pertencerem ao medo, à morte, ou qualquer outra coisa indesejável, há que se lhe opor algo em contrário.

Todos devem convencer-se da divindade do Ego, de suas possibilidades e oobjetivo de sua evolução. Certas faculdades que se encontram adormecidas na maioria das pessoas, devem ser despertadas. As mais importantes são: o amor, o espírito de sacrifício, a abnegação, a humildade de coração, a renúncia de poderes para uso pessoal, um intenso desejo de ser útil, uma firme resolução de respeitar a liberdade alheia, fé e confiança nas verdades eternas, etc.

Como os seres humanos ainda são fracos, é de grande proveito uma precediária. Geralmente pensamos em Deus, julgando-o muito distante de nós. Não o alcançamos por causa de nossas próprias concepções errôneas de separatividade.

Se orarmos pedindo sabedoria, já estaremos em condições de recebê-la, pois “tudo quando suplicais e pedis, crede que o tendes recebido e tê-lo-eis”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de setembro de 1979)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Ilha de Patmos

O último livro da Bíblia nos fala que o Apóstolo São João escreveu o Apocalipse (Revelação) na Ilha de Patmos.

Ao dizer, São João, que “se encontrava na Ilha de Patmos”, há uma grande significação. A palavra “Patmos” significa iluminação, e nos tempos anteriores a Cristo, a expressão “Ilha de Patmos” era usada para referir-se à Iniciação. Por meio de seu progresso no caminho iniciático, “o Discípulo – Amado” foi capaz de estar em Espírito, em estado de consciência necessária para ver nos reinos superiores e funcionar ali em seus veículos invisíveis.

Quando estudamos a Revelação, encontramos como uma de suas características mais notáveis que está baseada no místico número sete. São João teve sete visões nas quais recebeu mensagens para as sete igrejas; há sete Anjos ante o trono, há sete lâmpadas de fogo e sete trombetas; há sete candelabros, os sete selos do “livro”.

O significado do uso do número sete é explicado pelos Ensinamentos Rosacruzes, a qual ensina que o ser humano é sétuplo, sendo um Tríplice Espírito que possui um Tríplice Corpo e a Mente.

No Corpo do ser humano há sete centros espirituais, os quais, quando são despertados e desenvolvidos, expressam os poderes espirituais do Espírito interno. Posto que o ser humano é sétuplo, e dado que ele é a unidade deste particular campo de evolução, a quem São João se refere em sua mensagem, logicamente, é de supor-se que a mensagem que foi escrita por São João e enviada às “sete igrejas”, encerra informação referente ao ser humano mesmo.

Em outras palavras, as sete igrejas são usadas em um sentido simbólico para referir-se aos sete centros espirituais do ser humano, os quais têm que ser desenvolvidos no processo evolutivo espiritual. Cada ser humano é um Deus em formação e eventualmente logrará seu divino destino.

(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – setembro/1988 – Fraternidade Rosacruz-SP)

Idiomas