Arquivo de categoria Treinamento Esotérico

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Piano, as Notas, as Frequências, Escala Musical e correlação com os nossos veículos

O piano não é o resultado do esforço do ser humano para reproduzir os tons do seu próprio eu interior, mas é um produto da percepção do ser humano materializada na música e, consequentemente, é um instrumento puramente terrestre. Portanto, não é apenas um instrumento interessante, mas um instrumento valiosíssimo para aqueles verdadeiros músicos que são capazes de contatar a autêntica música do Mundo celestial, trazê-la à Terra e fazendo com que o ser humano produza um instrumento capaz de reproduzi-la. O piano é o instrumento que preenche quase todo o espectro de frequência, e é um dos únicos.

Ainda que todos os instrumentos mecânicos e o rádio sejam de grande utilidade, nunca substituirão o piano, para aqueles que aprenderam o valor dos acordes correlacionados ao desenvolvimento do Espírito e de todos os seus veículos. O teclado do piano apresenta para o executante suas 88 teclas (52 brancas e 36 pretas), que produzem 124 notas.

As teclas brancas produzem 52 (5+2) dos 124 (1+2+4) tons, e as teclas pretas produzem 72 (7+2) tons.

As notas são essas – e a frequência (em Hertz – Hz) de cada uma delas, considerando o padrão: Lá em 440 Hz:

Nove é o número da humanidade e sete (3+4) é o número dos três (3) poderes espirituais do ser humano (N.R: Espírito Divino, Espírito de Vida e Espírito Humano), mais seus quatro (4) veículos – Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos e Mente.

Existem cinco (5) linhas na pauta musical e quatro (4) espaços – 5 + 4 = 9 – e temos outra vez o número da humanidade:

Existem sete notas na escala musical: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, que mudam de posição na pauta. Por exemplo, se a escala é Dó natural, o primeiro Dó é encontrado na linha acrescentada abaixo da pauta (isso na clave de Sol):

Se há um sustenido do Dó, ele deve ser indicado junto da nota, ou na armadura, logo depois da clave de Sol, no espaço entre a terceira e quarta linhas da pauta. Isto nos indicará que estamos no tom de Ré Maior (escala com dois sustenidos: Fá # e Dó #):

Se há um bemol – por exemplo: Sib – ele deve ser indicado logo depois da armadura da clave de Sol, na terceira linha da pauta. E teremos, então, o tom de Fá Maior, sendo que a nota Fá será escrita no primeiro espaço da pauta (entre a primeira e segunda linhas):

A nota-chave de Áries é Ré bemol Maior (D flat Major, Db ou Reb Maior) que tem cinco bemóis, a saber: Sol bemol, Lá bemol, Si bemol, Ré bemol e Mi bemol.

A nota-chave de Touro é Mi bemol Maior (E flat Major ou Eb ou Eb Maior), que tem 3 bemóis, a saber: Lá bemol, Si bemol e Mi bemol.

A nota-chave de Gêmeos é Fá sustenido Maior (F sharp Major ou F# ou F# Maior), que tem 6 sustenidos, a saber: Lá sustenido, Dó sustenido, Ré sustenido, Mi sustenido, Fá sustenido e Sol sustenido.

A nota-chave de Câncer é Lá sustenido Maior, que tem 4 bemóis, a saber, Lá bemol, Si bemol, Ré bemol e Mi bemol.

A nota-chave de Leão é Si sustenido Maior, que tem 2 bemóis, a saber, Si bemol e Mi bemol.

A nota-chave de Virgem é Dó natural Maior e não tem sustenido ou bemol.

A nota-chave de Libra é Ré Maior, e tem 2 sustenidos, ou seja, Fá sustenido, Dó sustenido.

A nota-chave de Escorpião é Mi Maior e tem 4 sustenidos, a saber, Fá sustenido, Dó sustenido, Sol sustenido e Ré sustenido.

A nota-chave de Sagitário é Fá Maior e tem 1 bemol, a saber, Si bemol.

A nota-chave de Capricórnio é Sol Maior e tem 1 sustenido, a saber, Fá sustenido.

A nota-chave de Aquário é Lá Maior e tem 3 sustenidos, Fá sustenido, Dó sustenido e Sol sustenido.

A nota-chave de Peixes é Si Maior, e tem 5 sustenidos, a saber, Fá sustenido, Dó sustenido, Sol sustenido, Ré sustenido, Lá sustenido (Mi e Si são as únicas não sustenidos).

 (trecho do Livro: A Escala Musical e o Esquema de Evolução, digitalmente publicado pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Cérebro: Oficina Física do Ser Humano

O cérebro está dividido em três partes principais: o cérebro (grande cérebro superior), o cerebelo (pequeno cérebro central) e a medula oblongata (pequeno cérebro inferior).

O cérebro é usado pelo Espírito para expressar a consciência física e o pensamento direto. É o instrumento usado pelo Espírito para expressar seus poderes mais elevados da vontade no plano físico.

O cerebelo é a parte do cérebro que o Espírito usa para realizar a coordenação em relação aos movimentos do corpo, ligando as separadas atividades dos nervos a uma ação equilibrada e harmoniosa através do poder unificante da coesão. O cerebelo está correlacionado ao segundo aspecto do ser humano, a Sabedoria.

A medula oblongata (bulbo raquidiano, medula oblonga ou simplesmente bulbo) é a parte do cérebro usada pelo Espírito para controlar as pulsações do coração, a contração dos vasos sanguíneos e a respiração. Sem esta atividade do cérebro, os processos da vida física não poderiam continuar. A medula oblongata está, portanto, ligada ao terceiro poder do ser humano, sua Atividade em manifestação.

O cérebro é permeado pelas substâncias do Corpo Vital, do Corpo de Desejos e do Pensamento Abstrato e Concreto. É, portanto, a oficina física particular do Espírito, com seu material próprio e com todos os seus veículos convenientemente reunidos e prontos para serem usados. Impressões causadas pelo mundo exterior atingem o Espírito por meio de um ou dos cinco sentidos físicos e por meio do canal do Corpo Vital.

O Espírito, Ego, o ser humano real, é o pensador. O processo de pensar é o seguinte: a vontade desperta a imaginação e ela visualiza uma ideia composta de substância do pensamento abstrato que permeia o cérebro. Esaa ideia do pensamento abstrato é, então, projetada pelo poder da vontade na lente da Mente, que transfere a ideia para a substância do pensamento concreto contida naquela parte da Mente do ser humano e que permeia o cérebro. Aqui, a ideia é envolvida pela substância do pensamento concreto e agora é um pensamento-forma. O pensamento-forma, assim criado, é projetado na substância do Mundo do Desejo que permeia o cérebro. Essa substância do Mundo do Desejo, estando correlacionada à atividade, dá ao pensamento forma e poder para agir, o que geralmente resulta em algum tipo de manifestação.

No estudo do pensamento e da Mente lembremos que o pensamento é um poder do Espírito e a Mente, composta de substância do pensamento concreto, é o veículo que liga o Espírito ao seu cérebro etérico e físico. A Mente está harmonizada com Fá maior ou um bemol e sua escala começa com Fá. O Corpo Vital está harmonizado com o Dó natural e sua escala começa com Dó. O Corpo Denso está com Lá sustenido maior, que tem quatro sustenidos e três duplos sustenidos. Portanto, toda música escrita nesses três tons tem um efeito decisivo sobre a Mente, sobre o cérebro do Corpo Vital e o cérebro do Corpo Denso. Estão intimamente ligados ao Espírito e ao desenvolvimento de seus poderes potenciais que são: Vontade (poder do Espírito Divino), Sabedoria (poder do Espírito de Vida), e Atividade de germinação (poder do Espírito Humano).

O pensamento está correlacionado com a Vontade, o primeiro poder do Espírito. Ele expressa-se primeiro como uma ideia que ainda não adquiriu forma. Depois, o segundo poder do Espírito, a Sabedoria, atrai substância do pensamento concreto para a ideia e temos um pensamento-forma. Um pensamento-forma pode ser puramente mental se não for alterado pelo desejo. Contudo, em nosso atual estágio de evolução, poucos pensamentos estão isentos de algum grau de desejo.

O Mundo de Pensamento é o reino da música e o lar da Onda de Vida sagitariana, os Senhores da Mente. Consequentemente, seria quase impossível produzir um pensamento forma separado da música. Quando o pensamento-forma está revestido pela substância de desejo, a cor é acrescentada a ele, uma vez que o Mundo do Desejo é o reino da cor.

Para resumir a construção do pensamento-forma: o Espírito desperta sua vontade. O poder da Vontade produz uma vibração irradiante, musical, que se manifesta como som. O som produz uma ideia. A ideia adquire forma, e um pensamento passa a existir. O pensamento-forma é colorido pela substância de desejo. Uma forma flutuante colorida é produzida. Pensamentos não são silenciosos. Eles falam uma linguagem inconfundível; exprimem-se muito mais acuradamente que a intenção das palavras, e permanecem até que a força que seu criador empregou para produzi-los tenha sido gasta. Eles soam em um tom peculiar à pessoa que os gerou, portanto, é comparativamente fácil para o ocultista experiente descobrir sua procedência, buscar a fonte que os originou.

Falta espontaneidade aos pensamentos-forma; eles agem mais ou menos como autômatos. Movem-se e atuam somente em uma direção, de acordo com a vontade do pensador, que é o poder motivador interno.

Quem estudou este assunto, sabe quantas pessoas são ativadas pelos pensamentos-forma que pensam ser delas mesmas, mas que, na verdade, se originaram na Mente de outra pessoa. A opinião pública é formada dessa maneira. Pensadores poderosos, que possuem determinadas ideias sobre algum assunto em particular, criam e irradiam pensamentos-forma de si próprios. Outros, menos positivos ou simpatizantes da ideia expressa naqueles errantes pensamentos-forma, julgam que os pensamentos se originaram dentro deles e os adotam como seus.

Assim, gradualmente, uma opinião pode crescer até que o pensamento originado por um único indivíduo pode, não só ser aceito, como defendido por toda uma comunidade, estado ou mesmo uma nação. Pensamentos expressos em palavras faladas tornam se muito mais poderosos, particularmente se pronunciados por um orador vigoroso.

(Leia mais no Livro A Escala Musical e o Esquema de Evolução – Fraternidade Rosacruz)

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Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Maio de 2022

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:

  • Informação sobre a Pandemia
  • Nossas Atividades durante o mês
  • Calendário para o mês
  • Estudos na nossa Reunião Virtual Dominical de Filosofia Rosacruz tendo como base o Conceito Rosacruz do Cosmos:
  • Alguns Artigos publicados nas nossas redes sociais
  • Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes
  • Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes
  • Serviço de Auxílio de Cura – Datas de Cura para o mês corrente: todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações.

1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em março, com as seguintes sessões:

CLIQUE AQUI: ECOS nº 72 – Maio de 2022

2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):

A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.

Informação

De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de abril/2022:

https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/

https://business.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas/

https://www.instagram.com/frc_max_heindel/ e

https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas

  • Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) on line em andamento
  • Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
  • Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)

JUNHO – Sol transitando pelo Signo de Gêmeos (maio-junho)

O arquétipo do andrógino perfeito foi projetado pela Hierarquia de Gêmeos a seu Signo oposto, Sagitário. Quando um iluminado segue a Trilha da Santidade que conduz a essa exaltada esfera, é-lhe permitido estudar as maravilhas do Corpo andrógino, a forma que o Corpo humano adotará em uma etapa futura de seu desenvolvimento. Como foi dito, a Hierarquia de Gêmeos, ou sejam, os Serafins, projeta sobre a Terra esse glorioso arquétipo cósmico. E, quando a humanidade estiver preparada para recebê-lo, suas forças descerão, transportadas até o ser humano pela Hierarquia de Sagitário. Quando o ser humano conhece as maravilhas desse arquétipo cósmico e os milagres do Corpo de Sagitário, construído inteiramente de matéria mental, começa a compreender algo do destino exaltado que lhe espera. Com profunda reverência e grande humildade entoa, em seu interior, a nota-chave bíblica de Gêmeos: “Esteja tranquilo e saiba que Eu sou Deus.” (Sl 46:10).

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XV – Cristo e sua Missão – Jesus e Cristo Jesus – Parte 2

O que é ser um Tekton?

A palavra grega “tekton” deve ser traduzida por “construtor”. Na Maçonaria Mística, Deus é chamado O Grande Arquiteto.  É o Grande Mestre Construtor, o qual moldou o mundo com a matéria primordial preparando um campo evolutivo para vários graus de seres.

Ele usa no Seu universo muitos tektons ou construtores de vários graus.

Qualquer um que siga a Senda do desenvolvimento espiritual, esforçando-se por trabalhar construtivamente com as leis da natureza – como um servo da humanidade – é um tekton ou construtor, no sentido que se acha qualificado para ajudar e dar nascimento a uma grande alma. É por isso que se diz que Jesus era um carpinteiro e filho de um carpinteiro, e entendemos que ambos eram tektons ou construtores numa linhagem cósmica

Quem é o Guia da Maternidade?

Gabriel é o Anjo que guarda e guia o Espírito da Maternidade no mundo inteiro. Ele foi o professor e iniciador de Maria.

Ele envia Anjos ministros para abençoar toda a mãe em perspectiva. Esses mensageiros angélicos cuidam e dirigem um espírito para a mãe e o lar onde ele vai encontrar corporificação.

Em qual Solstício nasceu Jesus

No de Dezembro.

Os Solstícios de Junho e Dezembro, juntamente com os Equinócios de Março e Setembro, constituem os momentos decisivos na vida do Grande Espírito da Terra, assim como a concepção assinala o começo da descida do espírito humano ao Corpo físico, resultando no nascimento, o qual inaugura o período de crescimento até que a maturidade seja alcançada.

No Solstício de Dezembro, o Sol se encontra mais próximo da Terra, fazendo, portanto, com que a Terra seja permeada mais fortemente pela aura do Sol espiritual. 

Quem eram os Essênios?

Adeptos de uma seita judaica que existiu na Palestina, no Oriente Médio, entre os séculos 2 a.C. e 1 d.C. Uma vida plena de Oração e devoção afastava os essênios de um convívio maior com o povo. Eles viviam afastados da sociedade, no deserto. Não se ostentavam publicamente.

A Ordem Essênica procurava o sentido mais profundo das coisas. Tinham como principal objetivo na vida, alcançar o aperfeiçoamento de seus membros em toda a justiça para que pudessem ser dignos de Deus e trazer ao mundo o Grande Messias.

Eram piedosos, estudiosos e contemplativos. Sua bondade natural, sua pureza de costumes e outras virtudes, atraiam os sofredores, os desamparados e os sequiosos de alívio.

De acordo com os registros, tanto esotéricos e exotéricos, Jesus nasceu dentro dessa Ordem e foi treinado por eles durante os “anos ocultos da sua vida”, em seus vários ramos e centros; finalmente, depois foi enviado “para efetuar uma revolução moral e religiosa”.

João Batista, Zacarias, Maria, José e alguns dos Apóstolos eram Essênios. Jesus de Nazaré cresceu e fortificou-se nesse ambiente elevado.

Em qual Evento deu-se o encontro de Maria com Jesus no Templo com os doutores?

Maria e José foram a Jerusalém para a festa da Páscoa, como era costume naqueles dias. Quando voltaram para casa perceberam que Jesus não estava entre eles, voltaram a Jerusalém para procurá-lo. Procuraram-no durante três dias até que o encontraram no Templo entre os sábios e doutores. Todas as mães sabem o que se sente na busca de um Filho perdido.

Maria, conhecendo a missão que Jesus trazia, estava desconcertada com seu desaparecimento. Quando o encontrou lhe perguntou por que havia se comportado daquela maneira para com seus pais, e vejamos a resposta dele, como se indica no evangelho de São Lucas, 2:49: “Por que me procuráveis? Não sabeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?”. Isto não indica que Jesus, ainda sendo um rapazola, pois tinha então 12 anos, estava plenamente inteirado da parte que lhe correspondia representar, e que tinha que permitir que o Cristo utilizasse seu corpo durante os três anos de seu ministério?

Qual a tarefa de João Batista na Missão de Cristo?

João Batista, veio para preparar os caminhos do Senhor da Terra.

João Batista, pertencia aos essênios, e era o último Profeta em Israel, que servia de arauto da Nova Era. Ele mesmo dá testemunho chamando-o de muito mais que profeta (Mt 11:9). Portanto, ser muito mais que profeta, é estar acima da humanidade e, também, daqueles que anteriormente foram chamados para suas respectivas missões como profetas.

Pela sua boca falava o Espírito Santo, assim como sucedeu a todos os profetas surgidos até então.

João é o próprio Elias reencarnado, e, portanto, um Ser de grande evolução espiritual no círculo cósmico. Esse mesmo Elias foi de novo enviado para preparar o caminho do Senhor, que viria para batizar com Fogo e Espírito

“Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”.

Batismo de fogo”, é o mesmo que Iniciação. Ao morrer na cruz Cristo Jesus abre o caminho da Iniciação para todos aqueles que se dispusessem a trilhá-lo, acumulando para tanto o necessário mérito.

Quais as 2 grandes Metas de Cristo?

Nos trazer as bases do Cristianismo – amor e altruísmo. O Cristianismo é a Religião Universal do futuro; é a maior e divina medida tomada para salvação da humanidade.

Possibilitar a todos os seres humanos o direito de buscar as Iniciações; abriu o caminho da Iniciação para todos os que quisessem alcançá-lo.

O que possibilitou ao Cristo, libertar-se dos veículos de Jesus, compenetrando seus próprios veículos, difundindo seu Corpo de Desejos pelo Planeta?

O Seu Sangue Purificado

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XV – Cristo e sua Missão – Não a Paz, mas uma Espada

Por que devemos orar, pedir, buscar, bater à Deus, se ele é onisciente?

Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede, recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá”. (Mt 7:7-8)

A Oração é um meio de produzir pensamentos delicados e puros que agem sobre o Corpo Vital. Ela é um dos melhores métodos para realizar a espiritualização dos nossos Corpos. Muito superior à fria concentração: devoção pura e impessoal, dirigida a altos ideais.

A mais completa de todas as orações, é a Oração do Senhor: a Oração do Pai-Nosso.

Temos ainda outras orações da Fraternidade Rosacruz inspiradas nessa oração: Oração Rosacruz, Oração do Estudante Rosacruz, Oração para as refeições, Oração de cura.

Quem ainda precisa das Religiões de Raça?

Os que ainda possuem resquícios e reminiscências do tempo em que caminhava sob a Religião de Raça.

Nosso desenvolvimento espiritual, por um bom tempo nesse Esquema de Evolução “de fora para dentro”, ou seja: fomos sugeridos, orientados, conduzidos e dirigidos por meios de Leis (resumidas nos Dez Mandamentos), geradoras de sofrimento e punição, se as desobedecessem e de alegria se as obedecessem.

Jeová – o Espírito Santo, o Deus de Raça – veio com seus Arcanjos e fez a primeira grande divisão em Raças, tornando influente em cada grupo, como guia, um Espírito de Raça, um Arcanjo, criando as Religiões de Raça (Taoísmo, Budismo, Hinduísmo, Judaísmo, etc.) e suas subsequentes Espírito de Tribo e de Família.

Lembramos que os Anjos do Destino, dão a cada nação a religião mais apropriada às suas necessidades.

Quem são as Hierarquias que trabalham ou trabalhavam conosco, através do sangue comum entre os membros de uma raça, de uma nação ou tribo? 

Os Arcanjos, que tem a função de Espíritos de Raça ou de tribo.

Quantos Solstícios e quantos Equinócios existem no Planeta Terra

Todos os anos, o Cristo abandona seu Lar Celestial, que é o Mundo do Espírito de Vida e inicia sua jornada em direção à Terra.

Os Solstícios (que são 2) indicam o tempo em que Cristo está ou na Casa Celeste do Pai ou no seu amoroso ato de auto sacrifício, quando derrama sobre a Terra e seus habitantes Sua própria vida e amor universal.

Solstícios de Junho: Momento em que Cristo alcança o Mundo do Espírito Divino, em retorno ao Trono do Pai.

Solstício de Dezembro: Momento que Cristo, no seu retorno anual à Terra, chega ao centro da Terra, por volta do dia 21 de dezembro

Os Equinócios (que são 2) marcam o tempo em que o Espírito do Sol, Cristo, vem para a Terra e dela se retira, anualmente.

Equinócios de Março: Momento em que Cristo passa através das regiões superiores em direção ao Trono do Pai.

Equinócio de Setembro Momento em que Cristo toca a superfície da nossa Terra.

Atualmente, que exemplos de doenças são provocadas pela nosso apego às coisas materiais, normalmente? 

Câncer, tuberculose, pneumonia e outras que cristalizam ou endurecem partes do Corpo que deveriam ser tênues.

O que é o Tabernáculo no Deserto?

Uma representação simbólica do caminho de Deus.

“a sombra das boas coisas que estão por vir” como São Paulo falou em Hb 8:5

A Escola de Mistérios Atlante.

Uma representação de fatos celestiais e espirituais que continham instruções aos candidatos à Iniciação.

Um Templo Solar: sua entrada ficava no lado Leste – como o caminho espiritual do mundo

A incorporação de grandes verdades cósmicas, ocultas pelo véu do simbolismo

Como chama a Era nesse Esquema de Evolução, na qual estamos atualmente? 

Era de Peixes.

Qual o dia da semana, considerado como o “Dia de Descanso”: Sábado ou Domingo?

Sob o regime de Jeová, tínhamos as Leis, obediência, “olho por olho, dente por dente” e sob o regime de Cristo, temos o amor, a regeneração, o Perdão dos Pecados. Percebemos aqui a redução da ascendência de Saturno e o aumento da ascendência do Sol. 1ª parte da Época Ária: tinha a influência de Saturno e a 2ª parte da Época Ária: temos a influência do Sol

Domingo é o dia do Sol, o dia do nosso Senhor Cristo. Por essa razão, adotamos o Domingo, como o dia de descanso dos nossos afazeres terrestres e dedicação ao serviço do Senhor.

Como podemos melhorar nossa Mente e emancipá-la das influências dos desejos?

Através do estudo da Religião Cristã, a Religião do Filho, a Religião do Ocidente

A lei que age como um freio para a nossa natureza de desejos

Mas é com arte da religião que espiritualizamos o nosso Corpo Vital, nossa maior necessidade atual

A partir de que idade a questão de “Fugir para o Egito” na nossa vida pode resultar em prejuízos extremamente maiores (e até irreversíveis) no nosso desenvolvimento espiritual aqui e por quê? 

Antes de responder à pergunta, é importante entendermos o que significa a “A Fuga para o Egito

Ela representa a terra da escuridão e materialismo. Reflete na nossa vida a luta, em nossos primeiros passos, no desenvolvimento para a Iniciação Cristã. Simbologia da Fuga para o Egito:

  1. José significa a força masculina – a vontade
  2. Herodes significa o mundo material
  3. Egito significa a subjugação dos sentidos, da escuridão da Mente mortal.

Frequentes deslizes em direção à escuridão: a vida espiritual ficará relegada para depois. Sentimos solidão e abandono. Nossa vida interior temporariamente obscurecida e nos embaraçamos vivendo na ilusão material.

Portanto, a partir dos 28 anos, estamos totalmente prontos para iniciarmos a luta, os nossos primeiros passos, em direção ao desenvolvimento para a Iniciação Cristã. Porque é partir dessa idade que estamos com todos os nossos Corpos e com a Mente totalmente ativos e prontos para “fazermos a diferença”, espiritualmente falando, nessa vida que escolhemos lá no Terceiro Céu.

Qual é a solução para o problema das guerras e para estabelecermos as condições pacíficas em todo o mundo?

A solução é viver de acordo com as Leis imutáveis de Causa e Efeito e Renascimento, que trazem a cada pessoa exatamente o que ela mereceu.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XV – Cristo e sua Missão – A Estrela de Belém

Em que Época apareceu os primeiros Templos de Mistérios?

Época Lemúrica – no continente Lemuriano

Antes da vinda do Cristo, como uma pessoa escolhida era Iniciada?

Em estado de transe profundo.

Em relação à Iniciação, que diferença vital causou a vinda do Cristo?

Ela foi aberta a todos aqueles que de coração queira iniciar-se. Desde então não mais foi necessário o transe.

Todos os Templos terrenos foram fechados e os verdadeiros Templos de Mistérios estão, agora, situados na Região Etérica do Mundo Físico. Por isso, cada Aspirante há de tecer, antes, seu próprio “traje de bodas” – o Corpo-Alma – para poder entrar, já que em seu Corpo Denso não é mais possível entrar lá.

Quantos e quais são os graus para Iniciação Cristã Mística ?

Há nove degraus definidos na Iniciação Mística Cristã :

Batismo

Tentação

Transfiguração 

Última Ceia e o Lava pés

Getsemani.

Estigmata ou os Estigmas

Crucificação

Ressurreição

Ascensão

Quem é o Corpo Denso do Sol Visível?

É o Cristo Cósmico

Quais foram os meios que os três Reis Magos utilizaram para ir até Jesus recém-nascido?

Guiados através da astrologia, vendo com a visão etérica.

Explique a simbologia dos Magos e suas oferendas?

Magos: Seres Sábios – que estavam acima da humanidade comum. Na Noite Santa do Natal era costume dos Seres Sábios levarem ao Templo aqueles que estavam se tornando sábios e, portanto, com direito a serem Iniciados. 

Presentes:

Ouro – simboliza o Espírito puro

Mirra – representa a essência da alma, extraída da experiência realizada enquanto se vive em Corpos Densos.

Incenso – simbolizando o Corpo Denso.

Esta é a chave dos três presentes oferecidos pelos Magos, ou seja: o Espírito, a Alma e o Corpo.

Os três Magos, segundo diz a lenda, eram: um amarelo, outro negro e outro branco. Representavam as três raças existentes sobre a Terra: amarela; a negra; e a branca. A lenda demonstra que seu tempo todas as raças se unirão na benéfica Religião do Cristo.

Gaspar era bem idoso, Melquior era de meia idade e Baltazar era bem novo. A idade simboliza esotericamente a conquista já realizada na evolução. As almas velhas são consideradas as mais evoluídas e as mais jovens os que ainda tem um caminho evolutivo mais longo à sua frente.

O que significa a Epifania do Senhor?

A festa da Epifania é a culminação dos Doze Dias Santos. Observa-se o último dia, 6 de janeiro, e comemora a chegada dos três sábios para depositar os presentes aos pés do Cristo Menino.

Epifania é uma palavra grega que significa “manifestação”, “proclamação”. A festa da Epifania é uma preparação para a manifestação ou proclamação do ser humano Crístico. 

Essa festa comemora a chegada dos três Homens Sábios com seus ricos presentes para o Menino no presépio. No Caminho do Discipulado, a Festa da Epifania significa a tríplice dedicação do Discípulo de seu espírito, sua alma e seu corpo, acompanhados de presentes de amor, vida e serviço, ao Cristo Menino. 

A festa da Epifania é uma preparação para a manifestação ou proclamação do ser humano Crístico. Ela possui uma tamanha potência espiritual que sua influência se estende por um período de quatro semanas.

Primeira Semana: Oração e Meditação

Segunda Semana: Pureza e Transmutação

Terceira Semana: Despertar e Espiritualizar a Mente

Quarta Semana: Sublimação e Unificação

Para saber mais: estudar o Livro: Os Mistérios dos Cristos – por Corinne Heline https://fraternidaderosacruz.com/tag/epifania/#_Toc37328261

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XV – Cristo e sua Missão – O Coração, uma Anomalia

Considerando de um lado o Coração e do outro a Razão:

O coração pede sempre benevolência e amor

E a razão pede beligerância e medidas punitivas, se não como vingança, pelo menos como meio de prevenir uma repetição de hostilidades

O que significa a palavra “anomalia”?

Temos no dicionário:  – Irregularidade / Anormalidade (algo fora do normal)

O coração é composto de músculos involuntários (ou lisos), ou seja, que têm suas fibras em sentido longitudinal, e são relacionados com as funções que estão fora do domínio da vontade.

Mas o ocultista viu, na memória da natureza, que os músculos do coração, está se tornando estriado longitudinalmente, tal como os músculo voluntários (ou estriados), que são dominados pela vontade, por meio do Sistema Nervoso voluntário.

Isso está acontecendo, porque à medida que o Ego foi adquirindo domínio sobre o coração, foram-se desenvolvendo gradualmente as fibras transversais. Não são nem tão numerosas nem tão definidas como as dos músculos que estão debaixo do pleno domínio do Corpo de Desejos,

Mas, conforme os princípios altruísticos do amor e da fraternidade se vigorizem e gradualmente ultrapassem a razão, baseada no desejo, essas estrias transversais serão mais numerosas e estruturadas.

O Ego deverá, então, no futuro, dominar esse músculo involuntário, que está relacionado com o Sistema Nervoso voluntário, que é o coração.

Qual é o maior risco que corre um irmão ou irmã, que renascimento por renascimento, busca somente se desenvolver pelo lado material?

Perder os 4 Átomos-sementes dos Corpos e da Mente e será conduzido para o cone sombrio da Lua onde permanecerá até o início de um novo Grande Dia de Manifestação, quando começará o Caminho da Evolução do “zero”.

Quantos veículos o Cristo possui atualmente?

Cristo é um Arcanjo. Cristo, o mais alto Iniciado do Período Solar emprega geralmente o Espírito de Vida como veículo inferior. Possui 12 veículos

Veja quais são esses Veículos:

Dois veículos no Mundo de Deus, como Deus Filho

Três veículos no Mundo do Espírito Virginal

Espírito Divino;

Espírito de Vida;

Espírito Humano;

Corpo Mental;

Corpo de Desejos;

Corpo Vital

Corpo Denso

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XV – Cristo e sua Missão – O Mistério do Gólgota

O que significa a expressão “o sangue purificador de Cristo Jesus”?

Significa que o sangue que fluiu no Calvário está ligado ao Grande Espírito Solar, Cristo.

Por esse meio, assegurou Sua admissão na própria Terra e, desde aquele momento, é seu Regente.

Difundiu seu próprio Corpo de Desejos por todo o Planeta, purificando-o de todas as baixas influências desenvolvidas sob o regime do Espírito de Raça.

Porque os Irmãos Maiores denominam as 16 Raças de “os 16 caminhos para a destruição”?

Porque há o grande perigo de que o Espírito possa enredar-se de tal maneira nos corpos de qualquer Raça, que não consiga seguir as outras, ao longo do Caminho da Evolução.

Dentro das Raças as almas correm o perigo de envolverem-se tanto em suas características, que acabam se cristalizando com elas.

Raças duram pouco, e o apego a elas faz com que muitos Egos se degenerem em seus corpos, e com isto estes serão deixados para trás nesse Esquema de Evolução.

Onde está a necessidade de redenção ou de salvação?

Ao percorrer os “dezesseis caminhos para a destruição” estamos em grave perigo de atrasar-nos, muito mais do que em qualquer outro momento da jornada evolutiva.

Certo número de pessoas pode ficar tão atrasadas que tenham de ser abandonadas. E prosseguirá sua evolução em outro plano evolutivo.

Mas esse, não é o plano original para nossa evolução e, portanto, as Inteligências encarregadas da nossa evolução empregam todos os meios possíveis para nos conduzir até a perfeição com sucesso.

Não seria mais nobre cada um sofrer as consequências dos próprios atos do que Cristo ter que nos salvar?

Na evolução natural, as leis do Renascimento e de Consequência são perfeitamente adequadas para conduzir à perfeição a maior parte da onda de vida.

Mas não são suficientes para os atrasados das várias Raças que têm ficado para trás.

No pináculo da separatividade, toda a humanidade necessita de ajuda extra, e os atrasados necessitam ainda de um auxílio especial.

Deus deseja a salvação de todos, pois não criou nada para ser destruído.

Qual era a Missão de Cristo?

Tirar-nos do separatismo – as Religiões separatistas do Espírito Santo devem dar lugar à unificante Religião do Filho, a Religião Cristã, que inaugurou a doutrina do Perdão dos Pecados.

Alterar a direção da nossa aprendizagem que era de fora para dentro (Lei Jeovística) para, de dentro para fora (Lei do amor e do serviço à quintessência do ser humano); A lei deve ceder lugar ao Amor, e as Raças e nações separadas devem unir-se numa Fraternidade Universal.

Possibilitar a todos os seres humanos o direito de buscar as Iniciações; abriu o caminho da Iniciação para todos os que quisessem alcançá-lo.

Fornecer aos seres humanos as 4 Iniciações Maiores (além das 9 Iniciações Menores que já eram possíveis) ou Iniciações Cristãs.

Ensinar como curar um ser humano de qualquer tipo de doença ou enfermidade, em qualquer grau de severidade.

Purificar o Corpo de Desejos do Planeta (o Mundo do Desejo) a fim de que pudéssemos, como já ocorre atualmente, ter material mais abundante das Regiões Superiores do Mundo do Desejo.

Se a necessidade de redenção ou de salvação existe, como pode a morte de um indivíduo ajudar os outros?

Porque para Cristo adentrar nosso Planeta, até o Centro e, de lá, purificar esse Globo conspurcado pelas nossas paixões acumuladas, foi necessário que jorrasse muito sangue do Corpo Denso de Jesus, a ponto de penetrar até o centro da Terra.

Quando esse sangue atingiu o centro de nosso Planeta, entrou em ligação com o Espírito Planetário, e serviu de veículo ao Cristo, no grande ato redentor da humanidade.

O sangue é a mais alta expressão do Corpo Vital e é através dele que nós nos manifestamos, pois somos um Espírito.

O que o sangue redentor de Jesus Cristo tinha de diferente?

Jesus, nascido da Virgem Maria – um elevado Iniciado –, passou por todas as Iniciações no seu preparo de 30 anos. É o ser humano mais evoluído entre nossa humanidade.

Significa que o sangue que fluiu no Calvário está ligado ao Grande Espírito Solar, Cristo. Por esse meio, assegurou Sua admissão na própria Terra e, desde aquele momento, é seu Regente. Difundiu seu próprio Corpo de Desejos por todo o Planeta, purificando-o de todas as baixas influências desenvolvidas sob o regime do Espírito de Raça.

O que significa ser orientado de “fora para dentro” e de “dentro para fora?

Nosso desenvolvimento espiritual, por um bom tempo nesse Esquema de Evolução, foi “de fora para dentro” – ou seja, fomos sugeridos, orientados, conduzidos e dirigidos por meios de Leis (resumidas nos Dez Mandamentos), geradoras de sofrimento e punição se as desobedecessem e, de alegria se as obedecessem.

Depois começou a ser disponibilizados para nós a direção “de dentro para fora”, ou seja: sublimar as Leis e as utilizar para emancipar o intelecto do desejo e a conquistar o autocontrole.

Então, veio o Cristo e inaugurou o Cristianismo – veja as Bem-aventuranças – a Religião do Filho. E por meio dela que alcançaremos a maior eficiência no nosso desenvolvimento espiritual “de dentro para fora”.

Jeová preparou a Terra e a humanidade para a admissão direta de Cristo. O que significa “Preparou a Terra”?

Significa que toda evolução num Planeta é acompanhada pela evolução do próprio Planeta.

Se algum observador, localizado em alguma estrela distante e dotado de visão espiritual, tivesse contemplado a evolução da Terra, teria notado uma mudança gradual em seu Corpo de Desejos.

Quando Cristo veio à Terra, ele negou as leis de Moisés e os profetas?

Cristo Jesus não negou Moisés, nem a Lei, nem os profetas.

Pelo contrário, confirmando-os, demonstrou ao povo que eles, ao indicarem Aquele que deveria vir, foram seus predecessores.

Disse ao povo que tais coisas já tinham servido aos seus propósitos e que, para o futuro, o Amor deveria suceder à lei.

O que significa Crucificação Cósmica?

É a denominação do sacrifício anual feito por Cristo

A isso, São Paulo se refere na Epístola aos Romanos 8:22: “Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente”.

Essa estação é um tempo para o discípulo renovar sua dedicação para percorrer no caminho do Senhor a despeito de quaisquer vicissitudes e obstáculos que podem afetar seu caminhar.

Nossos corações, nessa época, devem voltar-se para Ele, o Cristo; em gratidão, pelo sacrifício que faz por nós durante os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro quando começa a penetrar nesse Planeta com Sua Vida, Seu Amor e Sua Luz.

Qual é então, o Mistério do Gólgota?

Purificar o sangue do egoísmo. O processo começou quando o sangue de Jesus foi derramado e continuou através das guerras entre nações cristãs todas as vezes que o ser humano lutou por um ideal, e prosseguirá até que o contraste entre os horrores da guerra e a beleza da fraternidade tenham impressionado suficientemente a espécie humana.

Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Maio:

São Filipe

São Filipe era o Discípulo de Betsaida, que em Hebreu, significa a casa das redes. Esotericamente, isso significa o despertar ou infundir-se com espiritualidade. A história de vida de Filipe contém o processo ou fórmula para espiritualização da Mente.  Este é um longo e árduo processo de aceitação da divindade do Senhor. Muitas vezes, durante este processo de despertar espiritual, a Mente grita e protesta: “Mostra-nos o Pai e isso bastará”. Difícil é o ensinamento que nos faz compreender a resposta do Mestre: “Não crês que eu estou no Pai e o Pai em Mim?”.

Filipe era filho de um pai Hebreu e uma mãe Grega. Tornou-se o primeiro evangelista para o mundo Grego. Ele foi a mão que abriu a porta para o Cristianismo na Europa; e foi nomeado o Hermes de Cristo.

A maior influência em sua vida, com exceção do Mestre, foi a amizade de São Natanael. Eles constituem um inseparável dois – o Davi e o Jônatas (1Sam 20:16) do Novo Testamento.

Eram inseparáveis na vida e juntos, enfrentaram o martírio. São Filipe trouxe São Natanael para Cristo e São Natanael viu a passagem do espírito luminoso de São Filipe, em seu martírio, ao encontro do Mestre
São Filipe viajou pela Terra, compartilhando a luz dos novos ensinamentos do Messias que ele tão ardentemente defendia, e por causa da multidão de seus seguidores e das muitas curas maravilhosas que realizava, ele foi crucificado em frente ao Templo. Fortalecido por uma visão do Cristo glorioso e pela presença terrena de seu amado São Natanael, o espírito radiante de São Filipe deixou seu corpo na Terra, voando a caminho ascendente da alegria daqueles que permaneceram fiéis até a morte.

Sejamos fraternos

Entre os Ensinamentos de Cristo-Jesus está, sem dúvida alguma, em posição de destaque o que diz respeito à Fraternidade.

Como é belo vermos, por exemplo, o Sol nascer e brilhar para todos, indistintamente.

Semelhantemente brilham os seres humanos que trabalham na vinha do Cristo, que seguem e colocam em prática os Seus Ensinamentos.

São bons e irradiam de si, constantemente, e em todas as direções, simpatia e amor.

Fazem sempre de maneira espontânea e simples, sem estardalhaços, não pensam em glória, nem fama e nem palavreados bombásticos.

Suas palavras e gestos para com os outros são sinceras, revestidas de pureza de sentimentos e sempre agem com naturalidade, pois têm algo do Verbo.

Cada Ego humano (um Espírito Virginal da Onda de Vida Humana manifestado) é um pequeno Sol que se destacou do Sol Central, e à medida que com este se afina, vai crescendo automaticamente o seu brilho, e em maior proporção, passa a fazer o bem aos demais, imbuído do mais elevado desprendimento.

Faz o bem porque é bom e correto fazer o bem

Viver fraternalmente é ser bom, é ser puro de coração, saber perdoar as falhas alheias, ser rigoroso quando for o caso, mas também ser brando quando necessário. Sabe ter discernimento, sabe ter compaixão.

Procedendo assim dará provas seguras, através do seu viver, de estar integrado aos Ensinamentos do Cristo e dos Seus Apóstolos.

Seja fraterno já!!

Aproveitemos da abundância de frutas tropicais do Brasil

Hoje, mesmo num país tropical, com um solo maravilhoso, um sol radiante, que temos aqui no Brasil, ainda vemos uma quantidade muito grande de pessoas consumindo refrigerantes, sucos industrializados, etc.

Temos frutas brasileiras, deliciosas, onde parece que Deus as criou para que nós, seres humanos, as consumissem se deleitando com o seu gosto, seu sabor diferenciado, e delicioso.

Entre elas destacamos a laranja, o caju, abacaxi, toranja, tangerina, melancia, melão, maracujá, pitanga, murici, tamarindo, taperebá, cajá-manga, goiabas, mangas, pêssegos, uvas (ricas em tiamina e riboflavina), limões entre tantas outras., que dão sucos deliciosos e ricos em vitaminas e sais minerais.

Além do abacate, mamão, banana, maçã, coco, que podem ser consumidas isoladas, em vitaminas, sorvetes, etc.

Muitas frutas têm alto conteúdo líquido equilibrando as perdas de água no organismo.

Algumas frutas aproveitadas com cascas fazem muitas vezes, verdadeiras faxinas no intestino, além de nos incentivar a mastigação. 

Aqui no Brasil ainda contamos com o delicioso caldo de cana, o mate gelado, a água de coco.

Cuidemos bem desse nosso “templo”, desse Corpo Denso tão maravilhoso!!

Fraternidade Rosacruz – um trabalho em equipe

Entre os sistemas de se organizar para o trabalho, aprendemos na Fraternidade Rosacruz, que o mais recomendável é aquele que se constitui de uma equipe, também chamado de um grupo de pessoas ou até um time. E aqui estão algumas características e qualidades que devem ser observadas, dentro do âmbito do Cristianismo Esotérico, preconizado pela Fraternidade Rosacruz: Começa por congregar, por meio da sua constituição, de seres humanos que estejam acima do personalismo. Já superaram em apreciável nível, a vaidade pessoal.

Assim, colocam o bem da coletividade muito além do pessoal. Reúnem-se para que o conjunto produza melhor do que qualquer um deles, isoladamente.

Nas reuniões, debates e demais atividades, entendem-se perfeitamente, pois todos compreendem que deve, sempre, prevalecer o que for melhor para todos.

Jamais, portanto, perdem tempo em pensar qual deles seria mais ou menos importante. Sabem que todos são importantes, todos têm o seu valor e que, cada um espontaneamente, dá de coração o que estiver ao seu alcance. Não pensam de maneira alguma nessa ou naquela recompensa, por mais tentadora que pareça.

Trabalham harmoniosamente, tendo em vista um único objetivo: o prazer de servir.

É oportuno recordarmos aqui a extraordinária “equipe” constituída por Cristo-Jesus e os Seus Apóstolos.

Nada mais justo e acertado do que tomarmos essa maravilhosa “equipe” como modelo ou arquétipo.

O “trabalho de equipe” nos faz lembrar, também, de algo fraterno, concretamente falando.

Encerra, por si mesmo, vivência Aquariana.

E, dita vivência representa, seguramente, união a qual como se diz corretamente: “faz a força”.

Por fim, diríamos, assim procedendo, viveremos o maior mandamento do Cristo: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”. (*) Se você quiser saber que passos seguir e ter um detalhamento para que uma “equipe”, ou “grupo” ou um “time” deve ser montado com essas características, acesse aqui um artigo que pormenoriza com detalhes práticos: https://fraternidaderosacruz.com/a-libertacao-atraves-do…/

A Paz em nós

 Hoje quando as pessoas se cumprimentam, desejam: “saúde, paz e alegria”.

O problema é que quando alguém não tem saúde, não busca entender o porquê, onde errou, que Lei de Deus ela infligiu. Se faz de coitada, se aborrece.

Quando busca “paz” se esquece que Cristo disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”, mas Ele disse da Sua paz e não a paz que procuram no mundo.

Todos desejam a paz, mas nem todos procuram o que conduz à verdadeira paz, a paz de espírito, que deixa o coração leve. 

Cristo disse que a paz está com os humildes e os mansos de coração! E que a paz consiste em que se tenha muita paciência. Paciência é o que não vemos hoje em dia; pelo contrário, vemos sim, brigas por nada, discussões, críticas destrutivas, intrigas, fofocas, conversas maldosas, xingamentos, as pessoas sempre querendo levar vantagem em tudo e sobre todos, sempre querendo aniquilar o outro. Lembre-

se, porém, que o que você faz, assim você é em seu coração. O seu comportamento mostra quem você realmente é.

Se ouvissem a voz do Cristo, com certeza, gozariam de muita paz.

“Sim, Senhor, amar-vos-ei sempre, bendirei vosso nome em todo tempo; vós mesmo sois nossa paz e nesta paz acharei descanso e dormirei” (Sl e Ef 2:14).

Quando se busca alegria, mas vem adversidades, tristeza e dor, as pessoas se revoltam, infelizmente só são fortes quando não há tribulações no caminho.

Saibamos, irmãos e irmãs, passar pelas provas, pelas tribulações, vamos nos reprimir e não permitir que saia das nossas bocas palavras desordenadas, palavras que machucam o outro.

Procuremos sempre, em todas as situações, acalmar nossos corações, buscar o conforto somente em Cristo, pois somente Ele pode nos trazer o remédio que satisfaça todas as nossas necessidades. Somente Ele é capaz de compreender a nossa situação e as nossas carências. Ele é o único caminho que leva à Deus Pai.

Trabalhemos para Unir Mente e Coração

Um dos mais lindos ensinamentos que aprendemos na Fraternidade Rosacruz e que o Estudante Rosacruz se esforça para colocar sempre em prática é: “O que não beneficia a todos não beneficia a ninguém”. E um outro, que complementa e é completado pelo anterior é: “Nenhuma lição é de real valor como princípio de vida, se a sua verdade for aprendida superficialmente”. Por que isso?

Porque infelizmente há um “divórcio” ainda entre o nosso Coração e a nossa “cabeça” – o intelecto, a razão –, onde impede o crescimento do verdadeiro sentimento de Fraternidade Universal, e a adoção dos Ensinamentos de Cristo, que é o Senhor do Amor, no cotidiano da nossa vida, como Ele nos ensinou na Sua primeira vinda, vivendo entre nós.

De um lado o nosso Coração pede benevolência e amor, mas do outro vem a nossa Razão pedindo beligerância e medidas punitivas com o próximo, querendo que nos vinguemos a qualquer custo, que façamos intrigas, fofocas, que tenhamos conversas maldosas, quer xingamentos, rupturas, quer que se aniquile o outro, não importa se temos razão ou não. A Razão (a “cabeça”) pede que não levemos desaforos para casa, que escolhamos com quem conviver e por aí afora.

É triste vermos isso porque o Coração, esotericamente falando, está ligado ao nosso lado místico, devocional, altruísta; é todo amor; ele pede que sejamos bons, que façamos o bem, que procuremos responder o mal com o bem, que façamos aos outros aquilo que gostaríamos que os outros nos fizessem, que espalhemos amor, que vejamos o bem em tudo e em todos.

O nosso Coração além da função física, ele tem também a função espiritual, que ultrapassa em muito as funções do coração físico!

A função espiritual do nosso Coração pede que amemos incondicionalmente, com um amor verdadeiro, intenso, puro, profundo, que não impõe nenhum tipo de retorno, que supera tudo, que perdoa tudo, que ame apesar, dos erros do irmão ou da irmã (filho ou filha de Deus, como nós), que não espera nada em troca.

Esse amor espiritual do nosso coração é o Amor verdadeiro, ensinado a nós por Cristo.

Temos como um exemplo desse amor lindo, o amor de mãe, que é toda ternura, dedicada, amorosa, afetuosa, que ama 24 horas por dia, dia e noite, incondicionalmente. Ela exerce o amor que vem do coração.

Outro exemplo é o amor de Deus por nós, Seus filhos e Suas filhas, que nos perdoa sempre, que está sempre pronto a nos ouvir, a nos ajudar, basta apenas que O busquemos, e que nos mandou Seu Filho, o Cristo, para esse Mundo Físico, para interceder por nós, para nossa salvação.

Outro exemplo é o amor de Cristo que deixou o Seu verdadeiro lar, o Mundo do Espírito de Vida, e veio até aqui no Mundo Físico para nos salvar, nos ajudar, que mostrou o que é amar de todo coração, aquele amor absoluto, altruísta. Cristo veio nos mostrar o que é e como servir a divina essência que há em cada irmão, em cada irmã.

Cristo é o maior dos Arcanjos, o mais elevado Iniciado do Período Solar, é o Regente do Planeta Terra, é o único caminho que nos leva a Deus Pai; somente Ele é capaz de compreender a nossa situação e as nossas carências; somente Ele pode trazer o remédio que satisfaça todas as necessidades; Ele é o Senhor do Amor. Ele tem um veículo formado de material do Mundo de Deus, e por isso alcançou o mérito de ter o atributo de Deus-Filho. É o único Ser no Universo que está em contato, simultaneamente com Deus e conosco. Diante disso queridos irmãos e irmãs, busquemos a Cristo, tenhamos nesse Ser o nosso ideal de vida, amemos e busquemos Deus Pai, procuremos fazer a união entre “cabeça” e “coração”, só assim seremos seres humanos plenos, altruístas, e saberemos o que é Fraternidade Universal!

Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes

Antes de renascer, nós escolhemos no Terceiro Céu a Raça à qual vamos pertencer?

Resposta: A questão clássica de “raça” acabou com a vinda do Cristo, por meio da sua obra de miscigenação das raças. Ou seja: temos todas as possibilidades de não nascermos atrelados a uma raça ou a outra. Sim, temos a possibilidade de sermos mestiços. E assim é para muitos irmãos e irmãs. E essa é a tendência até a próxima Época, a Nova Galileia. No entanto, se você é um Ego que ainda tem lições a aprender em um Corpo que ainda está atrelado a uma determinada raça (a negra no centro da África, a amarela no centro da China, a vermelha nos indígenas que vivem isolados, a marrom no aborígene que vive isolado e até os nossos irmãos e irmãs árabes fanáticos), você escolhe no 3º Céu esse ambiente para melhor aprender a lição que tanto necessita. Lembremo-nos sempre: o nosso Planeta, campo de evolução, tem ambientes, possibilidades, configurações e condições para TODOS os níveis de evolução para cada um dos bilhões de Egos humanos. Isso é garantido por uma Hierarquia Criadora chamada Senhores da Forma. A escolha é nossa, e a fazemos sem nenhum medo, apego, discriminação ou quaisquer outras limitações; mas só considerando a vontade de aprender a lição necessária, de pagar as dívidas que fizemos e de evoluir para frente e para cima. Por isso que a escolha é feita no Terceiro Céu.

Os desejos dos menores de 14 anos são oriundos do Corpo de Desejos da Terra. Então é o nosso Planeta que deseja através dessas pessoas, usando-as como instrumentos da sua vontade? Assim, quando uma criança pratica o mal, o que infelizmente não é incomum, é a Terra quem deseja agir errado?

Resposta: Não é bem assim. O Ego utiliza o Corpo de Desejos para obter material do Mundo do Desejo e, assim, ter os seus desejos, emoções e sentimentos. O Corpo de Desejos de uma criança até por volta dos 14 anos já estão construídos (ele o faz na descida vindo do 3º Céu quando estagia no Mundo do Desejo, atraindo materiais afins). Ele só ainda não “nasceu” aqui. Assim, não consegue utilizá-lo para ter os seus desejos, emoções e sentimentos. Assim, o faz por intermédio do Corpo de Desejos do Planeta, que não é nada mais, nada menos do que o próprio Mundo do Desejo com todas as suas 7 Regiões: inferiores e superiores (!). A qualidade do desejo, da emoção ou do sentimento do Ego é dele, pois ele só poderá obter o material que lhe é afim. Logicamente, dado a maravilhosa qualidade do Corpo de Desejos do Planeta, é muito mais fácil e menos trabalhoso esse Ego ter desejos, emoções e sentimentos elevados do que inferiores. No entanto, como o livre arbítrio é sempre respeitado, o Ego pode – e faz – um esforço sobremaneira para ter esses desejos, emoções ou sentimentos inferiores e é isso que vemos em muitos irmãos e irmãs até por volta dos 14 anos. Como consequência, o estrago do Corpo Denso é muito maior do que depois dos 14 anos.

As habilidades que nos destacam e separam da população geral são qualidades escolhidas no Terceiro Céu para a vida atual ou são “dons” obtidos em vidas anteriores pela experiência contínua em determinada área? Exemplificando, o professor de matemática desta vida será, nas próximas, excelente nesta matéria desde a infância?

Resposta: Todo relacionamento que temos com outras pessoas tem que terminar em amor. Se não terminar, o relacionamento não terminou e renasceremos tendo contato com elas. Ora bem próximos, ora um pouco distantes. Mas todos com oportunidades para completar o relacionamento com amor. Importante: o SEU lado tem que terminar em amor. Se o lado da pessoa não terminar, o problema é dela. Aí está a força do perdão e da reforma íntima do seu lado. Se o relacionamento entre duas pessoas é cheio de discussões, brigas, intrigas, inveja, ciúmes e outros sentimentos, desejos e emoções inferiores e se isso se arrasta por toda uma vida, certo será que os dois voltarão nas próximas vidas até o relacionamento terminar com amor. Agora, se o relacionamento entre duas pessoas é cheio de simpatia, amizade, carinho, respeito, admiração e outros sentimentos, desejos e emoções superiores é sinal de que em vidas passadas esse relacionamento já foi completado em toda a sua plenitude em amor, e voltam a se relacionar nessa vida para um ajudar o outro. Não existe dom, existe mérito; fruto de trabalho duro, persistente e sempre focado no serviço amoroso e desinteressado, o máximo que a pessoa conseguir, aliado a uma dedicação sobremaneira à parte espiritual, com a certeza de que “busque o Reino de Deus e sua justiça e o mais vos será dado por acréscimo”.

O nosso livre-arbítrio se resume ao modo como reagimos às ações ou situações pelas quais, no Terceiro Céu, escolhemos passar ou vai além e nos permite fazer o que quiser e quando quiser, sendo inclusive causa não-programada de prejuízo ou auxílio a outras pessoas?

Resposta: Somos seres limitados e isso é facilmente demonstrado no horóscopo. Assim, nem sempre e nem ilimitadamente podemos “fazer o que quiser e quando quiser, sendo inclusive causa não-programada de prejuízo ou auxílio a outras pessoas”. Lembrando que o panorama que escolhemos no Terceiro Céu se resume somente aos eventos principais de lições que temos que aprender e cuja teia do destino garante o encontro com as pessoas pelas quais precisamos findar um relacionamento com amor. Muitos outros eventos cabem a nós escolher o caminho. E aqui podemos gerar uma causa não programada para o bem ou para o mal. Muitas delas é via nossa Epigênese. Agora, com certeza, colheremos os efeitos dessas causas, nessa vida ou em vidas futuras.

Se bons pensamentos e a prática de ações amorosas produzem Mente sã e corpo saudável, por que tantas pessoas inegavelmente altruístas sofrem com doenças, enquanto muitas que são egoístas têm boa saúde? O próprio Max Heindel tinha problemas cardíacos!

Resposta: quanto mais evoluído é um ser humano – que ainda está ligado à roda de nascimentos e mortes – mas ele vai querer escolher um panorama no Terceiro Céu que acelere o pagamento de dívidas de destino contraídas em vidas passadas e mais a sua vida aqui na Terra (o baluarte da evolução) terá essas condições externas que, olhando de fora, é uma vida de dores e sofrimentos e de muitas dificuldades. E essas pessoas passam essa vida com alegria, paciência, compreensão, gratidão e outros sentimentos que, para quem não entende o processo de redenção de um ser humano, não consegue compreender. O “ter boa saúde” sempre estará ligado a que tipo de dívidas foi escolhido lá no Terceiro Céu pela pessoa. Agora…para um ser humano evoluído que NÃO está mais ligado à roda de nascimentos e mortes sua saúde é perfeita, sem dores, sofrimentos, doenças ou enfermidades. Exemplo recente? Conde de Saint Germain, um dos últimos renascimentos de Christian Rosenkreuz. Sempre lembrando aqui, que mesmo um ser humano que NÃO está mais ligado à roda de nascimentos e mortes se precisar prestar um serviço aqui e que precise vir doente, com saúde frágil ou até em doença terminal, ele virá e, pode ter certeza, nesse caso nada sofrerá!

SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA

Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura

Datas de Cura:

Junho: 01, 09, 15, 21, 29

Cura-me, Senhor, e serei curado; salva-me, e serei salvo, pois tu és aquele a quem eu louvo”

Jeremias 17:14

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Carne de Cavalo para Ser Comida será vendida em Nova York

Max Heindel

A venda de carne de cavalo para alimentação será permitida em Nova York após 1º de janeiro, anunciou hoje o Conselho de Saúde.

Comentando sobre a revogação da seção do código sanitário que proibia o consumo de carne de cavalo, o comissário Emerson disse que, embora o Departamento de Saúde tecnicamente não a recomende, nenhum dano pode ser visto em seu uso. “O cavalo nunca tem tuberculose e quase nunca transmite doença maligna aos seres humanos”, disse ele. “De agora em diante, cavalos velhos, em vez de serem vendidos por seus ossos, que valem pouco ou nada, serão engordados e destinados à carne”.

O Dr. Emerson anunciou que serão tomadas precauções especiais para evitar a venda de carne de cavalo disfarçada de vitela ou bife, e até poderá a carne de cavalo ter o mesmo tratamento que se tem a carne de avestruz — Associated Press.

Notamos, na notícia sobre os avestruzes, que os cadáveres estão no gelo para os tornar macios; provavelmente não será necessário tratar assim as carcaças dos cavalos, pois os espancamentos diários de seus condutores, administrados sem restrição e durante vários anos, provavelmente os tornaram tão macios quanto os pobres têm o direito de esperar.

Mas, a propósito, como explicar a afirmação de que os avestruzes estão no gelo “para se tornar macios”? Se isso vai converter o cadáver de um avestruz em um petisco tenro para agradar o paladar de um epicurista, por que os agentes funerários e oficiais de saúde insistem em afirmar, como fazem em alguns lugares, que um cadáver humano “apodrece” tão rapidamente que é insalubre guardá-lo durante os três dias e meio após a morte, exigidos pelo espírito para assimilar o panorama da vida que acabou? O cadáver de um animal assassinado é imune ao processo de decomposição? Existe alguma lei na natureza que melhora a carcaça de um animal e outra que faz com que os restos humanos apodreçam? Ou será que “terrível” e “apodrecer” são sinônimos? A carne “macia” do petisco epicurista está na mesma condição de decomposição que a carne “apodrecida” do cadáver humano, da qual fugimos às pressas para escapar do fedor nauseante?

Essa é uma pergunta sobre a qual os comedores de carne fariam bem em ponderar. Não obstante o uso liberal de condimentos e até mesmo banhar o pássaro abatido em suco de laranja, não se pode disfarçar o fato de que quem a come faz do seu estômago um cemitério para o cadáver em decomposição de um animal assassinado. Portanto, o respeito próprio, se não sentimentos bondosos pelas criaturas inferiores, em termos de evolução espiritual, ou mesmo a consideração pela própria saúde, devem fazer com que as pessoas pensantes se abstenham da prática poluente de comer carne.

Pois é poluente, venenoso e totalmente desnecessário para quem está suficientemente interessado nas coisas mais elevadas ler um texto como esse. Há outros que ainda precisam tanto de carne animal quanto de vinho, pois esses serviram e ainda servem a um importante propósito no processo de evolução, conforme explicado no Conceito Rosacruz do Cosmos; mas, um número crescente de pessoas está acima desse estágio.

Um exemplo de como a dieta limpa afeta o corpo, podemos mencionar a experiência deste escritor. Quando criança, teve a infelicidade de ferir o tornozelo esquerdo, com o resultado de que ficou confinado à sua cama por dezesseis meses. Durante esse tempo, os cirurgiões tiraram várias lascas do osso, perfuraram o tornozelo e vários tubos foram inseridos na carne para drenar a enorme quantidade de pus que se formou no interior. Finalmente, ele foi autorizado a se levantar e andar de muletas por seis meses; então, durante anos a perna foi sustentada por uma bota especialmente feita e uma atadura de aço, até que finalmente ficou suficientemente forte para ficar sem apoio. Mas, as feridas não cicatrizaram em um lado da perna; havia uma ferida aberta de cerca de vinte centímetros de comprimento e uma de 2,5 centímetros de largura, da qual o pus fluía continuamente por trinta anos. Durante esse tempo era necessário enfaixar a perna noite e dia; mais dor ou menos era sentida o tempo todo. Mas, cerca de seis meses depois que uma estrita dieta vegetariana foi adotada, a dor cessou, a ferida se fechou e, nos treze anos que se passaram desde então, ela permaneceu saudável.

No entanto, o benefício de uma dieta limpa também é evidente de outras maneiras, como o seguinte incidente mostrará. Certa manhã, cerca de três anos após a adoção desse modo de vida, o escritor teve a infelicidade de cortar uma unha perto da raiz. Se isso tivesse acontecido em seus dias pré-vegetarianos, teria resultado uma enorme perda de sangue, pois então seu sangue não coagularia e o menor arranhão sangrava profusamente por muito tempo. Mas, na hora desse acidente apenas algumas gotas de sangue apareceram, coagularam e apenas um pequeno pedaço de pano foi usado para cobrir o ferimento; esse foi removido à tarde para facilitar a operação da máquina de escrever. Normalmente, a supuração se instala quando uma unha é arrancada, mas não há o menor sinal dessa natureza. A pele cicatrizou em poucos dias e, durante os seis meses necessários para crescer uma nova unha, o dedo foi usado sem desconforto, exceto nas primeiras horas após o acidente.

Relatos do cenário de guerra também atestam esse fato, pois entre os milhões que estão engajados nessa luta titânica, há muitas pessoas que vivem de uma dieta totalmente sem carne animal (mamíferos, aves, peixes, crustáceos, anfíbios, frutos do mar e afins) e percebe-se que essas pessoas se recuperam muito mais rapidamente de suas feridas e são capazes de sobreviver a lacerações que seriam fatais nos casos de comedores de carne animal. Um correspondente de jornal diz: “os soldados turcos se satisfazem facilmente com um pedaço de pão seco e um pouco de água, por isso não acumulam resíduos que envenenam o sangue”. Muitos anos atrás, médicos ingleses que estavam na Índia ficaram surpresos com a rápida recuperação de feridas, constatada entre soldados, lesões essas que teriam sido fatais para homens que comem carne animal, e todos sabemos que na guerra entre o Japão e a Rússia as tropas japonesas mostram um histórico semelhante de rápida recuperação. O que é verdade na guerra é verdade na paz. Os que não comem carne animal não só têm uma resistência notável, mas também se recuperam muito mais rapidamente de lesões.

Também pode-se dizer que eles vivem até uma idade muito mais avançada. Experimentos com muitos indivíduos mostraram que o coração dos carnívoros bate cerca de setenta a setenta e duas vezes por minuto, enquanto os dos vegetarianos bate apenas cerca de sessenta. Isso significa seiscentos batimentos cardíacos a menos por hora, ou cerca de quinze mil batimentos cardíacos a menos por dia; assim, o coração do vegetariano é consideravelmente menos tenso do que o dos comedores de carne animal e, consequentemente, ele pode suportar mais tempo em todos os sentidos. Há, no entanto, também outra razão para a rápida recuperação dos povos orientais, como os indianos e os japoneses: seu sistema nervoso não é tão altamente organizado quanto o dos povos ocidentais, portanto, eles não sentem o choque tão profundamente. É por essa razão que nossos próprios ameríndios e indígenas se recuperam de feridas das mais horríveis naturezas sem nenhuma assistência médica; finalmente, seus Corpos Vitais são compostos muito mais Éter Químico e, sobretudo, de Éter de Luz (ou Éter Luminoso) e tal fato por si só explica sua maior resistência.

A dieta vegetariana não é uma panaceia para todos os males dos quais a carne animal é herdeira; assim, quem pensa que a mera abstinência de carne de mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, frutos do mar e afins trará saúde está apto a encontrar exatamente o contrário. Certos elementos são necessários para a nutrição do corpo; esses são fornecidos principalmente pela dieta mista e comum; os amidos encontrados em batatas, pão branco, bolos e pudins, deixados sobre a mesa quando a carne animal é dispensada, são difíceis de digerir e insuficientes em nutrientes; portanto, tentar viver deles é cortejar a doença.

A dieta vegetariana e equilibrada em que ervilhas, feijões e outras leguminosas fornecem a proteína necessária, que inclui pão integral, possivelmente com adição de ovos, mel e leite, para sustentar ainda mais o Corpo Denso, também pode incluir frutas, nozes, sementes e uma variedade de vegetais que são fontes de importantes sais minerais; tal dieta fará mais para produzir saúde e uma felicidade duradoura do que todos os cavalos e avestruzes do mundo, mesmo que fossem colocados no gelo até ficarem tão “macios” que derretessem na boca ou fossem embebidos em suco de laranja até que a fragrância da fruta fosse elevada à enésima potência.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de março/1916 e traduzido pelos irmãos e irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Nove Sinfonias de Beethoven – Correlacionadas com as Nove Iniciações Menores – Nona Sinfonia

Por Corinne Heline

CAPÍTULO IX – NONA SINFONIA – RÉ MENOR – OPUS 125

(Com Coro Final “Ode à Alegria” – poema de Schiller)

A música é a entrada não corpórea no mundo superior do conhecimento que abrange a humanidade, mas que a humanidade não pode compreender. Por sua transparente beleza de ideia, há pouco no mundo da música que possa se aproximar desta obra prima em beleza melódica. Suas ideias são tão ricas em variedade, tão delicadas em orquestração e, também, tão profundamente simpáticas, que deve ser um ouvinte endurecido de fato aquele que escuta este movimento sem alguma percepção de uma visão dos céus se abrindo e um olhar distante no mundo além deste. Aqui, temos Beethoven como um expoente do sublime … Ninguém pode negar que aqui está uma obra prima inigualável na tremenda vastidão de sua concepção e inigualável por sua originalidade, poder e belezas prodigamente espalhadas.

Autor Desconhecido

Mais de dez anos se passaram depois da performance inicial da Oitava Sinfonia antes que Beethoven trouxesse à luz sua sucessora, a Nona e última, em 7 de maio de 1824. Durante esse intervalo houve, evidentemente, uma profunda preparação em seu interior para poder criar o glorioso clímax que é a Nona Sinfonia.

Quando os Senhores do Destino procuram um mensageiro cuja missão beneficiará o mundo e elevará a humanidade, muito tempo e cuidado são dedicados à sua escolha. Precauções especiais são tomadas para que o escolhido não se transforme em uma presa das seduções do mundo material. Beethoven foi um mensageiro escolhido. Ele nasceu na pobreza e se criou sob as mais adversas circunstâncias. Todos os anos de sua vida foram cheios de solidão, desapontamento e desilusão com as coisas do mundo exterior.

Um mensageiro assim escolhido para uma grande missão no mundo raramente conhece as alegrias do companheirismo humano, que é privilégio da maioria dos mortais. Ele tem necessariamente que viver uma vida mais ou menos isolada. Muito tempo tem que ser gasto sozinho para que possa alcançar aquelas alturas inspiradas que o capacitará a se tornar um canal claro e livre para seu objetivo.

No funeral de Beethoven foi dito: “ele não tinha esposa para chorar por ele, filho, filha – mas o mundo todo lamenta junto ao seu ataúde”. A vida de uma pessoa como ele não está centrada em um, mas em muitos. Então, quando Beethoven chegou ao apogeu da vida, chegou para ele, de acordo com a compreensão humana, a maior desgraça que pode acontecer a um músico – a perda da audição. No entanto, do ponto de vista espiritual, talvez isso foi sua maior bênção. Ele era um mensageiro da gloriosa música celestial das Hierarquias Criadoras. Essa música é tão sublime e etérea que os sons dissonantes e desarmônicos da Terra não podiam obstruir e prejudicar sua pureza e beleza. E, assim, quando Beethoven perdeu sua audição física, ele se tornou cada vez mais sensível às harmonias dos planos internos e, por isso, um transmissor mais perfeito para essa música celeste. Muito embora o espírito possa estar ciente de seu elevado destino, enquanto ele está confinado dentro do corpo humano, terá que lutar com as limitações de seu instrumento mortal. E, assim, havia momentos em que Beethoven dava espaço à melancolia e ao desespero, às vezes, voltando-se contra o destino.

O verdadeiro propósito do sofrimento é servir de agente purificador e redentor. No livro “Luz no Caminho” lê-se que “antes que os olhos possam ver, eles devem ter perdido seu senso de separatividade, e que antes que os ouvidos possam ouvir, eles devem ter perdido sua sensibilidade, e que antes que os pés possam estar na presença dos Mestres, eles devem ser lavados no sangue do coração”.

Como Edward Carpenter[1] escreve sobre Beethoven em seu livro Angel´s Wings:“Embora sua vida exterior, pela surdez, doença, pelas preocupações financeiras e pela pobreza fosse despedaçada em mil miseráveis fragmentos, em seu grande coração ele abraçou toda a humanidade; penetrou intelectualmente em todas as falsidades até atingir a verdade e, em seu trabalho artístico, deu um esboço aos religiosos, aos humanos, aos democráticos, aos amores, ao companheirismo, às individualidades ousadas e a todos os altos e baixos do sentimento, o esboço de uma nova era da sociedade. Ele foi de fato e deu expressão a um novo tipo de ser humano. O que essa luta deve ter sido entre suas condições internas e externas – de seu “eu real” com os solitários e pobres arredores nos quais estava encarnado – nós só sabemos através de sua música. Quando nós a ouvimos, compreendemos a tradição antiga de que, de vez em quando, uma criatura divina dos céus distantes toma uma forma mortal e sofre para que isso possa abraçar e redimir a humanidade”.

A nota-chave espiritual da Nona Sinfonia é Consumação. Nove é o mais importante número relacionado com o presente estágio de evolução da humanidade. É o número da humanidade. É, também, o número da Iniciação, aquele reto e estreito caminho pelo qual o ser humano retorna à união com Deus.

Notou-se previamente que as Sinfonias de Beethoven retratam uma variedade de experiências. Essas experiências são recapituladas nos passos sempre ascendentes ao caminho espiritual da realização, cada repetição proporcionando força aumentada e glória de desdobramento da alma, até a consumação alcançada na divina unidade tão magnificamente interpretada pela Nona Sinfonia.

Como foi dito anteriormente, as Sinfonias ímpares corporificam os atributos masculinos e as pares, os femininos, enquanto a última, ou a Nona, os dois atributos são trazidos em perfeito equilíbrio, um estado de unidade que, em linguagem esotérica, é chamada de Matrimônio Místico. Essa união marca o supremo alcance do ser humano sobre as coisas terrenas. Beethoven captou o lindo coro do Querubim na glória da Nona Sinfonia para que os ouvidos humanos pudessem sentir a poderosa efusão de seu poder espiritual.

O escritor John Naglee Burk[2], em seu livro “Life and Works of Beethoven”, se refere a esses ecos celestiais como “murmúrios misteriosos”; então, é como se os murmúrios do mundo celestial que Beethoven interiormente percebia se tornaram cada vez mais claros e mais fortes; enquanto o tema inicial se desenvolvia, há “um crescendo de suspense até que o tema em si é revelado… e proclamado fortíssimo pela orquestra toda em uníssono. “Ninguém”, ele acrescenta, “igualou esse poderoso efeito – nem mesmo Wagner que teve por essa página em particular uma mística admiração e que, sem dúvida, lembrou-a quando descreveu a serenidade elementar do Reno de maneira muito parecida na abertura de O Anel dos Nibelungos”.

“A Nona Sinfonia”, escreve Ralph Hill[3] em seu trabalho intitulado The Symphony, “é comparável aos vigorosos trabalhos como a Eroica e a Quinta Sinfonia, num plano psicológico tonalmente diferente que levanta questões mais amplas do que nas composições sinfônicas anteriores de Beethoven. Cada um de seus movimentos é incomparável em poder construtivo e na extensão e magnitude de suas ideias musicais. A abertura é de um mistério e intensidade. De uma região na qual tudo parece nebuloso e mal definido emerge o primeiro tênue prenúncio de um tema que é presentemente atirado violentamente com a força dos raios de Júpiter. Essa abertura portentosa é em seguida reformulada… e o tema todo é transferido, ainda fortíssimo, para o tom de Si Bemol. Por enquanto, é a terminação desse tema gigante que temos e esse, em sequências que se elevam, marcha para frente sem remorso até encontrarmos a transição para o segundo tema que se supõe conter leve semelhança com a Alegria, tema do Finale”.

“É difícil se encontrar algo mais requintado em toda a música”, escreve E. Markham Lee[4] no livro “The Story of the Symphony”, “do que o movimento de abertura, tão serenamente simples e ao mesmo tempo tão majestoso em suas ideias. Tecnicamente, sua complexa manipulação do material é maravilhosa e suas qualidades expressivas… são excelentes”.

O segundo movimento, um Scherzo, embora realmente não rotulado assim, foi considerado por muitos críticos musicais como uma das mais notáveis realizações de Beethoven. Um escritor se referiu a seu “ágil modo de andar” como “fortemente misturado com uma mística veia, um pouco como uma dança”. Berlioz o comparou ao ar puro e claro que acompanha o nascer do Sol numa manhã brilhante de maio.

“As palavras nos faltam”, escreve Markham Lee, “para comentar adequadamente o Adagio (terceiro movimento), uma das mais perfeitas e lindas peças de música orquestral que já foram escritas”. Bernard Shore[5], falando desse terceiro movimento em seu trabalho “Sixteen Symphonies”, afirma que é música que “deve estar nos céus” e nota como o incomparável Toscanini[6] ao apresentar essa parte “fez todo o esforço para transferir o toque de brilhante e incisiva vitalidade para a mais silenciosa e suave ternura. ‘No Paraíso!’, ele exclamava. As cordas acariciam particularmente sua música e nunca foi permitido que se tornassem apaixonadas – só etéreas.

Os três primeiros movimentos da Nona Sinfonia estão no mais alto plano de toda a música. O tema de abertura do primeiro movimento é grandioso em inspiração, vigoroso em poder. O Scherzo é talvez o melhor de Beethoven. O Adagio começa com uma melodia de extrema nobreza – perfeito em curva e de uma serenidade maravilhosa. O sentimento de misticismo devoto e admiração aumenta até o coro final”.

UM ARAUTO MUSICAL DA NOVA ERA

Beethoven experimentou uma grande liberdade interior de espírito, um grande estado enlevado de alma. Consequentemente, ele foi capaz de transcrever para a audição humana a mais sublime música que esse mundo já conheceu. Sigmund Spaeth[7] em seu livro “A Guide to Great Orchestral Music” exprimiu perfeitamente: “A Sinfonia alcançou em Beethoven o seu apogeu. Durante o século que veio após o dele, grandes músicos compuseram muita música bonita na forma, mas nós temos só que contemplar Beethoven para compreender que o zênite está ultrapassado e que toda a música daí por diante é música numa longa tarde”.

Ludwig Von Beethoven foi um dos mais importantes evangelhos da Nova Era que vieram à Terra. Em cada uma e em todas as suas composições magníficas soa a nota da liberdade, da emancipação, da igualdade e da eventual e permanente conquista do bem sobre o mal.

Beethoven também mostrou sua completa harmonia com os impulsos da Nova Era em seu ideal de feminilidade e no profundo respeito e reverência que ele dedicou ao sexo feminino. Ele nunca pôde entender como Mozart pôde usar seu grande gênio retratando tantas mulheres superficiais e frívolas. Beethoven deu ao mundo só uma ópera, Fidélio[8], o fiel. Em sua heroína, Leonora, ele dá um quadro perfeito da mulher da Nova Era. Na última das três aberturas de Leonora, que é ouvida no ato final da ópera, está uma rapsódia descritiva da exaltação do Divino Feminino que tem que ser despertado em toda a humanidade antes que as verdades gloriosas que pertencem à Nova Era possam se tornar realidade sobre a Terra. A ópera Fidélio conclui com um triunfante Coral retratando o alegre dia em que a liberdade e a fraternidade se tornarão universais. São essas mesmas notas de Liberdade, Fraternidade e Universalidade que são ouvidas no coral com o qual ele conclui seu trabalho final e supremo, a Nona Sinfonia.

O CORAL DA NONA SINFONIA

O cantor está traduzindo sua canção em canto, sua alegria em formas e o ouvinte tem que traduzir o canto de volta em alegria original; então, a comunhão entre o cantor e o ouvinte é completa. A alegria infinita está manifestando-se em múltiplas formas, levando em si a servidão da lei e preenche nosso destino quando voltamos da forma para a alegria, da lei para o amor, quando desatamos o nó do finito e voltamos para o infinito.

Rabindranath Tagore[9]

Como mencionado anteriormente, Beethoven foi um mensageiro selecionado para transcrever a música cósmica para a audição humana. Essa “pressão interna levou-o a escolher uma vida de autoabnegação e retidão. Ele via através, por cima e além das ilusões e tentações do mundo numa época, e entre pessoas amplamente entregues à busca do prazer”.

Por música cósmica, queremos dizer música das Hierarquias Celestes. Foi a música triunfal soada pelos Querubins e Serafins na celebração dos Ritos do Matrimônio Místico da nona Iniciação que Beethoven gravou no magnífico Coral da Nona Sinfonia.

A humanidade não poderá vivenciar a alta exaltação espiritual desse Rito até que tenha aprendido a construir e a viver em um Mundo Unificado – um mundo em que a Paternidade de Deus e a Irmandade dos Homens se tornará realidade. Promover o ideal da fraternidade universal foi seu supremo objetivo; para esse fim, seu grande gênio estava completamente dedicado.

Para o Coral, Beethoven usou o poema de Schiller[10], Ode à Alegria. Esse poema, que foi escrito durante a Revolução Francesa, apresenta em seu tema a Fraternidade Universal.

Ó, amigos, mudemos de tom!

Entoemos algo mais prazeroso

E mais alegre!

Alegria, formosa centelha divina,

Filha do Elíseo,

Ébrios de fogo entramos

Em teu santuário celeste!

Tua magia volta a unir

O que o costume rigorosamente dividiu.

Todos os homens se irmanam

Ali onde teu doce voo se detém.

Quem já conseguiu o maior tesouro

De ser o amigo de um amigo,

Quem já conquistou uma mulher amável

Rejubile-se conosco!

Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,

Uma única em todo o mundo.

Mas aquele que falhou nisso

Que fique chorando sozinho!

Alegria bebem todos os seres

No seio da Natureza:

Todos os bons, todos os maus,

Seguem seu rastro de rosas.

Ela nos deu beijos e vinho e

Um amigo leal até a morte;

Deu força para a vida aos mais humildes

E ao querubim que se ergue diante de Deus!

Alegremente, como seus sóis voem

Através do esplêndido espaço celeste

Se expressem, irmãos, em seus caminhos,

Alegremente como o herói diante da vitória.

Abracem-se milhões!

Enviem este beijo para todo o mundo!

Irmãos, além do céu estrelado

Mora um Pai Amado.

Milhões, vocês estão ajoelhados diante Dele?

Mundo, você percebe seu Criador?

Procure-o mais acima do Céu estrelado!

Sobre as estrelas onde Ele mora! [11]

Por razões políticas, Schiller não usa a palavra “Liberdade” e a substitui pela palavra alegria. Beethoven entendeu assim. Para ele, o poema era sua expressão de liberdade espiritual. Queria dizer a emancipação da alma; a liberdade do espírito de todas as limitações físicas e materiais. Significava liberdade para perambular à vontade através dos planos espirituais superiores, para contatar seres celestes que habitam aqueles planos e ouvir a gloriosa música das esferas.

No primeiro movimento, os céus emitem poderosos sons de evocação através do profundo misticismo do Ré Menor que é proclamado pela orquestra toda em uníssono. Mais tarde, o tema é repetido e a orquestra toca a mesma nota de triunfo em Ré Maior que nos diz musicalmente que as proclamações do coro celeste desceram ao plano terrestre.

O segundo movimento, Berlioz descreve em toda a sua inata beleza como parecendo com o “efeito do ar fresco da manhã e os primeiros raios do sol nascente de maio”.

O Adagio se expressa em variações de crescente complexidade e ornamentação melódica daquela rara e indescritível beleza que caracteriza Beethoven no seu apogeu. Cada movimento de suas Sinfonias é uma divina aventura em espírito. O Espírito, quando despertado (iluminado), não pode estar completamente satisfeito com apenas as dádivas que este plano físico tem para oferecer.

O Finale nos fala sobre isso. Ele questiona e procura avidamente por mais luz. Uma sugestão dessa alta realização cantada pelo tema coral ecoa suavemente nas madeiras de sopro. O tema é então gradualmente desdobrado em Ré Maior (ainda uma experiência no plano terrestre).

No quarto movimento, Beethoven, pela primeira vez, introduz palavras numa Sinfonia. A “Ode à Alegria” de Schiller é a base do Finale cantada por solo, quarteto e pelo coro. Beethoven usou essa Ode para expressar solidariedade humana. Esse coro sublime eleva a Terra para perto do Céu e aproxima os seres celestiais em comunhão mais íntima com os mortais. Ela soa a mais alta nota-chave da realização humana que é a emancipação própria.

A Nona Iniciação

A nona Iniciação conduz ao coração da Terra. Nesse centro, está refletido o plano espiritual mais elevado, o Mundo de Deus. Esse é um plano onde reside o Absoluto. Aqui, o Espírito se une com a matéria, o finito funde-se com o Infinito e Deus e o ser humano se encontram face a face.

É aqui que os Deuses de outros Sistemas Planetários comungam com o Deus deste Sistema. É aqui que os sagrados Mistérios da Criação são revelados. Nenhuma música que tenha sido dada a este Planeta pode traduzir a maravilha e a glória dessa sublime experiência, excetuando o magnífico Coral com o qual o mestre Beethoven conclui a Nona Sinfonia.

O diagrama 18 do livro “Conceito Rosacruz do Cosmos” mostra a escada de ascensão celestial. Poucos existem sobre a Terra que tenham alcançado seus mais altos degraus. Somente aqueles que trocaram o pessoal pelo impessoal, o terrestre pelo celeste, o humano pelo divino e que se tornaram verdadeiramente indivíduos Cristianizados alcançando as mais elevadas esferas da consciência. Porém, esse é o alto e glorioso destino que está esperando por toda a humanidade até que ela se faça merecedora da ascensão divina.

Na Noite Santa, quando a nona Iniciação é celebrada, inumeráveis hostes angélicas enchem o ar com sua canção de êxtase. Os ecos dessa gloriosa música dos céus foram captados por Beethoven e dados ao mundo no sublime Coral de sua grande Nona Sinfonia.

No coração da Terra, há três centros de poder que se relacionam com os três centros principais no corpo-templo humano, que são a cabeça, o coração e os órgãos reprodutivos. Entre a cabeça e os centros reprodutores há uma íntima relação. Entre esses dois pontos focais das energias criadoras, há uma constante corrente de força vital sagrada. Ela toma a forma de lemniscata, o ponto de junção sendo o coração. Um modelo igual de energias criadoras divinas está em ação dentro do coração da Terra.

A participação na nona Iniciação é possível somente depois que as correntes acima descritas alcançaram um estado de perfeito equilíbrio, com a Mente espiritualmente iluminada, o Coração um transmissor da ainda pequena voz interna e o centro reprodutor um assento da força vital regenerada. Essa realização alcança o clímax se encontrando face a face com o supremo Senhor deste mundo, o Abençoado Cristo. É essa a gloriosa experiência que espera a alma que alcança o nono degrau da escada da vida, a nona Iniciação.

A única música que pode adequadamente descrever o êxtase da alma dessa experiência é a magia que Beethoven teve o sucesso de tecer na Nona Sinfonia. É só por meio dessa música celestial que sua importância espiritual pode ser entoada. É música que pode vir somente da mais profunda experiência espiritual da qual o ser humano é capaz de registrar em sua presente e limitada existência. É a principal dádiva sem preço de um mágico à humanidade para ajudar em sua realização consciente e inconsciente para cima, para recapturar algo mais do seu puro estado divino.

Com a composição da Nona Sinfonia, o trabalho de Beethoven estava completo; seu destino se cumpriu. Esse é o seu canto do cisne, sua mais magnífica realização. Essa composição incomparável, como foi dito anteriormente, foi dada ao mundo em 1824. Três anos mais tarde, em 1827, ele recebeu a chamada para subir. Então, sem dúvida, ele também se tornou capaz de estar diante da divina presença e ouvir as palavras benignas que têm soado através dos tempos, “Muito bem, servo bom e fiel! Vem alegrar-te com o teu Senhor![12].


[1] N.T.: Edward Carpenter (1844-1929) foi um poeta inglês, socialista, filósofo, antologista e um dos primeiros ativistas políticos.

[2] N.T.: (1891-1967) escritor estadunidense.

[3] N.T.: (1900-1950) foi um escritor sobre música inglês.

[4] N.T.: Ernest Markham Lee (1874-1956) foi um compositor, autor, conferencista, pianista e organista inglês.

[5] N.T.: (1896-1985) foi um violista e autor inglês.

[6] N.T.: Arturo Toscanini (1867-1957) foi um maestro italiano. Um dos mais aclamados músicos do século XIX e XX, ele foi renomado pela sua brilhante intensidade, seu inquieto perfeccionismo, seu fenomenal ouvido para detalhes e sonoridade da orquestra e sua memória fotográfica. Ele é especialmente considerado um competente intérprete das obras de Giuseppe Verdi, Ludwig van Beethoven, Johannes Brahms e Richard Wagner.

[7] N.T.: Sigmund Gottfried Spaeth (1885-1965) foi um musicólogo americano.

[8] N.T.: Fidelio (em português Fidélio), Op. 72b, é um Singspiel em dois atos, de Ludwig van Beethoven, com libretto de Joseph Sonnleithner e Georg Friedrich Treitschke baseado no libreto de Léonore ou L’Amour Conjugal (1798), peça em “prosa entremeada de canto”, de Jean-Nicolas Bouilly, baseada nas memórias do autor sobre os acontecimentos da França durante o Terror, quando ele era promotor público do Tribunal Revolucionário de Tours.

[9] N.T.: (1861-1941) foi um polímata bengali que trabalhou como poeta, escritor, dramaturgo, compositor, filósofo, reformador social e pintor.

[10] N.T.: Johann Christoph Friedrich von Schiller (1759-1805), mais conhecido como Friedrich Schiller, foi um poeta, filósofo, médico e historiador alemão. Schiller foi um dos grandes homens de letras da Alemanha do século XVIII e, assim como Goethe, Wieland e Herder, é um dos principais representantes do Classicismo de Weimar, e é tido como um dos precursores do Romantismo alemão. Sua amizade com Goethe rendeu uma longa troca de cartas que se tornou famosa na literatura alemã.

[11] N.T.: o original em alemão:

O Freunde, nicht diese Töne!
Sondern laßt uns angenehmere
anstimmen und freudenvollere.
Freude! Freude!

Freude, schöner Götterfunken
Tochter aus Elysium,
Wir betreten feuertrunken,
Himmlische, dein Heiligtum!

Deine Zauber binden wieder
Was die Mode streng geteilt;
Alle Menschen werden Brüder,
Wo dein sanfter Flügel weilt.
Wem der große Wurf gelungen,
Eines Freundes Freund zu sein;
Wer ein holdes Weib errungen,
Mische seinen Jubel ein!
Ja, wer auch nur eine Seele
Sein nennt auf dem Erdenrund!
Und wer’s nie gekonnt, der stehle
Weinend sich aus diesem Bund!

Freude trinken alle Wesen
An den Brüsten der Natur;
Alle Guten, alle Bösen
Folgen ihrer Rosenspur.
Küsse gab sie uns und Reben,
Einen Freund, geprüft im Tod;
Wollust ward dem Wurm gegeben,
Und der Cherub steht vor Gott.

Froh, wie seine Sonnen fliegen
Durch des Himmels prächt’gen Plan,
Laufet, Brüder, eure Bahn,
Freudig, wie ein Held zum Siegen.

Seid umschlungen, Millionen!
Diesen Kuß der ganzen Welt!
Brüder, über’m Sternenzelt
Muß ein lieber Vater wohnen.
Ihr stürzt nieder, Millionen?
Ahnest du den Schöpfer, Welt?
Such’ ihn über’m Sternenzelt!
Über Sternen muß er wohnen.

[12] N.T.: Mt 25:23

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Nove Sinfonias de Beethoven – Correlacionadas com as Nove Iniciações Menores – Oitava Sinfonia

Por Corinne Heline

CAPÍTULO VIII – OITAVA SINFONIA – FA MAIOR – OPUS 93

Nunca a arte ofereceu ao mundo algo tão sereno como as Sinfonias em Lá e em Fá Maior e todos aqueles trabalhos tão intimamente relacionados a elas que o mestre produziu durante o período divino de sua surdez. O seu primeiro efeito sobre um ouvinte é colocá-lo livre de um sentimento de culpa, enquanto dá nascimento a um sentimento de paraíso perdido ao retornar ao mundo dos fenômenos. Desse modo, esses maravilhosos trabalhos preconizam arrependimento e reparação no sentido da divina revelação.

Nesta Sinfonia, há pensamentos musicais intensos, há passagens que, por um momento, soam as profundezas e alcançam as alturas… Sem a grandiosidade da Quinta Sinfonia ou o romance da Sétima, ela contém um final perfeito e um rico estoque de bom humor.

Romaine Rolland[1]

A Oitava Sinfonia teve sua primeira apresentação em Viena, em 20 de abril de 1813. Sua nota-chave espiritual é harmonia.

Os antigos declararam que o número oito contém a marca da divindade e isso é o que a Oitava Sinfonia representa. Berlioz[2] declara que o modelo dessa Sinfonia foi formulado no céu e caiu dentro do cérebro do compositor. Um crítico de arte, escrevendo sobre essa Sinfonia, diz que ela é um brinquedo divino na região do pensamento tonal. Mais adiante, ele diz que a Sétima é uma arte épica ao máximo, então a Oitava Sinfonia é arte lírica em sua plenitude. A Oitava tem sido chamada de “um épico de humor”. Suas quatro divisões são permeadas com um sopro de alegria e transbordam em excêntrico humor. Um leve e caprichoso espírito de felicidade se difunde completamente. É deliciosa em sua totalidade. Dizem que Beethoven olhava-a com ternura e se referia a ela como sua “pequenina”. Talvez fosse por causa de seu espírito despreocupado e, também, porque é a menor das nove.

As duas primeiras partes estão cheias de alegria e suas harmonias extasiantes continuam a tecer e a entretecer através de toda a terceira parte. Ao invés do usual Scherzo, esse terceiro movimento é um lindo e majestoso minueto. Embora delicadamente caprichoso, ele, ao mesmo tempo, toca uma nota mais grave. Foi comparado por alguns escritores a uma exultante risada. E é verdade. Ele soa uma gargalhada triunfante de uma alma emancipada que encontrou sua própria herança divina de imortalidade consciente e a divina bem-aventurança da liberdade cósmica. Como Pitts Sanborn diz “não é o riso de regozijo infantil ou de frivolidade desesperante e imprudente”. Pelo contrário, é o “vasto e interminável riso de que Shelley[3] fala em Prometheus Unbound[4]. É o riso de um homem que amou e sofreu e, escalando as alturas, alcançou o cume. Só uma ou outra nota de rebeldia se intromete momentaneamente; e, às vezes, em repouso lírico… uma intimidação da Divindade mais do que o ouvido descobre”.

O Finale sobe a alturas ilimitadas em ritmo e fantasia. Irregularidades repentinas e ritmos interrompidos servem para criar uma atmosfera de mistificação deliberada. É fantasia altamente carregada designada para levar o ouvinte além dos estreitos confins da mente concreta.

A Oitava Sinfonia é, no entanto, uma outra composição que o grande gênio criativo de Beethoven deu ao ser humano para ajudá-lo em seus objetivos espirituais, que era seu verdadeiro destino perseguir e cumprir.

George Grove[5], em seu trabalho “Beethoven´s Nine Immortals” descreve o poder de Beethoven de abstrair-se do mundo externo e viver num mundo de sonho dele próprio. Seu ideal, como o de todos os grandes heróis, teve pouco interesse no mundo e nas poucas pessoas em volta dele. Ele foi um pico de uma montanha solitária e elevada que olhava para os vales. Seus olhos testemunhavam um solitário homem espiritualmente faminto. Seu idealismo sobrepassava seu julgamento. Era difícil para ele aceitar coisas realmente diferentes das que ele idealizava. Nos seus últimos anos ele mergulhou em profunda ternura e doce melancolia, resultando no que ele denominou sua “tendência feminina”.

Beethoven foi um instrumento usado pelo Espírito da Música para se realizar mais do que um homem que meramente compôs música. Em sua música, sempre criando mundos, seu grande gênio foi mostrado em seus movimentos rápidos, pois eles refletem os ritmos das órbitas celestes que se movem com mais velocidade que a luz.

Gustav Nottebohn[6], em seus Esboços de Eroica, observa que Beethoven alcançou um tipo de melodia que alguns chamaram de absoluta e, compondo seus últimos trabalhos, ele ficava verdadeiramente “possuído”. Sua Mente Superior assumiu a direção. Então, não trabalhou do pormenor para o todo, mas começou do todo para o pormenor. Sob um estado subconsciente, uma composição era como um todo antes que ele começasse a pensar nos detalhes. Um poeta expressou essa mesma verdade nas palavras: “Você não teria me procurado a menos que já tivesse me encontrado”.

Referimo-nos repetidamente às Nove Sinfonias como música cósmica. Quando Beethoven as escreveu, elas eram obviamente para demonstrar musicalmente as verdades fundamentais da polaridade. As Sinfonias ímpares possuem a grandiosidade, a rapidez, a ousadia, a coragem, a inovação e todas as qualidades masculinas dominantes. As de números pares são doces, ternas, dóceis, calmas, características do feminino.

A Quinta em Dó Menor teria seguido a Terceira, ou a Eroica. Beethoven colocou em prática esboços como elas originalmente chegaram a ele, de acordo com seus biógrafos. Algo em sua natureza antecipou isso até que a mais gentil Sinfonia em Si Maior, a Quarta, inseriu-se num modelo divino que a colocou imediatamente depois da poderosa Terceira. Então, seguindo a Épica Quinta, segue-se a Sexta ou Sinfonia Pastoral como um companheiro contemplativo.

Outra vez, após um espaço de quatro anos, Beethoven produziu outro par de afinidades complementares: a Sétima, de força masculina, e a Oitava, de atributos femininos, as duas produzidas em 1862 em sequência.

Finalmente, quase dez anos mais tarde, apareceu a magnífica mistura de opostos, que tinham se alternado nas precedentes oito Sinfonias e culminou na grandiosidade da Nona.

Oitava Iniciação

A oitava Iniciação está relacionada com a oitava camada da Terra conhecida como Estrato Atômico. O poder dessa Iniciação é tal que um objeto situado nesse Estrato, quando usado como um núcleo, pode ser multiplicado à vontade. Era o poder dessa oitava Iniciação que o Senhor estava demonstrando aos Discípulos quando multiplicou os cinco pães e os dois peixes e alimentou cinco mil – com doze cestas cheias de sobra[7].

Muito pode ser dito sobre essa Iniciação, excetuando que o participante tem que ter conquistado domínio sobre si mesmo e sobre o Mundo material. Uma harmonia básica é um requisito para a entrada nesse elevado Rito. As essências da experiência adquiridas através das Iniciações que precederam são aqui transformadas em poder anímico de tal força que uma tão esperada harmonia se torna a nota-chave da vida. O ser nunca mais explodirá numa experiência emocional, nem será indevidamente sacudido por eventos dolorosos ou agradáveis. Ele achou agora para sempre aquela profunda e intensa calma e paz à qual São Paulo se referiu quando disse que de fato nenhuma das coisas do mundo exterior o comoviam.

A esfera celestial chamada no ocultismo de Mundo dos Espíritos Virginais está refletida no oitavo Estrato da Terra. É nesse nível de vida que Deus diferencia dentro d´Ele as entidades que constituem uma Onda de Vida evolutiva. É desse plano que esses seres divinos em embrião entram em sua jornada evolutiva eterna através do tempo, espaço e matéria. Nesse estágio, os Espíritos Virginais possuem só consciência divina. O fim a ser atingido através de sua Involução dentro da matéria é a autoconsciência, quando o processo evolutivo o leva de volta à consciência Divina.

Na oitava Iniciação, o Iniciado é levado para muito além do mundo humano. As palavras são inadequadas para descreverem as maravilhas e as glórias daquele Mundo espiritual no qual ele é permitido entrar. A sublime música da Oitava Sinfonia transcreve algumas das maravilhas daquele Mundo.

Toda alma iluminada canta sua própria canção de realização. Essa canção é, às vezes, uma expressão de aspiração, busca, agonia, desilusão e mesmo de completa escuridão. Então, como a agonia continua, segue-se uma nova, fresca e sempre profunda dedicação, que culmina eventualmente numa vitória de completa conquista de si próprio. Essa foi a canção de alma que Moisés cantou na vitória do Mar Vermelho, uma vitória que se referiu não tanto a uma ocorrência física, mas a uma transmutação perfeita em seu interior. Outras canções de alma de tal alcance são os imortais Salmos de Davi e a melhor de todas as canções de amor, o 13º capítulo da 1ª Epístola aos Coríntios[8]. Também a Canção do Cisne de Lohengrin naquele magnífico drama musical que leva o seu nome.

É essa mesma Canção de Realização que é ouvida na Oitava Sinfonia de Beethoven composta não em palavras, mas na linguagem tonal trazida inspiradamente do mundo celeste do som. O Finale dessa Sinfonia ressoa toda a profunda alegria do Ser Emancipado. É a Canção de Alma daquele que aprendeu, por sua divindade inata, a reivindicar sua herança que é a Liberdade Cósmica. Essa é a nota-chave da oitava Iniciação e o elevado tema musical da Oitava Sinfonia.

O elevado trabalho dessa oitava Iniciação está exemplificado na música dessa Sinfonia que é tão suave, linda e cheia de tal corrente de força que parece cantar a habilidade de acalmar a violenta tempestade ou de remover montanhas de seus lugares. A música da Oitava Sinfonia é a expressão do Feminino altamente aperfeiçoado, aquele poder espiritual que o alquimista descreveu como o Feminino em Exaltação.


[1] N.T.: Romain Rolland (1866-1944) foi um novelista, biógrafo e músico francês.

[2] N.T.: Hector Berlioz (1803-1869) foi um compositor romântico francês.

[3] N.T.: Percy Bysshe Shelley (1792-1822) foi um dos mais importantes poetas românticos ingleses.

[4] N.T.: Prometheus Unbound é um drama lírico em quatro atos de Percy Bysshe Shelley, publicado pela primeira vez em 1820. Trata-se dos tormentos da figura mitológica grega Prometeu, que desafia os deuses e dá fogo à humanidade, pelo qual é submetido ao castigo eterno e sofrimento nas mãos de Zeus.

[5] N.T.: Sir George Grove CB (1820-1900) foi um engenheiro e escritor inglês sobre música, conhecido como o editor fundador do Grove’s Dictionary of Music and Musicians.

[6] N.T.: Martin Gustav Nottebohm (1817-1882) foi um pianista, professor, editor musical e compositor que passou a maior parte de sua carreira em Viena. Ele é particularmente celebrado por seus estudos de Beethoven.

[7] N.T.: “Cristo Jesus, ouvindo isso, partiu dali, de barco, para um lugar deserto, afastado. Assim que as multidões o souberam, vieram das cidades, seguindo-o a pé. Assim que desembarcou, viu uma grande multidão e, tomado de compaixão, curou os seus doentes. Chegada a tarde, aproximaram-se dele os seus discípulos, dizendo: “O lugar é deserto e a hora já está avançada. Despede as multidões para que vão aos povoados comprar alimento para si”. Mas, Cristo Jesus lhes disse: “Não é preciso que vão embora. Dai-lhes vós mesmos de comer”. Ao que os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. Disse Cristo Jesus: “Trazei-os aqui”. E, tendo mandado que as multidões se acomodassem na grama, tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos ao céu e abençoou. Em seguida, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões. Todos comeram e ficaram saciados, e ainda recolheram doze cestos cheios dos pedaços que sobraram. Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.” (Mt 14:13-21).

[8] N.T.: “Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como um bronze que soa ou como um címbalo que tine. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, eu nada seria. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria. A caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais passará. Quanto às profecias, desaparecerão. Quanto às línguas, cessarão. Quanto à ciência, também desaparecerá. Pois o nosso conhecimento é limitado, e limitada é a nossa profecia. Mas, quando vier a perfeição, o que é limitado desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei homem, fiz desaparecer o que era próprio da criança. Agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora o meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido. Agora, portanto, permanecem fé, esperança, caridade, essas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade.” (ICor 13:1-13).

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Aqui a Oitava Sinfonia em MP3:

Symphony #8 In F, Op. 93 – 1. Allegro Vivace e Con Brio
Symphony #8 In F, Op. 93 – 2. Allegretto Scherzando
Symphony #8 In F, Op. 93 – 3. Tempo Di Menuetto
Symphony #8 In F, Op. 93 – 4. Allegro Vivace
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ecos da Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil – Abril de 2022

O Ecos de um Centro Rosacruz tem como objetivo informar as atividades públicas de um Centro, bem como fornecer material de estudo sobre os assuntos estudados durante o mês anterior:

  • Informação sobre a Pandemia
  • Nossas Atividades durante o mês de março
  • Calendário para o mês de abril
  • Estudos na nossa Reunião Virtual Dominical de Filosofia Rosacruz tendo como base o Conceito Rosacruz do Cosmos:
  • Alguns Artigos publicados nas nossas redes sociais
  • Assuntos veiculados na Mídia visto pelos olhos dos Ensinamentos Rosacruzes
  • Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes
  • Serviço de Auxílio de Cura – Datas de Cura para o mês corrente: todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações.

1. Para acessá-lo (formatado e com as figuras) com as seguintes atividades que desenvolvemos em março, com as seguintes sessões:

CLIQUE AQUI: ECOS nº 71 – Abril de 2022

2. Para acessar somente os textos (sem a formatação e as figuras):

A Fraternidade Rosacruz é uma escola de filosofia Cristã, que tem por finalidade divulgar a filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel. Exercitando nosso papel de Estudantes da Filosofia Rosacruz, o entro Rosacruz de Campinas-SP-Brasil, edita o informativo: Ecos.

Informação De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção do avanço da pandemia de corona vírus (Covid 19), as atividades presenciais continuam suspensas em nossa sede em Campinas-SP por tempo indeterminado. Nossas reuniões semanais estão ocorrendo virtualmente.

Atividades gerais ocorridas em nosso Centro, no mês de Abril/2022:

Publicações de textos no nosso Site (www.fraternidaderosacruz.com) e nas nossas Redes Sociais:

https://www.facebook.com/fraternidaderosacruz/

https://business.facebook.com/FraternidadeRosacruzCampinas/

https://www.instagram.com/frc_max_heindel/

https://www.youtube.com/c/TutoriaisEstudosFraternidadeRosacruzCampinas

  • Correção de lições dos Cursos (Filosofia, Bíblia e Astrologia) on line em andamento
  • Respostas às dúvidas dos leitores (via e-mail, no site, nas redes sociais)
  • Oficiação dos Rituais Devocionais (incluindo Hino de Abertura, do Signo do mês solar e Hino de Encerramento)

MAIO – Sol transitando pelo Signo de Touro (abril-maio)

Touro mantém o modelo cósmico de toda a forma terrestre, enquanto que Áries, uma Hierarquia ígnea, mantém o segredo da vida, em si mesma. Os Senhores de Touro guardam o arquétipo cósmico de um órgão maravilhoso, destinado a se converter em uma parte do futuro Corpo humano. Esse novo órgão, semelhante a uma rosa dourada, estará situado na garganta e será o centro por meio do qual o ser humano da Nova Era pronunciará a palavra Criadora. Mediante o seu poder, a geração se converterá em regeneração e o ser humano será capaz de modelar a substância a sua vontade. No plano onde as forças de Touro são mais ativas e luminosas, pode-se vislumbrar essa perfeição e meditar sobre ela. Então se percebe o glorioso desenvolvimento que lhe espera no futuro e compreende o sentido das palavras do salmista: “Tu o fez um pouco inferior aos Anjos e o corou de glória e honra.” (Sl 8:6).

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV – Análise Oculta do Gênesis – A Mescla de Sangue no Casamento

Qual Hierarquia Criadora foi destinada por Jeová para ser a influência orientadora de um Espírito de Raça?

Arcanjos

Por que tal Hierarquia foi destinada por Jeová para ser a influência orientadora de um Espírito de Raça?

Porque os Arcanjos, sendo especialistas em Corpos de Desejos, têm domínio sobre as Raças e os povos, assim também sobre os Animais, porque ambos os Reinos possuem Corpo de Desejos.

Os Arcanjos são hábeis arquitetos da matéria de desejo, pois no Período Solar, o Globo mais denso era composto de matéria de desejos. Portanto, os Arcanjos são especialmente capacitados para auxiliar as Ondas de Vidas atuais e posteriores, através do estágio em que elas necessitaram aprender a construir e dominar um Corpo de desejos

Quais são as expressões mais elevadas do Corpo de Desejos?

O cérebro e o sistema nervoso

O Espírito de Raça, de Família ou de Comunidade tem entrada no sangue por qual meio?

Pelo ar que respiramos

Em qual Época iniciou-se as Raças

Época Lemúrica: Raça Lemúrica – uma única Raça.

Quantas Raças teremos e em quais Épocas?

Dezesseis Raças:

Época Lemúrica: (1 Raça) Raça Lemúrica – uma única Raça.

Época Atlante (7 Raças): A Rmoahals; Os Tlavatlis; Os Toltecas; Os Turânios; Os Semitas originais; Os Acádios e Os Mongóis.

Época Ária (7 Raças): Ária; Babilônio-Assíria-Caldeu; Persa-Greco-Latina; Céltica; Teuto-Anglo-Saxônica; Eslava e Descendentes da 6ª Raça.

Sexta Época (1 Raça): da união das diversas nacionalidades vivendo na América, surgirá então a última Raça.

Qual foi a primeira Raça a casar-se com pessoas de outras tribos?

Os Semitas Originais foram os primeiros a desenvolver à vontade, e casar-se com pessoas de outras tribos.

Porque as Raças são chamadas de os dezesseis caminhos da destruição, qual é o real e o grande perigo que corremos?

As dezesseis Raças são chamadas os “dezesseis caminhos para a destruição” devido ao perigo das almas se aderirem demasiadamente às características de cada uma delas, a ponto de se tornarem incapazes de sobre passar a ideia de Raça e obstar seu progresso.

Há também o perigo das almas se cristalizarem tanto na Raça, até que se aprisionem aos Corpos de Raça, mesmo quando estes comecem a degenerar, como sucedeu aos judeus.

Conforme o ser humano progrediu através desses estágios e perdeu gradualmente o contato com os Mundos internos, lamentou a perda e ansiava a volta da “visão interna”.

Quais são as quatro causas que contribuíram para essa condição?

As quatro causas que contribuíram para isso foram:

O clareamento da neblina atmosférica do continente Atlântico.

A entrada do Corpo Vital no físico, pelo ajustamento do ponto da raiz do nariz com o mesmo ponto do Corpo Vital.

A eliminação da endogamia (consanguinidade, casamento dentro da mesma Raça) e a consequente substituição pelo matrimônio entre tribos ou famílias.

O emprego de estimulantes tóxicos.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XIV – Análise Oculta do Gênesis – A “Queda do Homem

Que Onda de Vida atravessou o seu estágio “humanidade” do Período de Saturno? Do Período Solar e do Período Lunar?

Período de Saturno – “Senhores da Mente

Período Solar – “Arcanjos

Período Lunar – “Anjos

O que ocorre entre cada dois Períodos?

Ocorre um intervalo de repouso ou atividade subjetiva – uma Noite Cósmica, análoga à noite de sono.

Como era o ambiente do Planeta Terra no Período de Saturno?

Era escuro e gasoso.

Como é chamado o ser humano, na Bíblia, na Época Polar?

Adão.

Adão modelou seu Corpo sob a orientação de qual Hierarquia?

Sob a orientação dos Senhores da Forma.

No Período Solar o Corpo Denso do ser humano foi interpenetrado por um: Corpo Denso, Corpo Vital ou Corpo de Desejos?

Um Corpo Vital.

No Período Solar, a Terra alcançou a densidade da Região Química do Mundo Físico, Região Etérica do Mundo Físico ou do Mundo do Desejo?

Mundo do Desejo.

No final do Período Solar, o ser humano possuía um duplo Espírito e um duplo Corpo?

No final do Período Solar, o ser humano possuía um duplo Espírito despertado (Espírito Divino e Espírito de Vida) e um duplo corpo, com os Átomos-sementes recebidos (Corpo Denso e Corpo Vital)

No início do Período Terrestre, qual veículo faltava a humanidade?

Faltava ainda o elo de ligação entre o Tríplice Corpo e o Tríplice Espírito, a Mente.

Durante a Época Atlante do Período Terrestre predominou os sentimentos de Amor e Fraternidade?

Não. A astucia, paixão e a perversidade predominaram na Época Atlante.

O que veio a ser o dilúvio ou inundação atlântica?

A atmosfera nebulosa condensou-se, caindo em torrentes e inundando os vales da Atlântida.

Quem eram os Espíritos Lucíferos?

Os Espíritos Lucíferos eram os atrasados da Onda de Vida dos Anjos.

O que significa a mulher viu os Espíritos Lucíferos, como serpentes?

A mulher viu os luminosos Espíritos Lucíferos entrarem na sua medula espinhal de uma forma serpentina.

O que significa “Lúcifer abriu os olhos da mulher”?

Lúcifer abriu os olhos da mulher, ela viu o seu Corpo Denso e o Corpo Denso dos que estavam próximos, e ele ensinou a ela como podia conquistar a morte, criando novos Corpos.

Qual foi a consequência, nos humanos, em comer da Árvore do Conhecimento?

A humanidade se capacitou a livremente criar um novo Corpo ao perder o antigo veículo e ter o parto com dor.

Qual seria a consequência do ser humano ter comido da Árvore da Vida?

Se o tivesse conseguido se teria feito imortal, mas não poderia mais progredir. Se não pudesse obter novos e mais perfeitos veículos por meio de sucessivas mortes e renascimentos, se teria estagnado.

Qual órgão do nosso Corpo Denso usaremos para falar a “Palavra perdida” ou o “Fiar Criador”?

A laringe falará novamente a “Palavra perdida” ou o “Fiar Criador”.

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XV – Cristo e sua Missão – A Evolução da Religião

Se conforme vamos nos civilizando, a nossa Religião vai se tornando mais humana. Quais Religiões não estão “tão humanas” quanto poderiam estar?

As Religiões não Cristã – ou seja, a que não seguem os ensinamentos de Cristo, que envolve o sair do separatismo (necessário em um momento e nos fornecido pelas Religiões de Raça) para a unidade (por meio do veículo unificante Espírito de Vida do Cristo). A lei deve ceder lugar ao Amor, e as Raças e nações separadas devem unir-se numa Fraternidade Universal.

Cristo possibilitou a todos os seres humanos o direito de buscar as Iniciações; abriu o caminho da Iniciação para todos os que quisessem alcançá-lo.

Por exemplo, o Hinduísmo, ainda está focada na separatividade de castas.

Mas é importante dizer que todas as Religiões foram ensejadas pela Divindade, por obra de um dos Mensageiros de Deus, estando cada uma perfeitamente adaptada ao povo onde se originou.

As Religiões que fazem sacrifícios com animais – porque os animais são nossos jovens irmãos e, como nós, eles constroem formas no intuito de adquirir experiência no Mundo material. Privando-os de seu Corpo Denso, nós atrapalhamos o seu progresso. Se não podemos criar sequer uma partícula de barro, não temos o direito de destruir a forma mais insignificante. Todas as formas são expressões da Vida Divina. Una por excelência. Devemos praticar de fato e em toda a sua extensão, o “vivei e deixai viver”.

Olhando ao nosso redor é fácil ver que para os corpos a lei é “a sobrevivência dos mais aptos”. Cite um exemplo na natureza onde o mais apto é o que sobrevive.

Animais: crocodilos, baratas, dragão-de-komodo, escorpião, tuatara, Rato-da-pedra-laociano, tartaruga, Caranguejo-ferradura, Ocapi, Tubarão-cobra,

Plantas: sequoia, cavalinha, samambaias, as cicas, gingko biloba

Quando estamos na nossa consciência de vigília, o que utilizamos no nosso Corpo Denso para se relacionar com o Mundo externo, com o nosso entorno?

Os 5 sentidos

Vamos falar sobre ressonância: se um pelotão de soldados vai marchar sobre uma ponte de madeira, quando é que essa tem um maior risco de se desmantelar toda?

Quando a vibração de todos estiverem no mesmo tom (nota chave) da ponte

Em que Região de que Mundo estão os Arquétipos dos nossos Corpos e da nossa Mente atuais?

Região do Pensamento Concreto

De que Corpos é formada a nossa Personalidade?

3 Corpos: Corpo Físico, Corpo de Desejos e Corpo Vital e, devido a nossa insistência em mantê-la ligada ao Corpo de Desejos, a Mente Concreta.

Nós, como Egos, nos expressamos por meio de quais veículos espirituais?

Espírito Humano, Espírito de Vida e Espírito Divino

Qual é o outro nome que é conhecida a Lei de Consequência?

Lei de Causa e Efeito

Conceito Rosacruz do Cosmos – Cap XV – Cristo e sua Missão – Jesus e Cristo Jesus – Parte 1

Como o 2° aspecto do Ser Supremo (O Verbo), se manifesta na matéria?

Como força de atração e coesão. O Fiat Criador, modela a Substância Raiz Cósmica.

O Filho é o mais elevado Iniciado de qual Período?

Período Solar.

Qual o Veículo Inferior usado pelo Cristo?

O Espírito de Vida.

Como que se relaciona o Espírito Humano?)

Com o Mundo do Pensamento Abstrato.

Qual o evento que, sendo uma realidade próxima, gerou a intervenção de Cristo?

A Era de Aquário.

De que forma Cristo alcança a humanidade?

De dentro para fora.

A Região Etérica do Mundo Físico é reflexo de qual Mundo?

Mundo Espírito de Vida.

O que nos permite pensar com Sabedoria?

O coração, assento do Espírito de Vida.

Cristo, como Arcanjo que é, tinha como seu veículo inferior o Corpo de Desejos, mas, como o mais elevado Iniciado, qual Ele usava?

O Espírito de Vida

Como era o Corpo Vital de Jesus?

Positivo e com muito mais Éteres superiores (Luminoso e Refletor)

Qual o tamanho da Aura de Jesus?

Até quilômetros além de seus Corpos

Alguns Artigos Publicados nas redes sociais no mês de Abril:

Cuidado com o que falamos

Todos nós temos um membro insubordinado, repleto de veneno. Não acreditam? Sim, infelizmente temos.

A nossa língua. Pasmem!!  Ela é um mal perturbador, repleto de veneno.

Com a língua bendizemos a Deus, o Pai, e com ela amaldiçoamos irmãos e irmãs que foram feitos à imagem e semelhança desse mesmo Deus.

Isso é terrível. Não deveria ser assim, jamais.

Se uma pessoa não ofende por palavras, essa sim é perfeita, e pode refrear todo o seu corpo, mas se a língua não tem freio, essa pessoa causa muito mal, destila veneno.

A língua é um fogo, um mundo de iniquidades, ela pode perverter todo o corpo.

Todas as espécies de animais, de aves, de répteis, todo ser que vive nos mares, podem ser subjugadas e até domesticadas pelo gênero humano. Já a língua, nenhum ser humano pode domar; ela é um membro insubordinado.

Pensem, quantos de nós estaríamos aqui, depois de picar um semelhante com palavras mordazes, duras??

Se soubéssemos que morreríamos depois de picar alguém, será que não domaríamos nossas línguas?

Irmãos, devemos aprender a analisar mais, a amar mais, a ouvir mais, antes de falarmos, antes de criticarmos, de empregarmos palavras maldosas, muitas vezes sem necessidade.

A língua faz com que nos vangloriemos muitas vezes pelo feito, mas se fizermos o Exercício de Retrospecção, à noite, veremos o quão tristes deixamos alguém. Quem faz o mal não entristece, mas quem recebe se entristece, e muito.

Lembremos que cada vez que somos maldosos, criamos mais Destino Maduro, além de aumentarmos nosso sofrimento quando da nossa passagem pelo Purgatório. Lá, sem o Corpo Denso para amortecer esse sofrimento, sofremos três vezes mais para purgarmos todo mal que aqui fizemos.

A Lei de Consequência, ou Causa e Efeito é para todos, sem exceção.

Comecemos já a domar nossas línguas, a pensar duas vezes antes de falar.

Falar é de prata, ouvir é de ouro!!!

O Mundo está passando hoje por grandes Mudanças

Primeiro veio a Pandemia, Covid-19 (desde março de 2021 e ainda não acabou), e agora essa guerra absurda, por poder e ganância.

Diante disso as pessoas são colocadas diante de provas, fazendo, quer queiram ou não, grandes ajustes, onde a pessoa se fortalece ou sucumbe.

Às pessoas sem uma visão de futuro, que caminham pela vida com indiferença, não acumulam tesouros nos Céus, falta o espírito de iniciativa, de mudanças, ficam perdidos, não encontram uma saída, ficam à espera de ajuda externa.

Para as pessoas que entendem o real propósito de estarem aqui no Mundo Físico, que seguem os Ensinamentos dados pelos Irmãos Maiores – os Ensinamentos Rosacruzes -, entendem o momento, estudam, refletem, observam, discernem, se concentram, se exercitam esotericamente, se preparam, são Cristãos Ocultistas e Cristãos Místicos, são fortes o bastante para se ajudarem e ajudarem aos seus semelhantes.

Cristo disse: “Não só de pão vive o homem” (Mt 4:4). Entendemos então que devemos cuidar sempre da nossa parte espiritual, se preparar para mudanças, para provas, construir o Templo sem as mãos, cuidando dos nossos pensamentos, sentimentos, emoções, desejos, palavras, ações, obras e atos, a todo momento, com persistência, muita força de vontade, muita paciência e muita fé.

Os Ensinamentos Rosacruzes nos ajudam a entender que cada Aspirante à Vida Superior é responsável pelas condições que o envolvem.

Dificuldades, perdas, deficiências e outras limitações não são o resultado do acaso, mas o produto de uma necessidade e que revela a Sabedoria de Deus, com Seus grandes e perfeitos ajustes, mesmo que com dor e sofrimento.

Só existem dois caminhos a seguir: do amor ou o da dor, não existe e jamais existirá um terceiro caminho. 

Estamos sendo testados constantemente para ver se reagimos com amor e compaixão, se fazemos o bem porque é correto fazer o bem, se desenvolvemos o poder anímico (o Poder da Alma), o autocontrole, o altruísmo, se realmente entendemos que Cristo aqui esteve, antes que nos perdêssemos mais e mais, ou se estamos sempre a julgar e a criticar, e numa grande inércia.

A Fraternidade Rosacruz é uma Escola de treinamento para Cristãos Esotéricos, onde os Estudantes estudam os Ensinamentos Rosacruzes, trabalham sobre eles mesmos, e se preparam para estarem a serviço da humanidade, como colaboradores conscientes dos Irmãos Maiores no seu serviço em prol de todos; ainda mais intenso devido a aproximação da Era de Aquário.

Precisamos de vez em quando parar e fazer uma fervorosa reflexão e superar nossas tendências egoístas, e devotarmo-nos cada vez mais ao serviço amoroso e desinteressado aos demais, de modo que, dia após dia, possamos contribuir para um mundo melhor, onde a força altruísta do Amor Universal possa purificar nossos corações e Mentes, para que possamos ver o bem em tudo e em todos.

Façamos tudo com paciência, fé, atitude e pensamento positivo, visando a construção do nosso Corpo-Alma, o Dourado Manto Nupcial, nosso veículo Etérico, tão necessário para a funcionarmos nos Mundos suprafísicos e que nos habilitará a sermos muito melhores servidores.

Crescimento Espiritual

Sabemos que todo crescimento espiritual vem de dentro, que há a necessidade de muita força de vontade, determinação, coragem e muita fé, uma vez que há muitos obstáculos a serem vencidos.

As pessoas determinadas, de caráter forte e excelentes qualidades, sobem rapidinho às mais elevadas posições mesmo nos caminhos acidentados da vida.

Essas pessoas destacam-se pela sua força interna, pelo impulso que geram.

Já pessoas de vontade fraca, que vivem na inércia, que remam a favor das águas, que não tem fé, não são determinadas, com pouca força de vontade, nem buscam a parte espiritual, reclamam de tudo e ainda acham que tem que ser ajudados, essas pessoas não crescem, não evoluem, porque em tudo colocam dificuldades, se acomodam com facilidade.

Cada um de nós deve trabalhar em prol do seu crescimento espiritual e determinar em qual nível quer permanecer (superior ou inferior, determinado ou acomodado).

Frente aos grandes problemas que se apresentam, grandes oportunidades também esperam aqueles que estão dispostos a assumir responsabilidades, a colocarem-se frente aos desafios.

Se desejamos nos elevar espiritualmente, arregacemos as mangas, procuremos viver os Ensinamentos Rosacruzes, estes iluminam nossos caminhos, nos encorajam, nos dão respostas para o “mistério da vida”, vamos então viver esses Ensinamentos, afinal foram dados pelos Irmãos Maiores, que estão sempre dispostos a nos ensinar, a nos mostrar o caminho.

Busquemos dentro de nós a força que nos fará crescer.

Sejamos determinados, de caráter forte.

Tenhamos muita força de vontade e persistência.

Deixemos acender e brilhar fortemente a luz que há dentro de nós. (Todos temos, basta que queiramos acendê-la).

O caminho é para todos!! Aproveitem!!

Exercício de Retrospecção

Pelos Ensinamentos da Fraternidade Rosacruz, temos alguns exercícios esotéricos muito importantes para nosso crescimento espiritual e que se forem feitos fielmente, devocionalmente, sinceramente, rapidinho aceleramos a construção do nosso Corpo-Alma.

Um exercício muito importante e que ultrapassa qualquer perspectiva, é o Exercício noturno da Retrospecção, um exercício devocional, porém não de memória, feito todas as noites.

Eis como fazê-lo:

Ao deitar-se, à noite, relaxe o corpo; comece depois a rever as cenas do dia em ordem inversa, começando com os acontecimentos havidos imediatamente antes de se deitar, passando às ocorrências da tarde e da manhã; os acontecimentos que julgue mais importantes a serem purgados, julgados com uma atitude moral em cada cena.

Procure julgar-se a si mesmo:

  1. arrependendo-se onde couber o arrependimento, com o propósito também de certificar-se que suas palavras tiveram o significado próprio ou se produziram uma impressão falsa, se exprimiram o que realmente queria ter dito aos outros, um exemplo também: durante as refeições, comeu para viver, ou viveu para comer? Enfim, reproduza diante do seu olhar mental, tudo o que aconteceu na cena em que está sendo revista,
  2. louvando-se onde, ao seu ver, praticou o bem, reforçando os eventos em que os efeitos geraram gratidão e ajudaram a alguém, frutos de causas que você gerou.

Esse exercício se feito fielmente, procurando vivê-lo o mais próximo do que acontece no Purgatório, nos ajuda imensamente, expurgar diariamente as ocorrências indesejáveis da nosso Memória Subconsciente, de modo que nossos pecados serão apagados do Átomo-semente do Corpo Denso e nossas auras começarão a brilhar.

E, também, pela vivência do de bem fizemos, encurtaremos nosso tempo no Primeiro Céu, depois da vida aqui findada.

Outra coisa importante; se bem-feito, tendo extraído diariamente a essência das experiências que fazem o crescimento da Alma, tendo-as amalgamado ao Espírito, passaremos a viver em uma atitude mental e agindo de modo que, ordinariamente, nos estaria reservado para vidas futuras, ou seja, estamos nos adiantando.

Paixão de Cristo e Iniciação

Cada acontecimento da vida de Cristo-Jesus, durante a Semana da Paixão, representa alguma fase da Iniciação nos Mistérios Cristãos. A Entrada Triunfal (também popularmente conhecido como Domingo de Ramos) representa as alegrias, assim como o Calvário simboliza os sofrimentos.

Para as massas que presenciavam a procissão do Domingo de Ramos, esta não era senão a atribuição das honras ao grande Mestre Cristo que, durante os últimos três anos, realizou tais milagres entre eles, que havia feito os cegos enxergarem, os paralíticos andarem e curar definitivamente os doentes.

Contudo, para os Cristãos esotéricos seu significado era mais profundo.

Para eles era a manifestação externa da santa alegria que experimentará toda a humanidade quando alcance a consciência crística, tornada possível graças ao recentemente instaurado novo procedimento de Iniciação nos Mistérios Cristãos.

As hosanas da multidão que bordeavam o caminho, ao longo do qual o Mestre passou durante Sua Entrada Triunfal, não eram senão o eco dos coros angélicos que saudaram o nascimento de Jesus. Então cantavam: “Paz na Terra e Boa Vontade para os Homens”; no dia de Sua entrada em Jerusalém para os acontecimentos finais de Seu ministério terreno, cantavam: “Bendito seja o Rei que veio em nome do Senhor; paz nos céus e glória nas alturas”. Portanto, anunciavam o amanhecer da Nova Dispensação, sob a qual, cada ser humano está destinado a se converter em rei de seu próprio reino espiritual e a caminhar no nome do Senhor ou na Lei do Amor, da Luz e da Verdade.

(*) Pintura: Christs Entry Into Jerusalem, 1800 – William Blake (1757–1827)

A cena da Entrada Triunfal foi Jerusalém, a cidade da Paz, que representa o coração ou o centro do amor no Corpo, o primeiro onde começa a viver o Espírito de Cristo. O jumento, sobre o qual Cristo cavalgava, simboliza a Sabedoria Antiga. E as palmas espalhadas sobre o caminho representam as consecuções vitoriosas. Portanto, Cristo encenou, por meio da Sua Entrada Triunfal, algo que apontava à glória da Nova Era, quando as verdades dos Mistérios Cristãos se converterão na Religião universal da humanidade.

O mestre enviou a dois dos seus Discípulos, Pedro e João, para preparar a Sua entrada, lhes dizendo que “fossem ao povo antes deles”, onde encontrariam um jumentinho; que o trouxesse e, sobre ele, Cristo cavalgaria para Jerusalém.

O “povo à frente” é o Caminho, que sempre se estende ante o Aspirante; e o jumentinho, símbolo da sabedoria, que nunca tinha sido montado, é o recém-liberado impulso espiritual, que deu nascimento aos Mistérios Cristãos. O fato de que esses Discípulos sabiam o caminho do povo e como trazer o jumentinho significa que eles já tinham sido iniciados no Caminho Cristão da Iluminação Espiritual.

A Última Ceia

Também na quinta-feira da Semana Santa ocorreu o que ficou conhecida como a Última Ceia.

Esotericamente é o Rito da Eucaristia que tem sido parte de todos os ensinamentos Iniciáticos que foram dados aos seres humanos em todos os tempos.

Tem o mais profundo significado espiritual quando Cristo, o Supremo Mestre do Mundo, celebrou o Rito com Seus Discípulos na Sala Superior, à meia-noite da Quinta-feira Santa, imediatamente antes da Sexta-feira Santo ou o Dia da Paixão.

O suco da videira (o vinho místico) simboliza o Corpo de Desejos, limpo e transformado, do Discípulo. O pão representa o puro e luminoso Corpo Vital. Mediante a combinação das duas forças espirituais desses dois veículos, devidamente separados, podem se manifestar os poderes correspondentes ao Mestre.

Cada um dos santos homens e mulheres que participaram na Última Ceia com Cristo, purificaram seus Corpos de Desejos e Vital, de tal modo que foram capazes de receber e transmitir os poderes crísticos para a cura e a iluminação espiritual de todos aos que lhe foi dado servir.

Vivendo uma vida pura e inofensiva durante um período, cuja duração varia segundo o desenvolvimento anterior existente, a conservação da força Criadora da vida produz uma força vital de ordem superior que irradia do Corpo e que pode ser dirigida e utilizada à vontade nos serviços para com os outros. Essa emanação etérica, na noite da Última Ceia, alcançou nos Discípulos um grau de luminosidade que nunca antes havia sido alcançado. Cada um deles entregou essa emanação anímica a Cristo no momento da Última Ceia. Dirigindo essa força para Si mesmo e a incrementando com Seus próprios poderes divinos, Cristo apareceu ante eles em toda a glória do Corpo de Sua Transfiguração. Então, derramou essa poderosa corrente de energia sobre o pão e o vinho, magnetizando-os com a magia da alquimia espiritual, até que ambos brilharam com o esplendor de joias indescritíveis.

(*) Detalhe da Pintura Last Supper (1509-1511) – Gustave Dore

A Ceia daquela primeira noite de Quinta-feira Santa foi concluída com o Pai-Nosso, uma oração de imenso poder, se for empregada corretamente, e com o “beijo da paz”. Com ela se expressavam a unidade e a harmonia que conseguiram alcançar e a reserva em comum do poder espiritual que geraram, com o objetivo de derramar o impulso de Cristo pelo mundo, para o seu consolo e sua redenção. Alcançaram a verdadeira fraternidade, que é o primeiro requisito para o êxito efetivo do grupo.

Aqui se encontra a resposta à pergunta, tantas vezes formulada: “Judas Iscariotes esteve presente na Última Ceia”?

No exaltado estado de consciência alcançado durante o cerimonial da Ceia, os Discípulos puderam ver os “registros cósmicos” e contemplar ali os acontecimentos que ocorreriam nos anos que lhe restavam de vida. Então, tiveram a possibilidade de aceitar ou não, livremente, esses acontecimentos. O fato de escolherem aceitá-los, difíceis como eram para suportar, evidencia o elevado estado que alcançaram, já que, em todos os casos, o previsto conduzia à diversas perseguições e, frequentemente, ao martírio. Contudo, renunciaram ao “eu” pessoal; saíram como almas Crísticas, tão fortificados que não importava o que lhe pudesse suceder com o Corpo físico; a alma seguia adiante, segura e serena, para o triunfo certo.

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Judas Iscariotes sucumbe à tentação

Na quarta-feira da Semana Santa, Judas Iscariotes sucumbiu à tentação dos sumos sacerdotes, que tipificam a razão ou Mente mortal humana, não iluminada pelo poder do espírito (Mt 26:15).

As trinta moedas de prata se referem, numericamente, à tríade (3+0) composta pelo Corpo Denso, o Corpo de Desejos e a Mente inferior concreta.

Quando esses Corpos e Veículos – ou princípios – atuam no nível inferior, como sucedeu com Judas ao executar a grande traição, se destroem sempre a si mesmos, como ocorreu com ele, ao se suicidar.

Esse fracasso de Judas indica que não havia conseguido passar pelo Primeiro Grau ou Rito da Purificação.

(*) Pintura: Judas e as trinta moedas de prata – Rembrandt (1629)

Rito da Eucaristia

Na quinta-feira da Semana Santa, para preparar o Rito da Eucaristia, Cristo orientou a dois de Seus Discípulos para ir à cidade, onde encontrariam a um homem com um cântaro de água. Deviam segui-lo até uma casa onde deveria se preparar uma grande “habitação superior” para a chegada do Mestre e dos Seus Discípulos. Iriam celebrar juntos, ali, a ceia da Páscoa.

Essas instruções são, realmente, um anagrama crítico pertencente ao desenvolvimento esotérico do Aspirante. O homem que leva um cântaro de água faz referência a Aquário, o Signo Portador de Água, regente da Nova Era, na qual o espírito da verdadeira iluminação será derramado de novo sobre a carne, e cuja preparação ocorreria nesse momento.

A “habitação superior” é a cabeça, a qual, quando está “mobiliada e pronta”, graças ao despertar dos centros espirituais de seu interior, proporciona a visão dos Mundos internos e superiores.

Com a Glândula Pineal (a epífise) e o Corpo Pituitário (a hipófise) despertos e ativos, se levanta o véu do Sanctum Sanctorum e nos encontramos na presença do nosso próprio “Eu Superior”, como criado a imagem e semelhança de Deus e capaz de manifestar os poderes de um ser humano Crístico.

À luz dessa leitura simbólica podemos deduzir qual era o estado espiritual de São Pedro e São João, os dois Discípulos enviados à frente, pelo Mestre. Ambos estavam aptos a entrar na “sala superior”. O privilégio de preparar o caminho para qualquer um que, em qualquer tempo futuro, desejasse seguir seus passos era deles dois.

Fraternidade Rosacruz – Algumas das perguntas que recebemos e que talvez possam ser dúvidas de mais Estudantes Rosacruzes

O Cristo sabia que seria crucificado pela humanidade? Se sim, por que pediu para o Pai afastar d’Ele este “cálice amargo”? Se não sabia, como pode um ser grandioso como Ele não ter previsto essa tragédia?

Resposta: Logicamente que não tinha como ele ter a certeza de que isso aconteceria. O ser humano tem o livre arbítrio e com todo o conhecimento que Ele forneceu ao longo dos seus 3 anos de ministério (fora os outros mais de 2.000 anteriores onde profetas e outros seres humanos evoluídos prenunciaram a sua vinda, a do Messias, ao do Salvador) havia a possibilidade disso não precisar ter acontecido para que ele pudesse e precisasse se tornar o Regente da Terra. A decisão de crucificá-lo foi inteiramente nossa.

Por Ele não ter a certeza é que Ele “pediu para o Pai afastar d’Ele este ‘cálice amargo’”, e pelo fato de ter ocorrido, sabedor de quanto essa nossa decisão iria causar o sofrimento, o atraso, as dores e o prejuízo na evolução de cada ser humano, Ele tentou, como sempre tenta, interceder por nós, dado a sua misericórdia e compaixão infinita.

Perceba que Cristo é um ser grandioso de fato (o mais elevado Iniciado do Período Solar, o Arcanjo que, aprendendo tudo que deveria aprender nesse Esquema de Evolução até a sétima Revolução do Período de Vulcano, conseguiu produzir um corpo com material do Mundo de Deus). No entanto, Ele não sabe tudo e Ele mesmo disso isso: “sobre esse dia, só o Pai sabe”. Ele sabia que havia a tendência, mas devido ao nosso livre arbítrio essa tendência poderia não se torna fato.

Lúcifer é um Anjo. Arimã, para citar um nome vindo de Rudolf Steiner, é um Arcanjo. Ambos se rebelaram contra Deus e Seu projeto, apesar de serem muito evoluídos. Então mesmo seres que alcançaram este nível de progresso espiritual podem ser corrompidos por egoísmo e ambição?

Resposta: Você está enganado: nenhum Arcanjo, até hoje, se rebelou e isso aprendemos na Fraternidade Rosacruz, uma Escola de Preparação para a Iniciação Rosacruz. Os Espíritos Lucíferos, que são Anjos, sim, por seus livres arbítrios não quiseram seguir o Plano desse Esquema de Evolução para a Onda de Vida dos Anjos e se rebelaram…e depois chegaram a mesma conclusão que chegamos quando insistimos, aqui, de não cuidar da parte espiritual e nos entregamos somente as “delícias e prazeres” da parte material: “quem procura enganar a Deus descobrirá que o caminho do transgressor é difícil, quando suas asas são chamuscadas na chama”. Tanto que correram para buscar “alcançar” o estágio em que os outros Anjos estão (a “sabedoria flui nos Anjos”) e para isso “prestaram o serviço a onda de vida humana, como verdadeiros benfeitores” (leia aqui: https://fraternidaderosacruz.com/as-verdades-espirituais-nos-mitos-antigos/ e aqui https://fraternidaderosacruz.com/construindo-a-nova-jerusalem/).

O Poder Maior permite que os animais sofram para que possam aprender o valor da solidariedade e, no futuro, quando forem humanos, não usar o poder sobre os outros de maneira inadequada. Não haveria outra forma de ensinar nossos irmãos menores a serem fraternos? O sofrimento animal é mesmo necessário para esse fim?

Resposta: Quando você tem em uma Onda de Vida um Espírito-Grupo responsável pela evolução dessa onda, quem sofre sempre será o Espírito-Grupo, no caso, um Arcanjo. Quanto ao irmão menor, animal, ele é credor do ser humano que o faz sofrer e dia virá que esse ser humano terá que quitar essa dívida com o irmão menor. Alguns casos de irmãos e irmãs que se dedicam 100% das suas vidas em cuidar dos nossos irmãos menores é fruto de uma consciência muito bem firmada durante as passagens deles pelo Purgatório. Assim, quando vem em um renascimento, vem com toda a vontade e disposição de quitar essas dívidas, contraídas em vidas passadas…. e quitam…e “lição aprendida, ensino suspenso”.

A maior parte da população, pelo menos 90%, ainda precisa de milhões de anos para evoluir o suficiente para entrar na Nova Jerusalém. Então, não tem sentido imaginar que o Cristo volte já nos próximos cinco ou seis mil anos, como deduz H. W. Hoogstraat, no texto “Simbolismo de Natal”?

Resposta: Como seria bom se tivéssemos certeza de que “pelo menos 90%, ainda precisa de milhões de anos para evoluir o suficiente para entrar na Nova Jerusalém”, se nem o próprio Cristo disse não saber, senão o próprio Pai! O “tempo de Deus” é totalmente diferente do “tempo dos homens”. O que o escritor disse foi uma opinião pessoal considerando o modo de cálculo que utilizamos quando estamos na Memória da Natureza, observamos um fato e queremos saber em que “tempo terrestre” isso aconteceu. Logicamente não tem como cravar esses cinco ou seis mil anos. Lembre-se sempre já há muitos irmãos e irmãs que vivem na Nova Jerusalém e que estão no meio de nós desempenhando várias funções para ajudar “a todos chegarem juntos”, como é o Plano do nosso Salvador (logicamente, quem assim quiser, pois o livre arbítrio será sempre respeitado).

Por que muitas pessoas tentam honestamente e com fé comunicar-se com Deus, sobretudo quando estão desesperadas, e nada conseguem, nem mesmo sentir uma gota da misericórdia Dele? Sentem com o coração que “Ele não quer ajudar: estou sozinho”. A própria Madre Teresa confessou que não sentisse “a presença Dele há vários anos”. Nesse caso, é fácil entender por que há ateus?

Resposta: Depende do conceito que se tem no que se refere à “comunicar-se com Deus”. Se for falar com ele e ele falar com você como falamos com qualquer ser vivo aqui renascido, isso nunca acontecerá. Como você vai querer falar com “alguém” em que “você vive, se move e tem o seu ser” como você fala com “alguém” em quem “você não vive, não se move e não tem o seu ser”, ou seja, um ser limitado em matéria física, etérica, de desejos e de pensamentos (sem falar em outras matérias de Mundos mais sutis)? Além do mais, se fosse possível, por que você teria esse privilégio? Veja que aqui há dois problemas: o conceito da pessoa sobre quem é Deus e a ignorância de achar que ele é como se fosse uma pessoa (só falta, aqui, descrevê-lo como um homem velho, barbudo e cabeludo, de cor branca e, quiçá, olhos azuis!).

São Paulo nos ensina que “há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo”. Então…por que não se comunicar com esse Ser, o Filho de Deus, o segundo Aspecto de Deus, o nosso Salvador, nosso Redentor, Regente da Terra, que veio até nós, se tornou um de nós, viveu o que vivemos, sofreu o que sofremos, sabe exatamente o que cada um de nós sente e, mais, sabe exatamente qual a solução para resolver o sofrimento que estamos passando?

Quem a pessoa acha que é para “by-passar” esse Mediador?

Por que essa prepotência, esse orgulho, essa ignorância, disfarçada de astúcia e falsa piedade?

Por que, ao invés de viver nessa “falsa bondade” não se esforçar para desenvolver espiritualmente o que precisa desenvolver para ter o mérito de poder se comunicar com, no mínimo, irmãos e irmãs que já trilharam esse caminho e que conceituamos como: Adeptos e Irmãos Maiores em uma Escola Ocultista Cristã, como a Fraternidade Rosacruz, e como Santos (os verdadeiros) em uma Escola Mística Cristã, como uma Religião Cristã (séria)?

E o que se precisa desenvolver para alcançar esse mérito? Um veículo, somente um veículo: o Corpo-Alma que faz nascer em cada um o Cristo interno!

Dizer que “não sente uma gota de misericórdia d’Ele” é simplesmente não entender o conceito de Criador que Ele é. Nem compreender o que é “n’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser” e, ainda, verbalizar a sua ingratidão, como criatura criada à Sua imagem e semelhança, em reconhecer que Deus cria e continua criando 24 horas por dia e se deixasse de cuidar de sua criação ou milionésimo de segundo (ou até menos que isso) tudo se dissolveria no caos do Universo.

Dizer que “Ele não quer ajudar: estou sozinho” é sinal de egocentrismo, ignorância e um grande orgulho pessoal, digno de quem só quer receber e nada quer dar.

Sobre Madre Teresa de Calcutá. Já com a saúde debilitada e sentiu que mais uma vida física aqui estava terminando ela verbalizou frases como: “Sinto que Deus não é Deus (…) que Ele realmente não existe (…) Eu chamo, eu me agarro, eu quero, mas há Alguém que responda. Ninguém, ninguém… Eu não tenho fé alguma. Nenhuma fé”. Veja a sabedoria de quem alcança a posição de Santo: Deus realmente não existe! Ele é! Não tem como “sentir Deus”. Se você acha que o sente, então não é Deus que você sente! Realmente não tem como você O chamá-lo, tentar se agarrar a Ele, ou querer que Ele lhe responda. Se a sua fé é calcada nessas frases, então, isso não é fé, você não tem o que conceituamos como fé! E ela alcançou essas verdades e fez questão de externá-las para que servissem de base para que, aos que se interessassem, refletissem e tomassem a decisão de rever seus conceitos de Deus e de fé. Que exemplo de despojamento, de humildade e querer nos ensinar na altura espiritual que alcançou! Afinal, como tentar uma comunicação com esses sentimentos humanos primitivos a um Ser em “quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”, em que é Onipresente (é tudo, é todos), Onisciente (é toda a ciência, todo conhecimento, toda sabedoria) e Onipotente (é todo o poder) e cujo nome (dado por Ele mesmo na Bíblia) é: EU SOU?

SERVIÇO DE AUXÍLIO E CURA

Todas as semanas, quando a Lua se encontra num Signo Cardeal ou Cardinal (Áries, Câncer, Libra ou Capricórnio), reunimo-nos com o propósito de gerar a Força Curadora por meio de fervorosas preces e concentrações. Esta força pode depois ser utilizada pelos AUXILIARES INVISÍVEIS, que trabalham sob a direção dos IRMÃOS MAIORES com o propósito de curar os doentes e confortar os aflitos.

Nessas datas, as 18h30, os Estudantes podem contribuir com esse serviço de ajuda, conforto e cura, sentando-se e relaxando-se na quietude do seu lar ou onde quer que se encontre, fechando os olhos e fazendo uma imagem mental da Rosa Branca e Pura situada no centro do Símbolo Rosacruz. Em seguida leia o Serviço de Cura e concentre-se intensamente sobre AMOR DIVINO e CURA, pois só assim, você poderá fazer de si um canal vivo por onde flui o Poder Divino Curador que vem diretamente do Pai. Após o serviço de cura, emita os sentimentos mais profundos do amor e gratidão ao Grande Médico para as bênçãos passadas e futuras da cura

Datas de Cura:

Maio: 05, 13, 19, 25

Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.” (Isaías 53: 4-5)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Música da Harmonia das Esferas

A Harmonia das Esferas não está composta em um tom monótono e uniforme; varia constantemente de dia para dia, de mês para mês, conforme o percurso do Sol e dos Planetas através de cada Signo. Existem também variações anuais periódicas devido à Precessão dos Equinócios. Há real e infinita variedade na Música das Esferas, como realmente deve haver, pois a constante mudança da vibração espiritual é a base de toda evolução física e espiritual. Durante o meses de março e abril os tons dinâmicos e ativos de Áries e Marte propícios à germinação, renovação de vida e crescimento em todos os reinos, do ser humano à planta inclusive, predominam. Se pudéssemos ter uma leve ideia da Música das Esferas nessa época, ouviríamos canções de Páscoa como:

Jesus Cristo hoje ressuscitado, Aleluia!
Nosso dia santo triunfal, Aleluia!
Aquele que na Cruz pregado, Aleluia!
Sofreu para redimir nosso mal, Aleluia!

Cristo Jesus é a personificação do amor espiritual. Portanto, a música composta na tonalidade de Libra (Ré maior), Signo regidopor Vênus, o Planeta do amor, está em total harmonia com Sua vibração, e tende a elevar e harmonizar a própria vibração com a desse grande Ser.

Nos meses de junho e julho, os tons produzidos por Câncer e pela Lua predominam, estimulados pelos de Leão e do Sol, os quais tendem a amadurecer os processos iniciados pelos sons energizantes dos meses de março e abril. Durante os meses de junho e julho, o amor e a vida agem intensamente sobre os corações das pessoas, pois Câncer e Leão são Mestres na luta pela existência, enquanto o Sol é exaltado nos céus do Norte até ao máximo de seu poder na época do Solstício de Junho. Essa é a época em que o Cristo, tendo alcançado o trono do Pai (o Mundo do Espírito Divino) depois de ter completado Seu trabalho terrestre por mais um ano, é saudado pela hoste celestial, os Senhores da Sabedoria, que também habitam lá. Em honra a esse grande Ser, que deu Sua vida até à exaustão, é apropriado nos juntarmos àquele coro celeste cantando:

Aclamem todos o poder do nome de (Cristo) Jesus!

Deixem os Anjos prostrados caírem;
Tragam o diadema real,
E como o Senhor de todos, O coroem.

A nota-chave de Leão é Lá# maior. O Sol é seu regente e sua nota-chave é Vida. A nota-chave de Câncer é Sol# maior e sua palavra-chave é fecundação.

Nos meses de agosto e setembro temos os tons de Virgem, cuja nota-chave é Dó natural e a palavra-chave de Mercúrio é razão. Energizados pelos tons de Escorpião, cuja nota-chave é Mi maior, e pela palavra-chave de Marte que é energia dinâmica, preparam-se para o encontro com a força do raio de Cristo que se aproxima, na sua descida anual à Terra. As poderosas vibrações espirituais estão na atmosfera da Terra, e a humanidade poderia usá-las com maior proveito se conhecesse os fatos e redobrasse seus esforços para prestar serviço amoroso e desinteressado aos seus semelhantes. Apresentamos em seguida a letra e a música que podem ajudar o nosso desenvolvimento evolucionário:

Oh, adorem o Rei, todos que são gloriosos no além,
E, com gratidão, cantem Seu maravilhoso amor;
Nosso Amparo e Defensor, a Venerável dos Dias vem,
Envolvido em grande luz e cingido com louvor.

Verdadeiramente é assim, pois, à medida que Cristo desce para a Terra, uma canção harmoniosa, rítmica, vibratória, uma hosana é cantada pelas hostes celestiais enchendo a atmosfera da Terra e atuando sobre todos, como um impulso em direção à aspiração espiritual.

Durante dezembro, os tons do filantrópico Sagitário, nota-chave Fá maior, regido pelo otimista e benevolente Planeta Júpiter, cuja palavra-chave é “idealismo” e o quieto, metódico Capricórnio, nota-chave Sol maior, regido pelo conservador e perseverante Saturno, cuja palavra-chave é “obstrução” com suas sistemáticas atividades construtivas, preparam a Terra para receber o raio do amor de Cristo e nutri-la até que esteja preparada para a liberação no centro da Terra. Então, começa sua viagem para fora, em direção à periferia da Terra, alcançando-a na época do Equinócio de Março. Quando os dias são mais curtos e as noites mais longas, na Noite Santa, o raio do Espírito de Cristo alcança o centro da Terra. Aqui, Ele permanece três dias e três noites, libertando de Si mesmo a germinante força do Espírito Santo que, lentamente, vai permear a Terra e frutificá-la para outro ano.

Sem esse poder vitalizante, energizante, liberado pelo Cristo, a Terra permaneceria fria, estéril e sombria; todas as coisas viventes pereceriam, e todo progresso ordenado seria frustrado no que se refere ao nosso atual esquema de desenvolvimento. Portanto, seria mais apropriado que na época do Santo Natal emanássemos nosso sincero reconhecimento e adoração juntando-nos às hostes celestiais, entoando canções de louvor sintonizadas à música celestial dada a nós pelo grande músico e mestre Felix Mendelssohn:

Ouçam! Os Anjos mensageiros cantam;
Glória ao recém-nascido Rei;
Paz na Terra e suave misericórdia,
Deus e pecadores reconciliados;
Alegres, que todas as nações se levantem
O triunfo dos céus, compartilhem bem,
Com as hostes angelicais proclamem,
Cristo nasceu em Belém.

As Ondas de Vida Hierárquicas e os Signos zodiacais não têm sido os únicos auxiliares da humanidade para ajudá-la em sua evolução. Os Sete Espíritos diante do Trono: Marte, Mercúrio, Vênus, Terra, Saturno, Júpiter e Urano estão prestando um grande serviço à humanidade e, no momento, em contato muito íntimo com ela. Cada Planeta tem uma nota-chave própria, e é através do poder vibratório de cada uma delas que os Astros nos podem auxiliar.
Quando o Espírito inicia os preparativos para renascer, ele forma o Arquétipo criador de sua forma física no Segundo Céu, o Mundo do Pensamento Concreto, com a assistência dos Sete Espíritos diante do Trono. Esse Arquétipo é um modelo ou um molde sonoro, vibrante – uma cavidade oca posta em ação pelo Espírito com uma certa força que é proporcional ao tempo a ser vivido na Terra. Até que o Arquétipo cesse de vibrar, a forma correspondente construída dos elementos químicos da Terra continuará a existir. A Região do Pensamento Concreto é o reino do som, onde a Harmonia das Esferas, uma música verdadeiramente celestial, impregna tudo que lá existe, assim como a atmosfera da Terra circunda e envolve tudo, aqui. Podemos dizer que todas as coisas nessa região estão envolvidas e permeadas por música – viver e crescer mediante a música.

Tudo isto demonstra claramente que nossa música terrena não aconteceu por acaso, mas foi estabelecida sobre bases encontradas nos Mundos espirituais mais elevados, cuja origem está na palavra falada de Deus, o Criador de nosso Sistema Solar.

(Leia mais no Livro A Escala Musical e o Esquema de Evolução – Fraternidade Rosacruz)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Nove Sinfonias de Beethoven – Correlacionadas com as Nove Iniciações Menores – Sétima Sinfonia

Por Corinne Heline

CAPÍTULO VII – SÉTIMA SINFONIA – LÁ MAIOR – OPUS 92

Beethoven compôs a Sétima das Nove Sinfonias em toda a exuberância de sua maturidade criativa, e cada um dos seus quatro movimentos transbordam a ardente essência de sua inspiração. O ouvinte é dominado pela abundância de sua beleza. Nesta Sinfonia, você sente o gênio de Beethoven como algo inesgotável, glorificado em sua própria força titânica, como se fosse uma divindade ignorando sua casta, orgulhoso de seu conhecimento de força invencível, liberto, despreocupado, salvo quando o Allegretto admite uma divina melancolia.

Pitts Sanborn[1]

A primeira apresentação dessa Sinfonia foi em Viena, em 8 de dezembro de 1813, fazendo assim um intervalo de cinco anos entre a Sexta e a Sétima. Durante esse período, Beethoven esteve aprofundando sua consciência espiritual e captando uma afinação mais próxima às forças da música celestial. O que ele produziu na Sétima Sinfonia oferece ampla evidência da verdade que a avaliação do Sr. Sanborn fez acima.

A nota-chave espiritual da Sétima Sinfonia é Exaltação. Sete marca a conclusão de um ciclo em termos de duração de tempo. A trindade do espírito (o Tríplice Espírito) se eleva triunfante sobre o quatro da matéria[2]. O espiritual se torna primário agora e o material, secundário. É esse triunfo do Espírito que é o glorioso tema da Sétima. Tanto Richard Wagner como Franz Liszt[3] olharam a Sinfonia como a “apoteose da dança”. O mais profundo espírito da dança representa ritmicamente a ascensão no caminho da Iniciação que termina em divina harmonia com a Eterna Luz. Do ponto de vista da interpretação, a Sétima Sinfonia é verdadeiramente uma Apoteose da Dança.

Wagner identificou essa Sinfonia com a dança em sua mais alta expressão como a realização do corpo em forma ideal. Ninguém melhor que ele sabia que a dança teve sua origem nos movimentos das esferas planetárias e que a missão de Beethoven era recapturar algo destas harmonias estelares.

No primeiro movimento (Poco sostenuto[4], vivace[5]), acordes exultantes e dominantes repetem esta canção triunfante acompanhada do inebriante ritmo do tema principal. Essa introdução desdobra os temas que se seguem numa sucessão de escalas ascendentes que foram descritas como escadas gigantes. Beethoven aqui está afinando os ouvidos humanos com os ritmos planetários. Ele traz à Terra insinuações da música das esferas pelas quais os sistemas solares são impelidos em seus movimentos. Assim, sua música se torna uma escada que vai até as estrelas. Ele carrega o ouvinte para as grandes alturas e profundezas, transcendendo a pequena e limitada esfera na qual o ser humano mortal se move em seu estado sem inspiração.

No segundo movimento (Allegretto), um tom de solenidade é introduzido. Ele passa de Lá Maior para Lá menor, já que é mais fácil recapturar os ecos da música celestial em tons menores. É como se o Espírito estivesse perplexo na realização da responsabilidade que vem com tal consecução. Esse tom solene e misterioso persiste por todo o movimento. Foi comparado a uma procissão através das catacumbas.

O terceiro movimento (Presto, presto meno assai) toca uma nota ainda mais exultante do que a que foi ouvida no primeiro movimento. Ritmos alegres e emocionantes são introduzidos pelas cordas com uma resposta alegre dos instrumentos de sopro. Há arpejos dançantes e um espírito de scherzo nele todo.

O Finale (Allegro com brio) é colossal e magnífico. É como se o Céu e a Terra se juntassem num poderoso coro de majestade e poder. É a voz do espírito extaticamente proclamando: “Estou livre, estou livre, para sempre e para toda a eternidade. Estou livre”.

Esse Espírito de exultante liberdade naturalmente trouxe à expressão a companhia da arte da dança. Wagner, que anteriormente se referiu à essa conexão, sentiu que não havia nada tão torpe e surdo que pudesse resistir à fórmula mágica; os galhos, as latas e as xícaras, o cego e o aleijado, etc., cairiam na dança.

A celebrada Isadora Duncan[6] dançou todos os movimentos dessa Sinfonia, exceto o primeiro, no Metropolitan Opera House em Nova York em 1908, e o Ballet Russo de Monte Carlo também transcreveu o trabalho todo em poesia do movimento. A coreografia que a Sinfonia evoca tem um caráter mais etérico e espiritual do que físico; isto foi declarado por um comentarista que pensou nela expressando uma dança cerimonial que deve ter sido realizada pelos coribantes[7], os sacerdotes de Cibele[8] em volta do berço do infante Zeus.

UMA VISÃO DO CAMINHO

Um viajante se aproxima de uma enorme e elevada montanha, cujo topo coberto de neve brilha à luz do Sol como uma coroa de diamantes. A subida dessa montanha é íngreme e perigosa, o caminho estreito e escarpado. Frequentemente, o viajante perde seu passo e cai de bruços no chão, mas sempre a silenciosa voz interior firmemente o impele “Para frente e para cima, para sempre”. Às vezes ele toma o caminho errado e tem que retroceder pelo longo e estreito caminho, mas sempre a voz interior, gentil, mas insistente, é ouvida dizendo: “Você nunca falhará enquanto persistir, pois a única falha está em parar de tentar”. Outra vez, o caminho leva através de escuras e estreitas fendas onde o Sol está longe da vista. É, então, que em sua visão mental ele pode ver o pico coberto de neve acima. O topo está rodeado por grandes conjuntos de rochas perpendiculares, escondendo toda a visão do caminho. Para concluir a subida, o viajante tem que possuir muita coragem, persistência e uma vontade que é dominada pelo Espírito.

Finalmente, o topo é alcançado e oh! a maravilhosa glória da vista! Lá em baixo, ao longe, estão as planícies e os vales rodeados por montes humildemente entremeados por cintilantes riachos. Há também grandes cidades nas quais a humanidade se ocupa com sua rotina diária, a maioria estando tão ocupada e tão descuidada para levantar seus olhos e pegar a inspiração dos lindos picos brancos lá em cima.

Quando o viajante eleva seus olhos, ele se enche de espanto, pois o topo no qual ele está, o qual ele pensou estar tão alto e ser o final, está diminuído por montanhas mais altas, cujos picos estão completamente longe da vista no imenso azul. As palavras do poeta místico Kalil Gibran[9] vêm à mente com um novo significado: “Quando você chega ao topo da montanha, então é que você começará a subir”.

É então que o viajante grita: “O que está além dos majestosos picos, cujas alturas se perdem nos céus?”. E a voz, em alegre exaltação, responde: “o infinito”. “E o que está além do infinito?”. Como uma bênção vinda de lugares distantes, em sons de doçura sobrenatural, a voz responde: “Um infinito de infinitos”.

Essa é a canção da alma da Sétima Sinfonia de Beethoven, o Espírito triunfante e exultante cantando: “Sempre para frente e para cima, pois o caminho da verdade não tem fim e a busca é eterna”.

A SÉTIMA INICIAÇÃO MENOR

A Sétima Iniciação Menor está conectada com o sétimo Estrato da Terra conhecido como Estrato Refletor. Esse estrato está correlacionado com o Mundo do Espírito Divino e está permeado com o poder espiritual desse Mundo celestial.

Fiel ao seu nome descritivo, o Estrato Refletor na Terra reage exatamente à natureza dos pensamentos e desejos do ser humano que podem ser construtivos ou destrutivos, pois, sob a Lei de Causa e Efeito, tanto os seres humanos como as nações colhem como semeiam. Assim age a Lei Divina ao operar no Mundo do Espírito Divino, que é a contraparte superior do Estrato Refletor da Terra.

A história oculta registra a submersão do Continente Atlante e a destruição de sua adiantada civilização, devido à muito difundida prática da magia negra. Nos tempos históricos, lemos sobre a queda da Babilônia, uma das mais famosas e bonitas cidades da Terra, seus jardins suspensos tendo sido classificados entre as Sete Maravilhas do Mundo. Em Pompéia, os arqueologistas descobriram evidências do descuido moral e depravação que existia entre os habitantes, que agiam por meio das forças localizadas no Estrato Refletor da Terra, no desastre natural que enterrou a cidade sob lava e cinzas. Também, na Bíblia, lemos a destruição de Sodoma e Gomorra, devido às maldades desenfreadas nessas cidades.

O ser humano é um ser sétuplo. O Tríplice Espírito está conectado com o Tríplice Corpo pelo elo da Mente. O propósito principal das peregrinações dele na Terra é capacitar o Tríplice Espírito a trabalhar sobre o Tríplice Corpo para refinar, sensibilizar e espiritualizar estes Corpos mais inferiores e transmutá-los em poderes anímicos.

Antes que esteja pronto para passar através do portal que se dirige a Sétima Iniciação Menor, grande parte desse trabalho tem necessariamente que estar realizado. No sétimo Estrato Refletor da Terra estão guardados os chamados sete grandes segredos da Natureza. Esses segredos estão conectados com os quatro elementos – Fogo, Ar, Água e Terra. Nesse grau, aprendem-se os muitos e variados modos nos quais esses elementos são transmutados com resultados que capacitam o controle das muitas Leis da Natureza. A Sétima Iniciação Menor é o Grau da Divina Sublimação. Quando se passa por esse Grau, o poder alcançado torna possível a jornada dentro dos lugares mais profundos da Terra e nas alturas do espaço interplanetário.

O Iniciado da Sétima Iniciação Menor é ensinado a investigar e compreender mais profundamente algo dos quatro poderes conhecidos como Fogo, Ar, Água e Terra. Esses poderes operam sob a direção dos altos seres celestiais. Muito pouco pode ser dito abertamente com relação a esse trabalho, exceto que, sob o poder do Fogo e do Ar, novos e maiores segredos são ensinados com relação à transmutação e, sob o poder da Água e da Terra são ensinados os mais profundos significados relativos ao equilíbrio e à polaridade.

Nessa elevada esfera para onde o Iniciado é trazido e colocado face a face com as verdades pertencentes a Sétima Iniciação Menor, ele se torna um verdadeiro trabalhador milagroso. Ele aprende o que é passar sem se molestar através do fogo e da água, a dominar a lei da gravidade e a trabalhar em harmonia com a lei da levitação. Ele agora é um verdadeiro mago branco, havendo aprendido a transformar os metais em ouro. Ele ganhou a liberdade da limitação que esse Planeta impõe a ele. É algo desse maravilhoso Espírito de Liberdade que é descrito na gloriosa e inesquecível música da Sétima Sinfonia.

Tal é a magia exercida pela música da Sétima Sinfonia de Beethoven, que o comentarista Philip Hale[10] fez a seguinte observação: “Toda vez que a música é tocada, toda vez que ela entra na Mente, ela desperta novos pensamentos e cada um sonha seus próprios sonhos”.

Há tal poder místico impregnado nessa Sinfonia que ela tem a magia de despertar na alma de um Aspirante à vida superior a visão dos passos que guiam progressivamente na escada ascendente da realização. Mais do que isso, ela realmente irradia energias tonais que emprestam uma força para a alma no caminho da Iniciação, para seguir os passos até que a busca seja finalmente consumada nas glórias celestiais do Reino Celeste.


[1] N.T.: Nascido John Pitts (187-1941) foi um crítico de música, poeta e novelista estadunidense.

[2] N.T.: Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos e a Mente.

[3] N.T.: Franz Liszt (1811-1886) foi um compositor, pianista, maestro, professor e terciário franciscano húngaro do século XIX. Seu nome em húngaro é Liszt Ferenc.

[4] N.T.: conhecido por suas longas escalas ascendentes e uma série em cascata de dominantes aplicadas que facilitam as modulações em C maior e Fá maior. (marca do metrônomo: semínima = 69)

[5] N.T.: Vivace é utilizado como um andamento musical indicando que um movimento tem cadência com vivacidade e, portanto, está em um andamento rápido. Difere do allegro e outros movimentos rápidos por seu carácter dançante, geralmente também é escrito em 3/4 ,3/8 e variantes. Nas sonatas e concertos costuma ser o último movimento por ser mais leve.

[6] N.T.: Angela Isadora Duncan (1877- 1927) foi uma coreógrafa e bailarina norte-americana, considerada a precursora da dança moderna.

[7] N.T.: Coribantes eram divindades menores na mitologia grega, cujos centros de culto antigos encontravam-se nas ilhas de Rodes e Cós e no interior anatólico.

[8] N.T.: Cibele era uma deusa originária da Frígia. Designada como “Mãe dos Deuses” ou Deusa mãe, simbolizava a fertilidade da natureza.

[9] N.T.: Gibran Khalil Gibran (1883-1931), também conhecido como Khalil Gibran (em inglês, referido como Kahlil Gibran[a]) foi um ensaísta, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa, também considerado um filósofo, embora ele mesmo rejeitou esse título.

[10] N.T.: Philip Hale (1854-1934) foi um crítico de música norte-americano.

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Aqui a Sétima Sinfonia em MP3:

Symphony No. 7 In A Major Op. 92 – Poco Sostenuto – Vivace
Symphony No. 7 In A Major Op. 92 – Allegretto
Symphony No. 7 In A Major Op. 92 – Presto
Symphony No. 7 In A Major Op. 92 – Allegro Con Brio
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Somos um Tríplice Instrumento Musical, acessado pelos Nossos Sentidos Internos

Todo o período da involução e evolução do ser humano está fundamentado na escala musical, que é de origem celestial.

A superconsciência do ser humano sabe tudo isso, como também conhece o poder tremendo contido nesses tons musicais. Tendo perdido o poder de controlar essa força interior ou mesmo de contatá-la verdadeiramente dentro de si, o ser humano procurou, por meio de instrumentos musicais, reproduzir os tons vagamente percebidos em sua memória meio submersa.

No lugar do ser humano, um instrumento musical internamente consciente, temos agora instrumentos musicais criados pelo ser humano; e esses instrumentos expressam alguma fase de sua natureza interna. Os instrumentos de sopro estão correlacionados à melodia – a vontade o intelecto, a “cabeça”, o pensamento – e o ar ou a melodia que emitem é facilmente memorizada. Os instrumentos de cordas estão correlacionados à harmonia – a emoção, a imaginação, o coração – e despertam sentimentos de felicidade, alegria, prazer, dor, tristeza, saudade e arrependimento. Os instrumentos de percussão estão correlacionados com o movimento do ritmo – músculos, ação dos membros superiores e inferiores – e estimulam, em seus ouvintes, o desejo da ação, tais como marchar, dançar, bater palmas, bater os pés em tempo rítmico.

O próprio ser humano é realmente um tríplice instrumento musical, mas, em seu estado atual de consciência, ele perdeu o contato com o conhecimento de seus poderes internos temporariamente. No entanto, em algum ponto no futuro, ele irá restabelecer esse contato, primeiro pelo sentido, depois por uma percepção interna, ouvindo realmente a nota chave de seu próprio Corpo Denso soando na parte de trás e inferior de sua cabeça. Esse tom o conectará com a lira de sete cordas localizada no cerebrum[1]. Portanto, somente é uma questão de tempo de desenvolvimento até que ele seja capaz de criar por meio do poder musical da palavra falada. Além do mais, será capaz de contatar os tons musicais usados na construção dos seus Corpos Vital e de Desejos e, por meio de uma consciência objetiva de seu trabalho, se tornará tão consciente desses veículos e de como eles funcionam, como agora o é de seu Corpo Denso.

É o Espírito que vê, ouve, cheira, saboreia e sente, e não os seus órgãos dos sentidos. Na verdade, eles são totalmente inúteis para tais propósitos quando o Espírito está ausente do Corpo. Eles são apenas instrumentos por meio dos quais o Espírito entra em contato com o Mundo Físico; contudo, o Espírito em si mesmo é dotado de todas essas faculdades, e mais ainda quando está funcionando nos planos invisíveis, durante o tempo em que o Corpo está dormindo, ou ainda quando, como um Iniciado, deixa o Corpo conscientemente e funciona nas regiões mais elevadas nos Mundos espirituais. Quando a consciência de vigília diária contatar, conscientemente, os sentidos do Espírito, o ser humano estará preparado para iniciar o trabalho referente à Iniciação, pois os sentidos do Espírito vão revelar, passo a passo, conscientemente, tudo o que se passou desde que iniciou seu trabalho de desenvolvimento no Período de Saturno, e tudo isso será realizado por meio do poder da palavra falada – som musical.

Então, o ser humano aprenderá, conscientemente, por meio da visão, como os grandes Anjos Estelares, dirigidos e auxiliados pelo Deus do Sistema Solar, criaram tudo o que nele existe. Verá como, pelo poder do som musical, as várias Ondas de Vida foram criadas e trazidas até seu atual estado de evolução. Ele não deve parar aqui, pois, por seus próprios esforços, poderá progredir e aprender sobre o desenvolvimento futuro que está reservado a futuras Revoluções e Períodos. Todo o Sistema Solar é um vasto instrumento musical, que é Deus. No Período de Saturno, os tons emitidos por Ele e Seus auxiliares são representados pelos sons produzidos pela oitava mais baixa da escala musical. Foram esses tons, começando com o mais baixo, que construíram sucessivamente os sete Globos nos quais toda a vida existia e iniciou, assim, seu lento desenvolvimento.

As teclas brancas de todas as oitavas musicais produzem os tons construtores, positivos; e as teclas pretas produzem os tons assimilativos, negativos; ambos os tons são necessários para produzir os resultados (Vontade, Sabedoria, Atividade, pai, mãe, filho/filha; “assim como é em cima, assim é embaixo”). Por exemplo: as Ondas de Vida, aqui as Hierarquias Criadoras ou Zodiacais, que trabalharam conosco durante o Período de Saturno foram: Áries, Touro e Leão. A nota-chave de Áries é Ré bemol Maior (D flat Major, Db ou Reb Maior). A nota chave de Touro é Mi bemol Maior (E flat Major ou Eb ou Eb Maior) e a nota chave de Leão é Si Maior. Note que as teclas pretas no piano são assimilativas, e foi durante a Primeira Revolução do Período de Saturno que os leoninos, Senhores da Chama, conseguiram implantar na estrutura evoluinte do ser humano, o germe do Corpo Denso. Nessa época, o ser humano era Espírito diferenciado puro, colocado nas regiões do Mundo do Espírito Divino, que é a região da vontade pura. E assim foram com as demais Hierarquias Criadoras ou Zodiacais em cada Mundo até chegarmos aqui: na Região Química do Mundo Físico.

São os sentidos internos do ser humano, tomados coletivamente, que no tempo devido, o capacitarão para se manifestar em qualquer plano, sem ajuda de órgãos especializados que tenham relação com esse plano, e o farão compreender a consciência objetiva de vigília. Quando esse estado de desenvolvimento for alcançado, o ser humano poderá ver, ouvir, cheirar, degustar e sentir o tato com todo o seu Corpo Denso. Mais tarde, ele será capaz de exercitar os mesmos sentidos da mesma maneira (controle pela vontade) em relação ao seu Corpo Vital, depois em relação ao seu Corpo de Desejos e, ainda mais tarde, em relação ao seu veículo mental. Todo esse desenvolvimento se manifestará por meio do poder da palavra falada de Deus, o Criador do nosso Sistema Solar.

O primeiro sentido interno ou espiritual a ser contatado pela consciência objetiva de vigília do ser humano será a audição (som); em seguida o tato, depois o paladar, o olfato, e finalmente a visão. O método usado para fazer esse contato com os sentidos internos ou espirituais, é a Concentração. A Concentração é uma manifestação unidirecional, realizada pelo Espírito por meio do poder de sua vontade, pelo qual o Espírito é capaz de excluir, absolutamente, todas as condições físicas da consciência objetiva de vigília e de fazer essa consciência ciente de seus (do Espírito) poderes espirituais internos, enquanto o Espírito ainda está dentro de seus quatros veículos interpenetrados – o Corpo Denso, o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente.


[1] N.T.: Ou telencéfalo: conhecido informalmente como o cérebro, que envolve todo o córtex cerebral (fina capa de tecido cinzento, arrugado em estrias e dobras), o hipocampo e os gânglios basais.

(leia mais no Livro A Escala Musical e o Esquema de Evolução – Fraternidade Rosacruz)

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