Arquivo de tag Corpo Denso

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Tentação como Fator na Vida Superior

No “Prolog in Heaven”, que precede Fausto, Goethe mostra o propósito interior da tentação. Quando Lúcifer pede permissão para tentar Fausto, Deus responde:

“… O homem é muito propenso a fugir,

Imperturbável, em repouso ele viveria,

Portanto, este companheiro propositalmente eu dou,

Quem agita, excita e deve como o diabo trabalha”.

No livro de Jó, Deus também sanciona a tentação de um “homem bom”[1]. Quando comparamos a história da Bíblia em que Jeová levou Davi a fazer o recenseamento as pessoas (2Sm 24:1)[2] com ICro 21:1[3], que diz que Satanás provocou Davi a contar as pessoas, não podemos escapar da confusão de achar que Jeová e Satanás são idênticos e, do ponto de vista comum, veja que parece extremamente injusto que tal punição severa seja aplicada a Davi, por esse ato que foi movido a fazê-lo. Mas, olhando pelo ponto de vista esotérico, todas as dificuldades desaparecem.

Jeová era o líder divino dos Semitas Originais, os antepassados ​​da Raça Ária, que estavam destinados a evoluir pela razão, a faculdade pela qual “provamos todas as coisas”, para que possamos “manter firme o que é bom[4]. Disseram a Davi que confiasse em Jeová, que lutou por Israel quando outras pessoas obedeceram às suas ordens. Só há uma maneira provocar uma tentação se ele ou qualquer outra pessoa se apegará ao bem que é: lhes dando a chance de se desapegar; e é dever, dos que são responsáveis em auxiliar nessa Escola da Vida verificar se por meio da tentação aprendemos nossas lições, do mesmo modo que é dever dos professores das escolas que estudamos para a nossa educação, durante esse renascimento aqui, examinar seus alunos. Cada método traz à tona pontos fracos do aluno para que o professor possa extrair uma base verdadeira para futuros esforços educacionais. Portanto, Davi foi movido por Jeová a fazer o recenseamento de Israel, para que fosse mostrado a ele se confiava na força de combate do número de homens ou no invisível Jeová, que lutou pelo Seu povo escolhido. Com esse ato, Jeová se tornou, momentaneamente, o adversário, o tentador (Satanás) de Davi.

Independentemente, se esse tentador aparece em forma corporal ou como uma voz interior, o motivo pelo qual Davi deveria ter lhe dito é que o poderoso braço de Jeová contava com mais de milhões de homens, e ele deveria ter dito a si mesmo ou a seu tentador externo: “Qual é a utilidade de contar Israel? Jeová é o nosso escudo!”. Em vez disso, ele enviou homens para contar Israel, conforme sugerido; ele estava, sem dúvida, inflado com uma sensação de poder; talvez ele tenha se sentido suficientemente capaz de dispensar Jeová e seguir seus próprios ditames.

Portanto, tornou-se necessário para o Líder divino provar que ele estava enganado diante de todas as pessoas e, como eram pertencentes a uma Raça teimosa, propensa a discordar, a lição teve que ser salutar para impedir que imitassem o exemplo de seu líder. A pestilência diminuiu seu número em poucos dias a tal ponto que ficou evidente, para todos, que Jeová é mais forte do que qualquer número de homens. Assim, a fé e a obediência, sem as quais nenhum líder divino pode promover novas faculdades sob suas acusações, foram fortalecidas, e Israel havia dado um passo distinto no Caminho de Evolução.

Todo mundo que já renasceu aqui em um Corpo Denso foi tentado; nem mesmo Cristo escapou, e quanto mais evoluídos formos, mais sutis serão as tentações colocadas em nosso caminho. Além disso, essas tentações, frequentemente, surgem por alguém em quem confiamos plenamente, para que possamos aprender a diferenciar quanto ao mérito intrínseco de qualquer sugestão, independentemente de nossa simpatia ou antipatia, seja quem for que a sugere.

(Publicado na: Rays From The Rose Cross – jan. /1916 – Traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

(*) Gravura: The torments of Job under a swirling sky dominated by God. Engraving by M. van Heemskerck, 1563


[1] N.T.: Lembrando que o nome de Deus no Antigo Testamento é Jeová, Javé ou Iahweh, o Deus-Espírito Santo, o Deus de Raça. Em (Jo 2:3-10): 3Iahweh disse a Satanás: “Reparaste no meu servo Jó? Na terra não há outro igual: é um homem íntegro e reto, que teme a Deus e se afasta do mal. Ele persevera em sua integridade, e foi por nada que me instigaste contra ele para aniquilá-lo”. 4Satanás respondeu a Iahweh e disse: “Pele após pele! Para salvar a vida, o homem dá tudo o que possui. 5Mas estende a mão sobre ti e, fere-o na carne e nos ossos; eu te garanto que te lançará maldições em rosto”. 6 “Seja!”., disse Iahweh a Satanás, “faze o que quiseres com ele, mas poupa-lhe a vida”. 7E Satanás saiu da presença de Iahweh. Ele feriu Jó com chagas malignas desde a planta dos pés até o cume da cabeça. 8Então Jó apanhou um caco de cerâmica para se coçar e sentou-se no meio da cinza. 9Sua mulher disse-lhe: “Persistes ainda em tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre duma vez!”. 10Ele respondeu: “Falas como uma idiota: se recebemos de Deus os bens, não deveríamos receber também os males?”. Apesar de tudo isso, Jó não cometeu pecado com seus lábios.

[2] N.T.: A ira de Iahweh se acendeu contra Israel e incitou Davi contra eles: “Vai”, disse ele, “e faze o recenseamento de Israel e de Judá”.

[3] N.T.: Satã levantou-se contra Israel e induziu Davi a fazer o recenseamento de Israel. Davi disse a Joab e aos chefes do povo: “Ide e recenseai Israel, de Bersabéia a Dã, e na volta fazei-me conhecer seu número”.

[4] N.T.: ITes 5:21

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Por que foi necessário que o Cristo entrasse no Corpo Denso e Vital de Jesus e fosse tentado para sentir compaixão por nós? Um grande Ser como Ele não poderia sentir compaixão sem passar por isso?

Resposta: Evidentemente que não. Para que a tentação se torne tentação é preciso que a pessoa tentada veja algo desejável naquilo que a tenta. Faltando essa condição, não pode haver tentação. A carne animal não é motivo de tentação para esse autor, pois até o pensamento de comê-la lhe causa náuseas. Portanto, não há virtude em se abster dela. Ele não precisa dominar ou superar o desejo pela carne animal, mas teria que o seu desgosto ou repugnância para comê-la. O grande Espírito Solar, o Cristo, por Sua própria natureza, não poderia ter sentido nenhuma tentação de transformar pedras em pães para aplacar a fome. Ele não teria sentido como um sacrifício o recusar lealdade a um poder que o colocaria como soberano sobre a nossa pequena Terra; contudo, assim como nós, quando olhamos através de um vidro colorido vemos tudo matizado por essas cores, assim também, quando a consciência do Cristo estava focalizada no Corpo de Jesus, Ele percebia as coisas desse Mundo através dos olhos de Jesus, um ser humano. Do ponto de vista de um ser humano, o pão parecia algo extremamente desejável, quando se sentia fome. Portanto, isso constituía uma tentação.

O poder também parece desejável para a maioria da Humanidade. Consequentemente, o conhecimento de que pelo poder dentro de Si mesmo, Ele poderia satisfazer esse desejo constituiria uma tentação. Somente pela perspectiva humana de Jesus, o Getsemani poderia ter parecido tão terrível a ponto d’Ele querer evitar a provação que o aguardava. Podemos jugar, com base non princípio de que “cada um é que sabe onde os calos lhe apertam”, que o Espírito de Cristo aprendeu, por meio das limitações corporais de Jesus, a ter compaixão por nossas fraquezas e fragilidades de um modo que não poderia ser igualada pela simples observação externa. Tendo uma vez usado um Corpo e sentido a fraqueza ou fragilidade da carne, Ele sabe melhor do que ninguém como nos ajudar e, portanto, é o Mediador Supremo entre Deus e o ser humano.

(Pergunta número 91 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Relação entre as Hierarquias Criadoras ou Zodiacais, as Notas Musicais e o Corpo Denso

“Com Deus tudo é melodia, harmonia e ritmo; porque os pensamentos de Deus são melodias; os sentimentos de Deus são harmonias; e os movimentos de Deus são ritmos.”

Artur Taylor

O Sistema Solar inteiro é um vasto instrumento musical, denominado na mitologia grega como a lira de sete cordas de Apolo. Os Signos do Zodíaco podem ser considerados como a caixa de ressonância da harpa cósmica e os sete Planetas, as suas cordas… se a harmonia falhasse por um simples momento, se houvesse a menor dissonância na orquestra celestial, o universo inteiro se desfaria.

Max Heindel

Vamos ver alguns exemplos de músicas com as tonalidades de cada Signo:

ÁRIES – Ré Bemol Maior

  • Hino Rosacruz de Encerramento
  • Claude Debussy
    • Clair de Lune
  • Brahms
    • Concerto para Violino – op. 77
  • Frederic Chopin:
    • Noturno op. 27 n. 9-2
    • Prelúdio em Re Bemol Maior – op. 28/15 – “Gota d’água”
    • Estudo – op. 25
    • Mazurca -op. 30-n. 3
    • Estudo – berceuse op. 57
    • Valsa op. 64
    • Prelúdio n. 15 – op. 28
    • Prelúdio n. 8 – op. 25
    • Noturno n. 2- op. 27
    • Valsa n. 6 – op. 64
    • Valsa n. 13 – op. 70

    TOURO – Mi Bemol Maior

    • J.S. Bach:
      • Suíte francesa n. 4 – BWV – 815
      • Prelúdio e Fuga – BWV 998
      • Tocata e Fuga – BWV 552 (de Sant’Anna)
      • Prelúdio n. 7 (cravo bem temperado)
      • Fuga tonal a 3 vozes n. 7 (cravo bem temperado)
      • Prelúdio n.8- (cravo bem temperado)
      • Fuga tonal a 3 vozes -n. 8 (cravo bem temp.)
      • Beethoven:
      • Sonata para piano – op – 7
      • Sonata para piano n. 1 – op. 27
      • Sonata para piano n. 3 – op. 31
      • Sonata escocesa – les adieux – op. 81
      • Quarteto n. 10 – op. 74 “as harpas”
      • Sinfonia n.3 – op. 55 (heroica)
      • Trios – op. 70
      • Concerto para piano n.5- op. 73
    • Chopin:
      • Prelúdio n. 14 – op. 28
      • Prelúdio n. 19 – op. 28
      • Noturno h. 2- op. 9
      • Noturno n.2 – op. 55
      • Valsa brilhante – op. 18
      • Polonaise – op. 22
      • Polonaise op. 26
    • Liszt:
      • Concerto n. 1 para piano e orquestra
    • Mendelssohn:
      • Rondó brilhante op. 29 – para piano e órgão
    • Mozart:
      • Sinfonia n. 1 – kv 16
      • Sinfonia n. 19 – kv 132
      • Sinfonia n. 26 – kv 184
      • Sinfonia concertante – k 364
      • Sinfonia concertante – k 297 B
      • Concerto n. 10 – k 365
      • Concerto para trompa k 447
      • Concerto para trompa – K 417
    • Haydn:
      • Concerto p/trompete e orquestra
    • Schumann:
      • Sinfonia n. 3 – op. 97
      • Quinteto – op. 44 para piano e cordas
    • Vivaldi:
      • La tempestá di mare

    GÊMEOS – Fá Sustenido Maior

    • J S Bach:
      • Prelúdio n. 13 (o cravo bem temperado)
      • Fuga n. 13 – a 3 vozes (o cravo bem temperado)
    • Beethoven:
      • Sonata para piano – op. 78 –
    • Chopin:
      • Noturnos op. 15 – Nº 6-2
      • Noturno Nº 2 – op. 26
      • Barcarole – op. 60
      • impromptu – op. 36

    CÂNCER – Sol Sustenido Maior (musicalmente: Lá Bemol Maior)

    • J S Bach:
      • Prelude and fugue in A flat major BWV 862
    • Edward Elgar:
      • Symphony No 1   Vernon Handley
    • Schubert:
      • Impromptus, Op 90 No 4 in A flat Major (Allegretto)
    • Brahms:
      • Waltz No 15 in A flat Major
    • Rachmaninoff:
      • Polka de W R
    • Chopin:
      • Waltz № 5 in A flat major, Op 42
      • ‘Heroic’ Polonaise op 53 A flat major Valentina Lisitsa
      • Chopin Ballade No 3 in A flat major, Op 47

    LEÃO – Lá Sustenido Maior (musicalmente: Si Bemol Maior)

    • J S Bach:
      • Partita No.1 in B – flat major, BWV 825
    • Beethoven:
      • Sinfonia no. 4 in B flat, 2nd mvt Adagio
      • Rondo for Piano and Orchestra B-dur (c.1795) WoO 6
    • Aaron Copland & ELP:
      • Fanfare for The Common Man
    • Brahms:
      • Variations and Fugue on a Theme by Handel in B flat major, Op. 24 (Synthesia)
    • Haendel:
      • Concerto p/ Oboé N. 1 IN B FLAT MAJOR HWV 301
    • Mozart:
      • Divertimento in B-flat major, K. 287, Lodron
    • Chopin:
      • Mazurka op. 7 No. 1 Yulianna Avdeeva

    VIRGEM – Dó Maior

    • J S Bach:
      • Tocata, adágio e Fuga BWV – 564
      • Concerto P/ 2 Cravos – BWV – 1061
      • Concerto P/ 2 Cravos – 1064
      • Prelúdio n. 1 – Fuga real a 4 vozes – n.1
      • Fuga tonal a 3 vozes – n. 1 (cravo bem temperado)
    • Beethoven:
      • Sonata op. 53
      • Sinfonia N. 1 – op. 21
      • Concerto p/ piano n.1 – op. 15
      • Concerto p/ piano n.3 – op. 37
      • Concerto p/ piano, violino e violoncelo – op. 56 – Jenaer
      • Sinfonia em dó maior
      • Fantasia coral p/ piano coro e orquestra – op. 80
      • Sonata p/ piano n. 3 – op. 2
      • Sonata p/ piano “aurora” – op. 53
      • Ouvertures Leonora n.1 – op. 138
      • Ouvertures Leonora n. 3
    • Chopin:
      • Bolero – op. 19
      • Mazurca – op. 7
      • Mazurca – op. 24
      • Mazurca n.5 – op. 30
      • Mazurca – n.2 – op. 24
      • Polonaise – op. 3
      • Prelúdio n. 1 – op. 28
      • Estudo n.1 – op.10
      • Prelúdio n.7 – op. 10
    • Amadeus Mozart:
      • Concerto n. 8 – KV 246 –
      • Concerto p/ Oboé – K 314
      • Concerto para piano e orquestra n. 21 – K. 467
      • Conserto n. 25 – k 503
      • Conserto p/ flauta e harpa – k 220
      • Sinfonia n. 22 – k 162
      • Sinfonia n. 34 k 338
      • Sinfonia n. 36 kv 425 (“Linz”)
      • Sinfonia N.º 28 – K 200
      • Missa Breve – K 220
      • Missa K 317 – (Coroação);
    • Schubert:
      • Marcha característica – op. post. 121, n. 1
    • Franz Gruber:
      • Noite Feliz! (canção de Natal)
    • Sibelius:
      • Sinfonia n. 2 – op. 43
      • Sinfonia n. 3 – op. 52
      • Sinfonia n. 7 – op. 105
    • Rachmaninof:
      • Rapsódia Sobre Um Tema De Paganini – 18º variação
    • Vivaldi:
      • Sonata n. 3 – op. 1
      • Sonata n. 5 op. 1 (obra de câmera)
      • Sonata n. 6 – op.2
      • Sonata n. 11 -op. 2 (obra de câmera)
      • Glória (obra religiosa)
      • Il piacere (livro 1)

    LIBRA – Ré Maior

    • Hino Rosacruz de Abertura
    • J S Bach:
      • Suítes n. 3 en. 4
      • Concerto de Brandemburgo – n. 5 BWV – 1050
      • Concerto p/ cravo – BWV – 1054
      • Prelúdio n. 5 (o cravo bem temperado)
      • Fuga real a 4 vozes n. 5 (o cravo bem temperado)
      • Prelúdio n. 5 (o cravo bem temperado)
    • Beethoven:
      • Concerto para violino e orquestra – op. 61
      • Missa solene – op. 123
      • Sonata p/ piano n. 3 – op. 10
      • Sonata p/ piano – op. 28 “pastoral”
      • Sonata n.1- op. 12
      • Sinfonia n. 2 – op. 36
      • Concerto p/ violino – op. 61
      • Trio op. 70
    • Brahms:
      • Sinfonia n. 2 – op. 73
      • Concerto p/ violino e orquestra – op. 77 (réquiem Alemão)
      • Concerto p/ violino – op. 77
    • Chopin:
      • Mazurca op. 33
      • Preludio n.5
    • Mendelssohn:
      • Variações concertantes p/ violoncelo e piano – op. 17
      • Canção sem palavras – p/ violoncelo e piano – op. 109
      • Sonata p/ violoncelo e piano – n. 2 – op. 58.
    • Handel:
      • Te deum “Caroline”
      • Laudate pueri (religiosa)
    • Haydn:
      • Concerto para violoncelo e orquestra, op. 101
    • Jules Massenet
    • Amadeus Mozart:
      • Concerto Para Flauta N. º2 – kv 314
      • Sinfonia n. 20 – k 135
      • Sinfonia n. 23 – k 181
      • Concerto n. 26- k 537
      • Concerto – Rondó – K 382
      • Concerto P/ Violino – K 218
      • Concerto para violino e orquestra N.º 5 – k 219 – “Turco”
      • Divertimento – 136; 
      • Marcha N.º 1 – K.335
      • Sinfonia N.º 35 (“Haffner”) K 385
    • Schubert:
      • Sinfonia N.º 1 – N.3
      • Marcha Militar – OP. 5L -N. º 1

    ESCORPIÃO – Mi Maior

    • J S Bach:
    • Concerto p/ cravo e orquestra – BWV 1053
    • Suite Francesa – n. 6 – BWV – 817 – suite – BWV – 1006 a
    • Tocata n. 3 – BWV 566 – Prelúdio n. 9 (cravo bem temperado)
    • Fuga real a 3 vozes – n. 9 (cravo bem temperado)
    • Beethoven:
      • Sonata p/ piano n. 1 – op. 14
      • Sonata p/ piano – op. 109
    • Chopin:
      • Estudo N.º 3 – Op. 10/3 – Op. 54
      • Mazurca – OP. 6
      • Mazurca N.3
      • Valsa Op. 64, N.º 2
      • Scherzo – op. 54
    • Schubert:
    • Grande Marcha – Op. 40
    • Sinfonia N. 7
    • Vivaldi:
    • “As 4 Estações” (A Primavera)
    • Mendelssohn:
    • Abertura do Sonho de uma Noite de Verão – op. 21 (1826)
    • Sonata – op. 6

    SAGITÁRIO – Fá Maior

    • J S Bach:
      • Concerto De Brandemburgo – N.º 1 – BWV – 1046
      • Concerto de Brandemburgo – N.º 2 – BWV – 1047
      • Concerto p/ cravo – BWV 1057
      • Suíte inglesa – N. 4- BWV 809
      • Sonata p/ violino e címbalo n.3 – BWV 1016
      • Prelúdio n. 11 (cravo bem temperado)
      • Fuga tonal a 3 vozes n. 11(cravo bem temperado)
      • Sinfonia da cantata 156 (adágio)
      • Missa em Fá maior – BWV 233
    • Amadeus Mozart:
      • peça p/ cravo – k 33 b
      • Sinfonia n. 18 – k 130
      • Concerto n. 7 – kv 242
      • Concerto N.11 – K 415
    • Beethoven:
      • Romanza para violino e orquestra – Nº2-OP.50
    • Brahms:
      • Sinfonia Nº3 -Op.90
    • Frederic Chopin:
      • Noturno N.º 5-1 – Op. 15
      • Rondó a lá mazur – op. 5
      • Cracoviana – Grande Rondó de Concerto, p/ Piano e orquestra – op.14
      • Estudo – op. 25
      • Valsa brilhante -op.34
      • ballada-op.38
      • Prelúdio n. 23 – op.28
      • Prelúdio n. 8 – op. 10
      • Estudo n.3 – op. 25
      • Noturno n.1 -op. 15
      • Valsa n.4- op. 34
    • Schumann:
      • Traumeret
    • Vivaldi
      • as 4 estações – “o outono”
      • Sonata n.5 -op. 1
      • Sonata n.4 – op. 2
    • Haendel:
      • Laudate Pueri (Obra Religiosa)

    CAPRICÓRNIO – Sol Maior

    • J S Bach:
      • Jesus, Alegria Dos Homens – Tema Do Coral Da Cantata 147
      • Concerto de Brandenburgo N.º 3 – BWV – 1048
      • Minueto N.º 2 missa em sol maior – BWV – 236
      • Sonata p/ violino e címbalo – n.6 – BWV 1019
      • Sonata p/ viola da gamba e címbalo – n. 1 BWV 1027
      • Prelúdio n. 15 (cravo bem temperado)
      • Fuga tonal a 3 vozes – n.15.
    • Beethoven:
      • Romanza para violino e orquestra – n.º 1
      • Concerto p/ piano n. 4 -op.56
      • Sonata p/ piano n. 2- op. 14
      • Sonata p/ piano n. 1 -op. 31
      • Sonata p/ piano n. 2 – op. 49
      • Sonata p/ piano – op. 79
      • Sonata p/ violino e piano n. 5 – op. 24 (primavera)
      • Sonata n.10 – op. 96
      • romance n.1 – op. 40
    • Mozart:
      • Pequena Serenata Noturna – K 525 – N.º 13
      • Sinfonia N. 17 – K 129
      • Sinfonia N.27 – K 199
      • Sinfonia N.32 – KV 318
      • Sinfonia N.37 – K 44
      • Concerto p/ flauta – k 313
      • Concerto n.17-k 453
    • Dvorak:
      • Sinfonia n.8 – op. 88
    • Chopin:
      • Noturno – op. 37
      • Noturno n. 2 – op. 32
      • Mazurca – op. 50
      • Prelúdio n.3 – op. 28
    • Vivaldi
      • Sonata N.8 – Op.2 (Obra De Câmara)

    AQUÁRIO – Lá Maior

    • J S Bach
      • Missa Em Lá Maior – BWV – 234
      • Concerto P/ Violino E Flauta – BWV 1044
      • Concerto p/ oboé e orquestra de cordas – BWV 1055
      • Concerto p/ violino e cordas, n.1 – BWV 1041
      • Concerto p/ violino e cordas n.2 – BWV 1042
      • Suítes Inglesas – N.1 – BWV 806
      • Sonata p/ violino e címbalo – n.2 – BWV 1015
      • Prelúdio n.19 (cravo bem temperado)
      • Fuga tonal a 3 vozes n. 19 cravo bem temperado)
    • Chopin:
      • Polonaise – Nº 3 – OP. 40/1 “militar”
      • Alegro de Concerto – op. 46;
      • Polonaise – OP. 53
      • Prelúdio N. 7 – OP. 28
    • Cesar Franck:
      • Sonata em lá maior – para violino e piano
    • Luigi Boccherini:
      • Minueto
    • Mozart:
      • Sonata Para Piano – K 331
      • Sinfonia N.º 29 – K 201
      • Concerto Para Piano e Orquestra Nº 23 – K 488
    • Beethoven:
      • Sinfonia n.7 – op. 92
      • Sinfonia n. 8 – op. 93
      • Sonata p/ piano – op. 101
      • Sonata p/ piano n.2-0p.2; Sonata op. 47 p/ piano e violino (Sonata kreutzer);
    • Schubert:
      • quinteto p/ piano e cordas – op. 14 (“a truta”)
    • Mendelssohn:
      • Sinfonia n. 4 (italiana) op. 90 (1833)
    • Handel:
      • te deum
    • Vivaldi:
      • Sonata n.9 op. 1 (obra de câmara)
      • Sonata n.2 op. 2 (obra de câmara)

    PEIXES – Si maior

    • J S Bach:
      • Fuga tonal a 4 vozes (cravo bem temperado)
      • Fuga real a 4 vozes – n. 23;
      • Prelúdio n. 23 (cravo bem temperado)
      • Sinfonia n.4 – op. 60
    • Chopin:
      • Noturno op. 32 – Nº11-1
      • Noturno op. 62
      • Noturno n. 4-3 – op. 9
      • Noturno n. 1 – op. 32
      • Noturno N. 1 – op. 62

    Que as rosas floresçam em vossa cruz

    PorFraternidade Rosacruz de Campinas

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus

    Há 2 meios de você acessar esses Estudos Bíblicos Rosacruzes:

    1.Em formato PDF (para download):

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: As Razões para a Primeira Vinda do Cristo Antecipada explicada pelo Esquema de Evolução

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 1 – Versículos de 1 a 25

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 2 – Versículos de 1 a 23

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 3 – Versículos de 1 a 17

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 4 – Versículos de 1 a 11

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 4 – Versículos de 12 a 25

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 1 a 6

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 7 a 9

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 10 a 12

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 13 a 16

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 17 a 19

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 20 a 27

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 28 a 32

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 33 a 37

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 38 a 48

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 6 – Versículos de 1 a 6

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 6 – Versículos de 7 a 15

    2.Para ler no próprio site:

    Introdução

    O Estudo Bíblico Rosacruz é fundamental para o Estudante Rosacruz a fim de ajudá-lo a equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, ocultista-místico Cristão.

    Afinal, já sabemos que a Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios e, nesse sentido, em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).

    S. Paulo mesmo em suas Epístolas, nos adverte que até o dia de hoje, na leitura do “Antigo Testamento, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo ele é tirado; contudo, até hoje, sempre que leem a Moisés, está posto um véu sobre o coração deles; mas todas as vezes que algum deles se “converter” ao Senhor, o véu lhe é tirado.” (IICor 3:14-16).

    E isso porque somos “ministros não da letra, mas do espírito, pois a letra mata, mas o espírito vivifica” (IICor 3:16). Assim, mostremos, pois, nessas aparentes contradições, o sentido oculto nas entrelinhas, “o espírito da letra”.

    Sabemos, por meio dos nossos estudos dos Ensinamentos Rosacruzes que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação. O de S. Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.

    As Razões para a Primeira Vinda do Cristo Antecipada explicada pelo Esquema de Evolução

    Antes de tudo, reafirmemos o motivo principal pelo qual nós, Estudantes Rosacruzes, nos dedicamos ao estudo e à colocação em prática na nossa vida dos Ensinamentos contidos na Bíblia. O motivo principal é porque “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.”

    Um segundo motivo é porque o estudo bíblico é fundamental para o Estudante Rosacruz. É por meio dele que o Estudante Rosacruz tem a maior ajuda para equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, Cristão ocultista-místico. Pois, como todos sabem, a imensa maioria das pessoas que se tornam Estudantes Rosacruzes tem a tendência a ficar mais para o lado da Mente, da “cabeça”, da razão e, com isso, sofre a tentação de ser perder na intelectualidade.

    E isso, como nos diz Max Heindel, é um fator de desestimulo e até de risco à perda de oportunidades para evoluir nessa vida aqui.

    Vamos compreender a necessidade da antecipação da primeira vinda de Cristo e de todo o Seu ensinamento a partir do estar entre nós, de ter acesso a todo conhecimento de vidas e vidas de um ser humano (com o objetivo de compreender como não conseguimos avançar no Esquema de Evolução e como chegamos a uma situação perigosíssima de perder a oportunidade de evoluir nesse Esquema, gerando uma segunda Lua terrestre) e de fornecer um ensinamento que, a partir do interior de cada um de nós e se quisermos, é perfeito para avançarmos nesse Esquema de Evolução: o Cristianismo.

    Afinal, um Arcanjo ter que se submeter a experimentar a vida a partir de Corpos que somente seres humanos eram para funcionar, além de um enorme sacrifício, foi uma medida extremamente complexa e difícil de ser executada. Se houvesse outra solução, com certeza, teria sido executada.

    Portanto, para entendermos a causa dessa necessidade de Cristo se pronunciar assim, ensinando que deveríamos alterar o nosso comportamento, deixando de pensar, desejar, falar e agir de um modo bem diferente do que estávamos acostumados a fazer, temos que compreender como e porque chegamos a essa situação, que evidenciou o risco de muitos de nós perder a oportunidade de continuar evoluindo nesse Esquema de Evolução.

    Esse conhecimento facilitará, e muito, o nosso entendimento sobre os Estudos Bíblicos Rosacruzes, quando fomos ler e estudar a Bíblia, tanto os Evangelhos, todo o Novo Testamento, bem como o Antigo Testamento.

    Utilizemos o conhecimento adquirido por meio da Filosofia Rosacruz para detalharmos os principais pontos.

    Nesse Período Terrestre, quando alcançamos o Globo D, na 4ª Revolução – quando começou de fato o trabalho original do Período Terrestre, após às devidas recapitulações –, também alcançamos o ponto mais denso que nós, Espíritos Virginais da Onda de Vida humana manifestados aqui, deveríamos conquistar já na Região Química do Mundo Físico, onde até hoje vivemos quando estamos renascidos no nosso Corpo Denso aqui. Esse ponto chama-se Nadir da Materialidade.

    Se detalharmos um pouco mais as Revoluções no Globo D, vemos que essa figura abaixo deixa mais clara que a 4ª Revolução, é a parte da Região Química do Mundo Físico onde vivemos a parte mais densa em matéria de todo esse Esquema de Evolução. Por isso o meio da 4ª Revolução é conhecido como o Nadir da Materialidade.

    Esse fato é, ao mesmo tempo, o ideal da conquista de toda a Região Química do Mundo Físico que devemos alcançar (note a única Onda de Vida a fazer isso), mas é o maior risco que enfrentamos.

    E como ocorre em todos os Esquemas de Evolução, nesse momento, esse Esquema de Evolução é dividido em partes menores um pouco antes de se alcançar Nadir da Materialidade e um pouco depois de alcançá-lo.

    Os motivos para esse cuidado das Hierarquias Criadoras que dirigem o Esquema de Evolução são dois:

    1. Reduzir o risco do apego da Onda de Vida humana à parte mais densa, que sempre ocorre, devido ao elevado grau de “cegueira espiritual”, a fim de focar na parte material, o que pode resultar em uma cristalização tal que seres da Onda de Vida humana pode perder todas as possibilidades de continuar evoluindo nesse Esquema de Evolução (que é o que já aconteceu com vários dos nossos irmãos e das nossas irmãs que hoje aguardam no cone sombrio da Lua um próximo Dia de Manifestação do nosso Criador, Deus);
    2. Facilitar a conquista da Região Química do Mundo Físico, ou seja: se tornar especialista de materiais Sólidos, Líquidos e Gases, a fim de que em outros Dias de Manifestação quando um Onda de Vida necessitar construir Corpos com esses materiais, nós possamos ajudá-la, sendo lhe fornecendo o germe de um Corpo, seja auxiliando em como lidar com esses materiais.

    As divisões, nesse momento e nesse Esquema de Evolução foram em Épocas e Eras. E isso foi possível devido a um dos movimentos do nosso Planeta chamado de Precessão dos Equinócios, bem conhecido pela Astronomia.

    Bem resumido, ocorre porque vendo daqui da Terra (ou seja, tendo como referência estarmos em um ponto qualquer da Terra) todos os anos, no Equinócio de Março, o Sol cruza o Equador do hemisfério sul para o hemisfério norte.

    Nesse momento se olharmos por trás do Sol há um Signo, ou seja: o Sol está transitando por um Signo. Atualmente o Signo é Peixes.

    E devido ao movimento Precessão dos Equinócios (como o nome já sugere), todo ano o Sol cruza em ponto anterior ao ponto anterior (Exemplo: se cruzou no grau 10 de um Signo, cruzará em algum ponto menor que o grau 10; na verdade alguns minutos menores do que o do ano anterior).

    Assim, houve momentos no passado em que no Equinócio de Março, o Sol cruzava quando estava no Signo de Áries e em momentos mais anteriores, o Sol cruzava quando estava no Signo de Touro no Equinócio de Março.

    Assim, considerando as lições a serem aprendidas, o processo, o método empregado e todo o ambiente que tínhamos, as Hierarquias Criadoras deram o nome de Era a cada Signo que o Sol transitava pelo movimento da Precessão dos Equinócios. Na Filosofia Rosacruz estudamos com mais detalhes cada Era.

    Assim, enquanto o Sol transitava pelo Signo de Touro, tivemos a Era de Touro. Depois, em um momento mais à frente enquanto o Sol transitava pelo Signo de Áries, tivemos a Era de Áries. Depois, em um momento mais à frente enquanto o Sol transita pelo Signo de Peixes, temos a Era de Peixes.

    E a cada 3 Eras temos uma Época que compreende um conjunto maior de alterações em nós e no nosso Campo de Evolução, necessários para evoluirmos e aprendermos as lições nesse Esquema de Evolução. Exemplo: em uma Época nosso Corpo Denso era mais parecido como um embrião humano atual. Hoje é essa forma que temos, muito mais desenvolvido.

    Na figura abaixo vemos as Eras e a cada 3 Eras, a Época. E, alguns exemplos das principais modificações que ocorrem na nossa composição (Corpos e Veículo), na nossa alimentação e no nosso comportamento.

    Note que na figura fica claro que alcançamos o Nadir da Materialidade exatamente na Era de Gêmeos da Época Atlante.

    Já há muito tempo nesse Esquema de Evolução, já que estamos atualmente na Era de Peixes, já na Época Ária!

    Note que próximo ao Nadir da Materialidade, que ocorreu na Época Atlante, de um lado tivemos a Era de Câncer, depois a mais densa de todas a Era de Gêmeos e do outro lado a não tão densa Era de Touro, fechando a Época Atlante. Depois entramos na Época Ária que se iniciou com a Era de Áries, depois a menos densa das 3 anteriores, a Era de Peixes (a que estamos agora) e estamos já na Órbita de Influência da Era de Aquário.

    Para que pudéssemos alcançar o objetivo de nos manifestar como indivíduos completos e expressar o total controle do nosso Tríplice Corpo em cada um dos Mundos que atuamos, os Senhores da Mente nos deram o germe da Mente nessa Época Atlante (durante as 3 Eras, dependendo do grau de evolução de cada um de nós).

    Também nesse Esquema de Evolução, para alcançarmos o Nadir da Materialidade fomos nos concentrando cada vez mais no nosso Corpo Denso e na Personalidade, de modo que a ilusão do “eu pessoal”, imediatamente surgiu a ideia do “eu” e “tu”, do “meu” e “teu”, e os interesses individuais começaram a entrar em conflito com os dos outros, que começou na Era de Gêmeos.

    Estudamos esses eventos na Bíblia, figurativamente nos contado como a tragédia entre Caim e Abel e a existência de Nimrod, poderoso caçador, com derramamento de sangue.

    Com isso e por vontade própria fomos robustecendo o nosso modo de agir por meio do Corpo de Desejos, procurando satisfazer todos os nossos desejos, sentimentos e nossas emoções inferiores em busca da conquista da Região Química do Mundo Físico e esquecendo totalmente da nossa parte divina. O livre arbítrio nos garantiu essa escolha. Como o Corpo de Desejos ditava a nossa conduta e focado em gerarmos desejos, emoções e sentimentos inferiores (egoísmo, ódio, raiva, vingança, ciúmes, inveja e afins), colocamos, por livre vontade, a Mente à serviço do Corpo de Desejos e começamos a utilizar a Mente para manifestar a astúcia e justificar os nossos desejos inferiores.

    Resultado: cristalização dos nossos veículos e risco de perder todas as possibilidades de continuar evoluindo nesse Esquema de Evolução (que é o que já aconteceu com vários dos nossos irmãos e das nossas irmãs que hoje aguardam no cone sombrio da Lua um próximo Dia de Manifestação do nosso Criador, Deus).

    Já entre o final da Era de Gêmeos e iniciando a Era de Touro, com o objetivo de nos ajudar a controlar o nosso Corpo de Desejos, Jeová (o terceiro Aspecto de Deus, o Espírito Santo) nos forneceu as Religiões de Raça nos separando em nações, cada uma com um Espírito de Raça, de modo que pudesse ficar mais fácil os povos das nações dominarem os seus Corpos de Desejos entre os membros das nações. E para que isso ficasse claro deu a cada nação Leis – um exemplo são os 10 Mandamentos – que deveriam ser obedecidas e que, se analisarmos cada uma, veremos claramente que tem o objetivo de controlar os nossos Corpos de Desejos na escolha e manipulação de materiais das 3 Regiões inferiores do Mundo do Desejo.

    Como havia muitos irmãos e muitas irmãs já avançados, esses foram escalados como Profetas, mediadores entre o Divino e a Humanidade, que contavam como os povos das nações deveriam se comportar, onde estavam errando e o que fazer para se corrigirem.

    O que aconteceu? Nós começamos a “distorcer” as Leis de Raça, a fim de tentar acomodar a prática dos nossos desejos, sentimentos e nossas emoções inferiores (e muitos de nós até hoje assim o fazem).

    Um exemplo? A da “lei do talião” de onde veio essa de “olho por olho, dente por dente”. Isso não está nos 10 Mandamentos, não é? E como essa “lei”, há muitas outras pelo mundo afora que podemos consultar, se quisermos.

    Percebam na figura que já na Era de Touro éramos para começar os preparativos para irmos em direção a uma menor densidade de matéria química e começar um caminho para a matéria etérica, na Região Etérica.

    Só que continuávamos o foco na Região Química, o apego ao “Eu inferior” e nos alimentando de material de desejos, sentimentos e emoções inferiores, ou seja, nos cristalizando por irmos contra as Leis de Deus.

    Quando entramos na Época Ária, por meio da Era de Áries, novas condições foram apresentadas para nos ajudar a mudar essa direção. Muitos conseguiram, mas outro tanto não. Foi então que surgiu o Plano de Salvação liderado por Cristo, nosso Redentor e único Ideal a ser seguido.

    Toda uma preparação foi nos fornecida para ensinar que devíamos deixar as Religiões de Raça – a Religião do Espírito Santo – e adotar a Religião Cristã que Cristo estava nos apresentando – depois de anúncios e mais anúncios e exemplos e mais exemplos, desde muitos séculos ainda da vinda do Cristo, do que seria a Religião Cristã, a Religião do Filho, dados pelos profetas, como temos inumeráveis no Antigo Testamento.

    De modo que quando foi atingindo o entorno de 8 graus de Precessão dos Equinócios do Sol cruzando o Equador por Áries (veja: já na Órbita de Influência da Era de Peixes), Cristo veio entre nós para nos mostrar como devemos fazer para progredir nesse Esquema de Evolução, por meio do Cristianismo. E para facilitar o acesso a quem quiser sobre esses ensinamentos temos a Bíblia, um livro onde está o básico, mas que exige uma preparação espiritual esotérica Cristã para compreender e aplicar o que lá está colocado (caso contrário, ficará apenas na superficialidade, na astúcia, no desânimo e, fatalmente, na desistência).

    O momento cósmico estava apropriado para a implantação dessa ajuda extra e indispensável para que pudéssemos, se quiséssemos retomar o Esquema de Evolução e avançar em direção a Era de Aquário, onde Cristo nos receberá, quando já tivermos nosso Corpo-Alma suficientemente desenvolvido, como Ele mesmo nos ensinou.

    Por fim, nunca nos esqueçamos: desde o Seu sacrifício no Gólgota, quando o Corpo Denso de Jesus foi destruído, ao mesmo tempo em que se manifestavam certos fenômenos relatados na Bíblia, o Espírito de Cristo penetrou na Terra. O Cristo se tornou o Espírito Interno da Terra. Agora, Ele guia nosso Planeta em sua órbita. Ele continua o Seu sacrifício de nos ajudar e está sempre conosco, esperando que aprendamos e apliquemos o que Ele já nos ensinou.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – P.8.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: do Capítulo 1

    Vamos ao texto do Capítulo 1, que vai do versículo 1 ao 25:

    1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão: 2Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó, Jacó gerou Judá e seus irmãos, 3Judá gerou Farés e Zara, de Tamar, Farés gerou Esrom, Esrom gerou Aram, 4Aram gerou Aminadab, Aminadab gerou Naasson, Naasson gerou Salmon, 5Salmon gerou Booz, de Raab, Booz gerou Jobed, de Rute, Jobed gerou Jessé, 6Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, daquela que foi mulher de Urias, 7Salomão gerou Roboão, Roboão gerou Abias, Abias gerou Asa, 8Asa gerou Josafá, Josafá gerou Jorão, Jorão gerou Ozias, 9Ozias gerou Joatão, Joatão gerou Acaz, Acaz gerou Ezequias, 10Ezequias gerou Manassés, Manassés gerou Amon. Amon gerou Josias, 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos por ocasião do exílio na Babilônia. 12Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel, Salatiel gerou Zorobabel, 13Zorobabel gerou Abiud, Abiud gerou Eliacim, Eliacim gerou Azor, 14Azor gerou Sadoc, Sadoc gerou Aquim, Aquim gerou Eliud, 15Eliud gerou Eleazar, Eleazar gerou Matã, Matã gerou Jacó, 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus chamado Cristo. 17Portanto, o total das gerações é: de Abraão até Davi, quatorze gerações; de Davi até o exílio na Babilônia, quatorze gerações; e do exílio na Babilônia até Cristo, quatorze gerações. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. 19José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo. 20Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor manifestou- se a ele em sonho, dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel, o que traduzido significa: ‘Deus está conosco’. 24José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua mulher. 25Mas não a conheceu até o dia em que ela deu à luz um filho. E ele o chamou com o nome de Jesus.”

    Genealogia de Jesus, segundo S. Mateus

    Antes de falarmos da genealogia de Jesus, como nos foi dado por S. Mateus, lembremos que Jesus pertence à nossa Humanidade, ou seja é um ser humano, ou um Espírito Virginal da Onda de Vida humana, exatamente como um de nós. Assim, estudando o ser humano Jesus na Memória da Natureza podemos segui-lo em suas vidas anteriores, renascido aqui inúmeras vezes: durante um certo tempo na sua evolução, de 1000 em 1000 anos (com a manifestação de sexo aqui alternado: uma vez homem, outra vez mulher) e depois, evoluindo espiritualmente, não mais de 1000 em 1000 anos e nem mais alternadamente homem e mulher.

    Já quando renasceu como Jesus não era um indivíduo comum. Tinha desenvolvimento uma Mente singularmente pura, muito superior à grande maioria da nossa presente Humanidade. Um Corpo Denso mais próximo da perfeição do que qualquer outro Corpo Denso construído por qualquer outro ser humano. E, obviamente, um Corpo Vital mais próximo da perfeição do que qualquer outro Corpo Vital construído por qualquer outro ser humano. E, com certeza absoluta, um Corpo de Desejos mais próximo da perfeição do que qualquer outro Corpo de Desejos construído por qualquer outro ser humano. Além de um Corpo Mental, ao invés de um veículo Mente, como temos. Pois esteve percorrendo o Caminho da Santidade através de muitos renascimentos aqui, preparando-se para a maior honra que poderia ter recebido um ser humano.

    Vamos enumerar a genealogia de Jesus, conforme nos fornecido por S. Mateus:

    1. Abraão
    2. Isaac
    3. Jacó
    4. Judá
    5. Farés
    6. Esrom
    7. Aram
    8. Aminadab
    9. Naasson
    10. Salmon
    11. Booz
    12. Jobed
    13. Jessé
    14. Davi
    15. Salomão
    16. Roboão
    17. Abias
    18. Asa
    19. Josafá
    20. Jorão
    21. Ozias
    22. Joatão
    23. Acaz
    24. Ezequias
    25. Manassés
    26. Amon
    27. Josias
    28. Jeconias
    29. Salatiel
    30. Zorobabel
    31. Abiud
    32. Eliacim
    33. Azor
    34. Sadoc
    35. Aquim
    36. Eliud
    37. Eleazar
    38. Matã
    39. Jacó
    40. José, o esposo de Maria, da qual nasceu
    41. Jesus

    Nesse Capítulo S. Mateus mostra 41 gerações sendo que na última ele considera a geração vinda de Maria, totalizando 42 gerações. Obviamente não se quis mostrar aqui todos os renascimentos de Jesus aqui (com certeza houve muito mais!) e muito menos que todas essas pessoas foram renascimentos anteriores de Jesus. O único que é nos revelado como um renascimento anterior de Jesus foi Salomão. E só nos foi revelado porque há coisas importantes para compreendermos com essa revelação, como já estudamos na Filosofia Rosacruz.

    Há que se tomar muito cuidado em interpretações usando o significado dos nomes aqui expostos: devido a dificuldades de grafia, a chance de “fantasiar” é enorme. Sugerimos não perder tempo, nem em tentar, nem em ler. Dentre várias coisas que S. Mateus quis ensinar aqui, da parte esotérica, podemos ver alguns exemplos (muitos outros podemos ter, mas vamos nos ater ao tempo limitado):

    • Como alguns grandes Iniciados, por meio de fornecer Corpos para vários Egos, foram auxiliando para que Jesus pudesse chegar a esse nível de perfeição no Corpo Denso e, consequentemente, no Corpo Vital. Imaginem se alguns deles não quisessem ter filhos pelos motivos que hoje ouvimos: “dá muito trabalho”, “deforma meu corpo”, “colocá-lo nesse mundo? Nem pensar!”, “cria-lo é um preço de apartamento ou de um carrão!”.
    • Se decompormos 42 pela Matemática Esotérica, teremos 4+2 = 6; 1+2+3+4+5+6=21; 2+1=3. Ou seja: como sempre o número 3 significa “chegou-se a um nível necessário e suficiente para atender o era preciso”. No caso de Jesus: ter os melhores Corpos possíveis para que Cristo pudesse iniciar o seu Plano de Salvação estando aqui, entre nós.
    • Uma dica e estudar a vida e os acontecimentos de alguns desses nomes, como Davi, Salomão, Jeconias e outros na Bíblia e veja a evolução espiritual deles, para se ter mais exemplos.

    A Revelação à José

    Vamos ver agora a questão da revelação à José sobre o nascimento de Jesus (vers. 18 a 25). Para isso, lembremos que Maria, a mãe de Jesus, a Virgem Maria, possuía a mais elevada pureza humana, por isso foi escolhida para ser a mãe de Jesus. Já era uma elevada Iniciada. O pai, José, também era um elevado Iniciado, capaz de realizar o ato de fecundação como um sacramento, sem nenhum desejo ou paixão pessoal.

    Em consequência, o formoso, puro e amoroso espírito conhecido pelo nome de Jesus de Nazaré veio ao mundo num Corpo puro e sem paixões. Como falamos antes, esse Corpo era o melhor, o mais próximo à perfeição que se podia produzir na Terra. A tarefa de Jesus, nesse renascimento, era cuidar e desenvolver o seu Corpo até o maior grau de eficiência possível para o grande propósito a que devia servir. Jesus surgiu do povo comum, não foi um levita, classe para quem era uma herança o sacerdócio. Ainda que não surgisse de uma classe de instrutores, seus ensinamentos foram superiores aos de Moisés.

    Quando fazemos o Curso Bíblico Rosacruz, aprendemos que “conhecer alguém” no contexto colocado significa ter que se relacionar sexualmente para, por meio de um sentimento de paixão e posse, egoisticamente, criar condições de fornecer um Corpo Denso a um Ego com um único interesse: garantir que em renascimentos futuros, também se tenha a condição de receber um Corpo Denso.

    José e Maria, como dissemos, como elevados Iniciados não precisavam disso. Iniciados quando precisam fazer o sacrifício de terem relações sexuais a fim de garantir um Corpo Denso a um ser até mais elevado do que os dois, o faz sem “conhecer”, ou seja, sem paixão ou sentimento algum inferior. Por isso é feito como sacrifício, ou seja, um SACRO-OFÍCIO. Depois desse sacrifício, nunca mais tiveram relações sexuais. Por quê? Porque não precisaram mais fazer o sacrifício para fornecer um Corpo Denso a algum ser elevado.

    Imagine o regozijo de Maria e de José quando descobriram que tal SACRO-OFÍCIO redundou na fecundação e em todo um período de gravidez (em uma época que a taxa de natimorto era enorme!) que terminou bem-sucedido com o nascimento de um ser humano tão elevado que seria o que cederia os Corpos Denso e Vital para o Arcanjo Cristo!

    Outros Pontos de Significância Esotérica

    • No versículo 22: “Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel”. Isso se refere à Isaias no Capítulo 7 e versículo 14 do seu Livro no Antigo Testamento. No Novo Testamento veremos muitas confirmações dos Profetas que manifestaram suas profecias no Antigo Testamento.
    • O “Anjo do Senhor” aqui é o Anjo Gabriel, o que guarda e guia o Espírito da Maternidade. Ele envia Anjos ministros para abençoar toda mãe. Esses mensageiros angélicos cuidam e dirigem um espírito para a mãe e o lar onde ele vai se desenvolver. Todas as canções de ninar e de acalanto compostas por inspirados músicos acham-se sintonizadas com a palavra-chave do Anjo Gabriel.
    • Logicamente, José, segundo um elevado Iniciado, podia funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico e conversar tranquilidade com os seres que vivem lá, inclusive os Anjos.
    • Sobre: “grávida pelo Espírito Santo”. Sabemos que o Espírito Santo (Jeová) é a energia criadora da Natureza, e a energia sexual é seu reflexo no ser humano. Tudo que se relaciona com a propagação da espécie humana, quando tal ato é executado como um Sacro-ofício (como era feito antes da “Queda do Homem”) é executado sob a direção dos Anjos, por sua vez, guiados por Jeová. Ou seja, todas as vezes que utilizamos a energia sexual criadora do modo santo, como se deve, manifestamos o Espírito Santo. Exatamente como fez José e Maria.

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 1 – versículo de 1 a 25.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus do Capítulo 2

    Vamos ao texto do Capítulo 2, que vai do versículo 1 ao 23:

    “A visita dos magos — 1 Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, 2perguntando: “Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos” a sua estrela no céu surgir e viemos homenageá-lo”. 3Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. 4E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. 5Eles responderam: “Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: 6E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo”. 7Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou certificar-se com eles a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido. 8E, enviando-os a Belém, disse-lhes: “Ide e procurai obter informações exatas a respeito do menino e, ao encontrá-lo, avisai-me, para que, também, eu vá homenageá-lo”. 9A essas palavras do rei, eles partiram. E eis que a estrela que tinham visto no céu surgir ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o menino. 10Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. 11Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. 12Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região.

    Fuga para o Egito e massacre dos inocentes — 13Após sua partida, eis que o Anjo do Senhor se manifestou em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito. Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar”. 14Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe, durante a noite, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que dissera o Senhor por meio do profeta: Do Egito chamei o meu filho.16Então Herodes, percebendo que fora enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou matar, em Belém e em todo seu território, todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo de que havia se certificado com os magos. 17Então cumpriu-se o que fora dito pelo profeta Jeremias: 18Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação: Raquel chora seus filhos e não quer consolação, porque eles já não existem.

    Retorno do Egito e estabelecimento em Nazaré — 19Quando Herodes morreu, eis que o Anjo do Senhor se manifestou em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, pois os que buscavam tirar a vida ao menino já morreram”. 21Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe e entrou na terra de Israel. 22Mas, ouvindo que Arquelau era rei da Judéia em lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Tendo recebido um aviso em sonho, partiu para a região da Galileia 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareu.”

    A visita dos magos

    Reparem que S. Mateus já inicia com a “visita dos Magos”. E aqui é para mostrar que a “vinda de Cristo” já era sabida por muitos e há muito tempo se prepararam para esse momento.

    Quando o Sol passava, por Precessão dos Equinócios, no Signo de Libra, aproximadamente há dez mil anos atrás, começaram os preparativos para a vinda de Cristo.

    Foram enviados mestres Iniciados às mais diferentes partes do mundo, todos com uma mensagem similar: formar um círculo próximo de Discípulos para esse glorioso acontecimento que é a vinda da Luz do Sol, que haveria de se converter na Luz do Mundo.

    À medida que o tempo passava a preparação foi se tornando mais definida.

    Na China apareceu Lao Tsé e a adoração de Kwan Yin, que representa a Divindade Feminina. No Egito, a adoração se centrou em Osíris e Isis; na Babilônia, em Izdubar e Isthar; na Grécia, em Apolo e Atena; na Índia, Buda e sua mãe Maia; na Pérsia, Zoroastro (ou Zaratrusta) e Ainyahita (ou Anahita); e, finalmente, na Palestina, Jesus e a Virgem Maria.

    Assim, ao longo de todos os tempos esses Discípulos que eram conscientes da “encarnação por vir” estiveram preparando-a. E é aqui que cabem também os três Magos do Oriente.

    Há vários significados esotéricos da “Visita dos Magos”. Citemos alguns:

    Os três homens sábios representam o Corpo, a Alma e o Espírito; e os seus presentes, a suprema dedicação ao Mestre.

    A mirra é o símbolo da Alma e significa a amargura da dor e da pena, antes de que a natureza inferior do Aspirante tenha sido transformada; o incenso é o símbolo do Corpo Denso, o caminho da transmutação, eterizando o nosso Corpo; o ouro, nós, o Espírito, que refina a natureza inferior e, finalmente, a submete.

    Outro significado: as Raças branca, amarela e negra que, antes de Cristo, éramos separados proeminentemente em raças, devido às Religiões de Raça existentes. Um dos resultados da vinda de Cristo é a miscigenação das raças, ou seja, o lento desaparecimento delas, como ainda a conhecemos atualmente.

    Vamos, agora, detalhar um pouco a significância da Estrela de Belém, aquela que os Magos disseram que viram e estava seguindo. Sob a “antiga dispensação” (a 1ª e 2ª Dispensações, ou Jeovísticas) o Caminho da Iniciação não estava aberto senão para poucos escolhidos. Alguns podiam procurar o caminho, mas só os guiados ao Templo pelos Hierofantes podiam encontrar a entrada.

    Antes da vinda de Cristo, não havia convite algum semelhante ao atual que foi feito por ele: “Todo aquele que queira, pode vir”. Aos escolhidos era ensinado nos Templos de Mistérios ou de Iniciações que há uma força ou energia física no Sol que é o princípio fecundante na Natureza e que sustenta os 3 Reinos de vida, mas que há uma força espiritual, emanada do Sol Espiritual que se tornava visível na noite de 24 de dezembro, considerada a noite mais santa do ano.

    Na Noite Santa – três noites após o Solstício de Dezembro – diz-se que o Sol está diretamente abaixo da Terra e as influências espirituais são fortíssimas. Então, a Terra se tornava transparente à visão espiritual e os escolhidos para a Iniciação viam o Sol da meia-noite, e que era a Estrela. Atentem: não era o Sol físico, mas o Espírito do Sol, o Cristo, o nosso Salvador.

    A Fuga para o Egito

    Sabemos que os eventos na vida de Cristo representam etapas sucessivas no Caminho da Iniciação para os Cristãos que estão trilhando esse caminho. Então, a Fuga para o Egito, que lemos nesse trecho do texto, também é uma dessas etapas.

    E, assim, durante as primeiras etapas do desenvolvimento espiritual, nós, Aspirantes à vida superior, experimentaremos, frequentemente, “fugas para o Egito”, ou deslizamentos para as trevas, um evento que simboliza a nossa ascensão temporária e material sobre a natureza divina.

    Há dificuldades em se entender essa passagem, mas se lembrarmos: que ainda se trata do ser humano Jesus; que ainda havia necessidade de Jesus experimentar essa subjugação dos sentidos e da escuridão da Mente mortal (simbolizado pelo lugar Egito – não o país atual!), até para mostrar para cada um de nós que não é porque “caímos” que não podemos retomar de onde paramos, então, o entendimento será mais clarificado.

    Veja: a inciativa partiu de José, que simboliza a força masculina, a Vontade, a Razão em se afastar do caminho espiritual (não foi da força feminina, da Imaginação, o Coração).

    E veja a simbologia de Herodes, como o Mundo material, que encanta, ilude e se justifica por si só!

    E veja a simbologia de Egito representando a subjugação dos sentidos e da escuridão da Mente mortal. E é lá no Egito que sentimos a solidão e o abandono; o obscurecimento da nossa Vida interior e o embaraçamento por viver na ilusão material, que separa, que divide e que engana (sentimos “as coisas que vão montadas e cavalgam sobre nós”). Aqui é difícil sentir que somos escravos de tudo aquilo que, por inconsciente ironia, chamamos de “minhas posses” quando, em realidade, são elas que nos possuem!

    Assim, a Fuga para o Egito representa a terra da escuridão e o materialismo reflete na nossa vida a luta, em nossos primeiros passos, no desenvolvimento para a Iniciação Cristã.

    Retorno do Egito e estabelecimento em Nazaré

    Notem nas passagens que até agora estudamos, os nomes dos lugares envolvidos e o seu significado no curso da vida de qualquer Aspirante à Vida Superior que busca o seu desenvolvimento através de uma Escola de Mistérios Cristã:

    Tudo começa em Nazaré, que é o lugar onde o tempo é utilizado para a vida pessoal – dia a dia, cotidiana.

    Depois devemos deixar Nazaré, e entrar no caminho que conduz a Belém, em preparação para o Sagrado Nascimento (a consciência da existência do nosso Cristo Interno, o Corpo-Alma).

    Devemos, então, voltar a Nazaré, pois aqui é o baluarte da nossa evolução.

    De vez em quando, caímos e experimentamos o gosto amargo da ascensão temporária e material em nós (o “Eu inferior” que tanto tempo nutrimos com os nossos pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, obras, ações e atos inferiores) sobre a nossa divina natureza (eu inferior sobre o eu superior): a Fuga para o Egito (o lugar da escuridão espiritual).

    Então, nos lembramos que “o único fracasso é deixar de lutar” e, se fizermos uma breve reflexão vamos encontrar que as lições mais valiosas que aprendemos foram nos momentos mais sombrios de nossa vida e não nos mais radiantes. É e com essas forças que retornamos a Nazaré para continuar nosso caminho para frente e para cima.

    Aí o retorno a Nazaré se torna uma coisa empolgante, o serviço amoroso e desinteressado se torna o mote da nossa vida. A sensação de caminhar a passos largos na evolução e de se tornar cada vez mais útil como colaborador no Plano de Deus nos empolga dia a dia e nos empurra para cima e para frente.

    Vamos ver alguns pontos de esclarecimento esotérico

    Dentre os sinais do Antigo Testamento que foram fornecidos – e há muitos! – para que quem quisesse soubesse que o Cristo viria, podemos citar:

    E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo.” (Mq 5:1-3)

    Do Egito chamei o meu filho.” (Os 11:1)

    Ele será chamado Nazareu.” (Is 1:11)

    De novo vemos a citação: “Anjo do Senhor” que é o Anjo Gabriel, sendo outro exemplo de que José funciona conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, ou seja: convive com todos os seres que lá vivem (como nós convivemos aqui)!

    Lembrando sempre: muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 2 – versículo de 1 a 23.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: do Capítulo 3

    Introdução

    O Estudo Bíblico Rosacruz é fundamental para o Estudante Rosacruz a fim de ajudá-lo a equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, ocultista-místico Cristão.

    Afinal, já sabemos que a Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios e, nesse sentido, em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).

    Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: ‘A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.’. E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia.

    S. Paulo mesmo em suas Epístolas, nos adverte que até o dia de hoje, na leitura do “Antigo Testamento, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo ele é tirado; contudo, até hoje, sempre que leem a Moisés, está posto um véu sobre o coração deles; mas todas as vezes que algum deles se “converter” ao Senhor, o véu lhe é tirado.” (IICor 3:14-16).

    E isso porque somos “ministros não da letra, mas do espírito, pois a letra mata, mas o espírito vivifica” (IICor 3:16). Assim, mostremos, pois, nessas aparentes contradições, o sentido oculto nas entrelinhas, “o espírito da letra”.

    Sabemos, por meio dos nossos estudos dos Ensinamentos Rosacruzes que os quatro Evangelhos S. fórmulas de Iniciação. O de S. Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que S. as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.

    Texto do Capítulo 3

    Vamos ao texto do Capítulo 1, que vai do versículo 1 ao 17: “1Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia 2e dizendo: “Arrependei-vos, por que o Reino dos Céus está próximo”. 3Pois foi dele que falou o profeta Isaías, ao dizer: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas. 4João usava uma roupa de pelos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins. Seu alimento consistia em gafanhotos e mel silvestre. 5Então vieram até ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a região vizinha ao Jordão. 6E eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. 7Como visse muitos fariseus e saduceus que vinham ao batismo, disse-lhes: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? 8Produzi, então, fruto digno de arrependimento 9e não penseis que basta dizer: ‘Temos por pai a Abraão’. Pois eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10O machado já está posto à raiz das árvores e toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e lançada ao fogo. 11Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12A pá está na sua mão: vai limpar sua eira e recolher seu trigo no celeiro: mas, quanto à palha, vai queimá-la num fogo inextinguível”.

    13Nesse tempo, veio Jesus da Galileia ao Jordão até João, a fim de ser batizado por ele. 14Mas João tentava dissuadi-lo, dizendo: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?”. 15Jesus, porém, respondeu-lhe: “Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça”. E João consentiu. 16Batizado, Jesus subiu imediatamente da água e logo os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele. 17Ao mesmo tempo, uma voz vinda dos céus dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem Me comprazo”.”

    Alguns Pontos de S. João Batista

    João Batista pertencia a uma ordem chamada os Essênios, que foi constituída para preparar a vinda de Cristo. Como sabemos muitas pessoas envolvidas na preparação e na vida de Cristo Jesus pertenciam a essa ordem.

    Particularmente, coube a S. João Batista treinar os Discípulos para receber os ensinamentos esotéricos (com “S”) profundos que Cristo ensinaria. Assim muitos dos Discípulos de Cristo, foram Discípulos de S. João Batista.

    Nesse versículo já vemos uma dessas necessidades de preparação: “Arrependei-vos, por que o Reino dos Céus está próximo.”.

    Não confundamos Reino dos Céus com Reino de Deus. Reino dos Céus se refere a todo o Esquema, a Obra, o Caminho de Evolução no qual estamos inseridos. E o que quer dizer aqui? Simplesmente que a partir da primeira vinda de Cristo estava aberto o acesso a quem quisesse para conhecer DIRETAMENTE (sem nenhum intermediário) tudo o que envolve a Peregrinação do ser humano desde quando começou nesse Esquema de Evolução, lá no longínquo Período de Saturno, até quando chegar ao final, no Período de Vulcano.

    E, com isso, qualquer um pode alcançar o desenvolvimento espiritual que quiser, adiantando-se nesse Esquema de Evolução e ajudando com o máximo de eficácia todos os seus irmãos e suas irmãs de caminhada além do próprio Plano de Cristo para a “Salvação da Humanidade”.

    Notemos que S. João Batista pregou o seu evangelho da preparação sem palavras ambíguas. Vamos a alguns exemplos e o motivo de tal pregação. Sua advertência era voltada a todos, como aqui: “O machado já está posto à raiz das árvores e toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e lançada ao fogo”.

    Que significa uma necessidade urgente e imediata de alterar toda a estrutura social que havia e que, infelizmente, ainda há e nos enreda nessa ilusão de realização e felicidade falsas, focada em falsos valores materiais e de poder, fama, fortuna e foco somente nessa vida material!

    E aqui: “Produzi, então, fruto digno de arrependimento.

    Que significa Que passou da hora de preparar a nossa Personalidade para receber quem nos tirará desse atraso que nos impusemos nós mesmos em persistir no doloroso caminho do transgressor das Leis de Deus.

    E ainda aqui, dirigindo-se a todo ser humano que insiste em se voltar para o materialismo (uns descarados, outros dissimulados e muitos achando que não são materialistas) e a todo ser humano que insiste em achar que tem todo conhecimento que precisa e não necessita do Cristianismo (ou insiste em intelectualizar o Cristianismo) ou que vira e mexe coloca em ação a sua hipocrisia, astúcia, vaidade, orgulho e tantas outras características muito bem definidas nas duas classes sociais existentes naquela época: fariseus e saduceus, quando diz: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir”.

    Essas classes sociais não existem mais, pois estão presentes nas Personalidades de muitas pessoas, em nós quando insistimos em viver assim, ainda que em alguns momentos da nossa vida.

    Se não fazemos o Exercício Esotérico de Retrospecção como se deve, então, periga achar que JAMAIS somos assim!

    Notem como somos chamados por S. João Batista: “raça de víboras”.

    Resumindo: S. João Batista não busca agradar a ninguém. Vive totalmente a política do “sim, sim…não, não” sem meias palavras e focado totalmente no Cristianismo que estava por vir. Como um verdadeiro precursor da Era de Peixes – a Era que estamos atualmente – age sempre acima de qualquer conveniência humana. Não tem essa de ser sociável, de cultivar relacionamentos com quem não está voltado para o Cristo, de ser dissimulado (um tipo de vida em um lugar e outro tipo, oposto, em outro).

    E deixa clara a Sua missão e até onde devia ir: despertar aqueles que estavam preparados para receber o Cristianismo.

    E nós, como Estudantes Rosacruzes, vivemos assim também? Ou temos vergonha, orgulho que significa falta de fé nos Ensinamentos Rosacruzes que é o Cristianismo Esotérico?

    Batismo da Água ou o Batismo de Água ou, ainda, o Batismo com Água

    Aqui nesse versículo “Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” vemos a declaração do método de Batismo que era aplicado por S. João Batista e por todos os Essênios responsável por tal Sacramento:  o Batismo da Água ou o Batismo de Água ou, ainda, o Batismo com Água.

    Repare: o Batismo, aqui descrito, não tem nada a ver com o batismo físico que estamos acostumados a ver!

    O Batismo aqui descrito é um dos nove degraus definidos na Iniciação Cristã Mística. Era o simbólico de “conduzir à visão”. Era conhecido como Batismo por meio do arrependimento dos pecados, como está claro nesses versículos: “Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. Produzi, então, fruto digno de arrependimento e Eu vos batizo com água para o arrependimento.”

    Nesse tipo de Batismo, era aberto ao candidato à Iniciação o conhecimento dos Mundos espirituais, pela primeira vez, pela sufocação. Os Iniciadores, como S. João Batista, sabiam que, quando se submerge alguém na água, os seus corpos sutis, por falta de condições biológicas de respiração de ar abandonavam, em parte, o Corpo Denso (corpo físico), da mesma forma como acontece num afogamento. Antes de o indivíduo afogar-se completamente, o espírito encontra-se consciente dentro de seu nível interno, conhecendo-se a si mesmo como um ser espiritual entre outros seres semelhantes, que se encontram em seu nível, estando só parcialmente ligado ao seu corpo.

    Os Essênios conheciam perfeitamente o ponto exato em que o candidato aos mistérios podia ser novamente levado para fora da água, enriquecido com os conhecimentos obtido nos planos superiores.

    Dessa forma, o candidato tinha plena certeza da existência de uma vida espiritual, o que o levava a morrer para tudo quanto é material. Ele era “um morto para o mundo, e nascido para os Céus”.

    Batismo de Fogo ou Batismo do Fogo ou, ainda, o Batismo com Fogo

    S. João Batista também anuncia que aquele que está chegando, batizará de uma outra forma, o chamado Batismo de Fogo ou Batismo do Fogo ou, ainda, o Batismo com Fogo. O Fogo aqui é o fogo do Espírito Santo que Resulta em uma iluminação interna do candidato à Iniciação e leva a uma comunhão direta com o Fogo do Cosmos do Espírito Universal. É um processo de dentro para fora, portanto, sem nenhuma necessidade de alterar a condição da consciência externa do candidato à Iniciação.

    Vejamos 2 exemplos que estudaremos com mais profundidade à frente: o primeiro se refere ao Batismo experimentado por Saulo de Tarso (depois S. Paulo) no caminho de Damasco quando, consoante o relato nos Atos, ele foi ofuscado até a cegueira completa durante dias, pela Luz de Cristo. E o segundo exemplo se refere ao Pentecostes. A mesma Luz que brilhou sobre Paulo envolveu os Apóstolos em seus corações, ensinando-lhes a presença de Deus em seu interior.

    Já no evento do Batismo de Jesus veja a presença clara da Santíssima Trindade: Deus Pai proclamando: “Este é Meu Filho amado, em quem Me comprazo”. Deus Filho, o Cristo, na presença própria iniciando a Sua missão, tomando os Corpos Denso e Vital de Jesus. A partir de então sendo Cristo Jesus ou Jesus Cristo. E a do Deus Espírito Santo (Jeová) como a forma de uma pomba (não “como uma pomba”).

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 3 – versículo de 1 a 17.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 4 – Versículos de 1 a 11

    Introdução

    A Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios. Em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).

    Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: “A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.”

    E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia.

    Sem essa parte o seu crescimento espiritual está limitado e dificilmente trilhará o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.

    Afinal, sabemos, pelos Ensinamentos Rosacruzes, que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação. O de S. Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.

    Texto do Capítulo 3

    Vamos ao texto do Capítulo 1, que vai do versículo 1 ao 17: “1Então Jesus foi levado pelo Espírito para o deserto, para ser tentado pelo diabo. 2Por quarenta dias e quarenta noites esteve jejuando. Depois teve fome. 3Então, aproximando-se o tentador, disse-lhe: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães”. 4Mas Jesus respondeu: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.”. 5Então o diabo o levou à Cidade Santa e o colocou sobre o pináculo do Templo 6e disse-lhe: “Se és Filho de Deus, atira-te para baixo, porque está escrito: Ele dará ordem a seus anjos a teu respeito, e eles te tomarão pelas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra.”. 7Respondeu-lhe Jesus: “Também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus”. 8Tornou o diabo a levá-lo, agora para um monte muito alto. E mostrou-lhe todos os reinos do mundo com o seu esplendor 9e disse-lhe: “Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares”. 10Jesus lhe disse: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto.”. 11Com isso, o diabo o deixou. E os anjos de Deus se aproximaram e puseram-se a servi-lo.”

    Conceito da palavra “tentação”

    A palavra “tentação” que vem do grego, peirasmon ou eirasmon que podemos traduzir por “teste”, “tentativa”, “provação”, “teste da fidelidade do homem”, “teste da virtude”, “tentação, despertada dos desejos ou das circunstâncias externas”, “estado mental pelo qual somos provocados para pecar”, “tentação interna para pecar”, dentre outros.

    É importante definir essa palavra cuidadosamente, pois a mesma palavra pode ter significados diferentes, dependendo do contexto.

    Por exemplo, a palavra nem sempre é usada num sentido negativo (isto é, como uma atração ao pecar).

    Algumas vezes o termo significa uma prova, uma tribulação, um teste, um provar de algo ou mesmo uma experiência.

    A palavra poderia ser usada no contexto de testar a qualidade do ouro, ou a força de um arco. Assim, ela pode ter uma conotação positiva: em Gênesis 22:1, diz-se que Deus testou Abraão. Jeová testou ou provou a fé de Abraão, ao ordenar que ele sacrificasse Isaac, seu único filho. Em II Crônicas 32:31 diz que Deus testou Ezequias. Jeová queria saber se o rei estava cheio de orgulho ou não.

    Já, do latim, temos: TENTATIO, ONIS (pode ser grafada TEMPTATIO) originalmente significava “ataque, acesso de febre” ou “prova, tentativa, teste, ensaio”, ou ainda TEMPTARE que podemos traduzir: “sentir, testar, tentar influenciar” e daqui gerou o verbo “tentar”.

    O Tipo de Tentação das Três Tentações de Cristo-Jesus

    Um dos dois tipos de tentadores que temos é aquele que nos incita a agir, mas agir para o mal; a manter uma compreensão errada pela Mente; a viver na ignorância.

    Nesse sentido Cristo-Jesus foi tentado três vezes pelo demônio no deserto. As tentações visavam tocar no ponto mais fraco, com isso o tentador poderia justificar a sua queda alegando que: ou se fazia assim ou morreria. Entretanto, sempre é preferível morrer a trabalhar para o mal!

    Para ilustrar vamos utilizar o quadro do famoso pintor renascentista italiano Sando Botticelli, de 1480-1482, intitulado: As Tentações de Cristo. Atentemos, na pintura, somente a parte que se refere às 3 Tentações.

    Vemos nesse quatro os 3 tipos de tentação sofrida por Cristo.

    A Primeira Tentação

    A primeira tentação lemos nos versículos 2 a 4 aqui repetidos para facilitar a compreensão: “Após Cristo-Jesus ter jejuado 40 dias e 40 noites ‘o tentador aproximou dele e lhe disse: ‘se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se tornem pão’. Cristo-Jesus respondeu: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’.”.

    Note que essa resposta está em Deuteronômio 8:3, que nos esclarece – e nos orienta na hora que essa tentação nos acomete – que a alimentação espiritual também sacia a “fome material”.

    Sempre veremos no Novo Testamento muitas confirmações dos Profetas que manifestaram suas profecias no Antigo Testamento.

    Isso serve para demonstrar que a vinda do Cristo já fora planejada a muitos anos atrás para que muitos tivessem a oportunidade de se preparar para vinda d’Ele e outros que pudessem se emendar e rever a conduta errada de viver.

    Notem que por meio do Seu poder espiritual, Cristo-Jesus poderia matar Sua fome, mas é uma Lei Cósmica que não se pode usar o próprio poder para tirar algum proveito material para si mesmo. Se Ele o fizesse estaria praticando magia negra! E o tentador sabia disso!

    Assim, aqui Cristo-Jesus é tentado em um dos incentivos que temos atualmente para a ação: Poder, que é um dos grandes motivos de toda ação humana, ou seja, o desejo de poder é um dos motivos por que o ser humano faz ou deixa de fazer algo, fornecido pelo grandes Líderes da Humanidade a fim de que possamos obter experiência e aprender os conceitos de autoridade, dignidade, generosidade, lealdade e nobreza.

    Mas, o que fazemos?  Usamos o conceito de Poder para expressar a nossa arrogância, o nosso despotismo, a nossa dissimulação, a nossa ostentação, a nossa tirania. Nós, como Aspirantes à vida superior, devemos continuar usando o poder como motivo de ação, firmemente, mas devemos transmutá-lo em algo superior: Ou seja: “o Poder que se deve desejar é o que atua melhorando a Humanidade” e é assim que devemos utilizá-lo, afinal: “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”.

    A Segunda Tentação

    Vamos à segunda tentação, lemos nos versículos 5 a 7 aqui repetidos para facilitar a compreensão: “Então o diabo o levou à Cidade Santa e o colocou sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: ‘Se és Filho de Deus, atira-te para baixo, porque está escrito: Ele dará ordem a seus Anjos a teu respeito, e eles te tomarão pelas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra’. Respondeu-lhe Cristo-Jesus: ‘Também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus”.

    Note que o demônio percebeu que Cristo se apoiava nas Sagradas Escrituras e, também, se apoiou nela para fundamentar a sua sugestão, quando cita o Sl 91:11-12. Novamente, veja que essa resposta está em Deuteronômio 6:16, no Antigo Testamento.

    Essa passagem nos esclarece – e nos orienta na hora que essa tentação nos acomete – que não devemos ceder à vaidade de demonstrações farisaicas, posando de “bom moço ou de boa moça”, de filantrópico de ocasião, onde não haja necessidade delas e, ainda, confiando em proteções “superiores”!

    Assim, aqui Cristo-Jesus é tentado em um outro dos incentivos que temos atualmente para a ação: Fama, que é um dos grandes motivos de toda ação humana, ou seja, o desejo de fama é um dos motivos por que o ser humano faz ou deixa de fazer algo, fornecido pelo grandes Líderes da Humanidade a fim de possamos obter experiência e aprender os conceitos de exemplo em viver a vida, “seta no caminho”, verdadeiro amigo (a), servidor amoroso e justo.

    Mas, o que fazemos?  Usamos o conceito de Fama para expressar e tentar sempre ser bem-sucedido (a), muitas vezes, a qualquer custo da pessoa ou de quem quer que seja, o ser popular, seja por qualquer motivo que se apresente e, também, por qualquer custo, inclusive da própria vida, a nossa vaidade, a nossa ostentação, a nossa tirania.

    Nós, como Aspirantes à vida superior, devemos continuar usando a fama como motivo de ação, firmemente, mas devemos transmutá-lo em algo superior, ou seja: “a Fama a que se deve aspirar é a que possa aumentar nossa capacidade de transmitir a boa nova, a fim de os sofredores poderem encontrar o descanso para a dor do seu coração.”

    A Terceira Tentação

    Vamos à terceira tentação, lemos nos versículos 8 a 11 aqui repetidos para facilitar a compreensão: “Tornou o diabo a levá-lo, agora para um monte muito alto. E mostrou-lhe todos os reinos do mundo com o seu esplendor e disse-lhe: ‘Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares’. Aí Cristo-Jesus lhe disse: ‘Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto.’. Com isso, o diabo o deixou. E os Anjos de Deus se aproximaram e puseram-se a servi-lo”.

    Novamente, veja que essa resposta está em Deuteronômio 6:13, no Antigo Testamento.

    Essa passagem nos esclarece que Deus está acima de tudo e só a Ele podemos e devemos adorar, reverenciar e obedecer não devendo utilizar-nos de meios escusos para adquirir vantagens nem pessoais nem para grupos, família, nação ou qualquer segmento em que nos identificamos como fazendo parte.

    Perceba que aqui, se Cristo cedesse (como nós muitas vezes cedemos) logo descobria que “teria ganhado o mundo inteiro, mas perdido não só a sua própria alma, mas, no caso d’Ele a alma do mundo inteiro, que tinha esperança de salvar”!

    Além do que a Reino de Deus não é deste mundo; não é o Reino dos homens; o Reino de Deus é celeste.

    Assim, aqui Cristo-Jesus é tentado em um outro dos incentivos que temos atualmente para a ação: Fortuna, que é, também, um dos grandes motivos de toda ação humana, ou seja, o desejo de fortuna é um dos motivos por que o ser humano faz ou deixa de fazer algo, fornecido pelo grandes Líderes da Humanidade a fim de que possamos obter experiência e aprender os conceitos de oportunidades para servir, conhecimento a aplicar, experiências vividas, justiça.

    Mas, o que fazemos? Usamos o conceito de Fortuna para acumular recursos financeiros, muitas vezes, a qualquer custo, inclusive da saúde própria ou dos outros, da própria vida por meio de exploração, para não falar de roubo e outros métodos “criativos” pelo ser humano. Para acumular posses materiais, também, a qualquer custo e sem limites. Evidenciando, aqui, forte reminiscência da segunda parte da Época Atlante, momento evolutivo em que estávamos nos dirigindo para baixo em direção ao Nadir da materialidade, onde o nosso mérito foi conquistar a Região Química do Mundo Físico.

    Nós, como Aspirantes à vida superior, devemos continuar usando a fortuna como motivo de ação, firmemente, mas devemos transmutá-lo em algo superior, ou seja: “a Fortuna pela qual se deve lutar é somente a abundância de oportunidades para servir os semelhantes”.

    Os Três Tipos de Provas

    Esses três tipos de provas, de tentações, são as três mais difíceis pelas quais estamos, constantemente, passando: interesse pessoal, poder pessoal e fama pessoal. No início do nosso caminho Espiritual essas provas nos apresentam como simples e clara de serem refutadas, mas conforme progredimos, torna-se menos óbvio e mais sutil.

    A tentação tornou-se parte fundamental da nossa vida. É ela que nos traz:

    – a paciência, quando tentamos e não conseguimos fazer o certo;

    – a humildade, quando erramos e nos humilhamos;

    – a esperança, quando, após muito sofrimento estamos prestes a desistir;

    – a fé, quando se sentindo perdido apoiamo-nos na graça e na consolação divina;

    – o ânimo, quando nos sentimos fortalecidos ante uma tentação superada e;

    – principalmente, a consciência que, através da sua voz e quando aconteçam circunstâncias em que antigas tentações nos apresentam, ela nos orienta como agir não nos deixando nelas cair.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 4 – versículo de 1 a 11.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 4 – Versículos de 12 a 25

    Lembremo-nos sempre que a Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios. Em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).

    Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.” E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia!

    Sem essa parte o seu crescimento espiritual está limitado e dificilmente trilhará o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz. Afinal, sabemos, pelos Ensinamentos Rosacruzes, que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação.

    O de São Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.

    O texto que estudaremos é do Evangelho Segundo S. Mateus, no seu Capítulo 4 e versículos de 12 a 25: “12Ao ouvir que João tinha sido preso, ele voltou para a Galileia 13e, deixando Nazara, foi morar em Cafarnaum, à beira-mar, nos confins de Zabulon e Neftali, 14para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: 15Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região além do Jordão, Galileia das nações! 16O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz; aos que jaziam na região sombria da morte, surgiu uma luz. 17A partir desse momento, começou Jesus a pregar e a dizer: ‘Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus’. 18Estando ele a caminhar junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Disse-lhes: ‘Segui-me e eu vos farei pescadores de homens’. 20Eles, deixando imediatamente as redes, o seguiram. 21Continuando a caminhar, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com o pai Zebedeu, a consertar as redes. E os chamou. 22Eles, deixando imediatamente o barco e o pai, o seguiram. 23Jesus percorria toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda e qualquer doença ou enfermidade do povo. 24A sua fama espalhou-se por toda a Síria, de modo que lhe traziam todos os que eram acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidades, bem como endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curava. 25Seguiam-no multidões numerosas vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e da região além do Jordão.

    No texto que se refere ao “Retorno à Galileia”, temos importantes ensinamentos que faz parte do nosso Caminho espiritual. Aqui, especial atenção devemos dar aos nomes dos lugares envolvidos e o seu significado no curso da vida de qualquer Aspirante à Vida Superior que busca o seu desenvolvimento através de uma Escola de Mistérios Cristã.

    Recapitulando o que vimos no 2º Capítulo do Evangelho segundo S. Mateus, tudo começa em Nazaré, que é o lugar onde o tempo é utilizado para a vida pessoal – dia a dia, o cotidiano.

    Depois devemos deixar Nazaré, e entrar no caminho que conduz a Belém, em preparação para o Sagrado Nascimento (a consciência da existência do nosso Cristo Interno, o Corpo-Alma)

    Devemos, então, voltar a Nazaré, pois aqui é o baluarte da nossa evolução.

    De vez em quando, caímos e experimentamos o gosto amargo da ascensão temporária e material em nós (o “Eu inferior” que tanto tempo nutrimos com os nossos pensamentos, sentimentos, desejos, emoções, palavras, obras, ações e atos inferiores) sobre a nossa divina natureza (“eu inferior” sobre o “Eu superior”): a Fuga para o Egito (o lugar da escuridão espiritual).

    Então, nos lembramos que “o único fracasso é deixar de lutar” e, se fizermos uma breve reflexão vamos encontrar que as lições mais valiosas que aprendemos foram nos momentos mais sombrios de nossa vida e não nos mais radiantes. É e com essas forças que retornamos a Nazaré para continuar nosso caminho para frente e para cima.

    Aí o retorno a Nazaré se torna uma coisa empolgante, o serviço amoroso e desinteressado se torna o mote da nossa vida. A sensação de caminhar a passos largos na evolução e de se tornar cada vez mais útil como colaborador no Plano de Deus nos empolga dia a dia e nos empurra para cima e para frente.

    E aqui surge mais um lugar que tem grande significância esotérica: a cidade de Cafarnaum, onde Cristo-Jesus, saindo de Nazaré, foi morar. Passados os eventos do “Batismo” e da “Tentação no deserto” partimos para Cafarnaum: com a certeza nascida da fé, testado e provado: serve amorosamente, cura e consola a todos que sofrem, que procuram e que necessitam…para servirmos, amorosa e desinteressadamente, consolando a todos que necessitam, afinal temos a certeza nascida da fé!

    Agora vamos estudar o que quer dizer, esotericamente, o ensinamento de Cristo-Jesus nessa frase: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus.”.

    Para começar, temos que entender que nós, a Humanidade, acabamos criando um “Reino dos homens”, quando atingimos o pináculo da materialidade e por vontade própria criamos um Reino a partir do qual queremos explicar absolutamente tudo a partir da Região Química do Mundo Físico. A tal ponto de alguns de nós negar a existência de outra coisa que não seja “Sólidos, Líquidos e Gases”.

    E, nesse Esquema de Evolução, quando começamos, de fato, a desenvolver o “Reino dos homens”? Exatamente na Era de Áries, quando começamos a ter a consciência da Lei dos Ciclos Alternantes, na primeira parte da Época Ária.

    Junto com essa nossa “invenção”, veio a cristalização, o risco de se apegar tanto à matéria química a ponto de perdermos a capacidade em evoluir nesse Esquema de Evolução.

    E em um momento em que começamos a fase da Evolução, ou seja: uma vez conquistada a Região Química do Mundo Físico, iniciarmos o caminho de volta e partirmos para conquistar a Região Etérica do Mundo Físico. E daí, aprendermos a viver conscientemente nessa Região Etérica e nos outros Mundos suprafísicos ou Mundos Espirituais, ou seja, no Reino dos Céus, por meio desse Esquema, Caminho e Obra da Evolução.

    Para isso temos uma necessidade urgente atual: ter, construir, desenvolver um Corpo-Alma, desenvolvido o suficiente para usarmos conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico. E começamos esse processo por meio do “arrependimento e reforma íntima” do mal que cometemos até então para conseguir de qualquer forma o sucesso somente aqui na Região Química e, muitas vezes, esquecendo até dos Mundos espirituais (ou até utilizando-os como material para magia negra, ou cinza).

    E essa prática de “nos arrepender” é utilizada: na separação correta dos Éteres do Corpo Vital: os 2 Éteres superiores para a construção do Corpo-Alma, um dos resultados das práticas dos Exercícios Esotéricos Rosacruzes (especialmente: noturno de Retrospecção e matutino de Concentração) e na alimentação constante do Corpo-Alma construído: pela repetição, durante as horas de vigília, (até chegar a hábito e se esforçando para se tornar uma virtude) do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível) ao irmão e à irmã que está ao seu lado, focando na divina essência oculta em cada um deles – que é a base da Fraternidade – e, assim, esquecendo todos os defeitos deles.

    Agora, vamos estudar a escolha dos 4 primeiros Discípulos: André e seu irmão Pedro, Tiago e seu irmão João.

    Vamos lembrar que a “rede do pescador”, na simbologia esotérica, se refere à sabedoria extraída das experiências do cotidiano. O “pescador” é aquele que se despertou espiritualmente para o significado e propósito da existência física. Para efeito de ilustração utilizaremos as pinturas feitas por El Greco, pintadas entre 1610-1614.

    Como lemos nesse trecho do Capítulo 4, André, filho de Jonas e irmão de Simão Pedro, foi o primeiro Discípulo a ser escolhido. É o Apóstolo que representa a humildade e a auto-abnegação. Apesar de ter sido o primeiro a ser escolhido, mesmo assim, jamais se tornou um dos mais íntimos do círculo espiritual dos Apóstolos. Contentou-se sempre em brilhar a glória refletida de seu irmão mais novo, S. Pedro. Sonhos e anseios pelas coisas do espírito o elevaram, cedo, a ser um dos seguidores de São João Batista. Deste modo, ele se preparou para um serviço mais elevado e profundo que era servir ao Mestre Supremo. A Bíblia misticamente descreve sua preparação quando cita que ele estava lançando redes quando Cristo-Jesus chegou.

    O segundo a ser escolhido foi Pedro, irmão de André. Um dos três mais avançados Apóstolos de Cristo-Jesus. O instável, o homem-onda, oscilando entre o juramento de fidelidade e a negação. Um dos dois que uma vez que pela fé se lhe despertou internamente o princípio Crístico, tornou-se a rocha da Iniciação sobre a qual se fundou a Igreja. Por meio do arrependimento e da purificação do coração, elevou sua consciência tão alto que o permitiu estar logo preparado e recebeu auxílio para a elevada Iniciação que lhe esperava no intervalo entre a Ressurreição e a Ascensão. Considerava sua maior honra em seguir a Cristo e a servir Sua causa. Um dos três que: viu diretamente a Glória Arcangélica, no Monte da Transfiguração na Galileia. Cristo deu a evidência de Seus poderes sobrenaturais em Sua glória celestial que teve e tem o privilégio de preparar o caminho para qualquer um que, em qualquer tempo futuro, desejasse seguir os passos de Cristo.

    O próximo a ser escolhido foi Tiago, irmão de João. Um dos três mais avançados Apóstolos de Cristo-Jesus. “Filhos do Trovão” (Boanerges) foi como o Mestre chamou também S. João. Representa a suprema qualidade da esperança que “nasce eternamente no peito do ser humano”. Um dos 3 que simbolizam as qualidades do amor, da fé e da esperança (pois elas se tornam manifestadas como trabalhos realizados dentro da consciência do Aspirante moderno, então, eles, também se tornarão capazes de acompanhar Cristo nas Suas obras mais elevadas e maravilhosas). Um dos três que: viu diretamente a Glória Arcangélica, no Monte da Transfiguração na Galileia. Cristo deu a evidência de Seus poderes sobrenaturais em Sua glória celestial.

    O próximo a ser escolhido foi João, irmão de Tiago. Um dos três mais avançados Apóstolos de Cristo-Jesus. “Filhos do Trovão” foi como o Mestre chamou também S. João. Seu avanço espiritual foi tamanho que lhe permitiu ser aquele que mais se aproximou do Espírito de Cristo. Dos doze foi o mais próximo a se aproximar do coração do Mestre, Cristo. Por meio do seu amor, foi capaz de ver a glória daquelas mansões que o Mestre preparou para aqueles que O ama, e fazem de si merecedores de lá habitar. O Apóstolo que nunca conheceu a morte, pois progrediu tanto na divina ciência da transmutação da matéria em Espírito que nunca conheceu a morte. Um dos três que: viu diretamente a Glória Arcangélica, no Monte da Transfiguração na Galileia. Cristo deu a evidência de Seus poderes sobrenaturais em Sua glória celestial.

    E, por último, vamos estudar a passagem: … “pregando o Evangelho do Reino e curando os enfermos”.

    Aprendemos por meio dos Ensinamentos Rosacruzes que para termos a Cura permanente de uma doença ou enfermidade é necessário tanto ao curador como ao paciente: “pregar o Evangelho” (que é estudar e promulgar os Ensinamentos Cristãos por meio do exemplo na vida do curador e do paciente e se for necessário – e só se for necessário – falar sobre eles) e promover a cura dos irmãos e das irmãs que estão doentes ou enfermas. E por que isso?

    Porque por meio da pregação do Evangelho alcançamos a compreensão interna das Leis de Deus (ou seja, das Leis da Vida e do Ser). E por meio da aplicação e da retribuição a esse esforço e alcance buscamos nos capacitar e praticar a cura dos irmãos e das irmãs doentes ou enfermas. Ou seja: o curador também é um promulgador dos Ensinamentos Cristãos!

    Exatamente como fazemos na prática da Cura Rosacruz que seguem fielmente e rigidamente o método de Cura ensinado por Cristo. É por isso que ao longo desse mais de um século ela tem obtido sucesso na Cura de milhões e milhões de irmãos e irmãs doentes e enfermos.

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 4 – versículo de 12 a 25.

    Que as Rosas floresçam em vossa cruz

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 1 a 6

    Introdução

    O Estudo Bíblico Rosacruz é fundamental para o Estudante Rosacruz a fim de ajudá-lo a equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, Cristão ocultista-místico.

    O Estudante Rosacruz sabe que nos tempos atuais tem havido muita polêmica sobre a autenticidade da Bíblia. Ensina-se nas Escolas a Ciência material, o que desperta na Mente de muitos investigadores o desejo de encontrar alguma correlação entre os Ensinamentos Bíblicos e as descobertas da Ciência material. O observador ocasional pode não encontrar uma harmonia satisfatória, mas, para o Estudante Rosacruz mais profundo é possível haver uma correlação lógica entre as descobertas científicas e as Sagradas Escrituras, pois ele sabe que “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento.”

    Trecho do Texto do Capítulo 5

    O texto que estudaremos é do Evangelho Segundo S. Mateus, no seu Capítulo 5 e versículos de 1 a 5:

    1Vendo ele as multidões, subiu à montanha. Ao sentar-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. 2E pôs- se a falar e os ensinava, dizendo: 3 “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra. 5Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

    As Bem-aventuranças como um Resumo do Espírito Cristão

    Vamos estudar as Bem-aventuranças, em sua primeira parte, também conhecidas como Sermão da Montanha ou As Beatitudes, enfatizando a sua significância esotérica.

    É fato que atualmente estamos muito longe do desenvolvimento previsto para nós no Plano Divino.

    Éramos para estarmos vivendo conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, como muitos Auxiliares Invisíveis já estão (muitos ainda parcialmente) e Irmãos Leigos e Irmãs Leigas, Adeptos e Irmãos Maiores já estão totalmente conscientes (funcionam lá e aqui quando precisam).

    No entanto, a maioria de nós ainda vive conscientemente somente na Região Química do Mundo Físico, desde quando a atingimos pela primeira vez na segunda metade da longínqua Época Atlante (hoje estamos na Época Ária).

    A coisa é tão cristalizada que muitos de nós acham que não existe outro lugar no universo, senão essa Região e tenta explicar tudo usando os materiais sólidos, líquidos e gases!

    E mais ainda: poucos alcançaram o ponto de evolução no qual se vive totalmente de acordo com os Dez Mandamentos e, por isso, ainda têm apenas uma ideia do valor espiritual das Bem-aventuranças.

    Já na Era de Aquário, para aqueles que já tiverem o Corpo-Alma suficientemente desenvolvido para viver conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, a vida cotidiana será pautada tendo como base os Dez Mandamentos e nos elevaremos a maiores níveis de desenvolvimento (ou seja: funcionamento conscientes em outras Regiões e Mundos) usando como estrutura superior as Bem-aventuranças.

    Conforme veremos, segundo S. Mateus, as Bem-aventuranças se constituem de nove passos.

    Lembrando que o número “nove” é o número raiz do nosso presente estágio de evolução. Em nosso sistema tem um significado que nenhum outro número possui. É o número da Humanidade, nós. Vemos o número 9 presente em muitos eventos e criações a nossa volta. Assim, aqui também, as nove Bem-aventuranças são uma síntese para a nossa libertação.

    É um desafio para nós, porque para praticá-las temos que nos despojar desse nosso sentido vicioso que cultivamos por muitos renascimentos aqui por meio das nossas Personalidades, que criamos a cada vida aqui.

    As Bem-aventuranças são um resumo do espírito Cristão – o Cristão completo e autêntico. E não é meramente o resumo de comportamentos ou bons hábitos. Elas são uma sinopse espiritual do verdadeiro Cristianismo e não uma sinopse meramente literária. Em outras palavras: as Bem-aventuranças constituem um conjunto completo de condições interdependentes. Ou seja: a realização de uma depende da realização de outra.

    Exemplo: para matarmos a nossa sede de justiça temos que “ser mansos”, “pobres em espírito” e assim por diante. Conforme vamos compreendendo esotericamente as Bem-aventuranças, vamos concluindo que: não basta interpretar, nas ações humanas, as poderosas influências do nosso subconsciente; também não basta procurar reeducar o nosso subconsciente; obviamente, não basta a mera apreciação intelectual das falhas e o ajustamento da pessoa aos padrões sociais, que estão longe de ser um modelo de vida; e muito menos é suficiente definir as causas subconscientes de nossos erros atuais e indicar soluções.

    Agora, se de fato conhecermos e aplicarmos os conhecimentos esotéricos das Bem-aventuranças, com certeza seria justo e necessário para alcançarmos o êxito espiritual que tanto procuramos.

    Pois com isso: vivemos, realizamos a “nova criatura em Cristo” (como S. Paulo nos ensinou); transformamos as verdades intelectuais em caráter; iluminamos o nosso subconsciente e convergimos todos os hábitos na decidida e persistente regeneração do ser, de nós, a Individualidade, o Ego, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui.

    Já nesses dois primeiros versículos: “Vendo ele as multidões, subiu à montanha. Ao sentar-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. E pôs- se a falar e os ensinava…” há simbologias muito importantes que se repetem na Bíblia. Vamos à algumas: algo já chama a atenção aqui: “subiu à montanha”. Sempre a palavra “montanha”, quando mencionada nos Evangelhos, significará algum lugar acima da Região Química do Mundo Físico, como aprendemos no livro Conceito Rosacruz do Cosmos. Que “lugares” podem ser esses? Assim, na frase: “Vendo Ele as multidões, subiu à montanha.”. Vemos que significa que Cristo Jesus saiu da Região Química do Mundo Físico e foi para outra Região mais elevada.

    Assim, na frase: “… aproximaram-se d’Ele os seus discípulos.”, vemos que significa que:  todos tinham condição de funcionar conscientemente nesse “lugar”.

    Considerando o grau de desenvolvimento espiritual diferente de Discípulo para Discípulo naquele momento, o mais provável é que seja a Região Etérica do Mundo Físico, onde todos já tinham um Corpo-Alma o suficientemente desenvolvido para funcionar lá conscientemente.

    A Significância Esotérica da primeira Bem-aventurança

    Vamos estudar um pouco da significância esotérica da primeira Bem-aventurança: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

    Estamos bem cientes de que uma leitura superficial da Bíblia pode proporcionar justificativas para ideias não lógicas, mas se aplicarmos o bom senso, mesmo não considerando a Bíblia, é evidente que a pobreza não pode ser considerada uma virtude em si. E nem a riqueza pode ser classificada como um defeito. Nesse relato de S. Mateus, fica claro que pobres em espírito quer dizer “verdadeiramente humildes”.

    Nesse Esquema de Evolução, até a segunda metade da Época Atlante, era nosso objetivo, como Onda de Vida humana, cultivar tudo no Planeta Terra, torná-lo fértil e ter domínio sobre todas as coisas existentes na Região Química do Mundo Físico. Ou seja: “para frente e para baixo”. Em outras palavras, devíamos trabalhar e, naturalmente, os frutos de seu trabalho deveriam advir daí. À medida que o tempo passou, os bens acumularam-se e, também, o nosso desejo pelas posses. Alcançamos já o Nadir da Materialidade, ou seja: já conquistamos a Região Química do Mundo Físico (apesar de muitos não admitir, ou “não achar”). Estamos, agora, na busca por conquistar a Região Etérica do Mundo Físico, e como vimos, já bem atrasados!

    E esse ponto de retorno ocorre a partir da terceira metade da Época Atlante e que, depois, com a primeira vinda de Cristo houve uma aceleração nesse nosso objetivo e mais do que nunca passou a ser: “para frente e para cima”.

    Mas muitos de nós, em lugar de termos domínio sobre o mundo e as coisas ali existentes, acontece como disse Emerson: “Coisas estão sobre a sela e cavalgam a Humanidade”. Muitos de nós pensam possuir uma loja, um negócio ou uma fábrica, mas se meditassem um pouco para analisar real e imparcialmente a verdadeira situação, descobririam que a fábrica e o negócio é que os possuem. Tal situação é bem comum, sendo assim, a riqueza se torna certamente uma maldição.

    Essa pessoa que assim se comporta não é “pobre em espírito”. Outra pessoa pode possuir legalmente uma fábrica, dando emprego a um grande número de pessoas, e pode se sentir como um agente de Deus ao assumir uma parcela do trabalho a ser feito no mundo. Como não se considera proprietária pessoal das coisas que a cercam, é realmente “pobre em espírito”, embora possa ser rica num sentido legal. Além disso, se ele for coerente e conservar essa “disposição de espírito” até a hora da sua morte, ele terá certamente acumulado muitos tesouros no céu.

    A Bíblia não seria tão ilógica para sustentar que a pobreza é uma virtude em si, porque poderíamos todos ser estimulados a levar uma vida de ociosidade, atitude infelizmente por demais comum entre pessoas que alegam seguir a “vida superior espiritual” e, assim, se iludem. Na realidade, muitas pessoas pobres poderão ter que prestar contas a respeito de sua pobreza.

    As oportunidades apresentam-se a cada um de nós, e se falhamos em aproveitá-las, se desperdiçamos o tempo e os pequenos recursos materiais evitando conseguir mais recursos que nos permitam fazer o bem, teremos certamente de prestar contas pelos nossos atos.

    Por outro lado, a pessoa rica que usou convenientemente as suas riquezas, será elogiada pelo modo com que conduziu os negócios do seu Pai, nosso Deus.

    A Significância Esotérica da segunda Bem-aventurança

    Vamos estudar um pouco da significância esotérica da segunda Bem-aventurança: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.”. Vamos analisar a palavra-chave: “manso”, aqui.

    O vocábulo “manso” pode sugerir, a um leitor contemporâneo, uma pessoa “mole”, “morna”, que se omite ou não se arrisca a contraditar ninguém; uma pessoa com falta de coragem e de dignidade, servil e até hipócrita, empenhada em cultivar um relacionamento sem conflito, ainda que isso exija a bajulação, mentiras “brandas”, “boazinha”, “de bem com todo mundo”. Alguns agem assim, buscando não se chocar com ninguém, julgando ser um esforço virtuoso. Em verdade é uma sutil manobra: “parecer bonzinho”.

    Não! Jamais poderíamos atribuir ao Cristo essa deformação. O verdadeiro significado da palavra “manso” vem de uma atitude mental de “não resistência”.

    De fato, a agressividade é sinal de complexo, de recalque. E é mesmo. Só é manso quem se baseia no “Eu superior” – aquele que se mantém num estado de receptividade, de Mente aberta, de canal consciente, numa amorosa atitude de entrega; no desejo de que o Divino interno se lhe manifeste; intuindo-o em tudo.

    Se o seu íntimo é manso, é doce, é receptivo à sabedoria interna – a causa –, com certeza seus atos, suas ações e obras – que são os efeitos –, logicamente, serão acertadas e conducentes a um infalível êxito.

    Ser manso é viver em amor, estabelecendo harmonia conosco mesmos e daí com os demais e o Universo. Damos inofensividade e recebemo-la de volta, como um eco, de todos os reinos de vida desde o Mineral até os mais elevados existentes.

    Tal era a linguagem de Francisco de Assis, que os pássaros entendiam, que os peixes escutavam; é a ação do que dá mansidão e a recebe, numa posse autêntica e efetiva.

    Vamos ver aqui o conceito da palavra: “Terra”. Significa a esfera material, o exterior, a manifestação, a consequência, a Região Química do Mundo Físico. Afinal é nosso objetivo se tornar a Onda de Vida especialista em materiais dessa Região. Como aprendemos: “estar no mundo, mas não ser do mundo” como S. João no seu Evangelho 15:19.

    Note, já na oração do “Pai Nosso”, a frase: “Seja feita a Tua vontade, assim na Terra como nos céus” indica que a vontade do Cristo interno deve ser expressa nos assuntos externos da Personalidade em palavras, ações, atos e obras. Se confiássemos que, ao seguir os ditames do Espírito poderíamos “herdar a Terra”, ou seja, alcançar êxito autêntico em todas as circunstâncias, por certo procuraríamos com mais afinco, alcançar essa “mansidão”.

    A Significância Esotérica da terceira Bem-aventurança

    Vamos estudar um pouco da significância esotérica da terceira Bem-aventurança: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.

    Vamos ver aqui o conceito da palavra “aflitos” ou “se afligir”. Isso não se refere às aflições superficiais e astutas, como para fazer chantagem, para dizer que está preocupado, que está sofrendo e outras aflições bem conhecidas, com seu fundo vicioso: tais como: para não enfrentar um desafio necessário; para atrair atenção e consolo; para diluir resistências. A aflição aqui se refere sim àquela marcada pela consciência que reconhecemos e aceitamos nossos erros; àquela que dissolve a crosta da relutância egoísta e nos abre para uma nova e melhor etapa na vida em busca da realização espiritual; àquela que amolece a carapaça do nosso egoísmo para que a semente do amor possa germinar e produzir o crescimento anímico na pessoa e nos que estão no seu entorno.

    A Significância Esotérica da quarta Bem-aventurança

    Vamos estudar um pouco da significância esotérica da quarta Bem-aventurança: “Bem-aventurados têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

    Para começarmos temos que entender o que significa o conceito da palavra “justiça” aqui. Atualmente para muitos de nós a palavra justiça sugere somente o sentido jurídico. Não é o caso aqui!

    Afinal, a justiça divina – a infalível, a perfeita, a que nunca falha – está bem acima de qualquer bem-aventurança, não é?

    Aqui tem a haver com o sentido da palavra que quer dizer “ajustamento”. Assim podemos escrever: “fome e sede de ajustamento”. Agora, ajustar-se à que? Logicamente, às Leis Divinas, à vontade divina em nós.

    Afinal, para todo Estudante Rosacruz, ele sabe que justiça não é meramente uma conduta reta, mas, sobretudo, uma intenção sincera e honesta reta, em cada assunto e aspecto da vida.

    Afinal, reiterando o que Cristo nos ensinou: o que interessa é a causa, o pensamento, a intenção. Se esta é reta, os efeitos (impulsos sentimentais, palavras e atos) também o serão. Pois, “Assim como pensamos em nosso coração (íntimo) assim realmente somos.” (Pb 23:7).

    E é aqui que chegamos à significância esotérica dessa Bem-aventurança: assegurada aos que têm fome e sede (forte aspiração, sincero propósito) de verdade, os que têm essa fome e sede da experiência de Deus; um forte e sincero propósito de cumprir Sua vontade na vida de todos os dias.

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 1 a 6.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 7 a 9

    Introdução

    Primeiramente vamos rever Algumas Advertências importantes quando estudamos a Bíblia por meio dos Ensinamentos Rosacruzes:

    A Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios. Em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).

    Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: “A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento”. E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia. Sem essa parte o seu crescimento espiritual está limitado e dificilmente trilhará o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.

    Afinal, sabemos, pelos Ensinamentos Rosacruzes, que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação. O de São Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.

    Trecho do Texto do Capítulo 5

    7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.

    As Bem-aventuranças como uma síntese do espírito Cristão

    As Bem-aventuranças também conhecidas como Sermão da Montanha ou Sermão da Planície é um dos mais importantes trechos da mensagem Cristã; um código universal de conduta, cabível a qualquer Religião ou credo. Cabe a cada um de nós, segundo o nível de compreensão, extrair desses princípios gerais as consequências práticas. Elas são uma síntese do espírito Cristão e não meramente da letra. É uma sinopse espiritual e não literária. Uma súmula geral que sintetizavam os ensinamentos religiosos e filosóficos.

    É fato que poucos alcançaram o ponto de evolução no qual se vive totalmente de acordo com os Dez Mandamentos, e ainda têm apenas uma ideia do valor espiritual das Bem-Aventuranças.

    Já na Era de Aquário, a próxima Era após essa que nós estamos, a Era de Peixes, para aqueles que já tiverem o Corpo-Alma suficientemente desenvolvido para viver conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, a vida cotidiana será pautada tendo como base os Dez Mandamentos nos elevaremos a maiores níveis de desenvolvimento (ou seja: funcionamento conscientes em outras Regiões e Mundos) usando como estrutura superior as bem-aventuranças.

    A Significância Esotérica da quinta Bem-aventurança

    Vamos à quinta Bem-aventurança: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.”

    Antes de tudo vamos ver qual é o conceito expresso pela palavra: “Misericórdia”. A palavra “misericórdia” tem origem latina, é formada pela junção de “miserere” (ter compaixão) e “cordis” (coração). “O coração que se debruça sobre a miséria” significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém, ser solidário com as pessoas.

    Já compaixão é uma compreensão da situação real do irmão ou da irmã. Não deve ser confundida com empatia. A compaixão frequentemente se combina com um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento do outro, bem como demonstrar especial gentileza para com aqueles que sofrem.

    A verdadeira compaixão resulta em uma ação, obra ou um ato que ajuda, que serve amorosa e desinteressadamente. Para quem estuda Astrologia Rosacruz ou já é um Astrólogo Rosacruz, de fato, um modo lógico de compreender o que eu “misericórdia” é: “será que se eu tivesse o horóscopo desse meu irmão ou dessa minha irmã, eu conseguiria fazer isso que estou dizendo que deveria ser feito? Ou pensar do modo que eu estou pensando?”. Certamente não!

    Ser misericordioso é aquele ser humano que consegue esquecer os defeitos (as falhas, os erros por comissão ou por ignorância) do irmão ou da irmã que está ao seu lado e servir a divina essência oculta nele ou nela – que é a base da fraternidade – de um modo verdadeiramente amoroso e desinteressado. Não cogita merecimentos; não cogita prêmios: fama, poder…Não se baseia na ignorância ou na infantilidade do irmão ou da irmã. Está aqui mais um resultado alavancador da nossa parte espiritual proporcionada pela prática cotidiana do Exercício Esotérico noturno da Retrospecção!

    A Significância Esotérica da sexta Bem-aventurança

    Vamos à sexta Bem-aventurança: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

    Já começamos deixando bem claro que “puros” aqui não tem nada a haver com castidade, sem contato sexual, como muitos acham. Tem a ver com a pureza dos nossos pensamentos, sentimentos, desejos, das nossas emoções, palavras, obras, ações e dos nossos atos.

    Como obtemos isso? Praticando os Ensinamentos Cristãos na nossa vida e fazendo os Exercícios Esotéricos noturno de Retrospecção e matutino de Concentração o mais preciso que pudermos, persistentemente. Um dos objetivos do Exercício Esotérico noturno de Retrospecção é “limpar” o Átomo-semente do Corpo Denso que está no coração.

    O sentido do que é ser puro podemos ver no símbolo do Querubim, com a flor aberta colocada sobre a porta do Templo de Salomão, que transmitia a mensagem para o Aspirante à vida superior de que a pureza é a chave com a qual, por si só, ele pode ter a esperança em abrir a porta que conduz a Deus.

    Os seres humanos que atenderam o evento a “Queda do Homem” – que já estudamos aqui e para quem não lembra indicamos esse capítulo no livro Conceito Rosacruz do Cosmos -Max Heindel-Fraternidade Rosacruz – e que, consequentemente experimentam a dor e o sofrimento não conseguem hoje ser um “puro de coração” (daí um motivo da necessidade de uma Escola de Preparação como a Fraternidade Rosacruz).

    Pois isso aqui é um estado temporário, durante o qual vemos as coisas como através de um vidro embaciado. Já os irmãos e as irmãs que não atenderam a esse evento “Queda do Homem” já são os puros de coração e percebem Deus dentro e fora de si. Dentre esses seres humanos estão os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz.

    A Significância Esotérica da sétima Bem-aventurança

    Vamos à sétima Bem-aventurança: “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.

    É comum interpretarem exotericamente essa bem-aventurança. Muitos a citam para exaltar os que se esforçam por estabelecer a paz e concórdia nos relacionamentos pessoais, dentro da família, nos relacionamentos no trabalho, em uma pendência jurídica e até estender a influência dessa Bem-aventurança à Nação e ao Mundo. E é aqui que somos induzidos a pensar que a paz é um estado passivo.

    Na verdade, quando estudamos esotericamente, vemos que a paz é um processo ativo e dinâmico, muito mais bem compreendido em “exercer a paz”, manifestar a paz, “estabelecer a paz”. Notem: verbos de ação!

    Só que para isso, a paz dinâmica e ativa deve vir de dentro de cada um, de acordo com o princípio esotérico: “Tudo vem de dentro para fora”.

    Por isso que aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes que devemos ir da causa para o efeito. Afinal, como pode alguém dar o que não tem? Só consegue comunicar o que é e como obter a paz aquele que estabeleceu essa mesma paz primeiramente dentro de si.

    A paz aqui é a “Paz de Cristo”, quando desenvolvendo o Corpo-Alma, começamos a trabalhar conscientemente nos Mundos das causas, nos Mundos espirituais.

    E daqui já concluímos que o inverso é verdadeiro: todo conflito exterior nasce dos conflitos interiores. Afinal, como aprendemos quando estudamos no Evangelho Segundo S. Mateus, Cap. 12, Vers. 34 que “a boca fala do que está cheio o coração”.

    Sejam os conflitos individuais, sejam os familiares, os dentro do ambiente de trabalho, os da justiça dos homens, nacionais como os mundiais, todos eles são resultados de conflitos internos não pacificados.

    Os acordos externos, assinados pela Personalidade falsa, são instáveis como ela. São meros armistícios (repouso de armas), tréguas maiores ou menores entre duas guerras.

    O que significa “filho de Deus” aqui? Não é ter sido criado por Deus, porque senão todos nós já estaríamos promovendo a paz, que não é o caso, não é? Pois bem, “filho de Deus” aqui é o ser humano que já alcançou o nível de ser “coroado com glória, honra e imortalidade, livre do poder do pecado, da doença e do sofrimento, que agora encurtam as nossas existências terrenas por causa da nossa ignorância e da inconformidade às Leis de Deus.”. Ao alcançarmos esse grau obteremos a Consciência cósmica.

    E como se alcança esse grau? Sabemos que o propósito de Deus exige que alcancemos essa emancipação, mas essa emancipação pode ser alcançada por dois caminhos a nossa escolha: por meio do longo e tedioso processo da Evolução ou pelo caminho muitíssimo mais curto e rápido da Iniciação,

    Só depende da nossa vontade em cooperar, muito bem simbolizado pelo Caduceu de Mercúrio!

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 7 a 9.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 10 a 12

    Introdução

    Primeiramente vamos rever Algumas Advertências importantes quando estudamos a Bíblia por meio dos Ensinamentos Rosacruzes:

    A Bíblia é um livro de “chaves” e mistérios. Em nada ela difere de todos os livros sagrados das antigas Religiões, que tinham uma parte pública (exotérica) e outra oculta (esotérica).

    Todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo, repetimos que: “A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todo o erro nos dão exatamente o que necessitamos para o nosso desenvolvimento”. E aqui está o principal motivo pelo qual o Estudante Rosacruz deve estudar e praticar os Ensinamentos contidos na Bíblia. Sem essa parte o seu crescimento espiritual está limitado e dificilmente trilhará o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.

    Afinal, sabemos, pelos Ensinamentos Rosacruzes, que os quatro Evangelhos são fórmulas de Iniciação. O de São Mateus começa no Natal ou no Sagrado Nascimento porque é um dos 3 que são as fórmulas dos Mistérios ou Iniciações Menores.

    Trecho do Texto do Capítulo 5

    10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim. 12Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.

    Porque temos que estudar as significâncias esotéricas das Bem-aventuranças

    As Bem-aventuranças também são conhecidas como Sermão da Montanha ou Sermão da Planície.

    É fato que atualmente estamos muito longe do desenvolvimento previsto para nós no Plano Divino.

    Éramos para estarmos vivendo conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico, como muitos Auxiliares Invisíveis já estão (muitos parcialmente) e Irmãos Leigos e Irmãs Leigas, Adeptos e Irmãos Maiores já estão totalmente conscientes (funcionam lá e aqui quando precisam).

    No entanto, a maioria de nós ainda vive conscientemente na Região Química do Mundo Físico, desde quando a atingimos pela primeira vez na segunda metade da longínqua Época Atlante (hoje estamos na Época Ária).

    A coisa é tão cristalizada que muitos de nós acham que não existe outro lugar no universo, senão essa Região e tenta explicar tudo usando os materiais sólidos, líquidos e gases!

    E mais ainda: poucos alcançaram o ponto de evolução no qual se vive totalmente de acordo com os Dez Mandamentos e, ainda têm apenas uma ideia do valor espiritual das Bem-Aventuranças.

    Já na Era de Aquário, a próxima Era após essa que nós estamos, a Era de Peixes, para aqueles que já tiverem o Corpo-Alma suficientemente desenvolvido para viver conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico. A vida cotidiana será pautada tendo como base os Dez Mandamentos nos elevaremos a maiores níveis de desenvolvimento (ou seja: funcionamento conscientes em outras Regiões e Mundos) usando como estrutura superior as bem-aventuranças.

    A Significância Esotérica da oitava Bem-aventurança

    Vamos à oitava Bem-aventurança: “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus”.

    O “por causa da justiça” aqui é tentar viver o Cristianismo esotérico como se deve viver na vida cotidiana, que é o que faz o Estudante Rosacruz, trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.

    A partir do momento em que ele pratica o “estar no mundo, mas não ser do mundo” (como nos ensina S. João em 15:19), passará por várias perseguições. Afinal ele decidiu assumir uma retidão na sua vida. Pois haverá claramente uma desarmonia entre as pessoas que “são do mundo” e o Estudante Rosacruz e tais pessoas sempre tentarão o atazanar, o excluir, o aborrecer e até o desprezar. Tudo isso são meios de perseguição.

    Muitas vezes, o fato do Estudante Rosacruz não tomar bebida alcoólica, ou não comer carne animal, ou não fumar ou não usar drogas ou, até, não compactuar com falar mal dos outros é motivo de perseguição. E a perseguição é uma das provas mais sutis para o Estudante Rosacruz que vivencia os Ensinamentos Cristãos Rosacruzes.

    Se estudarmos a Bíblia, veremos milhares de histórias de “perseguições” tanto físicas, como morais, já desde o início do Cristianismo. Ou seja, nunca foi e jamais será fácil ser Cristão. Se é difícil ser Cristão abraçando o Cristianismo popular (preconizado pelas Religiões Cristãs – católica e protestantes), é muito mais difícil então ser um Cristão esotérico (preconizada por escolas esotéricas como a Fraternidade Rosacruz).

    Para a Fraternidade Rosacruz o que é o “Reino dos Céus”? É todo o Esquema, a Obra, o Caminho de Evolução no qual estamos inseridos.

    E quando se diz: porque deles (os perseguidos) é o Reino dos Céus, está claro de que quem persiste em ser Cristão de fato, não desistindo e segue trilhando o caminho de realização espiritual Cristão, chegará o momento em que terão o conhecimento direto do que é o Esquema de Evolução. E isso nós já sabemos que é alcançado por cada uma das nove Iniciações Menores e por cada uma das quatro Iniciações Maiores.

    A Significância Esotérica da nona Bem-aventurança

    Vamos à nona Bem-aventurança: “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim”.

    Ainda assim, enquanto as perseguições virem “de fora”, de pessoas ao nosso redor, até podem ser difíceis de suportá-las, mas não é mais difícil do que quando as injúrias, as perseguições, as mentiras e a maldade vêm de dentro de nós.

    Nesses versículos estamos falando da luta entre o nosso “Eu inferior” – a nossa Personalidade os que muitos acham que são, especialmente a parte inferior do nosso Corpo de Desejos que contamina a nossa Mente concreta – e o nosso “Eu superior” – o que realmente somos, a Individualidade, o Ego que, tenta, por meio da Mente controla os seus Corpos, principalmente o Corpo de Desejos.

    A nossa Personalidade é muito hábil para se justificar e guardar o prestígio dela. A Personalidade é ardilosa no refugiar-se em justificações. Gostamos de nos enganar e nos enfurecemos quando alguém nos desmascara. Podemos perdoar tudo: perda de bens, de amizades etc., mas nunca perdoamos a quem nos desmascare.

    Há sempre uma grande dificuldade para admitirmos imparcialmente as próprias falhas, justificando-as com eufemismos curiosos, no esforço de “sermos bem-vistos pelos seres humanos”.

    Sempre admite que tudo tem uma causa externa. As reações desagradáveis que provocamos nos demais têm, quase sempre, uma causa interna. O mal que vemos fora é, muitas vezes, um espelhismo. Se vemos ou suscitamos algo negativo, é sinal de que essa mesma falha se projetou de nós. Não atraímos tudo que queremos. Pois nada surge em nossa experiência, de bem ou de mal a não ser que algo semelhante, em nosso íntimo, o atraia. A luta só será ganha por nós, o que realmente somos, o Ego, a Individualidade.

    Ser coerentes na reta justiça, sincero conosco mesmo, se admitimos os nossos defeitos e buscar incessantemente o arrependimento e a reforma íntima e pedir perdão, é uma tarefa difícil e muitos desistem.

    As justificativas? Várias que podemos coletar: “preciso desse emprego…”, “preciso cuidar dos meus netos”, “meu filho ou filha ou pai ou mãe está doente e eu preciso cuidar”, “é por causa da minha esposa ou marido ou namorado ou namorado…”, “meu pai e/ou minha mãe se afastaram de mim…”, “meus filhos não querem mais saber de mim…”, “não tenho mais ‘amigos’…”, “o médico é que me mandou…”, “depois disso, perdi tudo…” e milhares de outras!

    E só conseguiremos isso se priorizarmos a nossa Vida Espiritual. Façamos a pergunta a nós mesmos: “quanto tempo do meu dia eu me dedico a parte espiritual e quanto tempo eu gasto com os meus interesses materiais?”.

    A Significância Esotérica do trecho: “Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.

    Para resolvermos essa grande dificuldade só há uma solução: o autocontrole.

    Afinal, quanto mais alto aspiremos, maior a probabilidade de sermos mal-entendidos pelos demais (incluindo aqui como “demais”, como vimos, a nossa Personalidade). A nossa persistência, comprometimento, disciplina e fidelidade em cuidar da nossa parte espiritual como devemos nos levará à recompensa “nos céus”, ou seja, viver aqui como viver lá e isso só conseguimos com a construção do Corpo-Alma e o treinamento para saber como utilizá-lo. Esse é o grande resultado de persistir no trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz.

    Enquanto estamos vivendo aqui, precisamos de referências que nos confirme se estamos no caminho certo ou não. E aqui é nos apresentado a referência dos profetas.

    Alguns exemplos:

    Isaías foi perseguido até a morte por transmitir mensagens de punição e juízo para os pecados do povo, pelas injustiças que os que estavam no poder promoviam, pelo afastamento do povo de Deus.

    Jeremias foi apedrejado e morto por seus conterrâneos por afirmar o afastamento do povo de Deus, a idolatria que imperava e as destruições que isso iria ocasionar.

    Daniel foi lançado na cova dos leões por ordem do Rei Dario e saiu ileso de lá. A causa foi a inveja e o ciúmes de seus talentos.

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 10 a 12.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 13 a 16

    Introdução

    Há uma pergunta que alguns Estudantes Rosacruzes fazem e que outros não fazem, mas “secretamente” – como se fosse possível – fazem e chegam a uma conclusão errada para a resposta:

    Por que o Estudante Rosacruz deve estudar a Bíblia, usando os Estudos Bíblicos Rosacruzes?

    A resposta correta é: Porque “a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino” – os mesmos que nos ajudam a escolher o Panorama dessa Vida aqui, os mesmos que colocou na cabeça do espermatozoide do nosso pai atual o Átomo-semente do nosso Corpo Denso e no útero da nossa mãe atual a matriz do nosso Corpo Vital para que houvesse a fecundação e, consequentemente, pudéssemos ter mais uma vida aqui – “e que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.”

    Portanto, o Estudante Rosacruz que não estuda a Bíblia, mas que insiste em repetir todas as vezes que oficia o Ritual do Serviço Devocional do Templo a frase acima está, isso sim, proclamando a sua ignorância para ele mesmo, como disse Max Heindel, não é?

    Trecho do Texto do Capítulo 5

    13Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que o salgaremos? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. 14Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte. 15Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo do alqueire, mas no candelabro, e assim ela brilha para todos os que estão na casa. 16Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem vosso Pai que está nos céus.

    A Significância Esotérica de “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que o salgaremos? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.”

    O sal era, até o início do século XX, um importante conservante alimentar. A tal ponto chegava sua importância, que foi até mesmo usado como forma de pagamento no período romano, sendo essa a origem da palavra “salário”.

    Já o “…da Terra” significa que é algo enquanto estamos renascidos aqui na Terra.

    Ou seja: quando estamos renascidos aqui procuremos ter o mais eficaz conjunto de veículos que podemos manter aqui, cuidando de cada um com toda a atenção. Afinal, sem boas ferramentas nenhum profissional consegue exercer com eficácia o seu ofício. E a Fraternidade Rosacruz ensina como fazer isso.

    E soma-se a isso a dedicação exclusiva de cada um desses veículos em promulgar e vivenciar o Cristianismo, como nos ensinado diretamente por Cristo. Isso também a Fraternidade Rosacruz nos ensina como fazer.

    Agora vamos ver, resumidamente, o que seria ter cada Corpo nosso na sua maior eficácia, enquanto estamos vivendo aqui.

    Comecemos com o nosso Corpo Denso. Significa ter o Corpo Denso mais puro e próximo da perfeição que podemos construir e manter. Logicamente isso é resultado de muito renascimentos aqui não abusando dele. E, obviamente, um dos itens mais importantes aqui é a alimentação física. Alguns pontos principais nesse sentido: ser vegetariana, conter mais alimentos que crescem ao Sol e o mais orgânico possível. Já que tais alimentos possuem muito mais partículas envolvidas por Éter planetário e facilita o envolvimento da matéria de desejos mais pura do Mundo do Desejo (o Corpo de Desejos do Planeta Terra).

    Pois como aprendemos na Filosofia Rosacruz, isso ajuda no desenvolvimento do Corpo Vital e do Corpo Desejos e esse acréscimo de desenvolvimento auxilia na manutenção e na repetição positiva no Corpo Denso. Ou seja: criamos aqui um ciclo virtuoso.

    Agora vamos ver no nosso Corpo Vital. Significa ter o Corpo Vital mais puro e próximo da perfeição que podemos construir e manter; ou seja: quantidade de Éter Químico e de Vida a menor possível e quantidade de Éter Luminoso e Refletor a maior possível; com isso esses dois Éteres superiores se projetam muito além do nosso Corpo Denso matizando o nosso Corpo Vital em uma predominância de ouro-azul.

    Agora vamos ver no nosso Corpo de Desejos. Significa ter o Corpo de Desejos mais puro e próximo da perfeição que podemos construir e manter. A desenvolver os vórtices como fontes de energia irradiante, e não redemoinhos, vivificando cada átomo do Corpo Denso. Ou seja, vórtices girando intensamente na mesma direção dos ponteiros de um relógio analógico, focando em um trabalho consciente no Mundo do Desejo, estendendo-se bem mais do que os 40 cm normal do Corpo Denso e com o total controle das nossas emoções, nossos sentimentos e desejos, matizados com cores delicadas de azul, rosa, verde claro e branco deslumbrante.

    Por fim, vamos à Mente. Significa ter uma Mente mais pura e próxima da perfeição que podemos construir e manter. Já com a Mente abstrata sendo utilizada mais do que a Mente concreta tão pura ao ponto de se emancipar da escravidão do desejo e tendo acesso à Memória ou Mente Consciente, Subconsciente e Superconsciente.

    A Significância Esotérica de “Vós sois a luz do mundo”

    Agora ter eficácia nos veículos é necessário sim, mas não é suficiente para você ser um verdadeiro Cristão esotérico enquanto renascido aqui. É preciso desenvolver uma qualidade (latente em todos nós) a fim de conseguirmos utilizar toda essa eficácia. Afinal, um profissional precisa sim ter ótimas ferramentas, mas tem que ser capacitado para produzir no seu ofício.

    E é aqui que entra a significância esotérica do “Vós sois a luz do mundo”. E essa qualidade latente que deve ser despertada, alimentada e utilizada é o que chamamos de Cristo Interno. Por meio dele é que nós, o Ego, nos fazemos totalmente consciente no Mundo Físico por meio da Mente. É por meio dele que prevalece nas nossas ações o nosso “Eu superior”, tendo o “eu inferior” totalmente sobre o domínio dele. É por meio dele que temos a total consciência aqui que somos um Espírito Interno.

    E aqui cabe uma breve recapitulação: Nós somos um Ego, manifestado de forma tríplice e com uma relação o nosso Tríplice Corpo. Vamos ver como isso acontece: nas pessoas que vivem unicamente para a vida material (inclusive aquelas que “disfarçam” dizendo que “cuidam da parte espiritual”, só que não) o Cristo Interno está adormecido, em letargia.

    Agora, quando se começa a trilhar o Caminho espiritual (em uma Fraternidade Rosacruz ou pelo caminho Místico em uma Religião Cristã) e se esforçar por viver uma vida pura, reta e de acordo com o escolheu nessa vida atual (lá no Terceiro Céu) – ou seja: cumprir o que prometeu a si mesmo, então, o Cristo Interno desperta e a medida que persistimos em trilhar o Caminho se alimentando espiritualmente ele vai crescendo e sendo a nossa diretriz.

    Aos poucos vamos desenvolvendo os poderes latentes de cada Corpo e no Corpo Vital os dois Éteres superiores vão se separando dos dois inferiores, robustecendo o nosso Corpo-Alma e tornando-o de fato o radiante Vestido de Bodas para o nosso casamento místico: “Eu superior” com o “eu inferior”. Com isso aumenta a nossa consciência nas atividades nos Mundos espirituais, especialmente na Região Etérica, durante o sono, como Auxiliar Invisível e no Mundo do Desejo. Dentre outras coisas, isso vai nos capacitando a adiantar mais lições das próximas vidas aqui.

    Somente assim podemos atender ao mandamento de Cristo: ser o Sal da Terra e ser a Luz do Mundo de fato, e não somente de boca.

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 13 a 16.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 17 a 19

    Introdução

    Há vários motivos, todos importantíssimos, que faz o Estudante Rosacruz se aplicar nos estudos da Bíblia. E os Ensinamentos Rosacruzes ajuda muito a compreender os Ensinamentos Esotéricos contidos nesse importantíssimo livro.

    Um dos motivos importantíssimos é que na Bíblia aprendemos o modo de ver a Missão do Cristo, que está muito bem detalhado na Bíblia.

    Os nossos irmãos e as nossas irmãs que praticam o Cristianismo Popular aceitam que o Cristo veio e cumpriu Seu Plano Salvador num ministério de três anos entre nós. Depois nos deixou como paráclito, como consolador, o Espírito Santo, que nos preparará para a segunda Vinda, “nas nuvens”. Como não entendem o sentido profundo destas afirmações, revelam também sua carência.

    Nós, que nos esforçamos para praticar o Cristianismo Esotérico, compreendemos que a realização Cristã é interna, pessoal, intransferível. Portanto, é fácil chegar à conclusão lógica que enquanto encararmos a Bíblia (particularmente o Novo Testamento) como algo externo, estaremos protelando nossa realização.

    Lembremos aqui o ensinamento de S. Paulo foi bem claro: “Deveis inscrever as Leis na tábua de carne de vosso Coração”. Quando estudarmos tal Epístola isso ficará mais claro. Por enquanto aceite isso como um convite para que cada um de nós se esforce para que seja uma lei em si mesmo!

    Outro motivo importantíssimo? “A Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino” – os mesmos que nos ajudam a escolher o Panorama dessa Vida aqui, os mesmos que colocou na cabeça do espermatozoide do nosso pai atual o Átomo-semente do nosso Corpo Denso e no útero da nossa mãe atual a matriz do nosso Corpo Vital para que houvesse a fecundação e, consequentemente, pudéssemos ter mais uma vida aqui – “e que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.”

    Portanto, o Estudante Rosacruz que não estuda a Bíblia, mas que insiste em repetir todas as vezes que oficia o Ritual do Serviço Devocional do Templo a frase acima está, isso sim, proclamando a sua ignorância para ele mesmo, como disse Max Heindel, não é?

    Trecho do Texto do Capítulo 5

    17Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento, 18porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só ‘i’, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado. 19Aquele, portanto, que violar um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino dos Céus. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus.

    A Significância Esotérica de “Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento”

    Ele estava apenas afirmando a condição das quatro Dispensações que estamos passando atualmente (aproveite e faça um exame de consciência sincero e veja onde você se encontra atualmente. Veja: não é onde você gostaria de estar, MAS onde você está expresso pelo seu modo de crer e de praticar sua crença).

    Vamos, resumidamente, apresentá-las. Na Primeira Dispensação, por meio do medo e do temor, adoramos a Deus a Quem começamos a pressentir, e para agradá-Lo fazemos sacrifícios físicos (inclusive humanos), como fazem, por exemplo, os fetichistas atualmente.

    Na Segunda Dispensação aprendemos a olhar a Deus como um Doador de todas as coisas e a esperar d’Ele benefícios materiais, agora e sempre. Sacrificamos por avareza (muitas vezes do nosso “melhor bem material”), esperando que o Senhor nos dê cem por um, ou para nos livrarmos do castigo imediato, como pragas, guerras, etc.

    Na Terceira Dispensação aprendemos a adorar a Deus com orações e a viver a vida em bondade; a cultivar a fé num Céu onde obteremos recompensas no futuro, e a nos abster do mal, para que possa nos livrar do castigo futuro do Inferno.

    Na Quarta Dispensação chegamos a um ponto em que podemos agir bem sem pensar na recompensa ou no castigo, simplesmente porque “é justo agir retamente”. Amamos o bem por ser o bem e procuramos ordenar nossa conduta de acordo com esse princípio, e sem termos em conta nosso benefício ou desgraça presente, ou os resultados dolorosos em algum tempo futuro.

    Compreendamos que a Terceira e a Quarta Dispensações são conhecidas como Dispensações Cristãs, pois foram e estão sendo nos ensinadas por Cristo, sendo que a Terceira é preconizada por quem pratica o Cristianismo Popular e a Quarta é preconizada por quem pratica o Cristianismo Esotérico.

    Já a Primeira e Segunda Dispensações são conhecidas como Dispensações Jeovísticas, pois foi nos ensinadas por Jeová, o criador de todas as Religiões de Raça.

    Apenas para você ter mais parâmetros para se comparar: quando nós estávamos vivendo na longínqua Época Atlante (estamos na Época Ária) e conseguimos construir veículos como integrantes da Raça dos Semitas Originais chegamos à Segunda Dispensação pela primeira vez.

    Se olharmos para nós e para o nosso redor (em todo o mundo, e pararmos de olhar só para o nosso umbigo, como muitos o fazem) conseguiremos identificar essas quatro Dispensações sendo vivenciadas por muitos irmãos e muitas irmãs, inclusive a Primeira e Segunda ainda. Senão por nós mesmos!

    A Significância Esotérica de “passem o céu e a terra”

    Aqui aparece nessa frase que estamos estudando: …porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só ‘i’, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado.

    O que será que Cristo quis nos ensinar com “passem o céu e a terra”? Pois a frase nos informa que somente quando isso acontecer “tudo estará realizado”!

    Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que isso só acontecerá quando nos emanciparmos completamente pelo Amor. Aí sim nos elevaremos além da Lei, pois nos converteremos nós mesmos numa Lei. E aí surge outra pergunta? Quando isso deve ocorrer, com quem queira que ocorra? Hoje estamos na Era de Peixes que é uma das três Eras da Época Ária, que por sua vez é uma das sete Épocas pelas quais estamos passando e que ocorrem na metade da quarta Revolução do Globo D desse Período Terrestre. E, pasmem, ocorrerá na próxima Era, a Era de Aquário, a qual já estamos sentindo as fortes influências dela, pois estamos na sua “Órbita de Influência”. Graças a Deus muitos irmãos e muitas irmãs já chegaram lá e já se “converteram em uma Lei em si mesmo”.

    A Significância Esotérica de “Reino dos Céus

    Resumidamente é: o Esquema de Evolução, o Caminho de Evolução e a Obra de Evolução no qual todos nós estamos inseridos e percorrendo, como peregrinos, longe do nosso verdadeiro lar.

    A Significância Esotérica de ser chamado “pequeno” ou “grande” no “Reino dos Céus

    Aqui Cristo nos ensina que “quem violar um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo”. Esses são os nossos irmãos e nossas irmãs que lutam tão tenazmente para adquirir conhecimento como o avaro se esforça para acumular ouro; que não hesitam em usar qualquer meio, ou subterfúgio, para alcançar seu almejado intento – violam; que juntam e recolhem para si mesmo um vasto repertório intelectual. E isso consiste em atitude tão egoísta quanto a do avaro amealhando seu tesouro. Tal postura bloqueia, de fato, as portas que conduzem a uma sabedoria maior.

    Esse irmão ou essa irmã será o “menor no Reino dos Céus”, ou seja, caminhará sempre pela dor, pelo sofrimento, hóspede constante no Purgatório e na Região Limítrofe e quiçá candidato a se perder nesse Esquema de Evolução indo para o cone sombrio da Lua!

    Agora aquele que “que os praticar e os ensinar” são os irmãos e as irmãs que compreenderam a responsabilidade de viver os Ensinamentos Cristãos e levam esses ensinamentos aos outros por meio do exemplo nas suas vidas. Compreenderam e vivenciam diligentemente as oportunidades e as aproveitam, pois entendem que “a quem muito é dado, muito será exigido”. Esse irmão ou essa irmã será o “grande no Reino dos Céus”, ou seja, caminhará muito mais pelo amor e pelo regozijo de dever cumprido, hóspede cada vez mais raro no Purgatório, dificilmente visitará a Região Limítrofe e ao contrário de ir para um Campo de Desintegração como é o cone sombrio da Lua, se torna um candidato para habitar um Campo de Evolução mais avançado do que esse agora, o Campo de Evolução da Era de Aquário na Região Etérica do Mundo Físico.

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 17 a 19.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 20 a 27

    Introdução

    Um fato atestado pelo próprio Max Heindel e relatado pela Augusta Foss Heindel foi que desde 1911 – e que está no prefácio do Livro Cristianismo Rosacruz –, quando os livros, livretos e folhetos de Max Heindel começaram a ser publicados, distribuídos e traduzidos para as mais diversas línguas pessoas de todas as partes, clamando e se interessando pelos avançados Ensinamentos Rosacruzes ou, como o são, Ensinamentos Cristãos redescobriram a Bíblia e vão se tornando convincentes das verdades da Religião Cristã por meio das explicações dos mistérios ocultos nas Sagradas Escrituras.

    Apesar disso, há uma pergunta que vire e mexe surge, seja para quem está pensando em começar a trilhar o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, seja por quem já está trilhando: Por que o Estudante Rosacruz deve estudar a Bíblia, usando os Estudos Bíblicos Rosacruzes? A resposta correta é: Porque a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino – os mesmos que nos ajudam a escolher o Panorama dessa Vida aqui, os mesmos que colocou na cabeça do espermatozoide do nosso pai atual o Átomo-semente do nosso Corpo Denso e no útero da nossa mãe atual a matriz do nosso Corpo Vital para que houvesse a fecundação e, consequentemente, pudéssemos ter mais uma vida aqui – que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.

    Trecho do Texto do Capítulo 5

    20Com efeito, eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. 21Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; aquele que matar terá de responder no tribunal. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, terá de responder no tribunal; aquele que chamar ao seu irmão: ‘cretino!’ estará sujeito ao julgamento do Sinédrio; aquele que lhe chamar ‘Louco’ terá de responder na geena de fogo. 23Portanto, se estiveres para trazer a tua oferta ao altar e ali te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; e depois virás apresentar a tua oferta. 25Assume logo uma atitude conciliadora com o teu adversário, enquanto estás com ele no caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão. 26Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo. 27Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério. 28Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração.

    Quem eram os fariseus e escribas no tempo de Cristo-Jesus

    Os fariseus na época era uma das classes sociais existentes que gostavam de se mostrar, de serem vistos e saudados, dando valor somente as exterioridades. Eram hipócritas: por fora se apresentavam como uma pessoa, mas por dentro eram totalmente diferentes. Julgavam sempre ser melhores e superiores aos outros. Orgulhosos e sempre julgando os outros.

    Já os escribas, alguns conhecidos como “doutores da lei”, pertenciam a uma classe jugada culta que copiavam os manuscritos. O problema: nem sempre conheciam a língua ou conheciam superficialmente. Assim “ajustava” os textos conforme o seu gosto ou o gosto dos outros. Achavam-se como os donos da verdade. Assim, fica claro com essas observações o que não ser. Aliás, o que seria “não entrareis no Reino dos Céus” aqui?

    Nos próximos versículos veremos com alguns exemplos o que Cristo-Jesus quis nos ensinar quando, como estudamos na Reunião de Estudos passada, ele disse: “Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento…” no versículo 17.

    A Significância Esotérica de “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; aquele que matar terá de responder no tribunal.”

    Nessa passagem “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; aquele que matar terá de responder no tribunal…” já vemos a lógica aplicada nos Ensinamentos Rosacruzes se referindo a qualquer ser vivente quando Max Heindel confirma, dizendo: “Não podendo criar sequer uma partícula de barro, não temos o direito de destruir nem a forma mais insignificante.”

    Imaginem então: aborto (igualmente injustificável, salvo nos casos de gravidez que periga a vida da mãe, inclusive na Fraternidade Rosacruz há muitas explicações que ilustra muitas consequências observadas nos Mundos invisíveis, de abusos neste campo, incluindo as parteiras e médicos ou médicas que se prestaram a esse fim, quase sempre para enriquecimento fácil, além é claro do “Destino Maduro” criado por esses, pela própria mãe e por todos os envolvidos); pena de morte (que destrói o Corpo Denso, mas liberta o criminoso no Mundo do Desejo); eutanásia (há sempre uma razão para que precisemos suportar quaisquer condições. Lá dentro do Corpo Denso estamos assimilando nossa lição, apesar das aparências – doença terminal, debilidade mental, anencefalia ou qualquer outra desculpa que se dá para praticá-la). Não temos o direito de impedir ninguém!).

    E tudo isso se refere à Lei do Antigo Testamento! Pois Cristo dá alguns exemplos do que é “matar” uma pessoa, alertando que a causa ocorre nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo e, como o nosso pensamento-forma está dominado pelo desejo, na Região Concreta do Mundo do Pensamento. Ou seja: começa com o desejo, a emoção e/ou o sentimento.

    Matamos até mesmo quando não esboçamos a menor reação externa. Do ponto de vista esotérico, isso é matar! E é aqui, agora, especialmente a partir da primeira vinda do Cristo que devemos nos precaver. Para compreendermos isso na sua plenitude é indispensável conhecermos o conceito completo das palavras que ele empregou. Infelizmente, a grande maioria de nós perdeu isso e banaliza o significado da maioria das palavras.

    Por exemplo quando ele fala “cólera”, tal palavra carrega um monte de sentimentos, desejos, emoções sinônimos ou que precisa ocorrer antes de se expressar a cólera: inveja, ciúmes, egoísmo, inconformismo, poder de se achar maior, achar que está sendo injustiçado. E quando geramos desejos inferiores de cólera, nos vem a raiva, o ódio, o desejo de destruir, o desgosto, a mágoa, o rancor, a vontade de se vingar, o ressentimento, o não perdoar.

    Ou quando se fala “cretino”, quando pensamos ou desejamos a alguém chamando-o disso, geramos desejos inferiores de afirmar que o irmão ou a irmã é imbecil, otário, parvo, tolo, idiota, inconveniente, que lhe falta inteligência ou delicadeza ou escrúpulos,

    Ou quando se fala “louco”, quando pensamos ou desejamos a alguém chamando-o disso, geramos desejos inferiores de afirmar que o irmão ou a irmã tem problemas mentais graves, alienado, desprovido de sensatez, insensato, temerário.

    E isso faz com que mudemos o nosso comportamento para com o irmão ou a irmã, maltratando, desprezando, amaldiçoando e matando aos poucos.

    Sem falar que nos esquecemos do processo do “espelho”: o irmão ou a irmã prestando para nós o serviço de nos ver como realmente somos!

    Obviamente há muitos outros modos de se “matar” uma pessoa: prisão ou perseguição psicológica, tirar as esperanças dela, cobiça, racismo e muitos outros.

    Seja qual for Cristo aqui nos fornece o “processo” do que acontecerá: se o relacionamento com qualquer pessoa que você contatou ou conviveu não terminar com amor, então “o adversário te entregará ao juiz e o juiz ao oficial de justiça”, ou seja, quando morrer você acertará as coisas no Purgatório onde “responderá no tribunal”, “será julgado no Sinédrio”, “vai responder na geena de fogo”. E daí “será lançado na prisão”.

    Ou seja: na próxima vida poderá vir com restrições, limitações, dificuldades a fim de tentar aprender novamente a “não matar”, e “dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”, ou seja, ficará nesse ciclo vicioso, garantido pela Lei de Consequência, que não há como escapar.

    Agora, se você conseguiu terminar o relacionamento com amor então aplica-se também a Lei de Consequência resumida na frase da Fraternidade Rosacruz: “Lição aprendida…Ensino suspenso””.

    A Significância Esotérica de “Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração”

    Está bem claro que não se refere mais a somente ao adultério carnal que é como estava nos 10 Mandamentos. Afinal: “o que nós pensamos em nosso coração, assim é que somos”. Mas, por que a ênfase se dá justamente nesse assunto: adultério por meio do desejo sexual?

    Porque está relacionado com o gasto da força criadora sexual (propriedade do Espírito Santo, pois é a mesma que nos torna criadores de fato aqui e nos Mundos suprafísicos) para a satisfação de desejos sensuais, egoístas, de posse, provocando um tipo de destino que não se pode expiar, apagar, se livrar por meio da Doutrina do Perdão dos Pecados, como nos ensinou Cristo.

    Ou seja, é um gerador de Destino Maduro: deve ser pago por meio do sofrimento, da dor, da tristeza e, portanto, do atraso na nossa evolução.

    Atualmente, é um dos maiores problemas que não nos deixa crescer espiritualmente, que ativa muitas das nossas doenças e enfermidades latentes e que é umas das causas principais de virmos com doenças mentais, como a oligofrenia e seu termo genérico idiotia ou má formação do cérebro ou da laringe, ou até das funções criadoras.

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 20 a 27.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 29 a 32

    Introdução

    Uma pergunta recorrente que surge dentro de muitos Estudantes: por que o Estudante Rosacruz deve estudar a Bíblia, usando os Estudos Bíblicos Rosacruzes?

    A resposta correta é a que lemos todas as vezes que oficiamos o Ritual do Serviço Devocional do Templo: porque a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino – os mesmos que nos ajudam a escolher o Panorama dessa Vida aqui, os mesmos que colocou na cabeça do espermatozoide do nosso pai atual o Átomo-semente do nosso Corpo Denso e no útero da nossa mãe atual a matriz do nosso Corpo Vital para que houvesse a fecundação e, consequentemente, pudéssemos ter mais uma vida aqui – que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.

    Trecho do Texto do Capítulo 5

    29Caso o teu olho direito te leve a pecar, arranca-o e lança-o para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado na geena. 30Caso a tua mão direita te leve a pecar, corta-a e lança-a para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para a geena. 31Foi dito: Aquele que repudiar a sua mulher, dê-lhe uma carta de divórcio. 32Eu, porém, vos digo: todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por motivo de ‘fornicação’, faz com que ela adultere; e aquele que se casa com a repudiada comete adultério.

    Por que “lado direito” (“olho direito”, “mão direita”)?

    Eis uma pergunta que nos intriga!

    Há vários motivos, o mais aplicado nesse contexto tem a ver com Babilônia e Nova Jerusalém:

    -Lado esquerdo do cérebro (ou Hemisfério cerebral esquerdo): comanda lado direito do corpo.

    -Lado direito do cérebro (ou Hemisfério cerebral direito): comanda lado esquerdo do corpo.

    Quando os Espíritos Lucíferos apareceram como “Dadores de Luz”, aquele que mostrou o caminho do conhecimento. Incitaram a nós a tomar em nossas mãos o domínio do uso da força sexual criadora. Incitaram – ou seja: tentaram – a nós a exercitarmos o egoísmo, a ambição, o abuso da força criadora e a conhecer a morte.

    Criaram um ponto de contato – que eles tanto necessitavam para seu desenvolvimento. Esse ponto é o lado esquerdo, ou o hemisfério esquerdo, do nosso cérebro. Esse lado tende para o egoísmo. Aí está assentado os Anjos Lucíferos, aí está a Babilônia.

    Por isso estudamos na Bíblia (p. exe. no Livro de Isaías) que Babilônia havia se convertido em uma abominação, e a chamavam de prostituta, provocando guerras, perturbações e desolações em todos os povos da Terra. O hemisfério cerebral oposto, direito, recebe o nome de “Nova Jerusalém”.

    E agora, um ponto interessante para meditação: Babilônia (de Babel) significa “confusão”, e Jerusalém (Jer-u-salém) quer dizer “ali haverá paz”. Uma outra “Luz do Mundo”, um “Brilhante Luzeiro da Manhã”, a chamada Noiva. Também está sobre sete colinas. Mas não há nenhum rio fluente, e sim um Mar de Cristal. Tem como rei um outro dador de luz. É a cidade da paz, cujas portas nunca se fecham. Dentro dela está a Árvore da Vida. Não existe noite e nem iluminação externa. A luz é interior. Essa cidade não é uma cidade desse mundo, mas sim uma cidade que veio do céu. Estudamos isso na Bíblia (p. exe. no Livro do Apocalipse).

    Sabemos que utilizamos muito pouco o hemisfério direito do nosso cérebro. Também sabemos que o coração está se movendo lentamente da esquerda para a direita. E, também, que se trata de um órgão que possui fibras musculares cruzadas, tipo este que está sob o controle da nossa vontade. Entretanto, não podemos controlá-lo…ainda. Aos poucos, com as nossas ações altruísticas, de serviço, de amor desinteressado, de Fraternidade Universal, de utilização apropriada da força sexual criadora estamos construindo mais fibras cruzadas no coração de modo que, a devido tempo, poderemos controlá-lo.

    Quando isso ocorrer, poderemos recusar enviar o sangue para o Hemisfério Esquerdo de nosso cérebro, a Babilônia, a cidade de Lúcifer, cairá. Então, poderemos enviar o sangue para o hemisfério direito do cérebro teremos construído a Nova Jerusalém, a cidade da Paz (Jer-u-salém — ali haverá paz).

    A Significância Esotérica de “Caso o teu olho direito te leve a pecar, arranca-o e lança-o para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado na geena.”

    Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que assim como o Espírito Santo é a energia criadora da Natureza, a força sexual criadora ou a energia sexual é seu reflexo em nós. Sabemos que o mau uso ou abuso desse poder é um pecado que não se pode perdoar, ou seja: deve expiar-se, com prejuízo da eficiência dos veículos, a fim de aprendermos que a força sexual criadora é santa. Ou seja: o abuso da força sexual, estimulado pelos Espíritos Lucíferos, deixa sequelas no corpo.

    A função sexual tem seu lugar na economia do mundo. Quando empregada devidamente, fornece Corpos, fortes e cheios de saúde que o ser humano necessita para o seu desenvolvimento. Não há maior bênção para o Ego.

    Quando, inversamente, dela se abusa, não há maior desgraça, se converte num manancial de todos os males, a verdadeira herança da carne. A perversão do amor (luxúria) é responsável por doenças e debilidades.

    Por isso, o Método Rosacruz de Cura ensina a manter saudável o Corpo Denso. Somente um corpo são pode hospedar uma Mente sadia e um coração pleno de amor puro. A concepção sem mácula proporciona corpos cada vez mais puros e abrevia o advento do Reino de Cristo.

    A função sexual tem por única finalidade a perpetuação das espécies e não a gratificação dos desejos sensuais, seja qual for o prisma pelo qual se examine a questão. O (a) pervertido (a) sexual, ou o (a) maníaco (a) sexual comprova a afirmação dos ocultistas de que uma parte da força sexual constrói o cérebro. Ele (ela) se converte em um (a) idiota, incapaz de pensar, porque exterioriza não somente a parte negativa ou positiva da força sexual (seja homem ou mulher), empregada normalmente pelos órgãos sexuais para a propagação, mas exterioriza também parte da força que, dirigida ao cérebro, o organizaria e tornaria apto a pensar. Daí as deficiências mentais que apresenta.

    Se a pessoa se dedica a pensamentos espirituais, a tendência para empregar a força sexual na propagação é muito pequena. Qualquer parte dela que não use pode ser transformada em força espiritual.

    Do que foi dito, agora podemos compreender a significância oculta da passagem: primeiro, já vimos que “geena”, aqui tem o significado de Purgatório.

    Usar a visão para, por meio dela, alimentar desejos, emoções e/ou sentimentos que estimulem o gasto da força sexual criadora (energia sagrada do Espírito Santo) resulta, pela Lei de Consequência em um renascimento posterior onde a pessoa tenha problemas de cegueira e, como sempre, fruto de um Destino Maduro.

    Afinal se você não usa um órgão como o olho para ajudá-lo a aprender por meio do discernimento, da observação e para que você “veja” – não só enxergue – as lições que têm que aprender para se desenvolver espiritualmente, que é de um modo ou de outro, a única razão, o único motivo de você renascer aqui, então para que ele lhe serve? Como na Natureza tudo que não se usa para o bem, se atrofia, o mesmo ocorrerá com o seu olho.

    E o mau uso do olho será lhe cobrado no Purgatório e, como se trata de um pecado que não pode ser perdoado, na próxima vida aprenderá as lições que deveriam ser aprendidas por meio do sentido da visão, ou seja, pelo meio do “ver”, sem possuir esse órgão funcionando como se deve para promover esse sentido físico.

    Ou seja, as dificuldades para aprender essas lições aumentarão e a sua força de vontade para aprendê-las deverá ser mais intensa. E vemos casos em que é realmente isso que ocorre: a força de vontade do irmão ou da irmã que não possui a visão, muitas vezes, é exemplar!

    A Significância Esotérica de “Caso a tua mão direita te leve a pecar, corta-a e lança-a para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para a geena.”

    Usar um membro para, por meio dele, executar os desejos, emoções e/ou sentimentos que estimulem o gasto da força sexual criadora (energia sagrada do Espírito Santo) resulta, pela Lei de Consequência em um renascimento posterior onde a pessoa venha sem esse membro e, como sempre, fruto de um Destino Maduro. Afinal se você não usa um membro, como a mão, para ajudá-lo a agir, fazer obras e/ou praticar ações para aprender as lições que têm que aprender para se desenvolver espiritualmente, que é de um modo ou de outro, a única razão, o único motivo de você renascer aqui, então para que ele lhe serve?

    Como na Natureza tudo que não se usa para o bem, se atrofia, o mesmo ocorrerá com a sua mão. E o mau uso da mão será lhe cobrado no Purgatório e, como se trata de um pecado que não pode ser perdoado, na próxima vida aprenderá as lições que deveriam ser aprendidas por meio das ações, obras e dos atos utilizando esse membro, sem possuir esse membro.

    Ou seja, as dificuldades para aprender essas lições aumentarão e a sua força de vontade para aprendê-las deverá ser mais intensa. E vemos casos em que é realmente isso que ocorre: a força de vontade do irmão ou da irmã que não possui um ou mais membros, muitas vezes, é exemplar!

    A Significância Esotérica de “Eu, porém, vos digo: todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por motivo de ‘fornicação’, faz com que ela adultere; e aquele que se casa com a repudiada comete adultério.”

    Ao contrário da ideia geralmente aceita nós, o Ego, somos bissexuais! Se fôssemos assexuais, o Corpo Denso (e o Corpo Vital) seria necessariamente assexual também, por ser um nosso símbolo externo.

    Nos Mundos internos, nós, o Ego, nos manifestamos os sexos, diferentemente, como duas qualidades distintas: Vontade – força masculina, ligada às forças solares – e Imaginação – força feminina, ligada às forças lunares.

    Até à Época Hiperbórea éramos bissexuais ou hermafroditas, ou seja: éramos capazes de exteriorizar de nós mesmos outro ser sem intervenção de qualquer outro. Por vários motivos, que podemos encontrar

    estudamos nas nossas Reuniões Dominicais de Estudos de Filosofia Rosacruz, com base no Conceito Rosacruz do Cosmos, houve a necessidade de separação dos sexos, ou seja: quando nascemos aqui, passamos alterar nos renascimentos: ora como um ser masculino (externando mais a Vontade, como força masculina), ora como um ser feminino (externando mais a Imaginação, como força feminina). Isso aconteceu na Época Lemúrica. Ou seja, a partir de então cada um de nós, quando renascido aqui, teve de procurar a cooperação de outro que possuísse a parte da força procriadora que lhe faltava, a fim de criar um novo Corpo – para um novo irmão ou uma nova irmã que está ansioso e necessitado para renascer aqui – que ao longo dos Renascimentos, serviria também para cada um nós construirmos o Corpo para esse Renascimento futuro (melhor do que esse que temos agora).

    Daqui já dá para deduzir o motivo único pelo qual “o homem deixará pai e mãe e se unirá à mulher e os dois serão uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne.”, como estudamos no Livro do Gênesis.

    Foi por isso que os Anjos instituíram o matrimônio entre um homem e uma mulher como um Sacramento, onde havia o Rito sagrado da geração sob a supervisão deles, em grandes templos e em determinadas épocas do ano, quando as linhas de forças astrais estavam propícias para a propagação. O restante do tempo vivíamos juntos na perfeita felicidade paradisíaca do companheirismo. O parto, por conseguinte, era sem dor, e a enfermidade e a tristeza, que sentimos quando perdemos alguém a quem muito apreciamos, eram desconhecidas.

    Quando, muitos de nós – atendendo as sugestões dos Espíritos Lucíferos – tomamos para nós as decisões de exercer a função criadora por prazer, sem levar em consideração os raios astrais, a morte se tornou presente e passamos a ter nossos filhos expressando dores e sofrimento.

    Por essa razão, infelizmente, uma grande quantidade de casamentos (diferente até do que é um matrimônio, que é um Sacramento de fato) fracassa, no que se diz respeito a trazer a felicidade e a satisfação de alma que marcam o companheirismo verdadeiro de dois seres humanos.

    Além disso, existe o incidente da dor do parto para piorar e aumentar o sofrimento do Ego que está construindo seu corpo sob condições pré-natais desarmônicas. Certamente, é um tributo muito pesado a se pagar pela ignorância da ciência estelar!

    Pior ainda, na grande maioria dos casos em que as pessoas conhecem a Astrologia Rosacruz, quando são informadas ou conseguem se esclarecer sobre a sua situação real para tais casos, elas se recusam a considerar a voz de advertência, quando essa voz contraria seus desejos!

    Ou seja, a maioria dos casamentos são realizados por vários fatores, como p.exe: atração física e/ou sexual, segundos interesses (econômico, financeiro), em alguns lugares ainda: para não ficar para titia ou titio; escapar de situações familiares indesejadas; para ser bom para as duas famílias; “ele é um ótimo moço ou ela é uma ótima moça”) e outros que nada tem a ver com as harmonias: física, moral e espiritual, os 3 requisitos necessários e suficientes para unir 2 seres no Sacramento do Matrimônio (e isso nada tem a ver com Religião, cerimônias, bençãos de ministros, pastores ou padres!).

    Resultados: separações, manutenção do casamento por conveniência, vidas em discussões e desarmonias, “relação livre”, comodismo de um dos lados (com aniquilamento de realizações na vida, ou “o que vou fazer? Já estou velho ou velha para ficar sozinho ou sozinha”).

    Assim, devido aos casamentos, na sua imensa maioria, não serem um Sacramento do Matrimônio ocorrem casos de plena astúcia, como vimos no estudo do trecho da Reunião passada e estamos lendo aqui.

    Ah! Mas “Cristo Jesus só fala do homem para como a mulher!”. Pois é, na primeira vinda de Cristo a imensa maioria de nós que estávamos renascidos como homens, hoje estamos aqui renascidos como mulheres e vice-versa!

    Continuamos aplicando esse comportamento? Ou aprendemos a lição de amor Crístico, praticamos o perdão (ensinado por Ele) e não precisamos mais passar por essa lição?

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 28 a 32.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 33 a 37

    Introdução

    Reafirmemos o motivo principal pelo qual nós, Estudantes Rosacruzes, nos dedicamos ao estudo e à colocação em prática na nossa vida dos Ensinamentos contidos na Bíblia.

    O motivo principal é porque a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.

    Foram eles que:

    • nos ajudam a escolher o Panorama dessa Vida aqui.

    • colocaram na cabeça do espermatozoide do nosso pai atual o Átomo-semente do nosso Corpo Denso e a matriz do nosso Corpo Vital no útero da nossa mãe atual, para que houvesse a fecundação e, consequentemente, pudéssemos ter mais uma vida aqui.

    • e muitas outras ajuda que nos fornecem nessa vida.

    Um segundo motivo é porque o estudo bíblico é fundamental para o Estudante Rosacruz. É por meio dele que o Estudante Rosacruz tem a maior ajuda para equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, Cristão ocultista-místico. Pois, como todos sabem, a imensa maioria das pessoas que se tornam Estudantes Rosacruzes tem a tendência a ficar mais para o lado da Mente, da “cabeça”, da razão e, com isso, sofre a tentação de ser perder na intelectualidade. E isso, como nos diz Max Heindel, é um fator de desestimulo e até de risco à perda de oportunidades para evoluir nessa vida aqui.

    Trecho do Texto do Capítulo 5

    33Ouvistes também que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos para com o Senhor. 34Eu, porém, vos digo: não jureis em hipótese nenhuma; nem pelo Céu, porque é o trono de Deus, 35nem pela Terra, porque é o escabelo dos seus pés, nem por Jerusalém, porque é a Cidade do Grande Rei, 36nem jures pela tua cabeça, porque tu não tens o poder de tornar um só cabelo branco ou preto. 37Seja o vosso ‘sim’, sim, e o vosso ‘não’, não.

    Quem eram os “antigos” na frase: “Ouvistes também que foi dito aos antigos”?

    Os “antigos” aqui são aqueles irmãos e aquelas irmãs que estavam sob o regime de Jeová, ou seja, sob as Religiões de Raça. São aqueles irmãos e aquelas irmãs que estão, ainda hoje, sob o regime de Jeová, ou seja, sob as Religiões de Raça!

    Aprendemos na Filosofia Rosacruz que tais irmãos e irmãs vivem nas chamadas Dispensações Jeovísticas, que são as primeiras duas de um total de quatro que nos são fornecidas como método para voltarmos a Deus, a saber:

    -A primeira onde recebemos ensinamentos que nos levam a adorar a Deus por meio do medo, a Quem começamos a pressentir

    -A segunda onde recebemos ensinamentos que nos levam a olharmos a Deus como doador de todas as coisas e esperar d’Ele benefícios materiais daqui da Região Química do Mundo Físico.

    Figura: Primeira e Segunda Dispensações – Jeovísticas

    Seja via primeira ou segunda, tais irmãos e irmãs professam as Religiões de Raça (mesmo que não saibam, mesmo que não admitam).

    E, logicamente, vivem segundo o Antigo Testamento, mesmo que a astúcia seja usada para dizer que seguem o Novo Testamento.

    A Significância Esotérica de “Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos para com o Senhor.”

    Sob o regime de Jeová era ensinado aos judeus que um juramento não feito em nome de Deus não era válido.

    Qualquer um que fizesse um juramento apelava a Deus como testemunha para julgar a veracidade de suas palavras. Isso significava que a pessoa ficava sob uma obrigação “ante o Senhor”.

    E aqui se formava uma encruzilhada: se o que tinha dito não era mentira, então estava tudo bem e a obrigação tinha sido paga; mas se fosse algum tipo de mentira era tido como renegar o Senhor ou tomar o nome do Senhor em vão.

    Figura: Efeito de mentir na primeira e segunda Dispensações – Jeovísticas

    E, como consequência, naquele momento, a pessoa pecou e tinha que pagar com sofrimento e dores, pois estava sob as Leis das Religiões de Raça!

    A Significância Esotérica de “Eu, porém, vos digo: ‘não jureis em hipótese nenhuma’.”

    Repare Cristo-Jesus nos deu um ensinamento superior: “Não jurar”. Afinal, a palavra do verdadeiro Cristão é suficientemente verdadeira para dispensar o uso do juramento. E mais, um Cristão esotérico, por exemplo, o Estudante Rosacruz, sabe que a mentira é assassina e suicida!

    E como ele sabe que a mentira é assassina e suicida?

    Aprendemos também na Filosofia Rosacruz que a tendência de todas as formas no Mundo do Desejo é atrair para si as de natureza semelhante e, consequentemente crescer. Com isso, quando se descreve com exatidão um acontecimento, é construída no Mundo do Desejo uma forma exatamente igual à descrita. Uma atrai a outra, juntam-se e mutuamente se fortificam.

    Quando isso se refere a desejos, emoções e/ou sentimentos criados a partir das três Regiões superiores do Mundo do Desejo, onde a Força de Atração reina em absoluto, temos um dos modos de construirmos bons hábitos e, consequentemente, desenvolvermos as virtudes.

    Mas, sabemos que nas três Regiões inferiores do Mundo do Desejo, a 1ª das Paixões e Desejos Inferiores, a 2ª a da Impressionabilidade e a 3ª a dos Desejos, a Força de Repulsão predomina. E que o motivo da Força de Repulsão é a afirmação de si mesma, pelo que repele todas as demais.

    Figura: Três Regiões inferiores do Mundo do Desejo e predomínio da Força de Repulsão

    E é justamente esse modus operandi que cria situações que por um lado nos ajuda, mas por outro lado e devido a nossa própria vontade pode nos prejudicar e muito, se insistimos. Percebam: a Força de Repulsão predomina, mas a Força de Atração também está presente com uma intensidade muito mais baixa do que a de Repulsão, mas está lá e é usada!

    Agora vamos ver o que ocorre quando temos desejos, emoções ou sentimentos inferiores. Por exemplo, uma forma de desejo brutal repetido (porque queremos que ele dure para, muitas vezes, nos satisfazer). Então a forma criada por um desejo brutal é atraída pela outra da mesma natureza, cada uma exerce sobre a semelhante um efeito desintegrante, produto da desarmonia existente nas respectivas vibrações. Pois lembremos: aqui a Força de Repulsão predomina.

    Assim, em vez de fundir-se mal com mal, mutuamente eles se destroem, e deste modo o mal no mundo conserva-se dentro de limites razoáveis.

    Vamos ver o que ocorre quando mentimos, que também é uma forma construída com desejos, emoções e sentimentos inferiores. Quando não se descreve com exatidão um acontecimento, então a versão diferente ou falsa, produz-se uma forma diferente, contrária à primeira, ou seja, à verdadeira. Uma mata a outra, a outra mata uma e ambas se destroem!

    São convergentes no mesmo assunto, e por isso se unem-se, mas como as vibrações são diferentes atuam uma sobre a outra de maneira mutuamente destruidora.

    Mas, a nossa força de vontade pode ser mais forte e repetirmos isso muitas e muitas vezes até o ponto em que as mentiras quanto mais fortes e frequentemente repetidas podem destruir o que é bom!

    Lógico que deixam sequelas nos Corpos de Desejos daqueles que cooperaram para a prática e persistência desse mal: dores, sofrimentos, doenças físicas, emocionais e até mentais.

    De qualquer moco como a Força de Repulsão é preponderante nas 3 Regiões inferiores o mal não cresce, e a anarquia não predomina no Cosmos.

    Quando compreendemos o efeito destas duas Forças gêmeas Atração e Repulsão em ação, podemos também entender a máxima ocultista que diz: ‘uma mentira no Mundo do Desejo é, ao mesmo tempo, assassina e suicida’.

    A Significância Esotérica de “Seja o vosso ‘sim’, sim, e o vosso ‘não’, não”

    Aqui Cristo nos exorta a viver totalmente a política do “sim, sim…não, não” sem meias palavras e focado totalmente no Cristianismo. Sigamos o exemplo de S. João Batista que não buscava agradar a ninguém; Viveu totalmente a política do “sim, sim…não, não” sem meias palavras e focado totalmente no Cristianismo que estava por vir.

    Afinal, façamos sempre essa reflexão: quantas vezes tiramos conclusões erradas das coisas e depois averiguamos que alguém mais estava certo? Quantas vezes fracassamos na escolha entre um bem maior e um menor? Quantas vezes fazemos algo simplesmente para agradar alguém, em vez de fazer o que seria justo? Quantas vezes somos parciais para ser visto como “sociável” e não praticamos o “sim, sim…não, não” como Cristo me ensinou?

    Pois, reparemos bem: juramento sugere palavra.

    E, para penetrarmos com maior profundidade no assunto, devemos compreender o significado completo do poder da palavra. O uso da palavra é algo sagrado. Por quê? A palavra falada é uma expressão da nossa força sexual criadora. E isso começou lá na Época Atlante, quando a nossa força sexual criadora foi dividida em 2 partes:

    – metade para a construção do nosso cérebro e da nossa laringe, a fim de podermos expressar as palavras aqui na Região Química do Mundo Físico.

    – e outra metade continuou sendo utilizada para prover a geração de novos Corpos para irmãos e irmãs que precisam renascer.

    Figura: Divisão da Força Sexual Criadora – metade para cada lado

    E quando abusamos do uso da palavra? Alguns exemplos (há muitos outros!):

    – quando utilizamos para nossos propósitos ilegítimos (astúcia, ameaça, se impor, xingar, etc.)

    – quando mentimos

    – quando fofocamos ou falamos mal dos outros

    – quando falamos mais do que se deve

    – quando falamos antes de pensar

    – logicamente, quando juramos!

    Lembremo-nos sempre desse Ensinamento Rosacruz nos fornecido por Max Heindel quando sobre a palavra ele se expressou da seguinte maneira: “O uso das palavras para exprimir o pensamento é o mais alto privilégio humano, exercitado somente por uma entidade racional e pensante como o ser humano”. Um dos objetivos a serem colimados pelo Estudante Rosacruz é aprender a falar a “palavra de vida e poder”, o que todos nós concretizaremos em tempos futuros.

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 33 a 37.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – Versículos de 38 a 48

    Introdução

    Reafirmemos o motivo principal pelo qual nós, Estudantes Rosacruzes, nos dedicamos ao estudo e à colocação em prática na nossa vida dos Ensinamentos contidos na Bíblia.

    O motivo principal é porque a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.

    Foram eles que:

    • nos ajudam a escolher o Panorama dessa Vida aqui.

    • colocaram na cabeça do espermatozoide do nosso pai atual o Átomo-semente do nosso Corpo Denso e a matriz do nosso Corpo Vital no útero da nossa mãe atual, para que houvesse a fecundação e, consequentemente, pudéssemos ter mais uma vida aqui.

    • e muitas outras ajuda que nos fornecem nessa vida.

    Um segundo motivo é porque o estudo bíblico é fundamental para o Estudante Rosacruz. É por meio dele que o Estudante Rosacruz tem a maior ajuda para equilibrar cabeça-coração, intelecto-coração, razão-devoção, Cristão ocultista-místico. Pois, como todos sabem, a imensa maioria das pessoas que se tornam Estudantes Rosacruzes tem a tendência a ficar mais para o lado da Mente, da “cabeça”, da razão e, com isso, sofre a tentação de ser perder na intelectualidade. E isso, como nos diz Max Heindel, é um fator de desestimulo e até de risco à perda de oportunidades para evoluir nessa vida aqui.

    Trecho do Texto do Capítulo 5

    38Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. 39Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau; antes, àquele que te fere na face direita oferece-lhe, também, a esquerda; àquele que quer pleitear contigo, para tomar-te a túnica, deixa-lhe, também, a veste; 41e se alguém te obriga a andar uma milha, caminha com ele duas. 42Dá ao que te pede e não voltes as costas ao que te pede emprestado. 43Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. 44 “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;45desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos. 46Com efeito, se amais aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem também os publicanos a mesma coisa? 47E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem também os gentios a mesma coisa? 48Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.

    A Significância Esotérica de “Ouvistes que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau; antes, àquele que te fere na face direita oferece-lhe, também, a esquerda’.”

    Já aprendemos nos Ensinamentos Rosacruzes que as Leis de Jeová nos instigavam a sermos conquistadores, a praticar o “olho por olho, dente por dente”. A querermos ter tudo o que pudéssemos nesse Mundo Físico. Aí está a chave: o Mundo Físico. Afinal, o objetivo era a conquista do Mundo Físico.

    Sabemos, também, que essa Lei Jeovística deu lugar a outra, bem mais difícil, instituída por Cristo como um Mandamento: amarás o teu próximo…

    Agora, notemos na frase acima completa a figura de linguagem, também chamada de hipérbole, que significa aqui: o perdão que jamais, nunca revida com a mesma ação, mas que pratica persistentemente e sempre a doutrina Cristã do Perdão dos Pecados.

    Assim: se alguém me fez sofrer, seja por pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras ou ações, então sempre temos que revidar! Só que se revidarmos com a mesma violência, com a “mesma moeda” teremos que purgar tal ação no Purgatório (com intensidade tripla); mas se revidarmos com o perdão, colheremos o bom hábito no Primeiro Céu, depois de findarmos mais uma vida aqui. A escolha é nossa sempre!

    A Significância Esotérica de “àquele que quer pleitear contigo, para tomar-te a túnica, deixa-lhe, também, a veste”

    Aqui podemos identificar outra figura de linguagem que significa a prática da verdadeira generosidade.

    Não dar nada ou usar até acabar ou sempre afirma que só você sabe o quanto lutou para conseguir as coisas que você tem ou jogar no lixo as coisas que não serve mais a você ou, ainda, só dar quando sabe que receberá algo em troca (dívida moral, subserviência e afins) mostra que a pessoa ainda não entendeu nada sobre o conceito de generosidade que Cristo ensinou. Na verdade, a pessoa tem vícios, como avareza, egoísmo, sovinice e outros afins.

    O que acontecerá, fatalmente, com a pessoa? Reviverá no Purgatório todas as oportunidades que a falta da sua generosidade fez alguém sofrer, sempre com o triplo de intensidade no sofrimento que causou.

    Por outro lado: dar o que você tem de sobra, ou o que você não quer mais, ou o que não mais lhe serve ou, pior ainda, o que nem lhe pertence, de fato não é ser generoso, é ser astuto. Também, reviverá no Purgatório todas as oportunidades que a falta da sua generosidade fez alguém sofrer, sempre com o triplo de intensidade no sofrimento que causou.

    Foram também a insistência em se comportar assim por muitas e muitas vidas (vem a tentação e a pessoa cai) que levou muita gente para o cone sombrio da Lua (pois isso é materialismo ou cristalização) e, quando não, atrasou demais a evolução de muita gente.

    Afinal, devemos aprender qual é o conceito de “se dar” nos Ensinamentos Rosacruzes, como estudamos no Conceito Rosacruz do Cosmos: “quando eu dou, eu me dou por inteiro”.

    A Significância Esotérica de “se alguém te obriga a andar uma milha, caminha com ele duas.”

    Aqui a figura de linguagem é utilizada para nos ajudar a compreender o que significa a prática do serviço amoroso e desinteressado. Quando alguém lhe pede algo que você, então, por meio da lógica e da compaixão (cabeça-coração), decida se consegue ajudar: se sim conclui que é uma necessidade que vai ajudar ao irmão ou a irmã e sempre exceda as expectativas para que, no final, ele ou ela consiga prosseguir a partir daquele ponto sozinho; agora se você não consegue ajudar procure quem é capaz de ajudar tal pessoa.

    De qualquer forma sempre faça de tal forma “em Harmonia e na Luz de uma perfeita Liberdade”, como repetimos todas as vezes que rezamos a Oração Rosacruz.

    A Significância Esotérica de “Dá ao que te pede e não voltes as costas ao que te pede emprestado.”

    Já aqui a figura de linguagem é utilizada para nos ajudar a compreender o que significa a prática do desapego das coisas materiais.

    Nada é de fato nosso aqui. Tudo é bem para ser administrado por nós. Se um irmão ou uma irmã precisar de algo aí utilize a lógica e a compaixão para você discernir se é necessidade ou astúcia; se for necessidade, então dê a ele ou a ela o que precisar não olhe mais para saber se foi bem utilizado ou não e, logicamente, muito menos faça disso como se ele ou ela tivesse uma dívida para com você, pois isso é astúcia.

    Agora se for astúcia: ou repreenda o irmão ou a irmã ou se mantenha em silêncio, calado (pois só isso já demonstra a sua indignação para com ele ou ela).

    E Cristo completa esse ensinamento deixando clara a substituição do Mandamento “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, já deturpado para “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo” – como muitos outros – para o amor incondicional, o Amor Crístico: “amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”.

    E não pode ser de outra forma, pois: Cristo iniciou a implantação da Fraternidade Universal onde todos são Filhos de Deus. E mais, quem segui-Lo, também são mais do que irmãos: são amigos.

    Primeiro de tudo, se refletirmos profundamente, chegaremos à conclusão de que nós não temos inimigos; nós próprios somos a origem daquilo que interpretamos como “inimizade”! E o que conceituamos como “inimigo” é o nosso melhor professor.

    Afinal, a reação de ódio ou de vingança cria um vínculo entre o que recebe e o que perpetra uma má ação, e que somente quando a reação negativa é neutralizada pelo bem poderá ser dissolvido o vínculo.

    Sabemos que os que chamamos de “inimigos” hoje em vidas passados, podem ter sido nossos maiores amigos, pai, mãe, filhos, vizinhos, avôs, primos, etc.

    Sabemos que se trata tão somente de lições que escolhemos – nós mesmos no Terceiro Céu – a aprender como “relacionamentos entre Filhos de Deus que não terminamos com amor em vidas passadas” e que escolhemos nessa vida terminar com amor, por meio do perdão, da convivência pacífica (mesmo não precisando ser tão próximas como com as pessoas que não definimos como “inimigo”, mas sempre pronto para ajudar o que definimos como “inimigo”, porque reconhecemos nele o irmão ou a irmã com quem temos dívidas de destino a saldar).

    Se não fizermos nessa vida, em alguma vida futura teremos que fazer, muitas vezes, pelo látego do sofrimento ou das restrições do destino.

    Assim, durante essa vida aqui: ao invés de “torcer para que o seu inimigo se ferre”, ore com mais firmeza para que ele busque a Deus e que Deus o ilumine no seu Caminho de Santidade.

    Se você o prejudicou, peça perdão, se arrependa e busque a reforma íntima. Enquanto não fizer isso, a dívida não está paga e a lição continua a ser dada, pois não foi aprendida!

    Aí vem a pergunta nascida da astúcia: “e se ele não quiser…e se ele me prejudicar?”. Se ele quiser ou não quiser, o problema é dele e não nosso.

    Se ele lhe prejudicar, esqueça, perdoe e ore mais intensamente por ele, porque se isso estiver ocorrendo, é sinal de que ele está perdido no caminho da santidade (mesmo que ele não saiba ou tenha certeza de que não está).

    Afinal como disse Cristo aqui: “vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos”.

    Não há outro caminho para cada um de nós!

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 5 – versículo de 38 a 48.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 6 – Versículos de 1 a 6

    Introdução

    Reafirmemos o motivo principal pelo qual nós, Estudantes Rosacruzes, nos dedicamos ao estudo e à colocação em prática na nossa vida dos Ensinamentos contidos na Bíblia.

    O motivo principal é porque a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.

    Para podermos estudar a Bíblia inteligentemente, é necessário que nos aproximemos dela com a nossa Mente aberta.

    Os pontos de vista preconcebidos, que consideram as versões e traduções das Escrituras como única, verdadeira, infalível e inspiradora Palavra de Deus, em geral são nuvens que poderão cegar aqueles que nela procuram, no estudo cuidadoso e isento de preconcepções, a iluminação real.

    Apesar das interpolações verificadas nas Escrituras, a despeito das más traduções feitas, nela existem pérolas de inestimável valor que, para o Estudante Rosacruz que realmente procura estudá-las, serão como uma recompensa.

    É por isso que temos que ter um profundo conhecimento da Filosofia Rosacruz para conseguirmos extrair a significância esotérica contina nos Ensinamentos Bíblicos.

    Trecho do Texto do Capítulo 6

    1Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens para serdes vistos por eles. Do contrário, não recebereis recompensa junto ao vosso Pai que está nos céus. 2Por isso, quando deres esmola, não te ponhas a trombetear em público, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, com o propósito de serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. 3Tu, porém, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, 4para que a tua esmola fique em segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.

    5E quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. 6Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando tua porta, ora ao teu Pai que está lá, no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.

    O que é indispensável compreender da Filosofia Rosacruz para entendermos as significâncias esotéricas desse trecho sob estudo

    Notemos que para compreendermos esses Ensinamentos nesses versículos é indispensável que compreendamos o que é a nossa Personalidade e a nossa Individualidade, segundo os Ensinamentos Rosacruzes.

    Pois, como veremos, é justo na questão de tratamento da nossa Individualidade é que conseguiremos sair da situação de risco de cristalização, de ignorância e de dificuldades em caminhar para frente e para cima rumo a conquistar a Região Etérica do Mundo Físico, que é o nosso próximo objetivo nesse Esquema de Evolução.

    Então vamos lá: aqui estão os Mundos e suas Regiões onde atualmente temos nossos veículos que utilizamos nesse Esquema de Evolução.

    Lembremos sempre o que nós somos: cada um de nós é um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui da mesma forma que Deus nosso Criador está manifestado: de forma Tríplice.

    Assim, no Mundo do Espírito Divino funcionamos porque temos um veículo formado de material desse Mundo e chamamos esse veículo de Espírito Divino. E para fazer esse veículo evoluir temos a sua contraparte inferior que é o Corpo Denso, por isso é que funcionamos na Região Química do Mundo Físico.

    Da mesma forma, temos o veículo Espírito de Vida, para funcionarmos no Mundo do Espírito de Vida. E para fazer esse veículo evoluir temos a sua contraparte inferior que é o Corpo Vital, por isso é que funcionamos na Região Etérica do Mundo Físico.

    Seguindo o raciocínio, temos o veículo Espírito Humano, para funcionarmos Região Abstrata do Mundo do Pensamento. E para fazer esse veículo evoluir temos a sua contraparte inferior que é o Corpo de Desejos, por isso é que funcionamos no Mundo do Desejo.

    Note que agora fica clara nossa manifestação Tríplice, como Deus, nosso criador está manifestado: Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano.

    E é justamente essa nossa manifestação (que é o que somos como Espírito Virginal manifestado) que chamamos de Individualidade.

    Agora, para conseguirmos atuar nos nossos três Corpos e obter de cada um deles o alimento necessário para alimentar os nossos 3 veículos espirituais temos o veículo Mente.

    E é esse conjunto: o Tríplice Corpo e a Mente que chamamos de Personalidade.

    Devido a termos criado problemas de atuação da Mente onde a contaminamos com o Corpo de Desejos (hoje difícil de manifestar um pensamento aqui que não esteja contaminado pelo desejo, sentimento ou pela emoção elaborados de materiais das 3 Regiões inferiores do Mundo do Desejo), a Personalidade nos puxa para baixo, para a cristalização, para o atraso e para a ignorância.

    Também chamamos a Personalidade de “eu inferior”. E a Personalidade, nós construímos uma nova a cada renascimento aqui e é composta das nossas qualidades conquistadas em vidas passadas, bem como nossos defeitos, maus hábitos, nossas dificuldades, nossas lições a aprender. E é por isso que ela é a raiz de todo nosso sofrimento, nossa dor e tristeza, justamente devido ao nosso modo ignorante de conduzir as nossas faculdades quando estamos renascidos aqui.

    Por outro lado, chamamos a Individualidade de “Eu superior”. Atualmente, sempre é a mesma a cada renascimento aqui. Especialmente em uma Escola como a Fraternidade Rosacruz somos treinados a usá-la para nos impulsionar a uma vida de “reto pensar, reto sentir e reto agir”. E, assim, por meio dela que vivenciamos o cumprimento das Leis de Deus.

    Para facilitar essa distinção e como Cristo Jesus nos ensinou a lidar com isso, vamos, agora, estudar a significância esotérica em como devemos nos comportar como Cristão quando queremos, de fato, praticar as qualidades Cristãs da compaixão, misericórdia, solidariedade, partilha.

    A Significância Esotérica de “Por isso, quando deres esmola, não te ponhas a trombetear em público, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, com o propósito de serem glorificados pelos homens.

    Antes de tudo, vamos definir o conceito da palavra “esmola” que Cristo Jesus utiliza aqui, que é uma palavra que vem do grego antigo e significa exatamente: compaixão, misericórdia, solidariedade, partilha.

    Note: nada a ver com dinheiro, moeda ou algo desse tipo que hoje se costuma usar para astutamente reduzir o valor do conceito da palavra “esmola”.

    Uma das significâncias esotéricas desses versículos nós podemos condensar justamente no motivo, na razão da causa que a Fraternidade Rosacruz preconiza como: “Servir amorosa e desinteressadamente (portanto, o mais anônimo possível) o irmão ou a irmã que está ao seu redor, buscando servir a divina essência oculta nele ou nela – que também está dentro de nós – e que é a base da Fraternidade que Cristo nos trouxe.”

    Trabalhar na maior discrição possível…se necessário “falar”, mas o mínimo possível. Ação, obra e atos é o segredo do bom serviço prestado. Esforçar-se o máximo para inserir os Ensinamentos Rosacruzes no dia a dia na vida do Estudante Rosacruz e não impor isso na vida dos que estão ao seu entorno de modo a realizar a máxima: “uma palavra convence, mas um exemplo arrasta”.

    Desenvolver-se para se tornar um Auxiliar Invisível, inicialmente inconsciente nos Mundos espirituais, mas com o exercício de ser um postulante a Auxiliar Visível durante o dia, criar musculatura espiritual para se tornar um Auxiliar Invisível consciente nos Mundos espirituais.

    A Significância Esotérica de “… a fim de serem vistos pelos homens.

    Se aplicarmos o que entendemos sobre Personalidade e Individualidade, fica claro que nessa sentença há um exemplo da nossa Personalidade nos condicionando a se satisfazer pela ilusão mundana de prestígio, de elogio e de parecer uma boa pessoa.

    E como não cair nessa armadilha? Três ações cotidianas que nos ajudam aqui:

    1.Tomar consciência desse nosso comportamento ilusório e que não interessa mais para esse momento do Esquema de Evolução (foi importante sim, mas há milhares de anos atrás na Época Atlante, antes de atingirmos o Nadir da Materialidade). Agir assim, hoje, é se cristalizar, se atrasar na Evolução.

    2.Praticar o Exercício Esotérico da Observação imparcial de nós mesmos, negando a querer ser visto, buscar a fama mundana, a se satisfazer com consolações humanas (a única que vale a pena é a consolação divina).

    3.Não se justificar (que é a astúcia que praticávamos na Época Atlante, disfarçada), não se julgar (se o evento marcou você, com certeza, aparecerá como efeito/causa no Exercício esotérico de Retrospecção que o Estudante Rosacruz faz todas as noites) …apenas observar “de fora” sendo sincero com você mesmo.

    Repetindo, repetindo e repetindo chegará um momento em que obteremos o conhecimento do que é verdade e do que é ilusão, pois estaremos praticando o Exercício Esotérico Rosacruz do Discernimento. Com isso alcançamos o posicionamento de estar no aqui e agora, no presente, que é a única base da eternidade, além de termos a consciência de quem faz o bem somos nós, o “Eu superior” e que o que vale é acumular tesouros nos céus e jamais aqui.

    A Significância Esotérica de “…já receberam a sua recompensa.

    A pergunta que surge aqui é: “de quem já se recebeu a recompensa” se se age desse modo?

    A resposta é curta e grossa: do Mundo!

    E em forma de uma, duas e/ou das três dimensões que hoje movimenta muita gente: poder mundano, fama mundana e/ou fortuna mundana. Com certeza, somos nós, por meio da Personalidade que queremos retribuição, queremos pagamento e/ou queremos reconhecimento.

    Ou seja, ela nos faz “amar para sermos amados”; ela nos “faz amar quando somos amados”; é por ela que buscamos “a retribuição no amor”. É ela que nos impede de entender que “o amor é a própria recompensa”. Ela distorce o conceito do que é “amor”, como Cristo nos ensinou – que “o dar gera o receber”!

    E se assim nos comportamos na nossa vida, então não teremos recompensa no Primeiro Céu, ou seja, nossa recompensa não estará nos Mundos espirituais e, portanto, não redundará em benefícios para as próximas vidas.

    A Significância Esotérica de “…entra no teu quarto e, fechando tua porta.

    Note o Ensinamento de Cristo Jesus aqui: a importância do recolhimento individual. Ou seja: no seu íntimo, onde ninguém pode entrar ou penetrar, a não ser você mesmo.

    Repare essa liberdade interior que só você poder tirar, se quiser não ser livre! É só assim que você consegue fazer sua Personalidade se aquietar, se fazer humilde, servir ao que você realmente é: o Eu superior, a Individualidade.

    Assim, sempre ore em silêncio, sem demonstração externa que evidenciem que você está orando.

    E o processo aqui é muito simples:

    1. Primeiro, escolha um lugar de preferência você deve ficar de frente para o oeste (direção do pôr do Sol)

    2. Segundo ore e oficie os Rituais da Fraternidade Rosacruz (que também são orações científicas). E faça isso sempre nesse mesmo lugar, todos os dias. Quanto maior a frequência, mais rápido e mais intenso serão os resultados. Pois esse bom hábito repetido: forma em torno desse lugar um santuário invisível, um templo: um Templo Solar, com uma egrégora visível por qualquer Clarividente voluntário treinado. E isso impregna o local com vibrações espirituais elevadas, tornando o lugar agradável de se estar, resultado das vibrações mentais e emocionais em assuntos espirituais e elevados.

    A Significância Esotérica de “…ora ao teu Pai que está lá, no segredo.

    Afinal orar é escutar o Cristo dentro de nós, o Cristo interno que estamos construindo pouco a pouco com persistência, disciplina, fidelidade e muita força de vontade.

    E aqui vemos o motivo de orar em silêncio é por meio da Individualidade, nunca por meio da Personalidade. Se prestarmos bem atenção há um sinal claro de que estamos orando corretamente: sentimos uma harmonia indescritível; sentimos uma paz que ultrapassa qualquer tipo de compreensão.

    Para que você não destrua tudo que construiu e tenha que começar tudo de novo não conte a ninguém o que acontece durante a oração. Afinal, essa tentação (que muitos caem) é a Personalidade que quer se mostrar! E isso é profanação e atrasa o seu desenvolvimento grandemente.

    A Significância Esotérica de “…o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.

    Quando aprendemos a orar corretamente (usando o que somos a Individualidade, e não o que achamos que somos, a Personalidade) os resultados surgirão!

    Para isso nunca, jamais peça coisas materiais (mesma as disfarçadas que indiquem “posse”). Como estímulo e modelo perfeito mire no exemplo de Salomão: pediu Sabedoria e todo “o resto vem por acréscimo”.

    Não tenha tendências imediatistas. Pense, quantas vezes você achou que uma coisa que você gostaria que acontecesse, depois lá na frente você deu graças a Deus que não aconteceu! Assim, a dimensão de tempo que você deve utilizar na oração é o Tempo de Deus.

    O ciclo virtuoso que você pode construir aqui é o seguinte:

    1. “ore sem cessar”, como aprendemos nos Ensinamentos Bíblicos

    2. com isso há o crescimento da nossa consciência

    3. Aos poucos o que está no íntimo se vai extravasando. Essa é “recompensa” que percebemos!

    4. Isso resulta em uma transformação interior, onde a nossa Personalidade se torna passiva, ou seja, serva da nossa Individualidade.

    5. Assim, o foco na Individualidade para a nossa vida aqui na Terra se torna um bom hábito que não conseguimos viver mais sem praticá-lo.

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 6 – versículo de 1 a 6.

    Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 6 – Versículos de 7 a 15

    Introdução

    Reafirmemos o motivo principal pelo qual nós, Estudantes Rosacruzes, nos dedicamos ao estudo e à colocação em prática na nossa vida dos Ensinamentos contidos na Bíblia.

    O motivo principal é porque a Bíblia foi nos dada pelos Anjos do Destino que estando acima de todos os erros dão a cada um e a todos exatamente o que necessitam para o seu desenvolvimento. Por conseguinte, se procurarmos a Luz, a encontraremos na Bíblia.

    É um erro dizer que a Bíblia não é nada mais do que um livro antigo de um passado de dois mil anos.

    A Bíblia é um livro de mistérios, um maravilhoso livro de tremendo poder, um código contínuo e vigente criado por grandes Iniciados e seus Discípulos por meio de milhares de anos de esforço. Pertence igualmente ao Passado, ao Presente e ao Futuro.

    Seus segredos foram cuidadosamente colocados no texto bíblico, espiral dentro de espiral, de tal modo que quanto mais espiritualizados nos tornamos, mais profundas significâncias esotéricas se revelarão para nós.

    Agora, uma coisa é certa: sem um conhecimento profundo da Filosofia Rosacruz não se consegue avançar nos Estudos Bíblicos Rosacruzes!

    Trecho do Texto do Capítulo 6

    Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes.

    Portanto, orai desta maneira: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso Nome, venha nós o vosso Reino, seja feita a vossa Vontade, assim na terra, como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

    Pois, se perdoardes aos homens os seus delitos, também o vosso Pai celeste vos perdoará; mas se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os vossos delitos.

    Esotericamente falando, como é composta a Oração do Senhor ou “O Pai-Nosso?

    Na Oração do Senhor ou “O Pai-Nosso” há sete orações, ou melhor, há três grupos de duas orações e uma súplica simples.

    Cada grupo faz referência às necessidades de um dos aspectos do Tríplice Espírito e sua contraparte no Tríplice Corpo. E, ainda, há uma súplica pela nossa Mente.

    Há correlações entre cada aspecto no nosso Tríplice Espírito com o nosso Tríplice Corpo. E tudo isso satisfaz todas as necessidades dos nossos sete princípios humanos!

    A primeira frase: “Pai Nosso que estais nos céus” é um endereçamento da oração, ou seja, estamos dirigindo essa oração para o nosso Deus-Pai.

    A Oração que nós fazemos para o nosso veículo espiritual: o Espírito Humano

    Ela se refere à primeira oração: “Santificado seja o Vosso nome

    Aqui o nosso veículo Espírito Humano (com o qual temos a capacidade de funcionar na Região Abstrata do Mundo do Pensamento) se eleva à sua contraparte divina, o Espírito Santo ou Jeová (cujo lugar onde Ele funciona cotidianamente, como o mais elevado Iniciado do Período Lunar é justamente a Região Abstrata do Mundo do Pensamento), onde expressamos que o Espírito Santo é sagrado e tudo que provém dele deve ser respeitado e utilizado de maneira santa e sagrada, por exemplo: a força sexual criadora.

    A Oração que nós fazemos para o nosso veículo espiritual: o Espírito de Vida

    Ela se refere à segunda oração: “Venha a nós o Vosso Reino”.

    Aqui o nosso veículo Espírito de Vida (com o qual temos a capacidade de funcionar no Mundo do Espírito de Vida) se eleva à sua contraparte divina, o  Filho ou Cristo (cujo lugar onde Ele funciona cotidianamente, como o mais elevado Iniciado do Período Solar é justamente o Mundo do Espírito de Vida), onde pedimos que venha a nós o Reino do Filho, quando Cristo voltará pela segunda vez, a Sabedoria que tanto buscando alcançaremos via Corpo-Alma, quando estaremos aptos a comer o fruto da Árvore da Vida e quando haverá uma Fraternidade Universal de indivíduos separados que terão vários interesses, mas que estarão prontos a dar e receber por amor, subordinando sempre as preferências individuais ao bem-comum.

    A Oração que nós fazemos para o nosso mais elevado veículo espiritual: o Espírito Divino

    Ela se refere à terceira oração: “Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu”.

    Aqui o nosso veículo Espírito Divino (com o qual temos a capacidade de funcionar no Mundo do Espírito Divino) se eleva à sua contraparte divina, o Pai (cujo lugar onde Ele funciona cotidianamente, como o mais elevado Iniciado do Período de Saturno é justamente o Mundo do Espírito Divino), onde pedimos sempre que seja feita a Vossa Vontade, pois é justamente esse elevado Iniciado que assumiu a atribuição da Vontade Divina quando se tornou o mais elevado Iniciado do Período de Saturno.

    A Oração que nós fazemos para o nosso veículo mais baixo em densidade: o Corpo Denso

    Ela se refere à quarta oração: “O pão nosso de cada dia nos dai hoje”.

    Aqui o nosso veículo Espírito Divino roga ao Pai pela sua contraparte inferior que é o nosso Corpo Denso, pedindo somente o que precisamos para viver aqui, quando mais uma vez renascido, a cada dia: o alimento para sustentar esse Corpo, nada mais do que isso.

    Afinal é uma verdade fácil de provar que a maioria das pessoas come demais. Quando o Corpo Denso é alimentado em excesso, nós, o Ego (um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui), podemos até achar que permanecemos forte, mas o Corpo Denso fica fraco.

    A quantidade de Éter Químico e de Éter de Vida é tão grande para manter a vitalidade do Corpo Denso que não há espaço para manter um Corpo Vital com a quantidade necessária de Éter Luminoso e nem Éter Refletor que são os componentes do nosso Corpo-Alma. Portanto, aprendamos a dar ao nosso Corpo Denso o “pão de cada dia” e nada a mais do que isso.

    A Oração que nós fazemos para o nosso veículo: o Corpo Vital

    Ela se refere à quinta oração: “Perdoai as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”.

    Aqui o nosso veículo Espírito de Vida roga ao Filho pela sua contraparte inferior que é o nosso Corpo Vital, pedindo para que as nossas dívidas (ofensas, rancores, ódios, invejas e tudo o mais que significa “lição não aprendida”) sejam perdoadas, justamente porque perdoamos aos irmãos e as irmãs que praticaram tais sentimentos, emoções e desejos inferiores com a gente.

    E esse perdão quer dizer justamente o apagar essas impressões no Átomo-semente do nosso Corpo Denso, que é um ato que fazemos quando praticamos o arrependimento e a reforma íntima.

    Note que esta parte do “Pai-Nosso” ensina a doutrina da Remissão (ou Perdão) dos Pecados na palavra “perdoai-nos”, como afirma a Lei de Consequência nas palavras “assim como nós perdoamos”, fazendo da nossa atitude para com os outros, a medida da nossa emancipação.

    Sabemos da fórmula mais eficaz para praticarmos o arrependimento sincero e de uma profundidade necessária e suficiente que leve o apagar essas impressões no Átomo-semente do nosso Corpo Denso: o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção.

    Junto, logicamente, com a reforma íntima buscando o perdão do irmão ou da irmã que assim prejudicamos ou na impossibilidade (e não pelo orgulho ou quaisquer outra justificativa baseada na astúcia atlante) utilizando dos Exercícios Esotéricos de Observação e Discernimento, de modo que da próxima vez que nos aparecer a tentação para repetir aqueles tipos de sentimentos, emoções e desejos inferiores com outrem, a gente não cair, sublimar e regenerar tais sentimentos, emoções e desejos inferiores pelos seus correlatos superiores.

    A Oração que nós fazemos para o nosso veículo: o Corpo de Desejos

    Ela se refere à sexta oração: “E não nos deixeis cair em tentação”.

    Aqui o nosso veículo Espírito Humano roga ao Espírito Santo pela sua contraparte inferior que é o nosso Corpo de Desejos, pedindo para que nos ajude a não cair nas tentações que nada mais são do que provas que temos para verificar, por nós mesmos, se aprendemos as lições que procrastinamos em vidas passadas nessa missão que temos de obedecer às Leis de Deus aqui renascidos nessa Região Química do Mundo Físico, o baluarte atual da nossa evolução.

    Pois compreendemos que passamos por tentações, porque estamos em contínuo treinamento, em ininterrupto aprendizado. Se enfrentamos essa tentação, que vem em forma de dificuldade, provação, de frente e com vontade, logo a resolveremos, logo descobrimos o seu mistério: a solução, pois um mistério depois de ser desvendado deixa de ser mistério. E a tentação deixa de ser tentação, pois “lição aprendida, ensino suspenso”.

    Pois sabemos que o nosso Corpo de Desejos é o repositório de nossas energias e o que incentiva nossas ações atualmente. Afinal, o desejo é predicado valioso, demasiado valioso, para ser sufocado ou destruído, posto que uma pessoa sem entusiasmo para nada serve.

    Afinal, somente quando aprendemos a controlar a nossa natureza de desejos podemos então prosseguir em harmonia com as Leis de Deus quando aqui renascidos.

    A Súplica que nós fazemos para o nosso veículo: a Mente

    Ela se refere a única súplica que temos nessa oração: “mas livrai-nos do mal”.

    Aqui, nós, por meio do nosso Tríplice Espírito, suplicamos à Trindade Divina um pedido pela Mente.

    Pois sabemos que a força capaz de dirigir a energia da nossa natureza de desejos encontra-se na Mente. Já que mal chega ao nosso conhecimento só através da Mente que discerne, ou seja, que nos capacita a distinguir diversas alternativas de ação e optar por uma entre tantas. Se escolhemos agir em harmonia com o bem universal, cultivamos a virtude; se escolhemos o contrário, praticamos o “mal”, nos corrompemos e pecamos.

    É sempre assim o seguir pelo caminho reto ou o desviar-se para trilha sinuosa fica sempre na dependência da supremacia de nossa Mente sobre os nossos desejos.

    Se a Mente é bastante forte para “nos livrar do mal”, nos tornaremos virtuosos de modo positivo e mesmo se cedermos à tentação por algum tempo, antes de perceber nosso erro, adquiriremos virtude tão logo nos arrependamos e nos reformemos, como explicamos anteriormente. Aí, é só aí, seremos virtuosos, ou seja, cheio de virtudes.

    Por que o que pedimos para a Mente é uma súplica e não uma oração?

    Vejamos: o Espírito Divino (despertado pelos Senhores da Chama) e o Corpo Denso (cujo Átomo-semente foi nos dado também pelos Senhores da Chama) iniciaram as suas respectivas evoluções no Período de Saturno, estando por isso sob os cuidados do Pai.

    O Espírito de Vida (despertado pelos Querubins) e o Corpo Vital (cujo Átomo-semente foi nos dado também pelos Senhores da Sabedoria) iniciaram as suas respectivas evoluções no Período Solar, ficando consequentemente a cargo do Filho, em particular.

    O Espírito Humano (despertado pelos Serafins) e o Corpo de Desejos (cujo Átomo-semente foi nos dado também pelos Senhores da Individualidade) iniciaram as suas respectivas evoluções no Período Lunar; portanto, ficaram especialmente sob os cuidados do Espírito Santo.

    A Mente (cujo Átomo-semente foi nos dado também pelos Senhores da Mente) foi acrescentada no Período Terrestre e não ficou a cargo de nenhuma Hierarquia Criadora, mas apenas sob o nosso governo, sem qualquer outra ajuda de fora!

    O motivo pela qual a Oração do Senhor é a oração mais completa e a única perfeita que precisamos

    Aprendemos na Filosofia Rosacruz que a Oração abre um canal pelo qual a Vida e a Luz Divinas podem fluir sobre nós. A fé na oração é a nossa força para trabalhar com as “coisas que ainda não vemos com os olhos físicos”. Sem a fé não podemos orar de maneira a conseguir iluminação espiritual segura. Se oramos por objetivos mundanos, para fins que contrariam as Leis de Deus e do bem Universal, nossas orações serão inúteis, pois estamos contrariando o ensinamento do Cristo; “buscai o Reino de Deus e sua justiça e o resto vos será dado por acréscimo”. A oração egoísta (que são todas aquelas que fazemos com objetivos mundanos, ou de posse – seja uma coisa ou uma pessoa –, fama ou fortuna materiais) representa uma barreira aos propósitos divinos, devendo, portanto, ficar sem resposta.

    A Oração do Senhor satisfaz as várias partes constitutivas de cada um de nós e indica as necessidades de cada uma dessas partes, mostrando a maravilhosa sabedoria contida em fórmula tão simples.

    Muitos outros pontos de significância Esotérica para os Estudos Bíblicos Rosacruzes existem nesse Capítulo, mas como se repetirá ao longo desse Evangelho e dos outros que estudaremos, a fim de não ficar extenso – e, também, porque em outras partes do Novo Testamento alguns desses eventos é mais detalhado – vamos tratá-los nesses momentos mais oportunos.

    Você pode complementar esse Estudo assistindo o vídeo no nosso canal do YouTube (Canal de Vídeos da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil) da nossa Reunião de Estudos Bíblicos, onde há mais informações e ótimas perguntas para se aprofundar nesses assuntos. Eis o link: Estudos Bíblicos Rosacruzes: Significância Esotérica de alguns pontos – Evangelho Segundo S. Mateus: Capítulo 6 – versículo de 7 a 15.

    PorFraternidade Rosacruz de Campinas

    Pergunta: Quais são os Aspectos Ocultos do Transplante de Coração?

    RESPOSTA: Antes de tudo vamos considerar o assunto em relação ao que se costuma chamar de “morte”. Quando chega o momento determinante do fim de mais uma existência física, nós – o Ego, um Espírito Virginal da Onda de Vida humana, manifestado aqui – nos retiramos pela nossa cabeça, levando conosco a nossa Mente e o nosso Corpo de Desejos. É semelhante ao que costumamos fazer todas as noites, durante o nosso sono. Como o Corpo Vital já cumpriu também sua finalidade se retira juntamente. Rompe-se, então, o Cordão Prateado que ligava os veículos superiores ao veículo físico, o Corpo Denso.

    Após esse fato surge, para nós, um momento de extrema importância: uma grande parte do valor da nossa vida passada depende da nossa atenção.

    Quando nos libertamos do nosso Corpo Denso, que era o mais considerável empecilho ao nosso poder espiritual (como, por exemplo, são as luvas grossas nas mãos do músico que tenta tocar um violino), esse poder espiritual volta para nós, até certo ponto. Com isso podemos ler as imagens contidas no polo negativo do Éter Refletor do nosso Corpo Vital, que é o assento da Memória subconsciente.

    Toda a nossa vida terrestre passada, recém-finda, desfila nesse momento ante nossa visão como um panorama – um Panorama de Vida, só que com todos os detalhes –, apresentando os acontecimentos em ordem inversa. Os incidentes do dia que precedeu a morte vêm em primeiro lugar, e assim seguem para trás através de todas as fases que passamos, por exemplo: terceira idade, adulto, adolescência e infância. Tudo é revisto.

    Permanecemos como um espectador ante esse Panorama de Vida passada. Vemos as cenas conforme se sucedem e que se vão imprimindo nos nossos veículos superiores, mas nesse momento ficamos impassível ante elas. O sentimento está reservado para quando chegar a hora de entrarmos no Mundo do Desejo, que é o Mundo do sentimento, desejo e da emoção. Por enquanto nos encontramos apenas na Região Etérica do Mundo Físico. Este Panorama de Vida perdura de algumas horas até vários dias, dependendo isso do tempo que possamos nos manter despertos, se necessário. Algumas pessoas podem se manter assim somente doze horas, ou menos ainda; outras podem se manter, segundo a ocasião, por certo número de dias. Mas enquanto pudermos nos manter desperto esse Panorama de Vida recém-finda aqui.  E desde que as experiências purgatoriais, a assimilação das experiências e o crescimento da consciência dependem da nitidez destas cenas impressas nos veículos superiores, é muito importante que quando morremos não sejamos perturbados durante esse período da gravação desse Panorama de Vida (o máximo tempo que devemos aguardar é até três dias e meio após a determinação da morte aqui). Autópsias, choros e lamentações em torno do Corpo Denso, remoções, movimentações e quaisquer outros procedimentos que mexam com o Corpo Denso são fatores que se devem evitar.

    Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que a Ciência material reconhece que o poder que o faz funcionar está dentro do próprio. O Cientista Ocultista vê um espaço no ventrículo esquerdo do coração, próximo ao ápice que corresponde à ponta do coração, formado principalmente pela porção inferior do ventrículo esquerdo. É na posição referencial do ápice que está um pequeno átomo, chamado Átomo-semente do Corpo Denso. A forçaque existe nesse átomo, bem como em todos os outros átomos do nosso Corpo, nada mais é do que Vida indiferenciada de Deus. Sem esta força o mineral não poderia se materializar em cristal, por exemplo. Igualmente o vegetal, o animal e nós mesmos, seres humanos, estariam impossibilitados, sem Vida indiferenciada de Deus, de formarem o próprio Corpo.

    A força existente nesse Átomo-semente do Corpo Denso é que movimenta o coração, proporcionando vida ao nosso organismo. Todos os demais átomos do Corpo vibram no tom desse átomo especial. As forças Átomo-semente do Corpo Denso estão imanentes em todo Corpo Denso possuído por nós, que é por meio dele que agimos. Nesse Átomo-semente do Corpo Denso, que poderíamos chamar “O Livro de Deus”, se imprimem todas as nossas (Egos) experiências, até as mais delicadas, mínimas e até as que poderíamos considerar “pequenas demais” da vida recém-finda. Nele, também, se encontra o arquivo de todas as experiências de todas as nossas vidas passadas.

    Se quisermos seguir o caminho que compõe o Cordão Prateado, podemos começar pelo meio do seio frontal (meio da testa), passando pela raiz do nariz, descendo ao grande vórtice do fígado, passando pelo plexo celíaco e terminando no ápice do coração, onde está o Átomo-semente do Corpo Denso, e isso nos (nós, o Ego) liga ao nosso Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos e a nossa Mente. Quando mais uma vida material está chegando naturalmente ao fim, as forças do Átomo-semente do Corpo Denso se desligam, saindo do Corpo Denso através do nervo pneumogástrico, através das comissuras dos ossos parietais e occipital do crânio. Percorrem o trajeto do Cordão Prateado e acompanham os veículos superiores que nos acompanham Esta ruptura no coração determina a morte física, porém, a conexão do Cordão Prateado (entre o segmento que sai do ápice do coração e o segmento que sai do Plexo Celíaco, cuja união tem a forma de dois números “seis” invertidos), em alguns casos, só se desfaz depois de vários dias.

    Sendo o Corpo Vital o nosso veículo da percepção sensorial, ele permanece com o nosso Corpo de Desejos e o Cordão Prateado, quando se libertam do Corpo Denso. Evidentemente, até que o Cordão Prateado se desconecte, no ponto mencionado acima, continuará gravando as sensações experimentadas por nós, o Ego, enquanto o nosso Corpo Denso, recém-morto, não for perturbado. Em consequência, toda cautela é pouca para não causar sofrimentos e nos incomodar nesse momento importantíssimo da nossa Evolução. Por isso é que, do mesmo modo que há uma Ciência para o Nascimento físico aqui, deve ter uma Ciência para a Morte aqui!

    No caso de transplantes de um coração, como a cirurgia é realizada logo após a morte do doador, haverá interferência no processo do Panorama de Vida e sua gravação, pois também este se inicia imediatamente após amorte do Corpo Denso, ou seja, logo depois da ruptura do Cordão Prateado que estava ligado ao coração, no Átomo-semente do Corpo Denso. Contudo, embora imperfeitamente, devido aos incômodos ocasionados pela intervenção cirúrgica, cremos seja possível continuar o processo panorâmico do doador.

    Mas, que sucederá ao Átomo-semente do Corpo Denso do receptor nesse meio tempo? Permanece inerte na contraparte etérica que ali continua, apesar de haver saído do coração físico. O Cordão Prateado dessa pessoa continua em seu lugar e ligado, mesmo que o coração físico tenha sido removido, pois se fosse rompido, o indivíduo não poderia viver. Em face de tal situação, surge a pergunta: teriam os Anjos e seus auxiliares transferido o Átomo-semente do Corpo Denso do receptor para o ápice do coração do doador? Não há dúvida que isto pode acontecer. Se o receptor vive, quer nos parecer que isto acontece. O destino deste último é uma provável relação em vidas passadas com o doador, poderá constituir elemento importante para o sucesso do transplante. Então, será também este o caso do Arquétipo, que supomos ficar sensibilizado por algum tempo com a ocorrência. É um fator a ser considerado.

    Há outro ponto a ser lembrado no caso de transplante de órgãos humanos: cada átomo de um Corpo pertence peculiarmente ao Ego que nele habita. A condição de um Corpo com seus nervos, órgãos, tecidos, etc., reflete a modo como o Ego viveu anteriormente aqui na Terra. A recordação fiel de todas as suas experiências está registrada no Átomo-semente do Corpo Denso e esse, em cada renascimento, atrai matéria para onovo Corpo segundo as qualidades pessoais inatas. Se tiver violado as Leis de Deus, os resultados estarão presentes na estrutura de seus veículos.

    Assim, as doenças são atraídas pelo próprio Ego, enraizando-se como uma manifestação de ignorância e desobediência às Leis Divinas, podendo ser erradicadas permanentemente com uma transformação interna moral. O transplante de um órgão saudável para substituir o órgão enfermo pode ser efetuado e em alguns casos poderá prolongar a vida do receptor. Contudo, acreditamos que seja um Arquétipo de matéria mental o que determina a extensão da vida, pois não outro jeito, porque a Lei de Causa e Efeito é o árbitro da maneira como a vida transcorre aqui. É fornecido a nós sempre escolher certas oportunidades de crescimento espiritual em vários momentos da nossa vida terrena. Se tais oportunidades forem aproveitadas a vida continuará pautada em reta conduta. Mas se forem negligenciadas, mergulharemos num beco sem saída, onde a vida é terminada pelas Hierarquias Criadoras com a destruição do Arquétipo.

    Assim, podemos dizer que a extensão de uma vida na Terra é determinada antes do nosso, mais um, renascimento. Mas poderá ser reduzida (se negligenciarmos as oportunidades de avanço) ou excepcionalmente prolongada (quando, ao contrário, vivermos retamente e nos esforcemos em bem aproveitar todas as experiências).

    (Publicada na Revista Rays from the Rose Cross de maio/1918 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

    PorFraternidade Rosacruz de Campinas

    Pergunta: Se, como você diz, o Corpo de Jesus foi dispersado aos quatro ventos depois do sepultamento, então como pôde Tomé tocar em Jesus após a morte? Pois Ele disse: “Vede minhas mãos e meus pés: sou eu! Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho.” (Lc 24:39). Mais adiante, é dito que Ele comeu peixe e mel. É possível a um Espírito, sem um Corpo Denso, comer, beber e ser tocado?

    Resposta: Essa pergunta é uma daquelas que ocorrem com muita frequência. Já foi respondida anteriormente, mas como tantas pessoas a repetem sempre, parece que é melhor elucidá-la novamente. Como o autor nunca se refere a números anteriores, ele abordará essa questão de um ângulo diferente a cada vez, o que pode fornecer novos aspectos e peculiaridade até mesmo para aqueles que já obtiveram uma resposta antes e, portanto, acrescentará a todos algum benefício.

    Nossas últimas investigações mais recentes indicam que quando um ser humano espiritualiza os seus veículos, a constituição do Corpo Vital, composto de Éter, muda bastante, do ponto de vista material. No ser humano comum, há sempre uma preponderância dos dois Éteres inferiores – o Éter Químico e Éter de Vida – que se relacionam com o desenvolvimento e a reprodução do Corpo Denso, e uma quantidade mínima dos Éteres Superiores – o Éter Luminoso e Éter Refletor – que se relacionam com a percepção sensorial e as qualidades espirituais mais elevadas. Após a morte, o Corpo Denso do ser humano comum é sepultado e o Corpo Vital paira no a uns sessenta centímetros acima do túmulo, desintegrando-se gradualmente. O Corpo Denso se desintegra simultaneamente. No entanto, quando dizemos que ele se decompõe, o que realmente queremos dizer é que ele se torna muito mais vivo do que quando o ser humano o habitava, pois, cada pequena molécula agora é controlada por uma vida separada e individual. Ela começa a se associar com as suas vizinhas; a unidade de uma vida individual é substituída por uma comunidade de muitas vidas. Por isso, dizemos que tais cadáveres em decomposição como se estivessem cheios de vermes. Quanto mais denso e cristalizado for esse veículo, maior será o tempo para se desintegrar, pois o Corpo Vital, pairando acima do túmulo, possui um forte magnetismo que mantém as moléculas densas sob controle. Os dois Éteres superiores vibram a uma frequência (ou taxa vibratória) muito mais rápida que os Éteres inferiores, e quando um ser humano, por meio de pensamentos espirituais, acumula em volta de si grande quantidade desses Éteres superiores, que então compõe o seu Corpo Vital, as vibrações do Corpo Denso também se tornam mais intensas. Consequentemente, quando esse ser humano abandona o seu Corpo Denso na hora da morte, há muito pouco ou quase nada do Corpo Vital para manter os componentes do Corpo Denso sob controle. A desintegração é, portanto, muito rápida. Isto não podemos provar facilmente, pois há pouquíssimas pessoas suficientemente espiritualizadas para tornar a diferença perceptível, mas você se lembrará de que na Bíblia se diz que certos personagens que foram transladados. Também, que o Corpo de Moisés vibrava tanto que resplandecia, e que seu Corpo nunca foi encontrado e outros casos afins.

    Esses eram casos em que o Corpo retornou rapidamente aos Elementos, e quando o Corpo de Cristo foi colocado na sepultura, a desintegração desse Corpo ocorreu quase instantaneamente.

    Entretanto, enquanto o Arquétipo do Corpo Denso persiste, ele se empenha em atrair para si matéria física, as quais molda de acordo com a forma do Corpo Vital. Por esse motivo, é difícil para o Auxiliar Invisível, que sai do seu Corpo, deixar de se materializar. A partir do momento em que diminui sua vontade de se conservar livre de todos os empecilhos físicos, materiais da atmosfera circundante aderem a ele, tal como limalhas de ferro são atraídas por um imã, e ele se torna tão visível e tangível quanto o desejar. Assim, o Auxiliar Invisível é capaz de realizar um trabalho físico efetivo onde quer que seja necessário, mesmo que se encontre a milhares de quilômetros distante de seu Corpo. Por outro lado, o que realmente causa a morte é o colapso do Arquétipo do Corpo Denso. Portanto, os Espíritos que deixam essa vida terrena são incapazes de se materializar, a menos que o façam através de um Clarividente involuntário (como, por exemplo, um médium), de onde extraem o Corpo Vital vivo desse com o qual se revestirão e, assim, atraem substâncias físicas necessárias para se tornarem visíveis aos presentes.

    Há uma terceira classe, a saber, os Auxiliares Invisíveis Iniciados que já partiram dessa mais uma vida terrestre. Eles aprendem a atrair ou repelir a matéria física por meio da vontade deles, como já foi mencionado anteriormente e, portanto, são capazes de se materializar, apesar do Arquétipo do Corpo já ter entrado em colapso.

    O Cristo, naturalmente, liderava essa classe e, consequentemente, era capaz de atravessar uma parede em Seu Corpo Vital, pois, da mesma forma que o Éter interpenetra cada molécula física, também o Corpo Vital, composto de Éter, pode atravessar obstáculos físicos. Uma vez dentro do recinto com Seus Discípulos, Ele atraiu para Si, pelo poder da vontade, matéria física suficiente para Se revestir em um Corpo Denso. Por essa razão, foi possível a Seus Discípulos tocá-Lo e apalpá-Lo, como consta nos Evangelhos.

    Quanto à ingestão de peixe e mel, há nisso um significado místico que será explicado mais tarde, quando tratarmos de Raios Astrais. Você notará que o “peixe” tem um lugar de destaque em todos os Evangelhos. Os Discípulos eram pescadores e efetuavam pescas milagrosas. Há várias parábolas a esse respeito, onde as pessoas foram alimentadas com pães e peixes. A história de Jonas e da baleia e tantas outras narrações semelhantes têm um significado esotérico e astrológico que será apresentado nos artigos referentes ao assunto, portanto, não entraremos nessa parte da questão nesse momento. Responderemos apenas à última parte da pergunta: “É possível a um Espírito, sem um Corpo Denso, comer, beber e ser tocado?”. Nas Regiões inferiores do Mundo do Desejo, que interpenetram a Região Etérica do Mundo Físico, há classes de Espíritos dos quais muito se fala na literatura espiritualista. Eles vivem em casas, comem e bebem. Eles têm, de fato, um modo de vida semelhante ao nosso, e continuam a viver, até certo ponto, como quando estavam entre nós no Mundo visível. Também é possível para um Espírito materializado ou para um Iniciado, que se materializa, comer e beber, mas, nesse caso, seria necessário dispor dos materiais introduzidos ao Corpo por um método diferente do processo comum de assimilação.

    (Pergunta número 105 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)

    (*) Pintura: São Tomé-Thomas- c. 1601-1602 Michelangelo Merisi, Caravaggio

    PorFraternidade Rosacruz de Campinas

    A Formação das Almas: você está focando na formação das suas?

    Dentro da Filosofia Rosacruz, Alma é definida como o extrato espiritualizado ou a quintessência de cada um dos nossos três Corpos de Desejos, Vital e Denso.

    Estes três Corpos são projeções materiais, alguns os chamam de reflexos, outros de sombras dos nossos três poderes essenciais na qualidade de Espírito (Tríplice Espírito).

    Assim podemos dizer que faz parte do Plano Divino tornar a matéria física, a matéria etérica e a matéria de desejos espiritualizada. Portanto, esses estados de matéria devem ser espiritualizados. Esse trabalho gera a Tríplice Alma, correspondentes a cada veículo, a saber: Alma Consciente resultante da espiritualização do Corpo Denso; Alma Intelectual constituindo-se no extrato espiritualizado do Corpo Vital; Alma Emocional como sendo a quinta essência do Corpo de Desejos.

    Nós, como um Espírito emanado de Deus, possuímos também as três qualidades inerentes: ao Poder Divino, expresso como Espírito Divino; o Amor-Sabedoria, que se manifesta como Espírito de Vida; o Movimento ou Atividade, manifestando-se como Espírito Humano.

    Essa herança Divina de Deus para com seus filhos se manifesta de acordo com o grau de nossa consciência espiritual, de onde concluímos que no atual estado evolutivo da nossa Onda de Vida, a humana, essa manifestação se opera de uma maneira ainda imperfeita. Torna-se necessário um esforço no sentido de dinamizar e ativar tais poderes para que a nossa real natureza se manifeste em toda sua plenitude. A vida é um “vir a ser” constante, nos levando a realizar esse objetivo. Os preceitos Cristãos, como são apresentados pela Fraternidade Rosacruz, constitui meios seguros para se conseguir isso. Esse alvo deve ser atingido por etapas, etapas estas que determinam estados de consciência.

    Por meio das nossas inúmeras existências estamos desenvolvendo e passando por estados sucessivos de consciência, desde a mais completa inconsciência à plena consciência de vigília.

    Esses estados de consciência foram desenvolvidos através de diversas etapas. Assim é que no Período de Saturno o estado de consciência predominante era o de transe profundo; no Período Solar, sono sem sonhos; no Período Lunar, sono com sonhos. Na metade Marciana do Período Terrestre houve uma recapitulação dos Períodos anteriores, sendo que na Época Atlante houve a aquisição da Mente instintiva e na presente Época Ária surgiu o estado de consciência apoiado na razão e no pensamento. Não podemos pensar em formação de Almas sem considerarmos as faculdades de raciocinar e de pensar, as quais bem desenvolvidas equivalem a um processo iluminador, ou ainda, a ter mais consciência de vigília.

    A presente etapa nos habilitará a alcançar a luminosidade e transparência da Sexta Época – a Nova Galileia. A nossa consciência deverá se sincronizar com esse processo de iluminação, de aparecimento gradual da transparência, processo iniciado no Período de Saturno, devendo atingir o seu ponto alto na Sexta Época.

    Dentro do aspecto que nos caracterizará Época Nova Galileia devemos ressaltar o fato de que a vigília tenderá a se prolongar, o que implicará numa redução das horas de repouso e consequente aumento de atividade. Então chegaremos ao ponto essencial no cumprimento da finalidade da existência humana: a Atividade. Dessa forma nos sincronizaremos com Deus, que é sempre ativo.

    Como não podemos fugir a essa conjuntura, nos tornaremos consciente de nossa filiação Divina, nos tornando luminosos, porque “Deus é Luz”. É óbvio que para alcançar esta fase gloriosa, necessitaremos de meios apropriados; auxílio este que em última análise é representado pelo Cristianismo Esotérico. Começamos a praticá-lo de modo imperfeito, restringindo o seu alcance e limitando, a princípio, a universalidade própria dos princípios outorgados pelo Grande Arcanjo, Cristo, aos nossos próprios interesses. Gradualmente, porém, a amplidão dos conceitos Cristãos vai se alargando na nossa consciência, e isto se evidencia mais ainda no Estudante Rosacruz ativo, que de início procura tornar a sua própria vida num serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focando na divina essência oculta em cada um de nós, para com os irmãos e as irmãs no seu entorno.

    Desde os primeiros Períodos sempre houve um propósito: o alargamento da consciência. Esta expansão é uma constante. Todo processo de ampliação da nossa consciência depende de um veículo de expressão. A consciência de vigília, nossa característica na Época Ária, não seria possível ou não teria nenhuma utilidade se não existisse o Corpo Denso.

    E na Sexta Época como será expressa a nossa consciência? A Filosofia Rosacruz nos ensina que se expressará em uma forma mais elevada do que aquela que expressamos no Período Solar – consciência de sono com sonhos – mas, conscientemente, isto é, nossa visão será interna e externa, simultaneamente.

    E como cada estado de consciência pressupõe o uso de um novo veículo, a Filosofia Rosacruz nos ensina que para a Sexta Época necessitaremos de um novo veículo, o Corpo-Alma, o Vestido Dourado de Bodas, formado pelos dois Éteres Superiores do Corpo Vital (Éter Luminoso e Refletor). Este Corpo luminoso está se formando pela ação Crística do amor, isto é, justa e somente pelo serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focando na divina essência oculta em cada um de nós, para com os irmãos e as irmãs no seu entorno. S. Paulo designou essa forma de serviço quando afirmou: “Não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20). A perfeita luminosidade vivia nele!

    A fórmula número um está expressa por: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15:12), representando uma forma de vivência que elabora o Corpo-Alma. Portanto, o amor será uma atividade peculiar à Sexta Época.

    (Publicada na Revista Serviço Rosacruz de junho/1967 – Fraternidade Rosacruz-SP)

    PorFraternidade Rosacruz de Campinas

    Pergunta: Durante o período de tratamento de um paciente, é possível destruir as vibrações da doença ou enfermidade de modo que, uma vez removidas, elas não voltem após o término do tratamento?

    Resposta: Supomos que esta pergunta se refere ao tratamento magnético[1] para doenças e enfermidades, e podemos dizer que esse método de cura consiste inteiramente em remover vibrações de doenças e enfermidades por absorção dessas no corpo do (a) curador (a), que deve ter vitalidade suficiente para se livrar delas ou ele, também, ficará doente. Isso já foi explicada anteriormente em nossa literatura, mas, se for analisada sob outro ângulo, poderá se tornar interessante ou instrutiva.

    Quando alguém observa com a visão espiritual uma pessoa doente ou enferma, o Corpo Vital do paciente parecerá franzino, magro ao extremo e pálido em proporção dos estragos causados pela doença ou enfermidade. Não há linhas radiantes do Corpo Vital saindo dele como quando seu Corpo Denso está são, mas há uma emanação doentia em forma de redemoinhos e curvas suspensos junto ao Corpo Denso. Ao invés dessas linhas serem de uma cor roxa-rosada, geralmente são de uma cor cinza-opaco na maioria das partes, e o lugar particularmente atingido pela doença ou enfermidade está envolvida em algo parecido a uma massa gelatinosa de cor preta. Isso é que poderíamos chamar de vibrações da doença ou enfermidade, e quando a pessoa recebe um tratamento de cura magnética, é essa massa preta gelatinosa e venenosa que é absorvida pelas mãos do (a) curador (a). Quando o (a) curador (a) a joga fora, por exemplo por um movimento vigoroso dos braços, ela cai no chão e afunda. Então, se o paciente se aproximar do local onde essa massa está caída, ele a reabsorverá. Portanto, o autor costuma sempre lançar essas emanações pela janela ou numa lareira, onde elas possam ser queimadas. Assim, elas não podem causar mais danos.

    Mas, já que estamos abordando esse assunto, talvez seja útil abordar outro aspecto dessa questão, assim como o método de cura. Enquanto uma parte do Corpo Denso está doente, ele gera aquela substância venenosa que pairando sobre essa parte e impede que as correntes do Corpo Vital fluam através dela. O que o (a) curador (a) magnético faz é simplesmente limpar essa parte do Corpo Denso, temporariamente e, assim ele (ela) abre caminho para o influxo das correntes vitalizadoras e promotoras da saúde. O alívio, geralmente, é temporário, pois a parte fraca e doente ou enferma continua a produzir esses miasmas, como o chamamos, de que modo que em breve o (a) curador (a) magnético terá que agir novamente. Isso continua até que as correntes vitais do próprio paciente, finalmente, se tornem suficientemente fortes para elas próprias dominarem e expulsarem essa substância venenosa, limpando assim a parte doente ou enferma do Corpo Denso.  Então, a saúde é restabelecida.

    O osteopata enfoca o assunto por um ângulo oposto, manipulando os nervos, que são as avenidas para as correntes vitais. Isso fortalece essas correntes que começam a dispersar o miasma que está na parte afetada do Corpo Denso. No entanto, geralmente, são necessários uma série de tratamentos para que a saúde se restabeleça, porque o miasma venenoso bloqueia novamente os nervos, logo após o osteopata cessar as suas manipulações. Portanto, parece ao autor, embora ele nunca tenha tentado isto, que uma combinação dos dois métodos – a abertura das correntes nervosas fortalecendo-as por meio dos tratamentos osteopáticos e, ao mesmo tempo, a remoção do miasma venenoso pela cura magnética, tendo o cuidado de queimá-lo ou descartas os eflúvios miasmáticos – facilitaria maravilhosamente o tratamento da doença ou da enfermidade.

    (Pergunta número 43 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. II – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


    [1] N.R.: vamos revisar o que a cura magnética segundo os Ensinamentos Rosacruzes: estudando o magnetismo devemos ter presente que tratamos de uma energia invisível, e o melhor que podemos fazer é explicar a forma em que se manifesta no Mundo Físico, como fazemos quanto tratamos de qualquer outra força. O Mundo Físico é o Mundo dos efeitos; as causas permanecem ocultas a nossos olhos embora estejam mais próximas de nós do que nossos pés e nossas mãos. A força encontra-se ao nosso redor, sempre invisível, somente perceptível pelos efeitos que produz.

    Por exemplo, se tomamos um prato cheio de água e a deixamos congelar podemos ver miríades de cristais de gelo, formosas figuras geométricas. Estas figuras mostram as linhas de força ao longo das quais se congelou a água. Estas linhas estavam presentes antes que a água se congelasse, mas permaneciam invisíveis até que se produzissem as condições necessárias para sua manifestação.

    Da mesma maneira existem linhas de força que se produzem entre dois polos de um ímã. Não são vistas nem sentida, até colocarmos limalha de ferro próximo a elas: a limalha formará então determinada figura geométrica. Estabelecendo as condições necessárias podemos fazer com que as linhas de força da Natureza mostrem seus efeitos movendo nossas carruagens, levando nossas mensagens a milhares de quilômetros de distância, etc., mas a força em si, está sempre invisível. Sabemos que a força magnética passa em ângulo reto com a corrente elétrica que lhe dá origem; conhecemos a diferença entre as manifestações das correntes elétricas e das magnéticas, que dependem uma da outra, mas jamais vimos nenhuma delas, embora ambas sejam os servos mais valiosos que possuímos atualmente.

    O magnetismo pode ser dividido em magnetismo mineral e magnetismo animal, embora, na realidade, seja um só. Mas o primeiro tem muito pouca influência sobre os tecidos animais e o segundo é, geralmente, impotente quando age sobre os minerais.

    O magnetismo mineral deriva diretamente da pedra ímã que se emprega para magnetizar o ferro. Este processo dá ao metal, assim tratado, a propriedade de atrair o ferro. Esta espécie de ímã é muito pouco empregada porque seu magnetismo se dissipa gradualmente e, além disso, é muito fraco em relação ao volume, principalmente porque a força magnética não pode ser controlada como nos chamados “ímãs permanentes”.

    O “eletroímã” é também um ímã “mineral”. Consiste simplesmente em uma peça de ferro envolvida por inúmeras voltas de arame. A força deste ímã varia em proporção ao número de voltas do dito arame e a intensidade da corrente elétrica que passa por ele.

    A eletricidade está em toda parte ao nosso redor em estado difuso, não se podendo utilizar com fins industriais até que tenha sido comprimida e forçada a passar pelos cabos elétricos mediante poderosos eletroímãs. Para termos eletricidade é indispensável, em primeiro lugar ter magnetismo. Antes de pôr-se em marcha um gerador elétrico, seus “campos”, que não são mais do que eletroímãs, têm que ser magnetizados. Se assim não for, é inútil girá-lo o tempo que se quiser pois jamais gerará corrente nem para acender uma lâmpada nem para levantar um grão de areia. Tudo depende de que exista primeiramente o magnetismo. Depois que o magnetismo tenha estabelecido, sempre deixa um resíduo quando se para o gerador. Esse resíduo é chamado de “magnetismo residual” e serve de núcleo de força inicial para reativar o magnetismo toda vez que se põe novamente em marcha o gerador.

    Todos os Corpos Densos do Reino humano, Reino animal e do Reino vegetal são apenas minerais transformados. Todos procedem inicialmente do Reino mineral, em primeiro plano e a análise química dos Corpos das plantas, dos animais e do ser humano demonstra esse fato além de qualquer dúvida. Demais, sabemos que as plantas obtêm seu sustento do solo mineral e tanto o ser humano como o animal comem minerais ao ingerirem as plantas como alimento. Mesmo quando o ser humano, como os animais, está absorvendo minerais compostos, obtendo assim do alimento tanto as substâncias minerais como a força magnética que contêm.

    Vemos esta força manifestando-se no sangue como “hemoglobina”, ou seja, a substância vermelha corante do sangue que atrai o oxigênio dador da vida, quando se põe em contato com ele nos milhões de diminutos vasos capilares dos pulmões, levando-o consigo por todo o Corpo, através desses vasos capilares que unem as artérias e veias. Por que é assim?

    Para podermos compreender isso temos que nos familiarizar um pouco mais com a forma pela qual o magnetismo se manifesta no uso industrial.

    Sempre há dois campos magnéticos ou um múltiplo de dois no gerador ou motor, sendo cada “campo” alternado: um “polo norte” e outro “polo sul”. Se queremos ligar dois ou mais geradores em “múltiplo” e forçar a eletricidade gerada no mesmo cabo condutor, o primeiro requisito é que as correntes magnéticas nos respectivos campos magnéticos corram na mesma direção.

    Não sendo assim, eles não correndo juntos, gerariam correntes indo em direções opostas e queimariam os fusíveis, que servem de proteção. Isso ocorreria porque os polos de um gerador, que deveriam atrair, se repelem e vice-versa. A solução consiste em trocar os terminais dos cabos que magnetizam o campo. A corrente magnética de um gerador se tornará idêntica à do outro e eles correrão suavemente juntos.

    As mesmas condições regem a cura magnética. Ao nascer as forças dos Astros impregnaram cada um de nós com certa intensidade vibratória ou polaridade magnética que constitui o nosso “batismo astral” ao inalarmos nosso primeiro alento. Esta característica vibratória vai-se modificando durante nossa peregrinação pela vida, mas o impulso inicial permanece impassivelmente o mesmo e, portanto, o horóscopo natal é o que retêm o maior poder vital na existência para determinar nossas simpatias e antipatias, assim como todas as demais coisas. Na realidade, seu pronunciamento é muito mais seguro do que nossos gostos e desgostos conscientes.

    Algumas vezes encontramos pessoas das quais aprendemos a gostar mesmo que nos deem a sensação de exercerem uma influência prejudicial sobre nós que não podemos explicar e que, portanto, procuremos nos afastar delas. Uma comparação do seu horóscopo com o nosso revelará logo a razão e se somos bastante sábios para escutar sua advertência, logo a seguiremos pois do contrário, tão certo como os Astros girarem em torno do Sol, viveremos para lamentar nossa negligência em não obedecer ao que “está escrito”.

    Todavia, existem também muitos casos em que não sentimos antipatia nenhuma por certas pessoas, embora o horóscopo a revele e se examinarmos os Signos comparando ambos os horóscopos, podemos nos sentir inclinados a confiar em nossos sentimentos mais do que nos prognósticos dos Astros dos horóscopos. Mas isso também nos trará atribulações, porque a polaridade astral se manifestará a seu tempo, a menos que ambas as partes sejam suficientemente evoluídas para dominar seus Astros, pelo menos até certo ponto. São poucas as pessoas que se encontram nessas condições. Se utilizarmos nossos conhecimentos astrológicos para comparar os horóscopos, pelo menos das pessoas que se ponham em contato com nossas vidas, poderemos evitar a nós e a elas muitos desgostos. Isto é particularmente aconselhável acerca do profissional de saúde e dos seus pacientes e, sobretudo, a respeito da pessoa com quem se pretende contrair matrimônio.

    Quando alguém está enfermo ou doente a resistência orgânica está no mais baixo nível e, por esse motivo, não está em condições de resistir às influências externas. Daí terem as vibrações do (a) curador (a) um efeito irresistível e embora esteja animado dos propósitos mais altruístas, desejando verdadeiramente influir em benefício do paciente, se os Astros lhe são adversos no momento do nascimento, seu magnetismo pode ter um efeito prejudicial sobre o paciente. Por este motivo é necessário que todo (a) curador (a) tenha um bom conhecimento de Astrologia e da Lei de Compatibilidade, pertença aos que curam por magnetismo ou à escola de profissionais de saúde, porque estes últimos também infundem suas vibrações magnéticas na aura do paciente e ajudam ou obstaculizam, conforme a harmonia e sintonização que exista com a polaridade planetária do enfermo.

    PorFraternidade Rosacruz de Campinas

    Hoje a Palavra Proferida por Nós é Morta e Não tem Poder

    Sabemos que, atualmente, a nossa força sexual criadora, quando nos manifestamos aqui na Região Química do Mundo Físico, está dividida: metade flui para cima para manter um cérebro e uma laringe, por meio dos quais nós podemos controlar esses instrumentos e nos expressar em pensamentos e palavras; e a outra metade é impelida para baixo, para os nossos órgãos criadores, para reprodução.

    Hoje a palavra que então aprendemos a falar é morta e destituída de poder. Na próxima Época, a Época Nova Galileia (não a confundir com a Era de Aquário) teremos desenvolvido um órgão etérico, construído no interior da cabeça e da garganta pela força sexual economizada (o qual órgão é visto pelos Clarividentes voluntários como a haste de uma flor que ascende da parte inferior do tronco). Esse órgão é, verdadeiramente, um órgão criador capaz de emitir a palavra, a vida e o poder. Notemos que a palavra atual é produzida por movimentos musculares rudimentares que combinam laringe, língua, lábios e outras partes do nosso Corpo Denso, de tal modo que a passagem do ar saído dos pulmões gera determinados sons. No entanto, o ar é um veículo pesado, difícil de se mover, comparado as forças mais sutis da Natureza como a eletricidade, que se propaga no Éter, de modo que, quando aquele órgão tiver alcançado pleno desenvolvimento, teremos o poder de falar a “palavra da vida” e infundir vitalidade nas substâncias que até ali estiverem inertes. O alimento principal para a construção desse órgão para falar a “palavra da vida” é a prática constante do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focado na divina essência oculta que há em cada um de nós, aos nossos irmãos e a nossas irmãs que estão no nosso entorno.

    Atualmente, as pessoas que se esforçam e praticam o serviço desta forma e fielmente executam o Exercício Esotérico noturno Rosacruz de Retrospecção estão construindo aquele órgão. Elas estão aprendendo a usá-lo aos poucos, como Auxiliares Invisíveis, quando fora de seus Corpos Densos à noite e usando o Corpo-Alma (que naturalmente é construído pelas práticas acima), enquanto dormem aqui, precisam emitir a “palavra de poder” para eliminar as doenças e enfermidades de irmãos e irmãs doentes.

    Vamos dar um exemplo da força das palavras por meio de uma pequena sentença, fornecida pelo inspirado Apóstolo S. João quando ele escreveu: “Deus é Luz”. Essas três palavras são tão esclarecedoras para a Mente, quanto outras tantas palavras são confusas. Qualquer pessoa que utilize essa passagem como assunto para os Exercícios Esotéricos Rosacruzes (como, p. exe., o de Concentração ou o de Meditação) encontrará, seguramente, uma recompensa maravilhosa a sua espera. Afinal, não importa quantas vezes tomemos essas palavras repetindo-as nesse contexto de Exercício Esotérico, nosso próprio desenvolvimento, conforme os anos passam, nos assegura uma compreensão cada vez mais completa e melhor. Cada vez que mergulhamos nessas três palavras, nos sentimos preenchidos por uma fonte espiritual de profundidade inesgotável e, a cada vez, alcançamos mais minuciosamente as profundezas divinas e nos aproximamos mais do nosso Deus-Pai celestial.

    Como um verdadeiro Aspirante à vida superior buscamos espiritualizar todo o nosso ser, e quando estivermos sob a influência da verdadeira Religião Cristã Esotérica, teremos aprendido o autodomínio e nos tornaremos um auxiliar altruísta do nosso irmão ou da nossa irmã ao nosso lado. Poderemos, então, ser um firme guardião do poder mental, pelo qual seremos capazes de formar ideias exatas e prontas para serem cristalizadas de imediato em coisas úteis. Tudo isso se efetuará por meio da laringe, que emitirá a Palavra Criadora.

    Afinal, todas as coisas da Natureza vieram à existência pelo “Verbo que se fez carne” (Jo 1:14). O som, ou pensamento falado, é a nossa próxima força a se manifestar, uma força que nos fará criadores quando, mediante nosso atual aprendizado, nos tivermos capacitados para o uso de tão grande poder para o bem de todos, a despeito dos nossos próprios interesses.

    Que as rosas floresçam em vossa cruz

    PorFraternidade Rosacruz de Campinas

    O Ganho Espiritual da Guerra

    Os Estudantes Rosacruzes se lembrarão do livreto intitulado O Lado Oculto da Guerra – Uma Operação de Catarata Espiritual, que publicamos; também se lembrarão da observação do Irmão Maior sobre essa guerra[1]: ela fará mais para desenvolver a visão espiritual de uma enorme quantidade de pessoas do que mil anos de pregação ou palavras nesse sentido. Em todos os lugares, há evidências de que essa profecia está sendo cumprida. Na revista Cosmopolitan[2] de maio, há um artigo de Maurice Maeterlink[3] descrevendo sua visita a uma mãe cujo único filho foi morto em batalha; isto é, seu Corpo Denso foi morto, mas ele vive uma vida mais livre, íntima e feliz com ela do que antes. A seguir replicamos a história:

    “Outro dia eu fui visitar uma mulher que eu conhecia antes da guerra — ela era feliz, então — e que havia perdido seu único filho em uma das batalhas no Argonne[4]. Ela era viúva, uma mulher da classe baixa; agora que esse filho, seu orgulho e sua alegria, não estava mais com ela fisicamente, ela não tinha mais razão para viver. Hesitei em bater à sua porta. Eu não estaria prestes a testemunhar uma dessas tristezas sem esperança a cujos quaisquer palavras não teria impacto como mentiras vergonhosas ou insultantes?

    Para o meu grande espanto, ela me ofereceu sua mão com um sorriso gentil. Seus olhos, para os quais eu mal ousava levantar os meus, estavam livres de lágrimas.

    ‘Você veio me falar dele’, ela disse em um tom alegre; pareceu que sua voz tivesse ficado mais jovem.

    ‘Ah, sim! Eu ouvi falar da sua tristeza e vim’.

    ‘Sim, eu também pensei que minha infelicidade fosse irreparável; mas agora sei que ele não esteja morto’.

    ‘O quê! Ele não está morto: você quer dizer que as notícias…’.

    ‘Não; o corpo físico dele está embaixo da terra e eu tenho até uma fotografia do seu túmulo. Deixe-me mostrar a você. Veja — aquela cruz à esquerda, a quarta cruz, — é onde ele está enterrado. Um dos amigos dele, que o enterrou, enviou esse cartão e me deu todos os detalhes. Ele não sofreu qualquer dor. Ele mesmo me disse isso. Ele está bastante surpreso que a morte seja tão fácil, uma coisa tão leve’.

    ‘Você não entende: sim; eu vejo. Você é exatamente como eu costumava ser — como todos os outros são. Eu não explico o assunto para os outros — qual seria a utilidade? Eles não desejam entender. Mas você — você entenderá. Ele está mais vivo do que antes; está livre e feliz. Ele faz exatamente o que gosta. Ele me diz que não se pode imaginar o quanto a morte é libertadora, que peso ela remove de você e a alegria que traz. Ele vem me ver quando eu chamo. Ele não mudou; é exatamente como era no dia em que foi embora, porém mais jovem, mais bonito’.

    ‘Nós nunca fomos mais felizes, mais unidos, mais próximos um do outro. Ele adivinha meus pensamentos antes que eu os expresse. Ele sabe tudo e vê tudo; mas não pode me dizer tudo o que sabe. Ele diz que eu não deveria segui-lo, que eu devo esperar a minha hora. Enquanto eu espero, nós estamos vivendo em uma felicidade maior do que aquela que era nossa antes da guerra, uma felicidade que nada pode perturbar’.

    Dizem que aqueles ao seu redor a consideravam louca, porque ela não chorava de forma descontrolada; mas, em vez disso estava sempre alegre, andava com o rosto sorridente.”

    A grande maioria não consegue entender que não existe a morte no sentido de extinção da consciência e que aqueles que deixaram o Corpo Denso pela morte estão realmente mais vivos do que qualquer um de nós que ainda está dentro desse Corpo Denso. Mas a atitude do público está mudando radicalmente. Parece ao editor que dois grandes exércitos estão cavando um túnel através do muro que divide os Mundos visível e invisíveis. De um lado estão as centenas de milhares de viúvas, órfãos e outros parentes cujas lágrimas, fluindo sob a força irresistível de uma dor intensa, estão dissolvendo a escama que os cega para a presença viva daqueles entes queridos que eles lamentam como ‘mortos’.

    Do outro lado do muro há outro exército consistindo daquelas centenas de milhares que foram tão repentina e implacavelmente removidos da existência física. Eles também estão freneticamente cavando túneis, buscando perfurar o muro e algum dia, no futuro próximo, esses dois grandes exércitos se encontrarão em uma grande reunião espiritual. Alguns dos pioneiros de ambos os lados, como a mãe e o filho, já se encontraram.

    Eles, então, se verão por um tempo até que a alma que partiu entre nas fases mais elevadas do trabalho nos Mundos Celestiais e seja forçada a dedicar todo o seu tempo a isso; mas quanto isso acontecer, eles saberão que há uma razão para essa ausência temporária um do outro e estarão emancipados da atual atitude desesperançosa em relação à morte. Se nossos leitores me perdoarem uma alusão pessoal, o seguinte texto pode ilustrar a diferença: alguns meses atrás, quando a mãe desse editor, uma moradora de Copenhague, Dinamarca, faleceu, ele recebeu cartas do seu irmão e da irmã, saturadas de tristeza pela ‘perda’; mas foi exatamente o oposto para o editor, pois embora ele a tivesse visitado vestido com o Corpo-Alma, algumas vezes por ano, por um momento ou dois, ele não ousou se materializar para falar com ela, pois isso poderia ter causado um choque e resultado morte, mesmo que tal uso egoísta dessa faculdade fosse permitido, em vez de ser estritamente proibido. Assim, fomos separados de nossos pais enquanto ela viveu e esteve intimamente associada ao nosso irmão e irmã.

    (de Max Heindel, publicado na Revista Rays from the Rose Cross de julho/1916 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


    [1] N.T.: Refere-se à Primeira Guerra Mundial

    [2] N.T.: Cosmopolitan é uma revista mensal americana de moda e entretenimento para mulheres, publicada pela primeira vez na cidade de Nova York em março de 1886 como uma revista familiar; foi posteriormente transformada em revista literária e, desde 1965, passou a ser revista feminina. Foi anteriormente intitulado The Cosmopolitan. A revista Cosmopolitan é uma das revistas mais vendidas e é dirigida principalmente ao público feminino.

    [3] N.T.: Maurice Polydore Marie Bernard Maeterlinck (1862-1949) foi um dramaturgo, poeta e ensaísta belga de língua francesa, e principal expoente do teatro simbolista.

    [4] N.T.: A Ofensiva Meuse-Argonne, também chamada de Batalha da Floresta Argonne, foi parte da ofensiva final dos Aliados durante a Primeira Guerra Mundial que ocorreu ao longo da Frente Ocidental.

    Idiomas