Arquivo de categoria Filosofia

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Hoje a Palavra Proferida por Nós é Morta e Não tem Poder

Sabemos que, atualmente, a nossa força sexual criadora, quando nos manifestamos aqui na Região Química do Mundo Físico, está dividida: metade flui para cima para manter um cérebro e uma laringe, por meio dos quais nós podemos controlar esses instrumentos e nos expressar em pensamentos e palavras; e a outra metade é impelida para baixo, para os nossos órgãos criadores, para reprodução.

Hoje a palavra que então aprendemos a falar é morta e destituída de poder. Na próxima Época, a Época Nova Galileia (não a confundir com a Era de Aquário) teremos desenvolvido um órgão etérico, construído no interior da cabeça e da garganta pela força sexual economizada (o qual órgão é visto pelos Clarividentes voluntários como a haste de uma flor que ascende da parte inferior do tronco). Esse órgão é, verdadeiramente, um órgão criador capaz de emitir a palavra, a vida e o poder. Notemos que a palavra atual é produzida por movimentos musculares rudimentares que combinam laringe, língua, lábios e outras partes do nosso Corpo Denso, de tal modo que a passagem do ar saído dos pulmões gera determinados sons. No entanto, o ar é um veículo pesado, difícil de se mover, comparado as forças mais sutis da Natureza como a eletricidade, que se propaga no Éter, de modo que, quando aquele órgão tiver alcançado pleno desenvolvimento, teremos o poder de falar a “palavra da vida” e infundir vitalidade nas substâncias que até ali estiverem inertes. O alimento principal para a construção desse órgão para falar a “palavra da vida” é a prática constante do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focado na divina essência oculta que há em cada um de nós, aos nossos irmãos e a nossas irmãs que estão no nosso entorno.

Atualmente, as pessoas que se esforçam e praticam o serviço desta forma e fielmente executam o Exercício Esotérico noturno Rosacruz de Retrospecção estão construindo aquele órgão. Elas estão aprendendo a usá-lo aos poucos, como Auxiliares Invisíveis, quando fora de seus Corpos Densos à noite e usando o Corpo-Alma (que naturalmente é construído pelas práticas acima), enquanto dormem aqui, precisam emitir a “palavra de poder” para eliminar as doenças e enfermidades de irmãos e irmãs doentes.

Vamos dar um exemplo da força das palavras por meio de uma pequena sentença, fornecida pelo inspirado Apóstolo S. João quando ele escreveu: “Deus é Luz”. Essas três palavras são tão esclarecedoras para a Mente, quanto outras tantas palavras são confusas. Qualquer pessoa que utilize essa passagem como assunto para os Exercícios Esotéricos Rosacruzes (como, p. exe., o de Concentração ou o de Meditação) encontrará, seguramente, uma recompensa maravilhosa a sua espera. Afinal, não importa quantas vezes tomemos essas palavras repetindo-as nesse contexto de Exercício Esotérico, nosso próprio desenvolvimento, conforme os anos passam, nos assegura uma compreensão cada vez mais completa e melhor. Cada vez que mergulhamos nessas três palavras, nos sentimos preenchidos por uma fonte espiritual de profundidade inesgotável e, a cada vez, alcançamos mais minuciosamente as profundezas divinas e nos aproximamos mais do nosso Deus-Pai celestial.

Como um verdadeiro Aspirante à vida superior buscamos espiritualizar todo o nosso ser, e quando estivermos sob a influência da verdadeira Religião Cristã Esotérica, teremos aprendido o autodomínio e nos tornaremos um auxiliar altruísta do nosso irmão ou da nossa irmã ao nosso lado. Poderemos, então, ser um firme guardião do poder mental, pelo qual seremos capazes de formar ideias exatas e prontas para serem cristalizadas de imediato em coisas úteis. Tudo isso se efetuará por meio da laringe, que emitirá a Palavra Criadora.

Afinal, todas as coisas da Natureza vieram à existência pelo “Verbo que se fez carne” (Jo 1:14). O som, ou pensamento falado, é a nossa próxima força a se manifestar, uma força que nos fará criadores quando, mediante nosso atual aprendizado, nos tivermos capacitados para o uso de tão grande poder para o bem de todos, a despeito dos nossos próprios interesses.

Que as rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Ação: Há alguma coisa a fazer? Se é digna, se é dos “negócios do Senhor”, por que não Eu?

Os “Filhos do Fogo” encontram na ação o fundamento da vida. Eles não fogem à luta, à dificuldade. Preocupam-se com a ociosidade da inércia. Miram-se na Mãe Natureza e contentam-se com o repouso da noite. Nos fins de semana e nas férias são dinâmicos, também. Apenas fazem coisas diferentes, para higiene mental.

Pode parecer natural que uma pessoa, lutando pela vida, deseje que as dificuldades desapareçam, que acabem os problemas e decepções. Mas, pensando bem, é a vontade do Pai que se deve fazer e não a nossa. Os Anjos Arquivistas (também chamados de Anjos do Destino, Anjos Relatores ou Senhores do Destino) já destinaram a cada um e a todos exatamente o que necessitam para seu desenvolvimento espiritual. Muitas vezes, quando pensamos ajudar nossos filhos, facilitando-lhes todos os passos, erramos redondamente, pois, estamos lhes roubando a experiência e o crescimento anímico decorrente. Podemos, isto sim, orientá-los inteligentemente.

A vida não é “ter resolvido todos os problemas”, senão “buscar resolvê-los”. Cada providência necessária exige força de vontade. E a cada ato, nesse sentido, alguma coisa cresce e fica mais forte dentro de nós. Aquele que luta e vence, através da experiência, tem sempre mais autoridade porque viveu e avaliou essas experiências. Muitas vezes não compreendemos o propósito de Deus. Queixamo-nos, resmungamos, nos esquecendo que muita coisa estava prevista em nossas vidas – escolhidas por nós mesmos no Terceiro Céu, entre um renascimento aqui e outro! – a fim de nos tornar um pouco melhores, a caminho da perfeição.

Aprendemos, todas as vezes que nos dedicamos aos Estudos Bíblicos Rosacruzes, com o Cristo: “Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5:48) e, também: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai” (Jo 14:12). Deduz-se, logicamente, que se não pode atingir a estatura de Deus nem a grandiosidade de Cristo em uma só vida e nestas frases, o Renascimento, ensinado pela Escola Fraternidade Rosacruz, encontra irrespondíveis argumentos, além de outras existentes na Bíblia.

Aceitemos, pois, o esposo ou a esposa que recebemos de Deus, os Egos que vieram morar nas formas que geramos – nossos filhos – e todas as demais pessoas que em nossa vida escolhemos ou não para nos relacionar e todas as coisas a nossa volta. Todas elas fazem parte de um programa inteligente de redenção. Aproximam-nos mais do que o conforto, dão-nos confiança e valorização. Grandes seres humanos, autênticos líderes de nosso Mundo ocidental, consideraram como os maiores e mais felizes momentos de sua vida não os em que foram condecorados, nem quando lograram alcançar o cume de suas carreiras, mas quando perderam tudo e confiantemente recomeçaram. Eis porque, frequentemente, encontramos nos escritórios de grandes companhias o magnífico trabalho poético de Rudyard Kipling, “If” (Se)¹: a luta gigantesca que se segue é justamente o que consolida no indivíduo a possibilidade de dirigir seu trabalho futuro com firmeza.

Nos momentos de conforto esses indivíduos se esqueceram de Deus, mas quando lutavam por sua sobrevivência lembravam-se d’Ele e diziam: “Senhor, dai-me sabedoria para aceitar as dificuldades, e coragem para procurar resolvê-las”.

Neste esforço de encontrar a solução não se contam apenas os grandes momentos, mas, também as pequenas vitórias, os impasses, as esperas e até mesmo as derrotas. Para quem está trilhando o Caminho de Preparação e Iniciação Rosacruz, os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz nos observam atentamente as nossas reações para avaliar o grau de entendimento e firmeza, sem os quais não podemos construir nada de mais edificante em nossas aspirações espirituais. A vida, por esses momentos, corrige o que há de fantasioso em nosso modo de ver.

Aceitemos, pois, caros irmãos e caras irmãs, as lutas, não por conformismo, mas como oportunidades para vencermos a nós mesmos. De que valeria resolvermos todos os problemas? Ficaríamos então, como simples espectadores e não como participantes da vida. Poucos foram os seres humanos famosos que desfrutaram, em vida aqui, o galardão de seus feitos. E estes poucos, no meio de sua segurança e conforto olharam com saudade para os tempos em que eram vulneráveis, inseguros e assustados, porque nesses momentos viviam. Assim, quando perceberem que está invejando alguém que parece “ter resolvido todos os seus problemas”, parem e perguntem a si mesmos: “queremos realmente imunidade contra os desafios da vida”? Queremos realmente isenção das esperanças e desânimos, confusões e esforços, o gélido medo da derrota a gosto do triunfo? Se forem honestos, saberão que não querem. E saberão também que na verdade ninguém chega a ter “todos os problemas resolvidos enquanto houver problemas a solucionar, pessoas a ajudar e amor a partilhar”. O sentimento de participação nos problemas sociais é Fraternidade.

Levantemo-nos, pois, que estamos ainda dormindo, despertemo-nos para a ação inteligente e amorosa, de modo a valorizar o talento do tempo que nos deu o Senhor. Há alguma coisa a fazer? Se é digna, se é dos “negócios do Senhor”, por que não Eu? Façamo-la! – malgrado nossas imperfeições, porque por meio da ação, dos pequenos e grandes embaraços, é que chegaremos a ser o que nos está destinado.

¹ SE (IF)

SE está calmo – enfrentas – a turba contrafeita,
que te assedia e acusa: “FOI VOCÊ!”.
E – confiante em ti próprio – ante a suspeita,
tens o bom senso de saber por quê;
SE és capaz de esperar paciente e mudo,
E, em sendo caluniado, refletir,
Sem dar asas ao ódio e, sobretudo,
sem ostentar bondade nem fingir;
SE sonhas e, dos sonhos despertando,
executa as múltiplas ações;
SE te manténs inalterável, quando
da derrota ou do triunfo ecoam sons;
SE és capaz de escutar palavras tuas
deturpadas por vil difamador;
Ver por terra, antes mesmo que as concluas,
todas as causas e por que deste suor;
SE arriscas entre as mãos da gente astuta,
tudo o que tens – teu último vintém –
E, em perdendo, te lanças para a luta,
sem nunca murmurar palavra a alguém;
SE és capaz de juntar de novo as forças,
para novas empresas empreender,
E, embora exaustas, mortas, tu as torças
a golpes de vontade e de querer;
SE ocupas todo o espaço de um minuto
com sessenta segundos triunfais;
SE pagas aos magnatas o tributo,
sem jamais esquecer os teus iguais;
E ainda – se frequentas o mercado,
conservando ilibado o nome teu;
Terás o mundo inteiro conquistado,
E – mais que isso – és um ser humano de verdade, filho meu!

(Publicada na Revista Serviço Rosacruz agosto/1964-Fraternidade Rosacruz-SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Artigos Publicados: Esquema, Caminho e Obra da Evolução

A Almejada Resposta: cultivar a parte espiritual e cuidar dos negócios desse mundo
A Ansiosa Solicitude pela Vida
A Base do Cristianismo: uma Conversa na Pro-Ecclesia
A Economia da Nova Era
A Elevação da Raça Humana via o Corpo-Alma
A Evolução pelo Alimento
A Fraternidade Rosacruz, a Ordem Rosacruz e a Iniciação
A Gloriosa Era: revistamos do áureo manto nupcial para a futura comunhão com Cristo
A Hora Presente e seu Significado: crise?
A Paciência e o que ela tem a haver com a Sabedoria
A Perfeita Paz do Eterno…para isso você deve saber quem é o seu mediador
A relação entre a Água e as Emoções
A Religião e a Ciência
A Senda: o Caminho Estreito e Direto para o seu Desenvolvimento Espiritual Rosacruz
Ao Alvorecer de um Novo Ano: rememoremos e analisemos os fatos
Arco Descendente da Evolução: “De Onde Viemos?
As Dificuldades no Caminho de Volta
As Mudanças Acentuadas que estamos Passando
Caminho da Iniciação: A Fuga para o Egito
Caminho da Iniciação: Anunciação
Caminho da Iniciação: Apresentação no Templo
Caminho da Iniciação: Imaculada Concepção
Caminho da Iniciação: O Batismo
Caminho da Iniciação: O Ensinamento no Templo
Caminho da Iniciação: Sagrado Nascimento
Como chegamos ao ponto de poder utilizar o pensamento aqui, no Mundo Físico
Conforme a Necessidade do Tempo e do Lugar, nós renascemos
Cristo: Sua Trajetória e Sua Missão para nos salvar
Críticas ao Cristianismo Popular, como se já estivessem acima dos seus ensinamentos Cristãos
Desenvolvimento Equilibrado: como está o seu?
É Tempo de Renovação Espiritual
Entre a Ilusão e a Realidade
Eu sou o Caminho
Extensão de Consciência
Faz sentido ter Temor às Provas quando no grau do Probacionismo?
Houve um Tempo para lançar luz sobre a mal-entendida Religião Cristã
Não Violência: a Única Saída
Nossa Jornada Cíclica
Nossa valorização individual: uma das grandes contribuições dada pelo Cristianismo
O Batismo da Consciência e a Iniciação
O Ciclo: o fim não existe, somente um contínuo eterno, uma existência eterna
O Cristo Cósmico: diferente de Cristo-Jesus – um Raio do Cristo Cósmico
O Espírito de Natal
O Evangelho de São João: o que mais aclara o ponto central da involução para a evolução
O Peregrino do Tempo
O Poder do Amor
O Processo de Redenção
O Propósito Renovado para Aprender o Melhor possível aquilo que é ensinado
O que está errado no Mundo?
O Seu Crescimento Espiritual na Fraternidade Rosacruz
O Significado da Morte
O Sol Místico da Meia Noite no Natal
O Primeiro Céu, o nosso Lar dependente da Nossa Alma
O terceiro fator nesse Esquema de Evolução que quando não atua ou se torna inativa no indivíduo, na família, nação ou no povo começa a degeneração
O Tipo de Renúncia necessária para trilhar o Caminho de Preparação para a Iniciação Rosacruz
O Vinho, como bebida alcoólica, usado neste Esquema de Evolução – Parte 1
O “Vinho” como Fator da Evolução – Parte 2
O “Vinho” como Fator da Evolução – Parte 3
Onde você se encaixa: pisciano, ariano ou potencial aquariano – o Líder como Servidor de Todos
Os Bosques da Alegria
Os Cinco Panoramas da Vida
Os Mundos Visível e Invisíveis
Os Mundos: formação de um “Cosmos”
Os Pergaminhos do Mar Morto
Os Perigos no Caminho
Os Sete Dias da Criação – O Inconsciente e a Iniciação
Pelas Veredas do Nosso Esquema de Evolução atual
Por que sofremos? A dor é o estímulo para a perfeição?
Porque o Método Rosacruz de Desenvolvimento é Ocidental
Preparando-se para a Era de Aquário: como está a sua preparação?
Primeira Época, a Polar, do Período Terrestre
Qual é o conceito de felicidade que a Escola Rosacruz preconiza
Quando e para que foram nos dado: Arquitetura, Escultura, Pintura e Música
Quarta Época, a Atlante, do Período Terrestre
Quinta Época, a Ária, do Período Terrestre
Renovação: os 4 Princípios
Segunda Época, a Hiperbórea, do Período Terrestre
Sementes da Nova Era, ainda aqui na Era de Peixes
Sexta Época, a Nova Galileia, do Período Terrestre
Terceira Época, a Lemúrica, do Período Terrestre
Todos nós podemos e devemos decifrar a mensagem e resolver o mistério do Universo: eis um exemplo
Tudo o que for necessário para o seu crescimento e desenvolvimento sempre virá e na hora certa
Um Pouco de Culpa em Todos
Uma Conta Simples sobre Quantidade de Renascimentos aqui
Uma exposição elementar sobre o seu desenvolvimento e o da humanidade
Uma Renovada Disposição sempre Planejando para o Próximo Ano
Valorizar a Sua Vida aqui na Terra
Voltar Atrás
PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Processo de Redenção

O nosso Caminho de Evolução está, indissoluvelmente, unido às Hierarquias Zodiacais (ou Hierarquias Criadoras) que regem os Planetas e os Signos do Zodíaco. Nos livros A Mensagem das Estrelas – Max Heindel e Augusta Foss Heindel – Fraternidade Rosacruz e Conceito Rosacruz do Cosmos – Max Heindel – Fraternidade Rosacruz aprendemos que essas Hierarquias Criadoras determinaram diferentes graus de controle da nossa evolução, assim como a evolução do Reino animal e do Reino vegetal, e que guiam a evolução da vida e da forma nos outros Reinos também.

Enquanto o Sol passar através do Signo de Capricórnio, de 22 de Dezembro a 21 de Janeiro, agiremos bem em estudar os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, no que se refere às diferentes fases da manifestação, relacionadas com esses símbolos espirituais.

Cada Estrela, Planeta, a Lua ou o Sol é o corpo de uma entidade que se manifesta por meio de raios de energia que compenetram todo o espaço. O Signo de Capricórnio está relacionado com as Hostes Arcangélicas – Hierarquia Criadora dos Arcanjos – e o Sol, com o Cristo.

Os Arcanjos operam mediante corpos compostos da substância do Mundo do Desejo, porém, seus poderes chegam a muitos Mundos que se acham por cima e por baixo desse nosso Mundo Físico. O Senhor da Terra é o Cristo, o mais elevado Iniciado de todos os Arcanjos. Uma das funções dos Arcanjos é ser Espíritos de Raça sobre a Terra, e têm influência sobre nós, através do Corpo de Desejos humano; outra de suas funções é ser os Espíritos-Grupo dos animais, meio pelo qual atuam como guias da evolução dessa Onda de Vida.

À medida que a Terra gira em torno do Sol se converte em um ponto focal dos raios solares, em combinação com cada Signo do Zodíaco, e essas Hierarquias Criadoras estimulam as atividades espirituais na Terras.

Todo fenômeno da Natureza tem um especial propósito espiritual, que nos ensina que o grande ciclo da Precessão dos Equinócios, que equivale a um período de 25.868 anos, marca a evolução e a queda dos povos, das nações e suas Religiões. Durante o trânsito precessional do Sol através de um Signo, que dura aproximadamente 2.156 anos, realiza-se um trabalho especial com uma nação, povo ou um grupo de nações, como pudemos constatar nas Primeira e Segunda Guerras Mundiais, que são os resultados da separatividade nacional entre as nações, porque durante a Precessão dos Equinócios, através do Signo de Peixes, o resultado será a unidade.

O trânsito anual do Sol, através dos Signos, marca as mudanças das estações e dos processos vitais em todas as formas viventes. No entanto, o impulso espiritual incorporado nesse acontecimento está sempre se dirigindo para despertar o gênio adormecido de um Espírito individualizado.

Durante o período que antecedeu a Era Cristã, o Espírito Santo teve a seu cargo a nossa evolução e os Arcanjos e os Anjos também estiveram sob seu domínio trabalhando, principalmente, sobre o nosso aspecto emocional e de desejos; por isso foram estabelecidas a beleza e a diversidade dos tipos nacionais. O patriotismo foi a suprema expressão do Amor e da Devoção restrito a um povo ou nação. O patriotismo e os aspectos nacionais da Religião nos cegaram com respeito à realidade de um só Deus com muitos nomes.

Com o advento da Era Cristã, os Arcanjos e os Anjos prestaram obediência a Cristo, e o Espírito de Cristo se converteu no Espírito Interno da Terra ou Espírito Planetário. Agora, todas as Hierarquias Criadoras trabalham com Cristo para nos ajudar a converter o patriotismo em Fraternidade Universal.

As comunicações e o intercâmbio internacional teceram uma grande trama ou Teia do Destino, que nos envolve em tantos interesses internacionais bastante comuns a nós todos, que as barreiras nacionais estão se apagando gradualmente ante a ameaça dos horrores de uma possível guerra nuclear. Por isso precisamos despertar gradualmente o sentido comum do ideal da “Paz sobre a Terra e boa vontade entre os homens” (Lc 2:14).

Existência sobre existência, todos nós estamos dando um pouco mais de expressão terrena à verdade espiritual da Fraternidade entre cada um de nós; essa é a nossa resposta ao chamamento de nosso Redentor, o príncipe da Paz, o Senhor do Amor. Felizmente a Religião progrediu um pouco, trocando a idolatria, que é a adoração da forma, pelo misticismo, que é a adoração aos ideais mais elevados. O governo está progredindo desde o despotismo (governo absoluto de um só indivíduo) para a república democrática, na qual prevalece o grupo do governo com representação popular. A Ciência está conseguindo se libertar do controle estatal e religioso, e está servindo ao nosso bem-estar, em campos cada vez mais amplos. A Arte, todavia, ainda não chegou à sua completa posse, mas está conseguindo progredir. Chegará o dia em que conseguiremos despertar para a necessidade de incorporar a beleza em cada expressão da vida.

Cada ano, ao nascer o raio do Cristo na Terra, é dado um novo impulso de vida a toda criatura vivente, e quando relacionamos essa verdade com os Ensinamentos Rosacruzes, de que é em Capricórnio que se dão os grandes impulsos evolutivos, nos será possível compreender a importância da paciente estação, no que se refere à política, à economia, às finanças e aos empregos.

A analogia, chave-mestra de todos os mistérios espirituais em qualquer Mundo, nos ensina que o Espírito da Terra (um Raio do Cristo Cósmico) se encontra dentro dela mesma, desde o Solstício de Dezembro até o Equinócio de Março. Durante esse tempo, a Terra se encontra cheia do Amor do Cristo, de uma forma mais íntima. Na época do Equinócio de Março, Ele sai em seus veículos superiores, para fortalecer-se em Espírito, mediante a Comunhão com o Pai; por isso todas as criaturas dão visível expressão à Vida e ao Poder com os quais Sua vinda enche a Terra. Isso é análogo a nossos estados alternativos de vigília e de sono. Trabalhamos em nossos Corpos Denso durante o dia e saímos dele durante o sono noturno, mas as forças vitais continuam ativas dentro do Corpo Denso, de maneira que ao despertarmos pela manhã, para um novo dia, nos encontramos ativos e renovados.

O egoísmo, a cobiça e o materialismo devem ceder lugar a pensamentos e ações elevados, como resposta ao chamado do princípio de Cristo, nos trazendo melhores condições. Capricórnio, podemos dizer, que é o Signo da engenharia (entendendo o conceito de engenharia como a aplicação do conhecimento científico, econômico, social e prático, com o intuito de planejar, desenhar, construir, manter e melhorar tudo a nossa volta e continuamente), de todas as classes de engenharia do mundo e que estão trabalhando para despertar milhões de seres humanos, livrando-os da pobreza e doença ou enfermidade, que infelizmente avassala nosso Globo. Mediante métodos melhores de cultivar a Terra, de construir estradas, do correto cuidado do Corpo Denso, os “engenheiros educativos” estão ajudando a afastar a ignorância e a estimular o impulso interno do Espírito, elevando-o ao mais sublime nível de consciência.

Verdadeiramente, estamos no amanhecer de uma nova Era, porque todos os que receberam a iluminação por meio dos Ensinamentos Rosacruzes deverão estar na vanguarda de um novo pensamento que promete, em sua plenitude, a emancipação dos antigos métodos em que havia o aproveitamento de muitos para o benefício de poucos. É nosso dever pensarmos em termos de um bem maior, em benefício de muitos; devemos nos adaptar à nova ordem de coisas, por meio do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focado na divina essência oculta em cada um de nós, para cada irmão ou irmã no nosso entorno. É conveniente que possamos pensar de nós mesmos como um corpo de paz espiritual, fazendo todo o possível, servindo de exemplo, e exaltando os mais altos ideais de vida onde quer que estejamos.

Durante milhares de anos quase todo o nosso esforço sobre a Terra tem sido centralizado em obter alimento, vestimenta e abrigo. Contemplemos a visão da Época que se aproxima rapidamente, na qual poderemos obter as coisas com o mínimo esforço e, assim, teremos mais tempo, dedicando uma maior porção de nosso poder criador, reflorindo os lugares desérticos da Terra, colocando beleza na vida, afastando a enfermidade, a doença e o crime, cooperando com seres mais evoluídos e estudando o mais amplo significado da vida.

Pelos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, como também é conhecida a Fraternidade Rosacruz, aprendemos que esta é a Revolução Marte-Mercúrio do Período Terrestre. Marte é o símbolo do guerreiro, do trabalhador, do desejo, da paixão, da energia dinâmica, do impulso e da força centrífuga de repulsão, como claramente ficou esclarecido nas palavras-chaves e nas características das Eras passadas. Mas, agora, estamos entrando na metade de Mercúrio do Período Terrestre. Mercúrio é o símbolo do pensador, do escritor, da razão, da lógica, da relatividade, da habilidade mental e das trocas rápidas, por isso as massas dos povos devem aprender a pensar sem serem confundidas pelo sentimento, desejo e emoção.

Ao nosso redor, ainda que invisíveis para muitos, os Grandes Seres estão em seus postos, orientando-nos para um bem maior. Quando nos desviamos da Lei Divina, sofremos, nos redimimos e então poderemos dar o passo seguinte em direção à Luz.

Cristo veio para salvar os que haviam se perdido. Podemos vender nossa herança por um prato de lentilhas, não encontrar felicidade, mas olhando para além da tirania das coisas, contemplaremos os Seres mais evoluídos, sorrindo, amando-nos e sempre prontos a nos inspirar os eternos valores do real. Perdemos a nossa Personalidade na matéria em favor do que realmente somos, Individualidade, porém, sendo essencialmente divinos, nos redimimos, nos esforçando em purificar o ambiente em que vivemos, submergindo na harmonia espiritual por meio da Luz do Cristo. As nações e os povos são guiados por meio de uma Lei Divina, para a verdadeira Fraternidade. Assim como nos redimimos do egoísmo e do materialismo, o poder de quando alcançamos a luz é muito maior que o mal do irrecuperável, a pessoa dissolveu a sua alma, por isso é chamado de desalmado. As pessoas boas do mundo inteiro fracassaram em estabelecer a paz sobre a Terra, porque sua bondade era demasiado passiva, mas o verdadeiro Cristão (Místico ou Ocultista) está sempre ativo em todos os planos de expansão.

Não fiquemos inativos no bem-obrar. O processo de redenção, todavia, segue adiante. Lentamente estamos sendo redimidos, cada vez mais, pelo poderoso raio de Amor de Cristo, a todos que ainda apreciam o separatismo. Nosso é o privilégio de apressar esse processo, por meio do serviço amoroso e desinteressado (portanto, o mais anônimo possível), focado na divina essência oculta em cada um de nós, para cada irmão ou irmã no nosso entorno.

Tratemos de abrir nossos corações para que penetre neles o fermento do Amor Fraternal, e nos esforcemos para sentir com toda sua beleza e maravilha, a unidade de cada um para com todos.

(Da Revista O Encontro Rosacruz, traduzido da Revista Rays from the Rose Cross de janeiro/1963, de abril/1991)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

O Ganho Espiritual da Guerra

Os Estudantes Rosacruzes se lembrarão do livreto intitulado O Lado Oculto da Guerra – Uma Operação de Catarata Espiritual, que publicamos; também se lembrarão da observação do Irmão Maior sobre essa guerra[1]: ela fará mais para desenvolver a visão espiritual de uma enorme quantidade de pessoas do que mil anos de pregação ou palavras nesse sentido. Em todos os lugares, há evidências de que essa profecia está sendo cumprida. Na revista Cosmopolitan[2] de maio, há um artigo de Maurice Maeterlink[3] descrevendo sua visita a uma mãe cujo único filho foi morto em batalha; isto é, seu Corpo Denso foi morto, mas ele vive uma vida mais livre, íntima e feliz com ela do que antes. A seguir replicamos a história:

“Outro dia eu fui visitar uma mulher que eu conhecia antes da guerra — ela era feliz, então — e que havia perdido seu único filho em uma das batalhas no Argonne[4]. Ela era viúva, uma mulher da classe baixa; agora que esse filho, seu orgulho e sua alegria, não estava mais com ela fisicamente, ela não tinha mais razão para viver. Hesitei em bater à sua porta. Eu não estaria prestes a testemunhar uma dessas tristezas sem esperança a cujos quaisquer palavras não teria impacto como mentiras vergonhosas ou insultantes?

Para o meu grande espanto, ela me ofereceu sua mão com um sorriso gentil. Seus olhos, para os quais eu mal ousava levantar os meus, estavam livres de lágrimas.

‘Você veio me falar dele’, ela disse em um tom alegre; pareceu que sua voz tivesse ficado mais jovem.

‘Ah, sim! Eu ouvi falar da sua tristeza e vim’.

‘Sim, eu também pensei que minha infelicidade fosse irreparável; mas agora sei que ele não esteja morto’.

‘O quê! Ele não está morto: você quer dizer que as notícias…’.

‘Não; o corpo físico dele está embaixo da terra e eu tenho até uma fotografia do seu túmulo. Deixe-me mostrar a você. Veja — aquela cruz à esquerda, a quarta cruz, — é onde ele está enterrado. Um dos amigos dele, que o enterrou, enviou esse cartão e me deu todos os detalhes. Ele não sofreu qualquer dor. Ele mesmo me disse isso. Ele está bastante surpreso que a morte seja tão fácil, uma coisa tão leve’.

‘Você não entende: sim; eu vejo. Você é exatamente como eu costumava ser — como todos os outros são. Eu não explico o assunto para os outros — qual seria a utilidade? Eles não desejam entender. Mas você — você entenderá. Ele está mais vivo do que antes; está livre e feliz. Ele faz exatamente o que gosta. Ele me diz que não se pode imaginar o quanto a morte é libertadora, que peso ela remove de você e a alegria que traz. Ele vem me ver quando eu chamo. Ele não mudou; é exatamente como era no dia em que foi embora, porém mais jovem, mais bonito’.

‘Nós nunca fomos mais felizes, mais unidos, mais próximos um do outro. Ele adivinha meus pensamentos antes que eu os expresse. Ele sabe tudo e vê tudo; mas não pode me dizer tudo o que sabe. Ele diz que eu não deveria segui-lo, que eu devo esperar a minha hora. Enquanto eu espero, nós estamos vivendo em uma felicidade maior do que aquela que era nossa antes da guerra, uma felicidade que nada pode perturbar’.

Dizem que aqueles ao seu redor a consideravam louca, porque ela não chorava de forma descontrolada; mas, em vez disso estava sempre alegre, andava com o rosto sorridente.”

A grande maioria não consegue entender que não existe a morte no sentido de extinção da consciência e que aqueles que deixaram o Corpo Denso pela morte estão realmente mais vivos do que qualquer um de nós que ainda está dentro desse Corpo Denso. Mas a atitude do público está mudando radicalmente. Parece ao editor que dois grandes exércitos estão cavando um túnel através do muro que divide os Mundos visível e invisíveis. De um lado estão as centenas de milhares de viúvas, órfãos e outros parentes cujas lágrimas, fluindo sob a força irresistível de uma dor intensa, estão dissolvendo a escama que os cega para a presença viva daqueles entes queridos que eles lamentam como ‘mortos’.

Do outro lado do muro há outro exército consistindo daquelas centenas de milhares que foram tão repentina e implacavelmente removidos da existência física. Eles também estão freneticamente cavando túneis, buscando perfurar o muro e algum dia, no futuro próximo, esses dois grandes exércitos se encontrarão em uma grande reunião espiritual. Alguns dos pioneiros de ambos os lados, como a mãe e o filho, já se encontraram.

Eles, então, se verão por um tempo até que a alma que partiu entre nas fases mais elevadas do trabalho nos Mundos Celestiais e seja forçada a dedicar todo o seu tempo a isso; mas quanto isso acontecer, eles saberão que há uma razão para essa ausência temporária um do outro e estarão emancipados da atual atitude desesperançosa em relação à morte. Se nossos leitores me perdoarem uma alusão pessoal, o seguinte texto pode ilustrar a diferença: alguns meses atrás, quando a mãe desse editor, uma moradora de Copenhague, Dinamarca, faleceu, ele recebeu cartas do seu irmão e da irmã, saturadas de tristeza pela ‘perda’; mas foi exatamente o oposto para o editor, pois embora ele a tivesse visitado vestido com o Corpo-Alma, algumas vezes por ano, por um momento ou dois, ele não ousou se materializar para falar com ela, pois isso poderia ter causado um choque e resultado morte, mesmo que tal uso egoísta dessa faculdade fosse permitido, em vez de ser estritamente proibido. Assim, fomos separados de nossos pais enquanto ela viveu e esteve intimamente associada ao nosso irmão e irmã.

(de Max Heindel, publicado na Revista Rays from the Rose Cross de julho/1916 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)


[1] N.T.: Refere-se à Primeira Guerra Mundial

[2] N.T.: Cosmopolitan é uma revista mensal americana de moda e entretenimento para mulheres, publicada pela primeira vez na cidade de Nova York em março de 1886 como uma revista familiar; foi posteriormente transformada em revista literária e, desde 1965, passou a ser revista feminina. Foi anteriormente intitulado The Cosmopolitan. A revista Cosmopolitan é uma das revistas mais vendidas e é dirigida principalmente ao público feminino.

[3] N.T.: Maurice Polydore Marie Bernard Maeterlinck (1862-1949) foi um dramaturgo, poeta e ensaísta belga de língua francesa, e principal expoente do teatro simbolista.

[4] N.T.: A Ofensiva Meuse-Argonne, também chamada de Batalha da Floresta Argonne, foi parte da ofensiva final dos Aliados durante a Primeira Guerra Mundial que ocorreu ao longo da Frente Ocidental.

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Pergunta: Quando, de acordo com a Filosofia Rosacruz, podemos esperar a Segunda Vinda de Cristo?

Resposta: A Filosofia Rosacruz afirma que Cristo nunca retornará em Corpo Denso. Em vez disso, a Segunda Vinda d’Ele ocorrerá em um Corpo Vital, e somente aqueles que desenvolveram seus Corpos Vitais, ao ponto de serem capazes de funcionar neles conscientemente (ou seja, funcionar conscientemente na Região Etérica do Mundo Físico) estarão cientes da Sua presença, quando Ele vier. O momento do retorno será quando um número suficiente de seres humanos for capaz de manter esse Campo de Evolução, o Planeta Terra. Somente Deus-Pai sabe disso. Mas mesmo agora Cristo está conosco seis meses por ano, como Espírito Planetário residente na Terra, embora não num corpo tangível que possamos ver.

(Publicado na Revista Rays from the Rose Cross de março/1923 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Para Onde foi a Bebê?

Não há problema mais difícil do que ensinar às crianças os mistérios da vida de uma maneira inteligível para elas. Suas Mentes nascentes encontram os fatos da vida com um interrogatório ansioso quanto ao seu significado, e elas ficam perplexas diante das tragédias da existência com uma agudeza de sentimento que pouco percebemos, porque aprendemos a aceitar a tristeza, o sofrimento e a morte como parte da vida e paramos de buscar uma solução.

Ou, se fomos suficientemente exercitados no assunto para tentar resolver o enigma da vida, as explicações que satisfazem nossas almas são muito abstrusas para resolver a questão nas Mentes de nossos filhos; então, recuamos do trabalho e da responsabilidade de ensiná-los. Além disso, a maioria de nós não tem a capacidade de fazer a criança entender. Estudemos a história abaixo, pois ela é como uma dádiva de Deus para nos capacitar naquela direção, pois não há campo mais frutífero na “Vinha do Cristo” do que o canto das crianças:

“Mamãe querida, o que você fez com o nosso bebê?”, foi meu filho Billy que se dirigiu a mim dessa forma, e quando ele estava se aproximando do quinto ano, ele começou a sentir o direito de proteger as crianças mais fracas e mais novas. Eu estava sentada na cadeira de balanço no meu quarto costurando algumas roupinhas para ele e seu irmão John e meus joelhos serviram de apoio para seus cotovelos enquanto ele falava, procurando meu rosto ao mesmo tempo com seus olhos.

Nesse momento, John entrou de repente e, com seu jeito magistral, informou: “Mãe, nós espiamos o quarto da bebê quando a porta estava aberta e não vimos a irmãzinha no berço”.

“Sim”, continuou Billy, retomando a narrativa, “nós fomos até a varanda para ver se ela estava no carrinho, mas ela também não está lá”. “Onde ela está, mãe?” interpôs John.

“Nós vimos a enfermeira no corredor e contamos a ela e ela disse para perguntar à mamãe”. “E”, continuou Billy, cujo coração era tão terno quanto grande, “querida mãe, tenho certeza de que a enfermeira tinha lágrimas nos olhos! Por que, mamãe?”.

Havia lágrimas na borda de seus olhos naquele momento, mas como eu poderia contar aos meus preciosos meninos onde estava o nosso bebê? Como eu poderia entristecer duas vidas jovens com o pensamento da morte? A irmãzinha tinha ficado conosco apenas dois meses, mas aqueles meses tinham sido cheios de sofrimento. Ela esteve sob os cuidados da nossa própria enfermeira, pois eu ficara doente recentemente e não pude cuidar dela; as crianças tinham o hábito de ir, na ponta dos pés, até a porta do berçário muitas vezes ao dia para perguntar sobre ela.

“Mãe, onde está a nossa bebê?”, persistiu Billy. A empregada entrou no quarto nesse momento e anunciou que a Sra. Jones queria me ver. “Por favor, peça para ela vir aqui”, respondi.

A Sra. Jones era professora na escola dominical que nossos pequenos frequentavam. Essa escola em particular não era denominacional, mas atraía membros de todas as fontes. Eu a saudei com alegria, acreditando que ela pudesse me ajudar nesta situação desconcertante. Ambos os meninos a amavam e, enquanto corriam para encontrá-la, contaram seus problemas, gritando em uníssono: “Sra. Jones, nossa bebê está perdida! Não conseguimos encontrá-la em qualquer lugar”.

“Alguém me disse isso”, respondeu a Sra. Jones, “e é por isso que eu vim”.

“A Sra. Jones vai encontrá-la”, anunciou John, seu rosto estava radiante de confiança.

“Mas você sabe onde ela está?”, perguntou o mais pensativo Billy.

“Sim, certamente sei”, veio a resposta, e pensei que vocês, meninos, e a mãe gostariam de saber”.

Enviei uma prece de gratidão por esse alívio, pois sabia agora que só precisasse esperar e ouvir.

“Oh, diga-nos rápido, vamos!”, insistiu John.

“Bem, venha e sente-se calmamente, pois é uma longa história. Você quer saber para onde ela foi, não é, queridos? Para onde você vai todas as noites quando vai dormir, só isso”. “Eu nunca vou a lugar algum quando estou dormindo”, afirmou John.

Mas Billy acrescentou suavemente: “Ah, eu costumo ir a jardins tão lindos quando estou dormindo… E brinco com muitas outras crianças. A babá uma vez me disse que deve ser o Paraíso”.

“Esse é um nome muito bom”, respondeu a Sra. Jones, calorosamente, “toda noite sua mãe lhe dá um beijo de boa noite e você está tão aconchegado e aquecido que simplesmente deixa seu corpinho tão confortável e voa para brincar com outras crianças, que também deixaram seus corpos na cama. E se você tem uma dor de cabeça, de garganta ou qualquer coisa que o machuque muito antes de ir para a cama, a parte adorável disso é que, assim que você sai do seu corpo, você deixa tudo isso com ele na cama e fica tão bem e forte brincando no Céu que, quando volta para cama de manhã e entra em seu corpinho, você percebe que sua dor de cabeça desapareceu ou sua dor de garganta está mais fraca”.

Os meninos ouviam e olhavam com muita atenção, pois para eles isso era melhor do que um conto de fadas.

“Eu me lembro”, disse Billy, “de uma vez que eu tive dor de garganta por dois ou três dias e não conseguia dormir; então o médico me deu uma coisa horrível para tomar”.

“Sim”, concordou John, “eu lembro que você estava quase tão doente quanto a irmãzinha”.

“Ah, não!”, respondeu a Sra. Jones, gravemente, “sua irmãzinha estava muito mais doente do que você. Ela estava tão doente que mal conseguia ficar em seu corpinho e um dia ela não retornou a ele porque não tinha forças para entrar”.

“Ah, ela não vai voltar? Não a veremos de novo?”, ambos interromperam em uma só voz que ameaçava se quebrar pelas lágrimas que brotavam em seus olhos. “Claro que vão”, continuou a Sra. Jones.

“Eu não disse que ela foi para o lugar aonde você vai toda noite? Talvez você brinque com ela e não a conheça, pois ela não é um bebê doentinho e magrinho que chora muito, mas uma garotinha alegre, capaz de se movimentar e brincar. Você sabe quais são os brinquedos dela? Eu sei que você nunca vai adivinhar, então eu vou contar. Brinquedos com as cores mais lindas, iguais ao arco-íris que a mamãe lhe mostrou no céu esta manhã. Todas as suas flores e seus livros são pintados com aqueles lindos tons e o tempo todo uma doce música é ouvida para ensiná-la a fazer as coisas muito mais rápido do que aprenderia em livros ou salas de aula; eu acredito que nem mesmo sua mãe saiba dizer quem está ensinando tudo isso para ela”.

A Sra. Jones olhou para mim de modo interrogativo, mas eu só consegui balançar a cabeça.

“É sua mãe”, ela disse, olhando gentilmente para mim. “É sua avó, meninos, que foi embora uma noite no inverno passado quando a geada chegou. Lembro que o médico disse que ela estava com pneumonia — seu corpo ficou tão cansado e desgastado que ela não conseguiu voltar. Todos nós gostaríamos que ela ficasse conosco por mais tempo, mas não pôde permanecer. Então, quando a irmãzinha também foi para lá, ela cuidou dela e está ensinando todas aquelas belas lições”.

“E a irmãzinha voltará algum dia?”, perguntou Billy, gentilmente.

“Sim, com certeza; mas ela precisa aprender algumas lições primeiro. Aprender como construir um corpo melhor — um que ela possa usar por muitos anos para não ter que deixá-lo depois de alguns meses como este. E a vovó vai voltar depois de um tempo também, sem reumatismo e sem tosse”.

“Não será ótimo?”, interrompeu John, entusiasmado, “os dois voltarão como bebês e terão que procurar um pai e uma mãe que cuidem deles”.

“Que engraçado”, acrescentou o pensativo Billy, “tivemos que procurar uma mamãe e um papai quando éramos bebês?”.

“Sim, de fato. Um dos Anjos gentis lhe mostrou alguns pais e mães e você escolheu seu próprio papai e mamãe”.

“Estou feliz por ter escolhido essa mamãe”, disse Billy, escondendo o rosto no meu colo, “não é, John?”.

“Sim”, respondeu seu irmãozinho, “e estou feliz também por você ter escolhido a mesma mamãe que eu. Imagine, Bill, se você tivesse escolhido outra mamãe e que fosse longe daqui”.

Então, quando eles saíram correndo para brincar e a Sra. Jones se despediu; eu a incentivei a voltar e nos contar mais sobre aqueles Mundos Celestiais.

E naquela noite, quando dei um beijo e um desejo de “boa noite” afetuosos aos meus filhos, eles me disseram que veriam a irmãzinha e vovó.

“E eu vou tentar me lembrar disso quando acordar”, disse John.

(de Max Heindel, publicado na Revista Rays from the Rose Cross de julho/1916 e traduzido pelos irmãos e pelas irmãs da Fraternidade Rosacruz em Campinas-SP-Brasil)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Desejo e Apego: os Cuidados do Aspirante à Vida Espiritual

No Novo Testamento, Cristo afirma: “Eu não sou deste mundo, como vós deste mundo não sois.” (Jo: 17-16). Significa que aqui estamos (no Mundo Físico) apenas de passagem; que este Mundo deve ser encarado como uma Escola – a Escola da Vida, o baluarte da nossa evolução atualmente –, um meio de aprendizagem e que, portanto, sua duração é efêmera. Vivemos num plano onde predomina a impermanência. Tudo é fugaz e nada tem razão de ser nosso objeto de desejo e apego, nem deve servir de base para a definição de nossos valores pessoais.

O apego é o resultado de nossa identificação com esse Mundo e com suas coisas. Quando nos tornamos conscientes da transitoriedade da forma e de sua sedução, o apego diminui. O desapego permite observarmos os acontecimentos, em vez de ficarmos presos dentro deles.

Há várias formas de apego óbvias e notórias, como por exemplo, se apegar a bens materiais, a dinheiro, roupas, objetos, à fama, ao poder mundano, a cargos remunerados ou honoríficos, à familiares (não significa que não devemos amá-los, protegê-los e apoiá-los). Mas também há formas mais sutis, quase imperceptíveis para quem convive com a pessoa ou até para a mesma. Trata-se de apego a ideias, hábitos, emoções e padrões de comportamento que já não acrescentam mais nada à nossa evolução. Talvez estejamos bloqueando nossa Mente à entrada de novos conceitos e visões de mundo.

Por que isso acontece? Qual a razão desse apego a ideias e coisas concretas?

Simplesmente porque muitos de nós se identifica com elas. Quando renascemos, representamos ou encenamos um papel no palco da vida perante o mundo e às pessoas. Quando lhe perguntam quem ele é, responde, por exemplo, nestes termos: “Sou fulano de tal, brasileiro, casado, católico, economista, natural de São Paulo, etc.”. Mas isso é um equívoco. A verdade não é bem essa. Ele não é nada disso, porém se identifica com tudo isso. É apenas a manifestação do Ego no Mundo visível, é a maneira como ele se apresenta aos olhos do mundo.

A identificação e o consequente (ou inconsequente) apego são algumas das razões do sofrimento aqui no Mundo Físico. É o que acontece quando há identificação com o Corpo Denso que, nasce, se desenvolve, decai e morre. Há que cuidar dele, por meio de uma boa alimentação, exercícios físicos e hábitos saudáveis. Ele é o nosso Templo sagrado, porém não é o Ego, a verdadeira essência (um Espírito Virginal da Onda de Vida humana manifestado aqui).

Os casos de baixa autoestima com o Corpo Denso ou com a aparência são sinais evidentes de identificação. Acontece muito nos casos de obesidade e de problemas na pele. A pessoa sofre porque se imagina daquele jeito, identificando-se justamente com o que lhe traz sofrimento. Sua autoimagem é negativa. Na realidade somos muito mais do que nossa aparência corporal. Somos mais importantes do que nossas características físicas, e muito mais importantes do que nossas emoções, nossos desejos, sentimentos, nossos pensamentos.

É preciso entender que quando o Corpo Denso começa a perder seu viço, a luz da consciência consegue brilhar mais facilmente através da Forma que se extingue aos poucos, enquanto a Vida permanece para sempre. Livre-se de sua crosta e o diamante resplandecerá mais!

Que as Rosas floresçam em vossa cruz

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

Para que serve a Reforma do Nosso Caráter

O estudo da Filosofia Rosacruz, além de facilitar a aquisição de um conhecimento profundo e lógico sobre a nossa origem, o nosso estado presente e futuro do nosso desenvolvimento e de todo o Universo, pressupõe também algo que consideremos de suma importância: uma reforma de caráter. Se o conhecimento não nos torna religiosos, naquela acepção ampla de nos religar à nossa essência espiritual (que é Deus), não está atingindo o seu objetivo. Não consideramos o conhecimento como um fim em si mesmo, mas, como uma fonte que nos proporciona meios valiosos de crescimento anímico.

Nossos atos provam o que realmente somos. Podemos nos tornar gradativamente um imenso repositório de Ensinamentos Rosacruzes, e podemos até expô-los publicamente de uma maneira brilhante, porém, se não procurarmos vivê-los em essência, sentindo as verdades que encerram seremos, quanto muito, intelectuais. O empenho sincero no sentido de uma transformação interna determina a utilização que fazemos dos Ensinamentos Rosacruzes. Esses só têm valor quando serve ao aperfeiçoamento do nosso caráter, despertando em nós sentimentos, desejos e emoções de amor Crístico, altruísmo, compreensão, sacrifício, disciplina, dever, enfim somente de desejos, sentimentos e emoções produzidos a partir de materiais das três Regiões superiores do Mundo do Desejo.

Em via de regra, a maioria de nós deixamos esse plano terreno quase com o mesmo caráter com que nos adentráramos a ele! Ligeiras transformações se observam, porquanto a Lei de Consequência, por meio do látego da dor e do sofrimento, demonstra cabalmente que o “salário do pecado é a morte” (Rm 6:13). Infelizmente, as experiências dolorosas constituem o meio padrão de aperfeiçoamento moral da quase totalidade de nós, seres humanos. Este processo regenerativo é lento, pois, não decorre de uma vontade própria, consciente de renovação interna.

Poucos são aqueles dentre nós que reconhecendo os próprios erros e defeitos, dispõem-se corajosamente a transmutá-los em virtude. Estes poucos sempre se constituíram nos vanguardeiros da Onda de Vida humana. Que busquemos sempre ser um deles!

Nunca é demais repetir que a evolução é o resultado de um esforço persistente. Tal esforço dever ser consciente e incomensurável, pois a mais disputada batalha que podemos travar é contra nossa própria natureza inferior. S. Paulo reconhecia perfeitamente a natureza dessa luta contra nossos inimigos internos ao afirmar: “Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo” (Rm 7:19).

A transformação interna demanda boa vontade e aplicação de conhecimento. Max Heindel sempre insistia em que “a única salvação é o conhecimento aplicado”. Reforma de caráter é conhecimento aplicado. É sempre é bom lembrar que caráter é destino!

Podemos e devemos modificar o nosso caráter, aprimorando-o. Lograremos êxito em tal mister, se inteligente e diligentemente procurarmos descobrir onde residem nossas falhas e como poderemos, paulatinamente, saná-las. Procuremos avaliar e determinar a extensão dos nossos defeitos para encontrarmos os meios de cultivar as virtudes diametralmente opostas.

Podemos engendrar um destino melhor, se nos propusermos a modificar nosso caráter. Os meios estão ao nosso alcance, e se não o utilizarmos é porque somos vencidos pela inércia e pelo comodismo. Renovemo-nos, “tornando-nos dia a dia melhores homens e mulheres, a fim de sermos utilizados como colaboradores conscientes na obra benfeitora dos Irmãos Maiores, a serviço da Humanidade.“.

Não resta a menor dúvida que reforma de caráter exige um esforço racional!

(Publicada na Revista Serviço Rosacruz – maio/1968 – Fraternidade Rosacruz – SP)

PorFraternidade Rosacruz de Campinas

A Palavra se Origina da Força Sexual Criadora – há que se Cuidar em Usá-la

Mesmo ante às repreensões injuriosas, mesmo sofrendo ante a incompreensão humana, faça bom uso da palavra que você emite, a qual tem o poder de criar, por se originar da força sexual criadora. Portanto, pondera sobre o que disser, porque algo estará gerando benefício ou malefício, correspondendo ao emprego que você fizer desse dom maravilhoso que Deus nos deu. Afinal, Como o próprio Cristo nos ensinou: “Não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas o que dela sai.” (Mt 15:11). Que estas palavras do Cristo permaneçam gravadas com letras de fogo no seu coração, para que venha a compreender que tudo aquilo que de emana de você, deve sempre expressar a harmonia e o amor Crístico. Expressando a harmonia você se sintonizará com as Leis Divinas, cooperando eficazmente com os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz na grande obra de regeneração humana. O amor Crístico faz florescer o sentimento de Fraternidade, o qual integra cada um de nós a Deus; afinal aprendemos com S. João evangelista que “Deus é Luz, e se andarmos na Luz, como Ele na Luz está, seremos fraternais uns com os outros” (IJo 1:5 e IJo 1:7).

Seja a palavra que sai da sua boca a decisão sábia das três palavras-chaves que regem os seus Mundos internos (como o microcosmo que você é): o discernimento, a consciência e a serenidade. Confia nessas três palavras-chaves a administração dessa riqueza extraordinária, cujos frutos reverterão a seu favor para o seu desenvolvimento espiritual.

Procure fazer da sua palavra uma semente grandiosa, vigorosa, germinando no solo árido dos corações cobertos pela ignorância e pelo ódio. E então, você se regozijará vendo tantos solos agrestes adquirirem o verdor da elevação espiritual.

Também faça da sua palavra o bálsamo que alivia todos os peitos oprimidos pela dor, de irmãos e irmãs que em vidas passadas se esquivaram-se à Luz, e hoje fogem desesperados das trevas que encadeiam a eles.

Procure produzir a sua palavra de modo a ser o perfume dulcíssimo que aromatiza os ambientes petrificados pelo medo, carentes de ternura, agitados pela dúvida, torturados pela angústia. Que a sua palavra tenha a força suficiente para suavizar tanta amargura. Que ela nunca seja portadora do veneno da crítica, nem do fel da injúria, pois fatalmente acabará também sucumbindo, agitado por estas distorções do sentimento.

Se as circunstâncias obrigam a você a falar energicamente, em repreensão a alguma falta cometida, faze-o em tom respeitoso, jamais com a intransigência de uma censura, porém, demonstrando com sapiência e bom senso, não a ignomínia do erro, mas a nobreza da virtude. Procure vislumbrar o bem em todas as coisas e poderá constatar a mudança que se operará em torno de você.

Nunca se iluda com o falar garboso, coordenado com gestos pré-estudados. Isto é carência de sinceridade! São os juízos falsos da Personalidade procurando centralizar as atenções, ofuscando a divina essência oculta – base da Fraternidade – que em reside dentro você.

Jamais se esqueça do antigo, mas sempre atual adágio: “Se o falar é prata, o calar é ouro”. Portanto, se suas palavras são meros invólucros sem conteúdo, não exprimindo o que em você há de mais elevado, então, é melhor que fique calado (a).

Procure sempre que a sua palavra seja o apelo que exorta alguém a procurar a Luz interna (que é a Luz divina), cujo brilho é ofuscado pelo sentido irrealista da vida restrita unicamente ao plano material, onde a ambição desmedida gera o egoísmo, o interesse e a hipocrisia, masmorras sombrias, onde muitas pessoas permanecem agrilhoadas.

Sempre veja na palavra algo de grandioso, belo e sublime. Não há limites ao sentido caricato que lhe empresta o ser humano comum, tornando-a meio de exteriorização de sentimentos mesquinhos. Que você sempre consiga proporcionar a sua palavra uma função correspondente à sua origem sacrossanta. Faça com que ela seja um instrumento adequado ao mister de elevar o gênero humano. Assim, ela sempre será a expressão viva de teu crescimento interno. Enfim, use a sua palavra sempre com sabedoria.

(Publicado na Revista Serviço Rosacruz – abril/1967 – Fraternidade Rosacruz – SP)

Idiomas