O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as ATIVIDADES PÚBLICAS realizadas pelos Estudantes Rosacruzes, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos que foram objetos de exposições, publicações e em Reuniões públicas de Estudos durante o mês anterior.
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1.Para acessar a Edição digital (com a formatação e as figuras em melhor qualidade)
clique aqui: Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Novembro de 2024
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras) é só ler aqui:
Dezembro – Sol transitando pelo Signo de Sagitário (novembro/dezembro) 5
Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Outubro: 37
A Hierarquia Criadora Arcanjos. 37
O Processo de Cremação: como deve ser feito e quais as vantagens para o Estudante Rosacruz. 40
A Razão que deve ser a verdadeira por estarmos na Escola Fraternidade Rosacruz. 42
Um Estudo Esotérico sobre o Trânsito do Sol pela Hierarquia Zodiacal de Sagitário. 43
Datas de Cura em Dezembro: 3, 10, 16, 23 e 30. 50
Se você está doente e entende que precisa de ajuda. 51
As Reuniões de Estudos presenciais abertas ao público ocorrem na nossa Sede própria situada na Avenida Francisco Glicério, 1326 – Centro – Conj. 82 – Campinas – SP – Brasil, aos domingos às 16 h e/ou às 17 h. Em seguida temos a oficiação do Ritual do Serviço Devocional do dia.
Se você quiser participar presencialmente é só nos avisar antecipadamente pelo WhatsApp: 55 19 99185-4932 ou pelo e-mail: fraternidade@fraternidaderosacruz.com
É uma oportunidade ímpar de você estar estudando com pessoas que têm o mesmo ideal Rosacruz!
-Dia 03/11 – 16 h – Estudos Bíblicos Rosacruzes – Evangelho Segundo S. Mateus – Cap. 6 – O que é e como dar esmolas – Como um Cristão deve orar
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Os Lemurianos
-Dia 10/11 – 16 h – Estudos de Astrologia Rosacruz – Reunião Reservada
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Cérebro (Físico, Etérico, Vórtices) e Relação com a Mente – Sabedoria Cósmica
-Dia 17/11 – 16 h – Reunião do Estudante Regular – Reunião reservada
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Espíritos Lucíferos
-Dia 24/11 – 16 h – Reunião de Probacionistas – Reunião reservada
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XI – A Evolução da Terra – Formas Ocupadas pelos Lemurianos – Linhas de Degeneração
Nota: Você pode obter uma cópia digital da Obra Básica Conceito Rosacruz do Cosmos da edição mais atualizada grátis aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/o-conceito/
-Publicações de textos no nosso Site (www.fraternidaderosacruz.com) e nas nossas Redes Sociais:
https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz
https://www.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas
https://www.instagram.com/frc_max_heindel/ e
https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas
-Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) dos Estudantes Rosacruzes que fazem tais Cursos por esse Centro Rosacruz
-Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
-Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)
Continuação dos tratamentos de saúde para os irmãos e as irmãs inscritas no Departamento de Cura desse Centro Rosacruz
Aproveitemos o mês e unamos os Ensinamentos Rosacruzes: Filosofia, Bíblia e Astrologia Rosacruz para praticarmos durante TODOS OS DIAS DE DEZEMBRO. Esse mês solar de dezembro, que vai de 23 de novembro a 22 de dezembro, corresponde à Hierarquia Zodiacal de Sagitário ou Hierarquia Criadora dos Senhores da Mente que, dentre tantas coisas importantes, nos deram, aqui no Período Terrestre, o germe da Mente. Além de muitas outras atividades que fizeram e estão fazendo para ajudar a gente!
O padrão cósmico que a Hierarquia Criadora dos Senhores da Mente está trabalhando é um vasto altar irradiando a dourada aura da suprema Luz do Mundo.
O centro físico correlacionado com Sagitário é o plexo sacro (um conjunto de fibras nervosas que se liga à região pélvica, nádegas, genitais, coxas, panturrilhas e pés), localizado na base da coluna vertebral. Aliás, a medula espinhal, que conecta justamente o plexo sacro com o cérebro, é chamada de “Caminho do Discipulado”.
Quando vivemos uma vida motivado unicamente pela pura e santa aspiração, o fogo espinhal armazenado dentro do plexo sacro se desperta e sobe, através da medula espinhal, em direção aos dois órgãos espirituais localizados na cabeça, a Glândula Pineal e a Glândula Pituitária (ou epífise neural e hipófise, respectivamente). É por meio desse processo que nós nos Cristificamos. Eis o motivo de Sagitário sempre ser simbolizado pela luz, a luz da Mente espiritualizada.
Nós obtemos a nossa sintonização com a Luz Divina universal, a Luz que nos ilumina todas as vezes que renascemos aqui, quando usamos corretamente e transmutamos em valores anímicos as experiências da nossa vida diária. Então, é só então, tais experiências se convertem em degraus para cima e para frente.
Dentre os 12 Apóstolos, o correlacionado com Sagitário é S. Filipe. Esse Apóstolo era essencialmente mentalista. Contudo, quando a Luz de Cristo se derramou sobre ele, compreendeu o que significa ter uma Mente espiritualizada ou Cristificada.
Procure utilizar a seguinte frase “quando não estiver fazendo nada” e fizer os Exercícios Esotéricos de Concentração durante o dia e o da Meditação: “Vós sois a Luz do mundo.” (Mt 5:14). Faça isso em cada um dos dias em que Sagitário enfoca seu ritmo sobre a Terra, e os significados ocultos dessa passagem lhe aclarará a Mente e o Coração sobre sua significância esotérica.
Segue o trecho que estudaremos para identificar a significância esotérica:
1Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens para serdes vistos por eles. Do contrário, não recebereis recompensa junto ao vosso Pai que está nos céus. 2Por isso, quando deres esmola, não te ponhas a trombetear em público, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, com o propósito de serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. 3Tu, porém, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, 4para que a tua esmola fique em segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.
5E quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. 6Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando tua porta, ora ao teu Pai que está lá, no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.
Reafirmemos o motivo principal pelo qual nós, Estudantes Rosacruzes, nos dedicamos ao estudo e à colocação em prática na nossa vida dos Ensinamentos contidos na Bíblia.
O motivo principal é: “Porque a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.”
Para podermos estudar a Bíblia inteligentemente, é necessário que nos aproximemos dela com a nossa Mente aberta.
Os pontos de vista preconcebidos, que consideram as versões e traduções das Escrituras como única, verdadeira, infalível e inspiradora Palavra de Deus, em geral são nuvens que poderão cegar aqueles que nela procuram, no estudo cuidadoso e isento de preconcepções, a iluminação real.
Apesar das interpolações verificadas nas Escrituras, a despeito das más traduções feitas, <>nela existem pérolas de inestimável valor que, para o Estudante Rosacruz que realmente procura estudá-las, serão como uma recompensa.
É por isso que temos que ter um profundo conhecimento da Filosofia Rosacruz para conseguirmos extrair a significância esotérica contida nos Ensinamentos Bíblicos.
Notemos que para compreendermos esses Ensinamentos nesses versículos, é indispensável que compreendamos o que é a nossa Personalidade e a nossa Individualidade, segundo os Ensinamentos Rosacruzes.
Pois, como veremos, é justo na questão de tratamento da nossa Individualidade é que conseguiremos sair da situação de risco de cristalização, de ignorância e de dificuldades em caminhar para frente e para cima rumo a conquistar a Região Etérica do Mundo Físico, que é o nosso próximo objetivo nesse Esquema de Evolução.
Então vamos lá:
Aqui estão os Mundos e suas Regiões onde atualmente temos nossos veículos que utilizamos nesse Esquema de Evolução.
Lembremos sempre o que nós somos:
Cada um de nós é um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui da mesma forma que Deus nosso Criador está manifestado: de forma Tríplice.
Assim, no Mundo do Espírito Divino funcionamos porque temos um veículo formado de material desse Mundo e chamamos esse veículo de Espírito Divino.
E para fazer esse veículo evoluir temos a sua contraparte inferior que é o Corpo Denso, por isso é que funcionamos na Região Química do Mundo Físico.
Da mesma forma, temos o veículo Espírito de Vida, para funcionarmos no Mundo do Espírito de Vida.
E para fazer esse veículo evoluir temos a sua contraparte inferior que é o Corpo Vital, por isso é que funcionamos na Região Etérica do Mundo Físico.
Seguindo o raciocínio, temos o veículo Espírito Humano, para funcionarmos Região Abstrata do Mundo do Pensamento.
E para fazer esse veículo evoluir temos a sua contraparte inferior que é o Corpo de Desejos, por isso é que funcionamos no Mundo do Desejo.
Note que agora fica clara nossa manifestação Tríplice, como Deus, nosso criador está manifestado: Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano.
E é justamente essa nossa manifestação (que é o que somos como Espírito Virginal manifestado) que chamamos de Individualidade.
Agora, para conseguirmos atuar nos nossos três Corpos e obter de cada um deles o alimento necessário para alimentar os nossos 3 veículos espirituais temos o veículo Mente.
E é esse conjunto: o Tríplice Corpo e a Mente que chamamos de Personalidade.
Devido a termos criado problemas de atuação da Mente onde a contaminamos com o Corpo de Desejos (hoje difícil de manifestar um pensamento aqui que não esteja contaminado pelo desejo, sentimento ou pela emoção elaborados de materiais das 3 Regiões inferiores do Mundo do Desejo), a Personalidade nos puxa para baixo, para a cristalização, para o atraso e para a ignorância.
Também chamamos a Personalidade de “eu inferior”.
E a Personalidade, nós construímos uma nova a cada renascimento aqui, e é composta das nossas qualidades conquistadas em vidas passadas, bem como nossos defeitos, maus hábitos, nossas dificuldades, nossas lições a aprender.
E é por isso que ela é a raiz de todo nosso sofrimento, nossa dor e tristeza, justamente devido ao nosso modo ignorante de conduzir as nossas faculdades quando estamos renascidos aqui.
Por outro lado, chamamos a Individualidade de “Eu superior”.
Atualmente, sempre é a mesma a cada renascimento aqui.
Especialmente em uma Escola como a Fraternidade Rosacruz somos treinados a usá-la para nos impulsionar a uma vida de “reto pensar, reto sentir e reto agir”.
E, assim, por meio dela é que vivenciamos o cumprimento das Leis de Deus.
Para facilitar essa distinção e como Cristo Jesus nos ensinou a lidar com isso, vamos, agora, estudar a significância esotérica em como devemos nos comportar como Cristão quando queremos, de fato, praticar as qualidades Cristãs da compaixão, misericórdia, solidariedade e partilha.
Vamos estudar esse trecho, à luz dos Ensinamentos Rosacruzes:
“Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens para serdes vistos por eles. Do contrário, não recebereis recompensa junto ao vosso Pai que está nos céus. Por isso, quando deres esmola, não te ponhas a trombetear em público, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, com o propósito de serem glorificados pelos homens.
Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.”
Antes de tudo, vamos definir o conceito da palavra “esmola” que Cristo Jesus utiliza aqui, que é uma palavra que vem do grego antigo e significa exatamente: compaixão, misericórdia, solidariedade, partilha.
Note: não tem nada a ver com dinheiro, moeda ou algo desse tipo que hoje se costuma usar para astutamente reduzir o valor do conceito da palavra “esmola”.
Uma das significâncias esotéricas desses versículos nós podemos condensar justamente no motivo, na razão da causa que a Fraternidade Rosacruz preconiza como:
“Servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível) o irmão ou a irmã que está ao seu redor, buscando servir a divina essência oculta nele ou nela – que também está dentro de nós – e que é a base da Fraternidade que Cristo nos trouxe.”
Trabalhar na maior discrição possível…se necessário “falar”, mas o mínimo possível. Ação, obra e atos é o segredo do bom serviço prestado.
Esforçar-se o máximo para inserir os Ensinamentos Rosacruzes no dia a dia na vida do Estudante Rosacruz, e não impor isso na vida dos que estão ao seu entorno de modo a realizar a máxima: “uma palavra convence, mas um exemplo arrasta”.
Desenvolver-se para se tornar um Auxiliar Invisível, inicialmente inconsciente nos Mundos espirituais, mas com o exercício de ser um postulante a Auxiliar Visível durante o dia, criar musculatura espiritual para se tornar um Auxiliar Invisível consciente nos Mundos espirituais.
Agora, vamos estudar esse trecho, à luz dos Ensinamentos Rosacruzes:
“E quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.”
Nesse versículo, vamos ver uma significância esotérica da passagem “a fim de serem vistos pelos homens”.
Se aplicarmos o que entendemos sobre Personalidade e Individualidade, fica claro que nessa sentença há um exemplo da nossa Personalidade, nos condicionando a se satisfazer pela ilusão mundana de prestígio, de elogio e de parecer uma boa pessoa.
E como não cair nessa armadilha?
Tomar consciência desse nosso comportamento ilusório e que não interessa mais para esse momento do Esquema de Evolução (foi importante sim, mas há milhares de anos atrás na Época Atlante, antes de atingirmos o Nadir da Materialidade). Agir assim, hoje, é se cristalizar, se atrasar na Evolução.
Praticar o Exercício Esotérico da Observação imparcial de nós mesmos, negando a querer ser visto, buscar a fama mundana, e se satisfazer com consolações humanas (a única que vale a pena é a consolação divina).
Não se justificar (que é a astúcia que praticávamos na Época Atlante, disfarçada), não se julgar (se o evento marcou você, com certeza, aparecerá como efeito/causa no Exercício Esotérico de Retrospecção que o Estudante Rosacruz faz todas as noites) …apenas observar “de fora” sendo sincero com você mesmo.
Repetindo, repetindo e repetindo chegará um momento em que:
Obteremos o conhecimento do que é verdade e do que é ilusão, pois praticaremos o Exercício Esotérico Rosacruz do Discernimento.
Alcançamos o posicionamento de estar no aqui e agora, no presente, que é a única base da eternidade.
Teremos a consciência de quem faz o bem somos nós, o “Eu superior” e que o que vale é acumular tesouros nos céus e jamais aqui.
Agora, vamos ver um pouco da significância esotérica do trecho: “já receberam a sua recompensa.”.
A pergunta que surge aqui é: “de quem já se recebeu a recompensa” se se age desse modo?
A resposta é curta e grossa: do Mundo!
E em forma de uma, duas e/ou das três dimensões que hoje movimenta muita gente:
Poder mundano, Fama mundana, Fortuna mundana.
Com certeza, somos nós, por meio da Personalidade que:
-Queremos retribuição
-Queremos pagamento
-Queremos reconhecimento
Ou seja, ela nos faz “amar para sermos amados”
-Nos “faz amar quando somos amados”.
-É por ela que buscamos “a retribuição no amor”.
-É ela que nos impede de entender que “o amor é a própria recompensa”.
-Ela distorce o conceito do que é “Amor”, como Cristo nos ensinou – que “o dar gera o receber”!
E se assim nos comportamos na nossa vida, então não teremos recompensa no Primeiro Céu, ou seja, nossa recompensa não estará nos Mundos espirituais e, portanto, não redundará em benefícios para as próximas vidas.
Agora, vamos ver um pouco da significância esotérica do trecho: “entra no teu quarto e, fechando tua porta”.
Note o Ensinamento de Cristo Jesus aqui: a importância do recolhimento individual.
Ou seja: no seu íntimo, onde ninguém pode entrar ou penetrar, a não ser você mesmo.
Repare essa liberdade interior de só você poder tirar, se quiser não ser livre!
É só assim que você consegue fazer sua Personalidade se aquietar, se fazer humilde, servir ao que você realmente é: o Eu superior, a Individualidade.
Assim, sempre ore em silêncio, sem demonstração externa que evidenciem que você está orando.
E o processo aqui é muito simples:
Primeira escolha um lugar de preferência, e você deve ficar de frente para o oeste (direção do pôr do Sol)
Segundo ore e oficie os Rituais da Fraternidade Rosacruz (que também são orações científicas)
E faça isso sempre nesse mesmo lugar, todos os dias. Quanto maior a frequência, mais rápido e mais intenso serão os resultados.
Pois esse bom hábito repetido:
Forma em torno desse lugar um santuário invisível, um templo: um Templo Solar, com uma egrégora visível por qualquer Clarividente voluntário treinado.
Isso impregna o local com vibrações espirituais elevadas, tornando o lugar agradável de se estar, resultado das vibrações mentais e emocionais em assuntos espirituais e elevados.
Agora, vamos ver um pouco da significância esotérica do trecho: “ora ao teu Pai que está lá, no segredo”.
Pois orar é escutar o Cristo dentro de nós, o Cristo interno que estamos construindo pouco a pouco com persistência, disciplina, fidelidade e muita força de vontade.
E aqui vemos o motivo de orar em silêncio é por meio da Individualidade, nunca por meio da Personalidade.
Se prestarmos bem atenção há um sinal claro de que estamos orando corretamente:
-Sentimos uma harmonia indescritível
-Sentimos uma paz que ultrapassa qualquer tipo de compreensão
Para que você não destrua tudo que construiu e tenha que começar tudo de novo: Não conte a ninguém o que acontece durante a oração
Afinal, essa tentação (que muitos caem) é a Personalidade que quer se mostrar!
-E isso é profanação
-E isso atrasa o seu desenvolvimento grandemente.
E, por último hoje, vamos ver um pouco da significância esotérica do trecho: “o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará”.
Quando aprendemos a orar corretamente (usando o que somos, a Individualidade, e não o que achamos que somos, a Personalidade) os resultados surgirão!
Para isso nunca, jamais peça coisas materiais (mesmo as disfarçadas que indiquem “posse”)
Como estímulo e modelo perfeito mire no exemplo de Salomão: pediu Sabedoria, e todo “o resto veio por acréscimo”.
Não tenha tendências imediatistas. Pense, quantas vezes você achou que uma coisa que você gostaria que acontecesse, depois lá na frente você deu graças a Deus que não aconteceu!
Assim, a dimensão de tempo que você deve utilizar na oração é o Tempo de Deus.
O ciclo virtuoso que você pode construir aqui é o seguinte:
1- “Ore sem cessar”, como aprendemos nos Ensinamentos Bíblicos
2- Com isso há o crescimento da nossa consciência
3- Aos poucos o que está no íntimo se vai extravasando. Essa é “recompensa” que percebemos!
4- Isso resulta em uma transformação interior, onde a nossa Personalidade se torna passiva, ou seja, serva da nossa Individualidade.
Assim, o foco na Individualidade para a nossa vida aqui na Terra se torna um bom hábito que não conseguimos viver mais sem praticá-lo.
Para saber mais, assista a 16ª Reunião Estudos Bíblicos Rosacruzes-FRC em Campinas em:
16ª Reunião Estudos Bíblicos Rosacruzes-FRC em Campinas-SP-3NOV24–C.6-Evangelho Segundo S.Mateus-P.1
03/11– 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Os Lemurianos – recapitulação – A Educação – O Mago Lemuriano -A “Queda do Homem” na próxima Época, a Atlante
A Época Lemúrica, refere-se à 3ª Época das 7 Épocas que temos no Período Terrestre.
Vamos estudar particularmente a terça parte da Época Lemúrica, de onde se originou a Raça Lemúrica, já na Era de Leão (objetivos: Liderança, Lealdade, Generosidade e Nobreza).
As condições físicas que tínhamos naquele momento desse Esquema de Evolução eram:
– A crosta da Terra vai endurecendo e solidificando aos poucos.
– O núcleo ígneo central, foi envolvido pela água em ebulição.
– “Deus separou a Terra das águas” (livro do Gênesis).
– Erupções vulcânicas e cataclismas ainda eram comuns.
– A atmosfera ainda era muito densa, semelhante à névoa ígnea do Período Solar, mas ainda mais densa.
Os principais eventos naquele momento desse Esquema de Evolução foram:
– Marte libera o ferro, que nos proporcionou o sangue vermelho e quente
– Nossos Corpos Densos tornaram-se eretos
– Os sexos foram separados aqui na Região Química do Mundo Físico (nos Mundos invisíveis à visão física não existe a separação dos sexos; existem tão somente a manifestação das duas forças criadoras: Vontade e Imaginação)
– A propagação era dirigida pelos Anjos
– Quando renascidos aqui como sexo feminino começamos a perceber “algo diferente” quando alguém ao nosso lado perdia o Corpo Denso (hoje, conhecido como “morte”)
Quando nós renascíamos como Lemurianos? Quando vivíamos na terça parte da Época Lemúrica e que fizemos parte da 1ª Raça.
Nós já possuíamos:
-O Espírito Divino e sua contraparte, o Corpo Denso
-O Espírito de Vida e sua contraparte, o Corpo Vital
-O Espírito Humano e sua contraparte, o Corpo de Desejos
Reparem bem: não tínhamos a Mente!
A Educação na Época Lemúrica tinha como objetivo visar, essencialmente, o despertar nas forças espirituais adormecidas, ou seja: a consciência na Região Química do Mundo Físico.
Assim, a educação “dos meninos e das meninas” era muito diferente:
-As práticas educacionais então, seriam consideradas nos dias de hoje, como absolutamente cruéis.
-Os Corpos Densos dos Lemurianos, no entanto, não tinham nem de longe a sensibilidade de nossos Corpos Densos atuais.
-As práticas duríssimas tinham por objetivo, levá-los a sua consciência externa totalmente obscura.
-Na medida em que a consciência foi despertando, estas práticas foram abandonadas.
Alguns detalhes da educação “dos meninos”:
-A educação “dos meninos” visava o desenvolvimento da Vontade.
-Estes lutavam entre si com extrema brutalidade, eram ainda empalados em estacas, e mesmo não estando presos, deveriam ali permanecer, apesar da dor.
-Carregavam cargas imensas.
Alguns detalhes da educação “das meninas”:
-O objetivo aqui era o desenvolvimento da faculdade da Imaginação.
-O tratamento dado a elas era igualmente enérgico e severo.
-Aprendiam a não temer quando eram deixadas sozinhas em enormes bosques, isso para que ouvissem os sons e a fúria dos elementos da natureza.
-As erupções vulcânicas também serviam como elemento educativo, para despertar a memória que não possuíam.
-A educação “das meninas”, desenvolveu nelas, a “primitiva memória germinal” (portanto fraca).
-Em função dessas experiências, que atuaram sobre sua imaginação, a 1ª ideia do bem e do mal, foi formulada quando estávamos renascidos aqui com sexo feminino (mulher).
Lembrando que após cada uma dessas experiências dolorosas (tanto nas “meninas” como nos “meninos”) estas não ficavam impressas na lembrança dos Lemurianos, pois logo que terminavam eram esquecidas por eles.
Vamos ver o Conceito Rosacruz sobre “Mago Lemuriano”:
O Lemuriano era um ser espiritual, que se sentia um descendente dos Deuses.
Ele nascia um “Mago”.
Sua linha evolutiva, não visava o conhecimento espiritual, mas sim o material.
Nos Templos Iniciáticos, estes não aprendiam as artes mágicas, ou como funcionar no Mundo do Desejo….ele já sabia como fazê-lo.
Do Mundo Físico, nada conhecia, assim, nas Escolas Iniciáticas, ensinavam-lhe além do Universo Físico, a Arte e as Leis da Natureza.
Fortalecia-se assim, a Vontade e a Imaginação, mais a memória, para que aprendessem a correlacionar experiências, e inventar novas ações, nos casos em que a experiência não fosse o suficiente.
Os Templos de Iniciação Lemurianos eram Escolas Superiores para cultivar os poderes da Vontade e Imaginação. Pós-graduação nas Artes e Ciência.
O Lemuriano, embora um Mago, jamais abusou dessa capacidade. Dirigiam assim, estas capacidades para a construção de formas nos Reinos vegetal e mineral.
Apesar do fato de que eles não podiam ver os objetos físicos, sua inocência e pureza, faziam deles Clarividentes (como muitas crianças o são).
Sua percepção interna lhes dava uma vaga ideia da forma externa, mas iluminava a qualidade anímica de sua natureza interna, isto tudo, pela percepção espiritual.
Lembrando que este trabalho era dirigido pelas Hierarquias Criadoras.
Durante a última parte da Época Lemúrica até meados da Época Atlante:
-Fazia parte do treinamento das mulheres assistir aos feitos e as lutas perigosas dos homens, que se exercitavam no desenvolvimento da Vontade.
-Muito frequentemente os Corpos Densos deles eram necessariamente mortos nessas lutas.
-A vaga consciência de algo incomum fez a Imaginação da mulher se perguntar por que ela via essas coisas estranhas.
-Ela estava consciente dos Espíritos daqueles que perdiam seus Corpos, mas o senso imperfeito dela sobre o Mundo Físico não lhe dava poder para revelar a esses amigos que seus Corpos Densos tinham sido destruídos.
Isso deixava o ser humano, quando renascido em um ser feminino, muito intrigado e sem entender o que acontecia. Tudo isso foi um “ambiente” apropriado para a tentação que se sucedeu no evento “A Queda do Homem”.
Afinal, vamos lembrar que Inocência não é sinônimo de Virtude, e que aquela é filha da Ignorância. Também lembrando que o propósito da Evolução é a Sabedoria, fundamental para o conhecimento do Bem e do Mal. O ser humano, possuindo o conhecimento e a liberdade escolhe o bem e o justo…o resultado será a Virtude. Se este ser nas mesmas condições escolher o mal, o resultado será o Vício.
Para saber mais, assista a 203ª Reunião Dominical de Estudos da Filosofia Rosacruz-FRC em Campinas em:
203ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP-3nov24-Termos Rosacruzes_C12_Evolução da Terra-Lemurianos
O cérebro é um dos órgãos que compõem o sistema nervoso central, localizado dentro da cavidade craniana e canal vertebral.
O cérebro humano está dividido em três partes principais:
-O cérebro (grande cérebro superior)
-O cerebelo (pequeno cérebro central)
-A medula oblongada ou medula oblonga ou, ainda, bulbo raquidiano (pequeno cérebro inferior)
Uma parte que devemos enfatizar no cérebro é a sua divisão por Lóbulos, pois como foi sendo descoberto – e ainda está sendo – pela Ciência material, desde o final do século passado, os lóbulos têm suas funções seja no controle, no processamento, na decodificação e na modulação de vários processos do nosso Corpo Denso (Corpo Físico).
Ou seja, conforme aprendemos na Filosofia Rosacruz, é por meio do cérebro que nós, o Ego, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana, atuamos via a Mente e o cérebro vital, seja para atuar nas diversas partes do nosso Corpo Denso, seja para receber o que percebemos pelos sentidos físicos, seja para receber sinais de bom ou mau funcionamento das partes do nosso Corpo Denso.
O cérebro é usado por nós, Ego humano, o Espírito Virginal da Onda de Vida humana, aqui manifestado no Mundo Físico, para expressar a consciência física e o pensamento direto, ou seja, é o instrumento usado pelo Ego para expressar seus poderes mais elevados da vontade aqui no plano físico. O cérebro está correlacionado ao primeiro aspecto do ser humano, a Vontade.
O cerebelo é a parte do cérebro usado por nós, Ego humano, para realizar a coordenação em relação aos movimentos do Corpo, ligando as separadas atividades dos nervos a uma ação equilibrada e harmoniosa através do poder unificante da coesão. O cerebelo está correlacionado ao segundo aspecto do ser humano, a Sabedoria.
A medula oblongata é a parte do cérebro usada pelo Espírito para controlar as pulsações do coração, a contração dos vasos sanguíneos e a respiração. Sem esta atividade do cérebro, os processos da vida física não poderiam continuar. A medula oblongada está, portanto, ligada ao terceiro aspecto do ser humano, a Atividade.
Vejam então que interessante; essas 3 partes do cérebro ligadas aos 3 aspectos: Vontade, Sabedoria e Atividade.
Inicialmente é importante recordarmos que na Revolução de Saturno do Período Terrestre, ou seja, na Primeira Revolução, mais uma vez, reconstruímos o nosso Corpo Denso, preparando-o para acrescentar o cérebro e a laringe.
Já na Revolução Solar do Período Terrestre, ou seja, na Segunda Revolução, mais uma vez, reconstruímos o nosso Corpo Vital, preparando-o para acrescentar o cérebro vital e a laringe vital.
E na Revolução Lunar do Período Terrestre, ou seja, na Terceira Revolução, mais uma vez, reconstruímos o nosso Corpo Desejos, preparando-o para inserir no cérebro a grande quantidade de vórtices que hoje ele tem.
Lembrando também que o cérebro e a laringe foram construídos na 4ª Revolução do Período Terrestre, durante a última parte da Época Lemúrica e os primeiros 2/3 da Época Atlante, até que nos convertemos em um ser pensante, e completamente consciente.
Por meio de uma parte da força sexual criadora dirigida para dentro, construímos o cérebro, para ganhar conhecimento no Mundo Físico. Essa mesma força continua a ser empregada para alimentar e construir o cérebro e a laringe atual.
O cérebro é permeado pelas substâncias Etéricas do Corpo Vital, do Corpo de Desejos e de matéria da Mente.
É, portanto, a “Oficina física do Espírito”, com seu material próprio e com todos os seus veículos convenientemente reunidos e prontos para serem usados.
Ou seja: por meio dos nervos cranianos – que são os 12 pares de nervos do sistema nervoso periférico – que chegam ao cérebro, é que nós, o Ego, atuamos via a Mente e o cérebro vital, seja para atuar nas diversas partes do nosso Corpo Denso, seja para receber o que percebemos pelos sentidos físicos, ou seja para receber sinais de bom ou mau funcionamento das partes do nosso Corpo Denso.
Vamos entender aqui o nosso papel, nós que somos um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui; o que é o pensamento e o que é o cérebro.
Atualmente, quando renascemos aqui, nós, repetindo, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui, estamos na Região do Pensamento Abstrato.
A partir dessa Região nós descemos, todas as vezes que renascemos, até a Região Química do Mundo Físico e, nela dirigimos os nossos veículos, porque temos o estado de Consciência de Vigília. E é assim que continuamos aprendendo a controlar esses veículos: Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos e Mente.
E além de todas as peças e órgãos, temos nesses veículos tudo que se relaciona com o cérebro.
No Corpo Denso, que está na Região Química do Mundo Físico, temos o cérebro físico.
No Corpo Vital, que está na Região Etérica do Mundo Físico, temos o cérebro etérico.
Já no Corpo de Desejos, temos uma quantidade enorme de vórtices, que são centros de sentidos, no cérebro.
E, para conseguirmos utilizar todo esse material, digamos, cerebral, usamos a Mente.
Lembrando que o pensamento é um poder nosso, do Espírito.
Portanto, o pensamento existiu antes do cérebro.
Assim, é o pensamento que construiu e continua construindo o cérebro para sua expressão!
Ou seja, o cérebro é apenas o teclado do magnífico instrumento em que nós executamos a sinfonia da nossa vida, da mesma forma que um músico se expressa em seu violino.
A Mente, composta de substância do Pensamento Concreto, é o veículo que nos liga ao seu cérebro etérico e físico.
Vamos a alguns exemplos de como usamos o cérebro quando desejamos manifestar um pensamento nosso.
Aqui vemos os veículos que usamos no nosso cotidiano enquanto estamos nessa vida terrestre: o Corpo Denso, o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente.
Da Região do Pensamento Abstrato, onde nós estamos, observamos, por meio dos sentidos físicos (paladar, visão, audição, olfato e tato), as impressões produzidas pelo Mundo exterior sobre o Corpo Vital, como também os sentimentos, desejos e as emoções (p. exe.: calma, raiva, inveja, gratidão, amor, etc.) gerados por elas no Corpo de Desejos e refletidos na Mente.
Dessas imagens mentais formamos as nossas conclusões, na substância da Região do Pensamento Abstrato, relativas aos assuntos a que se referem.
Tais conclusões são o que chamamos de ideias.
Lembrando que: Ideias são formas criadas por meio de materiais da Região do Pensamento Abstrato.
Pelo poder da vontade projetamos uma ideia através da Mente, quando então, se revestindo de matéria mental da Região do Pensamento Concreto, se concretizam como pensamento-forma.
Lembrando que: pensamento-forma são formas criadas por meio de materiais da Região do Pensamento Concreto.
Essa imagem é projetada em uma das três direções, de acordo com a nossa vontade que é quem anima o pensamento-forma.
O caso que envolve o cérebro é quando projetamos o pensamento sobre o nosso Corpo de Desejos, a fim de despertar o Sentimento que impele a uma ação imediata.
E aqui, também, há 2 opções:
A primeira opção é quando o pensamento desperta o Sentimento do Interesse e esse faz a Força de Atração se movimentar.
Então: a força centrípeta é a despertada; ela toma o pensamento; impele-o para o Corpo de Desejos; acrescenta vida à imagem e envolve-a em matéria de desejos.
Então o pensamento está apto a atuar sobre o cérebro etérico, impelindo através dos centros cerebrais que estão no cérebro físico e são os apropriados para impelir os nervos, depois a força vital aos músculos voluntários, os quais executarão a ação necessária.
A segunda opção é quando o pensamento desperta o Sentimento do Interesse e esse faz a Força de Repulsão se movimentar.
Então: a força centrífuga é a despertada.
Haverá uma luta entre a força espiritual (a nossa vontade) dentro do pensamento-forma, e o Corpo de Desejos.
Essa é a batalha entre a consciência e o desejo, entre a natureza superior e a inferior.
Apesar da resistência, a energia espiritual (a intensidade da força espiritual, que é a nossa vontade) procurará envolver o pensamento-forma na matéria de desejos necessária para manipular o cérebro e os músculos.
A Força de Repulsão tentará dispersar essa matéria e expulsar o pensamento.
Contudo, se a energia espiritual é forte, pode romper e o pensamento está apto a atuar sobre o cérebro etérico, impelindo através dos centros cerebrais que estão no cérebro físico, e são os apropriados para impelir os nervos, depois a força vital aos músculos voluntários, os quais executarão a ação necessária.
Agora, se a energia espiritual se esgotar antes de produzir a ação, a força de Repulsão prevalecerá. Então será arquivada na memória, como todos os outros pensamento-formas quando esgotam sua energia.
Sendo o Mundo Físico o nosso baluarte da evolução, se o cérebro não estiver em boas condições, teremos sérias dificuldades em obter progresso espiritual.
O cérebro, como todas as partes do nosso Corpo Denso, participa do mesmo processo de solidificação, se tornando cada vez mais duro.
O cérebro é constituído pelas mesmas substâncias que as demais partes do Corpo Denso.
Há uma substância que é peculiar somente ao cérebro: o fósforo.
A conclusão lógica: coloquemos mais fósforo na nossa alimentação.
Assim ajudaremos a nós mesmos na capacidade de expressar os nossos pensamentos, e influenciar o nosso Corpo Denso com um cérebro mais bem alimentado.
A maioria dos vegetais e das frutas contém certa quantidade de fósforo. A maior quantidade se encontra sempre nas folhas, e que geralmente são desprezadas.
O fósforo se encontra em quantidades consideráveis nas uvas, cebolas, salsa, abacaxi, folhas verdes escuras, oleaginosas, como: amendoins, castanhas, nozes, avelãs, nos leites e laticínios, chocolates, na gema do ovo, nas sementes de girassol, de abóboras, feijões, ervilhas, alhos e em pequena quantidade, mas muito fácil de se absorver, nas bananas e no caldo de cana (garapa).
Um grande cuidado que todo Aspirante à vida superior deve ter é o de não consumir bebidas alcoólicas, tabaco (de qualquer tipo), ou quaisquer outras drogas, pois irão obscurecer o cérebro, tornando assim difícil de usá-lo para o seu fim.
Vamos agora entender o conceito do Termo Rosacruz: Sabedoria Cósmica
Antes de mais nada, definamos a palavra sabedoria como “conhecimento temperado com amor”.
Daqui já podemos concluir o que não é Sabedoria e muito menos Sabedoria Cósmica.
Ou seja, tudo que advém apenas da intelectualidade (que sabemos nada tem a ver com espiritualidade) não é sabedoria e muito menos Sabedoria Cósmica).
No nosso atual Esquema de Evolução, a Sabedoria Cósmica é a Sabedoria Divina que provê a solução de todas as questões que temos em todos os 3 Mundos que estamos evoluindo, ou seja: Mundo Físico, Mundo do Desejo e Mundo do Pensamento.
E o seu acesso é feito por meio da verdadeira Memória da Natureza que se encontra no Mundo do Espírito de Vida.
Note é aqui que acessamos a Sabedoria Cósmica.
Pois sabemos que há um primeiro reflexo da Memória da Natureza que se encontra na quarta Região do Mundo do Pensamento que é a Região das Forças Arquetípicas, que não é tão clara como a do Mundo do Espírito de Vida.
E, ainda, há um outro reflexo no Éter Refletor da Região Etérica do Mundo Físico, onde apresenta imagens nebulosas e vagas comparadas com as do Mundo do Espírito de Vida.
Na Memória da Natureza, situada nos Mundos superiores, todo o conhecimento é guardado e todos os acontecimentos do passado e os mistérios do futuro estão lá gravados.
Como todos os outros Mundos, o Mundo do Espírito de Vida é dividido em sete Regiões de densidades diferentes.
É o primeiro Mundo, de baixo para cima, onde cessa toda a separatividade, ou seja, é o primeiro Mundo universal, onde a Fraternidade é o cotidiano.
É o Mundo onde vive o Arcanjo Cristo, o mais elevado Iniciado dos Arcanjos. O Ser que atingiu tamanho desenvolvimento ao ponto de exercer o aspecto Filho, Sabedoria, o segundo aspecto de Deus.
Repare:
Temos um veículo composto de materiais desse Mundo: o Espírito de Vida. Mas não temos um Corpo Espírito de Vida, que é o que precisamos para funcionar plena e conscientemente nesse Mundo.
Vamos ver como se obtém acesso à Memória da Natureza trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.
Considerando o que se desenvolve em cada nível do Caminho é fácil concluir que o Estudante Rosacruz já deve estar na Ordem Rosacruz.
Assim, ele deve, no mínimo alcançar o nível de Irmão Leigo ou Irmã Leiga.
Nesse nível, o Estudante Rosacruz começa a ter acesso ao reflexo da Memória Natureza que se encontra na quarta Região do Mundo do Pensamento, que é a Região das Forças Arquetípicas, que não é tão clara como a do Mundo do Espírito de Vida, mas é muito mais nítida do que a que se encontra no Éter Refletor da Região Etérica do Mundo Físico.
Já no nível de Adepto, faz parte do Treinamento Esotérico começar a ter acesso à Memória da Natureza no Mundo do Espírito de Vida.
E no nível de Irmão Maior alcança-se o acesso consciente à Memória da Natureza no Mundo do Espírito de Vida.
Vamos ver um exemplo de um ser humano que tinha acesso à Sabedoria Cósmica em sua plenitude.
SALOMÃO, que foi considerado o Rei mais sábio da face da Terra (como aprendemos quando estudamos na Bíblia o Primeiro Livro dos Reis, capítulo 3, versículo 13).
Salomão alcançou a compreensão do coração: um Coração que com a ajuda do intelecto consegue elevar a Humanidade para uma Fraternidade sã e amorosa, prelúdio da Fraternidade Universal.
Salomão proclamou o poder da vida interna: a busca íntima da mais elevada sabedoria espiritual.
Pelo seu desinteresse a coisas materiais, contentou-se em pedir somente um Coração sapiente, e por isso obteve de Jeová um grande reino, uma grande riqueza e sabedoria que lhe permitiu distinguir o bem e o mal.
Salomão demonstrou, pela primeira vez, que a verdadeira sabedoria e um Coração compreensivo não se podem adquirir senão “Vivendo a Vida” e utilizando cada experiência, na qual o Coração e a “cabeça” marcham unidos, como pedra indicadora ao longo do caminho.
Lembrando que o Ego que, em uma vida anterior, tinha renascido como Rei Salomão, já muito avançado e puro era o mesmo que nasceu no Corpo de Jesus.
Agora, uma coisa é certa:
Todos nós, mas com mais facilidade quem tem o Corpo Vital positivo, tem acesso à Sabedoria Cósmica hoje!
E como isso ocorre atualmente?
Suponhamos que você tem um problema que está muito difícil para resolver.
De repente, aparece dentro de você uma solução que você não entendeu bem, mas que mais depressa possível você implementou e ela se mostrou perfeita!
Para entendermos como isso funciona, lembremos que todos nós temos um veículo Espírito de Vida, composto de material do Mundo do Espírito de Vida. Ainda não temos condições de usá-lo conscientemente, porque ele não é um Corpo.
E o que o nosso veículo Espírito de Vida assenta também no coração, o regente do sangue. Portanto, o coração é o lar do amor altruísta.
Às vezes, conseguimos, por meio do Espírito de Vida, acessar a Memória da Natureza que está no Mundo do Espírito de Vida, justamente com a pergunta sobre qual é a solução do problema que tanto queremos resolver.
Obviamente no Mundo do Espírito de Vida, o nosso veículo Espírito de Vida vê muito mais claramente do que nos Mundos mais densos.
E lá estando em contato com a Sabedoria Cósmica obtemos a solução perfeita do problema.
E lá, em qualquer situação, o nosso veículo Espírito de Vida sabe, imediatamente, o que fazer, transmitindo a mensagem da apropriada ação, diretamente ao coração.
O coração, por sua vez, a retransmite rapidamente ao cérebro, por intermédio do nervo pneumogástrico ou nervo vago.
Esse é o processo que chamamos de intuição. Esse processo é instantâneo e muito rápido que o coração, mais sensível e havendo-o recebido de primeira mão, tem seu controle antes que a lenta razão tenha tido tempo para orientar-se.
Temos problema em discernir se é realmente uma intuição ou é uma ilusão.
Muitas vezes, perdemos essa solução perfeita, com um “será?”, “você não entende nada disso”, “a solução não pode ser assim tão fácil”, “quem sou eu para dizer que essa é a solução” …ou seja: a razão aqui atrapalha e muito!
Realmente “pensamos no que temos em nosso coração” e isso é sempre verdadeiro. Mas o “racionalista” que se apoia apenas em sua capacidade de análise, muitas vezes julga, em seu interior, que a verdade não é verdade!
Quem tem o Corpo Vital positivo perde bem menos, se aprender a discernir.
Se há alguma coisa que ajuda e muito a não perder a intuição isso é o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção que é de grande valia para o desenvolvimento da “voz intuitiva”, porque nesse julgamento imparcial de si mesmo, noite após noite, conseguimos discernir entre a verdade e o erro, o que não seria possível por outro meio.
Para saber mais, assista a 204ª Reunião Dominical-Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil em:
204ª Reunião Dominical-FRC em Campinas-SP-10nov24-C12_Evolução da Terra-Cérebro-Sabedoria Cósmica
Os Espíritos Lucíferos também são chamados de Anjos Lucíferes ou Lucíferos.
Pertencem à Onda de Vida Angélica (a Humanidade do Período Lunar). Mas em determinado ponto da evolução, eles se rebelaram contra a autoridade de Jeová – o Líder e Senhor dos Anjos. Isso culminou com a expulsão dos Anjos rebeldes que seguiam, sobre a direção de Lúcifer, para seu exílio no recém-formado Planeta Marte.
Embora sejam Anjos atrasados do Período Lunar, eles estavam muito mais avançados que os mais avançados da nossa Humanidade.
Podemos dizer que eles estavam entre a Humanidade que tem cérebro e os Anjos que não precisam do cérebro.
Os Espíritos Lucíferos não conseguiam progredir no mesmo compasso que os Anjos. Para se expressar e adquirir conhecimento utilizaram o cérebro físico do ser humano – assim puderam se fazer entender por um ser físico, dotado de cérebro, o que os Anjos não conseguiam fazer. Passam a evoluir por meio da experiência adquirida pela Humanidade terrena. Nesse processo, infundiram em nós, a natureza egoísta e apaixonada.
Os avançados da Onda de Vida dos Anjos evoluem exteriorizando todo o seu amor, sem egoísmo nem desejo, e em troca, a Sabedoria Cósmica flui neles.
E os Espíritos Lucíferos, como evoluem? Pormeio das forças da paixão e dos desejos egoístas!!
Antes da interferência de Lúcifer, a Humanidade vivia inocente e despreocupada sob a orientação dos Anjos.
Os Anjos determinavam o momento em que o ato sexual (um ato criador sagrado) devia ser feito e somente para fins de procriação.
Os Corpos viviam sem saber o que era a doença ou a enfermidade.
Os Lucíferos ensinaram aos seres humanos que eles poderiam cumprir o ato criador sem a direção de Anjos – à sua vontade e gratificação dos sentidos.
Aqui ocorre o “pecado original”.
A Bíblia nos diz que Jeová expulsou a Humanidade (Adão e Eva) do Jardim do Éden e que essa começou a “vagar pelo deserto” do Mundo Físico, por meio da experiência de sofrimento, da morte e de outras adversidades que conhecemos hoje.
Em que momento da evolução os Lucíferes iniciam sua influência direta sobre os seres humanos? Na última parte da Época Lemúrica. Lúcifer, o gênio da Lemúria, o portador da falsa luz!
Nesse momento, o Ser Humano:
-Tinha a consciência voltada para dentro, sendo ele unicamente consciente dos Mundos espirituais.
-Sua visão do Mundo material (a Região Química do Mundo Físico) era pictórica como temos hoje em um sono com sonhos.
-Nascimento e morte eram desconhecidos.
– Utilizava o Corpo Denso plenamente, porém sem qualquer poder sobre ele. Ex.: como usamos inconscientemente o estômago, os pulmões e demais órgãos involuntários.
Como foi o processo de despertar da consciência do ser humano?
-As influências de Lúcifer entraram na atmosfera da Terra e agiram sobre a vida do Planeta e dos seus habitantes, tendo como foco particularmente a sua expressão emocional.
-Os Lucíferes, não possuindo cérebro, comunicaram-se e identificaram-se com o ser humano através do recém-formado cérebro humano.
-Agiram sobre a Imaginação, quando estávamos renascidos aqui como mulher, e nos incitaram ao conhecimento e à percepção do Corpo Denso e do mundo material que habitávamos.
-Fato representado na Bíblia por Adão ter comido o fruto da “Árvore do Conhecimento” oferecido por “Eva e a serpente”.
Para saber mais, assista a 205ª Reunião Dominical de Estudos de Filosofia Rosacruz da FRC em Campinas-SP- em:
Dessa forma, unindo a força da Vontade do polo masculino à Imaginação do polo feminino, o ser humano liberta o Corpo de Desejos e cai, refém de Lúcifer.
O uso ignorante e descontrolado da função sexual criadora trouxe como consequência o parto com dor, a enfermidade e a morte.
O ser humano conquistou finalmente a condição de indivíduo: um Ego na evolução.
Seu Corpo Denso tornou-se endurecido e ele aprendeu a lutar para protegê-lo da fome e do frio.
Sob a influência de Lúcifer, aprendeu a dominar os minerais e a utilizar os Elementos: Água, Terra, Fogo e Ar, iniciando o processo de desenvolvimento científico.
Lucífer é considerado Tentador ou Benfeitor?
Tanto Lúcifer como Jeová são, igualmente, degraus no Caminho para a Verdade e a Vida.
Os Espíritos Lucíferos foram os instrutores da mulher (Eva), e Jeová instrutor do homem (Adão).
Lúcifer é uma figura de extrema importância na evolução da Humanidade.
Ensinou ao ser humano o conhecimento do bem e do mal. Anteriormente, só conhecíamos o bem.
Nos permitiram exercer o nosso livre arbítrio e desenvolver o nosso instinto criador.
Nesse momento, o propósito era direcionarmos nossa consciência para fora, para a aquisição de conhecimento nessa Região Química do Mundo Físico.
Curiosidade: Anjos tem Asas?
Não, nenhum deles tem as asas como se veem nos quadros.
Alguns seres no Mundo espiritual possuem apêndices semelhantes às asas, que são correntes de força que se exteriorizam e que podem se dirigir em uma ou outra direção.
Um Arcanjo, por exemplo, pode enviar uma corrente de força espiritual em uma direção e enviar outra força em outra direção.
Vamos a outro Termo Rosacruz: Formas ocupadas pelos lemurianos
Quando nasce uma Raça, os Egos mais avançados nascem em novos Corpos, flexíveis e plásticos, e vão melhorando-os o mais que podem.
Esses Egos não podem evitar que esses veículos se cristalizem lentamente, até chegar ao limite mínimo de eficiência.
Os Corpos descartados convertem-se em habitações de Egos menos avançados.
Então, novas formas são criadas para proporcionar aos Egos de uma nova Raça maior margem de experiência e desenvolvimento.
Reparem: as formas é que degeneram. Há uma distinção entre os Corpos (ou formas) de uma raça, e os Egos (ou vidas) renascentes nesses Corpos de raça. Quando uma raça atinge o limite de sua evolução, os Corpos ou formas dessa raça começam a degenerar. Isso acontece, até que já não hajam Egos suficientemente inferiores que possam obter algum proveito do renascimento em tais Corpos. Então, as mulheres se tornam estéreis e os Corpos da Raça morrem.
As formas ocupadas pelos lemurianos degeneraram para as dos selvagens e antropoides superiores atuais.
Vamos a outro Termo Rosacruz: Linhas de Degeneração
“Linhas de Degeneração” na Fraternidade Rosacruz ocorre em várias situações que nós mesmos criamos.
Por exemplo, quando deixamos de usar a Epigênese – quando ela não atua ou se torna inativa no indivíduo, na família, nação ou raça – essas cessam a evolução e começa a degeneração.
Começa então a cristalização até a extinção. Tudo que não se recicla, periodicamente perde sua eficiência e, consequentemente, sua razão de ser.
E como não degenerar? Aprendendo a lidar com as dificuldades que se apresentam na nossa vida.
Elas são fatores capazes de exigir muito da capacidade epigenética das pessoas.
Os seres humanos tem a tendência de se acomodarem e com o tempo essas “formas” (características) tornam-se obsoletas, aí então, nos vem as crises.
A maioria propõe sempre soluções velhas, desgastadas, sem nenhuma eficácia.
Só uma solução inédita, original, resultante de seu Espírito criativo, consegue, via de regra, resolver o problema.
As crises não devem assustar; elas indicam que estamos em fase de transição, de transformação.
Quando o ser humano reage negativamente às novas soluções propostas, quando insiste em formulações bolorentas e ultrapassadas, acaba gerando o impasse. Gera então o sofrimento – ele aparece como meio de solucionar a questão . Mas… esse é um meio irracional – ele evidencia nossa teimosia e inadaptabilidade.
Cuidado para não ir de um ao outro extremo, caindo em uma linha de degeneração por atender a sede de novidades; pois nem tudo o que é novo merece aceitação; nem sempre representa uma legítima e pura aspiração do Espírito; pode ser apenas uma manifestação da natureza inferior – em busca de reconhecimento, do desejo de satisfazer a vaidade, do orgulho e da ilusão.
Desde a puberdade e durante toda a vida, uma força espiritual é gerada internamente em nosso organismo.
Esta força pode ser usada para três fins: GERAÇÃO, DEGENERAÇÃO E REGENERAÇÃO.
Depende de nós qual dos três métodos escolher. Ela terá uma orientação importante em nossa vida.
Ela abrange todos os momentos de nossa existência e determina a nossa atitude em cada uma das fases da vida:
Com os nossos semelhantes
– Com a forma como enfrentaremos os problemas da vida
– Se seremos capazes de agarrar as oportunidades ou as deixarmos escapar
– Se seremos saudáveis ou doentes
– E se nós vivemos nossa vida com um propósito satisfatório
Tudo depende da forma como usamos a nossa força vital.
Algumas vezes podemos perder nossa meta aqui na Terra. Nossos valores reais e eternos são esquecidos . Quando nos damos conta desta condição, devemos:
– Parar, fazer um balanço de nossa existência
– Buscar melhores meios de vida
– Buscar valores superiores
– Buscar uma maneira para renovar nossa força, voltando ao nosso Criador.
Quando usamos a força espiritual para a DEGENERAÇÃO? Quando abusamos da função sexual geradora.
Cada ato criador exige e consome uma certa dose de força, e então o organismo deve ser reabastecido com uma quantidade extra de alimento. Isso fortalece e aumenta o Éter Químico.
Os dois Éteres inferiores do Corpo Vital se fortificam dirigindo a força criadora para baixo, para satisfazer o nosso prazer e isso oprime os dois Éteres superiores que formam o Corpo-Alma.
Com isso impedimos a separação entre os Éteres inferiores e superiores (o Corpo-Alma),e frustramos o objetivo de viajar em nossos veículos mais sutis, retardando o desenvolvimento pela satisfação da natureza inferior.
Outro ponto onde o conceito “linhas de degeneração” é aplicado nos Ensinamentos Rosacruzes: os antropoides superiores (chimpanzé, orangotango, gorila e bonobo) tratam-se de seres Atrasados que se servem dos moldes degenerados do que foi a forma humana no passado.
Ao contrário – como falamos anteriormente: os antropoides superiores são a degeneração da forma humana. A ciência materialista equivocou-se, porque ao investigar só a forma, extraiu conclusões errôneas.
Pergunta:
Até quando será permitido aos nossos irmãos antropoides superiores continuarem nessa Linha de Degeneração, e AINDA conseguirem alcançar-nos e converterem-se em seres humanos, nesse Esquema de Evolução? Ou seja, a partir de que ponto não nos alcançarão mais nesse Dia de Manifestação?
Resposta: Até a metade da quinta Revolução do Período Terrestre.
Se alcançarem o suficiente grau de desenvolvimento antes desse ponto – poderão seguir com a nossa Evolução.
Se não conseguirem até lá, então, perderão todo o contato com nosso Esquema de Evolução atual.
Para saber mais, assista a 206ª Reunião Dominical de Estudos de Filosofia Rosacruz da FRC em Campinas-SP- em:
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que estamos nos desenvolvendo por meio de um Esquema de Evolução, onde há uma Obra de Evolução e um Caminho de Evolução, nesse mais um Dia de Manifestação de Deus. E nisso tudo temos muitas Hierarquias Criadoras nos ajudando!
Uma Hierarquia Criadora ou Divina, os Arcanjos, alcançaram seu estágio “Humanidade” – ou seja, o estágio em um Esquema de Evolução em que a Onda de Vida atinge o seu ponto mais denso em matéria – no Período Solar, o segundo Período desse Esquema de Evolução. Esse é o motivo pelo qual se tornaram peritos na construção de Corpos de “matéria de desejos” (assim como nós estamos nos especializando na construção de corpos de matéria química), e por uma razão similar: o Mundo do Desejo era a mais densa condição de matéria alcançada no Período Solar, assim como a Região Química Mundo Físico é o estado mais denso alcançado por nós, que estamos atravessando o nosso estágio “Humanidade”.
E, como também, no Período Lunar a Onda de Vida dos animais começaram a sua evolução, iniciando no estágio “mineral” – como sempre ocorre quando uma Onda de Vida inicia a sua evolução – os Arcanjos se tornaram o Espírito-Grupo deles, ou seja, responsáveis por conduzi-los em sua evolução.
É a Hierarquia Zodiacal de Capricórnio. É uma Onda de Vida que começou sua evolução em algum Dia de Manifestação anterior ao presente.
Os Arcanjos estão relacionados com o desenvolvimento humano e o Reino Animal. Não trabalham com os Reinos Vegetal e Mineral.
Na Segunda Revolução do Período Terrestre, também chamada de Revolução Lunar do Período Terrestre, junto com os Senhores da Forma, se encarregaram da reconstrução do nosso Corpo de Desejos, e foram ativos na parte inferior do Corpo de Desejos, dando a nós a capacidade de também criarmos desejos puramente animais, ou seja, formados somente com materiais das três Regiões inferiores do Mundo do Desejo.
Já na Quarta Revolução do Período Terrestre, mais precisamente na Época Lemúrica, os Arcanjos nos ajudaram construir o Corpo de Desejos, modificando-o o suficiente para ficar pronto para se conectar e se relacionar com o germe da Mente (que a imensa maioria de nós recebeu na Época Atlante, a próxima).
Os Arcanjos participam ativamente das Religiões de Raça, pois quando houve a necessidade de darmos mais um passo rumo a nos tornarmos indivíduos separados para exercitarmos o nosso livre arbítrio (e toda a consequência disso), certo número de Arcanjos (Espíritos solares comuns) seguiu com Jeová, como Auxiliares, para refletirem os impulsos espirituais do Sol sobre a Humanidade da Terra, em forma de Religiões de Raça. Assim, Jeová dividiu a Humanidade (nós) em diferentes povos e colocou cada um sob a direção de um grande Arcanjo com a função de Espírito de Raça ou “deus” desse povo.
Com isso, os Arcanjos, como Espíritos e Líderes de uma Raça, lutam a favor ou contra algum povo, conforme as exigências da evolução dessa Raça requererem. Um exemplo: no livro de Daniel, 10-20, um Arcanjo falando com Daniel, diz: “Agora, voltarei a lutar com o príncipe da Pérsia; e quando eu for, vede que o príncipe da Grécia virá”. O Arcanjo Miguel é o Espírito da Raça Judia (Daniel 12-1) e, é bom nos lembrarmos: Jeová não é o Deus dos judeus somente, é também o Autor de todas as Religiões de Raça, que conduzem ao Cristianismo.
No final do Período Solar, um Arcanjo, chamado Cristo, conseguiu aprender tudo que tinha que aprender nesse atual Esquema de Evolução (tornou-se o mais elevado Iniciado do Período Solar) e, com isso e por mérito conseguiu construir um Corpo com materiais do Mundo de Deus. Assim, alcançou o mérito de exercer o atributo “Sabedoria” de Deus, tornando-se conhecido como Deus-Filho.
Normalmente, o veículo inferior de um Arcanjo é o Corpo de Desejos. Cristo, o mais alto Iniciado do Período Solar, emprega geralmente o Espírito de Vida como seu veículo inferior. Funciona tão conscientemente no Mundo do Espírito de Vida como nós no Mundo Físico. Notemos que o Mundo do Espírito de Vida é o primeiro Mundo Universal, conforme explicamos no primeiro capítulo, sobre os Mundos. Nesse Mundo cessa a diferenciação e começa a se manifestar a unidade, pelo menos quanto ao nosso Sistema Solar.
Estudar o Esquema de Evolução, com seus maravilhosos Seres, as Grandes Hierarquias Criadoras, nos ajuda a desenvolver a Mente Abstrata, além de conhecer o maravilhoso trabalho dessas Hierarquias em todos os Períodos.
Mais detalhes de todos os Períodos, leiam o Conceito Rosacruz do Cosmos, a obra básica dos Ensinamentos Rosacruzes que você encontra aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/o-conceito/.
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz a grande importância de se cremar o Corpo Denso (Corpo Físico) três dias e meio após ocorrer a morte aqui no Mundo Físico.
Primeiro porque durante esse tempo teremos o prazo necessário para se fazer a gravação do “Panorama de Vida”, que se passa em sentido inverso, desde o momento da morte até o nascimento aqui no Mundo Físico.
A pessoa permanece como espectador ante esse Panorama de Vida que terminou, vê ali as cenas conforme se sucedem e que vão se imprimindo nos seus veículos superiores, mas neste momento fica impassível diante delas.
O sentimento está reservado para quando chegar a hora de mais um nascimento nos Mundos suprafísicos, entrar no Mundo do Desejo, que é o Mundo do sentimento e da emoção.
Para pessoas muito evoluídas espiritualmente, o tempo para a impressão deste panorama, com certeza, é bem menor, podendo ser até de minutos!
Enquanto o Corpo Vital e os Corpos superiores permanecem unidos ao Corpo por meio do Cordão Prateado, não se deve mexer no Corpo Denso, pois tende a desintegrar o Corpo Vital, que deve permanecer intacto até que se tenha imprimido, no Corpo de Desejos, esse Panorama da Vida que acabou.
É certo também que a pessoa sentirá, até certo ponto, tudo que fizerem no seu Corpo Denso (exames, ferimentos, cortes, mutilações) e isso é terrível também na cremação antes desse período. E isso prejudica enormemente a qualidade da gravação do Panorama da Vida, o que pode resultar em atraso evolutivo da pessoa que faleceu.
Lembrando que no momento do velório, os parentes e amigos não devem se entregar às lamentações, barulho e manifestações de sofrimento, isso também atrapalha a impressão do Panorama de Vida da pessoa que faleceu.
É muito importante que se faça silêncio, em respeito à pessoa falecida, também que se faça orações e o Ritual Rosacruz de Funeral.
Se já entendemos que o nascimento é a chegada aqui no Mundo Físico, da mesma forma a morte é o nascimento nos Mundos Celestes.
Sabedores, portanto, de que “a morte não existe”, isso ajuda bastante.
Se você quiser compreender com mais detalhes porque a Fraternidade Rosacruz sugere a cremação do que o enterro do Corpo Denso, aqui está o passo a passo do que acontece quando morremos, mais uma vez, aqui no Mundo Físico:
A razão por que se torna necessário a quietude no velório ou onde o Corpo Denso fica depois da morte, até três dias e meio (logicamente para que não se decomponha nesse tempo, o Corpo Denso deve ficar em um refrigerador mortuário, também chamado de caixa de congelamento de armazenamento frio de cadáveres – que se encontram, normalmente, em hospitais), decorre do processo panorâmico: as cenas da vida devem se imprimir sobre o Átomo-semente do Corpo de Desejos, que será o nosso (Ego) veículo, no Mundo do Desejo, em cujas Regiões inferiores poderemos ter que passar, onde fica o Purgatório – onde formamos a consciência resultante dos atos, das ações e obras que fizemos de errado ou que prejudicamos alguém –, e em cujas Regiões superiores também poderemos ter que passar, onde fica o Primeiro Céu – onde assimilará o bem realizado resultante dos atos, das ações e obras que fizemos de correto ou reto ou que ajudamos alguém.
Quando a vida recém terminada foi muito intensa (para o “bem ou para o mal”) e o Corpo Vital é forte em sua composição etérica, o tempo do Panorama da Vida será mais longo do que se a vida não foi tão intensa e o Corpo Vital é débil. Durante o Panorama da Vida o Corpo Denso está conectado aos veículos superiores por meio do Tríplice Cordão Prateado, mais precisamente, por meio do primeiro seguimento, o etérico, entre o Átomo-semente do Corpo Denso e o Átomo-semente do Corpo Vital, que fica na posição referencial do Plexo Celíaco (ou Plexo Solar ou, popularmente, a “boca do estômago”). E através dessa ligação, nós (o Ego) sentiremos, até certo ponto, os incômodos físicos, químicos e vibrações, bem como quaisquer danos causados ao nosso Corpo Denso. Assim, o embalsamento, as autópsias, a cremação, feitos dentro desse período de três dias e meio após a morte clínica do Corpo Denso, serão sentidos dolorosamente por nós. Daí que não devam ser feitos durante esse período.
Após os três dias e meio o Panorama da Vida já foi transferido para o Átomo-semente do Corpo de Desejos. Então, o Cordão Prateado se rompe no primeiro seguimento. O Corpo Vital (especialmente os dois Éteres inferiores) é atraído para o Corpo Denso para se decompor sincronicamente com ele. Toda conexão entre nós e o nosso Corpo Denso fica definitivamente rompida. Seguimos nós, o Ego, livremente, para iniciar mais uma Vida Celeste, se assim desejarmos.
Quando se enterra um Corpo Denso, o Corpo Vital permanece sobre a tumba. O Clarividente pode vê-lo, decompondo-se sincronicamente com o Corpo Denso. Por exemplo, quando o braço enterrado já se decompôs, o etérico também se desfaz e desaparece, até que desapareça o último vestígio do Corpo Denso. Mas quando se realiza a cremação, o Corpo Vital se desintegra imediatamente. Esse veículo é o que conserva as imagens das experiências da vida que acabou de terminar. Essas imagens precisam ser transferidas para o Átomo-semente do Corpo de Desejos pelo processo do Panorama da Vida recém terminada já mencionado, a fim de formar a base da vida no Purgatório e no Primeiro Céu; assim, seria grandemente prejudicial que a cremação se efetuasse antes dos três dias e meio após a morte clínica do Corpo Denso.
Perde-se algo quando ocorre a cremação logo após a morte, antes do Cordão Prateado se romper por si só. A impressão sobre o Átomo-semente do Corpo de Desejos não é, então, tão profunda como deveria ser. Isso tem efeito nas vidas posteriores, porque, quanta mais forte for a impressão, tanto mais agudos são os sofrimentos no Purgatório, pelo “mal realizado”, e tanto mais intensos serão os regozijos no Primeiro Céu, resultantes das “boas obras” da vida passada. São estes sofrimentos e regozijos os que nos formam a chamada consciência. Quando perdemos a advertência do sofrimento, perdemos, também, na formação da conduta, porque a purificação purgatorial nos adverte contra a repetição do mal, em vidas posteriores, ao se apresentarem de novo as tentações que antes nos vitimaram. Portanto, os efeitos da cremação prematura devem ser levados muito em conta. Triste é dizê-lo: temos a Ciência do Nascimento, com o concurso de médicos obstétricos, parteiras experimentadas, antissépticos e todo o necessário para o conforto e segurança da criança que vai nascer e de sua mãe, mas nos falta a Ciência da Morte que nos permita despedir, convenientemente, dos nossos amigos deste mundo e nos preparar para mais um nascimento nos Mundos Celestes.
Todos temos uma razão para estar na Fraternidade Rosacruz.
Em um dado momento com certeza estávamos descontentes com as explicações dadas em movimentos ditos espiritualistas, por meio das Religiões exotéricas, sobre os problemas da vida, como enfrentá-los, como resolvê-los, as doenças, os sofrimentos, as dores, as tristezas, o real motivo para estarmos aqui no Mundo Físico.
Estávamos a procurar uma “luz”, tateando aqui e ali, e nos foi mostrado esse Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, e aqui nos foi dado as respostas que precisávamos, de enfim, decifrar esse grande enigma.
O livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz, obra básica dos Ensinamentos da Fraternidade Rosacruz, nos explica com clareza e perfeição qual é a missão dessa grande Escola de Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, dando uma explicação sobre os problemas da vida, e como alcançar a união entre a Mente e o Coração.
Nada se resolve olhando a vida de um ponto puramente intelectual, via Razão.
Igualmente não caminhamos só trabalhando com o Coração.
Precisamos encontrar a maneira de uni-los com perfeição.
A Fraternidade Rosacruz tem como missão promulgar uma doutrina combinada, da Mente e do Coração, que constitui a única e verdadeira Sabedoria (o conhecimento temperado com o amor Crístico).
Nenhum ensinamento pode ser considerado sábio se esses dois não estiverem perfeitamente em harmonia, caminhando juntos.
Aqui na Fraternidade Rosacruz encontramos uma boa teoria, há ricos e belos Ensinamentos, Cursos de formação gratuitos, basta apenas estudá-los e colocá-los em prática, sendo persistentes, e verdadeiramente “vivendo a vida”.
Usando o conhecimento adquirido e temperando-o com amor, tudo fluirá bem!
Precisamos aprender a conviver, dia após dia, ano após ano, tratando a todos com respeito, consideração, sinceridade de coração, com humildade, persistência e disciplina.
Problemas todos temos, e é assim, entendendo-os e resolvendo-os um a um, com calma e paciência, é que chegaremos a um grande entendimento, os porquês das doenças, sofrimentos, tristezas, dores, porque nascemos em determinadas famílias, porque moramos em determinados lugares.
Estudando muito, com persistência, fazendo os Exercícios Esotéricos Rosacruzes – que fazem parte do Treinamento Esotérico –, com certeza encontraremos as respostas que tanto precisamos: “de onde viemos, para onde vamos e porque estamos aqui”.
Ao desvendarmos tudo isso, estaremos extasiados, contentes e com certeza, muito mais tranquilos e prontos para servirmos onde precisar.
O Estudante Rosacruz que está trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, emprega o período do Trânsito do Sol por Sagitário para viver uma vida motivado unicamente pela pura e santa aspiração, procurando armazenar o fogo espinhal dentro do plexo sacro, e uma vez despertado, ascendê-lo, através da medula espinhal, em direção aos dois órgãos espirituais localizados na cabeça, a Glândula Pineal e a Glândula Pituitária.
É por isso que a medula espinhal, que conecta o plexo sacro com o cérebro, tem sido denominada, “o Caminho do Discipulado”!
Porque o Estudante Rosacruz sabe que é por meio desse processo que ele se Cristifica.
Eis o motivo de Sagitário sempre ser simbolizado pela luz, a luz da Mente espiritualizada (diferente da Mente concreta ou inferior!).
Ele vai aprendendo que as experiências da sua vida diária, quando corretamente utilizadas e transmutadas em valores anímicos, se convertem em degraus pelos quais ele pode obter a sua sintonização com a Luz Divina universal, a Luz que ilumina a ele e a cada ser humano que vem ao mundo. E é aqui que ele faz jus ao que o Cristo ensinou: “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5:14).
E não há outro momento do ano mais propício para se ater a esse importante passo do que quando o Sol está transitando por Sagitário.
Ele sabe que o período onde o Sol transita pelo Signo de Sagitário, que é quando a Hierarquia Zodiacal de Sagitário derrama seus ritmos vibratórios sobre aTerra.
Lembrando que a Hierarquia Zodiacal de Sagitário é conhecida, no idioma esotérico, como a Hierarquia Criadora dos Senhores da Mente, e funciona totalmente em veículos de pura substância mental.
Irradiam de si mesmos aqueles germes de Mente que, muito tempo atrás, constituíram o nosso mais precioso presente que recebemos.
Eles continuarão seu ministério próximo a nós, até que cada um de nós esteja preparado para funcionar em um Corpo composto da sutil matéria mental.
Mount Ecclesia é um local pitoresco localizado na cidade de Oceanside, Califórnia (sul da Califórnia) e é a localização da sede internacional da Fraternidade Rosacruz (The Rosicrucian Fellowship).
É também o local onde está Templo de Cura Espiritual, chamado “A Ecclesia”, situado no promontório de uma elevada mesa (ou seja, de um acidente geográfico caracterizado por uma área elevada de solo com um topo plano, rodeada por todos os lados por escarpas inclinadas) com vista para o Vale do Rio San Luis Rey e a Missão Franciscana San Luis Rey de Francia fundada em 1798.
Em 7 de abril de 1995, foi adicionado ao Registro Nacional de Lugares Históricos como o Templo da Fraternidade Rosacruz.
Mount Ecclesia foi inaugurada em 28 de outubro de 1911, por meio de uma cerimônia da implantação de uma grande Cruz trilobada com as iniciais C.R.C. — significando Christian Rose Cross, o líder maior da Ordem Rosacruz — pintado em letras douradas nas três extremidades superiores – e com uma roseira vermelho-sangue trepadeira.
O Templo de Cura Espiritual, chamado “A Ecclesia” foi erguido com o propósito de fornecer meios mais poderosos para a cura de doenças e enfermidades, utilizando o processo de Cura Rosacruz, e dedicado em 25 de dezembro de 1920.
As Reuniões de Cura Espiritual Rosacruz são realizadas nesse local sagrado em um horário regular todos os dias pelos Probacionistas e Discípulos que dedicam suas vidas a essa obra Rosacruz.
Desde a sua fundação, a Fraternidade Rosacruz observa fielmente a condição básica, estabelecida por seu fundador, Max Heindel, de que nenhum preço, quotas, taxas ou quaisquer outros tipos de pagamentos financeiros devem ser cobrados pelos Ensinamentos Rosacruzes.
O arquétipo da fundação de Mount Ecclesia, o mais alto ideal ou missão, é se tornar um Centro Espiritual no mundo, como um esforço “para unir e harmonizar uns com os outros, ensinando uma Religião que é tanto científica quanto artística, e reunir todo o Cristianismo Esotérico em uma só grande Fraternidade Cristã.”.
A paisagem de Mount Ecclesia, com suas 24 estruturas (23 edifícios e a área cônica da entrada principal), os belos jardins de rosas e uma maravilhosa vegetação preservada — no meio de uma das áreas de desenvolvimento imobiliário mais caras e intensivas do mundo, no sul da Califórnia — tornou-se um paradigma de equilíbrio paisagístico entre o desenvolvimento de um ambiente construído e a conservação do ambiente natural.
Como em todos os Templos Solares, o portal do Templo de Cura Espiritual (A Ecclesia) está voltado para o leste (o nascer do Sol). Em frente ao portal estão duas palmeiras.
O portal é constituído por uma estrutura triangular assentado em duas colunas redondas (pilastras), contendo ao centro um triângulo equilátero com o ‘olho que tudo vê’.
As colunas fundem com os estilos grego e romano, cada uma com um capitel coroado por um globo rematado.
A arquitetura redonda do edifício de 12 lados é composta por arcos redondos e estreitas janelas redondas internas.
Sua grande cúpula é composta por uma cúpula coroada por um globo dourado com remate de luzes.
O portal interno e o interior do Templo são ornamentados com símbolos alquímicos e astrológicos.
É um templo solar dedicado à chegada da Era de Aquário.
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Resposta: De forma alguma foi “planejada por Deus”. Como Deus nos criou com o livre arbítrio, todas as possibilidades são sempre possíveis: caminhar para frente mais rápido OU criar condições em que nos atrasamos nesse Esquema de Evolução. E a “Queda” gerou esse efeito: nos atrasamos e muito. Inclusive, alguns de nós nos cristalizamos tanto que houve a necessidade de Cristo (Deus-Filho) colocar em ação um “Plano de Salvação”, nascendo “entre nós”, e nos “ensinando como sair dessa situação cristalizante em que nos metemos”. Se Ele não tivesse feito isso, com certeza, alguns de nós estaríamos em uma segunda Lua como Campo de Desintegração, e esse Esquema de Evolução se atrasaria para todos (inclusive para aqueles que não “caíram” na Queda).
Resposta: A Fraternidade Rosacruz nos ensina que a questão da nossa morte aqui tem a ver com o que escolhemos lá no Terceiro Céu, no Panorama da Vida, como “lições a aprender”, especialmente àquelas que procrastinamos muitas vezes (lembrando que todo tipo de lição a aprender aqui está relacionado com a capacidade de adquirir condições de funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, como hoje funcionamos conscientemente na Região Química do Mundo Físico). E nesse sentido está o quanto de tempo devemos viver aqui, mais uma vez (1 minuto, 1 dia, 1 mês, 1 ano, dias, meses anos – dificilmente passando dos 100 anos) e, portanto, quando é que começaremos mais uma vida celeste (200, 300, 400 anos – dificilmente passando dos 1.000 anos).
Como Deus nos criou com a característica de termos o livre-arbítrio podemos escolher entre abreviar a nossa vida aqui, cumprir com o tempo escolhido no Panorama de Vida ou estender a mais do que o tempo escolhido.
A não ser que tenha havido negligência dela em não tratar a infecção urinária preventivamente (por meio de exames de urina periódicos) – e isso é mostrado claramente no Horóscopo dela – ela poderia ter o problema de quando adoecesse, a doença se transformasse em doença aguda, que diferentemente de uma doença crônica, tem um curso acelerado, terminando com convalescença ou morte em menos de três meses (!). Como descobrir qual foi o caso? Só levantando o horóscopo dela utilizando o método da Astrologia Rosacruz.
Resposta: Como podemos aprender no Conceito Rosacruz do Cosmos, toda criança que morre antes dos quatorze anos (seja qual for o motivo) não percorre a totalidade de um ciclo de vida, o que implicaria na construção da série completa de veículos novos. Simplesmente passa às Regiões superiores do Mundo do Desejo e ali espera um novo renascimento, o que geralmente ocorre entre um e vinte anos depois da morte. Quando renascem trazem consigo a Mente e o Corpo de Desejos.
Detalhando mais: ela vai direto para o Primeiro Céu, pois ela não tem existência Purgatorial. Lá permanece de um a vinte anos, como se estivesse em uma sala de espera, aguardando uma nova oportunidade de se apresentar para o seu renascimento. Ela pode inclusive voltar para a mesma família. Embora nas observações realizadas por Max Heindel, ele relate que num grupo de 20 crianças, apenas 3 voltaram para a mesma família.
Resposta: Antes de tudo vamos lembrar que o objetivo do método de desenvolvimento Rosacruz é precisamente este: emancipar o Estudante Rosacruz da dependência dos outros (encarnados ou desencarnados) e obter confiança em si mesmo, no mais alto grau. Se formos escravos, ou instrumentos de hipnotizadores, ou de espíritos desencarnados, ou de elementais, nunca poderemos obedecer ao Deus interno, nem escutar as ordens do nosso “Eu superior”.
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que, obviamente, a grande maioria dos médiuns não percebem o perigo que há. Sobretudo, eles não estão conscientes do enorme perigo que os ameaça após a morte; o Corpo de Desejos poderá permanecer sob o comando do “Espírito de Controle”. Se tentassem frear a influência do Espírito de Controle, enquanto ainda estão aqui no corpo, notariam que essa entidade tem um controle extremamente forte sobre eles, controle esse que será muito difícil de se romper, e eles deveriam perceber que, naturalmente, quando chegar a morte e eles retornarem a este mundo aqui com esses Espíritos de Controle, o perigo será ainda maior.
Aqui na Fraternidade Rosacruz presenciamos vários casos em que os médiuns hesitaram e tentaram escapar das ciladas dos Espíritos de Controle, mas não conseguiram romper a forte influência dessas entidades. Eles ficaram desamparados e indefesos. Alguns médiuns procuraram ajuda aqui e nos disseram que eram quase irresistivelmente compelidos por esses Espíritos de Controle a cometer vários atos que eles não concordavam; esclareceram haver implorado e sugerido que esses Espíritos de Controle os deixassem em paz, mas foi em vão. Existem casos conhecidos, também, em que os Espíritos de Controle arrastaram impiedosamente suas vítimas para fora da cama no meio da noite, contra a vontade delas e as forçaram a ouvir suas importunações. Muito raramente se ouve dizer que demonstrem alguma misericórdia. Embora conheçamos médiuns que adoeceram por causa de tal procedimento, somente soube de um caso em que a doença do médium induziu os Espíritos de Controle a ouvirem seu apelo e deixá-lo em paz por alguns meses, enquanto ele se recuperava.
Assim se verá que a mediunidade, uma vez iniciada, não é mais uma questão de escolha dos médiuns; pois, eles perdem o poder de excluir os Espíritos que os controlam. Enquanto eles cumprem as ordens de seus obsessores, permanecendo dóceis, eles podem até não sentir nada; mas, deixe um deles tentar recuar, e ele (ou ela) logo sentirá o freio e a espora do obsessor, que os usará impiedosamente.
Por fim, somos provados aqui a máxima oculta: “Espírito de luz não toma conta do Corpo Denso de uma pessoa – nem parcial nem totalmente -, porque eles têm a capacidade de ajudar de muitas outras formas”, sendo uma delas o envio, via a consciência Jupteriana, de informações no campo egóico de uma pessoa que, sempre respeitando o livre arbítrio, aceita ou não.
Resposta: O Globo não, mas sim a Revolução. Pois o Globo é somente um Campo de Evolução (um lugar apropriado e formado pelos materiais mais adequados para a Onda de Vida que esteja vivendo o seu “estágio humano”, entendido aqui o estágio nesse Esquema de Evolução em que a Onda de Vida está no seu mais denso ponto de matéria que ela tem que descer). E durante a parte da Involução quem formava o material do Globo era a Onda de Vida que estava começando a sua evolução naquele Período.
Assim, no Período de Saturno, os Globos eram formados por nós e a Onda de Vida que viveu o seu “estágio humano” foram os Senhores da Mente, que “desceram” no seu mais denso ponto de matéria que eles tinham que descer: a Região Concreta do Mundo do Pensamento.
No Período Solar, os Globos eram formados pelos atuais animais e a Onda de Vida que viveu o seu “estágio humano” foram os Arcanjos que “desceram” no seu mais denso ponto de matéria que eles tinham que descer: o Mundo do Desejo.
No Período Lunar, os Globos eram formados pelos atuais vegetais (as plantas) e a Onda de Vida que viveu o seu “estágio humano” foram os Anjos que “desceram” no seu mais denso ponto de matéria que eles tinham que descer: a Região Etérica do Mundo Físico.
No Período Terrestre, os Globos são formados pelos minerais e a Onda de Vida que vive o seu “estágio humano” somos nós que “descemos” no nosso mais denso ponto de matéria que nós tínhamos que descer: a Região Química do Mundo Físico.
E mais um detalhe: notem que o material que cada Globo de cada Período é formado, varia desde o Globo A até o Globo D, e depois repete: o do A é igual ao do G, B igual F e C igual à E. Ou seja; o único Globo que não repete em sua densidade de material é o D.
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, às 18h30, os Estudantes Rosacruzes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar, ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o Serviço de Cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
“Se podes?”, disse Cristo Jesus. “Tudo é possível àquele que crê.”. Mc 9:23
…recorra ao Método de Cura Rosacruz, já utilizado por milhares de pessoas. O processo começa com o preenchimento de um Formulário que deve ser preenchido com caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA. As instruções detalhadas se encontram aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/formulario-para-solicitacao-de-auxilio-de-cura-fraternidade-rosacruz/
**Se você conhece alguém que esteja doente e quer ajudá-la, comece por oficiar o Ritual do Serviço Devocional de Cura nas Datas de Cura.
As instruções detalhadas se encontram aqui:
Outubro de 1912
Revendo a lição do mês passado, os pontos mais importantes são a grande antiguidade e a origem cósmica dos dois grandes movimentos conhecidos agora como Maçonaria e Catolicismo – movimentos instituídos, respectivamente, pelos Filhos do Fogo e pelos Filhos da Água. É verdade, como estabelecido no livro Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz, que a Iniciação dos seres humanos só começou nos meados do Período Terrestre, quando o fogo da Lemúria batalhava com as águas da Atlântida, mas também é verdade que a educação da Humanidade depende do preparo que os seus instrutores tenham recebido em evoluções anteriores. A atitude assumida pelos dois grupos de Anjos teve como resultado os movimentos antagônicos acima mencionados. Os Anjos caídos[1] e o ser humano caído[2] estão intimamente conectados com o trabalho do mundo e sob o domínio dos seus governantes temporais. De Lúcifer, o Espírito de Marte, procede o ígneo sangue vermelho, que é o veículo de toda a energia material, da ambição e do progresso; mas, também, é o veículo da paixão que o mancha e que tem causa o fluir até a Terra ficar vermelha. De Jeová procede a Lei restritiva e o castigo pelo pecado cometido.
O Diagrama abaixo reproduz as Épocas através das quais o Espírito Virginal desce e ascende e, também, os Mundos e seus correspondentes Corpos – assim as conexões relativas dos vários fatores ser tornarão evidentes.
Na Lemúria, a terra da Terceira Época, a Humanidade foi separada em sexos: masculino e feminino. Naquele momento, éramos seres espirituais alcançando a materialidade, e os pioneiros ouviam ansiosamente o “evangelho do Corpo” que eles sentiam vagamente, mas, aprenderam a conhecê-lo, conforme o tempo passava, e os Mundos espirituais desaparecia de sua visão. Então, os Espíritos Lucíferos foram os instrutores da mulher (Eva), e Jeová se dirigiu-se ao homem (Adão). Naqueles tempos, a mulher era mais adiantada que o homem, em assuntos materiais, porque estávamos no arco descendente do Caminho de Evolução.
Quando o ponto de virada foi alcançado e passado, em meados da Época Atlante, a mulher, gradualmente, se tornou mais inclinada para a espiritualidade. Ela começou a ouvir a voz de Jeová e a encher as igrejas em um esforço para satisfazer as aspirações espirituais dela, enquanto o homem foi gastando a energia marciana dele ao longo de linhas materiais, originalmente, defendidas pelo “Portador da Luz”, Lúcifer.
Assim como a luz branca muda de cor de acordo com o ângulo de refração, assim também o ponto de vista do Espírito muda com o sexo de sua vestimenta; mas, da mesma forma que o Espírito alterna, em seus renascimentos, o sexo masculino e feminino, nós podemos facilmente equilibrar os pratos da balança e escolher o melhor caminho em ambos os sexos. Nossas próximas lições apontarão o caminho, mas podemos afirmar que, Aquele que disse: “Eu sou a Luz verdadeira”[3], está no final do caminho. Tanto Lúcifer como Jeová são, igualmente, degraus no Caminho para a Verdade e a Vida.
(Cartas aos Estudantes – nº 23 – do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Nome que significa os Anjos Lucíferos ou Espíritos Lucíferos.
[2] N.T.: É o ser humano que praticou o evento a “Queda do Homem”, abusando da força sexual criadora.
[3] N.T.: Jo 1:9
Pergunta: Agradeceria sua opinião sobre eu estar certo ou errado no seguinte: de acordo com os ensinamentos da Fraternidade, a Terra toda será etérica na Sexta Época, a Nova Galileia, incluindo humanos, animais, plantas e minerais. De fato, o processo de eterificação já está em andamento, tendo nós passado o nadir da materialidade “alguns milhões de anos atrás”. Isso significa que mesmo os atrasados humanos, que não tiverem desenvolvido o Corpo-Alma à altura da segunda chegada, também serão etéricos, possuindo apenas os dois Éteres inferiores. Assim não sendo, a Terra não seria toda etérica. Os pioneiros, pelo contrário, só terão os Éteres superiores compondo seu Corpo-Alma, e habitarão a atmosfera da terra do futuro podendo assim “Encontrar o Senhor no Ar”.
Resposta: Se um irmão ou uma irmã não desenvolveu seu Corpo-Alma não lhe será permitido permanecer na Terra chegando à Sexta Época. Afinal, está bem claro nos Ensinamentos da Fraternidade Rosacruz que o Corpo-Alma, o Traje Dourado de Bodas, será essencial para podermos viver na Época Nova Galileia. Extraímos do Livro “Coletâneas de um Místico – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz” uma informação bem pertinente sobre o assunto:
“Em nossa literatura aprendemos que quatro grandes Épocas de desenvolvimento gradual precederam a atual ordem das coisas; que a densidade da Terra, suas condições atmosféricas e as Leis da Natureza que prevaleciam numa Época eram tão diferentes das de outras Épocas, como a correspondente constituição fisiológica da Humanidade em uma Época era bem diferente das de outras Épocas.
Os corpos que construímos na ígnea Lemúria foram formados do ‘pó da terra’, da lama vermelha, quente e vulcânica, e estavam adaptados ao meio ambiente deles. A carne e o sangue teriam se atrofiado e se enrugado, especialmente pela perda de umidade, no calor intenso daqueles dias e, embora adaptados às condições presentes, S. Paulo nos diz que ‘eles não podem herdar o Reino de Deus’ (ICor 15:50). É evidente, portanto, que antes que uma nova ordem de coisas possa ser inaugurada, a constituição fisiológica da Humanidade precisa ser radicalmente alterada, isto sem mencionar a atitude espiritual. Serão necessários milhões de anos para regenerar toda a Onda de Vida humana e torná-la apta a viver em corpos etéricos.
Por outro lado, nem mesmo um novo ambiente surge de um momento para o outro, mas a terra e os povos vêm evoluindo juntos, desde os menores e mais primitivos primórdios. Quando a neblina da Atlântida começou a assentar, alguns dos nossos antepassados já haviam desenvolvido pulmões embrionários, e foram compelidos a subir para as montanhas muito antes de seus pares ou companheiros. Eles vagaram pelo ‘deserto’ enquanto a ‘Terra Prometida’ estava emergindo das névoas mais tênues e, ao mesmo tempo, seus pulmões em crescimento estavam os preparando e os ajustando para viverem sob as condições atmosféricas atuais.
Mais duas Raças nasceram nas bacias da Terra, antes que uma sucessão de inundações os forçasse a ir para as montanhas; a última inundação aconteceu no momento quando o Sol entrou no Signo aquoso de Câncer, há cerca de dez mil anos atrás, como disseram os sacerdotes egípcios a Platão. Como vimos, não há uma mudança súbita no organismo humano ou no meio-ambiente para toda a Onda de Vida humana, quando uma nova Época é introduzida, mas uma sobreposição de condições que tornam isso possível para a maioria dos seres da Onda de Vida humana, por meio de um ajustamento gradual para entrar na nova condição, embora a mudança possa parecer súbita ao indivíduo que fez toda a mudança preparatória inconscientemente.”.
No livro “Interpretação mística do Natal – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz”, estudamos que: “E tal como os Atlantes, cujos pulmões não estavam desenvolvidos e sucumbiram na inundação, assim também a nova Era encontrará alguns sem o ‘Manto Nupcial’ e, portanto, incapacitados para entrar nela, até que se qualifiquem num período posterior.”.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – novembro-dezembro/1988 – Fraternidade Rosacruz-SP)
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as ATIVIDADES PÚBLICAS realizadas pelos Estudantes Rosacruzes, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos que foram objetos de exposições, publicações e em Reuniões públicas de Estudos durante o mês anterior.
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1.Para acessar a Edição digital (com a formatação e as figuras em melhor qualidade)
clique aqui: Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Setembro de 2024
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras) é só ler aqui:
A Fraternidade Rosacruz é uma Escola de Filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel.
Exercitando nosso papel de Estudantes Rosacruzes, o Centro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: ECOS.
Outubro – Sol transitando pelo Signo de Escorpião (outubro/novembro) 5
01/09 – 16 h – Estudos Bíblicos Rosacruzes – Evangelho Segundo São Mateus 5, P.9. 6
Alguns Artigos Publicados nas nossas redes sociais no mês de Setembro: 28
A “Teia do Destino” que todos nós estamos envolvidos, saibamos ou não! 28
As Ondas de Vida que temos mais interações e que começaram a evolução nesse Dia de Manifestação. 30
O que acontece quando aceitamos as “verdades espirituais”?. 31
Mundo liberto das paixões e do orgulho intelectual 34
4. Cristo também é o Espírito planetário dos outros Planetas, como é da Terra?. 35
SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA.. 36
Datas de Cura em Outubro: 2, 10, 16, 22 e 29. 36
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As Reuniões de Estudos presenciais abertas ao público ocorrem na nossa Sede própria situada na Avenida Francisco Glicério, 1326 – Centro – Conj. 82 – Campinas – SP – Brasil, aos domingos às 16 h e/ou às 17 h. Em seguida temos a oficiação do Ritual do Serviço Devocional do dia.
Se você quiser participar presencialmente é só nos avisar antecipadamente pelo WhatsApp: 55 19 99185-4932 ou pelo e-mail: fraternidade@fraternidaderosacruz.com
É uma oportunidade ímpar de você estar estudando com pessoas que têm o mesmo ideal Rosacruz!
Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Agosto/2024: Reuniões de Estudos e Publicações
-Dia 01/09 – 16 h – Estudos Bíblicos Rosacruzes – Evangelho Segundo São Mateus 5, P.9
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Época Hiperbórea – Lua: a oitava esfera
-Dia 08/09 – 16 h – Estudos de Astrologia Rosacruz – Reunião Reservada
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Época Lemúrica – Anjos
-Dia 15/09 – 17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Nascimento do Indivíduo
-Dia 22/09 – 16 h – Reunião do Estudante Regular – Reunião reservada
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XII – A Evolução da Terra – Separação dos Sexos
-Dia 29/09 – 16 h – Reunião de Probacionistas – Reunião reservada
17 h – Estudos do Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap. XI – A Evolução da Terra – Influência de Marte
Nota: Você pode obter uma cópia digital da Obra Básica Conceito Rosacruz do Cosmos da edição mais atualizada grátis aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/livros-digitalizados/o-conceito/
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-Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) dos Estudantes Rosacruzes que fazem tais Cursos por esse Centro Rosacruz
-Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
-Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)
Continuação dos tratamentos de saúde para os irmãos e as irmãs inscritas no Departamento de Cura desse Centro Rosacruz
Aproveitemos o mês e unamos os Ensinamentos Rosacruzes: Filosofia, Bíblia e Astrologia Rosacruz para praticarmos durante TODOS OS DIAS DE OUTUBRO. Esse mês solar de outubro, que vai de 23 de setembro a 24 de outubro, corresponde à Hierarquia Zodiacal de Libra ou Hierarquia Criadora dos Senhores da Individualidade que, dentre das coisas importantes que nos ajudaram está a fornecer a todos nós o germe do nosso Corpo de Desejos na 3ª Revolução do Período Lunar. Além de muitas outras atividades que fizeram para ajudar a gente!
O padrão cósmico mantido da Hierarquia Criadora de Libra é o de um mundo formoso. Sua marca se vê em cada paisagem, em cada árvore, em cada planta, em cada arbusto e em toda forma dos vários reinos da natureza. A beleza e a harmonia são a marca de Libra. Por isso, tudo quanto vem sob a influência desse Signo celestial expressará esses divinos atributos. Quando recebermos mais completamente sua influência, serão abolidas a miséria, enfermidades, discórdia e dor!
Dentre os 12 Apóstolos, o correlacionado com Libra é Judas Tadeu. Esse Apóstolo foi um ministro da beleza. Muitos, e de longo alcance, foram os resultados das obras que ele fez com sua devoção.
Dentre as partes do nosso Corpo Denso que é regido por Libra temos a mais importante que são as duas Glândulas Endócrinas: as suprarrenais. Essas Glândulas, quando funcionam adequadamente, criam um absoluto equilíbrio físico e psicológico por meio de cada órgão e de seus processos.
Procure utilizar a seguinte frase “quando não estiver fazendo nada” e fizer os Exercícios Esotéricos de Concentração durante o dia e o da Meditação: “…e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32). Faça isso em cada um dos dias em que Libra enfoca seu ritmo sobre a Terra e os significados ocultos dessa passagem lhe aclarará a Mente e o Coração sobre sua significância esotérica.
01/09 – 16 h – Estudos Bíblicos Rosacruzes – Evangelho Segundo São Mateus 5, P.9
Reafirmemos o motivo principal pelo qual nós, Estudantes Rosacruzes, nos dedicamos ao estudo e à colocação em prática na nossa vida dos Ensinamentos contidos na Bíblia.
O motivo principal é: Porque a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.
Um segundo motivo é porque o estudo bíblico é fundamental para o Estudante Rosacruz. É por meio dele que o Estudante Rosacruz tem a maior ajuda para equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, Cristão ocultista-místico. Pois, como todos sabem, a imensa maioria das pessoas que se tornam Estudantes Rosacruzes tem a tendência a ficar mais para o lado da Mente, da “cabeça”, da razão e, com isso, sofre a tentação de ser perder na intelectualidade. E isso, como nos diz Max Heindel, é um fator de desestímulo e até de risco à perda de oportunidades para evoluir nessa vida aqui.
Para entendermos a causa dessa necessidade de Cristo se pronunciar assim, ensinando que deveríamos alterar o nosso comportamento, deixando de pensar, desejar, falar e agir de um modo bem diferente do que estávamos acostumados a fazer, temos que compreender como e porque chegamos a essa situação, que evidenciou o risco de muitos de nós perder a oportunidade de continuar evoluindo nesse Esquema de Evolução.
Segue o texto da Bíblia que estudamos: 38Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. 39Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau; antes, àquele que te fere na face direita oferece-lhe, também, a esquerda; àquele que quer pleitear contigo, para tomar-te a túnica, deixa-lhe, também, a veste; 41e se alguém te obriga a andar uma milha, caminha com ele duas. 42Dá ao que te pede e não voltes as costas ao que te pede emprestado. 43Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. 44 “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;45desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos. 46Com efeito, se amais aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem também os publicanos a mesma coisa? 47E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem também os gentios a mesma coisa? 48Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.
Há muitos detalhes que podemos estudar, mas fixemos em alguns mais importantes a fim de nos aprofundar na sua significância esotérica.
A primeira está nessa frase: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau; antes, àquele que te fere na face direita oferece-lhe, também, a esquerda.”
Sem dúvida, aqui estamos diante de uma figura de linguagem, também chamada de hipérbole, que significa: o perdão que jamais, nunca revida com a mesma ação, mas que pratica persistentemente e sempre a doutrina Cristã do Perdão dos Pecados. Assim: se alguém me fez sofrer, seja por pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras ou ações, então sempre temos que revidar:
-se revidarmos com a mesma violência, com a “mesma moeda” teremos que purgar tal ação no Purgatório (com intensidade tripla)
-se revidarmos com o perdão, colheremos o bom hábito no Primeiro Céu, depois de findarmos mais uma vida aqui.
A escolha sempre é nossa… mas a consequência também é só nossa!
A segunda está nessa frase: “àquele que quer pleitear contigo, para tomar-te a túnica, deixa-lhe, também, a veste.”
Mais uma figura de linguagem que significa a prática da verdadeira generosidade. Não dar nada ou usar até acabar ou sempre afirmar que só você sabe o quanto lutou para conseguir as coisas que você tem, ou jogar no lixo as coisas que não servem mais a você ou, ainda, só dar quando sabe que receberá algo em troca (dívida moral, subserviência e afins) mostra que a pessoa ainda não entendeu nada sobre o conceito de generosidade que Cristo ensinou. Na verdade, a pessoa tem vícios, como avareza, egoísmo, sovinice e outros afins.
O que acontecerá, fatalmente, com a pessoa? Reviverá no Purgatório todas as oportunidades que a falta da sua generosidade fez alguém sofrer, sempre com o triplo de intensidade no sofrimento que causou.
Por outro lado: dar o que você tem de sobra, ou o que você não quer mais, ou o que não mais lhe serve ou, pior ainda, o que nem lhe pertence, de fato não é ser generoso, é ser astuto!
Também, reviverá no Purgatório todas as oportunidades que a falta da sua generosidade fez alguém sofrer, sempre com o triplo de intensidade no sofrimento que causou.
Foram também a insistência em se comportar assim por muitas e muitas vidas (vem a tentação e a pessoa cai) que levou muita gente para o cone sombrio da Lua (pois isso é materialismo ou cristalização) e, quando não, atrasou demais a evolução de muita gente.
Como estudamos no Conceito Rosacruz do Cosmos: “quando eu dou, eu me dou por inteiro”.
A terceira está nessa frase: “se alguém te obriga a andar uma milha, caminha com ele duas.”
Mais uma figura de linguagem? Sim, mais uma figura de linguagem que significa a prática do serviço amoroso e desinteressado. Quando alguém lhe pede algo que você, então, por meio da lógica e da compaixão (cabeça-coração), decida se consegue ajudar: se sim, conclui que é uma necessidade que vai ajudar ao irmão ou a irmã, e sempre exceda as expectativas para que, no final, ele ou ela consiga prosseguir a partir daquele ponto sozinho; se você não consegue ajudar procure quem é capaz de ajudar tal pessoa. De qualquer forma sempre faça de tal forma “em Harmonia e na Luz de uma perfeita Liberdade”, como repetimos todas as vezes que rezamos a Oração Rosacruz.
A quarta está nessa frase: “Dá ao que te pede e não voltes as costas ao que te pede emprestado.”
Sim, mais uma figura de linguagem que significa a prática do desapego das coisas materiais. Nada é de fato nosso. Tudo é bem para ser administrado por nós. Se um irmão ou uma irmã precisar de algo aí utilize a lógica e a compaixão para você discernir se é necessidade ou astúcia, se for necessidade, então dê a ele ou a ela o que precisar e não olhe mais para saber se foi bem utilizado ou não e, logicamente, muito menos faça disso como se ele ou ela tivesse uma dívida para com você, pois isso é astúcia.
Agora se for astúcia: ou repreenda o irmão ou a irmã ou se mantenha em silêncio, calado (pois só isso já demonstra a sua indignação para com ele ou ela).
E Cristo completa esse ensinamento deixando clara a substituição do Mandamento “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, já deturpado para “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo” – como muitos outros – para o amor incondicional, o Amor Crístico: “amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”.
E não pode ser de outra forma, pois: Cristo iniciou a implantação da Fraternidade Universal onde todos são Filhos de Deus. E mais, quem segui-Lo, também são mais do que irmãos: são amigos.
Primeiro de tudo, se refletirmos profundamente, chegaremos à conclusão de que nós não temos inimigos; nós próprios somos a origem daquilo que interpretamos como “inimizade”! E o que conceituamos como “inimigo” é o nosso melhor professor. Afinal, a reação de ódio ou de vingança cria um vínculo entre o que recebe e o que perpetra uma má ação, e que somente quando a reação negativa é neutralizada pelo bem poderá ser dissolvido o vínculo. Afinal, sabemos que os que chamamos de “inimigos” hoje, em vidas passados podem ter sido nossos maiores amigos, pai, mãe, filhos, vizinhos, avôs, primos, etc.
Sabemos que se trata tão somente de lições que escolhemos – nós mesmos no Terceiro Céu – a aprender como “relacionamentos entre Filhos de Deus e que não terminamos com amor em vidas passadas, e que escolhemos nessa vida terminar com amor, por meio do perdão, da convivência pacífica (mesmo não precisando ser tão próximas como com as pessoas que não definimos como “inimigo”, mas sempre pronto para ajudar o que definimos como “inimigo”, porque reconhecemos nele o irmão ou a irmã com quem temos dívidas de destino a saldar).
Se não fizermos nessa vida, em alguma vida futura teremos que fazer, muitas vezes, pelo látego do sofrimento ou das restrições do destino.
Assim, durante essa vida aqui: ao invés de “torcer para que o seu inimigo se ferre”, ore com mais firmeza para que ele busque a Deus e que Deus o ilumine no seu Caminho de Santidade. Se você o prejudicou, peça perdão, se arrependa e busque a reforma íntima. Enquanto não fizer isso, a dívida não está paga e a lição continua a ser dada, pois não foi aprendida!
Aí vem a pergunta nascida da astúcia: “e se ele não quiser…e se ele me prejudicar?”. Se ele quiser ou não quiser, o problema é dele e não nosso. Se ele lhe prejudicar, esqueça, perdoe e ore mais intensamente por ele, porque se isso estiver ocorrendo, é sinal de que ele está perdido no caminho da santidade (mesmo que ele não saiba ou tenha certeza de que não está). Afinal como disse Cristo aqui: “vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos”. Não há outro caminho para cada um de nós!
Para saber mais, assista a 15ª Reunião Estudos Bíblicos Rosacruzes-FRC em Campinas em:
15-Reunião de Estudos Bíblicos Rosaruzes-1set24-5to Capítulo do Evangelho Segundo São Mateus P.9
Vamos entender o que os Ensinamentos Rosacruzes quer dizer sobre Época Hiperbórea.
A Época Hiperbórea é a segunda das sete Épocas da 4ª Revolução do Globo D do Período Terrestre. Na Época Hiperbórea: um Corpo Vital foi acrescentado a cada um de nós em evolução. Éramos estacionários, semelhantes ao que as plantas são hoje. Esse é um dos motivos pelos quais a Época Hiperbórea foi uma Recapitulação do Período Solar.
Na Bíblia:
Nessa Época havia uma única linguagem entre todos nós e ela era totalmente espiritual, ou seja, a comunicação entre nós e todos os outros seres ocorria somente nos Mundos espirituais.
Não havia a separação em sexos. Ou seja, manifestávamos todos como hermafroditas. Assim, a propagação – para a criação de um novo Corpo Denso (Corpo Físico)- era por meio de algo parecido com o que temos hoje como brotos e esporos.
Nosso nível de consciência era do tipo: Consciência de Sono sem Sonhos.
Nosso Campo de Evolução se localizava no Sol Central entre os Polos e o Equador desse Sol Central.
No final dessa Época várias condições ocorreram. Entre as principais foram:
Essa foi a causa do “Nascimento dos Planetas”, ou seja, cada Planeta foi arrojado do, então, Sol Central.
Vamos entender o que os Ensinamentos Rosacruzes quer dizer sobre Anjos.
Os Anjos são uma Hierarquia Criadora, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Aquário.
No Período Lunar os Anjos atravessaram o estágio de “Humanidade”, ou seja, o ponto mais denso que Eles teriam que descer nesse Esquema de Evolução: a Região Etérica do Mundo Físico. Com isso, seu Corpo mais denso é formado de Éteres, ou seja: é o Corpo Vital.
O Anjo Jeová é o mais elevado Iniciado do Período Lunar. Ou seja, aprendeu tudo que deveria aprender nesse Esquema de Evolução e, por esse mérito conseguiu construir um Corpo formado de material do Mundo de Deus. Com isso, assumiu a atribuição de “Atividade” de Deus, com a denominação de Espírito Santo.
Dentre os quatro Reinos que estão evoluindo conosco nesse Esquema de Evolução, as Anjos trabalham com o ser humano, com os animais e os vegetais. E o fazem para a própria evolução deles.
Agora vamos entender o que os Ensinamentos Rosacruzes querem dizer sobre a Lua.
Sabemos que a Lua não é um Planeta. É o satélite natural do Planeta Terra.
A Lua do nosso Planeta, tambám chamada de a Oitava Esfera, é um campo de desintegração. É morada dos “fracassados” da Onda de Vida humana atual: seres humanos que perderam toda a capacidade de continuarem evoluindo nesse Esquema de Evolução (perderam todos os veículos e os Átomos-sementes) e aguardam um novo Dia de Manifestação de Deus.
As forças lunares ajudam a construir o Corpo Denso (Corpo Físico) com a densidade conveniente, por isso as emanações dela são cristalizantes.
A Lua exerce influência sobre a saúde, especialmente quando estamos aqui renascidos em Corpo do sexo feminino.
Ela serve de foco das forças Angélicas e, por isso a Lua está relacionada com os eventos: morte e o nascimento físico.
Para saber mais, assista a 195ª Reunião Dominical de Estudos de Filosofia Rosacruz da FRC em Campinas-SP- em:
Vamos entender o que os Ensinamentos Rosacruzes querem dizer sobre Época Lemúrica.
Só para relembrar: estamos falando do momento, nesse Esquema de Evolução, onde estamos na quarta Revolução do Período Terrestre no Globo D.
Como em todas as Épocas que já passamos, não devemos pensar que a Época Lemúrica durou apenas enquanto o Sol, por Precessão dos Equinócios, passou pelos Signos de Virgem, Leão e Câncer, um período de apenas seis mil e poucas centenas de anos (se usarmos como padrão as medidas de tempo atuais), longe disso; mas há as espirais dentro de espirais e Recapitulações ocorrem nas Épocas e em como somos compostos!
Como em todas as Épocas, a Época Lemúrica é dividida em três Eras: a Era de Libra, a Era de Virgem e a Era de Leão que, no tempo, apresentam essa sequência.
Assim, quando o Sol entrou no Signo de Libra, “a Balança”, por Precessão dos Equinócios, começamos a viver na Era de Libra da Época Lemúrica. Aqui o equilíbrio da razão nos deu um novo começo no Caminho de Evolução. Sob os cuidados dos Instrutores divinos, os pioneiros da nossa Onda de Vida, haviam avançados até o ponto em que, por causa da faculdade da razão, podiam ser totalmente responsáveis pelas Leis da Natureza e, assim, colher o que haviam semeado, para que pudessem aprender a lição da vida por meio da experiência real, para que pudessem ser capazes de raciocinar sobre a relação entre a causa e o efeito e, com o tempo, aprenderem a governar a si mesmos, a fim de progredir nesse Caminho de Evolução. A eles os Senhores da Mente deram o germe da Mente. Reparem bem: somente aos pioneiros, pois os demais já estavam atrasados!
Quando findou a Era de Libra, começou a Era de Virgem. O germe dos nossos atributos físicos, moral e mental (que precedeu o começo da evolução do nosso lado espiritual), começou nessa Era de Virgem. Portanto, pela passagem precessional do Sol através do Signo de Virgem, foi dado o primeiro impulso germinal para a possibilidade do nascimento da divindade dentro de nós.
E quando findou a Era de Virgem, começou a Era de Leão da Época Lemúrica. Pela primeira vez nos comportamos como uma única Raça, a Raça Lemúrica e, como tal exercitamos, ainda que primitivamente, as virtudes da força (usando os nossos desejos, emoções e sentimentos), do conhecimento (sentindo, ouvindo e distinguindo os sons da natureza; vendo a nós mesmos e aos outros internamente) e da beleza (ajudando a construir formas animais e mesmo as nossas formas humanas).
Como era a atmosfera do Planeta Terra na Época Lemúrica? Vamos relembrar que durante a Época Lemúrica fomos expulsos do Sol, então havia um calor interno e frio externo e o resultado foi a solidificação e cristalização, a atmosfera era parecida com a névoa ígnea do Período Lunar, vivíamos nas partes mais duras, tínhamos os 4 Elementos da Natureza ativos: Ar, Água, Terra e Fogo e a atmosfera era muito densa com vapor de água.
Como era a crosta do Planeta Terra na Época Lemúrica? A crosta estava começando a endurecer. Haviam uitos vulcões e cataclismas, também existiam erupções ardentes que lutavam contra a formação da crosta.
Como era a vegetação na Época Lemúrica? Vivíamos sobre as partes mais duras e relativamente resfriadas Entre bosques gigantescos, nas densas vegetações para nos proteger do excessivo calor Havia ilhas da crosta dura, um mar de água em ebulição e erupções ardentes.
A Época Lemúrica foi uma Recapitulação do Período Lunar. O foco no desenvolvimento era o Corpo de Desejos. Construímos nosso primeiro Corpo de Desejos de matéria do Mundo do Desejo. Fomos auxiliados por 2 Hierarquias Criadoras:
-Os Senhores da Forma – os responsáveis por toda a evolução no Período Terrestre
-Os Arcanjos – especialistas em lidar com os materiais de Desejos
Como era nossa consciência e estrutura de veículos e Corpos? Nossa consciência era dirigida para dentro de nós mesmos. Tínhamos um nível de Consciência similar ao Sono com Sonhos. Isto é: percepção das coisas externas de maneira espiritual, percepção interna clara e racional, e parecia que tudo que víamos estava dentro de nós. Por isso que se diz que éramos ser humano-animal; tínhamos um Estado de Consciência semelhante à Onda de Vida animal atual. A Constituição de Corpos e Veículos era análoga aos dos animais atuais: Espírito Divino, Espírito de Vida, Espírito Humano, Corpo de Desejos, Corpo Vital e Corpo Denso. Somente para os pioneiros da Onda de Vida humana a constituição já atingira o que temos atualmente, ou seja; Espírito Divino, Espírito de Vida, Espírito Humano, Corpo de Desejos, Corpo Vital, Corpo Denso e o germe da Mente.
Como eram a propagação, nascimento e morte na Época Lemúrica? Os sexos foram separados: masculino (vontade) e feminino (imaginação). Motivo: construção dos dois órgãos de expressão da criação (pensamento e palavra): cérebro e laringe.
Tudo que se relacionava com a nossa propagação e com o nascimento: era executado sob a direção dos Anjos. Não conhecíamos a morte porque quando se inutilizava o corpo, entrávamos em outro. Agíamos inconscientes dessa saída e dessa entrada. Abandonar o nosso corpo era como: “a queda de uma folha seca de árvore, logo substituída por novo broto”
A linguagem era de sons análogos aos da natureza e algo Santo: cada som emitido tinha poder sobre os semelhantes, os animais e toda a natureza circundante. Construíamos e reconstruíamos continuamente a fauna e flora aos nosso redor. A preparação que fazemos hoje no Segundo Céu, quando desencarnados, aqui fazíamos durante o nosso renascimento.
Trouxemos muito dessa linguagem para hoje: onomatopeias: que são palavras que procuram reproduzir aproximadamente certos sons ou ruídos, vozes e rumores: “cabrum”, “cataplam”, “atchim” , “bué”, “chiar”, “clique”, “fonfom”, “pum” , “reco-reco”, “fiufiu”, “grunf”, “nham-nham”, “nheco-nheco”, “piupiu”, splash!! (to splash), salpicar de água; crack (to crack), quebrar, crash! (to crash), espatifar, squeeze, espremer, Sip, beber de pouquinho, Smack! caracterizar um beijo, Sniff-sniff (to sniff), cheirar e muitos outros!
Considerando a alimentação: houve a introdução de mais um tipo de alimento: vegetais, btido dos, então, estacionários animais, o “leite”então utilizado para desenvolver o Corpo de Desejos. É o significado da frase bíblica: “Abel era um pastor” (Gn 4, 2). Desejo por este alimento de mais fácil digestão: estímulo a nos esforçar, gradual evolução da nossa natureza de desejos, nossa constituição tornou-se semelhante aos atuais herbívoros.
Embora possuidores de uma natureza passional, éramos dóceis, não nos sentíamos induzidos a lutar. O Leite fresco quando ainda quente da ordenha é muito rico em Éter de Vida.
Sobre a nossa percepção do Corpo não sabíamos nada do nascimento do nosso Corpo Denso. Não podíamos vê-los externamente. Nem sabíamos que tínhamos um corpo (como hoje não percebemos que temos um estômago – só lembramos dele quando dói!). Não podíamos ver nada externamente.
Do meio para frente da Época Lemúrica começamos a produzir o sangue vermelho e quente. E o processo foi assim: até o início da Época Lemúrica, o Planeta Marte seguia uma órbita distinta da atual. A aura do Planeta Marte compenetrava o Planeta Terra polarizando o mineral ferro em todo o Planeta Terra, que é um metal marciano, resultado: todos os seres do Planeta Terra eram de sangue frio (heterotérmicos) ou a parte fluídica dos Corpos tinha a mesma temperatura que as rodeava.
Assim, no início da segunda e última metade da Época Lemúrica, a órbita de Marte foi alterada. Somente o Corpo de Desejos da Terra e de Marte ainda se compenetravam. Resultado: diminuiu a influência de Marte sobre o ferro. Obtivemos o sangue vermelho e quente: tornamo-nos homeotérmicos ou endotérmicos. Começamos a ter governo sobre o nosso corpo, através do sangue. Tornamos nosso Corpo Denso ereto.
O evento “A Queda do Homem” ocorreu na Época Lemúrica! Antes da “Queda do Homem”, estávamos sob a tutela dos Anjos. Convivíamos com Eles cotidianamente; vivíamos na Região Etérica do Mundo Físico. Os Anjos nos guiavam no que eles mais sabiam – lidar com os Éteres (Corpo Vital): fecundação propagação, vitalidade. Através dos Éteres nos ensinavam como construir os órgãos, tecidos, sistemas do nosso Corpo Denso, controlar a expressão física do amor do ser humano e guiá-lo, através das emoções, de um modo amoroso e inocente. Vivíamos no “Jardim do Éden”, traduzido como “Paraíso” para o grego. Simboliza quando vivíamos na Região Etérica do Mundo Físico. Era o nosso lar antes da “Queda”. Ainda na última parte da Época Lemúrica, reconhecíamo-nos como um descendente dos Deuses: um ser espiritual. Vivíamos em completa harmonia com os Anjos, animais e vegetais e em fraternidade uns com os outros. Éramos obedientes a tudo o que os Anjos nos mandavam fazer. Ignorávamos as Leis do Cosmos e os fatos relacionados com a Região Química do Mundo Físico, ensinavam-nos a arte, as Leis da Natureza e os fatos relacionados com o universo físico, frequentávamos escolas superiores de desenvolvimento do poder da Vontade e da Imaginação.
Com a separação dos sexos e o nosso foco cada vez mais na Região Química do Mundo Físico, um resultado óbvio dessas práticas constantes foi: perdíamos frequentemente nossos Corpos Densos. Quando renascidos como mulher era obscura consciência de que algo estranho acontecia. Ainda quando renascidos como mulher tínhamos consciência de que perdíamos o Corpo Denso, mas não conseguíamos avisar os renascidos como homem que estavam prestes a perdê-lo!
Os Espíritos Lucíferos ajudaram-nos a entender quando perdíamos o Corpo Denso (ou percebíamos alguém perder), ou seja, morrer aqui.
O ponto de contato foi quando estávamos renascidos como mulher, e os motivos foram vários; tínhamos como meios de percepção primitivos e como começava a nos intrigar certos eventos que pressentíamos ligeriamente: a imaginação, o foco no desenvolvimento de uma Memória Incipiente. Começávamos a desenvolver o sentimento do interesse, tentando usá-lo para explicarmos alguns eventos nada claros. Dentre eles o ficar intrigados com a certeza da perda dos Corpos Densos, mas com a impossibilidade de comunicar isso aos que estavam renascidos como homem.
Vamos, agora, falar da Hierarquia Criadora Arcanjos ou a Hierarquia Zodical de Capricórnio.
Na Bíblia são chamados de Arcanjos.
No Período Solar a Onda de Vida que estava atravessando o estágio “Humanidade” era a Onda de Vida dos Arcanjos, que começara a trabalhar com a Onda de Vida animal, que estava no seu estágio “mineral”.
Os Arcanjos têm como veículo inferior o Corpo de Desejos, portanto se tornaram especialistas em trabalhar com materiais do Mundo do Desejo.
São os responsáveis pela evolução da Onda de Vida dos animais.
Dentre as funções dos Arcanjos em que estamos mais próximos podemos citar:
-Espíritos de Raça
-Espíritos-Grupos da Onda de Vida animal
-Embaixadores na Terra dos Planetas do nosso Sistema Solar
Nas Regiões superiores do Mundo do Desejo existem entidades conhecidas com o nome de Arcanjos. Estes Seres excelsos foram humanos naquele tempo da história da Terra, em que nós éramos de constituição semelhante às plantas. Desde então avançamos dois passos através dos estudos de desenvolvimento animal e humano.
Os atuais Arcanjos também fizeram dois avanços em seu progresso: no primeiro deles foram semelhantes àquilo que são os Anjos atualmente. Seu Corpo mais denso, embora difira do nosso em forma,e seja feito de matéria de desejos, é usado por eles como um veículo de consciência do mesmo modo pelo qual usamos nosso Corpo. São operadores experimentados das forças do Mundo do Desejo e estas forças é que movem toda a sua ação. Portanto, os Arcanjos trabalham com a Humanidade industrial e politicamente, como árbitros do destino dos povos e nações.
Assim como há diversos graus de inteligência entre os seres humanos, também há entre os Seres superiores. Nem todos os Arcanjos estão preparados para guiarem aos seres humanos, mas visto os animais também terem uma natureza de desejos, estes graus inferiores de Arcanjos governam os animais como Espíritos-Grupo, se desenvolvendo assim, para alcançar maior capacidade.
Trabalham com os seres humanos e os animais, trabalhando para completar sua própria evolução.
Estão em atividade no Período Terrestre, ajudando-nos no desenvolvimento do nosso Corpo de Desejos.
O mais elevado Iniciado dentre todos os Arcanjos é Cristo. Foi o Arcanjo que aprendeu, no Período Solar, tudo que um Arcanjo deve aprender até o Período de Vulcano. Cristo alcançou a possibilidade de construir um Corpo com materiais das 3 Regiões mais inferiores do Mundo de Deus. Assim, assumiu o atributo de Deus-Filho, responsável por tudo o que tem a ver com Amor para todas as Ondas de Vida que necessitam de tais lições.
O veículo inferior de um Arcanjo é o Corpo de Desejos, mas Cristo, geralmente emprega o Espírito de Vida como veículo inferior. Notem: o Mundo do Espírito de Vida é o Mundo da Fraternidade, onde cessa toda a separatividade. É uma Hierarquia Criadora; é a Hierarquia Zodiacal de Capricórnio, é também uma Onda de Vida que começou sua evolução em algum Dia de Manifestação anterior ao presente.
Para saber mais, assista a 196ª Reunião Dominical de Estudos de Filosofia Rosacruz da FRC em Campinas-SP- em:
O primeiro Termo Rosacruz que estudaremos nesse texto é: “Personalidade”.
Também chamamos a Personalidade de “Eu inferior”.
É o conjunto do nosso Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos.
Atualmente, na maioria das pessoas, também contém a “Mente inferior” ou “Mente concreta” – pois essa está contaminada pelos desejos, emoções e sentimentos inferiores.
Construímos uma nova Personalidade toda vez que renascemos nesse Mundo Físico.
Atualmente, a nossa Personalidade é a raiz do nosso sofrimento e das nossas dores, e isso é devido ao nosso ignorante modo de conduzir nossas faculdades. Como respondemos mais ao nosso Corpo de Desejos, caminhamos pelo próprio interesse e só caminhamos pelo dever quando nos bate o látego da necessidade. E é por isso que só amamos para sermos amados; amamos somente quando somos amados; achamos que temos que buscar a retribuição no amor; pois a Personlidade nos impede de entender que o amor é a própria recompensa!
E por que tudo isso? Porque pela Personalidade nós distorcemos o conceito do que é o Amor Crístico, o verdadeiro conceito da palavra “amor”, como Cristo nos ensinou – que é “o dar gera o receber”.
Assim, a Personalidade expressa o egoísmo, a busca do próprio interesse, sem levar em consideração os demais.
Frases típicas que demonstra que estamos “utilizando” a Personalidade atual para nos expressarmos: “mas todo mundo faz assim”; “se eu não fizer, outro fará e levará a vantagem”; “fiz para poder cuidar do meu filho, minha filha, meu pai, minha mãe, meu/minha…” ;“é apenas uma mentirinha que não fará mal a ninguém”.
O segundo Termo Rosacruz que estudaremos nesse texto é: “Individualidade”.
Também chamamos a Individualidade de “Eu superior”.
É o conjunto do nosso: Espírito Humano, Espírito de Vida e Espírito Divino.
Impulsiona-nos para viver uma vida de “reto pensar, reto sentir, reto agir”.
Por meio dela conseguimos vivenciar aqui o correto modo de amar, honrar e obedecer às Leis de Deus. Obedecemos à divina essência oculta em cada um de nós (que é a base da Fraternidade) – ou seja, vemos nossos irmãos e nossas irmãs, na sua essência – sem focar nos seus defeitos.
Com isso fica claro que uma das metas de todo Estudante Rosacruz ativo é tornar a Personalidade passiva – serva da nossa Individualidade, ou seja, o “Eu inferior” – a Personalidade – deve comprometer a amar, honrar e obedecer ao “Eu superior” – a Individualidade. A chave da nossa libertação está em seguir a nossa consciência individual, ou seja, a nossa Individualidade.
Devemos nos ligar ao nosso Cristo Interno – expressão da nossa Individualidade. Assim, servir amorosa e desinteressadamente – e o mais anônimo possível. Agir segundo a nossa consciência.
Como ainda somos imperfeitos e caímos nas ciladas da sua natureza inferior (expressão da Personalidade) – devemos “orar e vigiar” constantemente.
Se só existe um poder que é o poder de Deus, então temer o que? S. Paulo diz: “Se Deus é por nós, quem será contra nós.” (Rm 8:31)? Se só existe um poder que é o poder de Deus, então odiar por quê? Quem odeia é a Personalidade e não o “Eu superior”, a Individualidade.
O terceiro Termo Rosacruz que estudaremos nesse texto é: “Sete Mundos”.
Cada um dos Mundos tem um grau, uma “medida” diferente, de vibração.
Estes Mundos não estão separados pelo espaço ou pela distância, como está a Terra dos demais Planetas.
São estados de matéria, de distinta densidade e vibração, tal como são os sólidos, os líquidos, os gases, e os Éteres do Mundo Físico.
Estes Mundos não são criados instantaneamente, no princípio de um Dia de Manifestação, nem duram até o fim dele. Deus vai diferenciando um Mundo após outro, conforme as necessidades do Esquema de Evolução.
O quarto Termo Rosacruz que estudaremos nesse texto é: “Mundo inferior”.
Também chamado de Mundo Físico. É o Mundo mais denso no qual nós, seres humanos, podemos funcionar nesse atual Esquema de Evolução. Ele está compenetrado por todos os outros Mundos, que são mais sutis.
No Mundo Físico temos o Corpo Denso (Corpo Físico) – formado de material da Região Química – e o Corpo Vital – formado de material da Região Etérica.
O quinto Termo Rosacruz que estudaremos nesse texto é: “Mundos superiores”.
Também chamados de Mundos internos. Vai desde o Mundo do Desejo até o Mundo de Deus. São os Mundos das causas.
Para a grande maioria dos seres humanos as faculdades espirituais estão adormecidas, portanto, não podem perceber o que se passa nesses Mundos superiores, pelo menos enquanto está na sua consciência de vigília.
Os Mundos superiores são criados em primeiro lugar para infundir a Vida na Forma. E assim começamos o nosso processo de Involução, até atingirmos o ponto de maior densidade, o nadir da materialidade. Desse ponto começa a Evolução para os Mundos superiores. Os Mundos mais densos, vão ficando despovoados. Quando um Mundo realizou o objetivo para o qual foi criado, Deus põe fim à sua existência. Os Mundos superiores são os últimos a serem terminados.
Para saber mais, assista a 197ª Reunião Dominical de Estudos de Filosofia Rosacruz da FRC em Campinas-SP- em:
Comecemos estudando o Termo Rosacruz: “Sexo”.
Nem sempre vivemos aqui no Mundo Físico por meio de sexos separados: ora masculino, ora feminino!
A separação dos sexos só se fez necessária aqui no Período Terrestre. E ainda aqui, somente quando alcançamos o Globo D, o mais denso do Período Terrestre, composto de material da Região Química do Mundo Físico. E, ainda, no Globo D, somente quando alcançamos a metade da quarta Revolução desse Período Terrestre. E mais ainda, quando alcançamos a Época Lemúrica, a terceira dentre as sete que estamos passando.
A partir de então, renascemos aqui alternadamente: num renascimento, renascemos por meio do sexo masculino e no próximo por meio do sexo feminino. Exceções poderão ocorrer; isso só quando atingirmos as Iniciações Menores.
E isso serve para:
1)Reproduzirmos, onde damos a chance a irmãos e irmãs que estão na fila, ávidos para renascer aqui e continuar a evolução deles, pois o baluarte da evolução é aqui, no Mundo Físico.
2)Garantir, por meio da reprodução, que no nosso próximo renascimento aqui, tenhamos condições de ter material para construir um Corpo Denso melhor do que o construímos aqui, pois se seguirmos a linhagem à frente seremos, um dia, filho do filho…do filho, do nosso filho ou filha atual.
3)Aprendermos tudo que precisamos, ora tendo a facilidade de manifestar a força criadora de Deus que conhecemos como Vontade (quando renascemos no sexo masculino), ora tendo a facilidade de manifestar a força criadora de Deus que conhecemos como Imaginação (quando renascemos no sexo feminino).
Para saber mais, assista a 198ª Reunião Dominical de Estudos de Filosofia Rosacruz da FRC em Campinas-SP- em:
O primeiro Termo que vamos estudar hoje e fornecer informações que ajudam a compreender o seu significado esotérico segundo a Filosofia Rosacruz é: “Planeta Marte”.
No final da Época Hiperbórea, o Planeta Marte foi arrojado do Sol Central antes da Terra, e depois de Júpiter, como aprendemos pela Teoria Nebular.
Assim, o Planeta Marte é um dos 7 Planetas que fazem parte do nosso Sistema Solar.
Portanto, é o Corpo Denso esférico de um dos Sete gênios Planetários, também chamados de Sete Espíritos diante do Trono, como já aprendemos em Reuniões de Estudos anteriores.
Apesar das condições das Ondas de Vida que evoluem no Campo de Evolução do Planeta Marte serem um mistério, temos ligeiras informações sobre isso.
Podemos dizer que a vida de Marte é de natureza atrasada.
Como observado pelos astrônomos, Marte é cheio de “canais” (como se fossem vales de terra de profundidade, largura e comprimentos variáveis). O mistério é que esses canais mudam de direção, tamanho, formas ao longo do tempo. E isso intriga os astrônomos. Os Ensinamentos Rosacruzes afirmam que esses “canais” não são escavações na superfície do Planeta. Se fossem realmente “canais”, não poderiam estar mudando; são correntes que emanam dos polos de Marte, estão sujeitos a tais desvios.
São correntes semelhantes à que passavam sobre o nosso Planeta durante a Época Atlante. Temos, ainda, aqui no nosso Planeta Terra os resíduos dessas correntes da Época Atlante, que podem ser observados nas Aurora Boreal e Aurora Austral.
Na parte do Período Terrestre entre a diferenciação de Marte, no final da Época Hiperbórea e o começo da Época Lemúrica, até antes do evento “separação dos sexos”, Marte seguia uma órbita distinta da que agora percorre.
Sua aura (essa parte dos veículos sutis que se estende para fora do Planeta denso) compenetrava o Corpo do Planeta central.
O efeito da aura de Marte compenetrar a Terra naquele momento nesse Esquema de Evolução, resultava na polarização interna do elemento químico ferro, o que impedia que possuíssemos sangue vermelho quente.
Esotericamente falando, se aprendermos a responder às influências benéficas de Marte, tais influências nos impele a dirigir nossas energias por linhas de ação construtivas.
Sabemos que a nossa Terra é o único Planeta onde existe o problema do sexo, ou seja: o abuso da força sexual criadora via Corpo Denso (Corpo Físico), gerando os tipos de pecados que não podemos utilizar a “Doutrina do Perdão dos Pecados”, por ser este um pecado contra o Espírito Santo. Ou seja: temos que pagar por meio da purgação, traduzida em sofrimentos, dores e restrições.
Reconhecendo esse fato, Deus providenciou a força necessária para passarmos por essa experiência, na energia que Marte nos fornece.
É esse Planeta que nos ensina que é unicamente pelo uso apropriado de todas as forças sexuais criadoras do Corpo Denso e da Mente, que poderemos compreender que a “inocência não é virtude e que o ser humano é aquilo que ele conquistou”. Ou seja; que podemos de fato evoluir quando estamos renascidos aqui, no “Mundo Físico, o baluarte da evolução”.
Vamos agora, detalhar o segundo termo escolhido hoje: o elemento químico Ferro.
O ferro é um elemento químico, símbolo Fe, de número atômico 26 (26 prótons e 26 elétrons) e massa atômica 56 u. À temperatura ambiente, o ferro encontra-se no estado sólido.
Hoje o ferro é o quarto elemento mais abundante da crosta terrestre e, entre os metais, somente o alumínio é mais abundante.
Aqui o que nos interessa é o tipo de Ferro heme, ou seja, a forma orgânica dele, presente na hemoglobina dos eritrócitos do sangue.
O elemento químico Ferro é um metal Marciano.
Como dissemos antes até o começo da Época Lemúrica, até antes do evento “separação dos sexos”, Marte seguia uma órbita distinta da que agora percorre. Sua aura (essa parte dos veículos sutis que se estende para fora do Planeta denso) compenetrava o Corpo do Planeta central polarizando internamente o ferro, o que impedia que possuíssemos sangue vermelho quente.
Já no início da Época Lemúrica as órbitas de Marte e da Terra tinham se modificado tanto que a influência de Marte sobre o ferro na Terra foi diminuindo, ao ponto em que o Espírito Planetário de Marte, finalmente, retirou o restante desta influência e, a partir daí, o ferro ficou disponível para o uso em nosso Planeta.
E a partir daí é que as Hierarquias Criadoras foram nos ajudando a combinar a hemoglobina, que é um tipo de proteína presente nos eritrócitos do sangue (que era frio) com o elemento químico ferro, na forma de ferro heme, formando a Hemoglobina com estrutura quaternária, que temos hoje tornando o sangue da cor vermelho intenso e produtor de calor. Ou seja: um sangue vermelho e quente.
Com isso, tivemos grandes resultados e grandes conquistas. Vamos elencar dois imediatos naquela Época:
-Nós, o Ego – um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui – conseguir entrar no nosso Corpo e governá-lo de dentro, pois o “sangue é o veículo do Ego”.
-E, com esse controle, também conseguimos tornar o nosso Corpo Denso ereto, a fim de facilitar o movimento dele naquele ambiente hostil da Época Lemúrica, escapando do fogo, dos precipícios e de outros acidentes geográficos terríveis que existiam nessa época aqui na Terra.
Já na Época que estamos, a Época Ária, quando mudamos de atmosfera e tivemos que construir os pulmões, vejamos a imensa importância do Ferro nas trocas gasosas que ocorre nos nossos pulmões.
Hoje o elemento Ferro participa de várias combinações no nosso Corpo Denso, pois é um importante elemento biológico. A mais importante é a que envolve a hemoglobina e a mioglobina.
Vamos ver isso, em um esquema resumido, como fazemos hoje: a hemoglobina transporta oxigênio, O2. A hemoglobina localiza-se dentro de células chamadas hemácias ou glóbulos vermelhos, células essas constituintes do sangue.
Ou seja: o ferro participa do transporte de oxigênio do ambiente para os tecidos. O oxigênio é ligado a uma molécula contendo ferro, seja como parte da hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos, ou como parte da mioglobina como facilitadora da difusão do oxigênio nos tecidos.
Para saber mais, assista a 199ª Reunião Dominical de Estudos de Filosofia Rosacruz da FRC em Campinas-SP- em:
Construímos nossa “Teia do Destino” (onde iremos renascer, família, amigos, relacionamentos pessoais, principais eventos na vida seguinte) lá no Terceiro Céu com a ajuda de Grandes e Exaltados Seres, os Anjos do Destino, ou Anjos Relatores, “que estão acima de todo erro e dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento”.
Há muitos outros Grandes e Exaltados Seres, de sublime espiritualidade e superlativa sabedoria, ajudando nesse Esquema de Evolução a todos os seres que estão evoluindo.
Esses Seres e Seus Agentes administram todas as coisas com uma sabedoria que, infelizmente, foge à compreensão de nossas Mentes limitadas.
Todo o trabalho desses administradores invisíveis, faz com que todos nós aprendamos as lições que temos que aprender (quando insistimos em não aprender no “tempo programado”, a classificamos como “dívidas adquiridas em vidas passadas e que deverão ser pagas aqui”).
E, muitas vezes, esse “pagamento” é feito por meio de doenças, de sofrimentos, dores, tristezas, amarguras, e limitaçõe. Temos que colher o que nós mesmos plantamos no passado ou, o que é impossível, a Lei de Consequência não se aplica.
Para nos aliviar, devemos parar de “gerar mais dívidas” (ou seja: aprender as lições no tempo em que ela nos apresenta, pois esse é o melhor momento de se aprender na nossa vida). E isso implica mudarmos nossa maneira de viver, de ser, de tratar nossos irmãos, nossas irmãs, todas as Ondas de Vida com quem evoluímos, e não violando mais as Leis de Deus.
Aqui no Mundo Físico estamos de passagem mais uma vez; viemos para adquirir mais e mais experiências, e convivermos bem com todos que cruzarem nossos caminhos.
Sigamos os ricos e maravilhosos Ensinamentos do Cristo, o Regente do nosso Planeta Terra, Grande Iniciado do Período Solar; só assim vale a pena viver aqui!
Deus, infinitamente sábio e misericordioso, jamais castiga ou massacra alguém. Seu Plano Divino é perfeito!
Os planos de Deus não são fatalistas, apenas devemos pagar pelos nossos erros, por infringirmos Suas Leis.
Está em nossas mãos crescer espiritualmente, estando passo a passo com esses Caminhos de Evolução!.
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que Deus, nesse Grande Dia de Manifestação que, para nós, começou no Período de Saturno criou muitas e muitas Ondas de Vida, e muitas outras se desenvolvem nesse Esquema de Evolução. No entanto, nós, Onda de Vida humana, estamos trabalhando, diretamente, somente com três Ondas de Vida: a animal, a vegetal e a mineral.
A Onda de Vida mineral começou sua evolução nesse Período Terrestre. Atualmente, seus seres dispõem somente de Corpo Denso. Ao não possuir Corpo Vital não podem crescer, propagar-se ou mostrar vida sensível. Unicamente o Éter mais inferior dos quatro, o Químico, está ativo nos minerais. Sua inércia é devida, então, a carência de veículos vitais. Somente o raio mais potente e espiritual pode tentar penetrar o assento de consciência da Onda de Vida que anima o Reino Mineral e, portanto, encontramos nas alturas das montanhas o raio azul do Pai que se reflete nas áridas ladeiras e como nuvem suspendida nos cânions.
Quando uma Onda de Vida surge ao nascer da evolução e incrusta-se na forma mineral, essa é imediatamente presa por uma Onda de Vida ligeiramente mais elevada, o que torna os cristais minerais desintegrados, e os adota aos seus próprios fins como cristaloides e os assimila como parte de uma forma do vegetal.
Assim, se não existissem minerais sobre os quais se agarrassem e se prendesse a Onda de Vida vegetal, desintegrando-os e transformando-os, a vida das plantas seria impossível.
A Onda de Vida vegetal começou sua evolução no Período Lunar. Atualmente, seus seres dispõem de Corpo Denso e de Corpo Vital. Ao possuir Corpo Vital pode crescer pela ação do Éter Químico e propagar a sua espécie mediante a atividade do Éter de Vida do Corpo Vital separado que possui. O Éter de Luz também está presente, embora parte latente, e falta o Éter Refletor, por completo. Portanto, é óbvio que as faculdades sensoriais e a memória, que são qualidades desses Éteres, não podem ser expressas pelo Reino Vegetal.
A Onda de Vida animal iniciou sua atividade no início do Período Solar. Os animais possuem Corpos Denso, Vital e de Desejos, com faculdade de movimento, crescimento, propagação e percepção sensorial. No Corpo Vital dos animais os Éteres Químico, de Vida e Luminoso estão dinamicamente ativos. No Reino Animal, os três raios do Pai, do Filho e do Espírito Santo são absorvidos, mas o do Espírito Santo dá cor ao sangue e à carne. A mistura de azul e vermelho é evidenciada no sangue roxo.
As forças dos vegetais (as plantas) são utilizadas por muitas espécies de animais: inicialmente são mastigadas por eles até formar uma pasta, a qual, em seguida, é ingerida, servindo de alimento à Onda de Vida animal. Se não existissem plantas, os animais não poderiam existir.
E nisso tudo aprendemos que não existe outra vida no Universo além da Vida de Deus; e “n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”. Sua Vida anima tudo que existe e por isso é fácil compreender que, quando tiramos uma vida, estamos destruindo uma forma de vida que foi criada por Deus para Sua manifestação. Os animais inferiores são Espíritos em evolução (é a Onda de Vida dos animais) e têm sensibilidade. O desejo de experiência de cada um deles é que os faz construir suas várias formas; e quando as destruímos, privámo-los da oportunidade de obter essa experiência. Retardamos sua evolução, em vez de ajudá-lo, e chegará o dia em que sentiremos profunda repugnância ante o pensamento de converter nossos estômagos em cemitério de cadáveres dos animais assassinados. Com certeza, um dia todos os verdadeiros Cristãos se absterão de comer carne animal por pura compaixão, e compreenderão que toda vida é a Vida de Deus e que é errado causar sofrimento a qualquer ser sensível. Mesmo porque, sem isso não tem como construir um Corpo-Alma o suficiente para servir conscientemente nos Mundos espirituais, também!!
O que nos ocorre quando aceitamos que a consciência divina se expressa individualmente em nós, pois sabemos que o “Reino de Deus” está dentro de cada um de nós?
Primeiro precisamos ter plena consciência do que são verdades espirituais, vivenciá-las e colocá-las em prática. Como fazemos isso?
Na Fraternidade Rosacruz, uma Escola Filosófica Cristã, nos dá o Caminho para esse conhecimento com segurança, passo a passo.
Afinal os Ensinamentos Rosacruzes visam correlacionar fatos científicos com verdades espirituais: satisfaz o nosso intelecto, a fim de que o nosso Coração possa crer naquilo que o intelecto haja sancionado!
Aos poucos, conhecendo essas verdades (dando chances de início, “prováveis” se tornarem “provadas”) aceitando-as, elas vão fazendo parte do nosso caráter, do nosso modo de ser e de viver.
Aquele que tem plena consciência das verdades espirituais, começa a ver o mundo e as pessoas à sua volta de um modo bem diferente. Vê em tudo o Poder, o Amor e o Reino de Deus em ação.
Vê e compreende a ação de Deus, de tudo o que chamamos de mal, sendo transmutado em bem, aliás passa a ver o bem em tudo e em todos.
Aquele que crê, que tem fé, que estuda, medita, vivencia os Ensinamentos Rosacruzes, perde o medo de tudo o que é externo (micróbios, feitiços, animais peçonhentos, ameaças de catástrofes, assaltos, acidentes, e até inveja, cobiça, medo, traição), tem confiança em si mesmo e em Deus.
Sente que Deus é Pai, criador, sustentador e aperfeiçoador de todo o Esquema de Evolução, em cujo Corpo, vive, se move e tem o seu ser.
Na abundância ou privação, estando enfermo ou com saúde, empregado ou desempregado, em quaisquer circunstâncias, se sente ancorado na Presença e no Poder de Deus; enfim, medo já não faz parte de seu vocabulário.
Acreditando e vivendo as verdades espirituais, vivendo os Ensinamentos de Cristo, a pessoa se sente totalmente segura, não necessita e não quer ser dependente de ninguém, controla seus pensamentos, seus desejos, suas emoções, vive em paz de espírito e tranquila.
Desejo de fama, poder, riqueza, ter mais e mais coisas materiais, já não fazem mais parte da vida dessa pessoa. Deseja, sim, é crescer espiritualmente.
As verdades espirituais em nós, em nosso interior, são transformadoras.
O Tempo de Deus
Sempre ouvimos e, também, dizemos: “Tudo é no tempo de Deus”, “O tempo de Deus é perfeito”, “Deus faz coisas perfeitas, de forma perfeita”, etc., etc.
Mas esperamos pelo “tempo de Deus”?
Sabemos ter paciência? Mesmo sabendo que a paciência é uma virtude?
O Estudante Rosacruz sempre encontra na paciência uma grande e dura prova.
Muitos estão no Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz (que o inicia em trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz) e já querem fazer o Curso de Astrologia Rosacruz, ou o Curso de Ensinamentos Bíblicos Rosacruz ou, ainda pior, o Curso Suplementar de Filosofia Rosacruz; às vezes, todos ao mesmo tempo! Difícil compreender que são “cursos de formação”, onde há dependências fortes entre o anterior e o posterior e onde o foco, o objetivo não é um “diploma”, um “certificado” e nem qualquer outra “coisa” externa, mas sim, o próprio Estudante Rosacruz aprender (“de cor e salteado”) as Terminologias Rosacruzes, como elas se encandeiam, qual é conceito de cada uma, e como tudo se encaixa para explicar os mistérios da vida e da morte aqui e em quaisquer outros Mundos!
Se na “Escola” que frequentamos para adquirir conhecimentos básicos de português, matemática, geografia, história, etc. temos que obedecer a uma sequência que vai do ensino fundamental, médio, faculdade, senão não aprendemos nada e fazemos a maior confusão, imagine quando se trata de Ensinamentos Espirituais de altíssimo valor, e que exige de cada um de nós “veículos preparados” que, na maior parte das vezes, nem temos prontos!
Hoje em que tudo acontece muito rápido, se sabe das notícias muito rápido também, todos querem tudo na hora, e como dizem: “prá ontem”.
Está cada vez mais difícil esperar pelo “tempo de Deus”.
Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova, no livro do tempo, ou seja, devemos aprender a viver bem, um dia de cada vez, certos de que há um Deus-Pai a nos guiar, a nos ajudar, a nos encaminhar.
Nos Estudos Bíblicos Rosacruzes focando nessa passagem do Livro de Eclesiastes (3:1): “Há um tempo para cada coisa debaixo do sol; tempo de plantar, de colher, de nascer, de viver, de morrer…”.
Devemos aprender a acalmar nossa Mente e o nosso Coração.
As coisas de Deus não acontecem no nosso tempo, mas sim no tempo d’Ele, na hora certa, na medida certa, como deve ser para cada um de nós.
Tudo dá certo da forma que combinamos lá no Terceiro Céu; façamos então a nossa parte muito bem-feita, com calma, confiantes em Deus.
Até a criação do mundo, perfeita como foi, não foi num único dia!
Por que não aprendemos a entender e esperar pelo “tempo de Deus”?
Deus não nos dá a resposta quando a queremos, mas sim quando estamos prontos para ouvi-la, para entendê-la.
Até a Natureza (que é Deus em manifestação) é calma, tranquila, não dá saltos, respeita cada momento.
Com confiança em Deus, no Seu tempo, fica tudo mais fácil.
O “tempo de Deus” é diferente do tempo cronológico, do tempo terrestre, do nosso tempo: “Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia” (IIPe 3:8).
A paciência, essa virtude, a espera pelo “tempo de Deus”, se bem cultivada, nos levará a alcançar outras qualidades espirituais.
Esperemos e confiemos no “tempo de Deus”!
Se ponderarmos sobre as carências humanas e paralelamente avaliarmos o que a Filosofia Rosacruz pode oferecer a cada indivíduo em termos de realização integral, admitiremos indubitavelmente, a missão transcendental a ser cumprida pela Fraternidade Rosacruz em um futuro não muito distante.
Que privilégio maravilhoso, o de penetrarmos no âmago, nas raízes mais profundas dos problemas humanos, identificando-lhes as causas e apontando as soluções! À medida que nos aproximamos da Era de Aquário, notamos aumentar o número de pessoas desejosas de conhecer verdades mais amplas. Insatisfeitas com as migalhas atiradas pelo mundo, desiludidas com o materialismo e ortodoxíssimo religioso, aspiram ansiosamente por um mundo novo. Mundo liberto das paixões e do orgulho intelectual, dos preconceitos anacrônicos e dos “ismos” cristalizantes.
Este é o mundo do futuro. Sua construção já foi iniciada. Seus alicerces já foram fincados. Falta erigir a Obra. A Fraternidade Rosacruz tem elaborado efetivamente este trabalho, tornando-se um dos arautos de uma Humanidade renovada. Desde a sua fundação não tem sido outra a sua meta.
Dediquemos-lhe uma parcela de nossas energias! Boa vontade é o requisito necessário! A Fraternidade Rosacruz espera contar com um mínimo de nosso empenho, retribuindo-nos com a suprema oportunidade de colaborar na construção de um mundo melhor.
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1. Pergunta: Se todo o desenvolvimento espiritual nosso começa no Corpo Vital, então, somente estando renascido aqui na Região Química do Mundo Físico é que temos a oportunidade de nos desenvolvermos espiritualmente (Digo isto, porque quando estamos vivendo nos Mundos espirituais, entre renascimentos, não temos o Corpo Vital)?
Resposta: Com certeza! Aqui é o baluarte da evolução. Se estamos renascidos, como agora, estamos na fase de “aprender e crescer” espiritualmente. Porque, quando estamos vivendo nos Mundos espirituais, estamos na fase de “assimilar e nos preparar” para o próximo renascimento.
2.Pergunta: A vítima de assassinato fica num estado de coma até o tempo em que a morte natural devia ocorrer?
Resposta: O estado que a vítima de assassinato fica é de uma inércia letárgica, que é um pouco diferente do conceito que utilizamos para o estado de coma atualmente, pois a palavra coma é utilizada no sentido de um estado de inconsciência do qual a pessoa não pode ser despertada; sendo que a manutenção da consciência depende de dois componentes neurológicos importantes: o córtex, a matéria cinzenta cerebral da camada mais externa do cérebro, e o sistema de ativação reticular ascendente. Veja que a vítima do assassinato já não tem mais essas partes do corpo para que possa ser trabalhada a fim de se atingir o estado de coma.
3.Pergunta: Por que alguns “mestres” hindus, que têm bastante conhecimento espiritual e inclusive parecem conhecer a Memória da Natureza (que chamam de Registros Akáshicos), dizem que algumas pessoas renascem alguns dias após a morte do corpo físico, quando viveram tudo o que deveriam viver e morreram de forma pacífica?
Resposta: Para um irmão e uma irmã que não alcançou o estágio de Iniciações dos Mistérios Maiores (Iniciações Cristãs) é impossível “renascer alguns dias após a morte do corpo físico”. Lembrando que as Escolas Orientais Ocultistas têm como objetivo levar o seu Estudante a atingir o nadir da materialidade, evento que nós – que renascemos no ocidente – já atingimos na Época Atlante. Os Ensinamentos espirituais que os irmãos e as irmãs das Escolas Orientais estão aprendendo agora são aqueles que tínhamos até a Época Atlante.
4. Cristo também é o Espírito planetário dos outros Planetas, como é da Terra?
Resposta: Não. Além do Planeta Terra, ele é o Regente do Sol.
5.Pergunta: Quanto tempo dura o Corpo Vital, depois que o corpo físico morre? Ele não persiste até a desintegração total do Corpo Denso, dissolvendo-se conforme o corpo material se dissolve? Se é assim, porque Max Heindel cita o caso — em “Filosofia Rosacruz em perguntas e respostas”, volume 2, pergunta 57 — de um homem que havia morrido há 20 anos e podia, pela união entre os Corpos Vital e de Desejos, manifestar-se facilmente?
Resposta: O tempo de decomposição do Corpo Vital depois da morte do Corpo Denso (rompimento do Cordão Prateado na união dos dois “6”) depende muito da sua composição na última vida. Quanto mais Éter Químico e de Vida ele tiver e, consequentemente, menos Éter Luminoso e Refletor, mais ele demorará se desintegrar. Eis porque o cemitério é um ambiente horrível para quem tem a visão etérica.
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, às 18h30, os Estudantes Rosacruzes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar, ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o Serviço de Cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura.
“Eu vos disse tais coisas para terdes paz em mim.
No mundo tereis tribulações, mas tende coragem: eu venci o mundo!”.
Jo 16:33
*Se você está doente e entende que precisa de ajuda, recorra ao Método de Cura Rosacruz, já utilizado por milhares de pessoas. O processo começa com o preenchimento de um Formulário que deve ser preenchido com caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA. As instruções detalhadas se encontram aqui: https://fraternidaderosacruz.com/category/cura/formulario-para-solicitacao-de-auxilio-de-cura-fraternidade-rosacruz/
**Se você conhece alguém que esteja doente e quer ajudá-la, comece por oficiar o Ritual Devocional do Serviço de Cura nas Datas de Cura.
As instruções detalhadas se encontram aqui:
Resposta. Não. A morte só será superada no Corpo Vital; a morte é meramente uma interrupção momentânea na consciência de alguém, enquanto ela é transferida de um mundo para outro: do Mundo Físico para o Mundo do Desejo. Quando tivermos desenvolvido nossos Corpos-Almas o suficiente para que nossa consciência se torne residente neles, então ela será contínua e não será interrompida pelo fim do Corpo Denso.
Para a maior parte da Humanidade isso não ocorrerá até a Sexta Época, que é chamada de Nova Galileia. Então a Humanidade estará em uma condição análoga àquela em que estava nos dias da Época Lemúrica primitiva, quando a consciência estava focada na Região Etérica do Mundo Físico e não estava consciente da morte do Corpo Denso. No entanto, na Sexta Época estaremos na fase ascendente desse Esquema de Evolução, em um estágio mais elevado do que estávamos nos dias da Época Lemúrica.
O Adepto já chegou a esse estágio. Ele aperfeiçoou seu Corpo Vital, na parte superior que é o Corpo-Alma, a tal ponto que ele pode funcionar nele conscientemente em todos os momentos; ele também adquiriu a habilidade de construir um novo Corpo Denso à vontade e entrar nele quando o velho Corpo Denso se desgastar ou quando ele desejar descartá-lo. Assim, o Adepto superou a morte. Mas note que isso não foi feito elevando as vibrações do Corpo Denso para imortalizá-lo.
Corpos Densos se desgastam, mesmo os dos Adeptos, e continuarão fazendo isso… Além do mais, não é desejável que eles sejam imortalizados. É muito melhor que, quando atingirmos um estágio mais elevado de evolução, transfiramos nossa consciência para Corpos Vitais, que são muito mais adequados para nossos propósitos do que Corpos Densos possam ser.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de março/1926 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
A Ordem Rosacruz consiste de doze Irmãos Maiores em torno de Christian Rosenkreuz e um desses Irmãos está especificamente ligado à Fraternidade Rosacruz, porque ela é uma Escola Preparatória para a Ordem Rosacruz, nos planos internos, especificamente, na Região Etérica do Mundo Físico.
É por isso que o Irmão Maior promove o desenvolvimento de “uma Mente Sã, um Coração Nobre e um Corpo São”, bem como um completo Treinamento Esotérico (ou Educação Esotérica) diário e o desenvolvimento de um Traje Dourado de Bodas, um Dourado Manto de Bodas, uma Vestimenta Dourada para o Casamento Místico entre o “Eu superior” e o “eu inferior”, o Soma psuchicon, que são os nomes para designar o Corpo-Alma, que é necessário à transição para uma vida consciente nos Mundos invisíveis. Por analogia, imaginem o Corpo-Alma como o “traje espacial do astronauta”. O seu corpo é utilizado para viajar em um campo diferente, um mar invisível de energia que nos rodeia, mas do qual temos pouca, ou até nenhuma, percepção.
Depois da Época Lemúrica (a terceira das sete Épocas do Período Terrestre), na Época Atlante (a quarta), quando a atmosfera tinha muita névoa e nós respirávamos com alguns órgãos que se assemelhavam às guelras como dos peixes, nós precisávamos construir os pulmões para nos preparar para a Época Ária (a atual, a quinta). A água da atmosfera, por meio de inundações, foi transformada em oceanos e assim começamos a respirar o ar fresco da nova atmosfera seca. As inundações ocorreram em série; não houve apenas uma inundação, mas um grande número delas durante um período de tempo excecionalmente longo. O último dilúvio ocorreu aproximadamente há de 10.000 anos, quando o Sol atravessava, por Precessão dos Equinócios, o Signo de Câncer.
Assim, os seres humanos que conseguiram construir os pulmões para respirar na nova atmosfera da Época Ária foram os pioneiros dessa Época. Eles se reuniam e subiam para as terras altas, acima das brumas e da água, e já tinham desenvolvido pulmões e podiam respirar o ar rarefeito. Mas os seres humanos que viviam nas terras baixas ainda estavam na atmosfera aquosa e tinham que aprender a construir pulmões, porque ainda respiravam por meio daqueles órgãos semelhantes às guelras. Quando as várias séries de cheias se tornaram pouco frequentes, aqueles que não tinham pulmões não conseguiram sobreviver e ficaram atrasados, conseguindo construir os pulmões muito tempo depois. Atualmente, ainda temos 85% de água nos nossos Corpos Densos, mas quando entrarmos na Era de Aquário, daqui a uns 500 anos, aproximadamente, a água vai evaporar e será substituída por Éteres. Aqueles que não treinaram seus Corpos Vitais não serão capazes de sobreviver na atmosfera etérica mais elevada da Era de Aquário. Portanto, é importante que desenvolvamos nossos Corpos-Alma agora!
Os Irmãos Maiores fornecem Treinamento Esotérico (ou Educação Esotérica) para cada geração de Aspirantes à vida superior que já compreenderam a necessidade urgente de desenvolver, treinar e funcionar consciente em um Corpo-Alma. Os Irmãos Maiores trabalham muito para superar os efeitos destrutivos do materialismo, da nacionalidade, do racismo, da ganância, do poder mundano, da fama mundana, do foco somente nas coisas materiais, do egoísmo e do pensamento negativo. Todas as noites, à meia-noite, eles realizam um serviço no Templo da Ordem Rosacruz que fica na Região Etérica do Mundo Físico. Atraem todo o tipo de energia negativa para transmutar em amor puro, benevolência, altruísmo, positivismo e elevada aspiração espiritual, que depois enviam de volta ao mundo para elevar e encorajar todo tipo de bem. Se não fossem as suas poderosas vibrações espirituais, as forças do materialismo já teriam esmagado os esforços espirituais.
Por isso é imperativo que nós, Estudantes Rosacruzes e Aspirantes à vida superior, os ajudemos, aprendendo a fazer este trabalho, ou seja, praticando no nosso dia-a-dia os Ensinamentos Rosacruzes que eles disponibilizaram para quem quiser. Por isso, sempre que notarmos um pensamento negativo em nós, temos que parar e pensar sobre isso. Precisamos fazer uma retrospectiva e ver como podemos agir de maneira diferente, dando ênfase ao que é mais construtivo. Quando nos deparamos com situações em que as pessoas nos causam mal e começamos a nutrir ressentimentos e sentimentos negativos, temos que olhar para isso também, porque, de qualquer forma, isso nos deixa doentes ou enfermos. Não só destrói os nossos Éteres, como também queima a nossa energia interior; por isso é importante aprender a perdoar, aprender a praticar os princípios de Cristo, porque todos esses são princípios alquímicos que transformam as energias internas e externas. Tudo que fazemos tem efeito. Se temos um pensamento, ele afeta nossas funções internas e, também, o nosso ambiente. Afeta a nossa aura, claro, mas também o solo e as energias à nossa volta; além disso, afeta as outras pessoas.
O mesmo acontece com os nossos sentimentos. Se temos sentimentos negativos em relação a coisas com as quais temos dificuldade em lidar emocionalmente, temos que nos concentrar nelas para tentar encontrar uma solução, uma forma de transmutar esses sentimentos negativos em algo mais construtivo. É o trabalho da alquimia, um processo consciente que exige certa dose de esforço.
Isso também é válido para nossas intenções, os nossos motivos. Quais são os nossos motivos? São universais? Estamos tentando fazer algo de bom para o todo? Ou apenas nos limitando a nós próprios, querendo unicamente nos ajudar? Se for esse o caso, temos que analisar a nossa conduta, porque estamos todos no mesmo barco — aqui, neste Planeta – e tudo que fazemos afeta todos os outros.
Se começarmos a gerar pensamentos positivos, emoções, sentimentos e desejos positivos, intenções positivas e, consequentemente, gerarmos ações e obras positivas, mudaremos o nosso Planeta e vamos torná-lo um mundo melhor para todos. Não só precisamos nos esforçar para praticar essa filosofia positiva, mas também temos que ensiná-la ao mundo.
Ao contrário de muitos que vemos por aí, nós da Fraternidade Rosacruz não fazemos proselitismo. Tudo que fazemos e temos que fazer é ser um exemplo daquilo em que acreditamos. Quando mostramos, pelas nossas próprias obras, os princípios da nossa Filosofia Rosacruz, estamos de fato ensinando. Devemos ser os exemplos vivos daquilo em que acreditamos. Devemos educar o mundo sobre como viver a vida, um modo de vida positivo que a ninguém prejudica, que respeita toda forma de vida, que nutre o nosso Planeta, que protege os nossos recursos e que ama e respeita os nossos irmãos e as nossas irmãs. Quando digo irmãos e irmãs, não me refiro apenas aos irmãos e às irmãs humanos. Eu me refiro também aos nossos irmãos menores, os animais, ao nosso respeito pelo Reino de Vida vegetal e pela própria crosta e atmosfera da Terra, o Reino de Vida mineral. Temos que pôr em prática o princípio cósmico do amor e da compaixão universais que Cristo nos deu há mais de dois mil anos. À medida que a Era de Aquário desponta na Terra, uma Era Dourada de vida consciente e luz espiritual, aboliremos todas as guerras e eliminaremos as doenças enfermidades. As pessoas de boa vontade partilharão o amor e a paz duradoura.
É nossa responsabilidade cuidar do Planeta e dos seus habitantes; somos os guardiões dos nossos irmãos e das nossas irmãs. Devemos praticar o amor tal como ensinado por Cristo Jesus, de fato e em verdade, e não apenas em palavras: devemos lutar pela Fraternidade Universal.
(de uma exposição na Pró-Ecclesia em novembro/2009 – The Rosicrucian Fellowship e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP- Brasil)
É extremamente importante perceber que a Astrologia não nos mostra o que e onde estamos. Tudo o que a Astrologia nos mostra são as forças com as quais temos que trabalhar e os problemas que enfrentaremos na vida.
O que fazemos com estas forças e se resolvemos estes problemas de forma construtiva depende de como exercemos o nosso livre arbítrio, o que não é mostrado no horóscopo.
No Livro “A Mensagem das Estrelas – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz”, no Capítulo 2[1], se observa que se um astrólogo quiser ler um horóscopo com precisão, ele deve conhecer o estado de evolução espiritual do indivíduo. Pessoas com diferentes graus de evolução espiritual podem responder de maneira diferente a qualquer conjunto de forças astrológicas.
Certa vez, um astrólogo francês fez uma experiência em que reuniu os horóscopos de vários criminosos presos e os misturou com os horóscopos de várias outras pessoas e depois perguntou a alguns astrólogos para dizer quais eram os criminosos e quais eram as outras pessoas. Os astrólogos não foram capazes de fazê-lo. A razão pela qual os astrólogos não foram capazes de fazer isso é que, para qualquer conjunto de forças astrológicas, algumas pessoas podem agir como folhas sopradas pelo vento e cair no potencial armadilhas indicadas, e outros podem exercer a sua sabedoria e a sua vontade e usar as forças de forma construtiva.
Com o exercício da sabedoria e da força de vontade, os problemas da vida podem ser resolvidos e as forças nas Quadraturas e Oposições podem ser usadas de forma tão construtiva quanto as forças nos Sextis e Trígonos.
Conheci pessoas principalmente com Sextis e Trígonos, e apenas uma ou duas Quadraturas ou Oposições, que estavam bagunçando suas vidas. Conheço outras pessoas que têm muitas Quadraturas e Oposições, que ganharam o controle de suas vidas e estão vivendo de forma construtiva.
Quando o horóscopo mostra problemas, a pessoa, se quiser, saberá que através de suas ações em vidas passadas acumulou esta pesada dívida (que nada mais são do que lições não aprendidas nessa Escola da Vida) que deve ser paga (lição aprendida) em algum momento.
Suponha que uma criança trouxe algum dever de casa da escola. Se os pais virem o dever de casa, que conclusões tirarão? Eles presumirão que a criança foi reprovada em algum teste e recebeu essa lição de casa como trabalho corretivo? Eles presumirão que esse dever de casa é apenas parte do processo de aprendizagem atribuído a todos os alunos da turma? Ou irão presumir que a criança está à frente do resto da turma e realizou algum trabalho extra? Obviamente, apenas ver os trabalhos de casa não é suficiente para dizer aos pais as razões da lição de casa e qual suposição está correta.
O horóscopo mostra os problemas de “lição de casa” que devemos resolver nesta vida. Não deveríamos fazer suposições sobre se estes são problemas antigos que não conseguimos aprender anteriormente ou se são novos desafios que estão a nos ajudar a desenvolver força espiritual. Somente quem investigou diretamente as vidas passadas de um indivíduo pode fazer qualquer afirmação sobre se os problemas que enfrenta são antigos ou novos.
Além disso, as pessoas precisam ter cuidado ao fazer declarações sobre essa pesada dívida (repetimos: que nada mais são do que lições não aprendidas nessa Escola da Vida). Na retrospectiva post mortem, todas as dívidas de sofrimento são “pagas” integralmente, resultando na consciência que orienta na próxima vida a testar se realmente aprendeu a lição. Se, através de nenhuma por culpa própria nesta vida, uma pessoa experimenta sofrimento, as possíveis causas são:
1) A pessoa tem alguma lição para aprender ou alguma força espiritual para desenvolver a partir desta experiência ou;
2) a pessoa pode ser atormentada por outra pessoa que esteja exercendo seu livre arbítrio. Quando for esse o caso, o algoz sofrerá por sua indiscrição no Purgatório. Sem a visão espiritual não podemos dizer qual destas explicações é aplicável ou se ambas são aplicáveis num determinado caso.
(de Elsa Glover, publicada na Revista Rays from the Rose Cross de julho-agosto/2003 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
[1] N.T.: CAPÍTULO II – O GRAU DE SUSCETIBILIDADE ÀS VIBRAÇÕES ASTRAIS
Quando julgamos um horóscopo, é de suma importância que levemos em consideração a posição social e etnológica do indivíduo, pois configurações de grande importância no horóscopo de um caucasiano instruído podem significar pouco ou nada no horóscopo de um trabalhador nativo não qualificado chinês, e vice-versa. Esquecer tal fator nos levaria, inevitavelmente, a conclusões falsas, como nós explicaremos a seguir.
É uma máxima mística que quanto mais baixo um indivíduo estiver na escala da evolução, mais certamente ele responderá aos raios astrais, e, inversamente, quanto mais elevado um indivíduo na escala da realização, mais ele conquistará e governará suas estrelas, se libertando da dependência ou tutela das Hierarquias Divinas. Esse jugo, contudo, não foi imposto ao ser humano para refreá-lo desnecessariamente, mas do mesmo modo que impedimos uma criança, na nossa vida cotidiana, de fazer coisas que desconhece, e que poderiam machucá-la ou talvez invalidá-la por toda a vida, também somos contidos pelas Hierarquias Divinas por meio dos Aspectos entre os Astros, de modo a não nos machucarmos além do que possamos nos recuperar nas experiências da vida.
Contudo, juntamente com essa a orientação, existe, é claro, certo grau de livre arbítrio, o qual cresce à medida que evoluímos. Entre nós, a criança possui, na verdade, pouquíssimo livre arbítrio, estando sujeita não somente aos seus pais, mas também aos empregados da casa, e a todos a quem esteja relacionada, todo o mundo a controlando para o próprio bem dela. À medida que a criança cresce, esse cerceamento vai se moderando pouco a pouco, até que, com o passar dos anos, a criança aprenda a exercitar esse seu livre arbítrio. Esse método é seguido pelas Hierarquias Divinas, no caso do ser humano. Na sua infância a Humanidade foi totalmente guiada pelas regras Divinas, sem exercitar nenhum Arbítrio; “Portanto, deverás fazer isto, ou não fazer” eram as ordens impostas a ela, e que deviam ser implicitamente obedecidas, caso contrário, o descontentamento Divino seria, imediatamente, mostrado por meio de manifestações enérgicas como um recurso para impressionar a Mente da Humanidade infantil, tais como: raios, trovões, terremotos e ocorrências de grandes pragas. Isso ocorria para a orientação coletiva da Humanidade; para repressão individual havia as leis, os mandamentos e as regras rígidos. Tributos deviam ser pagos continuamente ao Líder Divino e oferecidos no altar como sacrifícios, e para cada infração à lei um determinado sacrifício de bens materiais devia ser feito. Temor era a nota-chave dominante daquela Dispensação, pois “O começo da sabedoria é o temor do Senhor Deus” (Prov 9:10). Esse regime prosseguia sob as condições astrais de Marte e da Lua. Marte, sendo o lar dos Espíritos Luciferinos dominantes, dava à Humanidade a energia necessária para que a evolução pudesse ser realizada; essa energia marciana era da maior importância, particularmente, é claro, nos estágios iniciais. A Lua, que é o lar dos Anjos, sob o Divino Líder deles Jeová, deu à Humanidade em sua infância aquele cérebro-mente como de criança, que é passível de ser governado e se curva facilmente perante a autoridade.
Esses dois Astros com Saturno eram os únicos raios astrais que afetavam a Humanidade como um todo durante a Época Lemúrica, de modo que, se se levantasse um horóscopo para qualquer pessoa naquele tempo, seria desnecessário considerar outros Astros, pois ela não podia responder aos seus raios. Mesmo hoje, uma grande parte da Humanidade ainda não evoluiu muito além daquele ponto. Uma grande classe, particularmente entre aquelas que chamamos de “raças inferiores”, e mesmo as classes mais baixas do nosso mundo ocidental, são dominadas, principalmente, por esses raios astrais. Sob seus impulsos essas duas classes atuam com infalibilidade automática em uma maneira específica, de forma que é possível predizer exatamente o que farão sob determinados Aspectos desses Astros, porque elas vivem inteiramente em suas emoções e raramente, se tanto, são suscetíveis às vibrações intelectuais de Mercúrio. Elas nem podem apreciar as emoções tais como as expressas por Vênus ou pela sua oitava, Urano; tais pessoas respondem somente à natureza inferior, às paixões animais. Movem-se sob os impulsos de Marte e da Lua, com respeito ao sexo e à subsistência. Seus prazeres são da natureza a mais baixa e mais sensual. Elas vivem como animais em bando no físico, e seus credos é “comer, beber e se divertir”. Seus desejos são dirigidos principalmente para “vinho e amores”, pois ainda não despertaram para o encanto da música; nem a beleza teve ainda a oportunidade para encantar o coração selvagem, nesse estágio de desenvolvimento, porque isso provém dos raios de Vênus, que estão além dessas pessoas. Em tal estágio, a mulher é apenas um animal de carga e uma conveniência para o homem.
Enquanto isso o “Pai Tempo”, representado pelo Planeta Saturno, marca a contagem e brande sobre elas o açoite da necessidade, a fim de impeli-los para frente, nesse caminho evolutivo, retribuindo a cada um, na época da colheita entre vidas, com os frutos de seu trabalho. Quando o ser humano já cultivou as rudes virtudes de bravura, resistência física, etc., sonha na existência post-mortem com novos campos para conquistar, e vê onde fracassou, e a razão de seus desejos frustrados por falta de ferramentas. Gradualmente, o raio marciano construtivo e a destreza de Saturno fertilizam o cérebro lunar que ele está construindo, de maneira que, com o tempo, aprende a fazer as toscas ferramentas necessárias à realização de suas ambições primitivas. Mesmo atualmente vemos os mesmos traços de caráter hábil, as mesmas técnicas primitivas manifestadas nas “raças inferiores” e por meio delas, com o propósito de irrigar a terra, extrair minério ou moer grãos. Todos aqueles primeiros instrumentos resultaram dos raios astrais de Saturno, da Lua e de Marte, influenciando o cérebro primitivo da Humanidade infantil.
Um pouco adiante no caminho evolutivo, na Época Atlante, os Senhores de Vênus e os Senhores de Mercúrio vieram a Terra com o objetivo de dar um impulso no desenvolvimento mental e emocional. A tarefa de Vênus era combater as emoções inferiores e elevar a rude paixão animal de Marte ao mais terno e mais belo amor de Vênus. Devia acrescentar beleza à força, e para alcançar aquele ideal, os Senhores de Vênus estimularam as artes plásticas, a pintura e a escultura. Tais artes não eram ensinadas aos seres humanos comuns daquela época; os ideais que precisam ser desenvolvidos numa raça são sempre ensinados primeiramente aos mais avançados, em um templo de mistério, e, naquela época, a Iniciação não incluía instrução espiritual, mas consistia em educação nas artes liberais (compostas da lógica, gramática, retórica e da aritmética, música, geometria, astronomia.). A escultura ensinava como o belo pode ser incorporado à forma física. Chamava a atenção para o corpo, e tornava um ideal as suaves linhas curvas. O resultado está agora incorporado ao nosso próprio corpo, pois, compreenda-se bem, numa escola de mistério um ideal não é ensinado hoje simplesmente para ser esquecido amanhã ou na geração seguinte, mas ideais são inculcados para que, com o tempo, eles se tornem parte da própria vida, da alma e corpo de uma raça. Compare o corpo de raça do ser humano civilizado moderno com o do indiano, do australiano, do hotentote (Povo da África ao norte do Rio Orange), etc., e verá que nele a beleza foi de fato acrescentada à força.
Pode-se argumentar que estamos degenerando, se comparados ao que mostram as Artes Helênicas, mas isso positivamente não está acontecendo, mesmo porque ainda não alcançamos esse ideal tão elevado. Na Grécia antiga os templos de mistério ocupavam uma posição muito mais proeminente do que hoje; a forma bonita era idolatrada em detrimento da Mente, não obstante se constatar o fato de que a Grécia teve um Platão e um Sócrates. Os Senhores de Mercúrio, que tinham a incumbência de desenvolver a Mente à época em que os Senhores de Vênus exerciam sua grande influência sobre as emoções, não foram então capazes de causar uma impressão universalmente forte na Humanidade primitiva. Sabemos muito bem que mesmo hoje é difícil pensar, ao passo que é fácil se entregar às emoções. Hoje em dia, a classe média do ocidente está muito mais adiantada do que os Gregos antigos, em virtude da influência desses dois raios planetários em nossas vidas. A mulher, naturalmente, sobressai na faculdade altamente imaginativa de Vênus, devido à sua participação na função criadora, que ajuda a moldar o corpo da raça. Por isso, a sua silhueta possui as curvas graciosas que naturalmente expressam a beleza, ao passo que o homem possui um intelecto de conhecimento mundano, estimulado pelos Senhores de Mercúrio, que é o expoente da razão e o agente criador do progresso físico no trabalho do mundo.
Sempre almejamos, admiramos e aspiramos àquilo que nos falta. Nos dias de selvageria, quando golpes e pontapés era seu pagamento diário, a mulher ansiava pelo carinho de seu senhor. O raio de Vênus lhe deu a beleza e a fez adepta dos artifícios femininos que conquistaram o coração masculino, de modo que agora o homem desempenha o papel de protetor sob o pretexto de que a mulher não é mentalmente competente; entretanto, ele está se tornando aquilo que admira nela; ele está mais gentil e afável. Vênus está conquistando Marte, mas a ilusão da superioridade intelectual de Mercúrio precisa de outra influência para conquistá-lo. Agora, a mulher está suprindo isso, por meio de sua aspiração. Do mesmo modo que ela dominou a brutalidade marciana através da beleza de Vênus, assim também ela vai se libertar da escravidão mercuriana pela intuição uraniana.
Para o ser humano primitivo, impelido pelo aguilhão da necessidade saturnina, quando não pela luxúria e pelas paixões animais de Marte e Lua, o mundo parece sombrio. O medo é a palavra-chave de sua existência: o medo dos animais; o medo dos outros seres humanos; o medo das forças da natureza; medo de tudo ao seu redor. Ele precisa estar sempre atento e em alerta; a vigilância é eternamente o preço da sua segurança. Contudo, quando a evolução o torna mais sensível às influências de Vênus e Mercúrio, estes abrandam suas emoções e clareiam sua mentalidade; ele começa a olhar o amor e a razão como fatores na vida. O Sol também começa a iluminar sua visão da vida, e o brilho na natureza do ser humano, durante essa fase evolutiva, parcialmente dispersa as sombras de Saturno. Assim, gradativamente, à medida que o ser humano evolui e se torna mais sensível à música das esferas, na harpa celestial uma corda após outra toca um acorde semelhante na alma humana e a faz sensível às suas vibrações, de forma que, do mesmo modo que um diapasão, quando tocado, desperta a música em outros diapasões do mesmo tom a uma distância razoável, assim também os Planetas em nosso Sistema Solar, na sucessão evolutiva, tocaram vários acordes que encontraram eco no coração humano.
No entanto, as cordas da Lira celestial de Apolo não estão todas em harmonia. Algumas se encontram em verdadeira dissonância, de maneira que, enquanto o ser humano responde a algumas, ele permanece necessariamente, pelo menos em parte, indiferente às outras. De fato, antes de poder responder, perfeitamente, aos raios de Vênus, é necessário que o ser humano domine Marte em um grau considerável e mantê-lo sob controle, de maneira que alguns indesejáveis traços marcianos de sua natureza sejam suplantados, enquanto outros, que possam ter valor, sejam preservados. O amor de Vênus, que tudo deseja àqueles que ama, não pode conviver lado a lado no coração com o raio de Marte, que requer todas as coisas para si próprio. Por conseguinte, o ser humano primitivo precisa aprender a se dominar, em certa medida, a fim de poder se tornar o mais civilizado ser humano da família dos tempos modernos. Sob os desenfreados e apaixonados raios de Marte e da Lua, os pais põem crianças no mundo e as deixam entregues a si mesmas, quase como fazem os animais, já que são produtos da paixão animal. As fêmeas são compradas e vendidas como um cavalo ou uma vaca, ou são tomadas à força. Até mesmo em tempos mais recentes, já na obscura época medieval, o cavaleiro costumava, muitas vezes, tomar sua noiva pela força das armas, praticamente do mesmo modo que, entre os animais, os machos lutam pela posse da fêmea nos períodos de acasalamento.
Vemos, então, que o primeiro passo rumo à civilização exige que o ser humano domine um ou mais dos Planetas, pelo menos até certo ponto. A paixão desenfreada, como a gerada pelos raios do primitivo Marte, não é mais permitida sob o regime da civilização moderna, nem é mais admissível o princípio de que “força é direito”, exceto nas guerras, quando voltamos ao barbarismo. A qualidade da bravura física de Marte, que, em certo período, era tida como uma virtude para atacar a outros e roubar propriedades, não é mais admirada no indivíduo. Ela é punida de diversos modos, de acordo com a lei, embora seja ainda válida quando se trata de nações que entram em guerra, as quais agem sob esse impulso primitivo com propósitos de expansão territorial. Contudo, como dissemos, Marte foi dominado em grande parte na vida civil e social para que o amor de Vênus pudesse tomar o lugar da paixão de Marte.
Como dissemos acima, os filhos do ser humano primitivo eram deixados entregues a si mesmos, tão logo houvessem aprendido a se defender nas lutas físicas. Com o advento de Mercúrio, outro método foi introduzido. A batalha da vida hoje em dia não é mais travada somente com armas físicas. O cérebro, mais do que os músculos, determina o sucesso. Consequentemente, o período de educação foi sendo dilatado à medida que a Humanidade avançava, visando principalmente uma realização mental, pois os raios de Mercúrio acompanham o desenvolvimento de Vênus na civilização moderna. Assim, o ser humano vê a natureza de um prisma mais iluminado quando aprende a responder ao Sol, a Vênus, Mercúrio, Marte, Lua e Saturno, mesmo que em grau muito reduzido.
Contudo, embora esses vários estágios da evolução tenham, gradualmente, submetido o ser humano ao domínio de um número de raios astrais, o progresso foi unilateral, pois esse domínio fomentou apenas os interesses em coisas sobre as quais ele tem direito de propriedade: seu negócio, sua casa, sua família, seu gado, sua fazenda, etc., tudo de vital importância e precisando de cuidados. Suas posses devem ser aumentadas, se possível, não importando o que aconteça aos bens, à família, etc., dos outros, que absolutamente não lhe interessam. Entretanto, antes que possa alcançar um estágio mais avançado de evolução, é necessário que esse desejo de se apoderar das terras e de retê-las para si, deva dar lugar a um desejo que beneficie seus semelhantes. Em outras palavras, o Egoísmo deve dar lugar ao Altruísmo, e assim como Saturno, brandindo sobre ele o açoite da necessidade em seus dias primitivos, trouxe-o até seu atual estágio de civilização, do mesmo modo também Júpiter, o Planeta do altruísmo, está destinado a erguê-lo da condição de ser humano à condição de “super-homem”, onde ele estará sob o raio de Urano, no que tange à sua natureza emocional, quando a paixão gerada por Marte será substituída pela Compaixão e quando a consciência infantil de origem lunar será substituída pela consciência cósmica do raio netuniano. Portanto, o advento do raio jupteriano em nossa vida marca um avanço muito destacado no desenvolvimento humano. Conforme nos ensina o livro O Conceito Rosacruz do Cosmos (Você pode obter uma cópia digital desse livro, de graça, aqui no nosso site: www.fraternidaderosacruz.com), estamos a ponto de avançar do nosso atual Período Terrestre para o Período de Júpiter e, entretanto, o raio jupteriano marca aquele estágio elevado de altruísmo, que será então um fator proeminente em nossas relações mútuas; e será compreendido de imediato que, antes de podermos realmente responder aos raios de Júpiter, precisamos cultivar o altruísmo a um tanto e dominar o Egoísmo proveniente da força racional de Mercúrio. Aprendemos a dominar algumas das influências de Marte e da Lua, mas podíamos também ter aprendido a dominar algumas das influências inferiores de Mercúrio e Vênus, pois quanto mais as dominarmos, mais capazes seremos de responder às forças vibratórias superiores que emanam desses Astros; sim, se nos esforçarmos com afinco, um dia seremos capazes de dominar até mesmo a influência mais elevada do amor de Vênus, que sempre se prende a um objeto possuído por nós. Amamos nossos filhos porque são nossos; amamos nossos maridos e esposas porque nos pertencem; orgulhamo-nos – orgulho venusiano – de suas características morais – orgulho mercurial – de suas realizações, embora Cristo estabeleceu uma norma mais elevada: “Se alguém vem a mim e não deixe seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14:26). A ideia de que devemos negligenciar nossos pais e mães, ou de que devemos odiá-los para podermos segui-Lo, esteve longe de passar pela Sua Mente, é claro, mas pai e mãe são apenas corpos; a alma que habita o corpo de seu pai e de sua mãe é que deve ser amada, não o simples invólucro físico. Nosso amor deveria ser o mesmo, seja a pessoa velha ou jovem, feia ou bonita. Devemos buscar a beleza da alma, buscar o relacionamento universal entre todas as almas, sem que importe tanto o relacionamento entre os corpos. “Quem são minha mãe e meus irmãos?” (Mt 12:48), disse Cristo, e apontou para seus Discípulos, aqueles que eram um só com Ele em Sua grande obra. Com efeito, eles estavam mais perto d’Ele do que qualquer irmão poderia estar, em virtude do mero relacionamento físico. Essa atitude constitui um passo adiante em relação ao amor de Vênus, que enfatiza os invólucros físicos dos entes amados e não considera a alma que está em seu interior. Por outro lado, o amor jupteriano reconhece somente a alma, independentemente do corpo que ela usa. A fase mercurial ou racional da mentalidade também é modificada em razão da sensibilidade ao altruístico Júpiter. E aqui o cálculo frio fica fora de cogitação. Aquele que sente o raio expansivo de Júpiter é generoso em tudo, do princípio ao fim, permanentemente, generoso no que se refere às suas emoções, ao seu amor, generoso no que diz respeito a todas as coisas do mundo. “Uma pessoa jovial” é uma expressão adequada. Ele é sempre bem-vindo e amado por todos aqueles que encontra, porque não irradia o Egoísmo comum, mas o desejo de beneficiar os outros, que em nós desperta uma sensação de confiança, sensação diametralmente oposta àquela que sentimos, instintivamente, quando entramos em contato com uma pessoa Saturno-Mercúrio.
É uma questão de experiência real para os astrólogos dotados com a visão espiritual que os raios astrais de cada pessoa produzem certas cores em sua aura, além da cor básica que identifica a “raça” à qual o indivíduo pertence. O ser humano com os pobres e doentios tons azuis da combinação Saturno e Mercúrio deve ser digno de compaixão e não censurado, pela avareza e melancolia que são sua constante atitude mental; ele vê tudo no mundo através do espelho áurico que ele criou ao seu redor; ele sente que o mundo é frio, duro e Egoísta, e que, portanto, é preciso que ele seja ainda mais Egoísta e frio, a fim de se proteger. Por outro lado, quando vemos o divino raio azul de Júpiter, tingido talvez com o delicado ouro da natureza uraniana, percebemos o quanto a visão de tão nobre indivíduo é diferente do modo sórdido com que o outro vê as coisas. Mesmo os que possuem a mais fraca tonalidade jupteriana estão num mundo repleto do brilho do sol, de flores desabrochando, vendo o todo da natureza colorido e alegre. E, ao contemplarem o mundo através dessa atmosfera, eles atraem de outras fontes uma resposta semelhante, do mesmo modo que o diapasão, já mencionado, faz vibrar outro diapasão do mesmo tom.
Depois do que foi dito, não será difícil compreender que as características uranianas, nas quais o amor se converte em compaixão, proporciona uma sabedoria que não depende da razão; um amor que não se prende a um objeto único, mas inclui tudo o que vive, se move e tem o seu ser com características semelhantes às que serão desenvolvidas pela Humanidade durante o Período de Vênus (o sexto Período nesse Esquema de Evolução. Veja nesse Livro, Conceito Rosacruz do Cosmos, mais detalhes), quando o amor perfeito substituirá todo o medo, quando o ser humano dominará todos os aspectos inferiores de sua natureza, e o amor será tão puro quanto é universal o seu alcance.
Quando essas vibrações uranianas são sentidas por antecipação na vida superior por meio da aspiração, há o grande perigo de rompermos os grilhões da lei e do convencionalismo, antes de estarmos realmente preparados para nos governar segundo a lei do divino Amor; de desrespeitarmos as leis que são do mundo; de não darmos “a César o que é de César”, em obediência ou dinheiro; de não sermos cuidadosos em evitar a presença do mal; de pensarmos que já superamos, em muito, o estágio da Humanidade comum; que podemos viver como super-humanos; de que a paixão de Marte, em nosso caso, se converta em compaixão uraniana, que é assexuada. Com tais equívocos, muitas pessoas, que se esforçam em seguir o caminho, desprezam as leis do Matrimônio, passando a se relacionar como almas gêmeas e afinidades. Elas sentem o raio uraniano, mas não podem responder totalmente à sua sublime pureza e, portanto, experimentam uma falsa sensação venusiana que normalmente termina em adultério e perversão sexual, de modo que, em vez da natural paixão animal de Marte, ela se transmuta na compaixão de Urano, e, de fato, degenera em algo muito pior que a completa expressão sexual dos raios marcianos, levada a efeito de maneira franca e apropriada. Esse é um perigo que não se pode evitar completamente e compete a cada um, que se esforça em viver a vida superior, não tentar almejar os raios uranianos até que esteja, primeiro, completamente imbuído das vibrações altruísticas de Júpiter, pois aqueles que têm aspirações elevadas e que depois caem, trazem mais desgraça para o mundo do que aqueles que não almejam o suficiente. “O orgulho vem antes da queda” é um provérbio antigo e muito verdadeiro, que cabe a cada um de nós guardar de cor. Cristo participou das bodas de Canaã. O Matrimônio é uma instituição Cristã regular, e deve existir até que seja abolido no reino que há de vir; lá nossos corpos não se desgastarão, pelo que não mais haverá necessidade do Matrimônio para gerar outros novos corpos.
Que seja também entendido que o ministro que realiza o Matrimônio não pode realmente casar as pessoas, portanto, a presença da harmonia básica para o verdadeiro Matrimônio deve ser determinada antes da cerimônia do Matrimônio.
Como vimos acima, Marte, Vênus e Urano marcam três estágios no desenvolvimento emocional do ser humano. Durante o estágio em que ele é suscetível somente à Marte, a paixão animal reina suprema, e ele busca, desenfreadamente, a gratificação de todos os seus desejos inferiores na relação sexual com o semelhante, principalmente com o sexo oposto; durante o estágio em que se torna suscetível aos raios de Vênus, o amor lhe abranda a brutalidade dos desejos, e as paixões animais são, de algum modo, controladas; sob as influências superiores desse Planeta, ele se dispõe até mesmo a se sacrificar a si próprio e aos seus desejos para o bem e o conforto daqueles a quem ama. Quando evoluiu ao ponto em que pode sentir os raios de Urano, a paixão de Marte se volta, gradativamente, para a compaixão; aqui o amor de Vênus, que é dirigido somente a uma pessoa em particular, se torna tão abrangente que abarca toda a Humanidade, não importando o sexo ou qualquer outra distinção, pois se trata do divino amor de alma para alma, o qual está acima de todas as considerações materiais de qualquer natureza.
A mentalidade também evolui através de três estágios, de acordo com a suscetibilidade da pessoa às vibrações da Lua, de Mercúrio e de Netuno. Enquanto o ser humano for susceptível apenas à influência lunar, será como uma criança, facilmente guiada pelos poderes superiores que o conduzem através dos vários estágios mencionados nos capítulos anteriores. Sob o raio planetário de Mercúrio, ele desenvolve, gradualmente, seus poderes intelectuais e se converte em um ser racional. E, como tal, é posto sob a Lei de Causa e Efeito, e considerado responsável por suas próprias ações, de maneira que pode colher o que semeou e, assim, aprender as lições que a vida humana tem para lhe ensinar no atual regime. Sendo inexperiente, comete erros em quaisquer das direções indicadas pelas aflições de Mercúrio em seu horóscopo e, consequentemente, sofre a correspondente punição em sofrimento e dificuldades. Se não tiver inteligência para raciocinar sobre a conexão entre seus erros e as tristes experiências consequentes deles durante sua vida, o panorama de vida que se desenrola no estado post-mortem torna isso claro, e deixa com ele uma essência de “sentimento correto”, conhecida como “consciência”.
Essa consciência o impede de repetir erros passados, já que o sentimento gerado se torna bastante forte para contrabalançar uma tendência a ceder à particular tentação que causou seu sofrimento. Assim, o indivíduo, gradativamente, desenvolve uma consciência espiritual que está acima e além do raciocínio humano, mas a qual, não obstante, também está conectada à razão e, de tal modo que quando o resultado é alcançado, o ser humano que possui essa Consciência Cósmica sabe por que este fato é e deve ser assim, ou porque deve executar uma certa ação. Essa Consciência Cósmica é desenvolvida sob o raio de Netuno, e difere daquele correto sentimento intuitivo desenvolvido sob o raio de Urano no fato muito importante de que, ainda que a pessoa que desenvolveu a qualidade intuitiva de Urano chegue à verdade instantaneamente, sem necessidade de pensar e raciocinar sobre o assunto, ela é incapaz de dar qualquer coisa além do resultado, isto é, não consegue conectar as várias etapas da sequência lógica, por meio das quais o resultado final foi alcançado. Todavia, o ser humano que desenvolve a faculdade de neptuniana também tem a resposta imediata para qualquer pergunta, e é capaz de dar a razão pela qual aquela é a resposta adequada e certa.
A faculdade da intuição, construída desde a base da paixão marciana, através do estágio do amor venusiano e do raio da compaixão uraniano, depende da capacidade da pessoa envolvida para sentir muito intensamente. Pelo amor e pela devoção, o coração se sintoniza com todos os outros corações do universo, e, desse modo, conhece e sente tudo o que pode ser conhecido e sentido por qualquer outro coração no universo, compartilhando assim da omnisciência divina que une Nosso Pai no Céu a Seus filhos, e por meio do toque direto que vai de coração a coração com aquela omnisciência, a pessoa obtém as respostas de todos os problemas com que se depare.
Os seres humanos mais nobres de todos os tempos, os santos Cristãos da mais transcendente espiritualidade, alcançaram seu maravilhoso desenvolvimento por meio dos raios espirituais desse Planeta, em virtude do intenso sentimento de Unidade com o divino e com tudo que vive e respira no universo.
Mas há outros que não são assim constituídos, não sendo, pois, capazes de trilhar aquele caminho. Esses, por meio da Lua, de Mercúrio e de Netuno, desenvolveram seu intelecto e alcançaram os mesmos resultados e o mesmo poder de idealização netuniano.
Esse é um ponto muito importante e é só revelado nos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, pois, embora tenha sido ensinado anteriormente que o Espírito se envolve na matéria e, desse modo, se cristaliza na forma que depois desenvolve, os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental nos dizem que existe, além disso, um terceiro fator no avanço universal, a saber: a Epigênese; a faculdade pela qual o Espírito pode escolher um rumo que, ao mesmo tempo, é novo e independente daquele que seguia antes. Nós vemos a expressão disso em todos os reinos relativos à forma, mas, no reino humano, a Epigênese se expressa como gênio, como um instinto criador, que torna o ser humano mais próximo ao divino do que qualquer outra de suas conquistas. Isso é desenvolvido sob o raio de Netuno, quando esse Planeta está bem-posicionado no horóscopo. Naturalmente, há também coisas como o gênio mau, uma faculdade destrutiva desenvolvida sob um Netuno afligido.
Somente as pessoas mais sensíveis no mundo sentem os raios de Urano e de Netuno na atualidade. Para sentir tais vibrações, a conexão entre o Corpo Denso e o Corpo Vital, que é feito de Éter, deve ser bastante frouxa, pois quando esses dois veículos estão firmemente interligados, a pessoa sempre tende para o materialismo, não podendo responder às vibrações mais elevadas e sutis do Mundo espiritual. Mas, quando os raios estelares desses dois Planetas se projetam sobre uma pessoa, cujo Corpo Vital está frouxamente conectado ao Corpo Denso, temos aquele é chamado de sensitivo. No entanto, A direção e qualidade dessa faculdade dependem do posicionamento e dos Aspectos dos dois Planetas em questão. Aqueles que, particularmente, se acham sob o domínio de um Aspecto adverso do raio de Urano, geralmente, desenvolvem as mais indesejáveis fases de Clarividência e de mediunidade. Tornam-se, facilmente, presas de entidades dos Mundos invisíveis, as quais não têm nenhuma consideração pelo desejo de suas vítimas, mesmo que essas pudessem protestar debilmente. Tais médiuns são, geralmente, usados em simples comunicações de transe, e nos poucos casos conhecidos pelo autor tiveram as vidas belas e felizes, em virtude de crerem implicitamente nos Espíritos que os dominavam. Nesses casos, os Espíritos-controle eram de uma classe melhor que aquela dos que geralmente conhecemos. Mas, assim como essa faculdade uraniana é construída através de Marte e Vênus, a paixão é proeminente em tais naturezas, de maneira que, sob a influência de Espíritos obsessivos, muitas dessas pessoas são levadas à imoralidade completa. O vampirismo e outras práticas infames semelhantes são, também, engendradas pelo uso pervertido do raio uraniano em médiuns.
Pode-se dizer que Netuno representa os Mundos invisíveis, nos seus Aspectos mais benéficos (Trígonos, Sextis e algumas Conjunções), e nos Aspectos que estão sob os raios adversos (Quadraturas, Oposições e algumas Conjunções) desse Planeta são, portanto, postos em contato com os mais indesejáveis ocupantes dos Mundos invisíveis. A obsessão real, pela qual o possuidor de um Corpo é despojado de seu veículo, ocorre sob o raio de Netuno e nenhuma sessão de materialização se poderia efetuar não fora essa vibração estelar. A magia branca ou negra jamais pode ser posta em prática, a não ser sob e por causa dessa vibração netuniana. Fora da influência desse raio, tudo é teoria, especulação e literatura. Portanto, os Iniciados de todas as Escolas de Mistérios – Clarividentes Espirituais – que têm pleno controle de suas faculdades, e os Astrólogos são sensíveis ao raio de Netuno, em graus variáveis. O Mago Negro e o Hipnotizador, seu irmão gêmeo, dependem também do poder desse raio estelar para uso em suas práticas nefastas.
O nível mais elevado de desenvolvimento humano atualmente, ou seja, o desenvolvimento da alma que é realizado nos Templos de Mistérios, por meio da Iniciação, é resultado direto do raio de Netuno, pois, assim como as configurações adversas sujeitam os seres humanos às investidas das entidades invisíveis, também as configurações benéficas de Netuno são, particularmente, necessárias para capacitar um indivíduo que desenvolva, pela Iniciação, todos os seus poderes da alma, e a se tornar um agente consciente nos Mundos invisíveis. Lembremo-nos, no entanto, que as configurações benéficas ou adversas não são o resultado do acaso ou da sorte, mas são o produto de nossos próprios atos passados; o horóscopo o que ganhamos nas nossas vidas passadas e, portanto, o que merecemos na vida presente.
Além disso, devemos sempre nos lembrar que as estrelas impelem, mas não compelem; porque se um homem ou uma mulher tem uma configuração adversa de Netuno ou Urano, não significa que deva ficar sujeito, ativamente, a má Mediunidade ou a Magia Negra, tornando a sua própria vida mais difícil no futuro. A oportunidade de fazê-lo e a tentação virão, em determinados momentos, quando os marcadores celestiais do tempo apontarem para a hora exata no relógio do destino. Então, será hora de se manter firme no bem e no correto; sendo alertado por meio de um conhecimento de Astrologia, ele também se prevenirá, e pode superar mais facilmente quando tal Aspecto culmine.
Assim, vemos que o ser humano é sensível aos raios astrais em um grau crescente, à medida que avança através da evolução, mas, quanto mais espiritualmente evoluído se torna, menos ele permitirá que os Astros o dominem, enquanto a alma mais jovem é arrastada, irresistivelmente, pela maré da vida, em qualquer direção que as vibrações astrais a impelem. É a característica da alma avançada manter o curso verdadeiro, a despeito das vibrações astrais. Entre esses dois extremos existem, naturalmente, todas as gradações, umas sensíveis aos raios de um Astro, algumas aos de outro. O barco da vida dos homens e das mulheres é, frequentemente, impelido para os rochedos das tristezas e dos sofrimentos, isso para que eles possam aprender a desenvolverem, dentro de si mesmos, a força de vontade que, finalmente, os libertem de todo o domínio das estrelas regentes. Como disse o grande místico Goethe:
“De todo poder que mantém o mundo agrilhoado,
O ser humano se liberta, quando o autocontrole é conquistado.”
E pode-se perguntar: teremos percorrido toda a escala de vibrações, quando houvermos aprendido a responder a todos os sete Planetas que estão representados no mito como as sete cordas da Lira de Apolo? Em outras palavras, é Netuno a vibração mais elevada a que ainda devemos responder? Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental (Nome como também é conhecida a Filosofia Rosacruz) nos dizem que ainda existem mais dois Planetas no universo, os quais serão conhecidos no futuro, e influenciarão no desenvolvimento de qualidades de natureza tão transcendental que não as podemos compreender, por enquanto. O número de Adão – ser humano ou Humanidade – é nove, e há nove degraus na escada estelar pela qual ele está ascendendo a Deus; até o momento, subiu apenas cinco desses degraus: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, e nem mesmo as vibrações desses ele, por algum meio, aprendeu; Urano e Netuno estão, aos poucos, entrando em nossas vidas; eles não se tornarão ativos do mesmo modo e grau como, por exemplo, a Lua e Marte o são presentemente, até que muitas eras se tenham passado. No entanto, mesmo que tenhamos aprendido a lhes responder, existem mais dois, a respeito dos quais conheceremos algo mais tarde; é a opinião dos autores que esses, provavelmente, não são sentidos por ninguém, exceto por aqueles formados numa Escola de Mistérios Maiores e pelos Hierofantes desta sublime instituição.
Concluindo esse artigo sobre a Suscetibilidade do Ser Humano às Vibrações Astrais, nos reportemos ao artigo sobre “Luz, Cor e Consciência”, do livro Os Mistérios Rosacruzes:
“Verdadeiramente, Deus é Uno e indivisível. Ele contém em Seu Ser tudo o que é, da mesma forma que a luz branca inclui todas as cores. Mas Ele aparece em manifestação tríplice, assim como a luz branca se refrata em três cores primárias: azul, amarelo e vermelho. Onde quer que vejamos essas cores, elas simbolizam o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Esses três raios primários da Vida Divina se difundem ou são irradiados pelo Sol e produz: A Vida, a Consciência e a Forma em cada um dos sete portadores de luz, os Planetas, que são chamados “Os Sete Espíritos diante do Trono”. Seus nomes são: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno e Urano. A Lei de Bode prova que Netuno não pertence ainda ao nosso Sistema Solar e indicamos ao leitor o Livro Astrologia Científica e Simplificada, escrita pelo autor do presente trabalho, para a demonstração matemática dessa afirmação.”
“Cada um dos sete Planetas recebe a luz do Sol em proporções diferentes, de acordo com sua proximidade da órbita central e a constituição de sua atmosfera; e os seres em cada um deles, de acordo com o seu estado de desenvolvimento, têm afinidade com alguns dos raios solares. Os Planetas absorvem a cor ou as cores que lhes são harmônicas e refletem as restantes sobre os outros Planetas. Esses raios refletidos levam consigo um impulso da natureza dos seres com os quais estiveram em contato.”
“Desse modo, a Luz e a Vida Divinas chegam a cada um dos Planetas, quer diretamente do Sol, quer refletidas pelos seis Planetas irmãos, de modo semelhante à brisa do verão que, tendo passado pelos campos em flor, leva em suas asas silenciosas e invisíveis a fragrância mesclada de uma multidão de flores, assim como também as influências sutis do Jardim de Deus nos trazem os impulsos reunidos de todos os Espíritos Planetários e, nessa luz multicor, nós vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”.
“Os raios que vêm diretamente do Sol são produtores da iluminação espiritual; os raios refletidos dos outros Planetas aumentam a consciência e o desenvolvimento moral; e os raios refletidos pela Lua proporcionam o crescimento físico”.
“Contudo, como cada Planeta só pode absorver uma quantidade determinada de uma ou mais cores, de acordo com o estado geral de sua evolução lá, assim cada ser sobre a Terra, seja mineral, vegetal, animal ou humano, só pode absorver e assimilar uma determinada quantidade dos diversos raios projetados sobre a Terra. O restante não o afeta nem lhe causa sensação nenhuma, do mesmo modo que o indivíduo totalmente cego não tem consciência da luz e da cor que existem em volta dele. Portanto, cada ser é afetado distintamente pelos raios estelares, e a ciência da Astrologia, uma verdade fundamental na natureza, é de enorme benefício na obtenção do crescimento espiritual”.
Maio de 1913
Na lição do mês passado, vimos o valor da dissonância na música; também, o papel correspondente do mal no mundo, isto é, enfatizamos por contraste a beleza e a harmonia do bem. Assim, à primeira vista, pode parecer que o mal aparente foi concebido por Deus, o Autor e Arquiteto do nosso sistema – como se Ele fosse responsável por toda a dor, todo sofrimento, toda tristeza e angústia sob os quais o mundo todo geme. No entanto, esse não é o caso. A Bíblia diz claramente que os Elohim, que são os agentes de Deus, “viram que isso era bom” quando o trabalho foi concluído. O nosso livro Conceito Rosacruz do Cosmos[1] e [2] e as Conferências 13[3] e 14[4] do livro Cristianismo Rosacruz explicam detalhadamente o relato da Bíblia de como o aparente mal entrou através dos Espíritos de Lúcifer; e que quando o mal entrou, as forças que trabalham para o bem o utilizaram para servir a um propósito benéfico e para alcançar um bem maior do que seria possível sem esse fator.
Na última parte da Época Lemúrica e nos primeiros tempos da Época Atlante, nós éramos puros e inocentes – o dócil protegido dos Anjos guardiães que guiaram todos cada passo o nosso caminho do desenvolvimento.
Nós não possuíamos a razão; essa era desnecessária quando só havia um caminho a seguir, pois nesse estado não havia escolha. Os Senhores de Vênus foram enviados para promover a bondade, o amor e a devoção. Se nenhum fator perturbador tivesse entrado, essa Terra teria permanecido um paraíso, e nós teríamos permanecido nela como uma bela flor. A dor, o sofrimento, a tristeza, a angústia e as doenças seriam desconhecidas. Sob o regime dos Anjos lunares e dos Senhores de Vênus, automaticamente, nós teríamos nos tornados sábios, porque não teria tido outra alternativa. Quando os Espíritos de Lúcifer abriram os nossos olhos para outra direção e os Senhores de Mercúrio promoveram a razão para nos guiar, tornamo-nos potencialmente maior que ambos, como exigido àqueles que seguem o caminho espiral da evolução.
Assim, equipado com as faculdades de escolha e da razão, é nossa prerrogativa gloriosa se elevar até o pináculo da maior perfeição possível nesse Esquema de Evolução. Por isso, Cristo disse: “Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço; e obras maiores que estes farão.”[5].
Aprendamos, do mito de Fausto[6], a seguir os passos dos nossos preceptores, usando o aparente mal para alcançar um bem maior; aprendamos a não ser vencidos pelo mal, mas a vencê-lo e transmutá-lo em bem. Há um ditado que diz que “o que quer que seja, é o melhor”[7]. Se isso fosse verdade, não haveria incentivo para lutar por algo mais elevado, melhor ou maior. As palavras do Salvador nos impelem a avançar e as lendas, como a do mito de Fausto, nos ensinam como utilizar as forças aparentemente destrutivas e subversivas.
A quem muito é dado, muito lhe será exigido. Os Estudantes da Fraternidade Rosacruz, que recebem os avançados Ensinamentos avançados da Sabedoria Ocidental, são particularmente compromissados a fazer os maiores esforços. Que nos esforcemos com todas as nossas forças para viver à altura do nosso grande privilégio.
P.S. Muitos novos Estudantes foram adicionados a nossa lista desde que pedimos suas orações diárias para os trabalhadores em Mount Ecclesia. Assim, sentimos que servirá a um bom propósito reiterar o pedido de que nos incluam em suas devoções para que a Sede Mundial da Fraternidade Rosacruz possa se tornar um Centro Espiritual mais eficiente. Como sabem pelos prospectos enviados, estamos prestes a abrir a Escola de Cura e, neste passo importante, sentimos como nunca a necessidade da Graça Divina. Ajudem-nos, por favor, para que possamos ser bem-sucedidos.
(Cartas aos Estudantes – nº 30 – do Livro Cartas aos Estudantes – Max Heindel-Fraternidade Rosacruz)
[1] N.T.: Os Espíritos Lucíferos
Esses espíritos eram uma classe de atrasados da Onda de Vida dos Anjos. No Período Lunar estavam muito além da grande massa que atualmente constitui os mais avançados da nossa Humanidade. Não progrediram tanto como os Anjos, que eram a Humanidade pioneira do Período Lunar, entretanto, estavam tão avançados do que a nossa Humanidade atual que era impossível para eles tomar um Corpo Denso como nós fizemos; ainda mais, eles não poderiam obter conhecimento sem o uso de um órgão interno, um cérebro físico. Estavam a meio caminho entre o ser humano, que tem cérebro, e os Anjos que não necessitam dele – em uma palavra, eram semideuses.
Eles estavam, assim, em uma situação muito séria. O único caminho que puderam encontrar para se expressarem e adquirir conhecimento foi usar o cérebro físico do ser humano. Através dele podiam se fazer compreender por um ser físico dotado de cérebro, o que os Anjos não podiam fazer.
Como dissemos, o ser humano, na última parte da Época Lemúrica, não podia ver o Mundo Físico, tal como nós o vemos atualmente, pois estava inconsciente do Mundo exterior. O Mundo do Desejo lhe era muito mais real. Tinha a consciência do sono com sonhos do Período Lunar, uma consciência pictórica interna. Os Lucíferos não encontraram dificuldade alguma em se manifestarem a essa consciência interna e lhe chamar a atenção para a forma exterior, que antes o ser humano não tinha percebido. Ensinaram-lhe como podia deixar de ser simplesmente o escravo dos poderes exteriores e como poderia se converter em seu próprio dono e senhor, se parecendo aos deuses, “conhecendo o bem e o mal”.
Outrossim, fizeram compreender que não devia ter apreensão quanto à morte do Corpo; que possuía em si a capacidade de formar novos Corpos, sem necessidade da intervenção dos Anjos. Todas essas coisas os Lucíferos disseram com o único propósito de que o ser humano dirigisse sua consciência ao exterior, para que eles aproveitassem e adquirissem conhecimentos conforme o ser humano os fosse obtendo.
Estas experiências resultaram em dor e sofrimento, o que, antes, o ser humano não conhecia, mas deram também a inestimável bênção da emancipação das influências e direção alheias e o ser humano iniciou a evolução de seus poderes espirituais. Essa evolução, um dia, permitir-lhe-á construir por si próprio, com tanta sabedoria como os Anjos e os outros Seres que o guiaram antes de exercitar sua vontade.
Antes dos seres humanos serem iluminados pelos Espíritos Lucíferos não conheciam enfermidades, nem dor, nem morte. Essas coisas foram o resultado do emprego ignorante da faculdade propagadora e de seu abuso na gratificação dos sentidos. Os animais em estado selvagem são livres de enfermidades e dores, porque se propagam sob o cuidado e direção dos sábios Espíritos-grupo, nas épocas do ano propícias a tal objetivo. A função sexual tem por única finalidade a perpetuação das espécies e não a gratificação dos desejos sensuais, seja qual for o prisma pelo qual se examine a questão.
Se o ser humano continuasse sendo um autômato guiado por Deus, não teria conhecido, até hoje, nem a enfermidade, nem a dor, nem a morte, mas também não teria obtido a consciência cerebral e a independência resultante da iluminação proporcionada pelos Espíritos Lucíferos, os “dadores da luz”. Eles abriram o entendimento e ensinaram a empregar a obscura visão para obter conhecimento do Mundo Físico, o qual estavam destinados a conquistar.
Desde esse tempo, duas forças agem no ser humano. Uma, a dos Anjos, se dirige para baixo, para a propagação e, por meio do Amor, forma novos seres na matriz. Os Anjos são, portanto, os perpetuadores da Raça. A outra força é a dos Espíritos Lucíferos, os investigadores de todas as atividades mentais. Dirige para cima, para o trabalho cerebral, a outra parte da força sexual.
Os Lucíferos são também chamados “serpentes”. Diversas mitologias assim os representam. Diremos mais sobre eles quando chegarmos à análise do Gênese. No momento já dissemos o bastante para encaminhar a investigação para o progresso evolutivo que trouxe o ser humano desde os tempos remotos, através das Épocas Atlante e Ária, até nossos dias.
O que temos dito acerca da iluminação dos lemurianos se aplica somente à minoria daqueles que viveram na última parte daquela Época, e foram a semente das sete Raças atlantes. A maior parte dos lemurianos era análoga aos animais, e as formas ocupadas por eles degeneraram para as dos selvagens e antropoides atuais.
Recomendamos ao Estudante gravar cuidadosamente que as formas é que degeneram. Devemos sempre recordar que há uma distinção importantíssima entre os Corpos (ou formas) de uma Raça, e os Egos (ou vidas) renascentes nesses Corpos de Raça.
Quando nasce uma Raça, as formas, animadas por certo grupo de espíritos têm a inerente capacidade de evoluir somente até certo grau. Na Natureza nada pode parar. Quando uma Raça atinge o limite de sua evolução, os Corpos ou formas dessa Raça começam a degenerar, caindo de forma para forma até a Raça extinguir-se.
A razão disso não se encontra longe. Novos Corpos de Raça aparecem flexíveis e plásticos, que proporcionam, aos Egos neles renascentes, grande margem de condições para melhorar esses veículos e, por consequência, eles mesmos progredirem. Os Egos mais avançados nascem nesses Corpos e melhoram-nos o mais que podem. Contudo, sendo esses Egos unicamente aprendizes, não podem evitar que esses veículos se cristalizem lentamente, até chegar ao limite mínimo de eficiência que esse Corpo seja capaz de proporcionar. Então, novas formas são criadas para proporcionar aos Egos de uma nova Raça maior margem de experiência e desenvolvimento. Os Corpos descartados se convertem em habitações de Egos menos avançados, que os aproveitam como degraus do largo caminho do progresso. Desta sorte, os antigos Corpos de uma Raça vão sendo empregados por Egos de crescente inferioridade, e degeneram gradualmente, até que já não haja Egos suficientemente inferiores que possam obter algum proveito do renascimento em tais Corpos. As mulheres se tornam estéreis e os Corpos da Raça morrem.
Podemos facilmente mostrar esse processo por meio de certos exemplos. A Raça teutônica-anglo-saxônica (especialmente o ramo americano) tem um Corpo mais brando e flexível e um Sistema Nervoso mais sensível do que qualquer outra Raça dos tempos atuais. Os indianos e os negros, por terem Corpos muito mais endurecidos e Sistema Nervoso mais rude, são muito menos sensíveis aos ferimentos. Um indiano continua lutando depois de receber ferimentos, cujo choque bastaria para derrubar ou matar um branco, enquanto o indiano se restabelece imediatamente. Os aborígines australianos (Bushmen) são um exemplo palpável da morte de uma Raça, devido à esterilidade, apesar de todos os esforços que o governo britânico vem fazendo para perpetuá-los.
Diz-se que onde entra a Raça branca as outras Raças desaparecem. Os brancos têm sido acusados de terríveis opressões sobre as outras Raças, tendo massacrado multidões de nativos indefesos e desprevenidos, como prova a conduta dos espanhóis com os antigos peruanos e mexicanos, se temos que apontar um entre tantos exemplos. As obrigações resultantes de tais abusos de confiança, de inteligência e de poder serão pagas até o último centavo, por aqueles que neles incorreram. Todavia, ainda que os brancos não tivessem massacrado, escravizado, martirizado e maltratado as antigas Raças, elas desapareceriam, sem bem que mais lentamente. Tal é a Lei da Evolução, a ordem da Natureza. No futuro, quando os Corpos das Raças brancas forem habitados por Egos que atualmente ocupam Corpos das Raças vermelha, negra, amarela ou parda, terão degenerado tanto que também desaparecerão, para serem substituídos por outros e melhores veículos.
A Ciência fala unicamente de evolução. Porém, não considera as linhas de degeneração que, lenta, mas seguramente, estão destruindo os Corpos, levando-os a tal extremo de cristalização que já não podem ser utilizados.
[2] N.T.: A “Queda do Homem”
Ainda sobre a análise do Gênesis, podemos juntar mais algumas palavras sobre “a Queda”, à base do Cristianismo popular. Se não tivesse havido queda não haveria necessidade de “plano de salvação”.
Quando em meados da Época Lemúrica se efetuou a separação dos sexos (na qual trabalharam Jeová e seus Anjos), o Ego começou a agir ligeiramente em seu Corpo Denso, criando órgãos internos. Naquele tempo, o ser humano não tinha plena consciência de vigília, tal como possui hoje, mas com metade da força sexual, construiu o cérebro para expressão de pensamento, na forma já indicada. Estava mais desperto no Mundo Espiritual do que no Físico, mal podia ver seu Corpo e era inconsciente do ato de propagação. A afirmação da Bíblia de que Jeová adormeceu o ser humano, nesse ato é correta. Não havia nem dor nem perturbação alguma relacionada com o parto. Sua obscura consciência do ambiente não o inteirava, ao morrer, da perda do Corpo nem, ao renascer, da entrada noutro Corpo Denso.
Recorde-se: os Espíritos Lucíferos eram uma parte da Humanidade do Período Lunar, os atrasados da Onda de Vida dos Anjos. Eram demasiado avançados para tomarem um Corpo Denso físico, mas necessitando de um “órgão interno” para aquisição de conhecimento podiam trabalhar por meio deum cérebro físico, coisa fora do poder dos Anjos ou de Jeová.
Esses espíritos entraram na coluna espinhal e no cérebro e falaram à mulher, cuja imaginação, conforme já se explicou, tinha sido despertada pelas práticas da Raça Lemúrica. Sendo a consciência predominantemente interna, pictórica, e porque tinham entrado em seu cérebro por meio da medula espinhal serpentina, a mulher viu aqueles espíritos como serpentes.
No preparo da mulher estava incluído assistir e observar as perigosas lutas e feitos dos seres humanos que se exercitavam no desenvolvimento da vontade. Muito frequentemente os Corpos morriam nas lutas.
A mulher se surpreendia ao ver essas coisas tão raras e tinha obscura consciência de que algo estranho acontecia. Embora consciente dos espíritos que perdiam seus Corpos, a imperfeita percepção do Mundo Físico não lhe dava poder para revelar aos amigos que seus Corpos físicos tinham sido destruídos.
Os Espíritos Lucíferos resolveram o problema “abrindo-lhe os olhos”. Fizeram-na ciente dos Corpos, o seu e o do homem, e ensinaram-na como podiam conquistar a morte, criando Corpos novos. A morte não poderia mais dominá-los porque, como Jeová, teriam o poder de criar à vontade.
Assim, Lúcifer abriu os olhos da mulher, e ela, vendo, ajudou o homem a abrir o seu. Desta maneira, de forma real, se bem que obscura, começaram a “conhecer” ou a se perceberem uns aos outros e, também, ao Mundo Físico. Fizeram-se conscientes da morte e da dor, aprendendo a diferenciar o ser humano interno da roupagem que usava e renovava cada vez que era preciso dar um novo passo na evolução. O ser humano deixou de ser um autômato. se converteu num ser que podia pensar livremente, à custa de sua imunidade à dor, às enfermidades e à morte.
Interpretar o comer do fruto como um símbolo do ato gerador não é uma ideia absurda, como demonstra a declaração de Jeová (que não é um capricho, mas a declaração formal das consequências que adviriam do ato): morreriam e a mulher teria seus filhos com dor e sofrimento. Jeová sabia que o ser humano, agora com a atenção fixada em sua roupagem física, perceberia a morte, e que, não tendo ainda sabedoria para refrear as paixões e regular a relação sexual pelas posições dos Astros, o abuso da função produziria o parto com dor.
Para comentadores da Bíblia sempre tem sido um enigma relacionar o comer de uma fruta com o nascimento de uma criança. A solução é bem fácil quando se compreende que o comer a fruta simboliza o ato gerador, ato pelo qual o ser humano se converte em algo “semelhante a Deus”, conhece sua espécie e se capacita para gerar novos seres.
Na última parte da Época Lemúrica, quando o ser humano se arrogou o direito de praticar sem peias o ato gerador, foi sua poderosa vontade que lhe permitiu realizá-lo. “Comendo da árvore do conhecimento” quando quisesse, se capacitou para, livremente, criar um Corpo novo ao perder o antigo veículo.
Geralmente, a morte é considerada algo temível. Se o ser humano também tivesse “comido da árvore da Vida” teria aprendido o segredo de vitalizar perpetuamente seu Corpo, o que teria sido ainda pior. Nossos Corpos atuais não são perfeitos, mas os desses tempos antiquíssimos eram excessivamente primitivos. Por isso, foi bem fundada a medida quando as Hierarquias Criadoras impediram o ser humano de “comer da árvore da vida”, impedindo de renovar o Corpo Vital. Se o tivesse conseguido ter-se-ia feito imortal, mas não poderia mais progredir. A evolução do Ego depende da evolução dos seus veículos. Se não pudesse obter novos e mais perfeitos veículos por meio de sucessivas mortes e renascimentos, ter-se-ia estagnado. É máxima oculta: quanto mais frequentemente morremos, melhor poderemos viver. Cada nascimento proporciona uma nova oportunidade.
Como vimos, o ser humano obteve o conhecimento por via cerebral, com o concomitante egoísmo, à custa do poder de criar sozinho, e a vontade livre à custa da dor e da morte. Quando aprender a empregar a inteligência para o bem da Humanidade, adquirirá poder espiritual sobre a vida, e se guiar-se-á por um conhecimento inato muito superior à atual consciência manifestada por via cerebral, tão superior a esta como a sua consciência de hoje é superior à consciência animal.
A queda na geração foi necessária à construção do cérebro, que é um meio indireto de adquirir conhecimento. Será sucedido pelo contato direto com a Sabedoria da Natureza. Então, sem cooperação alguma, o ser humano poderá utilizar esta Sabedoria na geração de novos Corpos. A laringe falará novamente a “Palavra perdida”, ou “Fiat Criador”, outrora empregada pelos antigos lemurianos sob a direção dos grandes instrutores, para criar vegetais e animais.
Será um criador de verdade e não na forma relativa e convencional do presente. Empregando a palavra apropriada ou a fórmula mágica poderá criar um Corpo novo.
[3] N.T.: CONFERÊNCIA Nº 13 – OS ANJOS COMO FATORES DA EVOLUÇÃO
Quando falamos de evolução, a ideia disso no ocidente é, principalmente, focada no materialismo. Acostumamo-nos a olhar a matéria pelo ponto de vista puramente científico: que o nosso Sistema Solar procede daquilo que, uma vez, foi uma incandescente nebulosa, cujas correntes foram geradas e postas em um movimento a partir de um movimento espontâneo. Essa nebulosa assumiu a forma esférica e lançou de si anéis conforme se contraía. Esses anéis se romperam e formaram, assim, os Planetas que se esfriaram e se solidificaram. Pelo menos um Planeta – nossa Terra – espontaneamente gerou organismos simples que mais tarde, pelo processo evolutivo, se tornaram cada vez mais complexos, elevando-se na escala através dos Radiados (ouriços, estrelas do mar, etc.), depois pelos Moluscos (ostras, mexilhões, etc.) e daí pelos Articulados (caranguejos, lagostas, etc.) até as espécies vertebradas. Após percorrer as quatro classes de vertebrados – Peixes, Répteis, Aves e Mamíferos – esse impulso evolutivo espontâneo alcançou o seu mais elevado estágio no ser humano, que é considerado a fina flor da evolução – a mais elevada inteligência do Cosmos.
O cientista materialista expressará desprezo ou impaciência com tudo aquilo que sugere a existência de um Deus, ou mesmo de qualquer outro agente externo, como totalmente desnecessária para explicar o universo. Em apoio a essa sua posição, ele pega uma vasilha com água e despeja nela um pouco de óleo. A água representa o espaço, e o óleo a nebulosa incandescente. A seguir, ele começa a mexer o óleo, girando-o na vasilha até formar uma “bola” no centro, e essa vai engrossando mais nas bordas, formando um anel, até se desprender desse anel. Isto formará uma esfera menor e revolve sobre a massa central como um Astro em volta do Sol. Então, o cientista pode, triunfalmente, se voltar e indagar com um sorriso compassivo: “Agora, você viu quão natural é isso, como é supérfluo o seu Deus?”
Na verdade, é de causar pasmo a constatação de quão obtusas podem ser as mais brilhantes inteligências quando influenciadas por noções preconcebidas. É de pasmar também que alguém, capaz de idealizar essa excelente demonstração, seja ao mesmo tempo incapaz de ver que ele próprio representa, em sua experiência, o Autor do nosso sistema a quem chamamos Deus, porque a experiência jamais teria sido imaginada, nem o óleo jamais teria sido posto a girar sobre a água, formando algo semelhante a um sistema planetário, não fora o pensamento e a ação atuarem sobre a matéria. Por isso, ao invés de provar a “superficialidade” da existência de Deus, sua demonstração da teoria nebular prova, no sentido mais amplo, a absoluta necessidade de uma Causa Primeira – seja ela chamada Deus ou tenha qualquer outro nome. Percebendo isto foi que Herbert Spencer, o grande pensador do século XIX, rejeitou esta teoria. Contudo, foi por sua vez incapaz de explicar satisfatoriamente a origem do sistema solar independentemente da mesma, que considerou falha. A ciência, pois, embora não queira reconhecê-lo, também apoia a teoria da origem do mundo que requer a ação inteligente de um ser ou seres estranhos à matéria do universo: um Criador ou Criadores.
Propriamente compreendida, essa teoria está em perfeita harmonia com a Bíblia que nos fala de um certo número de diferentes Seres que tomam parte ativa na evolução da Terra e das criaturas que nela vivem. Ouvimos falar de Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins, Tronos, Principados, Poder das Trevas, Poder dos Ares, etc., de modo que a Mente indagadora não pode deixar de perguntar: “Quem são todos eles? que papel desempenharam no passado? e qual o seu trabalho no presente?” Porque a Mente indagadora não pode acreditar que os Anjos sejam seres humanos transformados pela morte em entidades espirituais cujo único prazer e única tarefa consiste em soprar uma trombeta e dedilhar uma harpa, quando na vida terrena eram incapazes até de distinguir uma nota de outra. Tal suposição contraria a razão e está em desacordo com todos os métodos da Natureza, que exige que nos esforcemos para desenvolver nossas faculdades.
Os ensinamentos ocultos – em harmonia com a Bíblia e com as modernas teorias científicas – e que se encontram no Capítulo “Análise Oculta do Gênesis” de “O Conceito Rosacruz do Cosmos” dizem que o corpo que agora é a Terra nem sempre foi tão denso e sólido como no presente, mas que já passou por três Períodos de desenvolvimento antes de chegar ao atual Período Terrestre, e que, “após este, haverá ainda mais outros três antes de completar-se nossa evolução”.
Durante os três Períodos precedentes à nossa atual condição, isto que agora é a Terra, juntamente com o ser humano sobre ela, foram ambos gradativamente solidificados a partir de um sutil estado etéreo até outro de densidade muito maior do que é presentemente. Enquanto a “Involução” – o processo de consolidação – prosseguia, o Espírito que agora é o Ego humano construía um corpo ou um veículo para cada grau de densidade. Trabalhava inconscientemente, mas nisso era ajudado por diferentes Hierarquias espirituais, tais como os Tronos, os Querubins e os Serafins.
Quando o máximo de densidade foi alcançado, o Espírito teve a consciência despertada para si mesmo como um Ego separado no mundo material. Este foi o ponto decisivo para o retorno, pois, uma vez consciente, o Espírito não pode continuar submergindo-se na matéria. Assim, à medida que sua consciência espiritual paulatinamente desponta, ele também aos poucos espiritualiza seus corpos, deles extraindo a alma que é a essência do poder de cada um.
Deste modo, ele se elevará gradativamente das regiões materiais mais densas, juntamente com a Terra, durante o resto do Período Terrestre e nos três Períodos subsequentes.
Nos primórdios da evolução, o tríplice “Espírito Virginal” estava “desnudo” e era inexperiente. Sua Involução implicava na construção de corpos, o que ele conseguiu inconscientemente com a ajuda de poderes superiores. Quando seus corpos foram concluídos e o Espírito tornou-se consciente, então a Evolução teve início. Mas esta exige crescimento anímico, que só pode ser alcançado mediante os esforços individuais do espírito no ser humano, o Ego, que ao final desta fase possuirá poder anímico como fruto de sua peregrinação através da matéria. E será daí uma Inteligência Criadora.
Os Rosacruzes deram aos sete Períodos de desenvolvimento os nomes dos Astros que regem os dias da semana porque, usando o termo em seu sentido mais amplo, tais Períodos são os Sete Dias da Criação. Significam também metamorfoses da Terra, nada tendo a ver com os Astros no céu, exceto que as condições que eles representam aproximam-se das dos Astros de mesmo nome, como segue: 1) Período de Saturno; 2) Período Solar; 3) Período Lunar; 4) Período Terrestre (cuja primeira metade é chamada “Marciana” e a segunda “Mercurial”, segundo o exposto no “Conceito Rosacruz do Cosmos”); 5) Período de Júpiter; 6) Período de Vênus; 7) Período de Vulcano.
Nossa evolução começou na Terra como ela era no quente e escuro Período de Saturno, em que a matéria era constituída de uma substância gasosa extraída da Região do Pensamento Concreto. Ali, o Espírito Divino (que é o mais elevado aspecto do tríplice “Espírito Virginal”, feito à semelhança de Deus) foi despertado pelos Senhores da Chama, também chamados Tronos no esoterismo Cristão, os quais irradiaram de si próprios o germe do pensamento-forma como contraparte material do Espírito Divino. Este pensamento-forma foi mais tarde aperfeiçoado e consolidado na forma do Corpo Denso do ser humano, pelo que o seu mais elevado Espírito e o mais inferior dos seus corpos são frutos do Período de Saturno.
No Período Solar, a Terra alcançou a densidade do Mundo do Desejo, convertendo-se em algo assim como um nevoeiro incandescente de brilhante luminosidade. Então, os Querubins despertaram o segundo aspecto do Espírito Virginal tríplice: o Espírito de Vida. Sua contraparte – o Corpo Vital – nasceu aí como pensamento-forma e foi feito para interpenetrar o Corpo Denso germinal que se tinha consolidado e alcançado a mesma densidade da Terra. Foi, portanto, formado de matéria de desejos.
Ao fim das condições a que chamamos Período Solar, o ser humano possuía um duplo espírito e um duplo corpo.
No Período Lunar, a densidade da Terra aumentou a tal ponto que alcançou o estado de matéria que constitui a chamada Região Etérica. Era então um núcleo ígneo envolto em vapor e recoberto por uma atmosfera de nevoeiro quente ou de gás também vaporoso e quente. Quando a água esquentava pela proximidade com o núcleo ígneo, dele se afastava evaporando-se para o exterior; e quando resfriada pelo contato com o espaço externo, o vapor tornava a descer em direção ao núcleo ígneo.
Dessa substância úmida é que se formou o corpo mais denso dos “homens aquáticos”. O pensamento-forma do Corpo Denso havia se consolidado em um gás úmido; o pensamento-forma do nosso atual Corpo Vital havia descido até o Mundo do Desejo, pois da matéria desse Mundo foi formado, conforme vimos anteriormente. O pensamento-forma do nosso atual Corpo de Desejos foi acrescentado a esse duplo corpo no Período Lunar, tendo sido os Serafins que despertaram aí o terceiro aspecto do Espírito Virginal: o Espírito Humano. Foi então que o Espírito Virginal se tornou um “Ego”, de modo que, ao fim do Período Lunar, o ser humano nascente possuía um Tríplice Espírito e um Tríplice Corpo, a saber:
1) o Espírito Divino e sua contraparte – o Corpo Denso;
2) o Espírito de Vida e sua contraparte – o Corpo Vital;
3) o Espírito Humano e sua contraparte – o Corpo de Desejos.
O Tríplice Corpo é a “sombra” do Tríplice Espírito, lançada na Região do Pensamento Concreto nos três Períodos que precederam o atual Período Terrestre. Desde ali, todos esses pensamentos-forma condensaram-se: 1 grau o Corpo de Desejos, 2 graus o Corpo Vital e 3 graus o Corpo Denso, antes de alcançarem sua presente densidade.
Os Senhores da Chama (Tronos), os Querubins e os Serafins trabalharam para o ser humano voluntariamente e por puro Amor. De uma evolução como a nossa, eles nada podiam aprender. Agora que já se retiraram no atual Período Terrestre, os “Poderes” (Exusiai) do Cristianismo Esotérico – chamados Senhores da Forma pelos Rosacruzes – assumiram um encargo especial, porque este é um Período eminentemente da “Forma” e foi esta Hierarquia espiritual quem deu a todas as coisas suas atuais, definidas e nítidas formas concretas, as quais eram incipientes e indistintas nos Períodos anteriores.
Além das Hierarquias espirituais mencionadas, houve outros que ajudaram, mas vamos ater-nos somente aos seres que alcançaram no desenvolvimento a condição de humanos nos três Períodos precedentes. Esses seres avançaram naturalmente, de modo que os homens do Período de Saturno estão agora três passos à frente dos humanos atuais, sendo conhecidos como “Senhores da Mente”. A humanidade do Período Solar encontra-se dois passos adiante de nós e são chamados “Arcanjos”. E a humanidade do Período Lunar acha-se apenas um passo à nossa frente: são os “Anjos”.
Os Períodos são dias da Criação e, entre cada dois Períodos, há um intervalo de repouso ou atividade subjetiva – uma Noite Cósmica, análoga à noite de sono restaurador que desfrutamos entre um dia e outro de nossa vida terrena. Quando a vida evoluinte emerge do “Caos” na aurora de um novo Período, efetua-se em primeiro lugar uma recapitulação um grau à frente do trabalho realizado nos Períodos anteriores, antes de iniciar-se a obra do novo Período. Assim é alcançado o apogeu da perfeição capaz de ser atingida.
Portanto, a evolução do ser humano sobre a Terra, tal como se acha agora constituída, divide-se em “Épocas”, nas quais ele primeiro recapitula o seu passado, indo depois em frente às condições que prefiguram desenvolvimento e que só alcançarão expressão plena em Períodos futuros.
Na primeira – ou Época Polar – “Adão” ou humanidade – foi formado de “terra”. Atravessava ele aquela fase puramente mineral do Período de Saturno em que possuía somente o Corpo Denso, modelado por ele próprio sob a orientação dos Senhores da Forma. Estava submerso no então escuro e gasoso Astro que acabava de emergir do caos, “sem forma e vazio”, como diz a Bíblia. Pois, do mesmo modo que as framboesas são formadas de pequenas bagas, assim foi a nossa “mãe Terra” formada da multidão de corpos densos parecidos com minerais de todos os reinos, e as correntes de vida que se expressavam como minerais, animais e homens, trabalhavam para libertá-los.
Na segunda – ou Época Hiperbórea – disse Deus: “Haja luz”, e o calor transformou-se em uma nuvem incandescente idêntica àquela do Período Solar. Nessa Época, foi o Corpo Denso do ser humano interpenetrado por um Corpo Vital, ficando a flutuar de um lado para outro sobre a Terra ígnea como uma enorme coisa em forma de saco. O ser humano era então como as plantas porque dispunha dos mesmos veículos que estas possuem agora, enquanto os Anjos o auxiliavam a organizar seu Corpo Vital, conforme continuam fazendo até o presente.
Isso pode parecer uma anomalia, já que os Anjos são a humanidade do Período Lunar, no qual o ser humano obteve seu Corpo de Desejos. Mas não é, porque somente no Período Lunar a Terra evoluinte condensou-se em Éter, tal como o que agora forma a substância de nosso Corpo Vital. A humanidade de então (os atuais Anjos) aprenderam ali a construir seus corpos mais densos de matéria etérea, assim como aprendemos a construir os nossos com matéria sólida, líquida e gasosa da Região Química. E nisso os Anjos tornaram-se peritos, conforme seremos também na construção de nossos corpos densos ao fim do Período Terrestre.
Eles estão, portanto, especialmente preparados para ajudar as outras ondas de vida em funções que digam respeito às importantes expressões do Corpo Vital. Ajudam assim na formação e manutenção das plantas, dos animais e do ser humano, relacionando-se muito de perto com a assimilação, crescimento e propagação desses reinos. Os Anjos anunciaram o nascimento de Isaac ao fiel Abraão, mas foram também os arautos da destruição de Sodoma por abusar-se ali das funções criadoras. O Anjo Gabriel (não Arcanjo, de acordo com a Bíblia) predisse os nascimentos de Jesus e João. Outros Anjos já haviam anunciado os nascimentos de Samuel e Sansão.
Os Anjos atuam particularmente nos corpos vitais dos vegetais porque a corrente de vida que anima esse reino iniciou sua evolução no Período Lunar, quando os Anjos eram humanos e trabalhavam com os vegetais do mesmo modo que agora trabalhamos com os minerais. Há, portanto, uma afinidade especial entre o Anjo e o Espírito-Grupo das plantas. Pode-se assim explicar a enorme assimilação, crescimento e fecundidade das plantas. O ser humano também alcançou enorme estatura na segunda Época – ou Época Hiperbórea – que estava principalmente a cargo dos Anjos. A mesma coisa se dá com a criança em sua segunda Época setenária de vida, porque então os Anjos podem trabalhar mais amplamente sobre ela de maneira que, ao fim dessa Época, aos quatorze anos, a criança alcança a puberdade e torna-se apta a reproduzir sua espécie – também com a ajuda dos Anjos.
A terceira – ou Época Lemúrica – apresentava condições análogas ao Período Lunar, embora mais densas. O núcleo ígneo da Terra ficava ao centro. Envolvendo-o, havia uma fervilhante camada de água em ebulição que, por sua vez, era envolvida na parte mais externa por uma atmosfera vaporosa de “neblina ardente”, pois assim “havia Deus dividido a terra das águas”, segundo o Gênese. Com a umidade mais densa do vapor, podia o ser humano viver em ilhas com crostas sólidas em formação espalhadas num mar de águas ferventes. Sua forma era então completamente firme e sólida, possuía tronco e membros e a cabeça começava a formar-se. O Corpo de Desejos foi acrescentado e aí o ser humano passou ao encargo dos Arcanjos.
Temos aqui outra vez o que se parece com uma anomalia, pois os Arcanjos foram a humanidade do Período Solar, Período em que nasceu o Corpo Vital, quando o ser humano não possuía ainda Corpo de Desejos. A dificuldade, porém, se desvanece quando recordamos que cada veículo nosso é a sombra de um dos aspectos do Espírito, conforme dissemos anteriormente, e que tais veículos não foram dados por essas Hierarquias. Estas simplesmente ajudam o ser humano no aperfeiçoamento de determinado veículo, dada a sua especial aptidão para trabalhar com a matéria dele. Os Arcanjos são educadores do nosso Corpo de Desejos, pois se fizeram peritos na construção e uso de tal veículo quando eram humanos no Período Solar. Neste Período, eles construíram o seu corpo mais denso com “matéria de Desejos”, da mesma forma que agora construímos nosso corpo mais denso com matéria química mineral.
Os Arcanjos são também o principal apoio do Espírito-Grupo animal, porque os atuais animais começaram como minerais no Período Solar. Na Época Lemúrica, o ser humano encontrava-se em idêntica situação à daqueles na Época atual: o Espírito estava fora do corpo que tinha de dirigir, ainda que os corpos de todos já estivessem sido impregnados com o germe da personalidade individual, conforme esclareceremos a seguir. Deste modo, os homens não eram tão fáceis de guiar como os animais do presente, pois o espírito separado de cada um destes ainda está inconsciente. O desejo então predominava, necessitando por isso de uma forte sujeição. Isto foi feito em alguns dos mais dóceis entre a nascente humanidade da Época Lemúrica, sendo que estes, no devido tempo, vieram a ser instrutores dos demais. A grande maioria, contudo, não recebeu tal vantagem.
Na quarta – ou Época Atlante – teve início o verdadeiro trabalho do Período Terrestre. O Tríplice Espírito estava destinado a entrar no Tríplice Corpo e converter-se num Espírito interno para alcançar pleno domínio sobre seus veículos, mas faltava ainda o elo da Mente. Tal elo, nós o devemos aos Senhores da Mente que haviam antes impregnado os corpos com a sensação de personalidade separada. Esta preponderou sobre a primitiva sensação de unidade com o todo, possibilitando a cada um colher experiências individuais de condições semelhantes.
Os Senhores da Mente alcançaram o estado humano no Período de Saturno. Não eram “deuses” vindos de uma evolução anterior como os Querubins e os Serafins. Daí a tradição oriental de os chamar de “A-suras” – “Não-deuses” – e a Bíblia os denominar “Poderes das Trevas”, em parte porque procederam do escuro Período de Saturno e em parte porque os considera como o mal. São Paulo apóstolo fala do nosso dever de lutar contra eles.
São Paulo estava certo, mas é bom compreendermos que não existe nada absolutamente de mal, e que no passado eles foram os benfeitores do gênero humano. O mal não é outra coisa senão o bem mal colocado ou não desenvolvido. Por exemplo: suponhamos um especialista em fabricação de órgãos que construa um, todo especial – sua obra-prima. Neste caso, ele é uma encarnação do bem. Mas se ele leva o órgão até a igreja e, mesmo não sendo músico, insiste em tocá-lo substituindo o organista, então ele representa o mal.
Quando os Senhores da Mente eram humanos no Período de Saturno e a Terra era constituída de substância da Região do Pensamento Concreto, aí começamos nossa evolução como minerais. Então, os Senhores da Mente aprenderam a construir seus corpos mais densos com esses minerais, do mesmo modo que agora construímos nossos corpos dos presentes minerais. Assim, especializaram-se no uso dessa “matéria mental”, estabelecendo também, portanto, uma relação extraordinariamente íntima conosco.
Chegado o tempo em que o Tríplice Corpo estava pronto para que o Espírito nele habitasse, o ser humano precisou da Mente para servir como elo entre o Espírito e o corpo. Mas isto os deuses não lhe podiam dar. Era demasiado para eles. Os Arcanjos e os Anjos ainda não podiam criar, mas os Senhores da Mente já haviam alcançado o terceiro Período além daquele em que tinham sido humanos, tornando-se, pois, Inteligências Criadoras. Assim, puderam naturalmente preencher a lacuna irradiando de si a substância de que está formada a nossa Mente.
Procedendo de tal forma, nossa Mente tinha de ser, como é de fato, naturalmente separatista e inclinada a ressentir-se da autoridade. Devia ser o instrumento do infante Espírito no governo do Tríplice Corpo e um freio ao desejo imoderado. Contudo, ela veio acrescentar ao desejo a poderosa astúcia, depois paixão e malvadez, sendo por si mesma mais difícil de domar que um potro selvagem. À Mente, agrada mais dominar o inferior do que obedecer ao superior. Por conseguinte, a paixão e a perversidade predominaram na Época Atlante. A raça degenerou e então tornou-se imperiosa a criação de outra e sob diferentes condições.
Entretanto, a atmosfera quente e vaporosa da Lemúria havia-se esfriado e condensado, convertendo-se em espesso nevoeiro na Época Atlante. Ali viveram os “niebelungen” (“filhos da névoa”) das velhas lendas, que foram os atlantes. Então, Deus ordenou que “as águas se juntassem em um lugar e que aparecesse a terra seca”. A névoa condensou-se gradualmente, caindo em torrentes e inundando os vales da Atlântida. A raça perversa pereceu, com exceção de uns poucos, conhecidos depois como “o povo eleito”, e escolhidos para serem o núcleo da atual raça ariana e herdarem a terra prometida: a Terra como é agora constituída. Estes poucos foram salvos conforme relatado diversamente nas histórias de Noé e Moisés, este tirando o povo de Deus do Egito (Atlântida) e guiando-o através do Mar Vermelho (o dilúvio ou inundação atlântica), onde o Faraó (o malvado rei atlante) pereceu com todos os seus seguidores.
As Hierarquias espirituais têm sido seriamente embaraçadas em seus esforços para ajudar o ser humano desde a Época em que este recebeu a luz da razão e se lhe abriu o entendimento, porque então tinha de lidar com assuntos dos quais não possuía o menor conhecimento, como por exemplo a propagação da espécie. Por ignorar as Leis Cósmicas que a regiam, o parto tornou-se doloroso e a morte converteu-se na experiência mais frequente e desagradável. Severas medidas impuseram-se, portanto, para controlar a natureza inferior. Isto foi feito por Jeová, o mais alto Iniciado do Período Lunar e regente dos Anjos, auxiliado nessa tarefa pelos Arcanjos, que são os Espíritos de Raça (Dn 12:1).
Jeová ajudou o ser humano a controlar a Mente e a dominar o Corpo de Desejos impondo leis e decretando castigos para as transgressões. O temor de Deus opôs-se então aos desejos da carne, e assim foi o pecado manifestado ao mundo.
Os Arcanjos, como Espíritos de Raça, lutavam a favor ou contra uma nação por intermédio de outra para castigar aquela em que houvesse pecado (Dn 10:20).
Eram os Anjos que faziam vicejar ou secar os trigais e vinhedos; os que aumentavam ou diminuíam os rebanhos; os que multiplicavam ou reduziam a família, conforme fosse necessário recompensar ou punir o ser humano por sua obediência ou transgressão às leis do Chefe dos Espíritos de Raça – Jeová. Sob o reinado deste, todas as religiões de raça – Confucionismo, Taoísmo, Budismo, Judaísmo, etc. – floresceram e atuaram no Corpo de Desejos como Religiões do Espírito Santo. Jeová ajudou o ser humano a dominar o Corpo de Desejos porque este foi obtido no Período Lunar.
Mas a Lei conduz ao pecado, pois é separatista. Além disso, o ser humano deve aprender a agir bem independentemente do medo. Portanto, Cristo, o mais alto Iniciado do Período Solar, veio para ensinar a Religião do Filho, que atua sobre o Corpo Vital, obtido no Período Solar. Ele ensinou que o Amor é superior à Lei. O amor perfeito lança fora o temor e liberta a humanidade do racismo, da casta e do nacionalismo, conduzindo-o à Fraternidade Universal, que será um fato quando o cristianismo for vivenciado.
Quando o cristianismo haja espiritualizado plenamente o Corpo Vital, um passo ainda mais elevado será dado com a Religião do Pai, o qual, como o mais alto Iniciado do Período de Saturno, ajudará o ser humano a espiritualizar o corpo que obteve nesse Período: o Corpo Denso. Então, até a Fraternidade Universal será superada. Não haverá mais eu ou tu, porque todos serão conscientemente “Um” em Deus, e o ser humano terá sido emancipado da tutela dos Anjos, dos Arcanjos e dos Poderes ainda maiores.
[4] N.T: Lúcifer: Tentador ou Benfeitor
Ao olharmos o mundo ao nosso redor, constatamos que não há fato mais evidente do que aquele expresso pelo poeta hebreu: “Poucos são os dias do homem, e plenos de desgraça”. E perguntamo-nos, naturalmente: “Por que deve ser assim?”
O teólogo afirma que Deus decretou que sofrêssemos porque nossos primeiros pais pecaram ao serem tentados pelo diabo. E procura justificar Deus nesta frase burlesca: “Na queda de Adão, todos pecamos.” Mas por que o comer-se uma maçã, como causa, deve merecer o castigo do parto doloroso como efeito? Isto tem sido sempre um enigma difícil para os comentaristas da Bíblia. E como poderia um Deus sábio e amoroso decretar tanta miséria sobre toda a raça humana só pela tão irrelevante falta de um casal? Isto é tão difícil de entender que justifica até certo ponto a Robert Ingersoll quando exclamou: “Um Deus honesto é a obra mais nobre do homem!”
Semelhante anomalia nasce naturalmente da falta de conhecimentos ocultos e da consequente interpretação materialista dessa mina de informação esotérica que é a Bíblia.
Para conseguirmos um esclarecimento verdadeiro no que tange à dor e à tristeza, devemos, de início, basear-nos na informação puramente oculta, procurando ver então que luz lança a Bíblia sobre a mesma.
Recordemos que quatro grandes Épocas ou Idades precederam a nossa presente Época Ária: a Polar, a Hiperbórea, a Lemúrica e a Atlante.
Na Época Polar, o homem dispunha apenas de um Corpo Denso precariamente organizado. Daí que estivesse inconsciente e imóvel como os minerais que agora são assim constituídos. Na Época Hiperbórea, seu Corpo Denso foi envolvido por um Corpo Vital, ficando o Espírito “flutuando” fora. Os efeitos de tal natureza podem ser constatados pelo exame dos vegetais que, no presente, são analogamente constituídos.
Neles, podemos ver a repetição permanente, a formação de talos e folhas em sucessão alternada que prolongar-se-iam infinitamente caso não houvesse outra influência. Mas, como a planta não tem um Corpo de Desejos separado, o Corpo de Desejos da Terra, o Mundo do Desejo, endurece o vegetal e impede em determinado ponto o seu excessivo crescimento para cima. A força criadora, impedida de expressar-se no fazer a planta crescer mais ainda, busca outra saída: forma as flores nessa planta e encaixa-se na semente, de forma que possa crescer de novo em outra planta.
Na Época Hiperbórea, em que o homem se encontrava em condições idênticas, seu Corpo Vital fazia-o crescer a gigantescos tamanhos. Agindo sobre ele, o Mundo do Desejo levava-o a expelir sementes parecidas com esporos, das quais outro Ego humano apoderava-se ou eram utilizados pelos Espíritos da Natureza na construção de corpos para os animais que começavam a emergir do Caos (a onda de vida mais avançada começa primeiro, no início de um período, e retorna por último ao Caos: as ondas de vida que se seguem – animal, vegetal e mineral – começam mais tarde e retornam mais cedo).
Portanto, na Época Hiperbórea, quando o homem era constituído identicamente aos vegetais, seu Corpo Vital formou vértebra sobre vértebra e teria continuado a formá-las caso um Corpo de Desejos individual não houvesse sido dado na Época Lemúrica. Este corpo começou a endurecer a estrutura e a restringir a tendência a um maior crescimento. Como resultado, o crânio, a flor que se encontra na ponta do caule (da coluna vertebral), estava incipientemente formado.
Contrariada em seus esforços para construir uma forma maior, tornou-se necessária à força criadora no Corpo Vital buscar uma nova saída pela qual pudesse continuar a crescer em outro ser humano. O homem então tornou-se hermafrodita, capaz de gerar sozinho um novo corpo.
A planta não tem Corpo de Desejos individual, daí não sentir paixão. Apenas estende seu órgão criador – a flor – casta e inocentemente em direção ao Sol, uma das coisas mais belas e encantadoras que existem.
No ser humano, o Corpo de Desejos individual deve necessariamente produzir a paixão e o desejo, a menos que seja subjugado de algum modo. Por conseguinte, o ser humano, tanto figurada quanto literalmente, é o inverso da casta planta, pois é apaixonado, tem órgãos criadores voltados para a Terra e deles se envergonha. A planta toma seu alimento por baixo, pela raiz; o ser humano se alimenta por cima, pela cabeça. O ser humano inala o vivificante oxigênio e exala o deletério dióxido de carbono. Este é absorvido pela planta que lhe extrai o veneno e devolve ao ser humano o princípio vitalizante.
Com a finalidade de controlar a paixão e prevenir o abuso da função criadora, diversas medidas foram tomadas pelos Líderes encarregados da Evolução.
Esta criatura semianimal de meados da Época Lemúrica, embora horrenda em seu aspecto, era, no entanto, um diamante bruto, destinada a tornar-se mais tarde o instrumento perfeito e o formoso templo de um Espírito interno. Para isto, era preciso um mecanismo de controle, um cérebro, e um segundo sistema nervoso, capazes ambos de serem comandados pela Vontade, que era a força do morador em perspectiva, o Ego.
O total da força criadora podia ter sido usado com esse propósito, mas, como o uso de qualquer ferramenta causa o seu desgaste, um plano para substituir o instrumento gasto quando abandonado pelo Espírito, na morte, foi também idealizado, e assim a força criadora em cada ser humano foi dividida: metade continuou fluindo para cima, como antes, para construir um cérebro e uma laringe, através dos quais o Espírito pode controlar seus instrumentos e expressar-se em pensamentos e palavras; e a outra metade foi impelida para baixo, aos órgãos criadores, para reprodução.
Este arranjo valeu mais para prevenir os abusos, já que tornou mais difícil a geração. Antes da separação dos sexos, cada um podia gerar sem ajuda. Depois da divisão, fez-se necessário a cada um procurar a cooperação de outrem que possuísse a metade oposta da força sexual necessária à reprodução.
A mudança de voz dos rapazes na puberdade mostra a relação que existe entre os órgãos criadores e a laringe. Uma vez que metade da força sexual constrói o cérebro, aquele que se super-excede no uso do sexo converte-se em idiota. Por outro lado, o pensador profundo, particularmente o espiritualista, sente pouca ou nenhuma inclinação para o coito, já que emprega a maior parte de sua energia criadora no cérebro.
Apenas os Anjos trabalharam com o homem na Época Hiperbórea, quando este dispunha somente do Corpo Denso e do Corpo Vital, mas, na Época Lemúrica, – quando o Corpo de Desejos lhe foi acrescentado – os Arcanjos também começaram a participar do trabalho, ajudando o infante Espírito humano a controlar seus futuros veículos. Assim, pois, neutralizaram eles o Corpo de Desejos de tal modo que o mesmo só se tornava sexualmente ativo em determinadas épocas do ano. Na última parte da Época Lemúrica e princípio da Época Atlante, o cérebro e o sistema cérebro-espinhal haviam evoluído o suficiente para permitir que o elo da Mente fosse estabelecido. Então, o Ego começou a penetrar aos poucos em seus corpos, tornando-se assim um espírito interno em meados da Época Atlante, plenamente consciente de seu ambiente externo. Antes que a entrada nos corpos fosse completada – especialmente na última parte da Época Lemúrica – a consciência do homem estava voltada para dentro, sendo ele mais consciente do mundo espiritual. Nascimento e morte eram, portanto, inexistentes para, do mesmo modo que o brotar, secar e cair de uma folha não existe para a planta. Sua consciência permanecia continuamente nos mundos internos quer tivesse ou não um corpo, pois era inconsciente deste, embora utilizando-o por completo, à semelhança do que ocorre no uso de nosso estômago e pulmões, isto é, utilizamo-los inconscientemente.
Nas aludidas épocas do ano, os Arcanjos suspendiam sua influência restritiva sobre os Corpos de Desejos. Então, os Anjos conduziam os seres humanos a grandes templos, onde o ato gerador era realizado nos momentos estelares mais propícios. As viagens de lua-de-mel de nossos dias são reminiscências atávicas daquelas migrações com propósitos geradores e mostram a relação que tinham com os corpos celestiais pela denominação “lua-de-mel”.
Quando a propagação havia sido efetuada, o Corpo de Desejos era novamente neutralizado. Em consequência, o parto era totalmente indolor, conforme se dá atualmente com os animais, que se encontram em idênticas condições.
Esse era um estado livre de cuidados, mas o homem era extremamente limitado em sua consciência, sendo guiado e controlado independentemente de sua vontade por agentes externos. Se tais condições houvessem prevalecido, o homem continuaria sendo um autômato guiado por Deus. Nunca poderia tornar-se uma Inteligência Criadora autoconsciente – conforme está destinado a ser – até que afastasse toda sujeição e atuasse em sua própria salvação.
Por conseguinte, exaltados Guias de uma evolução mais avançada foram enviados para instruir o homem e despertá-lo para conhecer o mundo externo ou material. Drásticas medidas impuseram-se, então, naturalmente, e por seguidas eras. Os meninos eram exercitados no desenvolvimento da Vontade, que era a contraparte espiritual de sua força criadora positiva. Faziam-nos carregar pesados fardos, ensinando-os a fortalecerem os braços pela vontade. Os rapazes eram obrigados a se enfrentarem em lutais brutais; seus membros eram estropiados; seus corpos eram queimados ou empalados, etc., num esforço para despertar o Ego à consciência do Corpo Denso e do mundo externo.
As mulheres eram conduzidas às imensas florestas em formação que vicejavam luxuriantes no solo úmido e quente. Eram expostas à fúria das tempestades e furacões que assolavam a Terra na Época Lemúrica e levadas a contemplar as erupções vulcânicas, o que produzia imagens ante sua visão interna. Faziam-nas presenciar também lutas ferozes entre os homens com o objetivo de despertar-lhes a Imaginação.
Imaginação é o polo espiritual negativo da força criadora, que reflete na consciência interna as cenas do mundo externo como se fossem sonhos. Deste modo, as mulheres foram as primeiras a dar-se conta da existência do Mundo Físico e do Corpo Denso, pelo que começaram a pregar o evangelho do corpo do homem, a quem falaram daquela obscura percepção inicial da existência física.
Em nossos dias, aqueles que começaram a sentir a alma e por isso tentam pregar o evangelho do mundo espiritual onde o Espírito vive, geralmente encontram a barreira da incredulidade e do ridículo, tal como aconteceu às mulheres lemúricas quando tentaram convencer seus contemporâneos de que tinham um Corpo Denso.
Entre as observações feitas por essas videntes, estava o fato de que às vezes o homem perdia o seu corpo, o qual se desintegrava. Elas podiam continuar a vê-lo no mundo espiritual conforme o viam antes, mas como ele se havia ido da existência material, isso as deixava confusas.
Dos Anjos, nenhuma informação elas podiam obter, pois, ainda que estes atuassem sobre o Corpo Denso, não o faziam diretamente, mas usavam o Corpo Vital como transmissor, não se podendo fazer entender por um ser que raciocinasse cerebralmente. Os Anjos conseguiram o conhecimento sem precisar utilizar o raciocínio, pois externaram todo o seu amor em seu trabalho, recebendo em troca torrentes de Sabedoria Cósmica. O ser humano também cria pelo amor, embora seu amor seja egoísta. Ele ama porque deseja. A cooperação na propagação é um exemplo, porque nisso ela participa somente com a metade da força criadora. A outra metade é conservada egoisticamente para manter seu próprio órgão pensante – o cérebro – e utiliza-se dessa metade também egoisticamente para pensar, porque deseja conhecimento. Daí, ele precisar esforçar-se e raciocinar para obter sabedoria. No devido tempo, porém, ele alcançará um estado muito superior ao dos Anjos e Arcanjos. Então, haverá ultrapassado a necessidade dos órgãos criadores inferiores: criará por meio da laringe, podendo “fazer do verbo carne”.
Naquela fase, a mulher também não podia raciocinar, pois, tendo sido a Mente dada pelos Poderes das Trevas, era naturalmente obscura. De forma que, antes de poder ser utilizada para correlacionar fatos, precisava ser iluminada. Somente depois de ter isso acontecido, pôde o homem lançar a “Luz da Razão” sobre os seus problemas.
É aqui que pela primeira vez ouvimos falar de “Lúcifer” – o “Portador de Luz” – que falou à mulher e ajudou-a a solucionar o enigma, indicando-lhe como, com a cooperação do homem, poderia ela exercer a função criadora independentemente dos Anjos, de modo a prover de novo corpos àqueles que os tivessem perdido, escapando dessa maneira à morte.
Ele pergunta se Deus os havia proibido de comer os frutos das árvores. É-lhe dito, então, que haviam sido proibidos de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal sob pena de morrerem.
Que a árvore do conhecimento é uma expressão simbólica da função geradora, torna-se evidente quando recordamos quão limitada era a consciência humana naquela época. O homem não conhecia ou não se dava conta de nada fora de si mesmo; seus olhos ainda não haviam sido abertos; sua consciência era interna, como a consciência pictórica dos nossos sonhos, exceto em que não era confusa. Mas achava-se tão alheio ao mundo e aos seres externos, como em nossos dias estamos do mundo espiritual, salvo nas ocasiões em que era conduzido aos templos e posto em íntimo contato sexual com outro ser humano. Então, por um momento, o Espírito rompia o véu da carne e homem e mulher se conheciam um ao outro em Corpo Denso. Para o Iniciado, a Bíblia registra isso de maneira maravilhosamente iluminadora quando usa a mesma expressão em muitas passagens, tais como: “Adão conheceu sua mulher”, e na pergunta de Maria: “Como poderei conceber, visto que não conheço homem? As dores do parto são, pela lógica, mais uma penalidade pela violação de uma regra de relação sexual do que um castigo por se haver comido uma maçã.
A serpente disse à mulher: “É certo que não morrereis, porque Deus sabe que no dia em que dela comerdes abrir-se-vos-ão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal “. Este último era ainda desconhecido para o homem.
Seguindo o conselho, a mulher obteve a cooperação do homem e, mediante a força de vontade, libertaram seus corpos de desejos. Esta faculdade era então muito mais poderosa que agora, porque é lei que toda nova faculdade sempre é adquirida à custa do enfraquecimento de outro poder anterior, como quando se adquiriu a faculdade de pensar ao preço da metade da força criadora. A força de vontade do homem era tal que a preocupação de Deus “receando que o homem comesse também da árvore da vida e se tornasse imortal” estava plenamente justificada, pois, tivesse ele se apoderado do segredo para renovar o Corpo Vital e o denso, teria sido capaz de criar um corpo e vitalizá-lo para sempre. Então, a morte não teria verdadeiramente existido, mas tampouco teria havido qualquer evolução. E, como o homem então não sabia – e não sabe até agora – construir um corpo perfeito, a posse daquele segredo teria sido, com efeito, a maior de todas as calamidades. A morte não é uma desgraça, mas um amigo, quando chega naturalmente, porque liberta-nos de um ambiente cujo proveito já haurimos e de um corpo que já nos tolhe. Isto para que possamos ter outra oportunidade de aprender novas lições em novo e melhor corpo.
O uso desenfreado da função sexual resultou em fazer o homem cada vez mais consciente do seu corpo. “Seus olhos foram abertos” e sua atenção focalizou-se mais e mais no Mundo Físico até que, gradativamente, todos se esqueceram dos mundos superiores, chegando muitos a descrer de que o homem habita um espírito imortal. A morte do corpo converteu-se para eles em uma coisa terrível, uma tremenda calamidade, a despeito de todas as afirmações em contrário, pois acreditavam na aniquilação total. Assim, ainda que a palavra de Lúcifer fosse verdadeira quanto à criação de um novo corpo, a palavra do Anjo o fora ainda mais, porque de fato a morte não existiu até o homem haver perdido sua consciência dos mundos superiores.
Quanto ao anátema: “Em dores darás à luz teus filhos”, não se trata absolutamente de uma maldição. A frase bíblica é apenas o enunciado dos efeitos que inevitavelmente resultariam do abuso ou uso ignorante da função criadora.
Enquanto essa se realizava sob a sábia orientação dos Anjos, em certas épocas do ano em que as forças cósmicas entre os planetas eram mais favoráveis, o parto efetuava-se sem dor, mas, como o homem era e é ignorante desses fatores, a transgressão às suas regras resultou em dor.
Por conseguinte, o cérebro e o órgão vocal foram adquiridos ao custo da metade da força criadora. A emancipação da guia dos Anjos, o poder de iniciativa na ação para a escolha do bem ou do mal, e a consciência do mundo material, isso tudo é nosso ao preço da tristeza, da dor e da morte.
Mas todas as coisas no mundo trabalham para o bem no reino de Deus. Mesmo aquilo que é mal transmuta-se, por meio de sutilíssima alquimia espiritual, em trampolim para um bem maior.
Tendo sido exilado do Jardim do Éden – a Região Etérea – por ter aprendido a conhecer o mundo material mediante repetidos abusos sexuais que focalizaram sua atenção aqui, o homem começou a ter seu Corpo Denso endurecido por esse crescente uso do Corpo de Desejos. Então, precisou de alimento e abrigo. Deste modo, impunha-se a habilidade física, a destreza, para que seu corpo fosse sustentado. A fome e o frio, portanto, foram os látegos do mal que despertaram essa habilidade, pois forçaram o homem a pensar e agir no sentido de prover suas próprias necessidades. E assim, gradativamente, ele aprendeu a ser prudente. Aprendeu a acumular para essas contingências antes mesmo que elas surgissem, porque os tormentos da fome e do frio já o haviam ensinado a prevenir-se. Assim é que a sabedoria é sofrimento cristalizado. Quando podemos serenamente contemplar os sofrimentos nossos que ficaram para trás, extraindo deles as lições que trouxeram, então eles se convertem em fontes de sabedoria e de futuros regozijos, porque através deles é que aprendemos o conhecimento aplicado, a única salvação. Isto pode parecer uma asserção indelicada e duvidosa, mas, se experimentarmos meditar sobre o assunto, concluiremos que ela é tão absolutamente verdadeira e possível de demonstrar como dois e dois são quatro.
Sobre a pergunta: “Quem são esses Lucíferes?” (pois, embora a Bíblia pareça referir-se a uma pessoa apenas, é um erro considerarmos essa singularidade; o mesmo se dá com referência a Deus no singular, no primeiro capítulo do Gênese), esta classe de Seres pertence a uma onda de vida que alcançou um estado evolutivo muito superior ao de nossa humanidade no Período Lunar, mas que ficou um pouco aquém do desenvolvimento alcançado pelos Anjos. Os Lucíferes são semideuses, mas não puderam possuir um Corpo Denso como o homem, nem puderam adquirir experiências, conforme acontece com os Anjos. Precisavam para isso de um cérebro e de uma medula espinhal. Portanto, quando o homem havia construído tais instrumentos, foi para proveito deles que o instigaram a usá-los sem demora.
Naquela época, a incipiente consciência do homem estava voltada para dentro. Por isso, ele via seus órgãos internos e os construía com a mesma força que agora se exterioriza para construir casas, navios, etc., e os músculos externos de seu corpo. Deste modo, a mulher, que estava mais avançada em tal direção em virtude de ter exercitado sua Imaginação, viu a inteligência encarnada em sua medula espinhal serpentina, de maneira que, num estado posterior, quando o homem recordou essa experiência, a serpente pareceu-lhe a semelhança mais próxima daquilo que desejava exprimir a respeito.
Esta ideia transparece por toda a Bíblia. No Capítulo XIV do livro do profeta Isaías, ele é chamado Lúcifer (a “estrela da manhã”), rei de Babel-On (a “porta do Sol”), cidade situada sobre sete colinas, com domínio sobre o Mundo.
A humanidade deixou então de agir uniformemente, dividindo-se em diversas nações guerreiras. Isto foi a geratriz de todos os males imagináveis, e que a Revelação denomina “Rameira” ao descrever sua queda.
Como suprema antítese, ouvimos falar de uma outra “Luz do Mundo”, de outra “luminosa estrela da manhã”, de uma luz verdadeira (Cristo) que se erguerá após a queda da Babilônia e reinará para sempre na cidade da paz – Jer-u-salem – também chamada “Noiva”. Esta descerá dos céus e terá doze portais que nunca se fecharão, embora a preciosa árvore da vida esteja lá dentro. Iluminação externa não existe, pois nela toda a luz está dentro, e a noite não existe.
Essa cidade é verdadeiramente maravilhosa, e a maior antítese da outra, jamais imaginável. Mas o que significam essas duas cidades, já que uma interpretação literal para ambas está fora de cogitação? Admitindo-se que a Babilônia tenha existido, tal cidade não era literalmente conforme a descreveram. Por outro lado, a futura “Nova Jerusalém” é contrária a todas as leis conhecidas da natureza. Estas duas cidades devem, portanto, ser apenas simbólicas.
A fim de decifrarmos seu significado, consideremos as duas cidades situadas no alto de sete colinas ou montes, posição que oferece uma especial vantagem à observação. Moisés foi à “montanha” e “viu” e “ouviu”, o mesmo acontecendo àqueles que subiram ao “monte” da transfiguração. Daniel compara a Babilônia à cabeça da estátua que Nabucodonosor viu em sonhos. E na cabeça humana existem sete pontos de observação: dois olhos, dois ouvidos, dois orifícios nasais e uma boca. Sobre estes, situa-se o cérebro, de onde o “dador de Luz” – a razão – governa o pequeno mundo, o microcosmo, assim como o Grande dador de Luz – Deus – governa o macrocosmo.
A razão é produto do egoísmo, pois é gerada pela Mente dada pelos “Poderes das Trevas” em um cérebro construído pela metade da força sexual egoisticamente acumulada, e que foi estimulada pelos egoístas Lucíferes. Por conseguinte, ela é a “semente da serpente” e, embora possa ser convertida em sabedoria mediante a dor e a tristeza, deve, contudo, dar lugar a algo superior: a intuição, que significa “ensino que provém de dentro”. Sendo uma faculdade espiritual, a intuição faz-se presente de modo equitativo em todos os Espíritos – quer estejam estes funcionando num corpo masculino, quer num corpo feminino – muito embora manifeste-se mais enfaticamente nos Egos encarnados em organismos femininos, pois nestes a contraparte do Espírito de Vida (o Corpo Vital) é masculina ou positiva. Sendo, pois, uma faculdade do Espírito de Vida, a intuição pode apropriadamente ser chamada “semente da mulher”, de onde emanam todas as tendências altruísticas e, mediante as quais, todas as nações do mundo, lenta, mas seguramente, agrupar-se-ão até formarem uma Fraternidade Universal de amor sem preconceito de raça, sexo ou cor.
Nosso cérebro, entretanto, não é um todo homogêneo. Divide-se em duas metades, e, de acordo com os fisiologistas, a grande maioria das pessoas utiliza-se principalmente de apenas um desses hemisférios cerebrais: o esquerdo. O outro hemisfério, o direito, é ativo só parcialmente. O coração também se situa no lado esquerdo do nosso corpo, mas começa a dirigir-se para o lado “direito”. O cérebro “direito” tornar-se-á cada vez mais ativo de modo que, em consequência destas duas alterações fisiológicas, o caráter do homem será completamente modificado. O lado esquerdo está sob o domínio dos Lucíferes e entregue ao egoísmo, mas o Ego terá, por sua vez, crescente domínio sobre ele à medida que o lado direito do cérebro vá conquistando o poder de atuar sobre o corpo inteiro como “critério reto”.
Que esteja havendo uma mudança no coração que faz dele uma anomalia, um enigma, não é novidade para os fisiologistas. Temos duas grandes classes de músculos. Uma delas está sob o controle da vontade, como por exemplo os músculos dos braços e das mãos. Estes são estriados em dois sentidos: longitudinal e transversal. Os músculos involuntários que respondem pelas funções que estão fora do alcance da vontade e que não podem ser acionados pelo desejo são estriados apenas no sentido longitudinal. Mas, destes, o coração é a única exceção. Ele não está sob o domínio do desejo, contudo começa a mostrar estrias transversais como um músculo voluntário.
No devido tempo, essas estrias transversais ter-se-ão desenvolvido plenamente, e o coração estará sob o nosso controle. Então seremos capazes de dirigir a corrente sanguínea para onde queiramos fazê-lo. Poderemos ainda limitar o suprimento normal do sangue para o hemisfério cerebral esquerdo, provocando, desta maneira, a queda de Babilônia, a cidade de Lúcifer.
Quando o sangue puder ser enviado para o hemisfério cerebral direito, estaremos construindo a Nova Jerusalém. Por enquanto, preparamo-nos para aquela era, construindo as estrias transversais no coração por meio de ideais altruísticos ou, no caso do discípulo, enviando para lá as correntes sexuais através do caminho da direita do coração.
Recordemos que os Querubins despertaram o Espírito de Vida – a fonte do amor divino – cuja contraparte é o Corpo Vital, o meio de propagação, e que, quando o homem foi expulso da Região Etérea com suas quatro camadas de éter, o Jardim do Éden, por ter usado indevidamente a força sexual, um Querubim postou-se à sua entrada empunhando uma espada flamejante. O uso apropriado da força sexual constrói um órgão que dará ao homem a chave dos Mundos internos e o ajudará a criar por meio do pensamento. Então, a tristeza e a dor não mais existirão e ele terá entrado na senda que conduz à Cidade da Paz – Jer-u-salem.
A Lemúrica sucumbiu pelo fogo, em meio a terríveis cataclismas vulcânicos, surgindo em seu lugar a Atlântida. No devido tempo, esta foi sepultada sob as águas, dando lugar à Ariana – a Terra como a vemos na atual Época Ária – e que logo passará. As Salamandras começam a avivar o fogo na forja, a fim de que se façam “um novo Céu e uma nova Terra” a que as Escolas de Mistério do Ocidente chamam de “Nova Galileia”.
Nas duas primeiras épocas, o homem desenvolveu um Corpo e o vitalizou; na Época Lemúrica, desenvolveu o Desejo; a época Atlante produziu a Habilidade; e o fruto da Época Ária é a Razão.
Na Nova Galileia, a humanidade terá um corpo muito mais delicado e etéreo que agora, a Terra também será transparente e, como resultado, esses corpos responderão mais facilmente aos impactos espirituais da Intuição. Tais corpos não conhecerão o cansaço, daí não precisarem das noites para repouso, as quais também não existirão. Os doze nervos cranianos, que são os portais para o trono da consciência, nunca estarão fechados. Além disso, a Nova Galileia será formada de éter luminoso e transmitirá luz solar. Essa será uma terra de paz (Jer-u-salem), pois a Fraternidade Universal unirá todos os seres de toda a Terra no Amor. A morte não poderá existir porque a árvore da vida – a faculdade de gerar energia vital – será possibilitada através do já referido órgão etéreo da cabeça, o qual estará aperfeiçoado naqueles que desde agora estão sendo escolhidos para serem os precursores da humanidade nessa Era vindoura.
Fala-se dessa raça futura como sendo a “Raça de Cristo”. Entenda-se, porém, que tal denominação não se deve ao Cristo externo, mas sim porque a humanidade de então terá desenvolvido o princípio Crístico dentro de si, agindo somente pelos ditames do espírito através da Intuição, de modo que tudo o que fizer será feito por Amor. Somente por tal progresso individual pode a salvação da Raça ser efetuada, pois, conforme Angelus Silesius:
“Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém,
Se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida.
Em vão olharás a Cruz do Gólgota
A menos que dentro de ti Ela seja novamente erguida.”
[5] N.T.: Jo 14:12
[6] N.T.: Ao mencionar o nome de Fausto, a maioria da gente culta pensa na adaptação teatral desta ópera, feita por Gounod. Alguns admiram a música, mas o argumento não parece impressionar ninguém, de modo particular. Tal como se apresenta nesta ópera, a história parece ser demasiadamente comum: um homem sensual atraiçoa uma donzela ingênua e abandona-a, depois, para que expie sua loucura e sofra o resultado do seu excesso de confiança. A magia e bruxaria de algumas cenas da obra são consideradas, pela maioria das pessoas, como fantasias de um autor, aí introduzidas para dar às ações sórdidas mais vigor e interesse. Quando Fausto é levado por Mefistófeles aos infernos e Margarida sobe ao céu nas asas angelicais, no final, as pessoas imaginam que esta é a moral que convém para concluir dignamente a obra. Todavia, pouca gente sabe que a ópera de Gounod está baseada no drama de Goethe (um poema trágico do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, dividido em duas partes. Está redigido como uma peça de teatro com diálogos rimados, pensado mais para ser lido que para ser encenado. É considerado uma das grandes obras-primas da literatura alemã.). Os que estudaram esse drama, forma dele uma ideia muito diferente da que o argumento da ópera sugere. Somente os poucos místicos iluminados veem na obra de Goethe a mão inequívoca de um companheiro Iniciado e iluminado e reconhecem, perfeitamente, a grande significação cósmica da obra. É preciso compreender, claramente, que a história de Fausto é um mito, tão antigo como a Humanidade. Goethe apresentou-o numa forma mística apropriada, esclarecendo um dos mais antigos problemas da atualidade: a relação e a luta entre a Maçonaria e o Catolicismo, já examinada, sob outro ponto de vista, num livro anteriormente publicado “A Maçonaria e o Catolicismo-Max Heindel-Fraternidade Rosacruz”.
[7] N.T.: do livro: “Whatever is, is best: A collection of poems” de Ella Wheeler Wilcox, cuja frase: “Não, o que quer que seja, é o melhor”, foi dita por Theophilus Lindsey, teólogo e clérigo unitário inglês (3 de novembro de 1808), a um amigo que sugeriu que Lindsey foi fortalecido pelo ditado: “Tudo o que é, está certo”.
No Período Terrestre foram diversas Hierarquias Criadoras que trabalharam sobre nós, como os Arcanjos (Humanidade do Período Solar), Senhores da Mente (Humanidade do Período de Saturno) e Senhores da Forma que ajudaram essas Hierarquias, pois tem a seu cargo o Período Terrestre e essa ajuda foi bem-vinda para que pudéssemos chegar à Individualidade, ou seja, a total expressão nossa nos três Mundos.
Ainda nessa Época nós estávamos sob a guarda dos Anjos. Por outro lado, reconstruímos nosso o nosso Corpo de Desejos, inconscientemente, pois tínhamos um grau de consciência analogamente ao animal atualmente – um “ser humano-animal”. Neste tempo as relações sexuais eram consumadas sob a sábia tutela dos Anjos. Também não estávamos conscientes da existência de tristezas, dores e da morte aqui. Em determinados períodos do ano (durante essa Época Lemúrica), os Arcanjos retiravam sua restritiva influência sobre o Corpo de Desejos, e os Anjos nos conduziam a grandes templos, onde o ato gerador era realizado nos momentos em que as configurações astrológicas eram as mais propícias.
Vivíamos inocentes e pacificamente na atmosfera nebulosa, densa e semelhante a névoa ígnea do Período Lunar, que envolvia a Terra durante a última parte da Época Lemúrica.
Foi nesta Época que a crosta terrestre começou então a adquirir dureza e solidez em algumas partes, enquanto em outras ainda estava em fusão, e entre aquelas ilhas de crosta dura havia um mar de água fervente. Erupções vulcânicas e cataclismos marcaram a época em que os fogos ardentes lutaram contra a formação da crosta que os rodeava e que os aprisionava. Nas partes mais duras e relativamente frias, vivíamos rodeado de florestas gigantescas e animais de enorme porte.
As formas dos animais e as nossas ainda eram muito plásticas. O esqueleto já estava formado, mas ainda tínhamos o grande poder de modificar ou modelar a “carne” do nosso corpo e dos animais que nos cercavam.
Quando em meados da Época Lemúrica se efetuou a separação dos sexos, nós, o Ego, começamos a agir ligeiramente em nosso Corpo Denso, criando órgãos internos. Naquele tempo, o não tínhamos plena consciência de vigília, tal como possuímos hoje, mas com metade da força sexual criadora, construímos o cérebro para expressão de pensamento aqui, na forma já indicada. Estávamos mais despertos nos Mundos Espirituais do que no Mundo Físico, mal podíamos ver nosso Corpo e éramos inconscientes do ato de propagação (relação sexual ou ato gerador). O Mundo do Desejo nos era muito mais real. Tínhamos a consciência do sono com sonhos do Período Lunar, uma consciência pictórica interna.
A Época Lemúrica é descrita na Bíblia como a obra do quinto dia. Aqui cultivamos um Corpo de Desejos, um veículo de paixões e emoções, e possuíamos a mesma constituição de um animal atual. Então o leite, um produto dos animais vivos, foi acrescentado a nossa dieta alimentar por ser essa substância mais facilmente influenciada pelas emoções. Abel, o símbolo do ser humano dessa época, é descrito como sendo um pastor. Em nenhum lugar está escrito que ele tenha matado um animal para se alimentar. O alimento era obtido de animais viventes para suplementar o antigo alimento vegetal.
Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz
No princípio do nosso desenvolvimento nesses Esquema de Evolução todos nós éramos Clarividentes involuntários, por ser débil o laço existente entre o Corpo Vital e o Corpo Denso. Foi essa a nossa condição, por exemplo, na Época Lemúrica desse Período Terrestre. Temos, no livro Conceito Rosacruz do Cosmos, uma descrição detalhada de: quando foi, porque tinha que ser assim e para que serviu naquele momento. De então para cá, os nossos Corpo Denso e Corpo Vital se compenetraram muito mais intimamente; isso na maioria de nós; porém, entre nós há o que chamamos de “pessoas sensitivas”, onde esse laço entre os dois Corpos citados é pouco firme. É essa debilidade desse elo que constitui a diferença entre as “pessoas sensitivas” e as “pessoas não sensitivas”, inconscientes de toda classe de vibrações não perceptíveis pelos cinco sentidos.
Ainda temos duas classes de “pessoas sensitivas” entre nós: a primeira classe é composta daquelas que não estão, ainda, firmemente ligadas à matéria, como muitos irmãos e muitas irmãs que ainda estão no caminho descendente desse Esquema de Evolução (ou seja: ainda não atingiram o nadir da materialidade, não alcançaram o ponto de domínio da Região Química do Mundo Físico – mormente os que nascem e vivem no lado oriental do nosso Planeta Terra); a segunda classe é composta daquelas que estão na vanguarda da evolução (ou seja: já atingiram o nadir da materialidade, já alcançaram o ponto de domínio da Região Química do Mundo Físico (aqui incluindo os que estão buscando treinamento esotérico para viver conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico) – mormente os que nascem e vivem no lado ocidental do nosso Planeta Terra).
Essa segunda classe de pessoas podemos dividir em dois tipos. No primeiro tipo estão as pessoas que, por vontade própria, desenvolvem a força vibratória dos órgãos agora unidos com o Sistema Nervoso voluntário. Convertem-se, por treinamento esotérico, em Clarividentes voluntários ou positivos; nessas pessoas os centros sensoriais dos seus Corpos de Desejos produzem vórtices que giram no sentido do movimento dos ponteiros de um relógio analógico.
E no segundo tipo estão as pessoas de “vontade fraca”, que se deixam se desenvolver em maneira passiva (ou seja: ativam a reminiscência daquele momento desse Esquema de Evolução que descrevemos no início desse texto; afinal é muito mais fácil revivenciar algo que já experimentou no passado do que conquistar algo novo). Despertam o Plexo Celíaco (ou Plexo Solar) e outros órgãos unidos com o Sistema Nervoso involuntário e desenvolvem um estado de consciência dos planos interiores, como imagem refletida num espelho, semelhante à consciência que nós possuíamos na Época Lemúrica. Os centros sensoriais dos seus Corpos de Desejos giram ao contrário do movimento dos ponteiros de um relógio analógico. Assim, convertem-se em Clarividentes involuntários ou negativos (por exemplo, os médiuns), sem controle próprio algum sobre a faculdade desse tipo de Clarividência. Muitas vezes, são vítimas de espíritos inferiores, apegados à Terra – irmãos e/ou irmãs que morreram e que não quiseram entrar no Purgatório e começarem, de fato, a viver a vida celeste – que, dizendo-se “Guias”, “Líderes”, “espíritos de luz”, “fulano ou ciclano”, desenvolvem suas vítimas como, por exemplo, “médiuns de transe”.
Se a união entre os Corpos Denso e Vital do Clarividente involuntário é particularmente frouxa, desenvolvem-no como, por exemplo, “médium de materialização”. Espíritos de elevada natureza moral nunca exercem controle sobre nenhuma pessoa, pois conhecem métodos muito mais eficazes de prestar auxílio a quem precisa e compreendem o quanto é prejudicial para ele e para a pessoa que precisa de ajuda burlar o livre arbítrio e tomar posse de um Corpo que não é seu. São os espíritos inferiores e apegados à Terra que se encarregam disso.
A morte não tem poder de transformação. Não converte o pecador em santo, nem o ignorante em sábio. É patético, para o Clarividente voluntário treinado ver espíritos carentes de experiência controlarem “pessoas sensitivas” daquele segundo tipo descrito acima.
O espírito inferior e apegado à Terra inexperiente, às vezes, entra e toma posse do Corpo, de modo que não pode sair dele, quando quiser. Então, o Ego – o dono do Corpo Denso – perdeu seu Corpo e a sua Personalidade muda completamente.
Os elementais são uma classe de espíritos sub-humanos. Frequentemente, tomam posse dos Corpos de Desejos, já abandonados por seres humanos inferiores, e têm poder sobre os Clarividentes involuntários, como “espíritos de controle”. Na materialização dos espíritos, o Éter do Corpo Vital do Clarividente involuntário é retirado por meio do baço e usado como meio de materialização, atraindo partículas de pó, para torná-lo visível. Esse procedimento debilita seriamente a vitalidade do Clarividente involuntário e, não raro, um extremo esgotamento leva-o a consumir bebidas alcoólicas, drogas e outros estimulantes.
Às vezes, durante anos, “espíritos de controle” perversos assumem atitudes de santos, precisamente para controlar suas vítimas. Geralmente só proclamam trivialidades altissonantes e hipocrisias insensatas, de nenhum valor. Alegram-se em enganar suas vítimas, abandonando-as posteriormente. Depois de ter dominado um Clarividente involuntário durante toda a vida, podem, na morte, usurpar os veículos que mantêm a experiência da vida e retê-los durante séculos, atrasando terrivelmente a evolução do Ego. Por conseguinte, aconselhamos insistentemente, a todos os Estudantes Rosacruzes: nunca consintam ser guiados, ou controlados, por espíritos de irmãos ou de irmãs desencarnados (que estão apegados à Terra e exerçam a função de “espírito de controle”) que não possam ver e sobre os quais nada saibam. É necessário não abandonarmos, jamais, o controle de nós mesmos. Afinal o domínio próprio, o autocontrole é uma das principais qualidades que o Estudante Rosacruz deve cultivar e vivenciar nessa vida.
No hipnotismo, o hipnotizador obtém controle sobre a vítima, induzindo-a, primeiro, a fazer-se perfeitamente negativa, ou passiva. Depois, agindo na cabeça do Corpo Vital do indivíduo, oprime-a, de tal modo, que a desliga da cabeça física, fazendo-a cair em volta do pescoço. O contato entre o Ego e o Corpo Denso fica cortado, como durante o sono. Então, a cabeça física fica com o éter do Corpo Vital do hipnotizador. Desse modo, o hipnotizador obtém poder sobre o indivíduo e, pelo contato assim estabelecido, pode transmitir e obrigar a pessoa hipnotizada a cumprir sua vontade. Estabelecido o domínio sobre a vítima, pode mantê-lo o tempo que queira e independentemente de toda distância. Só a morte pode romper esse contato.
De nenhum modo é recomendável ao Estudante Rosacruz assistir à reuniões, sessões ou quaisquer encontros onde há a condição de possessão por “espíritos de controle”, parcial ou totalmente em Corpo Densos de irmãos ou irmãs que se prestam como Clarividentes involuntários (e que querem induzir aos presentes a fazer o mesmo, ainda que esses estejam inconscientes, na maioria das vezes, por desconhecimento das consequências na vida deles), ou demonstrações de hipnose ou hipnotismo, porque existe o perigo de algum “espírito inferior” se apegar ao Estudante Rosacruz, causando muitos mais incômodos, dado o processo de Treinamento Esotérico que esse está se desenvolvendo.
A prancheta é outro meio pelo qual os “espíritos desencarnados” e/ou os elementais podem dominar os crédulos. Ao empregar esse objeto, como diversão, uma pessoa negativa é, gradualmente, colocada sob controle, primeiro a mão e o braço usados e, finalmente, toda a Personalidade. Os pais não devem nunca permitir a seus filhos usar a prancheta como brinquedo!
Há um meio de nos proteger contra influência e domínios externos: vivendo uma vida pura e empregando os dias em atos de servir a Deus e aos seres humanos, elaborando pensamentos e atos de natureza pura e nobre, sempre. Assim, aumentamos e convertemos em positivos nossos veículos sutis, de maneira que nenhuma entidade possa forçar a entrada em nossa aura, nem exercer qualquer controle sobre nós (“contra a luz a trevas nunca prevalecem”). Assim, também, construímos o Corpo- Alma, com os Éteres superiores, uma força espiritual radiante que nenhuma entidade de fora pode subjugar.
O objetivo do método de desenvolvimento Rosacruz é precisamente este: emancipar o Estudante Rosacruz da dependência dos outros (encarnados ou desencarnados) e obter confiança em si mesmo, no mais alto grau.
Se formos escravos, ou instrumentos de hipnotizadores, ou de espíritos desencarnados, ou de elementais, nunca poderemos obedecer ao Deus interno, nem escutar as ordens do nosso “Eu superior”.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz de novembro/1972-Fraternidade Rosacruz-SP)