Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que os graus Iniciáticos menores, quando alcançados por meio do Caminho Cristão Místico, não se realizam obrigatoriamente na ordem exposta pela Filosofia Rosacruz (que nos ensina como alcançar as Iniciações Menores pelo Caminho do Cristão Ocultista). Ao mesmo tempo, são experiências que devem ser vivenciadas em todos os graus, desde uma pessoa comum. De fato, o Batismo ou o despertar se efetiva grau a grau, em cada vislumbre, cada nova ideia, cada nova experiência, cada nova vivência emocional. É o nascer gradativo, que sucede ao morrer gradativo.
A Tentação se dá todos os dias. Oportunidades pequenas, mas, expressivas, de autossuperação. Verdadeiro herói não é o que realiza grandes façanhas, com desprezo à vida e temeridade. Não. Verdadeiro herói é o que vence, todos os dias, pequenas falhas, num ritmo seguro, constante, rumo à meta.
A Transfiguração, ou renovação do ser, é decorrente da transformação. A cada falha superada e nova virtude conquistada, ocorre, em grau infinitesimal, uma correspondente eterização dos Corpos Densos.
Assim também com os passos correspondentes à Última Ceia e Lavapés; ao Horto da Agonia; à Estigmata; à Crucifixão; à Ressurreição e Ascensão. A cada pequeno passo, distanciamo-nos do sentido humano e nos aproximamos do “Eu real”, para mais íntima comunhão com Ele. Com isso vamos experimentando a solidão do incompreendido; o sofrimento da Personalidade ao se desligar do sentido humano. É um “morrer todos os dias”, como disse S. Paulo, em graus correspondentes ao nosso nível de Consciência; uma lenta crucifixão, que nos permite ressurgir aos poucos, numa expansão gradual de Consciência. Espirais dentro de espirais, todos os graus Iniciáticos se realizam diariamente, nos mais variados níveis de evolução. Assim como nas matemáticas, o sentido de proporção, de quantidade, de unidade, se desenvolve desde as primeiras noções do curso fundamental na escola e se vai aprofundando gradativamente até o curso superior e além desse; assim, também com os diversos aspectos Iniciáticos: eles vão desabrochando incipientemente em graus pequeníssimos, que se ampliam na medida em que se processa a evolução, até assumirem a proporção de grandes espirais nos níveis Iniciáticos propriamente ditos.
Ora, também a escalada evolutiva, em níveis comuns, se divide em duas etapas, como nos graus das Iniciações Menores:
a) Levando-nos do estado humanamente mal ao humanamente bom;
b) e do humanamente bom à Iniciação.
A cena do calvário, vista na Memória da Natureza, apresenta muitos crucificados junto com Cristo-Jesus. Mas, a tradição Cristã representou-a, simbolicamente, com três cruzes: a de Cristo-Jesus (no meio), a do bom ladrão (à direita) e a do mau ladrão (à esquerda). Tendo em vista que a cruz representa as limitações, extraímos da cena do calvário um expressivo simbolismo: o mau ladrão representa o estado de consciência do humanamente mau, isto é, aquele que está preponderantemente sob a influência do seu “Eu inferior” e vive sob o aguilhão constante da Lei de Causa e Efeito. É uma cruz imposta, que ele carrega com revolta, porque desejaria agir impunemente, sem restrições nem dores, na satisfação de seus impulsos. Um ser nesse nível é ignorante das Leis de Deus e, por isso, peca menos – mas a Lei de Consequência tem de agir mais fortemente sobre ele, para acordá-lo pela dor e reconduzi-lo à justeza. É um pobre estado de ignorância em que o indivíduo não compreende nem aceita as circunstâncias, atribuindo todos os seus problemas aos outros. Revolta-se com os que têm mais e vivem felizes. Inveja-os. Acha que todos têm obrigação de ajudá-lo. Está sempre com a mão na posição errada, vergonhosamente estendida, a pedir, em vez de colocá-la acima do ombro, para segurar e carregar a cruz das limitações que ele mesmo formou com seus desvios às leis da natureza. Foi esse mau ladrão que xingou o Cristo, ironizando: “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós” (Lc 23:39). Para um tal estado, a finalidade do espiritualismo é a de nos isentar das dores e nos cumular de conforto. Fora disso, que utilidade teria? Por isso, rouba-se a si mesmo a graça e prolonga o calvário.
O bom ladrão é o ser humanamente bom. Ou conhece as Leis de Deus e as segue como o “moço rico” da Parábola – ou tem consciência do justo. Assume a cruz de suas limitações espontaneamente, compreendendo que ele mesmo gera seu destino e, portanto, ele mesmo pode transformá-lo gradativamente para melhor. Conquistou, por mérito, uma boa Vida, desconforto e harmonia relativos e a conserva zelosamente como um fim. Aí é que ele se rouba também: as boas coisas não representam um fim, mas um meio. “A quem mais for dado, mais lhe é exigido”. Ele tem mais Consciência e responde mais severamente perante a Consciência por se deter numa “Boa Vida” como um fim, em vez de se empenhar mais, a serviço do “Eu superior” – já que tem mais para dar. Ele deve compreender: que “nada lhe pertence”, senão que é mero canal consciente do Cristo Interno, para verter os bens do espírito ao mundo, a fim de colher os frutos d’Alma, decorrentes do serviço prestado. Reserva para si o suficiente apenas e todo o mais põe nos “negócios do Senhor, para render”. Como na Parábola dos Talentos, ninguém tem o direito de tornar deste plano físico ao espiritual, sem levar um acréscimo de capacidades. Nós, Aspirantes à vida superior, somos um “bom ladrão”. Humanamente bons, mas ladrões ainda, porque estamos roubando ao nosso “Eu Superior” a oportunidade de uma evolução maior. Não estamos fazendo tudo o que podemos. Receosos de perder o relativo conforto e a harmonia conquistados, neles nos detemos como um fim. E isso se torna, para nós, uma gaiola de ouro, uma restrição. Seja de bambu, de arame ou de ouro, é sempre gaiola, é sempre uma prisão. Vivemos melhor, mas ainda limitados no humano. É preciso dar o segundo passo: de consagração a uma vida de serviço, amoroso e altruísta. Para esses, para nós enfim, é que o Cristo dirigiu seu apelo de discipulado:
É a lição do despojamento da Personalidade; de transferência do humano ao Cristo Interno, sabendo que o “pão” só nos vem de cima, do céu do íntimo, do Divino em nós – e não dos recursos da Personalidade, de sua esperteza, de sua astúcia, de suas manobras.
É mister assumir nossas limitações e nos dispor, decidida e perseverantemente a um nível gradativamente mais alto de Consciência. Isso é tomar a cruz e se dispor à regeneração e à libertação, nas pegadas de Cristo – o “Eu Superior”. É mister renunciar ao sentido humano de posse, sabendo que tudo pertence ao Divino interno e deve ser posto a serviço da evolução e não para exaltar a Personalidade. Atribuir ao humano o que é do Divino interno é ateísmo. Se não esvaziamos a Personalidade e nem a colocamos em condições de receptividade, não podemos receber “o maná renovado” o “pão transubstancial de cada dia”, que nos impulsione à evolução. Tal um copo vazio, de boca para cima, assim devemos permanecer em relação ao Cristo Interno. Mas, para estar vazios, devemos renunciar ao velho ser, aos triunfos e fracassos de ontem, entregando diariamente ao nosso Melquisedeque os despojos de nosso diário lutar. Eis o sentido de ir vender tudo o que temos e dar aos pobres. Os pobres são nossos “Eu inferiores”, aquelas vivências a quem devemos levar o Evangelho e curar, numa regeneração constante. É mister, finalmente, transcender os laços de sangue, de família, de raça e outras limitações convencionais, para que se estabeleça a “Família Universal de Cristo”, o “único rebanho com um só Pastor”, que pressupõe uma ligação mais profunda, como ensina o Ritual do Serviço Devocional do Templo Rosacruz: “o reconhecimento da unidade fundamental de cada um de nós com todos, a Comunhão Espiritual, é a realização de Deus. Para alcançarmos essa realização, esforcemo-nos, diariamente, por esquecer os defeitos de nossos irmãos e procuremos servir à Divina Essência neles oculta, o que constitui a base da fraternidade”. Tal é o sentido de “deixar pai, mãe, irmãos…”, não como convite para negligenciarmos nossos deveres filiais e fraternos, senão como desafio para superar as conveniências, fanatismos e preferências da Personalidade.
A cruz do meio é a do Cristo – aquele nível em que trabalhamos para o levantamento da Humanidade; em que, voluntariamente ajudamos o Cristo a carregar sua pesada missão. Já não é o natural assumir de nosso destino, senão o desejo de fazer mais ainda. Para tais indivíduos, bem mais raros, há um preparo especial que lhes permita chegar e transpor os portais da Iniciação.
A Páscoa, em níveis comuns, começa no indivíduo humanamente bom.
Aprendemos, também na Fraternidade Rosacruz, que todo trabalho Iniciático começa no Corpo Vital, o veículo dos hábitos, formados pela repetição. Isso nos leva a uma meditação e oportuno esclarecimento: devemos trabalhar pelo Corpo Vital, cuja chave é a repetição, para formar hábitos. É claro, hábitos bons, como disse S. Paulo: “Examinai de tudo e escolhei o melhor”. “Tudo é lícito, mas nem tudo convém”.
O que é o melhor? O que mais nos convém? – Só o nível individual de evolução é quem pode determinar, se bem que haja determinadas coisas que são comprovadamente boas a todos, tais como os Exercícios Esotéricos Rosacruzes recomendados no livro “Conceito Rosacruz-do Cosmos”, a oficiação dos Rituais do Serviço Devocional e, principalmente, a prática de tudo que vai se aprendendo por meio do estudo constante dos Ensinamentos Rosacruzes (Filosofia, Bíblia e Astrologia).
Mas, referindo-nos especificamente às pequenas coisas da vida, o discernimento individual há que determinar o que melhor lhe convém e buscar alcançá-lo; Personalidade viciosa que procura justificar suas dificuldades, de atingir certas virtudes, dizendo: “estão acima de minhas forças… talvez mais tarde…”.
Se vencemos essas manhas, vamos aos novos e melhores hábitos e os realizamos. E depois? Ficamos neles? É o que estamos testemunhando: há muitos Estudantes Rosacruzes que se acomodaram na rotina e nela permanecem como se houvessem alcançado o “Ideal”. É como alguém que, detendo-se num degrau da escada, olha satisfeito para baixo, vê que subiu, regozija-se com sua “superioridade” e permanece ali…Não tira o pé do degrau para colocá-lo no de cima e, desse modo, jamais poderá atingir o topo.
É preciso olhar para cima e dispor-se à escalada gradativa e constante! Cada um de nós é como um parêntesis na eternidade: vencemos uma parte da jornada, estamos num determinado grau de consciência mui individual (por causa da Epigênese) e devemos saber que ainda falta muito para chegar. Se nos dispomos a continuar firmemente, nosso parêntesis se desloca, deixando anteriores estados e alcançando novos níveis. Isso acontece até mesmo na vida prática: o profissional que se acomoda e deixa de se aprimorar, de se atualizar com novos e melhores recursos, fica para trás e paga o seu desleixo. Afinal é uma verdade: “há homens ultrapassados, mas não ideias ultrapassadas”.
Há sempre algo mais a conquistar; um modo melhor de fazer as coisas. Tudo é suscetível de aprimoramento. Tudo! Mas, podemos nos acomodar e nos cristalizar, porque a Natureza não conhece paradas: ou avançamos e evoluímos, ou paramos e retrogradamos e nos cristalizamos.
A mensagem da Páscoa é esse constante morrer para o velho ser seguido de um constante nascer para a novidade de Espírito que nos acena alvissareira.
Se todo trabalho Iniciático começa pelo Corpo Vital – repitamos e adquiramos a disciplina dos Exercícios Esotéricos Rosacruzes e de uma vida mentalmente mais pura, emocionalmente mais nobre a amorosa, fisicamente mais saudável. Todavia, cuidado com a rotina! Estejamos vigilantes para que cada dia traga uma nova e melhor contribuição, pois os próprios exercícios são um desafio: eles vão desvelando maravilhas ao Estudante Rosacruz sincero que se empenha diariamente e se vão tornando cada vez mais novos e profundos, na medida da prática renovada em Epigênese.
Com essa advertência, deixemos de ser o Estudante Rosacruz de ontem e sejamos, hoje, algo melhor em tudo. Esse é o morrer gradativo e racional. Essa é a Páscoa – com seu convite de crucificar o que está ultrapassado (por mais que o apego nos dificulte e implore), ressuscitando para algo maior e ascendendo um pouco mais na evolução.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz’ – abril/1976 – Fraternidade Rosacruz – SP)
Nos ciclos anuais das passagens do Sol pelos doze Signos, Áries anuncia o início do ano espiritual. As palavras-chave para Áries são pureza e sacrifício, e o símbolo de Áries é um cordeiro ou carneiro.
Uma vez que foi sob a égide de Áries que Cristo veio à Terra, ele é conhecido como o Bom Pastor. Uma representação pictórica bem conhecida mostra o Senhor carregando um cordeiro nos braços.
Durante os primeiros anos da era Cristã o símbolo mais usado não foi o do Cristo crucificado, mas a cruz com um cordeiro repousando em sua base. Não foi senão pelo quarto século de nossa era que o cordeiro foi substituído por uma figura humana pregada na cruz.
Na época da Páscoa, quando o Sol ascende do hemisfério sul para o norte, as forças de Cristo passam dos reinos físicos para os espirituais.
O Corpo físico da Terra é como o Corpo Denso do ser humano (o Corpo Denso do Planeta é a Região Química do Mundo Físico). É interpenetrado pelos veículos mais sutis que se estendem para muito além do Corpo físico do Planeta: o Corpo Vital do Planeta é a Região Etérica do Mundo Físico, o Corpo de Desejos do Planeta é o Mundo do Desejo, o Corpo Mental do Planeta é a Região Concreta do Mundo do Pensamento.
Repetindo, durante os seis meses do ano em que o Sol passa pelos seis Signos abaixo do Equador (Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) e, pelos seis meses seguintes, quando passa pelos seis Signos acima do Equador (Áries, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem), a força de Cristo interpenetra os mais elevados reinos espirituais da Terra.
Quando o Sol entra em Áries, ele aponta para a Ressurreição gloriosa, iniciando a estação da transmutação do ano. Então as águas brancas de Peixes se fundem com o fogo vermelho de Áries. É, também, para nós a estação de transmutação, a época mais propícia para que arremessemos longe a pedra de nossa vida passada e aflorar no poder total de uma consciência ressuscitada!
Essa é a ocasião em que uma transformação surpreendente pode ocorrer dentro do nosso corpo-templo (Corpo Denso). Uma nova força emana do líquido branco de nossos nervos e se une com uma nova essência nas correntes vermelhas de nosso sangue, uma fusão que produz a luz dourada que infunde e envolve o corpo de um Iluminado.
S. João se referia a essa transformação quando escreveu que algum dia iremos “andar na Luz como Ele está na Luz”.
Vermelho e branco são as cores de Áries e são também as cores da transmutação tanto na Natureza como em nós!
Que as rosas floresçam em vossa cruz
Durante a primeira parte da Época Hiperbórea, enquanto a Terra e a Lua faziam parte do Sol, as forças solares-lunares permeavam cada um de nós em proporção igual, de maneira que todos nós éramos capazes de perpetuar nossa espécie por meio de brotos e esporos, como fazem certas plantas atuais. Tínhamos uma consciência semelhante à do sono sem sonhos. Onde ainda a Terra continuava em fusão e a atmosfera era parecida com a do Período Solar, pois a 2ª Época foi uma recapitulação, em um nível mais elevado, do trabalho feito no 2º Período, chamado Período Solar.
Dado a nossa densidade dentro do Sol (que ia aumentando em cristalização) fomos nos deslocando, a partir do que seria o “polo” do Sol até ficarmos entre esse polo e o Equador.
Nessa Época, o Corpo Denso era permeado pelo Corpo Vital, mas até então o nosso Corpo Denso não tinha a constituição de hoje, com sólidos, líquidos e gases e, muito menos a densidade e solidez atuais. Nessa Época o Corpo Vital se tornou ativo, constituído de Éter, especialmente de Éter Químico e Éter de Vida e parcelas mínimas de Éter Luminoso e Éter Refletor. Éramos estacionários como uma planta, não fazíamos nenhum esforço, nem nos empenhávamos nisso. Por isso que se diz que passamos pelo “estado vegetal”. Não éramos exatamente uma planta, mas éramos semelhantes a ela.
Na Época Hiperbórea, nosso Corpo Denso era um enorme saco gasoso, flutuando sobre a porção que hoje é a Terra ignescente, e emitíamos esporos semelhantes aos dos vegetais, que cresciam e eram utilizados por outros seres humanos nascentes. Nessa Época éramos bissexuais, hermafroditas.
Ao final da Época Hiperbórea, a cristalização tinha aumentado tanto que se converteu num verdadeiro obstáculo ao progresso de alguns dos mais elevados seres solares. Por outro lado, o estado incandescente era um obstáculo à evolução de algumas criaturas de grau inferior, tais como nós. Nesse estado, precisávamos de um Campo de Evolução mais denso para o nosso futuro desenvolvimento. Por isso, a parte do Sol, que agora é a Terra, foi arrojada ao terminar a Época Hiperbórea e começou a girar em torno do Sol, seguindo uma órbita um tanto diferente da atual. Fenômeno semelhante, provocado por idêntica razão foi acontecendo com os outros Planetas que hoje formam o nosso Sistema Solar. Dentro da Terra ainda estava a nossa Lua. Nesse período a visão panorâmica Solar passa por uma mudança decisiva. Pois, a nossa visão não era mais a partir do Sol e sim, a partir, da Terra que estava começando a incrustar-se. Como a Terra havia se separado do Sol, então o grande calor dela começou a desaparecer. A Terra se esfriou e a vegetação começou a aparecer sobre a sua superfície quente e cheia de vapor.
Sabemos que sempre fomos guiados por Seres Divinos, e quando fomos arrojados do Sol, no final da Época Hiperbórea, não tínhamos a menor ideia do que fazer, mesmo porque éramos guiados de fora em tudo. Foi por isso que precisávamos das Hierarquias Criadoras para seguir em nossa caminhada. E a ajuda veio destes Seres maravilhosos: os Senhores da Sabedoria, os Senhores da Individualidade, os Senhores da Forma, os Senhores da Mente, os Arcanjos e os Anjos.
E após a separação da Terra do Sol, nos alimentávamos dos frutos da terra.
Por esse motivo é que Caim, o símbolo do ser humano dessa Época, é descrito como um agricultor. Sua dieta provinha apenas dos vegetais, pois as plantas contêm uma quantidade de Éter superior a qualquer outro alimento.
A Época Hiperbórea é descrita na Bíblia, como trabalho efetuado no quarto Dia da Criação.
Que as Rosas floresçam em Vossa Cruz
Na Memória da Natureza, situada no Mundo do Espírito de Vida, está guardado todo o conhecimento e todos os acontecimentos do passado de tudo que existe, inclusive dos nossos pensamentos, desejos, sentimentos, nossas emoções, palavras, obras, ações e nossos atos; todos os mistérios do futuro também estão ali registrados. Para obter essas informações, basta que o Estudante Rosacruz cultive dentro de si a verdadeira espiritualidade, processo que será acompanhado naturalmente, nesta vida terrena ou em uma vida posterior, pelo desenvolvimento do sexto sentido (ou Clarividência) e do Corpo-Alma, uma subdivisão do Corpo Vital.
Um Clarividente devidamente desenvolvido pode localizar na Memória da Natureza a história de qualquer acontecimento passado que ele queira investigar, mesmo que tenha ocorrido há milhões de anos. O futuro também é um livro aberto para ele. Por meio do Corpo-Alma é possível entrar conscientemente nos Mundos invisíveis, enquanto o Corpo Denso (o físico) é deixado para trás em um estado de sono; e, nesse estado, recolher desses Mundos conhecimentos relativos às leis e condições de cada um deles.
Aqueles que duvidam das afirmações acima serão convencidos da veracidade delas se investigarem suficientemente; no entanto, a prova final da possibilidade de possuir tais poderes pode somente ser encontrada quando uma pessoa começa a desenvolvê-los por si própria. Muitos milhares de pessoas possuem atualmente esses poderes e o número aumenta anualmente. O cientista materialista de hoje é incapaz de lançar qualquer luz no assunto, pois só a Ciência espiritual pode resolver problemas espirituais.
Mas, a Ciência material pode verificar muitos dos fatos extraídos da Memória da Natureza (ou seja, os efeitos) pela Ciência oculta e, desse modo, ser um valioso aliado dessa última.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de outubro/1920 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)
No Livro do Apocalipse[1] há uma descrição bem detalhada do que é o casamento místico do nosso “Eu superior” com o “eu inferior” dentro de nós – o perfeito equilíbrio dos nossos polos positivo e negativo.
Os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental velam que nós, Ego (o Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui) não somos nem homem nem mulher, mas que durante o presente estado de manifestação se tornou necessário dedicar uma metade da força sexual criadora para o desenvolvimento do cérebro e da laringe, por meio dos quais podemos criar pela palavra e produzir imagens mentais que serão reproduzidas em matéria concreta do Mundo Físico. Dessa forma se tornou necessário desenvolver um organismo físico, um Corpo Denso, com dois sexos: um expressando a qualidade espiritual da Vontade (masculina) e outro a da Imaginação (feminina). Note o Corpo Denso expressa ou o sexo masculino ou o sexo feminino. O Corpo Vital expressa o polo negativo (quando o Corpo Denso expressa o sexo masculino) e o polo positivo (quando o Corpo Denso expressa o sexo feminino). Já o Corpo de Desejos “não tem sexo”. E a Mente também “não tem sexo”.
Como cada um de nós nasce alternadamente em Corpos Densos masculinos e femininos, assim também expressamos, alternadamente, nossas faculdades gêmeas de Vontade e Imaginação. Cada uma dessas duas faculdades predomina em cada vida nossa aqui, enquanto a outra permanece latente, determinando, assim, os sexos masculino ou feminino. Porém, como renascemos aqui, vida após vida, na Grande Escola vamos nos tornando, com o aprendizado, mais capacitados a compreender e a dirigir o mecanismo dos sexos, até que vai nos sendo possível expressar simultaneamente e em certa medida essas duas qualidades. No Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz isso é possível para nós quando alcançamos o nível de Adepto. Mas esse trabalho vai sendo efetuado por graus, até que nos encontremos realmente nas mais sutis qualidades femininas e a mulher dentro de si se identifique com os mais nobres traços masculinos e nas mais sutis qualidades masculinas e a homem dentro de si se identifique com os mais nobres traços femininos. Quando tal ocorre, produz-se o equilíbrio e tem lugar o “casamento místico” ou “matrimônio místico”. Em tal condição, estaremos funcionando com os seus dois hemisférios cerebrais. É dito que no céu não há casamento, nem se dar em casamento, porque nós lá estamos livres das limitações e das imposições da carne. Lá não há problema sexual nem estamos sujeitos à expressão unilateral de um de seus polos. A nossa qualidade dual é então utilizável e, consequentemente, o casamento é desnecessário. Cada um cria o Arquétipo de seus futuros Corpos, com apenas a assistência das Hierarquias Criadoras. Só quando se deixa o Mundo celeste se penetrando na Região Química do Mundo Físico é que se torna necessária a cooperação de pessoas para a formação de Corpo Denso, que se adapte ao arquétipo construído no Segundo Céu. Este conhecimento de nossa constituição permite ao Estudante Rosacruz entender hoje a necessidade de se encarar como realmente é uma unidade criadora integral. Desse modo, ele vai preservando racional e conscientemente sua força sexual criadora, a fim de usá-la como energia para fins espirituais. E assim, naturalmente, a força sexual criadora provoca a ascensão do fogo espinhal para que, ao devido tempo, se defrontem dentro de nós o homem e a mulher. Tal fato foi muitas vezes exposto de modo falso por certas escolas espiritualistas na teoria das “almas gêmeas”, prestando-se a grosseiras concepções, uniões sexuais ilícitas, etc.
Realmente é do modo descrito que se realiza dentro de nós o Casamento Místico, com a ligação desses dois polos e o despertar de uma consciência criadora em todos os reinos da Natureza.
(Publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz – abril/1972 – Fraternidade Rosacruz – SP)
[1] N.R.: “6Ouvi depois como que o rumor de uma grande multidão, semelhante ao fragor de águas torrenciais e ao ribombar de fortes trovões, aclamando: “Aleluia! Porque o Senhor, o Deus todo-poderoso passou a reinar! 7Alegremo-nos e exultemos, demos glória a Deus, porque estão para realizar-se as núpcias do Cordeiro, e sua esposa já está pronta: 8concederam-lhe vestir-se com linho puro, resplandecente” — pois o linho representa a conduta justa dos santos. 9A seguir, disse-me: “Escreve: felizes aqueles que foram convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro”. E acrescentou: “Estas são as verdadeiras palavras de Deus”. 10Caí então a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: “Não! Não o faças! Sou servo como tu e como teus irmãos que têm o testemunho de Jesus Cristo. É a Deus que deves adorar!”. Com efeito, o espírito da profecia é o testemunho de Jesus Cristo.” (Ap 19:6-10).
Se o meu Corpo Denso e/ou o meu Corpo Vital:
Se com o meu Corpo de Desejos:
Se com a minha Mente:
então: há lições que insisto em não querer aprender nessa vida (ainda que lá no Terceiro Céu “eu me prometi” vir nessa vida para aprendê-las).
A imensa maioria dessas lições a aprender tem uma relação ou, ainda, correlação positiva e muito forte com a parte do nosso Corpo Denso afetada (na sua anatomia, na sua fisiologia ou em ambas).
Aliás essa é a maneira mais precisa, contundente e clara que temos para saber: o que escolhemos ser provados (tentados) para verificar se aprendemos a lição.
Não exaustivamente, eis alguns exemplos que podemos verificar em nós mesmos:
Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz
Pergunta: Estudando os Períodos anteriores, e sabendo que chegamos ao quarto, o Período Terrestre, poderia fazer uma recapitulação rápida de tudo o que os Espíritos Virginais obtiveram antes?
Resposta: Veja que no Período de Saturno tivemos um Senhor da Mente que, no final do Período, assumiu as atribuições de Deus-Pai, já que foi como o mais alto Iniciado (ou seja: aprendeu tudo que um Senhor da Mente poderia aprender nesse Esquema de Evolução). E que o Espírito Divino foi despertado em nós e o germe do Corpo Denso foi nos dados. É por isso que o Espírito Divino está correlacionado com Deus-Pai.
No Período Solar um Arcanjo – Cristo – que, no final do Período, assumiu as atribuições de Deus-Filho, já que foi como o mais alto Iniciado (ou seja: aprendeu tudo que um Arcanjo poderia aprender nesse Esquema de Evolução). E o Espírito de Vida foi despertado em nós e o germe do Corpo Vital foi nos dados. É por isso que o Espírito Divino está correlacionado com Deus-Filho.
No Período Lunar um Anjo – Jeová – que, no final do Período, assumiu as atribuições de Deus-Espírito Santo, já que foi como o mais alto Iniciado (ou seja: aprendeu tudo que um Anjo poderia aprender nesse Esquema de Evolução). E o Espírito Humano foi despertado em nós e o germe do Corpo de Desejos foi nos dados. É por isso que o Espírito Santo está correlacionado com Deus-Espírito Santo.
Pergunta: No Período Terrestre foi acrescido outro elemento que predominou em todos os Globos?
Resposta: Sim, o elemento Terra. Então até aqui temos quatro elementos da Natureza: Fogo, Ar, Água e Terra.
Pergunta: Qual Hierarquia foi responsável pelo germe da Mente no Período Terrestre?
Resposta: Os Senhores da Mente (uma das 12 Hierarquias Criadoras ou Zodiacais) que foram a Humanidade no Período de Saturno, hoje tornaram-se peritos na construção de corpos de ‘matéria mental’ e por ter alcançado o estado Criador, irradiaram de si mesmo o germe da Mente para cada um de nós.
Pergunta: Qual o estágio de evolução em que se encontra a nossa Mente atualmente?
Resposta: A Mente é o mais novo dos nossos veículos. Ela é o instrumento mais importante que possuímos e é o nosso instrumento especial no trabalho da criação. A Mente ainda se encontra em estágio mineral.
Pergunta: Qual é o formato do nosso veículo Mente hoje no Período Terrestre?
Resposta: Atualmente seu formato é ainda uma espécie de nuvem em torno da nossa cabeça e do nosso pescoço.
Pergunta: Como ainda é um germe ou veículo, quando se tornará um Corpo Mental?
Resposta: Para a Humanidade geral só se tornará Corpo Mental no Período de Vulcano.
Pergunta: O nosso veículo Mente é composto de que material?
Resposta: A Mente é composta de material da Região Concreta do Mundo do Pensamento.
Pergunta: Qual é a Onda de Vida que está atravessando o estágio “humanidade” no Período Terrestre?
Resposta: Os Espíritos Virginais da Onda de Vida Humana – nós -, também chamada de Hierarquia Zodiacal de Peixes.
Pergunta: Onde se localizam os Globos do Período Terrestre neste Esquema de Evolução?
Resposta: Estão nos quatro estados mais denso de matéria, ou seja, a Região do Pensamento Concreto, o Mundo do Desejo, as Regiões Etérica do Mundo Físico e nesta Região Química do Mundo Físico que é a nossa Terra atual – Globo D).
Pergunta: Qual a nossa consciência no Período Terrestre?
Resposta: Consciência de Vigília.
Pergunta: Quando foi que atingimos essa consciência de vigília?
Resposta: A mudança da consciência pictórica interna para a consciência objetiva e do “eu”, foi efetuada muito lentamente. Mais precisamente foi na segunda parte da Época Atlante – essa consciência imaginativa deu lugar à consciência plena de vigília atual, em que os objetos podem ser observados fora, distintos e definidos.
Pergunta: Por que antes não foi possível ter essa consciência?
Resposta: Veja que até a metade do Período Terrestre tínhamos o objetivo de desenvolver ferramentas ou veículos para nós mesmos, estando toda a força sexual criadora direcionada para esse propósito. Essa etapa de construção é conhecida, pela Filosofia Rosacruz, como período de Involução.
Pergunta: No período de Involução sempre tínhamos uma Hierarquia Criadora responsável por nosso veículo adquirido. Então a cargo de quem ficou o trabalho da Mente?
Resposta: Enquanto ‘Involução’ o Espírito trabalhava inconscientemente, mas era ajudado por diferentes Hierarquias espirituais. Já a Mente não ficou a cargo de nenhum ser externo, mas apenas sob o governo do ser humano, sem ajuda alguma de fora. Inicia-se o processo da Evolução.
Pergunta: Poderia esclarecer melhor esses dois processos?
Resposta: Nos primórdios evolutivos, o “Tríplice Espírito Virginal” estava desnudo (sem Corpos e nem veículos) e era inexperiente. Sua Involução implicava construção de Corpos e veículos, o que ele conseguiu inconscientemente com ajuda das Hierarquias Criadoras. Após a construção desses corpos e do despertar dos veículos, o Espírito Virginal da Onda de Vida humana, nós, tornou-se consciente e então a Evolução teve início.
Pergunta: Agora que o Espírito Virginal da Onda de Vida humana, nós, se tornou consciente de si mesmo, as Hierarquias Criadoras: Senhores da Chama, Querubins e Serafins ainda continuam nos ajudando?
Resposta: Esses três Seres maravilhosos trabalharam para o ser humano voluntariamente e por puro Amor. Pois, de uma evolução como a nossa eles nada podiam aprender, portanto, já se retiraram no atual Período Terrestre, partindo para a libertação.
Pergunta: Então estamos sozinhos sem ajuda neste Período Terrestre?
Resposta: De maneira nenhuma. Como é um Período eminentemente da “Forma” e, sendo o fator mais dominante, a forma alcança o seu grau mais elevado, então, os Senhores da Forma (Hierarquia Zodiacal de Escorpião) trabalham ativamente conosco, além de outras Hierarquias Criadoras.
Pergunta: Mas, é uma Hierarquia que está evoluindo nesse serviço prestado amorosamente a Humanidade no Período Terrestre?
Resposta: Sim, esses Seres trabalham para completar sua própria evolução. E atualmente neste Período são encarregados do desenvolvimento do nosso veículo Espírito Humano, que é a contraparte do nosso Corpo de Desejos.
Pergunta: Que a outra Onda de Vida iniciou no Período Terrestre?
Resposta: A atual Onda de Vida Mineral iniciou a sua evolução neste Período.
Pergunta: Como essa Onda de Vida só possui o Corpo Denso, então, em qual Período chegará ao estágio Humanidade?
Resposta: No Período de Vulcano.
Que as rosas floresçam em vossa cruz
O Método de Cura da Fraternidade Rosacruz é tão eficiente como único. Realiza-se, principalmente, por meios espirituais, requerendo, porém, do paciente determinada dose de cooperação. Qualquer pessoa que desejar ajuda deve solicitá-la a um Centro Rosacruz que tenha um Departamento de Cura (o da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil você consegue aqui: https://encurtador.com.br/kLNSX) e verá que deve se inscrever por meio do preenchimento à mão utilizando uma caneta à base de tinta nanquim LÍQUIDA ou “pena mosquitinho” que você molha em um recipiente com tinta LÍQUIDA nanquim (que você tem em uma caneta tinteiro ou bem mais barato por meio de uma “pena mosquitinho”, facilmente encontrada em papelarias ou lojas de artesanato; hoje em dia pela internet é mais fácil o acesso de ambas), pois a tinta nanquim LÍQUIDA carregará o eflúvio do Corpo Vital do paciente que escreve. Esse eflúvio constituirá o meio pelo qual o Auxiliar Invisível terá acesso ao Corpo Vital do paciente, a fim de que seja começado o tratamento com o objetivo da cura definitiva. Também verá que enquanto o eflúvio do Corpo Vital do paciente for renovado pelas assinaturas do paciente (semanalmente nas Datas orientadas pelo Departamento de Cura), o tratamento continuará. Se for interrompido pelo paciente, o tratamento será interrompido imediatamente, pois o livre arbítrio do irmão ou da irmã é totalmente respeitado.
Os Auxiliares Invisíveis são Estudantes Rosacruzes consagrados e dedicados que alcançaram, no mínimo, o grau de Probacionista. Durante o dia procuram viver uma vida de pureza e serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) para com os irmãos e as irmãs no seu entorno, esquecendo os defeitos deles e focando na divina essência oculta de cada um, que é a base da Fraternidade. Durante o sono, trabalham em grupos sob a direção dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, orientados ainda por um Auxiliar Invisível que durante o dia é um profissional da saúde, normalmente um médico ou uma médica.
Não obstante, a cura definitiva se realiza de acordo com as Leis da Natureza, considerando-se o merecimento de cada um, sua cooperação e o destino envolvido, pois a doença e a enfermidade é consequência do erro do irmão ou da irmã em vidas passadas e que foi ativada nessa vida, pela insistência ao erro (ou seja, em não querer aprender a lição que lhe é fornecida). Eis porque é necessário remover as causas para obtenção da cura definitiva.
Os Auxiliares Invisíveis proporcionam ajuda ao paciente desde os planos internos, devendo esse cooperar, fazendo uma avaliação objetiva de si mesmo, a fim de compreender e remover as causas da doença ou enfermidade. Mais informações? Consulte aqui: https://fraternidaderosacruz.com/como-funciona-e-como-solicitar-auxilio/
(Publicado na Revista “O Encontro Rosacruz” de abril/1982 – da Fraternidade Rosacruz de Santo André-SP)
O Átomo-semente é onde se registra tudo o que já vivemos em todas as vidas. Há um Átomo-semente para cada um dos três Corpos: Denso, Vital e de Desejos, e um para o veículo Mente.
O Átomo-semente do Corpo Denso está localizado na posição referencial do Ápice, no ventrículo esquerdo, do Coração (que é o lugar onde ocorre o batimento apical, ou seja, a pulsação máxima do coração).
Lembremos que o ventrículo esquerdo recebe, através da Válvula Bicúspide (ou válvula mitral), todo o sangue oxigenado que chega dos pulmões, via as quatro veias pulmonares do Átrio esquerdo.
E, portanto, todo esse sangue passa pelo Ápice deixando as imagens (de material de pensamento, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras e ações) de tudo o que se passou ao redor de nós, 24 horas por dia e durante toda a nossa vida aqui. Do ventrículo esquerdo o sangue, via a aorta descendente – a maior aorta do nosso Corpo Denso –, é distribuído para todo o nosso Corpo Denso.
Por meio das forças do Átomo-semente do Corpo Denso é que são gravados todos os desejos, pensamentos, sentimentos, todas as emoções, palavras, obras, ações e todos os atos que chegam até ele, vindo pelos Éteres (que entra nos pulmões com o ar que inspiramos) e que é trazido pelo sangue arterial contido nas veias pulmonares, que como vimos, são vasos sanguíneos, que carregam sangue rico em oxigênio, dos pulmões até o átrio esquerdo do coração, e atravessando a válvula mitral chega até o ventrículo esquerdo onde, como vimos, no ápice, é a posição referencial onde está o Átomo-semente do Corpo Denso.
Nas forças do Átomo-semente do Corpo Denso estão inscritas todas as nossas experiências de nossas vidas anteriores, e a utilizamos para a construção dos Corpos Densos nos próximos Renascimentos.
Após a nossa morte, são por meio dessas forças do Átomo-semente do Corpo Denso que tudo que está gravado nele, é passado para o Átomo-semente do Corpo de Desejos, utilizando para isso o segmento do Cordão Prateado que liga o Átomo-semente do Corpo Denso até o Átomo-semente do Corpo Vital, e daqui o segmento do Cordão Prateado que liga o Átomo-semente do Corpo Vital até o Átomo-semente do Corpo de Desejos. De forma que o que está gravado no Átomo-semente do Corpo de Desejos, é a base da nossa vida no Purgatório e no Primeiro Céu.
Já o Átomo-semente do Corpo Vital situa-se na posição referencial do Plexo Celíaco (antigamente era chamado de Plexo Solar, porque é um local do nosso Corpo Denso de onde se irradia muitos nervos).
Por meio das forças do Átomo-semente do Corpo Vital é que atraímos material etérico quando estamos nos preparando para um novo renascimento e, portanto, estamos passando pela Região Etérica do Mundo Físico, e atraímos material para compor o nosso Corpo Vital.
É por meio dessas forças do Átomo-semente do Corpo Vital que o Fluido Vital Solar incolor – que especializamos por meio das forças solares, que entram pelo nosso baço etérico (que é a porta de entrada das forças solares) durante o dia – que é dirigido para o plexo solar que, como vimos, é a posição referencial que está o Átomo-semente do Corpo Vital, é convertido em fluido de cor rosa pálido rosado.
E flui por todos os nervos, e quando é irradiado pelos centros cerebrais em grandes quantidades, move os músculos para os quais os nervos se dirigem.
Lembrando que durante o dia absorvemos o Fluido Solar em grandes quantidades, os pontos do Corpo Vital ficam mais vibrantes, aumentados ou dilatados pelo Fluido Vital, e é o que usamos quando trabalhamos à noite, como Auxiliar Invisível nos processos de Cura Rosacruz.
É por meio das forças do Átomo-semente do Corpo Vital que temos a composição somente o Éter Químico e o Éter de Vida (ou seja, não há Éter Luminoso e nem Éter Refletor no Átomo-semente do Corpo Vital).
É também por meio das forças do Átomo-semente do Corpo Vital que o polo positivo do Éter Químico se torna totalmente ativo, por volta dos sete anos de idade e, também, que o polo positivo do Éter de Vida se torna totalmente ativo por volta dos catorze anos de idade.
O Átomo-semente do Corpo de Desejos se situa na posição referencial do grande lóbulo do fígado.
Por meio das forças do Átomo-semente do Corpo de Desejos é que se recebe, do Átomo-semente do Corpo Denso, todos os pensamentos, sentimentos, desejos, todas as emoções, palavras, obras, ações e todos os atos gravados da vida que acabou de findar, e que será a base da nossa vida no Purgatório e no Primeiro Céu.
Também por meio das forças do Átomo-semente do Corpo de Desejos é que atraímos material de desejos, emoções e sentimentos, quando estamos nos preparando para um novo renascimento e, portanto, estamos passando pelo Mundo do Desejo, e atraímos material para compor o nosso Corpo de Desejos.
É também por meio das forças do Átomo-semente do Corpo de Desejos que o nosso Corpo de Desejos nasce por volta dos catorze anos de idade, e entramos então na puberdade.
O Átomo-semente da Mente se situa no meio da posição referencial dos dois seios frontais, localizados acima dos olhos, perto da testa.
Por meio das Forças do Átomo-semente da Mente é que atraímos material de pensamentos-forma quando estamos nos preparando para um novo renascimento e, portanto, estamos passando pela Região Concreta do Mundo do Pensamento para compor a nossa Mente.
É por meio das forças do Átomo-semente da Mente que a nossa Mente nasce por volta dos vinte e um anos de idade e entramos então na maioridade.
Todos os quatro Átomos-semente estão ligados por um Cordão Prateado que é tríplice.
O primeiro segmento, que vai do Átomo-semente do Corpo Denso até o Átomo-semente do Corpo Vital, é formado de matéria etérica.
O segundo segmento, que vai do Átomo-semente do Corpo Vital até o Átomo-semente do Corpo de desejos, é formado de matéria de desejos.
O terceiro segmento, que vai do Átomo-semente do Corpo de Desejos até o Átomo-semente da Mente, é formado de matéria mental.
É graças a esses Átomos-sementes que conseguimos construir um novo Corpo e uma nova Mente.
As forças dos Átomos-sementes impregnaram todos os nossos três Corpos, e todas as nossas Mentes que habitamos sucessivamente na nossa marcha nesse Esquema de Evolução.
São essas forças dos Átomos-sementes que, na forma de registros, que é o Registro de Deus, quando voltarmos a Deus, quando nos unirmos novamente com Ele, ainda subsistirão, e dessa maneira conservaremos a nossa individualidade eternamente.
Que as rosas floresçam em vossa cruz