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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Por que há exceção no valor de órbita dos Planetas lentos que se encontram em Signos Fixos, para as Conjunções, Quadraturas e Oposições?

Resposta: Segundo a Astrologia Rosacruz, qualquer Astro que está em um Signo Fixo (Touro, Leão, Escorpião e Aquário) quando está formando os Aspectos “angulares” (Conjunção – 0 graus; Quadratura – 90 graus; ou Oposição – 180 graus), aumenta sua influência de concentração em um único ponto. Já os Planetas lentos (Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão) possuem órbitas enormes, e com uma velocidade de translação ao redor da Terra (e com referência à Terra) extremamente baixa (enquanto Marte demora, em torno de 50 dias em um Signo, Júpiter demora em torno de 164 dias, Saturno em torno de 257 dias, Urano em torno de 600 dias, Netuno em torno de 900 dias e Plutão em torno de 1200 dias). O efeito desses dois fenômenos astronômicos gera uma Órbita de Influência de 8 graus, ao invés dos 6 graus, quando das demais condições (outros Signos, outros Aspectos).

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Pergunta: Queria saber quais Astros e Signos estão mais intimamente associados à conscienciosidade, e se há um ou outro que seja superior nesse sentimento?

Pergunta: Os textos astrológicos você frequentemente se refere a Júpiter como sendo o Planeta da lei, da ordem e da ética e, também, a Saturno como o Planeta do método, da justiça e da virtude. Posso perguntar quais os Astros e os Signos o sentimento de conscienciosidade está mais intimamente associado, e se há um ou outro que seja mais preeminente nesse sentimento? A conscienciosidade é, naturalmente, a base da lei, da ética, da justiça, da virtude, etc.?

Resposta: De acordo com os Ensinamentos Rosacruzes, quando o Espírito deixa a vida física por ocasião da morte, ele vê o panorama de sua vida passada se desenrolar diante de si, na ordem inversa. Naquele momento, as imagens que compõem a história de sua vida recém-finda aqui são gravadas nos veículos mais sutis, que o Ego leva consigo para os Mundos invisíveis. É a reação às imagens em que o Espírito cometeu algum ato errado que causou o sofrimento a alguém que constitui a experiência purgatorial dele. Isso erradica as imagens do panorama da vida, mas deixará um aroma — aquilo que chamamos de consciência — que advertirá o Espírito em sua próxima vida a não fazer as coisas que causaram o seu sofrimento no Purgatório. A conscienciosidade é a qualidade positiva da consciência negativa. A consciência nos previne a não fazer o que é errado; a conscienciosidade nos leva a fazer as coisas certas.

Mitologicamente, Saturno é o ceifeiro com a sua foice e ampulheta, o anjo da morte, que nos tira da vida ativa para a existência purgatorial, onde colhemos o que semeamos. Portanto, neste sentido, Saturno está na base da consciência. Ele sempre nos avisa dizendo “não, não, não”, e se ouvimos sua voz no passado, nós o teremos nessa vida numa posição em que ele possui Aspectos benéficos[1] com os outros Astros – particularmente com Júpiter, o Planeta da lei, da ordem e da ética e, também, o Sol que nos inspira os ideais mais elevados – então, seremos homens e mulheres conscienciosos, cumpridores dos nossos deveres na vida, não importando quão árdua seja a tarefa, quanta perseverança e persistência ela requeira, ou quanto autossacrifício seja exigido. Assim, a conscienciosidade não é produto de um único Astro, mas requer uma combinação das virtudes mais elevadas nos vários Astros existentes para levá-la à sua mais elevada e nobre expressão. Claro que há muitas pessoas que são conscienciosas devido à influência de configurações benéficas menores (astrologicamente falando), mas a fase mais elevada requer a cooperação do Sol, de Júpiter e de Saturno.

(Pergunta 107 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)


[1] N.T.: Sextis, Trígonos e algumas Conjunções

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Pergunta: Você pode me explicar exatamente como as influências Astrológicas atuam? De que modo misterioso é proporcionada a proteção pelas influências astrais?

Pergunta: Você pode me explicar exatamente como as influências Astrológicas atuam? Parece extraordinário que um ser humano, pelo fato de seu horóscopo não apresentar nenhuma evidência de morte violenta, possa escapar sempre miraculosamente. Por exemplo, na atual guerra Europeia[1], vê-se inúmeros casos em que homens se expõem imprudentemente a saraivadas de balas, escapando sempre ilesos. Havia um general francês, tão gordo que mal podia andar, que costumava se sentar em um banco de campanha fora da trincheira, sendo um alvo perfeito ao inimigo. Ele nunca foi atingido. Novamente, um aviador britânico que fazia voos rasantes por cima das trincheiras alemãs, e observadores competentes dizem que, embora durante dez minutos milhares de projéteis fossem disparados em sua direção, ele sempre escapava ileso. De que modo misterioso tal proteção é proporcionada pelas influências astrais?

Resposta: Os Astrólogos que investigaram os horóscopos de várias vítimas de acidentes, tais como as do “Eastland”[2] e do “General Slocum”[3], conseguiram sempre detectar acidentes graves no horóscopo das vítimas, e um dos astrólogos europeu, que acreditamos ser “Sepharial”[4], recentemente comparou o horóscopo de quarenta pessoas mortas em um campo de batalha na mesma ocasião. O resultado revelou grandes calamidades em cada caso, e é igualmente certo que quem escapou milagrosamente ao perigo devia estar sob boas influências naquele momento.

Um estudo dos horóscopos revela que enquanto certas pessoas são imunes aos acidentes durante toda a vida delas, outras pessoas são sujeitas a eles frequentemente. Uma terceira classe escapará sempre por um fio, desde o nascimento até a morte. No “Conceito Rosacruz do Cosmos”, citamos o caso de um homem pertencente à classe que sempre se depara com acidentes. Ele não era absolutamente um homem imprudente ou descuidado. Numa ocasião, ele feriu-se ao subir numa charrete. Na ocasião citada nesse livro, ele estava viajando num bonde elétrico que se chocou com um trem, por isso não podia ser culpado pela desgraça que o acometeu. Entretanto, ambos os acidentes e muitos outros foram previstos muito claramente no horóscopo dele. Verificou-se, posteriormente, que esse era o resultado de um destino inexorável, pois o autor[5], meses antes, avisou-o e preveniu-o quanto à data exata do acidente ferroviário. O pobre homem, ansioso por escapar, permaneceu em casa no dia anterior ao acidente pensando ser aquele o dia fatal. Mais tarde, se descobriu que ele confundira a data, tornando-se realmente a vítima.

Em outra ocasião, o autor predisse um acidente a um homem pertencente à classe dos que sempre escapam. Se a memória não nos falha, esse homem tinha Leão no Ascendente e o Sol, que regia o Ascendente, estava na oitava Casa em Quadratura com Saturno. Júpiter estava em Trígono com o Sol ou o Ascendente, ou ambos. Nesse caso, era evidente que esse homem se encontraria, muitas vezes, em perigo de vida, mas, escaparia sempre. Contudo, no ano de 1906 ou 1907, houve um eclipse do Sol a um ou dois graus do seu Sol radical e, também, algumas aflições menores. Pensamos que isso representasse, talvez, o terminus vitae (término da vida) dele, mas não o foi. No dia em que as influências não estavam tão boas, ele tropeçou e caiu no meio da rua e um carro de turismo pesado foi direto em sua direção. Parou cerca de uns 3 centímetros do corpo dele, de forma que o raio benéfico de Júpiter anulou, mais uma vez, a influência do sinistro Saturno. Pelo que autor sabe, esse homem vive ainda e, provavelmente, já deve ter escapado inúmeras vezes da morte.

Deve haver configurações similares nos casos mencionados pelo nosso amigo. Tais pessoas levam uma vida sossegada, e não há outra explicação que possa dar uma indicação satisfatória para o problema, exceto que os raios astrais (Sol, Lua e Planetas) são forças poderosas em nossas vidas.

Isso não deveria nos surpreender se considerarmos que os Astros são corpos vivos e pulsantes de grandes Inteligências que são Ministros de Deus. Se um frágil aparelho sem fio, construído por mãos humanas, pode emitir ondas no ar capazes de mover uma alavanca, acender uma lâmpada, ou operar uma chave telegráfica a milhares de quilômetros de distância de acordo com a vontade do operador, por que seria impossível a energia dinâmica de tão grandes Espíritos enviar, pelo universo, raios de força ou potência capazes de agir a muitos milhões de quilômetros de distância? O fato de compreendermos e acreditarmos nisso ou não, nunca fará as coisas mudarem, e os céticos poderão, por meio de uma simples observação dos movimentos da Lua e de Marte, verificar e ter a comprovação disso.

Esses dois Astros desempenham um papel muito importante atualmente, porque as pessoas se tornaram mais receptivas, cedendo aos impulsos deles durante os últimos dois anos. É certo que fortalecemos nosso caráter, quando aprendemos a reger nossas “estrelas” e escudando-nos contra suas influências incitadoras. Também é um fato que quanto mais nos submetemos a elas, em determinada ocasião, tanto mais potentes serão suas influências em uma ocasião seguinte.

(Pergunta 117 do Livro “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz SP)


[1] N.T.: Refere-se à Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

[2] N.T.: Desastre de Eastland, naufrágio do transatlântico SS Eastland no rio Chicago em Chicago em 24 de julho de 1915. O evento, que custou pelo menos 844 vidas, é classificado como um dos piores desastres marítimos da história americana.

[3] N.T.: O PS General Slocum era um barco a vapor de passageiros construído no Brooklyn, Nova York, em 1891. Durante sua história de serviço, ele se envolveu em vários contratempos, incluindo vários encalhes e colisões. Em 15 de junho de 1904, o General Slocum pegou fogo e afundou no East River da cidade de Nova York. No momento do acidente, ela estava em uma corrida fretada carregando membros da Igreja Evangélica Luterana de São Marcos (alemães americanos de Little Germany, Manhattan) para um piquenique na igreja. Estima-se que 1.021 das 1.342 pessoas a bordo morreram.

[4] N.T.: Walter Gorn Old (1864-1929) foi um notável astrólogo do século XIX, mais conhecido como Sepharial.

[5] N.T.: no caso, Max Heindel

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O Emprego da Astrologia Rosacruz e como Você a Emprega

Há dias recebi de um amigo, que não compreende por que tenho confiança na Astrologia, um recorte da revista americana “News-week”, número de 12 de outubro de 1959. Apresento aos Amigos a tradução desse artigo, porque representa preciosa lição para nós.

“Para Bruce King, tudo o que está escrito nas estrelas, seja a Conjunção de Vênus com Marte, seja a de qualquer outro corpo celeste, representa dinheiro.

King, mais conhecido como Zolar, o mais popular astrólogo do mundo, é autor de aproximadamente 70% de todos os horóscopos vendidos no Estados Unidos. Seu lucro pelas predições: cerca de 150.000 dólares por ano.

Na última semana, King assinou contrato para colocar seus novos horóscopos para 5 anos (5 dólares cada um) nas 2.200 lojas de F.W. Woolworth antes da chegada do Ano Novo. Depois, puxando uma baforada de seu cigarro, concedeu uma entrevista, pela primeira vez durante seus 25 anos de astrólogo, em seu escritório em New York, sem turbante e sem olhar para a bola de Cristal.

Não sou adivinho, disse o senhor de 62 anos chamado Zolar (ZO de zodíaco e LAR de solar). Tudo o que faço com a astrologia é levantar o mapa da vida de uma pessoa. Ele mostra como a vida pode ser conduzida, mas nem os homens nem as mulheres são sujeitos ao destino.

Cada homem forma o seu próprio destino.

King recebe, no mínimo, umas 10.000 cartas por ano pedindo conselhos (que são fornecidos a 3 dólares, isto é, 800 cruzeiros cada um). Dessas cartas, 80% são de mulheres, concluindo-se, portanto, que a maioria das cartas trata de assuntos do coração. A pergunta feita com mais frequência, disse King, é: ‘Quando me casarei?’. A resposta para os nascidos em princípio de abril é: ‘Urano favorece o amor e as amenidades da vida… durante o mês de outubro’.

Tendo sido corretor de fundos, King se ligou com a Astrologia durante a crise porque lhe pareceu que os astrólogos eram as únicas pessoas que tinham algum dinheiro. Imaginou e organizou a venda de horóscopos e mais tarde expandiu suas vendas por intermédio da cadeia de lojas de Woolworth Kresge e Mc Cory.

Ele estima em mais de 50 milhões o número de horóscopos vendidos por ano.

Agora, sua linha de acessórios astrológicos (?), todos remetidos pelo correio em envelopes sem indicação de conteúdo, inclui tudo, desde cartões de predição e de indicações astrológicas de aniversário, até seu livro mais vendido (best-seller): ‘Segredos Astrológicos do Amor, das Emoções e do Casamento’.”

Esse é o artigo, meus Amigos.

Agora vamos à lição que ele encerra. Vamos responder sinceramente às seguintes perguntas:

Que uso você faz dos seus conhecimentos de Astrologia Rosacruz? Você a usa como uma ciência sagrada, que nos revela o segredo dos Equinócios e do sacrifício anual do Cristo para podermos sobreviver?

Ou a emprega vendendo predições (ainda que não por dinheiro, mas por fama e poder ilusórios), com informações de quando os Signos são propícios?

Nessa última hipótese, você se compara aos vendilhões do templo no tempo de Cristo e está prostituindo a divina prerrogativa de obtenção de ganho para si.

Quando você é provado por uma série de incidentes de “azar” você vai olhar o seu tema para ver se Marte e Saturno estão em conflito e se conforma com isso?

Ou você enfrenta a situação sabendo que isto é mais uma prova oferecida para o seu crescimento espiritual?

Você aceita um outro pedaço de sobremesa sabendo que está sobrecarregando o maravilhoso instrumento que vem construindo laboriosamente desde o princípio da criação, com a desculpa de ter Júpiter em Câncer? O nosso Corpo deve ser o instrumento do Ego e não um brinquedo dos desejos.

O conhecimento da Lei do Renascimento foi ocultado ao ser humano deliberadamente, para que ele possa aproveitar ao máximo seu tempo durante sua curta vida terrestre em se concentrar sobre as coisas materiais.

As doze Hierarquias Criadoras – chamadas, também de Hierarquias Zodiacais – que têm conduzido o desenvolvimento desse universo solar têm uma concepção da existência muito acima da concepção que o ser humano dela possui. Podemos dizer que a concepção humana está para a concepção das Hierarquias Criadoras como a concepção de uma estátua (se pudesse conceber algo) estaria para a concepção do artista que a criou. O trabalho atual das Hierarquias Criadoras nesse Planeta Terra é desenvolver o SERVIÇO (Peixes) e a PUREZA (Virgem) em toda a humanidade, para que possamos compreender nossas próximas lições que serão: AMIZADE (Aquário) e CONTROLE PRÓPRIO (Leão). Aprendemos a lição do SERVIÇO sobrepondo aos nossos desejos egoístas o cuidado para com nossa família, nossa comunidade e nossa pátria. Se tivermos bastante fé para agirmos assim, estaremos nos preparando adequadamente, pois Cristo aconselhou-nos a não nos preocuparmos com o amanhã. Nosso Pai Celeste sabe o que precisamos.

Será preciso irmos mais além? Max Heindel nunca nos teria ensinado Astrologia Rosacruz se tivesse pensado que ela seria pedra de tropeço a qualquer um dos seus seguidores.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de fevereiro/1979-Fraternidade Rosacruz-SP)

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A Base Racional da Astrologia Rosacruz

Max Heindel

Um correspondente escreveu para pedir uma prova da veracidade da Astrologia Rosacruz. Por que Saturno rege os joelhos e Júpiter, os pés? Ele teve um diálogo com alguém e deseja saber o que pode ser dito sobre esse assunto.

A mera negação da verdade da Astrologia Rosacruz por alguém, porque não lhe agrada, não pode afetar a verdade ou falsidade da Astrologia Rosacruz ou de qualquer outra ciência. Tenhamos em mente que, para ser considerada válida, uma opinião sobre qualquer assunto deve ser o resultado de estudo e investigação. Podemos dizer, ainda, que ninguém merece ser convencido, se não estiver disposto a investigar, até certo ponto, o assunto que ele ousa criticar.

Pessoalmente, o escritor sempre teve como prática nunca falar espontaneamente sobre esses assuntos entre estranhos, embora sempre disposto a apresentar evidências quando a oportunidade se apresenta; pois, sempre se descobriu que “uma pessoa convencida contra a sua vontade não muda sua opinião de verdade”.

Há, no entanto, muitas provas da verdade e da base lógica da Astrologia Rosacruz. Um antigo provérbio caseiro diz que “a prova do pudim está em comê-lo” e certamente não pode haver melhor prova da verdade da Astrologia Rosacruz do que a de que ela funcione na vida diária. Muitas vezes tem sido o privilégio do escritor ver o cético sarcástico se tornar um defensor ardente dessa ciência, quando um ou dois testes provaram a ele a verdade da Astrologia Rosacruz. Ficaria, assim, tão impaciente com aqueles que ridicularizavam essa ciência ou negavam sua base racional quanto já havia ficado com aqueles que advogavam a exatidão da ciência sagrada.

Se você quiser satisfazer um cínico desdenhoso, pegue seu próprio horóscopo ou algum assunto intimamente relacionado com ele e aplique a Astrologia Rosacruz nisso. Você descobrirá então que não importa quão dura seja a cabeça dele, a Astrologia Rosacruz abrirá caminho; sim, mesmo que a cabeça dele seja tão dura que exija um trem para forçá-lo a aceitar a validade da Astrologia Rosacruz. Até isso será suprido, como mostra o caso mencionado no Conceito Rosacruz do Cosmos, em que o escritor disse a um homem para ficar em casa em dois determinados dias; para evitar principalmente os bondes e outros veículos de locomoção, sejam eles de que natureza for; pois de outra forma ele sofreria um acidente que afetaria certas partes específicas do corpo. Quando ele, descuidadamente, desconsiderou esse conselho, ficou ferido em um acidente ferroviário como consequência e foi submetido a um sofrimento severo de três meses, antes de poder escrever uma explicação sobre o seu descuido.

Ele disse na carta, que ainda temos: “Este acidente aprofundou meu respeito pela Astrologia Rosacruz”. Sim e não é de admirar; ele “comeu o pudim e o pudim provou ser verdadeiro”. Portanto, ele agora é um fervoroso defensor da Astrologia Rosacruz e faz palestras sobre esse assunto, entre outros. Algumas previsões podem se tornar realidade, se feitas um pouco antes do evento acontecer, porque a sugestão do Astrólogo Rosacruz atua como fator para o cumprimento da profecia. Mas, certamente ninguém pode explicar o caso aqui citado sobre ou qualquer hipótese semelhante. As colisões ferroviárias, geralmente, não são causadas por sugestões, nem uma determinada pessoa é enviada a tal cena para receber ferimentos de natureza grave em certas partes do corpo que foram definitivamente mencionadas na previsão.

Portanto, acreditamos sinceramente que mesmo o campeão da coincidência, o Prof. Proctor, famoso pela pirâmide, não poderia ter fornecido um comentário que explicasse com sucesso todas as diferentes fases dessa profecia e o seu cumprimento.

A predição acima foi baseada na máxima astrológica de que Gêmeos rege os ombros, Touro rege o pescoço e o cerebelo e Câncer, o peito; pois, duas dessas partes foram atingidas no acidente. Observações semelhantes realizadas por astrólogos mostram que Capricórnio, regido por Saturno, rege os joelhos, e Júpiter rege Peixes, o Signo dos pés.

Outra história ferroviária

Enquanto o acidente relatado em nosso artigo sobre “A lógica da Astrologia” foi previsto apenas três meses antes de acontecer, previmos outro acidente ferroviário mais ou menos na mesma época, ou seja, no verão de 1906. Mas, esse acidente não deveria acontecer até agosto de 1909, aproximadamente. Chamaremos o sujeito desse acidente de Sr. X. Vimos que em agosto de 1909 ele faria uma viagem de trem por prazer e que sofreria um acidente, mas escaparia ileso. Vimos também que em setembro de 1909, um mês depois, faria uma longa viagem em conexão com um importante empreendimento literário; mas, não imaginamos, na época, o quão intimamente nós mesmos estaríamos associados com o cumprimento desse assunto.

Enquanto isso, o escritor foi para a Alemanha, onde recebeu as instruções que resultaram na disseminação dos Ensinamentos Rosacruzes pelo mundo ocidental. E depois de escrever o Conceito Rosacruz do Cosmos e as Vinte Palestras (Cristianismo Rosacruz), ele foi para o oeste novamente, para Seattle, durante a Exposição do Pacífico de Yukon no Alaska, em 1909. Lá ele novamente encontrou o Sr. X. e, em agosto, quando suas palestras foram concluídas, aquele cavalheiro o convidou para dar uma corrida até o Parque Yellowstone. Depois dessa viagem de lazer e de um descanso, ele propôs que fôssemos a Chicago, para ter o Conceito Rosacruz do Cosmos publicado.

O escritor estava muito ocupado com a obra literária em mãos, no entanto, para aceitar o convite para o Parque Nacional de Yellowstone; então o Sr. X. foi sozinho. Entre Gardner Junction e o parque, seu trem descarrilou; todos os passageiros ficaram consideravelmente abalados, mas ninguém se feriu. Após o seu retorno, nós dois fomos para Chicago, onde o Conceito Rosacruz do Cosmos foi publicado e, dessa forma, a previsão feita três anos antes foi cumprida. Deve-se dizer, no entanto, que nós dois havíamos esquecido a previsão até mais tarde, quando o Sr. X. trouxe o horóscopo onde ela estava, pois ele o encontrou enquanto folheava alguns documentos.

Esse certamente é outro caso que desafiará, com sucesso, a explicação de que a sugestão causou a realização. Que humano poderia organizar um acidente ferroviário três anos antes de ele acontecer e garantir a segurança dos passageiros? O escritor sabia muito pouco sobre os Rosacruzes naquela época e não sonhava então com a boa sorte reservada para ele como seu mensageiro. Ele teve apenas uma experiência pessoal do poder da alma latente dentro dele e não desenvolveu nem pensou em desenvolver a faculdade da escrita. Ele não tinha vontade alguma de se tornar um autor e, portanto, não poderia sugerir um importante empreendimento literário que levaria o Sr. X. a Yellowstone (e depois a Chicago), em setembro de 1909. Só há uma explicação possível: as estrelas contaram a história e era verdade.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de novembro/1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

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Saiba o porquê a oportunidade NÃO bate apenas uma vez na porta de uma pessoa

Quantas vezes ouvimos alguém que se considera “deprimido” dizer: “Bem, eu tive minha oportunidade uma vez e a perdi”. Não há maior falácia do que a ideia de que “a oportunidade só bate uma vez na porta do ser humano”; e aqueles que estudam Astrologia Rosacruz devem estar particularmente atentos a esse fato. Pois, mesmo que não haja outra ajuda em um horóscopo, Júpiter faz um circuito pelos doze Signos uma vez a cada onze anos e durante esse período ele encontrará e fará Aspectos benéficos (Sextis, Trígonos e algumas Conjunções) com todos os Astros do nosso horóscopo.

Além disso, todos os anos as Lunações surgem para frutificar pelo menos alguns dos Aspectos do seu horóscopo e trazer para sua vida chances de melhorar sua condição. Essas influências duram apenas um mês; mas são fatores potentes para fertilizar a semente da oportunidade para que ela dê frutos em sua vida.

Se um Eclipse acontecer em seu horóscopo em Aspecto com qualquer um dos Astros ditos bons, ou vivificando qualquer um dos Aspectos benéficos em sua natividade, essa influência durará um ano inteiro e trará chances repetidas. Basta estar desperto e agarrar a oportunidade nas suas asas, pois ela é como uma semente: a menos que você a plante no solo e a cultive, ela não crescerá.

Então pare de reclamar. Observe o que há de bom em seu horóscopo e faça o melhor uso dele. Você é obrigado a vencer!

Aqui está um bom poema sobre “Oportunidade”, de Walter Malone.

Eles me fazem mal, quando dizem que eu não venho de novo.

Quando uma vez eu bato e não consigo te encontrar;

Pois todo dia eu estou ao lado de fora da sua porta.

E ordeno que você acorde e se levante e lute e vença.

Não chore por preciosas chances passadas.

Não chore por eras douradas em declínio;

Toda noite eu queimo os registros do dia.

Ao nascer do Sol, todas as almas nascem de novo.

Ria como um menino em esplendores que se aceleraram.

Para alegrias que se foram, seja cego, surdo e mudo;

Meus julgamentos selam o passado morto com seus mortos,

Mas nunca selam um momento ainda por vir.

Embora mergulhado na lama, não torça as mãos e chore.

Dou meu braço a todos que dizem: “Eu posso”.

Mesmo os párias envergonhados que mais afundaram

Podem se levantar e ser novamente seres humanos.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de novembro/1915 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

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Hierarquias Zodiacais – Sagitário: Liberdade, Justiça e Visão

(*) Advertência:

A descrição aqui apresentada é mais exata conforme a cúspide da 1ª Casa esteja mais próxima do ou no segundo decanato do Signo (10º grau até 20º grau);

Quando os 3 últimos graus de um Signo estão ascendendo, ou quando os 3 primeiros graus ascendem no momento do nascimento, diz-se que a pessoa nasceu “na cúspide” entre dois Signos, e, então, a natureza básica dos Signos envolvidos são mescladas no corpo dela.

Astros nas Casas:

  1. Os Astros no Signo Ascendente podem modificar a descrição;
  2. Astros colocados na 12ª Casa e que se encontram dentro de seis graus dessa podem modificar a descrição.

Em tais casos o Estudante deve usar seu conhecimento do caráter dos Astros em conjunto com a descrição do Signo.

(Veja mais no Livro: Mensagem das Estrelas – O Signo Ascendente – Max Heindel e Augusta Foss Heindel)

O verdadeiro sagitariano pode ser uma das mais nobres e agradáveis personalidades dentre os vários tipos encontrados no Zodíaco. Sobressai-se não só quanto ao corpo, mas também quanto a Mente e Coração e são dignos de uma atenção especial.

Virgílio disse: “Feliz é o homem que é capaz de aprender a causa das coisas”.

A profundidade do sagitariano, acrescentada à sua felicidade natural e bom temperamento, mostra que o sucesso já lhe é peculiar. A pessoa de Sagitário compreende e manifesta o fato de que o “gênio” se desenvolve com a solidão e o caráter com a luta e o correr da vida.

Tendo seus pés no chão, são práticos e como sua consciência está ligada às esferas celestes, o sagitariano preserva o divino no relacionamento entre níveis inferiores e superiores de manifestação. Aceita e avalia, baseado na verdade e na justiça, os elementos necessários para o reconhecimento da liberdade e tolerância perante as forças da vida.

Análise, solidariedade, equilíbrio de poder e uma força criadora se movimentam dentro do coração da criança de Sagitário. Assim como o símbolo desse Signo é meio-humano, meio-animal (Centauro), que se levanta do mais baixo para o mais alto através da aspiração, assim também é o movimento dessa Hierarquia Criadora, do domínio do presente para o do futuro. A aspiração e o idealismo do sagitariano o manterá em constante procura e luta pelo amor, pela beleza e perfeição que ele, instintivamente, sabe que a vida oferece. Mesmo que suas aspirações estejam muito além das, normalmente, almejadas pelo ser humano, ele sempre se movimentará no sentido de obter o ideal e a meta a que se propôs.

Visando os Astros, a consciência humana, uma vez libertada das limitações de credo e do dogma, vai se movimentar em harmonia com o coro da liberdade. Pouca restrição é necessária com esse Espírito vibrante e Sagitário logo aprende que a liberdade está reservada àqueles que fazem um progresso definitivo na grande escola da vida. Podemos estar ligados ao passado, mas estamos livres para o futuro. A vida e a ação de hoje dão a medida do progresso futuro. Devemos olhar para nós próprios a cada dia que passa, sob a luz de uma análise honesta.

Precisamos aceitar nossas qualidades e construir sobre o que possuímos de bom, avaliando cada fraqueza e tentação, dirigindo, conscientemente, nossa força de vontade, esforçando-nos para corrigir os fatores suspeitos e as ações censuráveis.

Desta maneira, o sagitariano ou outra pessoa qualquer poderá obter um quadro preciso de sua Personalidade. Os sagitarianos, muitas vezes, não usufruem de certos privilégios e bênçãos na vida, devido ao fato de não verem coisas que são óbvias. Suas tendências são para se dirigirem a um alvo ou um ideal que estão muito além do seu alcance. Raramente atingem seu objetivo total, mas, mesmo assim, vão sempre além do ponto de partida. Contudo, muitas experiências maravilhosas e válidas são perdidas, não são vistas ou apreciadas, porque os sagitarianos precisam aprender a julgar todas as coisas com igual interesse, lembrando-se que o esforço sério e sincero para alcançar seus ideais e objetivos é a principal meta na vida. Toda a experiência é válida, porque o agir contribui para o crescimento do caráter. O sucesso na realização das ambições da vida obtém-se pelo equilíbrio e objetividade. Todas as outras coisas encontrarão expressão, mas ficam, normalmente, subordinadas ao caminho principal ou ideal.

Cada uma das Hierarquias Criadoras estudadas (de Áries a Escorpião) representa uma força de intensa magnitude, manifestando-se em todos os assuntos da vida, dando aos diferentes grupos da humanidade lições que ajudam no desenvolvimento dos poderes espirituais. Isto é verdadeiro nas cinco primeiras Hierarquias Criadoras, de Áries até Leão, cuja força e ação fincaram os alicerces sobre os quais outros princípios criadores puderam agir. Com Virgem, Libra e Escorpião entramos num domínio de manifestação diretamente associada à nossa evolução atual. Em Escorpião, consideramos o Caminho da Regeneração, o que nos ajudou a compreender e a fazer uso correto da força criadora deste Signo da Água, intenso e emocional. Já vimos que o Ego foi equilibrado pela balança de Libra. Uma vez pesado, testado e preparado para a Iniciação, o Aspirante à vida superior passa por testes cruciais que revelam a sua habilidade e força para servir com os Irmãos Maiores, que se dedicaram inteiramente à eterna perpetuação da vida e do serviço.

O Despertar da Mente Superior – com o domínio do princípio criador de Escorpião, a regeneração, um novo impulso, uma força espiritual ardente é, então, acrescentada às manifestações da unidade criadora que se fez conhecida da humanidade. Sagitário vem atirando suas flechas (ideais) em nossas Mentes e esta expressão suprema do fogo criador desperta a Mente superior, não o Corpo Denso. Precisamos aprender a não fugir dos dardos e das flechas pontiagudas de Sagitário, pois elas não ferem quando são recebidas. Por outro lado, seu alvo é nos levar para grandes alturas e imensos triunfos. A necessidade de nos movermos, além da capacidade inerente a cada um, é uma luta intensa; mas, embora direto, proposital, muitas vezes brusco e sempre franco, Sagitário tem sempre em seu coração os melhores motivos e os mais bondosos interesses em relação aos outros.

Quando Sagitário dedica-se para conseguir despertar em outros os instintos superiores, mesmo que isso leve tempo, é um sinal de amor e devoção e esse esforço supremo é certo que resultará em iluminação. Quando Sagitário reconhece em outros a pureza de propósitos e a afinidade espiritual, liga-se a esses Egos de tal maneira que testa os indivíduos até seu limite. Quanto maior o amor, mais forte e mais duradouras serão as promessas, porém, maiores também serão os testes e as tentações de maneira a quebrar e frustrar o empenho perfeito do Ego.

Sagitário pode se sair bem ao ajudar as pessoas a vencer essas fraquezas humanas, fazendo sentir que problemas menores necessitam de considerações e reações menores. Mesmo que o impulso e a impaciência rompam esse relacionamento, a ligação espiritual de um pelo outro nunca morre. Atenção a detalhes permitirá unidade de objetivos e coordenação de esforços. O amor floresce na luz e a verdade é restaurada e renovada à medida que a fé e a confiança se misturam com a devoção. Será que a experiência em coisas tristes, transformada em esplendor espiritual, me admitirá na sua presença Sagrada? Você entende e aceita as lutas da minha vida?

Essas são as perguntas que o Ego apresenta a Sagitário, à medida que minhas lutas me conduzem ao Caminho, a procura da união eterna com a Fonte de tudo que existiu anteriormente.

Sagitário possui o poder de vida acumulada e quando este princípio nos é dado, nossas vidas irradiam em grandeza e o Ego se eleva na recepção de energia dessa entidade divina. Uma vez que tenhamos contatado essa grande Hierarquia Criadora, corremos e nunca mais paramos. O ar livre será o lar das crianças de Sagitário e uma vida livre lhes é dada para que possam criar, em planos superiores, sobre uma força totalmente nova.

Nunca Sagitário deu tanto para o mundo e suas flechas furam a aura da Terra e aqueles que estão dentro dela, de modo que o Espírito de Deus possa entrar pelas aberturas e feridas por elas causadas. Estamos sendo constantemente atingidos e devemos receber tudo o que Sagitário nos envia, aberta e conscientemente. Se não abrirmos nossos corações para seus ideais e força, Ele necessitará furar a superfície com dardos puros da verdade, até que a sabedoria profunda se torne inata no ser humano. Júpiter, o hábil ajudante de Sagitário, está sempre conosco e se correspondermos aos princípios de Júpiter, encontraremos uma verdade que queima como fogo e um fogo que purifica … o fogo do Espírito Virginal manifestado, o Ego.

Construindo para o futuro – O fogo espiritual de Sagitário é tão grande que não podemos suportá-lo por muito tempo; mas este poder criador virá sempre, pois ele continua a construir de maneira renovada, em esferas superiores.

Assim como Áries representa a sempre presente Força Vital do Universo e Leão nos leva de volta ao passado e possui um registro imortal de nossas ações, Sagitário constrói para o futuro. A capacidade para a ação futura é dada por meio da força da Epigênese (que cria valores novos e originais a partir de modelos antigos) que o ser humano combina o fogo da vida (Áries) com a força do amor (Leão) para tornar possível as experiências futuras (vidas) através do fogo reprodutivo do Espírito (Sagitário).

Estes elementos são essencialmente espirituais e particularmente criativos porque os Signos envolvidos são ardentes e masculinos: Áries, Leão e Sagitário.

Os sagitarianos são Espíritos livres e toleram certas condições por tempo limitado. Quando se movimentam, expressam claramente suas convicções em termos definidos. Não ficam parados e estagnados uma vez que a força potencial esteja dirigida para os canais apropriados. A ação traz a experiência e essa assegura o crescimento, à medida que a vida se desenvolve. O sucesso dependerá, em grande parte, da combinação e utilização da sabedoria e do julgamento.

Quando Sagitário é atraído por um interesse profundamente religioso ou filosófico, o uso dos princípios cósmicos se torna um guia na vida, o que levará a uma satisfação intensa, particularmente aonde uma presença divina e uma reta postura espiritual sejam elementos inerentes. Estes fatores fortalecem-se durante as muitas vidas até que suas manifestações venham à tona, sobressaindo-se.

Sagitário, o Signo da 9a Casa, é regido por Júpiter. Aspectos benéficos (Sextil, Trígono e algumas Conjunções) para com Júpiter oferecem oportunidade de combinar os elementos indicados pelos Astros (Sol, Lua e Planetas) concernentes. Onde Vênus e Urano, Mercúrio e Netuno estejam envolvidos, lições importantes, como respeito às “oitavas planetárias”, são dadas.

A influência de Vênus, quando usada corretamente, é uma dádiva a toda a humanidade. A beleza, doçura e o carinho que Vênus pode nos transmitir, faz com que adquira um lugar nos corações de homens e mulheres que nenhum outro Astro possui. Urano, o Planeta do altruísmo e do pensamento original, amante da liberdade e vibrante em todos os aspectos, tende a desenvolver um amor que abrange toda a humanidade. Sua ação é, talvez, mais sutil do que a de Vênus, porém mais duradoura.

Quando juntos, Vênus e Urano podem produzir o maior amor e a mais pura expressão de afeição e devoção que se pode imaginar (mais ainda quando com Aspectos benéficos em Sagitário e/ou com Júpiter). Naturalmente, as tendências de Vênus à fraqueza e a se deixar levar por temperamentos negativos devem ser superadas. Contudo, com Urano envolvido, toda esta energia pode ser até estimulante, emocionante e se transformar, para sempre, no mais produtivo canal.

Mercúrio e Netuno são indicadores do potencial espiritual. À medida que evoluímos, nossa compreensão passa das qualidades do enfoque geral de Mercúrio para a compreensão divina de Netuno. O relacionamento desses Planetas é, portanto, muito próximo, visto que as ações de um se fundem com o desenrolar do outro. Novamente, com Sagitário e/ou Júpiter envolvidos, Mercúrio e Netuno formam um paralelo de suma importância. O resultado poderá ser uma compreensão divina expressa na escrita, na fala e no ensino, se o Aspirante à vida superior souber tirar proveito desses aspectos.

Sagitário é a criança, cuja imaginação está fora deste mundo. O fato de viver em um estado sonhador, de belas e elevadas visões, talvez inacessíveis ideais, não impede a felicidade final. Com uma atitude positiva, Sagitário sabe que a ajuda virá e que o sucesso será uma realidade. Onde quer que Sagitário esteja, as aspirações naturais serão bem-sucedidas e imbuirá, nos outros, as flechas da verdade.

Assim como recebemos nossas forças da Mãe Terra, também olhamos e procuramos nos lugares elevados, um sinal daquilo que está por vir. Sagitário não se detém em nada, mas dá somente o suficiente para o dia. Este é o Fogo do Espírito. Andamos, hoje, em sintonia com a força que constrói o amanhã.

(de Thomas G. Hansen – com prefácio da Fraternidade Rosacruz de Campinas – SP – Traduzido do original inglês: Zodiacal Hierarchies de Thomas G. Hansen e publicado na revista Rays from the Rose Cross da The Rosicrucian Fellowship, no período de abril de 1980 a março de 1981 – publicada na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz em dezembro de 1981)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Novamente o Trabalho em Grupo ou em Equipe

Somos apologistas do trabalho em equipe. Observamo-lo portador de inúmeras vantagens, como, por exemplo, o alcance de um rendimento máximo em tempo mínimo, mediante o aproveitamento racional das qualidades e aptidões de cada um em função do todo. Além disso, sua ação faz-se sentir individualmente, revertendo em benefício de cada um, em forma de disciplina, solidariedade, harmonia, companheirismo e expansão natural das próprias qualidades.

Mas, não se pense que o desenvolvimento do trabalho em grupo ou em equipe depende, única e exclusivamente, da aglutinação de pessoas dotadas de capacidade para realizar a obra proposta. Não. Não é tão simples assim. Certas aptidões, conhecimentos e habilidades são importantes e desejáveis. Mas, por si só não asseguram o êxito final de um trabalho coletivo. Há certos requisitos prioritários, tais como: boa vontade, sinceridade, desprendimento, altruísmo, harmonia, ausência de personalismo e outros. São essas qualidades, de natureza moral, que possibilitam a um grupo relativamente heterogêneo empreender e concretizar obras de vulto, num sentido comum.

É importante, na quadra atual, cada um meditar sobre isso, e perguntar-se: “Estou preparado para trabalhar em equipe?” Sempre estão se formando novos Grupos de Estudos Rosacruzes Informais e Formais e muitos estão se tornando Centro Rosacruz. E por meio deles os Estudantes Rosacruzes têm oportunidade de contribuir com sua parcela de esforço para a disseminação do Ideal Rosacruz.

O Método Rosacruz de Desenvolvimento oferece meios de realização estritamente individuais, objetivando o aprimoramento espiritual do Aspirante à vida superior, de modo a permitir-lhe transcender os entraves internos separatistas, integrando-o cada vez mais no puro sentido de equipe.

Todos temos alguma coisa a realizar, pois o mundo necessita de pessoas responsáveis, decididas a arregaçar as mangas e trabalhar. Não fiquemos aguardando o surgimento de condições favoráveis. Não esperemos o emergir do amanhã acenando-nos com as oportunidades. Essas já estão por aí à espera da nossa decisão. Nos dias que correm o “futuro é hoje”. E o trabalho deve ser realizado “aqui e agora”!

Se você quiser saber como deve funcionar um trabalho em grupo ou em equipe típico Rosacruz (pautado, logicamente, nos preceitos aquarianos) leia e estude esse material elaborado por um antigo Probacionista:

A Libertação Através Do Trabalho Em Grupo

“Devemos aprender a lição do trabalho para um propósito comum, sem lideranças. Cada qual, igualmente induzido pelo espírito de amor que lhe vem do íntimo, deve empenhar-se pela elevação física, moral e espiritual da humanidade à altura de Cristo – o Senhor e a Luz do mundo”.

Max Heindel

O conhecimento, em todos os seus aspectos, é a base reconhecida do progresso. À medida que novos fatos são descobertos, novas leis são formuladas, a tecnologia vai se aperfeiçoando e as evidências do progresso se manifestam. Desse modo o ser humano vai obtendo tudo o que previamente lhe parecia impossível. Tal acontece porque novos fragmentos de conhecimento em um campo provê a chave do mistério existente em outro campo. Consequentemente, em virtude do interrelacionamento comum entre todas as fases da vida e do conhecimento, quanto mais o ser humano sabe a respeito de determinado assunto, mais poderá saber a respeito dos outros. Assim, a luz do conhecimento cresce e se torna mais brilhante.

Muitos problemas da vida, mercê dessa transferência de capacidade e interrrelacionamento de conhecimento, são resolvidos satisfatoriamente. Mas, o progresso aí está, constantemente desafiando o ser humano com novas e diferentes situações que inevitavelmente suscita. Os novos problemas vão tornando mais amplos, envolvendo mais pessoas, abrangendo maiores horizontes e exigindo soluções mais rápidas. As conquistas da técnica e da ciência, aproximando cada vez mais e identificando os diferentes grupos humanos, fazem com que cada acontecimento afete a todos. É evidente que a humanidade está sendo submetida a um processo evolutivo acelerante. Os sinais apontados são o início desse processo.

Ninguém sabe tudo – nenhum ser humano, por mais disciplinado, inteligente e dono de seu tempo que seja, pode hoje aprender tudo o que está à disposição do conhecimento humano. Ninguém, por mais poderoso e influente, não poderá pensar, planejar e atuar, com o acerto e rapidez necessários, em todos os problemas sociais. Ora, não é do intento divino que seja a humanidade subjugada e vencida pelo desespero, ante os penosos e confusos tempos que vamos adentrando. Graças a alguns afortunados cérebros que não se deixam limitar pelo medo, que sobrepassaram o egoísmo e, pelo amor ao próximo, sincero e desinteressado, lograram alcançar as mais profundas verdades do Cristo, está sendo divulgado por todas as partes a necessidade imperiosa de congregar as pessoas em grupos. Pela conjugação dos recursos individuais, na busca da solução dos mais altos e legítimos problemas coletivos, vêm-se obtendo meios para enfrentar a evolução da técnica, a fim de utilizá-la convenientemente, sem violência aos sagrados direitos do ser humano. Ainda há muito erro, decorrente, as mais das vezes, da falta do espírito de equipe. Ademais, há pouco é que, praticamente, se evidenciam as vantagens desta técnica há tanto tempo pregada por Cristo. Mas, ninguém pode deter o fluxo do propósito evolucionário; verifica-se um rápido aumento do trabalho em grupo, em todo o mundo.

Necessidades para se trabalhar em grupo – o primeiro passo para o trabalho em grupo é o reconhecimento de nossas limitações pessoais. Isso nos leva a participar de esforços cooperativos, cujo brilhante futuro mal podemos prever. À medida que nossos egoísmos e interesses imediatistas forem dando lugar ao altruísmo e bem-comum, novas fases irão sendo exploradas no trabalho em grupo. De fato, a formação de grupos de trabalho ainda está na infância. As técnicas são relativamente desconhecidas de uma grande maioria de indivíduos e as forças cósmicas, que unem os indivíduos esparsos em grupos, estão apenas começando a produzir seus impactos sobre a consciência humana. Tais forças fluem primeiramente do Espírito do Cristo Interno e secundariamente da influência de Aquário. Ao se tornarem mais fortes, os grupos de pessoas, de uma natureza mais original e espiritual, se tornarão mais comuns. Eles serão os vanguardeiros e a glória da Era de Aquário. Pelo discernimento de assuntos públicos, Júpiter – o princípio da expansão e da boa vontade, da filantropia e da sociabilidade – revela o que é desejável em matéria de negócios, de religião, de ciência e outros assuntos, suscitando a revisão de atividades para novas e construtivas fases em grupos. Desse modo, utilizando os valores relativos pessoais, sob o impulso do altruísmo e sem ofender a liberdade individual, Júpiter vai tornando possível grandes melhoramentos. Para as pessoas integradas em movimentos humanísticos e espirituais, o trânsito desse Planeta enseja grandes oportunidades de progresso.

No passado, as transições de progresso que se operavam no mundo eram consequências do trabalho de indivíduos mais ou menos iluminados, cujas Personalidades exerciam poderosa ação, atraindo e dominando aqueles que se tornariam seus discípulos. Por intermédio de tais singulares indivíduos o trabalho era feito. Foram grandes homens e mulheres a quem devemos não somente as revelações religiosas, como o progresso nos vários ramos da arte, da ciência, das leis, da política, da filosofia, etc. Eles, em grande parte, fizeram a história, história de umas poucas pessoas, de cujo esforço e gênio dependeram as grandes realizações, em todos os campos de trabalho.

Atualmente essa condição está mudando. Novos métodos e novos homens e mulheres estão rapidamente emergindo. Muitos poucos indivíduos excepcionais surgem, mas, em compensação, levanta-se muitos homens e mulheres aptos para qualquer atividade. Em vez do antigo “mestre” que determinava tudo, observamos hoje muita gente com idêntica habilidade, trabalhando em conjunto. Ampliam-se enormemente as atribulações de responsabilidade e expansão da atividade humana. Devemos, hoje, aprender a trabalhar em conjunto ou nos desatualizaremos. Como predisse Max Heindel, devemos ser iguais, amigos, compartilhando experiências e ações, acima da preocupação de liderança. A Fraternidade é a nova ordem da Era que se aproxima. Ou nos entendemos ou nos limitaremos cada vez mais.

O desejo de se destacar – A ambição para se tornar líder leva a mesma razão que torna o indivíduo inadaptado para a mais elevada forma de trabalho em grupo, não importando quão altruístas e benevolentes possam ser as motivações. O desejo de se destacar, de exercer autoridade, encerra um erro de aproximação à moderna atividade em grupo, pois ressalta a Personalidade, em prejuízo de fatores anímicos de confraternização, de identidade incondicional. Em seus trabalhos com os Irmãos Leigos e Discípulos, os Irmãos Maiores nunca dão ordens, nunca censuram e nunca louvam. O anelo de servir, de viver retamente, deve brotar espontaneamente do interior do indivíduo. Isso o capacitará para a integração da equipe. Esse deve ser o espírito de todo trabalho em grupo.

Tempo está chegando em que, na vida de todo e qualquer indivíduo, a única autoridade a ser levada em conta será o “Eu Superior”, o foro íntimo. Na medida em que cada um aprenda a amar, a honrar e a obedecer a seu “Eu Superior” expressará o que é bom, o belo e o verdadeiro (o que é indispensável na evolução prática dos ideais Cristãos). E para isso é imprescindível se torna compreensivo e harmonioso com todos seus companheiros de atividade, entendendo e seguindo espontaneamente os objetivos do grupo. A intuição, em vez do intelecto, será o fator reinante. Desaparecerão as regras e os regulamentos impostos pelos líderes. Nos novos grupos, em vez de um líder, surge um representante, um porta-voz, o qual, pelo menos em teoria, preside aos trabalhos, por escolha de todos. Em virtude de seus méritos pessoais ele se tornou o SERVO DE TODOS, cujo conceito está muito distante do de um líder que, seguindo suas próprias ideias e determinações, modela e executa o sistema de um grupo.

A especialização em um determinado ramo de atividade – No sentido de ampliar mais as possibilidades do conhecimento, atualmente há uma tendência bastante generalizada: se especializar um determinado ramo de atividade, depois de ter sido adquirido o conhecimento geral da profissão escolhida. Reúnem-se, então, os especialistas de diversos ramos para que todos e cada um contribuam com seus talentos num objetivo e benefício comum. Essa conjugação de técnicos desempenhou importante papel no esforço da última guerra mundial. Igualmente, a interdependência de técnicos foi que produziu o tremendo avanço da medicina, da ciência em geral, da técnica dos negócios. É a prova de que, fundindo e focalizando o conhecimento e poder cerebral de muitos, resolvem-se os mais complexos problemas do mundo. De igual modo, se fundirmos e focalizarmos os atributos do coração, o conhecimento e as energias espirituais de muitos indivíduos devidamente preparados, então pode-se, com toda a certeza, exercer um poder espiritual quase ilimitado na tarefa de libertação do mundo. Esse é um palpitante, profundo e maravilhoso tema para o qual chamamos a atenção especial de todo Aspirante à vida superior sincero.

O trabalho em grupo – Existem utilíssimos conhecimentos em relação ao trabalho de grupo. Contudo, permitimo-nos tecer considerações acerca de fatores diretamente relacionados com atividades espirituais, que é o nosso caso. Temos amplas razões para admitir que, por meio da Fraternidade Rosacruz, conseguiremos promover uma expressiva fase de libertação da humanidade. E para compreendermos como atingir essa realização de efetiva ajuda ao Cristo, estudemos os cinco princípios básicos do nosso esforço em grupo:

1) O primeiro princípio é o SACRIFÍCIO, pois, sugere o impulso amoroso de dar, com renúncia de si mesmo, sem egoísmo. Sem o sacrifício o trabalho de grupo é praticamente impossível. Tudo o que não beneficie o conjunto e suas finalidades e que possa constituir obstáculo para Deus e para o ser humano, deve ser posto de lado. Sacrifício é fazer apenas o que é bom e implica renúncia aos reclamos da Personalidade. É interessante observar, de passagem, que embora exista muitas pessoas altruístas, em todos os lugares, atualmente, poucas são as que agem acima de sua Personalidade com o único propósito de servir e elevar os semelhantes. Aqueles que se reúnem para congregar forças a fim de obter mudanças políticas, para fundar uma instituição filantrópica, quase sempre cobram o preço do prestígio e do proveito pessoal. Raro é o que nada reclama para si, cuja presença e ação, eficientes e silenciosas, constituem o alicerce espiritual do movimento.

O fundamento e a causa de todo poder espiritual residem, em parte, no sacrifício. O egoísta transfere para um plano secundário o interesse impessoal da humanidade, sobrepondo-lhe a glória, a fama e poder material dos membros do grupo. Sacrifício é o “abc” do viver espiritual, é esquecimento próprio, é afastar tudo o que, de alguma forma, possa enfraquecer ou dividir os membros do grupo ou interferir no desenvolvimento de seus propósitos comuns. Não nos referimos somente ao que é errado, mas também ao não essencial, ao que não seja diretamente objetivado pelo movimento pelo qual o grupo está reunido – como, por exemplo, é o caso da Fraternidade Rosacruz –, embora interesse, de modo especial, a um ou a vários membros do grupo.

Cada membro deve ter boa vontade em relação ao grupo, deixando de lado sua vontade pessoal, seus esquemas favoritos e toda forma de ambição pessoal. O que prevalece é a vontade da maioria. Lembremos que, por força da presente condição humana, todos vemos “como que através de um vidro enfumaçado”, isto é, com nossas limitações não percebemos claramente a vontade de Deus e seus agentes, os Irmãos Maiores. Os propósitos dos Irmãos Maiores sobre a questão da elevação e libertação humana respeitam, em primeiro lugar, a liberdade individual, a valorização e o poder de uma FRATERNIDADE; conciliam os aspectos individuais mais legítimos com os propósitos de Deus. Mas, devido às limitações, apenas uma parte do trabalho pode, por ora, ser realizado, porque não enxergamos com clareza os detalhes do Divino Plano Redentor. Todavia, não nos desalentemos por isso.

Por meio do esforço sincero, o Aspirante à vida superior Rosacruz está conquistando, mais depressa, sua libertação e elevação, capacitando-se para um trabalho mais elevado. São poucos os que conseguem. Por enquanto, esforcemo-nos, sem nos aborrecermos por presenciar, frequentemente, membros que não trabalham com idênticas compreensão e unidade de propósito. A perfeição do trabalho em grupo é coisa do futuro. Contudo, um contato íntimo, fundado no amor e numa profunda realização de unidade em Cristo, é possível atualmente, com indivíduos incomuns, que saibam sobrepor-se às diferenças de opinião, que lutam contra as desuniões, porque essas resultam sempre das forças inferiores. É da maior importância, num trabalho em grupo, que todos aprendam a amarem-se uns aos outros, com o Amor de Cristo – amor ágape, incondicional –, de alma para alma, um amor nunca influenciado por fatores pessoais.

O amor é o que ilumina e valoriza o sacrifício. O serviço em favor da humanidade se realizará satisfatoriamente apenas quando se fundar num profundo e permanente amor, livre de crítica (em geral oriundas de frustrações) e orientado pelo firme propósito de não transigir com o erro, com o supérfluo e, sobretudo, com as brechas que entre seus membros produzam desuniões e enfraquecimentos. O sacrifício de fatores negativos pessoais, para perfeita integração e ajuda na Fraternidade, em prol da humanidade é, ao mesmo tempo, uma contribuição preciosa para si mesmo, um exemplo e cooperação à Fraternidade e uma ajuda à humanidade, porque todos os nossos pensamentos, emoções e atos refletem-se em todos os planos da Natureza. Pela contribuição perfeita ao grupo, o indivíduo realiza a superação automática de si mesmo. Pelo esforço de integração, pacificação e eliminação de divergências, cada um harmoniza-se, ao mesmo tempo, a si mesmo.

2) O sacrifício sábio traz, portanto, à atividade, o segundo princípio do trabalho em grupo: a IDENTIFICAÇÃO AMOROSA COM OS COMPANHEIROS DE LABOR. Ao sobrepor-se à Personalidade, cada membro do grupo, pela dedicação ao serviço, cresce em consciência quanto aos propósitos comuns. À medida que cresce, indiferente ao personalismo e egoísmos de toda ordem, identifica-se mais com seu verdadeiro “Eu” e adquire uma atitude de alegria, de confiança própria e de profundo amor ao próximo. Atinge, então, a vivência da “realização da unidade fundamental de si com os demais, em identidade espiritual”. Começa a manifestar sua deidade interna, que permite a superação espontânea de suas solicitações egoísticas e, ao mesmo tempo, fá-lo olhar seus semelhantes, não pelos aspectos externos, não por seus defeitos, senão pela “divina essência oculta em cada um”, o IRMÃO.

Só então atinge a consciência e vive a consciência real do grupo. Muitos de nós, nos instantes de oração ou oficiação de rituais em grupo (quando se processa uma perfeita fusão entre todos), tivemos oportunidade de sentir uma grande vibração. Isto é possível, devido ao princípio de fusão de semelhantes (semelhante atrai semelhante), que é muito mais forte do que uma unidade. Um grupo harmonioso é mais do que um simples ajuntamento de pessoas. São carvões que provocam um fogo que, e em conjunto, focalizados e vibrando num ideal comum, formam um instrumento de Cristo. Por isso foi dito que “onde dois ou mais se reunirem EM MEU NOME” ali Ele estaria! A fusão de almas é o mais poderoso instrumento de corporificação de Cristo, para um trabalho superior, porque produz um volume tão grande de vibração espiritual que pode canalizar, do Mundo do Espírito de Vida, um caudal de energia incalculável. Todos conhecemos essa lei: chama-se a Força de Atração.

Ela determina a atração de pessoas de vibração idênticas, levando-as a diariamente se reunir para um propósito comum. Eis o sentido de cada Centro ou Grupo de Estudos Rosacruz em todo o mundo! O semelhante atrai o semelhante. A mais alta expressão dessa Lei é a fusão de indivíduos preparados para um ideal superior, com plena consciência das leis que regem o trabalho em grupo, isto é, com renúncia de si mesmos e dedicação amorosa ao próximo. Eis como se realiza o trabalho de Cura da Fraternidade Rosacruz, a Cura Rosacruz. A fusão consciente e ardorosa de tais indivíduos forma um canal de natureza tão sublime que atrai um fluxo magnético poderoso do plano Crístico, beneficiando enfermos de todo gênero e enchendo a Terra de uma força equilibradora. Por meio do silencioso poder de tais grupos, os Seres Superiores podem fazer fluir o Poder Curador, a força, a Sabedoria e Amor, para todo este mundo carente. Atualmente o Mundo do Desejo se acha tão conturbado que seus reflexos na humanidade são os que observamos por aí. O contato de Egos, uns com os outros, em propósitos construtivos, é o meio mais eficiente, mais seguro, mais rápido, de libertação individual. O relacionamento de alma, pela autorrenúncia, leva-nos a um conhecimento superior e à unidade com o Cristo Cósmico, pelo despertar de nosso Cristo Interior. As aspirações devocionais e consagradoras para com o serviço, elevam os membros da Fraternidade a planos e condições que, sozinhos, abandonados a seus próprios recursos e às influências que vigoram desde a última conflagração mundial, não poderiam atingir.

3) O terceiro princípio do trabalho em grupo é o SERVIÇO (tônica da Fraternidade Rosacruz). Dele ninguém pode se evadir. Do mais elevado ao mais inferior dos seres vivos, o serviço é o preço a pagar, não somente para o progresso de todos, como também por mera imposição do direito de existir. De uma evasão deliberada, egoísta, do privilégio de SERVIR, origina severas penalidades das leis equilibradoras do Universo. É o que sucede a muitos Egos que atualmente, em alguns países, são obrigados, à FORÇA, a se conformar e servir com boa ou má vontade para atender às necessidades do grupo a que pertencem. O SERVIÇO é a capacidade de identificação do indivíduo com os interesses comuns. Pressupõe, como dissemos, a superação dos interesses pessoais, voluntariamente e regozijosamente. Quem é feliz servindo, torna-se simpático na vida íntima do grupo. É a técnica que liberta o indivíduo dos laços do “eu inferior” e o capacita a integrar a família de Cristo. O verdadeiro serviço não é fácil. Sua legítima expressão pressupõe muita renúncia, persistência e fé: “Poderosamente devem mourejar os que servem os deuses eternos”.

Servir significa sacrifício de tempo, de interesses pessoais, de ideias favoritas. Exige prudência, sabedoria, habilidade de trato, domínio das emoções. Observe-se quão poucos estão preparados para trabalhar impessoalmente. Não se trata de mero negócio, nem de interferências ou de esforços fanáticos. O verdadeiro serviço nasce da combinação das faculdades mentais com as do coração. Não é motivado por estados emotivos, por sentimentalismos, por arroubos acidentes de entusiasmos e tampouco do desejo de progresso espiritual da parte do servidor. O verdadeiro serviço salienta o grupo, em vez de o indivíduo. Por meio do verdadeiro trabalho em grupo nos tornamos mais úteis do que isoladamente poderíamos ser e mais nos aproximamos da nossa FONTE e ORIGEM. Através do serviço verdadeiro expressamos, com mais facilidade, os atributos de nosso “Eu Superior”, o Ego, cuja natureza é naturalmente boa e nobre, amorosa e fraternal, porque “feita à imagem e semelhança do Pai”.

O verdadeiro serviço não é solicitado nem planejado como um fim em si mesmo: surge espontaneamente na medida em que crescemos por dentro e nosso Cristo deseja expandir seus poderes anímicos. Gradualmente, à medida que vamos crescendo por dentro, irradiamos o amor e outras energias espirituais, nunca para nosso próprio engrandecimento, senão para elevação e libertação daqueles que de nós se aproximam. O verdadeiro servidor tira as vistas de si mesmo e de suas realizações, dando atenção integral para as necessidades de seus semelhantes, a começar por seu lar, sem deixar-se prender pelas insidiosas cadeias do interesse puramente familiar. Conduz-se equilibradamente em meio a todas as necessidades, seguindo os impulsos de seu Cristo Interior. A completa submissão à lei do serviço leva-o gradualmente ao íntimo do coração do grupo e a conhecer, para além de todas as dúvidas, que é UNO com as almas IRMÃS. À medida que os membros se elevam assim, o grupo vai atingindo a capacidade de serviço total, o poder e a oportunidade de executar as obras mais inimagináveis.

4) O quarto princípio consiste em RECUSAR tudo o que seja danoso aos interesses do grupo. Isso exige sinceridade, lealdade, coerência. Há muita gente de boa índole que falha neste princípio, por medo de ferir os membros do grupo. Mas a recusa não é desamorosa. Ao contrário: é firme, porém, amorosa, inteligente, esclarecida. Relaciona-se, como veem, com a Força de Repulsão, uma vez que, tudo o que não seja da mesma vibração do grupo tende a ser afastado. Pela manifestação desse princípio, todos os grupos tendem a repelir o que lhe seja estranho ao modo de ser e necessidades, envolvendo pessoas, coisas e condições. Não se trata propriamente de conservação. A evolução do grupo se processa naturalmente, à medida que seus membros evoluem e refletem amorosamente novas necessidades coletivas. Porém, o princípio que estamos considerando preserva o interesse de todos, elevando para Deus as pessoas e coisas identificadas, entre si, como conjunto.

Simbolicamente falando, a totalidade dos membros dedicados de um grupo “reúne seus carvões”, abanando-os pelo serviço amoroso, a fim de que flameje a chama do fogo espiritual, que é um poderoso dissipador das trevas da ignorância e do frio egoísmo que existe no mundo. Por meio de sua própria existência irradiará de tal grupo luz e calor que dissiparão as forças mentais negativas e as correntes miasmáticas do Mundo do Desejo, que escravizam a humanidade. Atuando sobre cada membro ou unidade do grupo, esse quarto princípio imprime, em suas consciências, uma profunda determinação de evitar e repelir, em sua maneira particular de vida, tudo o que possa obstar ou interferir desfavoravelmente nas atividades e interesses comuns. Disso decorre a necessidade de vigilância constante, de si mesmo e não propriamente quanto aos demais. Deve cada um vigiar todas as atividades físicas, emocionais e mentais, a fim de que não chegue a exprimir ação inconveniente.

Compreendendo que sua própria consciência é parte integrante do Todo, a qual, de algum modo misterioso, ele ajuda a sustentar, o membro dedicado e sincero pratica o discernimento e amiúde pergunta a si mesmo: “O que estou pensando, sentindo ou fazendo influencia favoravelmente o grupo? Aumentará ou diminuirá a Luz Espiritual do grupo?”. Então procura, sincero como é para si mesmo, atuar harmoniosamente, recusando tudo o que seja imoral, rancoroso, malicioso, interesseiro, crítica destrutiva, etc. e cultivando apenas, deliberadamente, as vibrações auxiliadoras da sã alegria, da simpatia e do altruísmo. Para o bem do grupo e não por motivos pessoais, trabalha para a pureza, para a estabilidade emocional e pelo controle do pensamento. Respeita e obedece aos propósitos do Grupo e recusa todas as faltas que, dentro de si, procurem prejudicar seu trabalho na equipe. Aprende que não é lutando que vence o egoísmo, senão pelo esquecimento de si mesmo, dedicação aos demais e prazerosa obediência à luz interna, conforme aquela frase de Cristo: “Aquele que perde sua vida por Minha causa, encontrá-la-á”.

5) Quando cada membro tenha aprendido a trabalhar em íntima cooperação mental e espiritual com seus companheiros; quando o desejo de crescimento pessoal e espiritual tenha sido transcendido e cada um tenha dado tudo o que pode ao grupo, então o quinto princípio começará a atuar. Esse princípio que brota da UNIDADE de cada um com todos, originará uma automática distribuição das conquistas do grupo, de forma que, qualquer unidade ou membro começará a sentir e expressar tudo o que o grupo tenha conquistado, embora individualmente não o tenha pretendido. Uma completa realização, por parte de um membro do poder do amor, por exemplo, eventualmente se tornará uma realização consciente de todo o grupo e, assim, em relação a tudo em evolução. É a lei que Cristo enunciou quando disse “Se eu ascender levarei comigo todos os seres humanos”.

Indubitavelmente existem outros princípios que operam nos grupos, a respeito das quais, atualmente, pouca noção temos. Contudo, a boa vontade de nossa parte, em adaptar nossa vida aos princípios aqui enunciados, nos possibilitará percorrer mais rapidamente e proveitosamente o longo caminho que nos conduz às novas e luminosas condições da Era de Aquário.

(por Elvin Joseph Noel)

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de novembro/1977-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Os Ensinamentos Rosacruzes ensinam que Cristo é o Espírito Solar e, por essa razão, parece perfeitamente lógico que consideremos o domingo (Sunday – dia do Sol) para venerá-Lo nas terras Cristãs. Não obstante, Jeová é o Regente da Lua. Por que então os Judeus não santificam e guardam a segunda-feira (Monday – dia da Lua), em lugar do dia de Saturno (Saturday – sábado), que é atualmente o seu Sabbath?

Resposta: Há uma conexão esotérica entre Saturno, o Sol e a Lua, que regem o sábado, o domingo e a segunda-feira, respectivamente. O Sol e Saturno são ministros da vida e da morte, e a Lua é, por assim dizer, a lançadeira com o qual a humanidade se vê constantemente impelida de um polo a outro enquanto a teia da experiência está sendo tecida. O nodo setentrional da Lua, que chamamos de Cabeça do Dragão, compartilha da natureza vivificante do Sol e conduz a humanidade ao período de atividade física. O nodo meridional leva-nos para o repouso da morte por meio das forças saturninas da Cauda do Dragão. Em outras palavras, tanto Saturno como a Lua são os portões de entrada e saída dos Mundos invisíveis ou Caos, a Lua em termos de capacidade astral e Saturno em sentido cósmico.

Quando desponta um grande Dia Criador de Manifestação, a época sempre começa com um Período de Saturno, então, as Ondas de Vida do Espírito, que passaram pela fase subjetiva da evolução durante a Noite Cósmica precedente, são postas em ativa manifestação, e isso ocorre durante a Revolução de Saturno de cada Período. Na pequena esfera terrestre da nossa vida atual, quando um Ego está pronto para o renascimento na vida terrestre, a Lua marca os momentos tanto da concepção quanto do nascimento, assumindo assim a função saturnina de introduzir Egos em evolução tirados da escura “Noite Cósmica” da morte para o universo solar de vida e luz. Há, contudo, alguns Egos que não evoluem; são os atrasados no Caminho da Evolução. Chega um momento em que são expulsos para a Lua e é-lhes negada a oportunidade e privilégio de renascer dentro da atual classe evolucionária. Em consequência, permanecem na Lua até que os veículos, cristalizados por eles por falta de ação, finalmente se dissolvem. Como não podem acompanhar a corrente evolutiva, só lhes resta um caminho livre, isto é, gravitar de volta através do portão de Saturno para dentro do Caos, ou Noite Cósmica, onde deverão aguardar outra oportunidade de manifestação numa corrente de vida posterior.

Jeová não é o Regente dos Judeus ao ponto de excluir todos os outros povos. Ele é o Legislador e o Senhor Cósmico da fecundação. Ele tem uma missão especial a cumprir em relação a todos os povos pioneiros de qualquer Época ou Período em que haja uma grande hoste de Espíritos que devam ser providos de veículos de um novo tipo. É Ele que multiplica abundantemente os povos pioneiros, fornece-lhes as leis apropriadas para a sua evolução e prepara-os para um novo período de desenvolvimento. Lembremo-nos sempre que a primeira parte de uma Época (desde a Época Hiperbórea até a Época Reino de Deus) é saturnina, e assim entenderemos que, embora os Semitas Originais fossem os ancestrais da Raça Ária e tivessem se multiplicado como as areias da praia, recebendo suas leis através de Jeová, eles também viviam no estágio saturnino da Época Ária, portanto, eram logicamente instruídos a guardar o dia de Saturno como dia de descanso.

A Bíblia diz que a lei era suprema até o advento do grande Espírito Solar. Cristo iniciou uma nova fase da evolução sob o princípio do amor e da regeneração. Isso encerrou o regime de Jeová e a ascendência de Saturno, não de uma forma abrupta, pois há sempre uma sobreposição que se procura entre um regime antigo e um novo. Mas, desde então, nós, o povo pioneiro Cristão, já entramos na segunda parte, ou seja, na parte Solar da Época Ária, e estamos substituindo agora o dia de Saturno pelo dia do Sol como dia de culto.

Referimo-nos a Lua e a Saturno como sendo os portões do Caos, e isso pode levar os Estudantes Rosacruzes a quererem saber o que acontece ao restante da humanidade. Sobre isso daremos uma explicação resumida dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental:

A humanidade comum que segue o Caminho da Evolução é guiada em direção ao Reino de Cristo, o Espírito Solar.

Os atrasados, que não conseguem manter o ritmo do curso evolutivo, retrocedem para o Reino de Jeová, o Espírito Lunar.

Os avançados da humanidade, os Iniciados que passaram as Iniciações Menores e Maiores e seguem diante do Libertador (o grande Ser encarregado da evolução na Terra), têm a opção de ficar aqui para ajudar seus irmãos nesse mundo, ou ir para um satélite natural de Júpiter e preparar as condições sob as quais a humanidade poderá evoluir no futuro Período de Júpiter.

As almas avançadas que malbarataram os seus poderes exercendo a magia negra retrocedem diretamente para Saturno e são forçadas a penetrar no Caos pela dissolução de seus veículos.

Saturno tem uma preponderância do quarto Éter, o Éter Refletor. Daí a sua pálida luminosidade, e os Egos que vão para lá deixam um registro de suas vidas e são em seguida lançados para fora em direção ao Caos através das luas de Saturno.

Júpiter tem uma preponderância do terceiro Éter, ou Éter Luminoso. Daí o seu brilho, e os Egos avançados que vão para Júpiter, vindos do lado externo, dirigem-se para o interior através das luas e começam, então, como já dito, um trabalho construtivo para o Período de Júpiter.

 (Pergunta nº 77 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Tocha da Razão por Guia

Einstein afirmou em certa ocasião: “Nunca perca a sua santa curiosidade”. E que dádiva maravilhosa essa santa curiosidade nos outorgou! Por seu intermédio encontramos ensinamentos capazes de nos explicar tão claramente a época tão conturbada em que vivemos, ajudando-nos a manter uma conduta serena em meio ao rugir das tempestades.

Enquanto aprofundávamo-nos à procura das respostas, nem imaginávamos quão bem ocultas estavam as pérolas tão avidamente almejadas.  Cristo-Jesus asseverou: “Conhecereis a verdade e a verdade vós libertará[1]. Pôncio Pilatos tão somente soube perguntar: “O que é a verdade?” Como não recebia respostas do seu mundo interior, nenhuma resposta lhe foi dada do exterior.

Muitos encontram fragmentos da verdade e por eles combatem tenazmente. Julgando único seu fragmento, investem desabridamente contra todos os outros. Esse não é um bom método para se alcançar a verdade. Há verdades de maior ou menor profundidade. Há ângulos enfocando certas fases dessa verdade e há profundezas que o nosso entendimento não alcança.

O Hino Rosacruz de Abertura[2] nos ensina que, tendo a tocha da razão por guia, compreenderemos pontos até então completamente obscuros. Suas palavras irradiam essa verdade: pelo uso da razão e pela persistência, seremos capazes de anular a discórdia produzida no mundo.

Nesses poucos versos do hino, Max Heindel procurou imprimir ênfase a cada palavra para que obtenhamos respostas às nossas indagações: como? Por quê? Qual o método? Qual o nosso raio de ação? O fundador da Fraternidade Rosacruz sempre destacou o fator tempo. Sua vida nos mostrou essa imagem: cada hora tem de ser aproveitada; não há imobilismo, nem pausas, tampouco saltos ou recuos para outras sendas. Assegurou-nos de que assim agindo, seremos capazes de sublimar o mal do mundo pelo bem do qual somos canais.

Todas as Religiões e todas as ciências ocultas velam as suas verdades transcendentais. Há acesso somente para aqueles conhecedores da chave indispensável à percepção da verdade no meio das falsas explicações, mitos e símbolos. Esses servem para iludir aqueles que merecem ser iludidos, preservando a verdade da qual ainda devem ser afastados. A verdade é perigosa para quem é destituído de mérito ou preparo, da mesma forma como o fogo oferece riscos a uma criança. Siegfried teve de deixar pai e mãe, credo, convencionalismos, ideias preconcebidas, opiniões e desejos mundanos antes de iniciar sua busca, como lemos no livro “Mistérios das Grandes Óperas”.

A esse respeito Max Heindel nos ensina em “Cartas aos Estudantes”: “devemos viver nas condições e ambiente em que nos encontramos, procurando aprender as lições que essas condições proporcionam. Quem flutua nas nuvens em busca de ideias espirituais, negligenciando seus deveres no mundo, erra da mesma forma como aqueles que batalham no lodo do materialismo impelidos pela ambição, atraídos pelas luzes multicores da glória, ou por outros valores mundanos”.

As duas categorias de pessoas necessitam de ajuda, porém em direções diferentes. Uns devem colocar firmemente seus pés na Terra. Outros devem elevar-se até enxergar as luzes do céu, para onde cumprem dirigir seus esforços na acumulação de tesouros de valor mais permanente.

Max Heindel afirma que só há uma Grande Verdade: Deus. Esse, porém, possui infinitas facetas, ou várias formas de manifestação. Essa é a razão de todas as Religiões. Cada agrupamento tem a sua lição a aprender. A criança na fase pré-escolar recebe um ensinamento; no curso fundamental outro; no universitário tem direito a um currículo mais avançado. E o que é verdadeiro para o filósofo, não o será necessariamente para o camponês. Cada Mente recebe a verdade de modo diferente. Todos nós já palmilhamos muitos caminhos em nossas vidas: sob o raio de Marte, impelindo-nos à atividade e à paixão, muitas vezes às custas dos nossos semelhantes; sob a suavidade de Vênus, ou a austeridade de Saturno, ou ainda sob a benevolência de Júpiter. Alegramo-nos na esperança de perceber a amplitude de consciência que nos será outorgada pelo raio de Urano, mesmo que devamos nos contentar, hoje, com o raio de Mercúrio. Estamos ascendendo para a Luz Branca, do Sol, e que unirá todas os outros matizes.

Como podemos considerar-nos afortunados por viver em uma época em que esses conhecimentos foram liberados pelos Irmãos Maiores para todos que os procuram. Antigamente eram acessíveis unicamente aos Iniciados. Após a crucificação de Cristo Jesus, porém, o Véu do Templo rasgou de alto a baixo, revelando-nos que a Luz Branca é um reflexo ainda imperfeito da Grande Luz. Por isso, é exortado que usemos “a tocha da razão por guia”. É por isso que Max Heindel escreveu: “Devemos ser capazes de reconhecer a verdade internamente”.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de setembro/1977 – Fraternidade Rosacruz-SP)


[1] N.T.: Jo 8:32

[2] N.T.: Hino Rosacruz de Abertura

Seguindo a órbita a girar

lei firme, o astro vem mostrar;

do eterno Deus ele é expressão

quais ciclos de alternação.

O Astro dança em linha oval;

no espaço e tempo em espiral,

e as harmonias ao girar

de esferas vão ressoar.

Por não saber a lei geramos dor,

a morte e desarmonia;

sofrendo, agora, procuramos

ter, de novo, paz e harmonia.

A lei buscamos aprender

e a verdade conhecer,

e o que encontrarmos da verdade

dar ao bem da humanidade.

Cumpramos todos o dever

do nobre e reto proceder;

sem ódio por amor agir

e nunca ao nosso dever fugir.

Sabendo por amor obrar

e o repetindo sem cessar,

o medo e o pecado, assim,

iremos dominar enfim.

Co’a tocha da razão por guia

nós buscamos restaurar

a juventude e harmonia

que só a verdade pode dar.

Falhando, embora, vamos ver

a persistência há de vencer,

e num crescendo gradual

o bem sublimará o mal.

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