Resposta: O “Cabeça” da Ordem Rosacruz está oculto do Mundo exterior pelos doze Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz. Igualmente, os Estudantes da Escola Fraternidade Rosacruz nunca o veem, mas no Serviço Noturno – aberto para Probacionistas e Discípulos da Fraternidade Rosacruz e Irmãos Leigos, Irmãs Leigas e Adeptos da Ordem Rosacruz – no Templo da Fraternidade Rosacruz sua presença é sentida por todos. Sua entrada constitui o sinal para iniciar os trabalhos.
Podem estar presentes ao lado dos Irmãos nestes Serviços, como seus discípulos, os Irmãos Leigos e as Irmãs Leigas. Seu estado espiritual é como pessoas que vivem em várias partes do mundo ocidental, todavia, são capazes de deixar, conscientemente, seus corpos para atender a serviços e participar do trabalho espiritual realizado no Templo. Cada um e cada uma foi iniciado e iniciada por um dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz. Muitos deles são capazes de se recordar de todos os acontecimentos de suas experiências quando retornam a seus corpos. Há poucos casos, onde a faculdade de deixar o corpo foi adquirida em uma existência passada como resultado de boas obras, porém com o hábito de ingerir drogas ou alguma enfermidade contraída na vida presente, que incapacitou o cérebro de receber impressões do trabalho realizado quando nos planos invisíveis.
A ideia geral de Iniciação é a de uma simples cerimônia, convertendo alguém em membro de uma sociedade secreta, isto mediante pagamento, em muitos casos feitos a dinheiro. Embora isso suceda nas ordens fraternais e nas ordens pseudo-ocultas, constitui uma ideia errônea quando aplicada ao processo iniciático nas várias graduações das verdadeiras irmandades ocultistas.
Para ser um candidato a Iniciação, em primeiro lugar, não há chave de ouro para abrir a porta do Templo. Só o mérito conta. Nunca o dinheiro ou recursos financeiros de nenhum tipo, direto ou “disfarçado”. O merecimento não se adquire em um dia. É a somática dos bons atos passados. Normalmente o candidato a Iniciação não tem consciência disso. Ele vive sua vida na comunidade, servindo amorosamente seus concidadãos, durante anos e anos, até que um dia surge o Irmão Maior, um dos Hierofantes dos Mistérios Menores, em sua vida. Por todo este tempo, o candidato cultivou, interiormente, certas dificuldades, acumulando certos poderes pelo serviço e ajuda, poderes estes dos quais, geralmente, ele não tem consciência ou não sabe como utilizar adequadamente. Então, a tarefa do iniciador será simples. Ele revela ao candidato suas potencialidades latentes, iniciando-o em sua aplicação, demonstrando, também, como transformar sua energia estática em um poder dinâmico.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz junho/1972 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Investigar a origem desses seres elevados é tão difícil quanto encontrar provas do início da primeira manifestação de Deus. Considerando que o trabalho deles visa estimular a evolução da Humanidade, eles têm trabalhado desde há muito tempo na antiguidade de uma forma única. Temos provas históricas, contudo, do aparecimento, no século XIII, de Ensinamentos avançados promulgados por eles. Esses Mestres ou Adeptos são aqueles Seres Compassivos que, ao longo de muitas vidas, desenvolveram, em alto grau, suas faculdades latentes internas, passando pela Escola de Mistérios Menores e Maiores, tendo assim alcançado um estado evolutivo que os liberta de todos os laços da Terra. No entanto, fizeram a escolha de permanecer na mesma posição dos Auxiliares Invisíveis, atribuindo a cada um o específico trabalho, em harmonia com os seus interesses e inclinações particulares. Esses Hierofantes dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental desenvolveram uma segunda medula espinhal, atraindo para cima o raio inferior do amor de Vênus e transmutando-o em altruísmo, conquistando assim o domínio sobre o segmento simpático da primeira medula espinhal e o hemisfério cerebral esquerdo, atualmente governado pela Hierarquia apaixonada de Marte, os Espíritos de Lúcifer.
Dessa forma, cada Irmão Maior é uma unidade criadora completa tanto no plano físico como no plano espiritual, capaz de utilizar a força bipolar (masculina e feminina) ao longo da dupla medula espinhal, iluminada e elevada em sua energia potencial através dos fogos espinhais espirituais de Netuno (Vontade) e Urano (Amor e Imaginação). Essa energia criadora concebe nos hemisférios gêmeos do cérebro, governados por Marte e Mercúrio, um veículo adequado para a expressão do Espírito, um veículo que é então objetivado e materializado no mundo mediante a Palavra Criadora falada.
Graças a esse poder eles são capazes de perpetuar a existência física deles e criar novos Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos, antes de abandonar os antigos, respectivamente. Por outro lado, ao saberem controlar as suas ações e emoções, os Irmãos Maiores evitam todos os esforços desnecessários nos seus veículos e, conhecendo os elementos exatos necessários para os preservar, garantem assim a máxima nutrição e o mínimo de desgaste. Por essa razão, podem manter os seus corpos num estado de preservação juvenil e saúde vigorosa durante centenas de anos. Os Irmãos Leigos e as Irmãs Leigas, que estiveram em conexão com o Templo da Ordem Rosacruz durante vinte ou quarenta anos desta vida, declararam que os Irmãos Maiores parecem ser os mesmos hoje como eram há trinta ou quarenta anos. A julgar pelos padrões dos seres humanos comuns, agora eles parecem ter cerca de quarenta anos de idade. Todos os Irmãos Maiores têm corpo material e residem em uma casa que parece ser o lar de pessoas de vida tranquila, mas não ostentosas. Eles ocupam posições de distinção na comunidade em que vivem, mas essas posições têm apenas o propósito de dar uma razão para a presença deles. Dessa forma, evitam perguntas e suposições sobre quem são e o que estão fazendo. Fora e através de sua casa está o que pode ser chamado de Templo da Ordem Rosacruz. É etérico e diferente dos nossos edifícios comuns aqui na Terra, mas a sua atmosfera áurica pode ser comparada àquela que existe em estruturas como Igrejas e outros edifícios de natureza espiritual, onde há uma egrégora construída por meio de orações e ofícios de rituais Cristãos.
O Templo da Ordem Rosacruz é superlativo em todos os sentidos. As vibrações dele permeiam de tal forma a casa onde vivem os Irmãos Maiores, que nem todas as pessoas se sentiriam muito confortáveis ali. Sete dos doze Irmãos Maiores agem no mundo, quando a ocasião exige, aparecendo como um ser humano entre os seres humanos, ou trabalhando em seus veículos invisíveis com ou sobre outros, conforme necessário. No entanto, deve-se ter em mente que eles nunca influenciam as pessoas contra a vontade ou desejo delas, e que apenas fortalecem o Bem onde quer que o encontrem. Os outros cinco Irmãos Maiores nunca saem do Templo etérico da Ordem Rosacruz e, embora possuam Corpos Densos, todo o trabalho deles é feito a partir dos Mundos internos. O décimo terceiro da Ordem Rosacruz é o Líder, Christian Rosenkreuz, o elo que o liga a um Conselho Central superior composto por Hierofantes dos Mistérios Maiores, que não lidam de forma alguma com a Humanidade comum, mas apenas com os graduados dos Mistérios Menores (de Irmãos ou Irmãs Leigas para cima). Está oculto da Região Química do Mundo Físico pelos doze Irmãos Maiores. Foi dito por alguns dos Irmãos Leigos que Christian Rosenkreuz está atualmente usando um corpo que foi preservado por vários séculos.
Isso pode ou não ser verdade, mas nosso augusto líder nunca foi visto pelos Irmãos Leigos que frequentam o Templo Etérico durante o culto da meia-noite. A presença dele é apenas sentida, é o sinal para que o trabalho comece. Durante os últimos séculos os Irmãos trabalharam em segredo pela Humanidade. Todas as noites os Irmãos Maiores, auxiliados pelos Irmãos Leigos e Irmãs Leigas que podem deixar seus Corpos densos e agir em seus Corpos-Alma, atraem de todas as partes do mundo ocidental pensamentos de sensualidade, ganância, egoísmo e materialismo, e depois os transmutam em puro amor, benevolência, altruísmo e aspirações espirituais, enviando-os de volta ao mundo para elevar e promover o Bem. Durante esse serviço a presença do Líder da Ordem Rosacruz é inteiramente espiritual. No entanto, ele está sempre ativo nos assuntos do mundo, trabalhando com os governos das nações do Ocidente para guiá-los no caminho adequado da evolução deles. Para esse fim ele aparece num Corpo Denso, pelo menos parte do tempo.
Todos os Irmãos Maiores possuem a consciência pictórica externa do Período de Júpiter, que usam para iniciar seus discípulos na Ordem Rosacruz. O Iniciador concentra sua atenção em certos fatos cósmicos, e o candidato que se preparou desenvolvendo certos poderes internos é como um diapasão do mesmo tom que vibra com as ideias enviadas pelo Iniciador em forma de imagens. Portanto, ele não apenas vê as imagens, mas é capaz de responder à vibração, e o poder latente que existe dentro dele é convertido em energia dinâmica e sua consciência é elevada ao próximo degrau na escada da Iniciação.
O método de desenvolvimento espiritual ensinado pelos Irmãos Maiores visa beneficiar quem o pratica e não pode, em hipótese alguma, causar dano a ninguém.
Que as Rosas floresçam em vossa Cruz
Suponhamos que Nosso Senhor nos aparecesse em sonho, tal como o fez com Salomão, e nos fizesse a mesma solicitação: “Pede-me o que queres que eu te dê” (IIRe 3:5). Qual seria a nossa resposta, a resposta de uma pessoa comum, a tão vil pergunta? Responderia com o mesmo desinteresse com que o fez Salomão?
Em sonhos, aos vinte anos, o jovem Salomão foi convidado por Deus-Espírito Santo (Jeová) para que lhe dissesse o que é que mais desejava para governar o seu povo. A sua resposta foi: “’Tu demonstraste uma grande benevolência para com teu servo Davi, meu pai, porque ele caminhou diante de ti na fidelidade, justiça e retidão de coração para contigo; tu lhe guardaste esta grande benevolência, e lhe deste um filho que está sentado hoje em seu trono. Agora, pois, Iahweh meu Deus, constituíste rei a teu servo em lugar de meu pai Davi, mas eu não passo de um jovem, que não sabe comandar. Teu servo se encontra no meio do teu povo que escolheste, povo tão numeroso que não se pode contar nem calcular. Dá, pois, a teu servo um coração que escuta para governar teu povo e para discernir entre o bem e o mal, pois quem poderia governar teu povo, que é tão numeroso?’. Agradou ao Senhor que Salomão tivesse pedido tal coisa; e Deus lhe disse: ‘Porque foi este o teu pedido, e já que não pediste para ti vida longa, nem riqueza, nem a vida dos teus inimigos, mas pediste para ti discernimento para ouvir e julgar, vou fazer como pediste: dou-te um coração sábio e inteligente, como ninguém teve antes de ti e ninguém terá depois de ti. E, também, o que não pedis-te, eu te dou: riqueza e glória tais, que não haverá entre os reis quem te seja semelhante’”. (IRs 3:6-13)
Vemos aqui que o trabalho intelectual, só por si, não pode ser a verdadeira felicidade da vida. A verdade infinita não pode ser captada pelo cérebro material. Aquele que procura alcançar a verdade somente pelo trabalho intelectual, sem consultar o Coração, encontrará dificuldades incalculáveis. O Coração é a sede da sabedoria e o cérebro é a sede do intelecto que raciocina e recebe a vida do Coração. O Coração e o cérebro devem trabalhar em concordância e de forma harmônica, para destruir o dragão da ignorância que permanece no umbral do templo.
Tratemos de nos imaginar no longínquo período desse Caminho de Evolução, quando acabávamos de emergir da pesada e nebulosa atmosfera da Atlântida (Egito antigo). Veríamos um Corpo Denso “animal” maciço, quase sem a cabeça, vivendo unicamente por meio dos sentidos, mas, em contato com os Seres Superiores, com os quais podíamos nos comunicar, em estado como o de sonho. Mas, à medida que o cérebro principiou a se desenvolver, fomos perdendo, gradualmente, a consciência dos Seres Superiores. Adquirimos e desenvolvemos o cérebro, mediante um sacrifício.
Não somente é necessário que o nosso cérebro seja organizado, como veículo por meio do qual devemos manifestar (não criar!) o pensamento, como também deve se tornar agora necessário que a porta do cérebro seja aberta e o poder do entendimento desenvolvido. Devemos, primeiramente, aprender a pensar por meio da Mente inferior. Max Heindel escreveu no livro “A Teia do Destino” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz que a Mente nos foi fornecida depois que adquirimos o Corpo Denso, depois o Corpo Vital e depois o Corpo de Desejos. O quarto veículo, a Mente, era o instrumento por meio do qual nós, o Ego, devíamos desenvolver os outros três Corpos até fazer com que eles alcançassem um estágio com o qual pudessem ser utilizados para nos elevar no Caminho de Evolução. Esse elo do intelecto não é presentemente mais do que uma nuvem informe, apenas digna do nome de veículo, mas que conecta os nossos três veículos conosco, o Ego.
Esses quatros veículos são as nossas ferramentas no Caminho de Evolução. Estamos fortemente restringidos nas nossas manifestações, devido a que o recém-nascido veículo mental está subordinado ao poderoso Corpo de Desejos, que assume, geralmente, o domínio da Personalidade (aquilo que construímos a cada renascimento aqui).
Estamos muito longe de poder sequer suspender a evolução da Mente, acelerada vertiginosamente pelo atual sistema educativo e as possibilidades do desenvolvimento ulterior que pode alcançar. Quanto maior é o poder, tanto maior também é o perigo que temos de empregar mal a nossa Mente. Se a astúcia, uma manifestação via Corpo de Desejos que usamos pela Mente, se desenvolvesse antes que o Coração e se esses dois órgãos deixassem de trabalhar harmonicamente, um com discernimento e o outro compassivamente, então o mundo teria muito que sofrer. Não é mais perigoso do que uma pessoa cujo intelecto se tenha desenvolvido ao excesso e que entre em contato com os seus semelhantes somente com a fria e penetrante mentalidade. Atualmente corremos o grave perigo de nos desviar do caminho puramente espiritual, ao investigar o conhecimento unicamente pelas linhas mentais e pensando muito raras vezes, como poderia utilizar a nossa Mente para o bem-estar e felicidade da Humanidade. Max Heindel chamou sempre a atenção dos Estudantes Rosacruzes sobre o ideal do desenvolvimento do Coração, insistindo na necessidade de combinar harmonicamente os poderes do Coração com os da Mente. Os Estudantes Rosacruzes devem ter presente que, em todas essas aquisições, deve existir sempre a compreensão do Coração, tal como Salomão aconselha nos seus Provérbios, justamente no Livro dos Provérbios na Bíblia, um Coração que com a ajuda do intelecto eleve a Humanidade para uma Fraternidade sã e amorosa, prelúdio da Fraternidade Universal.
Uma educação puramente mental não pode produzir um Coração sapiente; são necessárias, além disso, as múltiplas experiências vividas por nós, vida após vida, no nosso trabalho diário. O serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), esquecendo os defeitos dos nossos irmãos e nossas irmãs, focando na divina essência oculta em cada um deles, no qual o intelecto e o Coração marcham de acordo é a base dessas experiências, as quais se acumulam e arquivam no pequeno Átomo-semente do Corpo Denso – verdadeiro armazém de nós, o Ego – que todos possuímos na posição referencial do ápice no ventrículo esquerdo do nosso Coração.
Os irmãos e as irmãs inquietos e descontentes que constantemente passam de um ensino a outro – de uma escola a outra, de um movimento ao outro, de uma seita a outra – em busca de coisas novas e maravilhosas, mas que nunca aprofundam naquilo que estudam, nem vivem segundo os ensinos que recebem e, portanto, nada realizam, e que no melhor dos casos somente se contentam com a concentração e as pregações, pode se assegurar que fracassam na missão deles, pois não despertaram o Coração.
Salomão proclamou o poder da vida interna. O próprio nome de Salomão sugere imediatamente a busca íntima da mais elevada sabedoria espiritual. O Deus interno é a vida do Coração, é a “palavra-chave”. Salomão, pelo seu desinteresse a coisas materiais, contentou-se em pedir somente um Coração sapiente, e por isso obteve de Jeová um grande reino, uma grande riqueza e sabedoria que lhe permitiu distinguir o bem e o mal. A pureza de Coração e o poder da Mente devem trabalhar harmonicamente. O Mestre dos Mestres, Cristo, nosso amado Redentor, ensinou que nós devíamos nos tornar como crianças para poder ter acesso e penetrar na verdade. Quando a “cabeça” e o Coração trabalham em perfeito entendimento, se completam e se transformam num só.
O sábio de Coração compreensivo, que adquiriu um perfeito domínio sobre as suas emoções, desejos e sentimentos, cuja “cabeça” e Coração vibram em uníssono com a divina harmonia dos Reinos invisíveis da natureza, gozará do privilégio de conhecer a Verdade e a sua vida refletirá os princípios mais elevados.
Há muitos petulantes que pretendem ser controlados pelo seu intelecto, não admitindo nem crendo que as suas vaidades possam ser tão somente uma expressão emocional, e que, desde logo são incapazes de reconhecer. O ser verdadeiramente livre, não é controlado nem pelo seu intelecto nem por suas emoções, seus desejos e sentimentos. Ele é o próprio senhor, o único comandante de seu navio. Pelo poder da vontade e da razão domina os seus pensamentos, desejos, suas emoções e seus sentimentos e assim, essa pessoa, adquire a sabedoria.
O Coração e o cérebro são instrumentos de valor inestimável que Deus nos ofertou; dois instrumentos que deveríamos já controlar. Desgraçadamente e com demasiada frequência não governamos nenhum dos dois, pois ainda impera o egoísmo, que insistimos em manter no nosso Corpo de Desejos e que causa a desarmonia, as nossas doenças, enfermidades e os nossos atrozes sofrimentos.
Quando as nossas faculdades superiores são ativadas por nós (por meio do Treinamento Esotérico) e a “cabeça” e o Coração trabalham harmoniosamente, então, vamos nos transformando, nos convertendo em verdadeiros Cristãos esotéricos.
Muitos irmãos e muitas irmãs que já alcançaram uma elevada estatura espiritual (na Fraternidade Rosacruz conhecidos como Adeptos e Irmãos Maiores) deixaram bem gravado a “marca de seus pés nas areias do tempo” e as suas vidas ofereceram incalculáveis benefícios a nós. Mas, há um dentre eles, muito mais elevado do que os Irmãos Maiores, que se mantém no pináculo da grandeza; um, cujo precioso legado para nós foi a Religião Cristã. Sua grandeza cresce sem cessar no espírito dos povos e depois de mais de dois mil anos de adoração, muitos de nós principiam a compreender o que foi e é esse Espírito Excelso, que veio à Terra por poucos anos. O Seu Coração compreensivo deu ao mundo “O Sermão da Montanha”, um sermão tal que nenhum de nós poderá jamais pronunciar de novo.
Cristo-Jesus permanece supremo como o único, de Coração sapiente, que veio nos redimir da doença e da enfermidade física, emocional e mental. A Sua sublime figura está sempre presente ante os olhos do Estudante Rosacruz, pois Ele é o seu único ideal. Os Ensinamentos Rosacruzes, que nos foram legados pelo nosso querido Max Heindel, nos indicam com clareza o caminho pelo qual o Estudante Rosacruz pode, com o tempo e mediante sacrifícios e uma vida reta, alcançar a força espiritual que lhe proporcionará a sabedoria expressa por Salomão e concedida por Jeová.
A consciência Crística, que um dia alcançaremos por meio da Mente e do Coração, elevará o fiel e sincero Estudante Rosacruz até as alturas do conhecimento espiritual, no qual ele também será um dos eleitos de Deus, selecionado pelos Irmãos Maiores, por ter alcançado a consciência de Deus; pois, que não procurou riquezas, nem poder, nem fama, nem conhecimentos, mas, unicamente, trabalhou infatigavelmente para alcançar a sapiência para ser útil aos irmãos e às irmãs ao seu redor.
A verdadeira sabedoria e um Coração compreensivo, como o que teve Salomão, não se podem adquirir senão “Vivendo a Vida” e utilizando cada experiência, na qual o Coração e a “cabeça” marcham unidos, como pedra indicadora ao longo do caminho.
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – julho/1959 – Fraternidade Rosacruz-SP)
Dentro de cada um de nós há um impulso para a liberdade. Pode se manifestar, às vezes, como um convite alegre a “subir mais acima” para alcançar mais ansiosamente a liberdade que pode tomar e fazer nossa. Esse impulso interno tem sido chamado “o descontentamento divino”, que nos incita a seguir adiante, para cima e para sempre. Esse impulso é também responsável pelo nosso progresso no caminho espiral desse Esquema de Evolução.
Ainda que esse impulso possa estar inteiramente latente, ou talvez embotado pela inércia mental e por forças das circunstâncias, não obstante, está presente, e destinado a se vivificar e se converter na nossa força motriz. Provavelmente não há maneira melhor de determinar até onde chegamos trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, do que considerando o grau da nossa aspiração à liberdade, indicado pelo zelo com que nos esforçamos em nossa vida diária a fim de alcançarmos tal liberdade.
Mas aqui necessitamos decidir exatamente o que queremos dizer com a palavra “liberdade”. Liberdade de que ou para quê? É uma interrogação lógica. Existem dois pontos de vista principais que podemos usar para obter uma perspectiva satisfatória desse polêmico tema.
Em primeiro lugar está o conceito comumente aceito de liberdade: liberação de fatores externos, tais como um governo ditatorial, uma igreja dominante ou condições sociais escravizantes, de tal modo que possamos viver em liberdade de adorar como lhe aprouver, de falar e de escrever livremente sem temor de intimidação e perseguição, de trabalhar em local de nossa escolha, sob condições convenientes ao nosso próprio respeito e a nossa boa saúde; de votar e ser votado para participar num governo “do povo, pelo povo e para o povo”. A luta da Humanidade em prol dessas liberdades tem chamado a atenção de pensadores avançados e escrito páginas da história durante os séculos passados e ainda prossegue nos dias de hoje.
Podemos encontrar frases sobre isso, como: “Quando a liberdade desaparece, a vida torna-se insípida e perde seu sabor”. E outra como: “A liberdade, como o dia, amanhece na alma, e como um relâmpago do céu incendeia todas as faculdades com alegria gloriosa”.
Essa “alegria gloriosa”, uma vez provada, não é fácil de ser esquecida. Na perseguição dela, entramos na vida ativa, a vida na qual somos incentivados a demonstrar o que sabemos, a pôr em uso cada uma das faculdades que possuímos, a recusar a tranquilidade física e mental, mediante a qual podemos ser reduzidos à escravidão. Aqueles que aceitaram esse desafio no passado são os que hoje estão na vanguarda da civilização, porque é óbvio que a causa da liberdade se identifica com a causa do progresso do Espírito humano. Na Fraternidade Rosacruz são os Adeptos, até certo ponto, e os Irmãos Maiores, que já alcançaram a plenitude nesse quesito.
Podemos ler a respeito de alguma tentativa de se alcançar “pedaços” do que se conceitua como liberdade em praticamente todas as fontes de informações noticiosas publicadas na atualidade: as dificuldades raciais na África, na Ásia e em outras partes do mundo; a tendência para o nacionalismo em países que até o momento estavam subjugados; os esforços para a alfabetização entre milhões de analfabetos vergonhosamente escravos da ignorância e da pobreza; as controvérsias concernentes ao pensamento regimentado em outras partes do mundo; as revoluções agrícolas e econômicas que têm lugar em vários países, quando as pessoas tratam de aprender a prover-se de alimento suficiente e de melhores lugares; as cruzadas contra o crime, contra os narcóticos, contra o uso das bebidas alcoólicas, contra o consumo de carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) e usos de partes de corpos animais como vestimenta, decoração, etc..
Efetivamente, na atualidade, a maioria dos seres humanos se intensificam na perseguição em prol da liberdade. Todos nós estamos sujeitos à pressão que sempre vem no final de uma Era. Afinal, estamos agora no final da Dispensação Pisciana – Era de Peixes – e já na Órbita de Influência da Era de Aquário. Uma melhor ordem de coisas se perfila no horizonte e a Fraternidade Universal há de ser a característica dominante nessa nova ordem, da Era de Aquário, desde que estejamos prontos para vivenciá-las, ou seja, desde que tenhamos um Corpo-Alma o suficientemente desenvolvido para funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico.
Mas há um segundo ponto de vista ao se considerar a liberdade: um ponto de vista interno, ligado à nossa liberação das ataduras do nosso próprio “eu inferior” – a Personalidade – que construímos a cada vida aqui e que é constituída do nosso Corpo Denso, Corpo Vital e Corpo de Desejos, com a Mente “concreta” escrava do Corpo de Desejos. É completamente desejável, nesse momento em que estamos no final de uma Era e já com a outra nos influenciando, que cheguemos a ser livres da dominação externa, mas é também essencial que usemos essa liberdade no interesse de todos. Portanto, é necessário que dominemos o maior de todos os inimigos: a Personalidade, ou seja, o nosso “eu inferior”. Para isso, se requer, em primeiro lugar, autoanálise e muita disciplina.
A tarefa da autoanálise é uma tarefa sutil. Sendo essencialmente egoísta, a nossa Personalidade está destinada a obter e possuir coisas materiais, poder e fama mundanos. A nossa Personalidade sugere toda classe de desculpas para se autojustificar, e lança mão de toda classe de recursos ao adotar uma atitude de falsa inocência, quando é acusada de ser responsável por condutas indesejáveis. Conduz-nos a lançar a culpa a outros por qualquer coisa que seja má em nossa própria vida e em nosso próprio mundo (sempre a “culpa é do outro”, seja esse “outro” quer for). Impulsiona-nos à vingança e à revanche contra aqueles a quem culpamos por nossas dificuldades individuais e coletivas. Estimula sentimentos cancerosos, tais como os ciúmes, a cobiça, a inveja, o rancor, o desejo de vingança, o ódio, a raiva, o ressentimento e uma infinidade de outros mais, todos compostos por materiais das Regiões inferiores do Mundo do Desejo.
Para nos ajudar a vencer esses nocivos dominadores de pensamentos, de emoções, de desejos e de sentimentos, foi-nos dado o Exercício Esotérico noturno de Retrospecção. Os Ensinamentos Rosacruzes nos ensinaram como fazê-lo, todas a noites antes de dormir, corretamente, revisando os acontecimentos do dia e examinando nossos pensamentos, sentimentos, desejos, nossas emoções, palavras, obras, ações e nossos atos louvando-nos ou culpando-nos onde for necessário. A principal característica desse maravilhoso e poderoso Exercício Esotérico noturno de Retrospecção é que ele não é um exercício de memória (!), mas sim de “coração”: os acontecimentos (na ordem inversa no tempo, efeito-causa) vão se apresentando a nós conforme o grau de intensidade que foi impregnado em nós quando ele ocorreu. Ou seja: não necessariamente todos os acontecimentos do dia serão objetos da Retrospecção! Aos poucos, com o autocontrole, mais e mais acontecimentos serão objetos desse Exercício.
Complementando àquele – pois se não o fizer bem, dificilmente fará esse – também nos foi ensinado o Exercício Esotérico matutino de Concentração para que possamos controlar nossa Mente, e não deixar que seja levada daqui para lá pelas incessantes ondas de pensamento, desejo emoção e de sentimento que nos envolvem.
Todo aquele que colocou conscientemente seus pés no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, que conduz à perfeição de si próprio e à liberação das garras do materialismo sabe que isso não é fácil. A vida disciplinada, a vida autodisciplinada, requer constante atenção e esforço. É a tarefa demasiado difícil? Não, compreendemos que não é, porque o exemplo foi dado por nosso Grande Indicador do Caminho, Cristo Jesus. Nos quatro Evangelhos, contidos na Bíblia, Ele nos deixou as fórmulas para a Iniciação, os sublimes conceitos e preceitos espirituais que nos conduzem para diante, para cima e para sempre.
Quando compreendermos o verdadeiro propósito da vida, que é o de adquirir experiência (e não “buscar a felicidade”), considerando-a como um desafio e nos dermos conta de que, como chispas da Chama Divina, temos um ilimitado poder de desenvolvimento dentro de nós, um poder pronto para ser demonstrado e exercitado, poderemos considerar a tarefa da autodisciplina com regozijo e determinação. Nós, a Individualidade – um Ego da Onda de Vida humana manifestado aqui – sempre buscamos o nosso direito de nascimento no Reino de Deus (ainda que, em muitos, inconscientemente). Vira e mexe, estamos dando impulsos para levarmos uma vida de retidão, uma vida na qual a consciência de vigília se identifica com o que realmente somos, um Ego; uma vida que não é apenas “construtivamente” criadora, mas que segundo os preceitos de Cristo Jesus é como “uma coisa formosa”, e é verdadeiramente um “regozijo eterno”.
No capítulo 8º do Evangelho Segundo S. João, Cristo Jesus usa duas frases que enfatizam a mesma ideia. No versículo 31, fala de “Discípulos verdadeiros”, e logo no versículo 36, de “verdadeiramente livres”.
O Discipulado – no Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, o próximo grau depois do Probacionismo – significa uma vida disciplinada, mas não é necessária uma vida limitada por restrições e limitações enfadonhas e irritantes. Existe uma profunda corrente submarina de felicidade e de liberdade sem empecilhos, em uma vida vivida de acordo com os mais sublimes preceitos. Para tanto, Cristo Jesus disse que o propósito de Seu ensinamento era que “a vontade de Deus seja sempre cumprida.” (Jo 16:24).
Um verdadeiro Cristão, que todo Estudante Rosacruz deve ser, nunca pode se contentar com esforços periódicos ou esporádicos por viver segundo os ensinamentos de Cristo Jesus. Deve haver uma disciplina diária, um esforço constante por “amar a vossos inimigos, bendizer aos que os maldizem, fazer o bem aos que os aborrecem e orar pelos que os usam malignamente”.
Para ser verdadeiramente livres devemos ser capazes de seguir; devemos servir de boa vontade e amorosamente onde quer que apareça a oportunidade; devemos ser capazes de nos esquecermos de nós mesmos e pensarmos, antes de tudo, em nossos próximos. Devemos chegar ao ponto em que nos arrependamos, nos restituamos e nos reformemos, com alegria e boa vontade em nossos corações. Essa é a vida de autoconquista, a vida que nos desafia, como peregrinos sobre a Terra, a viver em constante vigilância para responder unicamente aos impulsos superiores.
Afinal, somos Espíritos Virginais manifestados aqui com um Ego da Onda de Vida humana e sendo assim nosso verdadeiro lugar está nos Mundos celestes, e tão logo aprendamos as lições desta escola da vida, levaremos à realidade um mundo pacífico no qual a Fraternidade Universal será um fato e mais rápido nos livraremos da cruz de nossos Corpos.
(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de junho de 1973 e publicado na Revista ‘Serviço Rosacruz” – julho-agosto/ 88-Fraternidade Rosacruz-SP)
Nenhum edifício se constrói sem base. E essa base não pode ser falsa (Mt 7:24-27[1] e Lc 6:46-49[2]). O ser humano sensato que edifica o templo interno sobre a rocha dos princípios Cristãos e não sobre a areia da transitoriedade, constituem-se num tijolo do templo de Deus, num esteio da sociedade e na pedra angular de sua família. E como a Fraternidade Rosacruz, em essência e realidade, não é constituída de edifícios, nem de “Sedes” nem de “Grupos”, mas, sim de indivíduos, de almas afinadas na mesma elevada aspiração, no mesmo edificante serviço, deduz-se que ela se edifica e se fortalece na medida em que seus Estudantes Rosacruzes se tornam mais cônscios da responsabilidade de cada um e crescem em virtude e entendimento. Os Evangelhos, igualmente, falam de Cristo como da Pedra Angular. E Cristo falou da transitoriedade das coisas externas, símbolo das verdades internas que aprenderemos a reverenciar dentro de nós e no Todo (Mt 24:1-2[3], Jo 4:19-24[4]).
Importa que os Estudantes Rosacruzes, após o estágio inicial necessário, em que, dentro da maior liberdade, podem examinar, ponderar e concluir se realmente essa Filosofia Rosacruz corresponde as necessidades de seu grau evolutivo, que eles empreendam um estudo sério. Para isso há os diversos Cursos (por correspondência ou por e-mail), há diversas reuniões públicas, há os sites e as redes sociais de Centros Rosacruzes e, principalmente, a possibilidade de se formar “Grupos de Estudos” (Informais e Formais, reconhecido, inclusive, pela The Rosicrucian Fellowship e núcleo de um futuro Centro Rosacruz), todos eles gratuitos e amplos. Ali poderá o Estudante Rosacruz participar das questões, apresentar seus estudos e preparar-se para ser um membro consciente, capaz de prestar um esclarecimento correto, sucinto, das questões que lhes forem propostas por amigos, conhecidos, desconhecidos e familiares interessados.
Esse é um trabalho de base. A tarefa não é de expandir sem firmeza. A expansão deve corresponder ao número de Estudantes Rosacruzes preparados para uma disseminação segura e fiel. Sabemos que há muitas pessoas sequiosas de esclarecimento, que muitas almas sofredoras necessitam das lógicas explicações da Filosofia Rosacruz sobre os mistérios da vida e da morte, do Mundo terreno e dos superiores, das leis que regem nossos destinos. Mas também, se não estamos preparados, suficientemente, para um esclarecimento seguro, somos “um cego dirigindo outro cego[5] para o buraco da confusão e desilusão”. Além disso, é necessário que esse trabalho de difusão, na esfera individual ou na direção de Grupos de Estudos, baseie-se num perfeito desinteresse, quer no ponto de vista financeiro, quer do ponto de vista da vaidade, do personalismo, que sacrifica o espírito de equipe. Ambas são formas de cobrar.
De toda maneira, pressupõe-se um preparo seguro, quer do lado moral, quer do filosófico, ou melhor, dizendo, da Mente e do Coração.
Há dias um simpatizante pelos Ensinamentos Rosacruzes nos interpelou com uma pergunta difícil. Pudemos responder-lhe de pronto e seguramente porque estudamos sempre as obras de Max Heindel. Foi esta: “Como se explica logicamente o renascimento, sabendo-se que a população do globo vai aumentando cada vez mais? Se os espíritos levam determinado tempo nos mundos superiores e renascem, deveria ser sempre igual à população…”.
Esta pergunta é frequente e pode confundir o Estudante Rosacruz abordado. Por isso, para esclarecimento, aqui vai a resposta: “A Onda de Vida inicial de Espíritos Virginais, da humanidade, evoluiu junta até o Período Terrestre no Globo que mais tarde se tornou o Sol, o centro de nosso Sistema Solar. Mas devida a evolução variada de diversos grupos de Espíritos, foi necessário que tais grupos saíssem do Sol, arrojados com os Planetas que foram aos poucos se diferenciando, entre eles a nossa Terra. Mas não tínhamos impressão de morte, de separação, da perda dos corpos, até inicios da Época Atlante, quando nos “foram abertos os olhos” e tivemos a ilusão de que somos seres separados. Desde então fomos perdendo a visão dos planos internos e temendo a morte, porque não sabemos o que nos espera. Mas os Iniciados da Ordem Rosacruz, que sabem, não por suposição ou por teoria, mas porque veem, inclusive na Memória da Natureza, onde estão os registros de todos os fatos passados, nos explicam que os Espíritos renascem, normalmente, uma vez em cada mil anos, sendo uma vez como mulher e outra como homem, alternadamente, no espaço em que Sol transita, pelo movimento de Precessão dos Equinócios, por cada Signo no Zodíaco (por volta de 2.160 anos). Esta é uma regra geral, com exceções. Particularizando a questão, quanto mais atrasado é um ser humano, tanto mais tempo leva para reencarnar aqui e, contrariamente, quanto mais evoluído, tanto menos tempo. À medida que os seres vão se elevando, os intervalos vão encurtando até que estejam livre da roda de renascimentos sucessivos, que são atualmente uma necessidade evolutiva, para conquista das experiências na escola do mundo. Daí se infere que, ao início de cada Época, os períodos entre renascimentos são mais longos para que se dê tempo ao Ego, de assimilar as experiências novas. Com o tempo, vão se encurtando. Agora, que estamos chegando ao final da Época, os Egos vão renascendo todos mais amiúde, neste cadinho de ensinamentos, que é a Terra. No entanto, os Adeptos e Irmãos Maiores estão além da necessidade de renascimento. Estão aqui para ajudar-nos, por amor”.
Aqui termina a explicação, a resposta que poderia ser muito mais longa e pormenorizada. Citamo-la como ilustração de que, em apenas saberem que pertencemos a Fraternidade Rosacruz, as pessoas, algumas por curiosidade, outras por real interesse, outras por desafio, nos põem a prova. Devemos estar preparados para responder com firmeza ou então, honestamente dizer: “a pergunta é interessante. Vou estudá-la para lhe dar a resposta, segundo nossa Filosofia Rosacruz”. Além disso, como dissemos e repetimos, a preparação do Estudante Rosacruz o torna um membro consciente e atuante, para enriquecimento da própria alma e da alma da Fraternidade, de que fazemos parte.
(Publicado na Revista: Serviço Rosacruz – Maio/1964 – Fraternidade Rosacruz–SP)
[1] N.R.: Assim, todo aquele que ouve essas minhas palavras e as pôr em prática será comparado a um homem sensato que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha. Por outro lado, todo aquele que ouve essas minhas palavras, mas não as pratica, será comparado a um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande sua ruína!”
[2] N.R.: Por que me chamais ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que eu digo? Vou mostrar-vos a quem é comparável todo o que vem a mim, escuta as minhas palavras e as põe em prática. Assemelha-se a um homem que, ao construir uma casa, cavou, aprofundou e lançou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a torrente deu contra essa casa, mas não a pôde abalar, porque estava bem construída. Aquele, porém, que escutou e não pôs em prática é semelhante a um homem que construiu sua casa ao rés do chão, sem alicerce. A torrente deu contra ela, e imediatamente desabou; e foi grande a sua ruína!”.
[3] N.R.: Saindo do Templo, Jesus caminhava e os discípulos se aproximaram dele para mostrar-lhe as construções do Templo. Ele disse-lhes: “Estais vendo tudo isto? Em verdade vos digo: não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja demolida”.
[4] N.R.: Disse-lhe a mulher: “Senhor, vejo que és um profeta…Nossos pais adoraram sobre esta montanha, mas vós dizeis: é em Jerusalém que está o lugar onde é preciso adorar”. Jesus lhe disse: “Crê, mulher, vem a hora em que nem sobre esta montanha nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora — e é agora — em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade, pois tais são os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”
[5] N.R.: Lc 6:39
Podemos dizer, em tom de brincadeira, que no século XVIII, o Iluminismo, “as estrelas já não brilham”.
Esse é o título de um parágrafo do interessante livro: “Astrology: Proof by two” dedicado às estatísticas sobre gêmeos escrito, em 1992, por Suzel Fuzeau-Braesh, pesquisadora em biologia do CNRS.
A partir de 1710, não há mais edições de efemérides astrológicas. Para construir um gráfico, você terá que usar diretórios astronômicos.
No entanto, esse último dá as posições dos Planetas em um sistema de rastreamento vinculado ao equador celeste (ascensão reta e declinação) e não em relação à eclíptica (longitude e latitude celeste) como é necessário na Astrologia. A conversão de um sistema para outro requer conhecimento de trigonometria esférica. E, justamente, a maioria das pessoas que tem esse conhecimento não acredita mais na Astrologia.
Restará então uma vaga astrologia de almanaques que contribui para desacreditar ainda mais a Astrologia.
Diderot (1713-1784) escreve em sua Encyclopédie: “Hoje o nome de astrólogo tornou-se tão ridículo que as pessoas comuns dificilmente acrescentam qualquer fé às previsões dos almanaques”.
Henri de Boulainvilliers (1656-1722), historiador e filósofo, pratica a Astrologia e tenta defendê-la. Infelizmente permite-se prever que Voltaire (1694-1778) morreria aos 33 anos, o que lhe permitiu escrever, em 1757, com o seu humor habitual: “Tive a malícia de o enganar já há trinta anos, pelo que humildemente imploro perdão”.
Citemos os nomes de Cagliostro (1743-1795) e do misterioso Conde de Saint-Germain, considerados aventureiros pelos historiadores, mas que eram Iniciados e conheciam Astrologia.
Max Heindel nos diz em sua resposta à pergunta nº 69 (em “Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas, Volume 2”): “Quando um Adepto cria um corpo é sempre com o objetivo de deixar o lugar onde ele está e iniciar uma nova missão em outro lugar. É por isso que a história nos fala de homens como Cagliostro, Saint-Germain e outros, que um dia aparecem em um determinado meio, fazem um trabalho importante e depois desaparecem”.
Na Pergunta nº 76, do citado livro, ele diz ainda mais claramente: “Eles eram Adeptos…”.
O Iniciado não deve ser confundido com o Conde Claude Louis De Saint-Germain (1707-1778), que foi Ministro da Guerra de Luís XVI entre 1774 e 1777.
Diz-se que o Iniciado “surpreendeu a corte de Luís XV com sua prodigiosa memória”; assim foi antes de 1774, ano da morte de Luís XV.
Max Heindel escreve, no capítulo XVII do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”: “Também podemos citar como exemplo histórico moderno o fato de que o Conde de Saint-Germain (que foi uma das recentes encarnações de Christian Rosenkreuz, fundador de nossa Sagrada Ordem) falou todas as línguas, de modo que todos com quem falava pensavam que ele era um de seus compatriotas. Ele também alcançou a união com o Espírito Santo”.
No final da sua resposta à Pergunta n°69, do citado livro, Max Heindel acrescenta, a propósito de Christian Rosenkreuz: “Diz-se que ele assumiu o corpo de uma dama da Corte de França antes da Revolução e que fez todo o possível para evitar essa catástrofe iminente, embora sem sucesso. Embora acreditemos que isso seja possível, só sabemos disso por boatos”.
Se for esse o caso, deve-se admitir que o conde de Saint-Germain, falecido em 1784, teria continuado sua missão na Corte em um veículo feminino apenas cinco anos antes da Revolução.
Na mesma resposta, Max Heindel diz que um Adepto sai do lugar onde se encontra quando constitui um novo corpo físico, o que pode parecer contraditório, porém, deve-se reconhecer que no caso do Conde de Saint-Germain, foi um caso de emergência, pelo que, excepcionalmente, foi feita uma segunda tentativa, por Christian Rosenkreuz, com o objetivo de evitar esse banho de sangue…
LEI DE BODE
Não se pode deixar o século XVIII sem abordar a lei de Bode, mencionada, por Max Heindel, no primeiro capítulo do livro “Astrologia Científica Simplificada” e no final do segundo capítulo do livro “Mensagem das Estrelas”.
Esse é um capítulo bastante longo porque teremos que considerar as descobertas de diferentes corpos celestes entre o século XVIII e o início do século XXI.
Em 1741, o filósofo alemão Christian Wolff (1679-1754) descobriu que as distâncias dos Planetas ao Sol seguem aproximadamente uma lei geométrica. Mas, essa aproximação é bastante grosseira.
Trinta e um anos depois, outro astrônomo alemão, Johann Daniel Tietz (1729-1796), que latinizou seu nome como era comum na época chamando-se Titius, melhorou essa lei da seguinte maneira: se multiplicarmos por 10, a unidade astronômica (distância média entre a Terra e o Sol), obtemos uma boa aproximação das distâncias médias dos Planetas ao Sol tomando para Mercúrio o número 4, para Vênus o número 7 = 4+3, para a Terra o número 10 = 4+6, para Marte: 16 = 4+12, para Júpiter: 52 = 4+48, para Saturno: 100 = 4+96.
Para quem não é alérgico à matemática, essa lei pode ser expressa da seguinte forma: 10di / d3 = 4+3(2^(i-2))
onde d3 designa a distância média Terra-Sol e di designa a distância média do i-ésimo Planeta do Sistema Solar ao Sol, sendo: “1” Mercúrio, “2” Vênus, “3” Terra, “4” Marte, “6” Júpiter, “7” Saturno.
Recorde-se que só conhecíamos seis Planetas naquele tempo e assinalamos que era necessário ir diretamente de 12 para Marte para 48 para Júpiter, em vez de 24.
Poderia haver um Planeta invisível entre Marte e Júpiter? Os astrônomos logo descobririam.
Em 1778, o diretor do observatório de Berlim, Jean Elert Bode (1747-1826) mencionou essa lei em uma de suas publicações. Acontece que três anos depois, Sir William Herschel (1738-1822) descobriu o Planeta Urano “por acaso”.
Ele estava engajado na Guarda Real Britânica como oboísta e só começou a estudar astronomia aos 28 anos.
Não tendo como comprar um telescópio, ele construiu um, muito mais eficiente, com as próprias mãos (a ampliação era de 200).
Em 13 de março de 1781, por volta das 23 horas, ele apontou seu telescópio na direção “certa” e inicialmente pensou que era um cometa embora não tivesse “aparência peluda” (ele anunciou como um “cometa careca” …).
Vários estudiosos (Brochart de Saron, Laplace, Lexell, …) provaram que era um Planeta. Bode notou que a distância média de Urano ao Sol correspondia bem à mesma lei e é por isso que essa lei tomou o nome de lei de Bode, apesar dos protestos desse último, a quem a lei foi indevidamente atribuída. Posteriormente, esse erro de nomenclatura foi parcialmente corrigido, pois foi acrescentado o nome Titius.
É usando a lei de Titius-Bode que se comprometeu a preencher a lacuna observada entre Marte e Júpiter. Já em 1786, o astrônomo francês Jérôme Lalande (1732-1807), empreendeu essa pesquisa, mas sem sucesso.
Você tem que cruzar o limiar do século 19 e ir para a Itália.
Essa lacuna entre Marte e Júpiter destacada pela lei de Titius-Bode foi preenchida em 1º de janeiro de 1801, no observatório de Palermo, na Sicília, por um astrônomo e monge beneditino chamado Giuseppe Piazzi (1746-1826).
Ele descobriu o maior dos asteroides, Ceres, cuja distância média do Sol corresponde à quinta posição na lei de Bode.
Em 1802, Pallas foi descoberto. Isso intrigou os astrônomos porque era surpreendente que dois Planetas orbitassem tão próximos um do outro.
O espanto aumentou ainda mais quando Juno foi descoberto em 1804 e depois Vesta em 1807. Não se tratava, portanto, de um único Planeta, mas de um conjunto de corpos, que chamamos de “asteroides”, localizados em torno da famosa “distância de Bode”.
Será necessário esperar até 1845 para descobrir um quinto asteroide chamado Astrée.
(de: Introduction: L’Astrologie Selon Les Enseignements Rosicruciens : L’Astrologie Rosicrucien, da Association Rosicrucienne Max Heindel, Centre de Paris – Texte inspiré de l’enseignement rosicrucien légué à Max Heindel par les Frères Aînés de la Rose-Croix – Traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)
O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:
1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos no mês, com as seguintes sessões:
CLIQUE AQUI: ECOS Nº 75 – Agosto de 2022
2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):
A Fraternidade Rosacruz é uma Escola de Filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o Centro Rosacruz em Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.
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SETEMBRO – Sol transitando pelo Signo de Virgem (agosto-setembro)
Libra é o lar dos Senhores da Individualidade. A Hierarquia de Libra, os Senhores da Individualidade, estão divinamente qualificados para ajudar o Discípulo em sua dedicação pela trilha que consiste em estabelecer contato com o Deus vivo interno. As provas do Discípulo nesse ponto são dirigidas ao desenvolvimento da sua faculdade de discernimento, uma das posses mais importantes na Trilha do Discipulado.
Com o Sol entrando em Libra e as forças de outubro impregnando a Terra, chega o festival do Equinócio de Setembro. A constelação na qual o Sol cruza o equador celestial em setembro é Libra, o Signo da balança no simbolismo astrológico, e associada aos ideais de justiça e equilíbrio. Quando o Sol entra em Libra, no Equinócio de Setembro, o sublime Cristo alcança a superfície exterior da Terra.
Lembremos sempre que quando o Sol entra em Libra, a força dourada do Cristo passa pelos reinos terrestres enquanto esse sublime Ser inicia, novamente, o Seu sacrifício anual em um evento denominado: A Crucifixão Cósmica.
De quantas partes compõem o nosso Sistema Digestório ou Digestivo?
Órgãos do trato gastrointestinal
Sobre os vegetais que crescem abaixo da Terra, qual é o único legume que é exceção, ou seja: apesar de crescer abaixo da terra possui mais força solar e muito Éter Planetário e por quê?
Primeiro devemos saber que os melhores alimentos que temos hoje são aqueles que crescem e se desenvolvem sobre a luz solar, pois eles contêm mais força solar, são mais puros e com partículas que estão envolvidas por muito Éter Planetário. Os vegetais que crescem debaixo da Terra são plenos de força terrestre e carentes de força solar. Temos somente um alimento, exceção à essa regra, que é a batata, porque em seus primórdios crescia na superfície da terra, e só em tempos relativamente recentes, começou a crescer debaixo do solo.
Por que quem é vegetariano tem que se preocupar com a B12?
Porque ela está, de uma forma mais fácil de absorção pelo nosso Corpo, presente em peixes de águas frias (salmão, atum, truta, etc.), carnes bovinas e suínas (com destaques para o fígado de boi), em ostras. Podemos obtê-la na alga nori (maior absorção no nosso Corpo), em ovos, queijos tipo camembert e emmental e leite.
A compreensão e a compaixão de que são seres que estão evoluindo próximos a nós como irmãos menores.
Banana – A banana é rica em fibras, potássio e vitaminas.
Das 3 Regiões inferiores: das Paixões e desejos inferiores; da impressionabilidade, e dos Desejos.
O germe do Corpo Denso foi dado pelos Senhores da Chama durante a primeira Revolução do Período de Saturno.
A carência de fósforo é causada principalmente por ingestão deficiente. Os sintomas incluem anorexia, anemia, fraqueza muscular, dor nos ossos, raquitismo (nas crianças) e osteomalácia (nos adultos), aumento da suscetibilidade a infecções, dormência e formigueiro nas extremidades e dificuldade na locomoção. Em situações extremas a carência deste mineral pode mesmo conduzir à morte.
É principalmente, um crescente depósito de:
Portanto essa maior densidade, dureza e rigidez, são causadas pela quantidade de matérias terrosas, calcárias, depositadas no organismo.
Os ossos da criança são compostos de três partes de gelatina para uma parte de matéria terrosa, enquanto no idoso a proporção é inversa.
O sangue tem substâncias terrosas e, ao nutrir o corpo, leva com ele essas substâncias que vão solidificando o Corpo Denso.
Fósforo – onde encontrar?
Vem do latim ablutio, que quer dizer “lavagem”: é um ritual presente em muitas Religiões, como no cristianismo, judaísmo, islamismo e hinduísmo.
A ablução é um rito de purificação, que consiste na lavagem do corpo ou parte dele.
Geralmente ocorrem antes de uma oração ou rito religioso
Para promoverem a saúde e purificarem o Corpo Denso.
O banho geral é de grande valor como meio de conservar a saúde do corpo. Deve utilizado frequentemente pelo Aspirante à vida superior.
A transpiração, sensível ou insensível, expulsa muito mais substâncias terrosas do que qualquer outra função.
Também para promoverem a saúde e purificarem o Corpo Denso.
Proporcionar ao estômago um bem necessário à um merecido descanso.
Permitir ao Corpo eliminar as substâncias gastas.
Se não são frequentes ou demasiadamente prolongados, levam à saúde.
É que o Corpo Vital do homem é feminino ou negativo, enquanto que o da mulher é masculino ou positivo.
Não, porque as Ondas de Vida, estão em estágios diferentes, e por essa razão, os vegetais se oferecem em serviço as Ondas de vida mais evoluídas.
No alimento animal (oriundo dos seres da Onda de Vida Animal) as células já se tornaram mais individualizadas, e o animal já tem um Corpo de Desejos, que lhe proporciona uma natureza passional, além de ter uma consciência semelhante ao estado de um sono com sonhos;
Já os vegetais, ainda não possuem Corpo de Desejos e vivem num estado de consciência de “sono sem sonhos. Suas células ainda possuem pouca individualidade própria.
Não. Os minerais não têm Corpo Vital separado como o ser humano não está constituído de forma a poder viver de um tipo de substância “somente densa”.
Nós dissemos: “Quando uma pura substância mineral, como o sal, é ingerida, ela passa através do corpo, deixando muito pouco atrás de si;
Mas, o pouco que deixa, é de natureza prejudicial” – porque tende a endurecer e cristalizar;
Alimentando-se de vegetais, o homem assimila – em segunda-mão, como forma de expressão — os minerais que ele necessita.
A Lei da Assimilação declara que: nenhuma partícula do alimento pode vir a formar parte do corpo, a menos que suas forças tenham sido absorvidas pelo Espírito interno porque ele deve ser o regente absoluto e incontestável do corpo, dominando a vida das células, como um perfeito autocrata, pois, do contrário, cada uma delas seria independente, como ocorre quando o Ego abandona o corpo por ocasião da morte.
O Sistema Digestório tem a função de realizar a digestão, ou seja, fracionar os alimentos e transformar as macromoléculas em micromoléculas
No atual momento do nosso processo evolutivo, a Terra vem passando por uma ação regeneradora, que vem purificando os veículos do Planeta. Consequentemente, a humanidade tem a oportunidade de prover seus veículos de material cada vez mais refinado. Futuramente viveremos em outras condições ambientais.
O globo terrestre, apesar da imperfeição de seus habitantes, está se eterizando. E os Egos, à medida que renascem, têm o privilégio de construir corpos cada vez mais sutis. Isso implica na necessidade de transformações e novas adaptações. Nossa dieta insere-se nesse contexto.
Ela deve ser mais pura, mais saudável, composta, preferencialmente, de alimentos superabundantes de Éter. Ganham especial destaque, nesse quadro, as frutas e hortaliças frescas.
As duas razões são importantes, mas a segunda é fundamental e mais relevante.
Não, porque, quando a fruta está madura, já realizou o seu propósito: agir como matriz da semente.
Se não é aproveitada, apodrece e perde-se.
Além de ser destinada a servir de alimento ao animal e ao ser humano, ao cair no solo fértil proporciona à semente oportunidade de germinar.
Idem para todos os outros vegetais.
Não, porque o ovo não possui um Átomo-semente de um Ego e nem a matriz do Corpo Vital, portanto, são ainda desprovidos de vida.
Somente na incubação, é que a vida do Espírito-Grupo nele penetra para produzir um Corpo Denso.
Se esmagamos ou cozinhamos o ovo ou a semente, ou se não lhes proporcionamos as condições necessárias para a vida, a oportunidade se perde. Isto é tudo.
Não. Temos ainda que lembrar:
A Fraternidade Rosacruz não obriga o Estudante a nenhuma ação, respeitamos o livre arbítrio de cada um.
Até porque, a carne deve ser abandonada aos poucos.
O esperado é que a medida que o Estudante vá progredindo em seus estudos, ele mesmo possa tomar suas decisões e fazer suas escolhas, segundo os ditames de seu coração.
Cabeça e Coração
Muitas pessoas dizem que a “Cabeça” tem maior importância que o “Coração” (ou seja, o intelecto mais importante que a devoção). Outros dizem ser o “Coração” ser da maior importância.
A Fraternidade Rosacruz nos esclarece que a importância está no EQUILÍBRIO entre ambos.
Tanto um como o outro agindo isoladamente nem sempre produz bons resultados. Ambos devem funcionar em estreita e íntima colaboração.
Na Escola Fraternidade Rosacruz se aprende que não se deve pender somente para um dos lados, que não se deve desenvolver unilateralmente.
Equilibrando as funções e a pessoa tendo discernimento, com certeza, andará a passos largos e não perderá tempo debatendo qual tem maior importância.
Se as funções intelectuais e devocionais (caminho ocultista e caminho místico) estiverem equilibradas, portanto, harmonizadas, quando o “Coração” sente, a “Razão” sanciona, e quando a “Cabeça” pensa, o “Coração” faz com que a “Razão” sinta o problema, evitando deste modo, que ela se torne tirânica. “Razão” e “Devoção”, portanto, em perfeita consonância, no campo da ação.
Os Irmãos Leigos, os Adeptos e os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, por exemplo, são seres que já conquistaram esse tão importante equilíbrio.
Também os quatro Evangelistas, autores dos quatro Evangelhos na Bíblia, demonstraram um perfeito equilíbrio entre “Cabeça” e “Coração”.
Também, quando estudamos as Cartas ou Epístolas de São Paulo, na Bíblia, vemos que o conteúdo delas é todo um equilíbrio entre “Cabeça” e “Coração”.
O mesmo resultado podemos ver quando estudamos – não somente lemos! – o livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”, uma grande obra, onde não se pode dizer que foi feita com mais “Cabeça” do que “Coração”, nem mais “Coração” do que “Cabeça”.
Procuremos então esse equilíbrio para agirmos intensamente e conseguirmos grandes realizações espirituais enquanto trilhamos o Caminho de Preparação e da Iniciação Rosacruz!!
A Espiritualização dos nossos lares
É possível espiritualizar nossos lares, abençoando-os.
Podemos e devemos formar uma atmosfera espiritual em nossos lares, devotando uns poucos momentos, todos os dias, a uma prece sincera de ação e graças e de consagração.
Assim fazendo, formaremos uma vibração tal que atrairemos bons hóspedes, além de termos harmonia dentro de nossos lares. Tornaremos ali um lugar de conforto, inspiração, força e paz, onde todos se sintam bem. Formaremos uma linda egrégora em torno desse lar, e com certeza não daremos brecha para “espíritos sem luz, brincalhões ou obsessores”, tanto Elementais como irmãos ou irmãs desencarnados apegados à Terra, se achegarem, se adentrarem e assim nos perturbarem.
Crianças que crescem em lares de harmonia, com orações, sem brigas, sem xingamentos, rodeadas de amor e com exemplos de hábitos cotidianos saudáveis são enormemente fortificadas para as experiências da vida, pois essas vibrações constroem seus Corpos Vitais, uma fortaleza espiritual.
Os Estudantes Rosacruzes, conhecedores e treinados – pela prática de Exercícios Esotéricos – sobre o poder do pensamento, têm o grande privilégio e a responsabilidade de empregarem seus dons mentais e emocionais, para impregnarem seus lares, locais de trabalho e qualquer lugar que adentrarem, com vibrações elevadas, sempre se ligando à luz.
Qualquer lugar que nos hospedarmos, façamos uma oração e procuremos impregnar tais lugares com bons pensamentos e emanações amorosas.
Qualquer pessoa sensitiva percebe o bom ambiente ao entrar, da mesma forma que pessoas incrédulas, materialistas ou que não estão bem espiritualmente (ou seja, relaxamos em cuidarmos – “gastarmos tempo” nessa importantíssima dimensão da nossa vida aqui) não se sentem bem em tais ambientes, se sentem incomodadas, algumas chegam a ficar irritadas e logo querem sair desse local!
A Fraternidade Rosacruz tem à nossa disposição a seguinte oração Cristã:
Oração do Lar:
“Senhor, cuida do nosso lar – que não se apague o fogo; vela pela integridade de nossa família; estreita os laços de nosso mútuo afeto – que nada o consiga violar.
Dá-nos hoje o pão de cada dia; provê as nossas precisões e conserva-nos na alegria.
Guarda a incolumidade corporal e espiritual de nossos filhos e das nossas filhas, físicos e espirituais.
Fica, Senhor, conosco, já que nos reunimos em Teu nome. Entre nossos retratos sorridentes, o que de Ti guardamos é de quem padeceu crucificado para que não fosse vã nossa alegria; nos revela, pois, Tua presença no sorriso dos nossos filhos e das nossas filhas, em nossas expansões de afeto e, mais ainda, nas renúncias que nos inspiras para a felicidade em nosso lar. Amém”.
Lembremo-nos se somos incrédulos, materialistas ou não estivermos bem espiritualmente, a oração em si não gerará nenhum efeito e será apenas um monte de palavras ditas sem efeito! Assim, se for o caso, primeiro nos emendemos e depois comecemos à prática dela.
Que seja a oração que for, de sua preferência, crie o hábito de fazê-la. Façamos todos os dias essa, importante, maneira Cristã de agir!
Transfiguração
Foi a partir da Transfiguração que o trabalho de Cristo Jesus e toda a Sua vida na Terra realmente começaram.
Tendo experimentado as provas da tentação, que para Ele não foi meramente pessoais, mas experiências cósmicas, o Corpo Denso pelo qual Ele apareceu como um homem entre os homens foi completamente transmutado em Espírito.
Este corpo não foi Seu próprio corpo, mas um corpo dado para Ele utilizar por Jesus, o mais puro e mais perfeito corpo humano (Corpo Denso) já produzido pela Onda de Vida humana.
Séculos se passaram em sua preparação, por meio de hereditariedade controlada e cuidadosa, entre as mais belas e mais fortes famílias que viveram naquelas épocas, famílias de príncipes da Casa de Davi, de quem o herdeiro do trono foi sempre chamado de Messias.
Na repentina revelação Crística, pela Glória arcangélica que estava, então, dentro dos Corpos Denso e Vital se Jesus, os Discípulos souberam que estavam na presença de um Poder Cósmico.
Os três Discípulos, São Pedro, São Tiago e São João, viram diretamente a Glória juntos a eles, ajoelharam-se e foram envolvidos por ela, imediatamente.
Foi o Cristo Cósmico, localizado no meio da Glória Solar, que ensinou a Seus Discípulos os mistérios mais profundos da nova fé na nova Era, a Era de Peixes, que eles iriam, então, transmitir ao grupo de discípulos mais próximos do futuro.
De todos os Quatro Evangelhos, o Evangelho Segundo São Mateus fornece a mais detalhada noção deste sublime evento.
Para se entender o que é ali revelado, nós devemos compreender que Cristo vem de um lugar que nós chamamos de o Mundo do Espírito de Vida, que é outro nome dado para o Reino da Consciência Universal ou Consciência Crística. Este mundo é o Seu lar.
(*) Pintura: The Transfiguration by Raphael Sanzio (1483-1520) 1518-20
No monte da Transfiguração, Ele apareceu para seus três mais avançados Discípulos, trajando uma vestimenta de gloriosa luz que pertence àquele alto plano celeste; os três estavam ali com Ele, em consciência, embora para a visão física eles estavam dormindo, eles todos estavam em pé sobre o plano terrestre, no que diz respeito ao corpo.
São João, mais tarde, descreve este brilho transcendente da seguinte maneira: “Nós contemplamos a Sua Glória, a Glória como a do Unigênito do Pai”.
Neste Mundo universal, as figuras cósmicas são encontradas como pertencentes ao nosso Esquema de Evolução, um completo e imperecível registro de tudo o que foi experimentado pelo ser humano e os estelares que pertencem a esse Esquema de Evolução, desde o alvorecer da criação; pois este é o mais elevado dos mundos que possui o Livro da Memória de Deus e no qual os Anjos podem ler. Os Discípulos foram levados, conscientemente, a este plano superior. Sobre o Monte da Glória, a benção ouvida no Batismo, no início dos três anos de ministério, é ouvida novamente: “Este é meu Filho amado, em quem Me comprazo”; mas esta benção marca uma nova e mais elevada fase do Trabalho do Cristo!
É de suma importância que todo Aspirante à vida superior, o Estudante Rosacruz, que se emprega em trabalhos mentais e espirituais, dê ao cérebro uma importante substância para o seu cérebro, o FÓSFORO.
O cérebro é o órgão coordenador que domina os movimentos do Corpo.
O cérebro é constituído pelas mesmas substâncias que as demais partes do Corpo, mas, além delas, o fósforo é um elemento essencial para o cérebro.
O fósforo é o alimento particular mediante o qual podemos expressar pensamentos aqui no Mundo Físico e influenciar o Corpo Denso.
Níveis adequados de fósforo garantem uma função cerebral adequada e crescimento cognitivo e desenvolvimento.
Estudos têm relacionado uma deficiência de fósforo para um aumento do risco de mau funcionamento cognitivo, e o aparecimento precoce de doenças neurológicas, tais como a doença de Alzheimer e a demência.
Podemos mantê-lo na nossa dieta alimentar diária, através dos seguintes alimentos:
– Ovos, leite e todos os seus derivados (coalhadas, iogurtes, queijos), tofu, soja, aveia, ervilhas, lentilhas, chocolates (acima de 70% e amargo), castanhas, amendoins, grão de bico, sementes de girassol e de abóbora, nozes, avelãs, cevada, favas, linhaça, feijões (todos os tipos), beterrabas, especialmente as folhas, cenouras, especialmente as folhas, pastinaga, especialmente as folhas, ananás e no caldo de cana (garapa), e outros que você pode encontrar pesquisando na internet.
Vejamos então os que mais se adequam aos nossos gostos e façamos uso desses maravilhosos alimentos!
Progressão
Aprendemos na Fraternidade Rosacruz que não existe a inércia e inutilidade na natureza. O órgão que não se usa, atrofia.
Os desafios da vida são naturais e necessários para o desenvolvimento, e proporcional a cada indivíduo.
Aquele que se adapta e age construtivamente, progride; o que para, retrocede.
Aí está o verdadeiro conceito de mocidade e velhice: no sentido interno, aquele que desanima e para, morre para a vida, cuja finalidade é o desenvolvimento das faculdades internas, que herdamos do nosso Criador.
O Cristão consciente é honesto, sempre dá o melhor que pode em seu trabalho, no seu lar, na sociedade, porque sabe que, ao retardar seu dever, ao negligenciar as suas tarefas, negligencia a si mesmo, e receberá dos outros exatamente na medida do que dá.
Isto se aplica aos indivíduos, às empresas, aos agrupamentos sociais, etc.
Quanto mais produzem, construtiva e legitimamente, crescem muito mais, em todos os sentidos.
Faz-se necessário vencermos as tentações dos maus exemplos e das insinuações aparentemente justas.
Um erro nunca justifica o outro.
Cumpramos cada um nosso dever. Não esperemos pelo outro.
Façamos tudo cada vez melhor!
Afinal: “Toda árvore que não dá bom fruto, é cortada e lançada ao fogo”.
Pergunta: Quando morremos, vamos imediatamente para os Planos Espirituais ou permanecemos na Terra até aceitar a morte e, então, ir para o Mundo do Desejo? O que são os famosos fantasmas? Não são pessoas que se recusaram a ir para o Reino Espiritual?
Resposta: Depende exclusivamente de você. Normalmente o que ocorre: se se morre apegado a alguma coisa aqui (carro, pessoas, riquezas, posição social, ou quaisquer outros bens materiais) é difícil querer entrar no Purgatório (mesmo nem sabendo o que isso significa) e fica-se o que chamamos de “apegado à Terra” (No livro o Conceito Rosacruz do Cosmos temos vários exemplos) – sim, podemos chamá-los de fantasmas e, sim, se recusam a prosseguir o caminho natural e tentam o máximo possível ficar “por aqui”. Agora, caso contrário (o que muitas vezes ocorre com quem está sofrendo com dores físicas atrozes aqui) a pessoa sente um alívio tão grande de se “livrar” desse Corpo Denso, no caso já decrépito, que parte direto para o Purgatório (mesmo nem sabendo o que isso significa)!
Pergunta: No Purgatório, além do mal que fizemos a outros, também expurgamos o mal que fizemos a nós próprios?
Resposta: Sem dúvida alguma, mesmo porque quando fazemos “o mal a nós próprios” também fazemos aos outros, já que somos responsáveis pela evolução espiritual de todos que estão a nossa volta, saibamos ou não.
Pergunta: Gostava de perceber se, também expurgamos o seguinte: os pensamentos negativos que produzimos sobre nós próprios e os sentimentos negativos que podemos alimentar em relação a nós mesmos?
Resposta: Sem dúvida alguma, já que o Éter de onde foi gravado quando do fato ocorrido, leva com ele todas as impressões, sejam elas de pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras e ações. Nada escapa a essa perfeita e completa gravação. Tanto é que quando vamos à Memória da Natureza e revivemos um fato, ele nos é sentido em toda as suas dimensões: pensamentos, desejos, emoções, sentimentos, palavras, atos, obras e ações.
Pergunta: Expurgamos também o fato de nos termos desviado, por meio da dispersão e distração por exemplo, daquilo que, no Terceiro Céu, escolhemos vir fazer a este plano (neste caso não me estou a referir àquilo a que não temos mesmo hipótese de fugir, o chamado “Destino Maduro” se não estou em erro)?
Resposta: Como o Panorama da Vida que escolhemos no Terceiro Céu só está gravado os fatos principais (especialmente àqueles em que temos que aprender a lição pela dor e sofrimento, que conhecemos como Destino Maduro), então somente esses, se desviamos, procrastinamos ou nos dispersamos que será purgado. Os demais fatos não estão no Panorama da Vida, cabendo a nós escolhermos que caminho queremos tomar para aprender tais lições. Agora…se não a aprendemos, também será purgado, como lição não aprendida, o ensino não será suspenso.
Pergunta: Os acontecimentos do sonho estão apenas na minha Mente, de modo que todos os personagens, paisagens e detalhes do sonho sejam um efeito da minha criatividade mental e, portanto, eu mesmo, ou são eventos que ocorrem objetivamente em algum lugar além do mundo material?
Resposta: Todos eles estão na porção do material do Mundo do Pensamento que você especializa para você e que você utiliza a Mente como veículo para nele funcionar. Como é em cima, é embaixo ou macrocosmo e microcosmo, é o seu “Mundo do Pensamento individual”. Quando você precisa, você busca mais material no Mundo do Pensamento “externo” ao seu. Como tudo está interpenetrado e no Mundo do Pensamento não existe lugar, tempo, espaço, temperatura, distância, tudo está “aqui e agora”, dentro de você.
Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.
Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura
Datas de Cura:
Setembro: 05, 12, 19, 26
“Só ele cura os de coração quebrantado
e cuida das suas feridas.” Salmos 147:3.
Cabeça–Coração
Em torno desse tema, debatem-se, milenarmente, quase todos os seres humanos, e, de modo especial, os filiados as diversas escolas, espiritualistas ou não.
Uns acham que a Cabeça tem maior importância.
Outros inclinam-se para o Coração.
Entretanto, a Ordem Rosacruz, através da Fraternidade Rosacruz, essa última fundada em 1909, por seu fiel mensageiro, Max Heindel, lançando luz sobre tão magno problema, nos esclarece que a importância está no equilíbrio.
Equilibrar a Cabeça e o Coração é tocar no ponto fundamental para a realização integral do homem ou da mulher.
É de suma importância o equilíbrio das funções intelectual e cardíaca. Essas funções equilibradas permitem, portanto, a harmonia. Assim, quando o Coração sente, a Razão sanciona, não deixando de aparar, todavia, os excessos. E, quando a Cabeça pensa, o Coração faz com que a Razão sinta o problema, evitando, desse modo, que ela se torne tirânica.
Conclui-se, então, que tanto um, como o outro, atuando isoladamente, nem sempre produz bons resultados. Por esse motivo, nada mais importante do que o conjunto, ambos funcionando em estreita e íntima colaboração, tendo em vista o progresso e felicidade do ser humano.
Nenhuma delas deverá, pois, querer se trajar de mais importante do que a outra. E, aquele que assim opinar, pendendo para um lado ou para o outro, mesmo que esteja imbuído da melhor intenção, revela estar vivendo, ainda, uma das fases de desenvolvimento unilateral.
Contudo, o esforço que cada um empreende, é algo respeitável. Produzirá, seguramente, resultado positivo. Contudo, se for empregado como a Escola Rosacruz orienta, o candidato dará largos passos, por meio do equilíbrio das funções.
Razão e Sentimento em perfeita consonância, no campo da ação. Após o equilíbrio, resta agir intensamente. O ser humano tem, agora, unidade para tanto. Está, portanto, apto às grandes realizações.
Quando o Probacionista atinge o equilíbrio Cabeça-Coração, encontra-se, sem a menor sombra de dúvida, às portas do Discipulado. Não importa o seu tempo de Probacionismo. Aliás, quanto menos tempo gastar para ingressar no grau seguinte, demonstra maior capacidade evolutiva. Não mais se prende a este ou aquele aspecto, exatamente porque se tornou um todo harmônico, em plena atividade. Seu desenvolvimento passou a ser total, tendo deixado para trás o sentido parcial das coisas. Assim, acaba de ampliar seu campo de realizações.
Ao discorrer a respeito do presente tema, dissemos logo no começo, quase todos os seres humanos. Não falamos todos, porque não seria justo incluir os Discípulos, Irmãos Leigos, Adeptos, etc. Esses são Seres que já conquistaram o equilíbrio, razão pela qual não há o que falar em desajuste de ditas funções. Então, esta é a verdade, em condições de ensinar a outros como equilibrá-las.
Examinando trabalhos dos Iniciados, neles constatamos haver completa fusão da sabedoria e do amor. Nas Cartas de São Paulo, por exemplo, o conteúdo delas é todo sabedoria-amor. Não pode haver trabalho sábio, sem que seja feito amorosamente. E, por outro lado, não existe trabalho amoroso que não encerre profunda sabedoria.
Tomemos os Evangelhos e, a cada passo, sentimos de perto o extraordinário equilíbrio da Cabeça-Coração, demonstrado pelos Evangelistas. A mesma coisa verificamos no Livro “Conceito Rosacruz do Cosmos”. Seria difícil dizer que nessa obra foi colocado mais amor do que sabedoria ou mais sabedoria do que amor. O que podemos perceber, entretanto, é que ambos foram colocados em alto grau.
Assim como não se chega à Iniciação sem primeiro alcançar o equilíbrio Cabeça-Coração, acrescido de intensa e desprendida ação, absurdo seria acreditar que existe Iniciado inconsciente. Na Iniciação, fornecida pela Ordem Rosacruz, cada um terá que percorrer o Caminho de Iniciação Rosacruz, palmo a palmo, sem o que tal Iniciação jamais se consumará.
Lembrem-se que o candidato é quem se carrega ou se prepara, através da própria jornada que empreende. Realizada a Iniciação, o Iniciado tem a consciência de vigília concernente à mesma. Um valor real ela encerra, tanto no Mundo visível, como nos Mundos invisíveis. Ajudado por Deus, é uma conquista sublime que o Ego alcança!
(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – 09/1964 – Fraternidade Rosacruz)
Pergunta: Lemos sobre almas novas e almas velhas. Não nos iniciamos todos nesta vida terrena ao mesmo tempo, ou alguns já vieram para cá em uma onda de vida anterior? Não são os de cor branca da mesma idade anímica?
Resposta: Começamos ao mesmo tempo como Espíritos Virginais, em nossa peregrinação evolutiva; entretanto, desde o início alguns adaptaram-se mais ao ambiente. Portanto, desde os primórdios, alguns atrasaram-se nessa escola da vida, da mesma forma que acontece atualmente com as crianças, em nossas escolas. Alguns são mais precoces que outros, e estes, naturalmente, são mais capazes de passar, na escola da vida, pelas fases da evolução, atingindo um grau de consciência mais elevado.
Assim, a onda de vida que hoje é humana dividiu-se automaticamente em várias classes que agora conhecemos como raças branca, negra, vermelha e amarela; os mais atrasados da escola são atualmente os antropoides superiores (bonobos, chimpanzés, orangotangos e gorilas). Por outro lado, há os que se revelaram particularmente precoces e galgaram mais degraus, em termos de evolução, do que a maior parte da humanidade. São pouquíssimos, comparativamente falando; no entanto, encontramo-los entre os Iniciados, Adeptos e os Irmãos Maiores da humanidade, que estão no topo da escada da onda de vida humana. Por conseguinte, é certo que todos nós estamos percorrendo a estrada da evolução no mesmo período de tempo, mas alguns foram mais adaptáveis, mais diligentes. Consequentemente, acumularam para si mais experiência. É isso que constitui realmente a idade da alma, de forma que aqueles que alcançaram maior conhecimento podem ser chamados “almas velhas”, enquanto aqueles que estão atrás são, falando em termos comparativos, “almas novas”. Os Espíritos que habitam os antropoides podem ser considerados “sem alma”.
(Pergunta nº 35 do Livro Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. 2)
Pergunta: Na literatura oculta menciona-se o Templo de Lhassa no Tibet. A que Fraternidade ou Ordem pertence esse Templo, e será verdade, conforme relatado, que lá a “Palavra Perdida” é conhecida e cuidadosamente guardada?
Resposta: Segundo todas as declarações, e até onde o autor conhece por meio do contato mantido com os membros dessa comunidade nos Mundos invisíveis, a elevação espiritual atingida por alguns dos irmãos dessa Ordem é de um grau muito elevado. Eles estão realizando um nobre trabalho com seu povo no Oriente, mas, como qualquer outra instituição do Mundo Físico que é percebida pelos sentidos e aberta aos visitantes, por maiores que sejam as restrições, não é uma escola de mistérios. As escolas de mistérios são todas na Região Etérica, e são visitadas apenas por Iniciados que aprenderam a deixar os seus corpos físicos.
Com relação à parte da pergunta que diz: “Será verdade que lá, a ‘Palavra Perdida’ é conhecida e cuidadosamente guardada”, podemos dizer que todas as probabilidades indicam que sim. Não obstante, ela é também conhecida e cuidadosamente guardada em muitos outros lugares do mundo fora das escolas de mistérios, e para esclarecer plenamente esse ponto, é necessário que entendamos o que constitui os diferentes graus do dom espiritual e do poder dos quais são dotadas várias classes da humanidade e que marcam o seu estágio de evolução.
Há, em primeiro lugar, os Clarividentes Involuntários, que têm, às vezes, o poder de perceber coisas e acontecimentos nos Mundos invisíveis. Quando o poder se manifesta, eles veem tudo que se apresente diante de sua visão, independentemente de eles gostarem ou não, e eles são incapazes de evitar essas visões e cenas. A seguinte categoria, mais elevada, é a do Clarividente Voluntário, que é capaz de ver quando quiser e apenas o que desejar, além de poder evitar a visão a qualquer instante voltando à sua consciência física normal. Logo acima dele, na escala ascendente, encontra-se o Iniciado, que aprendeu a deixar voluntariamente o seu corpo físico e a entrar como espírito livre nos Mundos invisíveis. Ele atua lá tão normalmente como o faz neste reino da natureza.
Ele vê e ouve tudo que desejar, mas, além disso, ele foi Iniciado nos mistérios dos Mundos invisíveis. Ele não só vê e ouve, mas sabe o que são as coisas e o que significam.
O Clarividente Voluntário, que é apenas capaz de ver e ouvir, está sujeito à ilusão no que se refere aos elementos que surgem diante da sua visão. Os elementais, que têm o poder de revestir-se da mutável matéria de desejos, deleitam-se particularmente em iludir e até atemorizar os Clarividentes de ambas as categorias, os Voluntários e os Involuntários. Eles podem tomar a forma de amigos falecidos dessas pessoas, e são responsáveis por grande parte dos disparates e falsas informações emitidas nas reuniões espíritas. É impossível a uma dessas entidades iludir um Iniciado, pois ele foi instruído nas escolas de mistérios a respeito de tais assuntos.
Num grau de espiritualidade ainda mais elevado encontra-se o Adepto, que não só é capaz de ver e saber, mas tem também o poder sobre as coisas dos Mundos invisíveis. Ele graduou-se na escola de mistérios e aprendeu a usar a Palavra Criadora, a palavra do poder, que foi perdida pela humanidade em sua descida para a matéria.
Pode haver um ou mais desses Adeptos no Templo de Lhassa no Tibet, como também em outros lugares no mundo. Assim, essas pessoas detêm, naturalmente, a palavra do poder e guardam-na cuidadosamente, pois é um segredo perigoso, uma faca de dois gumes, que seria com certeza uma arma suicida nas mãos de uma pessoa que não esteja evoluída até ao ponto em que possa estar espiritualmente apta a possuí-la.
(Pergunta 140 do Livro “Filosofia Rosacruz por Perguntas e Respostas vol. II”, de Max Heindel)