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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Irmão Maior Jesus e a continuação do Seu trabalho entre nós

Durante os últimos 2000 anos o Mundo Ocidental vem celebrando o nascimento do “Cristo Menino”, o nascimento do Menino Jesus. Anualmente, inúmeros seres humanos relembram esse maravilhoso acontecimento que marcou a aurora de uma nova era, o fim de uma velha ordem de coisas, o começo de um novo regime.

Desde o início, observada à luz da sabedoria material, essa nova Religião foi vítima de perseguições. Nem o próprio nascimento pôde ter um lugar num ambiente humano normal. Esse espírito brilhante; essa joia da coroa da humanidade ao entrar no cenário de sua provação e agonia, não teve sequer os menores confortos de um modesto lar camponês.

O perigo rondou sua vida infantil. Herodes tentou matá-lo. Mas, apesar de todos os obstáculos, esse Ego escolhido levou avante, resolutamente, o trabalho que devia executar.

A atenção de todos os que respondem aos Raios do Cristo tem sido concentrada sobre os incidentes da infância de Jesus. E particularmente pelo Natal, tais incidentes tornam-se profunda realidade na consciência do Mundo Ocidental. Tal consciência é retrospectiva. É uma realização, por meio do estudo da vida do nosso grande Irmão Maior Jesus e de Cristo-Jesus da distante mudança que deverá ter lugar antes de que qualquer progresso real possa ser feito durante Seu regime. Mais ainda, por esse estudo temos um vislumbre do que vem sendo feito por Jesus atualmente para auxiliar-nos, de Sua atividade nos negócios da complicada vida e evolução humanas.

Poucos Egos existem no Plano Terrestre que estão além da massa humana. Esses poucos desenvolveram poderes e faculdades além da compreensão da maioria não desenvolvida. À frente desse grupo de pioneiros está nosso Irmão Maior Jesus. O exemplo da nossa Onda de Vida. E esses pioneiros, com seus poderes e faculdades adquiridos pela aplicação ao serviço, podem atingir os planos nos quais Jesus age. Devido a esse contato, eles conhecem o trabalho levado a efeito e, obedientemente, transmitem seus conhecimentos aos Estudantes Rosacruzes sinceros e fiéis aos Ensinamentos Rosacruzes que trilham o Caminho da Preparação e Iniciação Rosacruz.

Desde o sacrifício do Gólgota, Jesus tem continuado o ministério de curar os doentes e de ensinar a humanidade pecadora. Seu auxílio nunca foi negado.

Muitas pessoas conhecem o quadro intitulado “O Companheiro Branco”. Descreve um campo de combate de Flandres durante a guerra de 1914 pejado de cadáveres. Um soldado ajuda um companheiro ferido. A seu lado está Jesus, com vestes brancas e glorioso, olhando com sublime compaixão para a vítima do ódio humano. Realmente o artista mostrou conhecer algo do serviço realizado por nosso Irmão Maior.

Jesus visita os hospitais e irradia amor e compaixão a todas as almas que sofrem. Ele sente a dor que as abate, pois estão pagando as dívidas que contraíram pela violação das Leis de Deus, e Seu compassivo coração pulsa forte ao testemunhar tanta agonia. Na verdade, está onde a necessidade é maior. Mas passa sem ser visto.

O Natal é a ocasião especial para Jesus entrar em contato com Seus fiéis seguidores. Como a Noite Santa veste-se de paz e os seres humanos e Anjos cantam “Paz na Terra e boa vontade entre os homens” lá, no ambiente do primeiro aniversário do Cristianismo abre-se aos nossos olhos uma visão gloriosa se realmente pudermos “ver”.

Ele é uma forma radiante que ultrapassa qualquer descrição terrestre; Sua voz soa com o tom da música das esferas e ressoa nos Éteres do espaço, e o grupo de almas enlevadas em adoração experimenta viva alegria e harmonia.

Aos corações ansiosos, Ele envia uma mensagem:

Bem-aventurados vós que trilhais os caminhos das penas e misérias terrenas; vós que estais engajados na batalha entre o bem e o mal; vós que tendes combatido na luta aparentemente desigual, por vezes permanecendo eretos, e outras vezes caídos no pó da humilhação e do fracasso, mas que levantais de novo e travais o combate interminável pelo vosso objetivo. O caminho que agora trilhais, Eu o percorri há muitos anos. Conheço vossas tristezas e sofro convosco.”

Vossa paciência foi provada ao máximo, mas permanecestes firmes, firmes até a morte. Mas, agora, o tempo de provações passou. A vitória das Hostes de Deus desponta no horizonte. Coragem e paciência são as palavras de passe. Os Poderes da Luz juntam-se para a destruição final daquilo que impede a vinda do Reino de Cristo. Sede calmos e equilibrados para que as sutilezas do inimigo não vos confundam. Esperai em prontidão para quando vier o chamado estejais prontos para responder.

As infalíveis leis de retidão e de justiça dirigirão o curso de todos os acontecimentos, e desta escuridão, desta tristeza surgirá a aurora de um NOVO DIA.

Que as bênçãos de Deus e a paz do Natal possam renovar em vós a força para ganhardes a batalha.

(Traduzido da Revista Rays from the Rose Cross e publicado na Revista Serviço Rosacruz de dezembro de 1969 e de 1971 – da Fraternidade Rosacruz em São Paulo – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Simbolismo de Natal

O Simbolismo de Natal

Bem no fundo do coração da humanidade existe o anseio místico que foi implantado nela no primeiro Natal, quando a luz do ser humano fixou um lugar definido para Si mesma dentro e sobre este denso Planeta.

Em inglês, a palavra Natal, Christmas, é derivada do medieval Christe Masse, a Missa de Cristo.

A história do nascimento de Cristo é, para o Ocidente, o que o nascimento de Krishna é para o Oriente. Quer seja entendida literal, mística ou simbolicamente, ela traz ao ser humano uma verdade fundamental que eleva todo o seu ser a uma altura não alcançada até então, à medida que suas faculdades espirituais evoluem e funcionam para perceber e aceitar tal verdade.

Para o Aspirante à vida superior, as palavras de Cristo, “Ninguém vem ao Pai senão por mim”, carregam um significado transcendente. Parsifal pergunta: “Quem [sic] é o Graal?”. E a resposta indica alta percepção espiritual.

Se tu foste por Ele convidado,

De ti o fato não será afastado…

À terra para Ele nenhum caminho conduz,

E a busca só nos afasta mais d’Ele, até,

Quando Ele próprio o Guia não é.

Uma verdadeira interpretação da lenda do Natal requer, antes de tudo, um entendimento. Por mais obscuro que ela seja no início, o nascimento do menino Jesus na manjedoura, no estábulo entre os animais, simboliza o primeiro e tênue nascimento da consciência de Cristo dentro do ser humano animal.

A minúscula chama interior que é a chama de Cristo tem estado, até então, adormecida na alma humana. Ela agora recebe estímulo suficiente para crescer e se ampliar até que, afinal, o Espírito se torne um fator poderoso na vida do indivíduo e o primeiro passo em direção ao Pai, por meio do Cristo.

O Ego-Consciência notou o seu veículo de expressão, o ser humano pessoal, e o vivificou, de modo que, entre os “animais” da natureza inferior do ser humano, na manjedoura ou local de alimentação das faculdades animais, o bebê da Consciência Crística nasce. A manjedoura, o berço do Menino Jesus, é um lugar de santuário.

Uma grande manifestação solar se concretiza no Natal. Os grupos de forças que compõem essa manifestação foram personalizados ao longo dos tempos. A história bíblica, quando interpretada corretamente, contém uma aproximação da verdade real. Toda a história do Natal é um símbolo universalmente aplicável. É encontrado em cada relato de nascimento de avatar, em todas as raças, povos e nações. Krishna, Mitra, Hórus, Orfeu, Hermes e inúmeros heróis, deuses ou salvadores nasceram em “manjedouras”, foram embrulhados em panos, visitados por “homens sábios” que lhes deram presentes, adorados por pastores e brilharam como estrelas de luz de redenção para seus povos e nações.

Vinte e cinco de dezembro é a data de nascimento do portador da luz física da Terra, o Sol. O Irmão Maior Jesus, o ser humano que teve a benção de ceder seus Corpos Denso e Vital ao Cristo Universal, a Luz do Mundo, é o portador da Luz espiritual para toda a humanidade, e Sua data de nascimento deve ser, adequadamente, a data solar do nascimento do sol. Vinte e cinco de dezembro, como o aniversário de Jesus, foi celebrado pela primeira vez, aproximadamente, 200 anos depois do evento real. Desde a antiguidade, muitos mitos dizem respeito ao nascimento do Cristo místico. Quer tenha nascido em uma caverna, um estábulo ou em outro lugar, esse nascimento tem dois grandes significados simbólicos.

1. O nascimento da “Boa vontade para os seres humanos”. A entrega de uma nova lei à humanidade, expressa nos mandamentos “Amai-vos uns aos outros” e “O amor é o cumprimento da Lei”.

2. O nascimento da consciência Crística nas almas de todos os seres humanos que aspiram às alturas da verdade espiritual. Nenhuma contradição pode contrariar essa verdade universal.

Em sentido Cósmico, o Natal celebra a descida da Luz Divina, o Espírito penetrando e permeando a matéria. No sentido humano, é a descida do Filho de Deus, a Luz Espiritual, à matéria, a entrada do Ego no Corpo Denso.

Como todos os grandes ensinamentos espirituais, este, a respeito da origem e celebração do Natal, foi pervertido e comercializado por pessoas gananciosas e egoístas.

A Véspera de Natal, entre 24 e 25 de dezembro, é considerada a noite mais sagrada do ano, porque nessa meia-noite as influências espirituais são as mais fortes. Nos mistérios, o candidato, em visão espiritual, viu a mística Estrela de Belém, o Sol espiritual que brilhou na Noite Santa, que o conduziu ao Cristo interior. Em seu coração ecoava uma canção profética e imortal: “Paz na terra e boa vontade para os homens. Alegrai-vos, filhos da Terra, porque hoje vos nasceu um Rei”, os Serafins cantaram naquela Noite Santa, muito tempo atrás.

No início da Grã-Bretanha, o belo costume da tora de Yule foi mantido. Tornou-se primeiramente uma cerimônia pública em 1577. Yule é uma palavra germânica que significa Natal. Grandes velas eram acesas na Véspera de Natal e uma grande tora de carvalho era colocada sobre o fogo para iluminar a casa. Acreditava-se que, se mantidos ao longo do ano, os restos do tronco de Yule protegeriam a casa contra incêndios e raios.

A própria árvore de Natal é um símbolo universal. Antecedendo a era Cristã, originou-se no Egito, quando a deusa Ísis era adorada. Uma palmeira com doze brotos curtos, representando os doze meses do ano, era usada na época do Solstício de Dezembro. Nas regiões do norte, um abeto foi usado em vez de uma palmeira. A origem da troca de presentes ocorreu nos primeiros dias medievais. Em alguns países, o costume de prever o futuro com bolos é celebrado na véspera de Natal.

Presentes foram trazidos para o nascimento de Jesus no casebre do pastor — preciosas dádivas de ouro, incenso e mirra: poder espiritual, amor-sabedoria e inteligência foram derramados sobre a criança recém-nascida, o átomo de Luz Crística no coração humano, o bebê nos braços de sua mãe, a grande mãe Terra que carrega, nutre e preserva o minúsculo veículo vital. Esses dons, ou qualidades, foram derramados pelos gloriosos Magos dos reinos Cósmicos, que abençoam e enriquecem cada nascimento espiritual e individual.

Esses poderes, em relação à e irradiados pela luz prateada da esplêndida Estrela Crística, chovem na humanidade, fraca e sofredora, sua influência e força estimulantes, sem as quais o curso evolutivo do ser humano seria muito mais difícil e prolongado.

Os Magos, altos Iniciados, foram atraídos para o lugar sagrado por sua percepção interior e o conhecimento do evento cósmico que aconteceria: o nascimento do Salvador do mundo. Os três Reis Magos representam aqueles Egos avançados que foram reunidos em propósito comum das três raças primárias. Seus dons significam as várias faculdades ou invólucros humanos que entram no processo de manifestação. Eles são conduzidos pela gloriosa Estrela ao Salvador do Mundo a Jesus, cujo objetivo da forma física era fornecer um veículo material e etérico para um Espírito universal, o Cristo.

Um dos Reis Magos trouxe ouro, designado simbolicamente como o emblema do Espírito. Lemos sobre alquimistas tentando transmutar metais básicos em ouro e entendemos que esta é uma linguagem esotérica para descrever a purificação do Corpo Denso, refinando-o e extraindo sua essência espiritual.

O outro trouxe olíbano, ou franquincenso, que é uma substância física de natureza muito leve, frequentemente usada em serviços religiosos. Ele serve como um andaime ou matriz para a personificação de forças invisíveis.

E o outro trouxe mirra. É o extrato de uma planta aromática muito rara. Simboliza aquilo que o ser humano, como espírito, extrai por meio da experiência no Mundo Físico — a Alma.

Maria, a mãe, era o foco da luz, o sagrado crisol etérico onde acontecia a transmutação dos elementos. Ela representa o ideal da pureza, devoção e humildade que torna possível o renascimento do mais evoluído dos Egos humanos.

Os pastores que viram a Estrela caracterizam a visão interior do Fogo Divino, conforme Ele vem para aqueles no plano terrestre, cuja piedade abriu a janela da alma e ativou a Clarividência. Seu discernimento lhes permitiu ver a glória nos Céus e sentir os impulsos espirituais irradiando da Estrela maravilhosa.

Em certo sentido, uma estrela material. Em um significado mais elevado, a chama de forças concentradas para trazer à expressão material uma apresentação física do Logos, o Salvador do mundo.

A Terra estava parada. O ar estava reverentemente silenciado, como se prendesse a respiração, pois naquele momento estava arrebatadoramente focado em Belém (nascimento). Silêncio, solidão e adoração desenvolvem o olho perspicaz, o ouvido interno e o Espírito sensível.

Especialmente neste Natal não devemos centralizar nosso pensamento nessas verdades? Não devemos meditar sobre a verdadeira interpretação da sublime narrativa do Natal, aprofundando nosso conhecimento e avivando nossa compreensão sobre esse evento místico? Não devemos centrar nossos esforços na expansão de nossa capacidade de servir?

Celebremos este Natal prestando ao Menino Jesus o amor e a homenagem que Lhe são devidos, além dos nossos dons e bênçãos.

Regozijemo-nos com os pastores: “Porque vimos a Sua Estrela no oriente e viemos adorá-Lo”. Ele, que ilumina todo ser humano que vem ao mundo, permanece iluminando o Caminho.

Como a encarnação da Verdade e da Vida, a Estrela de Belém revela o caminho que conduz ao Pai. “Para onde Eu vou, vós também ireis”.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross novembro/dezembro/1995 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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