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PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Uma Sinfonia de Lírios

Muitas das fábulas da antiguidade são baseadas nos Mistérios Secretos. As emoções pertencentes aos planos inferiores do Reino conhecido como Desejo, emitem suas notas de vida em uma massa rodopiante de forma e cor e, aqui também, os Anjos encontram trabalho para fazer. Essa é a história de uma mãe que perde a sua filhinha, Lily, que tanto amava os lírios. E como ela foi recompensada de uma maneira inusitada. Leia aqui: Uma Sinfonia de Lírios

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Um Resumo do mobiliário do Tabernáculo no Deserto

Antes de tudo, pode-se perguntar: por que um Estudante Rosacruz deve se aplicar em estudar com afinco o Tabernáculo no Deserto?

O Apóstolo São Paulo nos ensinou que o Tabernáculo no Deserto era uma sombra de grandes coisas que vêm. Por isso, pode ser interessante e proveitoso ao candidato que vem ao Templo em tempos atuais descobrir qual é o significado desse Altar de Bronze, com seus sacrifícios e a queima da carne. A fim de que possamos compreender esse mistério, primeiro de tudo, devemos assimilar a grande e absoluta ideia essencial que fundamenta todo verdadeiro misticismo; a saber, que essas coisas estão dentro e não fora de nós. Afinal, não é o Cristo externo que salva, mas o Cristo Interno. O Tabernáculo foi construído no passado; é claramente visto na Memória da Natureza quando a visão interior tenha sido suficientemente desenvolvida para tal; porém, ninguém deve esperar qualquer ajuda do símbolo externo. Devemos construir o Tabernáculo dentro dos nossos corações e da nossa consciência. Devemos vivenciar, como uma real experiência interna, o ritual completo do serviço lá demonstrado.

Vamos a um resumo do mobiliário do Tabernáculo no Deserto:

Vamos detalhar algumas peças e mobiliários do Tabernáculo no Deserto:

  • O Candelabro de Sete Braços ou o Candelabro de Ouro: ao sacerdote era exigido não permitir nunca que nenhuma lamparina se apagasse do candelabro. Todos os dias o sacerdote examinava uma a uma as lamparinas, limpava-as e as abastecia com azeite (Ex 25:31-40). Os três primeiros semicírculos do Candelabro representam os já passados Períodos de Saturno, Solar e Lunar. A haste central simboliza o atual Período Terrestre e a luz que precedia do Candelabro simbolizava o que devemos desenvolver dentro de nós (o Dourado Manto Nupcial, o nosso Corpo-Alma).
  • Os Pães da Proposição: duas pilhas de pães, cada uma com seis pães. Representavam as oportunidades para crescimento da alma, através dos doze Departamentos da vida, simbolizados pelas doze Casas do horóscopo, sob soberania das sagradas doze Hierarquias Divinas do Zodíaco.
  • O Altar de Incenso: o incenso queimado (doce aroma ao senhor) representa as ações virtuosas de nossas vidas; o serviço amoroso e desinteressado para com os outros. Este Altar de Incenso era feito de Acácia (Ex 30:1-6), não podendo ser estranho ao recomendado e nem mesmo ser utilizado para outros propósitos (Ex 30:7-10).
  • A Arca da Aliança, que continha em seu interior: o Pote de ouro do maná (Maná = Ego; Pote de ouro = Aura dourada do Corpo-Alma); a Vara de Arão = Divina força criadora; as Tábuas da Lei = a emancipação de toda a influência externa.

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Que as rosas floresçam em vossa cruz

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Os Essênios, Aqueles que Transformaram a Religiosidade

Séculos antes da era Cristã, os essênios, em sua grande ordem mística com ramos em muitas partes do mundo então conhecido, desejavam, como principal objetivo na vida, alcançar o aperfeiçoamento de seus membros em toda a justiça para que pudessem ser dignos de Deus e trazer ao mundo o Grande Messias. De acordo com os registros, tanto esotéricos e exotéricos, Jesus nasceu dentro dessa Ordem e foi treinado por eles durante os “anos ocultos da sua vida”, em seus vários ramos e centros; finalmente, depois foi enviado “para efetuar uma revolução moral e religiosa”.

Assim, com o passar do tempo, veio a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, que marcou época, nas cavernas do distrito de Kirbet Qumran, apresentando esses fatos. De acordo com a sabedoria dos essênios, não existe acaso no universo de Deus — todas os eventos são determinados por um plano ou destino e tudo acontece no tempo normal para eles, nada ocorrendo que não tenha sido predeterminado. Assim declaram os mestres da arte de viver, mestres que produziram um grupo de pessoas que se destacaram na retidão e no desenvolvimento dos “dons do espírito” e na obtenção da consciência cósmica mais do que qualquer um de seus sucessores.

Está registrado que nenhuma profecia deles falhou. Essa precisão significava sua sobrevivência nos dias de Herodes, o Grande, e sua dispensa de fazer os odiados juramentos, até mesmo o de fidelidade. A história nos conta que um essênio, um tal de Menahem, famoso não apenas por sua retidão, mas por sua presciência do futuro, conheceu Herodes quando ele era um menino de escola e se dirigiu a ele como “Rei dos Judeus”. Herodes pensou que Menahem não o conhecesse e estivesse brincando. Mas Menahem sorriu, deu-lhe um tapinha nas costas e disse: “Tu, no entanto, serás rei e começarás teu reinado feliz, pois Deus te achou digno disso. Lembre-se das palavras de Menahem. Essa garantia será salutar para você quando amar a justiça e a piedade para com Deus e a igualdade para com os seus cidadãos. No entanto, eu sei que você não será assim, pois posso enxergar tudo. Você obterá uma reputação eterna, porém se esquecerá da piedade e da justiça, que não serão ocultadas de Deus, e Ele, por isso, vai te visitar em Sua ira até o fim da sua vida”. Herodes deu pouca atenção à profecia do essênio na época, pois ele era um plebeu e não tinha qualquer ideia de que pudesse ser feito rei; mas tudo isso ocorreu, como previsto.

Mais uma vez, outro essênio, certo dia no templo, cercado por seus alunos, que ele havia iniciado na arte apocalíptica de predizer o futuro, um certo Judas, a história nos conta, viu Antígono passar. Judas profetizou uma morte súbita para ele, na hora definida de um dia definido, em um lugar muito especial — tudo ocorreu como previsto.

O grande historiador e judeu Josefo, que viveu no primeiro século d.C., esteve entre os essênios por um ano ou mais, deu os detalhes intrincados de suas vidas e trabalhos, da sua crença na reencarnação, na ressurreição e na comunicação com os Anjos. Ele sabia que estudassem assuntos como astrologia, numerologia, frenologia, profecia, vegetarianismo e saúde, cura, oração, meditação e muitos outros. Os essênios acreditavam que o ser humano devesse estudar os grandes livros sagrados da humanidade, todas as grandes contribuições para a cultura, porque sabiam que todos ensinavam a “mesma sabedoria eterna” e que as únicas contradições aparentes viriam da unilateralidade dos seguidores que tentavam interpretá-los. O objetivo do conhecimento não era fornecer alguns fatos ao indivíduo, mas abrir-lhe as fontes da verdade universal. À medida que o aluno lê, as palavras da verdade criam em seu corpo pensante poderosas vibrações e correntes de pensamento que entram em contato com o corpo pensante do grande Mestre que os deu à luz — tudo isso era bem conhecido por esses místicos.

Estranho narrar como uma profecia de Josefo, o historiador, salvou sua vida na época do levante judeu contra os romanos, quando ele nomeou governador da Galileia o general romano Vespasiano, retirando da resistência judaica a esperança. Josefo fugiu, mas foi levado até Vespasiano, que o teria enviado a Nero para ser destruído, caso o historiador não tivesse profetizado que seu captor, Vespasiano, iria se tornar imperador de Roma — o que se cumpriu conforme previsto.

A razão pela qual o grande historiador Plínio diz que os essênios são “eternos, de antiguidade sem data” e afirma que “eles existiam milhares de anos antes” de sua época é que os essênios não apenas reivindicam origem mosaica para sua Fraternidade, mas afirmam que alguns deles tiveram um começo ainda mais antigo, voltando ao tempo de Abraão e até antes. Alguns historiadores os identificam com os místicos Reis Pastores que governaram o Egito por volta de 2.000 anos a.C. Posteriormente, eles passaram pelo deserto para a Síria e depois para um país conhecido como Judeia, onde entraram em uma cidade chamada Salém, lugar em que, muito mais tarde, Melquisedec concedeu a Abraão os ritos místicos da Ordem a ser conhecida como a ordem dos Essênios. A história judaica de Ewald, entre outras, observa que “os essênios, ou pessoas que deixaram a grande comunidade para viver a vida santa, eram encontrados em Israel desde os tempos mais remotos e eram anteriormente conhecidos como nazireus (ou nazarenos)”. Assim, eles eram conhecidos no Livro dos Juízes e no Livro dos Reis como a “Escola dos Profetas” e nos tempos dos Macabeus como “Hasidees”. A Ordem não se autodenominava “Essênios”, o que significava “aqueles que aguardam” — esse era um nome dado por outros. Eles também eram chamados de “Amigos”, “Os Puros e Silenciosos”, “Os Trabalhadores Milagrosos”, “Campeões da Virtude”, “Nazarenos”, “Terapeutas”, “Aqueles que curam”, “Os Místicos da Roupa Branca”, o terceiro grupo de judeus cuja saudação foi “a Paz seja convosco”.

O historiador Filo concorda com Plínio quanto ao fato de os essênios serem eternos, “sendo um povo único, mais admirável do que qualquer outro no mundo”, e diz que “os membros da irmandade eram chamados de Campeões da Virtude”. Estrabão menciona os essênios em Heliópolis, Egito, “com quem Platão e Eudoxo se consultaram”. Solinus afirma que “os essênios diferem de todos os outros povos em sua constituição maravilhosa (sendo vegetarianos e vivendo, muitos deles, mais de 120 anos) e, segundo minha opinião, foram nomeados pela Providência divina para esse modo de vida. Eles renunciam ao dinheiro, aos prazeres conjugais e, ainda assim, são os mais ricos de todos os homens”.

Deve-se notar que, enquanto muitos dos essênios eram celibatários, homens e mulheres, e que alguns dos assentamentos fossem apenas para homens (os mosteiros), outros eram comunidades onde cada família tinha sua própria casa e jardim, fazia suas contribuições para a comunidade e iam para os edifícios da assembleia geral para certos ritos e cerimônias. Mulheres eram membros associados. Aqueles que não se casavam criavam órfãos para a comunidade essênia. As crianças estudavam de forma prescrita durante dez anos. Com a idade de vinte anos elas se tornavam elegíveis para membros, ocorrendo a admissão depois da aprovação satisfatória em um exame público com base nas disciplinas obrigatórias e em provas aceitáveis de caráter moral e sólido.

Epifânio, famoso historiador da igreja do século IV, ao falar dos essênios e de suas contribuições para a humanidade, declarou que “Jesus se juntou aos essênios” e que a Ordem, em conexão com suas curas, às vezes usava um Livro de Remédios atribuído ao Rei Salomão. Historiadores (ou obras) como Eusébio, Porfírio, Orígenes, Jerônimo, o Talmud, Midrashismo (estudo hermenêutico do Antigo Testamento) e a Bíblia, entre numerosos e diversos relatos, falam dos essênios.

Entre os historiadores modernos e representativos está Dean Humphrey Prideaux, que declara em seu livro sobre os descendentes dos essênios, Antigo e Novo Testamentos Conectados, que os essênios antecederam as Sagradas Escrituras e condenaram a escravidão, os líquidos fermentados, todos os alimentos à base de carne, a guerra e fabricação de instrumentos bélicos; também anteciparam o verdadeiro espírito do Cristianismo e da filosofia superior do século XX.

O Dr. Graetz, em seu livro A História dos Judeus, diz que “os essênios foram os que primeiro proclamaram o Reino dos Céus”, que João Batista viveu a vida de um nazireu, pertencente aos essênios, e passou a morar com outros essênios, próximo às águas do Jordão, aguardando penitentes que, ao serem batizados, ingressavam na Ordem dos Essênios.

Da mesma forma, uma pesquisa histórica mais meticulosa, a de A. A. Schultz sobre os essênios, compilada a partir de numerosos registros da Sociedade Literária e Filosófica de Liverpool, em 1896, encontra as afirmações acima em documentos escritos em hebraico, aramaico e grego.

A Maçonaria Mística, quando ainda era uma Escola iniciática, localiza o Cristianismo puro na doutrina dos essênios e consideram os “Irmãos do Manto Branco e Sem Costura, ou Ordem Mística dos Essênios, a fraternidade mais importante do mundo”.

Entre muitos dos relatos modernos que afirmam que Jesus e muitos dos personagens do Novo Testamento fossem essênios está o de Frederico II em uma carta a d’Alembert, datada de 17 de outubro de 1770. O rei-filósofo escreveu: “Jesus era claramente um essênio; ele estava imbuído da moralidade dos essênios, grande parte da qual vem de Zenão”.

Os Estudantes Rosacruzes sempre souberam que José e Maria, pais de Jesus, e Isabel e Zacarias, pais de João Batista, estivam associados à Comunidade da nova Aliança, às vezes chamada de “A Aliança”, e sob a influência de “Os Eleitos”, como os essênios se consideravam em virtude do que eles realmente sabiam ser sua missão histórica e divina. Eles transcenderam barreiras que dividiam classes, raças e religiões para incorporar o melhor de muitas religiões dentro de sua própria Ordem. Algo do Zoroastrismo poderia ser encontrado na saudação diária dos essênios ao Sol, possivelmente o Grande Espírito do Sol, o Ser Cósmico que brilhava dentro do Sol físico e radiante, o Ser de Luz, pois chegaria o tempo em que essa Individualidade cósmica tomaria a forma humana para Se tornar a Luz do Mundo. Além disso, o Evangelho Essênio de João dá testemunho do Logos Solar, a Luz do Mundo.

Então, em 1945, 1947 e anos posteriores, quando os Manuscritos do Mar Morto, parte da biblioteca dos essênios, foram descobertos nas cavernas perto do seu monastério, enterrados no distrito de Kirbet Qumran, confirmando muito do que apenas esotericamente era conhecido por alguns, a descoberta foi considerada por grandes estudiosos como marcante de uma época, o achado mais importante e notável dos últimos 2.000 anos. Esses pergaminhos tentam transformar o que se entende por religiosidade ou ortodoxia desde a época de Constantino e do Concílio de Nicéia, em 325 d.C. e as datas posteriores dos vários credos feitos pelo ser humano e acrescentados à doutrina da igreja. Os pergaminhos restaurarão a Religião do Mestre Jesus para a sua forma original, que foi temporariamente.

Um grande dia foi para a Religião do Ocidente, quando o menino beduíno chamado de “Maomé, o Lobo” estava cuidando de algumas cabras perto de um penhasco na costa oeste do Mar Morto e, escalando atrás de uma que havia se desviado, notou uma caverna que ele não tivesse visto antes; então, de forma preguiçosa, jogou uma pedra dentro dela. Houve um som desconhecido de algo sendo quebrado. Assustado, o menino fugiu; mas apenas para voltar um pouco depois com outro rapaz. Juntos, eles exploraram a caverna. Dentro, encontraram vários potes altos de barro, entre fragmentos de outros potes. Quando tiraram as tampas em forma de tigela, surgiu um cheiro muito ruim que vinha de protuberâncias oblongas e escuras que foram encontradas dentro de todos os frascos. Quando as retiraram da caverna, viram que estavam embrulhadas em pedaços de linho e revestidos com uma espessa camada de piche preto ou cera. Eles as desenrolaram e encontraram longos manuscritos, inscritos em colunas paralelas de folhas finas que haviam sido costuradas. Eles se maravilharam com os pergaminhos e os carregaram enquanto se moviam, finalmente contrabandeando-os, junto a outros bens, da Transjordânia para a Palestina, até Belém, onde foram vendidos e, finalmente, chegaram às mãos de estudiosos. Mais e mais cavernas com pergaminhos foram descobertas e os manuscritos foram vendidos, até que, em 1949, os beduínos receberam mais de US$ 87.000 pelo que encontraram. Desde então, eles vinham cortando os pergaminhos e vendendo por US$ 7,00, a polegada quadrada, até que finalmente os estudiosos garantiram algum policiamento e controle sobre esses valiosos manuscritos.

Os estudiosos fizeram vários relatórios sobre o grande significado dos pergaminhos. Quando o Dr. Trevor enviou cópias das colunas do rolo de Isaías para o Dr. W. F. Albright, de John Hopkins, um dos maiores arqueólogos vivos, ele escreveu de volta: “Meus parabéns por uma das maiores descobertas de manuscritos de todos os tempos”. Fixando a data da escrita deles por volta de 100 a.C., ele disse: “Felizmente, não pode haver a menor dúvida sobre a autenticidade do manuscrito. Os pergaminhos querem revolucionar nossa abordagem ao cristianismo”.

O grande erudito franco-hebraico Andre Dupont Sommer, professor de línguas semitas na Sorbonne, em Paris, foi ao Museu Palestino em Jerusalém, manipulou e examinou os pergaminhos que tinham 2.000 anos e, então, disse: “Esses textos nos dão conhecimento direto e imediato das crenças históricas e dos ritos da seita essênia; eles revelam numerosas e precisas semelhanças entre ela e a primitiva igreja Cristã. O essenismo, conforme revelado nos pergaminhos, mais do que qualquer outro movimento judaico, abriu caminho para o cristianismo. Os rolos, portanto, esclareceram um dos problemas mais cativantes da história das religiões, o da origem do Cristianismo”.

Mais tarde, sua observação de que “os rolos fizeram Jesus parecer uma reencarnação do grande Mestre Essênio da Justiça, que viveu por volta de 100 anos a.C.” despertou muita controvérsia na França. Essa ideia foi sugerida por outros e parece provável segundo as circunstâncias. Os essênios seguiram os ensinamentos de Melquisedeque, o Príncipe da Paz com quem Abraão conversou e a quem muitos consideram uma encarnação de Jesus, que disse: “Antes de Abraão, Eu sou; seu pai Abraão viu meu dia e se alegrou em vê-lo”. Portanto, se o Mestre foi Melquisedeque, há razão para acreditar que ele tenha sido uma encarnação posterior, conhecida como Mestre da Justiça, antes de finalmente aparecer como Mestre Jesus. (A única encarnação anterior de Jesus mencionada nos Ensinamentos da Bíblia da Sabedoria Ocidental é Salomão).

Marie Harlowe, escrevendo na Progressive World em 1957, diz: “A singularidade de Jesus é desafiada pela descoberta, nos pergaminhos essênios, de um indivíduo anterior e de caráter semelhante. O Mestre da Justiça estava em notável paralelo com a vida e os ensinamentos de Jesus, conforme relatados nas Escrituras Cristãs. Ele era um líder da comunidade e havia experimentado revelações especiais. Seus seguidores eram os pobres, que se autodenominavam ‘Eleitos de Deus’”.

Além disso, esse Mestre estava em desacordo com os sacerdotes e foi muito perseguido por eles. Sua doutrina dizia respeito ao Céu e ao Inferno e seu ritual mais importante era uma festa ou refeição sagrada. Ele foi condenado e executado entre 65-53 a.C.

Os pergaminhos essênios, escondidos em cavernas — alguns deles, sem dúvida, nos últimos dias antes da destruição de Jerusalém pelos romanos, sob Tito, em 70 d.C. — para serem preservados, possivelmente no intuito de, mais tarde, serem removidos para um lugar seguro, foram, alguns deles, mencionados em nossa Bíblia, como em “A Assunção de Moisés” ou um livro que menciona um Enoque, o sétimo a partir de Adão, que profetizava — entre outros registros que as autoridades da igreja ortodoxa descartaram como espúrios e não-canônicos. Também havia livros em que personagens similares a Jesus ensinavam de forma parecida com ele, fornecendo as fontes de suas informações e aprendizados que, junto de todas as referências feitas a eles, a igreja se esforçou para destruir totalmente. Mas,  em algumas ocasiões ela se atrapalhou. Agora, com a descoberta dos Manuscritos Essênios, tudo veio à luz.

Novamente, por causa das autoridades das igrejas ortodoxas, a quem certos estudiosos consultaram sobre a forma em que esse conhecimento da Religião revolucionária deveria ser apresentado ao público, tem havido muito atraso na América em relação à publicação desse conhecimento. Algumas das autoridades da igreja sugeriram, depois de tentar desacreditar os fatos, que se esperasse cinquenta anos ou mais e deixasse as coisas se ajustarem lentamente. Mas, os leigos estão vitalmente interessados e exigem mais verdade — eles encontraram um pouco dela em algum lugar. Eles aprenderam que os originais de muitos dos livros da Bíblia são diferentes dos que temos.

Entre os rolos importantes encontrados nas várias cavernas estão dois de Isaías, O Testamento de Levi, Os Testamentos dos Doze Patriarcas, muitos livros de Enoque, O Documento Zadoquita, o Manual de Disciplina, o Documento de Damasco, o Apocalipse de Lameque (a seção do Gênesis), Os Salmos de Ação de Graças, Hinos, o Comentário Habacuque, Os Apócrifos do Gênesis, Targum de Jó, As Guerras dos Filhos da Luz, um Apocalipse Essênio, entre outros. Os documentos descobertos em 1947 pertencem ao Estado de Israel; os coletados desde 1949 pertencem ao Estado da Jordânia e estão no Museu Palestino, em Jerusalém. Dez outras cavernas e centenas de outros documentos ou fragmentos foram descobertos recentemente.

Muitos dos pergaminhos essênios são escritos em aramaico, a mais antiga de todas as línguas, de acordo com o famoso estudioso sírio, Dr. George M. Lamsa. Ela remonta à planície de Shinar e o nome é derivado de Aram, o filho mais novo de Shem. Será lembrado que o Dr. Lamsa deu ao mundo ocidental a Bíblia dos originais manuscritos aramaicos, os textos da Peshitta — em 1940, o Novo Testamento e em 1957, o Velho Testamento. Essa foi uma tarefa monumental das mais antigas fontes sobreviventes da Bíblia, que foram preservadas na Turquia e no Irã pelos antigos Cristãos chamados de nestorianos. Eles introduziram o Cristianismo na China sob o nome de Doutrina Luminosa em 631, em memória da qual o Monumento Nestoriano foi erguido em Sianfu; da mesma forma, antes, os Cristãos de São Tomé, o discípulo do Mestre, foram os Nestorianos da Índia, sustentando verdades que agora estão sendo descobertas nos pergaminhos essênios.

Em todos os pergaminhos, especialmente no Comentário de Habacuque e no Manual de Disciplina, a pessoa mais importante é o Mestre da Justiça, que entrou em conflito com um rei-sacerdote perverso por quem provavelmente perdeu a vida. Os detalhes ainda não foram encontrados, então a polêmica continua. Muitos estudiosos, usando um fragmento do Comentário de Nahum, que fala do Leão da Ira, em suas suposições, referem-se a Alexander Jannaeus, filho de John Hyrcanus, como o mais provável rei-sacerdote perverso, vivendo como vivia, de 104 a.C. a 78 d.C. Josefo fala dele, indicando a crueldade bárbara usada por esse ímpio — era tão terrível que “ultrajava a sensibilidade dos judeus piedosos, que o viam como uma profanação total da sua Religião, seu templo e a lei”.

O historiador fala sobre o incidente mais interessante e quase inacreditável do arremessos de limão, quando Jannaeus estava celebrando a Festa dos Tabernáculos. Ele estava de pé no altar alto, o lugar mais sagrado em todo o Israel, exceto pelo Santo dos Santos, e estava empenhado em oferecer sacrifícios a Yahweh, em um dos atos mais sagrados de Israel. O sentimento reprimido da população se demonstrou no arremesso de limões contra o perverso rei-sacerdote. O povo tinha limões consigo como parte de suas ofertas votivas. O “sacerdote perverso” dos pergaminhos, no entanto, retaliou matando 6.000 dos mais piedosos do seu próprio povo como vingança, para enfatizar a importância da sua dignidade e autoridade sobre eles. O Mestre da Justiça denunciou tal pessoa. Ele pode ter incitado o incidente do lançamento de limão e, sem dúvida, pagou por isso com sua vida, já que teria exigido abertamente que o rei e sumo-sacerdote de Israel vivesse de acordo com o seu cargo. Nesse e em muitos outros aspectos ele se assemelha ao Mestre Jesus, que agora, em espírito e verdade, em uma espécie de segunda vinda, está retornando para nós em seu eu original e ensinamentos através dos Manuscritos Essênios, após séculos de deturpação e distorção por interesses mundanos e credos feitos pelo ser humano.

Jesus foi educado pelos essênios e atingiu um alto estado de desenvolvimento espiritual durante os trinta anos em que usou seu corpo. Pode-se dizer aqui, entre parênteses, que os essênios fossem a terceira seita que existia na Palestina, além das duas mencionadas no Novo Testamento — os fariseus e os saduceus. Os essênios eram uma ordem extremamente devota, muito diferente dos saduceus materialistas e inteiramente oposta aos fariseus hipócritas, que buscavam publicidade. Eles evitavam qualquer menção a si mesmos e seus métodos de estudo e adoração. A essa última peculiaridade se deve o fato de que quase nada se sabe sobre eles e de não serem mencionados no Novo Testamento”.

(Publicado na Rays from the Rose Cross de dezembro/1956 e traduzido pela Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil)

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Calendário: Fraternidade Rosacruz em Campinas/SP/Brasil–2021–Dezembro

  • Para saber qual é o Trabalho Cósmico do Cristo em cada parte do ano, clique aqui
  • Para esse Mês Solar tome como material para os seus Exercícios Esotéricos: Senhor Cristo chega ao Coração do Planeta Terra
  • Para saber que Signo a Lua está em cada dia desse mês, e daí saber as partes do Corpo que não se deve mexer quando doente, clique aqui
  • Para obter mais detalhes sobre o Melhor Período para Cirurgias e Tratamentos de doenças ou enfermidades nesse mês, clique aqui
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A Alma Juvenil – A Mensagem do Amor-perfeito

Muitas das fábulas da antiguidade são baseadas nos Mistérios Secretos. As emoções pertencentes aos planos inferiores do Reino conhecido como Desejo, emitem suas notas de vida em uma massa rodopiante de forma e cor e, aqui também, os Anjos encontram trabalho para fazer. Essa é a história de um de nossos irmãos mais jovens que conheceu uma vida terrena, somente por alguns breves meses e, ainda assim, naquela época mostrou tanto amor e abnegação que as crianças e, também, os adultos, fariam bem em segui-los. Amor-perfeito era uma gatinha cinzenta e desamparada com um rosto em forma de flor pensativamente triste, de olhos grandes e suaves que guardavam memórias de muitas experiências tristes. Pois os olhos dos animais contam suas numerosas vidas terrenas, do mesmo modo que os olhos dos seres humanos e para a sua história se faz necessário apenas saber como lê-los. Mais detalhes? Leia aqui: A Alma Juvenil – A Mensagem do Amor-perfeito

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Carta de Max Heindel: A Mensagem Mística do Natal

Dezembro de 1912

Sinos de Natal! Quem já não sentiu a magia deles nos dias da sua infância, antes que a dúvida se insinuasse em seu coração e abalasse os ideais inculcados pela igreja? O mesmo sino repicava na Igreja aos domingos e chamava para a oração em todos os dias da semana, mas havia no dia de Natal um timbre diferente, algo excepcionalmente festivo, algo que nós, agora, atribuímos à imaginação relacionada às crianças ou à infância. Nós sentimos falta disso, por mais que possamos nos congratular com a emancipação daquilo que temos o prazer de denominar “as cerimônias ou performance ridículas, hipócritas ou pretensiosas da igreja”. Wordsworth[1], na sua “Ode à imortalidade”, expressou o intenso arrependimento pela perda dos ideais relacionados com a infância ou com a criança, e nada que o mundo tenha a dar pode ocupar o lugar deles e, embora possamos ser abençoados com os recursos materiais, somos realmente pobres quando o “glamour” da juventude se desvanece e as concepções intelectuais sufocam as chamadas “superstições”.

São Paulo nos exortou a estarmos sempre preparados para dar uma razão à nossa fé, e há uma razão mística para as muitas práticas da igreja, as quais são transmitidas às gerações, desde a mais remota antiguidade. O soar do sino quando a vela acende sobre o altar foi inaugurado por videntes espiritualmente iluminados para ensinar a unidade cósmica da luz e do som. O badalo metálico do sino traz a mensagem mística de Cristo à humanidade, tão claramente hoje como da primeira vez que Ele anunciou o amoroso convite: “Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso[2]. Assim, o sino é um símbolo de Cristo. “A Palavra”, quando nos chama do trabalho para a adoração ante o altar iluminado, quando Ele nos encontra como “A Luz do Mundo”.

Também, o sentimento particularmente festivo despertado pelos sinos de Natal é produzido por causas cósmicas ativas nessa época do ano, e a estação atual é verdadeiramente santa, como agora veremos. Os que estudam a “ciência das estrelas” compreendem os Signos do Zodíaco como um conjunto sonoro cósmico, cada Signo vibrando com um atributo particular; e como as órbitas em marcha viajam em procissão caleidoscópica, de Signo em Signo, numa combinação sempre variável, os acordes da harmonia cósmica, conhecidos pelos místicos como a “música das esferas”, emitem um eterno hino de oração e glorificação ao Criador. Essa não é uma ideia fantasiosa, mas um fato real, perceptível ao vidente e capaz de ser demonstradas aos pensadores pelos seus efeitos. E a harmonia das esferas não é um som de um tom único; varia dia a dia e mês a mês, conforme o Sol e os Planetas cruzam Signo após Signo em suas órbitas. Há, também, épocas de variações anuais devido à Precessão dos Equinócios. Então, há uma infinita variedade na “música das esferas”, como de fato deve ser, pois esta constante mudança de vibrações espirituais é a base da evolução física e espiritual. Se cessasse por um só instante, o Cosmos se converteria em Caos.

Como demonstração, observemos a Natureza e a qualidade da vida de amor que derrama por meio do Cristo-estelar, o Sol, quando ele transita pelo beligerante Signo de Áries, o Carneiro, durante desde a metade do mês de março até metade do mês de abril. O amor sexual é a nota-chave da natureza; todas as energias são aplicadas na geração; então, predominam as inclinações passionais. Compare isso como o efeito do Sol em dezembro, quando se acha focalizado através do benevolente Sagitário, regido pelo Planeta Júpiter. Seus raios, então, conduzem à religião e à filantropia; o ar é vibrante com a generosidade, e a vida de amor do Cristo-estelar encontra a sua mais alta expressão nesse Signo que tem a mesma natureza. Externamente reina uma atmosfera de espera ansiosa que beira a angústia, pois o símbolo visível da “Luz do Mundo” se obscureceu, mas na noite mais escura do ano, o conjunto dos sinos de Natal evocam uma pronta resposta aos sentimentos do Natal, que torna o mundo inteiro semelhante, filhos do nosso Pai que está nos Céus.

Que a música mística dos sinos do Natal desperte o mais terno acorde em seu coração, e que a tônica do regozijo seja predominante em seu ser durante o próximo ano – esse é o desejo natalino dos trabalhadores de Mount Ecclesia.

(Carta nº 25 do Livro “Cartas aos Estudantes” – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz)


[1] N.T.: William Wordsworth (1770-1850) foi o maior poeta romântico inglês.

[2] N.T.: Mt 11-28

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Os Centros e Grupos de Estudos Rosacruzes no Brasil até 1981

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Como a Fraternidade Rosacruz em Campinas – SP – Brasil foi criada como um Grupo de Estudos informal, depois passou para um Grupo de Estudos formal e, finalmente, para um Centro Rosacruz, autorizado e certificado pela The Rosicrucian Fellowship-Mount Ecclesia, Oceanside, California, USA, como um Centro Fraternal afiliado, pelos Probacionistas Hélio de Paula Coimbra e Maria JoséA. S. de P. Coimbra, ambos oriundos da Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP, vamos apresentar, inicialmente, um resumo história da Fraternidade Rosacruz no Brasil, focando nas sementes que frutificaram como a Fraternidade Rosacruz – Centro Rosacruz de São Paulo – SP. Isso até a data de fundação do Grupo de Estudos em Campinas-SP-Brasil.

Centro Rosacruz em Santo André-SP

A antiga Fraternidade Rosacruz de Santo André, que divulgava, como movimento independente, as obras de Max Heindel, nasceu na década 1940-1950. Em seu seio havia dois Probacionistas: Milton José Ribeiro da Silva e Mário Sparapani.

Quando aquele grupo decidiu ligar-se à Sede Mundial, o irmão Milton o solicitou, o que foi concedido de imediato (12 de maio de 1955) por causa desses elementos credenciados.

Foi, portanto, o primeiro Núcleo registrado, nesta segunda etapa de expansão, do movimento Rosacruz no Brasil.

Além desses Probacionistas, o grupo contava elementos experientes na Filosofia Rosacruz, tais como Severino Alves Guimarães, o casal João Baptista Ribeiro da Silva-Maria L. Ribeiro da Silva; o casal Armando e Ana Têmpera.

É claro que a ligação a Mount Ecclesia veio trazer-lhes a seiva renovada de instruções preciosas que não se encontram nos livros publicados. Com isto se foram enriquecendo e expandindo.

O Centro funcionou, desde antes de sua fundação até 31 de agosto de 1971, numa Sede alugada no centro da cidade, na rua Campos Salles n.º 129, 2.º andar. As reuniões públicas se realizavam às quartas-feiras, início às 20:30 horas.

Em 13 de outubro de 1961 legalizaram seus estatutos, tendo em vista a sede própria que se propunham construir.

Abrangendo a área do grande ABC (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e vilas vizinhas), em abril de 1972 proferiram conferências públicas em São Caetano do Sul.

Em agosto de 1962 aplicaram o resultado da campanha de sede própria no pagamento inicial de um terreno em Santo André, que ficaram resgatando.

Em outubro de 1965 organizaram bazar pró Sede Própria, cujo montante, somado à contribuição regular de seus membros, para o mesmo fim, valeu para trocar o primeiro terreno por outro mais bem situado, adequado à construção. Em março de 1966 consumaram a nova compra.

Em outubro de 1966 promoveram um chá beneficente pró Sede Própria.

Em 1969, o irmão Mário Salvini foi chamado pelo amigo e companheiro antigo de estudos rosacrucianos, irmão Albano Almeida Campos, da Fraternidade “Filhos da Luz” de Vila Maria, desta Capital, então fechada. Pediu ao irmão Salvini indicar uma entidade Rosacruz para doar-lhe a Sede de Vila Maria. Salvini indicou o Grupo de Santo André e a doação foi legalizada com a ajuda do amigo dr. Oswaldo Preuss, filho do irmão F. F. Preuss,

Esse expressivo fato decidiu a aspiração dos irmãos de Santo André. O imóvel de Vila Maria foi vendido e com o produto se construiu uma bela Sede na av. Cesário Bastos, 366, em Santo André, próxima à Praça Kennedy. Quem a projetou e carinhosamente a construiu, com o preço mínimo, foi o irmão Júlio Palaia. A pedra fundamental foi lançada em 21 de março de 1971 e a construção terminada em 31 de agosto de 1971. Sobrou recursos para mobiliá-la confortavelmente e se tornou um atraente recinto de divulgação.

Além das reuniões regulares de estudos, às quartas-feiras, início às 20 horas; Reuniões de Cura e de Solstícios e Equinócios; o Centro promoveu cursos orais diversos. Em 1974 promoveu cursos de Astrologia Rosacruz, com apostilas mimeografadas que distribuiu depois, aos núcleos coirmãos, para facilitar-lhes idêntica iniciativa. Em outubro de 1975 promoveu três conferências na Biblioteca Pública Municipal. Pelo Diário do Grande “ABC” tem propagado a filosofia. Adquiriu um mimeógrafo e tem imprimido lições de evangelhos, além de um Boletim periódico.

Digno de menção é o conjunto musical que lá se formou, sob orientação da competente irmã Maria Meira. Excelente soprano, formou agradável conjunto e abrilhantaou as reuniões, bem como as festividades dos Núcleos irmãos, com números de conjunto e solos inspirados. Nomes de alguns irmãos e irmãs de lá: Reili Brighenti, Armando Têmpera, Flávio Zangirólami, Sophia Schrah, Franklin B. de Oliveira

Centro Rosacruz de São José dos Campos

O Centro de São José dos Campos nasceu com a transferência de residência do casal Domingos Pimentel e Izabel Pimentel, de Campos do Jordão para lá, em 1964. Em 11 de agosto de 1964 deu início às reuniões, em sua residência.

Reuniões na casa do Dr Pimentel
Reuniões na casa do Dr Pimentel

Com o aumento de interessados, alugou e adaptou uma sala na Rua Humaitá, 178, no centro daquela florescente cidade. Sustentou as reuniões semanais, insuflando-lhes seu vigor e discernimento.

Em outubro de 1965, com ajuda do irmão João de Deus, iniciou assistência às pessoas que desejam deixar o hábito de bebidas alcoólicas. A Liga Antialcoólica se expandiu e foi transferida para uma sede maior.

Em março de 1966 Dr. Pimentel nos visitou, comunicando a expansão do movimento Rosacruz em São José dos Campos.

A partir de janeiro de 1967 a Sede Central do Brasil começou a mandar oradores nos últimos sábados de cada mês àquele Núcleo.

Em 21 de setembro de 1969 aquele Centro começou a comemoração dos solstícios e equinócios.

Em março de 1973 solicitaram autorização para ministrarem o Curso Preliminar de Filosofia Rosa-cruz. A Sede Mundial concedeu essa autorização em setembro de 1973.

Em 11 de agosto de 1974, com vistas a uma sede própria, aquele Centro legalizou seus estatutos, iniciando campanha para essa realização. No período entre 21 e 27 de setembro de 1975, com especial empenho do casal Odila-Dalmaci, levaram a efeito um bazar beneficente, abrilhantado com o espetáculo do ballet-Stúdio, cuja lindíssima demonstração se deu na “Sala Veloso” do Teatro São José.

Com a transferência de residência do prof. Gilberto Antônio Vasconcelos Sylos, genro do Dr. Pimentel, para São José dos Campos, um vigor maior ainda houve naquele Núcleo.

Em abril de 1976 publicou o livreto “Os Dez mandamentos” — que um Centro Rosacruz da Argentina solicitou traduzir ao castelhano.

Em agosto de 1976 publicou o livro “As Bem-aventuranças”, também por um seus Probacionistas.

Suas reuniões atuais se realizavam as terças-feiras (reservada aos mais adiantados) e sábados (públicas), além de as Reuniões de Cura e comemoração dos Solstícios e Equinócios.

O Grupo da Lapa emprestou seu harmonium ao Centro de São José dos Campos e lá se formou um bom conjunto musical.

Nomes de alguns irmãs e irmãos de lá: Gilberto A. V. Silos, Domingos Pimentel, Olga Pereira de Souza, Celso Athayde, Flávio Macedo, Maria Aparecida Silva, Edmundo Teixeira.

Grupo de Estudos Rosacruzes da Lapa-São Paulo-SP

Nos inícios de 1955 um grande número de Estudantes Rosacruzes buscava entrar em ligação com a Sede Mundial, em Mount Ecclesia. Nessa época, a “União Rosacruz São João”,aglutinou muitos deles, acolhendo-os em suas reuniões, na rua Guararapes, 34, em salão anexo à residência do irmão David Dias dos Santos.

Em 4 de agosto de 1955, os principais elementos desse Grupo começaram a fazer, de novo, agora oficialmente, o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, vencendo o ano de pré-filiação.

Em 4 de agosto de 1956, já como irmãos regulares, inauguraram festivamente sua ligação a The Rosicrucian Fellowship, fundada por Max Heindel, em Oceanside, Califórnia, U.S.A.

Fouad Sahão

Lembramo-nos dos companheiros de então, que até hoje continuam fielmente: David Dias dos Santos (falecido em 20.1.70), Antônio e Rosa Munhoz, Clélia Meniatti Benson, João Pignata, Thêrese Ventre, Bianca Ramazini, Maria e Elza Villar Harrison. Lembramos, igualmente os que vieram para servir na Sede Central: Maria Rosária de Medeiros, Therezinha Grosso, Rosália Maria de Medeiros e Antonieta Pinolla.

O Grupo de Estudos Rosacruzes da Lapa-São Paulo-SP inaugurou a “Semana de Max Heindel” em 1958, hoje comemorada por todos os núcleos do Brasil.

Em 22 de dezembro de 1962, em reunião solene, teve seu novo emblema consagrado.

Entre março e julho de 1964, quando a Sede Central teve uma parede lateral abalada pela construção vizinha, o Grupo de Estudos Rosacruzes da Lapa-São Paulo-SP se converteu em Sede Central, abrigando seus Estudantes em reuniões conjuntas de estudos.

Em maio de 1965 o irmão David vendeu sua casa e a entregou aos novos proprietários em 30 de setembro de 1965.

Em outubro do mesmo ano recomeçaram regularmente, de modo especial: alternadamente, nas residências dos irmãos João Pignata, Clélia Meniatti Benson, Elza Villar Harrison e Therêse Ventre. Essa alternação teve o condão de confraternizar mais estreitamente ainda os seus membros.

Organizado e dirigido durante muitos anos pelo irmão David Dias dos Santos, o Grupo Lapa tinha como expositores, os irmãos David, Munhoz e Rosária. O irmão David passou para os Mundos Celestes.

Alguns irmãos e irmãs de lá: Clélia Meniatti Benson, João Pignata, Rosa Dias Munhoz, Therêse Ventre e Lídia Ceolin.

Grupo de Estudos Rosacruzes da Penha-São Paulo-SP

Desde 1941 a antiga Fraternidade dos “Filhos da Luz” se reunia às sextas-feiras para estudar assuntos esotéricos em geral, inclusive o Rosacrucianismo. Era um grupo independente que funcionava num salão especialmente cedido para esse fim, pela família Luzio, em sua residência, primeiro na Av. Conde de Frontim e depois na Rua Atuaí, 383, Vila Esperança — Penha.

Manoel Rufino Luzio era um sensitivo de fibra incomum e idealismo provado. Gostava de curas. Com sua esposa, Laura de Jesus Luzio, e filhas, Rosa, Piedade e Alice, eram estudantes sinceros.

Um dia, às 18 horas, meditando e olhando para o céu, através da janela, dona Laura de Jesus viu uma brilhante estrela que se deslocava em sua direção. Ao aproximar-se, reconheceu o símbolo da Rosacruz: a cruz era do tamanho de uma pessoa. Abriu os braços para recebê-la, mas ela pareceu entrar no salão da Fraternidade. Correu para lá e realmente viu a estrela, toda iluminada, cobrindo outro símbolo que usavam lá. Radiante e espantada, d. Laura foi chamar o marido, mas quando chegaram ao salão, não viram mais nada. Sr. Manoel Rufino compreendeu, então, que teriam de dar um grande passo para algo muito maior.

Passaram-se três meses. O irmão Luzio deixou consignado no livro de atas estas palavras: “Pelos amigos da Lapa (Sr. Munhoz e Sr. David), dos quais ouvimos proveitosas palestras sobre Filosofia Rosacruz, soube que estão cogitando de formar a Fraternidade Rosacruz, sob a égide de “The Rosicrucian Fellowship”, de Mount Ecclesia, através do irmão F. P. Preuss. Participei de algumas reuniões e compreendi haver chegado o convite de elevação a todos nós. Fomos recebidos como amigos e convidados como estudantes. Vamos nos preparar”.

O irmão Luzio realmente esteve com seus dedicados companheiros, José Gabriel da Rocha e Lázaro Antunes Moreira, na segunda reunião do Conselho, em 14 de janeiro de 1956. Mas já haviam tomado contato conosco, anteriormente e muitos, do Grupo, haviam iniciado o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz, em meados de setembro de 1955. Em meados de setembro de 1956 começaram a surgir os primeiros Estudantes Regulares. Haviam vencido o curso de pré-filiação e, em 20 de setembro de 1956, início às 20:30 horas, realizaram a sessão solene de filiação e dedicação integral ao Movimento Rosacruz.

Em pé da esquerda para direita Fouad Sahão; a sua frente sentada Júlia Sahão; terceiro Nelson Marques e a terceria sentada Maria Rosária

Desde então o Grupo segue firme em seus ideais, constantemente relacionado com as co-irmãs do Grande São Paulo, comparecendo a todas as confraternações e sendo visitados por oradores e grupos irmãos.

Em 11 de outubro de 1969 falece o irmão Luzio. Foi uma grande perda, mas seus companheiros continuaram firmes, consoante sua recomendação final.

Em setembro de 1970 a Sede do Grupo se transferiu para um salão especialmente construído para esse fim, na Rua Cirene Jorge Ribeiro, 188, anexo à residência da irmã Piedade Luzio Rodrigues, cujo marido, irmão Paulo Rodrigues, é fiel simpatizante.

Em 14 de dezembro de 1973 falece a irmã Laura de Jesus Luzio.

Do fiel grupo antigo remanescem os irmãos José Gabriel da Rocha, Lázaro Antunes Moreira, casal Piedade-Paulo, família Perrella, Benedito José de Carvalho e a neta do Sr. Luzio, Clarice. A eles, juntaram-se os novos irmãos.

Alguns irmãos e irmãs de lá: José Gabriel da Rocha, Piedade Luzio Rodrigues, Clarice Luzio Pereira, José Gilson Vieira, Maria José Vieira, Paulo Rodrigues, Antônio Pereira, Lázaro Antunes Moreira.

Grupo de Estudos Rosacruzes de Piracicaba-SP

O Grupo de Estudos Rosacruzes de Piracicaba-SP surgiu com a transferência de residência dos Probacionistas o casal Maria José Serra Coimbra-Hélio de Paula Coimbra desta Capital para aquela cidade, em abril de 1965. Dir-se-ia que foram impelidos a maior serviço, devido ao preparo deles.

Em 1966 compraram uma casa e construíram um salão anexo, dedicando-o às práticas espirituais e com o propósito de nele formar um grupo de estudos.

Em outubro de 1966, o irmão Dr. Hélio comunicou-nos a decisão de iniciar um grupo. Desde então começou a aglutinar interessados.

Em dezembro de 1967 inscreveu o Grupo na Sede Mundial.

Continuou consolidando o Núcleo e em 30 de julho de 1971 foram irmãos de São Paulo para consagração de seu novo emblema, em tamanho maior. Entrementes o Dr. Hélio jamais deixou de assistir a Sede Central do Brasil nas consultas jurídicas e realizando mensalmente suas palestras nas reuniões devocionais de domingo.

Em março de 1973, o irmão Hélio e a irmã Maria José iniciaram conferências em outras cidades. No Grupo de Piracicaba sustentavam firmemente cursos orais de Filosofia e Astrologia Rosacruzes. É de notar a ênfase e preparo que assegurou aos Estudantes Rosacruzes, no estudo do “Conceito Rosacruz do Cosmos”.

Em julho de 1973 proferiram conferências em Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e Paulo de Faria. Aos poucos se foram definindo núcleos de estudos em Ribeirão Preto, Uberaba e Paulo de Faria, que o irmão Hélio e irmã Maria José, em constantes visitas, carinhosamente prestigiaram orientando, esclarecendo, fornecendo literatura etc.

Em abril de 1974 se confirmaram os Núcleos.

O Grupo de Piracicaba também prestou excelente colaboração no setor de traduções, com a equipe que se formou, para verter obras Rosacruzes do original inglês, constituída pelo Dr. Hélio, Maria José, Maria de Lourdes e esposo.

Grupo de Estudos Rosacruzes de Paulo de Faria-SP

Em março e julho de 1973, Dr. Hélio proferiu palestras na cidade de Paulo de Faria, oferecendo literatura e orientação. Aglutinaram-se alguns interessados, começaram a fazer o Curso por correspondência e, em março de 1974, uma carta do estudante Paulo José Santos e Silva comunicou haverem formado lá um Grupo Rosacruz, sob responsabilidade do probacionista Hélio de Paula Coimbra, no período de pré-filiação. No entanto, mesmo depois de se formarem lá os Estudantes Regulares, o irmão Hélio não deixou de emprestar-lhes sua experiência e apoio.

Grupo de Estudos Rosacruzes de Ribeirão Preto-SP

Em 10 de fevereiro de 1973, os irmãos Hélio e Maria José foram àquela grande Cidade universitária, para visitar a Estudante Rosacruz Juraci Médici, Fizeram uma palestra e estimularam a formação de um Grupo. Ofereceram orientação e apoio, em constantes visitas. O irmão Alexandre Basílio Muccillo residia lá e ajudou o Dr. Hélio, prestigiando a irmã Juraci. Em abril de 1974 o Grupo se formou oficialmente e desenvolveu uma boa atividade, reunindo-se regularmente em estudos e práticas.

Grupo de Estudos Rosacruzes de Rio Claro-SP

O Grupo de Estudantes Roscruzes que constituiu o Núcleo de Rio Claro, de há muito se interessavam pela Filosofia Rosacruz e a intervalos visitavam o Grupo de Piracicaba, para troca de informações e participar das reuniões. Com a transferência de residência para lá, do Probacionista Alexandre Basílio Muccillo, o Grupo se consolidou e definiu. Em 1974, uma carta do estudante Paulo José comunicou a formação do Grupo Rosacruz naquela cidade, na rua Seis, n.º 1446. O irmão Dr. Hélio os visitava também.

Grupo de Estudos Rosacruzes de Uberaba-MG

Em fevereiro de 1973 os irmãos Hélio e Maria José visitaram pela primeira vez aquela cidade e, perante um grupo de pessoas interessadas na Filosofia Rosacruz, proferiu uma palestra e respondeu a muitas perguntas, oferecendo, ademais, literatura e orientação.

Há intervalos voltavam lá para novas palestras. O Grupo se ia definindo e os estudantes começaram a preparar-se. Em abril de 1974 aconteceu à formação oficial do Grupo Rosacruz, que continuava merecendo o apoio e visitas dos irmãos Hélio e Maria José.

Centro Rosacruz do Rio de Janeiro-RJ

Contávamos vários amigos e conhecidos, companheiros de estudos rosacrucianos, no Rio de Janeiro, desde a década 1940-1950, dentre eles a irmã Loiva Leiria Borba e Almte. Álvaro da Natividade Fidalgo.

Em São Luiz do Maranhão tínhamos igualmente o companheiro Juenal Nascimento do Araújo, que mantinha naquela Capital um grupo te estudos.

Quando o irmão Juvenal se transferiu para o Rio, imediatamente cogitou de lá formar um Centro Rosacruz. Isso foi em inícios de 1957.

Em 4 de maio de 1957 soube de nosso relacionamento com The Rosicrucian Fellowship e nos escreveu solicitando informes. Começou a refazer o Curso Preliminar juntamente com sua esposa, Dona Florise, uma cunhada e filha.

Em 8 de fevereiro de 1958 nos visitou para tratar da formação do Grupo de Estudos Rosacruzes.

Em 7 de junho de 1958 vai o irmão Milton José Ribeiro da Silva para visitá-los e instruí-los. Em 9 de outubro de 1958 se forma a Diretoria do Grupo Formal de Estudos Rosacruzes.

Depois disso, em franca atividade, visitaram-nos vezes seguidas, a que retribuímos confraternando nos com os membros daquele Grupo Formal de Estudos Rosacruzes.

O irmão Fidalgo nos visitou mis vezes em 1962, proferindo impressionantes palestras. Em 14 de março de 1962 foi com o irmão Edmundo a Campos do Jordão onde também falou.

Nos Congressos realizados no Rio de Janeiro em 1963 e 1965, em homenagem ao 98.º aniversário e centenário de nascimento de Max Heindel, a família Araújo nos hospedou amorosamente.

Em julho de 1964 aquele Grupo Formal de Estudos Rosacruzes foi elevado, de Grupo a Centro Titulado pela Sede Mundial. Ao mesmo tempo recebeu autorização para ministrar o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz.

Em janeiro de 1967 fizemos lá uma, palestra, pelo irmão Edmundo.

Em abril de 1971 falece o irmão Fidalgo em acidente.

Em 2 dew agosto de 1978 o Centro sofre duro golpe com o passamento do irmão Juvenal Nascimento do Araújo. Sua viúva, irmã Florise, Probacionista fiel e dedicada, continua as atividades do Centro do Rio de Janeiro, ajudada pela irmã Loiva e pelo irmão Coelho, que se mudou do Maranhão para lá.

O Centro Rosacruz do Rio de Janeiro se destacou pelas atividades editoriais: irmã Loiva traduzindo; irmão Fidalgo traduzindo, proferindo conferências e prestando ajuda a “Serviço Rosacruz”; irmão Juvenal, empreendedor, idealista, com seus livros de poesia espiritualista, além de haver editado, com sacrifícios, as obras de Max Heindel: “Lúcifer, Tentador ou Benfeitor” (1961); “Véu do Destino” (1965); “Princípios Ocultos de Saúde e Cura” (1966). Prestaram inestimável ajuda na difusão da mensagem Rosacruz, em colaboração com a Comissão Tradutora e Editorial, da Sede Central.

Centro Rosacruz de Porto Alegre-RS

Dentre os companheiros de estudos rosacrucianos antigos, havia alguns na Capital gaúcha, dentre eles, Arauto Hugo da Costa e o irmão Dr. Benildo Leal de Moraes.

Em 4 de maio de 1957 o irmão Washington Soares da Rosa nos solicitou informações acerca do movimento que se formava, sob a égide de The Rosicrucian Fellowship.

Inauguração do Símbolo Rosacruz
Festa do Sétimo Aniversário
Festa do Sétimo Aniversário

Em 7 de março de 1959 o irmão Edmundo Teixeira visitou os Estudantes de lá, hospedando-se na casa do Irmão Washington e estimulando-o a aglutinar os interessados num Grupo de Estudos. Seguiram-se cartas.

Em abril de 1962 o irmão F. P. Preuss os visitou novamente. Em 19 de abril de 1962, lavrou a ata de fundação.

Nos inícios de março de 1963 recebemos e hospedamos o irmão Dr. Benildo Leal de Moraes.

No dia 15 de março de 1963 o irmão Edmundo foi presidir à consagração do emblema daquele Centro, fazendo duas palestras.

Em 17 de abril de 1963 o irmão Preuss proferiu conferência pública em Porto Alegre.

Em julho de 1964 aquele Centro foi autorizado pela Sede Mundial a ministrar o Curso Preliminar de Filosofia Rosacruz.

Em 30 de agosto de 1964 e 1 de setembro de 1964, sempre hospedados pelo irmão Washington, a Sede Central de novo se fez representar pelo irmão Edmundo, lá proferindo duas palestras e visitando a irmã Loiva Leiria Borba, que buscava formar um grupo em São Leopoldo.

Entre 19 de abril de 1965 e 8 de maio de 1965 o irmão Preuss profere várias conferências públicas em Porto Alegre e nas sedes dos núcleos de estudos de Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo.

Em 2 de fevereiro de 1969 o irmão Dr. Hélio visitou o Centro de Porto Alegre.

Por correspondência ou através das visitas e conferências, aquele distante núcleo tem recebido da Sede Central constante assistência.

O Centro gaúcho se destacou através das atividades impressoras: o irmão Washington adquiriu uma impressora e prestou muitos serviços à causa, no Brasil e à Sede Mundial.

Atualmente, a nossa cara Irmã Da. Leonora Bender é quem está à frente do Centro de estudos, dando toda a sua assistência e colaboração.

Centro Rosacruz de Salvador-BA

Na capital baiana funcionou de há muitos anos um centro de estudos de Filosofia Rosacruz, orientado pelo Irmão Probacionista Vitorino Palomo, atingindo o seu apogeu em 1968, com enorme divulgação naquela capital, Com o falecimento desse dedicado Irmão em Fevereiro de 1976, paralisou-se momentaneamente o seu funcionamento. No entanto, o Irmão Probacionista Laurindo Francisco de Oliveira, transferindo residência de Santo André para lá, tomou contato com Da. Margarida, esposa do Irmão Palomo, merecendo-lhe a doação do mobiliário do antigo grupo e reiniciando sua atividade na Travessa General Labatut, 5 – Periperi.

Grupo de Estudos Rosacruzes de São Luiz-MA

Esse grupo tem sua estória estreitamente ligada à do Rio de Janeiro, porque nasceu da iniciativa e idealismo da Família Araújo.

Após a transferência de residência da família Araújo para o Rio de Janeiro, em 1957, ficou meio disperso. O irmão Juvenal, por cartas, buscava mantê-los unidos. Informou-lhes do Movimento Rosacruz Mundial e, em 2 de julho de 1968, após o preparo individual de alguns Estudantes, começaram a formar um núcleo nitidamente Rosacruz. Na falta de um Estudante Regular, diligenciaram iniciar o período de pré-filiação em agosto de 1964.

Finalmente, em agosto de 1965, já com irmãos credenciados junto à sede Mundial, constituíram o Grupo de Estudos Rosacruzes formal.

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Fontes:

  • Revista Serviço Rosacruz de 1962, de setembro de 1976 e de outubro de 1980 – Fraternidade Rosacruz – SP – São Paulo
  • Entrevistas com Estudantes Rosacruzes
  • Notas nos Versos dos originais das fotografias em papel
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Um Espírito Avançado: o realce e exemplo da importância da liberdade individual

Augusta Foss Heindel foi uma dessas raras pessoas, em cuja existência as coisas do Espírito ocuparam sempre um lugar preponderante.

Uniu-se a Max Heindel em 1910, cumprindo juntos, uma enobrecedora missão. Foi uma união de duas almas sensíveis ao sofrimento humano, e dispostas a laborar para atenuá-lo. Sua participação na fundação da Sede Mundial e em tudo o que foi empreendido, posteriormente, foi mais que decisiva.

Max Heindel e Augusta foram obrigados a assumir grandes responsabilidades, em face das dificuldades inerentes a uma Obra de caráter pioneiro. No início, como relatou o fundador da Fraternidade, parecia faltar-lhes fôlego e forças para prosseguirem. Mas, sem deixar-se abater, foram aos poucos acumulando experiências, que lhes permitiam, com segurança, assentar as bases da Escola Preparatória dos Rosacruzes.

Em 1919, após anos de grandes esforços, que lhe exauriram a própria saúde física, Max Heindel passava para o além. Augusta deu continuidade a sua Obra, revelando uma incomum capacidade de trabalho. Suas cartas, suas palestras, seus artigos publicados na Revista Rays from The Rose Cross constituíram uma semeadura de sabedoria.

Sintonizada com os mais elevados ideais dos Irmãos Maiores manteve-se inabalavelmente zelosa, no cumprimento das normas estabelecidas para a Fraternidade Rosacruz, de desempenhar o relevante papel Espiritual que lhe cabe no mundo.

Sabe-se que foi uma Iniciada na Ordem Rosacruz. Porém, jamais fez uso próprio dessa privilegiada condição. Jamais reivindicou honrarias ou posições de liderança. Suas mensagens procuravam sempre orientar e estimular o trabalho de equipe, onde as qualidades individuais pudessem se completar, e os esforços se somarem em torno de objetivos comuns. Sempre os fez com humilde simplicidade.

Augusta realçava e exemplificava a importância da liberdade individual, dentro do movimento a que se consagrou. Sempre fez ver como a Escola Rosacruz respeita essa prerrogativa, ao invés de impor seus princípios, quando muito indicando, sugerindo e mostrando alternativas. O exemplo maior quanto a esse comportamento, parte dos próprios Irmãos Maiores, que “nunca dão ordens, não censuram e nem elogiam”. Não fazem pelo Aspirante o que este pode e deve fazer por si mesmo. É mais sábio ensinar “alguém a plantar do que dar-lhe alimentos”, parafraseando um milenar provérbio chinês.

Após o passamento de seu querido esposo, Augusta, ainda por trinta anos, trabalhou incansavelmente em Mount Ecclesia, deixando em tudo a marca de seu coração amoroso.

Desencarnou em 1949, após infundir-se e consumir-se inteiramente nessa Obra, como o sal no alimento, deixando para sempre o sabor de sua iluminada colaboração.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – janeiro/1981 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

As Razões da Nossa Alma ter Veementes Anseios de Cristificação

A Alma é a quintessência dos três veículos inferiores e as experiências adquiridas por esses instrumentos nos seus aspectos de retidão no pensar e no agir. Essa quintessência é extraída pelo nosso Espírito. Uma das mais maravilhosas experiências da vida para a Alma é quando despertamos a grande verdade de expressar o Divino Interno, que é a verdadeira finalidade de nossa vida terrena, e para expressá-Lo é necessário cultivarmos a ação que é o alimento para o crescimento da Alma.

Vemos, pois, que a Alma se atrofia quando deixamos de alimentá-la, e que as ações bondosas, pensamentos de amor e serviço aos outros são o alimento para o crescimento dela. A ação tem três principais campos de operação, ainda que ela derivasse seu poder do Espírito por raios de energia. A ação no plano mental é o pensamento, a ação na natureza emocional é o sentimento, a emoção, a paixão e o desejo, a ação na natureza física é movimento com o propósito de alcançar todas as relações da vida. O propósito de cada ato, seja mental, emocional ou físico, é induzido pelos pares de opostos como o Amor e o ódio, Altruísmo e egoísmo, generosidade e avareza, atividade e indolência, etc., e seu fruto é incorporado na alma, como consciência, que nos avisa em tempo de tentação ou nos provê do dinamismo para tudo quanta é Bom, Reto e Altruísta.

O amor é a base do ensinamento do Cristo. E é o que devemos utilizar para construir e evoluir a nossa Alma, que é Tríplice em sua manifestação.

Podemos resumir a cristificação como sendo a transmutação de todas as tendências egoístas que são absorvidas pela sublime natureza espiritual inerente no Espírito Virginal.

Para nos cristificar temos que aprender, de fato, a amar a Deus. Temos que ter a consciência de que a culpa dos nossos males e também a glória dos nossos benefícios é inteiramente nossa; que somos responsáveis pelas nossas ações e que não escapamos à reação delas; que os nossos destinos são feitos pelas nossas ações e que, tal como fizermos, semearmos, assim havemos de colher; que a morte não destrói o Corpo, mas apenas nos separa dele e muda as nossas condições, proporcionando-nos meios de regeneração, para nos fazermos cada vez mais justos e perfeitos, de vida em vida. Morrendo na Terra vamos renascer no Mundo espiritual ou celeste, pois nessa altura já somos só Espírito.

E, enquanto estivermos aqui, colocar muito mais ênfase no que somos do que no que temos, renunciando, voluntariamente a tudo isso que achamos que temos!

A passagem bíblica que nos auxilia aqui: “Grandes multidões o acompanhavam. Cristo Jesus voltou-se e disse-lhes: ‘Se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não vem após mim, não pode ser meu discípulo’”.

Quem de vós, com efeito, querendo construir uma torre, primeiro não se senta para calcular as despesas e ponderar se tem com que terminar? Não aconteça que, tendo colocado o alicerce e não sendo capaz de acabar, todos os que virem comecem a caçoar dele, dizendo: Esse homem começou a construir e não pôde acabar!’ Ou ainda, qual o rei que, partindo para guerrear com um outro rei, primeiro não se senta para examinar se, com dez mil homens, poderá confrontar-se com aquele que vem contra ele com vinte mil? Do contrário, enquanto o outro ainda está longe, envia uma embaixada para perguntar as condições de paz. Igualmente, portanto, qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo. Não se tomar insosso — O sal, de fato, é bom. Porém, se até o sal se tornar insosso, com que se há de temperar? Não presta para a terra, nem é útil para estrume: jogam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!.”  (Lc 14:25-35)

 Que as Rosas floresçam em vossa cruz

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